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MACEIÓ - ALAGOAS

ANO XIV - Nº 705- 25 A 31 DE JANEIRO DE 2013

MPF É MULTADO EM R$ 50 MIL POR OCUPAR PRÉDIO SEM LICENÇA

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ELETROBRAS FAZ OPERAÇÃO CAÇA-GATO EM CONDOMÍNIO DE PROCURADORA Alvo principal é a mansão de Niedja Kaspary, suspeita de desviar energiaa P/10

foto ARLINDO TAVARES/CORTESIA

NOVO PRESIDENTE DA AMA PEDIRÁ AJUDA FEDERAL PARA ENFRENTAR A SECA P/ 16 GOVERNO ADIA A INAUGURAÇÃO DA PRIMEIRA FASE DO CANAL DO SERTÃO P/ 15 ÂNGELA GARROTE É PRESA E FILHO DEVE PERDER MANDATO POR IMPROBIDADE P/ 11

COLLOR E VILELA NO VALE-TUDO PELO APOIO DOS PREFEITOS P/12


2 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JANEIRO DE 2013

COLUNASURURU DA REDAÇÃO

Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados (Millor Fernandes)

A bola da vez

Cumprimento

O

senador Renan Calheiros não confirma, mas também não descarta a possibilidade de sair candidato ao governo de Alagoas na eleição de 2014, em dobradinha com Fernando Collor para o Senado. “Ninguém é candidato de si mesmo”, lembra o senador peemedebista, para dizer que se as forças políticas o convocarem, estará pronto para servir Alagoas. Tirando o senador Collor, que deve ir para a reeleição, Renan é o único nome capaz de disputar o governo com chances reais de vitória. O vice José Thomaz Nonô pode até sair candidato, mas não tem capital político suficiente para chegar lá. Resta Biu de Lira, que dentro de seu universo político, já atingiu o máximo que poderia chegar. O senador do PP sabe que sua vitória na última eleição deveu-se à fragilidade da candidatura de Heloisa Helena somada ao fato de haver duas vagas ao Senado. Daí imaginar ter chances de governar Alagoas é uma miragem.

Sem demora

Quem está com emprego novo é o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT). Após perder as duas últimas eleições, o pedetista ganhou um cargo de conselheiro do BNDES, banco ligado ao Ministério do Desenvolvimento. A vaga era do ex-ministro Carlos Lupi, do mesmo partido de Lessa.

Boquinha

Na Assembleia Legislativa funcionários não se cumprimentam com um bom dia ou boa tarde. Primeiro que tudo fazem a pergunta: “ O dinheiro (salário) cai na conta quando? Por conta ainda a curiosidade tem acréscimo: ”Será que vão pagar às férias?” O problema é saber de que ano, pois são vários em atraso.

Obras irregulares Helô no Senado? Heloisa Helena (Psol), vereadora em Maceió no segundo mandato, tem sugestão de Marina da Silva para se candidatar em 2014 ao Senado pelo Rio de Janeiro. A proposta, divulgada pela imprensa do Sul, é comentada em razão dela estar na articulação da fundação do partido de Marina, pré-candidata a presidência da República e Heloisa ser antigo xodó político dos cariocas. Ela nega.

Batata quente

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Uma das heranças que Rui Palmeira recebeu na prefeitura de Maceió foram os convênios com as Oscips — supostamente organizações civis de utilidade pública. O que não falta é funcionário prestador de serviço reclamando de salário atrasado.

Lessa deve receber R$ 6 mil mensais como conselheiro, mesmo valor que era pago a Lupi. Vale ressaltar que a vaga no BNDES é para um representante do Ministério do Trabalho, do qual Lessa não fazia parte. Mas o problema foi resolvido: como o ministério “pertence” ao PDT, o ex-governador foi nomeado para um cargo de “assessor especial”.

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Aproveita!

Chefe é chefe...

Quem deve aproveitar esse novo emprego de Lessa são os funcionários da antiga Tribuna de Alagoas. A dívida do ex-governador com os jornalistas e gráficos, reconhecida pelo Tribunal Regional do Trabalho, já ultrapassa R$ 10 milhões. Acordem, ex-tribunas! Está na hora de bater na porta de quem deve.

O ex-ministro Zé Dirceu passou o último final de semana curtindo as belezas do litoral de São Miguel dos Milagres, em Alagoas. Enquanto isso, seus colegas petistas arrecadavam fundos para pagar a multa dos “mensaleiros” condenados, inclusive o próprio.

É e não é... Em São Luiz do Quitunde, quem manda no pedaço ainda é o ex-prefeito Cícero Cavalcante. O titular, Eraldo Pedro, só assina os cheques.

Em todo lugar E não é excusividade de São Luiz, não. Em muitos municípios o novo prefeito é só uma marionete do anterior.

Parte disso é culpa dos órgãos fiscalizadores. Apesar das inúmeras denúncias de irregularidade, houve procurador que deixou a investigação “pra lá”. Os Ministérios Públicos do Estado e do Trabalho fizeram sua parte.

Fiscal licencioso

1

Com licença médica para tratamento de saúde, muitos privilegiados estão recebendo integralmente seus vencimentos ou subsídios sem o desconto legal de 20%. O fiscal de renda que foi periciado pela junta médica enquanto viajava ao exterior também foi beneficiado com a remuneração integral.

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Alem do fiscal de renda-turista da Secretaria da Fazenda, a junta médica foi causada de fornecer atestado a policiais que respondem a processos nas corregedorias. Depois o governador Téo Vilela fica dizendo que não tem dinheiro para pagar a quem está trabalhando de fato.

O prefeito Rui Palmeira vai tolerar na SMCCU situações que põem sob suspeita de haver “retenção” proposital de ações para embargos de obras por estarem sendo construídas de forma irregular? Quem anda na cidade observa a prática de abusos nas pousadas. Em especial na Pajuçara. E se a fiscalização é nova, que não se repita vícios antigos.

Religião

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A intolerância religiosa no país é o tema do comitê lançado dia 22 pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República. A iniciativa propõe promover o direito ao livre exercício das práticas religiosas e auxiliar na elaboração de políticas de afirmação da liberdade religiosa, do respeito à diversidade de culto e da opção de não ter religião.

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O comitê terá 20 integrantes, 15 deles representantes da sociedade civil com atuação na promoção da diversidade religiosa. Os outros cinco serão compostos por representantes do governo e ainda não tem uma definida para começar a funcionar, pois depende de edital que selecionará os integrantes.

Eleição no Stplal Não deverá haver consenso na formação de chapa para a eleição no Sindicato dos Trabalhadores do Poder Legislativo de Alagoas. Do mesmo modo, também não será surpresa ocorrer racha entre membros da atual diretoria. Conforme observação de servidores a campanha está sob risco de radicalizar.


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JORGEOLIVEIRA arapiraca@yahoo.com

Siga-me: @jorgearapiraca

Fiel aplaudido em Nova York N ova York - Mesmo sob um frio que beirava os três graus negativos, a Brazilian Endowment for the Arts, em Manhattan lotou de brasileiros e nova-iorquinos para homenagear este colunista e a jornalista e cineasta Ana Maria da Rocha, que tiveram seus documentários exibidos durante sessões simultâneas na noite do dia 17 (quinta-feira). Perdão, Mister Fiel, longa-metragem, encerrou o circuito e suscitou polêmica da plateia que debateu o filme até altas horas. Os meus primeiros filmes exibidos foram Mestre Graça, que conta a história do escritor alagoano Graciliano Ramos, e Carlos Drummond de Andrade (Ana Maria Rocha), que retrata a vida do poeta mineiro. Em seguida, os espectadores assistiram também O Poeta e o Capitão, que mostra o encontro do poeta chileno Pablo Neruda com o comunista Luiz Carlos Prestes na década de 1940 em São Paulo, e o premiado longa-metragem Perdão, Mister Fiel sobre a morte do operário alagoano Manoel Fiel Filho, morto sob tortura nos porões da ditadura do DOI-CODI de São Paulo, contemplado com 14 prêmios no Brasil e no exterior. A abertura as homenagens aos meus filmes foi feita pelo presidente da BEA, o escritor Domício Coutinho que agradeceu aos dois cineastas por aceitarem o convite. Coutinho ressaltou

que que não era a primeira vez que ambos exibiam seus filmes na biblioteca. Lembrou que em 2008, a BEA exibiu A Esfinge – Floriano Peixoto, uma história da transição da Monarquia para República, também dirigido por mim. Após a exibição e as homenagens, os filmes foram debatidos pela plateia. O filme mais discutido foi o Perdão, Mister Fiel, uma história dos anos de chumbo da ditadura brasileira e

que faz duras criticas a política intervencionista dos Estados Unidos no mundo. Um brasileiro, radicado nos Estados Unidos há 55 anos, veterano de guerra, elogiou a qualidade do filme e o resgate da memória, mas acusou o documentário de fazer apologia aos comunistas. O debate esquentou quando a cineasta mineira Flávia Fontes, radicada nos Estados Unidos há vinte anos, professora de cinema em Nova Yorque , concor-

dou com a abordagem do filme em relação a influência dos EUA nas ditadores laltino-americanas que, além de participarem financeiramente, ainda enviaram seus agentes para ensinar tortura aos militares sul-americanos. Flávia ainda foi mais longe ao denunciar a atual perseguição aos mulçumanos em Nova Iorque, depois do 11 de setembro, atentado que derrubou as torres gêmeas de Nova Yorque.

Durante o debate esclareci que o propósito de Perdão, Mister Fiel era o de resgatar a memória do Brasil e contar com isenção os anos da repressão militar quando centenas de jovens rebelados foram mortos e torturados por militares brasileiros com a participação dos agentes norte-americanos. Ao dizer que “hoje os povos sul-americanos não aceitam mais esse tipo de intervenção e reagiria à altura”, fui aplaudido pela plateia.


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GABRIELMOUSINHO gabrielmousinho@bol.com.br

Sonhando

O secretário de Infraestrutura do Governo, Marcos Fireman, tem dito por aí que agora a obra do Vale do Reginaldo sai, dando uma indireta no ex-prefeito Cícero Almeida. Faltando apenas um ano e um mês para Téo Vilela deixar o governo, caso saia candidato ao Senado, dificilmente o Reginaldo receberá as obras que precisa.

Prefeituras: caso de polícia

Falta experiência

O prefeito Rui Palmeira determinou que se fizesse uma limpeza no lixo que tomou conta de Maceió, mas pouca gente tomou conhecimento. Tímido, discreto, Palmeira precisa mostrar mais alguma coisa para a sociedade que lhe elegeu.

A

os poucos a população vai tomando conhecimento do estado de calamidade de algumas prefeituras deixadas pelas administrações anteriores. E não é só no interior. Em Maceió as denúncias são de que a situação não é nada diferente de algumas outras. Em Boca da Mata num simples levantamento feito pelo novo prefeito Gustavo Feijó, a situação foi considerada como caótica. A Educação dificilmente começará o ano letivo pelo sucateamento das escolas com milhares de jovens sendo prejudicados. Na área de Saúde, um desastre. Levaram forros de cama, lençóis, cobertores, panelas, computadores e ainda por cima deletaram todos os programas de assistência às comunidades através dos programas da própria prefeitura e do governo federal. A situação é caso para a polícia abrir inquérito e pedir à Justiça a punição dos culpados. A prefeitura de Boca da Mata já identificou um rombo de 1 milhão 480 mil reais, pelo menos o que se sabe até agora. Uma irresponsabilidade. Em outros municípios a situação é semelhante e em Maceió existem denúncias até de vandalismo, antes de o prefeito Rui Palmeira assumir. Uma vergonha para quem assumiu o compromisso de cuidar da coisa pública e de toda a sociedade. Que estas denúncias não fiquem somente no noticiário da imprensa. Que o Ministério Público, agente de defesa da população, determine rigor nas apurações de descaso com o dinheiro público. Esses elementos merecem devolver o dinheiro mal aplicado, se foi aplicado e pagar pela irresponsabilidade, na cadeia.

Virou negócio

O Baile Municipal que era feito todos os anos com sucesso pelo prefeito Cícero Almeida, que distribuía convites para a sociedade, agora mudou de rota. Para ir ao Baile é preciso pagar individuais e Mesas. O individual a 50 e a Mesa a 600 reais. Ou seja, não existirá mais seleção. Pagou, entrou. A prefeitura alega que os recursos serão destinados as instituições de combate ao câncer, o que deveria fazê-lo todos os dias, não numa vez ao ano.

Despedida

O administrador de empresas, Alan Balbino, que realizou um extraordinário trabalho no Iteral, está de malas arrumadas. Ele não diz, mas alguns amigos sabem que ele não recebeu nenhum apoio para o exercício das funções. O governador Téo Vilela não tem prestigiado muito seus auxiliares, a não ser uns dois ou três.

Desagradando

Muitos dos vereadores que dão sustentação política ao prefeito Rui Palmeira, já estão com um pé atrás. As reclamações são muitas e apenas alguns poucos vereadores foram atendidos na nomeação de seus protegidos. A insatisfação continua grande.

Desagradando 2

Os vereadores que se acham prejudicados deverão dar o troco durante a votação da Lei Orçamentária, que ninguém sabe quando será apreciada. A continuar a pão e água, alguns vereadores já pensam em apresentar emendas para adiar a votação.

Esperteza

A área de Saúde do Estado está de olho aberto para alguns profissionais que mandam outros em seu lugar para cumprir plantões. Na área de oftalmologia o fato se repetiu várias vezes. O preposto do titular não tinha habilitação necessária para exercer a profissão e além do mais faltou com a ética médica ao furar uma greve.

Assessorias fantasmas

Corre boatos na prefeitura de Maceió que na Secretaria de Saúde existe uma folha de pagamento de assessorias sem nenhuma nomeação. Ou seja, o beneficiado recebe o dinheiro na sua conta, não presta serviços e até estariam usado nome de outra pessoa. O buraco ainda está sendo avaliado pelos novos gestores.

Dilema

O secretário de Saúde, Alexandre Toledo já decidiu de que irá assumir o mandato de deputado federal, mas tem pressionado o governador Téo Vilela para indicar o seu substituto. Não quer perder de vez a oportunidade de refazer, com a Saúde, suas bases no interior, literalmente destruídas desde as últimas eleições.

Mudança

O governador Téo Vilela não tem gostado do que tem ouvido sobre seu afastamento do governo em março do próximo ano. Pode até desistir de sair candidato e ficar no cargo até o fim. Adiaria o projeto de se candidatar novamente ao Senado.

Solução

O vereador Wilson Júnior tem se mostrado muito preocupado com a escalada da violência. E sugeriu que a Guarda Municipal seja qualificada para poder ajudar no combate à criminalidade, que ninguém agüenta mais. Atualmente, a Guarda não faz nada mais, nada menos, do que proteger prédios públicos, quando pode. Com cassetetes desgastados e sem armas de fogo, os marginais riem dos guardas.

Sem retorno

O senador Renan Calheiros será mesmo eleito presidente do Senado no próximo dia 1º de fevereiro. Trabalhou com competência na composição da Mesa Diretora e se aliou a vários partidos. Renan estará novamente entre os mais influentes parlamentares da República. Merece.

De olho

Os planos de saúde estão de olho em alguns profissionais que abusam na indicação de exames complexos e que exatamente só fazem nas clínicas onde são os proprietários. Negócio da china.

Acertou

O prefeito Rui Palmeira acertou na escolha do nome do vereador Eduardo Canuto para sua liderança na Câmara. Canuto tem trânsito livre com os próprios companheiros e um grande relacionamento com a imprensa local. Sua atuação deve superar a maneira discreta como tem atuado o prefeito de Maceió, o que, convenhamos, não é muito bom.

O Pinto em alta

Faltou pouco para o Pinto da Madrugada não pisar mais na avenida. O esforço de todos os seus dirigentes, abnegados foliões, às vezes não é compreendido pelas autoridades públicas e o empresariado. É uma festa que já está no calendário de Maceió e deve ser prestigiado pela prefeitura e pelo Governo do Estado. O Pinto faz a alegria do povo.

Devagar

Anda, Rui, anda.

Expectativa

Os servidores da prefeitura de Maceió estão na expectativa do pagamento dos seus salários no mês trabalhado, como fazia Cícero Almeida. Rui Palmeira prometeu pagar e deve fazê-lo. Se houver algum contratempo, adeus lua de mel.


extra EDITORIAL

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OPINIÃO

De volta à escola LUIZ GONZAGA BERTELLI*

C

Ação predatória

A

maioria dos prefeitos alagoanos recebeu as prefeituras encalacradas em dívidas e as cidades abandonadas, por irresponsabilidade dos gestores anteriores. Para sair do caos, os novos gestores são obrigados a decretar estado de emergência, medida necessária à continuação dos serviços públicos, paralisados desde a eleição de outubro de 2012, sobretudo nos municípios onde os antigos prefeitos foram derrotados. Este foi o primeiro choque de realidade enfrentado pelos novos gestores municipais. Mas não é só isso. Em muitos casos, a situação é tão crítica que ameaça inviabilizar os municípios, graças, também, a ação predatória da Caixa Econômica

Federal e do Banco do Brasil, que disputam, a qualquer custo, a conta das prefeituras. Em conluio com gestores públicos desonestos, a Caixa realizou operações no mínimo imorais, senão ilegais, passíveis de anulação pela via judicial. Em alguns municípios, a Caixa atropelou o Banco do Brasil e pagou uma fortuna para gerir as contas das prefeituras, antes mesmo da eleição dos novos gestores, o que se constitui uma ilegalidade. E o mais grave: pagou antecipado, e em muitos casos, o dinheiro foi desviado pelos ex-prefeitos. Quando a bomba estourar, e o escândalo vier à tona, a Caixa terá que ser investigada por incentivo à corrupção e conivência com o desvio de recursos públicos.

omo são inúmeros os dados provenientes do Censo de 2010, algumas constatações passam despercebidas, mas são bastante relevantes para compreender a realidade educacional brasileira. Um desses dados significativos mostra que, em 2010, 11% dos universitários do país já eram formados e estavam fazendo uma segunda graduação. A grande parte desses estudantes é do Sudeste. Para isso existe uma explicação, já que essa é a região com o maior número de empregos da economia formal, principalmente pela presença das duas maiores regiões metropolitanas do país, São Paulo e Rio de Janeiro. Dos estudantes que estão na segunda graduação, o curioso é que 30,1% têm mais de 40 anos, uma faixa etária bem mais avançada do que aqueles que entram para a primeira graduação, em torno de 20 anos. O levantamento do IBGE mostra ainda que 13,2% deles fizeram a primeira graduação numa instituição pública federal ou estadual, sendo assim, um contingente qualificado, já que as universidades públicas estão entre as melhores do país, com grande concorrência em seus vestibulares. As hipóteses para essas constatações numéricas estão ligadas principalmente ao competitivo mercado de trabalho. Hoje, com o desenvolvimento da tecnologia, os profissionais, mesmo empregados,

precisam evoluir para acompanhar os avanços. O que é novidade hoje pode envelhecer em um curto espaço de tempo. Quem se formou há 10 anos é obrigado a voltar a estudar – seja num curso regular, seja como autodidata – para se reciclar, sob o risco de ser excluído das melhores oportunidades ou do próprio mercado de trabalho por não dominar as novas técnicas. Além disso, a defasagem escolar fincada na premissa da divisão em três grandes áreas – exatas, humanas e biológicas – já não faz mais sentido, pois as disciplinas hoje se intercruzam. O profissional completo precisa ter noções de várias áreas de atuação. Essa é hoje uma exigência das empresas e os trabalhadores já graduados conscientes da nova realidade buscam complementar as disciplinas que não dominam. Os números do IBGE vêm confirmar, portanto, a necessidade de uma ampla reforma nas diretrizes do ensino superior, para que o conhecimento se torne mais próximo da realidade do mundo do trabalho. * Luiz Gonzaga Bertelli é presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e da Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp.

EDITORA NOVO EXTRA LTDA - CNPJ: 04246456/0001-97 Av. Aspirante Alberto Melo da Costa - Ed. Wall Steet Empresarial Center, 796, sala 26 - Poço - MACEIÓ - AL - CEP: 57.000-580

DIRETOR Carlos Augusto Moreira EDITOR Fernando Araújo

CONSELHO EDITORIAL ARTE Luiz Carnaúba (presidente), Mendes de Barros, Maurício Moreira e José Arnaldo Lisboa Fábio Alberto - 9351.9882 REDAÇÃO - DISK DENÚNCIA SERVIÇOS JURÍDICOS 3317.7245 - 9982.0322 Vieira & Gonzalez

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6 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JANEIRO DE 2013 ENTREVISTA

CHICO FILHO: “Vamos brigar pelo nosso duodécimo” Novo presidente da Câmara de Maceió determinou que equipe de técnicos analisem se repasse mensal da prefeitura é suficiente para projetos do Legislativo VICTOR AVNER

victoravner@yahoo.com.br

O

novo presidente da Câmara Municipal de Maceió já tem algumas metas traçadas para os próximos dois anos. Chico Holanda Filho (PP) deve defender o aumento do duodécimo repassado para a Casa de Mário Guimarães. Os recursos atuais seriam insuficientes para implementar projetos dos novos vereadores. Embora não diga com todas as palavras que quer incrementar o duodécimo da Câmara, Chico Filho não descarta o aumento do repasse. Uma equipe de técnicos está avaliando as finanças da Casa. “E se nós tivermos direito ao aumento, nós vamos brigar pelo que nosso”, declara. Nos últimos anos, o Legislativo Municipal devolveu boa parte dos recursos repassados pelo Excutivo. No entanto, o novo presidente avalia que muitas ações da atual legislatura estão condicionadas ao volume do duodécimo. A aquisição de um novo prédio está entre eles. Porém até mesmo projetos da legislatura passada, como o Parlamento na Praça, correm o risco de não serem executados. “Vamos continuar com ele, sim, mas levando sempre em consideração a questão orçamentária”, pontua o vereador. Chico Filho está no primeiro mandato, mas sua família sempre esteve presente na política alagoana. Para o novo vereador, a

experiência familiar deve contribuir com seu trabalho. “Essa nova geração pode vir a somar com tudo que o meu pai já fez e o que meu avô já fez na Casa”, comenta. O presidente ainda fala sobre duas pendências deixadas pela legislatura passada: a indefinição sobre o número de vereadores da Casa e o lançamento do Portal da Transparência. Confira entrevista exclusiva: Jornal Extra – É o seu primeiro mandato político e o senhor já é presidente da Câmara de Vereadores. Como isso aconteceu? Chico Filho – O que aconteceu foi uma tendência nacional que se refletiu em Maceió, a tendência do novo. Elegemos novos prefeitos e novos vereadores em praticamente todos os estados da federação. Aqui em Maceió, temos um novo prefeito e uma nova Câmara de Vereadores. E essa tendência se refletiu também na escolha da Mesa Diretora. O senhor é um dos novos vereadores, mas sua família está há muito tempo na política alagoana... Eu tenho exemplo de honestidade e dignidade dentro de casa. O meu pai, vereador Chico Holanda, desde 1982 está na vida pública e sempre me passou os melhores exemplos. Ninguém fica na vida pública por mais de 30 anos se não for respeitado, se não tiver trabalho por Maceió. Espero honrar os votos que recebi e o nome

Vereador de primeiro mandato, Chico Filho diz que vai levar modernidade e transparência para Câmara da minha família. Sabemos que cada geração pensa de uma forma diferente. Meu pai era de uma geração, eu sou de outra. Essa nova geração, com novos pensamentos, pode vir a somar com tudo que o meu pai já fez e o que meu avô já fez na Casa. A Mesa Diretora tem vereadores de primeiro mandato e outros com muitos mandatos. Isso é bom? A história mostra que a mescla de experiência e juventude sempre deu certo. Eu espero que essa Mesa também dê certo. Nós temos três vereadores de primeiro mandato: Chico Holanda Filho, presidente; Kelmann Vieira, 1º Secretário; e a Simone Andrade, 2ª vice-presidente. E temos os mais experientes: Tereza Nelma,

1ª vice-presidente; Silvio Camelo, 2º secretário; e Davi Davino, 3ª secretário. Acho que essa mescla vai dar bons frutos. E o que a entrada de novos políticos pode trazer de positivo para Câmara? Vamos tentar trazer para a Câmara modernidade, tentando aproximar cada vez mais a população da Câmara de Vereadores e sendo o mais transparente possível por todos os lados. A transparência é um problema de muitos anos. O Portal da Transparência foi prometido, mas nunca criado... Na realidade o que aconteceu na gestão passada é que o presidente [ex-vereador Galba Novaes] criou o Portal da Transpa-

rência José Alencar. Só que, por problemas técnicos, eles não conseguiu colocar o portal em funcionamento. E nós, quando assumimos, discordamos de alguns pontos do portal, mas não da transparência. Estamos analisando a Lei de Acesso à Informação para saber o que deve ser posto e o que não precisa, fazendo o portal da forma mais adequada. E qual é o prazo para o portal ficar pronto? Estamos em processo de contratação da empresa que vai formatar esse site. A minha ideia é que no dia 15 de fevereiro, quando se inicia a sessão legislativa, esse portal já esteja no ar. Mas tem a questão técnica, que foge ao meu alcance. Se me entregarem o portal pronto, a gente coloca no ar já em fevereiro.


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ENTREVISTA Na última legislatura houve uma redução no número de cargos da Mesa Diretora. Isso tem dificultado os trabalhos? Estamos tendo uma certa dificuldade na presidência. O número de cargos que ficou à disposição da parte administrativa da Casa ficou muito reduzido. Mas, de qualquer forma, estamos fazendo todos os esforços possíveis para tudo funcionar da melhor forma possível. Até estrutura de gabinete nós estamos colocando à disposição da administração para a gente não ter maiores problemas.

interna corporis, que cabe aos vereadores. Vai ter o momento que vai acontecer esse embate e será discutido de forma madura e responsável. Maceió hoje tem 21 vereadores, o mesmo número desde a década de 1980. Nós tínhamos 500 mil habitantes e 15 bairros. Hoje nós temos mais de 1 milhão de habitantes, mais de 80 bairros e continuamos com o mesmo número de vereadores. Então eu acho que a gente tem que voltar a discutir isso de uma forma mais madura e passando para a sociedade a discussão como ela deve ser passada.

O número de cargos pode voltar a aumentar? O que tenho falado é que essa lei foi aprovada no fim do ano passado e não passou por uma discussão com a nova legislatura, com os novos vereadores. Isso pode vir a ser motivo de discussão com os novos vereadores. Quem tem que discutir isso é essa nova legislatura. Então vamos discutir se isso é apropriado ou não e se atende às necessidades dos vereadores e da Casa. Nós temos Comissões e vários setores que precisam de assessores para dar suporte ao vereador. Cada gabinete hoje tem dez assessores e a Mesa, como um todo, tem 20 e poucos assessores.

Na legislatura passada houve o chamado “Parlamento na Praça”, quando as sessões da Câmara ocorriam em algum bairro. Isso será mantido? Todo mecanismo utilizado para aproximar a população do parlamento é sempre bem-vindo. O Parlamento na Praça foi uma iniciativa de outras gestões e têm trazido bons frutos. Vamos continuar com ele, sim, mas levando sempre em consideração a questão orçamentária. Temos todo o interesse em continuar com o Parlamento na Praça e até trazer outras novidades, como o Parlamentinho, que é levar para as escolas a discussão do que fazer um vereador, o Parlamento Jovem, o Parlamento Metropolitano... Tudo isso são ações que a gente vai tentar implementar a partir dessa gestão.

Houve falha no processo de mudança de uma legislatura para outra? Não diria falha, apenas acho que esse processo deveria ter sido discutido com a nova gestão, com os novos vereadores. Mas naquele momento o ex-presidente Galba Novaes tinha que atender uma determinação judicial que entendia que a lei que criava os cargos era inconstitucional. Desta forma ele teve que implantar uma nova grade, da maneira que eles discutiram na legislatura passada e, assim, aprovaram a lei. A estrutura física da Câmara é muito precária. Será necessário adquirir um novo prédio? Quem conhece a Casa sabe que o prédio já não atende aos vereadores. Não temos espaço físico para todos os gabinetes, nem para a parte administrativa. Porém tem questões orçamentárias

Para presidente, mudança na lei deixou número de comissionados ligado à Mesa Diretora muito reduzido que precisam ser observadas antes de se iniciar qualquer discussão sobre um novo prédio. Estamos ainda nesse processo de discussão do orçamento e, assim que a gente tiver uma definição sobre isso, vamos começar a traçar o planejamento para os próximos dois anos. Como é que fica a situação dos gabinetes? Os vereadores nem sequer têm gabinete no prédio da Câmara. Os vereadores têm direito a um gabinete locado pela Casa. Os vereadores que solicitaram tem um gabinete fora da Casa, porque infelizmente a Casa não comporta. Aqui só tem espaço para o presidente e para o 1º secretário. Como está sendo o relacionamento com a Prefeitura de Maceió? O melhor possível. Rui [Palmeira, prefeito de Maceió] é um cara muito acessível, um cara correto. Tenho certeza que não vamos ter nenhum problema, nem

agora no começo, nem no decorrer dos dois anos que estarei a frente da Casa de Mário Guimarães. Se os interesses são comuns, não há porque criar problemas. Se ele quer o bem do povo e nós queremos o bem do povo, vamos trabalhar em conjunto. O orçamento tem sido conversado com a prefeitura? O orçamento encontra-se na prefeitura. Quando ele retornar à Câmara, nós vamos iniciar essas discussões. Designar relator especial, abrir prazo para emendar e convocar audiências públicas. É preciso aumentar o duodécimo da Câmara? É uma discussão que nossos técnicos estão levantando. Se for necessário aumentar o duodécimo, eles vão passar essa situação pra gente. E se nós tivermos direito ao aumento, nós vamos brigar pelo que nosso. O senhor é favor do aumento do número de vereadores?

Isso é uma discussão para 2017, não cabe a essa legislatura. É uma discussão que está no campo judicial e o Judiciário é que vai decidir se deve permanecer 21 ou aumentar para 31 vereadores. Para a próxima legislatura a gente vai ter que voltar a discutir isso mesmo porque, daqui pra lá, nós deveremos ter algum estudo do IBGE sobre a população de Maceió. E como foi feito um escalonamento em que o número de vereadores corresponde ao número de habitante, a gente vai ter que voltar a discutir isso. Nesse momento, devemos discutir a qualidade do parlamento, a qualidade das discussões, tentar melhorar a imagem da Casa e dos vereadores com a população. Nesse momento temos que focar nisso para, futuramente, entrar em qualquer outra discussão. Mas já houve decisões judiciais afirmando que essa é uma decisão da Câmara. Isso vai ser discutido? Eu entendo que é uma decisão

Os vereadores têm direito a um gabinete locado pela Casa. Os vereadores que solicitaram tem um gabinete fora da Casa, porque infelizmente a Casa não comporta. Aqui só tem espaço para o presidente e para o 1º secretário”


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10 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JANEIRO DE 2013 GATO FEDERAL

NA MIRA

Ministério Público Federal será multado por irregularidade

Niedja Kaspary nega o uso de “gato” em sua luxuosa casa no Oceanis

Condomínio de Niedja Kaspary é alvo da operação caça-gato Após denúncia do jornal Extra, Eletrobras montou a operação para inspecionar mansões no Oceanis; alvo principal é a mansão da procuradora-chefe da República em Alagoas JOÃO MOUSINHO

joao_mousinho@hotmail.com

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om um ano de atraso, a Eletrobras tomou providências em relação às suspeitas de desvio de energia na mansão da procuradora-chefe da República em Alagoas, Niedja Gorete de Almeida Rocha Kaspary. Há mais de dois anos a chefe do Ministério Público Federal vem pagando a taxa mínima do consumo de energia em sua residência, mesmo morando em uma casa de alto padrão, no condomínio de luxo Oceanis, localizado no Sítio São Jorge, em Maceió. Após a denúncia publicada no jornal Extra no último dia 17 de janeiro - “Procuradora da República é suspeita de usar “gato” de

energia em sua mansão” - várias equipes a serviço da Eletrobras, com oito veículos e uma dezena de técnicos, estiveram na sexta-feira, 18, no codomínio da procuradora-chefe da República em Alagoas. O alvo principal da inspeção foi a mansão de Niedja Kaspary. No dia 23 de janeiro de 2012 uma equipe de inspeção técnica da Eletrobras esteve no Oceanis para desenvolver um programa de exame nos equipamentos de medição das unidades consumidoras do condomínio. Os técnicos da empresa não obtiveram êxito na inspeção na residência da chefe do MPF, realizada no dia 23 de janeiro, ao contrário de outros proprietários da localidade que receberam os pro-

fissionais. Uma segunda visita ficou agendada para o dia 26 de janeiro de 2012 às 8:30h, o que só veio a ocorrer este ano. Os demais moradores se sentiram constrangidos, pois no intervalo de um ano já foram realizadas duas operações caça-gato. As residências tiveram equipamentos instalados para verificar o consumo real de energia e verificar se confere com a conta. Em média os moradores do Oceanis pagam entre R$ 500 e R$ 600 de energia por mês, enquanto Niedja Kásparay consome 100 KWH mês, e paga R$ 45,00. A procuradora encaminhou resposta ao Extra afirmando que “o pagamento das contas de energia é compatível com o consumo da residência.”

Sem habite-se, novo prédio do MPF é multado em R$ 50 mil SMCCU confirma multa e vai aplicá-la na próxima semana; laudo dos bombeiros saiu ‘na marra’ ODILON RIOS

Repórter

A

rauto no combate à ilegalidade, o Ministério Público Federal em Alagoas vai receber, até a próxima semana, uma multa de R$ 50 mil porque o novo prédio do MPF, no bairro do Barro Duro, está funcionando sem o “habite-se”, um dos principais documentos exigidos pela Prefeitura de Maceió. A Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano (SMCCU) confirmou a ilegalidade ao Extra. O procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, esteve em Alagoas na quinta-feira, 24, para inaugurar o prédio e passar pelo vexame de descerrar a placa de uma obra que, simplesmente, não existe e sequer tinha projeto de combate a incêndio. Este documento só saiu após pressão dos técnicos da superintendência. A multa exata, a ser recebida pela chefia do MPF alagoano, é de exatos R$ 49.134,45. O superintendente Neander Teles Araújo, confirmou o caso. “Verificamos que o prédio não tem o habite-se, por isso, ele vai pagar uma multa”, disse. “Sem o habite-se, o prédio não existe”, explicou. Dois técnicos da SMCCU - Paulo Canuto e Galvaci de Assis - explicaram melhor os detalhes da obra. Pela lei, a multa é calculada em 100% do valor do pagamento da taxa à Secretaria Municipal de Finanças. O MPF comprou o prédio de exatos 8.589,66 metros quadrados, que já não tinha o documento. O Blue Tower - local onde já funciona a sede do MPF- foi

erguido em 2003 e tem problemas em sua estrutura. Os defeitos são negados pela chefe do MPF, Niedja Kaspary. Outro técnico, que preferiu não se identificar, mostrou o processo que pede a multa ao MPF. Nele, é possível ver o certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros. “Este documento só saiu porque a gente pressionou muito”, explicou. Há ainda laudos de viabilidade técnica e de acessibilidade. “Está tudo certo até aqui. Falta o habite-se”. O prédio custou R$ 25 milhões. Mas, o histórico dele é assustador. Em 2008, o “prédio azul” abrigou o fórum do Barro Duro em um momento de caos. Após o registro de tremores no fórum, o Tribunal de Justiça determinou o fechamento do local e a transferência para o “prédio azul”. Em novembro de 2009, as reclamações se acumularam. Juízes falavam dos diversos problemas na estrutura: o piso se desprendia, os processos que estivessem no chão mofavam, as salas eram apertadas, desconfortáveis. A Associação dos Magistrados de Alagoas registrava que as salas não tinham acabamento e não havia espaço, sequer, para se colocar as impressoras. “Ocorre que é necessário que se utilize vários computadores e a carga elétrica não suporta”, disse, na época, o presidente da associação, Pedro Ivens. A procuradora Niedja Kaspary nega os problemas e garante o perfei-

to funcionamento do local.


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 18 A 24 DE JANEIRO DE 2013 -

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IMPROBIDADE

Ângela Garrote é presa por desviar R$ 1 mi de prefeitura Atual prefeito de Estrala de Alagoas, Arlindo Garrote, filho de Ângela, é acusado de peculato, falsidade de documento público e formação de quadrilha

A

rlindo Garrote da Silva Neto, atual prefeito do município de Estrela de Alagoas, e mais cinco ex-secretários municipais foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por sete crimes previstos no Código Penal Brasileiro, dentre eles, peculato, falsidade de documento público e formação de quadrilha. Arlindo é acusado de ser o líder de uma organização criminosa que desviou quase R$ 1 milhão dos cofres públicos. Com base nas acusações apontadas pela Procuradoria-Geral de Justiça foram pedidas as prisões de todos os envolvidos no esquema e, atendendo à solicitação do MPE, a presidência do TJ/AL expediu os mandados de prisão, cumpridos pela Polícia Civil. Ângela Garrote está presa e os demais acusados negociam apresentação. As investigações são relativas aos

anos de 2009, 2010 e 2011 e se referem a fraudes em processos licitatórios para obras que deveriam ser executadas para ampliação e melhoramento da infraestrutura da rede viária, das Secretarias Municipal de Saúde, Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Econômico, Obras, Viação e Urbanismo e de Serviços Públicos e Meio Ambiente. “Os pagamentos foram dolosamente manipulados e fraudados, em acintosa afronta às disposições que regulamentam as despesas públicas”, diz trecho da denúncia ofertada pelo procurador-geral de Justiça Sérgio Jucá e subscrita pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do MPE. O prefeito de Estrela de Alagoas, Arlindo Garrote, que à época respondia pelas titularidades das Secretarias

Geral de Governo e da Administração e Finanças, daquela cidade, responde pela acusação de chefiar uma quadrilha que cometeu os crimes de peculato, peculato furto, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, falsificação de documentos públicos, uso de documento falso e formação de quadrilha. Figuram também como denunciados Ângela Garrote, então secretáriageral de Governo; Washington Laurentino, ex-secretário de Administração e Finanças; José Teixeira, à época secretário de Abastecimento e Desenvolvimento Econômico; Djalma Lira, ex-secretário de Urbanismo, Serviços Públicos e Meio Ambiente; e Marcos André, ex-gestor da Secretaria de Saúde. Todos são acusados de desviar R$ 980.798,11 da Prefeitura de Estrela de Alagoas.(Fonte: MPE/AL)

A ex-prefeita de Estrela de Alagoas, Ângela Garrote, e o atual gestor Arlindo Garrote são acusados de improbidade EX-PREFEITO DE SÃO BRÁS É CONDENADO O MPF/AL obteve a condenação do ex-prefeito de São Brás, José Carlos Cavalcante Silva e do empresário Guilherme Fontes por fraude em licitação. José Carlos foi condenado a dois anos e meio de detenção em regime aberto, e Guilherme

Fontes, a dois anos no mesmo regime. Ambos foram beneficiados pelo artigo 44, parágrafo 2º, do código penal, e tiveram as penas substituídas por outras restritivas de direito. Com isso, terão de pagar multa de 10 e oito salários mínimos, respectivamente, além de prestar serviços voluntários durante o prazo das penas. (Fonte: MPF/AL)


12 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JANEIRO DE 2013 ELEIÇÕES 2014

Collor e Vilela usam o vale-tudo para ter prefeitos e Dilma em 2014 Senador e governador mimam gestores públicos e beijam mão de presidente; tudo por uma vaga ao Senado ODILON RIOS

Repórter

Q

uem chegará na frente na cerimônia do beija-mão à presidente Dilma Rousseff? O senador Fernando Collor (PTB) ou o governador Téo Vilela Filho (PSDB)? Divididos por uma eleição - a de 2014 ao Senado - os dois poderosos caciques em Alagoas tensionam o campo político. Cada prefeito é ganho na conversa ou na ameaça. Na Associação dos Municípios de Alagoas (AMA), o PTB collorido mede cada palmo do PSDB vilelista. As reuniões em Brasília anunciadas por Collor tem o “revide” do Palácio República dos Palmares. Encontros também em Alagoas para agradar aos chefes dos executivos municipais, cercados de mimos e antes desprezados pelos dois líderes. E no dia 15 de fevereiro - data em que a presidente da República deve cumprir agenda oficial em Alagoas - a inauguração da primeira fase do Canal do Sertão (veja página 15) é motivo de rinha entre Collor e Vilela. O senador assume que foi ele - quando presidente da República - quem autorizou a execução das obras. E Téo Vilela quer ser o primeiro a abrir a torneira, que correrá pela obra inacabada, com 20 anos de idade e alguns milhões de reais investidos. Ou desperdiçados. “Estaremos aqui com a presidenta Dilma Rousseff, todos nós alagoanos, quando ela irá entregar os primeiros 65 quilômetros do Canal do Sertão, obra iniciada no meu governo e que ficou durante oito ou dez anos paralisada”, disse Collor. “E tive a satisfação também de, quando eleito senador, solicitar ao presidente Lula que retomasse as obras do Canal do Sertão – o que ele prontamente fez, determinando sua inclusão nas obras do PAC”, emendou.

“Esse é um momento dificílimo, que exige unidade e compromisso”, disse o governador, na AMA. “Estamos vivendo uma crise grave, uma crise grande, onde Estado e Municípios estão sofrendo com o estreitamento das receitas. A desoneração do IPI, a desativação da CID, a redução do preço da energia, a questão dos royalties, tudo isso tem prejudicado a arrecadação nacional e a arrecadação dos estados e municípios”, lapidou Vilela, ao dramatizar a penúria das cidades, que só existe para os moradores. O luxo costura os gabinetes dos prefeitos, chorando em lenços de ouro. Discursos diferentes, todos para agradar aos donos de currais eleitorais. Na próxima semana, os prefeitos terão encontros com técnicos do Ministério da Integração Nacional. Programação arregimentada por Collor nos gabinetes de Brasilia. “Fomos para verificar in loco a situação pela qual estão passando. Foi após essa viagem que eu liguei para o ministro Fernando Bezerra [da Integração Nacional] e ele prontamente me atendeu, marcando a audiência”, diz Collor com gestos presidenciais. Uma semana depois - 4 de fevereiro - é a vez do governador. Vai chamar os secretários para afiar os bigodes com os gestores no hotel Radisson, um dos mais luxuosos de Maceió. Até ajudar a retirar as cidades do cadatro de devedores - o Cauc, que impede o recebimento de algumas verbas públicas - Vilela quer destravar. Vale tudo para ter mais “interação e sinergia”, como querem os palacistas. CANAL-PROBLEMA Mas nada se compara, na disputa por cada palmo de Alagoas, ao Canal do Sertão, a maior e mais problemática obra hídrica do Estado. Tudo começou em dezembro, quando Dilma falou do Canal no seu

Collor e Vilela disputam o apoio dos prefeitos com vistas às eleições de 2014, quando os dois brigarão pela única vaga no Senado programa semanal, Café com a Presidenta. De acordo com ela, o Canal, quando estiver pronto, vai ajudar a resolver a seca em Alagoas. E disse que a obra vai continuar a receber recursos federais. “Obras como essas e como as obras da transposição do Rio São Francisco preparam o Semiárido para enfrentar em melhores condições as próximas estiagens”, disse a presidente. O Canal do Sertão começou a existir em 1992, antes de Collor receber o impeachment. De lá até hoje, se não existisse fiscalização, o Canal seria concluído com tanto dinheiro a mais que daria, praticamente, um outro nas mesmas dimensões. Para se ter uma ideia do tamanho das irregularidades em dois contratos e cinco editais analisados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), se todo o dinheiro a mais empregado na obra fosse usado para a construção de casas populares, seriam 70.860 famílias morando debaixo de um teto novo em folha. Ao todo, as irregularidades detectadas pelo TCU somam R$ 2,1 bilhões. Em números redondos: R$ 2.125.825.704.48. Quase 1/4 da dívida pública de Alagoas - hoje na casa dos

R$ 8 bilhões. Segundo o TCU, o Canal do Sertão alagoano tem custo global estimado em R$ 2,4 bilhões. O TCU detectou, nestes cinco contratos, sobreço na obra, nos contratos, preços excessivos diante do mercado em alguns produtos usados na construção. E o pior: superfaturamento. Somente trechos do Canal foram liberados. Ano passado, o Governo autorizou o inicio do trecho de número 3 - dos quilômetros 64,7 ao 93. Para a obra, o Governo contratou 1,7 mil pessoas - 300 delas só para a construção da primeira etapa deste trecho. Em outros trechos, houve muita negociação, com o TCU. Ficou acordado que o Governo faria uma poupança com um seguro de R$ 66,1 milhões (exatos R$ 66.109.998,86), depositados nas contas da União. O montante serviria como uma espécie de seguro anticorrupção para cobrir gastos em eventuais irregularidades. A desconfiança existe por causa do histórico da obra. São três grandes contratos investigados pelo tribunal: o 03/92, com indícios de superfaturamento e valores ainda não apurados; o 01/93, com superfaturamento de

exatos R$ 66.109.998,86; e o 10/2007, com indícios de sobrepreço, com valores ainda não apurados. Este último contrato, chamado pelos técnicos de “contrato dez”, abrange os km 45 a 67,5 e custa R$ 147.993.151. Desde a assinatura da ordem de serviço do canal, em 23 de julho de 1993, até hoje passaram pelo projeto seis governadores. Naquela época, a obra custava “quatrilhões” de cruzeiros ou uma cifra de 15 números: Cr$ 1.058.325.110.753,20. Hoje, a estimativa é de R$ 2 bilhões. A moeda mudou, os governadores e os presidentes passaram, mas o fim do projeto é um mistério sem solução. Os problemas com o Canal do Sertão, segundo o TCU, foram causados por causa da conversão de moeda, na implantação do plano Real. Os preços foram convertidos para mais, gerando indícios de sobrepreço. Ainda não se pode dizer que alguém embolsou dinheiro com a obra. Um destes indícios de superfaturamento se refere à escavação para a construção do canal. Valores não foram revelados. Uma análise minuciosa dos técnicos descobriu que até o preço da brita ficou maior na conversão para o Real. O comparativo do preço da escavação é feito com o Sistema de Custos Rodovários (Sicro). É uma espécie de modelo: o Sicro é usado na construção de estradas. Na lista dos custos do canal, há detalhes ainda como dinamites, jazidas tanto para despejo da terra como para captação de barro. O tamanho das irregularidades da obra, no TCU, pode ser visto no processo: são 56 volumes, mais de 10 mil páginas. A obra prevê a construção de um dique de 250 km de extensão entre as cidades de Delmiro Gouveia e Arapiraca, levando água do rio São Francisco para 42 municípios ou mais de 900 mil pessoas.


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SEM ÁGUA

Adiada, mais uma vez, a inauguração do Canal do Sertão

Presidente Dilma preferiu acompanhar votação para presidência do Senado MARIA SALÉSIA

sallesia@hotmail.com

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sertanejo terá que esperar até meados de fevereiro, se a data mais uma vez não for adiada, para ver inaugurados os 65 Km de obras do Canal do Sertão. É que o plano de a presidenta Dilma Rousseff (PT) vir a Alagoas no final desse mês para fazer o líquido jorrar foi de água a baixo. Ela preferiu ficar em Brasília para assistir a votação para presidência do Senado, dia 1º de fevereiro. Segundo informações, a presidente alegou incompatibilidade de agenda. Para relembrar, até agora, já foi investido na obra cerca de R$ 1 bilhão. Enquanto esse dia não chega, milhares de sertanejos vivem a maior seca dos últimos 40 anos. Mas, o governador Téo Vilela não arreda o pé e faz questão da presença de Dilma na inauguração da maior obra hídrica em atividade no Brasil, já que a transposição do Rio São Francisco está suspensa. Em sua totalidade, 42 municípios alagoanos serão beneficiados. Porém, segundo o secretário de Estado da Infraestrutura, Marco Fireman, os trechos que serão inaugurados passam pelos municípios de Delmiro Gouveia, Pariconha e Água Branca, na divisa com Olho D’Água do Casado, mas beneficiará também os municípios mais próximos. Somente nestes quatro municípios, mais de 105 mil alagoanos serão

beneficiados com maior facilidade no acesso à água. “A inauguração dos primeiros 65 quilômetros vai ser fundamental para as ações emergenciais de combate à seca no Sertão. A água vai facilitar, por exemplo, o abastecimento de carros-pipas e o uso difuso da água, por meio de bombas flutuantes utilizadas pelo comitê de enfrentamento à seca”, esclareceu Fireman. Segundo ele, os projetos dos dois primeiros perímetros de irrigação do Canal já estão sendo licitados pela Codevasf e a Seinfra se prepara também para licitar a obra de integração do Canal com o sistema adutor do Alto Sertão, cujos recursos foram garantidos em dezembro pelo Ministério da Integração Nacional. Quanto a previsão para conclusão de outras etapas, o secretário afirmou que os dois primeiros trechos, até o km 65, já estão concluídos e aguardam apenas a conclusão das obras de eletrificação que estão sendo finalizadas pela Eletrobras para entrar em operação. Já o terceiro trecho vai até o km 93 e já tem recursos garantidos até o km 78. “As obras estão em pleno vapor, com cerca de 1,5 mil trabalhadores envolvidos, e a previsão é de conclusão até 2014.” Fireman disse ainda que os projetos dos dois trechos seguintes, até o km 150, também já estão licitados e contratados e o governo aguarda apenas a garantia de recursos federais para dar início

Marco Fireman diz que as obras estão em pleno vapor, com cerca de 1,5 mil trabalhadores envolvidos, e conclusão deve ser até 2014

Lentidão: dos 250 km prometidos, apenas 65 km foram concluídos

I às obras. Vale ressaltar que até agora já foi investido cerca de R$ 1 bilhão nas obras, incluindo os serviços do terceiro trecho. Para construir o Canal até o km 150 serão investidos mais R$ 1 bilhão. Já os recursos necessários para os trechos finais serão determinados quando os projetos forem concluídos. O Canal do Sertão é a maior obra de infraestrutura hídrica de Alagoas e uma das maiores do Nordeste. O projeto vai beneficiar 42 municípios e mais de um milhão de alagoanos, levando água para a população sertaneja que hoje sofre com a seca, melhorando a qualidade de vida da população e desenvolvendo a economia regional, contribuindo também para a redução do êxodo rural no Sertão. É esperar para que não fique só na promessa.

niciado em 1992, na gestão de Fernado Collor de Mello na presidência da República, o Canal do Sertão teve sua obra paralisada pelo menos por 10 anos por falta de estudos técnicos que garantisse sua viabilidade e retomando apenas em 2002. Questionado porque após mais de 20 anos apenas um pequeno trecho foi concluído, o secretario Marcos Firman afirmou que quando o governador Teotonio Vilela assumiu o governo, o Canal do Sertão contava apenas com a estação elevatória construída. “Vinte anos atrás, o Canal do Sertão era apenas um sonho, sem nenhum recurso viabilizado para sua execução. Os recursos começaram a aparecer no governo de Fernando Henrique Cardoso, mas a obra só avançou mesmo quando foi inserida no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), no início da gestão do governador Teotonio Vilela, em 2007” e acrescentou que o Canal do Sertão tem avançado e já são 65 km concluídos, além de mais cinco quilômetros

com obras avançadas e obras integradas sendo licitadas. “É uma evolução inquestionável, especialmente se tratando de um projeto com este porte.” Para ele, o maior desafio será manter o ritmo dos trabalhos e viabilizar recursos e projetos para chegar ao ponto final do Canal, no km 250. Outro grande desafio será a gestão do Canal. E neste questionamento, Fireman esclareceu que nenhuma irregularidade foi encontrada ao longo da execução desses 65 quilômetros que serão inaugurados a ponto de não haver nenhuma interrupção nas obras do Canal desde 2007. Segundo ele, o que houve foram questionamentos do TCU, mas todos respondidos e, além disso, foram dadas as garantias de preservação do erário. Quanto ao gerenciamento da água, a Semarh (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) irá contratar uma empresa especializada para realizar serviços como bombeamento e segurança.


16 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JANEIRO DE 2013 SECA EM ALAGOAS

MARCELO BELTRÃO:

“Vamos levar inúmeras pautas de reivindica Novo presidente da Associação dos Municípios de Alagoas defende união do Nordeste para solucionar o caos crônico da seca JOÃO MOUSINHO

joao_mousinho@hotmail.com

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ngenheiro por formação, especialista em gestão pública, esse é o prefeito de Jequiá da Praia, o novo presidente da Associação dos Municípios de Alagoas (AMA), Marcelo Beltrão, eleito essa semana para ocupar o lugar de Palmery Neto. Mais um consenso realizado entre prefeitos e caciques políticos de Alagoas elegeu o comandante da AMA para o próximo biênio, que tem

como vice Jorge Dantas, prefeito de Pão de Açúcar. Com 83 votos dos 98 possíveis, Beltrão mostrou o bom trânsito nos mais diversos setores da política do Estado. A importância dos prefeitos para eleição de 2014 valoriza o potencial de cada município no mapa dos votos. A concorrida sessão de posse na segunda-feira, 21, contou com a presença do governador Teotonio Vilela Filho, dos senadores Fernando Collor de Mello e Benedito de Lira. O deputado federal Renan Filho es-

teve presente na solenidade, assim como dezenas de prefeitos. Marcelo Beltrão tem uma carreira política curta, mas “sempre tive êxito por onde passei, pois sou discreto, procuro estudar e entender das coisas para fazer o melhor”, foi assim que se definiu durante entrevista exclusiva ao jornal Extra, um dia após sua posse. O presidente da AMA já foi diretor administrativo da Ceal em 1996, secretario de Educação em Coruripe e no ano de 2000 se aventurou, com o respaldo do trabalho

na pasta da cidade do litoral sul, como vereador, logrou êxito e se tornou o parlamentar mais votado daquele ano. Após o período na Câmara de Coruripe optou pela não candidatura à reeleição e foi coordenar a campanha de Március Beltrão, em Penedo. O convite para permanecer na pasta da Educação estava mantido e assim o fez, até o início do primeiro mandado do prefeito Marx Beltrão, em Coruripe. Quando Jequiá deixou de pertencer a Coruripe e São Miguel dos

Campos e passou a ser município o nome de Marcelo foi cogitado para disputa do executivo, devido a sua identidade com a localidade. Em 2006, o atual presidente da AMA foi o primeiro prefeito eleito de Jequiá e reeleito em 2012. O trabalho frente ao caçula dos municípios alagoanos e a tradição da família na política levou Marcelo para o posto que ocupa hoje. Veja os principais trechos da entrevista com o presidente da AMA: Jornal Extra – Na sua visão qual o principal investimento de


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ções ao ministro da Integração” demais, mas não houve compensação para as percas. A contrapartida disso aí só dos municípios. Quem está segurando essa crise é a região Nordeste. Teria que haver uma medida compensatória para a gente recuperar isso. A luta por um FPM justo continua na pauta da AMA? MB – Com certeza. Vamos nos encontrar com Paulo Ziulkoski (presidente da Confederação Nacional de Municípios) em Brasília e vamos marchar força juntos. A ideia é que se faça uma frente de prefeitos, assim como estamos fazendo em Alagoas, vamos tentar fazer com outros estados que estão na mesma situação que a nossa, o Nordeste todo praticamente. Segundo a CMN mais de 3 mil municípios sofrem com essa crise. Vamos em busca de me-

Novo presidente da AMA, Marcelo Beltrão, ressalta a importância dos municípios se unirem contra seca um município? Marcelo Beltrão - Na minha opinião a educação resolve os problemas a médio e longo prazo. Eu acho que é um caminho que todos os prefeitos deveriam seguir. E a saúde sempre é a bandeira de qualquer campanha política, mas que deve ser colocada em prática. Essencialmente essas duas pastas (Educação e Saúde) deve ter a prioridade de cada governo, seja ele municipal, estadual ou federal. O caos da seca atinge cerca de 40 municípios de Alagoas. Como resolver, minimizar esse problema? MB – Hoje temos 98 prefeitos filiados a AMA, vamos governar junto com os prefeitos. Hoje nós temos um coordenador nessa questão da seca que é o prefeito de Belo Monte, Avânio Feitosa. Na festa de Bom Jesus em Penedo eu tive a oportunidade de falar com o senador Renan, o senador Collor

e eles mostraram preocupação pela situação que os municípios estão passando. Após a conversa prontamente o senador Fernando Collor conseguiu uma audiência com o ministro Fernando Bezerra, da Integração Nacional. A audiência com o Ministro é dia 29 de janeiro e vamos levar até a ele pautas de reivindicações, problemas em comum, que deve ser resolvido em bloco, à seca é um deles. Quando o pedido é de muitos o nosso poder de barganha aumenta e só assim vamos conseguir as melhorias para Alagoas e o Nordeste. Vamos agir assim com todos os problemas, vamos agir em bloco. Saúde é outro grave problema dos municípios alagoanos. MB – A intenção é consorciar ações de saúde. Por exemplo, na semana passada eu estava aqui na AMA com cerca de dez prefei-

tos, pois um bloco de municípios se unindo fica mais forte. Jequiá nesse modelo fará parte dos municípios da região sul, que tem mais de 300 mil habitantes. Como isso funcionará? MB – Ao invés de um município pequeno comprar uma quantidade de remédio eles se juntam e fazem uma grande compra. Isso reduz o custo e ajuda toda a população, que não vai ficar sem o medicamento desejado. Comprar serviços também é outra boa ideia em compras coletivas: ressonância, tomografia. A grande questão é otimizar recursos devido a crise que estamos (prefeituras) enfrentando. Crise é devido à redução do FPM? MB – Concordamos com as medidas de proteção da economia da presidente Dilma, mas o município não pode pagar a conta. Isentou o IPI, bom, bom

didas compensatórias, não pode continuar do jeito que tá. Temos aumentado as despesas e a receita só vem diminuindo. Alguns municípios têm decretado estado de emergência administrativa. Isso vem gerando polêmica. Qual a sua posição sobre tais situações? MB – A AMA cabe orientar em quais casos cabe o estado de emergência ou não. O fato de deixar as contas zeradas de um ano para o outro não é fora da lei. Fora de lei é você deixar devendo e não ter recursos para pagar a dívida deixada. O decreto de emergência a AMA pode sim orientar, antes do prefeito decidir, mas a autonomia de cada prefeito deve ser respeitada.


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PEDROOLIVEIRA pedrojornalista@uol.com.br

Quando 100 dias não bastam

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ão sei de onde saiu essa idéia de que a primeira avaliação de qualquer governo é feita ao completar 100 dias, mas sempre é assim que acontece. Acho muito pouco para esse tipo de avaliação e no caso concreto da prefeitura de Maceió considero pouquíssimo. O estado de desorganização, irresponsabilidade e sucateamento da máquina pública é o retrato deixado pela Administração Cícero Almeida. Quem procura tomar conhecimento da situação chega à nítida conclusão de que nada está em seu devido lugar. Tenho conversado com integrantes da equipe de Rui Palmeira e tive acesso a alguns números e documentos. É de estarrecer! Confesso que nunca tinha tido conhecimento de tanta desorganização e ações contrárias aos princípios que devem nortear a administração, principalmente nos quesitos moralidade e legalidade. Na minha visão ao deixar o cargo de prefeito e diante da hecatombe que destruiu não só o patrimônio, mas também qualquer indicio de gestão organizada e em condições de funcionar, ele e a maioria de seus auxiliares deveriam ter sido transferidos imediatamente para um presídio de segurança máxima diante do risco iminente de fuga para não cumprir as penas que certamente lhes poderão ser impostas, pelo menos se o Ministério Público e o Judiciário acordarem para os papéis que lhes cabe de defesa dos interesses da comunidade. Mas ai pode acontecer de tudo. Inclusive nada. Os casos de irregularidades na administração anterior são alarmantes, as fraudes, as contratações dirigidas, os desvios do dinheiro público são flagrantes que saltam aos olhos de qualquer leigo com o mínimo conhecimento do processo legal. Os novos gestores têm trabalhado diuturnamente a procura de pelo menos por ordem na casa para que possam fazer a máquina administrativa funcionar. Não tem sido fácil, pois a cada auditoria uma descoberta de um rombo, o surgimento de atos processuais em desacordo com e lei e com a moral, a cada levantamento a constatação de que durante oito anos transformaram a administração pública de Maceió em um bordel de quinta categoria. Ao completar os 100 dias de gestão Rui Palmeira e sua equipe não precisam ainda mostrar números de grandes avanços nas áreas vitais e que estão sendo cuidadas agora com seriedade e responsabilidade, mas têm a obrigação de perante a sociedade escancarar as letras e os números de uma administração que destruiu a cidadania e implantou na capital alagoana o exercício da tolerância com o sujo e a putrefata maneira de governar apenas para alguns. Nota: Ao fechar a coluna tomei conhecimento que o prefeito Rui Palmeira faz o primeiro anúncio do caos administrativo na próxima terça feira em entrevista coletiva. Vamos aguardar.

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Para refletir:

“O Fórum Permanente de Combate às Drogas fará campanha educativa para combater o uso de álcool e drogas durante o carnaval alagoano”. (Pronto: institucionalizou-se o carnaval dos abstêmios)

A imoral mordomia dos coturnos

Tudo por um cargo

Uma resolução do Superior Tribunal Militar (STM) determina que os ministros que forem transferidos para a inatividade remunerada, quando completam 70 anos, terão direito a receber, a título de ajuda de custo, quatro vezes o valor do subsídio de ministro em vigor na data da inativação, que, até dezembro do ano passado, era de R$ 25.386,97 mensais. A portaria é retroativa a 10 de agosto de 2011 e beneficiou diretamente o general de Exército Renaldo Quintas Magioli, que se aposentou em 27 de agosto daquele ano, e o também general de Exército Francisco José da Silva Fernandes, que se retirou em 4 de outubro do ano passado, ou seja, um mês após a portaria. Cada um deles recebeu, como ajuda de custo, R$ 101.547,88, segundo informou a assessoria de imprensa do próprio Superior Tribunal Militar. O benefício é pago somente aos militares e independe do local onde o aposentado vai viver - se ele continuar morando em Brasília, sede do STM, mesmo assim receberá a verba. Será que esta turma de malandros não percebeu que a perversa ditadura dos coturnos foi banida de nossa democracia?

No Brasil é assim: o cara não tem nenhum preparo técnico ou intelectual, não sabe nada de noções de economia, administração ou finanças, mal sabe fazer uma conta de somar e por conta de negociata política é indicado para ocupar um cargo no conselho do BNDES. O pior é para nós alagoanos que sofreremos o constrangimento de uma patética e ridícula presença em um plenário qualificado no qual certamente será ridicularizado. Só que o cara é tão ávido por um cargo, um emprego, depois de rejeitado três vezes nas urnas, que aceita se submeter e também a todos nós a um papel vergonhoso. Espera-se o bom senso de que não seja nomeado.

Buscando holofotes Ao que parece o juiz Geraldo Amorim e o promotor José Antonio Malta Marques, ambos da Vara Criminal da Capital estão mesmo dispostos a disputar espaço na mídia. Insistem em ouvir o depoimento do médico Paulo Medeiros que no julgamento dos supostos matadores do seu filho fez um desabafo emotivo e perfeitamente racional. Quem deveria responder a indagações da sociedade e prestar informações ao pai do jovem assassinado covardemente eram exatamente os que estão pretendendo ouvi-lo. A família de Fábio Acioli, esta sim, nunca teve uma resposta convincente do aparato estatal sobre a morte do jovem. Se o juiz e o promotor começarem a ouvir as pessoas que pensam da mesma maneira que o médico Paulo Medeiros se aposentarão na compulsória e não concluirão as oitivas.

Tem que paparicar Alguns tucanos despreparados para a relação republicana institucional ficam de cara amarrada diante do tratamento cordial dispensado pelo governador Teotônio Vilela com a presidente Dilma Rousseff no que é retribuído gentilmente. Lula e Dilma sempre dispensaram uma atenção especial e há quem me garanta que torceram pela vitória do governador na última eleição (quem me disse não é alagoano e priva da intimidade do casal ex-presidente). Teotônio fazendo um governo respeitado e acreditado em Brasília tem trazido dividendos muito positivos para Alagoas. Somos um estado pobre e dependente da boa vontade da União. Por que não paparicar?

Fazendo a coisa certa Em decisão acertada sobre a qual cobrei na semana passada o Tribunal de Contas enfim resolveu alertar para a epidemia de “situação de emergência” adotada por várias prefeituras do interior sob a alegação de “caos administrativo” provocados por gestores que deixaram os cargos em 1 de janeiro. A medida exige cópias dos decretos, pareceres jurídicos e de todos os contratos firmados após a decretação do estado de emergência, além dos processos de dispensa de licitação. Apenas isto não basta. Por outro lado o Ministério Público através do coordenador do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, José Carlos Castro, garantiu que os promotores dos municípios irão investigar as causas dessas “emergências”. É bom, porém ainda é pouco, pois os promotores não têm conhecimento técnico para detectar alguns “ pulos de gatos” próprios dos prefeitos sabidinhos e seus “ escritórios de aconselhamento “. Não seria o caso de uma “força tarefa” do TCE e MP verificando “in loco” cada município para demonstrar aos novos administradores o caminho legal e moral da Gestão Pública?

No pé do ouvido Se os novos gestores da Saúde de Maceió se dispuserem a “calçar as sandálias da humildade” e escutarem um pouco do muito que sabe a vereadora Heloisa Helena ( uma especialista estudiosa) sobre o assunto, tenho certeza que a população sairia ganhando.


20 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JANEIRO DE 2013 CAOS NA SAÚDE

Superlotação da maternidade Santa Mônica provoca auditoria Todos os leitos da maternidade continuam ocupados MARIA SALÉSIA

salésia@hotmail.com

O

problema de superlotação na maternidade escola Santa Mônica, em Maceió, não é novo. Mas, o nascimento de uma criança na porta daquela unidade de saúde na segunda-feira, 21, tornou-se notícia nacional e causou indignação de familiares de gestantes e da população em geral que assistem o caos há anos. Dessa vez, o secretário de Saúde do município, João Marcelo Lyra, informou que será feita uma auditoria a fim de evitar o fechamento de maternidades da rede credenciada durante o final de semana. A medida busca não sobrecarregar a maternidade Santa Mônica . Outra providência será a abertura de 26 novos leitos no Hospital do Açúcar, no bairro do Farol e com previsão de que fique à disposição das gestantes na capital alagoana cerca de 50 novos leitos. A informação é que técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vão ainda visitar as Maternidades Paulo Netto e De-

nilma Bulhões para saber qual a situação das instituições para reabrir leitos fechados nesses locais e atender a demanda de gestantes pelo SUS, em Maceió. Vale ressaltar que a Maternidade Paulo Netto, que fica situada no Centro de Maceió, possui 60 leitos e sua reabertura é uma medida a curto prazo. Já a Maternidade Denilma Bulhões, localizada do Tabuleiro do Martins, possui dez leitos para gestantes. Segundo informações da assessoria de comunicação da

Santa Mônica, todos os leitos da maternidade continuam ocupados, mas já vem conseguindo dar destino aquelas pacientes que são de baixo risco ao transferi-las para outros hospitais. Um agravante para a superlotação é que gestantes mesmo de baixo risco que vem do interior do Estado procuram a Santa Mônica. Foi o caso da mãe que teve o bebê no início da semana na porta da maternidade. Nesse caso, como era de baixo risco, mãe e filho já tiveram alta.

Por se tratar de uma instituição que cuida de parturientes de alto risco, algumas pacientes chegam no sexto e sete meses de gestação e só saem quando o bebê nasce. Mas a maternidade atende ainda gestantes de médio e baixo risco, o que provoca a superlotação. A direção da Santa Mônica reclama que a superlotação é resultado do fechamento de outras maternidades de Maceió durante os finais de semana, como a Santo Antônio, Nossa

Senhora de Fátima e Alerta Médico. Com agravante das maternidades Paulo Neto e São Rafael estarem fechadas. Para se ter uma ideia dos caos, no fim de semana passado 150 grávidas deram entrada na maternidade. Na noite de domingo, 20, havia 40 pacientes na triagem, mas só foram transferidos quatro delas para outra unidade de saúde. Na verdade, a situação na Santa Mônica melhorou, mas está longe de ser uma maternidade modelo.


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JANEIRO DE 2013 -

21

ARTIGOS

Dicionário Aurélio JORGE MORAIS jornalista

O

Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, 7ª edição, atualizada de acordo com o novo Acordo Ortográfico, traz os significados de mais de 30 mil verbetes e locuções. Entre esses, palavras que não podem ser empregadas para todo mundo ou em todo lugar. Exemplos: Apropriar (apropriação) – Tomar como seu; tomar como próprio; conveniente, adaptar, apoderar-se. Indébita – Que não tem razão de ser; improcedente; não devido. Outra palavra muito forte no Aurélio é: Golpe – Dar golpes em...; manobra para lesar outrem. Não menos forte é a palavra: Mentiroso – Que mente; oposto a verdade; falso; loroteiro; potoqueiro; enganador. Traição – Ato ou efeito de trair; desleal; enganar; ser infiel. Confian-

ça – Segurança íntima de procedimento; crédito, boa fama; bom conceito. Sincero (sinceridade) – que se expressa sem intenção de enganar; verdadeiro; autêntico. Transparente (transparência) – Evidente, claro, óbvio. As primeiras palavras exemplificadas podem muito bem ser aplicada a Federação Alagoana de Futebol, que terminou o ano de 2012 e ficou devendo os repasses dos jogos do Campeonato Alagoano de Profissionais e da participação do CRB no Campeonato Brasileiro, Série B, de acordo com lei aprovada pela Câmara de Vereadores de Maceió, em 3% da renda líquida para a Associação dos Cronistas Desportivos de Alagoas. E por que essas palavras podem ser aplicadas a FAF? Porque o presidente da entidade, Gustavo Feijó, prefeito de Boca da Mata, em entrevista ao Cada Minuto disse que não vai liberar a verba, porque precisa de um encontro de contas, já que a federação andou fazendo o repasse errado, em 2012. Disse que não confia em mim e que senta com uma comissão para acertar as contas. Já confidenciou, inclusive, que quer acertar tudo com o novo presidente, companheiro Jorge Lins, elei-

to e aclamado na 2ª feira, 21. Primeiro quem não tem coragem de sentar com o Gustavo Feijó sou eu. Questão de confiança mesmo. Segundo, entre as palavras do Dicionário Aurélio, GOLPE, é o que o presidente da FAF aplicou na ACDA. Explicação: Quando ele diz que, em 2012, fez repasse errado, porque a Lei é Municipal (Maceió), e houve descontos de jogos no interior alagoano, pode até ser verdade. Só que o prefeito esquece ou faz questão de esquecer que, qualquer mudança quanto à transferência da temporada passada, tem que ser por meio do Conselho Arbitral. Dos descontos das rendas do ano passado, só os dirigentes, por unanimidade, poderiam modificar a forma de transferência do dinheiro. Sabe por quê? Porque, o desconto foi aprovado na reunião dos dirigentes na FAF sobre a fórmula de disputa e valores que deveriam ser cobrados e repassados para as entidades. Portanto, não é o “poderoso” prefeito Gustavo Feijó quem tem o poder de decidir o que pode ou não pagar. Quando ele deixou de descontar do borderô dos jogos do ASA, no Campeonato Brasileiro da Série B, em 2012, na ci-

dade de Arapiraca, o percentual de 3% da ACDA, a entidade não questionou nada, porque sabe que a lei é para ser aplicada, em Maceió. Por isso, a apropriação indébita cometida pelo presidente da FAF, ela existe. A prova é tanta do que estou dizendo que, em 2013, Campeonato Alagoano de Profissionais, o percentual não está sendo descontado nos jogos do interior, sem qualquer questionamento, porque, assim, foi decidido no arbitral dos clubes, por interferência e desejo do Gustavo Feijó, que não age dentro do princípio da confiança, sinceridade e transparência. Todos esses pontos levantados e muitos outros estão entregues, documentalmente, ao advogado da ACDA, Dr. Davi Beltrão. Agora, o problema não é mais meu, é da justiça e da nova diretoria da entidade, e que o Feijó vá lá se defender das denúncias, inclusive sobre a Conta-Corrente do CRB na federação como despesa de jogo, o que é ilegal. Quanto a mim, não houve qualquer prejuízo. O prejuízo causado pelo Senhor Gustavo Feijó foi para com a crônica esportiva, que, mesmo assim, sobreviveu e cumprimos as nossas obrigações e nossos compromissos.

ra mar, tendo, inclusive, interditado dois “quiosques” existentes na Avenida Silvio Viana e que ficam localizados logo após a barraca “Pedra Virada”. Nesses quiosques eram vendidos sorvetes, água de coco, água mineral e outras coisas mais, que de nada incomodava e até colaborava com os turistas e os moradores e caminhantes sedentos. Esses quiosques estão desativados e servindo de abrigo para desocupados, usuários de drogas e prostituição. São também, cobertos de palha e correm o risco de incêndio. É necessário que voltem a funcionar normalmente, com uma cobertura apropriada ou que sejam removidos para outro local, afinal, faz aproximadamente dois anos que os mesmos estão abandonados e sem nenhuma serventia. Com a palavra o Ministério Público Federal. E por falar em palhas, as palhas dos coqueiros que ficam na Avenida Silvio Viana, no espaço que é destinado ao lazer das crianças e da população, estão secas, amareladas e caindo, podendo causar um acidente nas crianças, nos pais e nas

pessoas que ali freqüentam para se divertirem e ouvirem a Banda da nossa briosa Polícia Militar tocar aos domingos. Já se transformou em um ponto de atração turística, sendo, inclusive, interditada aos domingos pela Prefeitura que sempre esteve atenta para a poda dessas palhas de coqueiros e para a retirada dos cocos, os quais representam um perigo para as crianças que ali brincam inocentemente. Outrossim, a Prefeitura de Maceió precisa, urgentemente, colocar um sinal de trânsito naquela artéria, mais precisamente em frente a barraca Pedra Virada e a banca de revista Versalles,eis que, a SMTT há muito tempo pintou uma faixa para a passagem de pedestres, que não é respeitada pelos motoristas que passam em alta velocidade. Já houve atropelamentos e mortes naquele trecho que serve de travessia para os moradores dos edifícios da Avenida Silvio Viana, localizados em frente aos coqueiros. A prudência, sendo mestra, guiando a coragem, é a melhor armadura das que forram guerreiros. – Coelho Neto.

As barracas das praias de Maceió SEBASTIÃO PALMEIRA

Advogado Criminalista, Procurador do Estado e Diretor Geral da SEUNE.

A

multidão que lotava a orla marítima de Maceió, composta por inúmeros turistas que visitavam a nossa cidade, foi surpreendida logo após o belíssimo espetáculo da queima de fogos de artifício, por um incêndio de grandes proporções na barraca “Camarão Pimenta”, coberta de palhas secas e que fica em frente ao Hotel Ponta Verde. O pânico, a correria das pessoas, a fumaça negra, praticamente anularam o brilho das comemorações e o ânimo das pessoas que saudavam calorosamente a chegada do novo ano. Ironicamente, havia uma faixa na barraca em chamas com a seguinte inscrição: “Passe o seu Réveillon aqui.”

Em verdade, ao invés do estouro de champagne, ouviam-se as explosões do incêndio. Foi um Réveillon de fogo. Essa não é a primeira vez que acontecem incêndios nas referidas barracas. A palha é própria para a combustão e o incêndio, eis que, vivemos em uma cidade tropical, cujo sol e a temperatura atingem o ponto máximo nessa época do ano. Já é tempo de as autoridades constituídas e responsáveis por este setor, adotarem a padronização de todas as barracas da orla marítima, substituindo-se a cobertura de palhas por outro tipo mais adequado e que não ofereça esses perigos de incêndios. Basta de fogo! Basta de explosões! Essa fuligem exalada dessas queimadas prejudica a população, o meio ambiente e causa enormes prejuízos aos nossos turistas que levam uma imagem negativa da nossa terra. O incêndio aconteceu em frente a dois hotéis de luxo da nossa Capital, o Maceió Mar Hotel e o Hotel Ponta Verde. O Ministério Público Federal, segundo me informaram, é responsável pela fiscalização dessas barracas instaladas a bei-


22 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 18 A 24 DE JANEIRO DE 2013

S.O.S.ALAGOAS CUNHA PINTO

Novo ninho?

J

O deputado Antônio Albuquerque somou simpatia no artigo que assinou, publicado pelo Extra, edição anterior. Ele saiu de um longo silêncio focando um lado ruim da vida que alcançou até os seus familiares. O texto analisado por leitores (não confundir) define a política como um “ninho de cobras.“ É onde o justo também paga pelo pecador.

Na Assembléia Legislativa conversa envolve deputados apostando na possibilidade de haver replay em 2014. No caso aliança que deu sustentação a Ronaldo Lessa e Fernando Collor nas eleições em Maceió, ano passado. Os dois ainda pontuam no ranking como “cciques” e bons puxadores de votos no Estado.

Uma atenção

Não é cedo o cidadãos se perguntar quais chances prefeitos que concluíram mandato com ações de improbidade na Justiça serem julgados? Busca por resposta tem base na confiança da lei do ficha limpa para as eleições de 2014. Em especial as de presidente e governadores.

SMTT nas ruas? Motoristas tiveram momentos de “deus nos acuda” na semana passada devido a insistência de ignorar placas de trânsito, dirigir sem documentos e não atenção à lei que faz doer no bolso do “se dirigir não beba.” O pedestre gostou,

Vai vingar a união de Teotônio Vilela com Thomaz Nonô ou Téo se candidata ao Senado apoiando Benedito de Lira para o Governo? Não é segredo que o senador quer governar o Estado, o “cavalo passa selado e montá-lo ou não é decisão pessoal. Entende também que este é o grande momento dele e deixando escapara a oportunidade quando aparecerá outra?

Contra argumentos...

Outra insistência

Curiosidade

O setor sucroalcooleiro investiu nos últimos anos R$ 14 bilhões em mecanização das lavouras de cana-de-açúcar. Conforme ainda as informações da Revista Dinheiro, edição anterior, nesta época do ano a colheita já atinge 85% dos canaviais. Em Alagoas tempo também é de moagem.

Uma dúvida...

osé Serra não deve aceitar pecha de “político com prazo vencido.” Analisa por isso o propósito de sair do PSDB e se abrigar em partido que o aceite candidato à presidência do Brasil. Quem o estimula a sair é Fernando Henrique Cardoso ao propor o senador Aécio Neves como nome para os tucanos tentarem se aninhar no Planalto. FHC é hoje quem dá as cartas no partido para a campanha de 2014.

É correto prefeitos recém empossados denunciar caos em prefeituras, administrações que antes eram conduzidas por opositores. Mas o diabo é ser hábito antigo transição de cargo ser temperado no alheamento a outro dito popular hereditário na política. O do “sujo falando do mal lavado.”

Investimento

Sob expectativa

1

- Luciano Barbosa mergulhou e abre espaço para conversa que dá tempo ao tempo em termos de decisão sobre novos caminhos a seguir em 2014. Uns especulam uma campanha para o Senado, mas pode retornar a Câmara Federal. Ele tem ainda como forte handcup o apoio de Célia Rocha para se movimentar no jogo político.

2

– A época de prefeito em Arapiraca Luciano foi assíduo participante de reuniões agendadas pela Associação de Vereadores em cidades do Agreste e regiões vizinhas. É visto hoje como uma liderança forte o suficiente para compor como vice de chapa majoritária em 2014. Parceiro provavel: Benedito de Lira ou Renan Filho

Pontos de Leitura

1

- A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) vai instalar 27 pontos de leitura para desenvolver uma série de atividades de mediação de leitura, criação literária, publicação, seleção de acervo pesquisa de ações voltadas à preservação da Cultura Negra e de combate ao racismo. Prazo para Inscrições é até 25 de março.

2

– Abriu também (até 25 de março), inscrições para bolsas voltadas a projetos apresentados por pesquisadores negros (ambos os sexos). Objetivo é de incentivo a introdução de trabalhos originais no Brasil em áreas e sub-áreas definidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

3

- E mais: a FBN soltou 3º edital para parcerias em projetos editoriais e na forma de coedição. Interesse: produzir publicações de autores brasileiros negros em formato de livros impresso ou digital. Proposta tem como objetivo divulgar, valorizar, apoiar e ampliar a cultura brasileira dos afro-descendentes. Inscrições vão até 30 de abril. Informações sobre como participar com Eugênio Vilela na Fundação Cultural.


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JANEIRO DE 2013 -

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PORDENTRODOESPORTE JOÃO DE DEUS jdcpsobrinho@hotmail.com

Seleção brasileira

C

onvocação para a seleção brasileira, se não decepcionou não deu motivo a euforia. Ocorreu sem surpresa, exceção o goleiro Paulo Cesar, esquecido da torcida não se sabe sequer o nome do clube em que joga na Inglaterra, mas tem qualidade. Já Ronaldinho Gaúcho foi esperado e Luís Fabiano dividiu opiniões. É cedo para falar. Vamos esperar o jogo contra os ingleses, dia 6 de fevereiro em Londres.

Transferido

O CSA mudou o jogo com o Sport Atalaia do sábado para domingo. Local continua o Rei Pelé e começa às 15h30. Decisão teve aval da Federação, entendimento com a Polícia Militar e abre chances para renda melhor. O Azulão alicerçou o pedido no desgaste do jogo na quinta-feira contra o Corinthians. Foi à noite, horário que o Extra roda no Recife. Por isso não dá placar.

Reclamação Jorge Sexto, presidente do CSA se queixa de “manobra indecente” das empresas de ônibus, suspendendo prestação de serviço na linha do Trapiche da Barra em dias de jogos no Rei Pelé. “Tanto o torcedor como o cidadão comum são prejudicados. Em especial moradores da região,” disse Sexto.

Valdivia Torcedores do ASA satisfeitos com informações de começo da semana dando conta que Valdivia começa a fazer fisioterapia. Boletins médicos, pós cirurgia, relatam que ele ja atravessou fase de repouso pós-operatório e faz fisioterapia. O retorno aos gramados é uma questão de tempo.

Curiosidade

Quinta rodada

Em que pé está a reivindicação do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, à Fifa para liberar uma cota de ingressos para indígenas e beneficiários do Bolsa Família? O governo acha que uma festa do porte do mundial de futebol “deveria ter condição mais favorável para acesso desse contingente de brasileiros aos ingressos.”

Os jogos deste fim de semana são pela 5ª rodada e torcedores ficam na expectativa de haver dança de clubes na classificação. Dos 8 participantes os mais tranqüilos são CSA, União e o CEO Entre eles um discuido pode virar pesadelo e tem ainda muita bola prá rodar neste turno sem ASA e CRB.

Desabafo “Jogadores brasileiros devem ficar tristes com o que eu vou dizer. Mas falta ainda um pouco de comprometimento nos treinamentos e nas competições. O atleta pode ser mais aplicado. É um fator geral e acho que isso acontece em todos os clubes e de maneira incontrolável,” disse o treinador da seleção brasileira de futebol sub-20, eliminada da Copa do Mundo na categoria.

Tal pai tal filho Romarinho, o filho do ex-ídolo Romário, ex--Vasco joga no Brasileiense. Comparado com o pai deputado leva vantagem na altura (1,78 metros) e na vontade de treinar. Está com 19 anos e manda recado para torcedor chato:“Eu só jogo o meu futebol e procuro gostar de quem gosta de mim. Mais sempre aparece uns babacas falando m..”

Fala Zagalo

1

– Do alagoano, campeão do mundo como jogador e técnico da Canarinha sobre Messi: “Hoje o que posso falar do Messi é que é o melhor jogador que já assisti jogar com a camisa do Barcelona. É realmente o melhor que temos hoje no futebol mundial, mas ainda falta mostra-lo dentro da própria seleção” No caso a Argentina. Fonte Jornal Extra (Rio).

2

- Dele sobre Neymar e mesma fonte: “ “O Neymar depende do sucesso da própria seleção brasileira: se conquistar o hexa, ganhar a Copa e se destacar, o Neymar pode chegar a esse nível assim como o Messi precisa do sucesso da seleção argentina. O Neymar é o melhor que temos no País.”

3

– Concluindo: “A seleção projeta muito, muito mesmo o bom jogador. Mas veja bem: quero que o Neymar esteja bem jogadondo no Brasil, como o Messi na Argentina, para ganhar a Copa de 2014. Torço pelo Messi, mas muito mais ainda para o Neymar.”

Faxina na prisão Bruno, ex-goleiro, xodó do Flamengo e hoje condenado e preso como mandante da morte da exnamorada, trabalha na lavanderia do presídio com jornada das 8h30 às 15 horas. O novo “emprego” faz parte do sistema para remissão de pena: de cada 3 dias trabalhados reduz menos um na sentença.

Jogo em casa Neste sábado o Coaraci da Mata Fonseca fica pequeno para absorver as torcidas de ASA e do Vitória (BA). O jogo é pela Copa do Nordeste e o alvinegro arapiraquense tem que vencer ou vencer para sair do vexame . e o time baiano pode escalar Lúcio Maranhão. Já o Galo, vice-líder da chave, joga domingo na Paraiba.

FRASES

“Escolhi o CRB por opção” Scwench, novo reforço

“Teremos outro homem-gol”

Nei Franco (SP): Sai Ganso entra Aloísio.

“É uma camisa diferente” Nixon que veste a 10 de Zico no Flamengo


24 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JANEIRO DE 2013

REPÓRTERECONÔMICO JAIR PIMENTEL - jornalista.jairpimentel@gmail.com

“Apertando o cinto”

Já estamos nos aproximando do final de janeiro. Quem vem seguindo o orçamento doméstico desde o primeiro dia, “apertando o cinto”, sobrevivendo de acordo com o que ganha e ainda deixando alguma sobra para depositar na caderneta de poupança, parabéns! Mas quem sempre extrapola nos gastos, vai fechar o mês no “vermelho” e claro caminhando para o endividamento, tomando empréstimo em financeiras, bancos, usando o cartão de crédito parcelado e o cheque especial. Aí é o fundo do poço mesmo, difícil de sair. Consumidor organizado que segue rigorosamente o seu orçamento, vive com tranquilidade, conformado com o que ganha, exatamente porque tem disciplina e pensa no futuro, tendo uma reserva financeira para qualquer emergência ou mesmo realizar o sonho de uma viagem de lazer, um carro novo, etc. A poupança rende pouco, exatamente porque segue a inflação e ainda paga rendimentos de algo em torno de 6% ao ano. Não é como na época da hiperinflação anterior ao Plano Real, que chegou a 84% ao mês, quando o governo confiscou tudo e não incorporou esse percentual ao salário. Levou a classe média a falência.

Pesquisa Outra dica é a pesquisa de preços, tanto para as compras de alimentos e material de limpeza, higiene, como para quando quer comprar algo para casa: móvel, eletroeletrônico, material de construção (para reforma). É só ter tempo para essa tarefa.E cair em campo: visitando as lojas, conversando com os vendedores, pechinchando e comprando à vista, claro, com um bom desconto.

Fuja dos juros Jure que esse ano não vai “cair na onda” das financeiras, que emprestam dinheiro com “juros baixos” e long prazo. Saiba que no meio do caminho, pode perder o emprego, ter algum problema de doença, exigindo a compra de medicamentos sempre caros e, se não possui plano de saúde, pior ainda, porque ou paga tudo particular (consulta, exames, cirurgia, remédios) ou vai para o SUS.

IPTU

Dentro de poucos dias, você deverá receber pelo Correio, o seu carnê do IPTU (Imposto PPredial e Territorial Urbano), uma depesa extra que se tem a cada mês de fevereiro. Portanto, o pagamento deve ser com o salário de janeiro. O ideal mesmo é pagar à vista, aproveitando o desconto de 20%, ao invês de dividir em 10 meses. A cada ano, a Prefeitura dar um reajuste, que geralmente é de acordo com a inflação.

Outra despesa Essa só vale mesmo para quem gosta de frevo. Até 20 anos atrás, o Carnaval era realizado nos clubes sociais, para sócios e convidados. Com a ascensão dos trios elétricos, passou a ser mesmo na rua, mas com o pagamento dos chamados “abadás”, que em Salvador, custam muito caro, dando direito ao folião ficar cercado de cordas e seguranças. Por aqui (Litoral, Sertão, Agreste e Mata) é na praça, nas avenidas, nas praias. Mas tudo isso tem despesa: bebidas, principalmente. Quem participa, deve ter algum dinheiro extra para essa finalidade. Quem não tem e gosta, vai mesmo usar o cartão de crédito ou o cheque especial. Aí, é o caminho para “a dor de cabeça” pós ressaca.

Inflação Um livrinho de 77 páginas, de autoria do economista Paul Singer: Guia da Inflação, fica sempre ao meu alcance. Foi escrito na época da hiperinflação, mas continua ajudando o leitor a entender esse fenômeno que é um dos grandes mistérios da vida econômica. É o mesmo que carestia. Todo mundo sente os seus efeitos, mas ninguém sabe suas causas. Ela existeem pequena, média ou grande escolas, tudo dependendo do comportamento dos preços. Há 18 anos, pelas bandas de cá, vem sendo controlada, sempre abaixo de dois dígitos anualmente. Mas existe. E isso exige pesquisas de preços.


extra

MEIOAMBIENTE ambiente@novoextra.com.br

Novos prefeitos têm que criar política de resíduos sólidos

O

s novos prefeitos dos municípios alagoanos já têm um grande desafio pela frente: criar os planos de gestão de resíduos sólidos. A elaboração é determinada por lei federal, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). É nada mais do que um planejamento estratégico para o manejo de todo o material descartado pela população, evitando o aumento da poluição e contaminação de mananciais. Os projetos deveriam ter sido elaborados no ano passado, mas a maioria das prefeituras não concluiu seus trabalhos – muitas nem sequer iniciaram. Na quartafeira (23), um técnico do Ministério do Meio Ambiente (MMA) foi enviada à Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) para alertar os novos gestores sobre a importância e necessidade de se ter um plano de gestão em seu município. Uma das sugestões levadas SaburaTakazaki, o representante do MMA, é a criação de consórcios intermunicipais para gestão dos resíduos. “O Governo Federal está dando prioridade aos consórcios intermunicipais e estudais para a liberação e recursos, pois assim atende um aglomerado urbano de uma única vez”, explicou. Vale ressaltar que os municípios que não criarem seus planos de gestão ficam impossibilitados de receber verbas federais pra o setor. Em um estado que tem uma economia ainda fraca, abrir mão desses recursos é, no mínimo, um desrespeito ao cidadão.

Audiência pública

A primeira audiência pública para discutir o licenciamento ambiental do Estaleiro Eisa já tem data marcada: 7 de fevereiro. O encontro será no Centro Assistencial do povoado de Barreiras, em Coruripe, às 17h. Na ocasião serão apresentados e discutidos os Estudos Complementares e o Relatório de Impacto Ambiental do empreendimento.

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Suspensão

A construção de novas hidrelétricas no Pantanal está suspensa. Os Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual de Mato Grosso do Sul (MP/MS) conseguiram decisão favorável da Justiça paralisando projetos de hidrelétricas no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na Bacia do Paraguai. As obras só poderão ser retomadas após a elaboração de um estudo que avalie o impacto de todos os empreendimentos hidrelétricos no ecossistema do Pantanal.

Ajuda

A seca será tema de reunião dos prefeitos alagoanos com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. Os prefeitos dos 37 municípios que já decretaram situação de emergência por causa da seca criaram uma pauta de solicitações ao ministro, que vem ao estado no dia 29 deste mês. Entre os pedidos, a criação de um fundo permanente para recuperação de poços artesianos e barragens.

Sem água

A imagem acima ilustra bem os efeitos da seca em Alagoas. Dezenas de produtores rurais do Povoado de Santa Cruz, em Traipu, se uniram para cavar a terra em busca por água. A cena não é exclusiva, mas se repete em todo o Agreste e Sertão.

Na Amazônia

Em estudo recente, a agência espacial norte-americana (Nasa) mostrou que uma região da floresta amazônica ficou afetada por anos pela seca de 2005. O dano foi tão grande que quando houve uma nova seca, em 2010, a área ainda não havia se recuperado completamente. O estudo foi publicado na revista científica PNAS.

Compromisso

- MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JANEIRO DE 2013 -

No discurso de posse de seu segundo mandato, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que vai dar maior atenção às alterações no clima mundial. “Vamos reagir à ameaça da mudança climática, sabendo que o fracasso em fazê-lo seria uma traição aos nossos filhos e às futuras gerações”, declarou. Os Estados Unidos é um dos maiores emissores de gases do efeito estufa do mundo, resta saber se o compromisso de Obama no segundo mandato será pra valer.

Contra o Código

1

O novo Código Florestal ainda não é unânime. A ProcuradoriaGeral da República entrou com três ações no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o texto sancionado pela presidente Dilma Rousseff no fim do ano passado. As ações afirmam que 39 dispositivos do Código Florestal sejam considerados inconstitucionais e ainda pedem que outros pontos sejam esclarecidos pela Corte.

2

As ações do MPF questionam as mudanças nas regras das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e da reserva legal. A anistia pra desmatadores também é questionada no Supremo. Na avaliação da procuradora-geral em exercício, Sandra Cureau, há clara inconstitucionalidade nos dispositivos questionados pelas ações.

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“Se a própria Constituição estatui de forma explícita a responsabilização penal e administrativa, além da obrigação de reparar danos, não se pode admitir que o legislador infraconstitucional exclua tal princípio, sob pena de grave ofensa à Lei Maior”, explica Sandra Cureau, se referindo à ilegalidade da anistia aos desmatadores, sancionada pela presidente Dilma.

Personalidades

Novas espécies de aranhas descobertas por um cientista norte-americano receberam nomes de personalidades mundiais. São 33 novos tipos de aracnídeos, identificados por Jason Bond, da Universidade de Aubunr, no Alabama. Na foto, a Aptostichusbonoi, uma homenagem ao cantor Bono Vox, da banda irlandesa U2. Também há homenagens para a atriz Angelina Jolie e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Compensação ambiental

A Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó, na divisa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, vai ter que pagar mais R$ 26 milhões em compensação ambiental. Após ação do MPF, a Justiça Federal considerou que a empresa havia apresentado um orçamento para sua construção abaixo do valor real – reduzindo o valor da compensação ambiental. É que ocálculo é feito com base no custo da construção.


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ALTARODA

pitstop

FERNANDO CALMON fernando@calmon.jor.br

Quem paga a conta

S

alões de automóveis sobem seu astral quando refletem recuperação de vendas e produção. Essa atmosfera positiva marca o Salão de Detroit que se encerra neste domingo. Afinal, o mercado está em franca expansão (13% em 2012), embora as marcas locais, à exceção da Jeep, continuem patinando na preferência do consumidor. Simbolismo do Corvette Stingray, em sua sétima geração, ajuda a levantar autoestima da Chevrolet. Todo novo, herda características de marcas alemãs como câmbio manual de sete marcas (até agora só no Porsche 911) e distribuição de peso de exatos 50% em cada eixo (ponto de honra da BMW). No outro extremo, a picape pesada Silverado reformada coloca pressão sobre a arquirrival série F, da Ford. A reação veio da picape conceitual Atlas, visão antecipada

da nova F-150, em 2014. Houve comentários de que a empresa ousou na estratégia e talvez se reflita nas vendas do modelo atual. Leves reestilizações do Grand Chrerokee e Compass, acompanhadas de versões diesel e câmbio automático convencional no lugar do CVT (no final do ano, aqui), continuam a animar a Jeep. Essa edição do salão está mais atraente para o mercado brasileiro. O SUV-conceito compacto da Honda sobre arquitetura do Fit e a bem-vinda reinvenção estilística do Corolla, batizada pela Toyota de Fúria (interior não exibido), antecipam o que será também produzido aqui, em 2014/15. Outra novidade está fora do Salão, mas mostrado a jornalistas na véspera do dia de imprensa. Mercedes-Benz CLA, sedã compacto anabolizado com base nos Classes A e B, além de carro mais aerodinâmico do mundo (Cx in-

crível de 0,22), deverá abrir a produção no Brasil. Falta a empresa alemã bater o martelo, mas Dieter Zetsche, principal executivo mundial, admitiu ser mais viável um acordo com a Nissan, na fábrica em construção de Resende (RJ). Graças ao previsto crescimento, nos próximos anos, do mercado brasileiro de marcas refinadas, esta edição do salão merece um olhar mais atento. Acura e Infiniti têm novidades: SUV médio MDX e novo sedã Q50, respectivamente. Cadillac, até como reação ao maior número de concorrentes, é considerada marca de importação certa pela GM. E o médio-grande ATS, de tração traseira ou 4x4 e menor Cadillac em dimensões, mostra apelo visual digno dos europeus, o que atrai por aqui. Entre outras novidades conceituais, destacam-se o Volkswagen Cross Blue e o Hyundai HCD-14. O primeiro, um crossover híbrido

diesel de sete lugares (no salão, versão de seis lugares), específico para o mercado local, com preço entre Tiguan e Touareg. O projeto será ainda aperfeiçoado para provável produção ao lado do Passat americano. O segundo é a visão do futuro sedã de topo coreano, Genesis, com portas traseiras “suicidas” à Rolls-Royce. Versão final deve ousar menos. Balanço positivo do salão não impede constatar, mais uma vez, que fabricantes parecem bem mais empolgados com soluções alternativas do que compradores. Elétricos puros, híbridos e Diesel, tudo somado, representam apenas 3% das vendas totais nos EUA. Embora tenda a crescer, na realidade poucos querem pagar a conta. E, para complicar, motores convencionais têm mostrado queda de consumo de combustível, a preço que todos suportam.

Motor turbo de dois litros, 180 cv, coloca-se em desempenho entre Peugeot 308 THP e Jetta TSI, na faixa dos R$ 80 mil, mas sem câmbio automático. Bom trabalho de engenharia na suspensão. Faltam coisas simples: um-toque nas alavancas de limpador e setas.

dos EUA, sem isenções). Retoques externos e internos e motor um pouco mais potente agradam, em breve avaliação. Banco traseiro, baixo demais, será mudado até meados do ano.

2012). Voyage, nos anos 1980, teve 202.000 unidades vendidas nos EUA e Canadá, feito para época.

RODA VIVA COTAS de produtos mexicanos ainda amarram planos de importação. SUV compacto Chevrolet Trax (aqui se chamará Tracker) virá para atrapalhar a vida de EcoSport e Duster, porém falta definir de que forma Sonic será “prejudicado”. Volta da Alfa Romeo ainda está condicionada, pela Fiat, à avaliação de cotas previstas no regime Inovar -Auto. Nada confirmado. FLUENCE GT, sedã discreto, ao menos faz jus à sigla, ao contrário do Sandero da própria Renault.

MESMO sem confirmação pela GM, importação do novo Malibu é certa, depois da desistência do Omega. Chevrolet concorrente direto do mexicano Fusion, impostos refletem no seu preço (vem

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ENQUANTO a taxa cambial ajudou, alguns modelos nacionais foram competitivos até em países avançados do Hemisfério Norte. Destaque para o Fox, com 305.000 unidades, maior volume já exportado de um automóvel brasileiro para a Europa (2005-

SAIU lista dos 10 mais vendidos na Europa, em 2012, segundo pesquisa da consultoria inglesa Jato: Golf, Fiesta, Polo, Corsa, Clio, Focus, Astra, Qashqai (Nissan), Mégane e Passat. Crossover da Nissan é o único a nunca aparecer por aqui. Os outros, em diferentes gerações, foram produzidos e/ou importados, nomes familiares aos brasileiros.

Hyundai domina segmento dos sedãs grandes Com os dois modelos mais vendidos no Brasil, a Hyundai dominou o segmento dos sedãs grandes em 2012. A marca coreana colocou o Azera e o Sonata nas duas primeiras posições do ranking, conquistando 40% do segmento. Sedã grande mais vendido no Brasil, o Azera conquistou 22,2% de participação no segmento, com 4.237 unidades. Embora a Hyundai não tenha a tradição das marcas premium alemãs, o Azera agradou o consumidor brasileiro por outros atributos. O sedã coreano é mais barato: custa R$ 125 mil, contra R$ 130 mil do concorrente alemão, e tem um motor muito mais potente: 3.0 V6 de 270 cavalos, enquanto o BMW 320 vem com um 2.0 de 4 cilindros de 184 cavalos. O Sonata custa bem mais barato, R$ 97 mil, e tem um motor mais potente do que o BMW: um 2.4 de quatro cilindros, o que pode explicar o seu bom desempenho de vendas. O Sonata vendeu no ano passado 3.391 unidades e ficou em segundo lugar no ranking, com 17,8% do segmento. O BMW 320 ficou em terceiro, com 3.029 unidades e 15,9% das vendas. Na quarta posição aparece o Mitsubishi Lancer, com 8,3% do segmento e 1,028 unidades vendidas em quinto está o Kia Optima (5,4% e 1.028 unidades) e em sexto lugar o Volkswagen Passat, que vendeu 1.004 e ficou com 5,3%. Somente esses seis carros venderam mais de mil unidades durante os doze meses do ano passado todos os outros não chegaram a esse volume. Mas o segmento é muito concorrido: oferece nada menos do que 28 opções para o consumidor, sendo que todos os modelos são importados.


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Eu, um matuto na Europa JOSÉ ARNALDO LISBOA MARTINS jalm22@ig.com.br

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or todos os motivos, meus pais foram maravilhosos. Dentre milhares de outras maravilhas proporcionadas por eles, umas delas foram, quando eu fiz uma viagem de 2 meses e 4 dias, para a Europa, quando conheci dez países, além do Principado de Mônaco. Antes, meu mundo se resumia em Mata Grande, minha querida terra natal e depois em Maceió, Recife e Aracaju. Com sacrifício financeiro, eles estenderam meus horizontes, para que eu pudesse ver de perto os lugares dos feitos heroicos de Napoleão Bonaparte, as pompas e os esplendores dos reis

da França, da Inglaterra e as histórias do Império Romano, misturada com a História de Jesus. Cheguei a ver de perto as atrocidades de Hitler, as obras do Renascimento, além dos subterrâneos do Coliseu, com seus mártires devorados por leões. Como turista, vi os velhos monumentos, as lindas igrejas dos diversos estilos arquitetônicos e seus fabulosos museus. Nesta viagem cultural e turística, pude comparar a desorganização do trânsito de Maceió e quanto estamos atrasados, em relação aos demais países, no planejamento e no disciplinamento do trânsito. Vi que os outros países estão preocupados com as soluções dos metrôs, mesmo sabendo que os automóveis ainda irão dominar as ruas e avenidas das grandes cidades. Vi os planejadores e executores de lá, ocupados com as atividades policiais, muito diferentes dos nossos policiais que, só se preocupam em com seus óculos escuros, seus talões de multas e com as

poses de que estão nos multando com seus celulares. Até parece que os nossos policiais, têm vergonha de abrirem os braços para qualquer sinalização, pois, mesmo que os semáforos estejam desligados ou em hora de “picos”, eles nada fazem. Recentemente, vários policiais novatos, foram para as ruas de Maceió, porém, nós só os vimos, nas sombras das árvores, juntos e num só lugar. Para eles, os semáforos, parece que só servem de enfeites e não para ajudarem aos homens. Eu sei muito bem que, os principais culpados não são esses tais policiais e sim os políticos que, estão nos cargos, para cumprimento de promessas eleitorais. Para mim, além da Saúde e da Educação, não existem Secretarias Municipais mais importantes do que à que comanda um trânsito, pois, tudo depende dele, desde os usuários, até os estudantes, páis, empregadas domésticas e trabalhadores. Do trânsito depende o lazer, o esporte, o turismo, o comércio

e a indústria, porém, como está Maceió, em termos de trânsito, nem parece que somos uma cidade turística. Os planejamentos sempre foram os mais malucos, sem estudos de origem-destino, fazendo com que a nossa linda capital, se transforme em escolas para leigos, em matéria de trânsito. Maceió está com ruas congestionadas e em muitos casos, com ruas ociosas, porque não souberam ocupar os espaços devidos ao automóvel. Nós já sabemos quais são os problemas de Maceió, porém, nunca se preocuparam com as obras físicas estruturantes. É provável que os dirigentes do nosso trânsito, tenham dado instruções para que os novos policiais, continuem na “sombra e água fresca”, no melhor emprego do mundo. Em tempo – O casal Haroldo Jatobá Costa e sua digníssima esposa, Dona Bene, me disse gostar dos meus artigos. Agradeço aos amigos, pelos aplausos e pelo incentivo.


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ABCDOINTERIOR robertobaiabarros@hotmail.com

Exemplo em Arapiraca

Procissão

juiz Alfredo dos Santos Mesquita vem realizando um excelente trabalho Arapiraca e tem sido um exemplo para a sua classe. Dr. Mesquita, como é mais conhecido, responde pela 1ª Vara das Execuções Penais da Infância e Adolescência. Ele também responde pela 5ª Vara Criminal – Privativa do Júri.

O ponto alto da festa está marcado para o dia dois de fevereiro, com a chegada dos cavaleiros e amazonas. No fim da tarde, a partir das 16 horas, autoridades e a multidão de devotos irão participar da procissão de fiéis carregando a imagem da santa pelas ruas centrais da cidade.

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Começa cedo Para cumprir com as suas obrigações, o juiz Alfredo dos Santos Mesquita faz questão de chegar logo cedo no Fórum Desembargador Orlando Manso, entre às 7h e 7h30. “Acordar cedo e começar a trabalhar cedo já se tornaram um hábito no meu dia-a-dia”, observa Dr. Mesquita.

Festa em Arapiraca A Prefeitura de Arapiraca, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, e Paróquia de Nossa Senhora do Bom Conselho, iniciaram, na noite de quarta-feira (23), as atividades alusivas à festa da padroeira do município- Nossa Senhora do Bom Conselho.

Programação 1 A prefeita Célia Rocha (PTB) e autoridades eclesiásticas participaram da abertura da programação religiosa, a partir das 19 horas de quarta-feira, com o início do novenário, que são as nove noites de celebrações. O parque de diversões com montanha russa e outras atrações já está montado no Parque Ceci Cunha, no centro da cidade.

Programação 2 A programação cultural está prevista para começar nesta quinta (24), com apresentações artísticas e musicais com bandas católicas no Largo Dom Fernando Gomes, defronte da Concatedral de Nossa Senhora do Bom Conselho. Como acontece a mais de 12 anos, no fim deste mês de janeiro os cavaleiros da Ordem de Nossa Senhora do Bom Conselho irão percorrer o caminho trilhado pelo fundador Manoel André, entre as cidades de Bom Conselho, no interior de Pernambuco, até a cidade de Arapiraca, trazendo a imagem da santa padroeira do município.

Carnaval em Arapiraca

O bloco carnavalesco Tô Seguro, promovido pela Prefeitura de Arapiraca, levará mil pessoas para o Folia de Rua, maior prévia carnavalesca do interior de Alagoas. A festa é promovida pela Secretaria de Cultura e conta com o apoio da prefeita Célia Rocha (PTB).

Folia na Perucaba O Folia de Rua será realizado no próximo sábado, dia 26 de janeiro, e percorrerar a Avenida Miguel Correia de Amorim (antiga Avenida Norte), no Bairro Baisão, até o Lago da Perucaba, onde haverá apresentações de artistas musicais. As camisas do Tô Seguro serão trocadas por um pacote de leite em pó de 200g, na sexta (25), na sede da Secretaria de Administração. O material arrecadado será doado a instituições carentes.

Só servidores Apenas servidores públicos poderão participar do bloco, que foi fundado pela Secretaria Municipal de Saúde e hoje conta com todos os órgãos da Prefeitura. Folia nas Praças e nas Ruas: A Secretaria de Saúde iniciou no último dia 22, uma programação de divulgação do Folia de Rua. Durante todos os dias, a Orquestra Novidade Folia composta por músicos locais anima os arapiraquenses em diversos pontos da cidade.

Patusco em Marechal A apresentação de Moraes Moreira foi cancelada em Marechal Deodoro. Em seu lugar, o Prefeito Cristiano Matheus contratou a Banda Patusco, que está fazendo o maior sucesso em Recife e Fortaleza, justamente por seu estilo de autentico frevo e também muito samba. O nome “Patusco” surgiu porque há 50 anos um grupo de amigos se vestia de pato e tocava no carnaval de Recife. Logo ficaram conhecidos como patuscos e depois, Banda Patusco.

Carnaval do Pinto “Os patos virão animar o carnaval do pinto”, brincou o Prefeito Cristiano Matheus, que cancelou a vinda de Moraes Moreira porque alguns músicos deodorenses reclamaram sentindo-se desprestigiados.

“Descontentes”

Desde o início da administração Cristiano Matheus, as orquestras de Marechal Deodoro recebem mensalmente três salários a título de auxílio na manutenção dos instrumentos. E em todos os carnavais as mesmas orquestras de Marechal são contratadas para acompanhar os blocos. Como no ano passado, em que as orquestras receberam R$ 1.500,00 em cada uma das 74 tocadas dos blocos apoiados pela Prefeitura. No último carnaval, as orquestras de Marechal receberam cerca de R$ 110.000,00. Neste ano, a prefeitura pretende pagar o mesmo valor por tocada. “Para não haver descontentamentos vamos conversar novamente com as orquestras deodorenses e ver porque estão descontentes”, conclui o prefeito.

PELO INTERIOR ... O juiz Alfredo dos Santos Mesquita vem realizando um excelente trabalho Arapiraca e tem sido um exemplo para a sua classe. Dr. Mesquita, como é mais conhecido, responde pela 1ª Vara das Execuções Penais da Infância e Adolescência. Ele também responde pela 5ª Vara Criminal – Privativa do Júri. ... Para cumprir com as suas obrigações, o juiz Alfredo dos Santos Mesquita faz questão de chegar logo cedo no Fórum Desembargador Orlando Manso, entre às 7h e 7h30. “Acordar cedo e começar a trabalhar cedo já se tornaram um hábito no meu dia a dia”, observa Dr. Mesquita. ... Nesta quinta-feira, 24, a partir das 9h, o juiz Alfredo dos Santos Mesquita participa de uma importante reunião no Fórum de Arapiraca, onde estarão presentes o Dr. Alcides Gusmão, da Corregedoria Geral de Justiça, representantes da Prefeitura de Arapiraca, do Conselho Tutelar, da 1ª Vara da Criança e da Juventude, além de autoridades ligadas ao Ministério Público Estadual. Na pauta, a violência contra o menor arapiraquense. ... O deputado Inácio Loiola (PSDB) aceitou o convite do secretário municipal de Articulação Política, Ney Pirauá, e passou o último domingo (20) em Porto Calvo, ele e esposa, a ex-deputada Kátia Lisboa Freitas, almoçando com o presidente da Câmara, o vereador Júnior do Jóia (PMDB) e, depois, desfrutando de uma conversa na varanda da casa-grande de Ney Pirauá e sua digníssima, a juíza da Vara Familiar Fátima Pirauá. ... Papo animado, cervejinha e carne assada, Loiola, que já foi prefeito de Piranhas por três mandatos, fez questão de demonstrar seu apoio à nova administração do município portocalvense – que também, aliás, pediu estado de emergência. ... “Não sou deputado de Piranhas”, rebateu Loiola, ao ser inquirido sobre seus planos para a sua cidade-natal em 2013, e continuou: “Sou deputado de todo o estado. Porto Calvo, as cidades do litoral Norte foram muito massacradas... É hora de mudar isso. A igreja matriz de Porto Calvo [finalizada em 1610] é uma das quatro mais antigas nas Américas; é uma cidade que precisa resgatar o seu valor histórico”, concluiu. Loyola. ... Um excelente fim de semana para os amigos e leitores da coluna, com paz, saúde e muita harmonia. Afinal, merecemos. Valeu, “inté” a próxima edição. Sim!! Quanto aos “baba-ovos”, vamos dar uma trégua essa semana. Mas vale o aviso: Se divirtam enquanto há tempo, cambada de energúmenos!!! Até a próxima edição. Fui!!!


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