Edição 1129

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ANO XXII - Nº 1129 - 31 DE JULHO A 06 DE AGOSTO DE 2021 - R$ 4,00

NA BERLINDA

CNJ quer punição mais severa para juiz Pedro Jorge Cansanção

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No ano passado ele foi advertido pelo TJ por mexer em processo de outro magistrado. 8 JOSÉ FERNANDO MARTINS

CRIME DE RIO LARGO

MACEIÓ - ALAGOAS

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EXECUTORES RECEBERAM R$ 8 MIL PARA MATAR KLEBER MALAQUIAS

1998 - 2020

ARQUIVO

Delegado diz que mandante ainda não foi identificado, mas investigações continuam 9 AGÊNCIA CÂMARA

MASSA FALIDA

ADVOGADA ACIONA JUSTIÇA COBRANDO R$ 10 MILHÕES DO GRUPO JOÃO LYRA Fernanda Vilela atuou em processo contra IAA que rendeu R$ 700 milhões às usinas do grupo. 5

ADVERSÁRIOS SE UNEM EM BRASÍLIA POR MAIS RECURSOS PARA ALAGOAS Arthur Lira e Renan Calheiros esquecem divergências políticas e pressionam União por novos empréstimos 7

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extra MACEIÓ - ALAGOAS

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1998 - 2020 EDITORA NOVO EXTRA LTDA CNPJ: 04246456/0001-97

Av. Aspirante Alberto Melo da Costa,796 Ed. Wall Street Empresarial Center Sala 26 - Poço - Maceió - AL CEP: 57.000-580

EDITOR Fernando Araújo CONSELHO EDITORIAL

Luiz Carnaúba (presidente), Mendes de Barros e Maurício Moreira

SERVIÇOS JURÍDICOS Rodrigo Medeiros

ARTE Fábio Alberto - 9812-6208 REDAÇÃO - DISK DENÚNCIA 3317.7245 - 99982.0322 IMPRESSÃO Grafmarques preimpressao@grafmarques.com.br

As colunas e artigos assinados não expressam necessariamente a opinião deste jornal

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MACEIÓ, ALAGOAS - 31 DE JULHO A 06 DE AGOSTO DE 2021

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COLUNA

DA REDAÇÃO

“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados” (Millôr Fernandes)

Podridão moral 1

- Tramita no Tribunal de Justiça de Alagoas, em grau de recurso, uma decisão judicial que supera tudo o que já se viu e ouviu de negativo no Judiciário estadual. A sentença de primeiro grau é um primor de indecência e estupidez, revela a devassidão dos magistrados envolvidos e expõe as vísceras de um poder em decomposição moral.

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- Todos os adjetivos que possam qualificar um juiz por abuso de autoridade, prepotência, desonestidade e outros malfeitos, estão presentes nessa ação escabrosa que compromete ainda mais a credibilidade do Poder Judiciário. O caso certamente desembarcará no Conselho Nacional de Justiça, onde já tramitam várias outras reclamações contra magistrados alagoanos.

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- Pelo excesso de autoritarismo e arrogância, a vigarice judicial está causando desconforto entre os próprios membros do Tribunal de Justiça e certamente será derrubada. E o magistrado envolvido na maracutaia deverá sofrer ao menos uma representação junto ao CNJ. Nem é preciso dizer que a indecência tramita em segredo de Justiça.

Missão quase impossível O Conselho Nacional de Justiça sempre lembra em suas manifestações que a razão de ser do Poder Judiciário é fazer Justiça. Esta também deve ser a missão das 15 mil unidades judiciárias espalhadas pelo país.

Para isso o CNJ definiu a “Estratégia Nacional do Poder Judiciário 2021-2026”, com objetivo de cumprir o desafio de zelar por valores como transparência, ética, agilidade e eficiência na garantia dos direitos.

Quando será que veremos isso em Alagoas?

Cargo cobiçado A vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado aberta com a aposentadoria de Cícero Amélio virou moeda de troca e só será ocupada após as eleições de 2022.

O cobiçado cargo vitalício faz parte das negociações políticas entre governo e Assembleia com vistas a um acordão eleitoreiro para o pleito do próximo ano.

Na hipótese de uma aliança entre Renan Filho e o grupo liderado pelo deputado Marcelo Victor, o novo conselheiro do TC poderá ser indicado pelo governador. Nessa hipótese, o nome mais cotado é do médico e empresário Fábio Farias, chefe do Gabinete Civil do governo e amigo de primeira hora do clã de Murici.

Sem acordo, a vaga de conselheiro do TC será ocupada por um deputado estadual, podendo ser Davi Filho, Jó Pereira ou o próprio Marcelo Victor, presidente do Poder Legislativo. Ou não.

Vida longa A chegada do senador Fernando Collor para uma temporada em Alagoas fez crescer os rumores de uma possível candidatura a governador em 2022. Os colloridos estão eufóricos com essa possibilidade, mas Collor se mantém firme na disputa pela reeleição do que seria seu último mandato como senador, que iria até 2030, quando fará 80 anos.

Palanque O prefeito de Arapiraca mantém boas relações com o governador do Estado sem se comprometer em apoiar Renan Filho ao Senado. Luciano Barbosa também não anunciou em que lado ficará no pleito majoritário do próximo ano, mas seus últimos movimentos indicam que subirá no palanque de Arthur Lira.

Pragmático ao extremo, Luciano Barbosa não se dará ao luxo de pensar em represália por mais que tenha sofrido durante sua gestão como vice-governador de Alagoas. Ele sabe que os interesses de Arapiraca estão acima de querelas pessoais e dos palanques eleitorais.

Reparação justa Com sentença final do STJ, o imbróglio jurídico envolvendo a desapropriação irregular de duas fazendas na área do polo industrial de Marechal Deodoro está praticamente encerrado.

Só falta a execução da sentença para o Estado indenizar a vítima da expropriação, por danos materiais, morais e lucro cessante, e denunciar os responsáveis pelo litígio, visto que o contribuinte não deve pagar mais essa conta da irresponsabilidade de agentes públicos.

A sucessão de erros e atos de má-fé que culminou nessa longa disputa judicial começou na extinta Codeal, passou para a Carhp e, no Governo Téo Vilela, teve participação ativa de tucanos de alta plumagem que apostaram no enriquecimento ilícito e na impunidade. Sem esquecer a omissão da PGE e de alguns magistrados que enlameiam a toga.

Eleição disputada A eleição dos advogados que disputarão o cargo de desembargador do TJ na vaga da OAB terá pelo menos 20 candidatos, muitos deles já em plena campanha.

Os seis mais votados passarão pela peneira do Tribunal de Justiça, que formará a lista tríplice a ser enviada ao governador para escolha final. Fábio Ferrário, Kaká Gouveia, Alfredo Gaspar de Mendonça, Nivaldo Barbosa e outros advogados estarão na disputa. É possível que o processo seja concluído ainda no governo de Renan Filho.

Fim de linha Ao assumir o comando do Podemos em Alagoas, o ex-prefeito Rui Palmeira praticamente jogou a toalha fora e não disputará o pleito majoritário do próximo ano. Não será candidato a governador nem ao Senado; no máximo disputará uma vaga de deputado federal, com poucas chances de voltar à Câmara dos Deputados.

Com Rui fora do páreo, reduz-se o time da oposição na disputa à sucessão de Renan Filho, que ainda não apresentou seu candidato.

Até agora os nomes mais vistosos para enfrentar os Calheiros são Marcelo Victor, Rodrigo Cunha e JHC, caso decida deixar a Prefeitura de Maceió para disputar o governo do Estado.

Correção Na edição passada a coluna errou ao informar que a deputada estadual Jó Pereira foi prefeita de Campo Alegre. Pauline Pereira, irmã da deputada, é quem foi prefeita do município.

Dito isso, vale lembrar que Jó Pereira é hoje o nome de consenso na Assembleia para assumir o governo do Estado caso Renan Filho renuncie em abril para disputar o Senado. Mas como em política tudo pode acontecer, até o prefeito Biu de Lira pode ser o governador-tampão.

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ÁGUA EM FOCO

BRK se depara com poços sem manutenção e cobrança irregular de tarifas Presidente da concessionária faz balanço do primeiro mês de operação na Grande Maceió JOSÉ FERNANDO MARTINS

josefernandomartins@gmail.com

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BRK Ambiental não é a única responsável em salvar o Riacho Salgadinho da poluição iminente. A avaliação é do diretor presidente da empresa, em Alagoas, Fernando Mangabeira. A concessionária, que assumiu os serviços de saneamento e distribuição de água da Região Metropolitana, completa um mês de operação no domingo, 1º de agosto.

Em entrevista ao EXTRA, Mangabeira faz um balanço desses primeiros 31 dias de trabalho. Ainda quanto ao Salgadinho, que se transformou em um esgoto a céu aberto que deságua na Praia da Avenida, o representante da BRK Ambiental destacou que é possível a recuperação do riacho. “É um problema de todos, deve ter um esforço conjunto da Prefeitura de Maceió, governo estadual, BRK e da comunidade em geral. Nosso projeto vai tirar o esgoto do Salgadinho, mas não irá resolver a questão devido à poluição difusa”, disse. Difusa porque, conforme Mangabeira, outras formas de poluentes chegam ao riacho, a partir de lixo das ruas que com as chuvas chegam ao Salgadinho. Outra maneira de combater a poluição seria educar a população que vive à beira do riacho, também garantindo à essa parcela da sociedade saneamento básico adequado.

Nesse primeiro mês, a

JOSÉ FERNANDO MARTINS

A CONCESSIONÁRIA SE COMPROMETEU A REALIZAR UM INVESTIMENTO DE R$ 2,6 BILHÕES AO LONGO DOS 35 ANOS DE CONTRATO, SENDO R$ 2 BILHÕES INVESTIDOS JÁ NOS PRIMEIROS SEIS ANOS DE OPERAÇÃO.

BRK também encontrou discrepâncias nas tarifas cobradas dos consumidores.

“Não houve mudança na estrutura tarifária. O que estamos fazendo é uma regularização. Havia algumas coisas que estavam acontecendo que não entendíamos.

Em Maceió, a tarifa de esgoto corresponde a 100 por cento da tarifa de água. Em cidades do interior, é 80 por cento. Em Maceió, vimos pessoas que pagavam 20, 40, 60 por cento, cobranças sem lógica. Então quem reclama que subiu a tarifa, o que aconteceu na verdade, foi a regularização da cobrança”, informou.

Até o dia 26 de julho, a BRK atendeu 26.735 demandas solicitadas via canais de atendimento ao consumidor. “A grande parte, cerca de 70%, é sobre informação cadastral e dúvidas.

O restante é solicitação de serviços, como falta d’água, rede de esgoto entupida e pedido de novas ligações”, informou. Entre elas também estão pedidos de fiscalização, um dos serviços da BRK que combaterá o furto

Fernando Mangabeira fala em dobrar tratamento de esgoto

de água. Segundo Mangabeira, quem for flagrado roubando água será notificado pela empresa, que não tem poder de polícia. Caso insista no crime, será lavrado um boletim de ocorrência na Polícia Civil contra o infrator.

No dia 12 foi iniciada a limpeza e desinfecção de todos os 119 poços de produção de água em Maceió.

Para a realização destes serviços, foi necessária a desativação dos poços por até 15 dias, o que pode interromper parcial ou totalmente o abastecimento de água em algumas localidades. No entanto, a BRK Ambiental informou, em nota à imprensa, que o abastecimento de água vem sendo feito com caminhões-pipa em unidades de serviços essenciais,

como escolas, hospitais, postos de saúde e outros nas regiões impactadas.

Sobre essa ação, Mangabeira informou que não houve aberturas de vias e grandes interdições no trânsito.

“Quando for obra da BRK, a sociedade irá saber.

Todos os reparos em ruas e avenidas serão feitos por nossa empresa”, informou o presidente sobre quando for necessário a quebra do asfalto. Ainda quanto à limpeza de poços, funcionários da BRK, de acordo com Mangabeira, se depararam com maquinários e estruturas há tempos sem manutenção: “Esse trabalho deverá ser periódico, uma rotina”.

A BRK Ambiental começou a operar em dez cidades da Região Metropolitana de Maceió no dia 1° de julho – Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Maceió, Messias, Murici, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Satuba e Santa Luzia do Norte. A concessionária se comprometeu a realizar um investimento de R$ 2,6 bilhões ao longo dos 35 anos de contrato, sendo R$ 2 bilhões investidos já nos primeiros seis anos de operação. Até setembro deverá ser aprovado e assinado um plano diretor para traçar as diretrizes orçamentárias de trabalho da BRK. Ainda conforme Fernando Mangabeira, a estimativa é que Maceió, no ano que vem, dobre sua potencialização de tratamento de esgoto. “Iremos de 30 por cento [de esgoto tratado] a 60 por cento”, finalizou.

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GABRIEL MOUSINHO

n gabrielmousinho@bol.com.br

Indicação para o TC

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disposição do deputado Olavo Calheiros de pendurar as chuteiras no campo político, não disputando de mais nenhuma eleição já a partir do próximo ano, pode fazer com que haja uma grande negociação do governador Renan Filho com a Assembleia Legislativa para indicá-lo para uma vaga no Tribunal de Contas do Estado.

Esta é uma perspectiva, o que empurraria Renan Filho a

Outra plicação

com-

Mosca azul não se desincompatibilizar do cargo e fazer uma grande composição com a Assembleia para encontrar um nome que possa disputar o governo nas próximas eleições. Se as conversas de bastidores procedem ou não, o fato é que Olavo Calheiros já deu a entender que encheu o saco de mandato, seja estadual ou no Congresso Nacional e estaria, aí, trabalhando para ser o nome oficial do Palácio República dos Palmares para o Tribunal de Contas.

CARLA-CLETO (AG. ALAGOAS

Circulando

Já o governador Renan Filho, que tem ensaiado uma candidatura para o próximo ano, pode mudar de opinião, levando também em consideração que dois Renans no Senado não pegaria bem principalmente para os grupos políticos antagônicos, que certamente iriam explorar o excesso de poder que seria dado à família Calheiros.

Caso haja necessidade da realização de um mandato tampão, o nome da deputada Jó Pereira circula com desenvoltura entre as bancadas do governo e da oposição. O grupo político do qual ela faz parte navega com o governo de Renan Filho e também com a oposição na Casa de Tavares Bastos.

Disposta, Jó não diz nem que sim, nem que não, mas aliados acham que o nome dela é fácil de negociar nessa transição.

Estratégia

Reeleição

Em um encontro ocorrido semana passada em Maceió, ficou clara a estratégia da oposição caso haja a desincompatibilização do governador Renan Filho para disputar o Senado Federal. Neste caso o deputado Marcelo Victor assumiria o governo e dentro de 30 dias escolheria quem iria terminar o restante do mandato. Caso contrário, a bola fica com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para comandar o processo de sucessão com um candidato de consenso entre sua ala política.

Acordão

Caso haja realmente a necessidade de se eleger um governador-tampão na hipótese de Renan Filho disputar as eleições de 2022, o candidato será fruto de um acordão, que terá à frente o deputado Marcelo Victor.

Um nome que teria o apoio total dos deputados na Assembleia para ser indicado governador- tampão, seria o do próprio presidente do Poder Legislativo, Marcelo Victor, mas que já anunciou que é candidatíssimo à reeleição. Victor, entretanto, poderá dar um voo mais alto na aliança que tem como o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira.

Esqueceram mim 1

de

O atual secretário de Educação do Estado, Rafael Brito, desapareceu como provável pré-candidato ao governo de Alagoas. Já sabe que as chances de o governador Renan Filho apoia-lo são pequenas e articula uma candidatura a deputado estadual apoiado pelo sogro Otávio Lessa, presidente do Tribunal de Contas do Estado.

Esqueceram de mim 2

O atual secretário de Saúde, Alexandre Ayres, também já percebeu que as chances de ser apoiado pelo governador Renan Filho é perto de zero e, a exemplo de Rafael Brito, quer desembarcar na Assembleia Legislativa.

Missão impossível

O marqueteiro internacional que foi contratado a peso de ouro para promover a visibilidade do prefeito do Pilar, Renatinho Canuto, que entrou na ilusão de ser apoiado pelo governador, parece que constatou ser a missão próximo do impossível. Do marqueteiro ninguém nem ouve mais falar, embora tenha ele tenha aproveitado ao máximo as nossas belezas naturais. Aliás, quem descobrir qual é o candidato que o governador tem tendência de apoiar ganha um prêmio.

Ingratidão

Rafael Brito, que no início do governo de Renan Filho foi indicado por Ronaldo Lessa para assumir a Secretaria de Turismo e Desenvolvimento, rompeu com o seu forte padrinho e ficou por lá. Foi o troco que deu a quem lhe apoiou e apostou na sua carreira política.

Sem função

O secretário de Infraestrutura do Estado, Maurício Quintella, tem se desgastado politicamente pela ineficiência de sua secretaria. No início da semana a cabeceira da ponte Divaldo Suruagy apresentou avarias, mas Quitella preferiu recorrer ao colega Mosart Amaral para resolver o problema. Ou seja, casa de ferreiro, espeto de pau.

Animado com as pesquisas eleitorais, JHC estuda com muito carinho voltar a disputar novo mandato, desta vez para governador de Alagoas.

Isso, porém, vai depender do senador Rodrigo Cunha, que já antecipou que será candidato no próximo ano, ou está com pretensão, diga-se de passagem. Na área, o prefeito de Maceió é candidato de oposição ao grupo de Marcelo Victor e Arthur Lira e ainda do governador Renan Filho.

Maceió só elege

não

O prefeito de Maceió deve saber com muita propriedade, que com parte do eleitorado de Maceió não terá condições de vencer uma disputa bem acirrada para o governo do Estado.

Vai ter que andar pelo interior, fazer novas alianças e tentar tirar lideranças de outros grupos políticos o que, convenhamos, é uma tarefa quase impossível de acontecer.

Entrave

Com João Caldas candidatíssimo a deputado federal, JHC vai ter dificuldades, se aceitasse ser mesmo candidato, de compor com uma chapa proporcional onde seu pai certamente teria seu nome ligado ao prefeito. São questões que só o tempo vai mostrar quem está com a razão.

Apelação

O governador Renan Filho não tem perdido tempo. Depois de saber que em uma reunião a Família Pereira se associaria com o grupo de Arthur Lira, Marcelo Victor e Marcius Beltrão para indicar um candidato a governador, ele já movimentou os pauzinhos para fazer parte dessa tropa como candidato ao Senado. Só que, segundo os bastidores, ele não seria bem-vindo ao grupo.

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MASSA FALIDA

Fernanda Vilela e empresário cobram R$ 10 mi da Laginha Dinheiro seria por prestação de serviços para elaboração de laudos de perícia DA REDAÇÃO

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advogada tributarista Maria Fernanda Quintella Brandão Vilela e o empresário José Darlan Brandão Almeida ingressaram com ação judicial contra a Massa Falida da Laginha para receberem cerca de R$ 10 milhões de crédito. O débito é referente a serviços para elaboração de laudos de perícia no processo em que as usinas do Grupo João Lyra receberam cerca de R$ 700 milhões na disputa judicial contra o antigo Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), por defasagem nos preços dos produtos.

Fernanda Vilela é esposa do usineiro João Tenório, irmã do ex-governador Téo Vilela e exsecretária da Fazenda. Já o engenheiro José Darlan Brandão Almeida é proprietário da Brandão de Almeida Engenharia Ltda, que já firmou contratos com governo estadual, mais especificamente com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-AL).

Ambos alegam que o

crédito a ser habilitado é oriundo de honorários referentes à prestação de serviços à Laginha na qualidade de assistentes técnicos para a elaboração de laudos periciais envolvendo o precatório milionário. “Aduzem, ademais, que deve ser aplicado o percentual de 1,43% sobre o êxito, o que totalizaria o valor de R$ 10.758.558,00 (dez milhões, setecentos e cinquenta e oito mil e quinhentos e cinquenta e oito reais) a título de honorários, a serem divididos igualmente para cada um”, destacou trecho da sentença do comitê de juízes da Massa Falida que analisou o pleito.

No entanto, decisão expedida em agosto do ano passado acabou reduzindo o valor. A comissão de juízes da época, Bruno Araújo Massoud, Filipe Ferreira Munguba, Marcella Waleska Costa Pontes Garcia e Phillippe Melo Alcântara Falcão, decidiu parcialmente pelo pedido dos credores: “Julgamos parcialmente procedente o pedido de habilitação do crédito, devendo ser habilitado em favor dos

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Fernanda Vilela teria colaborado com perícia envolvendo precatório milionário

autores o montante correspondente a 1,43% da quantia já recebida pela Massa Falida em razão da cessão de realizada entre a Laginha e o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Não Padronizados PCG-Brasil Multicarteira, o que corresponde a R$ 2.541.605,01 (dois milhões, quinhentos e quarenta e um mil, seiscentos e cinco reais e um centavo) e a quantia correspondente a 1,43% sobre R$ 413.790.712,10, à data base de fevereiro de 2013, correspondente a R$ 5.917.207,18 (cinco milhões, novecentos e dezessete mil, duzentos e sete reais e dezoito centavos)”.

Ou seja, a comissão entendeu que a ex-secretária e o empresário têm direito a R$ 8.458.812,19 DIVISÃO Em junho de 2019, o precatório milionário disponibilizado à Massa Falida da Laginha, cuja quantia inicial era de R$ 752,3 milhões, depois corrigida para R$ 690 milhões, foi repartido para ser encaminhado para diferentes destinos. Decisão do juiz Márcio de França Moreira, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, destinou 55% do valor à Laginha Agro Industrial S/A. Já o res-

tante, 45% será para o denominado Fundo Pearl de investimentos. Esse dinheiro seria o suficiente para pagar o restante dos trabalhadores e iniciar o pagamento de credores que trabalharam durante a recuperação judicial do grupo, que acabou frustrada.

Recentemente, os advogados dos credores da Laginha entraram com embargos de declaração pedindo esclarecimento à comissão de juízes da Laginha sobre os rumos dos recursos do precatório liberados. Conforme os magistrados, os valores seriam repassados “quando do julgamento final acerca da validade e eficácia dos contratos de cessão de crédito e da operação de integralização de quotas realizadas pela falida”.

Segundo alegam os advogados em seus embargos, as questões das cessões de crédito aos fundos e da integralização de quotas já foram objetos de transação judicial celebrada em abril de 2019 entre Laginha e os mencionados fundos, devidamente homologada por decisão transitada em julgado.

JOÃO LYRA INTERNADO

Enquanto isso, credores encontramse apreensivos quanto ao quadro de saúde do ex-usineiro João Lyra, fundador do Grupo JL, que veio à falência gerando o processo falimentar da Laginha.

Até o fechamento desta edição ele permanecia internado em estado grave devido a complicações da covid-19. O temor é que os pagamentos aos credores travem com o possível falecimento do empresário, que completou 90 anos em junho.

Alguns avaliam que caso o falecimento aconteça não provoque impacto no processo de pagamento das dívidas, pois a ação judicial já vinha sendo conduzida nos últimos anos pela filha Lourdinha Lyra, então curadora do empresário. O provável é que ela se torne inventariante e o processo siga o andamento regular.

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Esquerdas a buscam 4 via nas eleições alagoanas

Mulheres querem quebrar trinca masculina, mas ainda não pontuam nas pesquisas ODILON RIOS

Especial para o EXTRA

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mbaladas pelos protestos contra o presidente Jair Bolsonaro que se espalham pelo país, as esquerdas alagoanas buscam espaços para terem candidatos nas eleições majoritárias e, quem sabe, construírem uma quarta via nas urnas, contando que o senador Rodrigo Cunha (PSDB) ou o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PSB), estão nas apostas para a disputa ao governo e se colocam como a terceira via e tentam atrair setores da esquerda, enfrentando os grupos do senador Renan Calheiros (MDB) e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP).

As forças políticas, porém, ficam represadas apenas entre os grupos dos Calheiros e JHC/Cunha, levando em conta os levantamentos de instituto de pesquisa. Nenhum nome da esquerda passa pela cabeça dos eleitores, ao menos até agora.

Lenilda Luna (UPP), Valéria Correia (PSOL), Heloísa Helena (REDE) são os nomes das candidatas que buscam romper a trinca

masculina. Ricardo Barbosa (PT) defende o legado do partido. Todos aproveitam os cenários. Nas eleições do ano passado, em Maceió, as abstenções (164.739) foram maiores que os votos no candidato Alfredo Gaspar de Mendonça (156.704). Em 2018, as eleições estaduais registraram 22,6% de abstenção (494.353 eleitores).

As esquerdas creem que a insatisfação do eleitor, a falta de alternativas e de esperança aumentam estes números. E o potencial deve ser aproveitado para que estes insatisfeitos elejam deputados estaduais, federais, senador e o governador.

A dificuldade é romper a polarização local. Mas o desgaste do presidente da República anima: a taxa de aprovação do Governo Bolsonaro desaba principalmente entre os mais pobres, segundo o mais recente levantamento do Datafolha. Quem tem renda até dois salários mínimos e que consideravam a administração ótima ou boa caiu de 27% para 21%. 60% dos mais pobres entrevistados são a favor da abertura do processo de impeachment.

Os números se refletem no dia a dia da sobrevivên-

JOSIANE CALADO

Protestos pelo impeachment de Bolsonaro se intensificam e unem as esquerdas

cia: a inflação acumulada em 12 meses a quem tem renda de R$ 1.650,50 foi de 9,24%; para os de renda acima de R$ 16.509,66, a inflação ficou em 6,45%.

O arroz teve alta de 46,21% e o feijão fradinho, 48,19%. Em maio, 36% dos brasileiros que recebem até dois salários mínimos disseram ter em casa comida abaixo do suficiente.

80% dos alagoanos recebem até dois salários mínimos e sentem os efeitos da alta de preços e o aperto da inflação. É a partir daí que a esquerda busca formas de dialogar com outros setores e o desafio é se mostrar ao eleitor como politicamente viável, chegando a pontuar nas pesquisas.

Lenilda Luna e Valéria Correia disputaram as últimas eleições à Prefeitura da capital. Luna teve 4.875 votos (1,28% do total) e Valéria Correia, 13.568 votos (3,55%). Ricardo Barbosa (PT) teve 8.905 votos (2,33%). Heloísa Helena buscou uma vaga na Câmara. Foi uma da 13 mais votadas (5.267) mas o coeficiente eleitoral deixou a ex-senadora fora do legislativo mirim.

Nacionalmente, o PSOL dialoga com o PC do B, Rede

e PDT. Em Alagoas, estes três partidos ocupam lados bem diferentes. O PC do B é do grupo dos Calheiros e deve apoiar alguém do grupo político do Palácio República dos Palmares para a sucessão do governador Renan Filho (MDB). A Rede evita composições estaduais e o PDT está na Vice-Prefeitura de JHC. O vice Ronaldo Lessa é cotado a disputar o Senado.

JHC E CUNHAM SEGUEM DISTANTES DE BOLSONARO A motociata promovida no último final de semana, para homenagear Jair Bolsonaro, agregou menos gente que o esperado. Nem o presidente da República apareceu nem o senador Fernando Collor (PROS) foi lançado à reeleição com apoio do Palácio do Planalto.

O prefeito JHC e o senador Rodrigo Cunha permanecem distantes do presidente e sua crise de popularidade.

Lançado ao governo com o aval do PSDB nacional, Cunha largou na frente nas tratativas estaduais e busca antipetistas, conservadores, os arrependidos do bolsonarismo e os que não votam nem nos Lira nem

nos Calheiros. O que se vê, no lado do senador, é que o secretário de Segurança Pública, Alfredo Gaspar de Mendonça, é o candidato ao governo e o discurso bélico, usado para atrair as hostes bolsonaristas, pode ser abatido em pleno voo, usando um nome anti-Bolsonaro.

E, no lado oposto a Bolsonaro, defende o veto presidencial aos R$ 5,7 bilhões do fundão para as eleições de 2022, aprovado pelo Congresso Nacional. Foi o único senador alagoano que votou contra e se manifestou contra a aprovação.

O senador está seguindo a tática de uma banda do PSDB. Apoia o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que quer ser candidato a presidente da República, mas enfrenta quem é o primeiro da fila: o governador de São Paulo, João Dória, que não decola nas pesquisas. Também quer ser presidente do partido, o que significa enfrentar Dória, atual mandachuva. Em crise, o PSDB pode perder Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo e um dos fundadores do partido e corre o risco de não reeleger o governador paulista. O PSDB governa SP desde o 1992.

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JOGO DO PODER DIVULGAÇÃO

Encontro de Arthur Lira com 45 prefeitos

Lira e Calheiros miram R$ 1,5 bilhão em empréstimos para Alagoas

Rivais deixam briga de lado para que Bolsonaro libere dinheiro para o Estado ODILON RIOS

Especial para o EXTRA

O

s empréstimos junto a bancos brasileiros e estrangeiros, que Alagoas busca contratar, entraram nos radares do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP).

Apesar do senador Renan Calheiros e do governador Renan Filho (MDB) serem rivais eleitorais de Lira, os dois lados mantêm relações bastante cordiais, não se agridem publicamente e evitam críticas pessoais um ao outro na condução das investigações da CPI da Covid. Isso porque têm interesses comuns.

Os Calheiros buscam apoio de Lira para o governo federal liberar a contratação de US$ 150 milhões (ou R$ 750 milhões) via BID e BIRD mais R$ 770 milhões através do Banco do Brasil. São três empréstimos aprovados na Assembleia Legislativa, na última sessão antes do recesso parlamentar, sem o barulho da oposição, neste caso, o deputado Cabo Bebeto (PTC) e Davi Maia (DEM), liristas de carteirinha.

Ao todo, a Assembleia autorizou o governo a contratar

mais de R$ 1,5 bilhão, dinheiro para a construção de estradas e obras de modernização.

Empréstimos deste tipo são liberados se o governo federal aceitar ser o avalista da operação. O presidente Jair Bolsonaro, como se sabe, e os Calheiros, estão em lados diferentes no cenário de guerra em que se transformou a política brasileira.

Mas Arthur Lira é aliado de primeiríssima ordem do presidente da República e tem interesse nas cifras da operação. Ele tem a chave do cofre ou R$ 16,5 bilhões do orçamento da União à disposição dele e do Centrão, que esta semana também assumiu a alma do governo: a Casa Civil, com o senador Ciro Nogueira (PP-PI).

A aprovação dos empréstimos pela Assembleia ainda indica um longo caminho até o dinheiro chegar a Alagoas.

Os técnicos do Ministério da Economia olharão as condições dos cofres locais (saber se Alagoas terá condições para pagar as parcelas contratadas junto ao Banco do Brasil e BID e BIRD). Depois, segue para o Senado e precisa dos votos da maioria. Passando

por estas etapas, vai para a promulgação do presidente da República.

Vale a negociação política.

Foi assim em março do ano passado quando foi aprovada autorização, via Senado, para contratação de crédito externo, com garantia da União, de US$ 136,2 milhões entre Alagoas e a Corporação Andina de Fomento (CAF), instituição financeira com sede em Caracas (Venezuela). A justificativa do governo era o financiamento parcial do Programa Estrutura Alagoas.

Os três empréstimos que Alagoas negocia agora são discutidos desde o final do ano passado com os deputados estaduais. Com autorização dos parlamentares, Renan Calheiros e Arthur Lira já discutem, em Brasília, os detalhes para a aprovação do dinheiro.

Os dois estão em lados diferentes - mas mesmo assim mantêm conversas um com o outro - em outra situação: a concessão de serviços oferecidos pela Companhia de Saneamento de Alagoas, a Casal.

Esta semana, Lira se reuniu com 45 prefeitos. A proposta era estimular os gestores municipais a não aceitar

a concessão privada de saneamento básico. O governo negociou o primeiro lote, a Região Metropolitana de Maceió (a capital mais 13 cidades) e negocia a inclusão do restante do estado no leilão dos serviços de distribuição de água e esgotamento sanitário.

Publicamente, Lira morde e assopra ao falar da proposta: “Não sou contra fazer (concessão), acho até que pode ser feito, mas é necessário observar critérios técnicos e debater questões como maior outorga, menor tarifa, tarifa social, qual a contrapartida do Estado, qual a contrapartida da União, qual a transição”.

E emendou: “Porque amanhã quando este sistema operar e a empresa chegar e for cobrar a tarifa de água e de saneamento e a população não conseguir pagar, vai cair nas costas de quem?”.

Mas, por trás da cortina, o presidente da Câmara busca atrasar o negócio. Tanto que o PP foi ao Supremo Tribunal Federal para questionar a partilha de R$ 2,009 bilhões, entre os prefeitos da região metropolitana do leilão que confirmou a vitória da canadense BRK Ambiental.

A composição do Sistema Gestor da Região Metropolitana dá mais poder aos órgãos vinculados ao governo que aos prefeitos. 60% dos votos são do governo ou órgãos ligados ao Executivo estadual e 40% para os chefes do Executivo nas cidades.

Além disso, o sistema confere competências executivas para a Assembleia, com três representantes neste órgão colegiado, ferindo o princípio da separação de poderes.

Isso acaba “gerando concentração de poder político nas mãos do Estado de Alagoas”, correspondendo “a uma violação do princípio constitucional do federalismo, nomeadamente em sua proteção à autonomia do ente municipal.”

O PSB fez a mesma coisa: foi ao STF questionar os critérios desta partilha. Os socialistas alagoanos são liderados pelo prefeito de Maceió, JHC, rival dos Calheiros e provável candidato ao Governo de Alagoas. No seu grupo político, o senador Rodrigo Cunha (PSDB) também é cotado para disputar a principal cadeira do Palácio República dos Palmares.

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NA BERLINDA FACEBOOK

Pedro Jorge recebeu apenas uma advertência por ter alterado decisão em processo de outra Vara

CNJ quer punição mais severa para juiz que alterou decisão de outro magistrado Pedro Jorge Melro Cansanção volta a ser investigado por mexer em processo que tem seu filho como advogado VERA ALVES

Especial para o EXTRA

O

Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considerou branda uma penalidade atribuída pelo Tribunal de Justiça de Alagoas a um magistrado que alterou a decisão de outro juiz e em cujo processo seu filho advogava. O caso é referente a uma ação polêmica de inventário que trami-

ta desde 2010 na 21ª Vara Cível da Capital/Sucessões e envolve o terreno onde funcionou por vários anos a sede do Clube de Regatas Brasil (CRB), na Pajuçara, com vários interessados, e vendido a duas diferentes construtoras.

Há um ano, em sua sessão do dia 28 de julho, o Pleno do TJ aprovou a pena de advertência ao juiz Pedro Jorge Melro Cansan-

ção – titular da 13ª Vara Cível da Capital – após as investigações da Corregedoria Geral de Justiça e do relator, desembargador João Luiz Azevedo Lessa, que confirmaram que em maio de 2017, por duas oportunidades, ele modificou decisões interlocutórias no processo de número 0003845-60.2010.8.02.0001 em trâmite na 21ª Vara Cível, sobre a qual não tinha qualquer competência e

nunca foi designado como substituto.

Ocorre que no processo que tem por objeto o polêmico terreno do CRB, o filho do juiz, o advogado Pedro Jorge Melro Cansanção Filho, representa nada menos que 18 interessados, todos herdeiros de Emérita Perez Lopes, dona original da propriedade que havia sido vendida em 1967 ao CRB, mas que, devido a quebra contratual de compromissos assumidos pelo clube, gerou várias ações para sua retomada. Uma delas, de 2011, inclusive, impedia o clube de efetuar qualquer transação com o imóvel, de acordo com o Contrato de Cessão de Direitos e Obrigações de Promessa de Compra e Venda de Imóvel Urbano firmado entre as partes.

O polêmico inventário de Emérita tem ainda como partes interessadas dois outros herdeiros que se insurgiram contra pretensões dos 18 defendidos pelo filho do juiz Pedro Jorge e duas construtoras para as quais o imóvel foi vendido por diferentes “donos”, a Marca Construtora Ltda e a Resulta Investimentos Ltda, esta última tem como sócio administrador Gaspar de Almeida Carvalho, genro do usineiro João Tenório, e conhecido no mercado imobiliário pela volúpia com que estende seus negócios em Maceió.

Uma auditoria técnica solicitada pela Corregedoria Geral de Justiça de Alagoas realizada pela Diretoria Adjunta de Tecnologia da Informação (DIATI) do Tribunal de Justiça e pela Softplan, gestora do sistema de processamento eletrônico do Judiciário estadual, comprovou a origem e as alterações efetuadas em decisões interlocutórias proferidas pelo juiz titular da 21ª Vara e que conduzia o processo do inventário, João Dirceu Soares Moraes.

Comprovou, ainda, que as alterações – a primeira no dia 10 de maio de 2017,

às 15 horas 56 minutos e 54 segundos, e a segunda no dia 15 de maio de 2017, às 13 horas 55 minutos e 22 segundos – partiram do computador e do token pessoal do juiz Pedro Jorge Melro Cansanção.

Ouvido no processo administrativo instaurado no âmbito do TJ, Pedro Jorge Melro confirmou que o processo em questão envolvia o campo do CRB e que os envolvidos eram pessoas de sua amizade.

Terminou recebendo como punição uma advertência, sob a alegação de que as alterações, percebidas pelo magistrado competente da 21ª Vara, que as anulou, não teriam provocado dano a nenhuma das partes do processo.

Ao analisar a decisão do TJ, a corregedora Nacional de Justiça, Maria Thereza de Assis Moura, discordou dos argumentos.

Lembrou o fato de Pedro Jorge já haver recebido pena de censura em 2011 e responder, hoje, no âmbito do CNJ, a vários outros processos (dois de revisões disciplinares), dos quais cinco autuados apenas no ano de 2020.

“De fato, o caderno processual sugere uma atividade judicante temerária do requerido, corroborada por seu histórico funcional, saltando aos olhos a punição anterior, a sugerir renitência no suposto descumprimento de seus deveres”, frisou a corregedora.

“Deve-se considerar que dado comportamento não se apresenta compatível com o regular desempenho das atividades do Poder Judiciário”, complementou, ao defender, em seu relatório, a instauração de novo procedimento por parte do CNJ com revisão da pena de advertência e substituição por uma penalidade mais severa, no que foi seguida por todos os demais integrantes do conselho na sessão realizada no dia 29 de junho.

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CASO MALAQUIAS

Polícia ainda não tem nome do mandante do crime

Delegado Lucimério Campos diz que investigações serão retomadas na próxima semana JOSÉ FERNANDO MARTINS

JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.com

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empresário Kleber Malaquias já estava com medo de ser assassinado, um vereador continua suspeito na participação do crime e os acusados presos - até o momento - não revelaram quem foi o mandante da morte. As informações são do delegado que investiga o caso, Lucimério Campos, que após o término das férias, voltará às investigações na próxima semana.

Em entrevista ao EXTRA, Campos também comentou a matéria publicada na edição 1127, na qual traz a manchete “Vice-prefeita é investigada como possível mandante”.

O delegado esclareceu que Cristina Gonçalves, esposa do prefeito Gilberto Gonçalves, não prestou depoimento à Polícia Civil. “Nem ela e nem ele”, informou.

Por outro lado, confirmou que Kleber Malaquias enviou mensagens por WhatsApp ao casal de políticos pouco antes de morrer. O teor das mensagens seria meramente eleitoreiro. Era para convencer os Gonçalves a abrir espaço para o sargento da Polícia Militar José Mário de Lima Silva, que iria disputar um cargo na Câmara de Vereadores. O acordo não teria sido firmado. “Mas as mensagens não foram respondidas”, contou Campos.

O militar é um dos PMs que estão presos por participação no homicídio. Malaquias, ainda conforme informações do delegado, evitava sair de

Lucimério Campos diz que Kleber Malaquias temia ser assassinado e evitava sair de casa

ALÉM DO SILÊNCIO DOS ACUSADOS SOBRE O MANDANTE, O ASSASSINATO DE MALAQUIAS TEM OUTROS MISTÉRIOS. UM DELES SERIA A POSSÍVEL PARTICIPAÇÃO DO VEREADOR DE RIO LARGO VANILDO RUFINO DOS SANTOS NO CRIME. O PARLAMENTAR FOI UM DOS PRIMEIROS SUSPEITOS PELA POLÍCIA CIVIL.

casa. Isso porque estava se sentindo inseguro devido ao seu histórico de denúncias contra políticos e magistrados.

Quem deu aquele “empurrãozinho” para que o empresário saísse de casa no dia de seu aniversário de 41 anos foi Galeguinho do Som, apelido de Edinaldo Estevão de Lima, também preso. Malaquias via em Galeguinho um amigo, mal sabendo que iria ser traído horas depois.

Além do silêncio dos acusados sobre o mandante, o assassinato de Malaquias tem

outros mistérios. Um deles seria a possível participação do vereador de Rio Largo Vanildo Rufino dos Santos no crime. O parlamentar foi um dos primeiros suspeitos pela Polícia Civil. “Tenho uma opinião sobre o Rufino.

Acho que ele tem algo a mais para falar”, disse o delegado.

O motivo da desconfiança do delegado é uma “mera coincidência’’.

Câmeras de segurança flagraram o carro do vereador passando em frente ao Bar da Buchada, localizado na Mata do Rolo, em Rio

Largo, estabelecimento onde Kleber Malaquias foi assassinado a tiros. “Ele não desceu no local do crime, mas o carro dele foi flagrado passando pela via”, disse o delegado. Rufino também teria outro possível elo com o assassinato. O ex-PM Marcos Maurício Francisco dos Santos, preso acusado de ser o motorista que levou o executor Fredson José dos Santos, possui relação com o vereador. “Temos fotos dos dois juntos, algo que não tem como ser negado”, destacou Campos.

Além do sargento Mário, de Galeguinho e Marcos Maurício Francisco dos Santos, outros três suspeitos de participação no crime estão presos. São eles: Marcelo José Souza da Silva, Jefferson Roberto Serafim da Rocha e o ex-PM Fredson José dos Santos. Quanto ao valor pago pela morte do empresário, Lucimério Campos ressaltou que chegou a investigar a informação da quantia de R$ 100 mil. Os participantes teriam recebido aproximadamente R$ 8 mil. “Mas acredito que seja mais”, finalizou. Kleber Malaquias foi assassinado a tiros, no dia 15 de julho do ano passado, quando saía do banheiro do Bar da Buchada.

Em junho último, o Ministério Público do Estado (MPE) denunciou os seis presos pelo assassinato de Kleber Malaquias. A ação penal foi proposta pela promotora de Justiça Cíntia Calumby, titular da 4ª Promotoria de Justiça de Rio Largo. Todos foram enquadrados no crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo que impossibilitou a defesa da vítima e mediante pagamento de recompensa.

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NOVA MACEIÓ

Maceió avança na coleta seletiva e investe na conscientização Em seis meses, mais de 98 mil toneladas de resíduos foram recolhidos ASSESSORIA

M

aceió tem avançado na coleta seletiva e investido em ações de conscientização, visando o adequado descarte dos resíduos sólidos por parte da população. Em seis meses de gestão, a cidade ganhou mais 12 Pontos de Entrega Voluntárias (PEVs), ampliando o quantitativo para 29. A previsão é que mais oito sejam instalados até o fim do ano. A coleta seletiva aplicada pelo Município atende a 16 mil imóveis.

O serviço é coordenado pela Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes) em parceria com quatro cooperativas de catadores, que fazem o recolhimento dos materiais de porta a porta e nos PEVs espalhados pela capital.

De janeiro a junho, cerca de 600 toneladas de recicláveis foram recolhidos.

O PEV é um equipamento disponibilizado pela Prefeitura para o descarte de recicláveis.

O equipamento aproxima a população da prática positiva para o meio ambiente e dando opção ao cidadão que não tem a coleta seletiva porta a porta de fazer o descarte correto desses materiais.

O contrato com as cooperativas foi renovado pelo Município no mês de maio. Cada uma atende, em média, 4 mil residências e fica na responsabilidade por sete PEVs. A programação para o recolhimento é feita diariamente e cada moradia é assistida, no mínimo, uma vez por semana.

A renovação da parceria prevê a continuidade da prestação do

serviço e ações educativas para a busca ativa de moradores interessados em aderir ao sistema.

A Sudes tem um mapeamento de mais de 180 pontos crônicos de descarte irregular pela cidade. Nesses locais, os agentes de limpeza fazem o recolhimento de móveis inservíveis, restos de poda de árvore, resíduos da construção civil e resíduos domiciliares. Em seis meses, mais de 98 mil toneladas de resíduos foram recolhidos nestes pontos mapeados.

Maceió também possui cinco ‘ecopontos’ em lugares estratégicos com o objetivo de inibir o descarte irregular de móveis inservíveis, restos de poda e resíduos da construção civil (até 1m³) em ruas e praças da cidade. Desde o começo da gestão, são mais de 1.400 toneladas de resíduos por mês, em cada ‘ecoponto’.

A coordenadora de Supervisão de Cooperativas e Recicláveis da Sudes, Virgínia Lucena, destaca que o avanço de Maceió na coleta seletiva se dá pela conscientização e pelo trabalho importante das cooperativas, que estão mais perto da população. Como desafio, ela pontua a dificuldade de convencer os moradores a criar o hábito de separar o lixo doméstico corretamente.

“Os catadores têm investido

na conscientização pelas redes sociais ao longo da pandemia, mas já orientamos para a retomada da campanha de educação ambiental nas ruas a partir do mês de junho. A Sudes também possui uma equipe de educação que trabalha em vários pontos da cidade. E este tem que ser o nosso papel: promover as ações das cooperativas, que enaltecem os catadores socialmente e traz benefício ambiental”, destaca a coordenadora.

Segundo ela, as cooperativas têm uma importância social muito grande para a cidade. São aproximadamente 130 cooperados envolvidos no trabalho de coleta seletiva e que estão associados em cooperativas. As equipes técnicas de rua sempre contam com um engenheiro ambiental.

Virgínia Lucena explica que, com a coleta seletiva, os resíduos sólidos e que poderiam gerar renda aos catadores deixam de ser depositados no aterro sanitário, configurando a importância ambiental deste serviço.

“Quando a população recebe a informação e tem a compreensão da coleta seletiva e do impacto desta simples atitude, que é separar o material e destinar para coleta seletiva, não vai mais agir da maneira errada.

Nas campanhas e ações educativas que fazemos, levamos panfletos, proferimos palestras e garantimos todas as instruções

Catadores são beneficiados com aumento dos pontos de entrega voluntária de lixo que pode ser reciclado

para a implantação do sistema.

A adesão tem sido surpreendente”, revela a coordenadora.

Conforme Lucena, a coleta seletiva tem avançado na parte alta da cidade. Como destaque, cita o Benedito Bentes, que é atendido pela Cooprel [cooperativa parceira da prefeitura]. Lá, o número de casas que aderiram ao novo regime tem aumentado todos os meses, sobretudo nos condomínios fechados.

O casal Expedito e Sônia Alves mora no Benedito Bentes há 20 anos no mesmo imóvel. Desde o começo do ano, eles passaram a selecionar melhor o lixo doméstico e a colaborar com o município na consciência ambiental. Os dois falam da satisfação em contribuir para melhoria da destinação dos resíduos na cidade.

“Recebemos as orientações

da cooperativa e passamos a adotar o novo sistema. Sabemos o quanto é importante a coletiva seletiva para o meio ambiente e, com a nossa pequena atitude, estamos tentando manter o meio ambiente mais saudável. Isto é bom pra gente e pra todos que moram no bairro”, avalia o seu Expedito, que trabalha como vendedor.

Virgínia Lucena faz um apelo à população para que preserve os PEVs. Está sendo cada vez mais comum, de acordo com ela, casos em que estes pontos são violados. “As cooperativas enfrentam grandes dificuldades com a depredação dos PEVs. Há quem descarte ali materiais que não são recicláveis, quebra as portas, arromba os cadeados e até entra e fica lá dentro. Pedimos a todos que colaborem com este patrimônio da cidade”.

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ARBOVIROSES

Alagoas reduz registro de dengue, zika e chikungunya durante a pandemia AGÊNCIA BRASIL

Subnotificações podem esconder dados reais sobre transmissões pelo Aedes TAMARA ALBUQUERQUE tamarajornalista@gmail.com

A

lagoas está numa situação confortável entre os estados do Nordeste em relação ao número de casos notificados de doenças urbanas causadas por vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, especificamente a dengue, chikungunya e zika. O estado ocupa o 7º lugar em incidência dessas doenças na região.

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, entre os alagoanos foram notificados com dengue 1.248 pessoas (taxa de 37,2 pessoas a cada grupo de 100 mil/ habitantes), 90 casos de e Chikungunya (2,7) e apenas 55 casos de zika (taxa de 1,6). Entretanto, o monitoramento dessas arboviroses aponta que a pandemia do coronavírus pode ter provocado a redução dos registros de casos prováveis e de óbito, especialmente por dengue, pelo receio da população em procurar atendimento nas unidades de saúde.

Os dados do boletim são referentes às notificações ocorridas entre as semanas

Agentes de vigilância intensificam operações contra criadouros do Aedes aegypti AGÊNCIA BRASIL

ATÉ JULHO, DIZ O BOLETIM, FORAM CONFIRMADOS 221 CASOS DE DENGUE GRAVE (DG) E 2.748 CASOS DE DENGUE COM SINAIS DE ALARME (DSA). NENHUM DELES ESTÁ ENTRE OS REGISTROS DE ALAGOAS.

epidemiológicas 1 a 27, no período de 3 de janeiro a 10 de julho de deste ano. Ainda existe a possibilidade de a redução dos casos ser fruto da mobilização das equipes de vigilância dos municípios para o enfrentamento da pandemia. O fato é que, em comparação com o mesmo período de 2020, o boletim apresenta uma queda de 52,5% dos casos registrados

de dengue no país. Ocorreram até agora 425.884 registros.

Esse quantitativo, segundo o documento, indica que, por enquanto, o país não enfrenta uma epidemia de dengue e nem das outras duas arboviroses. A região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de incidência de dengue, com 453 casos/100

mil hab., seguida das regiões: Sul (223,1 casos/100 mil hab.), Sudeste (200,2 casos/100 mil hab.), Norte (143,6 casos/100 mil hab.) e Nordeste (137,3 casos/100 mil hab.)

Até julho, diz o boletim, foram confirmados 221 casos de dengue grave (DG) e 2.748 casos de dengue com sinais de alarme (DSA). Nenhum deles está entre os registros de Alagoas. “Ressalta-se que 180 casos de DG e DSA permanecem em investigação. Até o momento, foram confirmados 142 óbitos por dengue, sendo 124 por critério laboratorial e 18 por clínico-epidemiológico”, informa.

Para chikungunya foram confirmados no país 6 óbitos por critério laboratorial, os quais ocorreram nos estados de São Paulo (3), Sergipe (1), Espírito Santo (1) e Minas Gerais (1). “Destaca-se que 24 óbitos permanecem em investigação e até o momento não há confirmação da ocorrência de óbito para zika no país”.

Em relação ao vírus Chikungunya, observou-se um aumento de 4,7% no número de amostras testadas e o vírus foi detectado nos estados do Amazonas, Roraima, Tocantins, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal e Alagoas.

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DIREÇÃO PERIGOSA

Número de motoristas flagrados bêbados no 10 semestre de 2021 supera todo o ano passado Atropelamentos que resultaram em mortes chamaram atenção dos alagoanos na última semana REDES SOCIAIS

BRUNO FERNANDES

REDES SOCIAIS

bruno-fs@outlook.com

D

ois atropelamentos que resultaram em mortes de inocentes chocaram os alagoanos durante a última semana.

No primeiro, em Maceió, dois homens, ambos motociclistas e pais de família faleceram e uma mulher continua internada lutando pela vida. No outro, uma servidora pública morreu na hora em Dois Riachos, Sertão de Alagoas, ao ser atropelada por alguém que, em tese, deveria dar exemplo. Em ambos os casos, o fato comum de que os motoristas resolveram beber e dirigir.

No caso mais recente, na madrugada do dia 26, o agora ex-secretário municipal de Saúde de Santana do Ipanema, Ricardo Medeiros Rosa, de 42 anos, foi preso em flagrante por homicídio culposo e embriaguez ao volante após atropelar e matar Jenilda Bento, servidora da Educação de Dois Riachos. Ela tinha 39 anos, era funcionária da Escola Municipal São Sebastião e deixou três filhos. Ele teve a liberdade provisória concedida poucas horas após o sepultamento de Jenilda.

Três dias antes, o bancário Sérgio Praxedes dos Santos, deixou uma festa em Maceió, durante a madrugada, andou na contramão da avenida mais movimentada da capital – a Fernan-

Ricardo Rosa, que fugiu sem socorrer servidora que atropelou, e Sérgio Praxedes, que causou duas mortes, estavam bêbados

des Lima - atropelou dois homens e feriu uma diarista nas primeiras horas da manhã. Ele também teve a prisão preventiva decretada.

Os atropelamentos colocaram holofotes em situações consideradas corriqueiras pela Lei Seca em Alagoas, que flagra por mês pelo menos 19 motoristas com alguma porcentagem de álcool no organismo, o

BEBER E DIRIGIR JÁ IMPLICA, POR SI SÓ, PUNIÇÃO PESADA DO PONTO DE VISTA ADMINISTRATIVO. A INFRAÇÃO, CONSIDERADA GRAVÍSSIMA, SOMA SETE PONTOS NA CNH DO INFRATOR, ALÉM DE LEVAR À ABERTURA DE PROCESSO ADMINISTRATIVO QUE VAI SUSPENDER A CNH POR UM ANO. O VALOR DA MULTA É DE

R$ 2.934,70

que não é permitido pelo Código de Trânsito Brasileiro, que pratica a tolerância zero desde 2012. Os dados são do Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran).

De acordo com o órgão, as ocorrências que envolvem motoristas embriagados ou com alguma porcentagem de álcool no organismo são consideradas comuns e um número em particular chama atenção no levantamento: o número de motoristas autuados apenas nos seis primeiros meses de 2021 é maior que todo o ano de 2020. Ou seja, durante todo o ano passado, 107 casos de pessoas que estavam dirigindo sob algum efeito alcoólico foram registrados, enquanto neste ano, 116 situações de alcoolemia foram confirmadas em seis meses.

O número de motoristas flagrados apenas nos seis primeiros meses deste ano em Alagoas representa 11% de todos os autos de

infrações registrados pelas operações da Lei Seca. Das 116 situações registradas, em 88 os condutores se recusaram a realizar o teste ocasionando cerca de 28 penalidades administrativas impostas e 9 prisões em flagrante de delito.

Nem a mudança no Código de Trânsito Brasileiro, em 2018, conseguiu, até o momento, reduzir de alguma forma os casos. Atualmente, beber e dirigir já implica, por si só, punição pesada do ponto de vista administrativo. A infração, considerada gravíssima, soma sete pontos na CNH do infrator, além de levar à abertura de processo administrativo que vai suspender a CNH por um ano.

O valor da multa é de R$ 2.934,70, que dobra em caso de reincidência no período de um ano. A punição pode extrapolar a esfera administrativa se o teste do bafômetro superar 0,33 mg/l ou se, em caso de recusa do teste, o condu-

tor apresentar sinais claros de ter bebido, o que é preenchido em um anexo ao boletim de ocorrência.

Nessas circunstâncias, o motorista passa a responder na esfera criminal pelo crime de trânsito.

Em 2018 também entrou em vigor uma mudança na legislação de trânsito brasileira que passou a punir com mais rigor motoristas que dirigem bêbados e causaram acidentes que terminaram com morte ou lesão corporal grave. Há três anos, para os casos de homicídio em que houver a comprovação de embriaguez, a pena deixa de ser uma detenção com variação de dois a quatro anos e passa para reclusão entre cinco e oito anos.

Na prática, a mudança, além de aumentar o tempo da punição, permite começar o cumprimento da pena em regime fechado e não admite pagamento de fiança no caso da prisão em flagrante.

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MOTORISTA EMBRIAGADO

Sérgio Praxedes atropelou três pessoas após invadir pista pela contramão “Ela estava feliz”, diz irmã da única sobrevivente de acidente na F. Lima BRUNO FERNANDES bruno-fs@outlook.com

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ra pouco mais das 5h da manhã da sexta-feira, 24, quando a diarista Quitéria Gonçalves de Amorim e seu esposo, o pedreiro José Cícero da Silva Santos, deixaram sua casa alugada, no bairro do Tabuleiro do Martins, em direção a Ponta Verde, onde se iniciaria mais um dia de trabalho. Seria mais uma manhã normal, se não fosse a imprudência de Sérgio Praxedes dos Santos Filho, que não tão longe dali, depois de haver passado a noite e madrugada bebendo em uma festa organizada pelo influencer e policial militar Kel Ferreti, invadiu na contramão a Avenida Fernandes Lima. A atitude mudou a vida da família drasticamente durante a última semana.

Em frente ao Tribunal de Contas do Estado, os caminhos do casal, de outro trabalhador e do festeiro se cruzaram de forma trágica. Depois de deixar um posto de combustíveis e dirigir por alguns metros na contramão, Sérgio Praxedes atropelou e matou Pedro Alves de Souza Júnior, de 31 anos, que estava indo buscar a filha de 5 anos para levá-la à escola – ele tinha quatro filhos – e atingiu Quitéria Gonçalves de Amorim e o esposo, o pedreiro José Cícero da Silva.

José Cícero chegou a ser socorrido, mas faleceu no Hospital Geral do Estado, no bairro Trapiche, em Maceió. Quitéria continua internada no aguardo de uma segunda cirurgia para terminar de fixar a pelve. O acidente foi testemunhado por pessoas que trafegavam pelo local e que ajudaram a polícia a

entender o que aconteceu.

Maria do Rosário, irmã de Quitéria Gonçalves, com a voz trêmula, lamenta a situação que a irmã está vivendo e diz que não sabe como vai ficar a família, que vive de aluguel. “A saúde dela deu uma piorada, a gente não sabe como vai ficar a vida dela nem como vai ser o sustento daqui para frente porque ainda não falaram se ela vai conseguir voltar a trabalhar como diarista nem quanto tempo pode levar”.

“Ela recebe pouco mais de R$ 700 por mês e estava feliz porque um dos clientes sofreu um pequeno machucado no braço e disse que ia precisar dela durante toda a semana e iria pagar um pouco a mais. O dinheiro ia chegar em boa hora já que o marido era pedreiro, mas estava desempregado porque não aparecia tanto serviço em tempo de chuva” conta a irmã.

Ainda segundo Maria do Rosário, a maior parte da família está desempregada e ainda aguarda uma posição dos médicos responsáveis para saber se a irmã ainda vai precisar realizar outra cirurgia nos próximos dias. “Se ela voltar para casa, não temos como custear o tratamento que ela precisa nem o material necessário para curativos. Qualquer ajuda que recebermos será bem-vinda”, declarou Maria.

Quem tiver interesse, pode fazer doações na seguinte conta bancária: Caixa Econômica Federal – Conta 22962-6 Agência: 1545 Operação: 013

TESTEMUNHAS NARRAM ACIDENTE

Rosirene Cristina, que estava com o marido em um car-

REDES SOCIAIS

ro próximo ao acidente, narrou para a polícia tudo o que aconteceu durante depoimento na Central de Flagrantes. “Meu marido gritou ‘oxe, oxe’ quando viu um carro vindo pela contramão. Ele só não se chocou com o nosso carro porque meu marido puxou a direção e logo em seguida vimos três pessoas sendo arremessadas. Quando o motorista desceu do carro vimos que ele estava aparentemente embriagado e no mesmo momento ligamos para a Samu”.

Depois do acidente, Rosirene informou que, enquanto o marido foi verificar a situação das vítimas ficou com a mãe e os filhos no carro. “Ficamos no local até a polícia e o Corpo de Bombeiros chegarem”. O acusado do crime de trânsito foi detido por um sargento da Polícia Militar lotado no Tribunal de Contas no momento em que tentava fugir de populares que ameaçavam lincha-lo.

Sérgio Praxedes foi preso em flagrante e teve a prisão preventiva decretada depois de uma audiência de custódia. Ele permanece preso na Casa de Custódia, no bairro do Jacintinho e vai responder a ação penal por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, na 13ª Vara Criminal da Capital.

A acusação, no entanto, pode ser convertida em homicídio doloso, quando há intenção de matar, a depender do decorrer das investigações, segundo a delegada Sheila Carvalho. A polícia deve finalizar o indicia-

mento nos próximos cinco dias.

ARQUIVO PESSOAL

Pedro morreu no local do acidente (E); marido de Quitéria também não sobreviveu

penas cabíveis, ou, se iguais, somente uma delas, mas, aumentada em qualquer caso, de ACUSADO PODE PEGAR 20 ANOS DE PRISÃO 1/6 até ½”.

De acordo com o advogado CASO FABRYCIO JORGE criminalista Anderson Taveiros, Outro caso que chamou com base nos autos do flagrante delito, Sérgio Praxedes poderá atenção da população, ocorrido ser denunciado pelo Ministério em outubro de 2014, somente Público Estadual pelo crime de no dia 24 de novembro deste homicídio culposo na direção ano, seis anos depois, terá um de veículo com capacidade psi- desfecho, quando o motorista comotora alterada em razão da José Wellington Pacheco, resinfluência de álcool que deter- ponsável por matar atropelado mine dependência com base no o estudante Fabrício Jorge, de art. 303, §3º, da lei 9.503/1997, apenas 13 anos, vai a júri poque tem como pena de pena 5 a pular.

De acordo com os autos, o 8 anos combinado com o art. 70 do Código Penal, que aumenta a estudante tentava atravessar a Avenida Fernandes Lima na pena de 1/6 a 1/2.

“Contudo, também poderá faixa de pedestres, em um treo Ministério Público denunciar cho próximo à Casa das Caro acusado por homicídio com nes, no bairro do Farol, quandolo eventual (Art. 121,CP), en- do um carro ultrapassou pela tendendo que o acusado além Faixa Azul, destinada naquele de supostamente trafegar sob horário (por volta das 18 horas) influência de álcool ou de qual- exclusivamente a transportes quer outra substância psicoati- coletivos e táxis com passageiva que determine dependência, ros, e o acertou. O motorista dirigia na contramão, cuja pena fugiu.

O veículo do suspeito, um é de 6 a 20 anos (art. 121) também combinando o art. 70 (au- Nissan March de cor branca, mento de 1/6 a ½), ambos do Có- foi encontrado pelo Serviço de digo Penal”, explica o advogado. Inteligência da Divisão EspeTaveiros deixa claro, no cial de Investigação e Capturas entanto, que somente a em- (Deic) da Polícia Civil, no dia briaguez não torna o crime do- seguinte ao acidente, sob uma loso, sendo necessário outras lona no Conjunto Luiz Pedro circunstâncias, no caso, estar I, no bairro do Tabuleiro. Dudirigindo na contramão. “Quan- rante a perícia realizada no do o agente mediante uma só carro, no dia 29 de outubro, foação ou omissão pratica dois ram encontrados fios de cabelo, ou mais crimes, idênticos ou sangue e fragmentos de pele no não, aplica-se a mais grave das vidro do para-brisa.

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SUS

Municípios podem ter recursos bloqueados por irregularidade no envio de dados AGÊNCIA BRASIL

Ausência de informações dificulta políticas públicas e assistência TAMARA ALBUQUERQUE tamarajornalista@gmail.com

I

nformações na área da saúde são imprescindíveis ferramentas à vigilância epidemiológica e um esteio para que o gestor possa planejar, decidir e implantar ações que protegem a população de doenças e favorecem a preservação da vida. Com base nessas informações, que começam a ser colhidas desde o nascimento de um indivíduo, é possível fazer o diagnóstico de problemas com potencial para afetar outras pessoas, como é o caso das doenças.

O repasse de informações da saúde aos gestores, através dos sistemas criados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), é também um passo importante para garantir à população acesso a serviços públicos essenciais, como o abastecimento de água e saneamento. Através da coleta de dados sobre óbitos, por exemplo, é possível traçar estratégias de prevenção. Ocorre que, mesmo vivendo um período de pandemia, o que em tese deveria deixar o poder público alerta para a importância das informações na área da saúde, municípios de Alagoas estão deixando de repassar esses dados.

Segundo o relatório mais recente da Gerência de Informação e Análise da Situação de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau),

Dados sobre nascidos vivos têm falhas em 28 municípios

Apenas 45 cidades enviam informações completas sobre HIV

35 municípios estão com desempenho falho no repasse de dados aos sistemas Sinan, SIM e Sinasc. Em alguns deles, as informações registradas são raras, como é o caso de Porto Real do Colégio, Estrela de Alagoas e Feliz Deserto. É oportuno lembrar que as secretarias de saúde estaduais, do Distrito Federal e municipais que permanecerem irregulares na alimentação desses sistemas até a data da avaliação promovida nos meses de dezembro, abril e agosto, terão repasses financeiros bloqueados nos quatro meses subsequentes do mês da avaliação, conforme estabelecido no art. 33 da Portaria nº 1.378/GM/MS, de 09 de julho de 2013.

Os repasses a que se refere a portaria são do Piso Fixo de Vigilância em Saúde (PFVS) e do Piso Variável de Vigilância em Saúde (PVVS).

municípios de Alagoas deixam o sistema com percentual de conteúdo menor que o aceitável, que é de 70% no mínimo.

Os piores desempenhos são dos municípios de Porto Real do Colégio (53,85%), São José da Lage (50%) e Maribondo (57,69%). Estão com envio regular de dados, com 100% de alimentação, 45 municípios no estado.

Em Alagoas também há dificuldade de os municípios alimentarem o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), apesar do envio de dados ser obrigatório uma única vez por mês. Novamente Porto Real do Colégio é apontado com grandes deficiências, assim como Novo Lino e Cacimbinhas. O SIM também é um sistema de vigilância epidemiológica criado para captar, a partir da declaração de óbito de todos os indivíduos, dados sobre os óbitos do país a fim de fornecer informações sobre mortalidade para todas as instâncias do sistema de saúde.

A história revela que os primeiros dados de mortalidade (por causa) foram publicados no Brasil em 1944 e se referiam

SINAN

O mais importante sistema para a vigilância epidemiológica foi desenvolvido entre 1990 e 1993, visando sanar as dificuldades do Sistema de Notificação Compulsória de Doenças

(SNCD) e substituí-lo, tendo em vista o razoável grau de informatização disponível no país, segundo histórico da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

O Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) foi concebido pelo Centro Nacional de Epidemiologia, com o apoio técnico do Datasus e da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte para ser operado a partir das unidades de saúde, considerando o objetivo de coletar e processar dados sobre agravos de notificação em todo o território nacional, desde o nível local. É através do Sinan que se notifica casos de aids, hepatites virais e doenças sexualmente transmissíveis, por exemplo. O sistema também controla o registro e o processamento desses dados em todo o território nacional. É por isso que deve ser alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos constantes da lista nacional de doenças de notificação compulsória, mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde regionalmente importantes. Ainda assim, os

aos óbitos ocorridos em capitais desde 1929. Como essas informações vinham de iniciativas próprias dos municípios e, mais raramente, do estado, no início da década de 1970 existiam, reconhecidos como modelos oficiais, mais de 40 tipos diferentes de atestados de óbito.

Em relação ao Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) estão irregulares com o envio de dados 28 municípios de Alagoas, sendo os mais deficitários Branquinha (16,67%) e Porto real do Colégio (16,67%). Além deles, estão com apenas 33,33% do envio de dados os municípios de Belo Monte, Cacimbinhas, Estrela de Alagoas, Jaramataia, Novo Lino e Olho d’Água Grande.

O Sisnac contém informações sobre as características dos Nascidos Vivos, das mães, da gestação e do parto; tem cobertura universal; possibilita a construção de importantes indicadores de saúde; permite a observação de recém-nascidos com risco de vida; e, serve de base para o planejamento e adoção de ações específicas voltadas ao grupo materno-infantil.

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EDUCAÇÃO

Rafael Brito entrega ônibus escolar para Cajueiro

A Educação do município de Cajueiro deu mais um passo esta semana para fornecer uma educação com ainda mais qualidade para as crianças da região. Na segundafeira, 26, o secretário de Estado da Educação, Rafael Brito, entregou um ônibus novo para o transporte dos alunos da rede pública municipal.

A entrega foi realizada durante o lançamento do Programa Bolsa Cajueiro, que irá beneficiar inicialmente 500 famílias em situação de vulnerabilidade social. O programa vai garantir um valor de R$ 100 por família beneficiada para ser utilizado dentro do comércio do próprio município, garantindo o complemento da renda a essas famílias e impulsionando o comércio local.

Durante a entrega do ônibus, o secretário falou sobre a importância do novo meio de transporte na educação municipal, que é prioridade na gestão da pasta.

“O veículo chega como um reforço importante para a frota escolar do município”.

O secretário também visitou a Escola Estadual Inaura Casado Costa, reformada com recursos do Estado. “Fiquei muito contente em ver que o recurso do programa Rumo às Aulas já está sendo usado pela gestora Rosângela para receber nossos alunos com melhores condições de infraestrutura. Tá ficando tudo muito legal”, completou.

Lucila Toledo, prefeita do município, agradeceu ao secretário pelo recurso e garantiu que a entrega do ônibus somado com o novo programa municipal serão essenciais no futuro dos alunos.

“Venho lutando desde o início da minha gestão para ajudar ao povo de Cajueiro que vem sofrendo pela pobreza na cidade. Quero agradecer a todos que se fizeram presentes nesse momento tão especial e importante para Cajueiro. E reforço o compromisso de continuar lutando para cumprir tudo o que foi prometido”, frisou.

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ANUÁRIO DA SEGURANÇA

Alagoas tem o 8 menor número de desaparecidos no país em 2020 0

Programa do MP Estadual ajuda famílias na busca por pessoas em situação de desaparecimento TAMARA ALBUQUERQUE tamarajornalista@gmail.com

A

lagoas registrou no ano passado um percentual 18% menor de pessoas desaparecidas em relação a 2019. As informações dos órgãos de segurança pública no estado revelam que 466 pessoas, uma taxa correspondente a 13,9 cidadãos por mil habitantes, deixaram de enviar notícias e tinham paradeiro desconhecido pelos familiares, amigos e no grupo de trabalho. No ano anterior, o desaparecimento chegou a 566 pessoas (taxa de 17,0 por mil/hab).

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública indica que em 2020 o estado apresentou o 8º menor registro de desaparecidos no país e o 5º menor do Nordeste, ficando acima apenas do Acre (191 pessoas), Amapá (129), Paraíba (80), Piauí (307), Rio Grande do Norte 9223), Roraima (129) Sergipe (232) e Tocantins (248 pessoas). No cenário nacional, a Paraíba tem o menor número notificado de vítimas de desapare-

cimento.

O Brasil carrega a marca de 62.857 pessoas desaparecidas no ano passado, o que corresponde a 29,7 pessoas por grupo de mil habitantes.

São Paulo é o recordista neste tipo de tragédia familiar: 18.342 pessoas sumidas em 2020, quase o triplo de desaparecimentos registrado por Minas Gerais (6.835), o segundo colocado. Em seguida estão Rio Grande do Sul (6.202) e Paraná (5.377 pessoas).

Neste quesito de violência, o anuário também apontou número de pessoas localizadas vivas ou mortas.

Entretanto, as informações fornecidas pelos estados não indicam se o encontro está ou não vinculado a eventos de desaparecimento previamente reportados nem a qual ano se refere o sumiço. Segundo nota técnica do levantamento, não é possível saber em qual ano a pessoa encontrada, mesmo morta, desapareceu.

Dessa forma, os registros de pessoas localizadas nos anos de 2019 e 2020 não

O PLID/ ALAGOAS É COORDENADO PELA PROMOTORA DE JUSTIÇA MARLUCE FALCÃO E CONTA AINDA COM A PARTICIPAÇÃO DO PROMOTOR DE JUSTIÇA UBIRAJARA RAMOS, DO SERVIDOR THOMAZ FIREMAN E DA VOLUNTÁRIA AMANDA CASTRO.

correspondem necessariamente aos casos de pessoas desaparecidas registrados no mesmo período. Em Alagoas foram localizadas 34 pessoas em 2019 e 43 em 2020.

PROGRAMA PLID Em Alagoas, o Ministério Público Estadual implantou o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidas de Alagoas (PLID), que realiza o cadastro dos desaparecimentos num banco de dados nacional, chamado SINALID – Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos, Con-

selho Nacional do Ministério Público. Com isso, é possível cruzar informações provenientes de diversos órgãos, ajudando na busca de pessoas em situação de desaparecimento, e/ou identificação de pessoas com indicativo de desaparecimento.

O PLID/ Alagoas é coordenado pela promotora de Justiça Marluce Falcão e conta ainda com a participação do promotor de Justiça Ubirajara Ramos, do servidor Thomaz Fireman e da voluntária Amanda Castro. O programa contabiliza hoje 1.405 registros de desaparecimento.

Marluce Falcão orienta como deve proceder no mo-

mento que a pessoa desaparece. “É necessário primeiro fazer um Boletim de Ocorrência, posteriormente apresentar esse BO ao Ministério Público de Alagoas através do número: (82) 99182-0121, a partir desse momento cabe ao PLID divulgar nas redes oficiais o caso de desaparecimento. Já encontramos pessoas no interior da Bahia durante a pandemia, e em Minas Gerais.

Essas ações têm um alcance muito grande. É importante que a cada dia nós possamos nos especializarmos, unirmos nossas forças para que tenhamos um PLID forte em cada federação”, afirmou.

Embora o trabalho do

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ARTIGO

Estado reduz em 12,4% registro de suicídios

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mês de setembro é dedicado mundialmente a um movimento de conscientização sobre o suicídio, evento que afeta mais de 1 milhão de pessoas por ano no mundo. Instituições públicas e privadas quebram, aos poucos, os tabus que envolvem o tema e aderem às campanhas de prevenção no chamado Setembro Amarelo. No ano passado, o Brasil registrou 12.895 mortes por suicídio, uma variação 0,4% maior que no ano anterior, quando as estatísticas mostraram 12.745 casos.

Essa triste realidade ocorre em todas as unidades federativas e Alagoas chega a ocupar o 5º lugar em número de casos absolutos entre os nove estados do Nordeste. Em 2020, os registros de suicídio entre os alagoanos caíram 12,4% em relação ao ano anterior, passando de 192 mortes para 169. É um quantitativo inaceitável, diante da importância da vida.

O Anuário Brasileiro de Segurança, divulgado recentemente, mostra que as ocorrências entre os alagoanos correspondem a 5 pessoas em cada grupo de mil habitantes.

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PLID não substitua a apuração realizada pela Polícia Civil, ele pode, a partir de um trabalho conjunto, auxiliar no enfrentamento do problema. Para tanto, é disponibilizado um e-mail:plid@mpal. mp.br para o qual pode ser enviada a comunicação da pessoa desaparecida ou através do número: (82) 991820121, das 13h às 19h.

Quem quiser denunciar o sumiço de algum parente deve procurar o MP de Alagoas através de um dos canais de comunicação disponíveis em https://www.mpal. mp.br/sinalid/.

CAMPANHA Segundo o Anuário de Segurança Pública, no Rio Grande do Norte está o menor número de casos de suicídio do Nordeste, mas a menor incidência é registrada em Roraima. São Paulo fica no outro extremo, com a perda de 2.578 pessoas somente em 2020.

A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) instituíram o 10 de setembro como Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano. As instituições disponibilizam no endereço http://www. flip3d.com.br/web/pub/cfm/index9/?numero=14 diversos materiais de uso público para quem aderir ao movimento.

Diretrizes para a divulgação e participação da Campanha Setembro Amarelo, materiais online para download, e até uma cartilha com informações para prevenir, além de material para redes

Sinal amarelo para empresas que tratam dados pessoais ANDRÉ NORONHA nAdvogado

H

oje vivemos uma espécie de reality show em que as empresas que tratam dados são as telespectadoras. Não raras as vezes, nos deparamos com propagandas que parecem adivinhar o que estamos pensando e sugerem onde devemos ir ou gastar nosso dinheiro. Isso nada mais é que o resultado do uso inteligente de informações coletadas. Ocorre que, da mesma forma que os participantes de um reality concordam com o uso de sua imagem antes de irem ao ar, devemos ser questionados se concordamos com o uso dos nossos dados e onde eles serão usados.

Com o objetivo de proteção aos dados da pessoa natural, foi editada a Lei nº 13.709 de 2018, a chamada Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD, que entrou em vigor em agosto de 2020. Considerada um marco regulatório da proteção de dados no Brasil, a referida norma não se presta somente à proteção dos dados da pessoa humana, mas também possui o importante papel econômico de evitar o isolamento das empresas brasileiras do mercado global, além de perdas de competitividade e de investimentos estrangeiros. Como destacado no relatório do senador Ricardo Ferraço, a edição de uma lei geral de proteção de dados se mostrava necessária porque o Brasil “tem perdido oportunidades valiosas de investimento financeiro internacional em razão do isolamento jurídico em que se encontra por não dispor de uma lei geral e nacional de proteção de dados pessoais (LGPD)”. Isso porque, as empresas europeias, desde 2018, quando implementaram seu sistema de proteção de dados, ficaram praticamente impedidas de contratar com empresas situadas em países que não dispõem do nível de proteção adequado.

Apesar da legislação estar em vigor desde agosto de 2020,

as sanções previstas para as empresas que deixarem de cumprir suas determinações serão aplicadas a partir de agosto de 2021.

Apesar das tentativas de prorrogação, o prazo foi razoável para que as empresas fizessem as devidas adequações através de seus departamentos de compliance.

Todavia, muitas empresas ainda não estão preparadas para enfrentar a vigência das sanções, principalmente no estado de Alagoas, onde ainda não notamos um entendimento por parte das empresas sobre a importância dessa lei. Temos receio de que as punições sejam o start para conscientização. Estamos falando de uma obrigação legal com pesadíssimas multas, que podem chegar até a 50 milhões de reais e bloqueio ou eliminação dos dados relacionados a uma infração.

O impacto negativo na empresa, em virtude da falta de conscientização e adequação não se limita as sanções impostas pela ANPD (Agência Nacional de Proteção de Dados). As chances de responsabilização civil por danos patrimoniais e extrapatrimoniais são altíssimas, temos inúmeros casos de vazamento e uso indevido de dados pessoais na imprensa nacional ou internacional (vide, por exemplo, caso de manipulação eleitoral e política – Cambridge Analytica) ou violações aos direitos fundamentais de privacidade e intimidade dos indivíduos. Todo cuidado é pouco, pois além dos vazamentos voluntários e erro humano, diariamente hackers desenvolvem maneiras mais sofisticadas de invadir sistemas.

A boa notícia é que não há que se falar em esgotamento do prazo de adequação, no entanto, as empresas devem buscar o quanto antes a conscientização, promover treinamentos internos e procurar serviços específicos para iniciar a adequação à LGPD, objetivando minimizar os riscos de danos. Cientes que mesmo em casos de violação, considerando-se a peculiaridade do caso, a boa-fé e a comprovação de investimento em segurança de dados poderá levar à redução da sanção eventualmente imposta.

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SAÚDE MENTAL

n arnaldosanttos.psicologo@gmail.com

ARMA Eu me armo com livro e me livro de arma. (Cícero Neto)

E-BOOK em PDF: Saúde mental: pensar, agir e psicologia Aos leitores, Resolvi condensar num E-BOOK em PDF os artigos que produzi no jornal EXTRA referentes a maio de 2021 a maio de 2020, nessa ordem. São 141 páginas.

O E-BOOK contém, apenas, o último ano.

São quase quatro anos de material, entre artigos e dicas sobre SAÚDE MENTAL. O E-BOOK é destinado a todas as pessoas que se interessam por SAÚDE MENTAL.

Apresentação do E-BOOK

O E-BOOK é uma coletânea de textos sucintos sobre SAÚDE MENTAL publicados no JORNAL EXTRA, um tabloide semanal, de Maceió, Alagoas, no período de maio de 2021 a maio de 2020, nesta ordem.

O objetivo é que se faça uma reflexão

acerca dos temas atuais como pandemia, redes sociais, depressão, ansiedade, confinamento e distanciamento social, e, especialmente, o que se pode fazer diante de um novo mundo que ainda está sendo formatado em todos os seus aspectos BIOPSICOSSOCIAIS. O E-BOOK apresenta temas como: respeito; relacionamento com cônjuge, família, amigos e colegas; o que é covardia e coragem; o que é onimania; o que é Alienação Parental e também o que significa indignar-se no mundo atual.

Ele permite também fazer uma reflexão sobre o que representa o autoconhecimento e o ressignificar COMPORTAMENTOS, PENSAMENTOS e CRENÇAS. O E-BOOK discorre também sobre: tristeza; super proteção dos pais para com os filhos; negação (de um luto e de si mesmo); o que re-

presenta um selfie; o que é narcisismo; o que é inveja, no seu aspecto patológico; apologia ao crime; quais alimentos melhoram o bem -estar físico e mental; o que é autoestima; mitos e verdades sobre suicídio; perversão; o que é implicar-se no mundo, dentre outros temas.

O E-BOOK é fonte de informação para psicólogos, estudantes de psicologia, psiquiatras, psicanalistas e demais interessados por SAÚDE MENTAL. Enfim, os textos sucintos, sobre cada tema, pretendem provocar uma reflexão acerca do PENSAR e AGIR, e o que isso tem a ver com SAÚDE MENTAL e com a PSICOLOGIA, especialmente o que a PSICOTERAPIA pode oferecer de autoconhecimento para se alcançar uma melhor QUALIDADE DE VIDA nos diversos encaixes e enlaces que a vida oferece.

Comprar o E-BOOK

Ao leitor interessado no E-BOOK basta enviar: PIX 5582993515851 no valor de R$ 25,00 (VINTE E CINCO REAIS) ou, se preferir, depósito bancário: CAIXA ECÔMICA FEDERAL - CEF CONTA-CORRENTE 001 1.658-1 AGÊNCIA 840 JOSÉ ARNALDO DOS SANTOS Assim que enviar o PIX ou fizer o DEPÓSITO, mande o comprovante para o WHATSAPP (82) 99351-5851 que enviarei o E-BOOK pelo WHATSAPP ou por E-MAIL, se preferir.

Um grande abraço aos leitores.

Arnaldo Santos, psicólogo.

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PEDRO OLIVEIRA

n pedrojornalista@uol.com.br

PARA REFLETIR -“Encontrou-se, em boa política, o segredo de fazer morrer de fome aqueles que, cultivando a terra, fazem viver os outros”.(Voltaire) (Nelson Rodrigues)

dele altera o bloco composto por MDB, Republicanos e Progressistas, com direito a três das 11 cadeiras no colegiado.

Em quem pensa o governador?

J

á caminham, embora ainda por estradas incertas, as tratativas para as eleições que vão acontecer no próximo ano. Partidos da base aliada do governo e da oposição começam e se posicionar em confabulações, ainda blindadas por segredos, para definir principalmente as chapas majoritárias (governo e Senado) que deverão se enfrentar em um dos pleitos mais concorridos da nossa história política.

Embora ainda sem a definição de um nome para chamar de seu, o lado do governo se mostra com muito maior densidade que qualquer outro opositor, por conta do percentual natural de quem está no poder e amparado na excelente administração do governador

Construindo em plena crise

Em plena crise construiu e equipou hospitais e bases de saúde, muito importantes para combater a pandemia (o único governador que entregou hospitais novos e totalmente equipados no país). Na educação está fazendo uma revolução de obras e valorização dos profissionais, escolas reformadas, construídas e ampliadas, prontas para a retomada das aulas presenciais. Na infraestrutura rasgando e duplicando estradas, incentivando e atraindo novos investimentos no turismo, gerando empregos e rendas.

O funcionalismo está recebendo dentro do mês trabalhado, outro fato inédito, além de ainda conceder aumento de salários e a realização de concursos em todas as áreas da administração.

No meio do caminho, pedra

uma

Se houvesse a possibilidade de um terceiro mandato, caso a legislação eleitoral permitisse, o governador seria imbatível e sem concorrentes à altura de um embate. Desfez completamente a “maldição do segundo mandato” quando tem o segundo período de administração mais bem avaliado que o primeiro.

O problema é que Renan Filho, com todo esse acervo eleitoral que carrega, está tendo dificuldade em escolher o seu sucessor. Cometeu o pecado de sempre: não preparou um nome para lhe suceder e não se vê em seu entorno nenhum nome que se diga: esse é o cara!

Não que não tenha a seu lado nomes preparados para a missão e tem vários, mas o problema é fazer desse nome um potencial aglutinador de votos em tão pouco tempo.

Na lista entre outros Maurício Quintella, Rui Palmeira, Alexandre Ayres, Alfredo Gaspar, Rafael Brito, José Wanderley, apenas para citar

Renan Filho, que é avaliado como um dos melhores gestores dos últimos tempos, com elevado conceito a nível local e nacional.

O governador tem se sobressaído, quando a maioria dos seus colegas sofre desgastes, por conta de uma administração de resultados positivos. A própria pandemia o colocou no topo da avaliação positiva, pelo seu protagonismo a nível nacional. Teve coragem e se arriscou politicamente ao adotar medidas amargas na prevenção e adoção de restrições sociais, bateu de frente com setores empresariais e classistas, que tiveram que se render para evitar a propagação do vírus.

ES BRASIL

alguns.

De filho mãe

pra

A mãe de Ciro Nogueira, Eliane Nogueira (PP-PI), tomou posse como senadora no lugar do filho, que assumiu a Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro. O mandato, do qual Eliane é primeira suplente, começou em fevereiro de 2019 e deve se manter até o início de 2027.

A senadora, que não tem experiência em cargos públicos, disse que vai dar continuidade ao trabalho realizado pelo filho: “É uma grande honra e muita responsabilidade”. Em 26 anos no Congresso, como deputado e senador, Ciro só aprovou dois projetos.

Ao assumir a Casa Civil, Ciro também abriu mão da presidência nacional do partido, que controlava desde 2013.

O cargo será agora exercido pelo deputado federal André Fufuca (PP-MA), que anunciou a mudança em suas

redes sociais.

Mais uma excrescência da podre política brasileira.

Confronto à vista

O filho do presidente Jair Bolsonaro, senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), foi confirmado como suplente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

Com isso, o parlamentar passa a integrar oficialmente o colegiado que tem apurado ações e omissões do governo no combate à pandemia do coronavírus. A CPI retorna aos trabalhos na próxima semana.

Um confronto mais acirrado entre o filho do presidente e o relator da CPI, senador Renan Calheiros, e também o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues, é aguardado, agora que Flávio chega ao plenário da comissão, mesmo como suplente.

O ingresso de Flávio se deve à saída do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que deixou o Senado para assumir o comando da Casa Civil. Ciro era titular da comissão e o movimento

A hora do prefeito JHC Prefeito JHC não para. Logo cedo parte para as diversas obras espalhadas por toda Maceió, vistoria, conversa com os operários, ouve os moradores, recebe abraços e cumprimentos pelas melhorias nos bairros.

Diariamente comparece aos postos de vacinação, para acompanhar de perto, se reúne com as coordenações do combate à pandemia e se liga nas fontes para cobrar mais vacinas No gabinete, entre telefonemas, recebe lideranças comunitárias, políticos e toca a pauta administrativa que é imensa Publicamente tem falado pouco sobre o futuro, mas o tema é abordado sim, no privado. Está observando, costurando e conversando com possíveis aliados. Com aprovação em alta, não vai dar tiro no escuro. Sabe-se que em seu entorno existem insinuações de pretendentes e agregados, mas Caldas é matreiro e é profissional do jogo político.

Vai decidir na hora certa, quando chegar sua hora e o momento adequado.

PÍLULAS DO PEDRO Em eleição e futebol, o quesito “caráter” é irrelevante.

Uma pergunta que não quer calar.

Onde andam os guardas de trânsito de Maceió? Férias coletivas?

CPI da pandemia voltando com “pilhas novas” e pauta explosiva.

Segura essa, genocida!

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O Centrão vai fazer a festa. De novo

ELIAS FRAGOSO n Economista

O

deputado federal Ulisses Guimarães, presidente da Câmara Federal e do MDB, partido de oposição ao governo militar que assumiu o poder no pós-redemocratização, ao ser indagado sobre a baixa qualidade dos congressistas daquele tempo, tinha uma resposta pronta, típica do seu espírito de aguçada ironia: esperem para ver o que vem na próxima legislatura...

E veio. O Centrão - uma federação de partidos que operam de forma independente entre si, mas coordenados no foco de achacar empresários e surrupiar os recursos públicos - deu

as caras em 1987. E logo ficou “conhecido” pela frase do então deputado Roberto Cardoso Alves (o Robertão) de SP que explicitava cinicamente o modus operandi quadrilheiro do grupo para apoiar o governo, qualquer governo: “É dando que se recebe”. Modelo (sic) que tem sido “aperfeiçoado” pelas novas gerações de parlamentares sucessoras dos “fundadores” do grupo.

Nestes 35 anos de redemocratização, o Centrão todas as vezes que logrou seu intento, quebrou o país, empobreceu ainda mais a chusma miserável e interditou qualquer possibilidade de retomada do crescimento do país. Sua última “participação” (sic) nos desgovernos petistas onde se lambuzaram de tanta corrupção é a prova mais recente disso.

Toda essa introdução para relembrar a eleição presidencial de 2018 e a ameaça do retorno do PT ao governo e da corrupção generalizada promovida a granel pelos vermelhos e asseclas, que culminou com a improvável eleição de um azarão, por absoluta falta de nomes críveis para o eleitor brasileiro.

A eleição de Bolsonaro deveu-se à

crença do eleitor nas suas promessas. Todas, sem exceção, miseravelmente descumpridas. Seu desgoverno tem sido uma somatória de baixezas, desqualificação técnica e pessoal, ausência total de projetos e uma balburdia institucional.

A isso se soma a absurdeza de seus atos e ações na pandemia, as reiteradas ameaças de golpe, as ligações nebulosas e não esclarecidas com milicianos, a “indústria” de fake news alimentadas de dentro do Planalto (bem na linha das mentiras e aleivosias por ele assacadas todos os dias); a corrupção que a CPI flagrou na Saúde e aflora em outros órgãos, e a entrega da gestão do governo ao Centrão (grupo que participou diretamente do butim ao erário no governo petista) coroada com sua declaração “Eu sou Centrão”.

Essas e muitas outras aleivosias colocaram verdadeira pá de cal naqueles que ainda tinham alguma esperança de mudanças no seu governo acéfalo e bucéfalo. Sua popularidade cai vertiginosamente nos últimos meses ameaçando sua reeleição e, a continuar a debacle, até sua candidatura (o que seria ótimo

para viabilizar uma terceira via...).

Todos sabem que a entrada do Centrão no governo teve um único objetivo: não ser impichado e defenestrado do poder. Para isso Bolsonaro não titubeou: traiu grande parte de pessoas que acreditavam no capitão e aqueles que simplesmente votaram nele para evitar o mal maior da volta do PT. Deu um cavalo de pau nas suas promessas e rasgou o véu de sua vida corrupta como partícipe do grupo mais corrupto de parlamentares deste país.

O Centrão não se faz de rogado.

Espaço aberto é para ser ocupado e rápido. Já se apossou das principais posições do governo e quer agora recriar o Ministério do Planejamento para fechar o circuito do Orçamento: eles mesmos propõem “metas”, aprovam no parlamento e liberam a grana no Executivo, eliminando “intermediários” que possam criar obstáculos a seus intentos.

Vão repetir seu “desempenho” no governo petista. E roubar maximamente. Até Bolsonaro perder a eleição, aí migram para apoiar o recém-eleito e começar tudo de novo.

Triste país!

Todos sabem que a entrada do Centrão no governo teve um único objetivo: não ser impichado e defenestrado do poder. Para isso Bolsonaro não titubeou: traiu grande parte de pessoas que acreditavam no capitão e aqueles que simplesmente votaram nele para evitar o mal maior da volta do PT.

MACEIÓ, ALAGOAS - 31 DE JULHO A 06 DE AGOSTO DE 2021

No balanço das ondas do mar

ALARI ROMARIZ TORRES n Aposentada da Assembleia Legislativa

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brasileiro que mora em cidade litorânea, aprende a conviver com o mar. É o meu caso: moro há muito tempo num condomínio pertinho da praia e converso com Deus, ouvindo o barulho das ondas.

Nesses oitenta anos de vida, vivencio com coisas boas, coisas más, pessoas boas e pessoas más. O importante é saber administrar!

Minha infância foi maravilhosa no bairro do Farol, andando de bicicleta pelas ruas arborizadas de lá. Meus pais, de classe média, souberam proporcionar aos filhos momentos felizes, convivendo com amigos de nosso nível.

Aprendi que nossa vida se parece com as ondas do mar. Altos e

baixos se sucedem e, de cabeça erguida, rimos ou choramos com tudo que nos acontece. Como apareceu nos dois últimos anos um vírus invisível, precisamos mudar de vida. Abraçar amigos e parentes, visitá-los nos hospitais, ir ao cemitério assistir ao enterro de qualquer pessoa, beijar e apertar filhos e netos, tudo isso ficou proibido. Muitos meses de sofrimento, reaprendendo nos moldes da recente vida. Sofri demais com os novos costumes, porque gosto de ver gente, conversar, rir, chorar, abraçar pessoas queridas.

Quando a maré está cheia, o mar bate nas pedras, derruba o que está na frente. É a natureza gritando: “Estou aqui, não me agrida!” Mas, o homem é teimoso, avança pela praia, constrói barreiras e diques caríssimos, proporcionando aos vizinhos a perda de seus terrenos. Lutamos, gritamos, chamamos amigos para nos socorrer. Por conta disso, fui agredida verbalmente por um moço com quem convivíamos desde o século passado.

Vaidoso, agressivo, gritava ao telefone: “Sou isso, sou aquilo; não devemos falar no IMA, na Prefeitura, no governo do Estado; são pessoas que vão nos ajudar a resolver o problema da obra irregular autorizada por um técnico ambientalista”. Perdi um bom amigo, mas não perdi as forças

Pão, circo e mais problemas

CLÁUDIO VIEIRA

n Advogado e escritor

Panem et circenses, aprendi na adolescência, é uma expressão latina, ainda hoje muito usada sobre como políticos, enrolados em quaisquer problemas graves, veem festas como Carnaval, São João, Natal e Ano Novo, Copa do Mundo, e assim por diante. Serão elas esperado refrigério de suas agruras, quando, envolvi-

dos nos festejos, esquecemos dos malfeitos das autoridades. Pão e circo teria sido, então, política da república romana, assim como do império, que visava distrair a plebe dos graves problemas da Roma Antiga. Recentemente tive a curiosidade de acessar o Google para, em sites conceituados, melhor aprofundar-me no conceito, e fiquei sabendo que historiadores e arqueólogos modernos descobriram que a frase havia sido cunhada ou usada pela primeira vez por Juvenal, poeta latino satírico, resumindo o desprezo da classe dominante pelo povo. Ponderei comigo mesmo que, seja naquela concepção aprendida há muitos anos ou na descoberta nova, a frase tem mesmo um caráter de desprezo que os maus políticos, independentemente de qualquer partido, sentem pelas pessoas comuns, aquelas que os elegem no exercício do efêmero poder dos

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para lutar contra o possível inimigo do mar. São as ondas do Oceano Atlântico destruindo casas, porque o homem agrediu a natureza. A resposta veio “a cavalo”: o outro lado está sendo atingido. Possivelmente, a cara contenção será coberta pela raiva do rio e do mar. No entanto o saldo foi negativo: perdi um amigo de longas datas.

A maré está cheia, a praia linda e a idosa levou outra cacetada da vida. Um parente próximo traiu os irmãos e o próprio pai. A velhinha chorou, procurou conversar com traidor; nada foi resolvido.

Procuraremos a justiça dos homens. Se não der certo, virá a justiça de Deus, que é dura e reconhece os culpados.

Veio a maré seca. Com ela, boa notícia. Uma neta querida está viajando para os Estados Unidos.

Vai fazer mestrado em Harvard.

Liga para a velha avó, feliz e contente: “Vó meu curso vai começar, reze por mim, consegui duas bolsas de estudos”. E a velhinha chora de alegria.

Com a maré seca, outra boa notícia: três netos se encontraram em Miami e contentes, lembrando de mostrar em vídeo aos dois velhinhos que estão juntos. Peço a Deus que os abençoe!

eleitores.

Para Bolsonaro e seu grupo as Olimpíadas vieram a calhar ao sossego do chefete da república bolsonarista, acossado por escândalos e acusações as mais diversas, inclusive de responsabilidade pelas mais de 500 mil mortes de brasileiros durante a pandemia da covid que ainda nos atormenta. Malgrado Bolsonaro houvesse ficado quieto, na moita como se diz popularmente, sequer lembrando de elogiar ou incentivar os atletas que tão bem vêm nos representando, como outros mandatários, sub -repticiamente dilapida o que resta do seu patrimônio eleitoral, esconjura as promessas de campanha. A redução do número de ministérios e órgãos públicos que pesavam ao Tesouro nacional; governo sóbrio, formado por pessoas de moral ilibada, imunes a qualquer acusação;

Lá vem a maré cheia e com ela um novo problema: um ex-parente está muito doente e os três filhos choram ao lado dele, acompanhando seu sofrimento.

Na vida funcional sempre houve grandes lutas. Homens públicos, gestores, enxergam somente seus umbigos. Pensar na vida dos servidores não está na programação dos parlamentares estaduais.

Só nos resta falar, gritar, chamar a atenção da sociedade. Uns dizem: “Não vale a pena, desista”. Mas, no fim do túnel ouço uma voz bem firme gritando: “Insista! Lute!”

No vai e vem das ondas do mar, o que mais assusta a oitentona é a doença. Quando o corpo adoece, a alma fica ferida e torna-se difícil lutar.

Ah! Já ia esquecendo: numa maré alta, o governo do Estado devolveu aos inativos um mês dos 14% que retirou deles desde 2020 e por causa disso perdeu as eleições municipais. Falta ainda devolver os outros meses.

Meus leitores devem ter percebido que as idas e vindas da vida correspondem às marés. Para sobreviver a tudo isso, a velhinha aprendeu a nadar com quarenta anos.

Deus existe! Não duvidem!

amor à Pária, que fez representar na frase símbolo do seu governo; sobriedade com os gastos públicos; e, tantas coisas mais que engambelaram os eleitores, tudo isso ficou no esquecimento bolsonarista. No afã de garantir um segundo governo, ou a continuidade do desgoverno, faz pacto com tudo aquilo que fingia deplorar na política, seja convocando suspeitos de falcatruas para o seu ministério já inchado, ou juntando-se ao passado de triste memória. Tremendo ao pensar que seu maior adversário, tão malfeitor quanto, poderá vencê-lo no pleito que se avizinha, ameaça até a democracia e o estado de direito. O pior de tudo é que parece esperar apoio da instituição de maior credibilidade perante a Nação.

Esperemos que não, que esse apoio inexista, e que Deus ainda seja brasileiro!

Como apareceu nos dois últimos anos um vírus invisível, precisamos mudar de vida.

Abraçar amigos e parentes, visitá-los nos hospitais, ir ao cemitério assistir ao enterro de qualquer pessoa, beijar e apertar filhos e netos, tudo isso ficou proibido.

Para Bolsonaro e seu grupo as Olimpíadas vieram a calhar ao sossego do chefete da república bolsonarista, acossado por escândalos e acusações as mais diversas, inclusive de responsabilidade pelas mais de 500 mil mortes de brasileiros durante a pandemia da covid que ainda nos atormenta.

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Os nazistas chegaram para apoiar Bolsonaro

JORGE OLIVEIRA

n Jornalista, cineasta e escritor narapiraca@yahoo.com Instagram: jorgeoliveira217

Rafina, Grécia - Ao receber efusivamente a neta do ministro de Finanças de Hitler fora da agenda oficial no Palácio do Planalto, Bolsonaro descortina para os brasileiros a sua face de nazista. Revela com isso a admiração que tem pelo ditador sanguinário, responsável pelo holocausto que ceifou milhões de vidas durante a Segunda Guerra Mundial. Agora, para interpretar o personagem, o capitão só precisa vestir o modelito de guerra e adotar o bigodinho sinistro do sujeito mais cruel da história da humanidade, com quem guarda muita semelhança.

Na foto, distribuída para a imprensa depois do encontro, Bolsonaro aparece sorriden-

te na companhia da deputada alemã Beatrix von Storch, neta do ministro de Adolf Hitler por doze anos, condenado pelo Tribunal de Nuremberg por crimes de guerra.

O encontro repercutiu no mundo, pois o partido de Storch, o AfD, é conhecido na Alemanha pelo desrespeito aos direitos humanos, apologia ao nazismo, perseguição implacável aos imigrantes e pelo comportamento negacionista em relação a pandemia.

No Brasil, os jornais registraram o encontro com certa discrição, mas aqui na Grécia e no resto da Europa o ato foi repudiado pela mídia com muito destaque em todos os canais de televisão. Mais uma vez, neste governo, o Brasil caminha na contramão da história, representado por um político desqualificado que transforma o país numa pocilga, onde seus seguidores chafurdam no chiqueiro da ignorância, da bestialidade e da irracionalidade.

Se é com essa espécie de gente, com essa escória política, devota do mais impiedoso ditador mundial, que o capitão pensa reforçar o seu time para transformar o Brasil numa ditadura, pode, desde já, tirar o cavalinho da chuva. Essa turma não é levada a sério por

DIVULGAÇÃO

nenhum governo no mundo, exceção daqueles que se pautam pela doutrina truculenta de Hitler, o tirano genocida, como é o caso do próprio Bolsonaro e do ditador da Síria Bashar al-Assad, que recebeu o grupo alemão para espalhar ao mundo que o seu país era seguro.

Normalmente, só governos que trabalham às margens da lei, os párias, homenageiam esse tipo de lixo político.

Ao aparecer sorridente ao lado de Storch e de outros representantes nazistas, Bolsonaro, mais uma vez, revela aos seus seguidores, aqueles mais excitados que o veneram e o chamam de “mito”, a sua identidade de um soldado nazista, que certamente não hesitaria em utilizar as mesmas ferramentas empregadas pelo seu

ídolo alemão para eliminar seus adversários, pois esse comportamento violento faz parte da sua personalidade.

Mas ao contrário do que pensa o capitão, o mundo não enxerga com bons olhos as suas atitudes truculentas nem sua simpatia pelo nazismo. Os principais governantes do planeta farão de tudo para manter a democracia brasileira na América do Sul. Sem o apoio das principais potências, principalmente dos Estados Unidos, que não apostam mais em ditaduras latino-americanas depois da Guerra Fria, dificilmente os soldadescos do capitão vão prosperar com a ideia de um golpe militar no Brasil, como pensam alguns de seus generais de pijama.

O resto é conversa fiada.

Ao aparecer sorridente ao lado de Storch e de outros representantes nazistas, Bolsonaro, mais uma vez, revela aos seus seguidores, aqueles mais excitados que o veneram e o chamam de “mito”, a sua identidade de um soldado nazista, que certamente não hesitaria em utilizar as mesmas ferramentas empregadas pelo seu ídolo alemão.

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SAÚDE

Santa Casa de Maceió melhora atendimento dos Ambulatórios de Anestesia do SUS Semanalmente, cerca de 120 pacientes são atendidos em consultas pré-operatórias

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Santa Casa de Maceió aperfeiçoou o atendimento dos Ambulatórios de Anestesia 100% SUS no Centro Médico Duílio Marsiglia (Centro) e na Santa Casa Poço. Nos quatro dias de funcionamento, 120 pessoas são consultadas pelos especialistas da Clínica de Anestesiologia de Maceió (CAM) para a habilitação em procedimentos cirúrgicos ou exames que necessitam de anestesia/sedação.

Com o fluxo de atendimento reestruturado, o número de adiamentos de cirurgias eletivas caiu.

“Isso ajuda, e muito, pacientes que são do interior ou que têm dificuldade de locomoção.

Orientamos que o paciente já tenha uma data prevista para a cirurgia para que a consulta seja feita entre sete a dez dias antes do procedimento. É o tempo necessário para tratar um processo hipertensivo, pausar algum remédio que esteja usando ou pedir exames complementares. Hoje, conseguimos manter um fluxo diário de 30 pessoas, o que garante mais qualidade ao atendimento e diminui o risco do paciente precisar fazer novas consultas por falta de

exames, o que atrasaria a marcação da cirurgia”, explicou Cira Queiroz.

No Centro Médico Duílio Marsiglia (Centro), onde são realizadas consultas ambulatoriais da oncologia clínica, cirurgia oncológica, cirurgia geral, entre outras especialistas, e na Santa Casa Poço, são atendidos pacientes que serão operados na Santa Casa de Maceió e Santa Casa Nossa Senhora da Guia. “Pela resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), todos os pacientes que farão cirurgias eletivas têm que passar por uma consulta anestésica. Isso já havia sido implantado para os pacientes de convênio e particular. Esse serviço também é ofertado para pacientes do SUS. Eles são orientados sobre a técnica anestésica que será aplicada, e o tempo de jejum adequado, por exemplo, para diminuir o índice de complicação.

Assim o paciente fica bem preparado”, explicou a especialista.

O serviço ofertado pela Santa Casa de Maceió não é usual na maioria dos hospitais de Alagoas.

Geralmente, os pacientes conhecem o anestesista

Cira Queiroz e Larissa Mendonça reforçam a importância do serviço para os pacientes

no momento da cirurgia.

Para as especialistas, a implantação de uma rotina de avaliação permite que o anestesista verifique se há algum problema que possa ser resolvido antes da cirurgia, e programar melhor a anestesia, já que é possível saber se o paciente precisará de sangue, e quais suas

comorbidades.

“Acredito que isso traz uma sensação de pertencimento e dignidade à pessoa que está cuidando da própria saúde, já que tem a oportunidade de solucionar suas dúvidas.

O médico cria um vínculo com o paciente, que se sente mais seguro e menos ansioso na hora da

cirurgia”, disse a anestesista Larissa Mendonça.

Durante a cirurgia, os anestesistas checam as funções do paciente (pulmão, coração, oxigenação, pressão) e intervêm se algum índice sofrer alteração ou houver complicações, como sangramento ou baixa considerável de pressão.

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SUSTENTABILIDADE

Produção de matéria-prima para biodiesel gera receita de R$ 82,4 milhões para Alagoas

Estado lidera ranking do Nordeste na oferta de matéria-prima pela agricultura familiar DIVULGAÇÃO-ABIOV

TAMARA ALBUQUERQUE tamarajornalista@gmail.com

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Selo Biocombustível Social (SBS), um certificado concedido aos produtores de biodiesel que adquirem percentuais mínimos de matéria-prima de agricultores familiares, tem crescido exponencialmente em Alagoas, gerando renda e emprego na zona rural dos municípios de Piaçabuçu, Matriz de Camaragibe e Coruripe. Em 2020, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), 1.204 famílias alagoanas habilitadas no programa do SBS forneceram matéria-prima para a produção de biodiesel, quase três vezes mais participantes do que em 2019.

Essas famílias entregaram 35,5 mil toneladas de matéria-prima extraída da cultura do coco para a produção de biodiesel no ano passado, gerando uma receita de R$ 82,4 milhões.

Com isso, a renda média por família envolvida atingiu R$ 70 mil, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). No Brasil, são 74.244 famílias inseridas na cadeia de produção

Diesel obtido a partir da aquisição de coco produzido por pequenos agricultores

SEGUNDO A ENTIDADE, ENTRE 2008 E 2020, O BIODIESEL PROPORCIONOU A REDUÇÃO NA IMPORTAÇÃO DE 47 BILHÕES DE LITROS DE DIESEL FÓSSIL NO PAÍS. ISTO REPRESENTOU UMA ECONOMIA DE MAIS DE US$ 30 BILHÕES QUE DEIXARAM DE SER REMETIDOS AO EXTERIOR.

do biodiesel. “É um crescimento surpreendente, que confirma o potencial de expansão do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) em Alagoas, estado que já tem tradição na fabricação de biocombustíveis”, explica Daniel Amaral, economista-chefe da Abiove. Na safra 2020/2021, Alagoas foi o maior produtor de etanol da região Nordeste, respondendo por 20% da produção regional.

NA PONTA O estado liderou o ranking regional de oferta de matéria-prima da agricultura familiar para a produção de biodiesel em 2020. Beneficiando coco, foi responsável por quase metade dessa oferta pela região Nordeste.

No Nordeste, 2.065 famílias aderentes ao SBS forneceram matéria-prima para a produção de biodiesel em 2020, alta de 134% sobre o ano anterior. ‘’Esses dados confirmam o papel

do biodiesel como vetor na agregação de valor do agronegócio nacional e seu potencial para geração de empregos, renda e farelos proteicos, o que sinaliza a importância de retomar o B13 e progredir na mistura obrigatória até o B15 no diesel comercial”, ressalta Amaral.

O governo aprovou no dia 13 de julho a Resolução nº 11 do Conselho Nacional de Política Energética estabelecendo em 12% o teor de mistura obrigatória do biodiesel no óleo diesel fóssil no 81º Leilão de Biodiesel, que deve ocorrer no início deste mês de agosto.

Com isso, a expectativa é de que o leilão resulte em vendas de até 200 milhões de litros a mais do que o volume esperado se o governo mantivesse o percentual de mistura de 10%, como havia previsto.

Daniel Amaral salienta que a Abiove vai continuar trabalhando pela retomada do B13 ainda este ano e garantir a adoção do B14 a partir de março de 2022. Segundo a entidade, entre 2008 e 2020, o biodiesel proporcionou a redução na importação de 47 bilhões de litros de diesel fóssil no país. Isto representou uma economia de mais de US$ 30 bilhões que deixaram de ser remetidos ao exterior.

Em 2020 foram importados 11,8 bilhões de litros de diesel a um custo de US$ 4 bilhões. O volume total de consumo de Diesel B atingiu 57,5 bilhões de litros, enquanto a produção de biodiesel foi de 6,4 bilhões de litros. Se não fosse o biodiesel o país teria que importar adicionalmente esses mesmos 6,4 bilhões de litros de diesel mineral.

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ECONOMIA EM PAUTA

n Bruno Fernandes – bruno-fs@outlook.com

MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

DIVULGAÇÃO/MV DIVULGAÇÃO/MAGALU

Imposto de Renda

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Receita Federal começou o Projeto Cartas 2021 com o intuito de avisar aos contribuintes que, em caso de erro na declaração apresentada, providencie a correção, enviando uma declaração retificadora.

Mais de 32 mil cartas foram enviadas entre os dias 9 e 12 de julho para os estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Em anos anteriores, essas cartas eram enviadas nos meses de setembro e outubro. Regularizando a declaração antes de ser intimado ou notificado pela Receita Federal, o contribuinte evita a autuação e cobrança de multas. Depois de receber intimação ou notificação, não é mais possível corrigir a declaração apresentada.

Entregas ultra rápidas O Magazine Luiza anunciou esta semana que concluiu a aquisição da Sode Intermediação de Negócios, uma plataforma de logística de entregas ultra rápidas que atua em Alagoas. O valor da transação, que foi realizada por uma empresa controlada pela varejista, não foi informado. Fundada em Recife, em 2015, a Sode está presente em outros sete estados e possui mais de mil entregadores ativos, que realizam atualmente 2 milhões de entregas por mês.

Saúde digital Consolidada no mercado e líder no desenvolvimento de software para a saúde, a MV, que atua na Santa Casa de Misericórdia de Maceió e que está entre os 20 melhores hospitais do Brasil, segundo a Newsweek, celebra 34 anos de história este mês. A multinacional brasileira atualmente atende mais de 2.500 unidades espalhadas por 10 países da América Latina e África. Com expansão acelerada, a empresa faz projeções otimistas para o novo ciclo e prevê um faturamento anual de R$ 2 bilhões nos próximos cinco anos.

Cartão de crédito

Um levantamento realizado pela Serasa e pela Opinion Box indica que 79% dos brasileiros recorreram a algum tipo de crédito durante a pandemia, sendo o cartão de crédito a fonte mais utilizada, tendo sido apontada por 62% dos entrevistados. Além disso, 62% das pessoas dizem que pretendem utilizar alguma fonte de crédito no período da retomada. A pesquisa “O papel do crédito em um momento de retomada” ouviu 2.068 pessoas em todas as regiões do país entre 22 de junho e 2 de julho de 2021. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o intervalo de confiança é de 95%.

MARCOS SANTOS//USP IMAGENS

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FERNANDO CALMON Carro já pode monitorar saúde do motorista

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medida que a idade média dos motoristas aumenta, a probabilidade de emergências ao volante devido a doenças avança. Pessoas com doenças pré-existentes não podem usar o carro ou só fazê-lo de forma limitada. A empresa de engenharia IAV e a Universidade de Oldenburg, ambas na Alemanha, desenvolveram um assistente digital que monitora o estado de saúde do motorista, detecta com precisão mudanças que vão desde falta de ar a ataque cardíaco e inicia automaticamente medidas de socorro em caso de emergência.

“Os sistemas existentes, como detecção de fadiga ou assistência de emergência, não sabem praticamente nada sobre o estado de saúde do motorista. Eles não intervêm ou o fazem tarde demais em emergências de saúde”, disse Mark Busse, da IAV. Chamado Car That Cares (em tradução livre, O Carro Que Cuida [de você]), consiste de uma cinta torácica certificada que detecta pulso e frequência respiratória, software com suporte de IA (Inteligência Artificial) incluído no veículo e uma infraestrutura de nuvem segura e inteligente.

Graças ao design modular também será possível integrar outros recursos de medição e sensores em um estágio posterior: por exemplo, determinar saturação de oxigênio e níveis de açúcar no sangue. A infraestrutura de dados segura pode ser projetada de forma flexível e, portanto, adaptada aos regulamentos de proteção de dados do respectivo país.

Na nuvem, a IA analisa os dados, cria um perfil digital do motorista e transmite valores limites relevantes para o veículo.

Assim que o software detecta anomalias que comprometam saúde e segurança, ativa as funções de assistência e automação do veículo. Algoritmos de aprendizado de máquina

n JORNALISTA

ALTA RODA DIVULGAÇÃO

são treinados para detectar variações, online e off-line, no estado de saúde do motorista.

Incluem comprometimento de leve a grave e emergências, a exemplo de dificuldade respiratória, ataque cardíaco ou perda de consciência.

O sistema responde de forma consistente e ao mesmo tempo adequada à situação. Em dificuldade respiratória leve, por exemplo, avisa o motorista por meio da central de infotenimento. Se necessário, ativa o recurso de alerta de saída de faixa e reduz a velocidade.

Em emergências, como um ataque cardíaco ou perda de consciência, o veículo procura o acostamento da estrada e para em segurança, além de iniciar uma chamada de socorro médico e ambulância. O motorista tem opção de interromper as medidas a qualquer momento.

Nos testes iniciais em um automóvel foram feitas simulações com sucesso. O assistente de saúde precisa ser integrado durante a fase de desenvolvimento de novos modelos.

Trata-se de um avanço para segurança de trânsito. Acontecem acidentes de alto potencial de gravidade quando o motorista passa mal ao volante e não há outra pessoa a bordo capaz de ajudar.

O Car That Cares pode ser instalado igualmente em caminhões e ônibus. Como estes pesam várias toneladas, o acidente pode atingir proporções bem maiores. Da mesma forma, gerencia os riscos até a parada completa do veículo.

n SISTEMA Nacional de Alertas Rápidos de Recall estava obsoleto e foi inativado. Um novo está sendo criado pela Secretaria Nacional do Consumidor e a Universidade de Brasília que cuidará da prototipação.

Anfavea participará do grupo de trabalho pois veículos automotores representam a maioria dos comunicados.

Tudo estará centralizado numa base de dados com informações para consumidores e outros órgãos. Bom lembrar: quem não atender a um recall terá ressalva impressa na documentação do carro. n PROCURA por veículos para PcD (Pessoas com Deficiência) está em expansão depois do limite de preço para modelos elegíveis ter subido de R$ 70.000 para R$ 140.000. No entanto, falta muitas vezes o esclarecimento de que, no caso do IPI, a alíquota só estará zerada até 31 de dezembro deste ano. Para o desconto tornar-se permanente terá de haver nova negociação com o governo federal. Isso sem contar que os estados não tomaram a mesma iniciativa em relação ao ICMS e o preço não caiu tudo que deveria.

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n NOVO VW Taos é próximo ao T-Cross por dividir o mesmo trem de força. Isso implica desempenho um pouco inferior, pois pesa 128 kg a mais. Porém posso classificá-lo como mais “adulto” por acomodar melhor cinco ocupantes e ter porta-malas maior (498 litros, sem o tampão interno). Sua suspensão traseira independente também é melhor, numa avaliação mais longa. Esse conjunto pede um tanque de combustível uns 5 litros maior para conveniência em viagens. Controle de cruzeiro adaptativo inclui a útil função para-e-anda. n BUGGIES ainda são indispensáveis nas areias e dunas das praias brasileiras, para fins turísticos.

Fyber, do Ceará, já produziu cerca de 15.000 unidades desde 1983. A alemã Axxola decidiu investir R$ 30 milhões na empresa para construir uma fábrica definitiva em Paracuru (CE) e ampliar a produção para até 1.000 unidades/ano. A cidade ficou conhecida por ser uma das melhores para prática de kitesurf do mundo e atrai turistas de vários países.

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RESENHA ESPORTIVA

ARTHUR FONTES arthurfontes425@gmail.com

COB DIVULGAÇÃO

Maceió sediará mundial de Beach Tennis

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Macena Open de Beach Tennis, que será realizado na Praia da Pajuçara, em Maceió, terá o vice-campeão mundial na disputa e um ex-top 10 do ranking da Federação Internacional de Tênis. Ralff Abreu, vice do Mundial por Equipes em Moscou, na Rússia, em 2017, confirmou sua presença no torneio que terá premiação de US$ 4 mil (R$ 21 mil) e conta pontos para o ranking mundial da ITF. As inscrições terminam na próxima segunda-feira, dia 2 de agosto. O evento acontece de 19 até 22 de agosto. Serão dois eventos no Macena

Open de Beach Tennis.

Primeiro, na quinta-feira dia 19 de agosto, o ITF US $0, sem premiação, mas com dez pontos no ranking mundial, o BT10. O segundo torneio, entre 20 e 22, o BT50 com 50 pontos no ranking mundial e a premiação de US$ 4 mil.

Já são mais de 720 atletas de todo o país confirmados e todos os protocolos contra a covid-19 serão seguidos com medição de temperatura na entrada, uso de máscara da organização e dos atletas quando não estiverem competindo, além de totens de álcool e gel espalhados pelas quadras.

AUGUSTO OLIVEIRA - ASCOM CSA

OLIMPÍADA DE TÓQUIO APRESENTA GERAÇÃO DE HERÓIS ADOLESCENTES Eles ainda estão na adolescência, muitos têm o rosto marcado por espinhas, mas já são medalhistas olímpicos. São garotos e garotas com menos de 18 anos que estão brilhando nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Se a precocidade e talento da skatista Rayssa Leal chamaram a atenção do torcedor brasileiro por ela conquistar uma medalha de prata com apenas 13 anos, essa edição dos jogos está recheada de outros bons exemplos da força da juventude.

A Olimpíada de Tóquio tem apresentado ao mundo uma nova geração de campeões. A inclusão de esportes como surfe, escalada e skate faz parte da estratégia do Comitê Olímpico Internacional (COI) para rejuvenescer o público dos Jogos Olímpicos e atrair uma nova audiência, mas no Japão os garotos têm brilhado em vários

outros esportes também. O sul-coreano Kim Je-deok, de 17 anos, faturou nada menos que dois ouros no tiro com arco.

Uma na disputa por equipes mistas e, depois, na prova masculina por times. Com a mesma idade, a americana Lydia Jacoby já é campeã olímpica de natação nos 100 metros peito. A espanhola Adriana Cerezo Iglesias, 17 anos e prata no taekwondo, saboreia cada momento de glória e admite que ainda não sabe muito bem como lidar com a fama repentina.

DIVULGAÇÃO ITTF

TÊNIS DE MESA: CALDERANO DÁ ADEUS AOS JOGOS DE TÓQUIO Primeiro mesatenista brasileiro da história a chegar nas quartas de final das Olimpíadas, o carioca Hugo Calderano, 25, não resistiu ao alemão Dimitrij Ovtcharov, 32, e foi eliminado sem chances de conquistar medalha. Calderano perdeu, de virada, por 4 sets a 2, no Ginásio Metropolitano de Tóquio. A partida começou bem equilibrada, com o alemão vencendo os dois primeiros pontos e, em momento tenso do jogo, Calderano tirou uma chiquita da cartola para passar à frente, 5 a 4. Na segunda parcial, o brasileiro emplacou dois pontos no saque e liderou a contagem desde o início. Com jogo bem agressivo, o carioca chegou a fazer 8 a

4 na terceira parcial, mas tomou uma dolorida virada: 11 a 8 para Ovtcharov. Calderano sentiu o golpe. Na terceira parcial, ficou três vezes na rede e viu o alemão empatar a partida. No quarto set, o brasileiro chegou a fazer 7 a 1 e sofreu novamente com a reação do alemão, que fechou por 11 a 8.

CSA É DERROTADO NA SÉRIE B E FICA LONGE DO G4 O Botafogo precisava de uma sequência para ganhar tranquilidade e confiança na Série B, e o jogo da última terça-feira (27) serviu para isso. O time que foi comandado por Luís Fernando Flores, já que Enderson Moreira cumpriu suspensão por expulsão, bateu por 2 a 0 o CSA no Nilton Santos e chegou ao segundo triunfo consecutivo na competição. Os gols da partida, adiada da sexta rodada, foram marcados por Marco Antônio e Diego Gonçalves, um em cada tempo. E ambos com assistência do garçom Rafael Navarro. A defesa azulina cometeu falhas graves e o ataque não conseguiu produzir. O Azulão do Mutange ainda não engrenou na Série B, segue sempre na mesma, no meio da tabela para baixo. Pensando em reverter a situação, o clube marujo foi em busca de reforços. O CSA contratou o meia-atacante Marquinhos. Ex-Flamengo e Vitória, o jogador tem 31 anos e estava atuando pelo Hong Kong Pegasus. Nesta atual temporada, ele disputou 18 partidas e fez 8 gols.

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ABCDOINTERIOR Finalmente

Paralisação em Arapiraca

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a segunda-feira (26), os professores da rede municipal de Arapiraca suspenderam as atividades presenciais e online e fizeram uma carreata pelas ruas da cidade. No dia de mobilização, a categoria cobrou que o prefeito Luciano Barbosa atenda às reivindicações feitas pelo sindicato. Em janeiro, foi entregue ao prefeito uma lista com 21 pontos para melhorias na educação da cidade.

Reivindicações Entre as pautas, estão a reposição da inflação (4,52%) para os trabalhadores da educação, a atualização do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), além do rateio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). Os professores conseguiram se reunir com a secretária da pasta de Educação e aguardam uma reunião com Luciano Barbosa.

Retomada de projeto Em nota, a Prefeitura de Arapiraca divulgou que retomará o Programa de Excelência e Qualidade do Ensino Público Municipal (PEQMA), que tem

o objetivo de premiar os trabalhadores e trabalhadoras das escolas que atingirem a meta dos indicadores de cada unidade de ensino, concedendo aos profissionais os abonos como o 14º e 15º salários.

Instalado no Parque Ceci Cunha, o Parque de Diversões Fiesta Park, que faz parte todos os anos da tradicional Festa de Nossa Senhora do Bom Conselho, começa finalmente a ser desmontado. O empreendimento ficou no local por longos seis meses em virtude da pandemia do novo coronavírus, que impede aglomerações.

Parou em fevereiro De acordo com funcionários, o parque teve suas atividades paralisadas desde o dia 3 de fevereiro, logo após a realização do evento em homenagem à padroeira de Arapiraca.

Assim, a direção do parque liberou 23 trabalhadores para retornarem as suas cidades. Outros seis permaneceram no local para fazer manutenção e segurança, evitando ação de vândalos.

Prejuízos O representante legal do Fiesta Park, César Santana, disse ao site 7Segundos que “infelizmente o funcionamento do parque está impossibilitado de acontecer, pois boa parte do Nordeste, por onde o empreendimento circula, segue com grandes restrições de circulação de pessoas”. Ele não falou, no entanto, sobre os prejuízos com a paralisação das atividades.

Morte no Sertão O secretário municipal de Saúde de Santana do Ipanema, Ricardo Medeiros Rosa, de 42 anos, foi preso no final da tarde de segunda-feira (26), suspeito de causar um atropelamento que resultou na morte da servidora pública Jenilda Berto, 39. Na rodovia BR-316, em Dois Riachos, município do Médio Sertão de Alagoas.

Sinais de embriaguez De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o secretário foi preso por volta das 17h, após o recebimento de denúncia da PM sobre o acidente. O veículo, um Toyota Corola, de cor preta, apareceu na frente da viatura, com a parte dianteira bastante danificada. Os agentes fizeram a abordagem e disseram que o condutor já desceu com sinais de embriaguez.

n robertobaiabarros@hotmail.com

Prisão em grante

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O delegado Regional de Santana do Ipanema, Hugo Vasconcelos, gravou um vídeo informando que o auto de prisão em flagrante já foi remetido à Justiça. “O procedimento já foi encaminhado ao Poder Judiciário e o condutor encontra-se à disposição da Justiça. O procedimento será encaminhado agora para o delegado da cidade de Dois Riachos, que dará continuidade às investigações locais. A Polícia Judiciária já tomou todas as providências necessárias em relação ao fato”, declarou em vídeo divulgado pela Polícia Civil.

Caso Roberta Dias

Na manhã de terça-feira, 27, aconteceu a audiência de formato virtual de instrução prevista para seis testemunhas e as duas pessoas denunciadas pelo Ministério Público como réus no processo que julga a morte da jovem Roberta Dias, que desapareceu em 2012 na cidade de Penedo, região do Baixo São Francisco.

Primeira diência

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Foi a primeira audiência de instrução do caso a ser realizada após o início da pandemia e também a primeira após o laudo pericial emitido pelo Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Alagoas que confirmou que os restos mortais encontrados enterrados no mês de abril, na Praia do Peba, entre os municípios de Piaçabuçu e Feliz Deserto, são de Roberta Dias, caracterizando o crime de homicídio.

PELO INTERIOR ... A Secretaria de Saúde de Arapiraca divulgou, na segunda-feira (26), a atualização do boletim epidemiológico dos casos de covid-19 no município. .. No fim de semana, de sexta (23) até o domingo (25), foram contabilizados 86 novos casos da doença. Em comparação com o mesmo período da semana passada, os números revelam uma queda de 50% das ocorrências. ... A diversidade ambiental de Arapiraca será protegida e ampliada com a criação de um corredor ecológico na área central da cidade. ... O projeto foi debatido, no fim da tarde de segunda-feira (26), pelo prefeito Luciano Barbosa com a secretária municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Simone Romão, o secretário adjunto Luiz Ricardo Vieira, a superintendente de Meio Ambiente, Lívia Acioly, a bióloga Edione Araújo e técnicos do Programa Arapiraca Verde. ... Lançado em abril deste ano, o programa tem como uma das metas principais a produção de 20 mil mudas para arborização urbana, mapeamento das áreas de proteção ecológica e projetos de educação socioambiental. ... As ações estão sendo planejadas em parceria com as secretarias municipais de Desenvolvimento Rural, Educação, Serviços Públicos e Desenvolvimento Social. ... O Festival Em Cantos de Alagoas é uma excelente oportunidade para músico residente no estado apresentar trabalho autoral, concorrendo inclusive à premiação em dinheiro. O valor total a ser distribuído neste ano é de R$ 34.800,00. ... Para viabilizar a participação de artistas penedenses, a Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Juventude (SEMCLEJ) está de portas abertas para orientar os músicos locais em relação às exigências do edital. ... A quarta edição do Em Cantos de Alagoas é aberta para todos os gêneros, ritmos e estilos da música popular, desde que a música (melodia e letra) seja inédita, original e interpretada em língua portuguesa ou em dialeto indígena brasileiro. ... Aos nossos leitores, desejamos saúde e paz nesses tempos difíceis da pandemia do novo coronavírus que, infelizmente, já tirou a vida de mais de 550 mil brasileiros. Até a próxima edição!

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CASO PINHEIRO

Documentário sobre afundamento do solo em cinco bairros estreia dia 5 em Maceió

Longa do cineasta argentino Carlos Pronzato denuncia os desmandos da Braskem e a omissão do poder público

REDAÇÃO

com assessoria

O

documentário “A Braskem passou por aqui: a catástrofe de Maceió” estreia no próximo dia 5 na capital alagoana.

Evento acontece na Igreja Batista do Farol e terá duas sessões. Às 18h e outra às 20h, sendo aberto ao público, mas com limitação de 100 lugares em função do distanciamento social. O longa-metragem do cineasta argentino Carlos Pronzato, em parceria com o empresário Alexandre Sampaio, retrata desmandos da mineradora e omissão do poder público.

Na semana passada, Pronzato e Sampaio iniciaram uma série de entrevistas na imprensa nacional para divulgar o documentário, que teve sua pré-estreia na capital paulista no último dia 22.

O trabalho retrata um dos maiores problemas socioambientais em curso no mundo, que condenou cinco bairros na capital alagoana pelo afundamento do solo, tendo atingido cerca de 67 mil moradores, 4.500 negócios e 30 mil empregos.

Pronzato, conhecido por obras sobre o crime da Vale em Brumadinho (MG) e o apagão no Amapá, diz que se juntou a Sampaio “para romper o cerco político e econômico imposto pela mineradora no estado de Alagoas”.

Em entrevista ao jornalista Joaquim de Carvalho, no programa Boa Noite 247, a dupla deu detalhes do problema que afeta dezenas de milhares de pessoas em Maceió. Segundo o diretor do

longa, a escolha dos entrevistados funcionou para revelar pontos de vista que acabam sendo adormecidos. “Entrevistamos moradores, empreendedores, engenheiros, geólogos e até ex-servidores do Estado”, revelou Pronzato.

Sobre esse aspecto, mora o caráter inédito do filme, conforme Alexandre Sampaio. “É a primeira vez que a gente consegue, graças ao trabalho do Carlos, contar a narrativa das vítimas e denunciar esse crime bárbaro”, afirmou o empresário.

No bate-papo ao vivo, transmitido pela TV 247 no YouTube, Sampaio traçou um panorama da situação.

“Após quatro décadas de exploração minerária indevida em 35 minas, a cerca de 1.200 metros de profundidade, tivemos um tremor de 2,5 na escala Richter, no dia 3 de março de 2018”, relatou.

O empresário explicou que os abalos são resultado de uma série de desabamentos dessas minas, já que elas foram escavadas muito próximas umas das outras e com o dobro do tamanho permitido.

“Os desabamentos de minas ocorrem há mais de 10 anos, já tendo formado crateras subterrâneas do tamanho do Complexo Esportivo do Maracanã. Porém, as autoridades sempre silenciaram sobre isso”.

Um dos entrevistados, José Geraldo Marques, que à época da implementação da exploração de sal-gema em Maceió era uma espécie de secretário do meio ambiente em Alagoas, contou que se opôs à instalação da mineradora e que, por isso, além de

DIVULGAÇÃO

Entrevista concedida à TV 247 pode ser acessada pelo YouTube

O TRABALHO RETRATA UM DOS MAIORES PROBLEMAS SOCIOAMBIENTAIS EM CURSO NO MUNDO, QUE CONDENOU 5 BAIRROS, TENDO ATINGIDO CERCA DE 67 MIL MORADORES, 4.500 NEGÓCIOS E 30 MIL EMPREGOS. sofrer uma forte campanha de difamação a seu trabalho na imprensa, foi ameaçado com uma arma de fogo pelo então secretário de Planejamento”.

Sampaio destacou ainda as atuações dos ministérios públicos, as defensorias públicas, do governo de Alagoas e a Prefeitura de Maceió.

“Foi feito um acordo entre a Braskem, os MPs e as DPs sem a participação ou a representação direta das vítimas.

Respaldada nesse acordo, a

mineradora faz o que quer”, denunciou. Ainda segundo ele, o governador Renan Filho e o prefeito de Maceió (Rui Palmeira até o ano passado, e JHC agora) não apoiaram as vítimas no pedido de revisão do acordo. “Espero que esses entes cumpram seu papel de funcionários públicos no intuito de defender a população e não uma multinacional bilionária.”

Já no programa “Estúdio i”, do canal Globo News, o jornalista André Trigueiro foi convidado para falar sobre o documentário. Em conversa com Maria Beltrão, Trigueiro alertou para a situação de desamparo das vítimas, que sofrem com danos patrimoniais, financeiros e emocionais profundos, como o filme se propõe a mostrar. Segundo ele, “na maioria dos casos, as pessoas não foram indenizadas”. “O valor da indenização não corresponde ao valor do imóvel que essas famílias gostariam

de ter por equivalência”, afirmou.

Trigueiro também relembrou que os crimes socioambientais já se configuram como uma prática consolidada no país. “A gente encontra, no Brasil, episódios correlatos, como Brumadinho em relação à Vale, onde tivemos um passivo social que também não foi prontamente coberto”, alertou.

Mais especificamente sobre o Caso Braskem em Maceió, o jornalista demonstrou espanto. “É incrível como, no nosso país, por razões que eu não vou entrar no mérito, a Justiça não é rápida e é, por vezes, falha na arbitragem das indenizações devidas para que as pessoas prejudicadas em eventos do gênero não fiquem na mão”.

Os veículos de comunicação interessados em cobrir o evento em Maceió, no próximo dia 5, terão vagas reservadas.

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RADAR LITERÁRIO Imprensa Oficial Graciliano Ramos prepara novos sucessos editoriais

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utores de alguns dos best sellers da Imprensa Oficial Graciliano Ramos, os escritores maceioenses Luciano José e Sérgio Prado Moura estão em contagem regressiva para lançar obras que prometem repetir o êxito de suas publicações recentes. Ambos estão preparando novos livros que foram selecionados pelos disputadíssimos editais da Lei Aldir Blanc, realizados no ano passado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com recursos federais.

Com seis obras poéticas, entre elas Horrores (2015) e o inédito Minuídos, de produção independente, Luciano José está trazendo este ano uma nova edição de Jacinto Silva – As Canções, um título que se encontrava esgotado desde 2017, mas que continuava sendo muito procurado pelo público leitor. Além do novo projeto gráfico, este estudo aprofundado sobre a discografia do cantor e compositor palmeirense ganhou dois ensaios inéditos, textos de crítica especializada e novas informações colhidas pelo autor.

“Revisar, agregar novos conhecimentos, evitar equívocos foram os motivos que me levaram a fazer essa terceira edição quase definitiva. Este projeto literário reúne as composições de Jacinto Silva, conjugadas a comentários e a uma cronologia que demarca sua carreira. No entanto, na presente edição, o leitor encontrará também um apanhado de todo seu repertório, classificado em diferentes gêneros e subgêneros”, anuncia Luciano José, em primeira mão para esta coluna.

Fábulas misteriosas

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epois do sucesso de Apuê (2015), Sérgio Prado Moura traz um novo livro de contos que promete tirar o fôlego dos fãs de suas narrativas misteriosas. Trata-se de O Matador Antônio Assumpção. A obra reúne 10 histórias, escritas entre 2015 e 2019, que versam sobre a vida, a morte, o tempo, a busca e a loucura. “São histórias despretensiosas, escritas antes deste terremoto pandêmico que vivemos.

Narrativas semelhantes àquelas que a gente escutava ao redor da fogueira, quando ainda se escutavam histórias à beira do fogo”, revela o escritor.

De acordo com Moura, seu novo livro de contos mantém semelhanças com o Apuê. “Há o clima enevoado, distante, às vezes obscuro, que tento imprimir à atmosfera dos contos. Mas penso que em O Matador Antônio Assumpção há alguma tentativa, não sei se com sucesso, de trazer as histórias, ao menos algumas, para perto, para algo mais experimentável por nós, leitores deste tempo e lugar”, descreve, mantendo o suspense.

Sérgio Prado Moura diz que, do ano passado para cá, a pandemia da covid-19 provocou mudanças tão grandes na sua vida pessoal que tem sido difícil resgatar o estado de espírito em que se encontrava quando escreveu esta nova obra. “Os contos não foram escritos especificamente para compor este livro, mas a escolha deles sim. Deixei outros contos de fora por achar que não teriam unidade temática com os que estão no livro”, afirma.

LANÇAMENTOS O Matador Antônio Assumpção e a terceira edição de Jacinto Silva – As Canções estão com lançamento previsto para a segunda quinzena de dezembro de 2021. A editora da Imprensa Oficial Graciliano Ramos está organizando um evento de peso para apresentar as suas novidades editoriais que se encontram em fase de produção. Além dos novos títulos de Sérgio Prado Moura e Luciano José, a gráfica e editora do governo do Estado lançará a obra completa do escritor santanense Breno Accioly e novas edições de clássicos não ficcionais pela coleção Raízes das Alagoas, em parceria com a Fapeal e a Eduneal, entre outros.

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