A n o 1 4 - # 1 1 3 - j u n h o / j u l h o - 2 0 1 2 - D i s t r i b u i รง รฃ o g r a t u i t a - w w w. j o r n a l d r o p. c o m . b r
Ano 14 - Edição#113 Junho / Julho 2012
EDITORIAL
Fundador Luis Felipe Machado Fernandes
A edição#113 do Jornal Drop é resultado de muita dedicação. Foi com essa proposta que chegamos até aqui. Apostar no conteúdo, fotos e ideias para atingir nosso objetivo. Informar e receber um retorno positivo dos leitores, anunciantes e colaboradores. É por eles que mais uma vez reafirmamos nosso posicionamento. O exemplar que você vai conferir agora está carregando desse feeling. Atendendo aos pedidos dos leitores, publicamos uma matéria muito interessante com três expedições. Peru, Mentawai e Pororoca foram os destinos escolhidos. Viajar é preciso e com ajuda dos relatos dessa galera, a gente explica por quê. Nestes últimos meses, Santa Catarina foi palco de algumas disputas importantes. Registramos os melhores momentos do Catarinense Amador e Pro Junior na coluna Triagens, sempre divulgando o surf e nossos atletas. O destaque especial ficou para a entrevista com o surfista Mateus Navarro, na seção Na Cara. Além de um excelente atleta, Matheus é uma cara determinado que batalhou muito para progredir na carreira. Os resultados do garoto falam por ele, que há alguns meses atrás, conquistou o inédito título de campeão mundial Junior do Isa game, no Panamá. Nossos colabores deram uma variada no conteúdo. As ideias surgiram em toques sobre meio ambiente, no Folha Verde. Um bate papo com Reiginaldo “Spyder”, no Tubo do Tempo. E muita competição no mundo do asfalto. O Drop Skate publica alguns desses resultados. Uma versão online do Jornal Drop também está disponível no site www.jornaldrop.com.br. Simplesmente imperdível! Embarque no clima desses esportes fascinantes. Vale a pena conferir! Boa leitura e até a próxima!
Na Cara
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Em Série
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Triagem Fecasurf
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Editora Caroline Lucena - editorial@jornaldrop.com.br Redação João Ricardo Lopes - jrlopes73@yahoo.com.br Fotografia Marcio David - mdavidisn@ig.com.br Adriano Rebelo - adrianorebelo@hotmail.com Criação e Diagramação Kaio Henrique de Souza - kaio@jornaldrop.com.br Colunistas João Ricardo Lopes, David Husadel, Julia Hoff, Marcio David, Norton Evaldt, Adriano Rebelo. Colaboradores Ito Gomes Queiroz, James Thisted, Raimundo Paccó, MIguel Cortez, Pepe, Daniel Dalbabo e Nércio Vargas. Jornalista Responsável Caroline Lucena – CNC 4551028 Departamento financeiro: financeiro@jornaldrop.com.br Departamento Comercial: comercial@jornaldrop.com.br David Husadel – 48 9122-5473 dhusadel@gmail.com *Os textos assinados nesta publicação são de exclusiva responsabilidade dos autores. Publicação bimestral - Distribuição gratuita em Santa Catarina Rua Prefeito Acácio Garibaldi Santiago, nº 300, Joaquina Florianópolis (SC) - CEP 88062-600 – (48) 99470596 PORTAL JORNAL DROP www.jornaldrop.com.br CAPAS ARTÍSTICAS: Costa Rica. Fotos: Marcio David CAPA AÇÃO: Greg Cordeira dando uma bela rabetada. Foto: Marcio David
Drop Skate
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Blitz
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NA CARA
Matheus Navarro
Por: João Ricardo Lopes
Idade: 17 anos Patrocínio: Oakley e Surfer’s Paradise Principais títulos: - 7 x campeão catarinense Amador; - campeão brasileiro Junior 2012; - campeão mundial sub-18 Junior da Isa 2012; - campeão da quarta etapa do Oakley Pro em 2011.
Muita coisa mudou na trajetória desse garoto tranqüilo, de fala mansa do litoral norte catarinense nesses últimos anos. Quando se adiciona água salgada em Matheus Navarro, sua personalidade altera completamente, trazendo a tona o instinto radical de um surfista moderno que domina manobras futurísticas, com facilidade. Com 17 anos de idade, 10 deles dedicados ao surf, o recém profissionalizado Navarro possui em seu cartel títulos de peso para um atleta tão jovem e com uma longa estrada nas competições pela frente. Com vocês um pouco do campeão mundial sub-18. Comente como foi sua trajetória rumo a conquista do título mundial no Panamá?
além do calor e água muito quente, ficava na praia o dia todo naquela areia preta. Isso tudo desgasta muito. Graças a Deus consegui fazer meu trabalho com excelência, o que trouxe um resultado. Quais foram seus principais oponentes na disputa pelo título? Aqui no Brasil já estamos acostumado. Os caras sempre são mais queridinhos, os australianos, americanos e havaianos. Todos tinham como técnicos ou eram preparados por exsurfistas que foram do WCT. Mas nós somos brasileiros, e o campeão e vice fomos nós que fizemos, o Deivid Silva ficou em segundo. Nessa categoria muitos outros já realizaram esse feito, como Jadson e Alejo. Eu não estava muito preocupado com os outros atletas, preferi focar. Nem olhava com quem eu cairia na água, só na hora da disputa mesmo. Queria entrar e surfar.
Foi uma conquista inexplicável. Tinha duas opções, Qual o peso que esse título de campeão mundial subpois caiu na mesma data do Oakley Pro Junior em 18 pode dar em sua carreira? Florianópolis. Conversei com o Pinga, da Oakley e ele falou que era pra mim ir para o Panamá, pois já tinha a vaga garantida e que era possível conquistar Mudou muita coisa. Fui fazer um trabalho no Rio de Janeiro com a equipe Junior da Oakley e as pessoas já me esse título. Fui para lá com esse foco, pois tinha treinado bastante, sempre com fé em Deus, que me reconheciam dentro do mar. Também tem o retorno na mídia internacional e aqui dentro do país. Esse reconhecimento deu uma paz para chegar lá e fazer meu melhor, o é bacana. Logo quando cheguei teve um campeonato em pastor da minha igreja, com todos orando a meu Balneário e as pessoas me cumprimentavam. Levarei isso favor. Foi mais um título para minha região, pois para minha vida toda, mas já passou e agora é focar na já tem o Teco , Neco e James Santos com títulos carreira, buscar outros objetivos. Nessa etapa do Oakley de peso. Eu nem era favorito, isso me deixou a profissional, fiz final, terminei na quarta colocação, e em vontade. Muitas vezes saía da água e vinham me entrevistar perguntando como me sentia vencendo quinto lugar no Pro Junior, que aconteceu na praia da Vila, em Imbituba. tal surfista do Hawaii, da Austrália. Fui fazendo meu papel quietinho, ainda mais porque P o r M acaí r c ipara o David Como é o trabalho que você faz fora da água? repescagem, quando perdi no segundo round do evento principal. Tenho só a agradecer por todo trabalho e o suporte que a equipe me dá. Em especial ao Pinga, todo mundo conhece Como foi ter que encarar essa repescagem? o trabalho dele junto aos atletas. Ele que revelou Adriano de Souza, Jadson André e hoje eles estão na elite do surf Tive que surfar o dobro de baterias. Competi mais mundial. Sou muito grato a todos da Oakley por fazer parte de 10 baterias no Panamá. Foi muito cansativo,
deste time. Sempre treinamos no Instituto Mar Azul, com o Alan, nosso treinador que nos monitora em treinos específicos, além da parte dentro do mar com táticas de competições em baterias. Também tem o treinamento funcional com todos os atletas da equipe, que mescla a experiência de surfistas que já fizeram ou fazem parte do WCT, com a juventude de quem está chegando. Você já está profissionalizado há cerca de um ano e venceu a etapa do profissional no ano passado, ainda como amador. Como foi essa experiência? O mais legal que foi na praia Brava, aqui em Itajaí, em casa. Foi o primeiro passo para virar profissional. Surfei sem pressão nenhuma, em um mar com excelentes ondas, meio pesado, forte, mas muito bom. Foi bacana porque venci caras que já fizeram história como Peterson Rosa, Jean da Silva entre outros. Passei umas quatro baterias virando o resultado nos últimos segundos, quando ninguém mais acreditava e quando vi estava na final. Foi a maior conquista que tive até aquele ano e com isso aumentou a pressão, cobranças, mas faz parte. No mês seguinte fui para o brasileiro amador em Arraial do Cabo (RJ), onde me tornei campeão brasileiro Junior, que me deu a vaga para o mundial. Foi uma vitória que abriu muitas portas além da minha mente. Mostrou que posso competir de igualmente com os caras.
Como é sua rotina quando está em casa? Ultimamente estou mais no Guarujá (SP), na casa dos atletas da Oakley, treinando forte, minha namorada também morar lá. Quando estou aqui, procuro ficar mais com minha família, treinar a preparação física e manobras no mar. Sempre viajo a Imbituba, pois gosto de variar o tipo de ondas e meu pai tem uma casa por lá. Mas é basicamente isso, acordo, vou checar as ondas, à tarde treino na academia e assim vai. Como é sua relação com a família, que também é bastante envolvida no esporte? Acho fundamental para dar aquela tranqüilidade e conseguir desempenhar bem o meu trabalho dentro da água. Sempre tive essa sorte, pois minha família apoiou minha vontade de ser surfista profissional. Quando se começa a surfar, não é para ser o melhor do mundo e sim por diversão. Desde que comecei a competir e me dar bem nas categorias amadoras, o apoio foi irrestrito. A união da família é fundamental para que eu possa seguir em frente e atrás dos meus objetivos.
Quais os próximos objetivos? Meu foco está no Pro Junior da ASP. São três etapas aqui no Brasil, para formar a equipe que vai para o mundial da categoria. São quatro vagas sul-americanas.
Matheus Navarro encarando a laje do Arpoador, no Rio de Janeiro.
Fotos:Basílio Ruy
9 ♦ JORNAL DROP
MOMENTS
Kaio Antunes encarando a morra no Secret. Foto: Marcio David
JĂşlio Terres sobrevoando o inside do paraĂso. Foto: Marcio David
James Santos hipnotizado pelos encantos da ilha. Foto: Marcio David
Dimitry soltando o pé no Riozinho. Foto: Marcio David
11 ♦ JORNAL DROP
DROPANDO DE LETRA
Lapidando o futuro Por João Ricardo Lopes
Atleta: Luiz Mendes Foto: Marcio David
O
bservando essa garotada das categorias de base nos campeonatos em Santa Catarina, me passa um filme na cabeça de como eram as coisas nos anos 80. Lembro que com 11 anos de idade, passar com uma prancha de surf embaixo do braço gerava uma curiosidade nas pessoas. Ser surfista era ser diferente. Hoje em dia os tempos mudaram e com a explosão do esporte, muita gente virou praticante. Cada vez mais, vemos surfistas com menos idade em ação nas ondas, com total incentivo dos pais. Em termos de competição, muita coisa mudou também. Diferente dos dias de hoje, um garoto que nessa segunda metade dos anos 80 começasse a competir seria Mirim, isso quando não disputasse com os mais velhos e experientes. Hoje em dia, a Mirim já possui surfistas de nível avançado, pois existem categorias que pegam o início da vida competitiva de um atleta com menos idade. Os circuitos estaduais em todo país, e até mesmo circuitos locais, já prestaram atenção nesse filão competitivo, e na nova safra de atletas que vem surgindo. Trabalhando há anos em campeonatos amadores da Fecasurf, assim como muitos profissionais de alto nível que julgam por aqui, acompanhamos garotos com excelente surf vindo das categorias de base. Marco Polo, Jean da Silva, Ricardo Santos, Willian Cardoso, Alejo Muniz, Thomas Hermes, além de outros, tiveram suas carreiras desenvolvidas gradativamente nos circuitos amadores e com o passar dos anos, ganharam as competições nacionais e internacionais. Para nós, é gratificante ter acompanhado a evolução de cada um desde pequeno. É sempre um prazer vê-los ganhar campeonatos e títulos importantes pelos sete mares. Categorias como Iniciantes, Infantil e Espumeiro concentram essa criançada, que ensaiam suas primeiras remadas em campeonatos de surf. É bacana assistir esses mini-surfistas se preparando para entrar no mar e com total suporte da família. Fico imaginando como seria na época que comecei a pegar onda se vissem esses pequeninos com pranchas minúsculas embaixo do braço e roupas de borracha feitas sob medida. Aí sim o espanto seria maior. Além da competição, vale ressaltar o nível de evolução que boa parte desses garotos já tem. Os mais evoluídos nas performances já desenham cutbacks, batidas e floaters. Os mais ousados executam aéreos em seu arsenal de manobras. Isso tudo se vale de muita informação que é
despendida nos dias de hoje com filmes de surf, sites, campeonatos ao redor do mundo transmitidos pela internet, veículos especializados, além de diversas competições que podem ser assistidas ao vivo na praia. Essa globalização influenciou diretamente nesse salto evolutivo desta geração. Em especial, cito as belas iniciativas de duas associações de surf bem atuantes dentro de Santa Catarina: ASI (Associação de Surf de Imbituba) e ASPI (Associação de Surf das Praias de Itajaí). Ambas têm uma preocupação especial em fomentar estes atletas de base nas competições. Em suas etapas locais, a ASI isenta os atletas da categoria Espumeiro de pagar inscrições, o que já é de grande valia e incentivo. Essa atitude já pode ser vista em novos valores que estão sendo lapidados nessa praia de excelentes ondas no sul catarinense. Já no litoral norte do estado, a ASPI de Itajaí organiza um dos eventos que é um grande sucesso entre a molecada: o Surfuturo Grom, campeonato que reúne a nata dos surfistas sub-16 de Santa Catarina. Essa fórmula criada pela associação já está em uso num circuito próprio há cerca de cinco anos, e a cada edição, é garantia de lotação esgotada nas inscrições. Trabalhei em uma de suas etapas e fiquei bem surpreso, assim como o diretor técnico da Fecasurf, Fabiano Farias, com o nível dos atletas, além do comprometimento de cada membro da associação e das famílias. Nota 10 com louvor! O caminho para novos talentos está aberto com eventos desse porte. Outros circuitos começam a ser desenvolvidos, focando essa faixa etária de surfistas. A Copinha Fecasurf, idealizada pelo ex-árbitro internacional Jordão Bailo Junior, é uma das novidades para essas categorias. As etapas irão percorrer todos os principais points de Santa Catarina, de norte a sul, sempre com intuito de revelar novos talentos. Ainda em fase embrionária, este circuito já deu sua largada na praia da Guarda do Embaú. Assim esse processo incessante de renovação não terá sua chama apagada, e essa é uma das missões de quem trabalha com surf aqui no estado, em continuar revelando atletas de ponta, para o Brasil e para o mundo. 12 ♦ JORNAL DROP
EM SÉRIE
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Atleta: Diogo Guerreiro Local: Papua (Nova Guiné) Fotos: James Thisted
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ATACAMA
Tub
Do mês
Poucos surfistas deslizam no meio da espuma como Fábio Gouveia. Na foto, Fabinho flutua como se estivesse sem a prancha nos pés. Ele percorreu esse tubo na praia do Moçambique do inicio ao fim, se posicionou na parte mais profunda, aproveitando a energia e o movimento da onda. Uma lição de mestre! Por: Marcio David
17 ♦ JORNAL DROP
Fotos: Arquivo Pessoal/Sebastian Imizcoz
Foto: Arquivo Pessoal/Miguel Cortez
Expedições
2012
Foto: Arquivo Pessoal/Miguel Cortez
Fotos: Divulgação/ Raimundo Paccó
Fotos: Divulgação/ Raimundo Paccó
Fotos: Arquivo Pessoal/Sebastian Imizcoz
Fotos: Arquivo Pessoal/Sebastian Imizcoz
Atendendo ao pedido dos leitores, o Jornal Drop publica uma matéria especial sobre três expedições realizadas em 2012. Peru, Mentawai e Pororoca foram os locais explorados. Nas páginas a seguir, você confere relatos sobre essas viagens do surf.
Fotos: Divulgação/ Raimundo Paccó
Fotos: Divulgação/ Raimundo Paccó
19 ♦ JORNAL DROP
Mulheres no Peru
Foto: Arquivo Pessoal / Caroline Farias
A ideia de uma surf trip pode surgir em qualquer lugar, inclusive em uma jantinha de amigas. Nati, Ana, Ju, Carol, Vivi e Beta, pegam onda e são apaixonadas. Para algumas dessas meninas a chance de surfar as melhores ondas de suas vidas, em companhia das amigas, era um sonho muito distante. Na correria do dia a dia, em função de filhos, marido, trabalho, tudo parece ficar mais complicado. O tempo passou, mas a ideia não esfriou. Era hora de fazer tudo acontecer! O Peru foi o destino escolhido pela proximidade, mas as ondas longas e perfeitas completaram a composição do cenário, descrito pela Carol. Nossa viagem começou em Punta Hermosa, ficamos hospedadas na Pousada do Luisifer. No primeiro dia pegamos altas ondas em Punta Rocas. Depois seguimos para Pacasmayo, onde ficamos o restante dos dias. Chegamos em Pacasmayo de noite, no El Faro Adventure Resort, pico alucinante na beira da praia, onde encontramos toda segurança e tranquilidade para curtir a viagem. Estávamos ansiosas para ver o mar, quando acordamos nos deparamos com um sol lindo, calor e 1 metrão de onda perfeito, abrindo muito! Durante o café da manhã encontramos o fotógrafo local, Miguel Cortez, que registrou a nossa tão sonhada “trip da mulherada”. Tocamos para o surf e cada onda era uma festa, comentários, risadas e diversão total! Como a onda é
muito longa, pegamos um bote para nos levar até o pico novamente. Cada esquerda que pegávamos era só felicidade! Com a entrada do swell, que já estava previsto, pegamos ondas no El Faro de até 2 metros na série e extremante perfeito. Neste dia, não havia bote, porém contamos com o suporte do nosso parceiro Jaime Rojas, proprietário do Resort onde ficamos hospedadas, que disponibilizou seu jet ski para nos levar até ondas, nos colocou no pico certo e deu o apoio necessário. Aproveitamos a chegada do swell e fomos passar o próximo dia em Chicama, uma das esquerdas mais longas do mundo, o resultado foi um dia de pura adrenalina, com ondas de 1 metro, foi um momento mágico. Foto: Arquivo Pessoal /Ito Gomes Queiroz
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Ju, Carol, Beta e Vivi.
Foto: Arquivo Pessoal / Ito Gomez Queiroz
Carol dropando com estilo.
Foto: Arquivo Pessoal/ Ito Gomez Queiroz
Viviane Corazza. Foto: Arquivo Pessoal / Ito Gomez Queiroz
Voltamos felizes para Pacasmayo e ficamos lá até o final da viagem. Tivemos sorte, pois pegamos ótimas ondas e sempre éramos agraciadas no final de tarde com um pôr do sol no mar lindo, uma bola de fogo gigante se despedindo para dar lugar a lua cheia nos iluminar. A energia do lugar nos contagiava a cada minuto, a cultura local, as crenças do povo inca nos fascinaram. Fomos bem recebidas em todos os lugares que passamos, um povo alegre, sem pressa, sem stress, como eles dizem “no passa nada, tranquilo”. Fizemos história em Pacasmayo, ficamos conhecidas como “las chicas históricas”, pois segundo eles, nunca havia tido uma viagem só de mulheres para lá. Ficamos contentes com a notícia e aproveitamos para dizer para a mulherada que vale muito fazer esta viagem. Ficam as dicas: pousada do Luisfer, em Punta Hermosa e El Faro Adventure Resort, em Pacasmayo. Se entrar swell acordem cedo e voltam direto pra Chicama, é sempre utilizar o bote, ou lancha para levar até o pico, pois as ondas são muito longas e não vale perder energia com remada. Voltamos para Floripa, no Santinho, cheias de boas lembranças, novas amizades e de cabeça feita! (Por Caroline Farias Cardoso)
Expedições
Natália Guedes.
2012
Mentalizando Mentawai Programada por anos, fazer a viagem dos sonhos é uma realização pessoal de qualquer surfista no mundo que almeje ondas perfeitas. Mentalizar e alcançar o objetivo foi o que aconteceu com alguns surfistas do sul catarinense, que partiu para Mentawai atrás de tubos, água quente e perfeição absurda. No texto a seguir, você acompanha relatos de um dos integrantes desta aventura no oriente. Em 20 de maio, embarcamos em Floripa em uma turma de dez amigos rumo ao tão sonhado arquipélago de Mentawai, na Indonésia. O objetivo único era surfar as melhores ondas da vida e realizar um antigo sonho. Depois de “cansativas” 60 horas entre check-ins, vôos e conexões chegamos à ilha de Sumatra, no norte da Indonésia. De lá pegamos nosso barco, o Aileiota 1, que seria nossa hospedagem pelos próximos 14 dias. Foram mais 12 horas navegando durante a noite até chegamos à região de Playgrounds no norte das Mentawai. Amanhecemos em frente à famosa onda de Kandui, uma esquerda rápida e bem tubular, com uma das bancadas mais rasas de Mentawai. Durante os três primeiros dias ficamos nessa região aproveitando um resquício do swell que havia, cerca de 4 a 5 pés. Além de Kandui, nesses dias surfamos Nipussi, uma direita um pouco cheia, porém bem manobrável, com algumas raras sessões de tubo, Bankvaut, uma direita bem tubular e forte ao lado de Nipussi e Burger Word, uma direita cheia, mas bem extensa, com varias sessões de manobras. Com o swell já baixando, começamos a descer em busca de melhores ondas, na região da ilha de Sipora, parte central das Mentawai. Lá surfamos ondas com cerca de 3 pés em Iceland, uma esquerda bem manobrável e longa, sem tubos; Hollow Trees, uma direita bem tubular perfeita, com uma bancada bem rasa e afiada; e Lances Left, esquerda com sessões de tubo e proporcionava manobras muito longas e perfeitas. Apesar do baixo swell deu pra perceber o ótimo potencial das famosas ondas de Hollow Trees e Lances Left. Com a previsão de um novo swell para os dias seguintes, seguimos nossa viagem em direção ao sul, até Thunders, famosa por ser uma das ondas mais constantes da região. É uma esquerda forte com um tubo na primeira sessão e mais algumas manobras depois, pegamos boas ondas com cerca de 5 a 6 pés. Mas o melhor ainda estava por vir. Com a chegada do novo swell, partimos para Macarrones, 22 ♦ JORNAL DROP
Rafael de Lucca
Fotos: Arquivo Pessoal/Sebastian Imizcoz
Jerônimo Zaniboni
Jerônimo Zaniboni
onde tínhamos reserva para surfar por dois dias. Por ser a onda mais famosa de Mentawai, os locais juntamente com o Resort do local definiram que somente poderiam surfar dois barcos, previamente agendados, por vez. Com um swell de 5 a 6 pés Macarrones fez a cabeça de todos da barca. Foram diversos tubos e manobras em uma esquerda perfeita e muito longa com uma primeira sessão de um rodando muito longo e profundo, seguido de uma parede para diversas manobras. No segundo dia surfamos Macarrones pela manhã e como o “crowd” aumentou um pouco, decidimos ir checar Green Bush, uma esquerda muito tubular com três sessões de tubo muito oco e pesado, comparável as famosas ondas de Teahupoo e Pipeline. Chegamos a Green Bush perto do meio dia e havia apenas um barco na água, conforme orientação do nosso fotografo e guia Sebastian Imizcoz. Esperamos por cerca de uma hora e caímos na água todos juntos, bem como ele havia previsto, todos que estavam na água foram saindo aos poucos e surfamos sozinhos a melhor onda da trip até escurecer, eram tubos e mais tubos de 6 a 8 pés. Era o ultimo dia da barca e fechou com chave de ouro. Planejamos essa viagem sabendo que pegaríamos as melhores ondas de nossas vidas, só não sabíamos que as melhores ondas de nossas vidas seriam tão boas. Já estamos programando a próxima. Alguém se habilita? (Por Jerônimo Zaniboni)
Expedições
2012
Pororoca para Pouco Viajar é uma vontade compartilhada pelos surfistas, mas viajar para a Pororoca é para poucos. Alvaro Bacana é um sortudo, já é intimo da onda mais selvagem do Brasil. O atleta, que em 2012 surfou a onda pela nona vez, conta como é a experiência de desbravar o Rio Araguari, no Amapá, na companhia de bons amigos. Todo ano espero ansioso o dia de embarcar para o fenômeno da Pororoca. Esse ano não foi diferente, mesmo sendo a nona vez que vou, fico com aquele frio na barriga. A viagem e bem longa. Saída de Florianópolis com escalas em Brasília e Belém, parando em Macapá, capital do Amapá. Chegando lá, geralmente na madrugada, dormimos em um hotel próximo do porto e, na metade do outro dia, pegamos o nosso barco que serve de casa para os próximos cinco dias. Saímos de Macapá pelo rio Amazonas em direção ao rio Araguari, isso leva em torno de 18 horas. Quando chegamos até a foz do rio, antes do amanhecer, era a hora de jogar as lanchas e jet ski na água e correr atrás da onda. O fenômeno e indescritível, só estando lá para sentir. Toda a vez que chego perto me emociona, pois a experiência de navegar horas e horas pelo rio, cercado de selva por todos os lados, e ainda surfar essa onda é sensacional. Este ano reunimos uma galera bem astral, meu amigo e ídolo Rodrigo Dornelles, Bino Lopes, Dennis Thiara, Ícaro Lopes, e o incrível Adilton Mariano. A turma se juntou aos locais: Rogério Barros e Stanley Gomes. Na organização da Abraspo estavam Noelio, Bibita e George Noronha. Todos se divertiram bastante surfando ondas quilométricas por puro prazer.
Surf entre amigos.
Adilton Mariano.
Expedições
2012
Visual da Pororoca.
Fotos: Divulgação/ Raimundo Paccó
Foram cinco dias de muito surf e comida boa, risadas em torno da nossa rica natureza. Mas sempre chega a hora de voltar para a realidade, ligar o celular e acessar a internet. Ano que vem tem mais, entre março e maio, lua cheia ou lua nova, ela está lá, esperando alguns amigos com disposição para surfar. Auera auara! (Por Alvaro Bacana)
Alvaro Bacana em ação. 25 ♦ JORNAL DROP
FOLHA VERDE Sistemas Fotovoltaicos: será o futuro? Por Julia Hoff
Foto: MarcioDavid
O Brasil tem tudo para ser um gigante na indústria de geração de eletricidade através da energia do sol. Chamada de energia Fotovoltaica (foto = luz, voltaica = volts), esse sistema - já bem difundido internacionalmente - é a maneira pela qual se transforma diretamente luz em energia elétrica. Para isto são necessárias células solares formadas por duas camadas de materiais semi-condutores, uma positiva e outra negativa. Quando o sol atinge a célula, os fótons de luz excitam os elétrons, gerando eletricidade. Quanto mais sol, maior o fluxo de eletricidade. Feitas de silício, não há limites para a produção destas células solares já que este é o segundo elemento mais abundante no planeta. Depois de gerar eletricidade, podemos tanto usar
imediatamente como armazenar em baterias. Em sistemas que estejam conectados à rede elétrica pública, através de um inversor podemos lançar na rede aquilo que não for utilizado. Vale ressaltar que em dias nublados o painel fotovoltaico também funciona! Mas não confunda energia solar térmica com energia solar fotovoltaica. Na térmica, transformamos a luz do sol em calor e usamos para aquecer a água em residências, hotéis, clubes, etc., utilizando coletores solares. Na fotovoltaica, a luz do sol é convertida em energia elétrica utilizando módulos solares. As vantagens para o uso dos sistemas solares fotovoltaicos são bem atraentes, principalmente se forem implantados em edifícios urbanos interligados ao sistema de distribuição. Algumas delas são: diminuição da perda de energia por transmissão e distribuição, já que a eletricidade é consumida onde é gerada; Redução no investimento em linhas de transmissão e distribuição; Edifícios com tecnologia fotovoltaica fornecem maiores volumes de energia elétrica nos momentos de maior demanda (por exemplo, o uso de ar condicionado é maior ao meio-dia no Brasil ao mesmo tempo que há maior incidência de raios solares). Para saber mais sobre o assunto visite o site www.americadosol.org.com projetos inovadores relacionados à energias alternativas, o IDEAL – Instituto de Desenvolvimento de Energias Alternativas da America Latina – foi criado em 2007 e é sediado em Florianópolis. A missão é fomentar as energias renováveis junto aos governos, parlamentos, escolas, universidades e empresas para que se estabeleça uma política de integração e desenvolvimento regional, que contemple as energias alternativas na matriz energética de seus países. *Fonte www.americadosol.org
FOTO LEITOR Nome: Thales Marx, 25 anos, Local: Garopaba (SC). Apoio: Tokoro , Dragon e Mormaii Onde: Cavada em El Faro (Pacasmayo) Quando: Junho de 2012 Fotógrafo: Pepe
Envie sua foto de ação para editorial@jornaldrop.com.br 26 ♦ JORNAL DROP
Assista ao vĂdeo desta trip no seu smartphone
TRIAGENS FECASURF
Cauê Wood. Foto: Basílio Ruy.
Lucas Vicente. Foto: Basílio Ruy
Circuito Catarinense Amador/ 4ª etapa Local: Balneário Camboriú (SC) Data: 7 e 8 de julho
Pro Junior Local: Prainha – São Francisco do Sul (SC) Data: 17 a 19 de agosto
Por Norton Evaldt
Por Norton Evaldt
Lucas Vicente quebra a vala
Cauê Wood vence em São Chico
As ondas pequenas na praia Central de Balneário Camboriú exigiram bastante atenção dos surfistas no Circuito Catarinense Oceano de Surf Amador 2012 com show de surf da molecada na categoria Infantil.
O Hurley Pro Junior 2012 teve uma disputa 100% catarinense na grande final da categoria masculina, onde o surfista de Florianópolis Cauê Wood venceu o local da Prainha Yan Daberkow, em uma vitória disputada onda a onda.
O grande campeão na categoria Infantil, para surfistas até 12 anos, foi Lucas Vicente, que não estava bem na bateria, precisando de uma nota 9,16 pontos. Lucas manteve a calma e a onda certa apareceu proporcionando boas manobras, garantindo 9,50 pontos. Com a maior nota da competição, o atleta confirmou a vitória emocionante. O evento contou com a participação de 128 surfistas de todo o estado e na categoria Open, a principal da competição, o surfista de Balneário Camboriú André Mói conseguiu garantir sua vitória na última onda da bateria com um aéreo reverse. André somou 13,75 pontos contra 9,25 pontos de Gabriel Castigliola que ficou com a segunda colocação. Na categoria Mirim, a disputas foi acirrada. O atleta de Navegantes Kaique Oliveira conseguiu achar as melhores ondas e somando 12,95 pontos contra 12 pontos de Gustavo Ramos faturou a primeira colocação. A categoria Junior também foi uma das finais mais disputas do evento, e o atleta local Gabriel Neves mostrou conhecer muito bem as valinhas de Balneário conquistando o topo do pódio. A próxima etapa do Circuito Catarinense Oceano de Surf Amador é na paradisíaca praia do Rosa, em Imbituba, durante os dias 8 e 9 de setembro. Resultado Mirim Open 1º) André Mói 1º) Kaique Oliveira 3º) Gabriel Casti- 2º) Gustavo Ramos 3º) Luan Wood gliola 2º) Derek Adriano 4º) Paulo Pinheiro 4º) Fernando Paulino
Master Infantil 1º) Lucas Vicente 1º) Álvaro Ba2º) Kalani Oliveira cana 3º) Kaue Germano 2º) Roni Ronaldo 4º) João Guerreiro 3º) Silvério Jorge 4º) Carlos Kxot
Feminino Iniciante Junior 1º) Gabriel Neves 1º) Gustavo Ramos 1º) Jessica Bianca 2º) Alan Marcos 2º) Giovane Picaski 2º) Evelin Conceição 3º) Giovani Alves 3º) Luan Garcia 3º) Marina Resende 4º) Gabriel Weber 4º) Anderson Junior 4º) Larissa Adriano
Cauê veio determinado a vencer esta seletiva. Começou a acreditar no título já nas semifinais quando enfrentou e venceu o paulista Geovane Ferreira, líder do ranking sul-americano, somando 12,77 pontos contra 10,17 pontos. Geovane ficou na terceira colocação. Na grande final contra o dono da casa Yan Daberkow, Cauê usou todas as suas armas para garantir o lugar mais alto do pódio somando 9,33 pontos contra 8,30 pontos de Yan. Com esta vitória Caue assume a vice liderança do ranking sul-americano da ASP com 658 pontos. “É muito alegria, fazia tempo que eu não subia no pódio, e hoje consegui a vitória! Estou amarradão mesmo, estou até sem palavras, mas gostaria muito de agradecer a minha família, meus pais, meu patrocinador, meus amigos e a galera que torceu por mim”, declarou Cauê Wood. Na final da categoria Feminina a venezuelana Rossany Alvarez, escolheu as melhores ondas da bateria e venceu a capixaba Bárbara Segatto. Este foi o melhor resultado da carreira de Rossany que somou 7,50 pontos contra 5,57 pontos de Bárbara, que ficou com a segunda colocação. Krystian garantiu o maior somatório do evento, no total de 17,13 pontos e o prêmio do Pro Ilha Air Show com um belo aéreo.
Resultado Masculino
Resultado Feminino
1º) 2º) 3º) 3º)
1ª) Rossany Alvarez (VNZ) 2ª) Bárbara Segatto (ES) 3ª)Carol Fernandes (RJ) 3ª) Isabela Lima (RJ)
Caue Wood (SC) Yan Daberkow (SC) Matheus Navarro (SC) Geovane Ferreira (SP)
28 ♦ JORNAL DROP
NEWS
Campeonatos de Surf em Florianópolis ? Por David Husadel.
O
surf em Florianópolis e em Santa Catarina, desde 1980, sempre teve um apoio expressivo do Poder Público, municipal e estadual. Foi desta forma que o esporte cresceu, atraiu a iniciativa privada para grandes eventos, divulgou Floripa e a Santa e Bela Catarina para o Brasil e para o mundo. Fez com que muitos surfistas do Brasil viessem a sonhar em morar em Floripa, e Renato Melo com o prefeito de Balneário Camboriú e toda a equipe, muitos estão aqui com suas famílias. durante realização do Campeonato Mundial de Bodyboard. Mas a maneira de ver este cenário Foto: Basílio Ruy mudou. A Prefeitura de Florianópolis nos últimos oito anos já não aposta tanto no surf, preferiu comprar com a oportunidade de colocar um legítimo trabalhador do surfe atletas de outras cidades do Brasil para jogarem nos jogos abertos na Câmara de Vereadores, com a idéia de reverter este quadro de catarinenses. Florianópolis venceu, mas não desenvolveu nenhum descaso. Renato Melo é natural de Florianópolis, cresceu no trabalho de base. Floripa tem 30 escolas de surf, que atingem escolas públicas, comunidades de bairro e turistas. Quantas escolas Abrão, parte continental da Capital. Conheceu o surf na praia da de vôlei e basquete, fora das escolas tem em Floripa? E quantos Armação e Matadeiro. Vem desde 1996 trabalhando com o surfe, garotos praticam semanalmente corrida de kart, para justificar inicialmente com a Associação de Surf do Matadeiro e em 1997, tantos investimentos públicos em uma apresentação de kart a cada com a Fecasurf, ajudando a viabilizar a Taça Governador do Estado. Foi Vice-Presidente da Associação de Surf do Morro das Pedras, ano? foi Diretor Administrativo durante a gestão de Xandi Fontes na O Governo Estadual, continuou por muitos anos apoiando Fecasurf, Presidente da Associação de Surf do Matadeiro, realizou o surfe no Estado, através da Secretaria de Estado de Turismo, dois campeonatos mundiais de bodyboard em Santa Catarina, é Cultura e Esporte, mas no final do ano passado e durante este Presidente da Federação Catarinense de Stand Up – Fecasup. ano, mudou o critério de liberação de verbas. Antes estas verbas Então, surfistas e admiradores deste esporte, deste estilo de só poderiam ser aprovadas através de projetos das Federações vida, para mim é uma honra apresentar Renato Melo como candidato Esportivas Estaduais, mas surpreendentemente, certas verbas sem controle foram aprovadas e as Federações (não só a de surfe) a Vereador em Florianópolis, pois é um incentivador do esporte, uma pessoa que trabalha a muitos anos na construção do surf catarinense. ficaram com seus projetos comprometidos em 2012. Se nós que estamos envolvidos não levantarmos uma bandeira Estou envolvido com o surf em Florianópolis desde 1980, quando vim morar aqui e fui sócio fundador da Associação verdadeira, outros interesses vão prevalecer. Catarinense de Surf. O surf já teve três candidatos legítimos para a Câmara de Vereadores de Floripa; André Fresleaby eleito David Husadel é colunista do Jornal Drop. pelo PV nos anos 80, Roberto Lima, então Presidente da ASC em Tri-campeão Catarinense profissional, 1982, 1983 e 1984. 1986, mas não foi eleito e Xandi Fontes, que foi eleito através Campeão Brasileiro OP Pro – 1986. de um trabalho em conjunto da comunidade do surf. Xandi era Campeão Brasileiro Máster – 2002. Presidente da Fecasurf e vinha fazendo um ótimo trabalho Bi-Campeão Brasileiro Gran Máster – 2004 e 2005. para o surf catarinense. Campeão Brasileiro Kahuna – 2011. Agora estamos nas vésperas de mais uma eleição e
TUBO DO TEMPO
Construtor do surf Por David Husadel
Muitos são os construtores do surf catarinense, pessoas que em sua juventude conheceram uma dasatividades mais dinâmicas e deslumbrantes que nosso litoral proporciona. Em Florianópolis, um destes típicos manézinhos não nasceu nem na Maternidade Carlos Correia, muito menos na Carmela Dutra. Reiginaldo Gomes Ferreira nasceu no dia 18 de janeiro de 1963, no Hospital Naval, no bairro da Agronômica.
Reiginaldo desde cedo costumava curtir na casa de praia de sua família na região dos Ingleses e Santinho. Aos 13 anos viu outros garotos surfando, o Beto, Julio, Luis Carvalho e Cidi, foi o inicio de uma história que ajudaria muito na construção do surf catarinense. No começo, sem prancha de surf, ele consertava o equipamento dos amigos para pegar emprestado e surfar. Depois conseguiu comprar uma prancha do Paulinho Piu, um dos surfistas que frequentemente surfava na região, o Marcello Cotrin Pereira Oliveira (Bichinho). Reiginaldo comenta que neste inicio, quando surfistas mais experientes surfavam no Santinho, a turma ia até as dunas ficar olhando e aprendendo. O Bichinho era um destes “experts” do centro da cidade, juntamente com seu irmão Álvaro, e os amigos Sergio Filomeno, Zeno Brito, Flavio Boabaid, Neco, Rato e os irmãos Ratinhos, Marcelo e Edu, passaram a influenciar e transmitir conhecimento para a turma do norte da Ilha. Era uma época de alto astral entre as turmas, não havia rivalidade. Com pranchas velhas, muito frio e uma sensação de liberdade descomunal. Era comum após o surf, o pessoal se reunir em volta de uma fogueira para contar histórias na praia. Tudo isto aconteceu na segunda metade da década de 70. Como sua mãe era carioca e seu pai era da Marinha, Reiginaldo teve a oportunidade de estar em Saquarema durante um dos Festivais Brasileiros de Surf, época da Revista POP, Rita Lee e Casa das Máquinas. Lá viu que o Festival era realizado pela Associação de Surf de Saquarema, quando voltou ao Santinho, ficou com aquele negócio de associação de surf na cabeça. Como não havia referências de estatutos aqui no estado, pegou o estatuto dos Taifeiros da Marinha do Brasil e adaptou para o surf, dando inicio a Associação de Surf dos Ingleses e Santinho, em 1981. Desta época em diante, ele não parou mais de fazer campeonatos. Todos os anos são realizados eventos no
Santinho. Reiginaldo lembra que o primeiro surfista a vencer no Santinho foi o Jorge Vicente (Bachere), que posteriormente foi morar no Hawaii e hoje retornou ao Brasil para continua fazendo excelentes pranchas. Depois destes primeiros eventos, a ASIS já fez campeonatos de todas as categorias; locais, escolares, catarinenses amadores e profissionais, de grupo de médicos, igrejas, universitários, pais e filhos, brasileiros profissionais, Pro Junior mundial e WQS (ASP). Com este currículo, Reiginaldo lembra que muitos dos grandes nomes do surf brasileiro já passaram pelas ondas do Santinho em eventos da ASIS. A ASIS é parte fundamental na criação da Fecasurf, pela sua experiência e organização, até hoje Reiginaldo é presença certa em todas as reuniões e assembléias da Fecasurf. Cursando Engenharia de Produção na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Reiginaldo desenvolveu em seu trabalho de conclusão de curso (TCC), o projeto de uma fábrica de pranchas. Com o projeto aprovado e o diploma na mão, nasceu a Spyder Surf Board, que já produziu mais de 4.000 pranchas. O nome surgiu de uma asa-delta da marca Spyder, que Reiginaldo usou no começo dos vôos, mas só depois descobriu a tradução e começou a relacionar com o destino. Antigamente a praia do Santinho era conhecida como praia das Aranhas, existe também a ilha das aranhas e a ponta das aranhas, o curioso é que o surfista tem um medo infernal desse bicho. Para completar, ele voa, faz kitesurf, box, é motociclista, diretor do Conselho de Segurança, já foi intendente e presidente do Conselho Comunitário do Santinho. Reiginaldo, o Rei, tem orgulho de ter direcionado toda sua vida para o surf. Depois de ter iniciado aos 13 anos, nunca mais se afastou, curtiu, organizou, desenvolveu e tem o surf como alicerce para sua família. É casado, tem dois filhos e continua com muita energia para praticar e promover o esporte na comunidade.
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DROP SKATE
Duelo de
prodígios
The Number One of RTMF 2012 Data: 07 de julho Local: Hi Adventure Por Adriano Rebelo
No mês de julho, aconteceu o tradicional campeonato brasileiro amador de bowl, na pousada Hi Adventure, no Rio Tavares. Esse ano foi memorável, pois bateu o recorde de inscritos, chegando a noventa skatistas, distribuídos nas categorias Amadores, Iniciantes, Feminina e Mirim. Destaque para os Iniciantes, que mostraram evolução desde a etapa de 2011. As meninas também chamaram a atenção, pois participaram em maior número, mostrando a força e evolução da modalidade. Na categoria Amador, o duelo entre Vi Kakinho e Murilo Peres foi muito equilibrado, deixando dúvidas sobre quem seria o campeão. Pela consideração dos juízes, Vi Kakinho foi o vencedor da etapa, seguido de Murilo Peres e Caique Silva, em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Confira o resultado completo:
Fotos: Adriano Rebelo
Mirim
1º) Gabriel Penteado Muggiati 2º) Ian Poletto 3º) Ian G. Pedroza 4º) Lucca Damem Picon 5º) Guilherme da Luz 6º) João Padula Rocha 7º) Ruan Rau 8º) Pedro Acosta Carvalho 9º) Luiz Coppola Monegatto 10º) Daniel Israel de Oliveira
Iniciante
1º) Augusto Akio Takahashi Santos 2º) Mateus Gomes Guerreiro 3º) João Vitor 4º) Pedro Henrique Quintas 5º) Iago Pavan 6º) Eduardo Lopes 7º) Miguel Felipe de Oliveira 8º) Bruno Moreira 9º) Tiago Sahunero 10º) André Cuneo Sagaz
VI KAKINHO
HI ADVENTURE
MURILO PERES
Amador
1º) Vi Kakinho 2º) Murilo Peres 3º) Caique Silva 4º) Alan Resende dos Santos 5º) Zene Sacks 6º) Felipe Passos Holsback 7º) João Fernando Gasparotto 8º) Matheus Muniz Minimug 9º) Luiz Neto 10º) Felipe Pereira
Feminina
1º) Emily Antunes 2º) Ohana Subhadra 3º) Natalia Cardoso Barbosa 4º) Isadora Rodrigues Pacheco 5º) Vitória G. Bontempo 6º) Samanta Roxo 7º) Aline Humphreys 8º) Marina Arruda 9º) Maria Giulia D. Dias 10º) Isadora Fagundes Kothe
CAIQUE SILVA
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DROP SKATE
Skate na colina Por Nércio Vargas
2° Outlaw Colinas “King of Hill” Data: 12 de agosto Local: Lagoa da Conceição Domingo de sol; dia dos pais com ladeira liberada; foi nesse clima que a galera do Downhill Skate se reuniu para o 2° Outlaw Colinas “King of Hill”. O evento foi organizado pelos skatistas locais do Colinas da Lagoa, e contou com a presença de skatistas do sul do Brasil, São Paulo e atletas da América do Sul. Um grande encontro de todas as modalidades de Downhill Skate (Freeride, Longboard, Speed, Slide) e outros brinquedos como Drift Strike e Street Luge. Durante a manhã, os atletas se revezaram entre reconhecimento de pista e treinos para a modalidade de Speed, e o campeonato de Downhill Slide/ Longboard sob a batuta do mestre Sérgio Yuppie e Curva de Hill. Numa grande demonstração de técnica e coragem os atletas encaram uma ladeira íngreme e perigosa com muitos slides e laybacks insanos. A tarde foi reservada para os pegas no Speed e manobras de freeride, momento mais esperado pelo público que se acomodou entre todo o belo trajeto do condomínio em construção para prestigiar o skate de velocidade. Com curvas acentuadas e retas velozes o campeonato exigiu o máximo de técnica e experiência dos atletas presentes, as quedas foram um show à parte e entre ralados e feridos, todos sobreviveram. Divididas por categorias Juniors e Open o campeonato de Speed trouxe um contingente de mais de 40 atletas, entre alguns, juniors mais tomados que participaram das duas categorias desafiando os atletas adultos de igual para igual. Na final Junior, o atleta Lucas Volpe Rocha de Porto Alegre levou o troféu seguido por Pedro Tavares Dechicho de Floripa em segundo e Pedro Souza de Curitiba e terceiro.
Fotos: Daniel Dabalbo
Na categoria feminina, a mulherada mostrou competência e coragem nos drops. Na categoria Slide Camila de São Paulo foi a única representante, já na Speed a bateria contou com duas competidoras, Ivana Dolberth Zolet de Porto Alegre (1° colocada) e Raíza Sartori de Florianópolis (2°). A categoria Open, a mais esperada por todos, contou com atletas de nível profissional e skatistas amadores que deram um show em slides em alta velocidade. Com o circuito muito técnico, as baterias foram decididas na última curva, com quedas que arrepiavam a plateia. Após dezeseis baterias o grande campeão do 2° Outlaw Colinas foi William Rubim de Gravataí seguido de Evandro Dorneles de Florianópolis e Tiago Mohr de Porto Alegre. Para fechar a tarde de gala Sérgio Yuppie comandou o festival de manobras, onde a plateia é quem escolheu os melhores skatistas. Com manobras brutas e muito estilo Marcos Dias, vulgo Bin Laden de Florianópolis levou o caneco seguido de Daniel Dino também de Floripa e Arthur Job, outro destaque da ilha no freeride. Para Nércio Vargas, um dos organizadores do Outlaw, o evento serviu para divulgar ao público e empresas de Santa Catarina as modalidaes de Downhill Skate. Modalidade amplamente praticada e com grandes representantes em todo o estado, vide Florianópolis um dos destinos de grandes atletas mundiais durante todo o ano. A intenção é passar do Outlaw (fora da lei) para um evento oficial com apoio de empresas e setor público. Falando em apoio, o Outlaw contou com a participação da Curva de Hill, Schlickmann Surfboards, Bad Cat, X-treme óculos e da Yourself Lifestyle. Um evento que mostrou que apesar dos poucos recursos e da divulgação apenas nas redes sociais reuniu um grande contingente entre público e plateia.
Foto: Kaio Souza 35 ♦ JORNAL DROP
DROP SKATE
Skate do bem Por Adriano Rebelo
Campeonato Amandinha de Skate Data: 15 julho Local: Pista da Costeira Organizado pela ASCOP (Associação de Skate da Costeira do Pirajubaé), com o empenho de Alexsandro “Gu” Silveira e Diego Crispim, entre outros, rolou o Campeonato Amandinha de Skate Amador. O evento contou com a participação de atletas locais, que se reuniam com o objetivo de promover o esporte e angariar fundos para ajudar na compra de uma nova prótese para a pequena Amanda Ferreira da Silva, que está com sete anos. Devido a um problema congênito, ela perdeu a perna esquerda e a prótese que usava estava pequena, precisando ser trocada. Durante o Red Bull Skate Generation 2012, vários profissionais doaram seus skates para um leilão virtual no Facebook. A soma dos valores do leilão e campeonato foi suficiente para a compra da prótese. Skate une, skate fortalece! Parabéns pela iniciativa e atitude! Resultados: Infantil 1º) Gabriel Penteado 2º) Paulo Cesar 3º) Junior Matos Mirim 1º) Ruan 2º) Kainan 3º) Felipe Iniciante 1º) João Bito 2º) Iago Pavan 3º) Bruno
Feminino 1º) Emily 2º) Orana 3º) Fabiana Amador 1º) Luis Neto 2º) Tales Prates 3º) Jhonata Bowl 1º) Lucas Schmidt 2º) Caique Silva 3º) João Bito
Amandinha Luiz Neto Fotos: Adriano Rebelo
João Bito
Amandinha
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FREESTYLE Fotos: Adriano Rebelo
Emily Antunes Pista: Costeira Idade: 12 anos Base: Regular Local: Florianópolis (SC) Manobra: Frontside Bordslide Som: AC/DC Estilo: Bowl e Mini Ramp Pista: Da Costeira Pista dos sonhos: Venice Beach Skatepark Sonho: Viver do skate Sessão: Andar com meus amigos Agradecimento: A minha família que sempre me apoia e aos meus amigos! Patrocínio/apoio: Não tenho Skate é... Esporte, profissão e estilo de vida. Recado: Gostaria que as meninas participassem mais dos campeonatos
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BLITZ Fotos: Equipe Jornal Drop
www.jornaldrop.com.br
Os irmãos, Lucas e Zene Sachs
Dimitry Awdzyiej e Lua
Vanessa Mariliz
Vivi Loja Mormaii
Junior Maciel
Guga Arruda
Arthur Rockenbach
Abacaxi Hess
Juliana Donice
João “Africano”
Murillo “kbça”
cnpj:16.302.607/0001-66 /R$300,00
a pedido
em floripa vote para vereador renato melo realizador de dois mundiais de body board em sc trabalha em prol do surf de sc desde 1997 presidente da fecasup vice-presidente da fecasurf defensor do meio-ambiente juntos somos mais fortes
65767
cnpj: 06.122.108/0001-33
tiragem = 7.000 exemplares
Guia
Coligação Avança Florianópolis 1 - PCdoB
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Foto: Divulgação
Parentes, admiradores, o amigo Petronio Tavares e equipe Greenish, estiveram no aeroporto Internacional Pinto Martins para receber Aldemir Calunga. O potiguar sofreu um grave acidente em Puerto Escondido, no México. Depois de alguns dias em coma e enfrentando o processo de recuperação, Calunga desembarcou saudável, sorridente e ainda teve disposição para abraçar e conversar com todos. Muito guerreiro esse big rider. Força Calunga!
A marca californiana Rusty Surfboards apresenta para o verão 2012/13 a sua mais nova coleção de bermudas importadas “Retro Stretch”. Uma linha de bermudas mais curtas, acima do joelho, com um design que remete a era do ouro do surf. Combinando estilo com tecnologia, seu tecido com elastano faz com que a bermuda não atrapalhe e melhore o desempenho do esporte, e ainda é repelente a água. A Rusty, como uma marca de vanguarda, espera inserir no mercado brasileiro esse novo conceito em alta em países como Austrália e Estados Unidos, para os surfistas mais antenados. É o passado no futuro!
Foto: James Thisted
E a ASJ, (Associação de Surf da Joaquina) comemorou 25 anos no Restaurante Maurílio, na mesma praia dia 15 de setembro, também reunido a velha guarda da Joaca. Na cerimônia, foram entregues troféus de homenagem a diversos surfistas que fizeram história na praia.
HB para garotas! O verão está chegando e um dos grandes hits são os óculos de gatinho, que retomam as referências de moda da década de 50. Para não errar na escolha, que tal este modelo da HB? Lindo e cool!
Precisou dá uma geral na caranga? Passe no Kabral Auto Center, localizado na SC-405, no Rio tavares. Com atendimento de primeira, seu carro recebe aquela geral, ficando pronto pra próxima barca de surf. Rolou em Balneário Camboriú, dia 11 de setembro, o coquetel de lançamento da sétima edição do Encontro de Gerações, realizado pela ASBC (Associação de Surf de Balneário Camboriú). O evento aconteceu no Surfer’s Paradise, com direito a transmissão ao vivo pela internet através da Surf Pro. O coquetel teve direito a show com Armandinho, que agitou a noite até as 23 horas. Várias gerações do surf “cambojano” estiveram presentes no evento. O Encontro de Gerações acontece no final do ano, no dia 29 de dezembro, e esperase que seja o maior de todas as edições. O catarinense Jean da Silva, 27 anos, é o novo campeão sul-americano profissional do circuito ASP South America Surf Series 2012. Em 2010, ele se tornou o primeiro surfista de Santa Catarina a conquistar o título brasileiro e agora é o melhor da América do Sul na temporada encerrada semana passada no Surf Eco Festival apresentado pela Radical Wave em Salvador, na Bahia. Ele não participou desta etapa, mas ninguém superou os 7.600 pontos que ele totalizou nas duas provas mais importantes do calendário da ASP South America este ano.
Terminou o One Eye Kitesurf Pro, em Le Morne, nas Ilhas Mauricius. O evento foi válido pela segunda etapa do Kite Surf World Championship Tour 2012. O campeão foi o havaiano Patri McLaughlin. Em terceiro lugar ficou o atleta da equipe Mormaii, Sebastian Ribeiro. Surfando de backside nas esquerdas, Sebastian derrotou na semifinal o atleta Luke McGillewie em condições clássicas para o kitesurf. Esta foi a segunda etapa que o atleta brasileiro participou no mundial, sendo que na primeira, as condições de vento e ondas foram insuficientes para sua realização e a pontuação foi dividida entre os participantes. Por conta disto, Sebastian é o terceiro colocado no ranking. O outro atleta da equipe Mormaii, Guilly Brandão, está em quinto lugar.
Foto: Divulgação
A Sur feeling lançou dois novos modelos de sua clássica linha Wood Series. Com seu acabamento e tecnologia de primeira, a linha agora conta com o modelo Dude, com per formance e estilo, as medidas trazem de volta toda a nostalgia do sur f style dos anos 70. Já o modelo The Pacific, desenvolvido para o amante do Soul Sur f, aliado a um visual clássico inconfundível, o outline do shape proporciona a reprodução exata dos movimentos de um longboard. Agora o clássico é todo o dia. Confira todas as novidades em www.surfeeling.com.br
O’Neill anunciou um novo acordo de licenciamento com o Grupo Eixo para o Brasil. A parceria se estende para o vestuário de surfwear e lifestyle para homens e mulheres que serão distribuídos para varejistas em todo o país. A história da O’Neill, marca original de surf, neve e lifestyle californiana, é rica em termos de inovação de roupas de neoprene (wetsuits), botinhas para surf, leash, bem como de tecnologia aplicada no wetsuit Psycho e nas bermudas flexíveis Superfreak e Hyperfreak, além do Superkini. A nova parceria da O’Neill com o Grupo Eixo chegou em um momento oportuno, com a marca celebrando seu sexagésimo aniversário. Nascido em 1998 e com sede em São Paulo, O Grupo Eixo acumulou sucesso com roupas jovens voltadas ao mundo do surf, lifestyle e streetwear.
Foto: Divulgação
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MERCADO NEGRO
Blazer, o novo cruiser da globe. Se você fica ligado no blog da Globe, já deve ter visto umas imagens dessas belezinhas aí. Com o logo cravado a laser no corpo de madeira, o Blazer utiliza os mesmos componentes do Bantam. É pronto pra tirar da caixa e já sair rodando por aí. A data prevista para o Blazer chegar às lojas é em outubro. 43 ♦ JORNAL DROP