ANO 13 – EDIÇÃO#109 OUTUBRO/NOVEMBRO 2011 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA WWW.JORNALDROP.COM.BR
EDITORIAL
Foto. Marcio David
O sol brilha forte em Santa Catarina, o verão chegou com tudo, trazendo conforto e luz para esse final de ano. A equipe do Jornal Drop aproveita o momento para agradecer por mais uma edição publicada, a última de 2011. Nossas páginas estão vibrantes e informativas, pois o clima quente inspira, tornando tudo mais produtivo e agradável. Para celebrar, a entrevista da edição#109 é com um surfista que foi destaque em 2011. Direto do Hawaii, Alejo Muniz conta sobre sua trajetória para chegar ao WT. Outro presente para os leitores são as fotos publicadas na matéria: Saga Noturna. O fotógrafo Marcio David é conhecido por registrar o surf como uma arte. Em 2011, expandiu os limites para apresentar mais um belo projeto. Alguns dos melhores surfistas catarinenses foram capturados pelo seu flash durante sessões noturnas. Ainda na linha das belas artes, convidamos vocês para desembarcar no Peru e descobrir tudo que aconteceu no Meeting of Styles 2011. Uma turma bacana acompanhou de perto esse intercâmbio da arte na América do Sul. Na seção Folha Verde, descubra como fazer uma compostagem em casa. O texto Dropando de Letra coloca em destaque a odisséia de Gabriel Medina. O Tubo do Tempo resgata a história de Saul Oliveira Filho, o primeiro presidente da Associação Catarinense de Surf. Andar de skate também faz parte das preferências do Jornal Drop. Por isso, neste exemplar, uma sessão completa sobre o mundo das rodinhas. Descubra como foi a disputa do tradicional Circuito de Skate Amador de Bowl . O “The Number One of RTMF”, na pousada Hi Adventure, pela primeira vez recebeu o título de Mundial Amador de Bowl, pois contou com a participação de atletas de fora do país. A diversão é garantida! Toda equipe do Jornal Drop deseja aos leitores, colaboradores e anunciantes um ótimo final de ano, com muita paz, amor e prosperidade. Entre nessa onda positiva e aproveite o Drop! Boas festas e boa leitura!
Ano 13 - Edição#109 Outubro/Novembro 2011 Fundador: Luis Felipe Machado Fernandes Editora: Caroline Lucena - editorial@jornaldrop.com.br Redação: João Ricardo Lopes – jrlopes73@yahoo.com.br Fotografia: Marcio David - mdavidisn@ig.com.br Adriano Rebelo – adrianorebelo@hotmail.com Colunistas: André Barros, Adriano Rebelo, David Husadel, João Ricardo Lopes, Julia Hoff, Marcio David e Norton Evaldt. Colaboradores: Basílio Ruy, Watts/ISA, João Rodrigues Brognoli, Kirstin Scholtz/ASP, Rowland/ ASP, Saul Oliveira Filho. Diagramação: Gustavo Egidio Revisão: Fernanda Moretto de Castro Jornalista Responsável: Caroline Lucena – CNC 4551028 PARA ANUNCIAR Adriano Rebelo – 48 99692169 – adrianorebelo@hotmail.com David Husadel – 48 9122-5473 - dhusadel@gmail.com Ou mande e-mail para comercial@jornaldrop.com.br *Os textos assinados nesta publicação são de exclusiva responsabilidade dos autores. Publicação bimestral - Distribuição gratuita em Santa Catarina Rua Prefeito Acácio São Thiago Garibaldi, nº 300, Joaquina Florianópolis (SC) - 48 9947.0596 - CEP 88062-600 JORNAL DROP ONLINE www.jornaldrop.com.br CAPAS: Tartarugas. FOTOS Marcio David CAPA AÇÃO : Neco Padaratz entuba com estilo em “secret point”. FOTO- Marcio David.
Foto: Aleko Stergiou
Foto: Marcia Fasoli
Foto. Marcio David
Alejo Muniz
na essência
na cara
Por David A. Husadel Alejo Muniz nasceu na Argentina, mas é brasileiro, catarinense e de Bombinhas. Após uma carreira amadora avassaladora no Circuito Catarinense Amador, conquistou o Brasil e o Mundo. Chegou ao WT com 20 anos e já entendeu que os gringos não são “deuses” e que é muito bom ganhar. Ele fala com o Drop direto do Hawaii, onde está em fisioterapia intensiva para tentar se recuperar de uma lesão no tornozelo e competir no Pipeline Master, última etapa do WT 2011. Quando, como e onde você começou a surfar? Com 5 anos, na praia de Quatro Ilhas, Bombinhas. Foi meu pai que me colocou no surf. Você teve uma carreira amadora sensacional. Quais títulos estaduais e nacionais você conquistou? Eu fui quatro vezes Campeão Catarinense, Campeão Brasileiro Pro Junior, e fui três vezes vice-campeão Brasileiro, esses são meus títulos no Brasil.
Como foi sua conquista da vaga no WT no Hawaii em 2010? Bom, eu fiz tudo que pude para entrar, competi em muitos campeonatos do WQS. Fui fazendo pontos, e no final do ano, faltando quatro campeonatos, tinha que trocar quatro resultados. Fui com muita fé e consegui, mesmo assim tive que esperar o campeonato de Pipe para saber, mas deu tudo certo.
Fotos. Kirstin/ASP
Você acreditou que poderia entrar para a elite mundial? Eu sempre tive esse sonho, acho que todo moleque tem, mas foi no começo do ano passado que falei para mim mesmo “vou entrar para o WT”. Graças a Deus consegui.
Pouco tempo antes de conquistar sua vaga, você mudou de patrocínio. Como isto aconteceu? Foi uma decisão difícil, demorei seis meses para ter certeza do que iria fazer e acabei mudando antes do final do ano. Tentei não pensar nisso e fui surfar, e está sendo muito bom. A galera da Nike 6.0 trata os atletas muito bem, são muito profissionais. Eles têm uma postura de respeito e apoio que normalmente outras empresas não têm. Após conquistar a vaga, você teve alguma preparação especial? Sim. Eu treinei muito com meu irmão Santiago em Bombinhas. No mês de janeiro, e no começo de fevereiro fiz uma viagem para um lugar secreto na África, e lá surfei sozinho todos os dias. Coloquei pranchas novas no pé. Eu tenho um preparador físico, uma psicóloga e o meu técnico. Você trocou de patrocínio, conquistou a vaga e venceu no primeiro Prime do ano. Como foi esta fase de ouro? Eu estava muito feliz com tudo que estava acontecendo. Quando fui para Noronha estava vindo direto dessa viagem na África, então estava bem comigo mesmo. Acho que quando você esta contente com o que faz, as coisas dão certo. Noronha é um lugar que eu gosto muito! Seu primeiro ano no Tour esta sendo maravilhoso, com três quintos lugares e dois terceiros, ocupando a décima colocação, antes de Pipeline. Qual sua visão de estar enfrentando os melhores do mundo? Eu acho que está sendo melhor do que eu esperava. É muito difícil passar baterias no WT, os caras surfam muito bem, mas eu acho que melhorei muito da primeira etapa até agora. Antes eu entrava na bateria olhando para os caras como se fossem deuses, agora entro com vontade de derrotá-los. É uma questão de costume, você entende que também pode vencer. Você pegou uma das ondas mais cascudas no Taiti durante o campeonato deste ano. Fale um pouco sobre essa experiência. Eu fui para o Taiti três semanas antes do campeonato, fiquei na casa do Michel Bourez, que me ajudou. Aprendi muito com ele, já tinha pego umas ondas boas em Teahupoo antes de começar o campeonato. Quando entrei naquele mar, a única coisa que eu pensava era pegar um tubão. Tinha até esquecido que era um campeonato, quando a onda veio falei: “é agora”. Eu estava com uma prancha pequena, uma 6’6, mas depois que consegui fazer o drop tive a melhor visão da minha vida. Você pensa em criar uma base para morar fora do Brasil? Na Califórnia, por exemplo, por ser mais central ou algum outro lugar? Eu ainda não pensei nisso, mas por enquanto fico na minha terra. Eu amo Bombinhas, acho que não largo por nada.
“Antes eu entrava na bateria olhando para os caras como se fossem deuses, agora entro com vontade de derrotá-los. É uma questão de costume, você entende que também pode vencer.” Como que o circuito catarinense amador da Fecasurf te ajudou para chegar ao WT? Bom, todo atleta tem um início, e quanto melhor o começo, mais ele vai evoluir. Santa Catarina tem um dos circuitos mais fortes do Brasil, não tem lugar melhor para começar a competir. Com certeza isso ajudou muito. Sua família sempre estava junto com você nos campeonatos amadores. Isto te ajudou? Sim. A minha maior inspiração é minha família, eles são tudo. Se não fosse por meu pai e minha mãe, nada disso teria acontecido. Ter esse suporte tornou as coisas mais fáceis, eles são os responsáveis por tudo isso. O que você gostaria de dizer aos leitores do Jornal Drop? Gostaria de deixar essa frase do Ayrton Senna, que meu irmão Santiago mandou para mim por e-mail, quando eu estava para entrar no W.T. “Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá.” Muito obrigado a todos que torcem por mim.
Ficha Técnica: Data de nascimento: 22/02/90 Nascido em: Mar del Plata (Argentina) Local de: Bombinhas (Santa Catarina) Idade: 21 anos Peso: 70 quilos Altura: 1,74 Patrocínios: Nike 6.0, pranchas DHD e Moskova underwear
Com a entrada de Miguel Pupo e Gabriel Medina no WT, o que acha que mudou? Foi muito bom, porque agora somos vários, estamos em sete no total. Isso cria mais força entre nós, ainda mais com o Gabriel vencendo duas etapas.
Quiver para o Tour: duas 5’11 - duas 6’0 - uma 6’2 e uma 6’4
O que vai mudar em sua estratégia para 2012? Não sei se vai mudar muita coisa. Acho que a evolução vai ser mais comigo mesmo, usar melhor a cabeça e ficar confiante em todos os momentos.
Uma lembrança: Minha avó Elena, que faleceu fazem 2 anos.
Quiver para o Hawaii: Desde 5’11 a 8’0 Um som: Banda Aliados Um filme: Ayrton Senna Uma onda: Quatro Ilhas em Bombinhas
Juninho Maciel em ĂŞxtase.
Moments
Marcos Pastro na praia Brava.
Por Marcio David
Para entrar no clima da última edição de 2011, o Moments destaca alguns tubos surfados por catarinenses.
Tiago Bianchi entocado de grab.
Tiago Bianchini - Foto: James Thisted
Marco Polo por traz da cortina.
Retiro da Lagoa - Próximo à Praia Mole e Joaquina
Tubo do mês Por Marcio David
A nova geração está arrebentando no Circuito Catarinense Amador. Novos talentos estão surgindo nas categorias Iniciante, Mirim e Junior, num processo claro de renovação contínua. O jovem Yago Dora é uma dessas promessas em ebulição. Filho do paranaense radicado em Floripa Leandro Breda, o Grilo, que também é surfista, Dora comprova sua linhagem nas ondas. Na foto, ele mostra conhecimento e técnica para pegar bons tubos no Riozinho.
Por João Ricardo Lopes
dropando de letra
Nesses 27 anos que pego onda e acompanho o circuito mundial, nunca um surfista causou tanto estrago como a chegada de Gabriel Medina. Desde Occy em 84, quando apareceu com uma abordagem revolucionária de backside em Jeffreys Bay, e Slater em 91, quando repaginou a leitura de onda e manobras, Medina vem causando algo nunca antes imaginado. Impossível não comentar suas extraordinárias vitórias na França e nos Estados Unidos. A primeira vez que tive contato com o garoto foi na praia Brava de Itajaí em 2008. Estava à tarde na praia, vendo os últimos preparativos da competição junto com o Ferrinho, também locutor e parceiro neste evento. Eis que passou por nossa frente um moleque, franzino, com uma prancha verde, ainda com patrocínio antigo. “Olha o Medina”, comentou o Ferro. Já tinha ouvido falar, mas nunca visto surfar, e marquei mais um tempo na praia pra conferir as performances do garoto. Realmente o que vi me impressionou bastante, e pensei: “mais um talento em ebulição vindo aí”. No ano seguinte, em 2009, no evento seis estrelas na praia Mole, com 15 anos, Medina surgiu de forma meteórica. De patrocínio novo, foi avançando fase a fase até a final. Sem se intimidar, derrotou o ídolo Neco Padaratz, que surfava em casa. Em 2010, o garoto começou a acelerar rumo ao topo. Seu processo de evolução era evidente, arrebatando tudo que vinha pela frente. Seu ápice, neste ano, foi a vitória no King of The Groms, na França, quando conquistou duas notas 10 na final contra Caio Ibelli. Ele mal sabia que um ano depois venceria esse mesmo evento, só que na elite. Realmente a vida e o destino são coisas imprevisíveis. 2011 chegou e Medina resolveu abrir a caixa de ferramentas, e me permito a pronunciar o velho clichê, “o que era promessa, virou realidade”. Com excelentes resultados, ele foi se aproximando da vaga na elite, quando o corte chegasse, na etapa de Nova Yorque. No evento Prime de Imbituba, em mais um campeonato que trabalhei, acompanhei do começo ao fim o massacre que o garoto impôs. Ele deu show, venceu em ondas de 2 metros, com aéreos insanos, obtendo as oito melhores notas do evento, entre as dez mais. Realmente foi avassalador. Lembro-me do Joel Turpel, californiano que estava no estúdio ao lado fazendo a transmissão em inglês, junto com Flávio Caldas, o Bandalha da Joaca, exclamando “amazing” (impressionante). Assim que acabou essa final, Mick Fanning já tinha demonstrado toda sua empolgação via internet.
Na etapa Prime seguinte, em Portugal, mais um show, quando terminou em segundo, perdendo para Julian Wilson. Aí vieram as etapas européias no meio do ano. Venceu na Espanha, depois no Pro Junior na França, e na seqüência do evento, mais uma vitória, só que pelo WQS, com mais shows de nota 10. Na final, o garoto brasileiro deu um nó em cima do Kolohe Andino, o novo queridinho dos americanos, que eles insistem em comparar com o “Super Medina”. Finalmente veio o corte e Medina entrou na elite, junto com Miguel Pupo e os holofotes se viraram pro garoto. Sua primeira etapa como titular foi na Califórnia. Na repescagem, venceu sua bateria, mas não foi longe no evento, terminando em 13º. O melhor estava guardado para as etapas seguintes. Mais uma vez a França estava no caminho de Medina. Parece que o surf dele tem um magnetismo com as ondas francesas e foi vencendo todas até perder para Kelly Slater, num resultado duvidoso, na fase em que ninguém era desclassificado. No confronto seguinte, Kelly sentiu na pele a voracidade do menino brasileiro, que aplicou uma contundente combinação no virtual hendeacampeão mundial. Ali foi a arrancada para o garoto vencer seu primeiro evento no WT, na sua segunda participação no ano, contra outro talento, Julian Wilson. O mundo do surf estava em choque. Em Portugal, Medina estava com as turbinas desligadas. Perdeu nas primeiras fases e quem brilhou foi Adriano de Souza, que barrou Slater na final de forma irretocável. Com a chegada da etapa itinerante da ASP, este ano em São Francisco, Califórnia, a expectativa principal era de mais um título de Slater, que se confirmou. De certa forma o garoto brasileiro conseguiu roubar a cena em mais uma vitória fulminante, carimbando a faixa de campeão do Slater. Na seqüência passou por cima mais uma vez do Taylor Knox e não teve dificuldade de bater Joel Parkinson na final, quando definiu a bateria com duas direitas de backside. Para quem falava que Medina não tinha um bom surf de backside, aí está à resposta. Sua segunda vitória em quatro participações. Realmente um feito que coloca o garoto no patamar de fenômeno. 2012 vêm aí, e o Brasil nunca esteve tão em evidência no circuito mundial como agora. Três vitórias consecutivas na elite é um feito inédito e empolgante para torcida brasileira. As perspectivas são grandes. Se a ASP buscava um ídolo para era “pós Slater”, acho que encontrou. Medina chegou para ficar!
Foto. Kirstin/ASP
Uma nova era no surf
Fazendo arte Por João Rodrigues Brognoli
Alguns artistas brasileiros atravessaram os Andes e desembarcaram no Meeting of Styles 2011, realizado no Peru. Um verdadeiro intercâmbio da arte grafiteira na América do Sul. Acompanhe mais informações no texto a seguir. A viagem começou no dia 27 de outubro. O roteiro foi interessante: hostel, evento, aventura, cervejinha e muita pintura. No MOS 2011 participaram 100 artistas urbanos do Peru, e cerca de 50 estrangeiros do Brasil, França, Espanha, Austrália, entre outros. O contingente manézinho foi composto, por mim, PH, Bagre e Dati da Hommies Crew, mais o Vejam e o Rizo, da Contato Imediato Crew. O grupo canarinho se fortaleceu com o Fred da Color Crew, de São Paulo, e o Muk da Kolirius Crew, de Macaé no Rio. Conhecemos Lima com alguns nativos da cidade. Passamos por pontos turísticos clássicos como a Plaza Mayor, Plaza Kennedy, Bairro Barranco, fomos até nos camelôs e feiras de artesanato local. Durante quatro dias, demos uma passada em Punta Hermosa região ao sul de Lima, onde rola os picos de Punta Rocas, La Isla, Señoritas, Caballeros, Pico Alto, que por sinal estava rolando perfeito, gigante e assustador. Também teve direito a perrengue em Caballeros com uns 3 metros casca grossa. Ficaram muitas lições dessa viagem, mas o principal foi ver o muro, que foi usado pela organização, ser apagado com tinta branca e propagandas políticas no final do evento. De certa forma, deu uma sensação de esperança ao perceber que o nosso país não está tão atrasado. A falta de respeito com os 150 artistas foi gigante, e o excesso de poder ficou claro nas atitudes dos funcionários do município de Callao, cidade satélite de Lima, onde o tudo aconteceu. Gostaria de agradecer as marcas IronLak Brasil, Adio e principalmente aos nossos pais, que estão apoiando a carreira que escolhemos.
Visão dos artistas
Philipe Gonçalves / “PH” (Hommies Crew) Idade: 24 anos Ocupação: Graffiteiro/ Ilustrador A viagem: Essa viagem foi uma grande oportunidade. Deu para conhecer e se envolver com o graffiti da América Latina, que está cada vez mais forte e diferenciado. Também foi interessante conhecer outra cultura e agregar novas idéias. O Meeting of Styles 2011: Achei muito interessante. Como artista, estou divulgando o meu trabalho no meio internacional e interagindo com técnicas de outros países. Deu para absorver alguns “truques”. Momento marcante: Chega a ser triste, mas o momento mais marcante foi ver o muro, que estava quase pronto, ser todo coberto por uma propaganda política.
drop arte
Leonardo Mattos / “Bagre” (Hommies Crew) Idade: 25 anos Ocupação: Artista/Graffiteiro A viagem: Foi a primeira vez que sai do país e tive a oportunidade de ir com os amigos. Sem dúvida foi a viagem mais insana da minha vida. O Meeting of Styles 2011: Foi melhor do que eu esperava, pois conheci muitos artistas e acompanhei de perto outros trabalhos, graças ao Rizo, Vejam e Muk, que conseguiram essa oportunidade. Espero fazer parte de um evento deste porte em Florianópolis. Momento marcante: A hora do embarque. Minha passagem deu problema e voltei para casa achando que não conseguiria viajar. Minha mãe fez um contato e arranjou um bilhete de última hora. Encontrei os guris no aeroporto de Brasília para esperar mais 7 horas. Rodrigo/ “Rizo” (Contato Imediato Crew) Idade: 24 anos Ocupação: Escritor de Graffiti A viagem: Alucinante! Foi uma experiência única e divertida. Estar com os meus amigos envolvidos na parceria não poderia ser melhor. O Meeting of Styles 2011: O Meeting of styles é um evento mundial. Eu diria que é o encontro mais importante do universo do Graffiti Arte. Participar como convidado é uma honra. Ir até lá, fazer o que a gente mais gosta e representar o país é muito satisfatório. Além disso, a experiência proporciona um engrandecimento, pois você está em contato com a produção das obras de arte, são únicas e originais. Dá para perceber o desenvolvimento e explorar as técnicas. Esse é o grande diferencial,que só o Graffiti proporciona. Momento marcante: Infelizmente o mais marcante foi negativo. Depois de três dias, já no final do evento, quando voltamos para finalizar nossa parte no painel dos estrangeiros, uma viatura da polícia municipal de Callao nos abordou. Perguntaram o que pensávamos sobre o governo regional apagar o mural recém pintado. Ficamos com aquela cara de: “Como assim?” Fui até a frente do mural dos escritores locais e havia cerca de 40 pessoas
Fotos. Arquivo pessoal
cobrindo todos os graffitis com tinta branca, enquanto outros esboçavam com tinta preta e letras garrafais a seguinte frase: “A cidade de Callao agradece ao Dr. Felix Moreno por seu governo. A saúde, educação e cultura agradecem por suas atitudes e blá blá blá”. Um verdadeiro absurdo. O graffiti peruano teve uma perda inestimável. Ver todo aquele trabalho reduzido a nada, os escritores locais ficaram desolados. João Carlos Pacheco Júnior / “Vejam” (Contato Imediato Crew) Idade: 23 anos Ocupação: empresário A viagem: Força de vontade, sol, poeira, raggaeton, chicas calientes, limão, jogadores e muita risada. O Meeting of Styles 2011: Foi especial, pois o Brasil estava bem representado. Rolou muita troca de informação, respeito e uma enorme satisfação em conhecer a cena peruana. Lima é linda! Momento marcante: No dia que fomos finalizar a pintura, funcionários de um político apagaram o muro do evento. Uma tragédia! Graças a Deus, o nosso trabalho estava localizado ao lado do muro oficial e não foi violado. Daniel Gomes / “Dati” (Hommies Crew) Idade: 23 anos Ocupação: Pintor/estudante A viagem: No momento estou morando em Nova York, por isso foi muito bom estar perto do pessoal que já estou acostumado a trabalhar. O Meeting of Styles 2011: Foram feitas novas conexões e tudo fluiu de uma maneira descontraída. Momento marcante: Os trabalhos ficaram bons! Apesar da dificuldade com o material, todo mundo está de parabéns!
Foto. Watts/ ISA
Brasil no pódio Por David Husadel
Vinte e um países disputaram o ISA Master Surfing Championship em 2011, que rolou em El Salvador, durante os dias 16 e 23 de outubro. A equipe brasileira esteve na competição e fez bonito, terminando na segunda colocação. David Husadel descreve os momentos marcantes do evento realizado pela International Surfing Association. A delegação brasileira chegou no dia 11 de outubro, a idéia era treinar e conhecer a região. Mas o tempo não colaborou. O país entrou em estado de calamidade pública, pontes foram arrastadas e registro de 32 vítimas fatais em decorrência das enchentes. No domingo, dia 16, estava programado um desfile com as delegações, mas foi cancelado e só aconteceu no dia 18, com uma cerimônia de abertura. No dia seguinte, a chuva voltou com força total e parou a disputa. Depois de cair muita água, o sol esteve presente em todos os dias. Em virtude do atraso, uma maratona de baterias foi realizada para colocar o cronograma em ordem. A disputa não contou com ondas clássicas em Punta Roca, mas na semana seguinte, Junior Maciel, que ficou alguns dias no local, comentou que surfou um dos melhor mares da viagem. O gosto da vitória O Brasil estava sem fazer muita festa, queríamos surfar. Fabio Gouveia era uma máquina, acordava na madrugada. Junior Maciel também parecia incansável.
Quando as competições começaram, Jojó de Olivença se destacou. Surfou muito bem em todas as baterias. Ele participou de duas categorias, pois substituiu Ricardo Toledo na Gran Master. Outro ponto marcante do evento foi a presença de excompetidores da ASP, fato que não era comum. Em El Salvador estavam presentes Layne Beachley (AUS) quatro vezes campeã mundial, Tom Curren (USA) três vezes campeão mundial, Jim Hogan (USA) e os ex-tops 16 ASP, Fabio Gouveia (BRA) campeão mundial WQS, Jojó de Olivença (BRA), Mark Richards (AUS), Ross Willians (HAW), Mike Latronic (HAW). Durante as finais, o Brasil estava com boa colocação e liderando o ranking por equipes, seguido pela África do Sul, Austrália e Estados Unidos. Das cinco finais classificamos para três: Gran Master, Kahuna e Master Feminino. Na Gran Master, Jojó de Olivença e Fabio Gouveia estiveram na liderança, mas Juan Ashton de Porto Rico virou nos minutos finais. Na Master Feminino, Andréa Lopes não teve chances contra Layne Beachley, mas esteve próximo de vencer a sul-africana Hearther Clark, terminado na 3ª colocação. Na disputa pela categoria Kahuna, comecei liderando a bateria, mas desperdicei uma boa série, os outros viraram e finalizei em quarto lugar. Nestas três finais, se um dos quatro atletas brasileiros tivesse uma colocação melhor, sairíamos de El Salvador com o título mundial Master. Não foi desta vez, mas a segunda colocação é um bom resultado. Pelos nossos
talentos individuais, o Brasil chegou na frente de delegações com mais tradição e infra-estrutura como África do Sul, Austrália e Hawaii. O local para o ISA Master Surfing Championship 2012 ainda não foi definido, mas segundo Adalvo Argolo, presidente da CBS, o modelo com seletivas nacionais deve se repetir no próximo ano. Equipe brasileira Master Feminino: Andréa Lopes (RJ) Master: Jojó de Olivença (BA) e Junior Maciel (SC) Gran Master: Fabio Gouveia (PB/SC) e Jojó de Olivença (BA) Kahuna: David Husadel (SC) e Sergio Pena (RJ) Gran Kahuna: Jorge Bittencourt (BA) Técnico: Gabriel Machado (BA) Presidente CBS: Adalvo Argolo (BA) Resultado Master 1º) Mark Richardson (AUS)Black 2º) Carlos Cabrero (PUR) 3º) Gary Van Wieringen (RSA) 4º) Ross Williams (HAW) Gran Master 1º) Juan Ashton (PUR) 2º) JoJo De Olivença (BRA) 3º) Fabio Gouveia (BRA)Black 4º) Andre Malherbe (RSA) Kahuna 1º) Tom Curren (USA) 2º) Jim Hogan (USA) 3º) David Malherbe (RSA) 4º) David Husadel (BRA)Black Gran Kahuna 1º) Craig Schieber (CRI)Black 2º) Chris Knutsen (RSA) 3º) Nick Pearson (AUS) 4º) Allen Sarlo (USA) Master Feminino 1ª) Layne Beachley (AUS) 2ª) Heather Clark (RSA) 3ª) Andréa Lopes (BRA) 4ª) Alissa Cairns (USA)Black Equipes 1º) USA 2º) BRAZIL 3º) SOUTH AFRICA 4º) PUERTO RICO 5º)AUSTRÁLIA
9.396 pontos 9.086 pts. 8.886 pts. 8.618 pts. 8.480 pts.
Dark Si saga noturna Fotos e Texto por Marcio David
de Idéias de vanguarda nunca faltam para o fotógrafo Marcio David, staff do Jornal Drop. Sempre preocupado em registrar momentos do surf como uma arte, Marcio expandiu seus limites fotográficos em mais um projeto mirabolante. Alguns dos melhores surfistas catarinenses foram registrados pelo seu flash em sessões noturnas. Acompanhe detalhes dessa saga na matéria a seguir.
O sol vai se pondo em Santa Catarina, na praia da Joaquina, dezenas de surfistas saem da água. No final da tarde, preparo meu equipamento para uma sessão de fotos com flash dentro da água. A caixa estanque chama a atenção de muitos curiosos, que não compreendem um fotógrafo disposto a trabalha sem condição de luz. Dark Side é um projeto experimental que venho desenvolvendo a mais de dois anos. Minha inspiração é o fotógrafo americano Nelson Nelly, que estampou um material incrível na revista Transword. Naquele momento fiquei com a idéia fixa de reunir bons surfistas para sessões de fotos noturnas, produzidas nos finais de tarde ou durante a madrugada.
gustavo Schilickman
Sem dificuldades para mandar aéreos no escuro.
marco polo
Foi o primeiro surfista a acreditar nas experiências noturnas. Na foto, ele rasga com pressão na Praia do Cachorro, em Noronha.
O projeto é interessante. Encontrei muitos surfistas dispostos a surfar com pouca luz, mas em sintonia com as ondas. Em diversas situações, troquei sessões normais por horários completamente diferentes. Como o surf em Floripa geralmente é cedo, acordava ás 5 da manhã para realizar as fotos com o flash, quando a praia estava escura e com visibilidade zero. O material ficou incrível! Acho que além do desafio de surfar e conseguir uma boa imagem, rolou muito prazer, o escuro proporcionou uma sensação de paz. Foi gostoso sentir a brisa do mar batendo no rosto e, de quebra, presenciar alvoradas alucinantes. Perdi a conta de quantos nascer do sol foram vistos de dentro da água.
Caetano Vargas Entrou em sintonia com a lente. A foto já foi publicada nas páginas do Jornal Drop, mas é uma das preferidas do projeto Dark Side.
Enquanto muitos surfistas estavam saindo da água a sessão Dark Side estava começando.
marcio farney Entubando em Noronha.
A saga evolui e consegui fazer boas amizades. Grandes nomes do surf catarinense foram parceiros nessa recente trajet贸ria. Marco Polo, Gustavo Schilickmann, Gui Tranquilli, Marlon Klein, Yuri Castro, Riquinho, Greg Cordeiro, Caetano Vargas e Fabio Gouveia foram alguns dos pilotos de testes. Juntos, eternizamos bons momentos e compartilhamos diferentes experi锚ncias.
Rodrigo Dornelles Iluminando o salão na praia do bode, em Noronha. Uma das poucas fotos tiradas de forma espontânea.
O que mais me desafia nessa profissão é o prazer de registrar uma foto dentro de um universo criativo e ao mesmo tempo limitado. Sempre instiguei a galera com essa mensagem: “O prazer de fazer algo diferente é criar arte dentro das limitações.” Para minha surpresa, com o tempo a busca se espalhou e fui fazer meus experimentos em lugares distantes de Santa Catarina. Noronha, Hawaii e
A experiência Dark Side foi até Oahu, onde a criatividade se expandiu pelas lentes.
ELOHE ALI ÁLVARES - TEAHUPOO 2011 Foto: Aleko
Pranchas de Alta Performance
Team: Elohe Ali Álvares e Sebastian Ribeiro 48.9108-8298 - 48.9613-2791- 41.9178-6621 tatosurfboards@hotmail.com www.tatoshapes.blogspot.com
Marlon Klein Buscando fazer arte.
Costa Rica foram alguns pontos onde expandi meu conhecimento e registrei momentos únicos e espontâneos apenas com o disparo do flash.
Nessa matéria, o leitor vai ver algumas fotos dessa dedicada experiência. Algumas já foram publicadas, mas marcou de alguma forma essa saga que elevou o nível das fotos de surf para uma forma de arte diferente.
greg cordeiro Grande parceiro nessa saga.
Surf desde sempre Por David A. Husadel
Saul Oliveira Filho nasceu em 4 de novembro de 1955, em Florianópolis. Por volta de 1974 começou a se envolver com o surf. A primeira recordação que vem na memória são os amigos no Gordine do Beto Rodrigues a caminho da Barra da Lagoa. Flavio Boabaid, Arizinho Oliveira, Ricardo Schereder, Galego Mai e Edson Flores sempre estavam na parceria. Nesta época, a turma do surf de Florianópolis se restringia a um grupo de amigos e famílias do centro da cidade. Certo dia, por obra do destino, um primo diplomata trouxe de Nova York um presente. Uma lente Sigma 400 mm, que mudou a vida de Saul e marcou os registros do surf aqui na Ilha. “Comecei a fotografar visuais, garotas e o surf foi uma conseqüência. Eu era um dos mais velhos, já tinha carteira de motorista e muitas vezes o pai de um amigo emprestava o carro. Eu era o motorista e fotógrafo, um luxo para a época.”, lembra Saul.
tubo do tempo
“Em 1976, eu, Galego May, Ricardo Schoereder, compramos uma casa no Farol de Santa Marta. Todos os finais de semana íamos para lá e sempre aparecia algum “bicão”. Era festa, rango, surf. Eu fotografava tudo.”, comenta. Em 1976, a turma foi até Saquarema. Em 1978, com 16 anos, Saul iniciou a primeira revista de surf do sul do Brasil, a Surf Sul. Na época, muitos surfistas tinham conhecidos no Governo ou Prefeitura, isso facilitou com as gráficas e anúncios de turismo. A revista era puro pioneirismo, mas só dois exemplares foram publicados. Em 1979, começou uma organização no surf catarinense. Com o apoio de Luiz Paulo Peixoto, que era sub-secretário da Secretária de Turismo e conhecia os tramites, em 1979 e 1980, nasceu a Associação Catarinense de Surf (ACS) e o primeiro presidente foi Saul. Em 1980 foi realizado o 1º Circuito Catarinense de Surf. Saul ficou na presidência de 1980 até 1984. Neste período foram realizados circuitos todos os anos, além do 1º, 2º e 3º Olympikus de Surf em janeiro de 1982, 83 e 84. A ACS estava indo bem e Saul criou um “newsletter” com o nome Inside. O informativo cresceu e ganhou mais páginas. Dois anos depois, no final de 1984, Ledo Ronchi e Átila Sbruzzi, entram na equipe como estagiários e usaram a idéia para sua conclusão de curso em Jornalismo (UFSC). Saul cedeu os direitos e os dois continuaram com a revista Inside. No final de 1984, Saul passou a presidência da ACS para Roberto Lima, mas continuou fotografando o surf até 1989. Em 1990 foi trabalhar em outro ramo e ficou afastado do surf até 2009. Neste ano, o catarinense deu uma virada na vida e voltou a ação. O grupo Surfedasantigas, amigos dos velhos tempos, sempre liga para realizar uma sessão de fotos.
Foto. Arquivo pessoal
“O surf e a fotografia me resgataram. Hoje é um grande prazer estar na praia fotografando a raça.” Durante os anos que Saul esteve afastado, guardou seu arquivo no porão da família. Mas em 23 de dezembro de 1993, uma chuva descomunal caiu em Florianópolis e todo o material foi destruído. Hoje em dia, Saul trabalha na Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL) como fotógrafo concursado e tem um site (www.sauloliveira.com.br) onde publica tudo que fotografa.
TRIAGENS FECASURF Por Norton Evaldt
Circuito Catarinense de Surf Amador/ última etapa Data: 3 e 4 de dezembro Local: Mar Grosso – Laguna (SC)
Fecasurf apresenta os Campeões Amadores de 2011 Disputas acirradas agitaram os atletas até as últimas baterias na praia do Mar Grosso em Laguna. O Circuito Catarinense Oceano de Surf Amador encerrou com sol e calor a ano de 2011 da Fecasurf. Entre todos os surfistas, destaques para o imbitubense João Paulo Abreu, 17 anos, grande campeão da categoria Open, a mais disputada do circuito. Na categoria Junior o título do circuito foi para Cainã Barletta, 17 anos, de Florianópolis, que garantiu a vitória ainda nas semifinais desta última etapa. Na categoria Iniciantes, o Campeão Catarinense 2011 foi o surfista de Balneário de Barra do Sul, André Heiden, 14 anos, e na segunda colocação ficou o imbitubense Lucas Miguel. Na categoria Infantil, Lucas Vicente de Florianópolis, 10 anos, foi o grande campeão. Giovane Picaski, um dos novos talentos de Imbituba, vencedor da categoria Infantil em Laguna, bateu na trave, e finalizou o circuito na segunda colocação, apenas 142 pontos atrás de Lucas. Na categoria Feminina, Marina Resende, 17 anos, de Florianópolis, sagrou-se a grande Campeã Catarinense de 2011, vencendo a última etapa, e vibrando muito com o primeiro título da carreira. Os campeões do Circuito receberão uma poupança no valor 800 reais da Federação Catarinense de Surf e estão isentos da taxa de inscrição para a temporada 2012. A diretoria da Fecasurf deseja a todos um Feliz Natal e Próspero Ano Novo com saúde, paz e muita onda. Confira todo o resultado:
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AMador
Foto. Basílio Ruy Resultado/ última etapa Open 1º) Cainã Barletta 2º) Diego Michereff 3º) João Paulo 4º) David Martins
Classificação Final Ranking Fecasurf 2011 Open 1º) João Paulo Abreu - 10.156 pontos 2º) Matheus Navarro - 9.334 3º) Cainã Barletta - 9.226 4º) Diego Michereff - 9.012
Junior 1º) João Paulo Abreu 2º) Cainã Barletta 3º) John Ewerton 4º ) Pedro David
Junior 1º - Cainã Barletta - 11.200 pontos 2º - Matheus Navarro - 10.220 3º - João Paulo Abreu - 9.848 4º - Luan Wood - 8.580
Mirim 1º) Lucas Miguel 2º) Luan Wood 3º) Gabriel Weber 4º) Allan Barbosa
Mirim 1º) Luan Wood - 11.600 pontos 2º) André Heiden - 9.336 3º ) Yrvin Ravi - 9.306 4º) Lucas Miguel - 7.868
Iniciantes 1º) Josmar Junior 2º) Giovane Picaski 3º) André Heiden 4º) Yago Ramos
Iniciantes 1º) André Heiden - 10.640 pontos 2º) Lucas Miguel - 10.190 3º) Josmar Junior - 9.540 4º) Ian Tavares - 9.268
Infantil 1º - Giovane Picaski 2º - Anderson Junior 3º - Gabriel Carvalho 4º - Leonardo Mendes
Infantil 1º) Lucas Vicente - 10.840 pontos 2º) Giovane Picaski - 10.698 3º) Anderson Junior - 9.956 4º ) Gabriel Carvalho - 9.664
Feminina 1ª) Marina Resende 2ª) Evelin Conceição 3ª) Aloha Maciel 4ª) Barbara Orsi
Feminina 1ª) Marina Resende - 11.400 pontos 2ª) Evelin Conceição - 11.040 3ª) Aloha Maciel - 10.460 4ª) Barbara Orsi - 8.152
Master 1º) Ricardo Michereff 2º) Stewson Crippa 3º) Junior Maciel 4º ) Rafael Simões
Master 1º) Stewson Crippa - 11.020 pontos 2º ) Junior Maciel - 10.552 3º) Ricardo Michereff - 9.056 4º ) David Husadel - 8.090
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Compostagem doméstica: o que você sabe a respeito? Por Julia Hoff
A idéia para esta edição partiu de minha surpresa ao perceber o quanto não sabia sobre compostagem. Achava que apenas juntando meu lixinho de comida e enterrando-o no jardim iria ajudar minhas plantinhas a crescerem mais bonitas. Por mais simples que pareça, fazer uma compostagem em casa exige mais atenção do que muita gente imagina. Aproveitei para tentar explicar mais detalhadamente este método que não só reduz a quantidade de seu lixo de casa quanto serve de adubo natural para seu jardim. Todos os resíduos orgânicos que não poluam ou sejam tóxicos podem virar composto. A maioria do lixo orgânico produzido na cozinha e no jardim podem ser compostados e dividem-se em dois tipos de materiais: os que contém mais Nitrogênio (materiais N) e os com maior teor de Carbono (materiais C). Basicamente falando, a compostagem depende da relação entre Carbono, Nitrogênio, Oxigênio e umidade. Os materiais N geralmente são os restos gerados na cozinha como legumes e frutas, hortaliças, borras e filtros de café, folhas e sacos de chá, pão, arroz, massa, casca de ovo esmagada, restos de comida cozida e cereais. Já os materiais C são basicamente aquilo que sobra da limpeza do jardim como aparas de relva e erva, folhas secas, ramos pequenos que sobram das podas ou da limpeza, feno e palha, aparas de madeira e serradura. Nunca junte carne, peixe, ossos, gordura e queijo à compostagem, pois isso atrairá roedores. Evite também plantas doentes e ervas daninhas pois podem contaminar o material. Cinzas de cigarro, de madeira e de carvão (inclusive de churrasco), saco e conteúdo do aspirador de pó também estão proibidos, pois podem conter metais e poluentes orgânicos. A compostagem pode ser feita amontoando-se o material em forma de pilha, em composteira ou por aterramento. O método vai depender do espaço disponível. Se é pouco material, o aterramento é o mais prático. A composteira deve se adequar ao espaço e o volume não deve passar de 1 metro cúbico. O aterramento deve ser feito em um buraco de no máximo 30 cm.
Folha Verde
Escolha um lugar menos utilizado no jardim, na sombra e com fácil acesso. Embaixo de uma árvore é o ideal para evitar o ressecamento ou o excesso de umidade em dias de chuva. Lembre-se de que o chão onde será feita a compostagem deve ser permeável. A pilha de compostagem deve conter vários tipos de resíduos misturados em uma proporção parecida entre materiais N e C. O ideal é fazer fazer camadas alternadas entre um tipo e outro. Primeiro, uma camada de material C, depois a mesma coisa com material N e assim por diante. A camada do topo deve ser de material C. Para que tudo corra bem e sem mau-cheiro é importante checar se há oxigênio suficiente, se a temperatura está adequada (nem muito quente nem muito frio) e se a umidade está dentro dos limites. A pilha deve ser virada de 15 em 15 dias para que, dependendo do clima, o composto fique pronto em 3 ou 4 meses. Quando virar a pilha, inverta as camadas. O composto estará pronto quando não se degrada mais mesmo sendo revirado, com aspecto granulado e impossível de reconhecer os componentes originais. Fontes: Anexo de compostagem domestica Fundacentro e Naturlink
Tampa com furos Resto de material orgânico , substrato e minhocas Tela de arame grossa Substrato e minhocas Manta permeável Chorume
EM SÉRIE Por Marcio David • Atleta Raphael Becker
MERCADO NEGRO O
Prêmio Greenish Brasil é uma forma de reconhecer a coragem e a atitude do surfista brasileiro. “O fato de a categoria Maior Onda ser apenas para quem entra na onda remando foi a forma mais democrática que encontramos, pois qualquer surfista brasileiro pode participar”, ressaltou Petrônio Tavares, diretor da Greenish. Na sua sexta edição, serão distribuídos 63 mil reais entre as três categorias do Prêmio Greenish Brasil 2011, que consolida- se no calendário nacional. O vencedor na categoria Maior Onda receberá 25 mil reais e o cinegrafista e o shaper levam 5 mil cada. No Melhor Tubo e Melhor Aéreo, cada surfista embolsa 10 mil reais e os seus respectivos shapers e cinegrafistas ganham 2 mil.
O
surfista paraibano radicado no Rio de Janeiro, Jano Belo, patrocinado pela Nicoboco, garantiu o título estadual Carioca, graças ao seu companheiro de equipe David do Carmo, que quebrou tudo no sábado 19 de novembro e despachou o único concorrente direto a taça, Igor Morais. “Estou aqui no Hawaii. Não pude competir a última etapa que rolou na Prainha. Mas, acabei de saber que sou o campeão carioca. Estou muito feliz!”, comemorou Jano com os seus seguidores do Facebook.
A
Oceano Surfwear apresenta inovações em produtos para o verão 2012. São os boardshorts sem costura entre as pernas, que previnem assaduras. Além de incorporar tecnologias de modelagem, utiliza o tecido Performance Stretch que garante maior flexibilidade nos movimentos dentro e fora da água, proporcionando conforto por ter 13% de elastano na sua composição. Boardshorts Oceano: confortáveis, leves, de rápida secagem e sem assaduras. Confira a Coleção Verão Oceano 2012 pelo site: www.oceano.com.br ou nas melhores lojas de sua cidade.
A
HD realizou seu primeiro tour de skate. Participaram no evento: Sandro Dias, Kelvin Hoefler, Rony Gomes, João Pedro Oliveira, Dan Cézar e Wanderley Arame. As cidades escolhidas para sediar a odisséia foram: Mogi das Cruzes, Jacareí, Guaratinguetá, Taubaté, Pindamonhangaba e São José dos Campos. As apresentações foram livres para o público, que até pôde participar, lado a lado com seus ídolos nas jam sessions realizadas em bowls, cápsulas, pistas públicas, mini halfs e onde quer que o skate rolasse. O evento foi organizado pelo staff da HD: André Possar, Guto Martinelli e Marcelo Miranda, contando ainda com todo o suporte de Amauri, representante da HD na região. Aguardem o próximo ataque do “HD Skate Dream Team”. Em algum lugar do Brasil em 2012!
gás), energético e isotônico. Além disso, outro produto com a máxima qualidade é a barrinha de cereais. Os lançamentos já começaram a ser distribuídos em todo o Brasil, com embalagens modernas e práticas, para saciar a sede dos consumidores mais exigentes.
U
m produto para atender um mercado foi lançado pela TrenchTown Surfboards. Trata-se da prancha “Prime” a nova integrante do portfólio de nove modelos da TrenchTown Design Board Models. Segundo Andrigo, proprietário e shaper da marca, “o modelo Prime foi desenvolvido para atender o mercado do sul do país, onde a exigência do consumidor é cada vez maior. Com isso, vamos oferecer um produto de altíssima qualidade, resistência e leveza e com um preço competitivo e acessível”. A Prime é fabricada com a tecnologia DSD (Digital Surf Design), com fibra 100% importada, bloco Teccel “Premium” 30% mais leve e com ótima resistência, copinhos FCS, resina poliéster ou epóxi e com o diferencial do retorno das fibras de carbono.
N
o último dia 7 de dezembro aconteceu a eleição para a nova diretoria da Fecasurf. Sem uma chapa opositora, Frederico Leite foi reeleito por aclamação para mais quatro anos a frente da entidade. Após a confirmação, ficou decidido as datas do calendário 2012 do surf catarinense no surf amador e profissional. Algumas pequenas mudanças foram feitas na nova diretoria para esse novo mandato, que promete continuar o excelente trabalho que já vem sendo realizado.
W
illian Cardoso, atleta Rusty, foi convocado para competir no Pipe Masters. Willian Cardoso que está em 35º, pode somar mais pontos no ranking e manter vivas as chances de terminar o ano entre os 32 primeiros. Mas Willian perdeu logo na primeira bateria num mar cabuloso, com séries de 15 pés em Pipe para o veterano e experiente havaiano Shane Dorian.
F
aça um brinde com a nova linha de produtos com a qualidade Mormaii. Os consumidores devem se lembrar do slogan utilizado pela Mormaii que era: “a sua marca na água”. Pois é, agora, a Mormaii é também a sua marca da água. Sim, a Mormaii entra no mercado de bebidas com lançamentos que ninguém esperava. A conceituada marca brasileira incluiu no mix de produtos a água (com e sem
A
Electric Sunglasses deseja a todos nossos parceiros e clientes votos de paz, saúde e boas festas. Agradecemos por contar com o seu companheirismo, preferência e atenção, pois só assim, teremos motivos para continuar evoluindo. Que nesse final de ano, todos possam somar as alegrias e dividir o entusiasmo. É com muito prazer que atendemos vocês e para 2012 nossa meta é oferecer o melhor serviço e qualidade. Receba o nosso carinho e o nosso muito obrigado. Boas Festas! www.electricvisual.com
Skate por diversão Por Adriano Rebelo
dro p skate
Andar de skate é lúdico por natureza, com os amigos e amigas então, a diversão é garantida. Foi neste clima de descontração que algumas amigas se reuniram para desfrutarem do vento na cara e das fortes emoções de descer uma ladeira. O encontro foi num local, digamos assim, secreto, muito calmo e tranqüilo. Existem outros lugares onde as simpatizantes e praticantes do esporte podem curtir momentos de lazer e adrenalina sem se preocuparem muito. Nessa sessão, estavam presentes meninas que já andam de skate a mais tempo e outras que estão começando. Podemos destacar o uso do skate da Surfeeling, que facilitou a vida delas, proporcionando maior controle nas curvas e estabilidade quando a velocidade aumentava, transmitindo segurança.
O skate também muda, e sua regulagem deve ser outra. Claro, descer devagar fazendo curvas para frear é mais seguro para quem está começando. Quem quer um pouco mais de emoção e já possui experiência, pode ir aumentando a velocidade, descendo reto a ladeira. Mas todo o cuidado é pouco. A utilização de equipamentos de segurança é fundamental para sua integridade física e garante a próxima sessão. A busca por locais seguros, com pouco trânsito de carros também ajuda, para a galera se divertir plenamente! Skate4fun!
Fotos. Adriano Rebelo
Algumas tinham pouco contato com o skate e se mostraram “radicais” mesmo sem experiência. O legal foi ver a alegria, as risadas e os sustos a cada descida! Realmente divertido! O skate de ladeira, ou “Skate Down Hill”, possui algumas categorias distintas como o Free Ride, o Slalon, O Giant Slalon, o Speed, entre outras, que mudam a velocidade e radicalidade.
Mundial de Bowl Amador / The Number One of RTMF Por Adriano Rebelo
Josh Mattson direto dá Califórnia. (Hi Adventure)
A segunda edição de 2011 do já tradicional Circuito de Skate Amador de Bowl do Brasil, o “The Number One of RTMF”, na Pousada Hi Adventure, aconteceu em novembr. Pela primeira vez recebeu o título de Mundial Amador de Bowl, por conta da participação de atletas de fora do país, como Estados Unidos, Chile e Argentina. O evento tem tudo para se transformar num dos circuitos mais importante de skate amador de bowl do mundo. Quem está por trás de tudo isso é a equipe do RTMF, capitaneada por André Barros, pai do fenômeno Pedro Barros. Os amadores andaram muito e Murilo Peres ganhou mais uma, sua segunda vitória consecutiva. O destaque deste ano foi a Best Trick realizada na nova mini-ramp da Hi Adventure, que proporcionou momentos de loucura entre os skatistas profissionais que por ali estavam: Allan Mesqui-
ta, Mauro Mureta, Masterson Magrão, Pedro Barros, Carlos “Piolho” Andrade, Marcelo Kosake, Marcelo Bastos, Miguel Zaffari, Léo Kakinho, Wagner Ramos, Marcos Gabriel, Daniel Kim como juiz, entre tantos outros que arrepiaram na mini-ramp!
fazendo a diferença na vida de muitos jovens. Sk8 forever! Resultado Mirim
Vestido de Tio Patinhas, André comandou o show de manobras com o microfone e um saco de dinheiro vivo nas mãos. Não houve vencedores diretos, mas a cada manobra acertada, com alto grau de dificuldade, o skatista ganhava na hora uma nota de R$100,00. O público presente pode ver na pista a participação de dois, três e até quatro atletas andando simultaneamente, uma verdadeira arena do skate!
1º) Felipe Pacheco
O circuito não é fechado e podem participar atletas de toda a parte do mundo. Tudo isso acontece com investimento privado, sem contar com apoio dos órgãos públicos. Quando esse apoio chegar certamente vai aumentar ainda mais a repercussão e estrutura dos eventos da região, e poderá agregar ações que possibilitem a inclusão social dos menos favorecidos,
3º) Matheus Muniz
2º) André Ferreira 3º) Ruan Manoel Iniciante 1º) Felipe Pereira 2º) Augusto Akio (Japinha) Amador 1º) Murilo Peres 2º) Alex Sorgente – EUA 3º) Allan Resende
Floripa no mapa Por André Barros
nosso life style. Todos percebem a razão do Brasil ser tão bem representado lá fora. A cada evento que acontece mais pessoas gostam do skate.
Depois de anos com a Pousada Hi Adventure atraindo skatistas do mundo inteiro, já era de se imaginar que Floripa seria uma cidade no roteiro do skate internacional. Depois dos eventos acontecidos ano passado no Bowl do RTMF e mais esse último mundial amador de bowl e mini ramp internacional na Hi Adventure, não tenho mais dúvida de que o encanto de Floripa já esta enfeitiçando o planeta através do skate. dro p skate Os melhores skatistas do rtmf mundo já vieram passar “férias” no Rio Tavares. É o local que tem mais pista de skate no Brasil por metro quadrado. Ali, habitam os três melhores skatistas do mundo de modalidades diferentes. O bicampeão mundial de bowl Pedro Barros, o bicampeão mundial de street Rodolfo Ramos e o muitas vezes campeão mundial de Down Hill Sergio Yupie.
Hoje alguns eventos de surf já estão incluindo uma pista de skate dando mais uma opção de lazer a quem esta na praia. O skate está crescendo muito em Floripa e vai crescer muito mais se depender da vontade e vocação da cidade. Só esta faltando mais apoio dos órgãos públicos!
Com tantas pistas de transições e com tantos skatistas bons, ficou fácil de atrair mais e mais skatistas desse planeta. Quem vem não tem dúvida do
Foto. Adriano Rebelo
Além da beleza da cidade, pistas de alta performance atrai a atenção dos melhores do mundo para a Ilha.
Rafa e Zé Edu sempre incentivando o esporte.