Braganรงa Paulista
Sexta
9 Dezembro 2016
Nยบ 878 - ano XV jornal@jornaldomeio.com.br
jornal do meio
11 4032-3919
2
Para pensar
Jornal do Meio 878 Sexta 9 • Dezembro • 2016
Expediente
O impossível
que se realiza(rá)! por Mons. Giovanni Baresse
Em artigo anterior propu-
perdido no campo. Um toco que
Percebemos que a poesia está a
o mundo? A resposta está na cha-
nha o profeta Isaias como
só serviria para fazer fogo! Esta
indicar que, na lógica Daquele
mada de João: “Arrependei-vos”!
Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
um maluco. Os leitores
imagem quer significar que os reis
que quer o nosso bem, o que é
Somos chamados à conversão.
deverão lembrar-se de sua profecia
não tinham cumprido sua missão.
impossível para nós, é possível para
O Reino dos Céus cresce muito
carregada de esperanças em meio
Corromperam-se e fraquejaram.
Ele. E Isaías aponta para o povo
lentamente porque nós somos
a toda confusão, que jogava a sua
Da árvore frondosa sobrou um
do seu tempo e para os povos de
lentos, porque criamos muitos
terra para as mãos dos invasores.
toco. Eis que deste toco brota
todos os tempos que a fidelidade
obstáculos. A tristeza do acidente
Isaías tinha consciência dos so-
um galhinho. Deste galhinho,
de Deus ao seu projeto de Vida
que vitimou os atletas, comissão
frimentos que já eram vividos e
perdido num tronco quase morto,
não arrefece. Pulamos séculos e
técnica e direção da Chapecoense,
seriam agravados e, no entanto,
sairá o rei que devolverá a vida a
vemos a figura de João Batista
profissionais de imprensa e outras
proclamava a reconstrução da
seu povo. Ele realizará a harmo-
anunciando a presença do rebento
pessoas, foi ocasião de mostrar que
terra arrasada. A cidade saque-
nia com o Criador e com todo o
de Davi. Ele é Jesus de Nazaré.
ainda existe solidariedade neste
ada de Jerusalém seria o centro
colombiana pareciam impossíveis
criado. Isaías usa esta imagem
De quem ele, João, não é digno
mundo! O exemplo dado pelo Clube
de convergência para todos os
neste mundo onde só dinheiro
bonita e, para nós, impensável:
de desamarrar as sandálias. Ele
Atlético Nacional e pelo povo da
povos! Avançando um pouco no
conta. Percebemos que há pessoas
“... o lobo morará com o cordei-
anuncia: “Arrependei-vos, porque
cidade de Medellin, na Colômbia,
seu livro chegamos ao capítulo
capazes de olhar com compaixão
ro, e o leopardo se deitará com o
o Reino dos Céus está próximo”!
foi comovente. Trataram os nos-
onze. Ali ele fala: “Um ramo sairá
para os sofrimentos dos outros.
cabrito. O bezerro, o leãozinho e
(Mateus 3,1-12). João afirma a pre-
sos cidadãos como seus irmãos.
do tronco de Jessé, um rebento
Se andamos desesperançados de
o gordo novilho andarão juntos
sença do Reino. O “próximo” aqui
Choraram por eles e conosco.
brotará de suas raízes. Sobre ele
que este mundo pode ser melhor,
e um menino pequeno os guiará.
não significa algo que vai chegar.
Realizaram uma celebração que
repousará o espírito de Iahweh...”
se achamos que não há mais jeito,
A vaca e o urso pastarão juntos,
Significa o que já está presente, já
mostrou o grande coração daquela
(1-2). Na tradição bíblica aparece
que é impossível criar realidade
juntas se deitarão suas crias... Nin-
está junto. Significa, recordando
gente. Isso é uma amostragem da
a promessa que Deus faz a Davi:
de fraternidade, penso que a
guém fará o mal nem destruição
as palavras de Isaias, que a árvore
grandeza que existe no coração
sua fidelidade à sua dinastia. Ao
Colômbia nos deu um sinal: é
nenhuma em todo o meu santo
frondosa cresce e cobrirá a todos
de tanta gente. Isso nos deveria
longo do tempo Isaias vê que
difícil, mas não impossível! Nosso
monte...” (6-9). Olhando o que está
com sua sombra. Mas, se isso é
encorajar a desenvolver os valores
a família davídica, que deveria
coração determina o real diante
escrito nós temos vontade de rir:
verdadeiro, por que ainda não
que podem tornar a vida sempre
ser arvore frondosa para abrigar
da impossibilidade. Coloquemos
como é que vão conviver o animal
vemos essa grande árvore? Por
carregada de esperança. Gestos
o seu povo, torna-se um toco,
a esperança como motor de
selvagem e o animal doméstico?
que sua sombra ainda não cobre
do tamanho da generosidade
nossos sonhos!
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
Reflexão e Práxis
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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
Mundo que gira
A doença como a catapora
© Revistas COQUETEL
Esparta e Atenas, na Antiguidade Clássica "Fura" o sinal vermelho (o carro)
Profeta hebreu Dar como (Bíblia) incum- (?) Gaiman, bência escritor
Diversão do cantor amador em bares
Marcar o contorno dos olhos Elevação do fundo oceânico, forma cordilheiras
Implícita; subentendida Teste de Aptidão de Tiro (Mil.)
A parte amarela do ovo
Anômalo; irregular Sufixo de "vinhedo"
O suposto ocupante do óvni Aquele que participa da discussão
A (?): desacompanhado Bioma típico da Austrália e da Califórnia
Eterno; perpétuo A letra sinuosa
A loja que vende incensos
BANCO
Seiva de vegetais Preço, em inglês
Centro estético Conversa (pop.)
Nervo (?): é prejudicado pelo glaucoma
Material de trabalho do escultor
Título (abrev.)
Moradia (fig.) Tudo, em inglês
Orlando Rangel, químico brasileiro
Tecla ao lado do F1, no computador
(?) da selva: predomínio da força bruta
18
Solução E R U L E E L I N T A C O R S A M A R P E R B A T E O S G S P A P A R R A I P T I C O O T E R
I
K N T A E A R I T A L O A K E N E D OR O M A A R L A G L L E I S L C A
Pedro Marcelo Galasso - cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com
C V I D A D G E S D E S T C H A D O E S
saber que esses nobres parlamentares se aproveitaram do momento de comoção que o Brasil vivia pela queda do avião que vitimou brasileiros, bolivianos, dentre outras pessoas de nacionalidades distintas. A queda do avião que levava a delegação de jogadores da Chapecoense, acompanhada de jornalistas, foi um fato triste que provocou comoção em todo o mundo e que rendeu homenagens de figuras ilustres dentro e fora do futebol e dos esportes. Em um raro momento de solidariedade é revoltante saber que nossos parlamentares votaram, tarde da noite, uma série de medidas que ferem nossos interesses e nosso futuro se utilizando do luto de muitos para suas ações imorais. Para fechar estas duas semanas, fatos políticos são importantes. Primeiro, a invasão do Congresso Nacional por pessoas sem noção histórica ou política que pedem o fim da democracia e a implementação imediata de uma ditadura militar para salvaguardar o país. o pedido absurdo foi feito no Congresso e bem vindo, pois foi o único movimento político a experimentar tamanha liberdade e acolhimento. Em segundo, a truculência com a qual o mesmo governo que permitiu o primeiro absurdo tratou manifestantes na Esplanada dos Ministérios, acompanhada pelos parlamentares que se divertiam em um coquetel, contrários ao governo. Bandidos? Não, pessoas descontentes em uma sociedade que tem um governo que não dialoga com a sociedade civil na qual nascem e se multiplicam esses movimentos. Algumas pessoas podem questionar os meios, mas não os motivos. E, em terceiro, a briga de egos entre os Poderes Legislativo e Judiciário, com seus pseudo-heróis e verdadeiros vilões, que nos confunde ainda mais. Parece que o ano de 2016 não quer acabar e que 2017 irá lidar com questões que perdurarão por mais tempo do que merecemos.
3/all. 4/goma — neil. 5/price. 6/dorsal. 7/anormal — karaokê. 9/chaparral — virulenta.
por pedro marcelo galasso
Há uma intensidade no mundo moderno que nos deixa entorpecidos e que dificulta o entendimento do que ocorre ao nosso redor, principalmente, quando somos levados a nos concentrarmos em questões ligadas ao trabalho, famílias e coisas do cotidiano. Fatos importantes que se passam, portanto, ficam de lado ou são compreendidos de forma tardia ou parcial. Muito do que ocorreu nas duas últimas semanas ilustra tal intensidade e ordenar, ao menos parcialmente, algumas questões é algo subjetivo e difícil. Podemos pensar nas ações do atual governo do presidente Temer no que tange a nossa economia. É justo dizer que as ações apontadas como de fácil resolução não surtiram os efeitos desejados e prometidos, pois os índices econômicos não melhoram e as taxas de desemprego aumentam a cada mês. Os defensores do atual governo dirão que esta demora é natural e que leva mais tempo do que o prometido para resolver os desmandos do PT, mas não foi essa a mensagem que o governo passou aos brasileiros em sua posse. Além disso, a não discussão com setores da sociedade civil sobre a PEC 55, antiga PEC 241, tem feito crescer a oposição ao governo. Seria mais que necessária a discussão com a sociedade civil sobre algo tão importante quanto o congelamento dos gastos públicos por um período de 20 anos, cujas correções de limitam aos índices inflacionários do ano anterior. Entretanto, o governo atual, assim como muitos outros, vê o mandato como uma carta branca que lhe permite tomar decisões sob argumentos frágeis e muito questionáveis. Na calada da noite, algo que não é novidade, nosso Congresso votou medidas duvidosas que põem em rota de colisão os poderes da República, mas que ferem artigos fundamentais de nossa Constituição, nos dando a possibilidade de fazermos críticas quanto a lisura e as intenções espúrias de nossos parlamentares, outra questão que não é novidade, que pretendem legitimar mecanismos legais para práticas corruptivas. Mais triste, é
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por Shel Almeida
Quando você vai a uma entrevista de emprego, a maior preocupação é se o seu currículo profissional atende aos requisitos solicitados pela empresa, certo? Depende. Se você for mãe, é um pouco mais complicado. Imagine a seguinte cena: você e outras mulheres estão em uma sala de espera aguardando serem chamadas para entrevista individual para determinado cargo. Quando a pessoa responsável pela seleção chega, ela pergunta qual de vocês tem filho/a com menos de cinco anos. As que respondem sim são automaticamente descartadas, sem sequer terem a chance de falar sobre suas experiências profissionais. Cansadas de passar constantemente por esse tipo de frustração, diversas mães se uniram e formaram o grupo Mães Empreendedoras de Bragança Paulista, a fim de divulgar os trabalhos e serviços que realizam individualmente e fortalecer umas às outras. A primeira ação em conjunto é o Bazar de Natal que acontece às quintas e sextas, das 18h as 22h, até o dia 22 de dezembro, no Jardim Público. Além da oportunidade de apresentarem produtos e se fazerem conhecer enquanto grupo, as Mães Empreendedoras conseguiram agregar diversas atividades ao evento, como: teatro, circo, dança, contação de história, oficina de bambolê, entre outras. Essa união de empreendedorismo e arte tem a finalidade não apenas de atrair o público, mas também de oferecer recreação às crianças e, consequentemente, fortalecer a cena cultural da cidade.
Novas oportunidades A ideia do grupo surgiu depois da experiência que Graziela Silva Leme teve ao participar de um grupo de mães empreendedoras, enquanto viveu na cidade de Jundiaí. De volta à Bragança, e depois de inúmeras tentativas de se recolocar no mercado formal de trabalho, ela percebeu que por aqui não havia nada parecido. Decidiu, então, convocar outras mães da cidade a se juntar a ela. O retorno foi imediato. Em pouco tempo, o grupo que ela criou no Facebook já havia unido mais de 50 integrantes. No whatsapp, onde o contato é mais frequente, são cerca de 30 mães. Dessas, 14 irão expor no Bazar de Natal. Da apresentação virtual, elas passaram a se conhecer pessoalmente e a realizar reuniões. Em seguida se mobilizaram para conseguir espaço para realizar o bazar. A partir daí conseguiram participar de cursos oferecidos pelo Sebrae e a movimentação não parou mais. Foram agregando mais mães ao grupo, firmando parcerias com grupos artísticos para as apresentações durante o bazar e, agora, a expectativa é que a cidade compreenda a proposta que elas estão trazendo. Aos poucos, estão conseguindo fazer com que o empreendedorismo de cada uma se torne um movimento que devolve às mães o lugar na sociedade que lhes é negado, o de produtoras, realizadoras e profissionais. “Esse contato entre mães, de conseguir juntar o seu trabalho com o trabalho de outras, facilita muito, abre portas no sentido de conhecer mais pessoas, descobrir novas oportunidades e, principalmente, de fortalecimento. Eu vi tanta coisa diferente e interessante quando estive morando fora da cidade que quando voltei, me assustei que por aqui as coisas continuavam do mesmo jeito. Quando cheguei, passei por algumas entrevistas de emprego, mas a pergunta
chave para eu não ser contratada era sempre se eu tinha filhos pequenos. Foi então que eu percebi que Bragança precisava ter um grupo de mães, nós tínhamos que unir forças”, fala Graziela.
Desafios As mães empreendedoras sabem que os desafios que irão encontrar até conseguirem se consolidar enquanto grupo serão diversos, mas elas seguem confiantes. O fato de se unirem contribui muito para isso. Uma se enxerga e se espelha na outra. Dessa forma sentem que não estão sozinhas e entendem que os problemas que enfrentam para conciliar filhos e trabalho é comum para todas. O primeiro desafio, talvez o maior, é fazer com que as pessoas compreendam que o trabalho que realizam não é um “bico”. Muitas vezes, quem tem um trabalho informal percebe que as pessoas entendem aquilo como algo menor que o trabalho formal. Mesmo que o trabalho que realizam demande tempo e dedicação como qualquer outro, elas costumam ouvir perguntas do tipo “mas o que você faz para ganhar a vida”. É preciso que a sociedade comece a enxergar o prestador de serviço e o produtor de trabalhos manuais com mais respeito e atenção. E é isso que elas almejam ao se unirem. “Eu estou em Bragança há poucos anos. Quando cheguei comecei a enviar currículo e enquanto isso me virava fazendo brigadeiro e outras coisas para vender. Um dia eu entendi que eu não queria mais a vida de bater cartão e cumprir horário, Eu queria trabalhar com algo que me desse prazer, mas que pudesse me manter perto do meu filho. Hoje eu sei que tenho menos dinheiro, mas eu tenho muito mais ele perto de mim e isso não tem preço. Quando eu vi que a Graziela estava procurando mães empreendedoras eu me animei. Enviei um e-mail para ela, para entender melhor e não paramos mais, são conversas, cursos, reuniões, tudo tem nos fortalecido”, conta Carolina do Prado Maciel Leme. “Eu vim de São Paulo para cá há pouco tempo, á também com expectativa do emprego formal, mas não aconteceu. Conheci a Graziela porque nossas filhas estudam juntas. Quando ela me falou do grupo, porque já trabalho fazendo bolos, decoração de festas e bijuterias. Na hora topei participar”, fala Dercy Venâncio. Outro desafio do grupo é desvincular a ideia que trabalham apenas com artesanato. Alguns integrantes do grupo trabalham com isso, sim, mas não é apenas isso que elas oferecem. Graziela, por exemplo, além de fazer chocolate, é fotógrafa. Trabalhou nessa profissão por anos em Bragança, antes de se mudar da cidade. Dercy, além de vender os produtos que confecciona, também é massagista. Essa diversidade é o diferencial do grupo. São histórias de vida, motivações e trabalhos diferentes, mas com objetivos comuns. As Mães Empreendedoras vendem e oferecem os seguintes produtos e serviços: chocolates, pijamas e camisolas, cantinho da beleza, bonecas de EVA, artesanato, tiaras para cabelo, pão de mel, mimos de feltro, panos de prato, costuras, bala de coco, bolos, bijuterias, patchwork, crochê, tricô, MDF, vidros, latas, customização de móveis, bonecas de pano, tupperware, bolo de pote, panetones, revenda de cosméticos entre outros. Para saber mais, procure pelo grupo “Mães Empreendedoras de Bragança Paulista” no facebook.
Mães empreendedoras com as crianças. Contação de história também é trabalho de mãe e será uma das atividades oferecidas na programação do Bazar de Natal
Graziela com as filhas Giovanna e Gabrielly, Carolina e o filho Miguel e Dercy com a filha Amanda. Histórias diferentes, com objetivo comum.
O Bazar de Natal contará com a exposição do trabalho de 14 mães. Evento terá atrações culturais e será oportunidade para apresentar o grupo à cidade.
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ENCONTROS com a paisagem
D O M I N G O 11 DE DEZEMBRO DAS 10H ÀS 18H A FAZENDA SERRINHA, COMO PARTE DA PROGRAMAÇÃO DA ROTA DAS ARTES, ABRE SUAS PORTEIRAS PARA TE RECEBER. VENHA, NOSSA EQUIPE TE ESPERA!
PROGRAMAÇÃO COMPLETA ROTA DAS ARTES 09/12 SEXTA-FEIRA
10/12 SÁBADO
11/12 DOMINGO
12/12 SEGUNDA-FEIRA
13/12 TERÇA-FEIRA
no Teatro Rural
na Fazenda Serrinha (Ateliê)
na Fazenda Serrinha (Ateliê)
na Fazenda Serrinha (Ateliê)
na Fazenda Serrinha (Oca Xinguana)
14h às 19h - WORKSHOP Elisa Stecca Adornos e Relíquias inscrições arteserrinha.com.br
14h às 19h - WORKSHOP Elisa Stecca Adornos e Relíquias inscrições arteserrinha.com.br
20h - SHOW Tatá Aeroplano e Bárbara Eugenia
no Casarão 2 Irmãos
na Fazenda Serrinha (Parque Serrinha)
16h - ENCONTRO Bené Fonteles "Conversas pra adiar o do fim do mundo" com Benjamim Taubkin e Jovens do Rota das Artes
19h - TEATRO e MÚSICA Encerramento oficinas Rota das Artes 23h - INSTRUMENTAL - Falsos Conejos - DJ Davida
14h às 17h - MOSTRA Rota das Artes 14h às 17h - FEIRINHA 14h às 17h - VÍDEO "Ser caipira" 15h - PERFORMANCE Nio Far
10h às 18h - INAUGURAÇÃO Novas instalações - Laura Gorski - Eduardo Srur 10h às 18h Encontros com a paisagem
- AUDIÇÃO do CD Música na Serrinha gravado no Festival 2015 na Fazenda Serrinha (Ateliê) 21h - CINEMA Prévia do filme de Marcelo Machado sobre o encontro que deu origem ao CD Música na Serrinha
16h - MÚSICA Malungos do Baque no Teatro Rural 19h - TEATRO Cia. Cênica Tenda "A cantora careca" no Galpão Busca Vida 23h - SHOW Tonico Reis e Baque Lua Cris 23h - PERFORMANCE Trupe du Arte
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Comportamento
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Palavras cruzadas mudam o cérebro Por SUZANA HERCULANO-HOUZEL/FOLHAPRES
Treinar a modalidade faz com que áreas cerebrais diferentes sejam recrutadas para auxiliar na tarefa Cresci em uma família onde jogar palavras cruzadas, o jogo de tabuleiro, era atividade comum nos fins de semana. O jogo era concomitante a leituras ou bate-papos pontuados por protestos e comemorações. Mas existe a modalidade competitiva do jogo, contra o relógio, e com ranking nacional. Um grupo de pesquisadores na Universidade de Calgary, no Canadá, vem estudando há anos como o cérebro processa palavras e acessa a memória em competidores de torneios. A equipe de Andrea Protzner descobriu que, com a prática, os jogadores de palavras cru-
zadas identificam palavras dentre séries de não palavras usando partes do cérebro que normalmente não participariam da memória de significados dos verbetes, mas sim de percepção visual e memória imediata, ou de trabalho –aquela capacidade de manter um número de telefone em mente até digitá-lo. Jogar cruzadas portanto muda o cérebro, que coopta regiões para resolver a tarefa em questão. Os cientistas descobriram que jogadores competitivos também têm menos dificuldade em identificar palavras na vertical. Em um novo estudo, publicado na revista “Frontiers in Human Neuroscience”, a equipe investigou se essa habilidade visual com letras passa a se aplicar também à identificação de outros
tipos de símbolos. A pergunta, portanto, é quanto uma habilidade específica altamente treinada pode ser generalizada para outras. A resposta é “depende”. Em uma tarefa que requeria identificar quando um símbolo aparecia duas vezes na mesma sequência, jogadores competitivos tiveram o mesmo desempenho que voluntários sem experiência, o que sugere que a expertise dos jogadores é restrita a letras. No entanto, as regiões do cérebro envolvidas na tarefa eram diferentes entre os grupos, e ainda mais distinta quando o ranking do jogador de palavras cruzadas era elevado. O resultado confirma uma das propriedades mais distintivas do cérebro: ao contrário de
um computador qualquer, o órgão se modifica conforme o uso, tornando-se mais personalizado e melhor no que faz. Meu cérebro, por exemplo, aprendeu a enxergar anagramas e, talvez ainda mais importante, os buracos no tabuleiro onde encaixar letras para fazer muitos pontos. Hoje só perco quando jogamos os três e meu pai deixa prêmio após prêmio de triplo valor da palavra para minha mãe coletar. Meus pais me treinaram bem... SUZANA HERCULANO-HOUZEL é neurocientista, professora da Universidade Vanderbilt e autora do livro “The Human Advantage” (Amazon.com) suzanahh@gmail.com
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Serrinha fecha temporada 2016 com shows,
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peças teatrais e grande programação Tatá Aeroplano, Bárbara Eugênia, DJ Davida e Falsos Conejos (Argentina) estão entre os nomes confirmados Divulgação
A partir de hoje, o Festival Arte Serrinha – já consagrado no país, que acontece há 15 anos – e o Rota das Artes - Arte e Convivência na Serrinha, iniciado este ano, promovem um minifestival de fechamento da temporada 2016. O evento apresenta apanhado do trabalho desenvolvido no bairro que batiza as ações, com a realização de diversas atividades artístico-culturais. O minifestival acontece entre os dias 9 e 13 de dezembro, quando Rota e Arte Serrinha se unem para festejar os resultados do Festival e do projeto que ofereceu oficinas de música, teatro, artes visuais, mosaico e cerâmica para jovens da vizinhança. Vale destacar que os alunos apresentarão no Teatro Rural um espetáculo cênico montado ao longo do ano, com apresentação ao vivo das bandas formadas nas aulas, logo na abertura do evento (9). Na sequência, shows de outro projeto do bairro, o Instrumental na Serrinha – em seu quarto ano –, com apresentação da banda Falsos Conejos (Argentina) e do DJ Davida, cria da região. No sábado (10), acontece a mostra dos trabalhos de cerâmica, mosaico e artes visuais, junto com a apresentação performática da Nio Far, no Casarão 2 Irmãos. Das 14h as 17h, também acontece feirinha de artesanato, brechó. As 16h, Malungos do Baque completam o dia. Confira a programação completa no site www.edithcultura.org.br. Com programação paralela, a Fazenda Serrinha inaugura duas novas instalações – de Eduardo Srur e Laura Gorski – em seu parque, sempre aberto para visitações, que já conta com obras de Aguilar, Luiz Hermano, Bené Fonteles, Fernando Limberger, Bijari, Gustavo Godoy, Fabio Delduque, Humberto Brasil e Hugo França. Na Oca Xinguana, construída este ano por índios da etnia Kamayura – Reserva indígena do Alto Xingu/MT para o Festival Arte Serrinha – Bené Fonteles promove as Conversas pra adiar o fim do mundo, com a participação de Benjamim Taubkin. Neste dia (terça, 13), Bené e Taubkin recebem os jovens que participaram das oficinas do Rota das Artes para um bate papo. Uma iniciativa da Busca Vida e realização do Edith Cultura, a Rota das Artes – Arte e Convivência na Serrinha foi idealizada para discutir as questões referentes ao fazer coletivo e à ação artística no contexto rural. O projeto conecta a comunidade do entorno do bairro a artistas já reconhecidos, como forma de promover a troca de saberes e de dar forma artística ao conhecimento não-palpável. Paula Martins, que participou das oficinas de teatro e artes visuais, comenta que um dos principais legados das aulas foi a possibilidade de observação do lugar. “Boa parte da oficina de artes visuais foi voltada, principalmente, para a observação. Foi interessante ver as formas de interpretação de cada um nos desenhos”, conta. Para ela, que já tinha contato com a área, as oficinas foram bastante importantes, mas também para os participantes que nunca tinham sido expostos a qualquer atividade artística. “Sempre digo que Bragança é uma cidade culturalmente
ativa. Mas eu precisava ir atrás na cidade, pois a divulgação nunca chegava aqui no meu bairro. Tem o Festival da Serrinha, claro, mas o Rota atraiu o interesse dos jovens que não tinham acesso as artes e agora eles sabem que também podem correr atrás”, avalia a aluna. O lado negativo? “Foi pouco tempo!”
O Festival e a Rota das Artes
A Rota surgiu naturalmente da conexão entre o Galpão Busca Vida, no bairro desde 1997, com a Fazenda Serrinha, que apostaram no fomento as artes e no desenvolvimento cultural da região, onde atuam em parceria desde 2002. Em 2014, foi promovida uma exposição de artes integradas propondo um roteiro artístico na estrada da Serrinha - daí o nome. Já o projeto que leva o mesmo nome, tem o objetivo de promover a ocupação perene de espaços culturais já existentes no bairro, de forma que a comunidade se aproprie deles: Teatro Rural, Casarão 2 Irmãos, Fazenda Serrinha e Galpão Busca Vida, que já tem programação consolidada. Esses espaços, juntos, formam o roteiro afetivo que agora se materializa tendo como ponto inicial as oficinas. Rota e Serrinha se unem para promover, fomentar, educar, produzir e viver a arte na região, tanto para visitantes quanto para a comunidade local, buscando integrar os públicos. Além de se voltar para o entorno, o Festival iniciou no ano passado a Expedição Serrinha, que reúne um grupo de 10 artistas de diferentes áreas, estabelecendo parcerias e levando sua experiência pra locais distantes. A equipe já ‘visitou’ comunidades da Ilha do Marajó e da Zona da Mata Sul de Pernambuco, onde ajudou a criar o Festival Arte na Usina, em Água Preta, usando a mesma metodologia aplicada nos projetos realizados em Bragança Paulista. É sempre bom lembrar que o Festival Arte Serrinha chegou a sua 15º edição. O evento foi idealizado pelo artista Fabio Delduque, o jornalista Marcelo Delduque, e o empresário e chef de cozinha Carlão de Oliveira, criador da cachaça Busca Vida. Este ano, contou com o patrocínio das empresas Energisa, Sabesp, Bauducco, Todo Vino, Grupo Sigla, Centro de Alimentos e Busca Vida por meio da Lei Rouanet e do Proac-SP, do Governo do Estado de São Paulo. Vale destacar ainda que a Fazenda Serrinha promove o projeto Encontros com a Paisagem, voltado para escolas. Os participantes experimentam as intervenções artísticas, as relações com o entorno e os elementos da paisagem natural.
SERVIÇO:
O que? Minifestival de fechamento da temporada 2016 do bairro da Serrinha. Quando? De 9 a 13 de dezembro (ver programação completa no site www.edithcultura. org.br) Onde? Fazenda Serrinha, Casarão 2 Irmãos, Teatro Rural e Galpão Busca Vida.
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