Edição 1126

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ANO XXII - Nº 1126 - 10 A 16 DE JULHO DE 2021 - R$ 4,00

ELEIÇÕES

Governador tem sinal verde dos deputados para acordão eleitoral A aprovação de três empréstimos milionários para o Estado representa mais um sinal verde dos deputados na busca de uma aliança entre os dois poderes com vistas às eleições do próximo ano. O aval na reforma previdenciária foi o primeiro passo do tão sonhado acordão. 2

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COVIDÃO

MACEIÓ - ALAGOAS

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1998 - 2020

DESGASTE DE BOLSONARO MEXE COM ELEIÇÕES EM ALAGOAS VITÓRIA

ILEGALIDADE

ALAGOAS MANTÉM ALAGOANO QUE SEGURANÇA FEZ TRANSPLANTE VITALÍCIA DE INÉDITO DE PULMÃO EX-GOVERNADORES TEM ALTA APÓS STF já decidiu que essa prática é inconstitucional, mas Estado 257 DIAS 13 ignora decisão do Supremo 5

Governo usa PF para acuar Renan na CPI, mas não consegue parar denúncias de corrupção 6 a 9

RISCO SANITÁRIO

MP INVESTIGA FRAUDES NO COMÉRCIO DE ÁGUA MINERAL EM ALAGOAS 11 VENDA DE PLANTAS DA PETROBRAS NÃO AFETARÁ ECONOMIA DE MUNICÍPIOS 3

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extra MACEIÓ - ALAGOAS

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1998 - 2020 EDITORA NOVO EXTRA LTDA CNPJ: 04246456/0001-97

Av. Aspirante Alberto Melo da Costa,796 Ed. Wall Street Empresarial Center Sala 26 - Poço - Maceió - AL CEP: 57.000-580

EDITOR Fernando Araújo CONSELHO EDITORIAL

Luiz Carnaúba (presidente), Mendes de Barros e Maurício Moreira

SERVIÇOS JURÍDICOS Rodrigo Medeiros

ARTE Fábio Alberto - 9812-6208 REDAÇÃO - DISK DENÚNCIA 3317.7245 - 99982.0322 IMPRESSÃO Grafmarques preimpressao@grafmarques.com.br

As colunas e artigos assinados não expressam necessariamente a opinião deste jornal

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MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JULHO DE 2021

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COLUNA

DA REDAÇÃO

“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados” (Millôr Fernandes)

Acordão à vista 1

- A Assembleia Legislativa deu mais um passo decisivo na direção de um acordão político com o governo estadual visando o pleito majoritário do próximo ano. Após aceitarem os argumentos de que não há condições de devolver os 14% descontados dos aposentados – que eles próprios avalizaram –, os deputados aprovaram três empréstimos ao Estado que somam quase R$ 2 bilhões, sem qualquer objeção.

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- Decisões dessa dimensão não costumam ocorrer sem barganhas ou acordos partidários, sobretudo em anos pré-eleitorais, quando as principais forças políticas entram em choque. Mais ainda quando estarão em disputa os cargos de governador-tampão, governador eleito e senador, com suas implicações nas eleições proporcionais de 2022.

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- Desde que o vice-governador Luciano Barbosa deu adeus ao cargo e aos Calheiros, Renan Filho e o deputado Marcelo Victor abriram a temporada de negociações em torno de uma aliança para as eleições do próximo ano. Mas até agora os dois lados não chegaram a um acordo, dizem as partes interessadas.

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- A aprovação dos empréstimos externos e do calote nos inativos pode ser a senha que faltava para governador e deputados acertarem as bases de um futuro acordo político. Não é segredo que o projeto de poder de Renan Filho passa por sua eleição ao Senado, da mesma forma que os deputados não abrem mão de eleger o próximo governador.

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- Com uma única vaga de senador em disputa no pleito do próximo ano, Renan Filho precisa do apoio dos deputados para não correr o risco de ficar sem mandato e interromper seu projeto político. Afinal, o atual ocupante do cargo, Fernando Collor, não pretende largar o osso tão facilmente, e já botou a campanha nas ruas.

Sonho e poder Até Luciano Barbosa se eleger prefeito de Arapiraca, e renunciar ao cargo de vice-governador, o deputado Marcelo Victor não escondia de ninguém seu sonho de chegar à Câmara Federal na eleição do próximo ano. O vácuo político criado com a saída do vice-governador e ascensão do aliado Arthur Lira à presidência da Câmara Federal fez o presidente da Assembleia mudar de ideia e passar a sonhar com a possibilidade de governar Alagoas.

Jogo pesado Com a renúncia de seu vice, Renan Filho precisa de um nome de confiança para assumir o cargo de governador-interino que será escolhido pelos deputados. Ao se eleger presidente da Assembleia sem o apoio do governador, Marcelo Victor consolidou sua liderança no Legislativo e passou a ser peça fundamental no jogo do poder, sobretudo para o futuro político de Renan Filho.

Desafios de JHC O prefeito JHC ainda não se pronunciou sobre o destino do Mercado da Produção, que se tornou uma ameaça à saúde pública por suas péssimas condições de higiene. Mas sabe-se que sua equipe já trabalha em um projeto para construir um moderno mercado público em outra área da cidade.

Após assumir a prefeitura, JHC enviou ofício à bancada alagoana na Câmara Federal pedindo apoio à aprovação de uma emenda parlamentar no valor de R$ 200 milhões para construção de um novo Mercado Público em Maceió.

Lamentavelmente, até hoje, nenhum dos nove deputados federais respondeu ao prefeito.

Prédios em ruínas Outro desafio de Maceió é revitalizar a Praça dos Palmares, hoje ofuscada por três edifícios públicos abandonados pela União.

O principal deles, a antiga sede do INSS, foi a leilão recentemente, mas ninguém se interessou pelo imóvel.

Quem vier adquirir o edifício em ruínas terá que gastar ao menos R$ 5 milhões com sua implosão e remoção dos destroços. Inviável como negócio imobiliário, a antiga sede do INSS deve ser demolida para dar lugar a um novo espaço público junto com a revitalização da praça que homenageia a epopeia dos Palmares.

Nova pendenga O STF vai analisar o mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6856 em que o governador questiona a participação da Assembleia Legislativa na composição de conselhos, fóruns, comitês gestores e fundos estaduais. Renan Filho alega que a indicação de dois representantes do Legislativo nesses conselhos fere o princípio constitucional da separação e independência dos poderes.

Qualquer que seja o resultado desse julgamento, a decisão do governador de recorrer ao Supremo contra atos do Legislativo estadual deve criar nova pendenga com os deputados. E isto em ano pré-eleitoral quando Renan Filho e os deputados buscam firmar uma aliança com vistas às próximas eleições.

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PETRÓLEO E GÁS

Venda do Polo Alagoas pela Petrobras não deve afetar municípios Desinvestimentos da estatal estão alinhados à estratégia de investimentos no pré-sal BRUNO FERNANDES bruno-fs@outlook.com

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venda do conjunto de seis unidades terrestres e de uma localizada em águas rasas denominada Polo Alagoas realizada pela Petrobras para a empresa Petromais Global Exploração e Produção não deve afetar a economia local já que a exploração continuará gerando ICMS e royalties da empresa adquirente para os municípios de Coqueiro Seco, Coruripe, Feliz Deserto, Jequiá da Praia, Marechal Deodoro, Pilar, Rio Largo, Santa Luzia do Norte, São Miguel dos Campos e Satuba, onde as estruturas estão localizadas, de acordo com informações da própria estatal.

A venda foi anunciada no último dia 6 e inclui os campos de Anambé, Arapaçu, Cidade de São Miguel dos Campos, Furado, Paru, Pilar e São Miguel dos Campos, todos localizados no estado de Alagoas. Localizado a 40 km de Maceió, na região de São Miguel dos Campos, vale ressaltar que o campo de petróleo Anambé foi o 5° maior produtor terrestre de petróleo no Brasil em setembro de 2019.

A produção média do polo, que produz petróleo e gás natural e que possui a base operacional localizada no município de Pilar, de janeiro a maio de 2021 foi de 1,9 mil barris de petróleo por dia e de 602 mil m³/dia de gás, gerando 0,9 mil bpd de LGN (líquidos de gás natural).

O negócio foi fechado por US$ 300 milhões e está incluído na transação a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Alagoas, responsável pelo processamento de 100% do gás do polo extraído em Alagoas e pela geração de LGN, cuja capacidade de processamento é de 2 milhões de metros cúbicos por dia.

Além da UPGN, também foram colocadas no pacote cerca de 230 Km de gasodutos e oleodutos, em especial o oleoduto de escoamento da produção até o Terminal Aquaviário de Maceió.

Deste valor total, US$ 60 milhões foram pagos à vista e US$ 240 milhões serão pagos no fechamento da transação. Os valores não consideram os ajustes devidos até o fechamento da transação, que está sujeito ao cumprimento de certas condições precedentes, tais como a aprovação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Os campos que a Petrobras vendeu produziram no último ano 2,348 mil bpd de óleo e condensado e 856 mil m³/d de gás, gerando um total de 1 bpd de líquidos de gás natural. Dos sete campos, o campo de Paru é o único localizado em águas rasas, com lâmina d’água de 24 metros e é controlado remotamente pela Estação de Medição Terrestre (EMT) no município de Coruripe.

Os demais campos são terrestres.

De acordo com dados da ANP, “a qualidade dos reservatórios é bastante he-

Estação da Petrobras no município de Pilar; abaixo, localização dos campos vendidos

terogênea, ou seja, variada e com diversos tipos de materiais depositados, porém para efeitos de ordem de grandeza das propriedades, análises dos reservatórios mais expressivos revelaram porosidades variando entre 12% a 24% e permeabilidade variando de 118 mD a 350 mD”.

Além do Polo Alagoas, em 2019 a estatal colocou à venda sua participação

de 50% em 15 blocos para exploração e produção de petróleo e gás em terra localizados na bacia de Sergipe-Alagoas. O negócio, que ainda está em andamento, envolve oito blocos exclusivamente explorados pela Petrobras.

O negócio faz parte da estratégia de desinvestimento da companhia, para reduzir dívida e focar no pré-sal, onde a Petrobras

tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos. De acordo com a estatal, as operações de vendas de poços nordestinos está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em ativos de classe mundial em águas profundas e ultra-profundas.

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GABRIEL MOUSINHO

n gabrielmousinho@bol.com.br

José Wanderley

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osé Wanderley Neto, um papa na cardiologia, quer deixar de andar a reboque de velhos conhecidos políticos alagoanos e deverá se submeter ao julgamento popular nas eleições do próximo ano. Já tendo exercido o cargo de vice-governador no governo de Téo Vilela e de secretário de Saúde, ele agora quer prestar sua contribuição

Sem novidades

Enquanto Estado e municípios pegam carona na remessa de vacinas contra a covid-19, a imunização avança e deverá chegar neste final de semana às pessoas com 35 anos de idade. Mas isso não é um feito só em Alagoas, em outros estados, também, a exemplo de Pernambuco.

Abertura

A tendência do governo do Estado é flexibilizar ainda mais os setores produtivos nesta pandemia, mas um alerta já foi dado pelo Observatório de Políticas Públicas da Ufal: a situação ainda é muito preocupante. Em primeiro lugar porque o número de mortes se estabilizou em torno de 20 por dia e as infecções não param de crescer.

Alívio

Aposentados e pensionistas, se sofreram muito com esta história do Alagoas Previdência, podem vir a serem beneficiados com a reforma tributária que está sendo discutida no Congresso Nacional. Existe uma perspectiva de que aposentados e pensionistas, ninguém sabe ainda até quanto de renda, sejam desobrigados de descontar o imposto de renda.

Sem susto

O senador Renan Calheiros deve tirar de letra o indiciamento feito pela Polícia Federal de que teria recebido R$ 1 milhão da Odebrecht. Como já se livrou de várias denúncias até agora, Calheiros considera que isto é apenas mais uma e que, naturalmente, não irá dar em nada.

Expectativa ao parlamento alagoano.

Wanderley deverá optar por uma candidatura a deputado estadual, tendo como base, e ninguém tenha dúvidas, de todos os que passaram por suas mãos no estado de Alagoas, além, é claro, de alguns municípios alagoanos no Sertão onde seu filho tem ampla penetração política.

Desacreditada

Com uma atuação raivosa quando se trata de interrogar testemunhas para incriminar o Governo Bolsonaro, a CPI da Pandemia passou a ser um órgão que não passa muita credibilidade à população brasileira. Durante as sessões se tem observado o despreparo de alguns senadores. Eles perguntam e não esperam nem o depoente responder, já respondem à pergunta.

Sem rumo

O senador Omar Aziz, presidente da CPI da Pandemia deu voz de prisão ao ex-funcionário do Ministério da Saúde, Roberto Dias, o que não pegou bem. Quis dar uma demonstração de força, quando apenas poderia pedir o seu indiciamento ao Ministério Público Federal.

Mistério

Até agora os governadores do Nordeste não deram resposta para os milhões de reais que foram desperdiçados com a compra de respiradores. O dinheiro sumiu e não chegou nenhum equipamento.

Decidido

O vice-prefeito Ronaldo Lessa, inquieto como sempre foi, está mesmo decidido a disputar o mandato de senador pelo PDT. Mas ainda aguarda uma série de composições políticas que já estão em andamento. Se tem poder de fogo para chegar lá, é outra história.

Obstinado

Quem não abre mão de uma candidatura ao governo do Estado é o prefeito do Pilar, Renatinho Resende. A cada dia é convencido pelos seus auxiliares, principalmente o “cientista” Paulão, de que a hora é essa. Ele sabe, porém, que vai enfrentar grupos políticos da mais alta competência e com estrutura talvez muito diferente da sua.

Enquanto alguns grupos políticos já trabalham visando as próximas eleições, outros ainda não puseram a cabeça de fora. É o caso do prefeito JHC, que ainda não disse para onde vai.

Abrindo o leque

Candidaturas a governador são o que não tem faltado nos últimos dias. O leque de pretendentes à vaga de Renan Filho só faz aumentar, mas alguns candidatos são vistos como apenas coadjuvantes, sem grandes perspectivas eleitorais.

Sem sintonia

As audiências públicas que a Câmara de Vereadores vem realizando, a exemplo da desta semana que discutiu as responsabilidades sobre a buraqueira em Maceió, demonstram que há um certo distanciamento com o prefeito JHC. No final da reunião na última terça-feira, vereadores estavam conscientes de que, além das empresas que esburacam a cidade, falta um maior planejamento e fiscalização dos órgãos da prefeitura.

Dificuldade

O senador Rodrigo Cunha, aliado de JHC, trabalha para ser o candidato ao governo do lado da oposição, mas sua atuação no Senado Federal em mais de um ano de mandato tem sido discretíssima e muitos eleitores já anunciaram que não votam mais nele. A tradução disso é que JHC não vai entrar numa confusão se não tiver reais chances de eleger o seu candidato.

Descartado

O prefeito JHC resolveu mesmo colocar o pé no freio nas nomeações de cargos comissionados e tem encontrado muita reação de vereadores que o apoiam na Câmara Municipal. É por isso e por outras coisas que alguns projetos do interesse do Executivo não andam.

Com uma administração muito discreta, sem o auê depois das eleições, está praticamente descartada a possibilidade de o prefeito de Maceió resolver se candidatar para suceder Renan Filho. Além de arriscar dois anos de mandato, o prefeito ainda não fez nada que pudesse lhe credenciar como uma administração de fôlego, resolvendo os mais graves problemas da cidade.

Economia

Banalização

Pé no freio

Para a maioria dos políticos interessados numa boquinha, JHC quer mostrar que o número de comissionados é demais e que o município faz o seu trabalho independente de onerar a folha de pagamento. Como nessa área não existe almoço grátis, a pendenga ainda vai demorar por algum tempo.

Qualquer movimento de protestos se fecha a Avenida Fernandes Lima, como se o povo tivesse culpa no cartório. No caso da Braskem, moradores e empreendedores deveriam fazer manifestações na porta da empresa, exigindo o que lhes é de direito. Não importunar a vida da população.

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IMORALIDADE

Lei de segurança vitalícia para ex-governadores permanece em vigor em Alagoas JOSÉ FERNANDO MARTINS

josefernandomartins@gmail.com

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nquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) há dois anos decidiu que ex-governador não tem direito aos serviços vitalícios de segurança e motorista, em ação referente a um ex-governador da Bahia, com repercussão para outros estados, em Alagoas essa lei, considerada inconstitucional em vários estaos, ainda está em prática. O assunto voltou à tona após o Ministério Público Federal (MPF) informar que não tem competência para analisar tal processo de revogação de lei, encaminhando-o de volta às mãos do promotor Coaracy Fonseca, autor da denúncia ainda de 2015.

“Sendo o tema suscetível de controle no Tribunal de Justiça alagoano, os elementos contidos na representação sob análise não aconselham atue o Procurador-Geral da República perante o Supremo Tribunal Federal, cumprindo ressaltar que seu arquivamento, nesta oportunidade, não significa juízo a respeito da constitucionalidade do ato referido na provocação dirigida à Chefia do Ministério Público da União. Diante do exposto, não havendo medidas a serem adotadas, nesta esfera, quanto ao

assunto em testilha, a presente representação deve ser arquivada, dando-se ciência ao representante”, informou o MPF em documento expedido no dia 10 de maio.

Sendo assim, Coaracy Fonseca resolveu instaurar – novamente - procedimento preparatório de inquérito civil, acionando mais uma vez a chefia do Ministério Público Estadual, para tentar acabar com o serviço de segurança vitalícia para ex-governadores, ex-comandantes gerais da Polícia Militar e ex-secretários de Segurança Pública, mordomia que tem como base a Lei Estadual de número 6.063, de 18 de novembro de 1998.

Em 2015, a 17ª Promotoria de Justiça da Capital - Fazenda Pública Estadual destacou que só o ex-governador Téo Vilela teria ao seu dispor 10 policiais militares para sua segurança pessoal, isto quando tribunais de Justiça de Rondônia, Mato Grosso e Distrito Federal já haviam considerado a prática inconstitucional. À época, o promotor Coaracy Fonseca destacou se tratar de um privilégio injustificado estendido a pessoa que não mais possuía vínculo com o serviço público, em detrimento de toda a coletividade, que carece de segurança, dificuldade agravada pela falta de efetivo policial.

Caso encaminhado há seis anos ao MPF volta às mãos do promotor Coaracy Fonseca

Coaracy Fonseca volta a analisar lei de privilégios Oito anos antes, em 2007, o Conselho de Segurança Pública de Alagoas (Conseg) chegou a recomendar ao governador a revogação da polêmica lei. Mas, com uma brecha para avaliação. “Após a revogação do supracitado diploma legal, a comunicação a todas as ex-autoridades beneficiadas pela atual redação da Lei n° 6.063/98, a fim de que, se julgarem necessário, protocolizem, junto a este Conseg, pedido de manutenção de segurança oficial, através de exposição de motivos e apresentação de elementos probatórios de suas alegações”, sugeriu o conselho.

O custo da aplicação da força de segurança pública na proteção pessoal de ex-autoridades seria de R$ 78 mil mensais por protegido, segundo levantamento determinado pelo promotor da 17ª Promotoria da Fazenda Pública da

Capital, Coaracy Fonseca.

Vale destacar que são valores de seis anos atrás, não atualizados.

“Numa República não pode existir privilégios de castas, todos são iguais perante a lei, e qualquer tratamento que manifeste distinção deve ter fundamento idôneo, o que não é o caso em questão. Esses artigos da Lei nº 6.063/98 constituem uma afronta e um vilipêndio à Constituição Federal, além de representarem verdadeiro escárnio ao cidadão alagoano, carente de segurança pública eficiente e eficaz”, afirmou o promotor na ocasião.

“Será que o simples fato do exercício, sem tempo determinado (basta um dia), das nobres funções de governador do Estado, comandante da PM e secretário de Segurança Pública de Alagoas constitui o critério de distinção para se atribuir o privilégio de

ter-se à disposição quase um pelotão militar, vitaliciamente, em detrimento da sociedade, refém da insegurança e das ações cada vez mais ousadas de criminosos? A lógica e a razoabilidade dizem que não”, arrematou.

A lei de segurança vitalícia é consequência de um poder paralelo em Alagoas. O benefício foi criado em função do período de combate à Gangue Fardada, no final da década de 1990, fato que hoje não teria mais justificativa, já assinalava Fonseca há seis anos. “Não há recursos, como se alega publicamente, para a contratação de concursados integrantes da reserva técnica; falta policiamento nas ruas e bairros da periferia, nos postos de saúde, escolas e postos fiscais de fronteira.

Entretanto, para alguns poucos, sem qualquer demérito ou desrespeito, a segurança é farta e perene, à custa do combalido erário estadual. Tal situação, que não encontra guarida no princípio republicano da igualdade, afigura-se, sobretudo, de imoralidade vitanda. Não há referência à segurança vitalícia de outros ex-agentes públicos ao nível federal”, enfatizou na representação de 2015.

A reabertura do procedimento pelo MP estadual foi publicada na edição da última terça-feira, 6, no Diário Oficial.

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JOGO DO PODER

Alvo central dos bolsonaristas, Renan Calheiros permanece intocável como relator da comissão que investiga má gestão de Bolsonaro frente à pandemia

Indiciado pela PF, Renan Calheiros segue na relatoria da CPI da Covid Grupo político do senador é principal beneficiado com permanência, mas ainda não tem nomes fortes ao governo ODILON RIOS

Especial para o EXTRA

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indiciamento pela Polícia Federal do senador Renan Calheiros (MDB) não ajudou a desgastar a imagem do alagoano como os bolsonaristas previam. Nem a CPI da Covid dá sinais de que ele será afastado da relatoria da comissão.

A PF indiciou Renan por suspeita de corrupção

passiva e lavagem de dinheiro. Dizem as investigações que Renan recebeu R$ 1 milhão de Odebrecht, em troca de apoio político para aprovar projeto de interesse da empreiteira.

Renan disse que a PF não pode indiciá-lo, apenas o STF. Esta investigação está aberta desde 2017. Segundo Renan, não encontraram nada e pediram prorrogação.

“A Polícia Federal não está autorizada a abrir de ofício inquérito policial para apurar a conduta de parlamentares federais ou do próprio presidente da República”, explicou a defesa do senador.

Calheiros busca atrair capital político e eleitoral a seu grupo e principalmente ao governador Renan Filho (MDB), que, no começo dos trabalhos da comissão virou alvo do bol-

sonarismo, na tentativa de associá-lo à corrupção na compra de respiradores, mas a estratégia não prosperou.

Os Calheiros ainda não têm um candidato ao Governo de Alagoas para suceder Renan Filho. Alexandre Ayres (Saúde), Alfredo Gaspar de Mendonça (Segurança Pública) e Rafael Brito (Educação) são os mais cotados.

Ayres e Brito usam um

discurso mais moderado, ao falarem de ações da gestão pública na pandemia e vacinação. Alfredo Gaspar opta pela imagem de xerife, ação do marketing do Palácio República dos Palmares para atrair um eleitor mais conservador, alguém cercado por programas policialescos e faz a defesa do discurso “bandido bom, bandido morto”. Os resultados são comemorados no governo.

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“Hoje é um dia muito importante, pois Maceió alcançou seu maior recorde na diminuição no número de mortes violentas. Em junho tivemos o menor número da década.

Quero parabenizar nossas forças de segurança e também as secretarias de Prevenção, de Ressocialização, Ronda no Bairro, que têm sido grandes parceiros, unindo forças, trabalhando com profissionalismo. É assim que vamos continuar alcançando vitórias em nome do povo de Maceió e também de Alagoas”, disse Gaspar, ao falar da histórica redução de homicídios em Maceió: 33,3%.

Só que nenhum dos três governistas consegue ter mais aceitação que o prefeito de Maceió, JHC (PSB). Segundo o Paraná Pesquisas, em levantamento publicado esta semana, Jota tem 46% das

intenções de voto contra 29,8% de Alfredo Gaspar.

Se o prefeito não renunciar e apoiar o senador Rodrigo Cunha (PSDB), Alfredo Gaspar tem vantagem: fica com 40,1%

A PRESENÇA DE FÁBIO COSTA NAS ELEIÇÕES DO PRÓXIMO ANO, LEVANDO EM CONTA O CENÁRIO ATUAL, EMBARALHA O CENÁRIO ELEITORAL. COSTA PODE APOIAR COLLOR AO SENADO, TRANSFERINDO VOTOS E MINANDO O MAPA POLÍTICO DE RENAN FILHO.

contra 27% de Cunha.

Como é quase improvável que JHC renuncie, sobra Rodrigo Cunha, que faz tentativas para se desgarrar do bolsonarismo e se distanciou dos trabalhos da CPI da Covid. Seu foco é mostrar os efeitos positivos de uma gestão pública usando as ferramentas digitais para desburocratização.

“Digitalizar o serviço público significa dar mais agilidade, mais transparência, reduzir custos e, principalmente, prestar melhor serviço à população. O setor público precisa ser também inovador, facilitando o acesso à população ao atendimento de suas demandas e garantindo mais eficiência e rapidez nas respostas.

Muito importante debater e compartilhar conhecimentos sobre esta nova legislação”, diz o tucano, que quer reabilitar a ter-

ceira via eleitoral.

Na disputa ao Senado, segundo o mesmo levantamento do Paraná Pesquisas, o delegado Fábio Costa (PSB) venceria, com 28,8%; Renan Filho teria 26,1%.; o vice-prefeito Ronaldo Lessa (PDT) 12,4%; e, Collor, 12,2%.

A presença de Fábio Costa nas eleições do próximo ano, levando em conta o cenário atual, embaralha o cenário eleitoral.

Costa pode apoiar Collor ao Senado, transferindo votos e minando o mapa político de Renan Filho.

Apesar de ser o mais votado em Maceió, Fábio Costa é um vereador de pouca expressão na Câmara e é dono das indicações na Secretaria de Segurança Comunitária.

Há duas semanas foi acusado pela vereadora Teca Nelma (PSDB) de ameaças. Costa protocolou na Presidência da

República representação contra Teca por chamar Jair Bolsonaro de genocida. O PSB nacional se movimenta para expulsar Fábio Costa em uma ação orquestrada, ou seja, sem pedir o mandato na Justiça.

O delegado usa a mesma linguagem do presidente da República e repete jargões bolsonaristas. Deu certo nas eleições do ano passado: teve mais de 11 mil votos.

Foi o delegado responsável pela execução de 11 suspeitos de assalto a banco, na cidade de Santana do Ipanema (Sertão alagoano) em 8 de novembro de 2018. A Polícia Civil nunca revelou quem financiava o potencial da quadrilha, que trabalhava também com explosivos. A pirotecnia atrai votos dos que pensam que “bandido bom é bandido morto”.

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JOGO DO PODER

Collor evita falar sobre acusações ao presidente e aborda temas gerais ou posta encontros com prefeitos alagoanos de olho nos apoios para sua reeleição

Avanço da CPI dispersa apoios de Bolsonaro em Alagoas Investigações aumentam pressão contra Lira e silêncio sobre acusações a presidente ODILON RIOS

Especial para o EXTRA

A

s suspeitas de irregularidades na compra de vacinas apuradas pela CPI da Covid acirram os ânimos dos bolsonaristas alagoanos e dispersam a bancada federal, que isolou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) - pressionado a colocar em pauta novos e antigos pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro.

O senador Fernando Collor (PROS), bastante

atuante nas redes sociais e principal representante do bolsonarismo local, preferiu analisar o contexto que levou ao assassinato o presidente do Haiti, Jovenel Moïse, que falar das novas denúncias envolvendo Bolsonaro - o escândalo das rachadinhas e as estranhas transações no Ministério da Saúde na aquisição de vacinas.

Com a popularidade do presidente da República em queda e o avanço do ex-presidente Lula nas pesquisas sobre 2022,

personagens da política alagoana se viram como podem para se esconder ou se mostrarem em suas posições.

Collor, por exemplo, não apareceu ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que esteve em Alagoas no início de julho visitando Marechal Deodoro e Teotônio Vilela, esta última reduto eleitoral de Arthur Lira. Ao invés dele mesmo, mandou representante: seu primo, Euclydes Mello. Mas, em suas redes sociais, se desdobrou: fez questão de citar o ministro, falar das vacinas, mostrar a posição de Jair Bolsonaro na imunização da população. Repetiu que são

Bolsonaro e Queiroga os responsáveis pela distribuição das vacinas - alfinetando governadores e prefeitos que atraem para si os holofotes do combate à covid-19. “A retomada econômica já se desenha.

Os sucessivos indicadores positivos mostram isso, com o crescimento do PIB e a geração de empregos”, disse Collor, associando seu nome ao governo federal, mas usando um lema da esquerda: “O caminho para sairmos do quadro pandêmico é vacina no braço, comida no prato e carteira assinada”.

Seguindo a estratégia de ignorar a crise, Collor mostra intimidade com ministros, ao apontar o

destino de recursos ou equipamentos para as cidades. Foi assim com Major Izidoro, com o prefeito Theobaldo, e Estrela de Alagoas, com Aldo Lira, citando a deputada Ângela Garrote (PP), aliada de Arthur Lira. O senador busca a reeleição e enfrenta, com a ajuda da máquina federal, o governador Renan Filho (MDB), seu adversário na vaga hoje ocupada por ele.

Na visita do ministro da Saúde a Alagoas, Arthur Lira não apareceu.

Nas suas redes sociais, nenhuma menção a Queiroga. Mas lá estavam seus apadrinhados. Um deles: Jó Pereira (MDB), que ocupa posição crítica ao governador e busca espaço numa candidatura majoritária, com aval do presidente da Câmara, mas escondendo Jair Bolsonaro nas suas tratativas eleitorais.

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CARROCEIRO LEGAL Jó Pereira, hoje crítica do corte de 14% em aposentadorias e pensões, votou a favor há dois anos do desconto. Em nome das urnas, adota discurso de oposição.

Na última sessão antes do recesso parlamentar, Jó Pereira se absteve na votação de pedidos de empréstimo feitos pelo governador de R$ 770 milhões (junto ao Banco do Brasil) e US$ 150 milhões (Bird e BID).

“Aqui em Alagoas, por exemplo, não conseguimos cruzar o impacto desses empréstimos com o deficit previdenciário, com os recursos necessários para manutenção dos novos hospitais, então, em razão disso, pelas matérias serem de grande interferência na vida dos alagoanos, hoje vou me abster e me sentir contemplada com a decisão da Casa”, disse.

A Família Pereira ocupa cargos na máquina estadual, mas é na Codevasf que o prestígio e o status são maiores. A família, aliás, evita se associar a Jair Bolsonaro para não contaminar suas bases com a impopularidade presidencial crescente.

O presidente da Assembleia, Marcelo Victor (SDD), é aliado de Arthur Lira, mas segue mais próximo do governador. Victor deve assumir a chefia do Executivo estadual se Renan Filho renunciar ao cargo para disputar o Senado.

Enquanto isso, o presidente da Câmara insiste em dizer que não há, até o momento, fatos novos que justifiquem a abertura de processo de impeachment. Falou que, para isso acontecer deve existir uma construção de circunstâncias para o impedimento do presidente da República.

Se autorizar o pedido de impeachment, a denúncia tramita em uma comissão especial e depois vai a plenário. Precisa de, ao menos, 342 votos dos 513 deputados.

Após esta etapa, segue para o Senado, que autoriza ou não a abertura do processo. Se dizer sim, ele é afastado até a conclusão do julgamento. O vice assume a cadeira.

“Neste momento, a presidência da Câmara, que tem o papel de atuar com imparcialidade, com neutralidade, vai esperar o desenrolar dos acontecimentos”, disse Lira. “Neste momento, não há nenhum fato novo que justifique, que tenha alguma ligação direta com o presidente da República, a não ser o fato de um parlamentar ter dito que entregou a ele alguns documentos invoice que não justificam, por enquanto, até agora, com muitas versões de parte a parte, a abertura de processo de impeachment”, acrescentou.

Projeto oferece dignidade a carroceiros e animais

Objetivo é acabar com o modelo de carroças como existem atualmente ASSESSORIA

C

omeça a tramitar na Câmara Municipal de Maceió o projeto Carroceiro Guardião. Iniciativa do vereador Alan Balbino (Podemos) tem o objetivo de criar políticas públicas de incentivos e sobrevivência para os profissionais que utilizam carroças tracionadas por equinos. O projeto deverá resultar na substituição das carroças por veículos motorizados, bem como a construção de um local adequado e digno para abrigar os carroceiros.

Balbino explica que o projeto representa um ganho social para os carroceiros profissionais e fim das carroças e dos maus-tratos aos animais que servem usados como tração.

“Ainda verificarmos na periferia e centros de várias cidades do país a presença de animais tracionando carroças, que representa o meio de transporte mais barato para as necessidades do dia-a-dia. Porém é visível que muitos desses animais são submetidos a tratamento desumano e, muitas vezes, sem acompanhamento veterinário”, argumentou ele.

O vereador acrescenta que o objetivo não é impedir o trabalho de tantos pais de família que sobrevivem com esse meio de transporte, mas o de dar dignidade. “Este projeto propõe substituir as carroças tracionadas por animais por veículo motorizado, como as motocicletas com caçambas acopladas, buscando melhorar as condições de trabalho e vida dos carroceiros, bem como o bem estar dos animais”, esclarece Alan Balbino.

Com relação aos profissionais carroceiros, a ideia é inseri-los nos programas assistenciais do município, incentivando a criação de cooperativas ou associações, visando organizar a classe e oferecer condições para que os carroceiros desempenhem seu trabalho com dignidade. O projeto não cria despesa para o município.

A legislação de trânsito destina parte dos recursos das passagens de ônibus para o Fundo de Transportes Urbanos (FTU). O projeto do vereador destina 1% desse recurso para a educação de trânsito para os carroceiros. Para o período de transição e adaptação, saindo do

Alan Balbino protocola projeto

veículo de tração animal para o motorizado, cada profissional deverá ser atendido com 25% do valor do salário mínimo, dentre outros incentivos.

Toda essa assistência deverá ser fornecida pelo período de transição, que deverá ser de três anos, a contar da data de publicação da lei. Nesse período, caberá ao município o atendimento aos animais para aproveitamento nos órgãos que utilizem nas suas funções, tais como a guarda da cavalaria ou reabilitação de crianças com deficiência. “Maceió poderá ser a primeira capital brasileira a dar dignidade aos animais”, finalizou Alan Balbino.

O projeto de lei conta com o apoio do delegado de Roubos e Crimes ambientais da Polícia Civil, Leonam Pinheiro. Ele criou um abaixo-assinado que pede o fim aos maus-tratos aos animais. “Essa iniciativa representa a inserção dos carroceiros na sociedade e dignidade aos animais, não uma punição. E nosso apelo já conta com quase dez mil assinaturas.

Belo Horizonte [MG] tem uma iniciativa semelhante e Maceió poderá sair na frente”, finalizou o delegado.

O projeto de lei foi protocolado na semana passada e deverá ser analisado na retomada das atividades legislativas, em agosto, quando deverá ser encaminhado para as comissões temáticas da Câmara Municipal, antes de ser votado em plenário.

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TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

Fórum denuncia irregularidades em processo seletivo na Educação ‘Cartas marcadas’ teriam definido vagas em escolas de ensino integral JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.com

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hegou ao Ministério Público Estadual (MPE) denúncia envolvendo o ex-secretário de Estado da Educação Fábio Legenda alkdjaskdjsalkdjsalkdjslakjdlsakjdl a Guedes. Na documentação consta o nome de Taciana Gerente da Escola Salete Gusmão teria sido escolhida sem obediência aos critérios do edital Gomes, que fez parte da 13ª Gerência Regional de Educa- de cargos em comissão, a FNCCE, devido à ausênAlguns candidatos indigção (Gere). Conforme dossiê exemplo da servidora Tacia- cia de atribuição de nota nados com o resultado do elaborado pelo Fórum Nacio- na Gomes Ferreira da Silva, na Declaração do Colegiado processo seletivo chegaram a nal de Combate à Corrupção ocupante do cargo de Geren- Regional: “sendo essa nota entrar com recurso mediante Eleitoral (FNCCE), ambos te Regional de Educação, na o critério de desempate en- envio de e-mail. Porém, eles, aproveitaram a paralisação 13ª Gere-Seduc/AL, concor- tre candidatos, a Declaração conforme a denúncia, não das aulas pela covid-19 e o reu normalmente e foi elei- deveria ter uma pontuação tiveram seus recursos anaregime de atendimentos vir- ta gestora geral da Unidade e não teve. Foi emitida com lisados ou sequer foram intuais para interferir no Pro- Escolar Maria Salete Gus- conteúdo genérico, seme- formados sobre aceitação ou cesso Seletivo Simplificado mão de Araújo”, destaca o lhante para os candidatos, indeferimento do seu pedido. anulando assim esse critério Ainda foi alertada a omissão para a composição de gestão documento. das unidades educacionais Outro item também te- de desempate previsto”. do edital para favorecer ser“Além disso, não foram vidores com carga horária de participantes do Programa ria sido desconsiderado. A Alagoano de Ensino Integral. declaração do Colegiado da avaliados, sequer citados trabalho de 60 horas semaO edital do processo alvo da Gerência Regional em que o na Declaração Colegiada os nais. Outro ponto levantado denúncia foi publicado no dia candidato está lotado deve- crivos de ‘assiduidade, par- pelo FNCCE foi o suposto 5 de janeiro. ria conter informações sobre ticipação nos projetos da es- tráfico de influência. “Houve Entre os fatos suspeitos assiduidade, participação cola ou no setor de trabalho, politicagem nas nomeações elencados pelo fórum está o nos projetos da escola ou participação nas reuniões de em suspeição para os ocucaso de uma candidata que no setor de trabalho, par- planejamento, se é proativo, pantes dos cargos de gestodeveria ter sido vetada no ticipação nas reuniões de se possui postura cordial e res das Unidades Escolares processo seletivo, no entan- planejamento, se é proativo, respeitosa com os colegas de em Tempo Integral, uma vez to, acabou sendo nomeada. se possui postura cordial e trabalho’. Nesse sentido, há que os envolvidos fazem parO edital teria deixado claro respeitosa com os colegas de omissão da emitente da De- te do pelotão de choque de que servidores com funções trabalho, além de informa- claração Colegiada, quando apoio à candidatura de Regratificadas, com exceção dos ções que julgar importantes deixa de avaliar os servido- nan Filho ao Senado Federal gestores de unidade de ensi- para o processo. No entanto, res através de evidências em 2022”, afirma Bekman no, não poderiam participar teria acontecido diferente. que deveriam ser obtidas nas Amorim de Moura, presidendo certame, o que não teria Em caso de candidatos com escolas onde atuam e prefe- te do fórum nacional. sido considerado pela banca pontuação empatada, esse re emitir um documento que O caso foi encaminhado analisadora. “Esse item não relatório não chegou a ser abona a conduta de todos por ao gabinete do procuradorigual”, informou o fórum ao geral de Justiça, Márcio Rofoi aplicado a todos os candi- levado em consideração. datos. Servidores ocupantes Isso, de acordo com o MP. berto Tenório.

NOVO PROCESSO A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) divulgou na terça-feira (6) edital de novo processo seletivo, desta vez para seleção de gestores gerais e adjuntos de escolas do Programa Alagoano de Ensino Integral que ainda apresentam vacância.

As inscrições serão online e gratuitas e deverão ser efetuadas no período de 14 a 18 de julho pelo link https://forms. gle/ 73FY8imppBzzrrvH6.

Para se inscrever no processo seletivo é preciso, dentre outros requisitos, ser professor efetivo da rede estadual de ensino, estar no exercício da função, não estar no estágio probatório, ter disponibilidade para jornada de trabalho de 40h e não possuir dois mandatos consecutivos na unidade para a qual deseja se candidatar.

O candidato também deve se inscrever na Gerência Regional de Educação (Gere) onde estiver atualmente lotado, com exceção dos professores lotados em unidades da 1ª e 13ª Geres, que poderão se inscrever para qualquer escola integrante do programa de uma das duas regionais com sede em Maceió.

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RISCO SANITÁRIO

Empresários denunciam fraudes no envase de água mineral no estado Irregularidades na reciclagem dos garrafões também ameaçam saúde do consumidor TAMARA ALBUQUERQUE tamarajornalista@gmail.com

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denúncia de empresários sobre irregularidades na indústria de envase de água potável em Alagoas revelou esta semana a fragilidade do trabalho das agências e órgãos de fiscalização, que deveriam evitar que empresas colocassem à venda um produto fraudulento, com potencial para causar problemas de saúde à população.

Não há como o consumidor de Alagoas se proteger da fraude de adquirir água envasada em garrafinhas, copos ou botijões, cujo rótulo afirma a existência de sais quando isso não é verdade. Ou de comprar água em botijões adquiridos pelas empresas vindos de fontes duvidosas, reciclados com materiais sem critérios e sem a devida higienização. Essas duas práticas, que estariam ocorrendo no estado, foram denunciadas esta semana ao procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, que prometeu intervir na situação.

Alagoas conta atualmente com 11 empresas de envasamento de água mineral (a que vem do lençol freático com os nutrientes necessários ao corpo) e outras quatro que envasam água potável acrescida de sais (que pode vir de várias fontes e só

Empresários do setor se reuniram na terça com chefe do MP

está apropriada ao consumo quando passa pelo processo de osmose reversa para filtrar micro-organismos e toxinas, além do adicionamento de sais). São dois produtos distintos, inclusive no preço, mas que fariam no organismo humano o mesmo efeito se produzidos dentro das especificações do mercado, o que ocorreria se houvesse uma fiscalização incisiva, segundo os empresários.

As empresas que estão praticando as irregularidades no estado não tiveram seus nomes revelados pelo procurador e nem pelo denunciante, o Sindicato das Indústrias de Engarrafamento de Água Mineral de Alagoas (Sindágua). “Não é viável para o Ministério Público expor os nomes das empresas, visto que ainda iniciaremos o processo de averiguação e/ou investigação e também não podemos infringir a lei de abuso de autoridade. Mas, posso afirmar que há denúncias de empresas em Maceió e na Grande Maceió”, afirmou o procurador.

As irregularidades também não são inéditas neste setor em Alagoas. Em 2014 o próprio Ministério Público

instaurou um inquérito civil e uma ação civil pública para investigar os níveis de sal presentes em águas minerais de quatro empresas que atuavam no estado.

Na ocasião, a publicação foi assinada pelo promotor de Justiça Mário Augusto Soares Martins e se referia às marcas Lindoya, Naturallis, Cristalina e Real do Vale.

Também naquela oportunidade a denúncia partiu do Sindágua/AL. O resultado da ação não foi divulgado.

O advogado do sindicato, Olavo Bastos, informa que as denúncias de agora chegaram ao Sindágua por clientes e também distribuidoras. Ele orienta que o consumidor preste mais atenção ao rótulo quando for fazer a compra, pois a indicação de adição de sais está em letras miúdas. “É preciso saber o que está levando para casa” diz. Mas admite que não há como o consumidor descobrir se o produto está irregular. Os denunciantes garantem que a população alagoana tem sido enganada, comprando água sem que passe pelo processamento exigido pela vigilância sanitária.

“Há empresas coletando

água e engarrafando diretamente do solo sem os cuidados necessários. Vendem como mineral quando não têm os equipamentos necessários exigidos pela vigilância e não colocam os sais. O custo é menor, mas há o risco. É um barato que sai caro.

A água para ser vendida como mineral deve passar por um processo grande, por profissionais competentes, e recebendo o que é obrigatório. A população está sendo enganada”, afirmou o presidente do Sindágua, Davi Pontes.

O procurador-geral de Justiça solicitou aos denunciantes que fizessem a representação diretamente ao seu gabinete, para repasse e análise da assessoria técnica.

“De antemão já informei que convocaria uma reunião com os promotores de Justiça que atuam na área da saúde pública, bem como com o promotor da Defesa do Consumidor para que juntos

possamos debater o assunto e, assim que chegarmos a um consenso, acionarmos as autoridades competentes das vigilâncias sanitárias do Estado e do Município com o intuito de obter esclarecimentos sobre a fiscalização e definirmos as medidas a serem adotadas. As denúncias são muito sérias, tratamos da saúde de milhares de famílias que se sacrificam para obter um produto saudável, sem riscos, e estão sendo enganadas, e é preciso que, se comprovadas as ilicitudes, os envolvidos sejam responsabilizados”.

Em relação à denúncia sobre o uso proibido de botijões recicláveis pelas empresas que envasam água em Alagoas, o empresário Marcos Sampaio mostrou ao procurador ser uma prática comum e nociva à saúde.

“Os botijões vêm de outros estados, com ratos ou urina de ratos dentro e eles não limpam antes de moer e aproveitar o material para fazer outros. Passam na máquina de reciclagem do jeito que chegam e quando os novos garrafões são produzidos, feitos com os antigos, as bactérias são absorvidas no plástico e, evidentemente, misturam-se na água que neles é armazenada”. O empresário diz que o plástico absorve o material que é moído junto com ele.

O chefe do Ministério Público afirmou que a princípio, pelos relatos, foram detectados o cometimento de crime contra a saúde pública e crimes tributários.

“Há de se averiguar se também há crime ambiental.

Sendo investigado e comprovado, adotaremos providências para que respondam judicialmente. O Ministério Público tem a obrigação de intervir para garantir os direitos do cidadão, entre eles um que é fundamental, garantido pela nossa Constituição Federal, a saúde, e se alguém burla a lei trazendo prejuízos à coletividade é preciso cobrar e agir”.

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PÓS-PANDEMIA

Nobel da Paz propõe reforma no sistema financeiro para evitar tragédia social

Fundador do banco dos pobres diz que sistema bancário precisa se reinventar TAMARA ALBUQUERQUE tamarajornalista@gmail.com

O

empreendedorismo é o principal agente de transformação da sociedade e quando consegue apoio financeiro, através do microcrédito, promove crescimento sustentável. O economista e vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2006, Muhammad Yunus, defende que todo ser humano é um empreendedor nato e critica o sistema bancário que exclui os pobres de sua clientela.

Em evento on-line promovido pelo Santander esta semana, o economista afirmou que é preciso mudar os conceitos básicos dos bancos, criados como empresas para terem lucro, e planejar essas instituições para resolver os problemas financeiros das pessoas. A forma como atua o sistema bancário foi alvo de críticas do economista. Ele afirma que é preciso mudanças no setor para que o mundo se adapte à nova realidade pós-pandemia.

Yunus ficou conhecido como “pai do microcrédito” depois de criar, em 1976, uma instituição financeira dedicada a emprestar recursos a empreendedores de baixa renda, o Grameen Bank. O banco é um sistema revolucionário de microcrédito, pequenos empréstimos concedidos

Muhammad Yunus é incentivador do crédito para mais carentes, sobretudo mulheres

a empreendedores muito pobres, especialmente a mulheres, para solicitar crédito em bancos tradicionais, o que ajudou milhões de pessoas a escaparem da pobreza.

Criado em Bangladesh, onde o economista foi lecionar economia, o “banco dos pobres”, como é conhecido até hoje, já se expandiu para outros países, inclusive os EUA, onde tem efetivos 2 bilhões de empréstimos realizados.

“Muitas pessoas perderam os empregos e a capacidade de gerar ren-

O BANCO É UM SISTEMA REVOLUCIONÁRIO DE MICROCRÉDITO, PEQUENOS EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS A EMPREENDEDORES MUITO POBRES, ESPECIALMENTE A MULHERES, PARA SOLICITAR CRÉDITO EM BANCOS TRADICIONAIS, O QUE AJUDOU MILHÕES DE PESSOAS A ESCAPAREM DA POBREZA.

da e nós precisamos de muitas mudanças no sistema bancário para nos adaptarmos [a essa nova realidade]. Não só para atender aos novos riscos, mas atender as pessoas de maneira que elas possam se tornar empreendedoras”, afirmou Yunus.

O economista reforça que o dinheiro é o oxigênio do empreendedorismo.

“Nós criamos um mundo em que nenhuma instituição financeira dá esse oxigênio e o aporte inicial necessários [aos empreendedores] pobres”.

Yunus vem propondo uma reforma no sistema econômico e social para o mundo pós-covid desde o ano passado. Segundo ele, apesar da experiência exitosa do Grameen Banck, que completou 40 anos sem crises, o sistema bancário não promoveu nenhuma alteração na sua política de acesso.

O professor diz que uma das muralhas de acesso ao crédito são as exigências de garantia para liberação do crédito, o que foi abolido no banco dos pobres. “Essa é a barreira que impede as pessoas de acessarem o sistema bancário, é uma muralha que o sistema constrói. E a não ser que nós derrubemos essa muralha, não vai funcionar”, disse.

Para o economista, a pandemia traz uma oportunidade para que o sistema econômico tradicional mude e se amplie para os mais pobres.

“Não queremos voltar para o caminho suicida que [o sistema econômico tradicional] estava nos levando. Queremos sair desse trem e encontrar outro, para irmos em uma direção diferente. Para acharmos novos destinos, precisamos construir novas estradas e a pandemia nos dá essa oportunidade”, afirmou.

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VITÓRIA

Alagoano que fez transplante pulmonar inédito recebe alta hospitalar José Hipólito passou 257 dias internado após contrair forma grave da covid-19 que lhe tirou a chance de recuperação dos órgãos TAMARA ALBUQUERQUE tamarajornalista@gmail.com

O

empresário José Hipólito Correia Costa, de 61 anos, é um sobrevivente da covid-19 grave, doença que já fez famílias sepultarem mais de 520 mil vítimas no Brasil.

Esta semana, após 257 dias de internação o engenheiro agrônomo, que nasceu em Taquarana mas foi criado em Arapiraca, recebeu alta hospitalar. Os filhos anunciaram nas redes sociais o milagre que o trouxe de volta ao lar depois de ter os pulmões destruídos pela doença que provocou uma fibrose irreversível.

Hipólito foi submetido a vários procedimentos para ter a vida preservada, como a Acmo (Membrana de Oxigenação Extracorpórea), uma espécie de pulmão artificial para fazer a oxigenação do sangue fora do corpo.

Foi insuficiente. Surgiu, então, a possibilidade de um transplante no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Foi preciso aguardar um parecer do Ministério da Saúde sobre as questões éticas a respeito da posição do paciente na fila do transplante porque havia, na ocasião, pelo menos cem pacien-

tes à espera de um pulmão.

No Albert Einstein, a fila era de 35 pessoas.

A favor do empresário havia o fato de que ele era muito saudável antes da covid (caminhava 15 km diariamente na orla de Maceió) e, mesmo com a doença, seus outros órgãos estavam preservados.

A situação foi discutida na Câmara Técnica de Transplante de Pulmão, ligada ao ministério, que autorizou a cirurgia.

Como apresentava boas condições físicas, sempre foi um homem ativo e sem comorbidades, Hipólito recebeu a prioridade para fazer o transplante, que foi realizado com sucesso no dia 14 de fevereiro.

No mundo, foram documentados apenas 50 procedimentos desta natureza desde o início da pandemia, em 2020. No Brasil, outro paciente havia sido submetido à cirurgia, mas não resistiu. Desta forma, José Hipólito é considerado o primeiro brasileiro a receber um transplante bemsucedido após um quadro grave de covid-19.

Os médicos anunciaram que a cirurgia levou dez horas, sob a liderança do cirurgião torácico Marcos Samano. O alagoano precisou

Hipólito ao lado dos filhos após cirurgia de sucesso

ser conectado a uma segunda máquina para respirar artificialmente durante o procedimento. “Se não tivesse ocorrido o transplante, certamente o paciente já teria morrido”, disse o cirurgião.

Esta semana a filha do empresário, Alice Costa, postou: “Belíssima tarde a todos. Hoje, é com imenso prazer que venho fazer esse boletim para comunicar que meu pai depois de 257 dias de internação teve alta!

Agora vamos trabalhar de ‘casa’ para ele reabilitar melhor a parte motora. Foi uma guerra imensa, mas já ganhamos muitas batalhas nela! Hoje é dia de vitória, alegria de celebrar a força que ele tem, a vontade de viver, a dedicação da nossa família, a dedicação da equipe hospitalar, dos médicos e do milagre da nossa vida! Viva!”

O irmão do empresário, Luiz Carlos Costa, informou ao EXTRA que ele deve permanecer em São Paulo por mais três meses, antes de retornar a Alagoas. “Ele vai passar esse período por lá para fazer a recuperação motora e, se Deus quiser, depois disso retornar sadio para casa”, disse. Luiz Costa conta que o irmão está bem, animado, conversa e respira sem esforço.

No Brasil, o procedimento que permitiu a sobrevivência de José Hipólito é realizado pelo SUS nos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e no Paraná.

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NATUREZA

Grupo planta árvores nas calçadas de Maceió Taxa mínima cobrada é apenas para recortar o cimento e deixar a estrutura protegida MARIA SALÉSIA

sallesiaramos18@gmail.com

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le não é o Tistu, o menino do Dedo Verde, que basta um toque de seu polegar para que surjam plantas e flores onde quer que ele encoste, mas o projeto Árvore Caiçara tem mudado o visual de muitas calçadas de Maceió e enchido de alegria as pessoas que aderiram. Em menos de um ano de existência, já foram plantadas 331 árvores de raízes pivotantes, que crescem para baixo, sem danificar a calçada.

Segundo o idealizador, Mário Marcos Moreira Braga, o foco do projeto é arborizar a cidade, as calçadas das casas.

Quem chegou para agregar ao projeto foi o educador físico Ezequiel Muller, o Xuxa. Segundo ele, são muitas as possibilidades de espécies, mas na hora de fazer o plantio opta por nativas pivotantes. “Aderi porque amo me

conectar com plantas. Já cuidava por três anos das plantas da Praça Lions, Pajuçara, e quando me mudei para perto do Vera Arruda (corredor) parei de cuidar de plantas em espaços públicos e cuidava apenas das minhas dentro de casa. Foi aí que conheci o Mário e decidi voltar à atividade nesse projeto”, justificou.

Muller acrescentou que dependendo do local, as árvores podem ser de pequeno, médio ou grande porte.

As mudas são adquiridas em viveiros ou em menor proporção feitas por eles.

“A ideia surgiu do Mário.

Acho importante que existam pessoas que animem ambientes de conscientização. É isso que fazemos.

Mais do que plantar árvores, plantamos consciência. Consciência em nós mesmos e, por consequência, nos outros. A energia emana”, filosofou.

De acordo com o administrador Mário Braga, as mudas são nativas da

Mário Moreira comemora a centésima árore plantada em dezembro do ano passado

Mata Atlântica e um fator importante é que o solicitante basta passar o endereço e a equipe faz uma avaliação via Google Maps para saber a situação da calçada, se há fios passando, quantas árvores podem ser plantadas. A vantagem é que o trabalho é realizado pela equipe e, como a iniciativa é sem fins lucrativos, é cobrada taxa mínima apenas para recortar o cimento e deixar a estrutura protegida.

O projeto também promove mutirões para o plantio de mudas. Porém, no período chuvoso a atividade foi suspensa porque a chuva já cuida de regar.

Braga aconselha que o certo é plantar a árvore no início da estação para que pegue o máximo de chuva e se desenvolva para enfrentar o verão. Agora, o foco está nas calçadas das residências.

Mário relembra que, quando criança, a rua em que morava era repleta de árvores e à medida que os anos foram passando as pessoas as arrancavam com argumentos de que sujava a calçada, outros que danifica e aos poucos o verde foi sumindo, dando lugar ao concreto. Daí, surgiu a ideia do projeto.

“Hoje minha filosofia é que planto uma árvore na casa

da pessoa e com isso estou sensibilizando a ficar perto do verde e, ao cuidar de sua árvore, a pessoa se apega, se reconecta com a natureza”, afirmou.

O projeto segue, mesmo com a pandemia. Ficou interessado em ter uma árvore na calçada para chamar de sua. Basta manter contato via direct https://instagram. com/arvorecaicara?utm_ medium=copy_link ou por WhatsApp (82) 991034430 e agende sua árvore. Ela vai lhe oferecer sombra, ar fresco, o canto dos pássaros, flores, borboletas e uma infinidade de benefícios.

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RECONHECIMENTO

Teotônio Vilela recebe visita do ministro da Saúde Queiroga parabenizou a gestão e falou do diferencial em Atenção Primária do município

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cidade de Teotônio Vilela continua sendo modelo para o Brasil. Na semana passada, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esteve no município. Após ter alcançado o melhor indicador na Atenção Primária em Saúde de Alagoas e a quarta do país, Teotônio Vilela foi elogiada pelo ministro que conheceu no município desde a estrutura da Atenção Básica às estratégias e ações que fazem com que o município se destaque no cenário nacional.

O ministro foi recepcionado pelo prefeito Peu Pereira e pela secretária de Saúde Izabelle Pereira, em evento que aconteceu na tarde de quinta-feira (1°).

Para a secretária Izabelle Pereira, o momento foi ímpar e de reconhecimento ao trabalho que vem sendo realizado na região.

“A última vez que um ministro de Saúde veio a Teotônio Vilela foi no ano de 2002, em virtude do maior índice de mortalidade infantil da América Latina. Hoje, o senhor ministro vem para comemorar conosco um dos melhores índices de indicadores da Atenção Básica do país”.

Ainda segundo ela, a saúde continuará avançando com todos os planejamentos, monitoramentos a ampliação da oferta de uma saúde com ainda mais qualidade.

De perto, Queiroga conheceu a logística e o Ponto de Vacinação Central (drive thru) que viabiliza o processo de vacinação contra covid-19 na cidade. Também foi até a Unidade Básica de Saúde – UBS 06 conhecer a estrutura moderna e o funcionamento do local, que é o padrão para o município.

Junto ao prefeito Peu Pereira, o ministro afixou a placa de Reconhecimento de Atenção Primária à Saúde de Qualidade como porta de entrada do SUS. Todas as unidades receberão a

homenagem em reconhecimento ao trabalho dos profissionais.

“Vindo e visitando cada unidade, fica fácil entender o motivo pelo qual Teotônio Vilela foi premiado com relação à qualidade na Atenção Primária em Saúde”, afirmou o ministro Queiroga.

O espaço Vida – Jêniffa Jânia de Lira Santos, referência em Alagoas no atendimento humanizado de gestantes, bebês e puérperas, também foi visitado e elogiado pelo ministro. O local foi idealizado pela secretária de Saúde e dispõe de uma equipe específica, integrada e multiprofissional que proporciona um ambiente humanizado com cuidados especiais, contando com assistência qualificada para o binômio mãe-bebê em consonância com a Atenção Básica.

Marcelo Queiroga foi também ao Centro Especializado em Reabilitação – CER Jailson Barbosa Lins, o maior de Alagoas.

Recentemente inaugurado, ele é uma unidade voltada para o atendimento especializado de pessoas com deficiência que necessitam de reabilitação, com o objetivo de desenvolver seu potencial físico e intelectual.

“Estou voltando para Brasília encantado e levando as demandas dos vilelenses para que possamos habilitar e fortalecer, melhorando ainda mais a assistência em saúde do município de Teotônio Vilela”, afirmou Queiroga.

Também estiveram na cidade durante a visita do ministro diversas autoridades e lideranças, entre elas o ex-prefeito de Teotônio Vilela e superintendente da Codevasf, Joãozinho Pereira, o prefeito da Barra de São Miguel, Benedito de Lira, a ex-prefeita de Campo Alegre, Pauline Pereira, secretários e vereadores.

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RESGATE CULTURAL

Arquiteta cria projeto de restauração da cidade de Penedo voltado ao cinema

Jacqueline teve traba-lho de TCC premiado em vários concursos

Jacqueline Antunes é a primeira alagoana a ter trabalho aprovado no Congresso Mundial de Arquitetos MARIA SALESIA

sallesiaremos18@gmail.com

C

omo disse Francisco Sales em seu livro “Arruando para o Forte”, arruar pelo Penedo é um exercício de perdas e ganhos.

Perdas de calorias; ganhos em poder enxergar a cida-

de que se esconde por ruas e ladeiras em um cenário colonial, com sua exuberância. É poder vê-la se erguer dos escombros para desafiar o presente. E foi para fazer renascer parte de uma história que se perdeu no tempo que a arquiteta alagoana Jacqueline Antunes criou

o projeto de restauração da cidade do Penedo voltado ao cinema. O trabalho pretende resgatar a vocação do Penedo para exibição e produção de filmes, com o intuito de que a cidade volte a sediar os glamorosos festivais de cinema brasileiro que aconteciam na década de 70. Além de reunir

artistas e amantes da sétima arte, a meta é que tenha capacidade de produção local, ao oferecer uma educação cinematográfica que impulsione a criação regional.

De acordo com a arquiteta, as áreas de intervenção estão localizadas em três pontos de um recorte de estudo, dentro do centro histórico, de forma a criar um circuito, interligado pelos modais propostos: um bonde elétrico, fazendo referência

ao antigo e tradicional bonde penedense que encantava ao trilhar pelas ruas estreitas da cidade. Prova disso é que na ocasião em que fez o passeio, o escritor Jorge Amado retribuiu o encanto escrevendo sem economizar tinta: “Delícia das delícias em matéria de transporte urbano”. Outra proposta é a criação de uma ciclovia, de forma a organizar o fluxo de um modal já bastante utilizado na região.

Além do que, o novo desenho dos espaços valoriza principalmente o pedestre, incentivando-o a arruar pela cidade e descobrir cada peculiaridade do lugar.

Assim, a área de intervenção 01 contempla o restauro do cine Penedo, com arquitetura em estilo art déco, datado em 1956. O redesenho da Praça Marechal Deodoro, importante equipamento urbano, possibilita a criação de novos espaços públicos favoráveis a expressão da cultura e da arte. A criação de um pocket park, faz com que o espaço público invada um lote atualmente vazio e conceda a possibilidade de exibições de filmes ao ar livre. E, por último, um casarão colonial abandonado, recebe uma galeria com o acervo disponível relacionado ao cine Penedo.

A intervenção na área 02 busca aproximar o cinema à realidade dos impactos ambientais que vem sofrendo o Rio São Francisco, com o intuito de que a cidade se volte para o rio e desperte para a importância de preservá-lo.

Por meio de uma estrutura que invade o rio, o desenho convida o posicionamento e apropriação da balsa, transformando-a temporariamente em cinema itinerante em dias de festivais, levando a sétima arte até as demais cidades ribeirinhas.

A área de intervenção 03 acontece em um lote da orla da cidade, que revela as marcas de um antigo sobrado.

Atualmente, da construção

Inter vençõ propo tas p arqu

Intervenções propostas pela arquiteta

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histórica resta apenas a fachada térrea, composta por elementos da arquitetura colonial, a qual não aparenta receber os cuidados de conservação necessários. O projeto pretende oferecer uma estrutura que comporte parte do programa da escola de cinema da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Jacqueline Antunes disse que a escolha do tema se deu porque a arquitetura, enquanto elemento de composição da paisagem, assume um importante papel:

um meio de representatividade, um elemento fixador da passagem do tempo, além de ajudar na construção das relações de identidade, sensações de pertencimento e reconhecimento humano como parte de um determinado lugar. Nesse sentido, o trabalho de conclusão de curso, intitulado “Circuito de cinema do Penedo”, nasceu a partir de uma profunda investigação do patrimônio e foi movido por um imenso desejo de resgate da memória do povo penedense, por

meio da sua estreita ligação com a sétima arte.

A arquiteta afirmou que quando iniciou seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) não tinha noção que o tema tomaria tal proporção. Segundo ela, as premiações e concursos vieram como consequência do amor e dedicação com que ela e seu orientador, João Sodré, construíram esse circuito. E as conquistas foram muitas: vencedora do Prêmio Perret promovido pela FAAP-Faculdade Armando Alvares

Penteado, representante da FAAP no concurso Ópera Prima; trabalho nomeado no concurso internacional YTAA-Young Talent Architecture Award promovido pela fundação Mies Van Der Rohe; trabalho selecionado para o 7FIPA- Fórum Internacional de Patrimônio Arquitetônico Brasil / Portugal, chancelado pela UIA 2021 - União internacional de Arquitetos no Rio de Janeiro, cidade eleita capital mundial da arquitetura. A exposição será no IAB-RJ – Instituto dos arquitetos do Brasil e faz parte da programação do 27° Congresso Internacional de Arquitetos e, ainda, foi selecionada para o livro da 7FIPA Patrimônio arquitetônico Brasil-Portugal.

E quando questionada de ser tão jovem - ela tem 24 anos - e já ser aprovada no Congresso Mundial, apenas diz: “Me alegro pelo fato de a riqueza cultural alagoana ter sido reconhecida em âmbito internacional, levar o nome do Penedo sempre foi meu maior objetivo desde o início do trabalho de conclusão de curso”. Para em seguida dizer que a sensação de reconhecimento como parte de um lugar e a relação de identidade estabelecidas são fundamentais.

“As sociedades se mantêm, se constroem e reconstroem por meio da vivência de sua cultura e da constituição de seus referenciais.

Nesse sentido, a preservação do patrimônio, das tradições,

valores e costumes são indispensáveis quanto à perpetuação da memória”, afirma.

A arquiteta é natural de Maceió, mas a cidade de Penedo sempre a encantou pelo seu rico conjunto histórico e paisagístico. “A cidade guarda muito da identidade do nosso estado. As marcas dos colonizadores portugueses, holandeses e dos missionários franciscanos são refletidas nos estilos da sua arquitetura, que se revelam através de casarões, igrejas e conventos.

As obras vão desde o estilo colonial, passando pelo barroco, rococó, neoclássico, e exemplares de art nouveau do final do século XIX, até o modernismo. Essa riqueza e diversidade arquitetônica rendeu ao Penedo o tombamento em estância municipal, estadual e federal”, diz.

E como diz Ledo Ivo no prefácio do livro de Francisco Sales se referindo ao hotel dos Viajantes, “... onde estão as suas janelas abertas para que eu visse as águas do rio São Francisco, fluindo alagoanamente em busca do mar? Ele é, agora e para sempre, pó e silêncio, vento e inexistência”.

Mas na cidade que nasce, morre e ressurge, que seus encantos não se tornem nostalgia como uma sessão coruja. Se depender da jovem arquiteta Jacqueline Antunes, prepare a pipoca, que em breve é dia de cinema.

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SAÚDE MENTAL

n arnaldosanttos.psicologo@gmail.com

Características

A perversão na fala-brincadeira

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urante o mês de junho me dei ao trabalho, por algumas horas, de escutar os depoimentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) referente à pandemia do Senado Federal. A CPI tem o objetivo de descobrir se houve omissão ou participação direta no caos que o País está vivendo na pandemia da covid-19, em que já morreram mais de 528 mil brasileiros.

Ouvi atentamente os depoimentos e fiquei estarrecido com o que vi, tamanha é a frieza, insensibilidade, desprezo e desrespeito por outras pessoas, por uma comunidade, uma cidade, um estado e o País, enfim.

Vou fazer aqui um breve paralelo dos comportamentos observados, mesmo que superficialmente, e um nexo do que eles representam à luz da psicologia, psicanálise e psiquiatria, enfocando no que seja perversão ou psicopatia.

Embora psicopata seja um termo que a mídia mais utiliza para caracterizar um criminoso cruel (de natureza violenta e agressiva), nem sempre o terno tem esse aspecto. A violência, muitas vezes, é de natureza sutil e indolor.

O perverso ou psicopata tem características bastante sutis, no sentido mais amplo da palavra para praticar crimes, também sutis, mas que têm consequências nefastas a uma população, como é o caso da omissão (deliberativa?) sobre a compra de vacinas pelo governo federal.

No termo psicopatia, psykhé significa mente e pathós sofrimento. Portanto, o termo usualmente utilizado pela mídia e no meio coloquial é inadequado. Por que?

Quem tem o agravo já diagnosticado, pode ser “carimbado” de ter o Transtorno de Personalidade Antissocial, denominado também de psicopatia, sociopatia, transtorno de caráter, transtorno sociopático ou transtorno dissocial. Vou apenas chamar de perverso ou de perversão.

Ganho

O psicopata, antissocial ou perverso não sofre quando pratica um ato criminoso, pelo contrário, quem sofre são as pessoas que estão ao seu lado e são suas vítimas. Assim, o melhor termo seria perverso, psicanaliticamente falando. Ou seja, o perverso tem satisfação ou gozo (como diria Lacan) por aquilo que ele faz, geralmente, manipulando pessoas a seu bel prazer para ter um ganho material, social ou sexual.

Muitas são as características do perverso. Geralmente ele é um indivíduo que não se adapta à sociedade e sente a necessidade de ser diferente. Seu ego está sempre cheio devido às manipulações exitosas que conseguem no decorrer da vida. É um sujeito considerado sem caráter, delinquente, mas não explicitamente. Ele é sutil, frio e calculista. Um exemplo claro é aquele que pratica crimes (geralmente são muitos ao mesmo tempo) de colarinho branco, em que a “perspicácia” e a “sutileza” os fazem crer que jamais serão descobertos pelos crimes praticados.

Origem

Psicanaliticamente falando, o perverso não elaborou bem a castração (termo utilizado como sendo a lei para impor limites) e por isso tem a fantasia (e a pratica com comportamentos e falas) expressa no fazer e no falar exatamente o que quer e deseja, em todos os aspectos, inclusive sexual.

Ou seja, o perverso, quando criança, não desenvolveu o medo da castração: no caso do menino, o medo que o pai lhe ampute o pênis, e, no caso da menina, medo em já ter seu pênis amputado pela mãe.

A psicopatia ou perversão inicia-se, ainda, na fase pós edipiana (Complexo de Édipo), como expressa Freud ou na pré-adolescência, afetando diretamente a personalidade, tendo consequências nefastas ao indivíduo durante a fase adulta e também a quem convive com ele.

Características

Algumas das principais características são a frieza, a manipulação e a falta de remorso. Esses comportamentos são “apresentados” nas falas, muitas vezes, como algo até de sarcástico denegrindo a outra pessoa.

MANIPULAÇÃO A ditadura usava opressão, hoje se usa manipulação. (Luan da Silva Leal) Diversos depoimentos da CPI apresentaram esse comportamento chegando, inclusive, a mostrar nas falas algo como uma “simples” brincadeira, ou seja, sem nenhum senso de humanidade, de sensibilidade. O que se pode deduzir, superficialmente, que pode existir, também uma espécie de má formação de caráter, de moralidade.

Brincadeira?

Enfim, o que pude observar é que, em muitos depoimentos, a fala era de indivíduos, sim, com Transtorno da Personalidade Antissocial, Transtorno de Personalidade Dissocial, de psicopatia ou de perversão, tamanha foram as falas de insensibilidade, frieza e manipulação ali apresentados.

E o pior, de uma forma sutil e em tom de “brincadeira” e desprezo pelos outros, pelo sofrimento dos outros, enfim. Lembrando que foram apenas observações superficiais.

Prudência

Assim, é prudente buscar ajuda de um psicólogo caso esteja sofrendo por causa de manipulação, muitas vezes sutil e até desconhecida (pela própria pessoa), já nos primeiros sinais dos incômodos. É preciso observar, com mais cuidado, as falas de “brincadeira” em que o tom é denegrir ou fazer a pessoa sofrer ou ser menosprezada.

Arnaldo Santtos é Psicólogo Clínico - CRP-15/4.132.

Celular: (82) 9.9351-5851 Consultório: Rua José de Alencar, 129, Farol (Atrás da Casa da Indústria), Maceió-Alagoas.

Atendimento também online, autorizado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP).

Email: arnaldosanttos.psicologo@gmail.com arnaldosanttos@gmail.com Facebook: Arnaldo Santtos Instagram: @arnaldosantttos

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PEDRO OLIVEIRA

n pedrojornalista@uol.com.br

O governo está podre

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governo do presidente Jair Bolsonaro, mesmo diante das graves denúncias de corrupção no Ministério da Saúde, possivelmente não sofrerá nenhum processo de impeachment, uma vez que o presidente da Câmara, o seu aliado Arthur Lira, não pautará a matéria para ser votada, além do que não existe o clamor das ruas em tamanho suficiente para forçar a ser votado o impedimento.

Não se tem dúvidas de motivações suficientes para botar o Jair e sua tropa pra fora do Palácio do Planalto por diversos crimes cometidos, a começar pela morte de mais de 500 mil brasileiros, por seu negacionismo e até deboche da situação gravíssima que a pandemia provocou.

Os ataques sistemáticos do presidente às instituições, suas agressões a jornalistas, seu com-

portamento visivelmente desequilibrado já seriam motivos suficientes para afastá-lo.

Há sim, um envolvimento do presidente e sua família com diversos crimes, claramente evidenciados em atos praticados por seus filhos.

Não se poderia esperar outra coisa de um cidadão despreparado, tosco e com um passado nebuloso, eleito em uma circunstância de um antagonismo petista que o povo trocaria por qualquer coisa e trocou.

Teremos, no entanto, daqui por diante, um governo apodrecido e enfraquecido, sangrando até o seu final, sob o domínio da escória da política brasileira e só Deus sabe o que acontecerá daqui por diante, quando pode acontecer tudo, inclusive nada.

Aulas voltando

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, defendeu a volta às aulas presenciais nas escolas públicas em todo o País respeitando os protocolos decorrentes da crise sanitária. Ele foi cobrado por integrantes da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados sobre Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) do governo junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) questionando Lei 14.172/21, que destina R$ 3,5 bilhões para a conectividade nas escolas.

Sobre as providências para o retorno presencial, o ministro disse que além do protocolo sanitário, foram destinados recursos para a compra de insumos para as escolas e foram abertos cursos de capacitação online para professores.

Durante a audiência pública, a deputada Adriana Ventura (Novo -SP) reforçou a importância da volta às aulas, e citou a defasagem no aprendizado por conta da pandemia do coronavírus. “Acho sim que a gente tem que priorizar vacinação de professores, de toda a comunidade escolar, tem que ter protocolo de segurança para não colocar ninguém em risco, mas escola pública tem que estar aberta, porque é só através da escola pública que a gente dá igualdade de oportunidades, principalmente para os mais pobres”, argumentou.

Internet nas escolas

O ministro Milton Ribeiro negou que seja contra a conectividade das escolas, mas concordou com a ação junto ao STF por temer que, para cumprir a lei, precisasse retirar recursos de outras políticas públicas. “Em termos gerais, a Adin discute a ofensa a princípios orçamentários, em especial por não observar o teto de gastos, que pode interferir na estruturação e custeio de outras ações governamentais”, justificou.

Presidente da Comissão de Educação, a deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) reclamou do questionamento ao STF, já que, segundo ela, a aprovação da lei foi fruto de acordo com o governo. “A nossa preocupação é que o volume de recursos investidos é muito distante do necessário. Não é para entregar um computador, não é para entregar um chip, mas precisa vir com arcabouço pedagógico para que possa ter efeito na aprendizagem”, defendeu.

O ministro Milton Ribeiro informou que haverá investimentos de

R$ 320 milhões em conectividade em 2021. Ele acrescentou que existem R$ 5 bilhões do Salário-Educação que também podem ser utilizados por estados e municípios para esse fim.

Falta um nome

O governador Renan Filho deixará para a história a marca de uma das melhores gestões da história de Alagoas. Investiu pesado na Saúde, Educação e infraestrutura. Deixa uma rede hospitalar muitas vezes maior e mais eficiente do que encontrou, o mesmo acontecendo na educação.

Rasgou e duplicou estradas, dando aos alagoanos uma malha rodoviária de fazer inveja aos demais estados, melhorou a situação dos servidores e está sendo protagonista nacional em ações de combate à pandemia da covid.

Com essas credenciais teria tudo pra fazer o seu sucessor, sem dificuldade.

Porém no caminho aparece uma pedra, ou melhor, falta um nome. Segue o governador o mesmo caminho da velha política alagoana: ninguém foi preparado, lapidado e moldado para ser candidato e o governador chamar de seu. Mesmo cercado de bons nomes,

auxiliares competentes e políticos hábeis, até agora nenhum conseguiu musculatura suficiente para encarar uma eleição majoritária, mesmo passados mais de seis anos de “treinamentos”, o bastante para entrar em campo a ganhar a partida.

O abandono da sa animal

cau-

Gostaria de saber quando nossos gestores (Estado e municípios) irão se sensibilizar com o grave problema que enfrenta a causa animal. Esta semana fomos expostos ao escândalo nacional, quando o programa Fantástico (Rede Globo) mostrou uma clínica veterinária em Maceió na qual prevaleciam os maus tratos e até torturas de animais.

Não vi uma nota sequer de algum órgão público dando conta das medidas tomadas ou explicando à população detalhes do acontecimento criminoso.

Impressiona a quantidade de cães e gatos abandonados nas ruas e praças de Maceió, famintos e doentes, alguns cuidados e alimentados por moradores de rua e pessoas da causa animal.

Para se ter um exemplo, somos uma das poucas capitais a não possuir um hospital veterinário mantido pelo poder público, que tem obrigação de cuidar.

JHC na cabeça

Embora nem queira falar sobre o assunto, o prefeito de Maceió aparece em todas as pesquisas como o nome mais apontado para a eleição de governador que ocorre no próximo ano. O alcaide é bom de voto, tem jogo de cintura e é aprovadíssimo em sua gestão, mas teme deixar o mandato pela metade, sabendo que pode prejudicá-lo eleitoralmente e ainda correndo um

PÍLULAS DO PEDRO O prefeito JHC dorme tarde e acorda cedo para dar conta das demandas da administração e comandar pessoalmente duas campanhas de saúde: Covid e Influenza, com pontos de vacinação por toda a cidade.

Na CPI da Pandemia ninguém se entende e isso é péssimo. Pode levar para a grande pizza.

A Família Bolsonaro está mais enrolada que novelo de linha. Onde passa deixa o rastro de suspeitas.

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Três anos depois

ELIAS FRAGOSO n Economista

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á três anos, o atual ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, general de reserva do Exército, cantarolou alegremente uma paródia sobre o Centrão numa convenção do então PSL bolsonarista: “Se gritar pega Centrão, não fica um meu irmão...”, para deleite dos presentes e esperança dos brasileiros que iriam votar em Bolsonaro achando que o cara era a “mudança” tão almejada pela Nação.

O general se referia ao bando

“centrista” que, sem ser eleito, se apossou de todos os governos desde a “redemocratização” do país em 1985. Especialmente nos ladravazes governos petistas onde roubaram maximamente todos os recursos públicos que lhes veio à frente.

Indagado recentemente sobre a frase cantarolada há três anos, o ministro Heleno diz que o Centrão não existe (sic!) e que ele “não tinha mais a mesma opinião” (sobre o grupo ladravaz). E completou, “Isso (o grupo) foi muito modificado ao longo do tempo”. O ministro já havia chamado de “brincadeira” (em 2018) sua cantoria na convenção. Uma sinalização significativa – sabendo-se de sua proximidade de Bolsonaro – para a aliança que viria a ser concretizada em 2020 com a mesmíssima banda podre do Centrão-ladrão de sempre.

Bolsonaro sabe que terá que responder pelo mais de meio milhão de mortes na pandemia, pelo maior desemprego que o Brasil já teve, pelas ameaças recorrentes à nossa democracia, pela roubalheira que começa a ser desvendada (e não apenas na

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área da saúde), pela destruição sistemática da Amazônia, Cerrado e outros biomas que nos colocam como párias no mundo, pela tentativa de criação de milícias nos moldes chavista e hitleriano, pela apropriação de órgãos de governo em benefício próprio, por prevaricações várias e dezenas de crimes diversos.

Trazer o Centrão-ladrão para o governo foi a forma encontrada (após ver frustradas suas tentativas de golpe, pelas quais também responderá) para tentar se garantir na presidência e evitar ser preso. Tudo o que os especialistas em achaques queriam. Voltam à ribalta política todas as excrescências políticas deste país para roubar impunemente como sempre fizeram. É triste ver que o que em 2018 parecia ser uma alternativa para dar um basta na bandalha que tomou conta deste país nos últimos 35 anos de “redemocratização”, se tornou um fardo ainda maior – pelo perigo que um psicopata golpista à frente do governo representa –

para a Nação, que precisa, urgentemente, defenestrá-lo do cargo, sob pena de continuarmos a correr riscos desnecessários à nossa liberdade.

E mais importante ainda, é preciso excluir Bolsonaro da corrida presidencial. Somente assim o país terá alguma chance de viabilizar uma candidatura de centro direita para fazer frente – e vencer – ao candidato petista, arauto da maior corrupção jamais havida neste país em tempo algum, um cidadão condenado em terceira instância, mas liberado estranhamente pelo Supremo (ou minimum?) para concorrer à Presidência da república.

Três anos depois, o país novamente enfrenta a sua hora da verdade: ou elege um corrupto condenado, ou reelege um incompetente golpista cujo governo agora se sabe está envolvido nas mesmas falcatruas dos anteriores, ou parte de uma vez para escolha de uma opção liberal competente e decente capaz de rearrumar a bandalha em que a Nação está metida.

E mais importante ainda, é preciso excluir Bolsonaro da corrida presidencial.

Somente assim o país terá alguma chance de viabilizar uma candidatura de centro direita para fazer frente – e vencer – ao candidato petista, arauto da maior corrupção jamais havida neste país em tempo algum.

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Brasil de ontem e de hoje

ALARI ROMARIZ TORRES

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n Aposentada da Assembleia Legislativa

into imensa tristeza em falar do Brasil da época de 50, 60 e da atualidade.

Em matéria de educação sentíamos mais segurança no passado.

Os grupos escolares funcionavam muito bem. As professoras eram bem treinadas e havia na Secretaria de Educação uma equipe de técnicos que fiscalizava as escolas públicas. Saíamos do primário capacitados para o Exame de Admissão, que nos levava ao ginásio.

Daí, então, os meninos iam para o Liceu Alagoano e as meninas para o Instituto de Educação.

Havia outras escolas voltadas para o ensino técnico.

Chegando ao fim do científico – curso médio – os alunos prestavam

O Sol gentil

CLÁUDIO VIEIRA

n Advogado e escritor

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á dias em que meu sono se esgota cedo. Gosto então de quedar-me na varanda de casa e conceder-me o deleite de apreciar o Sol nascendo no horizonte Leste. Nessas ocasiões, dedico-me a fotografá-lo. Sempre que essas coisas acontecem, vem-me à mente o Carmen Saeculare, poema escrito por Horácio, na Roma Anti-

vestibular para ingresso num curso superior, sem a necessidade de frequentar “cursinhos”. As faculdades eram poucas, mas muito boas.

Hoje, o ensino público caiu muito; as faculdades estão invadidas por ideologias políticas que as manipulam.

Já o ensino particular se multiplicou, todo colégio vira faculdade e há cursos, como o de Medicina, que chegam a custar de sete a dez mil reais por mês.

Na saúde, o progresso tecnológico foi grande, mas aquele médico de família que ia à sua casa quando necessário, não mais existe. Nesse tempo de covid para um médico visitar o paciente, deve custar de quinhentos a mil reais.

Antigamente, a medicina era mais humana, os médicos eram conhecidos, a opinião e a figura do clínico era bem forte. Hoje existem várias especialidades; você vai a um médico que o manda para outro e o outro para outro...

O Sistema Único de Saúde funciona bem em alguns lugares; em outros o paciente para ser bem atendido procura ser amigo de alguém para facilitar sua vida nos trâmites da saúde pública. Ouço na mídia os comentários a respeito da falta de medicamentos e mão-de-obra espe-

ga, que vê o Sol como uma carruagem brilhante que surge em todas as manhãs, invariavelmente, e despede-se do dia ao final da tarde para, incansável, retornar trazendo-nos sua luz estelar a todo e qualquer lugar do mundo. Pergunto-me, sempre, nesses momentos contemplativos, que importa, diante de tamanha grandeza, a arrogância de Bolsonaro e sua trupe de políticos profissionais, ignorantes da sabedoria do povo latino que, na antiguidade clássica, ou seja, há mais de dois mil anos, já apregoava que, como o sopro do vento, assim passa a glória do mundo?

Diante da grandeza da nossa estrela, que nos traz a ofuscante luz igual à carruagem brilhante do poeta latino, que importam esses vândalos bolsonaristas, as mentes curtas voltadas apenas ao ludibrio do povo brasileiro, seus discursos vazios, suas ações maldosas negando ao povo, pelo mau exemplo,

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cializada na área.

O serviço público federal, estadual e municipal deixa muito a desejar. Os gestores não valorizam os servidores e toda economia do governo passa sempre pelos cortes nos salários dos funcionários.

Lembro-me que meu pai treinava os amigos que tentavam fazer concursos para o serviço público.

Ele estudava, ensinava e nada cobrava. Nos dias de hoje os candidatos pagam fortunas a cursos particulares, pois a concorrência é muito grande, sendo necessário “fechar” a prova na disputa da cobiçada vaga.

Os políticos na década de 50, 60, 70 não usavam o dinheiro público indevidamente. Levavam a sério a aplicação das verbas, desde o presidente da República, os governadores, parlamentares e demais gestores. Não ouvíamos falar de “Mensalão”, “Lava Jato”, “Petrolão” e outros escândalos. Tivemos bons exemplos de políticos probos.

No momento atual, os homens públicos brigam pelo poder e pelo dinheiro. O perdedor numa eleição luta para derrubar os que foram eleitos pelo povo. A esquerda e a direita se engalfinham publicamente e todos caem na desconfiança do eleitor. A Justiça protege um, condena outro, sempre agindo politica-

além da vacinação contra a covid, as orientações mais básicas, como os cuidados pessoais de proteção: as usuais máscaras e o evitar aglomerações?

Não sou adepto de CPIs. Vejo-as apenas como exibição circense, assim mesmo mal orquestrada. Não sou fã de nenhum daqueles supostos próceres políticos, que atuam em coisa tão séria como a busca da verdade como se fossem torcedores de um jogo de futebol. A atual CPI da Pandemia não é diferente das outras, mas a despeito do uso impróprio da nobre função política, deixou claro, nas últimas sessões, a existência, no alto escalão da República, de corrupção, prevaricação, ou tentativas desses e de outros crimes na aquisição das vacinas.

O triste de tudo é que senadores se esgoelam para aparecer nos discursos e nas fotos, ao invés de buscarem a fundo as provas,

mente.

Vivemos hoje numa insegurança total: assaltos, escândalos, prisões desnecessárias, golpes. Não podemos sair de casa, com medo.

Os jovens têm liberdade excessiva e não sabem aproveitar. As drogas tomam conta de colégios e faculdades. A bebida, vendida legalmente, acaba com a vida de moças e rapazes.

Para completar o caos dos tempos modernos, apareceu um vírus matando milhares de pessoas e modificando totalmente a vida no mundo inteiro: escolas não funcionam, pessoas trabalham de casa, o comércio abre e fecha, alguns médicos atendem on-line. Os alunos de classe média estudam em seus tablets e os pobres não estudam.

Não podemos ir ao cemitério enterrar nossos mortos. Não vamos aos hospitais acompanhar nossos doentes.

O que mais fez falta a nós, pobres mortais, foi não poder abraçar nossos entes queridos e amigos.

Medo de tudo, até de um leve toque no ombro.

Juro, leitores, que era muito mais fácil viver na década de 50, quando possuíamos liberdade vigiada.

Voltemos ao passado!

ou indícios, de crimes contra a população brasileira. Deleitamse na arguição de minúcias tolas para defenderem a posição do seu líder, o ocupante transitório da curul presidencial. Ao par disso, aficcionados pelo senhor Bolsonaro, a ele afeiçoados, utilizam-se dos canais de mídia social para achincalhar os indícios graves de que algo de muito podre há no porão dos palácios governamentais. E não falo apenas dos palácios do presidente, mas também de governos estaduais, de prefeituras, e entornos.

Que o gentil Sol, que traz a clareza do dia, exponha ao povo os subterrâneos e as sombras da política, e que possamos, os eleitores sadios, enviar os seus habitantes medonhos para o ostracismo, donde jamais deveriam ter saído.

Os políticos na década de 50, 60, 70 não usavam o dinheiro público indevidamente.

Levavam a sério a aplicação das verbas, desde o presidente da República, os governadores, parlamentares e demais gestores. Não ouvíamos falar de “Mensalão”, “Lava Jato”, “Petrolão” e outros escândalos.

A atual CPI da Pandemia não é diferente das outras, mas a despeito do uso impróprio da nobre função política, deixou claro, nas últimas sessões, a existência, no alto escalão da República, de corrupção, prevaricação, ou tentativas desses e de outros crimes na aquisição das vacinas.

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Bolsonaro, espécie em extinção

JORGE OLIVEIRA

n Jornalista, cineasta e escritor

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afina, Grécia - O corrupto e insano capitão Bolsonaro é uma dessas espécies em extinção. Com o seu desaparecimento vão-se a irracionalidade, a brutalidade, a grosseria, a selvageria e a aptidão manifesta pela tortura. Dessa espécie não se espera nada, absolutamente nada: bondade, humanidade, civilidade, gratidão, fraternidade, carinho, solidariedade, amor, paz e harmonia. Veio à terra para desar-

monizar com seus atos bestiais e animalescos. É uma espécie predadora, que vive à espreita esperando para devorar suas vítimas indefesas, como vem fazendo com a população brasileira que morre aos milhares enquanto ele se regozija da sua estatística macabra, dos seus números fatídicos.

Lembro que durante a campanha denominei o genocida de “O Exterminador do Futuro”.

Na mesma época em que milhares de pessoas iam às ruas para gritar efusivamente pelo “mito”, o messias que chegava para enterrar o resto da petezada que conseguiu sobreviver fora da cadeia, a quem cabe a responsabilidade pela ascensão do troglodita a paisano. Sérgio Moro, o juiz, fazia coro com os adeptos do genocida, os procuradores da Lava Jato, que se prestavam ao papel de fazer renascer no Brasil, depois dos camisas verdes do Plínio Salgado, o fascismo com nova roupagem, a da toga.

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MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JULHO DE 2021

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Vivíamos em um mundo da irracionalidade quando os eleitores, revoltados com a bandalheira do PT, optaram pelo radicalismo. E entre Fernando Haddad, Ciro Gomes, Marina Silva, Geraldo Alckmin e outros optaram pelo pior, como se vivêssemos em uma terra arrasada e precisássemos urgentemente de um Sansão que derrubasse os pilares da corrupção do palácio para remontá-los com a estrutura da esperança.

Ora, esse capitão trombadinha, aliado dos milicianos cariocas, achacador do dinheiro dos comissionados de gabinetes, nunca enganou a ninguém.

Quando esteve quase trinta anos na Câmara dos Deputados como um obscuro parlamentar, representando os interesses dos militares, dizia-se um admirador confesso da tortura.

Então, o que se pode esperar de um tirano desse que reza na cartilha dos verdugos atormentados? Nada, ou melhor, tudo que não presta. Hoje, feliz-

mente, as estatísticas mostram que parte de seus eleitores, os antipetistas que enxergavam nele a luz da salvação, correm da sua companhia como o diabo da cruz. E o genocida despenca nas pesquisas, procura uma boia para respirar, pois os brasileiros acordam para reparar o grave erro de ter eleito um louco, um sociopata, descrito nos dicionários como um demente, adoidado, alienado, alucinado, amalucado, anormal, apalermado, aparvalhado, desassisado, desatinado, desiquilibrado, desvairado para governá-los.

Mas nos conforma saber que esses déspotas estão em extinção no mundo. Serão lembrados como seres desprezíveis, aqueles da mesma linhagem de Hitler, Mussolini & Companhia, e de tantos outros tiranos que vieram ao mundo para deixar a marca do seu ódio contra a humanidade. Mas dói saber que essa espécie brasileira, infelizmente, não acaba agora, ela procriou...

Quando esteve quase trinta anos na Câmara dos Deputados como um obscuro parlamentar, representando os interesses dos militares, dizia-se um admirador confesso da tortura. Então, o que se pode esperar de um tirano desse que reza na cartilha dos verdugos atormentados?

Nada, ou melhor, tudo que não presta.

MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JULHO DE 2021

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EDUCAÇÃO

SECRETÁRIO RAFAEL BRITO DÁ DETALHES SOBRE NOVO CONCURSO PÚBLICO Serão ofertadas vagas em todas as áreas e salários iniciais são de R$ 2.433,95

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oi publicado na última quarta-feira, 7, o edital do concurso da Secretaria de Educação de Alagoas, com a oferta de 3.000 vagas em cargos de professor (diversas especialidades). Os salários iniciais são de R$ 2.433,95. A publicação com os detalhes do concurso foi feita no Diário Oficial do Estado, pela Secretaria do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag).

As inscrições estarão abertas a partir do dia 16 de julho e seguem até 20 de agosto, com taxa no valor de R$ 95, e as provas estão marcadas para o dia 17 de outubro. A seleção será gerida pela Cebraspe e as provas serão aplicadas nas cidades de Arapiraca e de Maceió.

“O edital faz parte do programa Mais Professor lançado pelo Governo de Alagoas e chega para suprir a carência em todo o nosso estado. São vagas em todas as áreas e é muito importante que se inscrevam e venham trabalhar com a gente”, enfatizou o secretário de Educação, Rafael Brito, ao anunciar o novo certame.

A modalidade aplicada será a clássica da banca Cebraspe, ou seja, de CERTO e ERRADO, onde uma errada ANULA uma respondida corretamente. Essa etapa terá 3h30 de duração e será realizada no turno da tarde.

As provas objetivas serão de conhecimentos gerais e específicos. A data prevista para a realização do concurso é 17 de outubro, com aplicação em Maceió e Arapiraca.

Os candidatos também devem preparar a documentação para a etapa da prova de títulos. Para concorrer, os candidatos devem ter o nível superior completo. Em alguns casos, é preciso ter licenciatura em Pedagogia, porém, na maior parte das vagas, o requisito é a formação na área.

Segundo Rafael Brito, ter profissionais qualificados e que amem o que fazem é o principal objetivo do concurso. “Uma das coisas que mais tocam a gente que faz educação é o amor e o carinho que o professor e o servidor da educação têm para com cada aluno da nossa rede e esperamos que estejam

prontos para isso”.

Entre as vagas ofertadas há 483 para a área de pedagogia, sendo 342 para a educação especial e 141 para indígenas que têm especialidade nos anos iniciais do ensino fundamental. O restante das vagas é para professor de 14 áreas de atuação.

Candidatos desempregados, com renda per capita da família igual ou inferior a meio salário mínimo nacional, doadores voluntários de sangue ou trabalhadores que recebam até um salário mínimo por mês poderão solicitar a isenção da taxa, no período das 10h do dia 16 até as 18h do dia 30 de julho.

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SAÚDE

Dor incapacitante é um dos indicativos cirúrgicos para a endometriose Santa Casa de Maceió já realizou mais de 300 procedimentos de retirada de focos da doença

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tratamento cirúrgico da endometriose profunda é indicado quando, mesmo com uso de medicação, a paciente não apresenta melhora dos sintomas, persistindo com dores incapacitantes que dificultam suas atividades diárias, como dor intensa durante o ato sexual, localização das lesões que podem comprometer outros órgãos, como iminência de obstrução intestinal e urinária, e, em casos de infertilidade, nos quais não se pode usar anticoncepcionais.

Hoje, Alagoas possui o Centro de Endometriose de Maceió (CEMA), um grupo multidisciplinar e multiprofissional especializado no tratamento da endometriose profunda, composto por ginecologistas, cirurgiões colorretais, urologistas e radiologistas especializados, aptos a discutir os casos complexos, realizando uma abordagem conjunta, visando a melhora da qualidade de vida das pacientes. “O CEMA nos deixa muito orgulhosos, pois ao conversarmos com colegas de outros estados do Nordeste e grandes centros do Sul e Sudeste, vemos o quanto estamos no mesmo patamar na assistência da endometriose”, destacou cirurgião oncológico Claudemiro Neto.

De acordo com a literatura médica, a via minimamente invasiva (videolapa-

roscopia e a robótica) é a melhor porta de entrada na abordagem da endometriose intestinal, há maior riqueza de detalhes, menos dor no pós-operatório, diminuição do risco de aderência intestinal no futuro, alta precoce, menor taxa de sangramento, retorno às atividades cotidianas mais rápido, com menor impacto em sua produção.

A recuperação da cirurgia dependerá da extensão da doença e o limiar de dor de cada paciente. No entanto, na maioria dos casos, em aproximadamente 15 dias, as pacientes estão aptas para retornar às suas atividades diárias. “Quando a paciente chega em nosso consultório, o primeiro estigma a ser quebrado é o da temida “bolsinha” (colostomia). É importante esclarecer que isso não é a regra, alguns estudos relatam complicações maiores e menores, em um risco variando entre 5% a 38% dos casos, respectivamente”, destacou o ginecologista Felipe Albuquerque.

Para o sucesso do procedimento, há a necessidade das pacientes estarem saudáveis e bem nutridas.

Na Santa Casa de Maceió é realizado um preparo nutricional pré-operatório para otimizar a cicatrização e o adequado funcionamento intestinal no pós-operatório.

Há três anos equipe da Santa Casa de Maceió auxilia mulheres em Alagoas

EQUIPE Formada pelos cirurgiões Felipe Albuquerque, Claudemiro Neto, Camilo Câmara e Tiago Cajueiro, a equipe da Santa Casa de Maceió começou a realizar cirurgias de endometriose profunda no ano de 2018. Desde então, pouco mais de 300 casos foram executados, com o registro de somente cinco complicações, quatro dessas tratadas de forma clínica e um caso necessitou de intervenção minimamente invasiva de drenagem.

“Isso demonstra que nossos índices de complicações maiores e menores estão dentro do que é preconizado pela literatura médica e variam entre aproximadamente 0,3% a 1,3%, respectivamente, o que nos motiva e nos faz acreditar que

estamos no caminho certo. Até o momento não tivemos nenhuma paciente que necessitou ser reoperada para realizar colostomia devido a fístulas. Todos os resultados positivos que obtivemos até hoje somente foram possíveis porque trabalhamos em grupo, dividindo responsabilidades sem vaidades, pois o nosso maior objetivo é melhorar a qualidade de vida das nossas pacientes que já chegam bem sofridas. É com grande satisfação que recebemos nossas pacientes nos retornos, e escutamos os relatos de que a menstruação ocorreu sem dores ou que conseguiu engravidar. Essa é, sem dúvida, a nossa maior vitória”, finalizou Claudemiro Neto.

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ECONOMIA EM PAUTA

n Bruno Fernandes – bruno-fs@outlook.com

Greve a caminho

Emprego remoto

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Google anunciou nesta semana o lançamento de um recurso que facilitará a busca por vagas de trabalhos remotos.

A função já está disponível no buscador e pode ser acessada usando o filtro “trabalhar de casa”. De acordo com a gigante da tecnologia, a ferramenta foi incluída para ajudar pessoas a encontrarem vagas de emprego no modelo home office, que se tornou padrão em muitas empresas por causa da pandemia de coronavírus. O interesse por assuntos como “trabalho em casa”, “trabalho de casa” e “emprego em casa” aumentou 20% nos últimos 12 meses na comparação com os 12 meses anteriores.

O primeiro reajuste no preço do diesel durante a gestão do general Joaquim Silva e Luna na Petrobras pegou os caminhoneiros de surpresa. Principalmente porque aconteceu menos de uma semana depois de um encontro do presidente com membros do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), quando os representantes da categoria pediram que o preço não subisse. Com esse novo reajuste, o CNTRC afirmou, por meio de nota à imprensa, que a greve dos caminhoneiros em todo Brasil, marcada para o próximo dia 25, continua de pé e ganha força com a alta.

Imóveis à venda O mês de junho teve a maior alta no preço médio das vendas de imóveis residenciais desde agosto de 2014, de 0,57%, quando o crescimento médio mensal ficou em 0,68%, conforme o Índice FipeZap, realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base nos anúncios de imóveis em 50 cidades. Em Maceió, o valor médio do metro quadrado custa em torno de R$ 5.724.

O bairro da Pajuçara é o mais caro para se adquirir um imóvel na capital alagoana, com um valor médio de R$ 7.437/m², seguido de Jacarecica (R$ 7.215 /m²), Jatiúca (R$ 6.145/ m²) e Ponta Verde (R$ 6.070 /m²).

Open banking Começa no próximo dia 15 a segunda fase do open banking, quando as pessoas vão dizer se querem ou não compartilhar seus dados bancários com outros bancos. Serão divulgados nome, endereço, saldo e extrato bancário, se o cliente permitir. Os bancos nos quais a pessoa tem conta não poderão se recusar a passar essas informações a outra instituição financeira. Com acesso a esses dados, um banco concorrente pode oferecer serviços mais baratos, como crédito pessoal a juros mais baixos, prevê o Banco Central, que instituiu o modelo.

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JUDÔ

Projeto social “luta” para levar alagoano às Olímpiadas de 2028 Atletas se dedicam ao esporte em meio à pandemia e falta de patrocínio ARTHUR FONTES

Estagiário sob supervisão

“G

arra, foco e disciplina”. Esse é o lema de muitos judocas espalhados pelo Brasil e não é diferente no Projeto Los Angeles 2028, que está sendo desempenhado em Maceió. A iniciativa vem sendo comandada pelo sensei Rodrigo Lopes e pelo preparador físico da Seleção Brasileira de Judô, Wagner Zaccani, natural de Porto Alegre (RS). O objetivo é preparar jovens alagoanos para garantir uma vaga nas Olimpíadas de 2028, que será realizada em Los Angeles, nos Estados Unidos.

“Neste ano, estou encerrando meu ciclo olímpico e a minha ideia é conseguir passar para os atletas tudo que conquistei de conhecimento ao longo desses anos na seleção brasileira e trabalhando com o judô de alta performance. Além de apoiar pessoas que, às vezes, não têm condições de vivenciar o esporte num alto rendimento, pois existe uma grande diferença entre os níveis recreativos e escolares para os de competições’’, explicou Wagner Zaccani.

A pandemia tem atrapalhado bastante o rendimento

dos atletas. Os treinos ficaram mais curtos e a falta de equipamentos complicou a vida dos jovens esportistas. A saúde deles também não pode ser deixada de lado. Para que não aconteçam lesões, a volta aos tatames precisa ser gradativa e planejada de acordo com o nível mais baixo de condicionamento que o esportista atingiu. É importante que atletas, profissionais ou não, mantenham-se ativos para que essa perda no condicionamento seja reduzida.

“A gente ficou limitado no espaço físico e nas condições de trabalho. Quando se trata de atletas de alto rendimento, mesmo com treinos on-line, não é o suficiente para evoluir e manter tudo que eles adquiriram ao longo do tempo. Os treinamentos feitos em casa servem mais para deixá-los fisica e psicologicamente ativos, pois a questão da performance é difícil melhorar. Isso porque nem todos atletas têm as mesmas condições em suas casas’’, detalhou.

Os judocas de todas as

categorias e idades sentiram bastante o longo tempo fora dos tatames, visto que o judô é um esporte de força e potência. “Todos sabem o quanto é difícil fazer esporte no Brasil. Foi esse um dos motivos que fez com que eu viesse colaborar com esse projeto em Maceió. A gente vê a dificuldade de manter um projeto vivo e de deixar os atletas focados no judô para irem em busca dos sonhos. Nosso objetivo é colocar um judoca deste projeto nas Olimpíadas de 2028’’, completou Zaccani.

O preparador físico e o sensei são áreas de atuações diferentes. O sensei é o responsável pela parte tática e técnica do judô, já o preparador físico auxilia para suportar o físico do atleta com altas intensidades de treino a nível de força muscular e explosão. Os treinos do projeto são feitos duas vezes por semana e uma vez no sábado a cada quinze dias. ‘’Aqui no estado nós temos muitos talentos escondidos, então, devemos tra-

Treinamento de judocas tem sido feito de forma esporádica

HISTÓRIA DO ESPORTE

balhar em cima dos projetos para ir achando essas joias, para então dar o suporte necessário na formação do atleta. É muito difícil, não é só a gente que tem que querer, o jovem também tem que buscar seus objetivos, fora que nós precisamos de ajuda de patrocinadores e, no momento, não temos nenhum’’, ressaltou o sensei alagoano Rodrigo Lopes.

O judô, arte marcial japonesa, é um esporte olímpico de combate desde 1964.

Esse esporte de defesa pessoal tem como objetivo melhorar a coordenação motora, a concentração e a autoconfiança, além de fortalecer o físico, o espírito e a mente.

A arte marcial chegou ao Brasil no início do século XX com a imigração japonesa. A partir de 1920, academias de judô começaram a ser criadas na cidade de São Paulo.

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FERNANDO CALMON

n JORNALISTA

Captur turbo chega por R$ 124,490 a R$ 138,490

ALTA RODA

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esde o lançamento do Captur, em fevereiro de 2017, a Renault mudou sua postura mercadológica e o primeiro resultado explícito chega com seu modelo 2022. Afinal, o segmento de SUVs compactos aqui conta com 14 concorrentes (se incluídos alguns hatches de fórmula discutível). As mudanças externas se concentraram na parte frontal: grade, faróis (LED total na versão mais cara), para-choque e luzes de rodagem diurna de LED. Novas rodas e lanternas traseiras de LED complementam.

Interior recebeu materiais de qualidade superior, revestimento dos bancos pode ser bitom na versão de topo Iconic, novos volante e porta-objetos. Sistema multimídia (tela de 8 pol.) ganhou pareamento simultâneo de até seis celulares. Há uma conexão USB na frente e duas atrás. Iconic inclui sistema de som Bose, partida remota do motor, monitor de ponto cego e quatro câmeras externas.

Mecanicamente destaca-se o novo motor turbo de 1,33 L. Desenvolvido em colaboração com a Daimler e por enquanto importado, está nos planos da Renault sua produção no Brasil. Aqui se desenvolveu a versão flex: 170 cv (etanol) e 162 cv (gasolina). Torque de 27,5 kgf.m com os dois combustíveis, o maior neste segmento.

Câmbio automático CVT de oito marchas (antes, sete) também é novo. O Captur alcançou nota A no Programa Brasileiro de Etiquetagem. São 12 km/l (G) e 8,3 km/l (E), rodoviário; 11,1 km/l (G)

e 7,5 km (E), urbano.

Em avaliação por estradas e ruas a diferença de desempenho em relação ao antigo motor aspirado de 1,6 L é mais do que evidente. O incremento em potência e torque oferece respostas imediatas ao acelerador. As trocas de marcha do câmbio CVT, que costumam ser mais lentas, agora incomodam menos. Seleção manual sequencial, apenas na alavanca seletora, praticamente ficou desnecessária para quem busca ultrapassagens rápidas e seguras.

A fábrica informa aceleração de 0 a 100 km/h em 9,2 s (1,7 s melhor que o antigo 2-litros aspirado). Quadro de instrumentos está mais visível e informativo. Em razão da rigidez torcional 12% maior o comportamento em curvas melhorou.

Preços: R$ 124.490 (Zen), R$ 129.490 (Intense) e R$ 138.490 (Iconic).

Falta de semicondutores reduz projeções para 2021

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om base em estudo internacional do Boston Consulting Group a Anfavea estima que até 140.000 unidades deixarão de ser fabricadas este ano apenas em razão da escassez de semicondutores. Os números do primeiro semestre de 2021, no entanto, ainda mostram recuperação sobre 2020 em razão da base comparativa baixa causada pela pandemia: vendas, mais 33%; produção, mais 57% e exportação, mais 67%.

Essa constatação levou a associação dos fabricantes a reduzir um pouco suas projeções para 2021. Diminui de 15% para 13% a recuperação das vendas e de 25% para 22% o avanço na produção em relação ao ano

passado. A Fenabrave também rebaixou o crescimento das vendas de 16% para 11,6%.

As duas previsões incluem veículos leves e pesados (estes em uma reação vigorosa, porém representam apenas 5% das vendas totais).

A Fenabrave, no entanto, estima que 200.000 unidades adicionais seriam vendidas este ano, se houvesse produção normal. Isso indica fortalecimento do mercado brasileiro de veículos e pessoas procurando voltar a comprar carros, bem além do simples represamento causado pela pandemia. Um bom termômetro: veículos leves usados cresceram 63% no primeiro semestre de 2021 frente a 2020.

n AUDI Q5 SPORTBACK (SUV cupê) combina dimensões externas praticamente iguais ao Q5 com desenho mais atraente pela linha do teto em suave queda. Grade e os dois para-choques dianteiros são novos. Entre os opcionais faróis LED com tecnologia adaptativa Matrix e lanternas traseiras Oled (comprador escolhe uma entre três assinaturas). Novas rodas de 20 pol. também são opcionais. Porta-malas (510 litros) perdeu apenas 10 litros em relação ao Q5. No interior, multimídia agora recebeu tela tátil. Após quase 500 km de teste, o SUV se destacou pelo desempenho e combinação perfeita de motor turbo de 249 cv/37,7 kgf.m e o câmbio automatizado de dupla embreagem, 7-marchas. Tração 4x4 por demanda tem transferência quase instantânea do eixo dianteiro ao traseiro. n MUSTANG MACH 1 é uma série especial numerada que se destaca pelo conjunto muito bem acertado.

Atrai logo pelo ronco típico do V-8 de aspiração natural: 483 cv e 56,7 kgf.m.

Guiei no autódromo VeloCittà, em Mogi-Guaçu (SP) e na função Pista – uma das sete disponíveis – possibilita explorar melhor a seleção manual das 10 marchas do câmbio automático.

Com sete chicanas demarcadas por cones os freios Brembo (dianteiros) e os pneus Michelin Sport 4S foram bastantes exigidos e aprovados. No interior destaca-se o quadro de instrumentos configurável com o conta-giros tradicional transformável numa barra horizontal para leitura mais rápida.

Preço: R$ 523.990 (sob encomenda apenas).

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RESENHA ESPORTIVA

ARTHUR FONTES arthurfontes425@gmail.com

EUROCOPA ‘GOLEIA’ COPA AMÉRICA EM AUDIÊNCIA

Final da Copa América promete ser um grande jogo

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Brasil garantiu a vaga para a final após vencer a seleção do Peru por um a zero. Já a seleção da Argentina pegou a segunda vaga da final depois de conseguir derrotar a seleção da Colômbia nos pênaltis, o goleiro Emiliano Martínez defendeu três cobranças e levou os argentinos à decisão.

Se tem jogo da Argentina, tem Messi decidindo. O camisa 10 faz uma Copa América irretocável, sendo o melhor jogador do torneio, além de artilheiro e líder de assistências.

Um dos melhores jogadores

do time argentino é o meia Giovani Lo Celso. Apesar de não ter participação direta em muitos gols, o camisa 20 é um dos jogadores que mais ajuda na transição do time.

Do lado brasileiro quem vem se destacando é a dupla Lucas Paquetá e Neymar, ambos decidiram vários jogos neste torneio. O embate promete ser dos melhores, a expectativa é que o craque argentino Lionel Messi chegue para o jogo com fome de título, pois essa é uma das últimas chances de o atleta ser campeão com sua seleção.

A Eurocopa foi eleita pela Rede Globo para minimizar uma eventual perda de audiência causada pela transmissão exclusiva da Copa América no SBT e nos canais Disney.

Sem o torneio sul-americano de seleções, a emissora carioca aposta tudo na competição europeia. A aposta vem dando certo.

Os jogos europeus têm levado vantagem na guerra da audiência. Por outro lado, o clássico sul-americano entre Brasil e Argentina terá apelo maior, dizem os especialistas. No final de semana, os dois torneios vão conhecer os campeões. Para o estudioso, as diferenças das condições dos jogos também influenciam no interesse do público. Os jogos da Copa América são

disputados sem a presença da torcida para conter a disseminação do novo coronavírus.

Na Eurocopa, por sua vez, o público pode assistir às partidas, com limitações, em virtude do avanço da vacinação. Os números foram favoráveis ao torneio europeu no mês de junho.

CRB CHEGA AO SONHADO G4 Dos representantes de Alagoas na Série B do Brasileiro, o CRB é o que vem apresentando um melhor desempenho dentro de campo. Além de ter vencido o clássico das multidões, o Galo da Praia conseguiu alcançar o G4 da Segundona e o foco da equipe agora é se manter entre os quatro melhores do torneio. No duelo contra o Botafogo, o Regatas não teve facilidade, o time alvinegro começou melhor do que o Galo na partida. A equipe carioca pressionou o CRB, que teve dificuldades de jogar no Trapichão, foram cinco finalizações em menos de 20 minutos de jogo para os visitantes. Na volta para a segunda etapa, o Galo da Praia voltou com todo vapor. Em menos de um minuto de jogo, Nicolas Careca, que entrou no decorrer do jogo, igualou o marcador. Hyuri recebeu na direita e acertou passe para Careca, que finalizou na saída do goleiro do Botafogo. O gol da virada do CRB saiu na bola parada. Renan Bressan bateu o escanteio e Marthã apareceu livre entre os zagueiros para colocar o Galo em vantagem no placar. volante Thiago Mendes e o meio campista Kennedy são atletas especulados pela diretoria do Fla.

TORCIDA DO FLAMENGO PERDE A PACIÊNCIA COM ROGÉRIO CENI O time do Flamengo na disputa da décima rodada do Campeonato Brasileiro fez mais um jogo abaixo do esperado. O adversário da vez foi o forte candidato ao título, o Atlético Mineiro, e o confronto foi disputado no Mineirão, em Belo Horizonte. Muito desorganizado taticamente, o time rubro-negro não foi produtivo no ataque e incomodou muito pouco o goleiro Éverson. O único gol do Flamengo foi marcado por Arão, após um escanteio nos minutos finais do segundo tempo.

Já o Atlético, balançou as redes de Diego Alves em duas ocasiões: aos 6 e 8 minutos do segundo tempo. Ambos os gols foram marcados pelo atacante venezuelano Jefferson Savarino. Diante deste contexto de crise, a torcida do Mengão perdeu a paciência nas redes sociais, afinal, dos últimos 6 jogos, o Flamengo perdeu 4 vezes.

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ABCDOINTERIOR Exploração insana

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omo se não bastasse o rastro de destruição da Braskem em Maceió, que através da exploração insana do solo aniquilou quatro bairros, deixando centenas de milhares de famílias sem lar, isso sem falar no solo da Lagoa Mundaú que, segundo especialistas, está afundando, a Mineração Vale Verde segue no mesmo ritmo com a exploração de minério nas cidades de Craíbas, Arapiraca e, agora, estende os seus tentáculos obcecados por dinheiro para o município de Igaci.

Propaganda ganosa

en-

E a Mineração Vale Verde, que se apresenta como “uma empresa que está implantando uma mina a céu aberto e instalações para beneficiamento e produção de concentrado de cobre”, por meio do Projeto Serrote, na divisa entre os municípios de Craíbas e Arapiraca, faz uma propaganda enganosa ao alardear que “tem compromisso com o crescimento e o desenvolvimento social de longo prazo das comunidades onde está inserida, fomentando, por meio de parcerias estratégicas com instituições que atuam nesses territórios, a melhoria na qualidade de vida dos moradores dessas localidades”.

Mentira “cabeluda”

O mais absurdo é que em sua página oficial, a Mineração Vale Verde usa ironia ao afirmar que “tem compromisso com o crescimento e o desenvolvimento social de longo prazo das comunidades onde está inserida, fomentando, por meio de parcerias estratégicas com instituições que atuam nesses territórios, a melhoria na qualidade de vida dos moradores dessas localidades”.

O pior não é esse “conto da carochinha” e sim o silêncio de autoridades locais que estão com a língua presa. Sabe-se lá o motivo que leva os “representantes do povo” a cruzarem os braços e fechar os olhos para tamanho descalabro.

Só exploração

Ora, mentira tem pernas curtas. Basta perguntar que tipo de benefício as comunidades exploradas estão recebendo da mineradora, principalmente nesses tempos difíceis e tenebrosos da pandemia do novo coronavírus.

Força da grana

É muita conversa mole pra boi dormir. Na verdade, para obter lucros bilionários, a mineradora desapropria terras, retirando do campo milhares de famílias que tiram seu sustento nas fazendas, sítios e povoados onde residem, sendo obrigadas a vender suas terras a preços bem abaixo do mercado. Fazer o quê?

Quem poderia ajudar está de braços dados com a mineradora que vende os minérios extraídos para países poderosos como a China. É muita grana em jogo e vidas destruídas.

Como diz um trecho da música de Caetano Veloso, “é a força da grana que ergue e destrói coisas belas”.

n robertobaiabarros@hotmail.com

Não foi informada

Na oportunidade, o deputado denunciou que a comunidade não foi informada sobre o tipo de atividade que estaria sendo explorada no local. Paulão destacou ainda que, de acordo com os relatos no local, a mineradora estaria escavando em busca de jazidas de ouro na localidade.

Paulão lembrou que a Constituição Federal garante o direito de propriedade às terras das comunidades quilombolas, além de reconhecer como patrimônio cultural brasileiro seus documentos e sítios detentores das lembranças históricas.

Ofensa à Constituição

Para o deputado, a ofensiva da mineradora na reserva quilombola é uma ofensa à Constituição Federal, à Lei da Igualdade Racial e à Convenção 169 da OIT. “Por isso fiz representação à Procuradoria-Geral da República para que intervenha e proteja o patrimônio quilombola em solo alagoano”, frisou Paulão.

Aulas presenciais Vale lembrar

A propósito, o deputado federal Paulão (PT-AL), de acordo com matéria do site É Assim, disse que entrou com ação no Ministério Público Federal (MPF) em 2020, contra a Mineradora Vale Verde. O parlamentar denunciou que a mineradora invadiu terras quilombolas no município de Arapiraca, em Alagoas, para desenvolver a exploração de minérios.

Segundo ele, a Comunidade Quilombola Carrasco foi surpreendida com máquinas da Mineradora Vale Verde escavando o solo no interior de uma propriedade que fica dentro do território da comunidade tradicional.

O site 7Segundos divulgou que as aulas presenciais na rede municipal de ensino de Arapiraca deverão ter início ainda em julho de 2021 no sistema híbrido (combinando os ensinos remoto e presencial). A afirmação foi feita pela secretária de Educação do município, Ivana Carla, durante lançamento do Programa Inova Mais Educação, feito pelo prefeito Luciano Barbosa em solenidade realizada na terça-feira (6) no Planetário e Casa de Ciência, no Bairro Zélia Barbosa Rocha.

PELO INTERIOR ... Combate à covid - Arapiraca retomou a vacinação contra a covid-19 a partir da quarta-feira (7), com redução da faixa etária do público alvo. ... E desde quarta, os arapiraquenses com 37 anos ou mais estão procurando um dos postos de vacinação para receber a primeira dose do imunizante. ... Sesc Arapiraca, Drive Thru do Arapiraca Garden Shopping e Ginásio da Escola Pedro Reis funcionam normalmente, das 9h às 16h. ... É importante lembrar que Arapiraca é uma das cidades que mais vacinou contra a covid-19.

Foram 108.401 doses já aplicadas, sendo 79.296 como primeira dose, e 29.105 como segunda. ... A campanha Vacinação Solidária segue arrecadando alimentos em Arapiraca, com o objetivo de levar esperança para famílias em situação de vulnerabilidade social. ... Sendo assim, a Prefeitura de Arapiraca reforça que os postos de vacinação contra a covid-19 também estão funcionando como pontos de arrecadação de alimentos e itens de higiene pessoal, que serão utilizados para a montagem de cestas básicas. ... Apesar de a vacinação estar sendo direcionada, agora, para a população que não faz parte dos grupos prioritários, os arapiraquenses remanescentes que fazem parte de algum dos grupos e que, por quaisquer motivos que sejam, ainda não tomaram a primeira dose da vacina contra a covid, ainda podem procurar um dos postos de vacinação. ... Mobilidade urbana, investimentos e melhoria no transporte público em Arapiraca foram alguns dos assuntos discutidos durante a primeira reunião anual do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT) que, na ocasião, deu posse aos 34 novos membros e elegeu sua nova diretoria. ... A reunião, realizada na manhã de terçafeira (6), no auditório da Defensoria Pública do Estado, contou com a presença do prefeito Luciano Barbosa, do superintendente da SMTT, Josenildo Souza, técnicos da superintendência, além de integrantes do conselho. ... Na ocasião, o prefeito Luciano Barbosa destacou a importância do conselho para a realização do trabalho conjunto em prol de melhorias pra o trânsito e a mobilidade urbana, além da adoção das políticas públicas a favor da população. ... Nesses tempos difíceis do novo coronavírus é seguir as orientações dos especialistas e tomar as precauções necessárias para não contrair esse vírus terrível que já matou mais 525 mil brasileiros. Saúde e paz para todos. Até a próxima edição!

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MEIOAMBIENTE FISCALIZAÇÃO MOTORIZADA

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Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) adquiriu 30 viaturas para a renovação da frota das superintendências do órgão, distribuídas por todos os estados do país. Os veículos serão utilizados para viagens periódicas, programadas ou eventuais onde seja necessária a atuação das equipes do órgão. A nova frota é composta por modelos equipados com tração 4x4, sirenes e outras funcionalidades adequadas para o atendimento a ocorrências ambientais. Com exceção de São Paulo, que não tem a mesma demanda que outras unidades, os estados do Ceará, Maranhão e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal, em especial, receberão dois veículos cada. Entre as atividades previstas para o emprego dos veículos, estão ações de manejo, controle, vigilância, inspeção e monitoramento, cujas demandas e particularidades demandam o emprego de veículos especializados. A ação faz parte de um esforço conjunto do Ministério do Meio Ambiente e suas autarquias de investimento em veículos para proteção ambiental. Nos últimos meses, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) adquiriu 34 novas viaturas para parques nacionais, com previsão de mais 250 até o fim do ano, bem como abriu edital de R$ 115 milhões para a contratação de aeronaves para prevenção e combate a incêndios florestais.”

José Fernando Martins josefernandomartins@gmail.com

Queda de Salles

Ativistas, diplomatas e investidores ouvidos pelo periódico El País receberam a demissão de Ricardo Salles do Ministério do Meio Ambiente sem grandes comemorações. A promoção de Joaquim Álvaro Pereira Leite, que atuava no comando da Secretaria da Amazônia da pasta, não foi capaz de aliviar o setor, apesar de ele ser descrito como uma pessoa com menor capacidade de resistência às pressões externas que o “truculento” Salles. A expectativa é que o novo titular utilize sua experiência de mais de 20 anos como conselheiro da Sociedade Rural Brasileira (SRB) para azeitar ainda mais a aliança do Executivo com o Centrão, ajudando na aprovação de leis que regulamentem o “passar a boiada”. “A saída do Salles é uma derrota para o projeto bolsonarista, especialmente para a área ideológica, mas não vejo razão para otimismo. Não teremos um

Tabaco e a natureza

A indústria do tabaco prejudica o meio ambiente de maneiras que vão muito além dos efeitos da fumaça que os cigarros lançam no ar. Anualmente, 4,5 trilhões de bitucas ou guimbas de cigarro são espalhadas em todo o mundo, totalizando 760 mil toneladas de lixo tóxico. O cultivo, a fabricação e a entrega aos varejistas de tabaco acarretam graves consequências ambientais, incluindo o desmatamento, o uso nocivo de agrotóxicos, já que o cultivo do tabaco está entre as dez culturas que mais requerem fertilizantes, combustíveis fósseis e o despejo ou vazamento de produtos residuais na terra e nas águas, afetando flora e fauna. Vários países produtores de tabaco também apresentam insegurança alimentar, já que a terra usada para o cultivo de tabaco poderia ser melhor aproveitada para a produção de alimentos. Do início ao fim, o ciclo de vida do tabaco é um processo extremamente poluente e prejudicial. Em 2017, a Organização Mundial da Saúde publicou o relatório Tabaco e seu Impacto Ambiental: Uma Visão Geral, em que alertou para o custo gerado pela indústria do tabaco, que não é só econômico, já que a atividade, desde a produção até o consumo, contribui para a perda de produtividade resultante da saúde precária do agricultor e do consumidor, perda de biodiversidade e para a mudança climática. (Jornalistas Livres)

Queimadas

Decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União de terça-feira (29) proíbe, pelo prazo de 120 dias, a chamada “queima controlada”, que é o emprego do fogo como fator de produção e manejo em atividades agropastoris ou florestais e para fins de pesquisa científica e tecnológica “em áreas com limites físicos previamente definidos”. Para ser empregada, a queima controlada precisa de autorização prévia do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sinama). De acordo com o decreto nº 10.735, a suspensão não se aplica em hipóteses como práticas de prevenção e combate a incêndios realizadas ou supervisionadas pelas instituições públicas responsáveis pela prevenção e pelo combate aos incêndios florestais. O decreto acrescenta que a suspensão da queima controlada não será aplicada em práticas agrícolas de subsistência executadas pelas populações tradicionais e indígenas; e em atividades de pesquisa científica realizada por instituição científica, tecnológica e de inovação (ICT), desde que autorizadas pelo órgão ambiental competente.

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