Edição 1169

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ANO XXIII - Nº 1169 - 28 DE MAIO A 03 DE JUNHO DE 2022 - R$ 4,00 RÔMULO SERPA-AGÊNCIA CNJ

Ministra Maria Thereza vai comandar inspeção

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MACEIÓ - ALAGOAS

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OPERAÇÃO PENTE-FINO

Equipe do CNJ volta a Alagoas para nova devassa na Justiça n Investigação envolve denúncias de improbidade contra juízes, desembargadores e serventuários 2, 8 e 9 FACEBOOK

TUDO PELO PODER GUERRA ENTRE LIRA E CALHEIROS DESCAMBA PARA ATAQUES PESSOAIS 5

AEDES AEGYPTI

VÍTIMAS DA DENGUE, CHINKUNGUNYA E ZIKA LOTAM HOSPITAIS DE ALAGOAS 11

CORRIDA ELEITORAL

PAULO DANTAS CORRE CONTRA O TEMPO EM BUSCA DE APOIOS

Governador surfa no legado de Renan Filho, mas oposição aperta o cerco 6

FARRA JUNINA FESTAS DE SÃO JOÃO VIRAM DISPUTA ELEITORAL ENTRE PREFEITURA E ESTADO 3

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COLUNA

Pente-fino na Justiça - Desde a semana passada é 1Justiça tenso o clima no Tribunal de de Alagoas pela vinda da

ministra Maria Thereza de Assis Moura, corregedora Nacional de Justiça, que desembarcará em Maceió segunda-feira (30) com sua equipe de conselheiros do CNJ para concluir as investigações que vem realizando em Alagoas.

José Carlos Malta Marques, publicou ofício requisitando uma série de documentos aos magistrados e servidores da Justiça.

Todos precisam prestar contas de bens patrimoniais e relações familiares no âmbito do Judiciário.

CNPJ: 04246456/0001-97

Av. Aspirante Alberto Melo da Costa,796 Ed. Wall Street Empresarial Center Sala 26 - Poço - Maceió - AL CEP: 57.000-580

EDITOR Fernando Araújo CONSELHO EDITORIAL

Luiz Carnaúba (presidente), Mendes de Barros e Maurício Moreira

SERVIÇOS JURÍDICOS Rodrigo Medeiros

ARTE Fábio Alberto - 9812-6208 REDAÇÃO - DISK DENÚNCIA 3317.7245 - 99982.0322 IMPRESSÃO Grafmarques preimpressao@grafmarques.com.br

As colunas e artigos assinados não expressam necessariamente a opinião deste jornal

DA REDAÇÃO

“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados” (Millôr Fernandes)

- O corre-corre começou no úl2sidente timo dia 18 quando o vice-predo TJAL, desembargador

EDITORA NOVO EXTRA LTDA

MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE MAIO A 03 DE JUNHO DE 2022

É uma exigência da Lei 3de -Federal 8.730, de novembro 1993, que impõe a todos os

servidores e agentes públicos a comprovação de bens e atualização cadastral. Mas nunca houve uma cobrança tão rígida dessa obrigação quanto agora, inclusive com ameaça de sanções administrativas e suspensão de salários e vantagens para quem descumprir as determinações.

- Na verdade, trata-se de uma 4Nacional determinação do Conselho de Justiça para con-

cluir as correições realizadas em Alagoas ao longo dos últimos meses. As investigações cuidam de denúncias de improbidade contra juízes, desembargadores e serventuários. Dezenas de cartórios e seus responsáveis também estão na mira do CNJ.

- A ministra Maria Thereza 5o patrimônio também quer passar a limpo de magistrados que

se mostram com ostentação e sinais exteriores de riqueza. Por isso todos terão que apresentar declaração do Imposto de Renda atualizada, o que não será nada fácil para alguns deles. O CNJ também passará o pente-fino nas relações familiares para detectar possíveis casos de nepotismo, velha prática que teima em não desgrudar dos órgãos públicos.

De olho no vice

Rui Palmeira é o candidato a governador com menor estrutura de apoio político e de recursos financeiros para bancar uma campanha majoritária. No entanto, é o nome mais leve entre os demais concorrentes, o que pode ser a grande surpresa dessa eleição.

O ex-prefeito de Maceió ainda não definiu seu candidato a vice-governador e não pode errar nessa escolha sob pena de assinar sua derrota nas urnas.

Candidatos a vice tem muitos, mas poucos com credenciais. O vice pode até não somar votos, mas também pode derrotar.

Candidato

Mesmo depois de assumir o cargo de vice-governador, o médico José Wanderley Neto alimenta o sonho de ser deputado estadual. Para disputar um mandato na Assembleia Wanderley nem precisa se afastar, o que lhe garante boa vantagem sobre os concorrentes. Se perder a eleição permanece no cargo e pode até continuar como vice de Paulo Dantas na campanha à reeleição de outubro.

Eleição do quinto

Pesquisa encomendada por um dos candidatos a desembargador do TJAL na cota da OAB revela os nomes mais cotados para a lista sêxtupla: Daniel Brabo, Fábio Ferrário, Kaká Gouveia, Cláudia Lany, Lavínia Cavalcanti e Thiago Pinheiro.

Do universo aproximado de 12 mil advogados em atividade no estado, apenas 7.500 votaram na eleição passada.

A previsão é que apenas esses eleitores irão às urnas para escolha do quinto constitucional.

Após a formação da lista sêxtupla por ordem dos mais votados, o Tribunal de Justiça indicará três deles que serão submetidos ao governador, que escolherá qualquer um da lista tríplice, não necessaria-

mente na ordem de votação.

Guerra longa

A guerra entre Arthur Lira e os Calheiros recomeçou antes mesmo do previsto, com mais intensidade e ataques pessoais. A trégua só durou uma semana e as acusações de ambos os lados devem se prolongar até a véspera da eleição, sem previsão de vitória.

Os dois lados têm em comum o fato de até agora não apresentarem nenhum plano para tirar Alagoas da miséria endêmica em que ambos têm culpa no cartório. A luta é pelo poder; o povo é só um detalhe.

Jogo eleitoral

O senador Fernando Collor tem reiterado ser candidato à reeleição, mas ninguém acredita. Muitos acham que Renan Filho é imbatível e Collor não teria chances de vencê-lo nas urnas.

Só saberemos desse enredo nas próximas semanas, mas é certo que uma disputa de Collor ao Governo de Alagoas mudaria todo o xadrez eleitoral posto até agora.

Segundo os analistas políticos de plantão, essa possibilidade também pode levar Arthur Lira a trocar Rodrigo Cunha por Fernando Collor, mesmo que por gravidade, embaralhando ainda mais o jogo eleitoral.

Festa cara

A contratação milionária de artistas nacionais para os festejos juninos mereceu uma enxurrada de críticas nas redes sociais, sobretudo pelo alto valor pago a cantores de funk, hip-hop, música eletrônica e outros gêneros que nada têm a ver com as tradições da época. É certo que artistas famosos cobram cachê alto, mas têm plateias cativas e movimentam a economia onde quer que se apresentem. Só não vale exagerar contratando os mais caros. Afinal, o país vive sua maior crise social e econômica e nada justifica a farra com dinheiro público.

Transtorno mental

Ninguém da bancada alagoana no Congresso contestou o veto do presidente Bolsonaro à inclusão da médica Nise da Silveira no Livro dos Heróis da Pátria, junto com Zumbi dos Palmares e outros vultos que fizeram a história do país.

Nise é reverenciada no Brasil e no exterior pelo trabalho revolucionário no tratamento dos transtornos mentais, mas Bolsonaro não reconhece seus feitos.

Certamente nunca leu um livro ou viu

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JOGO DO PODER

Calheiros e Lira brigam por maior e mais caro São João pós-pandemia

Festas de junho terão competição entre Estado e Prefeitura, virando calendário eleitoral PEI FON

ODILON RIOS odilonrios@hotmail.com

ITAWI ALBUQUERQUE-SECOM MACEIÓ

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s festas juninas abrem a disputa pelo poder entre os Calheiros e os Caldas.

Quem terá a festa mais cara?

Quais os artistas que juntarão mais pessoas? Quem vai repercutir mais nas redes sociais?

O prefeito JHC (PSB) promete “o maior São João do litoral do Brasil”, mesclando tradições populares como o bumba-meuboi, coco, quadrilhas juninas além de Gustavo Lima e Alok.

Uma semana depois de o prefeito da capital apresentar as atrações, o governador Paulo Dantas (MDB) anunciou “o maior São João de todos os tempos”, com grupos alagoanos além de Wesley Safadão, Simone & Simara, Maiara & Maraisa.

Tanto JHC quando Paulo Dantas não desperdiçam as chances eleitorais deste momento pós-pandemia. E aproveitam a fome de festas e comemorações com a vontade de devorar votos, a pouco mais de 2 meses das convenções partidárias que vão escolher os candidatos a governador, deputados estadual e federal e senador.

Os Calheiros apoiam Paulo Dantas na reeleição. O candidato ao Senado é Renan Filho que aproveita a agenda ultraconcorrida de Dantas para seguir na vitrine até os limites dos prazos eleitorais. O MDB quer eleger 15 deputados estaduais e dois federais, com prioridade absoluta para Isnaldo Bulhões, atual líder do partido na Câmara.

Renan Calheiros (MDB) se licenciou do Senado e no lugar dele assume o bolsonarista Rafael Tenório, empresário bem sucedido em Alagoas. O palanque dos Calheiros é do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas presi-

Paulo Dantas lançou programação concorrente uma semana após JHC anunciar as atrações da Prefeitura denciais.

Do outro lado da fogueira, os Caldas aproveitam a visibilidade da administração do maior colégio eleitoral do estado para exporem João que disputa mandato de deputado federal e Doutor JAC, filho de João e “Irmão do melhor Prefeito do Brasil”, como se apresenta em seu cartão de visitas nas redes sociais.

Ele quer um mandato na Assembleia Legislativa.

O senador Rodrigo Cunha (União Brasil) é o candidato do grupo ao governo. Ele se licenciou do cargo e assumiu a mãe de JHC, Eudócia Caldas.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), é o padrinho deste grupo que busca superar uma divisão interna: Lira apoia a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), Cunha rejeita estar no mesmo palanque de Bolsonaro e os Caldas querem o prestígio do presidente, evitando associar, ao menos diretamente e diariamente, a imagem da família à do mandachuva do Palácio do Planalto.

A vitória de cada um destes grupos muda os rumos da polí-

tica local pelos próximos anos.

Por isso, Renan Calheiros e Arthur Lira antecipam o caminho de baixarias que já assistimos em 2022, com troca de acusações nas redes sociais e nos palanques pelo interior. Em 2026 serão abertas duas vagas no Senado, uma delas de Renan.

Arthur quer a outra. A ascensão dele significa o início do fim da era Calheiros. Além da reeleição na Câmara, Arthur quer o bis na presidência da Câmara num instante político que se discute a implantação do semi-presidencialismo no Brasil, mantendo a eleição direta de um presidente da República sem poder de mando nas questões nacionais e a votação indireta (via Congresso) de um primeiro-ministro, este sim mandando de fato, principalmente na agenda econômica, hoje arrastando o país para o neoliberalismo.

Incluído neste pacote, está a popularidade de Bolsonaro, em franca recuperação, mas em ritmo lento. A vantagem ainda é de Lula. O Nordeste, região onde o atual presidente da República está atrás de Lula nas pesqui-

sas, tem Arthur Lira e o senador Ciro Nogueira, do Piauí, coronel e general do Centrão e seu poderoso orçamento secreto, irrigando prefeituras brasileiras com obras e equipamentos superfaturados, sob proteção das instituições de investigação que não cascavilham os detalhes desta farra escancarada com dinheiro público.

Por isso que as eleições de 2022 preparam 2026. Se Rodrigo Cunha vencer o governo, Lira fica em vantagem. Condição que melhora com as grandes chances de reeleição de JHC em 2024 e projetada candidatura à reeleição de Rodrigo Cunha a governador. Claro, se em outubro o hoje senador vencer a disputa pela principal cadeira do Palácio República dos Palmares. O quadro muda se Paulo Dantas ganhar e nova mudança é registrada se o ex-prefeito de Maceió Rui Palmeira (PSD) for o vitorioso, apesar de ele não contar com grande número de prefeitos nem uma aliança que lhe ofereça tempo de TV competitivo para enfrentar as máquinas caldistas e calheiristas.

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GABRIEL MOUSINHO

n gabrielmousinho@bol.com.br

Salve-se quem puder

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ada dia mais difícil de sobreviver politicamente, os candidatos do MDB para a Assembleia Legislativa vivem até agora na esperança de poder assumir, futuramente, o mandato por pelo menos alguns meses. De toda a tropa que está aí, escalada para o embate de 2 de outubro, apenas um ou dois ultrapassarão os obstáculos.

Dois no páreo

Pelas avaliações políticas, além é claro de Marcelo Victor, dois candidatos do MDB têm chances de chegar à Assembleia: Remi Calheiros, que ficaria com a vaga de Olavo Calheiros, que resolveu pendurar as chuteiras, e Alexandre Ayres, que teve toda uma máquina a seu favor na Secretaria de Saúde durante toda a pandemia. Os outros, bem, os outros vão para o tudo ou nada.

Sem incomodar

Há quem diga de que tudo não passe de especulação, mas o governador Paulo Dantas deve fazer de tudo para não parecer que houve uma certa distensão entre a exoneração do secretário da Fazenda pelo então governador Klever Loureiro e seu retorno triunfal. Dantas quer paz, harmonia entre os poderes e, acima de tudo, muito trabalho daqui pra frente.

Definido em suas opções para as eleições de 2 de outubro, o governador vai procurar não mexer mais em casa de maribondo, o que tornaria sua gestão até o dia 31 de dezembro difícil de administrar.

Participação

A partir de agora, e em todas as oportunidades, o alagoano voltará a se acostumar com a presença do ex-governador Renan Filho em solenidades de inauguração, cujas obras deverão ter sequência e algumas já devidamente concluídas.

Paulo Dantas e Renan Filho estão em parceria e devem continuar com esse projeto para as eleições de 2 de outubro.

Perdeu o rumo

O ex-secretário de Educação Rafael Brito, que saiu de candidato a vice-governador governador para coisa nenhuma, vai passar um tempo de molho se não for aproveitado em alguma função pública.

Congestionado o meio de campo do MDB na Assembleia Legislativa, ali parece que não existe espaço para mais ninguém.

Na área Com uma revoada como nunca tinha se visto em Alagoas, o MDB saltou de um partido quase em extinção para dezenas de deputados capitaneados pelo presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor. A sobrevivência, sobretudo nessas próximas eleições, é difícil de alcançar e é esperar pra ver.

Fora de rota

O deputado Arthur Lira deverá ter muito trabalho para convencer aliados a votarem em Rodrigo Cunha para o governo de Alagoas. Alguns, mesmo da corrente de Lira, já debandaram e estão inclinados a escolher um candidato neutro na disputa. O vereador João Catunda, de Maceió, seria um deles, mas que ainda pode ser convencido a mudar de rota pelo presidente da Câmara dos Deputados.

Corrida

O senador Rodrigo Cunha não quer perder tempo e já programa para este sábado o lançamento de sua candidatura ao governo de Alagoas. Ele escolheu Maceió, o maior reduto político de seus aliados, a exemplo de JHC, e promete levar muita gente para a festa.

Disputa política

Como estamos em ano de eleições o assunto agora são os festejos de São João. Se de um lado a Prefeitura de Maceió gastará mais de R$ 3 milhões para os eventos, o governo do Estado arranjou R$ 20 milhões para torrar nas fogueiras durante todo o mês de junho. É a velha disputa de azul e encarnado, onde como sempre quem paga a conta é o povo.

Apenas especulação

Aliás, isso é o que não vai faltar até o próximo mês de agosto, quando as convenções partidárias irão definir quem são mesmo candidatos. O senador Fernando Collor, por exemplo, rechaça qualquer mudança de rumo na sua trajetória política e confirma sua candidatura à reeleição.

Obstinado

Para quem conhece Collor, sabe que tudo pode acontecer, até mesmo nada, mas nas suas investidas políticas se saiu muito bem até agora. Com um carisma contagiante e um eleitorado cativo, o ex-presidente continua na briga pela única vaga no Senado, embora alguns pensem o contrário.

Definição

A perspectiva de o deputado Arthur Lira apoiar Collor para o governo passa extremamente longe, mesmo porque o seu candidato é Rodrigo Cunha, aliado de primeira hora do prefeito JHC. Se não é o seu candidato ao governo, muito menos será ao Senado, já que o deputado Davi Davino foi escalado para disputar a única vaga numa grande composição política. No momento, tudo não passa de muita imaginação.

A disposição do vice-prefeito Ronaldo Lessa em disputar o Senado demonstra claramente sua insatisfação com o comportamento do grupo do prefeito JHC. Saindo candidato, embola a disputa majoritária.

Polêmico

Para observadores políticos, o secretário da Fazenda, George Santoro, jamais deixará de dar pitaco nos assuntos que não são da sua competência. Agora foi desmentido pelo presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar, Evandro Gussi, sobre o projeto que tramita na Câmara dos Deputados sobre a classificação de combustíveis e energia como itens essenciais para limitar a tributação.

Provocação

Para quem circula nos bastidores do Palácio República dos Palmares, Santoro estaria fazendo jogo político para prejudicar supostos adversários do ex-governador Renan Filho, que quer fazer dupla com o pai no Senado Federal.

No poder

A mãe do prefeito JHC assumiu a vaga do senador Rodrigo Cunha que se afasta para trabalhar na sua campanha ao governo e investe pesado politicamente para eleger seu pai deputado federal e seu irmão, Dr. Jac, deputado estadual. É a família no poder.

Prestigiada

Além dos ministros Gilmar Mendes e Humberto Martins, o prefeito JHC e o ex-deputado João Caldas participaram da reunião de posse de Eudócia Caldas que, a princípio, passará quatro anos no Senado.

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JOGO DO PODER

Oligarquias antecipam escândalos e baixarias

Vale-tudo inclui denúncias pessoais; objetivo é esmagar a estima de rivais ODILON RIOS odilonrios@hotmail.com

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uando o objetivo é alcançar o poder, as oligarquias de Alagoas afundam o nível dos palanques, trocam acusações entre si e levam escândalos para o lado pessoal e familiar, como, aliás, muitos eleitores e marqueteiros gostam. É uma fórmula antiga, mas que a cada eleição se renova, como um tecido velho mas remendado inúmeras vezes e muito longe de ser jogado no lixo.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e o senador Renan Calheiros (MDB) acusam um ao outro de corrupto, ladrão e batedor de carteira. O senador Rodrigo Cunha (União Brasil) chama o governador Paulo Dantas (MDB) de fantoche da família Calheiros.

Dantas ainda não deu a resposta, mas é difícil que ele não devolva na mesma moeda a comparação.

O ex-prefeito de Maceió Rui Palmeira (PSD) acompanha estes embates de longe, posição que não deve durar tanto tempo assim. Em campanhas passadas, Palmeira se mostrou um inimigo também feroz e cruel na hora de atacar ou revidar ofensas.

Cansado de ser criticado pelo secretário da Fazenda, George Santoro, o prefeito JHC (PSB), no final de março, apontou e atirou sua artilharia para o então governador Renan Filho (MDB), com estilhaços atingindo Renan Calheiros.

Ao comentar manchete da Gazeta de Alagoas, sobre inchaço de despesas e uma dívida que supera R$ 10 bilhões na administração estadual, Jota desabafou: “Retrato de um governo irresponsável fiscalmente, esbanjador e imediatista, que não tem um plano claro de desenvolvimento econômico, que não pensa nas futuras gerações, uma hora o passado tocará as nossas costas e esses irres-

Troca de farpas entre Arthur Lira e o senador Renan Calheiros ponsáveis provavelmente estarão bem longe”.

O senador Fernando Collor (PTB) usa memes para xingar Renan Filho e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E Collor sabe como esmagar a vaidade das almas que estão em uma campanha eleitoral.

Todos estes personagens representam famílias que há décadas se perpetuam no poder. Pai de Renan, o major Olavo Calheiros era político e deixou enorme prole de filhos e netos, boa parte na política e ideologicamente bem diferentes, como o deputado federal Renildo Calheiros que é do PC

do B e fez carreira em Pernambuco. Renan Filho é a segunda geração na atividade política.

O pai de Collor, Arnon, e o avô Lindolfo sempre foram políticos.

Lindolfo foi ministro do Trabalho de Getúlio Vargas; Arnon acumulou três vitórias ao Senado. Collor alcançou a Presidência da República, sofreu impeachment, tentou colocar os filhos Arnon e Fernando na política e ainda não conseguiu emplacar nenhum.

Rui Palmeira tem ascendentes diretos desde o Império ocupando cargos públicos. Quem chegou mais longe foi o avô, Rui, que foi senador. O filho de Rui, Guilher-

Cansado de ser criticado pelo secretário da Fazenda, George Santoro, o prefeito JHC (PSB), no final de março, apontou e atirou sua artilharia para o então governador Renan Filho (MDB), com estilhaços atingindo Renan Calheiros. me Palmeira, foi senador e ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). O filho de Guilherme, Rui, disputa o governo buscando reconstruir os caminhos na vida pública num instante raríssimo: a família decidiu se dedicar exclusivamente à atividade empresarial. Parente do ex-prefeito e sócio nos negócios, o ex-deputado José Thomaz Nonô ainda não tem descendentes diretos sendo preparados para a política.

Rodrigo Cunha é filho de Ceci Cunha, assassinada horas depois de ser diplomada deputada federal junto ao marido, Juvenal, o cunhado Iran Carlos e a mãe de Iran, Ítala Neyde Maranhão. Todos foram mortos a tiros no dia 16 de novembro de 1998.

Ceci era aliada de Celia Rocha, mulher fundamental na votação de Ceci e importante na primeira eleição a prefeito de Luciano Barbosa em Arapiraca. Os filhos de Celia e Luciano estão na atividade política.

O governador Paulo Dantas é filho do multideputado Luiz Dantas, que ainda usava fraldas quando o pai Miguel Rodrigues Lima era uma das mais poderosas expressões políticas do sertão alagoano. Luiz Dantas é casado com Silvana Suruagy do Amaral Dantas. O parentesco não esconde a proximidade familiar com Divaldo Suruagy, três vezes governador de Alagoas, senador, deputado federal. Com Paulo Dantas, é a quarta vez que um Suruagy senta na cadeira de governador em circunstância curiosa: Divaldo nunca terminou os três mandatos (saiu nos dois para se candidatar e na terceira vez pediu afastamento e depois renunciou, em 1997) e Paulo foi eleito para terminar um mandato, neste caso é governador-tampão. A roda das oligarquias segue girando.

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JOGO DO PODER FACEBOOK

Sempre acompanhado do ex-governador Renan Filho, Paulo Dantas mantém agenda de inaugurações

Dantas tem pressa enquanto oposição cerca governo com denúncias

Governador surfa no legado de Renan Filho, mas terá de se desdobrar para explicar acusações ODILON RIOS odilonrios@hotmail.com

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governador Paulo Dantas (MDB) tem pressa. Acelera obras e inaugurações, montou um plano de administração de curtíssimo prazo, visita entre duas a três cidades todos os dias, incluindo finais de semana, e pretende entregar a 80% das obras do aeroporto de Maragogi em dezembro, antes de encerrar o governo – e nas contas do Palácio República dos Palmares – reeleito.

A pressa é por causa do calendário eleitoral. A partir de 2 de julho ele não poderá inaugurar obras públicas nem nomear, contratar ou demitir sem justa causa qualquer servidor público. Julho é mês de preparativos para as convenções partidárias que começam

no dia 20. É quando se decide quem vai disputar as urnas em 2 de outubro.

Semana passada, Dantas anunciou dois Refis tributários “muito especiais”, R$ 30 milhões em investimentos e marketing e divulgação turística, continuação do voo da TAP MaceióLisboa, retomada dos voos para Argentina, instalação de mais 10 empresas com investimentos de R$ 430 milhões (benefícios fiscais já autorizados pelo governo) e R$ 20 milhões nas festas juninas, incluindo contratação de bandas.

O plano prevê 50 mil novos empregos somente no setor público. Creches, hospitais, clínicas da família, presídios, Estádio Rei Pelé e estradas estão em reforma e devem abraçar esta mão de

obra. São R$ 2,7 bilhões, além de antecipação do plano de investimentos das empresas de saneamento. Para 2022, deve chegar a R$ 500 milhões (setor privado) e R$ 250 milhões (público).

Dantas surfa na boa popularidade deixada por Renan Filho e nos programas como Minha Cidade Linda (atingindo 80 cidades) e investimento de R$ 392 milhões em 453 ruas calçadas. A ideia é dar respostas rápidas, brecando críticas dos opositores, principalmente os da Assembleia Legislativa, além da defesa do legado do Governo Renan Filho.

Defesa seguida à risca. A criação do Fundo Estadual de Combate ao Câncer, que só precisa de regulamentação do Executivo, não deve sair do papel porque o projeto era da deputada Jó Pereira (PSDB), hoje nome de oposição aos Calheiros e cotada a ser vice do senador Rodrigo Cunha (União Brasil) na disputa ao governo.

Apesar de ainda se manter distante do embate entre Calheiros x Lira (e vice e versa), a má-

quina estadual se prepara para dar respostas às denúncias antigas e novas. Já estão preparados argumentos para a compra de respiradores que não foram entregues pelo Consórcio Nordeste; o dinheiro do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecoep) que não é usado exclusivamente para ações emergenciais a quem está abaixo da linha da pobreza, incluindo a compra de caminhões compactadores que a oposição diz terem sido superfaturados. O governo nega.

Via Consórcio Nordeste, Alagoas pagou R$ 4.488.750,00 antecipadamente por respiradores, mas eles nunca foram entregues.

O pagamento foi feito em 8 de abril e a promessa era a entrega de dois lotes: o primeiro no dia 18 e o segundo, 23 de abril, ambos em 2020. Segundo o governo, a empresa começou a justificar que o atraso existiu por faltar aprovação dos respiradores pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Alagoas e outros estados entraram com uma ação na Justiça baiana para a devolução do dinheiro com juros e correções monetárias. O caso também tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e corre em segredo, envolvendo os governadores. A operação Cianose da Polícia Federal que investiga estas compras pode mudar os rumos do que sabemos até agora. O apurado ainda permanece longe dos olhos eleitorais.

Quanto ao dinheiro do Fecoep bancando a compra de 156 compactadores de lixo com sobrepreço de R$ 9 milhões, pelos cálculos da oposição, a busca por argumentos promete dar mais trabalho. O representante da Codevasf em Alagoas, Joãozinho Pereira, aliado de Arthur Lira, diz que o Ggverno comprou os caminhões do mesmo fornecedor do transporte, pagando mais caro.

A administração Paulo Dantas nega: “A Agência de Modernização de Processos do Estado de Alagoas, autarquia responsável pelo processo de aquisição dos caminhões compactadores de lixo, lamenta a desinformação cometida pelo superintendente da Codevasf, ao apontar equivocadamente a ocorrência de sobrepreço no certame. Ao contrário do que foi dito, tratam-se de equipamentos diferentes e que não podem ser comparados. A licitação realizada pela Amgesp foi na modalidade pregão eletrônico, por meio do portal Compras Net”.

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UNIÃO E PROGRESSO

PRESIDENTE DA FECOMÉRCIO APOSTA EM GESTÃO PARTICIPATIVA PARA RESSIGNIFICAR O SETOR

Fortalecer as bases e estreitar o relacionamento com o governo são prioridades para atender demandas e viabilizar o comércio

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o menos nas últimas quatro décadas, pela primeira vez a eleição para definir o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL) contou com duas chapas. O posicionamento das entidades votantes foi claro quando decidiram por cinco dos oito votos eleger a chapa “União e Progresso”, encabeçada pelo empresário Adeildo Sotero, para o mandato 2022-2026. O comércio de bens, serviços e turismo juntos respondem por 70% do Produto Interno Bruto (PIB) alagoano.

A indicação de Sotero para comandar a Federação do Comércio contou com a aprovação dos presidentes de sindicatos afiliados à entidade, e também foi apoiada pelas lideranças de entidades que representam o setor produtivo alagoano, a exemplo da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, Associação Comercial, Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas (Ademi), Sindicato dos Corretores de Imóveis (Sidimóveis), Conselho Regional de Corretos de Imóveis (Creci), Conselho Regional dos Representantes Comerciais do Estado de Alagoas (Core AL), entre outras entidades.

Ao assumir a presidência da Fecomércio, Sotero também responderá pelo Conselho Regional do Sesc e do Senac. As duas entidades estão sob intervenção e o EXTRA apurou que o clima está tenso nas três casas, o que aumenta o desafio da gestão de Sotero.

O novo presidente e sua diretoria estudam estratégias a fim de galgar uma gestão exitosa. Para tanto, a gestão eleita pretende fortalecer a base, representada pelos sindicatos, estruturar a equipe técnica da Fecomércio, a fim de acompanhar as pautas de interesse do setor, manter-se alinhada com o setor

produtivo como um todo e estreitar o relacionamento com o governo, com o intuito de sensibilizar para causas que viabilizem o comércio.

Pela diretoria e pelos funcionários do Sistema Fecomércio, Sotero é conhecido pelo perfil conciliador, respeitoso e justo. Para ele, será imprescindível priorizar uma administração participativa. “Não vou me deter a promessas pontuais, mas trabalhar e me doar para, junto com a diretoria e os técnicos, alicerçar um renascimento da categoria e ressignificar o setor; assegurar a credibilidade que a Fecomércio merece”, afirmou.

No que se refere ao Sesc e ao Senac, segundo Sotero, o plano prevê ampliar os programas sociais das entidades.

A chapa encabeçada por Adeildo Sotero derrotou a chapa “Unidos por Alagoas”, representada pelo atual presidente de Fecomércio, Gilton Lima, que

assumiu o cargo em outubro de 2019.

CONHEÇA O NOVO PRESIDENTE Alagoano de Branquinha, o empresário do comércio atuou politicamente nas esferas executiva e legislativa. Ainda jovem, mudou-se para o município de União dos Palmares, onde fixou moradia e construiu sua vida profissional. Ele é presidente do Sindicato do Comércio Varejista de União dos Palmares (Sindilojas União) desde 2001; vice-presidente financeiro da Fecomércio desde 2014; e conselheiro do Sesc e do Senac desde 2006.

Na política, Sotero foi vice-prefeito de União dos Palmares por dois mandatos. Também por dois mandatos, foi eleito vereador, inclusive assumiu a presidência da Câmara Municipal. Além da atuação empresarial e política, Sotero foi juiz classista de 1989 a 2002.

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JUDICIÁRIO EM XEQUE

Nova inspeção do CNJ atinge magistrados e servidores GIL FERREIRA/AGÊNCIA CNJ

Corregedora Nacional de Justiça e equipe iniciam devassa na segunda-feira JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.com

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corregedora Nacional de Justiça, Maria Thereza de Assis Moura, que está se despedindo do cargo junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para assumir a presidência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), resolveu visitar os Judiciários de cada estado brasileiro para uma última fiscalização, fato que está provocando frio na barriga de muito desembargador e juiz em terras alagoanas. No dia 18 de maio, o vice-presidente do TJ, em exercício, José Carlos Malta Marques, determinou em ofício circular que servidores e magistrados do Poder Judiciário de Alagoas atualizassem seus cadastros e enviassem relatório de comprovação de bens.

Marques deu um prazo de 24 horas para que todos atualizassem suas pendências para cumprimento da Lei Federal Nº 8.730, de 10 de novembro de 1993, que impõe a todos os servidores e agentes públicos a obrigação de entregar anualmente o que conquistaram em posses e bens nos últimos 365 dias. O cumprimento desta lei é cobrada com afinco pela ainda corregedora Nacional de Justiça, fato que o desembargador fez questão de frisar a todos os servidores.

Maria Thereza começará a inspeção no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ) no dia 30, próxima segunda-feira, e deve ficar no estado até o dia 1º de junho para o encerramento. A missão da cor-

Maria Thereza esteve em Alagoas em outubro do ano passado regedora Nacional será de realizar inspeções para apurar fatos relacionados ao funcionamento dos serviços judiciais e auxiliares, havendo ou não evidências de irregularidades. Conforme Portaria Nº 38, expedida no dia 3 de maio, a inspeção atingirá os setores administrativos e judiciais de primeiro e segundo graus de jurisdição do Judiciário alagoano, sendo que os trabalhos forenses e/ou prazos processuais não deverão ser suspensos. Todo funcionamento da Corte será mantido.

Os trabalhos de inspeção serão realizados das 9 horas às 18 horas e, durante esse período, pelo menos um servidor do TJ – com conhecimento – terá que acompanhar Maria Thereza nos setores para prestar informações à equipe da inspeção. Para que os trabalhos aconteçam, o CNJ pediu para o Judiciário alagoano providenciasse uma sala na sede administrativa do Tribunal com capacidade para sete pessoas sentadas, contendo computadores conectados à internet e impressora,

Conforme Portaria Nº 38, expedida no dia 3 de maio, a inspeção atingirá os setores administrativos e judiciais de primeiro e segundo graus de jurisdição do Judiciário alagoano, sendo que os trabalhos forenses e/ou prazos processuais não deverão ser suspensos. Todo funcionamento da Corte será mantido. a fim de que possam ser analisados os documentos e as informações colhidas durante a inspeção, bem como uma sala para atendimento ao público.

Também expediu ofícios ao procurador-Geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, ao defensor Público-Geral Carlos Eduardo de Paula Monteiro; e ao presidente da Seccional da OAB, Vagner Paes, convidando-os para acompanhar a inspeção, caso haja interesse das partes. Integram a

equipe da corregedora os desembargadores Carlos Vieira von Adamek e Luís Paulo Aliende Ribeiro, e a juíza Sirley Claus Prado Tonello, todos do TJ de São Paulo; o juiz federal Evaldo de Oliveira Fernandes Filho, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região; o juiz federal Fábio Nunes de Martino, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região; e o juiz de Direito Oswaldo Soares Neto, do Tribunal de Justiça do Paraná.

Após Alagoas, Maria Thereza ainda fará fiscalizações no Tribunal de Justiça da Paraíba e no Tribunal de Justiça de Rondônia.

Somente neste ano, a corregedora já passou por outros dez Tribunais: de Sergipe, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Acre, Rio Grande do Sul, Pará, Amazonas, Paraná e Bahia.

Visitas anteriores

Em outubro do ano passado, Maria Thereza foi responsável por clima de tensão nos corredores do TJ de Alagoas quando realizou duas correições extraordinárias. Os alvos das correições foram especificados de forma oficial em duas portarias baixadas pela ministra e publicadas no portal do TJ de Alagoas. Um deles se referia ao processo de falência do Grupo João Lyra, o conglomerado de empresas do ex-deputado federal João Lyra, falecido em agosto do ano passado, e marcado nos últimos dois anos por uma verdadeira guerra de bastidores envolvendo desembargadores e a sucessiva troca de administradores judiciais e de juízes na condução do processo falimentar que tramita na 1ª Vara de Coruripe. A corregedora também veio apurar in loco mais detalhes das denúncias que envolvem a tramitação suspeita de processos na 1ª Vara Cível de Maceió e irregularidades nos cartórios do estado.

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TJAL

Desembargador Fábio Bittencourt é um dos investigados no CNJ

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Raynei Marinho ocupa cartório irregularmente segundo a corregedora

Casos polêmicos no estado No biênio 2020-2022, a ministra do STJ Maria Thereza de Assis Moura se deparou com casos polêmicos envolvendo magistrados alagoanos e as serventias extrajudiciais, cartórios que, de acordo com parecer da magistrada, estão sendo administrados por tabeliães empossados de forma ilegal, contrariando a Constituição de 1988, situação que trava a realização do concurso para serventias. Também caiu nas mãos dela o caso do juiz Giovanni Alfredo de Oliveira Jatubá, acusado de haver reintegrado ilegalmente dois ex-PMs ao serviço público alagoano. Contra o magistrado há outras denúncias que tramitam no CNJ, como de supostos crimes de sonegação tributária e fraudes fiscais.

Na lista, o suposto favorecimento do juiz Bruno Araújo Massoud ao desembargador Fábio José de Araújo Bittencourt, em uma ação judicial em que o corregedor-geral de Justiça de Alagoas cobrava da Yamaha a troca de seu jet ski, acusando a empresa de vender o pro-

duto com defeito. O desembargador já teria utilizado a moto aquática além do prazo de garantia por defeitos.

Em meados do ano passado, o CNJ decidiu por unanimidade instaurar revisão disciplinar em desfavor do magistrado Pedro Jorge Melro Cansanção, suspeito de ter editado uma decisão processual de um colega para beneficiar o filho.

O juiz virou alvo de investigação da Corregedoria Geral de Justiça (CGJ) em 2019. Mas a luta mais árdua de Maria Thereza parece ser a que envolve os cartórios. Desde o início do ano, ela tenta finalizar o julgamento sobre o destino de cinco serventias extrajudiciais que estão sendo administrados há décadas sem a realização de concurso público.

No dia 22 de março, dois tabeliães foram afastados pela mesma situação: José Roberto Martins Barbosa, do 6º Cartório de Notas da Comarca de Maceió; e Sérgio Fernandes de Aguiar Neto, do Cartório de Registro Civil da Comarca de Chã

Preta.

Porém, na lista dos cartórios que estão na mira do Conselho, dois são gerenciados por figuras emblemáticas em Alagoas: o deputado federal Sérgio Toledo (PL), do 3º Cartório de Registro de Imóveis e Hipotecas da Comarca de Maceió, e Rainey Barbosa Alves Marinho, do 2º Cartório de Títulos e Documentos da Comarca de Maceió e presidente da Associação dos Notários e Registradores de Alagoas (Anoreg-AL) e do Instituto de Registro de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas do Brasil (IRTDPJBrasil). Vale destacar também que Toledo é conselheiro da Anoreg. Os outros cartórios que, de acordo com parecer de Maria Thereza, deveriam ser considerados vagos e incluídos no concurso público que há oito anos se tentar realizar em Alagoas são: Cartório de Registro Civil de Lagoinha da Comarca de Rio Largo, 2º Cartório do Tabelionato de Notas e Protestos de Rio Largo e Ofício do Registro Civil do 2º Distrito – Jaraguá da Comarca de Maceió.

Próxima presidente do STJ O Pleno do Superior Tribunal de Justiça (STJ) elegeu por aclamação, no dia 11 de maio, a ministra Maria Thereza de Assis Moura e o ministro Og Fernandes para os cargos de presidente e vice-presidente da corte no biênio 20222024. Os dois também assumirão o comando do Conselho da Justiça Federal (CJF). Eles substituirão o atual presidente, ministro alagoano Humberto Martins, e o vice -presidente, ministro Jorge Mussi, cuja gestão se encerra no final de agosto.

A ministra Maria Thereza de Assis Moura é natural de São Paulo, onde iniciou sua trajetória profissional e acadêmica. Mestre e doutora em direito processual pela Universidade de São Paulo (USP) – instituição na qual também leciona –, tem especialização em direito penal econômico pela Faculdade de Coimbra, em Portugal.

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AEDES AEGYPTI

Alagoas em estado de alerta epidemiológico por surtos de dengue TAMARA ALBUQUERQUE tamarajornalista@gmail.com

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registro de casos de covid-19 em Alagoas, apesar da continuidade da pandemia, tem caído abruptamente este ano, com semanas que somam notificações inferiores a 50 casos e inexistência de óbitos. A ameaça à saúde da população neste momento, quando as chuvas e as altas temperaturas definem o clima no estado, tem asas e é velha conhecido dos gestores da área. É o mosquito Aedes aegypti.

A infestação do inseto já fez acender o sinal de alerta no estado e o maior reflexo disso é a superlotação nas unidades de saúde com pacientes com dengue, chikungunya e zika. O quadro epidemiológico de dengue é preocupante. Alguns municípios, como Maragogi, decretaram situação de emergência em decorrência da doença.

De janeiro até o último dia 15, o estado registrou 4.495 casos de dengue contra 534 diagnosticado em igual período do ano passado. Hospitais e unidades de Pronto Atendimento (UPAs) começam a vivenciar a sobrecarga de

pacientes com a doença. A ameaça de epidemia se configura real, segundo médicos e trabalhadores da área da saúde.

Além da dengue, o aumento de casos também é percebido em relação à chikungunya. Um óbito pela doença no estado foi notificado em boletim do Ministério da Saúde. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), foram registrados no período em questão 705 casos este ano, um número muito superior ao de 2021, quando apenas 54 pessoas foram diagnosticadas com a doença.

O mesmo ocorre com a zika. Alagoas já soma 177 casos confirmados da doença nos primeiros quatro meses e meio de 2022 contra 37 casos em mesmo período do ano anterior. A doença é um fator preocupante em função da relação existente com o nascimento de crianças com microcefalia. O primeiro caso de bebê com microcefalia em Alagoas relacionada à zika foi registrado em 2015, período em que o país notificava surtos da doença em vários estados. Desde então, o diagnóstico de zika foi confirmado em 730 recém-nascidos alagoanos.

A Sesau encerrou na semana passada um ciclo de capacitação para médicos

Agentes de saúde intensificam ações contra o mosquito

e enfermeiros que atuam na atenção básica nos 102 municípios sobre o manejo clínico dos pacientes acometidos por essas arboviroses (dengue, zika e chikungunya).

A assessora técnica de Vigilância e Controle das Arboviroses da Sesau, Nubia Lins, reforçou no evento que dengue, chikungunya e zika são doenças cujo manejo clínico ocorre na Atenção Primária. Ela informou que a capacitação traz um olhar diferenciado de como deve ser conduzida a assistência e sobre como os profissionais podem detectar os sinais para fazer o encaminhamento mais rápido.

Segundo a Sesau, diante do aumento de casos dessas arboviroses em Alagoas no primeiro quadrimestre e

cumprindo sua atribuição de monitorar e prestar assistência técnica aos municípios alagoanos, emitiu Nota Técnica no começo deste mês, orientando os gestores da Saúde sobre a intensificação das ações de combate ao Aedes aegypt. Uma das orientações é mobilizar os agentes de endemias municipais para que intensifiquem a busca ativa dos focos do mosquito vetor, bem como promover ações educativas junto à população, evitando uma epidemia das três arboviroses este ano.

A Sesau também tem disponibilizado o carro fumacê para realizar intervenções nos municípios que apresentam índice de infestação igual ou superior a 300 casos por 100 mil habitantes.

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A vingança do Lanterna Vermelha

CLÁUDIO VIEIRA

n Advogado e escritor

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á uma frase latina que diz bem da transitoriedade da glória humana: “sic transit gloria mundi”. Os exemplos mundanos que autorizam a propriedade da advertência são inúmeros. Entre nós, o mais recente e notável foram a ascensão, glória e queda do juiz Sérgio Moro. Antes considerado herói nacional por seu combate à corrupção, graças a Bolsonaro e os reveses que so-

freu no Supremo Tribunal Federal tornou-se a “Geni” de Chico Buarque. Há quem diga que o antigo magistrado mereceu.

Abandonar promissora carreira na Justiça Federal para se juntar a Jair Bolsonaro teria sido grande erro e pecado. E o foi verdadeiramente. Desde que rompeu com o tresloucado governo vive em verdadeiro inferno astral, mas a “pá de cal” veio com o STF tardiamente anulando os atos de Moro na operação Lava Jato. Foi o suficiente para os réus, vitimizados pela decisão, arvorarem-se de inocentes, sob o olhar apático dos órgãos de justiça e pela sociedade em geral. Nenhuma voz levantou-se para esclarecer que a anulação dos atos jurisdicionais não equivale a uma declaração da inocência de Lula e sua tropa petista, mas apenas é uma questão processual, sem análise de mérito da questão posta ao escrutínio dos juízes. Moro,

hoje, é uma alma penada a vagar no limbo político-social. O ato do STF foi, ademais, grande desestímulo àqueles juízes que tentam combater o abuso dos poderosos.

Esse artigo vem a propósito das notícias recentes a ação movida pelo PT contra o antigo juiz “mãos-limpas”, para gáudio dos bolsonaristas.

O partido de Lula – certamente por vontade e estímulo do líder – pretende culpar Moro por todo o prejuízo sofrido pela Petrobras, uma empresa nacional espoliada por atividades espúrias dos governos petistas. Esquecido fica o aparelhamento da corporação, inchada por correligionários incompetentes, e que ali estavam para encobrir as falcatruas dos governantes. A desenfreada corrupção – essas falcatruas de que falo – não teria sido, então, a real causa do empobrecimento moral

e financeiro da empresa, mas a ação moralizadora da Lava Jato. Lula voltou a ser um símbolo nacional, o maior concorrente de Bolsonaro à Presidência da República. Maior e mais bem cotado, aquele que faz tremer os Palácios do Planalto, e da Alvorada, que causa insônia ao pleiteante palaciano a mais um período de poder transitório, que ambos querem absoluto. Bolsonaro, além do poder absoluto, quer que seja ele concentrado na sua pessoa.

Há um aforismo, já tornado popular, a nos advertir que todo povo tem o governo que merece. Esse é o nosso drama existencial. Pelo andar da carruagem, estaremos iguais ao caranguejo: esmagado entre o mar e o arrecife. Ou então, na preferência daqueles afeitos à literatura homérica e à mitologia grega, entre “scila e caríbides”. As eleições nos dirão.

O partido de Lula – certamente por vontade e estímulo do líder – pretende culpar Moro por todo o prejuízo sofrido pela Petrobras, uma empresa nacional espoliada por atividades espúrias dos governos petistas.

O mar e o Velho Chico

ALARI ROMARIZ TORRES

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n Aposentada da Assembleia Legislativa

empre que chego em Petrolina as lembranças ficam mais fortes. Minha infância vem à tona, minha adolescência retorna e a maturidade se concretiza. Sinto que encontro forças novas para continuar vivendo.

Penedo, terra de meus pais e avós, é banhado pelo Rio São Francisco e lá passei muito tempo dos primeiros anos de minha vida. Fazia a viagem, de navio, entre Penedo e Piranhas e durante a noite, sonhava com meus pais que estavam em Maceió. Um dia, vi uma canoa pertinho e nela estava meu pai. Chorei de alegria e conversamos a noite toda.

Para surpresa minha, dois filhos foram morar em Petrolina, também banhada pelo

Velho Chico. Comecei a frequentar a cidade e fiquei encantada com a irrigação e nos impressiona a variedade de frutas e verduras. Alimentação farta e saudável, peixes do rio e bode, muito bode.

Outro fato que me chama a atenção é a união dos políticos em favor da cidade e da região.

Todos, independente de partido, unem-se para defender e beneficiar Petrolina. Sempre que chego por esses lados, vejo tudo crescendo, se multiplicando.

Na competição do Velho Chico com o mar, não sei o que é melhor: se o barulho do mar ou o cheiro do rio. Temos no “Paraíso da Vovó Alari” muita fruta, coco e peixe. Toca o telefone e o pescador avisa: “Tenho para o senhor uma cavala de dez quilos”. Quem já comeu peixe fresco, sabe a diferença.

Em 25 anos de Paripueira, fizemos dezenas de amigos. Não vou citar nomes para não correr o risco de errar, mas quando viajamos, todos na cidade são prestativos. Do eletricista ao dono do mercadinho são nossos amigos. Os empregados são bons conosco. Na doença correm todos. Nem precisamos pedir. O padre da cidade é um velho amigo, filho de Deus.

Vi em Petrolina a mesma solidariedade: meus filhos re-

sidentes na cidade têm muitos amigos. São bem servidos, conhecidos, contam com boas pessoas.

No enterro de meu filho João, fiquei impressionada com a quantidade de pessoas queridas que lá estavam.

Abraços apertados e sinceros.

Palavras gentis e elogios a ele que se foi. Sinto que o calor do Velho Chico se incorpora aos que aqui residem.

Quando meu tio José Romariz, filho de Penedo, ex-deputado estadual em Alagoas, morreu, os filhos trouxeram flores de seu túmulo, em Brasília, e jogaram no Velho Chico. Emoção pura!

Na casa de minha filha, em Petrolina, escrevo meus artigos olhando para o rio, vendo os pássaros voando bem pertinho e lembrando meu paraíso ao lado do mar. Impossível dizer onde me sinto melhor.

No momento, vou deixar meu filho enterrado perto do Velho Chico e passarei a ficar presa ao sertão pernambucano por motivo tão triste. Mas, tento rezar e perguntar a Deus: Como vou aguentar tanto sofrimento? Ele responde: “Seu marido e os outros filhos precisam de você”.

Ainda não tive a maturidade para deixar de pensar

no meu filho João. Nem a correnteza do Velho Chico amainará meu coração. Preciso ser forte e consolar os outros a meu lado. Mas, durante a noite, tento conversar com o João. Tenho a impressão que ele me diz: “Estou bem, fique tranquila”.

Uma filha liga do Recife, um filho liga do Rio de Janeiro e querem saber como estamos. Digo eu: Caminhando, olhando para o rio que meu pai adorava, tentando rezar, a cabeça doendo, mas ainda viva.

Voltarei para casa e o mar também servirá de amparo à idosa de oitenta e um anos, que diz sempre: Estou ficando velha! A filha ri e pergunta: “Está ficando velha, mãe”?

O encontro com a Mara, minha secretária do lar, me assusta: está comigo há 23 anos e me ajudou com netos e a bisneta. Chorou pelo João, tanto quanto eu!

Ainda assim, agradeço a Deus por me colocar perto do mar e do rio. Deles tiro o consolo de que preciso e forças para continuar vivendo.

Não sei o que é melhor: O “Paraíso da Vovó Alari”, junto do mar, ou o “Paraíso da Tia Ana Rúbia,” perto do rio.

Só Deus saberá dizer!

Voltarei para casa e o mar também servirá de amparo à idosa de oitenta e um anos, que diz sempre: Estou ficando velha! A filha ri e pergunta: “Está ficando velha, mãe”?

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COMPROMETIMENTO

INÁCIO LOIOLA ASSUME CADEIRA EFETIVA NO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE ALAGOAS Parlamentar promete dedicação à preservação do rico patrimônio e memória das riquezas do povo alagoano

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deputado Inácio Loiola (MDB) é o mais novo sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL). Eleito em Assembleia Geral dos Sócios, o parlamentar assumiu a cadeira número 24, que tem como patrono Orlando Valeriano de Araújo. A cerimônia foi realizada na última quarta-feira, 24, acompanhada por um discurso emocionado prestigiado pela secretária de Estado da Cultura, Mellina Freitas.

Inácio Loiola é engenheiro agrônomo, bacharel em Direito e historiador. Iniciou cedo sua vida acadêmica em Piranhas, município que chegou a governar como prefeito. Desde essa época, promovia debates culturais e históricos em eventos como a Semana

da Sociologia, responsável por popularizar temas de grande importância para a vida em sociedade.

Como prefeito de Piranhas, empenhou-se na preservação do sítio histórico e paisagístico que resultou no tombamento do Centro Histórico e da Vila de Entremontes, e, por conseguinte, como Patrimônio Histórico e Paisagístico Nacional, em 13 de dezembro de 2003.

Em seu discurso de posse, o parlamentar destacou o papel do IHGAL como fonte de preservação da memória das riquezas do povo alagoano, reunindo em só lugar elementos artísticos e históricos contidos no precioso acervo. Inácio Loiola fez uma retrospectiva sobre o legado dos fundadores Silvério Fernandes de Araújo (primeiro presidente eleito do IHGAL), Delfino Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Roberto Calheiros de Melo. Citou a iniciativa e o entusiasmo de José Bento da Cunha Figueiredo Júnior, presidente da Província do Estado de Alagoas, que cedeu o palácio para as reuniões em favor da constituição do IHGAL. Com grande habilidade de historiador, o parlamentar também destacou o trabalho e o zelo contínuo da diretoria liderada pelo presidente Jayme de Altavilla. “Uma gestão à frente do seu tempo,

mesmo em meio a empecilhos, buscando dialogar com a comunidade de tal modo que se possa conhecer o passado, vivenciar o presente e, sobretudo, conectar com o futuro, abrindo as portas às novas gerações”, declarou.

Como deputado estadual, apresentou e defendeu projetos voltados à preservação e valorização da arte, da história e da cultura ao mesmo tempo que escreveu vários artigos publicados nos semanários e diários do estado de Alagoas. Continua ainda realizando estudos e pesquisas sobre a Sociologia do Nordeste.

Agora, na condição de sócio efetivo do IHGAL, o deputado deseja juntar-se aos pares e contribuir para maior preservação e difusão dos elementos artísticos e históricos contidos no rico acervo do Instituto.

A solenidade de posse de Inácio Loiola foi acompanhada por várias autoridades: o vice-presidente do IHGAL, Arnaldo Paiva; o secretário perpétuo Álvaro Queiroz; o presidente da Academia Alagoana de Letras, Alberto Rostand Lanverly; o presidente do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas, conselheiro Otávio Lessa; e os desembargadores do Tribunal de Justiça José Carlos Malta, Washington Luiz e Carlos Cavalcanti.

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RIO LARGO

Servidores estão há 6 anos sem reajuste salarial Subsídios do prefeito, vice e secretários tiveram aumento em fevereiro BRUNO FERNANDES bruno-fs@outlook.com

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eis anos sem reajuste salarial em meio a uma das maiores inflações dos últimos anos no Brasil estão tirando o sono dos servidores municipais de Rio Largo que não sabem mais a quem recorrer para garantir o que, por direito, deveria ser deles. Enquanto isso, prefeito, vice e secretários do município tiveram seus reajustes garantidos há três meses, pegando de surpresa o funcionalismo municipal.

Os servidores acusam o Município de não cumprir com a Lei 1.669/2013, a qual estabelece a data base para 1º de maio de cada ano para que o reajuste seja realizado, algo que não acontece desde o começo do mandato do prefeito Gilberto Gonçalves, o GG. O último reajuste foi em 2016.

Além do prefeito, vice e secretários municipais, os únicos a terem o salário atualizado foram os servidores que recebem pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), ou seja, sem relação com recursos próprios de Rio Largo, que estavam há três anos sem reajuste salarial,

mas que foram contemplados com aumento de 20% pagos no último dia 20.

Sobre a tentativa de acordo com a gestão municipal, o presidente do Sindicato Geral dos Servidores Públicos de Rio Largo (SINDSERP), Ailton Renovato, afirma que o Executivo não respondeu aos três ofícios encaminhados ao gabinete cobrando uma resposta sobre a falta de interesse sobre o assunto. “Tivemos uma reunião no dia 3 de novembro de 2021, com o prefeito e os secretários de Finanças, da Saúde e de Relações Institucionais, quando ficou acordado a criação de uma mesa de negociação, mas que até a presente data não ocorreu”.

Com uma inflação acumulada de 12,13% nos últimos 12 meses, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o líder da categoria revela que, além da perda do poder de compra, os sindicatos aos quais o Sindicato Geral dos Servidores Públicos de Rio Largo é ligado tem recebido relatos de servidores estão nas mãos de agiotas, enquanto outros acabaram desenvolvendo depressão.

“Perdemos o poder de compra. Com o salário de

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GG sancionou reajuste de seu salário para R$ 36 mil

Com a sanção da Lei 1927/2022 por Gilberto Gonçalves, o salário do prefeito subiu para R$ 36 mil. O vice-prefeito tem agora subsídio fixo de R$ 26 mil e secretários municipais tiveram o contracheque elevado para R$ 10.128,00.

2017 não temos o mesmo poder de compra nos dias atuais. Temos servidores públicos em Rio Largo nas mãos de agiotas, outros tomando remédio controlado e outros desenvolvendo depressão”, revela Ailton.

O EXTRA entrou em contato com a assessoria do município e questionou se existe previsão para um possível reajuste ou para um acordo com os servidores, ou algum estudo que tenha motivado o travamento dessa atualização, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

Em fevereiro, a Câmara Municipal de Rio Largo surpreendeu o funcionalismo ao aprovar projeto reajustando os vencimentos do prefeito, vice e secretários.

Com a sanção da Lei 1927/2022 por Gilberto Gonçalves, o salário do prefeito subiu para R$ 36 mil.

O vice-prefeito tem agora subsídio fixo de R$ 26 mil e secretários municipais tiveram o contracheque elevado para R$ 10.128,00.

Os servidores voltaram a ser surpreendidos na última semana por uma alteração proposta pelo Executivo ao artigo 87 da Lei 1779/2017 que coloca em risco a continuidade das atividades sindicais ao vetar o pagamento de remuneração para aqueles ser-

vidores que desempenham cargo de chefia em sindicatos locais.

Segundo o Movimento Unificado dos Servidores Públicos, que tenta barrar a tramitação do projeto, a mudança estabelece que o servidor público municipal que desempenhar mandato de chefia em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão seja licenciado do cargo público sem direito a qualquer remuneração. Ou seja, o líder sindical terá de escolher entre desempenhar sua função como servidor público ou de presidente de associações.

Segundo o prefeito Gilberto Gonçalves, a mudança visa otimizar os valores ao erário, considerando que “aquele servidor afastado, para fins de mandato classista, não contribui para o funcionalismo público, razão pela qual os vencimentos causam verdadeira lesão aos cofres públicos”.

A alegação é contestada pelos representantes do funcionalismo, segundo os quais o projeto apresentado ao final do ano passado e que começou a tramitar na Câmara este ano não apresenta qualquer estudo ou cálculos que comprovem tal afirmação.

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CIDADE DE TODOS NÓS

Programa Mais Asfalto entrega mobilidade a moradores no BB Mais de 2.400 toneladas de asfalto estão sendo utilizadas no recapeamento de 22 ruas do bairro ASSESSORIA

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ançado no início da gestão JHC, o programa Mais Asfalto tem levado dignidade e mobilidade urbana para regiões esquecidas há décadas.

No bairro do Benedito Bentes, parte alta da capital, na região próxima à Avenida Guaxuma, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) pavimentou 18 vias e mantém em execuções outras quatro, beneficiando cerca de 2.400 moradores. Para estes serviços são estimadas cerca de 2.400 toneladas de asfalto. “É muito gratificante. Há anos, a gente não tinha esse tipo de serviço por aqui. As ruas estavam totalmente sem asfalto, largadas, mas hoje com essa nova gestão temos conseguido deixar as crianças brincarem na rua mais tranquilo, já que não existe mais pedras para machucar os pés delas. Isso, sem contar com a mobilidade de quem tem carro, os cadeirantes conseguem transitar com mais tranquilidade”, destacou Jean Anderson, 35, morador da rua C-34.

A ação da Seminfra tem alegrado os moradores, já que há anos conviviam com a má condição das vias, buracos, barro, poeira e transtornos.

“Gostei muito da boa vontade do prefeito pois esses anos todos nunca vi um serviço ser feito no conjunto. Poeira dentro de casa, no inverno ninguém saia por conta da lama, sem contar os buracos. Agora está parecendo um tapete, bonita e boa”, contou, feliz, o morador Laelson Pereira, 51 anos.

O aposentado Emanuel Cesário, 75 anos, aguarda a rua em que ele mora ser pavimentada.

FOTOS DE WILMA ANDRADE

“O que estava faltando aqui era o reparo das ruas. Estava tudo esburacado, mas está melhorando com a aplicação do asfalto. Daqui a pouco todas as ruas estarão asfaltadas, inclusive a minha”, conta.

Com o Mais Asfalto, a Prefeitura tem investido R$ 28 milhões na pavimentação e recapeamento de ruas e avenidas de vários bairros de Maceió, assegurando maior trafegabilidade, segurança aos condutores e qualidade de vida para os maceioenses.

Asfalto melhoracondições de tráfego e dá mais segurança a moradores

“O programa Mais Asfalto tem beneficiado não apenas as vias que recebem grande fluxo de veículos, mas também aquelas que há anos estavam sem manutenção. A população da Avenida Guaxuma estava sendo penalizada pelo descaso de gestões anteriores, sendo que agora estão recebendo a devida atenção”, disse o secretário Municipal de Infraestrutura, Fabrício Galvão.

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FESTAS JUNINAS

JHC investe R$ 8 milhões para colocar Maceió como destino turístico Expectativa da Prefeitura é de retorno financeiro de R$ 100 milhões e consolidar Massayó. Sol... Mar & Forró no calendário de eventos nacionais

EDVAN FERREIRA/SECOM MACEIÓ

TAMARA ALBUQUERQUE tamarajornalista@gmail.com

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aceió é destino consolidado no país e internacionalmente para o turismo de sol e mar. Este ano, no entanto, a cidade pode escrever seu nome na lista competitiva das opções para o turismo de eventos, especificamente das festas juninas, que estão de volta no Brasil depois de dois anos suspensas por restrições sanitárias por causa da pandemia.

O Governo JHC está investindo cerca de R$ 8 milhões para garantir a infraestrutura e atrações do festejo, que começa no dia 15 de junho e segue até o dia 29 em tradicional homenagem a Santo Antônio, São João e São Pedro. Somente no Nordeste, o período junino movimenta cerca de R$ 1 bilhão, segundo estimativa do Ministério do Turismo.

A expectativa da Prefeitura é ter um retorno de R$ 100 milhões com a programação na capital. Para garantir essa cifra, foi necessário mobilizar a administração pública com foco no projeto, que começou bem antes, com investimento de R$ 200 milhões para revitalização de pontos turísticos e incentivo aos setores econômicos, segundo informa a secretária Municipal de Turismo, Esporte e Lazer, Patrícia Mourão. Ela lembra que na gestão atual foram abertos mais 1.500 leitos na cidade para atender à demanda de visitantes e que, atualmente, a rede hoteleira conta com 23 mil leitos em hotéis e pousadas.

Batizada de “Massayó. Sol...

Mar & Forró”, a festa junina na capital promete, segundo o prefeito JHC e equipe, ser o maior

Lança ment contou com coc de rod e trio d forr

Programa-ção também inclui quadrilhas juninas

São João do litoral do país. A grande aposta é agregar a tradição da festa junina com as atrações naturais que já colocam Maceió num local privilegiado do topo da pirâmide do turismo. Programação multicultural não vai faltar para preencher o dia inteirinho com atividades prazerosas, segundo garantem os organizadores.

A Prefeitura de Maceió trará investimentos e geração de renda em um período que era considerado de baixíssima temporada na capital, com expectativa de mais de R$ 100 milhões circulando em Maceió com o festival multicultural, segundo os organizadores.

A mobilização do governo garantiu fechar contratos com famosos para atrair a presença do público no evento gratuito e ao ar livre. JHC anunciou a programação da festa junina no último dia 18 e concedeu ao empresário

e influenciador digital Carlinhos Maia, o título de ‘Embaixador para o Turismo de Maceió’. Maia é alagoano de Penedo, considerado um dos maiores blogueiros brasileiros.

Nos contratos com atrações nacionais do mundo da música o governo do município gastou, segundo editais, R$ 4.370.000,00.

Artistas foram escolhidos tanto pelo talento quanto pelo modismo, já que alguns nomes não têm afinidade com as festas juninas, mas atraem público.

O cachê artístico mais alto foi do cantor Gustavo Lima, de R$ 800 mil, seguido por Wesley Safadão (R$ 600 mil), Xande Avião (R$ 400 mil), Bruno & Marrone (R$ 375 mil), Luan Santana (R$ 300 mil), Zé Vaqueiro (R$ 250 mil), entre outros. A celebridade Alok, o DJ e produtor musical goiano que conquistou o mun-

do em 2016 com sua música eletrônica, também estará na festa.

A chamada arte popular, com atrações locais mais tradicionais, com grupos de Quadrilha Junina, Coco de Roda e trios de Forró Pé de Serra, vão custar ao governo R$ 300 mil. O projeto também contempla artistas locais, que vão animar a população no Conjunto Benedito onde será montada uma estrutura de shows, e no estacionamento do bairro Jaraguá, local das atrações nacionais e Arena do Forró.

“O São João é democrático, e tem a cara, a história e as nossas raízes. E, agora, vamos movimentar a economia com 15 dias de festa. Na medida em que fazemos estes grandes eventos, geraremos mais oportunidade para a nossa gente. Em junho, apesar do clima mais frio, as nossas águas continuam quentes. Por isso, a

Prefeit nomei Carli-nho Mai ‘embaix ador d turismo

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ico Lançamento contou com coco de roda e trio de forró

Programa-ção ambém nclui quadrilhas uninas

festa não vai parar, a alegria vai contagiar a todos que nos visitam. Vamos fazer o São João do tamanho que a nossa cidade merece”, prometeu o prefeito JHC no evento de lançamento da festa junina.

A festa no Benedito Bentes acontecerá de 15 a 19. Entre 23 e 29 de junho, a programação será multicultural no Estacionamento de Jaraguá e nos dias 23 e 30, a Arena Forró & Folia vai divertir o público com apresentações de quadrilhas juninas, coco de roda e trios de forró.

Junho não é um mês de muita movimentação no calendário de turismo em Maceió e o investimento na festa junina tem o objetivo de mudar essa realidade.

O presidente da Abrasel, a Associação dos Bares e Restaurantes, José Eutimio Brandão Junior, espera que o movimento nas empresas cresça 50% no período. O

empresário está otimista e diz que os festejos juninos vão contribuir com a recuperação financeira do setor.

Brandão Júnior lembra que junho é um mês historicamente fraco para o setor de alimentação fora do lar, uma vez que a ocupação hoteleira é baixa e há um êxodo grande da população de Maceió em busca de festas juninas nos municípios do interior e nas consideradas “capitais do forró”, como Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).

“Esperamos que os investimentos transformem Maceió num destino de festas juninas e, através desse novo atrativo, tenhamos um incremento grande na vinda de turistas para nossa capital”, comenta. Graças ao São João da capital, a perspectiva é de que a ocupação nos hotéis chegue a 90%, comenta Patrícia Mourão.

ITAWI ALBUQUERQUE/SECOM MACEIÓ

QUADRO DE ATRAÇÕES NACIONAIS NAS FESTAS JUNINAS Artista ------valor (R$).............dia da apresentação Alok................................R$ 250 mil..............24/06 Japinha do Conde.........R$ 150 mil.............19/06 Luan Santana................R$ 300 mil.............26/06 Gustavo Lima................R$ 800 mil..............29/06 Wesley Safadão............R$ 600 mil..............28/06 Gustavo Mioto…………R$ 180 mil……......25/06 Bruno & Marrone……...R$ 375 mil……......25/06 Xande Avião................ .R$ 400 mil..............23/06 Thiaguinho e Banda ....R$ 300 mil...............23/06 Taty Girl...................... ..R$ 120 mil...............26/06 Zé Vaqueiro............... ..R$ 250 mil...............24/06 Elba Ramalho..............R$ 175 mil...............29/06 Dennis...................... ...R$ 250 mil...............28/06 Nattan....................... .R$ 220 mil...............27/06 Total............................................R$ 4.370.000,00 FORRÓ DO BIU – BENEDITO BENTES 15/06 Messias Lima Xameguinho César Salles Mô Fio Baby Som Magníficos Tierry 16/06 Irineu Nicacio Felipe Diniz Los Borachos Leyla Oliver Gatinha Manhosa Priscila Senna

Prefeito nomeia Carli-nhos Maia ‘embaixador do turismo’

17/06 Almir Taylor Bia Medeiros Garota Sertaneja Ana Lobo Geraldo Cardoso Nonato o Poeta

24/06 Thiago Vás Jaques Setton Pedro Sampaio Alok Zé Vaqueiro 25/06 Rick Araújo e Maryjane Tião Marcolino Beto Marcolino Felipe Amorim Gustavo Mioto Bruno e Marrone 26/06 Val Pimentel Diego Francis Tuca Martins Taty Girl Luan Santana

18/06 Dinha Soares Rafinha Benuti Gordinho do Piseiro Nathália Martins Devinho Novaes Aveloz

27/06 Cláudio Rios Fidelis e a Cabrieira Galã Lucy Alves Nattan Ludmilla Matheus e Kauan

19/06 Zé Princesa e Banda Alberto Germano Paulinho Balbino Jorge de Altinho Japinha Conde Mano Walter

28/06 Chau do Pife Banda Quadrilhão Marlus Viana Raí Saia Rodada Dennis DJ Wesley Safadão

SÃO JOÃO DO JARAGUÁ 23/06 Lula Sabia Zé Neto Leão Alisson Cunha Thiaguinho Zé Felipe Xand Avião

29/06 Micheli Andrade Walkiria Santos* Elba Ramalho Limão com Mel Gustavo Lima

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SAÚDE MENTAL

n arnaldosanttos.psicologo@gmail.com

Cabal

A segurança está cada dia mais insegura, tamanha é a destruição interna de todos os órgãos de segurança, desde a Polícia Federal, passando pelas secretarias de Estado de Segurança, até pitaco nas estruturas das guardas municipais. Prova cabal de instigar a insegurança.

Abortada

Perversidade à flor (espinho) da pele, da fala, da ação. O vírus ...

A destruição do humano (do ser humano) está em toda parte.

A falta de empatia e o respeito com o outro, com a outra pessoa, chega à barbaridade, tamanha é insensibilidade nas palavras, nas falas e nas ações. O pior 1: disfarçadamente, como se nada poderá detê-lo(a)(s), ou, ninguém poderá descobri-lo(a)(s). É assim que está ocorrendo com as ações de boa parte das autoridades que estão à frente de ministérios, secretarias de Estado, judiciário, de Igrejas (...), entre amigos, e até nas relações familiares, enfim. O pior 2: referenciado, corroborado, aceito e instigado por uma chefia maior de Brasília. A perversidade, o ódio, o medo, estão sendo instigados em toda parte.

Há pouco mais de três anos estamos vivenciando um processo de destruição da cultura brasileira (do orgulho de ser brasileiro), da dignidade humana (o desrespeito é a regra, não é a exceção da regra); destruição (ou entrega) de nossas riquezas naturais, e o pior 3: de nossas instituições, guardiãs da democracia e do bem-estar coletivo. Por que isso está acontecendo? ...

Vírus ...

Sociólogos, antropólogos, religiosos (verdadeiros) estão estarrecidos ao ver, perceber, falar, descrever, escrever, sobre tamanha barbaridade que está ocorrendo com a população, num País que tem seu povo como sua melhor “indústria”, seu melhor “capital” (humano).

O medo, a raiva, o nojo, o desrespeito, a apatia, a insensibilidade - “vírus”- , estão sendo instigados, alimentados, em praticamente todos os cantos e instituições brasileiras, subliminarmente ou, parece, consensualmente por boa parte, ditas “autoridades” do País. Até quando?

Igreja?

A educação, o ensino, o conhecimento, a ciência, estão sendo vistos como verdadeiros “diabos” e se instiga ficar bem longe.

Quem está fazendo isso? Na Igreja? Onde? Como?

A saúde do povo está sendo esmagada como se esmaga um inseto venenoso; e o SUS, meu Deus, está na UTI, já faz um bom tempo, precisando, mais do que nunca, de oxigênio e sangue para sair do coma profundo que o governo, deliberadamente, está instigando.

Consequência de tudo isso: dezenas, centenas, milhares de “rivotris” sendo utilizados para “amenizar” esse sofrimento psíquico contemporâneo; em vão.

O medicamento é outro 1: é ter consciência do que está acontecendo e agir, o mais rápido possível, para que essa destruição (de pouco mais de três anos) deliberada, seja abortada.

O medicamento 2: é se armar de conhecimento, amor, compreensão, empatia e atitudes positivas para com o/a outro/a pessoa, para que se possa amenizar as consequências psicopatológicas que a população está enfrentando. Não é fácil. Não será fácil. Não está sendo fácil.

Ao contrário

A palavra que poderia curar um agravo psíquico, está sendo usada para instigar as psicopatologias latentes de cada sujeito. É um medicamento 3 ao contrário. A palavra cura; mas está usada para adoecer.

Quando se diz para uma população de um país (que está sedenta de saúde e que precisa/va de vacina): “Chega de mimimi, vão ficar chorando quanto tempo?” depois de milhares de pessoas mortas; ratifica, ao contrário, tudo aquilo que a essência da palavra se propôs a fazer com os seres humanos: servir para o mais importante elo entre seres humanos, a palavra positiva e curativa.

A frase, destacada, ou as palavras ditas, traduzem, exatamente o que de mais perverso e incivilizatório alguém poderia dizer num momento de tão profundo sofrimento.

Da palavra à ação “perversa” Se não bastasse destruir, com perversidade, tudo que é bom, belo e democrático, mais uma ação em negar ações de humanismo ...

A área humanista do País ficou estarrecida com o veto ao título de “heroína da Pátria” em homenagem à Dra. Nise da Silveira pelo presidente da República. É a ação cabal, com todas as letras, de querer destruir tudo que tiver

Amor O luto é o preço que se paga pelo amor. (Anne with an E) um efeito e lembre ou tenha algo relacionado ao humano, ao ser humano. É a perversidade literal da palavra.

No argumento, pífio, presidencial de veto, ressaltou-se, que deve-se priorizar o reconhecimento a personalidades da história do País em âmbito nacional, “desde que a homenagem não seja inspirada por ideais dissonantes das projeções do Estado democrático”.

Método humano

A Dra. Nise da Silveira, médica psiquiatra, é considerada no Brasil e no mundo, como criadora, pioneira, do método mais humano de tratamento psiquiátrico da história da humanidade.

Em 1940, rebelou-se contra os métodos manicomiais então aplicados a pacientes com transtornos mentais, como o eletrochoque, a lobotomia e o confinamento.

Uma das terapias desenvolvidas pela Dra. Nise foi instigar os pacientes a expressar os sentimentos por meio das artes, especialmente da pintura e também da música.

A produção artística de alguns pacientes ganhou reconhecimento pela qualidade estética, além de ter demonstrado resultados positivos na recuperação.

Urgente

Esse método humanitário, de curar transtornos mentais, parece, não foi/é suficiente para se ter/dar o reconhecimento do nome a um título. É mais uma (in) coerência nas políticas empregadas, não apenas nos quase quatro anos, mas em toda uma trajetória de vida (de morte), em que um revólver é mais importante do que carne, arroz e feijão.

E por falar em saúde e as consequências nefastas da pandemia, que deixou centenas/milhares de brasileiros com agravos mentais ... o vírus instigado na/da pandemia precisa ser eliminado, urgente ... Afinal de contas estamos num Estado Democrático de Direito e a humanidade agradece. Vai agradecer ...

Arnaldo Santtos é Psicólogo Clínico - CRP-15/4.132.

Celular: +55 (82) 9.9351-5851 Consultório: Rua José de Alencar, 129, Farol (Atrás da Casa da Indústria), Maceió-Alagoas.

Atendimento também on-line, autorizado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP).

Email: arnaldosanttos.psicologo@gmail.com arnaldosanttos@gmail.com

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PEDRO OLIVEIRA

n pedrojornalista@uol.com.br

Senadora Eudócia (BRASÍLIA) - Com o afastamento do senador Rodrigo Cunha, para cuidar dos interesses de sua campanha para governador, assumiu o mandato a Dra. Eudócia Caldas, mãe do prefeito JHC e esposa do ex-deputado João Caldas, que busca retomar o mandato nas próximas eleições. De

família tradicionalmente política, com expressiva liderança na região, a nova senadora certamente desenvolverá sua atividade parlamentar com maestria e dará conta de extensa pauta no Senado Federal. Sua posse foi muito comemorada e saudada por seus pares no plenário.

Samya Suruagy, a chefe

AGÊNCIA CÂMARA

A Procuradoria Geral do Estado de Alagoas tem nova chefia. Com uma carreira pontuada de êxito, respeitada e admirada pela classe, assumiu o comando do órgão jurídico a procuradora Samya Suruagy do Amaral, que conduzirá as atividades da instituição durante o atual período governamental.

A escolha do nome da nova chefe da PGE reconhece seus méritos profissionais e atesta sua liderança junto a classe de procuradores.

Ronaldo Lessa

Até o momento do fechamento da coluna o exgovernador e vice prefeito Ronaldo Lessa ainda não havia batido o martelo sobre sua candidatura ao Senado Federal. Lessa com uma história política de vitórias e derrotas é, sem dúvida, um expressivo nome agregador de votos e apoios na capital e no interior. Sua credibilidade eleitoral foi desdenhada por seus companheiros de relações políticas, que desconsideraram seu nome para a coligação majoritária, liderada por Arthur Lira, Rodrigo Cunha e o prefeito JHC. Cometeram um equívoco enorme, pois o nome de Lessa poderia robustecer a chapa majoritária caso estivesse na posição de vice-governador ou senador. Coisas da política.

Bolsonaro perdeu

Partido Liberal (PL), nova sigla do presidente Jair Bolsonaro, foi contra a indicação do Palácio do Planalto e aprovou outro representante para a disputa ao cargo de vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. O nome preferido por Jair Bolsonaro era o do deputado Major Victor Hugo (PL-GO).

A bancada do PL, no entanto, aprovou conta a vontade do presidente o deputado Lincoln Portela (PL-MG), que teve 21 votos e contra 19 de Vitor Hugo.

O Palácio do Planalto sinalizou a insatisfação do presidente diante da preterição do nome do seu candidato.

Simone Tebet sem Alagoas

A Executiva Nacional do MDB aprovou, depois de muitos questionamentos, a aliança do partido com a terceira via e a indicação do nome da senadora Simone Tebet (MDB-MS) como pré-candidata do partido à Presidência. Apenas os diretórios de Alagoas, Ceará e Paraíba não sinalizaram apoio à candidata do partido.

Com a força política do senador Renan Calheiros e do MDB, certamente a candidata Simone Tebet vai ter poucos votos em Alagoas, que serão carreados para o candidato petista, Lula da Silva.

Não se sabe ainda se o PSDB local vai apoiar a candidatura de Tebet, caso a aliança seja consumada a nível nacional.

AGÊNCIA SENADO

Capitão do mato

Durante a sessão plenária esta semana, o ex-vice presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PSD-AM), subiu na tribuna para comentar sua destituição do cargo, determinada na véspera pelo presidente Arthur Lira (PP-AL). Minutos depois, em coletiva de imprensa, afirmou que Lira atua como agente do presidente Jair Bolsonaro (PL) para abrir espaço ao autoritarismo no poder legislativo. “É uma interferência muito perigosa. O presidente [Bolsonaro] já deixou claro o seu desejo de interferir no Supremo Tribunal Federal (STF), e agora voltou suas garras antidemocráticas ao parlamento brasileiro. Infelizmente, achou alguém disposto a estender o tapete para essa entrada do autoritarismo pela porta desta Casa”, declarou.

Ramos atribui a Jair Bolsonaro a sua destituição, uma vez que este manifestou ter sido autor da ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a vice -presidência da Câmara voltasse ao PL.

PÍLULAS DO PEDRO Em Brasília muito se comenta na reviravolta que vai acontecer na política de Alagoas.

Enquanto os outros brigam, candidatura de Rui Palmeira está crescendo e cada dia com mais adesões.

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O país quer uma terceira via

ELIAS FRAGOSO n Economista

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ia sim, outro também, jornalistas petistas e os pró Bolsonaro com espaços na mídia nacional, rábulas bilionários que só perderiam com o combate à corrupção e quase todos os políticos do país, trabalham para derrubar qualquer ensaio de uma terceira via viável liderada por gente decente. Defendem que o sujeito que nada sabe, nada viu e nada é dele, apesar de condenado por roubo nas três instâncias da justiça; ou o amigo de milicianos que faz vista grossa para que a mesma gangue de sempre assalte com ainda mais força o dinheiro

público deste país, liderem esse país. Querem transformar o Brasil num puteiro.

Pois bem, foram esses intrépidos militantes de caneta na mão, os favoráveis a uma justiça frouxa e corrupta e os milicianos do bolsonarismo que lideraram aquela que foi a mais sórdida campanha contra o exjuiz Moro (que se lançou candidato muito cedo, por um partido nanico que não o apoiava e sem ter uma retaguarda de políticos calejados e de qualidade para orientá-lo das cascas de banana e traições típicas dessa gente rasteira).

Tanto fizeram que conseguiram seu intento – com a ajuda do neófito diga-se. A súcia acostumada a assaltar os cofres públicos sob as mais variadas formas e que agora o faz à luz do dia mesmo, nesse desgoverno bolsonarista. Ela que jamais engoliu a possibilidade de Moro presidente, já que seria a ruina dessa malta.

Após derrubá-lo partiram pra cima da ideia de acabar com uma terceira via, batendo dia sim, outro também em todas os pretensos candidatos a liderar

o caminho que a maioria dos brasileiros desejam, para não votar em Lula ou Bolsonaro.

Essa semana decapitaram o Dória, que também ajudou para isso por sua insipidez e incapacidade de entender que São Paulo não é o Brasil. Resultado: perdeu o pouco apoio que tinha lá e no resto do país e no partido – que não o queria candidato. Teve que pedir o boné.

Anotem aí: estamos inaugurando um novo “modelo democrático”: aquele em que os candidatos a parlamentares não querem um candidato de verdade a presidente, exigem um títere para que eles possam manobrar as verbas do partido em suas próprias campanhas. Não à toa, até o atual presidente teve dificuldade para arranjar um partido...

Agora sem candidato a presidente, os candidatos a parlamentares do PSDB querem furar também o acordo para apoiar a senadora Tebet para liderar a terceira via, doidos que estão para pôr a mão na grana partidária e, depois, se abraçarem aos ladrões

de um dos dois outros grupos para continuar a se lambuzarem e a sujar o que restou do partido de Teotônio Vilela, Mário Covas, FHC e tantos outros próceres decentes.

Torço para que a senadora Tebet, uma mulher inteligente, muito preparada, política e filha de político, e sem rabo preso com a corrupção, consiga sobreviver a esse fogo insano de jornalistas-torcedores, rábulas bilionários que querem o quanto pior melhor, o exército de políticos escroques, inclusive e principalmente do seu próprio partido. Que não querem mudar a corrupção desembestada que está levando esse país de novo à bancarrota sem que a justiça (comprometida nos altos escalões) nada faça para dar um basta nessa sujeirada.

Simone Tebet é mulher, decente, capaz, inteligente, muito bem preparada. Só precisa de uma ribalta para conquistar os mais de 40% de eleitores que – insistem – em não apoiar nem votar em quadrilheiros da direita ou da esquerda.

comprar o Twitter foi como um “sopro de esperança”.

Enfim, foi um dia de festa, elogios, abraços e promessas.

Em tempo de eleição vale tudo.

Coube ao ministro Faria explicar as vantagens do Starlink, um sistema de satélites de baixa altura que fornece internet e, funcionando no Brasil, deve atender 19 mil escolas em zonas rurais e fazer monitoramento ambiental na Amazônia, garantindo o controle do que ocorre na nossa floresta. Ao que se sabe, a empresa do bilionário já conseguiu a aprovação desse projeto na Anatel-Agência Nacional de Telecomunicações.

Desconhecido é quando o sistema vai funcionar e quanto vai custar. Também não foi escolhida a pessoa que terá de explicar aos brasileiros o porquê da compra de um novo sistema de monitoramento da Amazônia quando o Brasil já possui um com tecnologia de ponta utili-

zado pelo INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, órgão do governo federal. Com técnicos experientes e capacitados, o INPE, criado em 1961, vem há anos trabalhando no mapeamento e no acompanhamento de queimadas e desmatamento da Amazônia, interligando três sistemas: programa de monitoramento da floresta amazônica por satélite, sistema de detecção de desmatamento em tempo real e sistema de mapeamento de uso e ocupação da terra após desmatamentos.

Os dados gerados pelo instituto são confiáveis, de acesso público e qualquer pessoa pode acompanhar a situação do desmatamento da Amazônia em seu site. Fica então a pergunta: se possuímos experiência e tecnologia para fiscalizar o que ocorre sob o nosso céu, por que contratar uma empresa estrangeira para fazer a mesma coisa e pagar caro por ela?

Anotem aí: estamos inaugurando um novo “modelo democrático”: aquele em que os candidatos a parlamentares não querem um candidato de verdade a presidente, exigem um títere para que eles possam manobrar as verbas do partido em suas próprias campanhas. Não à toa, até o atual presidente teve dificuldade para arranjar um partido...

Guerra nas estrelas

NELSON FERREIRA n Jornalista

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urante uma campanha eleitoral é recomendado que os candidatos e suas assessorias estejam atentos a qualquer acontecimento que possa ser transformado em uma boa arma para caçar votos. Isso faz parte do chamado marketing político. O que parece insignificativo pode ter o poder de definir.

Em uma eleição, o “acontecer” é muito importante e não deve ser esquecido ou perdido. Acontecimentos podem até ter pouco

impacto no momento em que ocorrem, mas isso não tira a possibilidade de se tornarem um sucesso quando editados e exibidos no horário eleitoral gratuito. O ministro das comunicações Fábio Faria sabe dessa verdade e acertou em cheio quando viabilizou o encontro de Bolsonaro com o bilionário Elon Musk, considerado o homem mais rico do mundo.

Musk veio ao Brasil para prestigiar o lançamento brasileiro do projeto Starlink, desenvolvido pela SpaceX, empresa do magnata americano que ganhou notoriedade mundial ao realizar o primeiro voo orbital com passageiros civis. Bolsonaro recebeu o empresário na semana passada em um hotel de luxo em Porto Feliz, cidade no interior de São Paulo, com a presença de poucas autoridades. O evento foi um gol de placa do presidente que, após condecorar o bilionário e chamá -lo “mito da liberdade”, ainda afirmou que a sua decisão de

Fica então a pergunta: se possuímos experiência e tecnologia para fiscalizar o que ocorre sob o nosso céu, por que contratar uma empresa estrangeira para fazer a mesma coisa e pagar caro por ela?

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INTEGRAÇÃO

SÃO MIGUEL DOS CAMPOS RECEBE TRECHO DUPLICADO DA BR-101 E TRÁFEGO É RESTABELECIDO Cerimônia realizada pelo prefeito George Clemente tem convidados especiais, como o ministro Marcelo Sampaio e o presidente da Câmara, Arthur Lira

O

trecho duplicado da BR-101 em São Miguel dos Campos foi entregue esta semana em cerimônia simbólica pelo prefeito George Clemente, que recebeu o presidente da Câmara, Arthur Lira, o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, o senador Fernando Collor, e o diretor-geral do DNIT, general Antônio Leite dos Santos Filho. Foram concluídas as obras em 9 km de via num dos principais eixos de integração do Nordeste.

Além da duplicação, foi restabelecido o tráfego na travessia urbana do município com a conclusão dos serviços de reconstrução da rodovia, que havia cedido após fortes chuvas.

De acordo com o DNIT, a reconstrução foi solução de grande complexidade e durou um ano para conclusão para reparar a erosão com 82m de desnível e drenar as águas pluviais.

“O trecho já está liberado, e nós estamos felizes com essa conquista que dará

mais segurança e comodidade a todos os motoristas. Obrigado a todos envolvidos no trabalho”, agradeceu o prefeito. O evento de inauguração da BR-101 levou ao município

convidados políticos e empresários. O deputado Arthur Lira mencionou o apoio dos parlamentares na liberação de recursos para a obra.

George Clemente comemora aniversário com festa

Para comemorar o aniversário do prefeito George Clemente, amigos e servidores de São Miguel dos Campos organizaram um festa surpresa no prédio da Prefeitura na manhã da terça-feira, 24 de maio.

Um vídeo especial e a apresentação da Banda de Música Maestro Bráulio Pimentel emocionaram e abrilhantaram o momento.

O aniversariante agradeceu. “Hoje é dia de acordar e agradecer a Deus pelo dom da vida! Obrigado a todos que fazem desta data um momento tão especial e importante.

Obrigado, minha família e meus amigos!

Que Deus nos abençoe sempre. Saúde e vida longa para nós. Gratidão”, disse o prefeito.

Uma missa celebrada na Igreja Matriz

de Nossa Senhora do Ó, que tem como pároco o padre Jackson, foi realizada em comemoração ao aniversário do prefeito.

“Agradeço ao nosso vice-prefeito Dr. Benildo, vereadores, secretários, colaboradores municipais e representantes da sociedade civil que participaram da celebração”, declarou.

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A política

MAGELA PIRAUÁ n Escritor.

A

política, em uma expressão mais singela, é que conduz o Estado, enquanto nação e ente federativo. Seja qual a forma de governo: monarquia ou república ou o regime escolhido: presidencialismo ou parlamentarismo. A obsessão humana pelo exercício do poder sempre será

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enorme, quem o exerce dele não quer mais se afastar.

Sempre, na história da humanidade, no exercício do poder as traições, o uso da força, e a perpetuação, foram sempre usadas por quem os detinha.

Apesar de sua origem ser na Grécia, surgida como fruto de uma crise, a democracia surge no mundo contemporâneo, rompendo com os governos teocrático, que se supunha de origem divina, trazendo ao povo, que não participava do processo político, o direito de escolher quem iria governa-lo.

Criada por inspiração de Montesquieu, a teoria dos três poderes, adotada hoje por inúmeros países, criando freios e contra pesos, afastando o absolutismo então vigorante, buscava um governo justo e em equilíbrio.

Neste cenário surgem, no mundo contemporâneo, as democracias, sejam em regimes monárquicos, afastando o absolutismo, seja no presidencialismo, todos amparados nos três poderes harmônicos e independentes.

A metade dos países existentes adotam a democracia, buscando, sobretudo o revezamento de quem exerce o poder.

No entanto, a democracia por si só, senão observada uma vigilância rigorosa e partidos bem estruturados, com uma legislação que os defina de forma a protegê-los de aventureiros, poderá ser ameaçada.

Em alguns países do mundo as democracias, por descuido, exemplo do Chile, do Peru, tiveram, em recente

fato histórico, seus governantes eleitos pelo povo transformados em líderes autoritários.

Os demagogos, sejam de direita ou de esquerda, tornam-se líderes populares usando o discurso de massas, mas no fundo buscam interesses próprios e desejam perpetuar-se no poder.

Na democracia, caso não tenha mecanismo próprios previstos em lei, a começar da norma constitucional, que a proteja de aventureiros, sempre haverá risco de algum aventureiro autocrático, travestido de líder popular, exercer o poder.

Mister se faz que as intuições estejam sempre vigilantes. A democracia, como dizia Ulysses Guimarães, é o preço da eterna vigilância.

Na democracia, caso não tenha mecanismo próprios previstos em lei, a começar da norma constitucional, que a proteja de aventureiros, sempre haverá risco de algum aventureiro autocrático, travestido de líder popular, exercer o poder.

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SAÚDE

Programa de Transplante de Fígado de AL completa um ano em funcionamento Seis pacientes já foram operados na Santa Casa de Maceió, hospital credenciado pelo MS

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o dia 13 de maio de 2021, a rotina do centro cirúrgico da Santa Casa de Maceió foi alterada com o primeiro transplante de fígado de Alagoas.

A equipe especializada se preparava para mudar a vida de Jorge Andrade, professor de Educação Física, de 57 anos, que após anos sofrendo ascite refratária teria um novo órgão implantado.

Foram horas de movimentos orquestrados pelos cirurgiões, anestesistas, enfermeiros e o instrumentador para fazer com que o órgão saudável se ligasse a um corpo que se esforçava para continuar funcionando. Pouco mais de 365 dias depois, Jorge segue fazendo acompanhamento médico, e quer voltar a ter uma vida ativa nos esportes, como poder correr na praia, como fazia antes da doença.

A Portaria Federal N° 313, expedida em 7 de abril de 2020, possibilitou a criação do Programa de Transplante de Fígado, permitindo que Jorge, e outros cinco pacientes operados após ele, tivesse a chance de fazer planos para o futuro. O credenciamento do Ministério da Saúde (MS), com o auxílio da Secretaria de Estado da Saúde, chegou à Santa Casa de Maceió após cinco anos de captação do órgão (cirurgia de retirada) que depois era enviado para outros estados.

“Vimos que era possível o transplante quando começamos as captações. Consequentemente, começamos a aumentar a complexidade cirúrgica na Santa Casa de Maceió, e como houve um número expressivo, nos inclinamos para tentar fazer o transplante de fígado no hospital. Isso, além de ser um sonho nosso, era uma necessi-

Registro da equipe que realizou o primeiro transplante de fígado da Santa Casa de Maceió dade que o estado tinha”, disse o cirurgião Oscar Ferro.

Devido à pandemia, o programa não pode ser iniciado em 2020.

“Ele ainda não está maduro para ser avaliado. Precisamos de um tempo maior para fazer um diagnóstico fidedigno, mas temos conseguido aperfeiçoar a técnica e a equipe médica para melhores resultados. No primeiro ano, fizemos seis transplantes com dois óbitos relacionados ao procedimento.

Hoje temos sete pacientes na fila de espera e a gente vem amadurecendo para que esse número cresça e tenha um boom maior, mas é preciso ter doação. Quanto mais doação houver, mais transplantes vão acontecer”, finaliza Ferro.

O paciente que recebe um novo órgão é considerado grave. “A anestesia é diferente das aplicadas nas cirurgias habituais, pois é de alta complexidade e cheia de peculiaridades. O acompanhamos em várias etapas: antes da cirurgia, no laboratório pré-anestésico, para avaliar se ele tem condição para fazer o transplante, e durante o procedimento”, disse a anes-

Procedimento durou seis horas e beneficiou homem de 57 anos com cirrose tesista do Centro de Anestesia de Maceió (CAM), Cira Queiroz.

“Com o funcionamento do Serviço, o paciente com problema hepático com indicação de transplantes não está mais condenado a morrer no estado, ou não precisa se deslocar para outras regiões em busca de tratamento. Também é bom que fique claro que os médicos que fazem o diagnóstico de morte encefálica não participam da equipe de transplantadores.

Um transplante mexe com banco de sangue, laboratório (com

exames feitos antes e durante a cirurgia), emergência, UTI, enfermagem, e assistência social. É um trabalho multidisciplinar”, ressalta a especialista.

O primeiro procedimento cirúrgico foi coordenado pelo médico Oscar Ferro, que atuou com os médicos Aldo Barros, Claudemiro Neto, Flávio Falcão, Danilo Amaral, Felipe Augusto Porto, Leonardo Wanderley e Cira Queiroz, além da equipe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de Enfermagem.

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LEI SECA

Tolerância zero é questionada por entidades

AGÊNCIA ALAGOAS

STF considera constitucional punição a motorista que se nega a testar bafômetro BRUNO FERNANDES bruno-fs@outlook.com

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Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional por maioria dos votos a Lei 11.705/2008 e manteve a validação de punição administrativa ao motorista que se recusar a fazer o teste do bafômetro. Se fosse declarada inconstitucional, a decisão poderia representar o fim à tolerância zero ao álcool para os motoristas brasileiros parados na Lei Seca. Segundo entidades, no entanto, embora o Supremo tenha julgado o texto constitucional no último dia 19, a lei fere o exercício dos direitos de liberdade e de não autoincriminação.

As ações questionando a lei foram impetradas pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que pediam a revisão dos artigos como o que restringe a venda de bebida alcoólica ao longo de rodovias federais.

Na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) impetrada pela Abrasel, por exemplo, a entidade alegava que o artigo 5º da Lei Seca é inconstitucional uma vez que, segundo eles, pune com multa e penas de apreensão de carteira de habilitação e apreensão do veículo, e até flagrante por infração penal, o condutor que se recusar a soprar o bafômetro.

Segundo a Abrasel, o artigo em questão não respeita o princípio da não autoincriminação. O presidente-executivo da Abrasel, Paulo

Solmucci, afirmou em nota pública divulgada no site oficial da entidade que a associação foi a única a, de fato, se posicionar contra a Lei Seca, alegando inconstitucionalidade por ferir o exercício dos direitos de liberdade e de não autoincriminação. No entanto, no entendimento dele, apenas o fato de questioná-la já trouxe benefícios para a população.

“Antes de nosso posicionamento, o texto proibia a venda de bebidas em todas as rodovias federais, algo sem sentido, já que muitas estradas passam dentro de cidades.

Conseguimos retirar a proibição de áreas urbanas. Outro ponto era a obrigação de fazer o bafômetro, ou seja, de constituir prova contra si mesmo”, explica.

No desfecho do julgamento, a Abrasel questionou três pontos abrangentes no artigo 5º da Lei Seca: a multa para quem se nega a realizar o bafômetro (sob o argumento de que o cidadão não é obrigado a constituir prova contra si mesmo); a privação do direito de ir e vir de quem fica parado em blitz e o fato de a lei ter “criminalizado boa parte da população adulta”.

“Ao nosso ver, a blitz da Lei Seca é algo inconstitucional. Centenas ou milhares de pessoas são obrigadas a parar - privadas do direito de ir e vir - porque supõese que alguém bebeu. Em outros países a polícia só aborda quem dá indícios de que está fazendo algo errado”, opina Solmucci.

Sobre tolerância zero ao álcool, o presidente da associação argumenta que a lei transforma boa parte da sociedade em criminosos.

Ações da Lei Seca ganharam respaldo com a decisão do Supremo “Vemos frequentemente pessoas tomando uma ou duas taças de vinho ou chope dirigindo. Essas pessoas são criminosas, mesmo que estejam dentro do parâmetro de vários países do mundo. Não podemos fazer de conta que essa lei é boa”.

Países como Alemanha, Argentina e Finlândia acatam a determinação da OMS, enquanto outros - como Canadá, Estados Unidos (dependendo do estado), Inglaterra e Irlanda do Norte - são mais liberais e toleram até 0,8 g/L de álcool no sangue.

REDUÇÃO DE ACIDENTES No ano em que a Lei Seca completou 10 anos, em 2018, um

balanço divulgado pela Operação Lei Seca em Alagoas, no entanto, revelou a redução do número de acidentes de trânsito após as novas regras entrarem em vigor.

Em 2011, por exemplo, 275 morreram na capital, e em 2017 foram 70 pessoas, uma redução de 74,5%.

A terceira ação que deve ser discutida e está na pauta da Corte é um caso em que o Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS) recorre de uma decisão favorável do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) a um motociclista que se recusou a fazer o teste de alcoolemia.

Detran diz que Lei Seca é constitucional O Departamento de Trânsito de Alagoas (Detran/AL), por meio de seu presidente, Adrualdo Catão também se posicionou a favor dos artigos e contra a possível declaração de inconstitucionalidade da Lei Seca em todo o país. “É um retrocesso rever a Lei Seca. A clareza da lei na forma de tolerância zero é uma sinalização importante e tem efeito no comportamento geral. Beber e dirigir já foi uma prática socialmente tolerada e a Lei Seca conseguiu mudar isso. Não podemos voltar atrás”, pontuou.

Em Alagoas, só no primeiro trimestre de 2022 a Operação Lei Seca flagrou 229 condutores em estado de alcoolemia ao volante. Esse número é mais que o dobro do constatado no mesmo período em 2021, quando foram registrados 87 casos.

Além disso, o número de prisões em flagrante realizadas no primeiro trimestre de 2022 por embriaguez ao volante também é alto: 30 condutores com resultado de 0,34mg/L ou que se recusaram a fazer o teste do etilômetro mesmo com claros indícios de embriaguez.

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ECONOMIAEM PAUTA Lojas BIG

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Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovou esta semana a compra de lojas do Grupo BIG pelo maior varejista do país, o Carrefour Brasil (CRFB3), com restrições que já tinham sido acordadas pelas empresas junto ao órgão de defesa da concorrência. Três das unidades estão em Maceió, mas não foi informado como será feita a transição de comando. O Carrefour Brasil, unidade local da gigante francesa de varejo Carrefour, anunciou em março passado a aquisição do Grupo BIG por cerca de R$ 7,5 bilhões.

Pix no Uber

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A Uber anunciou que vai passar a aceitar o pagamento via Pix para viagens feitas pelo aplicativo de transporte em todo o Brasil. A empresa tem avisado clientes por e-mail sobre a modalidade, que estará disponível para todos a partir de junho. Além do Pix, a empresa anunciou que quem optar por pagar as viagens em dinheiro terá de tirar uma selfie antes que seja feita a solicitação do carro e que ficará armazenada nos servidores da empresa, à disposição para consulta posterior das autoridades em caso de necessidade.

n Bruno Fernandes – bruno-fs@outlook.com

Mudança no auxílio-gás

AGÊNCIA BRASIL

O deputado Christino Áureo (PP-RJ) tenta expandir o auxílio-gás por meio de emenda ao projeto de lei complementar que estabelece um teto de 17% para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre energia e combustíveis. São cerca de 5 milhões de beneficiários do auxílio-gás. Pela emenda apresentada por Áureo, esse número subiria para 11 milhões.

Renegociação do Fies

AGÊNCIA BRASIL

O Senado aprovou esta semana uma medida provisória que permite a renegociação de débitos para estudantes beneficiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A MP havia passado pela Câmara, onde sofreu alterações e, por isso, virou um projeto de lei de conversão (PLV). O desconto pode chegar a 77% do valor total negociado, mas para estudantes que fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), o abatimento pode ser de até 99% do valor devido. O texto segue para sanção presidencial.

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RADAR LITERÁRIO Um olhar poético sobre o Velho Chico Imprensa Oficial Graciliano Ramos lança Velas, novo livro do artista fotográfico Celso Brandão resultado de sua participação no coletivo Missão Rio São Francisco

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epois do sucesso editorial de Ilha do Ferro, a Imprensa Oficial Graciliano Ramos lança Velas, livro inédito de fotografias do multiartista alagoano Celso Brandão. A obra, publicada em parceria com a francesa Sensible Édition, sob o selo Estrela do Norte, reúne imagens inéditas registradas nos anos de 2019 e 2020, nos municípios de Entremontes, Pão de Açúcar e Porto da Folha, localizados nos estados de Alagoas e Sergipe.

O ensaio fotográfico é fruto da participação do autor no coletivo Missão do Rio São Francisco, grupo sem fins lucrativos, formado por fotógrafos, videomakers, artistas plásticos e escritores de Alagoas, Minas Gerais e São Paulo, interessados pelas questões relacionadas ao Velho Chico. O diretor artístico do coletivo é o renomado fotógrafo e curador francês Pierre Devin, também responsável pelo site bilíngue Territoire Sensible, no qual pode-se aferir a dimensão do contexto em que Velas está inserido Segundo Celso Brandão, a ideia da Missão do Rio São Francisco surgiu depois da publicação do livro Ilha do Ferro, em 2017. Para ele, o lançamento desta obra representa uma realização pessoal como fotógrafo, mas vai além por se tratar de um dos feitos do coletivo de artistas que permanece atuante, apesar da pandemia da covid-19. “Por ser em cores, e não no meu habitual preto e branco, neste trabalho me aproximei da centenária estética abstracionista, que tanto admiro, e que também liberou minha fotografia para outras abordagens”, afirma.

“Chega a ser chocante como Celso Brandão aborda em Velas as cores

velas e dos mastros seguem a tradição das lendárias canoas de tolda.

SOBRE O AUTOR

da matéria.

Seus planos fechados das velas das regatas populares do Baixo São Francisco vibram como corda em harmonias coloridas. Se levados em conta nossos inconscientes, este ensaio fotográfico recorrerá bastante a nosso imaginário”, descreve Pierre Devin, que assina a direção artística e editorial do livro junto com Fabiana Figueiredo. Para ele, Celso Brandão também demonstra claramente que uma obra produzida no âmbito de uma missão fotográfica se faz diante do visível, comprometido com a maior liberdade criativa.

“Liberdade na exigência e pertinência artística, no que tange à forma a ser produzida”, ressalta.

As regatas do Baixo São Francisco

são de uma beleza impactante e geralmente acontecem nas festas religiosas das cidades ribeirinhas alagoanas e sergipanas. Os participantes chegam ao local da largada na noite anterior e amanhecem o dia preparando as embarcações, que contam com equipe de aproximadamente dez pessoas, entre piloto, seus seis tripulantes, pessoal de terra e barco de apoio. As competições se dividem em três categorias: os botes de uma vela só, os botes de duas velas e as canoas de corrida.

Nestas embarcações não se encontram peças industrializadas, tudo é feito localmente e as amarrações das

Celso Brandão nasceu em Maceió, em 1951. Recebeu do pai a primeira máquina fotográfica aos 13 anos e, desde então, não parou de fotografar e filmar. Fez parte do Movimento Superoitista, nos anos 1970, em Alagoas. Realizou uma vasta série de documentários de curta metragem sobre cultura popular nordestina. Constituiu uma significativa coleção de arte popular que circula pelos museus e instituições brasileiras. Suas obras fazem parte da coleção Pirelli, do Museu de Arte de São Paulo (Masp), e de coleções do Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR) e da Maison Européenne de la Photographie (MEP).

LANÇAMENTO

A Imprensa Oficial Graciliano Ramos e seus parceiros estão organizando um grande evento literário com o lançamento de Velas e de outros títulos assinados por autores e autoras alagoanos na primeira quinzena de junho. Acompanhe as novidades da gráfica e editora do Gover-

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FERNANDO CALMON

n JORNALISTA

ALTA RODA

BMW iX combina alta tecnologia e desempenho

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ofisticação, alta tecnologia e desempenho de tirar o fôlego estão reunidos no SUV elétrico BMW iX. Na versão de topo avaliada, xDrive 50, a potência combinada dos dois motores é de 523 cv e o torque total, de 78 kgf.m. Tração nas quatro rodas com distribuição de 60% para o eixo traseiro e 40% para o dianteiro assegura equilíbrio em curvas de raio curto ou longo. Aceleração de 0 a 100 km/h, no modo Sport, é feita em 4,6 s, surpreendente para um SUV de 2.510 kg de massa (620 kg só de bateria). O mais impressionante: verdadeiro salto à frente no vencer a inércia ao afundar o pé no acelerador.

Estilo frontal típico da marca mantém a clássica grade vertical dupla, mesmo sem função.

Linha de cintura baixa e desenho moderno na traseira equilibram o conjunto.

Há uma minialavanca no console que inclui posição de frenagem regenerativa intensificada.

Quando selecionada, é possível desacelerar na maior parte das situações de uso urbano sem tocar no pedal de freio, além, claro, de recarregar a bateria.

Três metros de distância entre eixos oferecem muito espaço em especial para as pernas dos passageiros do banco traseiro. Os bancos dianteiros proporcionam suporte lateral perfeito e incluem alto-falantes (em todo o interior há 30).

A enorme tela multimídia de 14,9 pol. controla na prática

quase todas as funções. Inclui comando por voz e até por gestos para aumentar e baixar o volume do áudio. Curiosamente pode-se usar um dos poucos botões do console para controlar o volume do áudio. Há acionamento elétrico da tampa do porta-malas de 500 litros (padrão VDA). Inclui reparador para furo de pneus, mas o iX é entregue com um estepe dentro de uma sacola incluído no preço, nada convidativo como todo elétrico, de R$ 799.950.

Alcance declarado de até 630 km está acima da média graças à bateria de 111,5 kWh. Fiquei atento para checar esse ponto.

Entre São Paulo (760 m de altitude) e a Riviera de São Lourenço no litoral paulista foram 250 km (ida e volta). Regeneração máxima sempre acionada, mais de 90% da bateria carregada, alcance de 550 km indicado no computador de bordo. Rodei nos limites de velocidade na estrada entre 80 e 120 km/h. Cheguei ao destino com 410 km de alcance, ou seja, a descida da serra ajudou a regeneração.

Na volta, subindo a Serra do Mar até o mesmo ponto de partida o alcance final era 225 km. Entre descer e subir, portanto, houve uma diferença acentuada. Isso sempre acontece com carros elétricos. Uma situação exatamente inversa em relação aos motores a combustão cujo consumo é pior no para e anda do trânsito e melhor em velocidades constantes típicas de rodovias.

n Seminário sobre Segurança e Conectividade, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), destacou dois itens que estão em fase mais adiantada de análise e proposta à Secretaria Nacional de Trânsito para adoção escalonada em veículos leves, começando pelos novos projetos. São os sistemas de frenagem de emergência avançada e de alerta de saída de faixa. Itens importantes, porém exigem alta escala de produção para o aumento de custos chegar diluído ao preço final dos automóveis que não para de subir. O limitado poder de compra do consumidor brasileiro também ter que ser levado em consideração. n Ford ampliou em 50% sua equipe de engenheiros e especialistas no Centro de Desenvolvimento e Tecnologia, na Bahia. São 500 novas contratações em Camaçari e agora conta com 1.500 profissionais. Estes estão inseridos na rede mundial de pesquisa da fabricante, visando exportar patentes, softwares e tecnologias. n Montana que chega em 2023 receberá atualizações remotas de softwares de sua arquitetura eletrônica e de aplicativos da nova central multimídia integrada ao quadro de instrumentos.

Atualizações remotas já estão em outros produtos Chevrolet. Em picapes leves é novidade. n Duster com o motor 1,3-L turbo, apenas na versão de topo Iconic, dá outra vida ao SUV da Renault. Além dos 170 cv (E)/162 cv (G), impressiona no dia a dia o torque de 27,5 kgf.m a apenas 1.600 rpm e continua nesse patamar até 3.750 rpm. Motor é tão elástico que nem precisaria que o câmbio automático CVT tivesse oito marchas.

Câmeras para visão 360 graus e detector de ponto cego nos retrovisores contrastam com a oferta de apenas dois airbags no quesito segurança. Multimídia oferece conexão apenas por cabo, aceita Android Auto e Apple CarPlay e a tela, apesar de posição baixa, tem boa resolução. n Dica para quem preenche a declaração de ajuste anual do imposto de renda até o próximo dia 31. No ano passado os carros usados tiveram grande valorização porque a produção de veículos sofreu perdas em razão da falta de componentes em especial semicondutores. Veículos usados acima de R$ 35.000 estão sujeitos a pagar 15% de imposto sobre a diferença positiva (se houver) entre os valores de compra e de venda. Trata-se de uma situação rara, pois historicamente essa diferença era sempre negativa pela desvalorização natural ao se vender um modelo usado.

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RESENHA ESPORTIVA Neymar reafirma desejo de continuar no PSG

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om o final da temporada europeia e a renovação de contrato de Kylian Mbappe com o Paris Saint-Germain até 2025, os rumores de que Neymar poderia deixar a França ganharam força nos últimos dias. O brasileiro voltou a afirmar seu desejo de permanecer na equipe francesa para o próximo ano. Neymar tem contrato com o Paris Saint-Germain até junho de 2025, mas diversos veículos europeus revelaram que o clube estaria disposto

DIVULGAÇÃO

ARTHUR FONTES arthurfontes425@gmail.com DIVULGAÇÃO

a abrir mão do jogador antes do término de seu vínculo. O The Sun, jornal inglês, publicou que os franceses poderiam negociar o brasileiro, que custou 222 milhões de euros (quase R$ 900 milhões à época) aos cofres de Nasser Al-Khelaïfi, dono do PSG. O brasileiro teve sua pior temporada em números com a camisa do PSG em 2021/22.

Disputou apenas 28 dos 50 jogos da equipe, com 13 gols, 6 assistências e sem marcar na Liga dos Campeões.

PALMEIRAS GOLEIA O TÁCHIRA E BATE RECORDES NA LIBERTADORES

CESAR GRECO - ASCOM PALMEIRAS

O Palmeiras de Abel Ferreira continua fazendo história. O clube alviverde se tornou o time com a melhor campanha e com mais gols marcados na história da fase de grupos da Libertadores ao vencer o Deportivo Táchira, da Venezuela, por 4 a 1, no Allianz Parque.

Os gols do jogo foram marcados por Gustavo Scarpa (três vezes) e Rony. Gutiérrez descontou para os visitantes. Com o resultado, o Palmeiras mantém os 100% de aproveitamento no torneio sul-americano e supera os números do Boca Juniors de 2015, que também venceu as seis partidas, mas teve 17 gols de saldo, cinco a menos que o time de Abel. O time alviverde também ultrapassou o River Plate de 2020 e agora é isoladamente o melhor ataque da fase de grupos, com 25 gols marcados, quatro a mais que os argentinos.

FABRÍCIO WERDUM DEIXA O MMA PARA MIGRAR PARA O BOXE Mais um lutador de história no MMA está deixando o esporte de lado para se testar nos ringues. O brasileiro Fabrício Werdum anunciou sua ‘aposentadoria’ das artes marciais mistas para migrar para o boxe. O gaúcho, ex-campeão dos pesados do UFC e que estava na PFL, falou com jornalistas na quarta-feira (25) e anunciou que irá se afastar um pouco do MMA para lutar na nobre arte. Não somente para conseguir lutas que chamem a atenção, mas também visando ser campeão nos ringues. ‘’Depois de 24 anos lutando jiu-jítsu, grappling e MMA, é difícil ter a decisão. Não gosto dessa palavra ‘aposentado’ ou ouvir que parei de lutar. Para nós lutadores, é difícil essa ideia de parar com o que gosta de fazer.

Vou mudar o foco completamente. Quando me propus a ser campeão de jiu-jítsu, fui campeão e também fui do UFC. Agora, o foco é mudar’’, declarou Werdum.

CRB GANHA A PRIMEIRA FORA DE CASA E FOGE DO Z4

ASCOM CRB

A chegada do técnico Daniel Paulista mudou completamente o cenário no Galo da Praia. Se antes do treinador a equipe regatiana ocupava a lanterna do Brasileiro, agora, com as vitórias seguidas contra Londrina e Sport, saltou para o 10º lugar na tabela. Somando 10 pontos, o máximo que a equipe alagoana pode cair é para a 16ª colocação, dependendo de uma combinação de resultados. Destaque da partida mais uma vez para o atacante Anselmo Ramon, que anotou o único gol do jogo e criou boas chances no setor ofensivo. O CRB volta a campo na próxima quarta-feira, quando tem o Clássico das Multidões, contra o CSA, às 21h30, no Estádio Rei Pelé.

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ABCDOINTERIOR Investiu no YouTube

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plataforma YouTube está embolsando uma boa grana do senador Rodrigo Cunha, que “investe” rios de dinheiro para atrair o eleitor, principalmente de Arapiraca, onde tem sido duramente criticado justamente por falta de ações.

Uma dúvida

Quem paga a conta das propagandas dos vídeos veiculados na plataforma? Essa dúvida paira no ar e persiste porque é de domínio público que Rodrigo tem um verdadeiro horror de colocar as mãos nos bolsos para gastos pessoais. Isso é fato. Ele gosta mesmo de uma boquinha, que o Senado proporciona com a liberação de grana para gastos com propaganda.

O que se salva?

Mas o que chama atenção é a mensagem que passa nas suas publicidades enganosas. Em uma delas, o “locutor” enche a boca para “blasfemar”: “Você pode não saber, mas o trabalho de Rodrigo você vê”. Ué, até agora ganha um doce quem indicar um “trabalho” realizado pelo senador. O que se salva, no entanto, é o Instituto de Prevenção do Hospital de Amor de Arapiraca, que foi ideia da deputada Tereza Nelma, que teve o senador como “caroneiro”.

Funciona acanhadamente

O detalhe é que o hospital, inaugurado em dezembro de 2021 e que tem como finalidade o diagnóstico e prevenção do câncer de mama e útero, custou aos bolsos do contribuinte alagoano a bagatela de R$ 28 milhões, liberados em emenda parlamentar do próprio senador e da deputada federal Tereza Nelma. Infelizmente, o hospital funciona acanhadamente, atendendo a pacientes apenas de Arapiraca. Essa é a verdade.

“Elefante branco”

E pasmem: a propagada diz que a expectativa do hospital é atender mensalmente mais de nove mil pessoas. Quem passa diariamente no local, constata que isso é uma grande mentira. O hospital mais parece um “elefante branco”.

Olho no olho

Uma vergonha tanto para o senador quanto para a deputada que, estranhamente, não se pronuncia sobre esse vexame. Tereza Nelma tem a admiração desse humilde colunista, por sua história de luta, mas é preciso que se diga que ela deveria se pronunciar sobre a inércia do hospital em atender aos pacientes da região.

Em síntese: olhar nos olhos da população interiorana e revelar o motivo para o Hospital de Amor não funcionar como deveria. Afinal, foram investidos milhões e milhões numa obra que, pelo menos até agora, não disse para que veio.

Fortes chuvas

O inverno ainda não chegou, mas as fortes chuvas já preocupam os alagoanos na maioria dos municípios. Desde terça-feira, 24, são registradas chuvas ininterruptas, que se intensificaram na quarta-feira. A previsão é de que os próximos dias também sejam de muitas chuvas. O governo estadual instalou uma Sala de Alerta no Corpo de Bombeiros para monitorar as ocorrências nos municípios alagoanos. Prefeitos e Defesas Civis estão atuando para sanar os impactos das chuvas.

Bairros afetados

Em Arapiraca, o bairro mais afetado é o Brasiliana, com cerca de 20 famílias desabrigadas, por conta da elevação do nível das águas na cabeceira do Riacho Piauí. O prefeito Luciano Barbosa visitou as áreas mais afetadas para conversar com os moradores e anunciou medidas e ações emergenciais de apoio às famílias.

O bairro Olho d’Água dos Cazuzinhas também registrou estragos. Na Zona Rural, uma barragem rompeu no Poção, de acordo com a Defesa Civil de Arapiraca.

n robertobaiabarros@hotmail.com

Situação de emergência

Devido a isso, o prefeito decretou situação de emergência no município, suspendeu as aulas de 20 escolas municipais e determinou que todos os órgãos municipais permaneçam mobilizados, seguindo as orientações da Defesa Civil de Arapiraca. A Secretaria Municipal de Infraestrutura está encarregada de fazer um levantamento completo das residências mais afetadas pelas chuvas, para que as famílias sejam encaminhadas no primeiro momento para imóveis alugados e depois receberem indenizações, por conta do risco na estrutura física das residências.

Além da rede municipal de ensino, a Universidade Estadual de Alagoas determinou a suspensão das aulas presenciais em todos os Campi, e orientou para que as aulas ocorressem de forma remota até ontem, sexta-feira (27).

Campanha de doações

A prefeitura convocou a população também para somar no auxílio aos atingidos pelo temporal. Agasalhos, colchões e alimentos estão sendo arrecadados no Centro POP, localizado na Rua Domingos Correia, 955, Ouro Preto e no Ginásio João Paulo II. A OAB Subseção Arapiraca já havia iniciado uma campanha de arrecadação de agasalhos na sede da entidade.

Com a intensificação das chuvas, o presidente Daniel Fernandes se solidarizou com os afetados e reforçou o chamamento para que contribuam com a campanha de arrecadação.

PELO INTERIOR ... O Instituto de Prevenção - Hospital de Amor de Arapiraca foi um dos vencedores do Prêmio “Dr. Pinotti – Hospital Amigo da Mulher”. A indicação do prêmio foi feita pela deputada Tereza Nelma (PSD-AL) idealizadora da unidade instalada em Arapiraca no ano passado. A solenidade de entrega do diploma aconteceu na quarta-feira, 25, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados. ... O prêmio Dr. Pinotti é concedido pela Câmara dos Deputados para reconhecer e dar destaque especial as entidades cujos trabalhos ou ações são voltadas a promoção do acesso e qualificação dos serviços de Saúde da Mulher. ...Tereza Nelma ressaltou que em quatro meses de atendimento, a unidade de Arapiraca já realizou 2.300 mamografias e 3.200 citologias, fazendo diagnóstico precoce de mulheres. A deputada lembrou que ao assumir o mandato pensou em realizar ações que possibilitassem o acesso digno à saúde para as mulheres. ... O Conselho da OAB AL - Subseção Arapiraca se reuniu na última segunda-feira, 23, na 4ª Sessão Ordinária da Ordem. Durante a sessão, o Conselho debateu sobre o projeto de lei que foi encaminhado à Câmara dos Vereadores de Arapiraca que tem como objetivo desburocratizar serviços administrativos do município. ... O projeto visa conferir poderes ao advogado para que o mesmo possa reconhecer a autenticidade de cópias de documentos nos processos administrativos no âmbito da administração pública municipal. ... Numa ação conjunta realizada no final da tarde de quarta-feira, 25, equipes do 7º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e da 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil apreenderam dois adolescentes acusados de envolvimento em homicídios no município de Santana do Ipanema. ... Além da dupla, outro menor de idade também foi detido durante a operação desencadeada no município do Sertão Alagoano. ... As buscas pelos menores infratores foram intensificadas logo depois do assassinato de um homem com vários disparos de arma de fogo, ocorrido na tarde de terça, 24. ... Um final de semana bacana para os nossos leitores. Até a próxima edição!

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MEIO AMBIENTE

José Fernando Martins josefernandomartins@gmail.com

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Carbono

Catástrofe climática

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Organização Mundial Meteorológica (OMM) divulgou na semana passada uma nova edição do relatório “Estado do Clima”, que confirma que os últimos sete anos têm sido os mais quentes já registrados no planeta. Em análise do documento, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que o “sistema energético global está quebrado” e, com isso, que estamos “cada vez mais próximos de uma catástrofe climática”. Além disso, Guterres disse que o “Estado do Clima” mostra a “triste repetição do fracasso humano em combater os problemas climáticos” com “recordes alarmantes” atingidos em 2021 em várias frentes: aumento do nível do mar, aquecimento dos oceanos, concentração de gases de efeito estufa e acidificação dos oceanos. O secretário-geral aponta que os combustíveis fósseis são um caminho sem saída e ressalta, ainda, que a guerra na Ucrânia e seus efeitos sobre o preço da energia é um outro aviso para que o mundo “acorde” para as mudanças climáticas.

Reciclagem em baixa

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Durante as idas ao supermercado, na maioria das vezes, ao menos um produto vem em uma embalagem que pode ser reutilizada, seja para guardar outro conteúdo, seja para destinar às empresas capacitadas para realizar a reciclagem desse material. Contudo, ainda é pequeno o número de brasileiros que reciclam estes resíduos. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), de todo o lixo produzido no Brasil, 30% tem potencial para ser reciclado, mas apenas 3% desse total efetivamente o é. E tudo isso no país que é simplesmente o maior produtor de lixo da América Latina, totalizando 216 mil toneladas ao dia, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Ainda há um longo caminho a ser percorrido e muito o que se avançar no que diz respeito às políticas públicas que podem contribuir para processos mais sustentáveis e de menor impacto ao meio ambiente. Apesar disso, em uma visão otimista, pode-se dizer que, aos poucos, a humanidade cria mais consciência e entende que reciclar é, também, ressignificar.

O governo federal vai publicar um decreto que regulamenta o mercado de carbono no Brasil. O documento tem como base a Política Nacional de Mudança do Clima. O anúncio foi feito pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, no último dia 18, no Rio de Janeiro, durante a abertura do Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes.Entre outros pontos, o decreto traz o conceito de crédito de metano, a possibilidade do registro da pegada de carbono de processos e atividades, o carbono de vegetação nativa - que chega a 280 milhões de hectares em propriedades rurais, o carbono do solo fixado durante o processo produtivo, e o carbono azul - presente nas áreas marinhas e fluviais. “Todas essas novidades representam um importante avanço na formação de instrumentos econômicos que possibilitem a monetização de ativos ambientais e a exportação de crédito de carbono para o mundo. Nasce hoje o mercado de carbono nacional, mas a sua maturidade virá com a aprovação do Projeto de Lei amplamente debatido pela sociedade no Congresso Nacional e com apoio do governo federal”, destacou o ministro do Meio Ambiente.

Poluição fatal

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A poluição foi responsável por 9 milhões de mortes em 2019 — o equivalente a um em cada seis óbitos em todo o mundo —, revela um estudo divulgado por um consórcio interna-cional de cientistas na última edição da revista The Lancet Commission on Pollution and Health. Segundo os autores, o número permanece inalterado desde a análise anterior feita pelo grupo, em 2017, o que reflete que poucas ações foram tomadas para conter essa crise de saúde pública. No texto, os responsáveis pelo trabalho pedem que medidas sejam tomadas imediatamente no sentido de reverter esse cenário que causa prejuízos globais. A investigação conduzida por integrantes da Comissão Lancet de Poluição e Saúde tem como base o estudo Global Burden Disease (GBD) — uma publicação anual com estimativas globais relacionadas ao impacto de doenças diversas na população. Os dados analisados em 2017 indicaram a ocorrência de 9 milhões de óbitos precoces em todo o mundo em 2015. O número se repetiu no novo relatório, que teve como referência as informações de 2019 e representa 16% das mortes registradas no mundo.

MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE MAIO A 03 DE JUNHO DE 2022

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DE ALAGOAS

n Odilon Rios

Os dias em que Nise da Silveira ensinou Graciliano Ramos a sorrir

N

ise da Silveira e Graciliano Ramos ficaram meses presos, acusados pela ditadura Vargas de comunismo.

Em Memórias do Cárcere, Graciliano revela as conversas que tinha com aquela “senhora pálida e magra, de olhos fixos, arregalados”, cheios de esperança e com uma grandeza moral que as grades da cadeia não teriam capacidade de ocultar.

Nise fascinava o conterrâneo. A inteligência e a bondade, disse Graciliano, levaram aquele homem sisudo, seco e cheio de manias a abrir a própria alma para aquela que se tornaria símbolo mundial da luta antimanicomial e correspondente de Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, fundador da psicologia analítica.

Nise voltou esta semana ao noticiário e virou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. O presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou uma homenagem aprovada pelo Congresso Nacional para que a médica tivesse o nome inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas na Pátria.

Mas qual era a opinião de um dos maiores mestres da literatura mundial e profundo conhecedor da alma humana, Graciliano Ramos, sobre Nise da Silveira?

“Junto, à direita, além de uma grade larga, distingui afinal uma senhora pálida e magra, de olhos fixos, arregalados. O rosto moço revelava fadiga, aos cabelos negros misturavam-se alguns fios grisalhos. Referiuse a Maceió, apresentou-se:

Nise da Silveira

Livro no qual Graciliano relata os dias na prisão – Nise da Silveira.

Noutro lugar o encontro me daria prazer. O que senti foi surpresa, lamentei ver a minha conterrânea fora do mundo, longe da profissão, do hospital, dos seus queridos loucos.

Sabia-a culta e boa, Rachel de Queirós me afirmara a grandeza moral daquela pessoinha tímida, sempre a esquivar-se, a reduzir-se, como a escusar-se de tomar espaço. Nunca me havia aparecido criatura mais simpática”.

Nise ficou presa 18 meses; Graciliano, 10. Ambos se encontravam frequentemente num lugar e regime que se esforçava em jogar no lixo a esperança. Graciliano rabiscava um romance na prisão; ela “estava sendo ingênua”, acreditando na liberdade. O romance era Angústia, o terceiro do escritor.

Identificando as agonias de Graciliano, Nise se aproximava de mansinho. Ensinou crapaud, um jogo de

Graciliano_Ramos cartas com as mesmas regras do paciência, para aquele que já se tratava como paciente da doutora, “(...) com certeza não me diferençava muito dos clientes dela, imbecis ou idiotas”.

“A figura de Nise entrara-me fundo no espírito.

Apesar de havermos ficado momentos difíceis um diante do outro, confusos, aturdidos, em vão buscando uma palavra, aquela fisionomia doce e triste, a revelar inteligência e bondade, impressionava-me”.

Graciliano detestava elogiar e ser elogiado. Saiu a primeira edição de Angústia, ele estava preso. Não gostou da edição do livro. A crítica exaltava o romance. Tudo intragável, cheio de adjetivos sobre a inteligência de Graciliano. Nise havia lido o romance e gostou, detalhou

suas impressões. Viu Graciliano amuado: — Que é que você tem? perguntou-me da porta a ótima Nise. Piorou?

— Não. Estou bem.

Nise ficou um instante a olhar-me séria, de repente deu uma risada: — Já sei. Foi o artigo de Fulano. Ergui-me: — Ele tem razão. É o que é realmente aquela porcaria.

Um formoso romance.

Nise não perdia o bom humor. Graciliano achava graça. Não há romantismos na prisão, mas Nise ensinava a sobrevivência à perda do sentido e a necessidade do autocontrole em situações extremas. A condição humana mistura sabedoria e compaixão. Os queridos loucos da doutora Nise também eram ensinados a esperançar.

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