Jornal Drop - Edição#110

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Dezembro/Janeiro - 2012 Distribuição gratuita www.jornaldrop.com.br

Ano 14 - #110




EDITORIAL No verão de 1998, o Jornal Drop surgiu para se tornar um veículo especializado no esporte. Da primeira capa, que estampou o surfista catarinense Neco Padaratz, até alcançar a identidade que possui hoje, muitas histórias foram registradas em nossas páginas, que ajudam a consolidar o jornal como referência em Santa Catarina. Quatorze anos depois, é gratificante fazer uma retrospectiva e recordar o caminho percorrido. Por isso, a coluna Dropando de Letra, do nosso amigo e colaborador João Ricardo Lopes, relata um breve texto que conta um pouco da nossa história. Como este exemplar está em ritmo de comemoração. Uma das grandes surpresas é a entrevista com a surfista Jacqueline Silva, um exemplo de atleta que superou uma longa recuperação e está de volta à elite mundial. A edição#110 também traz uma homenagem à Santa Catarina. As páginas centrais reservam imagens de algumas praias do nosso litoral. Aproveitamos que, durante o verão, as temperaturas esquentam e o litoral é invadido por visitantes dispostos a encontrarem ação, selecionamos alguns surfistas para declararem que o paraíso é aqui. Para voltar no tempo, Ademir Damasco, o Neném, estampa o Tubo do tempo. A matéria é sobre sua vida, que está enraizada na Ilha há cerca de 300 anos. No Tubo do mês, destaque para o fotógrafo Ricardo Alves e o atleta Petterson Thomaz. O surfista do norte do Estado confirmou sua habilidade em tubos, principalmente de frontside, e mereceu espaço em página dupla. Você quer descobrir se o seu protetor solar funciona mesmo? Então, fique ligado nas dicas da coluna Folha Verde, que ensinam como ficar imune à ação dos raios UV. Fora isso, muita coisa boa no Drop Arte e Moments. O Em série completa a edição. Em 2012, o Jornal Drop vai intensificar os trabalhos com o skate. Para inaugurar a sessão uma bate papo com Kelvin Hoefler, o jovem talento da modalidade street que faturou o título de campeão mundial de skate profissional em 2011. E mais: a galera do Rio Tavares Mother Fucker destaca a versatilidade de seus atletas que uniram surf e skate. Este é um exemplar que está de cara nova e alma lavada. É a 110ª edição publicada em 14 anos, cada uma dessas com uma história de garra e muito trabalho desenvolvido. Curta essa festa junto conosco. Bons drops e boa leitura.

Ano 14 - Edição#110 Dezembro/ Janeiro 2011 Fundador Luis Felipe Machado Fernandes Editora Caroline Lucena - editorial@jornaldrop.com.br Redação João Ricardo Lopes - jrlopes73@yahoo.com.br Fotografia Marcio David - mdavidisn@ig.com.br Adriano Rebelo - adrianorebelo@hotmail.com Ricardo Alves - oceanofotos@hotmail.com Diagramação e Criação Kaio Henrique de Souza - criação@jornaldrop.com.br Colunistas João Ricardo Lopes, David Husadel, Julia Hoff, Marcio David, Norton Evaldt, Adriano Rebelo, Andre Barros e Allan Mesquita. Colaboradores ASP Kelly Cestari, Irapuã Porto, HD, Ricardo Alves, Angelo Possenti, Basílio Ruy, Manu Scarpa e Marianna Piccoli. Revisão Fernanda Moretto de Castro Jornalista Responsável Caroline Lucena – CNC 4551028 Departamento financeiro: financeiro@jornaldrop.com.br Departamento Comercial: comercial@jornaldrop.com.br Adriano Rebelo – 48 99692169 adrianorebelo@hotmail.com David Husadel – 48 9122-5473 dhusadel@gmail.com ERRATA: Na edição#109 foi publicada uma legenda errada. Na confusão, as fotos de Tiago Bianchini e Marcos Pastro, foram publicadas na ordem invertidas. *Os textos assinados nesta publicação são de exclusiva responsabilidade dos autores. Publicação bimestral - Distribuição gratuita em Santa Catarina Rua Prefeito Acácio São Thiago Garibaldi, nº 300, Joaquina Florianópolis (SC) - CEP 88062-600 – (48) 99470596 PORTAL JORNAL DROP www.jornaldrop.com.br CAPAS ARTÍSTICAS: Desbravando Santa Catarina Foto: Marcio David CAPA AÇÃO: André Gonçalves em um secret de Balneário Camboriú. Foto: Ricardo Alves

Í N D I C E

Na Cara

12

Drop Arte

20

Materia Principal

24

Drop Skate

42 06 ♦ JORNAL DROP







NA CARA

Ficha Técnica

Foto: Adriano Rebelo

Ficha Técnica

Jacqueline Silva Por David Husadel Na edição que comemora os 14 anos do Jornal Drop, uma história de glórias e tristezas estampa a entrevista a seguir. A catarinense Jacqueline Silva, um exemplo de super atleta, contou um pouco sobre sua trajetória dentro do esporte. O início, com os primeiros drops na Barra da Lagoa, até os momentos marcantes que celebraram seus anos dourados no WT. Em 2012, Jacque supera uma longa recuperação e dá exemplo de força de vontade para voltar à elite mundial. Boa sorte guerreira! O que aconteceu com o seu surf até você competir internacionalmente? Tudo aconteceu naturalmente. O começo foi uma brincadeira, mas depois entrei nas competições locais, estaduais. Com talento, dedicação e apoio da família as coisas chegaram mais longe. Comecei a participar de eventos internacionais em 1996. Quando foi sua primeira classificação para WT? Meu primeiro ano no tour foi em 1999. Quantos anos você participou da elite? Corri em 1999, mas acabei não permanecendo. Em 2001 voltei

Nome: Jacqueline Schveitzer da Silva Data de nascimento: 17/07/1979 Local de nascimento: Florianópolis (SC) Local de surf: Barra da lagoa Idade: 32 anos Altura: 1,64 Patrocínio/apoio: Star Point e Fundoesporte Quiver para o tour 2012: 6 à 10 pranchas entre 5’9’ e 6’2’ Um filme: Sexto sentido Um som: House music Uma onda: Indonésia Uma lembrança: Vitória em Maui (2002)

e fiquei na elite até 2009. O melhor ano foi em 2002, quando fui vice campeã mundial. Também fiz duas finais, uma na Gold Coast com um vice e depois finalizei com um 1º lugar na etapa de Maui no Hawaii. Quais seus melhores resultados na carreira? Fui campeã catarinense de 91 até 1994, campeã brasileira em 1996, neste mesmo ano, conquistei o terceiro lugar no ISA da Califórnia. Campeã do WQS 2001 e 2007, vice-campeã do WT em 2002. Você saiu do tour, voltou a correr o WQS e se reclassificou. Logo na primeira viagem de 2011 sofreu um acidente de carro e agora foi convidada pela ASP a competir novamente. Conte um pouco sobre toda essa trajetória. Sim. Fiquei fora do WT em 2010, corri o WQS e consegui minha classificação para o WT de 2011. Participei de somente uma etapa do WT na Gold Coast e na 2º etapa, em Bells Beach, sofri um acidente que comprometeu todo o meu ano. Foi um susto, pois não esperava, tive que ter muita dedicação. Comecei a fazer fisioterapia, hidroterapia, muitos exames, consultas, academia, bike e natação para conseguir uma recuperação mais rápida. Depois de quatro meses e três semanas voltei ao mar, ainda muito insegura, e não totalmente recuperada, mas já foi o começo. A partir daí retomei devagar, mas cada vez que entrava na água fui ganhando confiança até retomar totalmente a rotina de surf em novembro. Estava ansiosa em relação ao convite da ASP, quando saiu a notícia fiquei emocionada. Foi uma luta para conseguir essa recuperação e


ASP / Kelly Cestari

voltar ao tour. Desde a primeira vez que você correu o tour até hoje em dia o surf mudou muito. Como você vê o surf feminino mundial e no Brasil? Mudou muito. O surf feminino evoluiu bastante, as meninas estão com um surf polido e radical, o que tem deixado as competições com um nível alto e muito competitivo. No Brasil temos vários talentos, mas pouco apoio, infelizmente. O mercado de surfwear feminino no Brasil tem passado por altos e baixos. Como você percebe estas mudanças de comportamento no mercado? Está bem complicado. O surf feminino evolui a cada ano, mas o apoio para as competições e número de atletas diminui. É difícil entender. Sei bem o que é isso, pois faz dois anos que estou sem patrocínio principal, não é fácil. Você cresceu com o apoio de sua família. Seu irmão é surfista e shaper talentoso, seu pai sempre esteve presente. Como isso influenciou sua carreira? Tudo isso ajudou muito, sempre tive o apoio incondicional da minha família. Meu irmão, com certeza, foi meu parceiro no surf e me incentivou. Devo todo o meu sucesso a isso, talvez se eu não tivesse a companhia dele não chegaria tão longe ou

“O surf feminino evolui a cada ano, mas o apoio para as competições e número de atletas diminui.” quem sabe nem teria levado tão a sério. Conte um pouco da experiência de ter crescido na Barra da Lagoa? Foi muito bom crescer na Barra, em minha opinião, foi o fator principal para o meu ingresso no esporte. Se morasse longe da praia seria impossível levar adiante o sonho de ser surfista profissional. Temos muitas escolinhas de surf aqui. Hoje a praia é muito conhecida e procurada pelos surfistas, principalmente por ser um mar de águas calmas excelente para o surf e para quem está começando. Agradecimentos... Queria agradecer a todas as pessoas que torceram pela minha recuperação. A Star Point que esteve sempre do meu lado, minha família que foi fundamental, dando o carinho que precisei para voltar à ativa. E agora o apoio do Governo do Estado (Fundesporte).

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MOMENTS

Jean da Silva se esquivando do sol forte no México.

Tânio Barreto sobrevoando a região de São Francisco.

Foto: Ricardo Alves

Foto: Marcio David


Tiago Bianchini rasgando com pressão em Floripa.

Guga Arruda monstrando que conhece a Joaca.

Foto: Marcio David

Foto: Marcio David 15 ♦ JORNAL DROP


TUBO DO TEMPO

Foto: Arquivo pessoal

Surfistas Periféricos

Husadel

Por David Husadel

Ademir Damasco, o Neném, nasceu no bairro de Ratones em Florianópolis em 1953. Sua família esta enraizada na Ilha há cerca de 300 anos. Em 1748 existiam em torno de 300 moradores na Ilha, mas entre 1748 e 1750, seis mil novos moradores chegaram da Ilha dos Açores. Com este volume de novos habitantes, a Ilha de Nossa Senhora do Desterro assumiu a cultura e os costumes açorianos. A família do Neném veio nesta leva. Com a infância nos Ratones, Neném conheceu a fundo sua cultura, mas em 1965 sua família se mudou para a região da Venda do Horácio, ali entre a Agronômica e a Trindade, bem no pé do Morro do Horácio, na rua Antonio Carlos Ferreira. Em 1971 Neném foi estudar na Academia São Marcos na Av. Hercílio Luz, também conhecida como Academia do Jacaré, só para repetentes de outros colégios da cidade. Foi uma união sem precedentes, a turma do Jacaré e a turma do Horácio, era a turma sem Rosto, a turma da Periferia. Em nossa conversa, Neném fez o seguinte comentário: “Nós éramos da periferia, da Trindade, não tínhamos carro, não saíamos na coluna do Beto Stodieck. Trabalhávamos a semana inteira, mas todo final de semana estávamos na praia, éramos surfistas sem nome, mas já surfávamos desde 1971, isto é fato. As pessoas que se dizem pioneiras do surf na Ilha nos ignoram, fazem de conta que nós não existíamos.” Na Academia do Jacaré, Neném conheceu o Tatu, Gabriel Colares Neto. Foi através do Tatu que Neném começou a surfar. Sua família tinha um barraco de pescador na Barra da Lagoa e também tinha uma prancha verde, a única da turma. Todos sempre iam ao final de semana para o barraco da Barra e dividiam a famosa prancha verde. Também era integrante oficial da Turma da periferia o Murilo Mafra, filho do proprietário da minioficina Mafra. Murilo tinha um Jeep, que circulava por toda a Ilha. Imagine em 1971, o tipo de estradas que tinha no lado leste da Ilha, só de Jeep mesmo. Neném reconhece que a turma do Schereder e do Celsinho Ramos começaram a surfar pouco tempo antes, mas eram do centro. A turma Periférica sempre foi mais “roots”, jogavam em times de futebol de várzea e participavam de festas desde os Ratones até o Ribeirão da Ilha. Foi nestas andanças que ele foi conhecer o Campeche. Já circula pelo Campeche há 35 anos e mora no bairro há 25. Hoje, Neném ainda joga no time de futebol Máster do Campinas. Surfou e continua surfando com Cupim e Cia. Nunca parou de surfar e confere o surf quase que diariamente. Confessa que nunca foi um bom surfista, nunca arrepiou, mas curte como poucos as delícias do surf e diz que não sabe de nenhum outro surfista de 58 anos, nativo da Ilha, que esteve e está surfando regularmente aqui na Ilha do Desterro. No surf, Neném já foi juiz da Fecasurf e Associação de Surf do Campeche, instrutor de surf, sócio fundador e presidente do Campeche Surf Club, que realiza o campeonato Surfoco, tradicional campeonato que

acontece há 23 anos seguidos, sempre no sábado de Carnaval no pico da Igrejinha no Campeche. Mas fora o surf, Neném sempre foi um artista. Quando criança fazia e desenhava “gibis” em quadrinhos. Hoje ele já esta trabalhando em seu sexto documentário sobre a cultura e as tradições de Nossa Senhora do Desterro. Este trabalho vai se chamar Outono. Seus outros documentários, todos premiados em festivais são: 1 – Pesca da Tainha (52 mim) 2 – Farinhada (52 mim ) 3 – Em busca da Purificação ( 39 mim ) 4 – Cupim ( 42 mim ) 5 – Meninos do Engenho ( Infantil, 18 mim ) Neném estudou geografia na Universidade Federal de Santa Catarina e participou de muitos festivais de fotografia na década de 70. Da fotografia para o vídeo, a passagem foi natural. Em 1995 fez um curso com Eduardo Paredes, quando teve oportunidade de ampliar os recursos para aplicar em seus trabalhos e poder mostrar melhor sua visão “manezes” dos costumes da Ilha que cada vez mais se fragilizam perante a invasão de novas pessoas com novos valores. Cupim, documentário de 42 minutos “A galera me pedia para fazer um documentário sobre surf, mas gosto de personagens, gosto de contar minhas histórias através deles. Como o Adilson “Cupim”é uma lenda do surf em Florianópolis, com personalidade forte, surfa todos os dias há 35 anos e defende os nativos com intransigência, escolher ele para fazer o meu documentário de surf foi um prato cheio. O Adilson é cultura, ele faz Boi de Mamão, é oleiro e também é pedreiro, ele próprio faz suas casas com o estilo açoriano. O documentário já foi apresentado publicamente três vezes em Florianópolis, inclusive na Catavídeo, Festival Catarinense de Vídeo, com ótima aceitação por parte dos participantes.”

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EM SÉRIE Fotos: Marcio David - Atleta: Gabriel Galdino


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DROP ARTE

EXPOSIÇÃO ALMAR Por Manu Scarpa

Ela tem mar até no nome e mora a poucos passos de uma das praias mais preservadas e reservadas de Florianópolis. Quando acorda, vai primeiro dar bom dia para o oceano e aproveita para checar as condições. Se tudo parece favorável, monta seu equipamento e vai para dentro do mar. Há quase quatro anos fotografando dentro d’água, no dia 20 de janeiro de 2012, a fotógrafa Marianna Piccoli inaugurou sua primeira exposição denominada Almar. O significado deste nome depende da interpretação de cada um. Alma, mar, alma ao mar, amar. A união de todos esses elementos define bem a paixão de Marianna pela profissão que escolheu. Tudo começou em 2004, após morar um ano na Austrália. Na mesma época, fez sua primeira viagem para Indonésia e o interesse por viajar, surfar e fotografar se tornou cada vez mais vivo dentro daquela menina com apenas 16 anos de idade. Hoje, aos 24 anos, Marianna Piccoli é uma das únicas mulheres do Brasil que produzem imagens underwater. Entre as principais viagens como fotógrafa profissional, Mari já carimbou o passaporte na Califórnia, África do Sul, China, novamente na Indonésia e algumas temporadas no Hawaii.

Fotos: Marianna Piccoli


Desde o início ela investiu tudo em bons equipamentos para garantir a qualidade do material. Fotografou diversos campeonatos importantes e sessões de freesurf. Já colaborou para os maiores veículos de surf do país – como as revistas Fluir e Hardcore e o portal Waves – além de trabalhos para mídias do sul do Brasil, como a revista Juice. Já são quase oito anos como fotógrafa e durante todo esse tempo Marianna evoluiu para um olhar mais sensível em relação à natureza. O mar sempre foi o foco principal, mas o lifestyle que envolve a vida na praia também atrai a atenção de suas lentes, principalmente quando está em contato com outras culturas durante as viagens. Como todo fotógrafo de surf que pretende enriquecer o portfólio, Mari dedicou alguns meses por ano em temporadas no Hawaii. Lá conheceu e trabalhou ao lado de profissionais que inspiram seu trabalho até hoje. Fotógrafos como Sebastian Rojas, Pedro Tojal, Marcio David e Manoela D’Almeida tornaram-se seus amigos e mentores. Após uma dessas temporadas no North Shore de Oahu, Marianna voltou ao Brasil e encomendou sua primeira caixa estanque – equipamento que protege a câmera fotográfica em ambientes aquáticos. Enquanto registra os momentos de ação do surf, ela aproveita toda a beleza das ondas e da água cristalina para produzir fotos com um estilo mais artístico e autoral. Foi então que surgiu a exposição Almar, que tem o objetivo de apresentar parte do seu acervo de fotos clicadas dentro do mar e disponibilizar as imagens para todos os amantes do oceano. Para valorizar ainda mais a fotografia como obra de arte, Marianna utilizou o conceito Fine Art Photography para imprimir todos os quadros. A impressão segue um rigoroso padrão de qualidade, com papel 100% algodão com durabilidade de até 200 anos e edição limitada de cópias. Cada foto vem acompanhada por um certificado com todos os dados da impressão e a assinatura da artista. A exposição oficial fica aberta ao público até o dia 20 de março no L’Atelier Família Moraes Tattoo, no Canto da Lagoa em Florianópolis. Para acompanhar mais informações sobre a exposição visite: www.expoalmar.blogspot.com

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DROPANDO DE LETRA

Jornal Drop 14 anos Por João Ricardo Lopes

Em fevereiro de 98, um projeto que era direcionado para o marketing de uma empresa ligada ao surf, se transforma em um veículo especializado no esporte. Santa Catarina precisava de um informativo, pois um dos carro-chefes do turismo no Estado, o surf, não poderia ficar sem uma mídia especializada. A lacuna deixada pela revista Inside, que durante 10 anos foi referência no surf catarinense, acabou suprida com o surgimento do jornal, que em 2012 completa 14 anos.

Maio de 1999, praia do Moçambique, Florianópolis. Flâvio Vidigal venceu o primeiro Drop Competição, seguido de Felipe Fernandes e João Ricardo Lopes.

Neco Padaratz foi o primeiro surfista a estampar a capa do Jornal Drop. Fotos: Arquivo Jornal Drop

A primeira capa teve Neco Padaratz, que inclusive ilustrou a página inicial da edição de dezembro de 2011, em um tubaço. Da primeira até a última capa, muitas coisas aconteceram no surf mundial, catarinense e brasileiro, e em boa parte delas o Jornal Drop esteve presente cobrindo. São 110 edições concluídas, e cada uma dessas tem sua história de garra e muito trabalho realizados por cada envolvido. O principal objetivo do Jornal Drop é dar destaque ao esporte catarinense, sem deixar de abordar o que acontece no Brasil e no mundo. Talentos criados no Estado sempre


terão visibilidade em nossas páginas. Ser a terceira mídia especializada mais antiga cobrindo o surf no Brasil é uma grande honra. Nesse meio tempo, presenciei muitas revistas e informativos que nasceram e terminaram, sem deixar um legado enraizado para o nosso esporte. A toda equipe que passou pela redação do jornal nesses anos, fica a satisfação de ter sido parte da história de um projeto que deu certo. Eu particularmente fico feliz por fazer parte dessa saga. Presente desde a edição número três do Jornal Drop e assinar por 10 anos como jornalista responsável, posso dizer que aprendi muito no âmbito profissional com todos que passaram pelo staff durante esses anos, além de abrir portas profissionalmente. Fico satisfeito com o retorno que recebo dos leitores e atletas que tem acesso ao jornal, que cumpre seu objetivo com seriedade. É essa credibilidade que o Jornal Drop sempre buscou, e acredito que alcançou desde sua primeira edição até a última lançada. Passados 14 anos, cá estamos nós em mais um ano de comemoração. Não é fácil trabalhar com surf, e produzir uma edição envolve uma sincronia perfeita de toda equipe para que o resultado final seja de acordo com o esperado. A cada edição de aniversário, sempre se faz uma retrospectiva de tudo que aconteceu nesses anos de estrada do Jornal Drop. Uma coisa posso afirmar: quando se faz com profissionalismo e dedicação, todo esforço é válido, mesmo com as dificuldades existentes. As barreiras estão aí para serem superadas, e o Jornal Drop sabe bem como fazer isso. Parabéns!

Na primeira edição do WCT em Santa Catarina, o Jornal Drop registrou o título de Kelly Slater, na praia da Vila.

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O Paraíso

é aqui


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Foto: Marcio David - Secret Point


O Paraíso

é aqui

Por Caroline Lucena Para comemorar os 14 anos de estrada, o Jornal Drop vai presentear o leitor e ao mesmo homenagear, nas páginas centrais, o nosso berço de criação: Santa Catarina. Palco de grandes acontecimentos esportivos, também tem no turismo um dos principais atrativos, afinal são inúmeras praias, espalhadas em um território de costa oceânica com cerca de 500 quilômetros. Durante o verão, a temperatura esquenta e o litoral é invadido por visitantes dispostos a encontrar ação e muitos deles vêm em busca das ondas perfeitas. Santa Catarina tem um litoral preservado, cheio de enseadas e costões. Devido ao relevo, algumas praias são de difícil acesso, o que dá charme as raras belezas. Além das conhecidas praias de Florianópolis, como Joaquina, Mole e Moçambique, há várias outras opções de norte a sul: praia Brava, São Francisco do Sul, Guarda do Embaú e praia do Rosa. Vila, em Imbituba e Farol de Santa Marta também são imperdíveis. Na matéria a seguir você acompanha fotos alucinantes que retratam este paraíso e descobre as melhores condições para você aproveitar. As dicas vão além de informações já que alguns surfistas profissionais e fãs de carteirinha do litoral catarinense serão os anfitriões desta bela apresentação.

Calibre internacional Palco de importantes disputas no cenário do surf, a Joaquina é uma das praias mais constantes do país. As ondas largas e fortes foram descobertas pelos surfistas na década de 70 e oferecem várias sessões. Com uma extensão de aproximadamente três quilômetros, está localizada no leste da Ilha, entre a praia Mole e o Campeche. O melhor da Joaquina, além das boas condições para o surf, são as dunas, que tornam o local um reduto para praticantes de sandboard. Assim como a praia Mole, funciona bem em diferentes condições, confirmando sua qualidade. “A Joaquina é um dos lugares mais procurados por surfistas e turistas. Todos os dias têm partidas de futebol, surf, frescobol e sandboard, o pessoal é disposto e aproveita a longa extensão de areia, além de contar com boa estrutura para os banhistas. As condições ideais para a prática do surf são quando a direção do swell entra de sudeste com 6 a 10 pés, vento terral ou nordeste fraco. A principal característica das ondas é serem tubulares, rápidas e muito fortes. A preservação deve ser mais rigorosa, assim poderemos curtir este paraíso por muitas gerações. A praia também é conhecida pelo localismo, que é encarado como sinônimo de respeito. Fica a dica!” (Marco Polo, freqüentador assíduo e surfista profissional)

Praia da Joaquina

Fotos: Marcio David


Praia Mole

Areia solta Tradicional point da Ilha de Florianópolis, a praia Mole é muito frequentada por surfistas, pois os cantos e meio da praia recebem diferentes ondulações. Localizada entre a Lagoa da Conceição e a Barra da Lagoa, a praia Mole também é conhecida pela diversidade de visitantes, gente descolada e bonita. Uma praia para o pessoal de cabeça aberta, que exibe um mar cristalino e potente. Tem início no costão ao norte da Ponta do Gravatá e é contornada por vegetação rasteira com pequenos arbustos. “Frequento a praia Mole há muitos anos, e admiro por ser uma das praias que ainda resiste ao crescimento do turismo na Ilha. Apesar de ser uma praia conhecida, se mantém bastante preservada, com muita restinga nativa, animais, boas ondas e água limpa. Existem muitos picos surfáveis e com ótimas condições. Seja com vento norte ou vento sul, quase sempre dá para aproveitar bastante quando a ondulações está de sudeste”. (Marcio Farney, adepto das antiga e surfista profissional.)

Estilo selvagem

Moçambique

A praia do Moçambique é uma longa e deserta faixa de areia de aproximadamente nove quilômetros, que começa na ponta das Aranhas e vai até a Barra da Lagoa. A praia é muito bem quista, pois mantêm o clima de praia selvagem, já que não possui nenhuma infra-estrutura turística. Com ondulação de leste e vento nordeste a diversão é garantida, quando ondas fortes e rápidas rolam do costão para o meio da praia. “A praia do Moçambique é um lugar mágico. Pouco crowd, altas ondas e é uma das praias mais preservadas da ilha.Por sua grande extensão existem muitas valas em toda a praia. São raros os dias que ficam sem surf neste lugar, pois recebe todas as ondulações, possibilitando bons treinos.” (Vicente Romero, grande simpatizante e surfista profissional.)

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Praia da Brava

Costa brava Localizada em Itajaí, onde se encontra um dos principais portos pesqueiros do Brasil, a praia Brava oferece ondas fortes e rápidas, principalmente no lado norte, onde fica o canto do morcego. Se a ondulação estiver entre leste e sudeste, com o vento sul fraco, prepare-se, pois há grandes chances de rolar um tubo atrás do outro. Ideal para quem curte uma badalação, pois além da praia, a cidade costuma ser movimentada. “A praia Brava é o paraíso dos tubos, uma onda pesada com bancadas rasas por toda sua extensão, é a minha favorita e de muitos surfistas da região. Gosto de treinar aqui pela dificuldade que encontramos nos “barrels” e na arrebentação. Tem dia que você acha que está de um jeito rápido ou fechando, e quando vê dropa um tubo animal. As condições variam de nordeste a sudeste, de preferência sem vento. Atualmente a praia está sofrendo uma mutação por conta dos grandes condomínios. Uma praia de pura mata atlântica, em poucos anos, virou um monte de cimento e muita grana envolvida. Mas de qualquer maneira é a praia que mais amo.” (Pedro Norberto, desbravador voraz e surfista profissional)

O tesouro do baú

Dicas Drop º Tainha na rede: Maio e Junho são épocas de pesca aqui no Estado. Tainhas chegam em abundância aqui na região. Para evitar os conflitos entre surfistas e pescadores, foi criada uma lei que bane o surf em algumas praias, que ficam fechadas para as práticas esportivas durante esse período do ano. º Crowd: Em algumas praias, principalmente no verão, o crowd é intenso. Por isso, respeitar os locais é uma prática comum para evitar o estresse. Uma dica é procurar as praias mais tranqüilas, principalmente se você fizer o tipo “fominha” ou surfista iniciante.

O Paraíso

é aqui

Para quem gosta de beleza natural, a praia da Guarda do Embaú é o recanto ideal. Localizada no município de Palhoça, á 50 quilômetros de Florianópolis, a vila de pescadores, que fica dentro da Serra do Tabuleiro, é cortada por um rio que deságua no mar através de um canal. As ondas são famosas, já que as boas condições servem de referência para prática do surf no Brasil. Um paraíso que batalha para se manter preservado. “A Guarda sempre foi um lugar abençoado. Muitas pessoas passaram a freqüentar, buscando tranquilidade e boas ondas. O crescimento foi inevitável, por isso preservar este paraíso está cada vez mais difícil. Sou uma pessoa suspeita para falar sobre a Guarda, pois ela representa muito para mim. Acredito que a nossa atual situação é de mudanças, estamos tentando reestruturar o progresso para não perder nossa essência. Tento representar isso da melhor maneira possível. Surfo em diversos outros lugares, mas poucos oferecem tanta coisa boa. Para mim sempre vai ser o melhor lugar do mundo”. (Ricardo dos Santos, local e surfista profissional)


São Francisco do Sul

A voz da experiência São Francisco do Sul é uma das cidades mais antigas do Brasil, que conquista seus visitantes pela beleza que emoldura as belas praias. Localizada entre Itapoá - na divisa com o Paraná - e Barra do Sul, São Chico é uma ilha oceânica, com muitas praias e mar, por isso é um dos cobiçado destino turístico de Santa Catarina. As ondas servem de palco para eventos esportivos. Agito e diversão também estão no pacote para quem visitar esse lugar privilegiado geograficamente. “São Chico é um lugar de muita paz e tranqüilidade. As ondas são constantes, mesmo quando o mar está pequeno. Além da famosa Prainha, existem outras opções que variam dependendo das ondulações que entram como: a praia Grande, Ubatuba, Píer e até alguns secrets. Minha onda favorita é a da Prainha, que tem sempre muitos picos em triângulos devido ao pequeno tamanho da praia. É um lugar maravilhoso com uma restinga bem preservada que eu amo de paixão. Se você ainda não conhece, garanto que irá se encantar.” (Petterson Thomaz, amante incondicional e surfista profissional) Guarda do Embaú

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Praia do Rosa

A vida cor de rosa O Rosa é praia de surfista, gente jovem que busca adrenalina nas ondas, sol e contato com a natureza. Linda e badalada, é o principal destino dos turistas que veraneiam em Imbituba. As ondas costumam quebrar em qualquer condição e, além disso, a infraestrutura é variada. Unindo boas pousadas, casas de veraneio e um estilo “roots” preservado com estradas de barro e chalés de madeira, a vegetação é cuidada e há duas lagoas à beira-mar. Ao mesmo tempo em que rola um agito, o lugar também é propício para quem busca aconchego para dias de relaxamento.

“A praia do Rosa fica no sul do Estado. Uma praia com com aproximadamente dois quilômetros de extenção, muito bem preservada e que atualmente esta na lista das 10 baías mais lindas do mundo. Muito frequentada por surfista e turistas. Para os surf, é uma das praias mais constantes do Brasil, funciona com qualquer condição, se o vento é sul, o canto sul da praia(Rosa sul) sempre é terral, e o mesmo acontece no canto norte da praia (Rosa norte) quando o vento sopra de norte. As condições ideais são ondulação de leste e o vento acaba não fazendo muita diferença que dependendo da direção o surfista pode escolher entre o canto sul ou o canto norte. As ondas no Rosa podem chegar até 4 metros nos dias maiores. Durante os meses de setembro e outubro recebemos visitas das baleias jubartes que chegam muito próximas a costa e são um atrativo para os turistas. Na praia do Rosa também se encontra boas festas e muita gente bonita.” (Alan Saulo, admirador e surfista profissional)


Praia da Vila

A meca dos big riders Para quem curte o surf em ondas grandes, a praia da Vila, em Imbituba, é demais. Com ondulação de sul, uma direita rápida, já com ondulação de leste a diversão é para esquerda. O visual é de tirar o fôlego e a infra-estrutura para o turismo melhora a cada dia. “Imbituba é uma cidade que respira surf, até mesmo porque temos tradição neste esporte magnífico. Dentro do nosso histórico esportivo da cidade, passaram por aqui vários campeões brasileiros, mundiais e catarinenses. A praia da Vila, que é conhecida pelas ondas grandes, também possui ondas pequenas e longas esquerdas, que costumam quebrar em condições de leste e vento nordeste. As ondas sempre aparecem no meio de duas ilhas, chamadas de Santana de Dentro e Santana de Fora. O visual da praia é o que torna o cenário paradisíaco, dentro de uma cidade que está em constante evolução, em função do porto, onde é dada uma atenção especial ao meio ambiente”. (Fabio Carvalho, morador e surfista profissional) Farol de Santa Marta

Farol de Santa Marta O Farol é um picos mais procurados pela galera que curte pegar uma praia e admirar belos visuais. O lugar é refugio dos amantes das ondas, pois oferece boas opções. O acesso é “roots”, mas a recompensa merecida. Localizada no município de Laguna, o famoso Farol ilumina os morros e serve como ponto turístico, a badalação noturna também promete agito. “Situado no município de Laguna, ao sul de Santa Catarina e no ponto mais oriental da região, o Farol serviu durante esses anos para guiar as embarcações para longe do famoso parcel do Campo Bom. Com suas 11 belas praias o Cabo de Santa Marta torna-se um lugar especial por receber qualquer tipo de ondulação, as grandes ondulações são ideais de sul. Um lugar ainda com praias muito preservadas, possui ondas de muita qualidade. Minha dica é para respeitar o surf local”. (Gabriel Galdino, profundo conhecedor e surfista profissional)

Veja mais fotos e dicas desta edição acessando:

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FOLHA VERDE

Seu protetor funciona mesmo?

Perfomance em alta Foto e texto por Adriano Rebelo

Por Julia Hoff

Foto: Adriano Rebelo

Para ficar imune à ação dos raios UV, não basta passar qualquer protetor antes de pegar sol. Mesmo com tantas opções no mercado, ainda são raros os protetores que oferecem o que realmente se precisa para bloquear os raios. Estudos mostram que podemos estar nos expondo ainda mais por infiltrarmos uma lista enorme de químicos nocivos a saúde. O melhor é se interessar mais em cuidar da pele, já que ela é responsável por um dos tipos mais comuns de câncer no planeta. O órgão que regula a fabricação de protetores solares nos EUA chama-se FDA (U.S. Food and Drug Administration) e é nele que se baseia a legislação brasileira. Portanto, resolvi dar uma olhada lá pra ver o que há de novo em relação ao regulamento de protetores. Pelo jeito, em 2013 entra em vigor algumas regras que certamente ajudarão na hora de escolher o produto certo. Fabricantes não poderão mais usar o nome “sunblock” ou bloqueador solar uma vez que nenhum produto faz isso de fato. O nome “à prova d’água” terá que ser “resistente à água”, e ainda terá que informar o teste de imersão que comprova a proteção de 40 ou 80 minutos do produto antes de repetir a dose. As marcas só poderão indicar proteção contra os raios UVA e UVB se tiverem testes comprovados para ambos. Para surpresa de muita gente, não há regras para aqueles que prometem fator maior que 50. A preocupação aqui diz respeito ao possível falso julgamento de que, com “maior” fator de proteção, menor a necessidade de reaplicar o protetor. Outro ponto interessante é que o FDA não mudará nada em relação aos inúmeros componentes químicos dos protetores, como por exemplo Oxybenzone, já comprovado como nocivo à saúde. É bom ficar ligado e passar a ler de que é composto o produto que você quer comprar. Aqui dou algumas dicas rápidas, mas para mais informação, visite o site www.ewg. org/skindeep/ - Lá você acha uma lista completa das marcas de protetores menos nocivos à saúde. Isso mesmo, menos nocivo, pois nenhum produto é 100% saudável. Você vai se surpreender. EVITE: º Oxybenzone º Vitamina A ou Retinil Palmitato º Repelente de Zinco º Sprays º Com fator maior que 50

PREFIRA: º Dióxido de Titânio º Avobenzone º Meroxyl SX º Cremes º Proteção UVA e UVB º Resistente à agua (praia, piscina e suor) º Com fator entre 30 e 50 (praia ou piscina)

Projeto Aragua Verão 2012 Sol, ondas e claro, muita participação humanitária! Com este clima de verão e com muita atitude realizamos várias atividades durante os dias 11 e 25.02, na praia Mole. Um grande sucesso. Trilha ecológica, aulas gratuitas de educação artística, yoga e pilates, coleta de doações, exposições artísticas, sessões de autógrafos com atletas profissionais de surf e skate, slackline, mutirão de limpeza da praia, show com bandas, entre outros, foram os atrativos do nosso projeto de verão. Vale lembrar que esse projeto não aconteceria sem a participação voluntária dos profissionais que nos ajudaram a realizar este importante movimento. Nosso muito obrigado! O resultado desta e de outras ações estão em nossa página na internet: www.aragua.org.br Em nossa sede, na praia Mole, montamos um posto de coleta permanente. Não espere o frio começar e nem a fome apertar. Um quilo de alimento, uma peça de roupa, um brinquedo usado pode e vai fazer a diferença, ajude a diminuir o sofrimento de muitas pessoas. Faça sua parte, participe! São nossos objetivos: º Promover a saúde, a qualidade de vida e a consciência ecológica; º Promover o CDC Aragua e suas atividades; º Promover nossos parceiros e a importância de poder contar com empresas que agem e compactuam com nossas linhas de pensamento; º Promover a Praia Mole como ícone de Florianópolis, um local de lazer, bem estar e diversão; º Promover o desenvolvimento sustentável da região, atrair turistas, comunidade local e regional, para participarem de nossas ações; º Ajudar com doações a quem realmente necessita. Precisamos do apoio de todos! Ajudem-nos a realizar nossos objetivos! Acessem www.aragua.org.br e conheçam melhor nossa instituição.

32 ♦ JORNAL DROP



Blitz - Jornal Drop

Points de Distribuição - Jornal Drop FLORIANÓPOLIS

SUL DO ESTADO

LAGOA DA CONCEIÇÃO

GAROPABA

MORMAII SUL NATIVO REFIFI SUSHI ROOTS NIGIRI SUCO DA SAÚDE DNA NATURAL ACADEMIA MARCELO AMIM ACADEMIA POWER FIT

JOAQUINA

KAUAI SURF SHOP ILHA SURF SHOP HOTGLASS

PRAIA MOLE ARAGUA

BARRA DA LAGOA

Caetano Vargas e Petterson Thomaz curtindo o Jornal Drop no Chile.

BAZAR DO SURF PRO-FIX SALVA SURF

RIO VERMELHO KINGSTOWN Surf & Tattoo

INGLESES

ITARARÉ SURF SHOP SPIDER SURF SHOP MORMAII JAMAICA SURF SHOP

RIO TAVARES

CURVA DE HILL TIKEHAU POUSADA HI-ADVENTURE PIZZARIA DO CICA

CAMPECHE

TROPICAL BRASIL ACADEMIA SOTÁLIA

MATADEIRO SABOREAR

CENTRO

Marcos kbça e Márcio Konig prestigiando a edição#107 no Rio Tavares.

JBAY JAMAICA GALERA MAKAHA JAVA SURF SHOP QUATRO ILHAS

SANTA MÔNICA MAKAHA SURF SHOP

SHOPPPING BEIRA MAR GALERA SUL NATIVO JBAY

SHOPPING. IGUATEMI STAR POINT SUL NATIVO KOCK SURF SHOP

FLORIPA SHOPPING ARVOREDO MORMAII JAMAICA

SHOPPING ITAGUAÇU JBAY SUL NATIVO QUATRO ILHAS

Galera da loja Teahupoo, em Joinville, conferindo um novo exemplar.

SHOPPING VIA CATARINA JBAY BIG POINT

SUL NATIVO MORMAII MORMAII SURF BAR RANCHO DO SURF TRUZZ

PRAIA DO ROSA/IMBITUBA BA SURFBOARDS DEMARCHI POUSADA E PIZZARIA EDUARDO SURF SHOP NEW LIFE SURF SHOP GOTA SKATE E SURF SHOP

TUBARÃO

MORMAII (FAROL SHOPPING) OASIS SURF E SKATE SHOP (FAROL SHOPPING) EMPTY STORE PADANG PADANG

LAGUNA

BYCHELLO SURF SHOP TRENCH TOWN SURF BOARDS

ARARANGUÁ

MARÉ ALTA SURF SHOP EL COLÉGIO SURFSHOP NASCENTE ASTRALINA SURF BOARDS LOJAS FÁTIMA MARBOM SURF SHOP

CRICIÚMA

SANTA MARTA SURF SHOP BACKDOOR SURF SHOP (SHOPPING DELLA GIUSTINA) SEA WAVE (SHOPPING DELLA GIUSTINA) SEA WAVE (SHOPPING CRICIÚMA) SESSION SURF E SKATE SHOP LOJAS FÁTIMA STAR POINT MARBOM SURF SHOP

NORTE DO ESTADO BALNEÁRIO CAMBORIÚ SHORE BREAK MORMAII STAR POINT ALOHA BEIRA MAR ALOHA SHOPPING SURFERS PARADISE VITTORINO

ITAPEMA QUATRO ILHAS

ITAJAÍ

EVELYN SURF SHOP RETRY SURF SUPER SURF SKATE

NAVEGANTES LIMA SURF SHOP

BLUMENAU

GENERAL LYY - SHOPPING GENERAL LYY - CENTRO

JOINVILLE

TERRAL SURF SHOP JAWS SURF SHOP MAHA SURF SHOP TEAHUPOO

BLITZ DROP UNISUL UNIVALI ASSESC ESTÁCIO DE SÁ ENERGIA

CATARINENSE EVENTOS CAMPEONATOS LOJAS 34 ♦ JORNAL DROP



TRIAGENS FECASURF Por Norton Evaldt

Circuito Catarinense Amador – 1º etapa

Data: 11 e 12 de Dezembro 2012

Data: 28 e 29 de janeiro

Local: praia da Vila - Imbituba (SC)

Local: Prainha (São Francisco do Sul)

Tiago Bianchini é o novo campeão catarinense

Igor Arakaki vence nas ondas da Prainha.

Foto: Basílio Ruy

Foto: Angelo Possenti

Circuito Catarinense Profissional – última etapa

Tiago, que passou por momentos difíceis na carreira, deu a volta por cima. Ele abriu o circuito vencendo na praia da Joaquina. Na sequência, nas etapas da praia Mole e de São Francisco do Sul, ficou na nona colocação, e na etapa de Itajaí não foi muito bem, acabando na trigésima terceira colocação. Na praia da Vila precisava chegar até as semifinais para garantir o caneco e ficou na quinta colocação confirmando seu primeiro título da carreira. “Estou muito feliz por esta conquista, principalmente pela minha vitória pessoal, foram anos difíceis, mas superei, estou curado, e hoje posso agradecer a Deus, a minha família, a minha namorada, meus patrocinadores, meus amigos, a todos por acreditarem no meu trabalho”, declarou Tiago. O vencedor da última etapa do circuito, na praia da Vila, foi Guilherme Ferreira de Florianópolis, somando 15,50 pontos, contra 13,30 do paulista Gilmar Silva. Resultado 1º) Guilherme Ferreira (SC) 2º) Gilmar Silva (SP) 3º) Caetano Vargas (SC) 4º) Danilo Costa (RN) Ranking Final 2011 1º) Tiago Bianchini (SC) 2º) Marco Polo (SC) 3º) Alex Lima(SC) 4º) Marthen Pagliarini (SC) 5º) Jean da Silva (SC) 6º) Vicente Romero (SC) 7º) Guilherme Ferreira (SC) 8º) Gustavo Santos (SC) 9º) Raphael Becker (SC) 10º) Fábio Carvalho (SC)

6.220 pontos 5.025 pts. 4.963 pts. 4.925 pts. 4.693 pts. 4.638 pts. 4.579 pts. 4.475 pts. 4.443 pts. 4.360 pts.

A Prainha, em são São Francisco do Sul sediou a abertura do Circuito Catarinense Oceano de Surf Amador 2012 que recebeu a participação recorde de 148 surfistas. O campeão da categoria Open foi o surfista de Bombinhas Igor Arakaki. Igor somou 13,30 pontos contra 12,15 pontos de André Mói que ficou na segunda colocação. Completaram o pódio Jorge Porvilho na terceira colocação somando 12,00 pontos e Thiago Bruno na quarta colocação com 7,50 pontos. A final da categoria Junior foi disputada e o vencedor foi o surfista de Barra do Sul Fernando Paulino somando 15,90 pontos contra 12,05 pontos de Derick Adriano que acabou na segunda colocação. Na terceira posição ficou o surfista Luan Wood com 11,55 pontos e na quarta, o surfista Derick Adriano com 10,25 pontos. Na Categoria Mirim, vitória de Luan Wood de Florianópolis. Na categoria Master Carlos Kxot da Guarda do Embaú foi o campeão com 9,90 pontos, deixando na segunda colocação o surfista de Florianópolis Stewson Crippa, seguido de Silvério Jorge e Roni Ronaldo, na terceira e quarta colocação, respectivamente. Na categoria Infantil João Godoy de Florianópolis foi o vencedor. Na categoria Feminino a vitória foi de Aloha Maciel. Um dos destaques desta primeira etapa do circuito foi o surfista prata da casa Luan Garcia, vencedor da categoria Iniciantes, que mostrou conhecer muito bem as ondas da Prainha. Luan fez a maior somatória de 17,40 pontos nas duas melhores ondas da terceira bateria do segundo round da categoria Iniciantes, e também a maior nota da competição 9,65 pontos. Ele garantiu o prêmio do Best Waves Skull que foi uma capa de prancha dupla para viagem.

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Tub

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Do mês


Fotografar em Puerto Escondido foi uma experiência muito gratificante. Estava com alguns atletas, entre eles o Petterson Thomaz, surfista do norte do Estado, que demonstrou muita habilidade nos tubos, principalmente de frontside. Nesse dia, as ondas estavam boas e pesadas, apesar da luz estar mais adequada para a direita, era para esquerda que elas rodavam mais. As oito horas da manhã, o Petterson passou por mim muito bem posicionado e mesmo em contra luz, o momento ficou registrado para estampar o Tubo do Mês. Foto e texto por Ricardo Alves


MERCADO NEGRO

Surfeeling Surf Style Skateboards Nicoboco apresenta umas das evento Test-Ride Rusty Surfboards O é uma oportunidade para os Alançou neste verão a nova coleção Anovidades para 2012: o surfista surfistas de todo o Brasil conhecerem e de skateboards dividida em duas séries: catarinense Cauê Wood, que está surfarem com as pranchas da marca e, de quebra, pegar umas ondas com os atletas da Rusty. No seu 3º ano, a praia escolhida para abrir o evento em 2012 será a Brava de Itajaí, no dia 10 de março a partir das 9 horas até as 17 horas. Os modelos Dwart, Dozer, Jokerr, Stump, Slayer entre outras, foram os destaques das edições passadas. A novidade deste ano são as pranchas Bali Single Fin - um modelo retrô monoquilha com design atual - e a Misfit - uma prancha de alta performance. Alguns test-riders podem ser selecionados para participar da competição Test-Ride Overall, onde quatro duplas - compostas por um surfista local indicado pela associação de surf local, e um test-rider escolhido pela Rusty - participam de uma competição no final do dia. A melhor dupla leva, cada um, uma prancha Rusty. Fique atento a programação e não deixe de participar dos eventos em 2012! Para saber mais acesse: http://www.rusty.com.br/testride/. Conheça também a nova linha de pranchas da Rusty Surfboards 2012 em: www.rustysurf.com/surfboards/br

arece que o patrocínio da Electric P Sun Glasses no Volcom Pipe Pro WQS deu uma energizada na grande final. Três havaianos e um americano travaram uma disputa de começo. Jamie O’Brien saiu na frente e dominou a bateria até que o seu vizinho, John John Florence fez uma nota 10 e um 9 alto para vencer o campeonato. A Electric atua amplamente aqui no Brasil e se consolida nos grandes eventos internacionais. Nesta temporada a marca lança o modelo The D. Payne que vem com a assinatura do surfista havaiano. www.electricvisual.com

Surfboard Series e Graphic Series. A série Surfboards conta com estampas alusivas as pinturas das pranchas modernas, além dos gráficos de encaixe das quilhas. Já a série Graphic tem a participação do artista ilustrador Bruno Motta. Todos shapes da Surfeeling possuem outlines com tendências para o Surf Style. Vale à pena conferir em www.surfeeling.com.br.

confirmado na elite nacional, após sagrar-se vice-campeão Brasileiro Pro Junior em 2011. Além do patrocínio da Nicoboco, o surfista tem o apoio do Governo do Estado de Santa Catarina, através do Fundo Estadual de Incentivo ao Esporte (Fundesporte) e da Woodbrothers Marketing Esportivo. Nesta temporada, o time de surfistas da marca conta ainda com o paraibano Jano Belo e os irmãos paulistas Luis e Felipe Magalhães. Outro nome que permanece na equipe de esportistas é o do nadador santista Bruno Martello.

atleta da marca Hawaiian Dreams, O Leco Salazar, venceu o 1º Festival SUP Florianópolis. O evento, que reuniu os

principais atletas da modalidade no final do ano passado na capital catarinense, agitou a Praia Brava no norte da ilha. Renato Wanderley e Augusto Martins também subiram ao pódio.

N

eco Padaratz vai dividir um pouco do seu trabalho e estilo de vida na internet. Neco lançou um blog para dar dicas de viagens, contar histórias do tour, postar fotos e vídeos. Para adicionar o Neco no facebook, o perfil oficial do atleta é facebook.com/necopadaratz. Acompanhe o blog no endereço: necopadaratz.blogspot.com.

South to South está com o novo A site e nova coleção no ar. Surfe na web e conheça mais sobre a história

da marca. Participe postando críticas, sugestões e elogios. Nova coleção, novo site, clique e conheça: www.southtosouth.com.br

N

ina Ribeiro lançou a nova coleção Ink alto verão 2012, com peças versáteis. “Procuro fazer peças que tenham um toque de requinte, possibilitando usar em vários momentos, como na balada ou bem a vontade, no dia a dia. A marca conta com a arte do tatuador e artista plástico Davi Escobar, que nesta coleção, pintou telas exclusivas que deram origem a algumas estampas.

HB apresenta novas cores dos moA delos Andes e Atacama, inspirados no Rally Dakar. Seguindo a tendência

“color block”, os dois modelos ganham cores vibrantes e cítricas como o verde, o amarelo, o pink, o vermelho e o cereja com opções de lentes fumê. Confira os modelos e as novas cores no site: www.hb.com.br

inte e sete vídeos foram inscritos no V Prêmio Greenish Brasil 2011, nas três categorias em disputa. A festa de

premiação acontece no dia 3 de março, em Fortaleza, e distribui 63 mil reais, divididos em: Maior Onda, Melhor Tubo e Melhor Aéreo, todas elas surfadas em território nacional. Foi um aumento de 300% em relação à edição 2010, o que comprova a força da iniciativa. Os vídeos podem ser vistos nas redes sociais e no YouTube.

https://www.facebook.com/pages/GreenishVivendo-a-cultura-surf/137180872964817?sk =app_57675755167 http://vimeo.com/35911013 http://youtu.be/iHF7Hc5jhGw.

A

lto nível no Mormaii Brasiliense de Surf, em Garopaba. Estavam em jogo duas passagens para Lima, no Peru. Uma das passagens ficou para o campeão da Open, o atleta Victor Borges. O dono da outra foi o atleta do Cerrado, Marcos Feijó. Foi a 11ª edição do campeonato, que teve todas as etapas patrocinadas pela Mormaii, com organização do Movimento dos Sem Praia.

equipe de surf Oceano esteve no A Chile para fotografar a coleção Inverno 2012. Caetano Vargas, Pedro Lani Husadel, Petterson Thomaz e o fotógrafo Marcio David aproveitaram as belezas naturais do litoral chileno e fizeram ótimas imagens. O local escolhido foi a região de Pichilemu. A equipe aproveitou para surfar Punta de Lobos e outras ondas da região. Em breve o material estará disponível no site: www.oceano.com.br. 40 ♦ JORNAL DROP


Guia

41 ♦ JORNAL DROP


DROP SKATE

Skatista premiado Por Caroline Lucena

Em 2012, o Jornal Drop vai intensificar os trabalhos na seção Drop Skate. A idéia é estreitar os laços e manter a galera do asfalto muito bem informada. Por isso, a primeira entrevista da Coluna Drop Shot estampa Kelvin Hoefler. O jovem talento da modalidade Street faturou o título de campeão mundial de skate profissional em 2011. Como o skate entrou na sua vida? Meu pai conta que eu era um menino muito dinâmico, não parava um só momento, aí ele comprou um velotrol para mim (um triciclo para quem não conhece). Ele pensou que eu ficaria cansado e quando chegasse a noite ele poderia dormir. Doce ilusão! Então ele me entregou um skate dele, muito antigo, com rodinhas largas e suportes de plásticos em volta, estilo Hangten. Não sabia que aquele brinquedo seria o maior presente da minha vida. Em que momento você sentiu que a brincadeira virou profissão? Nas categorias Infantil, Mirim e Iniciante, eu enxergava o skate como um brinquedo. Mas, ao atingir a categoria Amador, a disputa ficou acirrada, os atletas que participavam estavam focados e almejando o grau máximo no skate. Por isso me dediquei nesta categoria, onde permaneci por quatro anos, conquistando diversos títulos pelo Brasil. Ganhei onze motos zero quilômetro. Foi aí que vislumbrei a possibilidade de viver do esporte que mais gosto. Esta sensação foi mais forte quando fui o vencedor do desafio de Rua 2010, que rolou entre os profissionais. Quais são os seus principais resultados? Campeão catarinense, paranaense, tricampeão paulista, bicampeão do TOP 40, onde se reúnem os melhores skatistas do Brasil. Tetracampeão santista e vicentino, vice-campeão de Bowl, entre outros. Como profissional, em meu primeiro ano, fui 3º lugar no Ceará Brasil, 1º em Roma, 1º na Inglaterra, 1º no Best trick, 1º na República Tcheca, 3º na Bélgica e 4º Dew Tour, nos Estados Unidos. Qual foi a sensação de conquistar o título de Campeão Mundial de Street Skate Profissional em 2011? Foi muito “style”. Eu não imaginava que no primeiro ano como profissional conseguiria um título tão importante para meu currículo. A felicidade foi maior quando a Federação Paulista mencionou que eu era o primeiro paulista, na categoria Street, a conseguir o referido título. Fiquei orgulhoso. Agradecimentos... Gostaria de agradecer a todos meus patrocinadores, pois sem ajuda das marcas envolvidas, fica quase impossível qualquer atleta dar continuidade na carreira.

FICHA TÉCNICA Nome completo: Kelvin Hoefler Rodrigues Data de nascimento: 10/02/1993 Local de nascimento: Itanhaém (SP) Idade: 18 anos Patrocínios e apoios: HD, Qix, Moska, Broken, Rockstar Energy, Theeve trucks Um filme: Besouro Verde Um som: Rock and Roll Uma vitória: República Tcheca Uma lembrança: meu primeiro skate

Kelvin Hoefler é campeão. Foto: Divulgação HD


Planeta Skate Jam

Planeta Skate Jam Por Allan Mesquita

Mais uma vez o skate foi destaque em Santa Catarina. O evento Planeta Skate Jam foi realizado em Florianópolis, integrado a estrutura do conceituado festival de música Planeta Atlântida. O ritmo que agitou a super rampa foi um bom exemplo de que o skateboard está conquistando cada vez mais prestígio. A organização do Planeta Atlântida sabia que para fazer um evento de skate não bastava somente alugar uma simples mini-rampa. Foi montada uma tenda de 40m² que cobria toda a rampa, um palco, camarim e mais uma área para os skatistas e convidados. A super rampa de 12m x 12m, proporcionou muitas possibilidades de transições e um plano inclinado para exibir o melhor do skateboard.

No campeonato Amador, os moleques provaram que estão cada vez melhor. Caique Silva dominou as manobras e errou pouco, por isso faturou o primeiro lugar. Luis Neto ficou em segundo e, com técnica, Vi Kakinho faturou o terceiro lugar. Mostrando uma grande evolução, Zene Sachs ficou em quarto. Na sequência a rampa pegou fogo com a disputa dos profissionais: Pedro Barros, Carlos de Andrade (O Piolho), Allan Mesquita, Marcos Gabriel, Oscar Mad, Léo Kakinho, Rodolfo Ramos e Biano Bianchin. No palco muita música, Dj Zé Gonzales e Cone Crew balançaram a galera. No final, destaque para todos que fizeram do Planeta Skate Jam, etapa Floripa, um evento de excelência.

Caique Silva em ação. Foto: Irapuã Porto/ Iravideomaker.blogspot.com 43 ♦ JORNAL DROP


DROP SKATE

Surf & Skate andando junto Por Andre Barros

Que o skate veio do surf já não é novidade, mas que essa cultura está cada vez mais forte em Florianópolis, muita gente ainda não sabe! Com o crescimento explosivo do skate catarinense no cenário mundial os surfistas locais redescobriram o que fazer nos dias flat. O skate deu início a uma nova era, quando em 2006 aconteceu um campeonato brasileiro de half em plena Praia Mole. Um dos skatista que competiu nesse evento foi Léo Kakinho, que havia largado a profissão de skatista para viver a vida em função do surf. Kakinho já não andava de skate há alguns anos e parece que esse evento fez o esporte entrar novamente em sua veia, ajudando a escrever uma nova história para o skate catarinense. Foi então que veio Pedro Barros, Vi Kakinho, e toda uma galera de novos brasileiros à viver o skate em Floripa, já que desde esse campeonato, Leo Kakinho não parou mais e abriu caminho para essa turma toda. O skate foi crescendo em Florianópolis, mas junto foi levando o surf como base da cultura. Atualmente é fácil de ver na casa de um surfista uma mini rampa no quintal. Por exemplo, Guga Arruda,

que há algum tempo construiu uma pista para ensinar a cultura surf e skate para os filhos. No Hawaii já temos caras como Jhon Florense, que é apontado como um dos melhores surfista da nova geração, circulando ENTRE AS DUAS MODALIDADES. Ele influenciou a nova geração havaiana à seguir o mesmo caminho. Exemplo do Kalani David que já corre algumas etapas Pro de surf e de skate. No Brasil, o próprio Pedro Barros já competiu no Kauaii, onde saiu até na revista Surfer em página dupla ao lado do falecido Andy Irons. Apesar de Pedro não competir no surf e esse evento no Hawaii ter sido só uma brincadeira com os amigos, ele garante o surf do dia a dia. Na sessão de fotos dessa coluna, temos Ricardo Wendhausen quebrando em uma das pistas mais casca grossa do Brasil e destruindo nas ondas. Pedro Barros e Leo Kakinho fazem o mesmo.

Ricardo Wendhausen

X vs

Foto: Irapuã Porto/ Iravideomaker.blogspot.com

Foto: Irapuã Porto/ Iravideomaker.blogspot.com


Leo Kakinho

X vs

Foto: Irapuã Porto/ Iravideomaker.blogspot.com

Foto: Irapuã Porto/ Iravideomaker.blogspot.com

Pedro Barros

X vs

Foto: Adriano Rebelo

Foto: Irapuã Porto/ Iravideomaker.blogspot.com

45 ♦ JORNAL DROP





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