929 Edição 01.12.2017

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Braganรงa Paulista

Sexta

1 Dezembro 2017

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Jornal do Meio 929 Sexta 1 • Dezembro • 2017

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Eis que ele vem! por Mons. Giovanni Baresse

As celebrações natalinas têm, para os cristãos católicos, um momento de expectativa: o Advento. Na pedagogia do sentido e aprofundamento dos momentos fundamentais da vida da Igreja há sempre um convite à reflexão. Parar para pensar naquilo que se vai celebrar, naquilo que se vai “tornar célebre”, que não pode ser jamais esquecido. Os cristãos todos celebram, às vezes com diferenças, o nascimento Daquele que é “a razão de sua esperança” (cf. 1 Pedro 3,15). Essa data marca a presença do Emanuel (Deus conosco). Para a fé cristã é o momento em que Deus se faz carne, se faz pessoa humana. São Paulo dirá que na Encarnação o Filho se desvestiu de sua divindade e se revestiu de nossa humanidade, tornando-se semelhante a nós em tudo, menos no pecado. Para recordar esse acontecimento há um tempo litúrgico de preparação que se chama Advento, espera. A comunidade dos cristãos faz

um caminho em preparação à presença do Messias prometido. Vale a pena lembrar algumas pistas que ajudam a viver a preparação para o Natal. Vejamos: As cores dos paramentos utilizados nesta época têm o tom violáceo, rosa e roxo. A cor roxa (e derivados) é uma cor ao mesmo tempo bonita e triste. Seu significado, nesta circunstância, quer lembrar a alegria por Aquele que vai nascer e a preocupação, tristeza, porque Ele ainda não nasceu. Se me permitem é como o sentimento de uma criança na espera de um presente: alegre porque vai ganhá-lo, e triste, esperançoso, porque ainda não o ganhou. Costuma-se ter nas igrejas a Coroa do Advento com quatro velas, cada uma acesa a cada domingo. Recordam o costume judaico de celebrar a vinda da luz à humanidade, dispersa pelo mundo nos quatro pontos cardeais. Vamos recordar o sentido da Coroa como auxílio pedagógico para viver bem este tempo da espera do Senhor: o

círculo não tem começo nem fim. Serve para lembrar que o amor de Deus por nós é sem fim. As ramas verdes lembram que, mesmo no inverno, muitas árvores permanecem verdes. Servem para lembrar que nunca devemos perder a esperança. As fitas vermelhas recordam a presença do Espírito em nossas vidas. As quatro velas representam as quatro semanas que antecedem o Natal. Serão acesas uma a uma. Partindo do dia sem luz até quando a Luz do Mundo chegar! As celebrações e símbolos têm a finalidade de reavivar a Esperança. Virtude que impele a não desanimar diante dos desafios que o quotidiano apresenta. Na história do povo judeu encontramos pistas para balizar nossas atitudes. Como escrito em outras ocasiões, a literatura apocalíptica nos apresenta atitudes de resistência para não perdermos o rumo de nossas vidas. Quando da dominação dos reis de origem grega (entre os séculos II e I antes de Cristo) houve, na co-

munidade judaica, movimento de oposição às determinações de abandono da fé, dos usos e costumes. Surgiram escritos que, em linguagem simbólica, procuravam encorajar o povo sofrido. Fazia- se a memória dos tantos reinos que tinham oprimido o povo e que tinham sido, afinal, derrotados. Em Daniel 7 encontramos a indicação dos reinos da Babilônia (leão), dos Medos (urso), da Pérsia (leopardo) e do reino atual (um animal terrível e espantoso e extremamente forte: com enormes dentes de ferro... muito diferente dos animais que o haviam precedido...), cuja dominação começa com Alexandre Magno e, naquela época, era personificada por Antíoco IV Epífanes). Esses reinos surgem do mar, lugar do mal na concepção dos escritos bíblicos. Todos eles seriam superados e batidos por um filho do homem que viria nas nuvens (viria do céu). Este rei teria um coração humano. Ao longo do tempo firmou-se a esperança de um rei (Messias) que um dia faria voltar os esplendores dos reinados de Davi e Salomão.

Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

Assim o povo leu. Os cristãos viram nessa promessa o anúncio de Jesus Cristo. É ele aquele que vem do céu e com coração de homem redime se povo. O seu reino não será a repetição dos reinos humanos. Ele não será um rei que virá para oprimir. O seu reino será marcado pela doação total. Pela entrega suprema da própria vida. Longe de dominar será aquele que servirá. Sua vida é modelo para ser seguido pelos que nele acreditam. Daí celebrar o Natal é prepará-lo para que sua celebração não se confunda com uma festa qualquer que passa sem deixar marcas comprometedoras. O Natal é a celebração de que o projeto divino da salvação (que todos vivam como filhos e filhas de Deus) continua a caminho, esperando sua realização plena quando Cristo for tudo em todos.


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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

© Revistas COQUETEL

Cosmético para as pálpebras O efeito do sossega-leão

Poeta cuiabano de "Menino do Mato" e "Livro sobre Nada"

Parte 1

Agitar (a mão) Cheque de crediários

"Família (?)", antiga série da HBO

Lista de candidatos em eleição

(?) de Aquário, período astrológico

O traje típico da festa junina

Observei Esmalte incolor para unhas

Ave de relógios Reclama (gíria) Brado irônico da torcida vitoriosa

Miseráveis Elegância; galhardia

(?) de contrição, oração cristã Para você "Disc", em CD

Conceituada universidade francesa

O "você", na internet Artigo definido (pl.)

A "casa" do filósofo Diógenes (Ant.) Recurso do atalho Ctrl+V, no micro Recobre o ferro galvanizado Substantivo associado à paixão

Deus grego, pai de Hedonê (Prazer) Atração turística de Petrópolis (RJ)

BANCO

Ordinal (abrev.) Sufixo de "gatona"

Lítio (símbolo) A mim (Gram.) Partícula escocesa Veículo para neve

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Solução

de Bragança Paulista, na rua da Churrascaria do Lago do Sul com terraplanagem feita com 15 metros de frente por 40 metros de fundo. Ideal para conjunto se salas comerciais, clínica médica, flat, restaurante....

I R

Taboão na entrada da cidade

S

Linda vista para o Lago do

O

Terreno Comercial 600 m2

D

Vende-se

G E

N O S G E D I R V I B AS E O H AT I D O S T N C O D O R L I M A C E R A

Pedro Marcelo Galasso - cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com

S G P O R T U I M R A B R A N P R A N O R A Q E C U C C H I A S V A L I O AP I P RB O Z I O S A R N O N A N E R T E U D E C

soberania tiver como último depositário o povo. O governo é o instrumento que assegura a vida e a propriedade, o bem-estar dos governados sem os escravizar já que aquele não é o mestre do povo; foi criado por ele, voluntariamente, e é mantido por ele para zelar pelo seu bem comum. Aqueles que foram colocados para governar o povo não o fazem em uma relação de mestre-escravo e nem mesmo pai-filho. São oficiais eleitos pelo povo para implementar determinadas tarefas e os seus poderes devem ser desempenhados de acordo com aquela confiança colocada suas mãos por seus eleitores, pois o poder se fundamenta na confiança; é uma delegação e a comunidade política é uma organização de iguais na qual os homens entram voluntariamente para conseguirem juntos aquilo que não podem conseguir em separado. Através do contrato social se realiza entre os membros da coletividade o depósito da confiança em um ou mais indivíduos para que estes exerçam o poder. Portanto, o governo não é o destino do povo; ele é um com o povo. O Estado constituído exerce o poder político e este consiste do direito de formular leis com pena de morte e, portanto, todas as penas menores, de regulamentar e preservar a propriedade, de empregar a força da comunidade na execução dessas leis, de defender o Estado contra inimigos, tudo isso para o bem público já que esses direitos são renunciados pelo indivíduo para ingressar na coletividade e escolher permanecer nela. Em troca, promete ao Estado a obediência e o apoio, reconhecendo suas responsabilidades e seus deveres. Toda força e todo poder dessa comunidade de indivíduos livres derivam desse reconhecimento.

Luíz (?), cartunista brasileiro

M A N O E L D E B A R R O S

Estamos habituados, de forma equivocada, a pensar que as revoltas sociais e políticas nasceram do pensamento político de esquerda, seja qual for o significado atual do termo, mas, de fato, a prerrogativa da revolta contra os maus governantes tem como um de seus defensores na figura de John Locke, o pai do Liberalismo. Este pensador inglês, fundamental para a compreensão da dinâmica Política moderna, fez uma série de questionamentos e de colocações sobre as formas e os papéis dos governos. Na filosofia política, o princípio que se aplica a todos os Estados é o de que o governo só pode existir com o consentimento dos governados. O governo que já perdeu a confiança do povo não tem mais o direito de governá-lo e Locke assume esta postura contra a ideia de direito divino dos reis, pois o rei, conforme esta teoria, é ungido por Deus para seu povo e não acredita na força cega das escolhas populares, marcadas pelas manipulações e pelos conchavos políticos. Em consequência, a relação entre o rei e os súditos é aquela mesma que vigora entre pai e filho algo que não é mais compatível com a organização moderna dos Estados, além de ser impossível provar o direito divino dos reis, nem mesmo a prática política do coronelismo, da troca de favores e das práticas corruptivas teriam espaço no universo político de Locke. Ele também se coloca contra a teoria de Hobbes que sujeita os governados à vontade absoluta do governo, sob o pretexto de que, do contrário, nenhuma sociedade era possível e esta é uma imagem comum defendida por pessoas que acreditam que a força cega do Estado, com a adoção de práticas violentas é a única salvação política viável e plausível, pois Locke afirma que o bom governo e a boa sociedade só são possíveis quando o poder do governo é limitado e a

Soltar a voz (o gato)

4/eros. 5/garbo — zinco. 7/brandir.

por pedro marcelo galasso

Classificação filatélica do Parte do selo Olho míssil de Boi (pl.)

Fertilizante de origem natural

MU

Locke e o Brasil

Inconvenientes; intempestivos


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por Shel Almeida

Tem se tornado cada vez mais comum a busca pela saúde por métodos alternativos à medicina tradicional. Os mais conhecidos são a homeopatia, a acupuntura e a yoga. No entanto, o que é considerado alternativo para nós, no ocidente, é prática habitual e secular no oriente, com resultados mais do que comprovados. Quem busca esses métodos está à procura não apenas da manutenção da saúde, mas também de bem estar e qualidade de vida. Conversamos com profissionais de duas dessas práticas que vêm se popularizando e que hoje já possui muitos adeptos em Bragança: o Educador Físico e Psicólogo Marcelo Martinelli, que se dedica ao ensino do Tai-Chi Chuan e a Terapeuta Corporal Jéssica Álana Zenorini, que oferece tratamento por meio do Shiatsu. Lazer ativo De acordo com Marcelo, com o Tai-Chi Chuan “todos podem aprender e desenvolver força, flexibilidade, equilíbrio e coordenação motora. Aspectos psicológicos são revitalizados como atenção, memória, concentração e raciocínio juntamente aos aspectos emocionais, que envolvem paz, tranquilidade, calma, afetos positivos, confiança e segurança. Os sistemas respiratório, cardiovascular, digestório e também músculos, ossos e tendões são fortalecidos e harmonizados por meio de um equilíbrio dinâmico. O Tai-Chi Chuan faz parte das técnicas psicossomáticas dentro do universo da medicina chinesa e conquistou o mundo ocidental por conta dos inúmeros benefícios que pode trazer a saúde”, explica Marcelo. O Tai-Chi Chuan pode ser considerado um tipo de “lazer ativo”, ou seja, prática de atividades físicas e saudáveis no tempo livre, nos momentos de lazer “É uma prática com filosofia, pois integra o homem à natureza e pode ser praticada por pessoas de qualquer idade, por utilizar de movimentos lentos, suaves e sem impacto. Há, inclusive, indicação médica para tratamento de estresse e ansiedade, por exemplo, pois afeta a respiração. A pessoa que pratica o Tai-Chi Chuan se reapropria do próprio corpo. Pessoas da terceira idade têm buscado a prática para combater hipertensão, diabetes, fraqueza muscular (sobretudo dos membros inferiores) e também para harmonizar as emoções e pensamentos. O Tai-Chi Chuan destaca-se por ser um exercício marcial lúdico que reúne arte, poesia, circularidade, domínio e controle”, conta. Além de todas as vantagens, algo bem interessante no Tai-Chi Chuan é que, de acordo com Marcelo, não existe técnica perfeita. Cada praticante faz ao seu tempo, respeitando os próprios limites.

paciente há acúmulo de energia. “A massagem é uma das terapias mais antigas que existe, praticamente instintiva, a gente pratica isso cotidianamente é nem percebe, quando usamos do toque para aliviar alguma tensão. Os benefícios são desde os mais locais, musculares e mecânicos, até os mais abrangentes, sistêmicos, psicológicos e energéticos. O Shiatsu, especificamente, trabalha com o equilíbrio do fluxo energético. A prática melhora a circulação sanguínea e dos vasos linfáticos, alivia o estresse e melhora a circulação e ainda previne doenças, pois já que ajuda a fortalecer e regular os órgãos, contribui para a imunidade, cumprindo um papel preventivo.

Além disso, auxilia no tratamento de problemas de saúde já estabelecidos, desde os respiratórios, circulatórios e musculares, até os de bloqueios emocionais, como ansiedade e medo. O que eu acho mais interessante de tudo isso é que é uma técnica que ajuda a manter a saúde sem ter nenhum efeito colateral”, fala Jéssica. O que é comum se chamar de tratamento alternativo, a terapeuta corporal explica que para melhor entendimento, o mais adequado é considerar como terapias integrativas e complementares: “Integrativa por conta desse olhar abrangente para o indivíduo, um olhar não especialista, no sentido de reduzir,

de não olhar apenas para partes, e sim para o todo. E complementar porque ela não coloca em oposição à medicina convencional. Você pode estar em tratamento convencional e paralelamente a isso buscar esse outro olhar, esse auxílio como complementação ao seu tratamento”. Para saber mais: As aulas de Tai-Chi Chuan acontecem no Centro do Professorado Paulista (CPP). Contato pelo números: (11) 4032-2932 ou (11) 9-8774-0129. Para entrar em contato com Jéssica e saber sobre seus horários e local de atendimento o número é (11) 9-9731-1443.

O Tai-Chi Chuan é indicado para qualquer idade, inclusive para idosos, por não ter uma prática com impacto.

Terapias integrativas e complementares Shiatsu significa “pressão com os dedos” e associa duas técnicas: as manuais japonesas, de pressão dos meridianos do corpo através dos dedos, e a própria teoria destes meridianos, da medicina chinesa, segundo a qual linhas longitudinais pelo corpo conectam pontos de acupuntura sensíveis ao toque. Esses pontos, ao serem estimulados pela massagem, proporcionam uma sensação de conforto e tranquilidade, tanto interna quanto externamente. De acordo com a medicina chinesa, todos nós possuímos um corpo energético. Esse organismo contém canais de energia que se assemelham ao sistema circulatório humano. Em um corpo energético, ao invés do sangue circulando por veias e artérias, o que encontramos nesses canais é a energia vital, sendo distribuída para diversos pontos do corpo e por segmentos específicos chamados meridianos. O objetivo do Shiatsu é verificar em quais pontos do corpo do

O Shiatsu pode ser considerado uma massagem terapêutica nos pontos de energia, contribuindo para a o fluxo da energia vital do organismo.


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Negócios

Antes de procurar investidores, empresa deve cuidar da aparência por FLÁVIA G. PINHO/FOLHAPRESS

Empréstimo familiar, de amigos, dinheiro do próprio bolso: é comum que micro e pequenos empreendedores iniciem seus negócios assim. A coisa muda de figura quando chega a hora de buscar recursos no mercado. Antes de bater à porta de um investidor em busca de aporte, é preciso fazer a lição de casa: resolver questões trabalhistas e fiscais, traçar plano de crescimento consistente, caprichar na apresentação e saber exatamente o que o banco ou fundo de investimento espera ouvir. “É comum o empreendedor não se organizar direito, queimar a largada e perder credibilidade. Depois, não adianta voltar atrás”, afirma Fabiano Nagamatsu, consultor do Sebrae-SP. Um bom começo é calcular o valor real da empresa e escrutinar a papelada, dos alvarás de funcionamento aos relatórios financeiros. Esconder problemas não funciona, avisa Gustavo Marujo, que é coordenador da área de apoio a empreendedores da Endeavor. “Se há uma questão difícil de resolver, melhor se antecipar: revele-a, mostre como lida com o problema, mapeie riscos. No Brasil, o cenário é tão complexo que investidores sabem não ser possível uma empresa ter tudo cem por cento em ordem.” Também não adianta minimizar desavenças entre sócios ou insatisfações da equipe. “Se o investidor descobre conflito interno na empresa, não entra no negócio. Afinal, ele será mais um sócio”, diz. LONGO PRAZO O contrato com o investidor deve ser visto como um casamento. Sem namoro, a chance de naufrágio é alta. “O empreendedor não pode procurar o investidor só quando precisa de dinheiro. Ele será visto como alguém com visão apenas de curto prazo. O ideal é iniciar o relacionamento meses ou até anos antes”, afirma Marujo. Ter uma boa recomendação ajuda. “Melhor ser apresentado por outro empreendedor, no qual o fundo já investiu”, diz o espanhol Sergio Furio, fundador da Creditas, plataforma especializada em transações de refinanciamento pela internet. Experiente -recebeu quatro aportes em cinco anos-, Furio recomenda que o empreendedor participe de eventos, como feiras. “Sempre há investidores palestrando e, às vezes, essa abordagem funciona. Mas nunca bati à porta dos fundos sem recomendação alguma. A chance de sucesso é quase nula.” Tão importante quanto a abordagem é a escolha de qual tipo de investidor procurar. O chamado investidor-anjo, geralmente pessoa física que investe capital próprio, é o mais recomendado às empresas em fase inicial com potencial de crescimento e boa promessa de retorno. Os fundos de investimento seed, ou capital semente, têm mais interesse em empreendimentos que já lançaram produtos e

alcançaram um patamar de faturamento, mas ainda não estouraram. No estágio seguinte vêm os fundos de investimento de venture capital, que apostam em empresas que já apresentam faturamento expressivo e podem crescer ainda mais. André Rezende, fundador da Prática, fabricante de equipamentos para cozinhas profissionais, já lidou -com sucesso- com todos eles. “Os bancos querem garantias. Podem ser imóveis, máquinas ou recebíveis. Com menos de um ano de operação, dificilmente você consegue, por falta de histórico. Com outros investidores, a abordagem é diferente: garantias são desnecessárias, e o foco está na oportunidade, no plano de negócios e no time”, diz. Seja qual for o tipo de investidor, o diálogo é essencial, diz Rezende. “Assinado o contrato, o empreendedor deverá prestar contas, ouvir recomendações e conselhos. Daí a importância de escolher investidores alinhados com os planos da empresa.” EQUILÍBRIO Para onde vai a empresa, que estratégias o empreendedor pretende adotar e de que forma o dinheiro faz parte dessa história. Esses três pontos resumem a apresentação a ser feita a eventuais investidores, etapa conhecida como “pitch”. “É comum baterem à minha porta pedindo um aporte sem que me digam exatamente onde e como será usado”, afirma Anderson Thees, sócio-fundador do Redpoint eVentures, um dos maiores fundos de investimento do Brasil. Também faz diferença a forma como a pessoa que pleiteia os fundos apresenta seu plano de negócio. Segundo Thees, as reuniões costumam durar uma hora. “O empreendedor não deve falar por mais do que 30 minutos, para que o investidor tenha tempo de fazer suas perguntas”, diz. Ele sugere não encher a sala de gente -além do fundador, mais uma ou duas pessoas, no máximo- e equilibrar dados objetivos com paixão pelo negócio. “Na primeira conversa, a intenção é encantar o investidor, sem se preocupar com tantos detalhes. O que importa é mostrar que o mercado da empresa é grande e a equipe, espetacular.”

Saber como o empreendedor planeja aplicar o aporte Analisar o risco real de investir no negócio Conhecer todas as fraquezas internas e ameaças externas que podem atrapalhar o crescimento Ter segurança de que a empresa não tem

problemas legais e fiscais Avaliar como o empreendedor resolveu questões cruciais na história da empresa Fontes: Sergio Furio, fundador da Creditas, que recebeu 4 aportes em 5 anos, e Anderson Thees, sócio-fundador do Redpoint eVentures, um dos maiores fundos de investimento do país. Foto: Marcelo Justo - 28.09.2017/Folhapress

O empreendedor Sérgio Furio, fundador da Creditas, já obteve aportes várias vezes, de diferentes instituições. Foto: Adriano Vizoni - 04.10.2017/Folhapress

* TOMA LÁ, DÁ CÁ Sai na frente quem entende o que é importante para o investidor O EMPREENDEDOR PRECISA... Demonstrar paixão pelo negócio Valorizar sua equipe Fornecer dados objetivos sobre a empresa Mostrar conhecimento do mercado Ser minucioso com o plano de crescimento Ter paciência para negociar as condições do aporte O INVESTIDOR QUER...

Retrato de Anderson Thees, sócio fundador do fundo Redpoint eVentures e mentor da Endeavor.


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Líder

Líderes têm curso superior, mas passam longe da pós-graduação por SABINE RIGHETTI/FOLHAPRESS

A maioria absoluta dos líderes

que avalia o mercado de trabalho.

Rio de Janeiro), melhor instituição

do setor produtivo brasileiro

É a universidade preferida pelos

do país no último RUF, também se

é formada por homens (96%),

empregadores.

destacou. É a terceira universidade

e apenas 1 em cada 3 deles fez um

A FGV aparece logo após a USP na

brasileira que mais gradua os líderes

curso de pós-graduação. Os dados

relação de instituições onde estuda-

do setor produtivo. Formou 5% deles.

são parte de um retrato inédito feito

ram os executivos de destaque no

Na sequência, três particulares (Ma-

pelo Datafolha com o objetivo de

país. De acordo com a pesquisa do

ckenzie, PUC-Rio, PUC-SP) e a UFMG

identificar a formação acadêmica

Datafolha, 9% dos líderes diplomados

formaram, cada uma, pelo menos 3%

dos executivos.

são “gevenianos”.

dos empresários e empreendedores

A maioria (73%) fez graduação no

“É um percentual alto, consideran-

de destaque no país.

Brasil. Quem estudou fora preferiu

do que a FGV, no seu conjunto, SP

Os resultados da pesquisa Datafolha,

países como EUA, Alemanha e Ar-

e Rio, tem menos de dez cursos de

de abrangência nacional, foram obtidos

gentina.

graduação, e a USP tem dezenas”,

por levantamento de dados de 299

Alguns dos nomes pesquisados (2%)

diz Marco Antonio Teixeira Carvalho,

grandes executivos e empreendedores

concluíram apenas o ensino médio.

docente da FGV-SP.

de destaque disponíveis na internet,

Entre os que têm formação superior,

A UFRJ (Universidade Federal do

como na rede social LinkedIn.

poucos avançaram nos estudos. Dois em cada três não cursaram pós. Isso se explica pela idade média dos executivos: 56 anos. “Antigamente, a formação acadêmica não era prioridade ou pré-requisito para liderança”, afirma a coach especializada em transição de carreira Renata Define. No grupo de quem fez pós, a FGV predomina (7% do total). USP, PUC-Rio e ESPM surgem na sequência: cada uma tem como ex-alunos ao menos 2% dos líderes. Entre os líderes que obtiveram MBA (especialização em administração) -30% dos pesquisados-, a preferência é por FGV, Ibmec e USP. Juntas, elas forneceram 10% dos diplomas nesse nível. A escolha de escolas estrangeiras para o curso de MBA é maior do que na graduação e em outras formas de pós: 2% dos executivos de destaque no país especializaram-se em administração na Escola de Negócios de Harvard (EUA), melhor universidade do mundo, segundo o Ranking de Shangai. A USP lidera os cursos de graduação dos executivos de destaque no país, de acordo com o Datafolha. Pelo menos 1 em cada 10 líderes pesquisados é “uspiano” -resultado celebrado pelo reitor, Marco Antonio Zago: “Uma das principais missões da USP é a formação de profissionais de excelência”, diz. No RUF (Ranking Universitário Folha) deste ano, publicado em setembro, a USP também lidera o indicador

Arte: Folhapress

Arte: Folhapress


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Fungo nas unhas

Tratamento de fungo nas unhas pode demorar mais de um ano, cuidados de higiene são essenciais para evitar a onicomicose. Idosos são os mais atingidos pela doença por FOLHAPRESS

O descaso no cuidado com as unhas pode causar a proliferação de fungos, o que acarreta uma onicomicose, tipo de micose que atinge 20% da população mundial, segundo estudos médicos. Além de causar desconforto, a doença ainda pode levar mais de um ano para ser tratada. “O paciente tem que ter muita disciplina no tratamento, pois o fungo é um organismo muito resistente”, diz a podóloga Cristina Lopes, da clínica Doctor Feet. “Os fungos fazem parte da microbiologia do nosso organismo. Em alguns momentos, a gente passa por período de diminuição da imunidade, dando ambiente propício para os fungos crescerem de maneira desordenada. E o tratamento é lento e difícil, precisa de paciência”, afirma Claudio Wulkan, dermatologista da Sociedade Brasileira e Americana de Dermatologia e do Hospital Israelita Albert Einstein. Entre os fungos no corpo humano, a onicomicose é a segunda que mais aparece, ficando atrás da frieira, que, aliás, quando malcuidada, pode se espalhar pelas unhas. “A unha do pé cresce um milímetro por mês, quatro vezes mais devagar que a das mãos. Por isso. acaba sendo mais com uma doença nos pés”, afirma o médico. A prevalência é maior em pessoas mais idosas, pois o fluxo sanguíneo é menor, criando uma situação onde o fungo cresce com facilidade. “Em criança é mais difícil pegar. A unha cresce mais rápido, tem circulação melhor, além da mãe, que fica ‘em cima’”, diz Wulkan. Alguns cuidados simples são bastante eficientes para evitar a doença. “O fungo gosta de um ambiente mais quente, úmido e escuro. Então, quando se usa um calçado fechado, com meia, por exemplo, aumenta a possibilidade de o organismo se instalar no pé”, afirma a podóloga Cristina. Especialistas também falam que receitas milagrosas não existem. “O tratamento é feito com medicamentos por via oral”, diz Wulkan.

Arte: Folhapress


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