O Tribunal de Justiça de Alagoas deve julgar na terça, 29, uma ação popular contra a Mesa Diretora da ALE que em 1991 contratou 1.200 servidores em cargos efetivos sem concurso público. 2
ALAGOAS
O Tribunal de Justiça de Alagoas deve julgar na terça, 29, uma ação popular contra a Mesa Diretora da ALE que em 1991 contratou 1.200 servidores em cargos efetivos sem concurso público. 2
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Ao defender a permanência do fami gerado orçamento secreto, Arthur Lira insiste na balela de que esta seria a forma “mais democrática” de destinar recursos aos prefeitos, que chama de “orçamento municipalista”. Para ele o sistema de emendas parlamentares deixa deputados e senadores reféns do ministro, que não conhece as demandas municipais.
Lira citou Coité do Noia, em Alagoas, e Alagoa Grande, na Paraíba, como exem plos de que pequenos municípios brasileiros jamais receberiam dinheiro da União se dependessem de emendas liberadas pelo ministro. “Essa escolha é aleatória, pela pressão do parlamentar, que muitas vezes tinha que ficar cinco, seis horas na antessa la do ministro”.
O deputado deveria citar Rio Lar go, cujo prefeito Gilberto Gonçalves, seu aliado político, foi afastado e preso por desviar R$ 39 milhões das emendas secretas destinadas por Lira. É esse tipo de “democracia municipalista” defendida pelo presidente da Câmara Federal.
Encastelado no Centrão tal qual um César romano, Arthur Lira agora quer que todos os recursos da União destinados aos municípios sejam repassados através de emendas impositivas do orçamento secreto. Isso transforma o presidente da República em mero pagador de despesas a serviço dos parlamentares. É a tal da “go vernabilidade” que eles tanto defendem.
O Tribunal de Justiça de Alagoas decidirá nessa terça-feira 29, o destino de um proces so que tramita há 31 anos. Trata-se de uma ação popular contra o Poder Legislativo que em 1991 comandou o maior “trem da alegria” da história de Alagoas ao nomear 1.200 servidores para cargos efetivos sem concurso público. No vagão da frente do luxuoso trem le gislativo embarcaram parentes, aderentes, amigos, amantes e toda uma curriola que ainda hoje vive à sombra de poderosos, às expensas do erário. Subscrito por 46 ad vogados, engenheiros, economistas e outros profissionais liberais, o processo judicial pede a anulação de atos da Mesa Diretora da Assembleia, de missão dos servidores irregulares e punição aos responsáveis pela imoralidade.
Chega a ser inacreditável como o poder altera o bom senso do ser humano. O corregedor-geral da Justiça de Alagoas, desembargador Fábio José Bittencourt, após não conseguir a troca de um jet ski que comprou em 2012 por outro novo seis anos depois, acionou a Justiça atrás do que considerava ser seu direito. Não obtendo sucesso em primeira instância, virou um verdadeiro enxadrista, mudando peças do tabuleiro para conseguir uma sentença que lhe fosse favorável.
A empresa Yamaha alega que o veículo aquático já estava fora da garantia e o jet ski avariado devido à falta de manutenção. Em vez de arcar com o prejuízo, como um mero mortal, Bittencourt fez com que o caso virasse um escândalo no Judiciário por conta de um esquema de troca de favores e perseguição ao juiz Gustavo Souza Lima. Segundo o Portal da Transparência do TJ, o corregedor-geral da Justiça, só em novembro, teve um rendimento de pouco mais de R$ 60 mil, quase três vezes mais que o salário do governador e superior ao do presidente da República, que é de R$ 30.934,70. Mas engana-se quem acha que Bittencourt age com avareza.
A atitude do desembargador expõe um dos maiores males da nação. O corregedor não está preocupado com o dinheiro; na verdade ele repudia o fato de ser desafiado e de perder um processo. Deve estar a matutar com seus botões como alguém responsável pela Justiça do estado vai perder uma ação judicial.
Chamadas de “emendas de relator”, as liberações de recursos sem identificação do autor dificultam a fiscalização das obras a que se destinam essas verbas, abrindo ca minho para corrupção eleitoral e desvios de dinheiro público. Ou seja, fica mais difícil seguir o caminho do dinheiro público.
6- Investigações da PF em Alagoas, Ma ranhão e Piauí revelaram que recursos bilionários do orçamento secreto foram destinados a prefeitos aliados em troca de votos, e o mais grave, há suspeitas de que boa parte dessa dinheirama volta para o bolso dos parlamentares.
Não há afronta maior para um magistrado soberbo.
Os efeitos do projeto de lei que institui o Fundo Garantidor do Alagoas Previdência só serão conhecidos daqui a 20 anos quando começarão as aposentadorias dos servidores públicos regidos pelo regime próprio de previ dência, contratados a partir de 2007.
A PF também concluiu que a maioria das obras e serviços públicos contratados com recursos do orçamento secreto são su perfaturados e em alguns casos, como o de Rio Largo, nem obra existe; todo o dinheiro foi desviado pelo prefeito através de empre sas de fachadas e licitações fraudulentas.
8- Vale lembrar que Arthur Lira movi mentou na última eleição meio bilhão de reais no estado, o que o transformou no deputado federal mais votado de Alagoas, com 200 mil votos. É “liderança” comprada a preço de ouro e com dinheiro público, diga-se.
Trinta e um anos depois, muitos dos servidores nomeados ilegalmente se apo sentaram, enquanto outros morreram. Dos oito membros da Mesa Diretora à época, quatro estão mortos, e entre os sobreviventes, só Manoel Gomes de Barros tem patrimô nio suficiente para ressarcir os cofres públicos em caso de condenação. Que ninguém acredita. Como dizia o pensa dor baiano, “Justiça tardia nada mais é do que injustiça institu cionalizada”.
Pela nova lei aprovada a toque de caixa pela Assembleia Legislativa, o Fundo Previdenci ário virou uma espécie de imobiliária de alto risco que vai cuidar da manutenção de cente nas de imóveis estatais, muitos deles caindo aos pedaços. Em troca, receberá do Estado aluguéis pelo uso dos prédios.
Para as futuras aposentadorias o risco é alto porque o fundo previdenciário pode virar um poço sem fundo.
A brilhante ideia saiu da cabeça de George Santoro, o mago das finanças descoberto no Rio de Janeiro por Renan Filho. Remanes cente da Era Cabral, Santoro fez do Riopre vidência o laboratório de seus mirabolantes experimentos previdenciários. Deu no que deu!
“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados” (Millôr Fernandes)
n gabrielmousinho@bol.com.br
Osenador Renan Calheiros não tem descansado em Brasília para poder atrapalhar a reeleição do deputado Arthur Lira como presidente da Câmara dos Deputados. Seu esforço, embora tente cooptar o União Brasil, tem sido em vão até agora e ele sabe, mais do que ninguém, que Lira é acostumado como ele a batalhas políticas.
Como Lula pode ter um início de governo complicado se brigar com Arthur Lira, o melhor para o futuro presidente é desconhecer e não bancar a briga pessoal de Renan com o presidente da Câmara. Como sabe que o presidente da Câmara pode entornar o caldo, o mais sensato é o petista se fazer de desentendido.
Derrotar Arthur Lira na sua ree leição à presidência da Câmara não é uma missão nada fácil para o senador alagoano. Ele próprio sabe que Lira tem a maioria ao seu lado e consequentemente o União Bras il, partido que também domina no estado de Alagoas.
O senador Renan Calheiros teria avisado ao presidente eleito, Lula, que o Centrão gosta dos governos, numa forma de detonar o deputado Arthur Lira. Mas esqueceu de dizer que o MDB é da mesma corrente, com o agravante de que tramou, segundo a mídia nacional, a der rubada da então presidente Dilma Rousseff.
É evidente que o governador Paulo Dantas recebeu o apoio irrestrito de Renan pai e Renan Filho durante a campanha, mas isso não quer dizer que vá ficar permanentemente escorado nessa situação. Dantas, que mostrou habilidade durante o pro cesso eleitoral, numa prova de fogo, quer ser protagonista no governo e tocar um projeto só dele. E tem amp las condições para isso. Para aliados do governador, a hora é agora.
Mesmo tirando do foco do novo gover no, Renan tem trabalhado diuturnamente para desestabilizar Lira, mas sabe per feitamente que ele é osso duro de roer. Enquanto navega na ilusão, Arthur Lira aumenta o poder de fogo e pode contar até com o Partido dos Trabalhadores para garantir a sua permanência na presidência da Casa.
A eleição para prefeito e vereador em 2024 já entrou na ordem do dia. E é um assunto que vem sendo tratado com muita serie dade por algumas lideranças, inclusive pelo prefeito JHC. Mexer no tabuleiro político onde a família Calheiros tem tido sucessivas derrotas, é uma missão quase impossível, dependendo, é claro, do desem penho de JHC no restante do mandato e do próprio governador Paulo Dantas, que cer tamente irá investir muito politicamente na capital.
A grande obra do Riacho Salgadinho que o prefeito JHC diz que será o maior projeto de saneamento da história de Maceió, não chegará a nem um terço do que era previs to inicialmente em governos passados. O prefeito vai fazer uma meia-sola, já que o problema de todo o Vale do Reginaldo ainda fica pra fazer e que, como todos sabem, é o grande problema da nojeira que desemboca no apreciado mar da Avenida da Paz.
A educação ambiental que a prefeitura pro mete aos moradores do Vale do Reginaldo, só se houver, na prática, uma compensação, como construção de conjuntos habitacionais, saneamento básico em toda a região, água da melhor qualidade, energia com tarifas sociais, acesso asfaltado para a população, postos de saúde, educação e outros serviços indispensáveis à boa sobrevivência.
A reeleição do deputado Arthur Lira para a presidência da Câmara é favas contadas. Só uma zebra poderia impedir que Lira seja reeleito. Esta semana a Frente Parlamen tar Evangélica, com 203 deputados, fechou com a reeleição do deputado.
O deputado Galba Novaes, que ficou na primeira suplência, não terá dificuldades no próximo governo de Paulo Dantas. Aliado do MDB, com um vasto currículo na política alagoana e com muitos serviços presta dos, poderá continuar na Assembleia ou contin uar em algum cargo público.
A partir de agora a disputa pelo protagonis mo na cidade de Maceió será diuturnamente. Tanto Paulo Dantas como a família Calheiros querem o principal reduto eleitoral, assim como JHC, até agora aliado do deputado Arthur Lira e do senador Rodrigo Cunha, e que tem como meta principal renovar o mandato.
Daqui a 4 anos aliados e adversários irão se encontrar novamente nas urnas, desta vez para disputar o governo de Alagoas, onde muitos comentam que Renan Filho será o candidato da situação.
Se ficar confirmada a dobradinha Alfredo Gaspar-Cabo Bebeto para disputarem a Prefei tura de Maceió em 2024, muita gente tem que colocar a barba de molho. Tanto um, como o outro, foram os campeões de votos nas últimas eleições, para deputado federal e deputado es tadual. Juntos, vão fazer a porca torcer o rabo.
Mas não são apenas Alfredo Gaspar e Cabo Bebeto que poderão sair candidatos a prefeito e vice nas eleições de 2024. O deputado eleito Alexandre Ayres também pode ser a bola da vez do Palácio República dos Palmares, afora, é claro, o próprio JHC, que tentará a reeleição.
O senador Rodrigo Cunha, que perdeu a eleição para Paulo Dantas, tem quatro anos para se recuperar politicamente para não sucumbir de vez na política alagoana. Deve, a priori, rever sua atuação parlamentar, que deixou muito a desejar desde quando foi eleitor senador.
Periódico está presente em todas as redes sociais e disponível em versão impressa e digital
MARIA SALÉSIA sallesiaramos18@gmail.comOEXTRA nasceu em 1988 e nestes 24 de existên cia se tornou um dos principais jornais de Alagoas, se consolidando como o sema nário mais antigo do estado. O EXTRA, de fato, diz o que os outros não dizem. É assim des de o início, quando um grupo de jornalistas independentes criou uma cooperativa e seu principal produto – o jornal – em sua primeira edição já
estampava no editorial “Che gamos para ficar”. O periódico chegou para praticar um jor nalismo crítico, apartidário e pluralista. Veio para desatar as amarras, discutir temas da atualidade, inovar.
O semanário assistiu à vi rada do século, pintou várias capas de suas edições com as cores da justiça, da democra cia, da igualdade. Sobreviveu à pandemia da covid-19 depois de ter enfrentado os ataques do poderio, invasões, centenas de processos e a censura.
Hoje, mesmo sem a efer vescência da redação, do te lefone que não para de tocar, as conversas que cessaram, reuniões de pauta, entrevis ta, correria do fechamento, o jornal se mantém com o prin cipal, as notícias. O EXTRA, como tantos, se reinventou, criou alternativas, sobreviveu. É possível fazer jornalismo de qualquer lugar, basta seguir os preceitos do jornalismo, ter os profissionais certos.
O EXTRA passou por todas as fases até atingir a maior idade. Nesses anos, teve seus momentos de euforia, mas também os de birra. Teve seus anos de pirraça, feito uma criança peralta. Passou pelos anos rebeldes em uma adoles
cência que buscava sua identi dade. Na juventude, com todo seu vigor, trava luta de titãs – praticamente escala o céu, enfrenta, busca a verdade.
Sem perder sua essência, a idade adulta chega e junto, a maturidade e com responsa bilidade redobrada. E nestes 24 anos de existência, quanta metamorfose, quantos fatos pitorescos expostos, quantas denúncias reveladas, quantos “furos”, quanto compromis so com a verdade. E o mérito pela qualidade editorial podese atribuir aos profissionais do jornal.
Ah, mas o EXTRA tam bém já foi romântico, com o mural de poemas que trazia leveza para as páginas poli ciais, para os casos emblemá ticos da Justiça e da política. O EXTRA pauta, é escola, foi tema de livro, virou Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), bateu seu próprio recorde de vendas, lançou documentário e foi premiado – o último, levou o troféu Odete Pacheco da Co municação. O jornal é valente, continua a apresentar man chetes bombásticas, a cada dia se supera, cresce, busca.
Em mais de duas décadas de existência, o EXTRA foi perseguido, censurado. Teve redação invadida, edição quei mada, repórteres ameaçados. O semanário nunca se curvou ao poderio. É que assuntos de interesse público sempre esti veram e estão em pauta.
O EXTRA também evo luiu. Criou sua versão digital. O público, além de ter a opção de folhear o jornal semanal mente, pode ler seu conteúdo a qualquer hora com como didade e agilidade direto do computador, tablet, smar tphone... O EXTRA está dis ponível nas principais redes sociais. O EXTRA continua na boca do povo e no coração de seus leitores
E assim, contando história, apresentando um jornalismo corajoso e de verdade, o sema nário em circulação mais anti go do estado segue seu percur so e mantendo como norte a máxima de Millôr Fernandes: “Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molha dos”.
Omercado e os gerentões do orçamento secreto pressio nam o presidente da Câma ra, Arthur Lira (PP), a emparedar o futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A princípio, uma margem menor de dinhei ro na PEC da Transição. Depois, mantendo o poder do Legislativo sobre a destinação das emendas do relator. E, num futuro que nem pa rece tão distante assim, Lira quer pôr na mesa a adoção do semipar lamentarismo à brasileira, onde o chefe do Executivo não mandará nos assuntos nacionais, passando unicamente a apertar mão de lí deres internacionais. O Congresso escolheria um primeiro-ministro.
A Proposta de Emenda à Cons tituição (PEC) da Transição foi en tregue no dia 16 pelo vice Geraldo Alckmin (PSB), coordenador da transição, ao relator do Orçamen to de 2023, Marcelo Castro (MDB -PI). Lula quer retirar da conta gem do teto de gastos o pagamento do Bolsa Família mais R$ 150 por filho na escola além de investimen tos. São R$ 175 bilhões.
Arthur Lira sinaliza que a pro posta tramitaria sem problemas na Câmara. Em paga, PT, PDT, PC do B e PV discutem fechar apoio formal à reeleição dele no coman do da Câmara em 2023. Também entrou neste mercado eleitoral a escolha da vaga de ministro do Tri bunal de Contas da União (TCU). Lira jogou esta discussão para 2023, evitando que parlamentares derrotados (e sem voto na eleição à presidência da Câmara em feve reiro do próximo ano) pressionem pelo posto.
Empresas de turismo, aéreas e varejo estão entre as mais altas na Bolsa de Valores, na expectati va de ganhos após a aprovação da
PEC.
Porém uma parte do mercado pressiona Arthur Lira para que o texto seja mais enxuto e não jogue tantos bilhões de reais assim nas mãos do futuro governo e logo no primeiro ano do novo mandato. Lula já é projetado pela impren sa internacional como um futuro líder político dos países mais po bres, quebrando a polarização Es tados Unidos x China. Um Lula 3 com muitos poderes e dinheiro incomoda alas mais acostumadas a um presidente da República submisso aos interesses dos ren tistas, mas também do Congresso, como Jair Bolsonaro (PL).
E também existe articulação para que os bilhões fora da con tagem do teto de gastos bancando programas sociais durem apenas um ano, o que o PT rejeita (quer durante o mandato de Lula).
Ao mesmo tempo, o orçamento secreto é a prioridade máxima de Arthur Lira, superando o combate à fome e o desemprego.
“Nossa luta em Brasília é para
O Orçamento 2023 reservou R$ 19,4 bilhões para depu tados e senadores irrigarem currais eleitorais, no toma-ládá-cá mais explícito e a céu aberto que se tem notícia. O presidente da Câmara ignora casos de corrupção atesta dos pela Controladoria Geral da União (CGU).
que essas prerrogativas permane çam, cresçam, para que se chegue ao limite constitucional e não se avance um milímetro disso e nem também se recue um milímetro”, disse o presidente da Câmara em evento promovido pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distri buidores de Produtos Industriali zados (Abad).
Lira defende este mecanismo, para ele mais democrático, “do que concentração de poder na mão do ministro, que não teve voto e não fez concurso para estar naquele
cargo”.
O Orçamento 2023 reservou R$ 19,4 bilhões para deputados e senadores irrigarem currais elei torais, no toma-lá-dá-cá mais ex plícito e a céu aberto que se tem notícia.
O presidente da Câmara ig nora casos de corrupção atesta dos pela Controladoria Geral da União (CGU).
Esta semana o portal Metró poles mostrou que na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) de Petrolina (PE) fa lhas em processos, preços supe restimados e falta de justificativa plausível em licitações e contratos chegaram a R$ 154 milhões.
Os casos pipocam longe de Alagoas talvez porque a família Pereira, indicada por Lira para chefiar a Codevasf local, seja um poço de moralidade e carregue princípios corretíssimos no trato com a coisa pública.
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir até o final do ano a legalidade do orçamento se creto.
Foi graças a está dinheira ma bancada pelo bolso do contri buinte que Lira, o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões, e o deputado Marx Beltrão (PP) tive ram condições de mostrar todos os seus poderes nas urnas.
Levantamento da revista Piauí mostrou que Lira mexeu em R$ 492.001.811,28 e garantiu 219.444 votos. R$ 2.242,04 por voto.
No caso de Marx Beltrão fo ram R$ 105.321.579,22, 88.512 votos e R$ 1.189,91 por voto.
Já Isnaldo Bulhões foram R$ 54.793.000,00, 83.965 votos e R$ 652,57, cada voto.
Mesmo assim, Arthur Lira evoca os direitos dos parlamenta res em cima do orçamento.
Titular da Vara onde tramita ação do desembargador contra a Yamaha afirma estar sendo vítima de assédio
JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.comQuem diria que a simples peça de um jet ski causaria tanta dor de cabeça para alguns integrantes da Justiça alagoana. A trama que envolve o corregedorgeral da Justiça (CGJ), desembar gador Fábio José Bittencourt, tem crescido e se agravado cada vez mais. O caso já foi parar no Con selho Nacional de Justiça (CNJ) e no Ministério Público Federal (MPF). Bittencourt, dono do veículo que adquiriu em 2012, processou a Yamaha seis anos depois reclaman do de problemas de funcionamento do jet ski. A empresa contestou e afirmou que a moto aquática já ti nha sido utilizada além do prazo de garantia por defeitos e que uma peça deixou de funcionar por falta de manutenção. Indignado, o ma gistrado, em 2020, segundo denún cia que é apurada pelo CNJ, teria se aproveitado da licença médica do juiz Gustavo de Souza Lima, da 12ª Vara Cível da Capital, onde a ação tramita, para conseguir um resul tado favorável no processo.
Para isso, teria arquitetado o re manejamento do juiz Bruno Araújo Massoud para a Vara e este teria agido de forma contrária a uma perícia judicial para beneficiar o de sembargador em possível esquema de troca de favores. Consta também no procedimento que tramita no CNJ o “registro de incisivo e persis tente assédio” por parte do desem bargador ao magistrado titular da 12ª Vara Cível da Capital, Gustavo Souza Lima.
Mesmo com a denúncia, o de sembargador Fábio José Bitten court não teria se intimidado. Isso porque o juiz alega estar sendo perseguido e assediado pelo corre gedor-geral da Justiça. A última
represália teria vindo disfarçada de um Processo Administrativo Dis ciplinar (PAD) em maio deste ano. Gustavo Souza Lima foi intimado a explicar os motivos de a Vara não ter cumprido metas de produtividade estabelecidas em 2021. Também foi requerido um relatório dos processos sem movimentação há mais de 100 dias.
Gustavo Lima questionou a Cor regedoria sobre quantos magistrados deixaram de cumprir a meta, mas que não foram alvos de processos administrativos. E mais: pediu que o desembargador Fábio José Bitten court declarasse suspeição no caso. Ou seja, o PAD não deveria ser en cabeçado por Bittencourt devido a vínculo subjetivo (relacionamento) com algumas das partes, fato que compromete seu dever de imparcia lidade.
Em requerimento encaminhado ao presidente do Tribunal de Justi ça, Klever Loureiro, e à CGJ, em ju lho deste ano, ao qual o EXTRA teve acesso, Gustavo Souza Lima revelou estar vivenciando “um verdadeiro assédio”, afirmando que todo dissa bor é devido ao caso do jet ski. “Estou vivenciado, de uns tempos para cá, um verdadeiro assédio estrutural; e tudo isso, é fato público e notório
– caso do jet ski –, por ser ético no desempenho das minhas funções e não fechar os olhos para um acon tecimento processual estranho, de um juiz, já sem nenhuma jurisdição – ausência de portaria ou substi tuição legal – julgando um recurso em pleno recesso forense relativo a um processo de interesse de um desembargador eleito corregedor, logo depois do juiz titular ter noti ciado que estaria de volta ao labor judicante depois do recesso forense, isso no dia 31 de dezembro de 2020”, relatou.
E continuou: “É bom que se res salte, por importante, que nunca publicizei o conteúdo da exceção de suspeição e muito menos fiz chegar o referido conteúdo ao conhecimen to do CNJ, não obstante tenha pos tulado na exceção que o acontecido fosse informado ao referido órgão, inclusive pelo Tribunal de Justi ça de Alagoas. Daí, a partir da de núncia anônima – supostamente oriunda de uma correspondência encaminhada da Câmara dos Depu tados – DF –, a corregedora nacional decidiu por abriu uma investigação a respeito dos fatos e ainda enca minhou solicitação ao Ministério Público Federal objetivando apurar a prática de eventual conduta crimi nosa”. Na ocasião, a corregedora era a ministra Maria Thereza de Assis Moura, hoje presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desde agosto, o cargo de corregedor nacio
nal é ocupado pelo ministro Luís Felipe Salomão.
“Confesso que o posicionamen to do desembargador Fábio Bitten court, insistindo em adotar uma postura de magistrado imparcial e em condições de conduzir qualquer procedimento em relação a minha pessoa, depois de todos os aconte cimentos, não me causa nenhuma estranheza; é natural do ser hu mano, creditando culpa ao outro por alguma inconveniência, querer se vingar; vê o outro na pior con dição possível. Infelizmente, isso é mais comum do que parece ser para os estranhos”, finalizou Gus tavo Souza Lima.
Fábio José Bittencourt, por sua vez, preferiu ignorar o pedido do “colega” de toga. “Este corregedorgeral da Justiça não se enquadra em qualquer das hipóteses legais de suspeição. Pelo contrário, no exercício de suas atribuições, ape nas vem empreendendo esforços para cumprir as determinações da Corregedoria Nacional de Jus tiça, com vistas ao monitoramento da 12ª Vara Cível da Comarca da Capital, assim como vem adotando as medidas disciplinares cabíveis, diante do volumoso acervo e da notória morosidade na prestação jurisdicional da referida unidade judiciária”, justificou não reconhe cendo a suspeição, em declaração datada do dia 4 deste mês.
O julgamento do Caso Jet Ski está marcado para o dia 1º de de zembro, quando a 1ª Câmara Cí vel do TJ vai analisar o recurso da Yamaha contra decisão do juiz Bruno Massoud dando ganho de causa a Fábio José Bittencourt. A relatoria é do desembargador Tutmés Airan de Albuquerque.
A investigação no CNJ contra o juiz Bruno Araújo Massoud e o corregedor Fábio José Bittencourt prossegue. No dia 13 deste mês, a Associação dos Magistrados Brasi leiros (AMB) requereu sua admis são e inclusão no feito na condição de parte interessada, pedindo a oportunidade para apresentar de fesa em favor do desembargador e do magistrado citados.
OFundoFinanceiro da Pre vidência de Alagoas está no vermelho. A constatação é do próprio secretário de Estado da Fa zenda (Sefaz), George Santoro, que não descarta a possibilidade de au mentar a alíquota da contribuição dos servidores. Para evitar o remé dio amargo por ora, a Assembleia Legislativa aprovou esta semana, em dois turnos e sem nenhum alar de, um projeto de autoria do Exe cutivo que causou polêmica com o Sindicato do Fisco de Alagoas (Sindifisco). Trata-se do projeto de lei ordinária nº 1052/2022 que dis põe sobre a instituição do Fundo Garantidor da Alagoas Previdên cia (FGAP/AL). A lei, que agora aguarda a sanção do governador Paulo Dantas (MDB), promove a destinação de 304 prédios de esco las e administrativos da Secretaria de Estado da Educação, que foram avaliados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), para o Fundo Ga rantidor previdenciário.
O objetivo seria compor o pa trimônio do Alagoas Previdência para, na teoria, estabelecer um mecanismo de segurança adicional ao fundo superavitário do Estado. Conforme o projeto, “todas as simu lações realizadas demonstraram que, ao longo prazo, a instituição do fundo garantidor previdenciá rio com a respectiva destinação do patrimônio imobiliário do Estado para aplicação no mercado locatício é uma opção economicamente van tajosa e que inclusive compensaria a destinação do superávit atuarial do Fundo em Capitalização para o fundo garantidor”.
O Sindifisco reprova o projeto defendido pela Sefaz. Na quintafeira, 24, uma assembleia geral com a categoria foi realizada em frente à pasta no Centro de Ma ceió. Segundo o presidente da en tidade, Irineu Torres, o repasse dos imóveis da Educação não é a melhor forma de trazer robustez ao Fundo Financeiro. “Há realmente
uma falta de dinheiro, o secretá rio [George Santoro da Sefaz] ad mitiu. O argumento dele pode ter convencido a Assembleia Legisla tiva e o governador, mas não nos convence”, disse ao EXTRA.
A vice-presidente do sindicato, Lúcia Beltrão alertou que o diretor -presidente da Alagoas Previdên cia, Roberto Moisés dos Santos, já teria feito trabalho semelhante quando era chefe da previdência do Estado do Rio de Janeiro. “O modus operandi é o mesmo. Que braram [o Rioprevidência] com esse esquema com ativos podres. Aqui vão repetir a mesma ação. Alagoas é carente de recursos, diferentemente do Rio Janeiro. O Alagoas Previdência é uma caixa preta, não sabemos o que acontece dentro”, disse.
A avaliação do economista e articulista do EXTRA Elias Fra goso é semelhante à da sindica lista. “O Alagoas Previdência que não é imobiliária e vai receber as escolas estaduais detonadas e sem serventia para suas finalida des, vai perder quase meio bilhão de reais do seu patrimônio nessa operação ruinosa para ele e para todos os servidores públicos, que podem vir a ter dificuldades de receber seus proventos futuros quando forem se aposentar”, aler tou.
Ainda conforme o economis ta, o projeto não passa de uma estratégia para suprir buracos emergenciais: “Para pagar a fo lha deste mês, o governo teve que empurrar para 30 de novembro a data do pagamento para poder raspar o tacho do caixa no final do mês e dar conta de honrar o compromisso. Pelo visto, o pepino estourou antes. Mas eis que vem aí dezembro e o 13º e, até onde nossas fontes informam, não há recursos suficientes para pagar as duas folhas de pagamento dos funcionários”.
No entanto, de acordo com o se cretário George Santoro, que este ve na assembleia dos servidores, o
projeto não diz respeito a compra ou venda de imóveis, nesse caso, das escolas. O projeto, conforme Santoro, garante receita e fundos para despesas previdenciárias. “Vai gerar rendimento para co brir os deficits, em torno de R$ 450 milhões em escolas, e ativos que vão gerar uma receita anual de R$ 40 milhões”, argumentou, não descartando a hipótese da in clusão de mais imóveis no ano que vem, assinalando que a alternati va a esta opção seria o aumento da alíquota da contribuição dos servidores.
Santoro disse, ainda, que a in formação que circula na imprensa sobre desespero para pagar déci mo terceiro e a folha de dezembro dos servidores não condiz com a realidade.
Apesar do contraponto do se cretário, Irineu Torres rebate: “A obrigação de pagar a folha atual é da Sefaz pagando aos ativos ou transferindo para o Alagoas Pre vidência. Afora esta realidade, são alegações retóricas, conversa pra boi dormir”.
1 - O regime próprio de pre vidência do Estado, denominado Alagoas Previdência, criado em
2007, obrigou os servidores no meados a partir dessa data a ade rirem ao novo sistema, enquanto o Tesouro Estadual ficou respon sável pela folha de aposentados e pensionistas remanescentes do regime geral da previdência.
2 - Para garantir as futuras aposentadorias foi criado o Fundo Previdenciário do regime próprio, e o Fundo Financeiro, responsável pelos servidores, aposentados e pensionistas do regime geral.
3 - Para assegurar as aposen tadorias do conjunto de servido res dos dois regimes, a nova lei instituiu o Fundo Garantidor do Alagoas Previdência, que passa rá a administrar 304 prédios da Secretaria de Educação e outros bens imóveis do Estado, que paga rá aluguéis pelo uso dos imóveis.
4 - A nova lei autoriza o gover no a transferir estimados R$ 450 milhões do Fundo Previdenciário - que tem cerca de R$ 1 bilhão em caixa - para o Fundo Financeiro, que está zerado desde sua insti tuição. Mas o art. 24 da Lei Es tadual n. 7.751/2015, que criou o Fundo Previdenciário, determina que ele é incomunicável e impede que haja transferência de recursos de um fundo para outro ou mesmo criar outro fundo.
AMassa Falida de La ginha está em disputa para recebimento de crédito bilionário que, segun do ação judicial proposta, foi transferido pela falida em be nefício aos Fundos de Inves timento Pearl e PCG-Brasil Multicarteira em prejuízo dos credores, o que garantiria ex pressivo valor aos seus cre dores que sonham com o pa gamento de seus créditos há anos.
A disputa, que foi parar no Tribunal de Justiça de Alagoas após liminar concedida em pri meira instância para evitar que os Fundos recebessem o dinheiro antes dos credores, está sob a relatoria da desem bargadora Elisabeth Carvalho,
e o recurso sofre sucessivos adiamentos do julgamento sem qualquer justificativa.
Elisabeth Carvalho ante riormente já havia admitido que está sofrendo pressão para julgar o caso, e na sessão de 10/11/22 após notar a falta de um dos advogados do Fundo, recebeu ligação de áudio via WhattsApp do advogado Mar celo Bulhões do escritório Na bor Bulhões gerando grande constrangimento aos presentes.
Rapidamente, ao notar a exposição, a assessoria tentou alertar a desembargadora que seu áudio havia sido esquecido aberto.
Após o incidente, a relatora visivelmente constrangida no vídeo, disse: “Em razão da coi
sa que começa muito confusa termina não dando certo ... en tão eu estou retirando de pauta mais uma vez”.
Na sequência, Elizabeth Carvalho diz estar cansada do caso e que deve sair da relato ria dos processos que envolvem a Massa Falida da Laginha, mas que em razão de ter dado a palavra, irá julgar especial mente o caso, como ressaltou em vídeo ao advogado que ha via ligado durante a sessão com a promessa de pautar com ur gência novamente o recurso.
O fato é que já foi realizada nova sessão e o recurso ainda não voltou à pauta, sequer ha vendo previsão, enquanto mi lhares de credores aguardam um desfecho para enfim busca
rem o crédito perseguido desde 2008 quando iniciou-se a crise financeira da Laginha, a hol ding que reunia as empresas do Grupo João Lyra.
Observe-se ainda que o Mi nistério Público Estadual já opinou, no âmbito do proces so, pela nulidade do Termo de Transação firmado em 2019 entre os fundos e o então ad ministrador judicial da Massa Falida, o escritório Lindoso e Araújo- Consultoria Empre sarial por entender que houve irregularidades na cessão dos créditos da Ação 4870 aos fun dos, em 2008.
A ação 4870 refere-se a pre catório bilionário do extinto Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) para com a Laginha.
da Unidade de Beneficiamento de Leite (UBL) de Batalha, indústria pertencente à Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), participaram de um treinamento sobre análises físico-químicas do leite e seus derivados.
A capacitação, que teve a finalidade de reforçar ainda mais a qualidade do serviço técnico executado na fábrica, foi realizada em Batalha, município polo da Bacia Leiteira do estado, no Instituto Federal de Alagoas (Ifal).
“Ações neste sentido têm o propósito de melhorar ainda mais o nosso corpo técnico, atualizando conceitos e levando a um maior desempenho do nosso colaborador. Isso resulta também em uma maior e melhor qualidade dos serviços executados na UBL”, afirmou o gerente Industrial da UBL, Leandro de Souza.
A Unidade de Beneficiamento de Leite da cooperativa alagoana entrou em funcionamento em junho passado, gerando mais de mil empregos diretos e atendendo mais de dois mil agricultores familiares cooperados da CPLA.
e lambedor para curar gripes e tosses dos clientes espalhados pela capital e na própria escola. “Faço tudo em casa e todo mundo da vizinhança adora”, con ta orgulhosa.
São pelo menos 7.320 alunos do Ejai distribuídos em 45 escolas, que, além de correrem contra o tempo, em busca do conhecimento perdido, acham tempo para popularizarem o que a vida lhes ensinou. A Prefeitura de Maceió os motiva neste sentido para que este co nhecimento próprio e, por vezes, único, gere renda.
O empreendedorismo é uma das tônicas do tempo que eles têm no Ejai. Além da troca de experiência, eles se divertem e ainda ganham aquele di nheirinho extra. A prática na Escola Paulo Bandeira, no Benedito Bentes, por exemplo, tem mudado a vida da quelas pessoas que carregam histórias de vida com grandes dificuldades, e que tiveram que deixar a escola para aju dar no sustento de casa.
“Todos nós sonhamos em termos nosso próprio negócio. Ser empreende dor é gerar renda fazendo o que você mais ama no local adequado e isso nos dá dignidade”, contou Manoel Alves Teixeira, aluno do 3º período da Ejai.
Para a diretora da escola, Cristiane da Silva Costa, o tema estimula o com
ASSESSORIAQuem pensa que no Ensino para Jovens, Adultos e Idosos (Ejai) os alunos ganham apenas o domínio das letras, engana-se. Nas fi leiras das escolas acontece o compar tilhamento de experiências que gera até renda própria. Vidas são transfor madas para sempre, seja através dos livros ou pelo empreendedorismo.
Dona Maria Cícera da Conceição Barbosa, 68, antes de voltar às ban cas escolares, já desfilava talento nas cozinhas de seus patrões. A aluna do Ejai da Escola Elizabeth Anne Lyra, no Tabuleiro do Martins, faz um tempero único e cobiçado em Maceió.
“Isso não tá no Google, não. É tem pero meu. Sempre gostei de cozinhar. Preparava carne, feijão e todos gosta vam. Hoje, eu vendo este tempero. Faço entrega”, contou a dona Cícera.
Entre uma lição e outra do Ejai, ela ainda arruma tempo para fazer xarope
portamento empreendedor dos alunos.
“É um bom caminho para desen volver competência nos nossos estu dantes, como criatividade, colabo ração, além de levar esse tema para além das paredes da sala de aula fa zendo com que toda a comunidade se movimente e que tenha uma postura proativa, engajada e colaborativa”, pontuou Cristiane.
O coordenador da EJAI da Secre taria Municipal de Educação (Semed), Ricardo Almeida, explicou que a res truturação do currículo ampliou, ain da mais, o desenvolvimento do com portamento empreendedor na sala de aula.
Estas e outras experiências de su cesso foram apresentadas durante o Educar é Massa. O evento expôs o que há de melhor na Educação da capital, contando com a participação ativa de professores, diretores, alunos e téc nicos.
Eles tiveram que deixar os estudos na infância e voltam com tudo na melhor idadeCRIME AMBIENTAL
Importantes Unidades de Conservação (UCs) em várias regiões do país, inclusive em Alagoas, re gistraram mais de 4 mil viola ções ao longo dos últimos sete anos. As Ucs são protegidas pela Lei de Crimes Ambien tais, a Lei 9.605/1998. Nela, o artigo nº 40 imputa a mais longa pena prevista a quem causar dano direto ou indireto às UCs, que chega até a cinco anos de reclusão.
Entretanto, agressores não deixam de agir nesses territó rios praticando crimes graves ao meio ambiente, a flora, fauna e demais recursos na turais. O projeto Data Fixers, em parceria com a agência de dados Fiquem Sabendo, apu rou e construiu um relatório sobre as infrações contra a fauna em unidades de con servação através do acesso ao banco de dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICMBio.
A maioria das infrações contra a fauna, por exemplo, é por apreensões de peixes e aves, mas outros crimes ambientais são denunciados no relatório. No país, foram lavradas 4.640 autuações no período de 2015 a 2022, sendo 340 somente este ano. As uni dades que mais aparecem em quantidade de infrações são a Reserva Biológica do Abufari (Amazonas), Estação Ecológi
ca de Carijós (Santa Catarina) e o Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes (São Paulo).
Alagoas está incluído no re latório com 115 autos de infra ção contra a fauna no período de 2015 a 2022. Pode parecer pouco, mas é bom lembrar que a maioria desses crimes não deixa rastros. Os números das infrações nas unidades de conservação alagoanas são superiores ao encontrados em 12 Estados (MT, PE, PB, GO, AC, CE, RR, MS, RN, TO, MG e SE) e no Distrito Federal em igual período.
As infrações foram consta tadas nas UCs e no Monumen to Natural do Rio São Francis co envolvendo os municípios de Porto de Pedras, Jequiá da Praia, Quebrangulo, Barra de Santo Antônio, Murici, Mara gogi, São Miguel dos Milagres, Delmiro Gouveia, Messias, Flexeiras, Japaratinga, Co lônia Leopoldina, Passo de Camaragibe e União dos Pal mares. Os crimes ambientais contra a fauna em Alagoas
são mais constantes na Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais e na Estação Ecológica de Murici. Também ocorrem na Reserva Extrati vista da Lagoa do Jequiá e na Reserva Biológica de Pedra Talhada, como apontam os autos cadastrados no ICMBio.
Esses crimes incluem manter espécies nativas em cativeiro, caça e pesca preda tória com redes ou no período de defeso (de caranguejos, camarões, lagostas, molus cos etc), achados de carcaças de animais silvestres pegos e expostos em residências e sítios, comércio de conchas marinhas e pedras e a morte de espécies em extinção, entre muitos outros. Um descaso com a preservação das espé cies e agressão desmedida contra a natureza.
A Fiquem Sabendo é uma agência de dados independen te e especializada na Lei de Acesso à Informação (LAI) e que tem como objetivo reve lar dados e documentos que ficam longe do conhecimento da sociedade. No trabalho em questão, são fornecidos dados
Há duas semanas, equipes do Instituto do Meio Am biente do Estado de Alagoas (IMA/AL), com o ICMBio e Batalhão de Polícia Ambien tal, realizaram uma operação na Área de Proteção Ambien tal (APA) de Murici e entorno. Na ação foi apreendido um casal de passeriformes amea çado de extinção, e emitidos quatro autos de infração ambiental que resultaram em multa de R$ 17,5 mil. As equipes apreenderam duas armas de fogo, munições e um tatu verdadeiro abatido. Também foram localizados 24 pássaros em cativeiro, sendo dois deles da espécie ameaça da de extinção pintassilgo-donordeste. A APA de Murici é a maior do estado. A popula ção também pode auxiliar na proteção dos espaços denun ciando os crimes através do aplicativo IMA Denuncie, que está disponível gratuitamente para Android e iOS.
Essa unidade de proteção foi criada em 2001 nos muni cípios de Coruripe e Jequiá da Praia. A reserva abrange uma área de 10.203,90 hectares,
parte em terrenos de mangue zais e parte de águas territo riais brasileiras. A população de extrativistas, composta principalmente por pesca dores que exploram pescado e crustáceo dos manguezais adjacentes, é próxima de 2 mil pessoas. Não há dados consis tentes e atualizados no que se refere à produção de pescado na área da Resex. Esta situa ção reforça a necessidade de
se iniciar um levantamento e avaliação dos estoques pes queiros subsidiando tomadas de decisão para as práticas de manejo.
A estação foi criada em 2001 e incide sobre os muni cípios de Murici, Flexeiras e Messias e abrange uma área de mais de 6 mil hectares. As
ESECs somente atendem a pesquisadores e ações de edu cação ambiental. A de Murici localiza-se no Planalto da Borborema, mas com porções localizadas sobre os Tabulei ros Sedimentares Costeiros a leste da Unidade. A Uni dade possui bioma Floresta Atlântica. Fragmentos flores tais encontrados em Murici possuem o mais alto índice de diversidade de espécies ani mais, formando uma barreira geográfica para vários grupos de animais habitantes exclusi vos da mata atlântica.
APA COSTA DOS CORAIS Área de Proteção Ambien tal Costa dos Corais (APACC) é a maior unidade de conser vação federal marinha costei ra do Brasil. Possui mais de 400 mil ha de área e cerca de 120 km de praia e mangues. É uma unidade de uso sustentá vel, busca coadunar os objeti vos de conservação/preserva ção ambiental e os usos direto (pesca) e indireto (turismo e pesquisa) dos recursos natu rais de maneira sustentável,
ou seja, garantir esse uso para as gerações atuais e fu turas, portanto, usufruir da área tem regras próprias.
Este espaço virtual é vol tado para todos os usuários da APA Costa dos Corais: morador, pescador, operador de turismo, pesquisador, es tudantes, turista etc. A APA Costa dos Corais é a segunda maior barreira de corais do mundo e está localizada no litoral norte de Alagoas até sul de Pernambuco. O Proje to da APA, tem como prio ridades a conservação dos recifes de corais, a proteção das áreas de manguezais, a preservação da população de peixe-boi marinho e o desenvolvimento de negócios ligados à pesca e ao turismo responsáveis dentro da APA.
Alagoas possui 27 Uni dades de Conservação sob responsabilidade do Institu to do Meio Ambiente (IMA), divididas em 5 Áreas de Proteção Ambiental (APA), 2 Reservas Ecológicas e 20 Reservas Particulares do Patrimônio Natural.
OBrasil está passando quase quatro anos num pro cesso de devastação do valor da vida, da cultura, da dignidade humana, das instituições, da ciência, da decência. Ainda estamos vivendo uma pornocracia até dezembro.
O sentimento de destruição perversa tomou conta do país, alimentado pelo medo, pela raiva, pelo ódio, pelo nojo, pela indignação da pessoa, pela apatia ao sofrimento alheio. Isso tudo foi instigado e alimentado durante todo esse período pelo representante “maior” da nação brasileira. Estava havendo uma espécie de conivência política por parte de representantes de alguns órgãos, enquanto boa parte da população “estava sendo gerida” por incentivos à perversão, à indiferença do sofrimento alheio. Uma espécie de incentivo à incivilidade, à perversão humana.
Talvez, até pior do que ocorreu na Segunda Guerra Mundial (em que uma ideia absurda, ilógica ou surreal pode crescer sem nenhum controle – o nazismo), devido à facilidade que se tem hoje de disseminar um fato, mesmo que ele seja uma mentira concreta, palpável. Símbolos, expressões verbais e atitudes nazistas, insti gados pelo mentor maior da nação, foram uma constante de diversos representantes de instituições representati vas da sociedade brasileira; uma verdadeira aberração histórico-cultural-ideológico-mundial-contemporâneo. O termo talvez mais adequado seria o neonazifascismo por apresentar características tanto do nazismo como também do fascismo, com ingredientes ainda mais perversos do ponto de vista da racionalidade e da civilidade humana,
n arnaldosanttos.psicologo@gmail.com
ou seja, destruir tudo que é/era bom, belo, racional, humano e democrático.
As consequências estão che gando, aos poucos, mas com a descontinuidade do seu mentor maior, pela derrota via eleições, de continuar com a pornocracia, e do comportamento instigando a insensatez humana, boa parte da população entrou num processo de “luto distorcido” do ponto de vista da racionalidade comporta mental, tamanha estão sendo as atitudes delirantes-histéricas-co letivas verificadas nas últimas semanas.
As atitudes delirantes coletivas de parcela da população, ou seja, distorcendo uma realidade plausível e concreta, está cha mando a atenção de estudiosos do comportamento e até mesmo de pessoas comuns, ao observar as atitudes surreais de pessoas ditas, até então, ‘normais’.
É uma espécie de negar o luto com argumentos tão frágeis e sem nenhum nexo com a reali dade, que chega até a ser bizarro.
É, ou está sendo uma espécie de delírio coletivo, sendo alimentado por um grupo de pessoas que têm interesses financeiros explícitos, mas que, hipocritamente, ma nipulam os populares-ignorantes do ponto de vista do ensino-edu cação.
Se não bastasse instigar a inciv ilidade e a perversão humana, o mentor maior instigou, também, a compra de armas como se elas fossem um atributo para resguar
A depressão é uma imperfeição do amor. (Andrew Solomon, jornalista)
dar o bem maior que é a vida, mas, que, na verdade, escamoteia uma realidade, ainda mais perversa: instigar a violên cia em nome de se ‘resguardar a vida de homens de bens’.
É mais uma hipocrisia, haja vista que a principal “razão” é/foi cumprir um acordo comercial colocado/acertado no início do governo, que teve como foco lucros exorbi tantes com a venda de armas e munições de determinada empresa bélica.
É a hipocrisia, misturada com pornocracia – em que tudo é possível dizer, inclusive palavrões do mais baixo calão – em ‘nome da liberdade de expressão’; tudo engano e engodo ideológico.
Durante esses quase quatro anos, a popu lação brasileira se viu quase que refém de uma pornocracia, quase que totalmente institucionalizada, tendo eco em diversos representantes da “mais alta” corte gover namental, algo surreal do ponto de vista da civilidade humana.
A bem da humanidade, do Brasil e dos brasileiros, os neonazifascistas tiveram ‘seu alimento’ cortado por seu porta-voz maior, tudo dentro da democracia, via voto, para o bem da saúde mental dos brasileiros e da humanidade.
Arnaldo Santtos é Psicólogo Clínico - CRP-15/4.132. Celular: +55 (82) 9.9351-5851 Consultório: Rua José de Alencar, 129, Farol (Atrás da Casa da Indústria), Maceió-Alagoas.
Atendimento também on-line, autorizado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP).
Email: arnaldosanttos.psicologo@gmail.com arnaldosanttos@gmail.com
n pedrojornalista@uol.com.br
Alguns devem estar sem saber o que significa “Fe beapá”, que foi uma série de livros, lançada na década de 70, de autoria do memorável Stanis law Ponte Preta (Sérgio Porto), cujo título era “Festival de Besteiras que Assolam o País”, reunindo histórias de política e de políticos, geralmente mostrando o ridículo desse meio. Acompanhando a montagem da transição do futuro governo do presidente Lula não tenho dúvida de que essa “opera bufa” poderia servir de inspiração para o autor fazer um livro, se vivo fosse.
A transição que já vem sendo chamada de “Feira do Lula” virou uma bagunça desde que começou a anun ciar os “notáveis” para sua composição entre políticos, empresários, líderes classistas, ambientalistas e muitos outros segmentos da sociedade. O Centro Cultural Banco do Brasil recebe todos os dias os que trabalham (ou tentam) e os que só vão aparecer e atrapalhar. Nin guém me contou, eu vi pessoalmente.
Bem que o senador Renan Calheiros tentou e continua tentando, mas não aplicará ninguém pra chamar de seu no ministério do futuro governo Lula. Aqui ele é cacique, mas no Planalto a con versa é outra e tem muita gente maior em grau de importância política. O velho Calheiros passou seu tempo de “senhor do Senado”, onde deu as cartas por um longo período. Por fim, tenta negociar uma vice-presidência na casa para o senador Renan Filho.
Isso não quer dizer que não terá muito prestígio em Alagoas, embora, ao que tudo indica, dividindo com o arqui-inimigo Arthur Lira.
O empresário Fernando Farias, muito conhecido e prestigiado no setor, não é nenhum estreante no meio político alagoano. Embora sem atuar no campo protagonista, tem um relacionamento estreito com todas as tendências partidárias e participou sem pre dos bastidores, quando foi convidado para ser o primeiro suplente do senador Renan Filho e topou, para contribuir. Terá oito anos na “reserva”, mas com convocações para assumir a titularidade. Se em 2024, o senador virar governador, aí tem quatro anos de mandato. Merecido.
Acredito muito mais na história contada pelo senador Rodrigo Cunha, em relação a dois prefeitos que devolveram dinheiro de emendas suas ao governo federal, que seriam aplicadas em importantes obras nos municípios citados. Cunha cumpriu o seu papel, instado pelos administrado res. Mas aqui em Alagoas é assim, pois os políticos, em sua maioria, estão pouco ligando para o interesse público.
As rusgas e os ódios da campanha permanecem acesos até que a próxima chegue para um novo embate. E quem perde é o povo.
Não vejo como saudável esse negócio de instituições de classe, como trade turístico, sindicatos e afins, tentarem impor ao governo a escolha de seus inte grantes para fazer parte do secretariado.
As experiências têm sido desastrosas e danosas à administração pública. O governador Paulo Dantas parece que quer mudar essa história. Indicar pode, mas a análise e nomeação é do próprio governador.
As negociações são políticas e técnicas e quem manda é quem teve os votos para se eleger.
Pela segunda vez Maceió foi a única capital do Nordeste na qual Lula foi superado pelo presidente Jair Bolsonaro nas elei ções: 42,82% (204.887) contra 57,18% (273.549). Lula é rancoroso e vinga tivo e não deve perdoar o descuido dos seus aliados por aqui. Será improvável sobrar qualquer cargo a nível de ministro para nós e certamente os recursos federais terão mais dificul dade na tramitação para o estado e municípios.
Considerada o destaque da bancada federal de Ala goas, a deputada Tereza Nelma não conseguiu se reeleger, por conta de densidade eleitoral do seu partido (PSD), mesmo com uma boa votação indivi dual.
Continua sendo a maior referência política na As sistência Social do estado e deverá ser convocada para o governo local ou federal. Destaque para ela que é a única alagoana a participar da Comissão de Transição do governo Lula. Sobre o assunto disse Nelma: “Tenho a alegria de anunciar que faço parte oficialmente da equipe de transição do governo federal. Fui convidada a compor o grupo de desen volvimento social e com bate à fome e acolho com muita responsabilidade mais essa missão.
PARA REFLETIR - “Pagamos muito caro pelos políticos que temos. E não temos como eliminar essa praga. Quando podemos não fazemos (o voto)”.ASSESSORIA
merecimento político – uma das mais importantes posições de poder em Alagoas. Surgiu como uma esperança para os alagoanos e maceioenses, em particular por encarnar a cara da mudança, da renovação, da novidade que pa recia alvissareira em uma cidade que – especialmente nos últimos 4 ½ anos – tem sofrido o diabo que o pão amassou.
dos gigantescos prejuízos mate riais e imateriais que ela provo cou em nossa devastada cidade, que estimamos em torno de 10 bilhões de reais.
n Economista, professor e consultorAlagoas está passando nos últimos anos por um processo de sucessão das velhas lideranças oligárquicas da política que dominaram por muito tempo esse estado (embora alguns ainda hesitem em largar o bem bom do poder). Mas é notório que começou a passagem de bas tão para uma geração mais nova de políticos. Infelizmente, pelo que seus primeiros atos indicam, tão reacionária e oligárquica quanto a anterior.
Você, JHC, é uma dessas no vas lideranças que despontaram nos últimos anos e já alça – por
Seja pelo megadesastre pro vocado pela Braskem em nossa capital, que literalmente destruiu toda a região Noroeste da cidade e bairros tradicionalíssimos como o Bebedouro, um dos berços da fundação da cidade; Bom Parto, o bairro operário mais tradicional da cidade juntamente com Fernão Velho; o Mutange, do CSA e dos seus casarões tradicionais; o Pi nheiro, berço da classe média que migrou em massa para constituir o então redivivo novo bairro da ci dade e significativa área do Farol, de tradições mil.
Como também, pelo sofrimen to impingido a nosso povo pela Braskem que, passados 4 ½ anos sequer aceitou iniciar tratativas concretas para ressarcir Maceió
Eis que esta semana a im prensa noticia que o prefeito de Maceió está em tratativas avan çadas para fechar um acordo com aquela empresa no valor de 1,6 bilhão de reais (portanto, menos de 16% do valor estimado do pre juízo). E está fazendo isso sem ouvir a sociedade organizada, especialistas que conhecem de fato o problema, como os autores do livro “Rasgando a Cortina de Silêncios”, o lado B da explora ção do Sal-Gema de Maceió que, inclusive apresentam no livro propostas técnicas e urbanísticas qualificadas para a solução do mega problema.
A experiência (fui secretá rio de Planejamento urbano da cidade, secretário de Finanças também e secretário de Planeja mento do Ministério da Agricul tura) nos diz, prefeito, que sem uma assessoria técnica qualifi cada sobre o tema (que o senhor não tem) qualquer tentativa de
negociação com a Braskem será fatal e facilmente “costurada” a favor da empresa com o concur so das suas múltiplas equipes de advogados e consultores técnicos internacionais.
Por isso, tomo a liberdade de colocar à disposição da prefeitu ra a nossa expertise na área e sobre o tema, juntamente com o prof. Dr. José Geraldo Marques, o Prof. Dr. Edson Bezerra, o Prof. Ms. Abel Galindo e a arquiteta Isadora Padilha, Ms em Urbanis mo, todos autores do mais impor tante compêndio técnico sobre o assunto em Alagoas.
Queremos ajudar a evitar que – mais uma vez – Maceió saia prejudicada nessa tratativa com a Braskem, como tem sido até agora. Não vamos cobrar por nossos serviços, nem queremos cargos, não precisamos disso –fazemos isso por Maceió – mas queremos fazer valer os nossos pontos de vista que, de resto, são os da sociedade maceioense e alagoana que tornaram o nos so livro o mais vendido em todos os tempos no estado em apenas 4 meses no mercado.
caso:
A máxima da medicina pode muito bem ser aplicada nesse
um diagnóstico (negociação) errado, leva a remédios que podem até matar o paciente.
n Advogado e escritor
Taíuma coisa impossível de acontecer, a não ser como criação do bolso narismo. Aprendemos, desde os bancos escolares, que a democracia surgiu na Gré cia, mas em sua forma atual não se parece em quase nada com a grega da Antiguidade. Todavia, um dos pilares des sa forma de governo surgiu naquela época, e permanece até hoje: o governo do povo,
pela maioria dos cidadãos. Sólon, o primeiro filósofo e político que pensou nes sa forma de governar, fê-lo para enfrentar a teocracia (governo dos deuses), a aris tocracia (governo de alguns) e a autocracia (governo do tirano). A partir dele, com idas e vindas, a democracia firmou-se em definitivo entre nós desde a Revolução Fran cesa e o Iluminismo, definida por Abraham Lincoln como o “governo do povo, pelo povo, para o povo”. A conclusão ób via é que o poder emana do povo. Mas como se revelará? Desde quando foi pensada, a manifestação democrática se dá por maioria, coisa que aprendemos nos bancos esco lares adolescentes. Fora dis so, não será democracia, mas anarquia, ou seja, governo de ninguém.
O fato definitivo é que a maioria dos eleitores brasi leiros escolheu Lula como
Acabou-se o romantismo do nosso tempo, com beijos e agarradinhos.
A televisão é outro aparelho que nos liga ao mundo. A progra mação é vasta, tem tv aberta, tv fechada, jogos, filmes, shows. Não precisa sair de casa para ver e sa ber tudo que se passa lá fora. Difí cil é controlar o horário das crian ças usarem tal tecnologia.
presidente da República para o próximo quadriênio. Entendo que nem Lula nem Bolsonaro merecem estar na presidência. Há pessoas melhores. Todavia, não sou eu, não é o leitor, o eleitor descontente, nem as Forças Armadas que agora iremos dizer que ele não assumirá o cargo para o qual foi es colhido democraticamente, ou seja, pela maioria dos cidadãos votantes. É assim que está na Constituição de 1988, tão duramente conquistada por nós, os brasileiros. Assim deve ser. Fora disso, é golpe, e aquele que se sentar na ca deira presidencial após 1º de janeiro será usurpador, jamais o presidente cons titucional. E continuará “presidente” enquanto qui ser. Uma, duas, dez vezes, Hugo Chaves brasileiro. Não há outra verdade. O que me deixa abismado é
ver pessoas comprometidas com a Constituição, por sua própria formação cultural e profissional, defensores disso. E nesse desiderato, influenciados por interes sados no caos e na bader na, defenda a intervenção militar, forma enganosa de defender e apoiar um gol pe, que só interessa a uns poucos agarrados ao poder e que foram preteridos pela maioria eleitoral. Na minha adolescência qualificavamse pessoas assim como “ino centes úteis”.
Como chegamos a tal situação? Ficamos inte lectualmente cegos? Ou abandonamos toda racio nalidade? Ou fechamos a nossa mente e consciência para a razoabilidade? Tal vez só a psicologia coletiva venha um dia a explicar. O fato é que nossa sociedade não parece mais tão sadia. Adoeceram-nos.
O fato defini tivo é que a maioria dos eleitores brasi leiros escolheu Lula como presidente da República para o próximo quadriênio. Entendo que nem Lula nem Bolsonaro merecem estar na presidência. Há pessoas melhores.
Quanto mais o tempo pas sa, mais aprendemos li ções da vida. Tristezas, alegrias, lembranças, saudades dos entes queridos.
Vivemos atualmente num mundo diferente, repleto de tecnologia. No telefone, você fala olhando para a pessoa que está longe ou perto. O celular só falta falar; há mecanismos para tudo. Dificilmente conse guimos viver sem ele. Crianças, de quatro, cinco anos, já sabem usar a maquininha. Se chegar mos num consultório médico, as pessoas mal se cumprimentam. Todas estão usando o tal celu lar. Impressionante ver casais de namorados em bares e res taurantes ligados no telefone.
Não perde, entretanto, a bele za, a vida em família, com perdas e ganhos. Por exemplo, estamos eu e Rubião em Petrolina, Per nambuco, às margens do Velho Chico, na casa de Ana Rúbia, a filha mais velha. Somos tratados com muito carinho, muito amor, bastante frutas e verduras. Tudo muito bom, muito gostoso. E gra ças à tecnologia, falamos com o resto da família. O novo e o velho se confundem.
Nasci em 1941, tive um pai maravilhoso, que criou oito filhos com carinho, amor e sabedoria. Conto para netos e bisnetos como tive uma infância feliz, conviven do com rádios e jornais. Não havia televisão, nem celular. Mas cor ríamos na praia, íamos ao cine ma, tínhamos escolas públicas de primeira qualidade. Aprendíamos muito cedo a ler e escrever com fa cilidade. Escrevíamos as palavras inteiras, sem as abreviaturas hor
rorosas que vemos hoje na inter net. Era uma vida boa, natural! Éramos felizes e não sabíamos.
Na adolescência, entre 1950 e 1960, ainda havia festas nos clubes da cidade. Íamos aos bai les acompanhados de pais ou irmãos. Atualmente são festas enormes, no meio da rua, com milhares de pessoas, e, de vez em quando, ocorrem tumultos e jovens morrem no calor da mul tidão.
Os namoros do nosso tempo eram menos avançados. A noiva se preservava para o noivo até a data do casamento. De repen te, surgia uma noiva grávida. “Tocava horror”, como se diz no Exército, e o casamento aconte cia. Aqui, acolá, o noivo fugia e a moça criava o filho, sozinha ou com a ajuda dos pais. Eram exce ções à regra normal.
Muitas vezes os rapazes saíam para estudar fora e as mo ças ficavam esperando por eles. O sabidinho nem sempre voltava e o namoro era rompido. Havia casos interessantes e, muitas ve zes, tristes. Certa feita, no dia do casamento, apareceu uma visita surpresa: a esposa e os filhos do noivo enrolado. Conheci casos de noivas que não casaram mais. Morreram solteiras.
Atualmente, os namoros co meçam pelo fim. Existe a relação estável, onde não é preciso casar para viver juntos. As experiên cias são muitas e nem sempre positivas.
O estudo foi modificado. Existe um vestibular chamado Enem, que leva os estudantes para fora de seu estado e nem todos têm o direito de fazer um curso superior. Houve a intenção de generalizar o estudo, mas o povo pobre não acompanha tan ta mudança.
Do alto de meus oitenta e um anos, alcanço coisas boas e ruins. Nem todos têm acesso à tecnologia e a camada da popu lação pobre sofre muito. O estu do “on line” cresceu muito depois da pandemia, facilitou a vida de estudantes das classes média e alta. As classes mais baixas não conseguem comprar um compu tador ou smartphone.
Então, leitores amigos, com tantas mudanças e dependendo da ajuda do governo, ainda acho melhor o tempo em que o vesti bular era feito em cada estado e a escola pública era muito boa.
Precisamos administrar as mudanças e tentar levar a vida de acordo com as leis vigentes.
Deus existe. Não Duvidem!
O estudo foi modificado. Existe um vesti bular chamado Enem, que leva os estudantes para fora de seu estado e nem todos têm o direito de fazer um curso superior. Hou ve a intenção de generalizar o estudo, mas o povo pobre não acompanha tanta mudança.
População e visitantes homenageiam Zumbi na Serra da Barriga e reforçam luta contra o racismo e pela igualdade social
Oberço do maior movimento de resistência à escrivão no Brasil é também um dos maiores patrimônios culturais de Alagoas. A Serra da Barriga, em União dos Palmares, recebeu este ano milhares de pessoas de todo o país no palco aberto e cercado de natureza em homenagem à cultura e à luta dos povos negros para garantir liberdade. Foi uma semana de homenagens e festas que culminaram no Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado com honrarias. Música, dança e apresentações artísticas diversas atraíram pelo menos 20 mil pessoas ao município no período.
União dos Palmares celebrou a data com uma programação que destacou a língua, gastronomia, religião, arte, hábitos e beleza negras, além dos aspectos culturais que influenciaram e construíram a história dos brasileiros. A data, 20 de novembro, faz referência à morte do líder negro Zumbi, do Quilombo dos Palmares, em 1695, por bandeirantes e após longa luta contra a escravidão e pela garantia de direitos reivindicados pelos afrobrasileiros da época.
União dos Palmares viveu dias de festa, de orgulho dos cidadãos pelo que representa na história brasileira em defesa da liberdade. A programação foi encaixada na Semana da Consciência Negra, que teve vários eventos em diferentes espaços promovidos pela Prefeitura e pelo governo do Estado. O governador Paulo Dantas subiu a Serra e se divertiu com o grupo de capoeiristas. O prefeito Areski Freitas, o Kil, comemorou o sucesso dos eventos, que foram suspenso no período crítico da pandemia em 2020 e 2021.
Kil reforçou que o município não poderia deixar de ter uma programação especial para uma “temática tão importante que carrega toda história e legado de nossa cidade para o mundo”. Segundo ele, o objetivo da festa é contribuir, ainda na atualidade, com a luta contra a discriminação
racial e a desigualdade social, fortalecendo a percepção histórica e cultural que os negros e toda a população brasileira têm de si mesmos e, dessa forma, diminuindo ações de preconceito.
“Vamos juntos, por um mundo cada vez mais justo, sem racismo!”, enfatizou o gestor. Paulo Dantas falou da importância do município para o turismo em Alagoas e para a economia. Disse que a festa era do povo, assim como seu governo. Prometeu apoiar e investir em União dos Palmares sempre e agradeceu ao prefeito Kil pela boa condução da cidade.
A programação incluiu o evento Pôr do Sol na Serra [da Barriga], concurso Beleza Negra, Projeto Anajô Vamos Subir a Serra e o 1° Campeonato de Breaking Estudantil. Também houve shows com nomes que marcam a música brasileira.
Prefeito George Clemente e deputada Fátima Canuto foram premiados pelo apoio às iniciativas culturais no município
Para homenagear artistas e personalidades que contribuíram significativamente com São Miguel dos Campos, e fazendo parte da “Semana da Cultura”, a Secretaria Municipal de Cultura (Secult) realizou esta semana a entrega do prêmio Destaque da Cultura Miguelense 2022, que leva o nome do ilustre escritor e poeta miguelense Ernande Bezerra de Moura.
O escritor prestou nos últimos 30 anos as mais relevantes contribuições acadêmicas literárias para a cultura do município, propagando a história e enredos.
O prefeito George Clemente também foi homenageado. Receberam a premiação a deputada estadual Fátima Canuto – por seu apoio à cultura miguelense – e os artistas Janiel Rodrigues (Bebezão), Luiz Carlos Paranhos, Wellbert Teles e Williams Santos.
“Esta grande solenidade de entrega do Prêmio Destaque da Cultura 2022 e do lançamento do hotsite da cultura miguelense são dois grandes momentos que a Prefeitura de São Miguel dos Campos, por meio da Secretaria Municipal da Cultura, está efetivando a fim de engajar, promover e incentivar artistas e personalidades que marcaram nossa cultura e engrandeceram o nosso município”, afirmou o prefeito.
O secretário de Cultura, André Vieira, realizou a entrega da placa simbólica aos homenageados e os troféus aos premiados. O evento aconteceu na quarta-feira, 23.
“A cultura vive, sem sombra de dúvidas, um novo tempo, e tudo isso parte da sensibilidade e do olhar sensível de um cara apaixonado pela cultura que é o nosso prefeito George Clemente, prova disso é a revitalização dos
nossos equipamentos que, em menos de um ano, já foram restaurados, para que os colaboradores, os populares, alunos, e turistas tenham dignidade ao visitarem os nossos espaços: a Casa da Cultura, o Anexo Cultural e a Biblioteca. Muito obrigado, prefeito, por se incomodar e tornar a nossa cultura ainda mais viva e mais forte”, declarou o secretário.
“É uma enorme alegria que hoje, de forma inédita, estamos entregando o troféu para incentivadores da cultura miguelense. Esses fazedores de cultura que tanto contribuem em diversas áreas, e para o enriquecimento da arte, seja ela em qual segmento for”, disse o diretor da Casa da Cultura, Glayton Oliveira.
Dando sequência, os colaboradores da Secult, Lane Silva e Flávio dos Anjos apresentaram um breve recital que abrilhantou a noite.
Além da premiação, também ocorreu o lançamento do Hotsite, marca o município como o primeiro a desempenhar uma tipologia de Wikipedia digital. A partir de agora,
O novo equipamento digital trará conteúdos como história de Alagoas e de São Miguel dos Campos, acervo fotográfico, personalidades, patrimônio, entre tantos outros temas que auxiliará como arquivos de memória da terra e do povo miguelense.
Sabendo que os índices de analfabetismo entre adultos e idosos ainda é muito alto no Brasil, a Prefeitura de São Miguel dos Campos, através da Secretaria de Educação (SEMED), incomodada com essa situação, tem buscado meios para diminuir ou mesmo erradicar essa situação no município. Sendo assim, aderiu ao Programa Brasil Alfabetizado (PBA) para ofertar alfabetização e letramento como porta de entrada para a escolarização das pessoas ao longo da vida.
Na quarta-feira (23), a secretaria reuniu em uma quadra municipal mais de 500 pessoas que já estão matriculadas no Programa Brasil Alfabetizado, as
quais estão buscando aprender a ler e escrever para ter um futuro promissor.
Na ocasião, a equipe SEMED responsável pela concretização do PBA, a coordenadora Nacional, Rosimere Rocha e Renata Santos - chefe do projeto, ambas do Ministério da Educação, o secretário de Educação, Álvaro Leiva, e o prefeito George Clemente, acolheram os novos estudantes e proferiram palavras de incentivo para a nova jornada.
“Promover a superação do analfabetismo e contribuir para a universalização do ensino fundamental no Brasil é mais um dos nossos objetivos”, frisou o prefeito George Clemente.
n Bruno Fernandes –bruno-fs@outlook.com
alagoana Palato chegou ao Re cife. Com uma loja de arquitetura clássica e sofisticada, com 3.200m² de área construída, a primeira e única unidade fora de Alagoas tem agora um espaço exclusivo no Shopping RioMar. A loja foi inaugurada esta semana e promete oferecer o melhor em produtos importados e um mix variado de marcas já conhecidas do público, com mais de 18 mil itens disponíveis.
O orçamento do programa Farmácia Popular está defasa do em cerca de R$ 1,8 bilhão, segundo dados divulgados esta semana pelo Instituto Brasileiro de Saúde e Assistência Far macêutica (Ibsfarma). A atual proposta orçamentária para 2023, apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), é de R$ 1,018 bilhão, o menor valor destinado ao programa desde 2013. Em 2021, foram registrados 9 milhões a menos de atendimentos do que em 2015, quando o programa recebeu o valor histórico de R$ 3,3 bilhões. A instituição diz que a queda está totalmente ligada à redução dos recursos.
A Anatel anunciou a adoção de novas políticas que mul tarão em até R$ 30 milhões quem comercializar pro dutos piratas. Poderão ser enquadrados desde pessoas físicas, microempreendedo res individuais (MEI) até grandes comerciantes. De acordo com a agência, o valor inicial das multas será de R$ 110. A punição para vender produtos que não foram certificados e homolo gados aumentará de acordo com a gravidade da infração, o estoque encontrado e porte do infrator.
A quantidade de transações de paga mento — com exceção do dinheiro em espécie — cresceu 40% em 2021 na comparação com 2020, para 58,8 bilhões de transações. Os dados são do Banco Central (BC), que atribui o forte crescimento ao suces so do Pix. O avanço foi de 27% em volume financeiro, para R$ 76,9 trilhões — o equivalente a 9 vezes o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Os dados são da publicação “Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil”, divulgado na terça-feira pelo BC.
Tudo começa com uma consulta. A primeira, com o especialista que vai requisitar exames para o diagnóstico ou terapêutica do problema que o paciente pode ter. A segunda, com o aneste sista. Esta é fundamental para definir o tipo de anestesia e as drogas anestésicas que serão administradas no paciente.
“A consulta deve ser feita uma semana antes do pro cedimento. Ela serve para o anestesista coletar informa ções importantes, como ava liar doenças pré-existentes, alergias, medicações em uso, cirurgias prévias, exames rea lizados, além de avaliar o es tado de saúde atual. Também tem como finalidade orientar o paciente sobre o jejum, me dicações a serem suspensas e esclarecer dúvidas sobre a anestesia”, explica o aneste siologista da Santa Casa de Maceió e da Clínica de Anes tesiologia de Maceió (CAM), Jadielson Higino de Almeida.
Existem vários exames te rapêuticos ou diagnósticos nos quais a anestesia se faz neces sária para diminuir a ansieda de e evitar a dor. Endoscopia digestiva alta, colonoscopia, cateterismo cardíaco, angio grafia, biópsias estão entre elas. Nos casos da ressonân cia nuclear magnética e da tomografia computadorizada, o paciente precisa ficar imó vel durante o procedimento. A anestesia também é indi cada para crianças, pacientes
claustrofóbicos ou com movi mentos involuntários.
Antigamente, a queixa de acordar durante uma endos copia era muito comum. Isso acontecia porque o médico que fazia o exame era o mesmo que aplicava a sedação. Como a anestesia tinha que ser leve, ele precisava estar atento ao pro cedimento, e, ao mesmo tempo, monitorar os sinais vitais do pa ciente.
“Com a evolução das dro gas anestésicas e a presença do anestesiologista durante o exa me, esse risco diminuiu bastan te. Entretanto, alguns pacien tes podem ser mais resistentes às medicações utilizadas na
sedação, como os pacientes com doenças no fígado, os usuários crônicos de álcool ou de medica ções para ansiedade. Caso ocor ra, não há motivo para pânico. O anestesista vai aprofundar um pouco mais a sedação para dar continuidade ao exame. Ge ralmente, o paciente não sente nem se lembra de nada, pois as medicações anestésicas causam amnésia e tiram a dor”, destaca o especialista.
Para o anestesiologista, o mais importante é escolher bem o local onde será feito o exame e os profissionais que vão realizá -lo, sem esquecer da realização de uma boa avaliação pré-anes tésica. “O local mais apropriado
para a realização de exames com anestesia é um hospital. A Santa Casa de Maceió possui todos os recursos disponíveis para agir em caso de complica ções, mesmo que raras. Mas, independentemente do local onde será realizado o exame, seja um hospital ou clínica, ele precisa ser bem equipado com monitor cardíaco, fonte de oxigênio, desfibrilador, ma terial de intubação etc. Caso o exame seja realizado em uma clínica, ela deverá ter um pro tocolo de ação e um hospital de referência para transferir o paciente em caso de complica ções”, finalizou Jadielson Hi gino de Almeida.
Tecnologia de comunicação de quinta geração (5G) vai trazer grandes melhorias à segurança do trânsi to, novos serviços e também ajudar na paulatina criação de cidades inteligentes. No entanto, ainda demora até os seus efeitos reais chegarem ao dia a dia nas ruas e estradas brasileiras. Desde o co meço de outubro último todas as capitais e o Distrito Federal recebem sinais 5G, conforme compromisso assinado entre a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as operadoras de telefonia.
A 5G apresenta grandes vantagens em termos de latência (tempo entre enviar um comando e receber a resposta), velocidade de tráfego de dados 50 a 100 vezes maior, capacidade de conectar mui to mais celulares simultaneamente sem perder desempenho e ainda aumenta a durabilidade da bateria. As antenas são compactas, contudo têm alcance menor exigindo maior número de instalações.
Por enquanto, só alguns modelos de automóveis ao redor do mundo podem interagir com a 5G. Um deles é o elétrico BMW iX, vendido no Brasil, mas sem habilitação à rede veloz. Mesmo quem já possui um celular compatível pode verifi car que o sinal aparece de forma intermi tente. Pode ser comparada, por enquanto, a um vaga-lume com a diferença que fica muito pouco tempo ativa. Até 2029 as operadoras terão que instalar o serviço em todos os municípios a partir de 30.000 habitantes.
Antônio Azevedo, fundador e CEO da LogiGO, afirma que não é essencial a 5G para funcionamento do V2X (sigla em inglês para comunicação do veículo com tudo em volta). “Carros que operam com câmeras já se beneficiam mesmo com a 4G, desde que esta rede seja suficiente mente robusta e universalizada. Anali sam tudo ao seu redor, enquanto se está dirigindo”, afirma.
A Abarth começou como fabricante de escapamentos es peciais e acabou ficando famosa por suas fórmulas muito bem elaboradas de melhorar o de sempenho de carros, mas não de SUVs ou crossovers. Adquirida pela Fiat em 1971, o projeto do Pulse Abarth foi desenvolvido em Betim (MG) em conjunto com engenheiros da Itália.
O aspecto externo mostra alguns exageros nos apliques em preto e no número de “escorpi ões” (símbolo da Abarth por ser o signo astrológico do seu funda dor, Carlo Abarth), fora e dentro do carro. Contudo, a retirada das barras de teto melhorou o visual, assim como novas rodas de 7 x 17 pol., pneus mais largos 215/50 R17, distância livre do solo dimi nuída em 80 mm e caixa de câm bio automática epicíclica Aisin de seis marchas com relações mais curtas e adequadas à proposta em substituição à CVT de seta marchas do Pulse normal.
Como toque final amorte cedores e molas um pouco mais rígidos e barra antirrolagem dianteira de maior diâmetro,
sem comprometer em dema sia o conforto de marcha, pelo menos na pista do Autódromo de Tarumã (RS), onde pude guiar o carro. No dia a dia das ruas brasileiras deve incomodar um pouco, mas dentro do que se espera na relação estabilidadeconforto. O motor é o mesmo de outros Fiat e Jeep: 1,3 L turbo de 185 cv (E)/180 cv (G) e 27,5 kgf.m, porém recalibrado para torná-lo mais “nervoso” nas respostas ao acelerador. O esca pamento emite ronco esportivo, sem excesso.
Na parte interna destaque para apliques em vermelho e o botão Poison (veneno, em inglês) no raio direito do volante. Com este acionado o controle eletrô nico de estabilidade fica mais permissivo, sem nunca ficar to talmente inativo — o suficiente para os mais habilidosos prova rem sua capacidade, sem expor a riscos exagerados os menos hábeis. A Fiat informa 0 a 100 km/h em 7,6 s e máxima de 215 km/h. Por R$ 149.990 atende as expectativas neste segmento restrito do mercado.
A rápida velocidade da 5G aumen ta bastante a possibilidade de evitar acidentes como engavetamentos e outros tipos de colisão, além de atropelamentos, porque câmeras, radares e lidares (estes atuam com raio laser) podem identificar risco de acidente iminente, mesmo no escuro. Se todos os veículos estiverem conectados, haverá um trânsito muito mais seguro.
Carros autônomos também se torna rão melhores com a rapidez da nova rede. Outro grande avanço será a atualização do aparato eletrônico dos veículos pelo ar (OTA, na sigla em inglês). E isso beneficia não apenas carros 100% elétricos, porém igualmente híbridos e com motores só a combustão.
Mesmo assim, ainda não se pode pro jetar uma data para um trânsito com zero acidente. Todavia já se comenta no exte rior os primeiros estudos sobre tecnologia 6G. O céu literalmente não tem limites.
O SUV grande da marca chi nesa impressiona logo à primeira vista por suas dimensões e estilo, se não arrebatador, pelo menos acompanhando de perto os concor rentes alemães. O alemão Wolfgang Egger, ex-Audi, e o italiano Michele Jauch-Paganetti, ex-Mercedes -Benz, cuidaram do exterior e do interior, respectivamente. Desta cam-se distância entre eixos de 2,76 m, assoalho plano para maior conforto dos três passageiros no banco traseiro incluindo encosto regulável e um enorme porta-malas de 574 litros com comando elétrico de abertura e fechamento.
Posição de guiar, maciez e bom suporte lateral dos bancos dianteiros, um quadro de instrumentos bem desenhado e com informações programáveis, materiais de alta qua lidade e uma imponente tela do multimídia de 12,8 pol., ajustável para posição vertical ou horizontal, chamam atenção. No entanto, não há espelhamento de celular, embora as câmeras de 360 graus propiciem uma visão em alta resolução de tudo que se passa ao redor do veículo. Em dia ensolarado como o da rápida avaliação por cerca de 100 quilô metros, as marcas de dedos dificultaram o uso da tela.
O Song Plus DM-i é um híbrido plugável com um motor a gasolina de 1,5 L/110 cv/13,8 kgf.m e outro elétrico de 179 cv/32,2 kgf.m. A potência combinada dos dois mo tores é de 235 cv. Impressiona o isolamento acústico do cofre com o motor a combustão funcionando a maior parte do tempo para acionar um gerador que mantém carregada a pequena bateria (8,3 kWh). Alcance no modo puramente elétrico de apenas 51 km. Aceleração de 0 a 100 km em 8,5 s é dentro do que espera para sua massa de 1.700 kg.
Mais impressionante é o seu alcance total com os dois motores. O tanque tem 52 litros e pelo que mostrou em termos de consumo no quadro de instrumentos pode rodar até 1.160 km em cidade e 1.020 km em estrada. Preço atraente entre híbridos plugáveis: R$ 269.990.
a estes órgãos sobre a conduta.
BRUNO FERNANDES bruno-fs@outlook.comOdelegado Claudemiltkson
Benemarcam, que liberou o ex-prefeito Leopoldo Pe drosa sem autorização da Justi ça de Alagoas após o mesmo ser preso em flagrante pela PM por efetuar disparos de arma de fogo contra residências no município de Maribondo durante o último final de semana, tem um salário maior que os de seus superiores, o secretário de Segurança Públi ca e o governador Paulo Dantas.
A informação é pública e consta do Portal da Transparên cia de Alagoas. De acordo com os dados do portal, o delegado tem uma remuneração bruta mensal de aproximadamente R$ 44 mil em média. A última remunera ção bruta informada pelo portal, de outubro deste ano, revela que o mesmo recebeu R$ 44.185,70 sem os descontos e R$ 32.577,59 líquido.
A título de comparação, o go vernador Paulo Dantas (MDB) recebeu no mesmo mês de ou tubro deste ano o valor de R$ 20.393,64 líquido, enquanto o secretário de Segurança Públi ca, Flávio Saraiva da Silva, tem a remuneração líquida de R$ 16.960,35 por mês. Os delegados Fábio Costa e Thiago Prado, por exemplo, receberam em média R$ 20 mil nos últimos quatro meses.
Para se ter uma ideia, ape nas nos dez primeiros meses deste ano, Claudemiltkson Be nemarcam teve uma remune ração líquida de R$ 206.703,85. Caso o total de seu último sa lário se repita em novembro e em dezembro, sua remuneração apenas em 2022 chegará a R$ 271.759,03, isso sem considerar o décimo terceiro que será pago pelo governo estadual no dia 15
de dezembro.
Nomeado em julho de 2012, Claudemiltkson iniciou a carrei ra com um salário líquido inicial de R$ 12.628,18. Ou seja, em um intervalo de 11 anos obteve um aumento de aproximadamente 166%. A remuneração de Clau demiltkson Benemarcam só fica abaixo da do delegado-geral da Polícia Civil, Gustavo Xavier, que recebe mensalmente líqui do desde julho deste ano o valor aproximado de R$ 32 mil.
Claudemiltkson terá que explicar à Justiça os motivos e circunstâncias que o fizeram liberar, sem autorização da Justiça, o ex-prefeito de Mari bondo, Leopoldo César Amorim Pedrosa, após este ter efetuado disparos de arma de fogo em um condomínio daquele município. O pedido de explicações foi fei
to pelo juiz Helestron Silva da Costa.
No mesmo pedido de expli cações, o magistrado também expediu ofício à Corregedoria da Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) e ao Núcleo do Controle Externo da Atividade Policial do Minis tério Público de Alagoas (MP -AL) com a intenção de informar
Segundo o relatório da Po lícia Militar, o ex-prefeito teria chegado a atingir algumas ca sas, que foram danificadas. A versão da Polícia foi de que, du rante a ocorrência, Pedrosa teria tido uma convulsão, requerendo atendimento médico.
Entretanto, imagens que circularam em grupos de Wha tsApp da região mostram que o ex-prefeito na verdade foi leva do para a casa da ex-mulher e deixado pela Polícia Militar aos cuidados da Polícia Civil.
O delegado Claudemiltkson Benemarcam, titular do Distri to Policial de São José da Laje, atuava na Delegacia Regional de União dos Palmares durante o de plantão no fim de semana e atuou na ocorrência envolvendo o ex-prefeito.
A Justiça alagoana expediu o mandado de prisão preventiva contra o ex-prefeito de Maribon do na última segunda-feira, 21. O mandado de prisão foi emitido pelo Foro Plantonista da 2ª Cir cunscrição do TJ a pedido do Mi
Claudemiltkson Benemarcam, que liberou ex-prefeito sem autorização da Justiça, recebe mensalmente mais de R$ 44 mil
Quem mandou matar o assessor político João Bruno?
A polícia trabalha com várias linhas para a motivação do crime, dentre elas passional ou de origem política.
Aos 52 anos, João Bruno foi assassinado na gara gem de sua residência, no Caititus, em Arapiraca, a tiros de pistola 380, por volta das 23 horas de quinta-feira da semana passada, dia 17.
De acordo com um familiar, um homem de cor morena e usando um boné bateu em sua porta e foi atendido pela esposa de Bruno que informou que ele estava dormindo. Ele disse que era urgente e queria um vale de combustível.
“Após muita insistência, Bruno foi acordado e foi atender o estranho.
Ao se aproximar explicando que não tinha vale de combustível, o crimino so sacou a arma e efetuou pelo menos oito disparos por brechas no portão de ferro que estava trancado com cadeado e depois empreendeu fuga”.
Bruno, que era assessor político do deputado estadual Breno Albuquer que, foi socorrido por familiares, mas não resistiu aos ferimentos.
“Uma das balas atingiu o peito e essa foi fatal”, disse Isaias, que mora vizinho e é concunhado da vítima.
Em 2020, Bruno foi candidato a vereador pelo PMN e obteve 471 votos. O delegado de Homicídios de Arapiraca, Everton Gonçalves de Souza, investiga o crime.
Em pronunciamento durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa de terça-feira, 22, o dep utado Breno Albuquerque (MDB) lamentou o assassinato do assessor político arapiraquense João Bruno da Silva Filho, afirmando que, além de serem amigos, ele era correli gionário do parlamentar.
n robertobaiabarros@hotmail.com
A deputada federal Tereza Nelma foi con vidada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin para compor a equipe de tran sição do governo federal. Tereza vai fazer parte do Grupo de De senvolvimento Social e Combate à Fome. “Acolho com muita responsabilidade mais essa missão. Agradeço a todo gabinete de transição pela confiança em meu trabalho. Contem comigo pela reconstrução do meu Brasil”, agradeceu Tereza Nelma em uma postagem no Instagram.
O juiz Carlos Bruno da Silva Ramos, titular da 4ª Vara Cível de Arapiraca, suspendeu os efeitos do edital 005/2022 da Câmara de Vereadores de Arapiraca, que realizaria a escolha da mesa diretora da Casa na terça-feira, 22. Com o ato, a eleição do novo presidente da Câmara está suspensa, sem nova data de real ização.
O juiz entendeu que não pode haver nova eleição para a mesa diretora da casa enquanto ainda não houver decisão definitiva sobre o pleito ocorrido no dia 14/08/2021, que escolheu a mesa diretora para o biênio 2023/2024 e que está sub judice
De acordo com o magistrado, o regimento interno da casa, editais para processos eleitorais devem ser comunicados por escrito e pessoalmente a cada vereador, o que não aconteceu neste caso - houve apenas a comunicação nas redes sociais da Câmara.
O juiz suspendeu os efeitos do edital e estipula multa de 20 mil reais em caso de desobediência
Os empresários devem ficar atentos à autenticidade de bole tos e cobranças feitas por e-mail. O titular de uma empresa do comércio de Ara piraca recebeu uma notificação extraju dicial referente a um suposto débito junto a uma desconhecida associação de classe. O Sindilojas Ara piraca alerta os empresários para a modalidade de golpe e recomenda que, caso sejam alvo de situação semelhante, busquem as autoridades policiais para fazer a denúncia.
Um administrador procurou o Sindilo jas na terça-feira, 22 de novembro, bus cando informações sobre a “Associação dos Empresários de Arapiraca”. Ele afir mou ter recebido um comunicado, por e-mail, de que a empresa dele estava em dívida com a entidade e estava recebendo uma notifi cação extrajudicial para efetuar o pagamento de R$ 188,98.
... Arapiraca já está aplicando a 5ª dose de vacina contra a covid-19 para a parcela da população imunossuprimida.
... Os usuários devem procurar um dos três pontos de vaci nação para receber mais um reforço.
... Os pontos de vacinação foram descentralizados para facilitar o acesso de toda a população e agora estão disponíveis no 2º Centro de Saúde (Baixa Gran de), 3º Centro de Saúde (Santa Edwiges), e 4º Centro de Saúde (Itapoã), que funcionam das 8h às 12h e das 14h às 16h30h.
... O prefeito de Feira Grande, Flávio do Chico da Granja, inaugurou na última terça-fei ra, 22, o Centro de Reabilita ção. Tendo como prioridade a saúde, serão ofertados serviços de reabilitação com qualidade e humanizados para a população,
... O local vai receber pessoas com deficiências, de todas as idades, que tenham problemas de mobilidade, sequelas neuro lógicas e ortopédicas congênitas ou adquiridas.
... O espaço oferece diferentes tipos de terapia de reabilitação, como fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia, serviço social, enfermagem, terapia ocupacio nal e acupuntura.
... Um sítio arqueológico foi des coberto em território indígena pertencente à etnia Jeripankó, em Pariconha, no Sertão de Alagoas.
... A descoberta foi feita durante os trabalhos da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do São Francisco, do Ministério Público de Alagoas (MP-AL), juntamente com outros órgãos. A informação foi divulgada na quarta-feira, 23.
... Os integrantes da FPI faziam um trabalho de aproximação e educação ambiental na localidade quando os indígenas relataram sobre os registros rupestres e os guiaram até o local.
... Um ótimo final de semana para todos. Até a próxima edição!
Ministério da Saúde confirma Alagoas entre os estados mais afetados pela doença, além da dengue e chikungunya
TAMARA ALBUQUERQUE tamarajornalista@gmail.comEnquanto a população não for conscientizada de que tam bém é responsável pela inci dência das arboviroses, as doenças causadas por vírus transmitidos principalmente por mosquitos, os alagoanos vão continuar adoecen do e morrendo por dengue, chikun gunya e zika, as mais comuns no estado. Isso ocorre porque o controle dessas doenças depende muito do comportamento das pes soas para evitar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, além das ações de prevenção e combate ado tadas pelo poder público.
O inseto se reproduz em qual quer porção de água parada, ar mazenada em residências ou no lixo descartado de forma errada em qualquer lugar. Uma tampi nha jogada displicentemente no quintal de casa, quando recebe água da chuva, por exemplo, é su ficiente para reproduzir inúmeros mosquitos. É preciso ser vigilante e educado com o meio ambien te para não ajudar o inseto a se multiplicar e levar doenças para dentro da sua casa e dos vizinhos. Jogue o lixo, qualquer que seja ele, sempre na lixeira, e ensine esse hábito às crianças com seu exemplo.
Isso é importante porque Ala goas está entre os estados brasi
leiros mais afetados por dengue, chikungunya e zika. Os dados (de janeiro até o último dia 14 deste mês) do boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde revelam que Alagoas tem o município com maior número de casos de zika do País. União dos Palmares aparece este ano com 377 casos da doença, que é tão grave que está relaciona da ao nascimento de crianças com microcefalia, um distúrbio neuro lógico no qual o cérebro do bebê
não se desenvolve completamente.
Depois de União dos Palmares aparecem os municípios de Parna mirim (RN) com 286 casos de zika, Macaíba (RN) com 278 e Natal (RN) com 259 casos, entre outros.
A zika foi diagnosticada em 9.260 pessoas este ano no país. Em comparação a 2021, a doença avançou 46,1%. Apesar da vergo nhosa situação de União dos Pal mares com o registro da doença, Alagoas não é o estado com maior número de casos de zika no Brasil.
Porém, 879 alagoanos receberam o diagnóstico positivo este ano. Um agravante é que, dos casos confir mados de zika no país, 576 deles são de gestantes, com confirma ção laboratorial em 163 mulheres. Alagoas é o segundo estado com mais casos de zika nesse grupo da população perdendo apenas para o Rio Grande do Norte.
Outra arbovirose que está castigando os alagoanos é a chikungunya, presente em todos os municípios com 10.327 casos, segundo o boletim epidemiológi co mais recente do Ministério da Saúde. A doença pode incapacitar uma pessoa ao trabalho e ativi dades comuns do dia a dia pelas dores articulares e nos músculos, febre e inchaços, entre outros sin tomas. Infelizmente, também está em Alagoas o 2º município do país com maior número de casos dessa doença causada pelo mosquito Ae des aegypti.
Maceió é responsável por 5.606 casos de chikungunya entre brasi leiros este ano. Pode parecer pou co se for comparado a Fortaleza, que está em 1º lugar, com 20.684 casos da doença, mas é situação grave em relação ao número po pulacional. A incidência da doen ça em Maceió é de 543,4 pessoas contaminadas em grupo de 100 mil habitantes e em Fortaleza a taxa de incidência é de 765,1 por 100 mil habitantes. A diferença de 221,7 habitantes em grupo de 100 mil não é gritante. Em segui da vem o município de Brejo San to (CE) com 3.647, Crato (CE) com 3.394 e Salgueiro (PE) com 2.938 casos, entre outros municípios.
Em relação à dengue, Alagoas também aparece entre os dez esta dos com maior número de casos no tificados. Novamente o município que contribui para esse ranking vergonhoso é Maceió. Este ano o boletim mostra que foram notifi cados 13.264 casos de dengue na população da capital. Em todo o estado, foram 32.324 pessoas com a doença. A situação mais grave no país está em Brasília (DF) com 66.080 notificações, seguida por Goiânia (53.258), Aparecida de Goiânia (GO) com 24.386 e Join ville (SC) com 21.370 casos.
Há 100 anos, as condições de ensino dos professores e seus salários pautava a mensagem do governador Fernandes Lima para a Assembleia Legislativa.
Um ponto liga este pas sado aparentemente tão distante ao atual gGover no Paulo Dantas: a busca de soluções fora do Estado para nossos desafios edu cacionais e a sanha de res ponsabilizar professores pelos problemas na rede. Dantas está em Oxford junto a outros governado res, em ação promovida pela Fundação Lemann, o mais novo modismo entre os gestores públicos brasi leiros.
O resumo é: crê-se que o ensino público está em crise e a solução está no mercado, regulando o parâmetro de qualidade do ensino.
Aos deputados, Fernandes Lima dizia que todas as tentativas para “levantar o nível da instrução po pular” fracassaram. E o problema mesmo era que as jovens senhoras forma das pela Escola Normal deveriam trabalhar nas escolas do interior, mas logo tiravam uma licença, voltavam para casa em Maceió sem se dedicar à digna tarefa do ensino.
A missão de ensinar, ape sar do baixíssimo salário (admitia o governador), não era um trabalho mas uma profissão de fé: deve ria atrair professores que tinham mais amor pelo trabalho que pelo dinheiro. Solução de Fernandes Lima? Cortar os salários
destas professoras ausen tes.
Estava funcionando em Santa Catarina e na Paraíba. Por que não em Alagoas?
Os homens não se interes savam em ensinar, dizia o governador. Procuravam outras coisas para fazer. Por isso, “a instrução pública primária vinha, ano a ano, caindo gradativamente”.
Integrante da Liga dos Republicanos Combatentes - responsável pelo quebra de terreiros em 1912- Fer nandes Lima assumiu o governo em 1918 até 1924. Reeleito, Paulo Dantas usa estratagema seme lhante ao de Fernandes Lima. E desta vez o que pode ser cortado é a gestão
democrática nas escolas, implantada pelo governa dor Ronaldo Lessa (19992007).
Em “O Curso de Gestão para Aprendizagem da Fundação Lemann como Processo de Instituciona lização do Gerencialismo nas Escolas de Educação Básica Alagoanas: Im plicações para a Demo cratização da Educação”, Vera Maria Vidal Peroni e Cristina Maria Bezerra de Oliveira mostram que a crise da gestão democrá tica, o modelo e a padroni zação exigidas pela Fun dação Lemann, mais uma gerência que vai de cima para baixo (Seduc-esco las), funcionam como uma espécie de controle, “um processo cada vez maior de alienação do trabalho
docente”.
Resumo: “O professor recebe o material pronto; ele não deve mais ser um intelectual que produz o conhecimento, o que tem profundas implicações para a democratização da educação”.
A Secretaria de Educação centraliza poderes quase imperiais. Com a diferença de que o empresariamento da educação retira da Se duc o peso da responsabili dade de escolas com baixo rendimento em índices educacionais. E transfere a “culpa” a diretores que jogam a carga nos pro fessores, sacudindo nos alunos.
Passado e presente se unem. Os fatos não deixam mentir.