Braganรงa Paulista
Sexta
9 Fevereiro 2018
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Jornal do Meio 939 Sexta 9 • Fevereiro • 2018
Expediente
Solidariedade. um bom remédio para
a indiferença
Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
Em virtude das férias do Mons. Giovanni Baresse, a coluna Para Pensar terá a colaboração do Desembargador Miguel Ângelo Brandi Jr. por dESEMBARGADOR mIGUEL ÂNGELO bRANDI JR
O Papa Francisco tem dito e repetido que uma das piores marcas do tempo presente é a indiferença das pessoas diante das realidades opressoras, diante das misérias, da fome. E a indiferença incomoda mesmo. Basta lembrar de uma situação que muitos já enfrentaram, como a interrupção de um diálogo porque um, ou mais entre os envolvidos se distancia no pensamento, fazendo pouco do que se está a propor. Basta lembrar de uma outra situação, que muitos também certamente já vivenciaram: você cumprimenta alguém, por qualquer razão, e não é sequer correspondido com um “olá”. A indiferença em relação a situações de dificuldade ou que representam a miséria de alguns, ou de muitos (miséria sob qualquer aspecto, social, econômico, cultural), pode ser reflexo de ignorância, de desconhecimento dos reais motivos que estão levando a essas consequências (o sofrimento
humano, por exemplo). Pode ser reflexo do desconhecimento do contexto que envolve a situação e as pessoas nela envolvida. A indiferença pode ser, também, sinal de insensibilidade, de pouco comprometimento, ou, pior ainda, de assumido descompromisso com as pessoas e com a vida. Situação, a meu sentir, muito mais séria. Seja como for, a indiferença mostra-se como uma grande chaga, um grande desafio a ser enfrentado. Doutro lado, em sentido absolutamente oposto à indiferença, vem o compromisso. E aqui me refiro ao compromisso com as pessoas, com a vida. Compromisso com maneiras de enfrentamento e superação de situações que colocam pessoas ao abandono, ao sofrimento. Abandono e sofrimento sob qualquer aspecto, afetivo, emocional, material etc. Já tive oportunidade de escrever sobre a importância do voluntariado, do trabalho gratuito de
gente em favor de outros tantos. É o que vemos em organizações sociais, associações, igrejas e de tantas outras instituições que existem por aí. Como forma de enfrentar a indiferença de tantos e de estimular e encorajar as tantas pessoas que, em tantos lugares e de diferentes maneiras, dedicam seu tempo e seus recursos em favor de muitas outras pessoas, ou em favor da natureza e de seus integrantes, volto ao tema voluntariado, gratuita dedicação. E o faço saudando e reverenciando os voluntários, aqueles que dão de si e de seu tempo e recursos em favor de uma causa, de um ideal, ou apenas de uma ideia mesmo que aparentemente quixotesca. Você leitor certamente se lembra de alguém, conhecido seu ou de quem você já ouvir falar e que se dedica a esses bons combates. É dessas pessoas a que estou me referindo. E delas que desejo, mais uma vez, lembrar. E as homenageio com esse gesto: a
lembrança delas e de suas lutas. Quero lembrar daquelas tantas pessoas, que aqui ou bem longe daqui cuidam de doentes, velhos, crianças, de deficientes por qualquer razão, de imigrantes, refugiados. Cuidam da natureza, de animais, biomas de qualquer espécie. Quero lembrar dos que cuidam de resgatar a história de tantas tragédias produzidas pela humanidade, como forma de tentar evitar que elas se repitam. Quero lembrar dos que se dedicam a causas “impossíveis”, como enfrentar o poder econômico que oprime. Quero lembrar daqueles que enfrentam as mega instituições, que concentram riquezas às custas da miséria de tantos outros, muitas vezes às custas de trabalho escravo, ou pessimamente reconhecido e remunerado. Quero lembrar daqueles tantos que, por inspiração de fé, por motivações espirituais, abraçam causas nobres, abrindo mão de projetos pessoais e se arriscando
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
tanto, a saúde e a própria vida. Por ora, lembrar deles todos é uma singela maneira que encontro de lhes homenagear, no silêncio deste artigo. Homenageando-os, não importando dizer seus nomes, seus ideais e suas lutas, quero encorajá-los a não desistirem, mesmo enfrentando incompreensões, críticas, ameaças, derrotas. Continuem. Perseverem. Obrigado por existirem, por sonharem, por não serem indiferentes, por se comprometerem, por se dedicarem. Obrigado. Homenageio, na saudade, aqueles que tombaram no caminho, envolvidos em iguais bons combates.
Miguel Ângelo Brandi Júnior
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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
tárias até a formação de nossas câmaras
Uma belo e esperado acordo entre políticos e
municipais, constituídas pelos homens
magistrados, algo notório na nossa História,
bons, na verdade, os grandes senhores de
irá garantir os privilégios de ambos, na boa
engenho e toda uma gama de pessoas ligadas
e velha lógica, do uma mão lava a outra. Tu-
ao poder de Portugal.
do isso aos olhos do Estado que nos vende
Não deveria, portanto, causar espanto e
uma mentira previdenciária, dizendo que os
nem surpresa o fato dos nossos magistra-
contribuintes oneram e quebram o Estado.
dos, pessoas de uma casta de privilegiados
De uma forma clara e já esperada, a Reforma
e que se orgulham de tais distinções sociais,
da Previdência, bandeira de luta do governo
colocando-os acima de tudo e de todos,
Temer, um governo injusto, cruel e desu-
ideia marcada por um corporativismo
mano, acusado de corrupção como tantos
cruel e imoral, serem beneficiados com o
outros, não inclui políticos, magistrados,
auxílio-moradia, mesmo que não faça o
militares e setores estratégicos do quadro
uso do recurso destinado ao seu devido e
burocrático do Estado.
questionável fim.
Surpresa? Nenhuma.
Afinal, um benefício de mais de quatro mil
A surpresa e a incredulidade nascem de
reais supera e muito a média salarial brasileira,
uma pergunta simples, que provoca outras
segundo dados do IBGE, e é uma afronta,
tantas, e cuja resposta é fundamental se
uma imoralidade que os magistrados e os
pretendemos de fato construir um país mais
políticos brasileiros recebem, a despeito
justo, humano e honesto – como podem
de toda a pobreza do país e das mentiras
os privilegiados citados acima receberem
propagandeadas para a realização de uma
tanto, para tão poucos, enquanto a maio-
Reforma Previdenciária que em nada vai
ria carece de coisas básicas, como comida,
ajudar o Brasil a equilibrar suas contas
saúde e educação?
públicas e reduzir seu déficit.
Partindo daquela, como pessoas tão valo-
O déficit do país é causado, provocado
rizadas, instruídas e reconhecidas podem
e alimentado pela própria estrutura do
ser coniventes com tamanha desigualdade
Estado brasileiro que, desde o início, vê a
e injustiça? Como pode uma classe tão
coisa pública como uma fonte de enrique-
privilegiada se manter na morosidade dos
cimento, seja ele lícito ou ilícito, bem como
processos judiciais, já que seus ganhos
o instrumento de mando dos privilegiados,
deveriam estimular o contrário? Como
como nossos magistrados e políticos. Em
pode uma classe tão privilegiada manter
um país marcado por um dos maiores
um corporativismo forte ao ponto de fazer
índices de desigualdade social do mundo,
quebrar ou dobrar as próprias leis?
o auxílio-moradia é vexatório, é injusto e é
Talvez porque aqui, tudo possa com o con-
inaceitável.
sentimento da Lei
Como pode a quem deve julgar e garantir o ordenamento jurídico e a execução cor-
Pedro Marcelo Galasso - cientista político,
reta das leis, compactuar com tão injusto
professor e escritor.
benefício? Como pode um grupo de pes-
E-mail: p.m.galasso@gmail.com
Sagrado Grupo de cartas do baralho Nascido no país de Sean Connery
Nosso, em inglês Nome da letra "M"
Ofício de Sancho Pança (Lit.)
As irmãs idênticas Pessoa antiquada Formato da roda Escassa Documento de identificação do brasileiro
Amuleto associado à sorte
Cochichar Matemática (abrev.)
Despida Doença de pele como a sarna
BANCO
"(?) Ayé", sucesso da banda O Rappa Irineu Marinho, jornalista brasileiro Tornar a fazer ou dizer; repetir
Ambiente para a prática do balonismo
Carro, em inglês
Examinei o texto Sílaba de "casto"
Diodo luminoso Índice econômico
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Solução
B A R R O S O
A manutenção do auxílio será justificada.
I
injusto servir a Lei?
forma de sesmarias e de capitanias heredi-
A R
de privilégios, como as doações de terras na
L
credibilidade? Como pode um benefício tão
V R E
sem propósito e tão descabida manter sua
sempre foi marcada por uma série
I A R A D O O U E P M E A E S C AR D U R E D A L E I C E R A T O S
sua origem como colônia portuguesa,
A G R O P E C U A R I S T A
soas ser beneficiado com uma verba tão
L A A B C R A I G C O A R R E G T A I R M
Nossa História como país, desde a
Ari (?): Aquele que trabalha no campo Leite re- compôs com gado centemente "Risque" e lavoura mungido Traje
P L S A N O E S D F E S M A N U D D E
por pedro marcelo galasso
© Revistas COQUETEL
Casa de Empresas obrigadas a custear assistência medicamentos orais para tratamento domiciliar Espécie aos desamde verniz parados do câncer (2014) Apresentara (obra alheia) como sua Raça de cães usados como guias
3/car — ilê — our. 7/ar livre — escocês. 8/plagiara. 9/dermatose — ferradura.
A imoralidade legal
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por ANNA RANGEL/FOLHAPRESS
A confiança do pequeno e médio empresário no ambiente de negócios brasileiro aumentou no início de ano. A alta foi de 3,7% na comparação com o último trimestre de 2017, segundo dados de uma pesquisa do Insper, divulgada nesta segunda (15). As prioridades variam: enquanto a maioria dos comerciantes e donos de empresas de serviços deve investir mais na divulgação do negócio, os industriais apostam em novos funcionários e compra de equipamentos. Mas os empresários dos setores de serviços e comércio estão mais confiantes do que os da indústria –nos dois primeiros segmentos, a elevação foi de 5,2% e 4%, respectivamente, contra apenas 0,6% dos industriais. A alta no otimismo também se repete no Estado de São Paulo, conforme pesquisa do Sebrae-SP apresentada na quinta-feira (11). Entre os empreendedores paulistas, 35% esperam que a economia do país melhore neste ano, aumento de 9% em relação ao final de 2016. Na start-up financeira Blu365, de renegociação de dívidas, a aposta para 2018 é de alto crescimento. O sócio Alexandre Lara, 44, estima que a empresa pode dobrar de tamanho até dezembro e investiu R$ 600 mil num reposicionamento de marca e mudança de nome, aposentando a antiga alcunha, Kitado. A ideia é agora ir além das renegociações e oferecer serviços de educação financeira aos clientes. “Queremos oferecer novos produtos e conteúdo sobre finanças pessoais”, afirma Lara. PROCESSO GRADUAL Em vez de apenas retomar o uso da capacidade produtiva ociosa durante a crise, muitos, como Lara, já avaliam manobras de prazo mais longo, segundo o economista Gino Olivares, pesquisador e professor do Insper. “Ele está se preparando. Em vez de ocupar toda a capacidade ociosa deixada pela crise, muitos já se antecipam ao pico de demanda.” A retomada, mesmo que gradual, pode aumentar o número de investidores dispostos a apostar nas pequenas. “Até no setor de franquias, onde há um modelo de negócio firmado e, por isso, menos risco, estavam todos cautelosos. Isso pode mudar”, diz Alexandre Teixeira, da área de negócios e empresas do banco Santander. A Zissou, empresa de produtos para o sono, já busca investidores-anjo para custear parte dos R$ 3 milhões que planeja investir. Além de criar novos produtos, a meta é abrir lojas próprias. “Vamos investir em novos canais de venda, campanhas e gestão de marca”, afirma o sócio Ilan Vasserman, 32. Para o economista e consultor do Sebrae Pedro João Gonçalves, é vital observar o cenário nos próximos meses. Mas, como a comparação sai de uma base de retração, o otimismo deve ser acompanhado de uma dose de cautela, segundo Gonçalves, para que os investimentos sejam alocados de forma correta. Antes de investir, vale cortar custos das operações Mesmo com a perspectiva de melhora econômica, o empreendedor de pequeno e médio porte deve manter a cautela nos próximos meses para não perder dinheiro. Antes de investir, o momento é de rever as práticas de gestão para economizar e aumentar a rentabilidade na hora de aplicar parte do caixa, seja em estoques, insumos ou na contratação de novos funcionários.
O primeiro passo é rever a estrutura de custos e garantir que não há desperdício. “A crise foi útil para incentivar o empresário a reajustar seus gastos e continuar competitivo durante a retração”, afirma Alexandre Teixeira, da área de negócios e empresas do banco Santander. Para o economista e consultor do Sebrae Pedro João Gonçalves, o país acabou de começar a “subir a ladeira da recuperação”, mas o movimento pode levar tempo. Além de observar dados como juros e inflação, é importante avaliar a região onde o negócio está localizado e o crescimento ou retração daquele setor específico. Até o valor do produto pode influenciar: quem produz bens ou serviços mais caros, que dependem de financiamento, pode demorar a perceber melhora nas vendas. As eleições deste ano e a Copa do Mundo também podem influenciar o cenário. Para Gonçalves, uma alternativa é fazer um monitoramento da economia mês a mês antes de tomar qualquer decisão de investir. Setor de franquias registra aumento de 8% em um ano Segmento registrou faturamento total de R$ 163 bilhões, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Franchising A ABF (Associação Brasileira de Franchising) registrou um crescimento de 8% no setor em 2017, com faturamento total de R$ 163 bilhões. O presidente da organização, Altino Cristofoletti Junior, atribui o crescimento a iniciativas de inovação dentro das redes, enxugamento de custos e investimentos em novos produtos, além de gestão de marca e aumento do número de unidades pelo país, que chegou a 145 mil. O número de redes, porém, teve retração de 6%. Hoje são 2.800 franqueadoras. “Durante a crise, a população ficou mais atenta ao valor do dinheiro, por isso precisamos repensar as práticas e buscar formas de se aproximar do consumidor”, diz. O número de organizações que apostam em outros formatos de venda, como unidades móveis, quiosques e operações na casa do franqueado saiu de 6% para 9% do total em 2017. Cerca de metade das franqueadoras optou por rever estratégias de marketing para cativar o consumidor. O mercado ainda é bem brasileiro: quase 90% das franqueadoras surgiram no mercado local. As principais operações estrangeiras vieram de países como EUA, Japão, Espanha e França. O investimento em novos produtos foi a aposta de 57,3% das redes, seguida por adaptações nos bens e serviços já vendidos e compra de novos equipamentos e softwares, opção de 45% das empresas. O segmento de alimentação ainda é líder, com 34% de participação, embora tenha apresentado uma ligeira queda no gasto médio do consumidor, segundo Cristofoletti. Mas houve crescimento de 4% na área de saúde, beleza e bem estar, que levou uma fatia de 16% do setor. A empresa com o maior número de lojas é O Boticário, que mantém a primeira posição de 2016 e fechou o ano com 3.762 pontos de venda. Na sequência, vêm as redes de alimentação AM/PM Mini Market, Cacau Show e McDonald’s, com cerca de 2.000 lojas cada. Para Cristofoletti, além do aumento no interesse por produtos saudáveis, redes de atendimento médico e outros ramos de saúde também se destacaram. “A idade média do brasileiro está aumentando, junto com a procura por cosméticos e serviços de saúde, por exemplo”, afirma.
Arte:folhapress
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Minha vida de menina A atriz e neurocientista Mayim Bialik escreve sobre educação sexual para tentar tornar mais fácil o caminho de garotas pela adolescência
por PHILLIPPE WATANABE/FOLHAPRESS
Construir uma espécie de mapa de quase tudo que faz parte da adolescência das meninas, temperando-o ali e acolá com um pouco de ciência. Esse é o objetivo de Mayim Bialik –a cientista Amy Farrah Fowler, da série americana “The Big Bang Theory”– em seu novo livro “Girling Up”. Como o título já dá a entender (um trocadilho com a expressão “growing up”, crescer, em inglês), a autora entra em discussões sobre “as complicações de estar vivo e, em particular, de ser do sexo feminino”. Bialik tem história com o público adolescente. Na década de 1990, aos 14 anos, ainda na puberdade, era protagonista de “Blossom”, uma série sobre a vida de uma garota que vivia com o pai divorciado e dois irmãos. Isso fez com que Bialik tivesse algumas experiências típicas dessa fase nas telas de televisão e na vida real ao mesmo tempo. Em alguns casos, literalmente,
como o primeiro beijo, segundo conta em “Girling Up”. Logo após o fim da série, ela resolveu interromper a carreira de atriz e se dedicar mais aos estudos, o que a levou a se tornar uma neurocientista pela UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles). Daí a explicação para os leves toques científicos salpicados ao longo na obra. “Há alguns estudos científicos fantásticos dos níveis de hormônio no cérebro e no corpo de pessoas que alegam não se encaixar em seu DNA”, diz Bialik em seu livro, referindo-se a transgêneros. A autora basicamente dá uma aula de educação sexual, com direito a imagens dos órgãos reprodutivos e dicas sobre menstruação (como apoiar um dos pés em um lugar mais alto para colocar o absorvente interno pela primeira vez e fazer ioga para amenizar a cólica). Um dos objetivos da obra, diz Bialik, é tentar quebrar estereótipos e pre-
conceitos. mamas Logo no primeiro capítulo, por exemplo, buscando incentivar uma autoimagem positiva, a autora conta –com auxílio de uma ilustração– sobre os diferentes tipos de mamas. Ela diz que as imagens midiáticas tendem a se aproximar de um certo formato e tamanho padronizados, mas que “seu corpo é bonito, seja lá qual for o tamanho dos seus seios!” O início da vida e das descobertas sexuais também é introduzido sem delongas. Ao falar sobre masturbação, Bialik menciona as culturas e religiões que têm “opiniões fortes” contra o ato, mas esclarece que “não há nada de errado em se tocar”, sendo isso uma forma de aprender sobre o próprio corpo e o prazer. “Quando uma mulher está excitada, às vezes os mamilos enrijecem um pouco, e sangue flui para a vagina, particularmente para o clitóris (sobre o qual já falamos no capítulo um).”
A questão do consentimento, de que ele “não tem nada a ver com roupas que você usa, com a forma como você flerta com alguém ou mesmo com você aceitar um convite para jantar”, também é abordada. Ironicamente, há alguns meses Bialik foi duramente criticada após publicar um artigo de opinião –que apresentou alguns elementos também presentes no livro– no jornal “The New York Times” no qual comentou a revelação dos casos de assédio sexual em Hollywood. Leitoras consideraram que a autora culpabilizou a vítima, o que levou à neurocientista a se desculpar e reafirmar que quem sofre um ataque nunca pode ser responsabilizado. Girling Up - como se tornar uma mulher saudável, esperta e espetacular AUTORIA: Mayim Bialik EDITORA: Primavera Editorial PREÇO: R$ 9,90 (ebook) e R$ 25 (livro físico) Arte:folhapress
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Intel
Em carta, presidente da Intel promete correção de falhas até o fim de janeiro por FOLHAPRESS
O presidente da Intel, Brian Krzanich, divulgou carta nesta sexta (12) em que afirma que a empresa emitirá até o fim de janeiro atualizações de segurança para todos os computadores com chips da empresa. Endereçada aos “líderes da indústria de tecnologia”, a carta busca esclarecer usuários de produtos da Intel sobre as medidas adotadas pela empresa em resposta às vulnerabilidades Meltdown e Specter, reveladas na quarta-feira (3) pelo Projeto Zero, da Alphabet, empresa controladora do Google, e que afetam praticamente todos os chips do mercado. Na carta, Krzanich agradece ao projeto do Google “por praticar a divulgação responsável, criando a oportunidade para a indústria abordar essas novas questões de forma coordenada”. De acordo com o presidente, a Intel disponibilizará até o dia 15 de janeiro atualizações para pelo menos 90% dos computadores lançados nos últimos cinco anos. Máquinas mais antigas serão priorizadas em uma segunda etapa, com previsão de atualizações disponíveis até o fim do mês. Em resposta a reclamações de aumento da lentidão dos computadores após instalação das atualizações, Krzanich diz que a Intel fornecerá relatórios de progresso com dados de desempenho e outras informações no site da empresa. Inicialmente, a empresa negou que as atualizações pioravam o desempenho das máquinas. Na terça, a Microsoft afirmou que usuários de Windows antigos devem sentir uma performance mais devagar com as correções, por exemplo. Segundo a empresa, usuários de Windows 10 com processadores recentes (chips da geração de 2016) terão uma perda de performance de “até um dígito” (ou seja, até 9%). O presidente da Intel afirma ainda que a empresa se compromete “a identificar publicamente vulnerabilidades importantes seguindo as regras de divulgação responsável” e a trabalhar com outras companhias do setor para acelerar respostas a ataques. “Também nos comprometemos a adicionar fundos incrementais para pesquisas acadêmicas e independentes sobre potenciais ameaças à segurança”, diz. Krzanich ficou em uma situação desconfortável após ser divulgado que ele vendeu metade de suas ações da Intel em outubro, dois meses antes da divulgação das falhas de segurança e em um momento em que a empresa já havia sido alertada sobre o problema. A Intel afirmou, em nota, que a venda não tem nenhuma relação com as falhas recentemente encontradas e que teria sido parte de um plano padrão de venda de ações, segundo o “Business Insider”. ENTENDA
Onde exatamente ficam essas falhas? As duas são problemas na maneira pela qual chips de computador são projetados. A Meltdown afeta a maioria dos processadores produzidos pela Intel, a empresa que fornece chips para a maior parte dos computadores pessoais e para mais de 90% dos servidores em uso no planeta. A Spectre é mais difícil de ser explorada por hackers, mas afeta número ainda maior de dispositivos, entre os quais chips da Intel e da fabricante rival de microprocessadores AMD e muitos chips baseados na arquitetura desenvolvida pela companhia britânica ARM. Quase todos os celulares contêm chips ARM. Por que as falhas representam problema tão grave? As duas falhas oferecem a hackers uma forma de roubar dados, entre os quais senhas e outras informações sensíveis. Se hackers conseguirem controlar software que opere em um desses chips, poderão roubar dados de outros softwares que operem na mesma máquina. Isso representa um problema especialmente sério para os serviços de computação em nuvem. Por que os serviços de computação em nuvem são tão importantes? Operados por empresas como Amazon, Microsoft e Google, esses serviços permitem que qualquer empresa ou pessoa alugue acesso a recursos de computação via Web. Em um serviço de computação em nuvem, cada servidor tipicamente atende a muitos clientes distintos. Ao explorar a falha Meltdown, um hacker poderia subir software para um serviço em nuvem e capturar dados de qualquer outra pessoa ou empresa que tenha carregado software no mesmo servidor. E quanto a smartphones e computadores pessoais? Os celulares e os computadores pessoais são alvos mais difíceis. Para que possam explorar as falhas nos chips, hackers teriam de encontrar maneiras de instalar software deles nos aparelhos dos usuários. Podem fazê-lo convencendo o usuário a baixar um app de uma loja de aplicativos para smartphones, ou iludir o usuário para que ele visite um site que transferiria códigos para a máquina do visitante. Mas as empresas estão corrigindo esses defeitos? Estão tentando. O Meltdown pode ser corrigido por meio da instalação de um patch de software na máquina. A Microsoft lançou um patch para computadores que usam o sistema operacional Windows. A Apple anunciou ter lançado patches para o iOS, Mac e Apple TV que ajudam a mitigar o problema. A Intel
também está trabalhando em atualizações para resolver o problema. Cabe agora aos consumidores instalar as soluções em suas máquinas. O que devo fazer, como consumidor? Mantenha seu software atualizado. Isso inclui o sistema operacional e aplicativos como seu navegador e seu software antivírus. Microsoft, Mozilla e Google já lançaram patches para o Internet Explorer, Firefox e Chrome, a fim de ajudar a combater o problema. Instalar um bloqueador de publicidade em seu navegador também é uma salvaguarda, de acordo com especialistas em segurança. Mesmo os maiores sites não têm controle firme sobre a publicidade veiculada neles há ocasiões em que códigos nocivos podem aparecer dentro de suas redes de publicidade. Um bloqueador de publicidade popular entre os pesquisadores de segurança é o uBlock Origin. “O verdadeiro problema é que os anúncios são perigosos”, disse Jeremiah Grossman, diretor de estratégia de segurança da SentinelOne, uma empresa de segurança na computação. “São programas com funções plenas, e portam malware”. Como faço para atualizar meu software? Seu sistema operacional e aplicativos tipicamente oferecem controles que você pode acionar para verificar se existem atualizações de software. Por exemplo, no navegador Google Chrome, versão para computador, clique nos três pontinhos no canto superior direito da tela e depois clique em atualizar Chrome. Para atualizar o Windows, clique o botão iniciar, e em seguida os botões preferências, atualizações e segurança, atualização do Windows e procurar atualizações. Para atualizar o sistema operacional de um Mac, abra o aplicativo da App Store e clique em atualizações para baixar o software mais recente. Não enrole. No ano passado, o malware WannaCry infectou centenas de milhares de computadores equipados com o Windows em todo o mundo. A Microsoft havia lançado uma atualização antes do ataque, mas muitas máquinas estavam defasadas em suas atualizações de segurança. E quanto aos serviços de computação em nuvem? Amazon, Google e Microsoft afirmaram já ter instalado patches na maioria dos servidores que embasam seus serviços de computação em nuvem, e que isso resolve o problema, em geral. Mas Amazon e Google também informaram que os clientes poderão ter de realizar mudanças adicionais. Para compartilhar recursos de computação com clientes, os serviços de computação em nuvem oferecem “máquinas virtuais”,
ou seja, computadores que existem apenas em forma digital. Os clientes instalam seu software nas máquinas virtuais. Depois que a Amazon, Google e Microsoft atualizarem suas máquinas, os clientes podem ter de atualizar os sistemas operacionais de suas máquinas virtuais, a fim de se protegerem contra vulnerabilidades específicas. Se todo mundo atualizar seu software, as coisas estarão resolvidas? Não. Os pesquisadores que descobriram o Meltdown afirmaram que os patches de sistema instalados para corrigir o problema reduziram a velocidade dos computadores em até 30%, em certas situações. Isso pode ser problema sério para grandes sistemas de computação em nuvem. Desenvolvedores de software independentes realizaram testes em uma versão do sistema operacional aberto Linux, que hoje aciona mais de 30% dos servidores do planeta, e constataram desaceleração semelhante depois do patch. “Há muitos casos em que o impacto sobre o desempenho é zero”, disse Andres Frome, desenvolvedor de software que testou o novo código. “Mas se você opera algo como um sistema de pagamentos, no qual muitas mudanças pequenas sejam feitas nos dados, parece que o impacto sobre o desempenho será significativo”. É menos provável que consumidores sejam afetados, e Kocher disse que a perda de velocidade se reduziria, com o tempo, à medida que as empresas refinem seus patches. E quanto à falha Spectre? De acordo com os pesquisadores que descobriram as falhas, entre os quais especialistas em segurança do Google, da fabricante de chips de memória Rambus e de diversas instituições acadêmicas, não há como resolver completamente a falha Spectre. Mas patches podem resolver problemas em certas situações. Intel, Microsoft e outros afirmaram a mesma coisa. Não há solução para a falha Spectre? Não, de acordo com os pesquisadores. Mas a Spectre é muito mais difícil de ser explorada por hackers. De forma semelhante à Meltdown, a Spectre pode permitir que informações sejam roubadas de um aplicativo e compartilhadas com outro. Por exemplo, um app baixado da Web pode roubar informações como senhas de outro aplicativo. Na quarta-feira, o Departamento de Segurança Interna (DSI) dos Estados Unidos lançou um alerta informando que a única solução para as ameaças das falhas Spectre e Meltdown seria substituir os chips. Mas isso não parece factível, dado o número de máquinas envolvidas. “O Spectre estará conosco por muito tempo ainda”, disse Kocher.
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Vertigem
Vertigem pode ser o sintoma de alguma doença mais grave
por EMERSON VICENTE /FOLHAPRESS
Inflamação e tumor po-
ou pescoço, causadas por trau-
dem causar o mal. Em
mas, ou até tumores. “Tem casos
casos graves, pessoa não
que são incapacitantes, a pessoa
consegue nem se levantar
não consegue nem levantar. Até
Sintoma muito comum na popu-
deitado na cama tem a sensação
lação, a vertigem geralmente é
de ver tudo rodando”, explica
associada a uma tontura momen-
Nakandakari. Normalmente, o
tânea. Mas, segundo os médicos,
problema afeta as pessoas mais
ela é o sinal de que a pessoa pode
velhas. Mas, se for constante, é
estar sofrendo de algum outro
o aviso de que algo maior pode
tipo de problema, que merece
estar ocorrendo. “Quando a
uma atenção maior. “A vertigem
vertigem é constante, vem com
é um sintoma. Ela se caracteriza
dores de cabeça, sugere que possa
por uma tontura rotatória, como
estar ocorrendo algo mais grave,
se os objetos estivessem girando
como uma doença no cerebelo,
ao redor da pessoa. É também
um sangramento, por exemplo”,
um sintoma da labirintite”, diz
alerta Fabio Porto, neurologista
Fausto Nakandakari, especialista
do Hospital das Clínicas, de São
em otorrinolaringologia pela AMB
Paulo. “Por isso é importante que,
(Associação Médica Brasileira).
quando a pessoa tem vertigem pela
São três as causas mais frequentes
primeira vez, tem que procurar
da vertigem: a VPPB (vertigem
um médico”, completa Porto.
posicional paroxística benigna),
Remédio não trata a causa do
quando partículas de cálcio se
problema
acumulam no labirinto; a doença
Pelo fato de a vertigem ser um
de Meniere, uma pressão e zum-
sintoma, o correto é que seja
bido no ouvido; e a labirintite,
tratada a causa dela. Alguns re-
que ocorre quando o labirinto, a
médios minimizamos problemas
região interna do ouvido ligada
de vertigem, mas não os eliminam.
à audição e ao equilíbrio, fica
“O ideal é tratar a doença em si.
inflamado (isso ocorre devido
Quando se usam remédios para a
a um desequilíbrio nas células
vertigem, na verdade faz-se uma
nervosas que informam a posição
redução da função do labirinto.
da cabeça em relação ao corpo).
São remédios sintomáticos, não
Também existem ligações de
tratam a causa do problema”,
vertigem com lesões na cabeça
afirma o médico Fabio Porto.
Arte: Folhapress
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