904 Edição 09.06.2017

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Braganรงa Paulista

Sexta 9 Junho 2017

Nยบ 904 - ano XV jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

11 4032-3919


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Para pensar

Jornal do Meio 904 Sexta 9 • Junho • 2017

Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919

O mistério da

E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br

Santíssima Trindade

Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

por Mons. Giovanni Baresse

Pe r m i t o - m e r e t o m a r escrito de algum tempo atrás. Mesmo porque me parece que não saberia o que acrescentar. E creio que traz o essencial sobre o tema e sobre a finalidade desta página. Como que fechando o ciclo pascal (embora “oficialmente” ele termine em Pentecostes), a I g r e ja ce le br a a f e s ta d a Santíssima Trindade. Festa que entrou no calendário litúrgico por volta da metade do século XIV. Entrada tardia porque havia - e continua havendo - a convicção que todo domingo é dia da Trindade. Porém, já que a festa existe, vale a pena fazer uma parada e rever a imagem de Deus que nós temos e em que Deus nós acreditamos. Faço parte dos cristãos que receberam a primeira catequese no modo de memorização. Uma das primeiras perguntas do catecismo era: “Quem é Deus?” E toda a criançada (eu com seis anos) respondia: “Deus é um espírito eterno, não criado, perfeitíssimo, criador do céu e da terra!”. Deve haver mais alguma qualificação ou adjetivo que,

agora, não estou lembrando. Claro que para nós, crianças, a afirmação dizia pouco no sentido da compreensão. A catequista ensinava. A gente aceitava. Mesmo porque em casa e na catequese havia coerência nas respostas. Tanto os pais como as catequistas mostravam por suas atitudes que acreditavam naquilo que ensinavam. Quando, depois, se dizia que Deus era uno e trino (Pai, Filho e Espírito Santo) éramos colocados diante da palavra mistério. O mistério da Santíssima Trindade. E lá se desdobravam as catequistas a nos explicar como um eram três e três eram um. A tentativa de explicação é a tendência de todos nós. Na história de Santo Agostinho nos é oferecida a chave para crer no mistério trinitário: o mistério não é para ser enfiado em nossas cabeças. Nós é que devemos mergulhar nele. Isso nos é mostrado na experiência singela - construção simbólica trazida até nós - do encontro de Jesus menino com Agostinho numa praia. Ao ver o menino pegando água do mar

para colocar num buraquinho Agostinho pergunta o que o menino queria fazer. O garoto responde que queria colocar o mar dentro do buraquinho. Agostinho fala que isso era impossível. E o menino lhe responde dizendo que ele estava fazendo a mesma coisa: queria colocar o mistério de Deus dentro de sua cabeça. Quando vamos à praia nós entramos no mar e ele nos envolve e nos dá o prazer de vivenciá-lo com multiformes sensações. Ao tentar falar de Deus nós podemos construir imagens que são reflexo daquilo que somos. Por isso surgem imagens de um Deus que castiga, que vigia, que persegue, que se vinga. Quando Jesus Cristo nos revelou que podíamos falar com Deus chamando - o de Abbá - Pai, abre-se a oportunidade de descobrir a face verdadeira de Deus. Um Deus que no Antigo Testamento se apresentara a Moisés como clemente e cheio de compaixão, paciente, misericordioso e fiel, que conserva a misericórdia até a milésima geração, que perdoa culpas, delitos e peca-

dos (Êxodo 34,6). O v.7, que fala do castigo que filhos sofrem por erros dos pais, é a afirmação das conseqüências que acontecem a pessoas inocentes. É a constatação que a Bíblia faz daquilo que a nossa vida apresenta. Não é desejo nem determinação divina. Nosso Deus, revelado a nós por Jesus Cristo, é uma comunidade de amor que nos chama a participar de sua vida. Um Deus que nos quer introduzir na alegria de sermos seus filhos e filhas. Ao descobrir essa alegria isso nos leva a comunicá-la aos outros. Deus nos ama tanto que no seu Filho se tornou um de nós e nunca mais se separou de nós. Deus não tem medo de misturar-se conosco. Ama-nos sempre. Com um amor incansável. O Deus que cremos - Pai, Filho e Espírito Santo - se revela a nós como Amor (1ª João 4,8). E nisto nos revela que só na sua convivência nos realizaremos plenamente. Recordo, novamente, com palavras livres a constatação de Santo Agostinho: “Nosso coração vive inquieto enquanto não repousar em ti”. Só o Deus revelado por e em Jesus Cristo

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

é o Deus libertador. As outras imagens de Deus aprisionam e amedrontam. A missão, nestes tempos que nos levam a buscar os deuses do momento, é o anúncio daquele que nos criou à sua imagem e semelhança e nos predestinou a ser filhos no Filho (Efésios 1,3ss.). É sempre tempo de encontrá-lo! Encerro esta reflexão, tomando, de novo, a palavra de Santo Agostinho como uma oração que deve estar sempre em nossos lábios e em nosso coração: “Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro e eu, fora. E aí te procurava e lançava-me nada belo ante a beleza que tu criaste. Estavas comigo e eu não contigo... Agora anelo por ti. Provei-te, e tenho fome e sede. Tocaste-me e ardi por tua paz”! (Do Livro das Confissões de Santo Agostinho).

Ter ou não ter filhos: eis a questão Por MIRIAN GOLDENBERG/FOLHAPRESS

Não fiz defesa militante da opção de não ter filhos, mas fui muito questionada, especialmente por mulheres Os dados do IBGE mostram que cresceu significativamente o número de casais brasileiros que optam por não ter filhos. Hoje, são 19,9%. Em 1960, a média de filhos por mulher era 6,3. Hoje, é 1,7. As brasileiras, especialmente as que têm maior escolaridade e renda, além de terem menos filhos (ou não terem), estão adiando a maternidade para depois dos 30 anos. Para a minha geração, a principal identidade feminina era (e, para muitas, ainda é) a de mãe e esposa. Apesar da cobrança social e da pressão

das amigas, decidi, desde muito jovem, que não teria filhos. Nunca fiz uma apologia ou defesa militante da minha opção, mas fui muito questionada, especialmente pelas mulheres. “Você acha normal não querer filhos? Você tem alguma doença? Algum trauma psicológico?” “Quem vai cuidar de você na velhice? Você quer ser uma velha infeliz, solitária e abandonada?” “Você não sabe que só tendo filhos vai se sentir plena como mulher, conhecer o verdadeiro amor incondicional?” “Lembra do poema do Vinícius? ‘Filhos? Melhor não tê-los. Mas se não os temos, como sabê-lo?’”

Recentemente, no entanto, tenho escutado um discurso oposto de algumas mulheres que, no passado, criticaram duramente a minha opção. Uma amiga, com filhos de 23 e 25 anos, disse: “Você fez a decisão mais certa e corajosa. Meus filhos só me dão trabalho. Só me procuram para pedir dinheiro e quando estão com problemas. Nunca me ligam para saber se estou bem, de uma forma desinteressada”. Outra, com filhos de 29 e 32 anos, contou: “Com o que ganho como aposentada, não tenho mais como dar muito dinheiro para meus filhos. Eles estão revoltados, não reconhecem tudo que sempre fiz por eles. Dizem que sou egoísta, já que minha obrigação seria sustentá-los pelo resto da

minha vida. Eles acham que são artistas. Na verdade, são dois parasitas”. A opção por não ter filhos está se tornando cada vez mais ampla e legítima em nosso país, como já acontece em outras sociedades. Cada casal, cada mulher e cada homem têm o direito de escolher livremente a sua forma de viver, de amar e de ser feliz, sem sofrer preconceitos e violências. Você acredita que as mulheres e os homens que decidem não ter filhos vão, na velhice, se arrepender de suas escolhas? MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora titular da UFRJ e autora de “A Bela Velhice” (ed. Record) miriangoldenberg@uol.com.br


Reflexão e Práxis

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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

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mundo sem grupos diversos e no qual a sua fé se torne lei absoluta. Além disso, o terror provocado por suas ações atinge a todos indistintamente, incluindo as crianças, pois a ideia é gerar o terror, o pânico e lançar uma ameaça indistinta, sem rosto ou forma, que se torna perigosa para todos, até mesmo quando não passa de uma ameaça. O terror, portanto, é um fato concreto ou não, se manifestando como morte ou como a constante possibilidade de morte. Já para aqueles que são suas vítimas, se alimenta o desejo de vingança, por vezes a qualquer preço e a todo custo. Entretanto, como os grupos terroristas são dispersos, sem um “rosto”, e, por isso, qualquer grupo que se enquadre no perfil dos terroristas deve ser perseguido e combatido. E quem se encaixa no perfil? Quaisquer grupos de pessoas que sejam diferentes. O aumento das ações xenofóbicas nos países que recebem imigrantes, na Europa e na América, são expressões desta violência que se retroalimenta. A violência explícita do terrorismo dos atentados de Londres traz um fato novo, já observado nos atentados de Paris e Nice, na França, mas que foi tratado com hipocrisia e cuidado pelos europeus. Até estes atentados, os terroristas eram descritos como estrangeiros, como pessoas distantes, do Oriente e com todo o sentido negativo que a ideia carrega para nós, os ocidentais. No entanto, os terroristas, nestes casos, eram europeus, ou seja, pessoas nascidas e criadas segundo os valores e normas do Ocidente, não mais pessoas estranhas ou indesejáveis. A pergunta é – o que fazer? Ao que tudo indica, as respostas ainda não existem fora da esfera da violência.

Espanhol (abrev.) Mensageiro (bras.)

(?) Verde, inimigo do Homem-Aranha (HQ) Espada curta dos povos bárbaros

Coloração natural da língua

O barulho como o da sirene Sílvio de Abreu, novelista Presunçoso

Metal de reatores nucleares (símbolo)

Amanda Peet, atriz do filme "2012"

Assunto (?) Smith, Eric Clapton, abordado teórico cantor de em um do livre debate mercado "Layla"

Sensação de entorpecimento (gíria) Abreviatura de "torre", no xadrez

Fato anterior considerado no tribunal Operação realizada no Banco 24 Horas Planta ornamental cultivada em xaxim, é comum em varandas

Fêmea de felídeo doméstico

Forma de ensinar seguida por escolas

(?) cetera: e as demais coisas

Barcos típicos de clubes náuticos

Zagueiro do time do Vasco

Estado da (?) Gillan, lenda Praia de Mucuripe viva do (sigla) hard rock

Meio poluído nas megalópoles

Resultado de uma divisão (Mat.) "Paga o justo (?) pecador" (dito)

Edgar Degas, pintor de "O Absinto"

James (?), ator de "Vidas Amargas" Barulho, em inglês

BANCO

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Solução

A

S

Existe um caráter sedutor na violência que, quando justificada, se apresenta como a única saída plausível para quaisquer questões que sejam consideradas, ou seja, a violência surge como a solução das soluções, como um remédio quase divino para todas as mazelas existentes e por ser irresponsável e exigir somente a concordância cega atrai para sua esfera pessoas dos mais diversos segmentos sociais e dos mais diferentes países. Os novos atentados terroristas em Londres são expressões claras e incontestes da hipótese acima, por se tratarem de casos extremos, além de serem legitimados e justificados por uma perversão de crenças religiosas que nem de longe pregam tais atrocidades, mas que condenam milhões de muçulmanos a uma série de pré-julgamentos e colocando todos eles como inimigos do Ocidente, devendo, portanto, serem caçados, banidos e exterminados. Os atentados alimentam o ódio de ambos os lados, por sua vez, vemos o recrudescimento dos discursos religiosos por alguns grupos cristãos, algo visto nos EUA onde fuzis com trechos da Bíblia são vendidos. Como referência histórica e política, vale lembrar que o termo terrorismo vem de um período da Revolução Francesa, de 1789, conhecido como a Convenção, uma república formada ao longo do processo revolucionário, mais especificamente o período do governo jacobino, notoriamente chamado de Terror jacobino e marcado pelo uso eficiente das guilhotinas. Ainda que se guardem inúmeras diferenças entre o Terror jacobino e o terrorismo moderno, a referência é esta. Para os grupos terroristas, os atentados são expressões de sua força, de sua capacidade de organização e, principalmente, de afirmação de sua fé pervertida e exclusivista, que pretende construir um

"Getúlio", em FGV Religião (abrev.)

Benéfica para a saúde Are Imagem (símbolo) da área de trabalho de computadores

E D A I P D A G A U A P E N T E N A L D D O E N T E D P B A I A R A R E N T E N E D O I S E

por pedro marcelo galasso

Ficha (?): barra candidatos corruptos

L E I A N D R O M G E S P R E L A R O S E A E S T R I D S A A F E T A P R E C E D T M A S A M A M E A T Q U O C I U D E A P E L O N

da violência

Tornar mais espesso Oliver (o mingau) Stone, ciExaminar novamente neasta de "Selvagens" (um texto)

2/et. 3/ian. 4/dean. 5/breno — limpa — noise — rósea. 6/método. 7/afetado. 9/andrômeda.

A sedução

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Pedro Marcelo Galasso - cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com

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por Shel Almeida

São várias as associações, em

O enxoval completo é uma conquista

Bragança, que trabalham em

delas. Mas no final todas recebem tudo

prol da comunidade, crianças e

da mesma forma. Os kits são montados

adolescentes, em geral, são os mais bene-

por meio de doações que recebemos.

ficiados, com instituições que atuam não

Em alguns casos conseguimos doar a

apenas na área social, mas também na

elas carrinhos e outros itens também.

cultural e educacional. Essas instituições

Normalmente o grupo de gestantes é a

oferecem para parte da população meios

porta de entrada para a instituição. Elas

de acesso a elementos importantes da

chegam assim que se descobrem grávidas

formação humana que não chegariam

e ficam até que o bebê nasça. A intenção

de outra forma. Em um país em que a

é que continuem depois do parto, mas

desigualdade social é nítida, o trabalho

são poucas as que permanecem, muitas

assistencial realizado pelo terceiro setor

por conta das dificuldades de ter uma

é fundamental pois consegue chegar a

criança pequena em casa. Algumas já

lugares onde o poder público não chega.

têm filhos maiores que participam de

Nesse sentido, é de extrema importân-

outras atividades. As oficinas acontecem

cia que a sociedade civil reconheça e

às segundas, com a turma de gestante,

contribua para a manutenção de ações

a do 1º artesanato 1, que é para as mães

que alcancem aqueles que são mais

com bebês, a de 2º artesanato, que é a

vulnerável às mudanças econômicas

turma mais avançada e que participa de

e governamentais que atingem o país.

bazares com produtos feitos por elas e

Quanto menores se tornarem os des-

a da terceira idade, que é a mais cheia,

níveis socioeconômicos, melhor será a

a das vovós”, conta.

sociedade para todos.

Além do Jardim do Cedro, a instituição

Uma dessas associações é a Casa de

atende mulheres que vivem nos bairros

Jesus - Sociedade Espírita, que atua no

do Toró, Águas Claras e até em locali-

Jardim do Cedro e redondezas. Fundada

dades mais distantes, como o Parque

em 1993, hoje conta com 40 voluntários

dos Estados. O requisito para que as

e atende 60 famílias que, no decorrer

gestantes participem das atividades é

do mês recebem assistência por meio

apenas o acompanhamento médico da

de cursos oferecidos pela casa, como

gestação.

A “Turma das Vovós” é a mais cheia e a mais animada!

artesanato, música, inglês, violão, ballet, além de alimentos, roupas, brinquedos,

Crianças

produtos de higiene pessoal e enxoval

Aos sábados as crianças passam a

para as gestantes, tudo custeado e man-

manhã na instituição, com atividades

tido pelos próprios voluntários.

que vão de laboratório musical a aula

De acordo com Natália Fuentes, coor-

de ballet. Muitas das mães que já pas-

denadora da área de assistência social,

saram pela grupo de gestantes vêm

quando o grupo à frente da instituição

para acompanhar os filhos e também

recebeu a missão de comandar o espaço,

participam de cursos.

em 1998, encontrou um lugar precário.

Para a casa é importante que as famílias

“Mas, ao longo de 19 anos de muita luta

participem, por isso a preocupação em

e muito trabalho, conseguimos melhorar

oferecer atividades para as gestantes

a nossa estrutura física e espiritual e

e mães. Mas, no final das contas, são

acolher a comunidade carente que vive

mesmo as crianças que frequentam

nas proximidades da Casa de Jesus. A

com maior empenho e as mães chegam

instituição, sem fins lucrativos, tem por

por consequência. São os pequenos

finalidade o estudo, a prática e a difusão

que trazem a família e não o contrário.

do Espiritismo, para assim prestar assis-

“Atendemos desde bebês até adolescen-

tência espiritual ao próximo e levá-lo a

tes. As mães vêm para acompanhar as

vivenciar o Evangelho de Jesus de maneira

crianças e ficam. Aos sábados atende-

voluntária, consciente e permanente e,

mos 100 crianças, de 22 famílias. Em

ainda, prestar atendimento, educacional

todo final de atividade, para todos os

profissional, moral, espiritual e material

grupos, oferecemos um café. E no final

gratuita, com o objetivo de sua promoção

do mês cada família recebe uma cesta

humana e social, sem distinção de raça,

básica” diz.

cor, nacionalidade ou religião”, explica.

Doações

Gestantes

Todas as atividades oferecidas pela Casa de Jesus é custeada pelos próprios voluntários ou por meio de doações. A instituição aceita doações de roupas e utensílios para bebês para montar o enxoval para as gestantes e também de itens para manter as atividades, como produtos de limpeza, alimentos e mesmo itens para as oficinas de artesanato. Voluntários de qualquer área também são bem vindos. Amélia conta que, por um período, uma médica prestava assistência no local, o que contribuía muito, não apenas com as mulheres grávidas, mas também com as idosas.

Uma das preocupações - e diferencial - da instituição, é atender gestantes. Segundo a colaboradora da casa, Amélia Lustoza Campanha, a condição para que as mulheres grávidas participem das atividades da casa é que façam o acompanhamento pré natal no posto de saúde localizado bem em frente ao espaço. “Durante as atividades elas vão recebendo doações de peças para o enxoval do bebê, Cada vez que participam, recebem um item diferente. No final da gestação, ganham a malinha completa. É também um incentivo para que venham. Aqueles que frequentam mais, vão mantendo a mala mais cheia.

A Casa de Jesus fica na Rua José Dominice, 742 Para mais informações, entre em contato com Natália Fuentes pelos números 11 94151-4333 ou 11 99654-2662

Gestantes atendidas pela Casa de Jesus precisam fazer acompanhamento pré natal para participar do curso. No final recebem enxoval para o bebê.

Casa recebe doações que repassa para as pessoas atendidas, Todas as atividades são custeadas dessa forma, ou pelo próprios voluntários


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Safran Foer discute

crise de meia-idade e futuro de Israel

‘Aqui Estou’, lançado agora no Brasil, mescla visões macro e microscópicas ‘O que podemos mudar e o que não podemos?’, questiona, em entrevista à reportagem, dias depois de atentado em Manchester Por DIOGO BERCITO/FOLHAPRESS

Jonathan Safran Foer, 40, escreveu “Aqui Estou” com uma espécie de lente bifocal imaginária. Ele vê, afinal, dois mundos: um macroscópico e outro microscópico. O livro, publicado em 2016 e lançado agora no Brasil pela Rocco, começa com a frase “quando a destruição de Israel teve início”, que determina o contexto mais amplo da história. Mas o texto investiga, em paralelo, detalhes da vida de um judeu em Washington. A dinâmica entre as perspectivas, diz o americano à Folha, surgiu naturalmente na escrita. “A maior parte das pessoas sente essa confusão de escala. O que é grande e o que é pequeno? O que podemos mudar e o que não podemos?”. O autor, um dos mais celebrados de sua geração, faz essa série de indagações dias após uma explosão deixar 22 mortos em Manchester, na segunda-feira (22) e, então, estica as perguntas até ali. Depois de um atentado como aquele, em que meninas e suas mães foram mortas, “o que podemos fazer, e o que precisa ser feito?”, questiona. “Por que nós nos tornamos essas pessoas; será que passamos do ponto em que não há mais retorno?” A conversa ao telefone é marcada por esses questionamentos. Ele confessa, quase só a si mesmo, que a própria expressão “ponto sem retorno” caiu em desuso, apesar de fasciná-lo. Mesmo com as constantes entrevistas a meios de comunicação de todo o mundo –ele é o autor-prodígio de “Tudo se Ilumina”– afirma que aproveita a oportunidade para pensar com outras pessoas. E diz não se entediar. DISTOPIA Safran Foer enxerga um ponto de inflexão em três exemplos que dá, ao telefone: o aquecimento global, o Oriente Médio e os EUA. Nesses casos, inquire ele, já passamos de um limite? Ele descreve em “Aqui Estou” um futuro distópico em que Israel, após sofrer um terremoto destrutivo, tem de travar uma dura guerra. Distopias parecem estar na moda. Acaba de estrear a série “The Handsmaid’s Tale”, baseada em “O Conto da Aia”, de Margaret Atwood, sobre um cenário

em que os EUA são governados por uma teocracia e as mulheres perdem seus direitos civis. A Folha pergunta ao escritor se ele consegue imaginar um futuro assim. Ele diz: “É difícil enxergar qualquer futuro agora. Fui uma das pessoas que fizeram completo pouco caso da possibilidade de que Donald Trump fosse eleito presidente dos EUA”. Safran Foer critica o que chama de “voto narcisista”, aquele feito “para sentir-se bem, mais do que pelo resultado que queremos”, que relaciona à eleição de Trump e ao “brexit”, decisão britânica de deixar a União Europeia. Mas com uma ressalva a seu próprio dito: “O futuro é aquilo que a gente faz, e não só o que fizeram dele”.

premiê israelense, Binyamin Netanyahu. “Não sei se ‘crise’ é a palavra”, diz Safran Foer. “Talvez seja. Mas a relação entre os judeus americanos e Israel nunca esteve tão distante.” “Não é que os americanos não queiram ir a Israel por causa de Netanyahu. Eles simplesmente não querem. Não existe mais espaço para o país na imaginação deles.” A política, afirma, exacerba os sentimentos, e leva a sua última pergunta na entrevista.

“Os judeus americanos poderiam sobreviver sem Israel e vice-versa? Suspeito que sim. Mas, como o livro diz, não saberemos até que o momento chegue”, conclui. “Por que nós nos tornamos essas pessoas; será que passamos do ponto em que não há mais retorno? O futuro é aquilo que a gente faz, e não só o que fizeram dele - Jonathan Safran Foer escritor americano Foto: Divulgação 07.03.2016

MEIA-VIDA Toda essa ideia de pontos sem retorno culmina nas crises de Jacob Bloch, protagonista de “Aqui Estou”. Em especial, na crise de meia-idade, que Safran Foer descreve como “a sensação de passarmos de um estágio”. Ele talvez entenda bem a situação –a obra tem paralelos com sua própria vida. Divorciou-se entre seu livro anterior e este. Seu personagem Jacob vive, em “Aqui Estou”, uma crise conjugal. “Escrevo de maneira bastante pessoal”, diz –o que faz da obra, como as anteriores, uma discussão viva da identidade judaica dentro da qual Safran Foer foi criado. “Tento pensar, enquanto escrevo, em como incluir minhas experiências formativas, e fui formado em um contexto judaico”, diz. “Não religioso, mas judaico.” O título do livro, no entanto, tem bastante do sagrado. “Aqui Estou” –”hineni”, no termo hebraico– foi o que Abraão respondeu a Deus quando chamado. A ideia é discutida dentro do livro, e o título rondou todo o processo de escrita. “Eu estava resistindo até o fim. Parecia ser muito direto”, diz. “Mas foi difícil resistir. Como uma doença do livro.” A relação entre macro e micro, em “Aqui Estou”, evidencia também a dinâmica entre a diáspora judaica nos EUA e o Estado de Israel. Há alguma tensão nessa identidade, com comunidades de judeus americanos se afastando, por exemplo, das políticas do

O escritor americano Jonathan Safran Foer, 40, autor de “Tudo se Ilumina” e “Extremamente Alto e Incrivelmente Perto”.

Casa Cor 2017 Jovens arquitetos exibem projetos sustentáveis e com móveis multiúso

PorJÚLIA ZAREMBA/FOLHAPRESS

Entrar para o seleto time de arquitetos e designers da Casa Cor, especialmente quando jovem, não é fácil. Dos 105 participantes da mostra deste ano, apenas 14 são estreantes no evento e 35 têm menos de 30 anos. Mas, segundo os organizadores, o investimento em novos talentos tem sido cada vez maior. “Os grandes nomes enriquecem a mostra, mas é importante renovar o elenco de participantes de tempos em tempos para refletir as novidades do mercado”, afirma Livia Pedreira, diretora da Casa Cor. No ano passado, foram nove estreantes. O mais jovem da nova safra é o estudante de arquitetura Lucas Coelho, 18. Natural de Osasco, na Grande São Paulo, ele ganhou visibilidade e conseguiu um passaporte para participar do evento após vencer um concurso da marca Deca em 2016. O desafio era projetar um banheiro para um youtuber. Na época, tinha 17 anos e fazia um curso técnico de design de interiores. Na Casa Cor, o desafio foi outro: criar um lavabo de oito metros quadrados. Ele apostou em tons escuros, grafite na parede e em um grande espelho. Bem “urbano”, como definiu o seu primeiro projeto executado. “Dá para fazer coisas muito criativas em espaços pequenos”, diz Coelho, que pretende montar um escritório de arquitetura no futuro. Foi também um concurso que abriu as

portas da Casa Cor para Alan de Carvalho, 25, Ana Dora Buss e Breno da Silveira, ambos de 26. O trio, que se conheceu na Universidade Federal de Pelotas (RS), teve que elaborar um projeto para um espaço de debates e cursos do evento chamado Café do Saber. Eles concorreram com 90 estudantes e profissionais de arquitetura e design na competição, da Casa Cor, da plataforma Muuving e do Istituto Europeo di Design. “A ideia foi levar o Jockey para dentro do projeto. Criamos baias metálicas, que lembram as de corrida de cavalos, e pufes que imitam arquibancadas”, diz Buss. O espaço tem 116 metros quadrados. Para ela, deve haver troca entre velha guarda do evento e calouros. “Eles nos transmitem conhecimento, e contribuímos com novidades.” Um dos projetos mais inovadores da mostra, a casa sustentável foi feita por Mariana Crego, 25, que está no evento pela segunda vez. O espaço, de 63 metros quadrados, foi construído com madeira de reflorestamento e ganhou o selo Aqua, concedido pela Fundação Vanzolini a construções ecológicas. “Não é preciso ser hippie ou esquecer seu estilo para ser sustentável. O importante é ser consciente na escolha dos materiais”, diz ela, que se inspirou na Tailândia para decorar o espaço. Para fazer o projeto, investiu cerca de

R$ 600 mil. “Fiz mais pelo sonho, mas sempre esperamos um retorno, direto ou indireto”, afirma. André Bacalov, 26, Kika Mattos, 29, e Marcela Penteado, 27, do TriART Arquitetura, também tiveram de construir uma casa, mas num espaço bem menor, de 38 metros quadrados. Eles criaram um sofá

multifuncional, que serve como um banco de jantar, e instalaram um lavatório na parte de trás da cama. “Para nós, design é ter forma e função. E é tendência, em espaços menores, ter peças com várias funções”, diz Bacalov, destacando que só foram usados móveis de designers brasileiros. Foto: Zanone Fraissat/Folhapress

Levabo Deca, criado pelo estudante Lucas Coelho, 18


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Jornal do Meio 904 Sexta 9 • Junho • 2017

De cada 10 start-ups brasileiras,

6 são histórias de fracasso Por FILIPE OLIVEIRA/FOLHAPRESS

O sonho rotineiro de uma empresa de tecnologia novata é obter dinheiro de investidores e, em pouco tempo, virar um caso de sucesso. Porém, para a maioria das start-ups brasileiras, a realidade mais comum é o fracasso. Levantamento da Folha com as três principais aceleradoras de start-ups do país nos anos de 2012 e 2013 (ACE, 21212 e Wayra, especializadas em investir e ajudar negócios iniciantes) mostra que, passado esse período, a maior parte das companhias selecionadas para receber investimentos não obteve sucesso. Das 60 apoiadas, 61,5% delas (37) fecharam ou investidores abriram mão de suas participações por não verem chance de retorno. Entre as empresas de modo geral, a taxa de mortalidade é de 33% em dois anos, segundo índice do Sebrae -a instituição não possui avaliações para períodos de tempo maiores. Um índice de fracasso nesse nível é normal para o mercado das start-ups de tecnologia, de acordo com Gilberto Sarfati, professor da Escola de Administração da FGV de São Paulo. Um dos motivos para isso é o fato de essas empresas estarem envolvidas em um cenário de alto risco e incerteza. Isso porque, em geral, os modelos de negócios propostos pelas start-ups ainda não existem e é muito comum que eles simplesmente não sejam tão bem recebidos pelo mercado como se espera. Por isso, investidores apostam em dezenas de empresas, sabendo que a maioria vai fechar

e as que tiverem sucesso irão compensar o dinheiro que foi perdido. Para tentar diminuir as chances de erro, investidores experientes só colocam dinheiro em uma start-up após a avaliação de centenas de projetos e currículos de empreendedores. “A mortalidade nunca nos preocupou. A preocupação nossa está em encontrar aqueles que conseguem crescer acima da média de forma constante”, diz Pedro Waengertner, sócio da ACE. “Se a gente investe em dez empresas em um ano, sabemos que, em cada uma dessas turmas, teremos uma campeã, outras terão um resultado razoável e outras não darão certo”, afirma Renato Valente, diretor da Wayra (da Telefónica). Do levantamento realizado pela Folha, apenas 7 das 60 empresas foram vendidas, 3 delas para grandes empresas -principal objetivo de quem investe nessas companhias iniciantes.

Foto: Zanone Fraissat/Folhapress

BRIGAS Na hora de explicar os motivos que levam ao fechamento das start-ups, os responsáveis pelas aceleradoras foram unânimes: o principal culpado é o desentendimento entre os sócios. Rafael Duton, sócio da 21212, afirma que em sua aceleradora essa foi a causa de 60% dos fechamentos de start-ups. “A maioria das empresas não morre, elas se suicidam. Não dá para culpar os empreendedores por isso, a atividade deles é muito intensa.”

Daniel Bedoya (à esq.), diretor para o Brasil da Cabify, e Rogério Guimarães, 33, diretor da área de novos negócios.


Jornal do Meio 904 Sexta 9 • Junho • 2017

Filhos e Companhia

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Experiência vivida após a maternidade rende ideias de produtos e serviços que podem ser colocadas em prática com auxílio de redes de apoio e aceleradoras

por ANNA RANGEL/FOLHAPRESS

Três em cada quatro empreen-

A empresa, hospedada no Campus São

As empresárias devem ter em mente

dedorismo do Insper Marcelo Nakagawa.

dedoras abrem a empresa após

Paulo do Google, fatura R$ 50 mil por

que flexibilidade de horário ou trabalho

“Abrir a empresa sozinha tende a ser uma

a chegada dos filhos, muitas

mês e vai receber um aporte de R$ 800

em casa não significa uma jornada mais

má ideia, já que a qualidade do serviço

atraídas pela possibilidade de horários

mil de investidores.

curta, explica Fontes.

pode oscilar, o que mina a competitivi-

mais flexíveis e do desejo de mudar a

As redes podem até servir como uma

“Não vejo como trabalhar meio período e

dade do produto.”

trajetória profissional. Os dados são

amostra incipiente de mercado, aponta

construir um negócio de impacto, já que

da Rede Mulher Empreendedora, que

a consultora do Sebrae Juliana Berbert.

isso demanda dedicação”, diz.

90% - das mulheres empreendedoras in-

entrevistou cerca de 1.400 pessoas em

“Isso porque um dos erros mais comuns

Para evitar a carga excessiva de trabalho,

vestem nas áreas de comércio ou serviços

agosto de 2016.

é não saber diferenciar uma necessidade

é vital buscar sócios com habilidades

29% - investiriam mais na empresa se

O universo das pequenas empresas que

de mercado de um problema pontual

complementares. Por exemplo, um que

tivessem mais acesso a linhas de crédito

surgem inspiradas pela maternidade está

daquela mãe”, diz.

prefira vender e outro que fique à frente

65% - não têm sócios

em expansão. Há até uma aceleradora

Para Ana Fontes, fundadora da Rede

da produção, diz o professor de empreen-

Fonte: Rede Mulher Empreendedora

focada no segmento: a B2Mamy, funda-

Mulher Empreendedora, vale oferecer

da em 2016 pela farmacêutica Danieli

protótipos a amigos ou vendê-los em

Junco, 36.

pequena escala para testar a aceitação

A ideia é aproveitar as metodologias do

ao produto.

Vale do Silício e aplicá-las em empresas

Antes de abrir a Brincateca, que monta

criadas por mães. “Estimulamos uma

espaços lúdicos em locais como restau-

rede de apoio às empresárias, já que

rantes e clubes, as advogadas Camila

percebemos que é muito comum que

Moreira, 37, e Maria Célia Malheiro, 32,

troquem produtos e ideias entre elas”,

buscaram orientações de carreira e con-

afirma Junco.

sultaram amigos com filhos e donos de

No primeiro mês, os 32 negócios parti-

estabelecimentos.

cipantes venderam R$ 40 mil entre si.

“Todos nos diziam que havia potencial, já

Foi graças às conversas entre empreende-

que os pais querem descansar enquanto

doras que a publicitária Karen Kanaan,

seus filhos brincam”, afirma.

39, criou o carro-chefe da Baby & Me,

A empresa, criada em 2016, teve inves-

fundada em 2015: o protetor de berço

timento inicial de R$ 50 mil. O plano é

para crianças em fase de desfralde, que

fechar este ano faturando R$ 30 mil por

já vendeu 150 mil unidades.

mês. Os desafios são muitos: Moreira,

“No grupo, as mães sugeriam usar um

que ainda não se dedica só à empresa,

tapete para que cães não molhassem

trabalha depois que os filhos vão dormir.

suas caminhas e percebi a falta de um

O expediente extra pode se estender até

produto do tipo”, afirma.

3h da manhã.

Arte: Folhapress


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Jornal do Meio 904 Sexta 9 • Junho • 2017


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