Edicao821

Page 1

R$

e xtra

0 0 ,

MACEIÓ - ALAGOAS

www.novoextra.com.br

3

ANO XVI - Nº 821 - 15 A 21 DE MAIO DE 2015

PROIBIDA DE OPERAR, EMPRESA DE JL TEM QUE DESOCUPAR AEROPORTO

ÚNICO AVIÃO DA LUG DEVE IR A LEILÃO PARA QUITAR DÍVIDAS TRABALHISTAS COM PILOTOS E FUNCIONÁARIOS P/ 8 E 9

TRIBUNAL DE JUSTIÇA VAI MUDAR EDITAL PARA O CONCURSO DOS CARTÓRIOS P/ 5

Vice-prefeito de Traipu é acusado de desviar R$ 50 mil na compra de medicamentos P/ 26

FÁBIO GUEDES

BLOQUEADOS BENS DOS EX-PREFEITOS CHICO VIGÁRIO E PROFESSOR MANO P/ 12 E 13

MISTURA, EM SUAS OBRAS, O DESENVOLVIMENTO, A VIOLÊNCIA E A SOCIEDADE P/ 16 e 17

APOIO


2 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015

COLUNASURURU

Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados (Millôr Fernandes)

DA REDAÇÃO

Janot responde a denúncias de Collor pedindo a quebra de sigilo do senador Um dia depois de o senador Fernando Collor (PTB-AL) protocolar no Senado quatro representações que podem inclusive resultar no afastamento do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o Ministério Público Federal (MPF), que ele chefia, pediu a quebra de sigilo no inquérito relacionado ao ex-presidente na Operação Lava Jato. A Polícia Federal também fez pedido semelhante em relação ao presidente do Senado, Renan Calheiros. Foram no total cinco pedidos sigilosos encaminhados pelo MPF e PF, na quarta-feira (13), ao ministro Teori Zavascki, relator do caso no Supremo Tribunal Federal. Os pedidos, protocolados como ações cautelares, foram registrados separadamente dos inquéritos. Esses pedidos são relacionados a Collor, Calheiros, o deputado Anibal Gomes e o deputado João Pizzolatti ou a pessoas ligadas a eles. Os pedidos sob sigilo têm os números de 3870 a 3875. (Cláudio Humberto Rosa e Silva)

Marca do Pênalti

Entregue às baratas

Se o presidente do Senado – Renan Calheiros - der andamento a pelo menos uma das quatro representações do senador Fernando Collor (PTB-AL), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve ser afastado do cargo.

Cadáver insepulto Lula é um assunto aborrecido. Lula é um assunto chato. Lula é um assunto do passado. Lula é um assunto do Brasil que está morrendo. Lula é um assunto contra o país nascente. Lula é, em suma, o cadáver adiado que procria. (Reinaldo Azevedo)

Até tú, Paulão!

Por 277 votos a favor e 187 contra, a Câmara Federal aprovou a Medida Provisória 664, que endurece o acesso dos trabalhadores a benefícios da Previdência Social. De Alagoas três deputados votaram a favor: Arthur Lira, Maurício Quintella e vejam só, Paulão, do PT, o defensor dos trabalhadores.

1

Desde outubro de 2014, quando o juiz titular foi promovido para Maceió, a comarca de Paripueira está praticamente abandonada, entregue às baratas. O juiz-substituto, que atua na comarca de Penedo – até por falta de tempo – raramente aparece para despachar as pilhas de processos que se acumulam em Paripueira.

2

Os problemas começaram depois que a comarca de Paripueira foi rebaixada de segunda para primeira entrância, reduzindo também em pelo menos R$ 4 mil o salário do juiz. Por isso, nenhum magistrado de outra comarca quer assumir o posto. A saída é o TJ fazer concurso público para juiz, pois várias comarcas estão sendo fechadas por falta de titulares.

3

Até que o Tribunal de Justiça de Alagoas resolva o problema, a população de Paripueira e a da Barra de Santo Antônio sofrem com a falta do serviço jurisdicional e sem ter pra quem apelar. Com a palavra o novo presidente do TJ, desembargador Washington Luis.

Terminou em pizza Enquanto o prefeito Rui Palmeira (PSDB) viajava pela Europa, mais precisamente na Itália seus opositores não lhe pouparam críticas. Parece que 2016 já começou.

Na história Clima quente Eles não se entendem. Os conselheiros do Tribunal de Contas Anselmo Brito e Cícero Amélio continuam se alfinetando. A cada sessão na Corte de Contas um novo bate-boca. Parece que as mágoas da gestão passada não foram superadas por Anselmo.

Ele fica Falando em Tribunal de Contas, quem pretende ficar mais um tempo na Corte é o conselheiro Luis Eustáquio Toledo. Com a “PEC da Bengala” aprovada o conselheiro que deixaria o TC com 70 anos, agora tem a prerrogativa de permanecer na Corte até os 75 anos.

O Sindicato dos Professores de Alagoas teve sua eleição marcada pelo equilíbrio. A chapa liderada pelo professor Eduardo Vasconcelos venceu a eleição de um grupo político que comandava o sindicato ha mais de 50 anos, um verdadeiro feudo. Eduardo garantiu após a vitória: “Somos professores com orgulho e exigimos respeito”.

Pensando em 2016 O município de São Sebastião promete ter grandes surpresas em 2016. Vários nomes, de peso, são ventilados para composições e articulações. A cidade começa a respirar política. Quem vem analisando o cenário local e tem serviços prestados à sociedade é o advogado e professor Marcelo Porto.

Daqui não saio...

Quero o meu

O prefeito Flauabert Torres, de Viçosa, foi afastado do cargo, mas continua dando as cartas na Prefeitura. Manoel dos Passos Vilela, o Vô, não assumiu o cargo porque a Câmara se recusa a dar posse ao vice. “A Justiça, que afastou o prefeito, é que deve empossar o vice”, dizem os vereadores.

Os deputados estaduais seguem aguardando os cargos do governo Renan Filho. Até lá a pauta segue travada na Casa de Tavares Bastos. Há quem diga que o caso só vai ser resolvido após agosto. É aguardar.

Sucessão

PCC polêmico

Enquanto Flaubert Torres vive às turras com a Justiça, Viçosa se une em torno do jovem empresário Diego Pedrosa, possível candidato a prefeito na próxima eleição. Ele tem ficha limpa e trânsito livre em todos os segmentos sociais da cidade.

Promete ser quente a assembleia de servidores da Justiça estadual marcada para este sábado,16, no Hotel Matsubara. Em pauta, o polêmico anteprojeto de lei que modifica o Plano de Cargos e Carreiras (PCC) do Judiciário. A chiadeira é geral.

EDITORA NOVO EXTRA LTDA - CNPJ: 04246456/0001-97 Av. Aspirante Alberto Melo da Costa - Ed. Wall Street Empresarial Center, 796, sala 26 - Poço - MACEIÓ - AL - CEP: 57.000-580

EDITOR: Fernando Araújo CHEFE DE REPORTAGEM: Vera Alves

CONSELHO EDITORIAL

Luiz Carnaúba (presidente), Mendes de Barros, Maurício Moreira e José Arnaldo Lisboa

SERVIÇOS JURÍDICOS

ARTE Fábio Alberto - 9351.9882 REDAÇÃO - DISK DENÚNCIA 3317.7245 - 9982.0322

FAX - 3317.7248 IMPRESSO - Jornal do Commercio E-mail: contato@novoextra.com.br

Vieira & Gonzalez As colunas e artigos assinados não expressam necessariamente a opinião deste jornal


extra

- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015 -

3

JORGEOLIVEIRA arapiraca@yahoo.com

Siga-me: @jorgearapiraca

Bebida afeta Lula Florença, Itália - O jornalista Ricardo Kotscho, um dos amigos mais próximo de Lula, seu assessor de imprensa no primeiro governo, resolveu jogar a toalha e criticar publicamente o ex-presidente de quem foi confidente por várias décadas, desde que cobria para o Jornal do Brasil as greves do ABC lideradas pelo companheiro. Kotscho, um profissional brilhante, não se conteve nas críticas ao analisar, em artigo no Diário do Poder, o discurso retrógrado de Lula no Dia dos Trabalhadores, falando para uma plateia vazia e desmotivada. “Lamento muito dizer, mas o discurso de Lula também não tem mais novidades, não aponta para o futuro. Tem sido muito repetitivo, raivoso, retroativo, sempre com os mesmos ataques à mídia e às elites, sem dar argumentos para seus amigos e eleitores poderem defendê-lo dos ataques.

 Não que Lula deixe de ter caminhões de razões para se queixar da imprensa, desde que o chamado quarto poder resolveu assumir oficialmente a liderança da oposição e fechar o cerco contra os governos petistas.” Os comentários de Kotscho mostram a teimosia de um personagem que insiste em se manter vivo e que acha que o Brasil vive duas eras: a AL e a DL. Como um pregador desnorteado, Lula apresenta sintoma grave de comportamento. Acha e está convicto de que tudo de melhor no país foi obra dele; que o povo não pode ser ingrato ao seu trabalho de levá-lo ao paraíso do consumo; que é o líder incontestável dos brasileiros desprotegidos; e que o mundo gira em torno das suas ideias e metáforas tupiniquins. Se a doutora Nise da Silveira anda estivesse viva certamente não se furtaria em convidá-lo para sessões permanentes de psiquiatria. Um prato cheio para o seu grupo junguiano. Mesmo dando um pito no amigo em público, Kotscho foi muito elegante nas suas críticas. Afinal de contas, o jornalista paulista foi um dos que apostaram na liderança política de Lula nos primeiros discurso dele nas portas das fábricas. Permaneceu pouco tempo na sua assessoria de imprensa, quando percebeu, ainda muito cedo, que a burocracia não combina com a notícia e que a notícia está do outro lado do balcão. Abandonou Brasília deixando bons amigos, antes que fosse contaminado pelas benesses do poder. Lula está vivendo no isolamento, embora tenha reeleito a Dilma. Ao contrário dos grandes estadistas que se recolhem às suas memória depois de deixar o governo, Lula preferiu sair em defesa dos mensaleiros. Envolveu-se com empreiteiras que depenam o país e participava ativamente da administração da Dilma até a chegada de Aloizio Mercadante. Resultado: assumiu para si todos escândalos de corrupção manchando para sempre a sua biografia, em um dos períodos mais corruptos da história do Brasil. Enquanto defendia a corja, Dilma espertamente tentava se desapegar da militância petista para vender a imagem de honesta e incorruptível, o que evidentemente não colou até agora.

Messias As últimas reações do ex-presidente em tentar jogar contra o povo brasileiro o exército vermelho de Stédile, as bravatas de que “sou bom de briga e que não se metam comigo” e de que é o gênio transformador da humanidade mostram claramente a sua mente confusa e nos leva a uma constatação: Lula não estava pronto psicologicamente para ser presidente. As consequências desse despreparo intelectual e político estão surgindo agora quando ele mostra total obsessão ao poder, um processo que tende a se agravar e transformá-lo num dependente manicomial.

Quem paga?

Dependência

res ao fundo do poço.

Não adiantam as sofisticadas maquiagens para aparecer na TV. Um dos maiores problemas de Lula hoje é o alcoolismo. A família acompanhou a tragédia do pai que morreu de tanto beber. Outros parentes de Lula sofrem do mesmo mal. É bem verdade que Lula ainda não chegou ao estágio perigoso da dependência, quando precisaria de internação e tratamento, mas os amigos têm confidenciado que ele precisa de acompanhamento para evitar o destino trágico do alcoolismo que levou familia-

Exemplos Infelizmente, as atitudes de Lula nos últimos pronunciamentos públicos não são de uma pessoa que pense o Brasil com sabedoria ou de quem já esteve no topo do mundo como um dos maiores líderes da América Latina. Existem no Brasil casos de políticos que se dedicaram mais à bebida depois que perderam o poder. O mais notório deles é o de Jânio Quadros que renunciou ao cargo de presidente depois de um porre e nunca mais parou de beber, mesmo sendo conhecido como um homem culto e um dos mais preparados intelectualmente do país. No caso de Lula, fiquemos apenas com o político.

Proteção O Lula pediu ao Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula, que escrevesse uma carta para a Época (lembra do filme Central do Brasil, na cena em que atriz Fernanda Montenegro usa um banquinho na estação para redigir cartas para os familiares dos retirantes analfabetos? Qualquer semelhança não é mera coincidência). O propósito era reprovar a revista pela matéria que o acusava o seu chefe de intermediar empréstimos para a empreiteira Odebrecht no exterior com dinheiro do BNDES. A Hebe Camargo diria que “é uma gracinha” o conteúdo da carta do Okamoto. Na missiva evasiva, o guardião do esquema – que já foi acusado de pagar contas de Lula na presidência – não fala uma vez sequer o nome da empreiteira e nem se reporta ao grupo anticorrupção do Ministério Público de Brasília que investiga a participação do ex-presidente no desvio de US$ 4,5 bilhões em dinheiro emprestado aos ditadores africanos e latinos.

Críticas Como sempre, a carta de Paulo Okamoto não esclarece absolutamente nada sobre a matéria da Época. Apenas diz que o repórter foi apressado na conclusão da reportagem. Aliás, virou mania desse pessoal do PT tentar se comunicar com a população por cartas. Todos alunos do mestre Palocci. Nunca antes na história desse país, um grupo de político escreveu tanto. No texto, Okamoto tenta explicar o inexplicável para livrar a cara do seu patrão. Quanto ao dinheiro recebido no exterior, veja que delícia de explicação: “O ex-presidente já fez palestras para empresas nacionais e estrangeiras dos mais diversos setores – tecnologia, financeiro, autopeças, consumo, comunicações – e de diversos países como Estados Unidos, México, Suécia, Coreia do Sul, Argentina, Espanha e Itália, entre outros. Como é de praxe as entidades promotoras se responsabilizam pelos custos de deslocamento e hospedagem. O ex-presidente faz apenas palestras, e não presta serviço de consultoria ou de qualquer outro tipo.”

Ora, se as entidades promotoras pagavam os custos de deslocamento e hospedagem de Lula para esses países, que diabo ele fazia quando era fotografado dentro dos aviões da Odebrecht cortando os oceanos pelo mundo afora?

Economia Veja outra pérola da carta de Okamoto, ditada por Lula: “O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe com frequência dezenas de convites para explicar o êxito econômico e social do seu governo e opinar sobre temas regionais e globais”. Que “êxito econômico e social do seu governo”, senhor Okamoto, quando é notório que o Brasil passa por uma das mais sérias crises econômicas e social, fruto de um administração petista fisiológica, populista, demagoga, atrapalhada e estabanada que mantém o país dentro do maior escândalo de corrupção da sua história com empresas como a Petrobras derretida por diretores e políticos ladrões?

Silêncio Okamoto prefere não falar sobre as denúncias das delações premiadas de alguns deles que afirmaram categoricamente que Lula foi beneficiado pelos empréstimos que intermediou do BNDES para os países africanos e latinos com cláusulas de sigilo e prazo de carência de 25 anos. Agora, a Polícia Federal apura que existia uma lavanderia no pagamento das campanhas do Lula e da Dilma. O dinheiro do BNDES era remetido para os países lá fora e voltava “legalmente” para pagar as campanhas petistas no Brasil.

Investigação Okamoto é um verdadeiro patriota. Considera que as viagens do chefe consolidam a imagem do Brasil. Veja que texto fantasioso: “Em todas as agendas do ex-presidente predomina o empenho em consolidar a imagem e os interesses da nação brasileira”. Ora, se fosse assim a Dilma também estaria fazendo essas viagens e liberando dinheiro para esses países. Contrariando os interesses do seu chefe, ela até reduziu drasticamente os empréstimos para os ditadores africanos, depois das denúncias da imprensa de que a dinheirama que era enviada lá pra fora, voltava para remunerar a equipe das campanhas dela e do Lula. Assim, o PT podia se dar ao luxo de pagar somas milionárias aos seus marqueteiros agora sob investigação da Polícia Federal.


4 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015

GABRIELMOUSINHO

Arrependimento O deputado estadual Dudu Holanda demonstra arrependimento por não ter topado uma candidatura de federal como se prenunciava. Ele teria muito mais votos do que a metade da bancada que foi eleita no ano passado.

gabrielmousinho@bol.com.br

O governo da mídia

P

assaram-se quatro meses e quinze dias de mandato, mas nada que o governo de Alagoas tenha demonstrado muito trabalho prometido durante a campanha política. E naturalmente os resultados não lá os esperados, a não ser a atuação da Secretaria de Defesa Social que tem agradado neste início de administração. No mais, muita mídia produzida pelo governo de Renan Filho, que anda mergulhado em dificuldades como todos já esperavam inclusive ele. A situação tende a se agravar com a discussão de reajustes salariais em todos os níveis do Estado, que começa agora neste mês de maio. Afora isso, alguns cortes em cargos comissionados que no cômputo geral não estão fazendo praticamente nenhuma diferença. O governador Renan Filho acha que está no caminho certo e não tem atendido até a pedidos do pai que viabilizou sua campanha política que ultrapassou a casa dos 45 milhões de reais em doações de empreiteiras, onde muitos dos empresários estão presos e para o próprio candidato. Renan Filho tem adotado uma postura independente e acredita que não tem compromissos a saldar com quem lhe apoiou durante a campanha. Se por um lado é bom, para não ter que engolir figuras de passados com históricos policiais, por outro deixa de atender até solicitações de Renan Pai, que gostaria de emplacar pessoas ligadas ao seu círculo de amizades. Pelo que se tem visto nem uma coisa nem outra. O que o governador tem investido muito é na boa conversa, numa mídia cuja maioria lhe presta continência e assim vai levando até quando ninguém sabe. O que se espera é que o governo comece realmente a dar bons frutos, melhorar as condições dos alagoanos, atender as justas reivindicações do servidor público e consolidar a proposta de que a população tenha uma saúde e uma educação eficiente.

Corda no pescoço Proprietários de ônibus que fazem o transporte público de alunos da rede estadual estão pedindo socorro. O governo do Estado não tem efetuado os pagamentos devidos e dezenas de milhares de alunos estão sendo prejudicados. A reclamação foi feita publicamente no programa Cidadania, do França Moura, por Jarrão, líder da categoria.

Fundo do poço O Laboratório Farmacêutico de Alagoas não está servindo nem para acomodar aliados do governo de Renan Filho. Pela sua legislação tem que arcar com o pagamento dos seus servidores, mas isso não está sendo feito há meses. Por outro lado, o Lifal está mergulhado numa dívida que beira os 70 milhões de reais. Do jeito que vai fecha as portas já, já.

Cadê a polícia? Os ladrões, no bairro de Jaraguá, estão inovando numa modalidade de furtos nunca vistos até então. Eles estão furtando os telhados, vejam só. Ultimamente os ladrões subiram nos portões onde funciona a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado e levaram o telhado da casa vizinha, bem em frente à Associação Comercial.

De partida O secretário do Gabinete Civil, Fábio Farias, tem engolido reclamações de grandes aliados sobre a participação no governo de Renan Filho. Farias está chegando ao limite. Deve aguentar o tranco até ser inaugurada a fábrica da Portobello, em Marechal Deodoro, onde foi um dos artífices do projeto.

Sem autonomia 1 A Câmara de Vereadores de Maceió passa por uma situação inusitada. Sem autonomia nenhuma, é obrigada a render obediência ao Ministério Público e fazer uma demonstração do vereador que compareceu ou faltou à determinada sessão. Uma humilhação.

Sem autonomia 2 Enquanto isso, uma infinidade de servidores continua sem prestar um dia de serviço à instituição, embora tal fato não seja cobrado pelo Ministério Público. Pelo que se vê, uma inversão de valores.

Regimento falho A história de que os poderes são independentes entre si, não se aplica ao caso da Câmara de Vereadores de Maceió. Subtende-se que a Câmara ainda navega num Regimento Interno da Casa, caduco, na UTI, necessitando de remédios eficazes para voltar a ter autonomia.

Raivoso De um colaborador na campanha de Renan Filho depois de desistir de pedir cargos comissionados para seus afilhados: ´´Ele não sabe quanto custou à campanha e não atende nem aos pedidos do pai.´´

Caminho errado Quem quiser não ter o pedido atendido de indicações políticas para cargos comissionados, basta pedir ao senador Renan Calheiros que peça ao filho.

Dois pesos Enquanto o presidente do Senado, Renan Calheiros, um dos precursores do PMDB, abdica de cargos federais, inclusive em Alagoas, por outro lado seu correligionário, Marx Beltrão, está com a corda toda e com a boca aberta para indicar afilhados para cargos públicos. Ou seja, está dando a entender que não figura na mesma linha de raciocínio do senador alagoano.

Crise no PDT Interlocutor junto ao vice-presidente Michel Temer das reivindicações da bancada federal para a ocupação de cargos em Alagoas, o deputado Ronaldo Lessa vive dias de preocupação. O presidente do PDT, Carlo Lupi, tem batido forte no PT e disse para todo o Brasil ouvir que o partido meteu a mão sem pena nos recursos públicos. Lupi dá a entender que o partido partirá para a oposição. Se assim o fizer, como ficam as indicações do PDT em Alagoas?

Explicado Depois da coligação de Renan Filho contabilizar doações de recursos oficiais na ordem de 45 milhões de reais para a campanha eleitoral do ano passado, dá para entender porque o PMDB estava, em alguns municípios, com a situação, oposição e os indecisos.

Perguntar não ofende Além das doações oficiais para partidos políticos em Alagoas, será se algum dinheiro entrou por fora na campanha?

O PT e a eleição O deputado federal Paulão vai ter muitas dificuldades se for mesmo candidato a prefeito de Maceió no próximo ano. Não por causa do seu nome ou de Judson Cabral, mas pelo que passa o PT em nível nacional. Rejeitado nas pesquisas de opinião pública, o PT pode ser um desastre político nas próximas eleições, principalmente pelo seu envolvimento na roubalheira de dinheiro público.

Às traças Mesmo que tenha contribuído com quase três minutos no Guia Eleitoral para eleger Renan Filho, o empresário João Lyra hoje vive só de recordações. Esquecido até para indicar porteiro de escola pública, Lyra ainda amarga à indiferença do seu partido, o PSD, que montou em todo o Estado de Alagoas. Sem agradecimentos, até o sistema de ar condicionado foi retirado da antiga sede do partido, assim como birôs, material de expediente e televisores. Uma pena.

Recado O presidente regional do PRTB, Adeilson Bezerra, tem mandado constantes recados para o deputado federal Cícero Almeida. Quer que ele se defina sobre sua participação nas eleições do próximo. Com ele ou sem ele, com diz Adeilson, o PRTB fará parte de uma coligação de nanicos de oito partidos. Sem saber o que fazer, para não perder o mandato por infidelidade partidária se por ocaso migrar para outra agremiação, Almeida deixa o tempo passar.

Comandando Por trás da pressão que recebe Cícero Almeida, fatalmente está o senador Renan Calheiros, que sempre comandou por trás o partido presidido por Adeilson Bezerra, seu fiel escudeiro.


extra

- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015 -

5

IMBRÓGLIO SEM FIM

TJ vai mudar o edital do concurso dos cartórios

quanto à restrição de que somente candidatos com exercícios de delegação no próprio Estado podem concorrer no concurso de remoção. Em relação ao primeiro questionamento, o TJ reconheceu que precisará a retificação do edital do concurso para que se adeque aos critérios da Prova de Títulos. Já no segundo ponto, o Poder Judiciário declarou que só podem participar do concurso de remoção aqueles candidatos que já estiverem exercendo a titularidade de outra delegação seja de notas ou registros em qualquer localidade do estado. No entanto, segundo Airan, “o que pode afetar mesmo o edital do concurso é a indecisão se a cidade de Capela entrará como ponto de vaga no certame”.

Contratada sem licitação, Fundepes pede ao Tribunal de Contas para continuar organizando o certame JOSÉ FERNANDO MARTINS Especial para o EXTRA

M

ais um órgão público entrou na briga do concurso para os cartórios de Alagoas. Dessa vez, o Ministério Público de Contas interpôs recurso contra a decisão da conselheira do Tribunal de Contas de Alagoas (TCE-AL), Maria Cleide Beserra, que apura supostas irregularidades no processo do certame. A relatora teria proferido decisão monocrática sem a oitiva obrigatória do MP de Contas não tomar conhecimento do pedido de reconsideração. O fundamento foi de que o presidente da comissão do concurso, desembargador Tutmés Airan, não teria legitimidade para impugnar a decisão que suspendeu o certame do Tribunal de Justiça (TJ-AL). Em seu recurso, o MP de Contas alegou a nulidade dessa decisão por ofensa ao devido processo legal, uma vez que a decisão sobre o pedido de reconsideração foi tomada sem que houvesse o pronunciamento prévio e obrigatório do MPC. E a disputa judicial não

para por aí. Airan, em entrevista ao EXTRA, informou que a empresa contratada para efetuar os exames também entrou com pedido de reconsideração à relatora para realizar o certame mesmo sem o processo licitatório. Considerada a melhor opção pelo TJ-AL, a Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) teria esse privilégio por não possuir fins lucrativos. Sobre a atitude do MP de Contas, o desembargador declarou que “isso ajuda a nossa posição para que o concurso saia”. “Não entendo a posição da relatora pois é de praxe o TJ contratar a Fundepes sem licitação, assim como outras prefeituras de Alagoas”. Se o TCE não voltar atrás da decisão de Maria Cleide, o magistrado irá pedir a anulação pelo próprio TJ-AL. O contrato entre Tribunal e Fundação detalha que o valor por cada candidato seria de R$ 409,45. Ou seja, R$ 209 a mais do que cobrado pela taxa de inscrição. Isso se levar em consideração o número de 3.174 inscritos

Tutmés Airan revela impasse envolvendo o cartório de Capela

informado pelo desembargador, pois segundo a assessoria de imprensa do TJ, o quantitativo oficial é de 2.355 candidatos, incluindo os isentos. Sendo assim, o valor cobrado aumentaria para R$ 589,50. A justificativa da alternância dos valores pagos à fundação, de acordo com nota encaminhada ao EXTRA Alagoas, seria que “este concurso tem um público específico, já que há diversas exigências para que o candidato possa participar do certame e se o Tribunal de Justiça repassasse o valor cobrado pela instituição para os candidatos, isso diminuiria significativamente a quantidade de inscritos”. Ainda conforme assessoria, as quatro fases a serem realizadas - prova objetiva, discursiva, oral e de títulos – exigidas pelo Conselho Nacional de Justiça

(CNJ), além dos exames médicos e da investigação social aumentam os custos do concurso. A Fundepes também teria ficado como responsável pela elaboração do edital, publicidade, processamento dos inscritos, organização da banca para elaborar e corrigir as provas, organização dos locais de provas, fiscalização, coordenação e toda a logística do concurso. CNJ Além desses impasses, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) exige mudanças para o concurso se tornar realidade. Em documento expedido na data de 30 de março de 2015, o TJ-AL respondeu os itens solicitados pelo conselho. Entre as especificações apontadas estão discrepâncias entre o edital do tribunal e as normas do conselho, e a ausência informativa

ENTRAVES O concurso público para provimento e Remoção de Cartórios (Notários e Registradores) em Alagoas está suspenso, tanto em razão de decisão do CNJ da lavra do conselheiro Paulo Teixeira, quanto em decorrência da decisão da conselheira Maria Cleide Beserra do TCE. As decisões são de esferas distintas e devem ser apreciadas pelo Poder Judiciário estadual. A decisão do CNJ diz respeito a atos e informações técnicas. A do Tribunal de Contas é relacionada à contratação da fundação encarregada de aplicar as provas e avaliar os candidatos. De acordo com a asessoria da Corte, o presidente do TJ, desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas, já adotou as providências ordenadas pelo CNJ e aguarda nova deliberação do conselheiro relator Paulo Teixeira para que sejam retomadas as demandas para realização do concurso. Sobre os aspectos contestados pelo TCE, Washington Luiz requisitou manifestação da Procuradoria Administrativa do Poder Judiciário e após a manifestação responderá aos questionamentos da Corte de Contas.


6 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015 SEM COMANDO

Partido Solidariedade passa por crise de identidade em Alagoas JHC teria abandonado legenda, apesar de ser presidente do diretório estadual e ser sua maior expressão DA REDAÇÃO

O

Solidariedade (SD), que em Alagoas é presidido pelo deputado federal João Henrique Caldas (JHC), está em crise no Estado. A crítica de membros do Partido é de que JHC teria abandonado a legenda, apesar de ser a sua maior expressão na atualidade. Segundo o secretário da Juventude estadual do Partido, Thiago Cassimiro, ninguém consegue falar com o deputado. Inclusive, disse que no último mês de abril foi à Brasília, juntamente com o vice presidente Estadual do SD, Gino da Força, para que fosse tomada decisão sobre os diretórios, mas não teve acesso a JHC. Ele reclamou ainda que o pai do deputado, João Caldas, prometeu que resolveria a situação até o dia 30 de abril, o que não aconteceu. Outra reclamação é que o presidente do SD nunca participou das reuniões dos diretórios e que desde 2013 também nunca houve reunião com a Executiva de Alagoas do Partido. Na verdade, afirmou Cassimiro, desde a fundação, em 24 de setembro de 2013 só houve a convenção em 2014 para lançar os candidatos. “O partido está parado. Não há diálogo com ninguém. Na verdade, o presidente vai pelo individual, não é acostumado a trabalhar na coletividade e nós defendemos essa forma de trabalho”, disse. De acordo com ele, o SD foi fundado com uma bandeira de luta, mas tomou outro rumo. “Prova disso é que já perdeu mais de 40% de seus filiados, devido ao descaso do presidente. O deputado está sem-

pre ocupado, mas até dia 15 de maio o presidente nacional, Paulinho da Força, dará uma posição sobre o Solidariedade em Alagoas”. Thiago esclarece que JHC foi eleito presidente do partido porque como se tratava de uma sigla nova, a orientação nacional foi de que fosse indicado alguém com mandato para fortalecer o partido. Segundo ele, devido à ausência de seu representante maior, a sigla é chamada de partido de gaveta, que só se usa quando interessa. “Mas não é isso que queremos para o Solidariedade”, afirma. JHC REBATE ACUSAÇÕES Procurado para falar sobre o assunto, o deputado JHC enviou nota ao jornal EXTRA, onde rebate acusações ao afirmar que o partido Solidariedade continua atuante no Estado. Veja a nota: “Nos últimos dias, algumas informações que não estão corretas chegaram à imprensa alagoana. Alguns que se dizem preocupados com os rumos do partido Solidariedade no Estado expuseram um possível ambiente de inatividade na legenda, o que não é verdade. Em primeiro lugar, como presidente do partido em Alagoas, quero deixar claro que não reconheço legitimidade nestes personagens que se dirigiram aos meios de comunicação. Não lembro dessas pessoas durante as eleições, período de muito suor e luta, quando conquistamos uma votação extremamente expressiva, conferindo ao Solidariedade representatividade tanto em Alagoas como na Câmara Federal. A questão que nos vem à

Deputado JHC rebate acusação de haver abandonado legenda à própria sorte feita por Thiago Cassimiro

mente é a seguinte: ter sido o deputado federal mais votado de Alagoas, com 70 mil votos em Maceió e 136 mil em todo o Estado poderia ter causado desconforto em alguns setores da política alagoana? Acredito que sim. Infelizmente. Para eliminar qualquer dúvida em relação ao meu compromisso com o Solidariedade e ao andamento das suas atividades no Estado, informo que no mês passado foi realizado, no Hotel Radisson, em Maceió, um encontro que reuniu diretórios de todas as regiões alagoanas, inclusive com reforço da nossa campanha para obtenção de novas filiações. Um cenário que confirma a atuação da legenda. Seguimos com nossos preceitos e atentos ao cenário político alagoano, que infelizmente ainda nos surpre-

ende com a produção de factóides que só atrapalham o bom debate e a prática da política com seriedade”. TROCA DE LEGENDA Ainda não é oficial, mas o deputado federal João Henrique Caldas (JHC) pode trocar o Partido Solidariedade pelo PSB. Embora a informação não seja confirmada pelo parlamentar, as conversas de bastidores dão conta de que JHC tem conversado com a cúpula do PSB nacional e a proposta é que ele se lance candidato a prefeito de Maceió pela sigla. Se a troca for confirmada, esta não será a primeira vez que o parlamentar muda de sigla. Em 2013 ele assumiu o comando do SDD, depois de deixar o PTN. Com a nova sigla,

em 2014, JHC foi o candidato a deputado federal mais votado em Alagoas, com 135.929 votos. Segundo o pai do deputado JHC, João Caldas, embora a cúpula do PSB coloque “tapete vermelho” para o parlamentar, é normal esse assédio, uma vez que JHC tem credibilidade. No entanto, ele destaca que o compromisso do filho é com o povo de Alagoas, que o elegeu como representante em Brasília. Em relação à Prefeitura de Maceió, JC se limita a dizer que pelo que conhece do filho, agora é hora dele exercer seu mandato, ajudando o Estado. “ A eleição será em 2016. Até lá, vai haver transição, talvez reforma política e devemos levar em conta que o próximo ano é outra conjuntura”, desconversou o pai do deputado.


extra

-

MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015 - 7

POLÍTICA

Presidente da Câmara Federal vem a Maceió dis cutir reforma política Deputado federal Eduardo Cunha tem vinda agendada para o dia 1º de junho JOÃO MOUSINHO joao_mousinho@hotmail.com

A

polêmica votação sobre a reforma política não deve acontecer no mês de maio. Discussões e propostas devem ser apresentadas na Câmara Federal, mas nenhuma decisão concreta deve ser tomada. O presidente da Câmara Federal, o deputado Eduardo Cunha (PMDB), tem uma série de viagens agendadas para debater o tema em vários estados. Alagoas, devido sua decisiva influência política, já que possui o presidente do Congresso Nacional, o senador Renan Calheiros (PMDB), é um dos locais onde ocorrerá o amplo debate sobre a reforma política no País. A visita de Cunha está agendada para dia 1º de junho no Centro de Convenções de Maceió, no bairro do Jaraguá. Quem esteve recentemente em Brasília e trouxe essas informações para a classe política alagoana, inclusive no plenário da Casa Mário Guimarães, foi o vereador Pastor Marcelo Gouveia (PRB). “Se a votação da reforma política não for concretizada nesse mês de maio, o presidente da Câmara virá para Alagoas discutir essas questões”, salientou Gouveia na sessão da última quarta-feira (13). Quem também falou so-

bre o tema foi o vereador Francisco Filho (PP) que destacou que todos os “testes” de eleição na política brasileira ocorrem nas eleições municipais para prefeito e vereador. “Somos sempre cobaias no processo político”, enfatizou o pepista. Durante o lançamento da campanha Mais Mulheres na Política, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, o presidente da Câmara Federal colocou: “Vamos fazer uma semana, que será em maio, para votar, única e exclusivamente, tudo o que tivermos que votar em matéria de reforma política”. O que indicava ser sua intenção, em março, parece que não irá se concretizar. O presidente da Câmara disse que serão discutidos o sistema de eleição, o financiamento de campanha, a coincidência ou não de mandatos, a questão da reeleição, como se darão as campanhas e os tempos de campanha. Ele acrescentou que “tudo isso estará esclarecido para que, pelo menos, possam valer na eleição de 2016. Para isso, terá que ser tudo votado, promulgado, pelo menos em torno de 30 de setembro, ou sancionado, o que for por lei ordinária, até 30 de setembro deste ano”, explicou. Entre as questões mais relevantes, discutida por políticos e dirigentes de siglas,

Eduardo Cunha vem a Alagoas debater reforma política, segundo anúncio do vereador Marcelo Gouveia

está o fim do voto proporcional e de legenda, pois há um indicativo de que na reforma política seja aprovado o projeto estabelecendo que os parlamentares que tiveram maior quantidade de votos sejam eleitos. O modelo que vem sendo discutido é duramente criticado por partidos pequenos e por aqueles políticos que se elegem através de amplas coligações. Quesitos como financiamento de campanha e eleição distrital também serão analisadas pelos deputados fede-

rais. Em recente entrevista, Eduardo Cunha foi direto: “As alterações já deverão valer para as próximas eleições, em 2016”. PROCESSOS ADORMECEM NA JUSTIÇA ELEITORAL Enquanto o Brasil discute a reforma política e suas influências no pleito de 2016 a justiça eleitoral de Alagoas não conseguiu julgar todos os processos referentes ao pleito de 2012. O jornal EXTRA apurou que 28 processos contra prefeitos e vereadores

adormecem no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL). Algumas acusações de abuso de poder econômico e político para garantir o êxito do pleito seguem sem ser analisadas pela Corte. Há o risco de mais uma eleição ocorrer sem que tenham sido julgadas todas as ações do último pleito em que acusados tentaram- a reeleição. A morosidade da justiça pode ser conveniente para quem continua manipulando as eleições através do poder econômico.


8 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015 IMPÉRIO EM RUÍNAS

Infraero briga para tirar JL do aeroporto Ex-deputado perde licença para operar táxi aéreo e está prestes a perder aeronave de US$ 4 milhões VERA ALVES VERALVESS@GMAIL.COM

A

fastado do cenário político desde as eleições do ano passado e envolto em disputas familiares por sua herança, o ex-deputado federal João Lyra (PSD) tenta de todas as formas manter o privilégio de ser um dos poucos detentores de um hangar em Alagoas. Mas está difícil. Desde 2012, quando perdeu a autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para operar voos comerciais com sua empresa de táxi aéreo, a LUG Táxi Aéreo Ltda., a Infraero tenta readquirir o hangar que ele ocupa no Aeroporto Zumbi dos Palmares. O motivo: fim do contrato de concessão que perdurou por 10 anos e a inadimplência fiscal que legalmente impede a renovação do contrato. A Infraero, aliás, tenta desde 2013 realizar uma licitação para locação da área, mas se vê impedida por força de liminar obtida por JL na ação de reintegração de posse do hangar que a empresa responsável pela infraestrutura dos aeroportos do país ingressou na Justiça Federal. O processo, que tramita na 13ª Vara da Justiça Federal em Alagoas, está parado desde 21 de junho de 2013, quando o juiz federal Raimundo Alves de

Campos Jr. determinou a devolução da área ocupada pela LUG à Infraero. A decisão, contudo, até hoje não foi cumprida. O processo está agora no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, aguardando parecer do relator, o desembargador federal convocado Ivan Lira de Carvalho. O contrato de Concessão de Uso de Área n. 02.2002.020.0005 do Aeroporto Zumbi dos Palmares concedeu a JL o uso do hangar por cinco anos prorrogáveis por mais cinco. Findo o prazo, ele teria que ter devolvido o mesmo à Infraero, embora pudesse se habilitar a uma nova concessão. Teria, contudo, que tê-lo feito até 90 dias antes de findo o prazo, mas só o fez a 18 de julho de 2012, quando o vencimento do contrato era a 5 de agosto daquele ano. O pedido foi indeferido em função da falta de documentos de regularidade fiscal, somado ao fato de que desde 21 de dezembro de 2011 ele não pagava pela locação. Proibido de realizar fretamentos, JL não poderia mais ser proprietário do hangar. O que está em jogo para ele é uma receita mensal fixa superior a R$ 42 mil, acrescida de cerca de outros R$ 16 mil que a LUG fatura em finais de semana com a prestação de serviços a terceiros, todos em solo. Perdendo o hangar, ele perde também ou-

Tido como a ‘menina dos olhos’ de João Lyra, o Hawker 800 XP está avaliado em US$ 4 milhões, mas não pode ser vendido

tras benesses, como a aquisição de combustível para suas aeronaves a preços subsidiados e isenções tarifárias. A despeito do ostracismo político atual, não se duvide contudo do poder de fogo do ex-deputado. Recordista em ações trabalhistas, João Lyra, que durante anos ocupou a lista do Ministério do Trabalho de empregadores acusados de trabalho escravo, parece ter o dom de conseguir o impensável. E é graças a esse dom que ele hoje figura como operador de sua mais querida aeronave, o jato Hawker 800XP, com capacidade para oito passageiros e adquirido pela LUG Táxi Aéreo há 12 anos pela bagatela de US$ 12 milhões e hoje avaliado em US$ 4 milhões. Oficialmente, o Hawker é

a aeronave destinada a voos fretados junto à LUG. Melhor dizendo era, porque em 5 de agosto de 2012 JL perdeu a autorização da Anac para realizar voos comerciais. A última licença, expedida em 2007 com validade de cinco anos, deixou de ser renovada por conta da inadimplência fiscal - uma dívida que supera a casa dos R$ 2 milhões -e acabou sendo alvo de outra batalha judicial travada pelo ex-deputado ainda em andamento a despeito de suas sucessivas derrotas. Foi para poder continuar voando com o jato que ele passou a figurar como o operador da aeronave, conforme o RAB (Registro Aeronáutico Brasileiro) emitido pela Anac. Mesmo podendo voar, desde março último o Hawker não pode ser vendido ou alugado por força de uma decisão da Justiça Trabalhista em Alagoas, embora o que interessa ao ex-deputado é continuar podendo fazer suas viagens e transportar os “amigos” a despeito do custo médio de R$ 30 mil por cada viagem, isto quando em território nacional. Nas viagens ao exterior este valor chega a alcançar R$ 100 mil. De onde sai este dinheiro é uma incógnita, já que o empresário perdeu o controle de suas usinas, o conglomerado

falido da Laginha Agro Industrial S.A. e antigo filão do Grupo JL. A falência das usinas, aliás, tem sido o mote de JL para justificar a continuidade de uma prática que remonta aos anos 90, o não pagamento de direitos trabalhistas, incluindo salários, principalmente o não recolhimento de INSS e FGTS. São milhares de ações movidas contra ele e suas empresas por este motivo. Para se ter uma ideia, somente na Vara Trabalhista de Coruripe tramitam hoje 1750 processos cobrando o pagamento de verbas rescisórias. Dono também de um bimotor modelo Carajás, que está há meses retido em uma oficina de manutenção aérea por falta de pagamento, JL tem também um helicóptero, mas que está parado em solo no hangar por falta de manutenção e sem a qual ele não consegue obter o Certificado de Aeronavegabilidade exigido por lei para voar. Expert em driblar ações judiciais, o ex-deputado tem também um outro desafio pela frente no que se refere à LUG. A Caixa Econômica Federal ingressou na Justiça Federal de Alagoas com uma ação de execução contra a empresa e que tramita na 5ª Vara Privativa das Execuções Fiscais.


extra

- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015 -

9

IMPÉRIO EM RUÍNAS

Empresário mente e Justiça do Trabalho libera aeronave Em liminar datada do dia 31 de março último, o juiz da 7ª Vara do Trabalho de Maceió, Cláudio Márcio Lima dos Santos, decretou a penhora do jato Hawker 800XP, proibindo sua venda e seu uso em voos. A decisão integra a ação trabalhista movida contra a LUG Táxi Aéreo Ltda. e contra o ex-deputado João Lyra por um piloto, dispensado no começo de março sem o pagamento de verbas rescisórias. Nos autos do processo de número 000026506.2015.5.19.0007, o piloto destaca que a empresa não compõe a massa falida do Grupo João Lyra e revela que os gastos com viagem e manutenção da aeronave chegam a R$ 100 mil. Como a primeira audiência somente se dará a 2 de julho próximo, o juiz acatou o pedido, mas voltou atrás menos de um mês depois e liberou o jato para voos, mantendo apenas a proibição de sua transferência a terceiros. No bojo da decisão do dia 27 de abril último há um flagrante desrespeito à legislação aeroviária. O juiz autorizou o uso do Hawker de prefixo PR-LUG para voos comerciais, quando a LUG Táxi Aéreo Ltda. não possui au-

JL é hoje o operador do jato e só pode utilizá-lo em viagem particular

torização da Agência Nacional da Aviação Civil para operar no segmento de táxi aéreo. A última autorização, com validade de cinco anos e a partir de 5 de agosto de 2007, consta da Decisão nº 174, de 9 de agosto de

2007 assinada pelo então diretor-presidente da Anac, Milton Zuanazzi. Além das ações judiciais que visam reverter a perda da autorização, JL e a LUG também entraram com recurso junto à

própria Agência Nacional de Aviação Civil. Os recursos, contudo, foram negados pela Junta Recursal em sessão realizada no dia 2 de abril último. A LUG Táxi Aéreo Ltda., aliás, não consta mais da relação de empresas autorizadas no segmento de táxi aéreo no país atualizada semanalmente pela Anac e disponibilizada ao público com o objetivo de evitar que, por desconhecimento, faça uso do transporte aéreo clandestino e pode ser acessada no endereço www2.anac.gov.br/consultataxiaereo. Na mudança de decisão, o que se depreende é que o juiz da 7ª Vara do Trabalho de Maceió foi induzido a erro por uma mentira da empresa. Na contestação à liminar, a LUG e JL argumentam que manter a decisão de sequestro da aeronave e proibição de uso acarretaria prejuízos ao processo falimentar das demais empresas do Grupo JL, principalmente aos credores de créditos trabalhistas. Em seu parecer de 27 de abril, afirma o magistrado: “Observa o Juízo que em sendo mantida a aeronave em solo há potencial risco de mácula à

lucratividade da empresa, que ainda está em funcionamento”. Oras, desconhece o juiz que a LUG não mais opera no fretamento de voos comerciais desde 2012 e que a aeronave desde então somente tem servido ao próprio João Lyra. Tal desconhecimento é reforçado pelas correspondências enviadas pela Justiça do Trabalho à Anac e ao Destacamento de Controle do Espaço Aéreo “acerca da desnecessidade de bloqueio anteriormente determinada”. É que na decisão de 31 de março, tanto a Anac quanto o DTCEA haviam sido comunicados de que o jato estava proibido de voar. Por fim, além de manter a proibição de venda do jato, o juiz também determinou que as empresas fornecedoras de combustível do Aeroporto Zumbi dos Palmares – Shell e BR – retenham e depositem em conta judicial à disposição da 7ª Vara do Trabalho 20% de cada abastecimento solicitado pela LUG, até o limite de R$ 150 mil. Ou seja, o credor tendo que pagar pelo ônus do devedor. É como nos tem provado a história: em se tratando de JL tudo pode acontecer!


10 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO

DE 2015


extra

- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015 -

11

ENERGIA

Eletrobras faz mistério sobre venda da distribuidora de Alagoas Oferta de controle acionário deve ser oficializada até agosto, segundo noticiado pela mídia nacional JOSÉ FERNANDO MARTINS Especial para o EXTRA

A

Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras S.A) já conta os dias para vender o controle de sete distribuidoras espalhadas pelo país, incluindo a de Alagoas. Pelo menos é o que revelaram fontes não reveladas a dois sites de notícias nacionais. Conforme a agência Reuters, a estatal começaria as negociações pela Celd D, distribuidora localizada em Goiás. “Queremos começar o processo esse ano, após a renovação das concessões”, disse a fonte, que falou sob condição de anonimato. Porém, o jornal “O Estado de S.Paulo” antecipou algumas informações. O periódico apurou que a Eletrobras prepara uma oferta única para concessão das distribuidoras controladas pelo grupo. O plano seria de passar para as mãos da iniciativa privada um pacote fechado, englobando as quatro distribuidoras responsáveis pela entrega de energia no Piauí (Cepisa), Alagoas (Ceal), Rondônia (Ceron) e Acre (Eletroacre). A oferta será oficializada entre 30 e 60 dias. Além das citadas, a Eletrobras estaria com o intuito ainda de vender a participação majoritária que possui nas distribuidoras do Amazonas e Roraima. No caso da goiana Celg D, o primeiro passo já foi dado com a publicação no Diário Oficial de recomendação do Conselho Nacional de Desestatização (CND) para que a presidente Dilma Rousseff aprove a inclusão da distribuidora de energia no Programa Nacional de Desestatiza-

Controle acionário da distribuidora alagoana pode ser levado a leilão pelo governo ainda este ano

ção (PND). A transação foi confirmada pelo site institucional da empresa. Enquanto isso, tanto o Ministério de Minas e Energia quanto a Eletrobras preferem não dar muito alarde ao assunto. De acordo com a assessoria de comunicação do ministério, o trâmite da venda do controle da distribuidora passa diretamente pela Eletrobras, sendo assim, não pode se declarar sobre o assunto. Questionada, a matriz da estatal, no Rio de Janeiro, por meio de nota, destacou que “o Conselho de Administração da Eletrobras está avaliando a situação de todas as suas distribuidoras. Assim que tiver decidido sobre o futuro dessas empresas, comunicará ao mercado pelos canais institucionais

pertinentes”. Já a assessoria em Alagoas informou que ainda não foi notificada sobre o tema. E assegurou que, por enquanto, as notícias da concessão ainda não amedrontam os funcionários. Segundo o diretor do Sindicato dos trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Alagoas (Urbanitários), José Cícero da Silva, a venda da Eletrobras é antiga. “Isso se fala há muito tempo. Em governos anteriores fizeram de tudo para a Ceal ficar sucateada e ser vendida”, desabafou. “Pelo menos a ‘deram’ para o governo federal. Não sei nada sobre a venda, o que sei é que estão fazendo uma reformulação para que a empresa recomece a caminhar com suas próprias pernas. É uma meta para os próximos dois anos”, disse Silva.

Os contratos de concessão do sistema Eletrobras devem vencer em julho deste ano. Há dezoito anos, no auge da crise no Governo Divaldo Suruagy, a companhia foi entregue a Eletrobras como garantia de socorro financeiro a Alagoas. PARALISAÇÃO Esta semana, funcionários da Eletrobras em Alagoas e da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) fizeram, a partir da segunda-feira, 11, uma suspensão das atividades de 72 horas. De acordo com os Urbanitários, a reivindicação é nacional em protesto contra o não pagamento da Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de 2014. O sindicato informou à imprensa que a Eletrobras solicitou prazo até a próxima semana negociar

uma proposta com os trabalhadores. Cerca de 30% dos serviços foram preservados durante a paralisação. NOVAS CONCESSÕES A renovação das concessões de distribuição de energia não vai prever a cobrança de outorga, como queria o Ministério da Fazenda. O plano do ministro Joaquim Levy era usar a renovação dos contratos, que vencem a partir de julho, para melhorar as contas do governo. No entanto, a cúpula do setor elétrico e os agentes de mercado conseguiram manter o plano original. Como a outorga seria repassada ao consumidor, isso geraria um novo aumento nas tarifas. Um decreto que trata das renovações de 41 distribuidoras prevê que sejam exigidas das empresas apenas as metas de qualidade e melhoria dos serviços prestados à população, bem como as metas que resultem na melhoria da situação financeira das empresas. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) poderá exigir até que os sócios das empresas façam aportes financeiros para atingir esses indicadores. As distribuidoras terão cinco anos para se adequarem. Aquelas que não se enquadrarem nas regras podem perder a concessão. A decisão agrada a agentes de distribuição e também ao Grupo Eletrobras, ao abrir espaço para a estatal vender suas distribuidoras de energia. Isso porque as empresas que não conseguirem cumprir os objetivos traçados pela Aneel não perderão a concessão, desde que apresentem um plano de troca de controle societário. Com isso, o decreto livra o Tesouro de fazer um aporte de capital na Eletrobras para sanar as distribuidoras e, de quebra, a União pode ser beneficiada com os dividendos da venda das empresas.


12 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015

IMPROBIDADE

Ex-prefeitos de Atalaia têm os bens bloqueados pela Justiça Professor Mano e Chico Vigário são acusados de corrupção JOÃO MOUSINHO joao_mousinho@hotmail.com

O

município de Atalaia propôs ação civil de responsabilidade por atos de improbidade administrativa contra os ex-prefeitos Manoel da Silva Oliveira (PTB), o Professor Mano e Francisco Luiz de Albuquerque (PTB), o Chico Vigário. Devido às provas “robustas”, como relata os altos do processo, o juiz da Comarca João Paulo Alexandre dos Santos determinou o bloqueio de ativos financeiros e veículos dos ex-prefeitos.

O magistrado acolheu o pedido de liminar e decretou a indisponibilidade dos bens no montante de R$ 1.051.480,59 dos ex-prefeitos Professor Mano e Chico Vigário correspondente ao prejuízo causado à Prefeitura de Atalaia no valor de R$ 350.494, acrescido do dobro em razão potencial mais o valor da multa civil de R$ 700.987,06. Também são acusados de lesar o executivo de Atalaia: Edna Oliveira da Silva, Maria Roseane Albuquerque e Francisco Lourenço da Silva Filho, ex-secretários municipais de Educação, além de Anilson Alves da

Silva, ex-secretário municipal de Finanças. Entre a série de irregularidades verificadas em auditoria interna, contatou-se que os ex -prefeitos deixaram de reter o ISS e o INSS. Outra ilegalidade que consta no processo é a autorização de pagamentos referentes a cláusulas do convênio firmado com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) para construção de quadras poliesportivas sem aferição de valor. Inspeção in loco comprova gastos sem explicação no valor de R$ 268.517,24, além

Chico Vigário teve bens bloqueados pelo juiz da Comarca de Atalaia

da ausência do recolhimento de R$ 25.617,59 do ISS e R$ 56.358,70 do INSS. A medida liminar do magistrado decreta a indisponibilidade dos bens dos acusados até o montante correspondente ao prejuízo causado ao erário, reservandose também para o pagamento de multa civil. Em sua decisão, o juiz destaca que: “constitui ato de im-

probidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que seja perda patrimonial, desvio, apropriação e dilapidação dos bens públicos”. Em outro trecho da ação afirma: “Os indícios apontam no sentido dos demandados (Professor Mano e Chico Vigário), terem cometido de forma deliberada atos de improbidade”.


extra

- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015 -

13

IMPROBIDADE

Mais acusações contra Mano No início de abril o jornal EXTRA revelou a existência de uma ação ajuizada pelo Ministério da Saúde que responsabiliza o ex-prefeito Manoel da Silva Oliveira (PTB), o Professor Mano, pela falta de compromisso em iniciar a obra que mudaria a realidade da saúde de milhares de pessoas da região: a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas que nunca saiu do papel. O investimento da União visava oferecer atendimento hospitalar 24 horas na modalidade de complexidade intermediária entre as uni-

dades básicas de saúde e as de urgência, nas especialidades de clínica médica e pediátrica. Na época do misterioso desinteresse do Poder Executivo em ofertar saúde para os moradores de Atalaia, o governo federal havia repassado no dia 6 de setembro de 2013, o valor de R$ 220 mil para a gestão do Professor Mano. Os mais de R$ 200 mil encaminhados eram referentes a 10% do montante da obra da construção da UPA orçada em R$ 2,2 milhões. Como “num passe de mágica”, em menos de um mês o valor

depositado e que deveria ser utilizado exclusivamente para a construção da Unidade de Pronto Atendimento sumiu dos cofres públicos. MANO FOI CASSADO

Professor Mano também responde a ação do Ministério da Saúde

Em 2014, por 4 votos a 3 o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL) decidiu manter a decisão de primeiro grau que cassou o mandato do então prefeito Professor Mano. A Justiça decidiu pela procedência da acusação de abuso de poder econômico, político, corrupção e fraude durante o pleito eleitoral de 2012. Uma decisão anterior do juiz João Paulo Alexandre dos Santos havia tornados nulos os votos que a chapa formada por Mano e Élvio Alves recebeu: pouco mais de 49% dos votos válidos do pleito.


14 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO

DE 2015


extra

- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015

15

ENCONTRO

Maceió vai sediar I Conferência Nacional da Mulher Advogada Evento acontece nos dias 21 e 22 de maio com a presença de ministros do STF, STJ, TST e TCU MARIA SALÉSIA COM ASSESSORIA sallesia@hotmail.com

M

aceió será palco da I Conferência Nacional da Mulher Advogada, que será realizada nos dias 21 e 22 deste mês, a partir das 9 horas, no Centro de Eventos do Hotel Ritz Lagoa da Anta, no bairro de Cruz das Almas. Na ocasião, a capital de Alagoas receberá importantes juristas e representantes da sociedade civil que irão debater as principais bandeiras do universo feminino frente aos desafios da advocacia contemporânea. As inscrições para o evento estão abertas e podem ser feitas pelo site www.eventos.oab.br/cnma. Até

o próximo dia 17, o valor para estudante é de R$ 50, e de R$ 60 a partir do dia 18. Para advogados e outros profissionais, a taxa será R$ 80 e R$ 100, sendo que há desconto para grupos a partir de 15 pessoas. O participante terá direito, ainda, a certificado de 24 horas. Segundo a idealizadora do evento e presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Fernanda Marinela, embora a conferência tenha como tema a mulher advogada, todos os operadores do Direito podem participar, inclusive estudantes da área. “O evento dará foco às mulheres após a mudança de legislação no âmbito das eleições da Ordem e também discutirá tudo o que é importante na advocacia

Fernanda Marinela destaca a importância do evento que trará a Alagoas ministros de todas as Cortes superiores do País

no momento. As advogadas, que já representam quase 50% da classe, precisam estar sempre atualizadas, além de participar dos debates de gênero”, diz, ao acrescentar que o movimento é por mais mulheres na OAB.

A I Conferência Nacional da Mulher Advogada contará com cinco painéis, onde serão apresentados temas variados como as inovações no processo trazidas pelo Novo CPC (Código do Processo Civil) e mecanismo de soluções de conflitos. Os

avanços e os retrocessos nas questões de gênero também fazem parte da programação. Serão abordados ainda os processos eleitorais e a democracia, além dos desafios para a efetivação da Justiça na modernidade. As palestras terão a presença de juristas de todo o país, já tendo sido confirmadas as participações do ministro do Superior Tribunal de Justiça Humberto Martins, da ministra presidenta do Superior Tribunal Militar Maria Elizabeth Teixeira, ministra do Tribunal Superior do Trabalho Delaíde Arantes, ministra do Supremo Tribunal Federal Carmem Lúcia, ministro do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas, do doutor Fredie Didier Jr., da diplomata Laura Berdine, da presidente do Instituto Panamericano de Política Criminal Alice Bianchini e dos doutores Rogério Sanches e Rodolfo Pamplona, entre outros. De acordo com Fernanda Marinela, a conferência será um marco na área jurídica, pois além de ter a mulher como protagonista, propõe uma reflexão ampla com todos os atores do Direito visando o fortalecimento do Estado Democrático.


16 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015

FÁBIO GUED

MISTURA, EM SUAS OBRAS, O DESENVOL ODILON RIOS Especial para o EXTRA

D

escobrir que os heróis de Alagoas não são exatamente tão heróis assim é tarefa difícil, quase inaceitável para quem cultua o passado como uma luta entre o bem e o mal. Para além do maniqueísmo, o economista Fábio Guedes permite um mergulho diferente. Mistura, em suas obras, o desenvolvimento, a violência e a sociedade. Mostra que a História envolve lutas, conflitos. Linha semelhante à de Dirceu Lindoso, também entrevistado pela série “Alagoas, 200”. Fábio Guedes é o nono personagem entrevistado pelo semanário, que leva aos leitores imagens diversificadas sobre o bicentenário de Alagoas, comemorado em 2017. Que Alagoas é esta? Como foi? VEJA ENTREVISTA:

Quando descobriu que a Alagoas dos heróis foi apenas ficção? Na verdade isso não foi uma descoberta. Nós sabemos desde o ensino fundamental que a história brasileira é contada - e quase sempre aceita - através da vida e realizações de alguns sujeitos que são configurados

como heróis. Ou seja, o protagonismo histórico é individualizado e são coroados alguns ilustres personagens que, invariavelmente, foram alçados de famílias importantes e nobres da estrutura social. No caso de Alagoas, isso é muito perceptível, pois muitos nomes de ruas, monumentos e comendas levam o nome de alguns considerados “heróis”. A leitura que fiz do livro do historiador alagoano Dirceu Lindoso, A Utopia Armada: rebeliões de pobres nas matas do tombo real (Maceió: Edufal, 2005), permitiu que conhecesse um pouco mais o processo histórico alagoano pelo lado dos derrotados, que sem eles não existiriam os chamados “heróis”, quando na verdade são as lutas, os conflitos, as contradições políticas, sociais e econômicas que fazem girar a roda da história. Lindoso aponta justamente isso: que existe uma história oficial escrita pelos vencedores e que esconde determinantes históricos relevantes e excluindo, completamente, os protagonistas oriundos das classes subalternas da estrutura social. Desde quando existe relação entre os indicadores sociais de Alagoas e a violência? Essa relação não é nova. Porém um aspecto desafiou as ciências sociais contemporâneas: mesmo melhorando o perfil de renda dos considerados mais

pobres e incluindo-os no mercado de consumo, não fizemos recuar os elevados níveis de violência no Brasil. Em Alagoas isso é ainda mais dramático, porque não é somente a pobreza material que determina a violência exagerada, mas também a falência das políticas públicas, a completa ausência de cidadania e cuidado com a formação das crianças e jovens. A violência em Alagoas, apesar de antiga, explodiu mesmo a partir de 2007 e isso deve ser explicado de forma contextualizada, e não debitar somente a uma pretensa cultura e histórico de violência. O senhor diz que Alagoas já esteve entre as quatro maiores posições do Nordeste em participação do PIB regional e nos últimos 20 anos perdeu este ritmo. Como explicar isso se a aplicação de recursos federais cresce, em especial na era Lula? A era Lula fez crescer toda a economia nordestina acima da média nacional. Até o momento, a região tem repetido esse dinamismo na era Dilma, como demonstra recentemente boletim regional do Banco Central que registrou 3,6% de crescimento. Então, assim como os demais estados nordestinos, Alagoas se beneficiou da expansão do consumo, do emprego e renda que possibilitaram o crescimento dos

setores de comércio, serviços e construção civil. Isso aconteceu também em todos os estados da região. Só que nesses, somados aqueles setores, observou-se também dinamismos em segmentos da indústria e agricultura, com expansão de empregos formais e aumento da massa de salários. Em Alagoas sabemos que a agricultura vem perdendo dinamismo há anos e nossa indústria recuou em seu setor mais significativo, o sucroalcooleiro, avançando apenas no químico-plástico, intensivo em tecnologias e poupador de mão de obra. Ou seja, não obstante os avanços no comércio, serviços e construção civil, não tivemos o mesmo dinamismo apresentado por outros estados nos segmentos industriais e na agricultura. Por essa razão crescemos, mas muito mais lentamente quando observamos uma série histórica mais longa. Na verdade então, involuímos economicamente quando nos comparamos a outros estados do Nordeste Alagoas assistiu ao nascimento e queda dos engenhos para vir as usinas, que enfrentam decadência. O modelo esgotou? Na verdade ele não é um modelo. Trata-se de uma estrutura específica de produção econômica que acompanha o Nordeste e, especialmente Alagoas, desde sua formação e continuará fazendo parte de nossa história por várias décadas ainda. Açú-

car e álcool são dois produtos que ainda serão consumidos por muito tempo e Alagoas é competitiva em várias áreas agricultáveis para esse tipo de produção. Agora, está evidenciado que precisa-se de alternativas econômicas

m m p p p t


extra

- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015 -

17

DES GOMES

OLVIMENTO, A VIOLÊNCIA E A SOCIEDADE

mais dinâmicas que possam não somente gerar empregos e renda em padrões mais elevados, mas também produzir receitas fiscais que o Estado precisa para compensar o nosso histórico de renúncias, que resultaram

nas dificuldades com as quais o setor público hoje se defronta. Em torno da cana, há a pobreza material e aquela em que o pobre se autodestina a continuar na miséria. Onde o modelo da cana errou e onde acertou? Sobre esse assunto existem outros especialistas com mais autoridade para falar. Mas, não podemos deixar de arriscar uma opinião com base em nossa experiência acadêmica. A questão não é de acertar ou errar, porque desde o Brasil Colônia a produção canavieira foi extremamente rentável. Celso Furtado em seu clássico Formação Econômica do Brasil já apontava que essa atividade foi uma das mais prósperas em termos de criação de riquezas nos primeiros 200 anos de ocupação portuguesa. Então esse modo de produção, que passou por várias fases de mutação, foi extremamente alvissareiro para seus empresários. O problema é que na sua genética, ao mesmo tempo em que gera riquezas, promove a absoluta pobreza, porque sua estrutura de funcionamento e distribuição é essencialmente concentradora e atrofiadora do desenvolvimento humano. Do ponto de vista histórico, a sociedade alagoana sendo puxada por esse tipo de “locomotiva” econômica foi a que herdou os piores indicadores sociais e humanos do país. Para se aprofundar mais sobre isso é preciso

mais economia política, ou seja, compreender a anatomia desse sistema retardatário. Nós descobrimos a origem do mal estar alagoano? Quando em nosso livro dedicamos um capítulo com esse título, estávamos nos referindo a alguns poucos momentos que o alagoano poderia se encontrar consigo mesmo, gozar de uma relativa felicidade. Quando ele, conduzido por uma forçacoletiva, expressava todas suas potencialidades, julgando-se superior aos seus próprios problemas. Envolto a tantas situações de descasos, violência e escassez de atenção por parte das políticas públicas, apenas alguns momentos lhe traziam a plena felicidade. E um deles era o futebol, principalmente quando os representantes locais enfrentavam os grandes e se saiam bem. O esbanjar de alegrias e o efeito contagiante das vitórias devolviam ao alagoano o forte sentimento de pertencimento e orgulho de ser o que é. Entretanto, esses momentos são apenas lampejos coletivos, porque já estávamos acostumados a vivenciar, no cotidiano, um quadro de elevado mal estar. Quem é o povo e o governo a que o senhor se refere em seus artigos? Na verdade não gosto muito de usar a expressão povo porque ela significa apenas uma abstração, talvez por essa razão

a sua indagação. Mas podemos entender como povo em meus artigos aquela grande parcela da população que se identifica entre si, cultuam os mesmos valores, não comandam mas pelo contrário são subordinados dentro da estrutura de poder. Seus desejos de diferenciação social e econômica não são ambiciosos, somente querem melhorar de vida, já é o suficiente. Talvez esse seja o povo de quem me refiro. Quanto ao Governo depende muito. Porque trata-se de

Quem é?

F

ábio Guedes Gomes, 43 anos, possui graduação em Ciências Econômicas (1997) e mestrado em Economia Regional (1999), ambos pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), atualmente Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Doutor em Administração pelo Núcleo de Pós-Graduação em Administração (NPGA) da Universidade Federal da Bahia (2007), com área de concentração em Gestão Pública e Instituições. É professor da Graduação e Mestrado em Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEAC) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Tutor do PET-Economia (FEAC). Tem experiência nas áreas de Teoria e História Econômica, Relações Internacionais, Formação Econômica Brasileira, Economia Brasileira, Comércio Internacional,

um modelo de gestão e administração política da sociedade em determinado contexto histórico. Pensando assim, podemos dizer que nas últimas quatro décadas esses modelos trataram o grosso da população alagoana de maneira muito deficiente, para dizer o mínimo de alguns. Quem venceu na história de Alagoas? O sangue? Os usineiros? Ou os que conseguiram sair daqui? Deixo ao leitor a sua própria resposta para seu íntimo.

Economia Política Internacional, Administração Política, Administração e Políticas Públicas. Diretor-Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL) desde janeiro de 2015.

PRINCIPAIS LIVROS

Ensaios sobre o Subdesenvolvimento e a Economia Política Contemporânea. 1. ed. São Paulo: Hucitec Editora, 2014. 261p . O Livre Pensamento nos Fóruns Sociais: teoria social crítica e economia política contemporânea. 1. ed. São Paulo: Editora Anita Garibaldi, 2011. v. 1. 256p . Com Álvaro Gomes e Gey Espinheira (DES)ORDEM E REGRESSO: o período de ajustamento neoliberal no Brasil, 1990-2000. 1. ed. São Paulo: Mandacarú:Hucitec, 2009. v. 1. 326p . Organizado em parceria com Eduardo Costa Pinto


18 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015

PERIGO VIRTUAL

Cresce número de fraudes nas compras pela internet em Alagoas Hackers consideram o Nordeste como a região brasileira mais fácil de se aplicar golpes

JOSÉ FERNANDO MARTINS Especial para o EXTRA

O

número de tentativas de fraude em compras realizadas pela internet em Alagoas tem crescido a cada ano. A estimativa é do Mapa de Fraude 2014 divulgado no dia 30 de abril último pela empresa ro ramo de segurança virtual ClearSale. O estudo revelou que a cada R$ 100 movimentados no comércio eletrônico do estado, R$ 5,88 são referentes a uma compra ilegal. Isso representa um acréscimo de R$ 1,71 em comparação ao ano de 2013. Embora o valor pareça irrelevante, hackers veem o Nordeste como uma região fácil de se aplicar golpes. Conforme Omar Jarouche, gerente de Inteligência Estatística da empresa responsável pela pesquisa, o fato de o Nordeste ser uma das regiões mais vulneráveis do país pode ser explicada pela recente alta da oferta de crédito, pelo acesso crescente à internet e índice de criminalidade. “Este comportamento ocorre especialmente com itens de alto fluxo de revenda, como smartphones, por exemplo”, destacou ao EXTRA Alagoas. Ainda segundo o levantamento, o comércio de telefones celulares aparece no topo dos produtos com mais registros de fraudes com 18,09% das ocorrências. Em seguida estão os acessórios para informática (8,16%), games (7,10%), automotivos (6,81%) e beleza (6,42%). “Quadrilhas especializadas fazem as fraudes para

conseguir um produto ou serviço e revendê-lo depois. Para os varejistas que não possuem uma solução antifraude eficiente, é um perigo constante. Mas além do lojista, o consumidor também deve se prevenir”, explicou. Além de Alagoas, os outros oito estados nordestinos também registraram aumento nas fraudes. A Bahia continua com o maior índice do Brasil, fechando 2014 com 9,39%, ante 8,20% de 2013. O Ceará está em segundo lugar, indo de 8,08% para 9,16%; enquanto o Maranhão foi de 6,12% para 6,30%; Pernambuco de 4,31% para 5,85%; o Rio Grande do Norte de 4,67% para 5,68%; a Paraíba de 4,76% para 5,86%; e Sergipe de 3,63% para 3,95%. O Piauí apresentou o crescimento mais expressivo, partindo de 2,92% em 2013 e atingindo 4,61% no ano seguinte. Considerando o ranking nacional, a região Sul se mostrou a mais segura do país, apresentando o menor índice de tentativas de fraude com 2,1% enquanto Sudeste registrou 3,57% e Centro-Oeste 4,98%. Em contrapartida, a região Nordeste é a primeira colocada, registrando 7,18% de tentativas, e a região Norte fica em segundo lugar, com 6,48%. A média brasileira, por sua vez, fechou em 3,98%. QUEIXAS À POLÍCIA Segundo o delegado da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), Ronilson Medeiros, os números divulgados pela pesquisa batem com

o que é vivenciado pela Polícia Civil. “Talvez nem sejam os crimes que têm aumentado, mas sim, a informação do consumidor quanto aos seus direitos”, disse. Após a vítima registrar boletim de ocorrência, o caso é acompanhado pela Delegacia de Combate ao Crime Cibernético. Os investigadores solicitam documentos para comprovar a transação comercial para então apurar o caso de fraude. Porém, segundo Medeiros, a investigação ainda é vagarosa. “Isso porque muitas vezes é necessário notificar as empresas de hospedagem de sites e de telecomunicações que oferecem acesso à internet para liberar informações. O trâmite, assim, fica mais vagaroso”, explicou. Em Alagoas, as ocorrências de fraudes em compras e serviços são campeãs, superando até os casos de difamação e injúria.

DICAS PARA UMA COMPRA SEGURA - A maioria das vendas na internet é feita por cartão de crédito. Se a loja em questão não aceita a modalidade como pagamento, desconfie. Além disso, realizando a transação pelo cartão, o consumidor tem um prazo para reconhecer a veracidade da compra e pode solicitar o estorno. Em transferência bancária e boleto, não. - Também é importante checar sua fatura com frequência, para descobrir se existe alguma

compra feita indevidamente. Caso não seja identificada, a fraude pode se manter por meses. Qualquer dúvida sobre transações na fatura basta entrar em contato com a administradora do cartão. - Em compras de produtos de valor elevado é comum que as lojas liguem para confirmar alguns dados com o consumidor. Caso isso aconteça, verifique se é realmente a loja que está te ligando, confirmando os dados

da transação efetuada. Apenas a loja tem esse tipo de dado. - Por ter uma grande concorrência, muitas empresas oferecem promoções com altos percentuais de desconto. De qualquer maneira, tome cuidado com lojas que oferecem valores muito abaixo da média ofertada, especialmente aqueles onde o dinheiro sai diretamente da conta, como boleto bancário e transferência.


extra

“A atitude da presidente é a de quem bate a carteira e sai gritando “pega o ladrão” ( FHC respondendo a acusação de Dilma de que o “mensalão” teria começado com ele).

pedrojornalista@uol.com.br

Renan contraria Dilma O Senado vai mesmo apreciar a indicação do jurista Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal somente na próxima terça-feira, em sessão já agendada e anunciada pelo presidente Renan Calheiros contrariando a presidente Dilma Rousseff que desejava e pediu que acontecesse esta semana, logo após a sabatina que ocorreu na terça-feira última em reunião histórica com duração de mais

“Os filhos da elite (de verdade) também têm ido as ruas clamar por mudanças. A culpa? De Fernando Henrique Cardoso. Ele é o responsável por aguçar a visão política dos herdeiros de algumas das maiores fortunas do país, estimulando o surgimento de novas lideranças”. (Revista Época). E aí está a revolta descontrolada da presidente Dilma e de Lula que têm atacado ferozmente a figura do ex-presidente. Através do seu Instituto, Fernando Henrique iniciou há anos um programa de discussão do país com jovens da classe média e também da periferia de São Paulo. Os resultados foram surpreendentes e mudou a vida de muitos deles para melhor. Política, economia, vocação profissional e participação comunitária. Não foram poucos os jovens que após os programas conseguiram boas colocações no mercado de trabalho. O ex-presidente, diferente de Lula, é alguém que venceu pelo trabalho e por sua inteligência privilegiada. Dotado de um saber cultural e político reconhecido no mundo, sempre procurou contribuir para um Brasil melhor. É um homem rico porque sempre o foi, mas está longe de ser um milionário, principalmente com dinheiro de propinas e corrupção. Seus filhos têm vida própria e venceram por mérito. São respeitados em suas atividades, discretos, e jamais foram acusados de roubar para enriquecer a exemplo dos filhos de Lula, que afrontam o país com patrimônios milionários e inexplicáveis. Fernando Henrique honra e orgulha o Brasil moral e legal, Lula por sua vez, chega a comprometer a imagem do país por suas condutas marginais. Sempre preocupado com a formação de jovens lideranças FHC resolveu desde o ano passado também acolher para seus círculos de estudos herdeiros das famílias que controlam grandes grupos empresariais (como Votorantim, Coimex, Martins, Cornélio Brennand – com certeza nenhuma envolvida nas operações sujas do PT). Os filhos, netos e bisnetos desse “PIB” agregado a outros que não foram citados, invadem uma vez por mês a sala do professor FHC em busca de informação e formação política. Não a política comezinha, partidária. Mas, sim, a grande política, a ampla discussão do Brasil e do mundo. “O professor FHC tem nos ensinado a olhar mais atentamente para o Brasil. Somos responsáveis e, se quisermos um país melhor, temos que agir”. Diz a jovem Camila Martins, cuja família controla o grupo atacadista maior do país. Fernando Henrique se tornou, sem exageros, um ídolo para uma geração desses jovens, carentes de pessoas em quem se espelhar. Junto com FHC são citados pelos jovens como líderes que admiram: Steve Jobs, Antônio Ermírio de Moraes, Nelson Mandela, Winston Churchill, e Jorge Paulo Lemann, além dos próprios pais, claro. Esta é parte de uma história muito interessante que vai contribuir para melhorar o Brasil. E aí está o ódio de Dilma e Lula contra o “culpado” dessas mudanças: Fernando Henrique Cardoso. (Na próxima semana conto mais sobre este assunto).

19

Para refletir:

PEDROOLIVEIRA FHC O CULPADO – Parte I

- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015

de doze horas. “Nós não podemos fazer nenhum movimento que pareça que o Senado está querendo votar com quórum menor ou com quórum maior. É que isso arranha a isenção que o presidente da Casa deve ter. Nós temos procurado garantir a isenção do Senado Federal na apreciação do nome do indicado para o Supremo”. Para ser confirmado como ministro do STF, Fachin terá de ter o nome aprovado em plenário por 41 dos 81 senadores. “É fundamental nós não apressarmos a votação para que não responsabilize o presidente do Senado pela improvisação do prazo”, disse Renan Calheiros.

Faça e aconteça

O Ministério Público de Contas em Alagoas parece que vive a carregar frustrações e guarda profundos rancores intestinos por conta do insucesso de suas demandas. É um órgão novo em sua composição, muitas vezes agindo pelos arroubos de querer se mostrar na vitrine e provar que é ate maior que o próprio Tribunal de Contas. Não tem conseguido até agora colocar um de seus membros no plenário da Corte por vias judiciais e o seu papel não tem sido levado em conta dentro e fora do Tribunal. Apega-se a coisas miúdas como uma perseguição implacável às Câmaras de Vereadores, órgãos da administração municipal, sem recursos, sem pessoal e sem capacidade para manter suas estruturas arcaicas e em flagelos, enquanto se descuida de prefeituras importantes, com visíveis sinais de afronta a moralidade e a legalidade. Querem visibilidade? Abracem com vigor e saber jurídico a fétida causa da “Operação Rodoleiro” que envolve conselheiros eservidores do Tribunal de Contas, (desvio de mais de cem milhões de reais) cujo trabalho está praticamente sendo feito apenas pelo Ministério Público Estadual, sob o comando do seu austero procurador Sérgio Jucá e sua competente equipe.

Pagando sem culpa

Em boa hora o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, restabeleceu a justiça suspendendo a condição do Estado de Alagoas de inadimplente junto a União, por falta de cumprimento de obrigações de órgãos de outros poderes deixando de penalizar o Executivo quer nada tem a ver com a irresponsabilidade dos demais. Já virou rotina o instituto da apropriação indébita por parte da Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas trazendo consequências desagradáveis para os governadores, que muitas vezes foram obrigados a pagar somas exorbitantes, mesmo sem ter essa obrigação. Renan Filho já disse, com a coragem que lhe é peculiar, que não acobertará esse tipo de conduta e quem dever que pague. Afinal para que servem os gordos e injustificáveis duodécimos?

Julgamentos aguardados Tomei conhecimento que tem uma penca de prefeitos e ex -prefeitos denunciados pelo Ministério Público no Tribunal de Justiça e que deverão ser julgados até o inicio do segundo semestre. Muitos ficarão inelegíveis e estarão impedidos de disputar a eleição ou reeleição. Há, no entanto, suspeitas de que alguns desses processos possam ser “travados” dentro do Judiciário para atender a interesses puramente corporativos. Conversava com um influente procurador do Ministério Público que me dizia: “O MP irá até ao Conselho Nacional de Justiça se for preciso, para denunciarqualquer magistrado que tente dificultar o seu trabalho em defesa da sociedade”. É assim que se faz.

Nada fez, nada fará

O prefeito Rui Palmeira e seu vice adotaram a manjada postura de culpar a presidente Dilma Rousseff pelo insucesso de uma gestão beirando a catástrofe administrativa. Acham pouco e são deselegantes com o deputado Paulo Fernando dos Santos (Paulão) um dos parlamentares que mais ajudou a trazer algum recurso para suas “festas” e “alegorias políticas”. No primeiro ano de administração a culpa era da “herança maldita” deixada pelo antecessor. No segundo, foram as dificuldades de conseguir recursos para bancar projetos que não mereceram aprovação pela má qualidade. Estamos no meio do terceiro ano e o prefeito e sua equipe de incompetentes buscama quem culpar pelo insucesso. Palmeira muito prometeu e nada fez frustrando milhares de eleitores que viram nele a esperança de algo novo. Um conselho: se não tem competência, pede pra sair garoto.

Pode vir mudança

É muito possível que aconteça mudança no secretariado do governador Renan Filho antes de completar seis meses de administração. Não será por incompetência, deslealdade ou desencontro político, mas talvez para que o governo possa manter sua gestão transparente ajustada dentro de princípios básicos da constituição (moralidade e legalidade). Uma “bomba” ameaça parar no colo do governador que poderá ficar sem alternativa que não seja uma traumática substituição.

Péssima avaliação

Esta semana acompanhei pelas redes sociais uma enquete levantada pela internauta Jana Braga, jovem antenada com a política e com opinião muito conceituada. Em sua prestigiada página do facebook levantou a seguinte questão: “Se a eleição para prefeito de Maceió fosse hoje, você votaria no atual prefeito Rui Palmeira”? Pedi para que ela me mandasse o resultado final: “Caro Pedro Oliveira. Pelo que contabilizei no final foram 97 manifestações pelo NÃO, 35 pelo SIM e 15 manifestaram dúvidas. A situação do prefeito é complicada, como se pode constatar no boca a boca diariamente”. Um fato que constatei e me chamou a atenção foi o índice de agressividade de muitos internautas revoltados com a administração. Péssimo sinal.


20 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015

ARTIGOS

A Democracia e a Democracia à brasileira CLÁUDIO VIEIRA Advogado e escritor, membro da Academia Maceioense de Letras

A

palavra Democracia é daquelas mais usadas mundialmente desde as Revoluções Francesa e Americana do século XVIII, principalmente nos momentos de crises, e disso a humanidade tem tido bastante. No Brasil não tem sido diferente, e o termo tem se vulgarizado, por dá cá minha palha utilizado a propósito de tudo, às vezes inapropriada ou insinceramente. Mas, será que temos a exata percepção do que seja Democracia? A palavra é de etimologia grega, mas não é a origem do termo que move esta crônica, e sim a substância do seu significado. Então vamos perquirir um pouco sobre isso.

Antes dos gregos não se conhecia a forma democrática de governo, portanto a Democracia e uma criação helênica, esquecida na Idade Média e efetivamente restabelecida no já referido Sec. XVIII. Malgrado criação e modus vivendi gregos, não pensemos que sua aceitação tenha sido pacífica pelos Pensadores clássicos, Aristóteles foi o seu maior crítico naquele período, considerando-a desaconselhável por ser, junto com a tirania, uma forma má de governo, pois acabava por submeter o povo à manipulação dos demagogos. De sua origem até os dias atuais tem sofrido modificações profundas, ao ponto de podermos assinalar que da forma original hoje resta apenas o sentido etimológico, ou seja, ainda é entendida como sendo o governo do povo, bem como, em maus governos, acaba por permitir a manipulação desse mesmo povo por maus políticos. Talvez por isso, Churchill não a tenha poupado de ácida crítica, considerando-a “a pior forma de governo, com exceção das demais que se tem tentado de vez em quando.”

Abstraindo-nos da ironia churchilliana, e aceitando, então, a Democracia como a melhor forma de governo, ainda que seja dentre as piores, vamos encontrar em Lincoln, então presidente americano (1861 a 1865), em o famoso discurso de Gettysburg (19/11/1863), o seu mais apropriado conceito: governo do povo, pelo povo e para o povo. Essas três singelas e singulares frases deveriam estar grafadas a cinzel nas mentes de todos os cidadãos e, também necessária e prioritariamente, nas daqueles que nos representam como integrantes dos Poderes da República. Lamentavelmente, e os renitentes fatos políticos brasileiros atuais o comprovam, o que menos é considerado na Democracia brasileira é o Povo, os governantes e demais políticos atuando alheados de vinculação com os interesses e necessidades dos cidadãos. Como pode servir ao Povo e à cidadania a espetacular, por exagerada, criação de ministérios, órgãos, cargos e funções sob os auspícios de mal enjambrada coalisão que serve apenas às negociatas?

A abolição da escravidão no Brasil SEBASTIÃO PEREIRA Advogado

N

o dia 13 de maio comemora-se a abolição da escravidão, esta uma mancha tenebrosa da nossa história pátria, extinta pela coragem cívica e humanitária da Princesa Isabel, que ao assumir o Trono na ausência de seu pai o Imperador Dom Pedro II, assinou a lei Áurea, a qual recebeu essa denominação em face de ter sido assinada com uma caneta de ouro. Era neta de Dom Pedro I, imperador do Brasil e responsável pela nossa independência como País, libertando-nos do julgo português. Pressionado, voltou para Portugal abdicando o Trono em favor de seu filho Dom Pedro II, com apenas 5 anos de idade, sendo criado e educado por tutores. Aos 15 anos foi declarada a sua maioridade, assumiu o trono e conseguiu pacificar as Províncias revoltadas. Foi um excelente Imperador! Fundou o Colégio D. Pedro II no Rio de Janeiro, uma referência na educação; nascido e criado no Brasil, pagou com a sua deposição o gesto de sua filha a Princesa Isabel que decretou a abolição da escravidão. Ele não merecia isso e foi traído por Deodoro da Fonseca, a quem educou e prestigiou, promovendo-o à marechal. Ao ser deposto, pediu um punhado de terra do Brasil, levando consigo para Portugal para que fosse colocado em seu túmulo quando morresse, vez que amava

demasiadamente o Brasil, a Pátria que o viu nascer e crescer. Já no exílio lá em Portugal, escreveu o poema intitulado “Terra do Brasil” o qual transcreveremos a seguir. TERRA DO BRASIL DOM PEDRO II Espavorida agita-se a criança, De noturnos fantasmas com receio, Mas se abrigo lhe dá materno seio, Fecha os doridos olhos e descansa. Perdida é para mim toda a esperança De volver ao Brasil; de lá me veio Um pugilo de terra; e neste creio Brando será meu sono e sem tardança... Qual o infante a dormir em peito amigo, Tristes sombras varrendo da memória, Ó doce Pátria, sonharei contigo! E entre visões de paz, de luz, de glória, Sereno aguardarei no meu jazigo A justiça de Deus na voz da história! Dom Pedro II não merecia este final triste, pois fora preparado para governar o nosso Brasil e o fez com a desenvoltura de um verdadeiro estadista, tendo abolido, inclusive, a pena de morte no país; Era poeta dotado de um grande coração, tendo deixado a seguinte frase: “Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro.” Dom Pedro II.

Ou os embates entre os detentores do poder político movidos tão só por interesses pessoais, subalternos e espúrios? Ou as mentiras pespegadas aos incautos eleitores, notadamente nos períodos eleitorais, mas também durante todo o exercício do poder? Ou ainda os discursos vazios, insinceros, recheados de demagogias travestidas de belas frases e pensamentos, como soem ser produzidos por nossos políticos? Todavia, tudo de humano é dinâmico, vive em eterna ebulição evolutiva. Assim, essa democracia à brasileira, embora os políticos estultamente insistam nas mesmas práticas enganosas, vem sendo reformulada pelo povo nas ruas, nos apartamentos ou nos barracos dos menos favorecidos, por silêncios constrangidos ou pela voz rouca dos insatisfeitos e pelos panelaços incômodos. Que essas manifestações permaneçam ativas e evoluam para o voto cidadão consciente e verdadeiramente livre, quando o governo do povo será efetivamente exercido pelo povo e para o povo.

Era só o que faltava IRINEU TORRES Diretor do Sindifisco Conselheiro Emérito da Fenafisco Lula, o presidente de honra do PT, conspurcou. Usou como sendo rabichola a faixa presidencial. Tem-se, neste ato indigno, um ultimato à fé que entroniza a Democracia e a Paz. Uma esculhambação sem precedentes. Não se trata de mais um velhaco dentre tantos outros corruptos teúdos e manteúdos pelos empreiteiros. Trata-se de corrupção em série e em larga escala. Desde o Mensalão o Lula já vinha sendo alcaguetado. Primeiro por Valério. Agora, no Petrolão, torna a ser delatado. Desta feita por Léo Pinheiro, da OAS. Sem tirar nem por, o muitíssimo bem relacionado empreiteiro revela tudo o que a Nação sempre soube e sabe. Agora é fato. Leo Pinheiro assegura que pagou propina imobiliária ao Lula. Certamente haverá registros em cartório,

no CREA, no INSS, emprefeituras, condomínio, agentes financeiros e o testemunho da vizinhança. Esta evidência decorrupção passiva põe em cheque e poderá escancarar até mesmo o encilhamento das Cortes. A denúncia de Leo Pinheiro é clara, translúcida, prego batido, ponta virada. Irretorquível libelo há muito esperado. Afinal o ex-presidente da República Federativa do Brasil e presidente de “honra”, com todas as aspas, do PT serviu como rufião para os empreiteiros, foi desonesto além da conta comum, abusou das cumplicidades, teve a desfaçatez de dar um pouquinho de “bolsa família” ao povo para, traiçoeiramente, através de gestões temerárias e fraudulentas, rapinar a Petrobras, a Eletrobrás, o Banco do Brasil, o BNDES, a Caixa, e, sobretudo, a tão roubada Pátria Amada. O finório insaciável nunca se envergonhará por ser rotulado com os mais torpes adjetivos. Jactandose, diz: - “Inriquei” (sic). Cinismo e estupidez. Vergonha alheia e nossa. Opróbrio nacional e da humanidade. É hora de sarjar o furúnculo lulopetista, carnegão moral encravado na cara do PT e no coração do Brasil.


extra

- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015 -

21

ARTIGOS

A justiça de cada um JORGE MORAIS Jornalista

R

ecebi por email uma correspondência sobre decisão do TSE, determinando a retirada de comentário do jornalista Arnaldo Jabor do site da CBN, a pedido do eterno presidente Lula, e ferindo preceito constitucional da liberdade de imprensa. Leia o que escreveu Arnaldo Jabor: “O que foi que nos aconteceu? No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor, “explicáveis” até demais. Quase toda a verdade já foi descoberta, quase todos os crimes provados, quase todas as mentiras percebidas. Tudo já aconteceu e quase nada acontece.

Alguns dos culpados estão catalogados, fichados, processados e condenados e quase nada rola. A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe, tais são as manobras de procrastinação, movidas por um sem número de agentes da quadrilha. Isto é uma situação inédita na História brasileira. Nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente e desfigurada. Os fatos reais mostram que, com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo, de cabo a rabo da máquina pública e desviou bilhões de dinheiro público para encher as contas bancárias dos quadrilheiros e dominar o Estado Brasileiro, tendo em vista se perpetuar no poder, pelo menos, por 70 anos, como fizeram os outros comunas, com a extinta UNIÃO SOVIÉTICA. Grande parte dos culpados, já são conhecidos, quase tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no es-

trangeiro, os tapes, as provas irrefutáveis, mas os governos psicopatas de Lula e Dilma negam e ignoram tudo. Questionado ou flagrado, o psicopata CHEFE, não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso, nem vergonha do que fez. Mente, compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir o poder. Estes governos são psicopatas. Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas, passam-lhe a mão nas nádegas. A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior, é que a dupla Lula-Dilma, amparada em sua imagem de “povo”, consegue transformar a Razão em vilã, as provas, em acusações “falsas”, a condição de Cúmplices e Comandantes, em “vítimas”. E a população ignorante e alienada, engole tudo. Como é possível isso? Simples: o Judiciário para-

lítico entoca a maioria dos crimes, na Fortaleza da lentidão e da impunidade, a exceção do STF, que, só daqui a seis meses, na melhor das hipóteses, serão concluídos os julgamentos iniciais da trupe, diz o STF. Alguns desses delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem, com a ajuda sempre presente, dos TÓFFOLIS e dos LEVANDOWISKIS. (Some-se a estes dois: Barroso, Teori Zawaski e Rosa Weber) A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização. Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desses últimos dois governos. Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tinha de ser escrito… Isso é parte do que disse Arnaldo Jabor. Só por essa besteirinha, foi censurado e tirado do ar. Só por isso...

Havia rumores sobre uma folha misteriosa, onde “laranjas” recebiam polpudas quantias. Como provar a existência da mesma? Surgem notícias, pela imprensa, que uma equipe do Fantástico esteve em Alagoas e levou a tal folha para a Rede Globo. Mais uma vez Alagoas será vista no Brasil inteiro através de escândalos de nosso Legislativo. Pena que não fui procurada!!! A Mesa atual ameaça os servidores dizendo ter contratado uma auditoria na folha, que vai custar uma fortuna aos cofres da Assembleia, contrata comissionados com gordos salários acrescidos de cem por cento de gratificação. Mas, não devolve aos ativos e inativos os valores retirados, indevidamente, de seus proventos. Paralelamente aos trabalhos da Procuradoria, existe um advogado que não conhece os trâmites da ALE, mas possui alto saber jurídico, e orienta o 1º Secretárionas centenas de processos deixados por Fernandinho e sua turma. Moral da história: a Assembleia paga um advogado para desempenhar o papel dos Procu-

radores. É pagar caro pelo trabalho que já está sendo pago! Nosso juízo é pouco para entender que uma Casa endividada, ao invés de economizar para pagar suas dívidas, gasta mais dinheiro pagando dobrado aos comissionados, contratando um advogado, fazendo auditoria cara e particular. Com muito menos, já teria pago o que foi cortado de nossos salários pela Mesa anterior. Se fôssemos enumerar as denúncias que foram feitas contra Fernandinho e sua turma, não daríamos conta de tudo. Mas, o MP está investigando, denunciando à Justiça os horrores cometidos na ALE e, com certeza, os culpados serão punidos. Até quando alguns deputados serão protagonistas de escândalos patrocinados pelas Mesas da Assembleia Legislativa de Alagoas é o que nos preocupa. Quais os nomes que virão na folha fantasma nos intriga. Mas, esperamos ansiosamente pela decisão da Justiça, ao atender às denúncias do Ministério Público. Deus existe! Não duvidem!

Escândalos intermináveis ALARI ROMARIZ TORRES Aposentada da Assembleia Legislativa

N

ão sei aonde vai chegar a Assembleia Legislativa de Alagoas. Perdeu totalmente a credibilidade. Em qualquer lugar do Estado se falamos da ALE, no mínimo, escutamos risos e críticas. A Mesa anterior foi parar no Fantástico, da Rede Globo, Denúncias horripilantes, folhas misteriosas, comissionados recebendo altos salários mais uma tal de GDE. Num determinado momento precisávamos gritar. Pedimos conselhos a vários amigos e familiares: O que fazer? O dinheiro público era utilizado, inicialmente, para campanhas eleitorais; depois, para pagar dívidas das eleições. A Receita Federal vivia cobrando grandes valores da ALE há muitos anos e ninguém sabia o moti-

vo. Pensionistas do Legislativo mofam no AL-Previdência com salários congelados, pois o que se desconta de nós mensalmente para a previdência, fica no Legislativo. Eis que, num determinado dia, fomos chamados a depor no Ministério Público a respeito dos desmandos da ALE. E, na oportunidade, dissemos a quatro promotores tudo o que “era público e notório, saía nos jornais, comentava-se nos corredores da nossa Casa.” Uma amiga muito querida, promotora em outro Estado, me disse : “Se você não pode provar, peça ao Ministério Público para investigar”. Ora, a folha de pagamento era confeccionada pelas madrugadas, os processos administrativos dormiam por meses e meses no chão das salas da ALE. Seria impossível provar algo, a não ser que dormíssemos por lá. Então, meus amigos, contei ao MP tudo que me chegava ao conhecimento. E, para a alegria de todos, os processos estão aparecendo. O mais recente é o do Imposto de Renda. A Mesa descontava dos servidores e não repassavaos valores a quem de direito.


22 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015

SUDESTE PRIVILEGIADO

Alagoas é o estado que menos recebeu verba da Lei Rouanet Ministro destaca que escolha de contemplados é perversa e que é preciso equalizar os repasses Cultura, são os departamentos de marketing das empresas. “Se uma empresa vai associar sua marca, vai fazer com quem pode fortalecê-la, e então um artista criativo que esteja contrariando o gosto comum, um artista com reverberação nas camadas de baixo poder aquisitivo não interessa. Será uma seleção perversa, e pior, usando dinheiro público”, finalizou.

JOSÉ FERNANDO MARTINS Especial para o EXTRA

A

lagoas ficou em último lugar no ranking dos estados que receberam verbas da Lei Rouanet para a produção de eventos e incentivos culturais. O que foi destinado para cá em 2014 não passou de 0,002% dos recursos, o equivalente a R$ 30 mil. Os números divulgados pela assessoria do Senado não surpreenderam o produtor cultural Marcus Assunção. “No ano passado nós estávamos em pleno esquecimento e com muita ausência de projetos. Tive algumas iniciativas que receberam ajuda da Lei Rouanet, mas tudo é muito difícil”, destacou. Os dados sobre as captações para projetos culturais de 2014 mostram que São Paulo concentrou 42% do total geral de R$ 1,3 bilhão, enquanto o Rio de Janeiro ficou com 25% e Minas Gerais, 10%. Enquanto isso, os estados do Norte, Nordeste e Centro -Oeste, com raras exceções, ficaram com percentuais sempre bem abaixo de 0,1%. “O eixo Rio-São Paulo tem mais poder de articulação para captar recursos. Para investir em cultura é necessário todo um trâmite político”, opinou Assunção. Promover a cultura em Alagoas somente com muita força de vontade. Essa é a opinião do também produtor Mauro Braga que apontou que a falta de consciência quanto ao valor

Ministro Juca Ferreira admite que é preciso mudar política

cultural de Alagoas dificulta na angariação de recursos. “O Sudeste é mais vantajoso para as empresas porque geralmente patrocinam artistas que estão sempre na TV. Acredito que seria necessário equalizar os investimentos entre as regiões do Brasil”. A secretária de Cultura Mellina Freitas, ao se inteirar sobre os dados, declarou que a gestão está focada no desenvolvimento de ações que apoiem e incentivem a cultura no Estado. “Estamos trabalhando em projetos que fortaleçam as políticas públicas culturais, buscando estimular as produções e garantir a sua diversidade”. Conforme a titular da pasta, a nova gestão visa propostas que deem uma resposta mais efetiva para as ações de fomento aos valores culturais.

Mellina Freitas diz que Estado quer valorizar a produção e cultura locais

NO SENADO A discrepância dos investimentos da Lei Rouanet entre os estados brasileiros chamou a atenção do ministro da Cultura, Juca Ferreira, que usou o plenário do Senado Federal no final de abril último para defender uma reformulação nos repasses. Durante audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esportes (CE), Ferreira disse que a legislação criou uma “pirâmide de privilégios” para beneficiar o Sudeste com os recursos de patrocínio. “São sempre os mesmos que recebem, e eu não quero aqui nem detalhar, para não fazer proselitismo contra determinadas organizações, até porque o problema não é eles, mas da própria lei”, observou. Ainda para o ministro, é necessário mudar a atual legisla-

ção que leva o nome do então secretário de Cultura do governo federal, Sérgio Paulo Rouanet. Entre as mudanças previstas, o texto, que cria o Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura (Procultura), aumenta os limites de dedução do Imposto de Renda para as doações feitas a projetos culturais. A Lei Rounet já cumpriu o papel que motivou sua criação e agora está gerando distorções, a começar pelo reforço às desigualdades do país. Um dos grandes problemas do sistema é que, conforme o ministro, o dinheiro deriva de impostos que o governo abriu mão de cobrar das empresas patrocinadoras. Porém, quem em última análise decide sobre os projetos culturais que receberão patrocínio, entre aqueles previamente habilitados pelo Ministério da

PROPOSTAS A audiência, coordenada pelo presidente da CE, Romário (PSB-RJ), foi sugerida para que o ministro apresentasse suas prioridades. Juca Ferreira aproveitou para solicitar apoio a outras propostas de interesse da pasta que tramitam no Congresso. Entre elas, está a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 150/ 2003, ainda em exame na Câmara, que define recursos mínimos para o os orçamentos da cultura. Seriam 2% das receitas no plano federal, 1,5% nos estados e 1% nos municípios. Ferreira ainda manifestou satisfação com a aprovação pelo Congresso do texto que originou a chamada Lei da Cultura Viva, a Lei 13.018, de 2014, que garante condições mais efetivas para o funcionamento dos chamados Pontos de Cultura, que se destinam a garantir o acesso da população aos meios de produção, circulação e fruição de manifestações culturais criadas pelas próprias comunidades.


extra

- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015 -

23

PORDENTRODOESPORTE JOÃO DE DEUS jdcpsobrinho@hotmail.com

Torcidas confiantes

Mais antigos

Vica confiante

CRB na Série B e o ASA na C liberam otimismo pró uma boa campanha neste nacional dofutebol. Tanto a diretoria do Galo da Pajuçara como a do alvinegro arapiraquense estão com elenco que permite otimismo e, lembrando: futebol é uma caixinha de surpresas. Momento é para confiar e dar tempo ao tempo e lembrando: o CRB começou vencendo o Bragantino (2x0), no dia 9.

Marcelo Oliveira é hoje um dos técnicos com mais tempo no mesmo clube, o Cruzeiro. Tem contrato ainda distante de vencer e completou recentemente 150 partidas no comando técnico do clube e é um dos cotados para ganhar o Brasileiro desta temporada.

Jogos nacionais

Função no campo

O ASA não ter chegado às finais do Alagoano é do futebol. Aliás, segundo torcedores, é “caso vencido” e as atenções se voltam para a estreia na Série C neste sábado contra o Confiança e jogo em Sergipe. O alvinegro, no meio da semana enfrentou o Vitória (BA) pela Copa do Brasil e empatou em 1 x 1. Segundo jogo será na Bahia.

O

No Brasil o agenda de jogos de futebol na temporada não pesa nos custos do clube? E jogador mantém a forma atuando três vezes na semana e viagens intercaladas? O bolso do torcedor suporta os custos ou habituais clarões nas arquibancadas dos estádios não sinalizam atenção?

Cuida da saúde Muricy Ramalho, ausente do São Paulo, deixa dúvida se o afastamento é para recuperação de saúde ou permanente.A mídia do Sul noticia que ele cuida da saúde e no paralelo acompanha o futebol na televisão e conversa com Milton Cruz, o substituto, que vem bem na análise da mídia.

Ponto de vista Habituais praticantes de esporte, independente da modalidade, entendem o comportamento das torcidas às vezes extrapolando limites. Empate até é aceito mas depende do adversário. Alimentou a conversa o CRB na Série B, o ASA na C e o CSA passando férias prolongadas.

Estrela sobe Roberto Firmino, iniciado no CRB, transferido para o Figueirense e desde 2011 no Hoffemann da Alemanha, tem hoje cadeira cativa na seleção brasileira. Há três anos fora do Brasil e hoje famoso, fala em vir passar uns dias após o campeonato alemão. Mas virá a Maceió?

“Jogador de futebol quando se profissionaliza deve entender que vai estar no campo para jogar. Mas tem dentre eles alguns que insistem em provocar o árbitro até levar cartão amarelo”. Observação foi de Oswaldo Emanoel Santos, morador da Ponta da Terra, saudoso do Brasil, anos 50/60 e 70.

CRB x Botafogo CRB pega neste sábado, a partir das 16h30 o Botafogo no Engenhão (Rio) pela Série B e data coincidindo com o aniversário de Nilton Santos, falecido em 2013 e no dia faria 90 anos. Nilton Santos foi ídolo no Botafogo ao lado de Garricha e Didi.

Bom público Carlos Eduardo Pereira, presidente do Botafogo, não perde o estímulo pela presença do clube na Série B e palavra dele sobre o jogo contra o CRB: “Vamos fazer uma belíssima homenagem a Nilton Santos”. Promete festança e está confiante em um bom público no Engenhão.

Seleção brasileira Kaká está animado pelo seu nome constar na lista de suplentes divulgada por Dunga para uma possível convocação na seleção brasileira. Os 23 listados se apresentam dia 1º de junho na Granja Comary. A Canarinha fará amistosos contra México e Honduras e dia 14 de junho estreia na Copa América.

Automobilismo Sebastien Buemi (suíço) venceu no sábado anterior a sétima etapa da temporada 2014/15 da Fórmula E, em Mônaco. Já os brasileiros Lucas Di Grassi (Audi Sport ABT) e Nelsinho Piquet (China Racing) ficam na segunda e terceira posições. Mas diferença na pontuação deles para o suíço é mínima.

Voleibol

Fofão oficializa a despedida das quadras no próximo dia 24. Mas até que esse dia chegue vai cumprir agenda sobrecarregada pelas homenagens das amigas e os amistosos com colegas do time que foi medalha de ouro em Pequim (China). Vai deixar saudades.

Bilheteria Dos clubes brasileiros os que apresentam as melhores médias de público quando tem mando do campo até a rodada anterior foram: Corinthians 31.844 (66%); Palmeiras 28.913 (66%); Flamengo 21.115 (37%); Cruzeiro 20. 246 (32%); Internacional 19.819 (30%); e, o Santos R$ 19.340 ( 30%).

Libertadores O São Paulo foi eliminado pelo Cruzeiro nos penaltis, o Internacional venceu o Atlético Mineiro e se classificou para as quartas de final. O Corinthians ficou no caminho após perder por 1 x 0 para o Guarani do Paraguai no Itaquerão, no primeiro jogo perdeu por 2 x 0. A decisão da Liga dos Campeões ficou com o Barcelona e a Juventus. Jogo será dia 6 de junho, em Berlin.


24 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS -15 A 21 DE MAIO DE 2015

S.O.S.ALAGOAS CUNHA PINTO

VLT nos trilhos?

Repressão

A

A SMTT vem sendo rigorosa na fiscalização e motoristareclamando dador no bolso mas sem que tenha razão. Já a Smccu, do mesmo modo, educa donos de bar, loja e restaurante para deixar passagemlivre para o pedestre na calçada. Mas, muitos são aindaalheios àorientação

CBTU sinaliza otimismo de o VLT circular na linha Maceió/Rio Largo. Revisando a linha com reforço o entusiasmo do senador Benedito de Lira exibindo cenas do trem na TV, horário do guia eleitoral. E mais: na estação de Jaraguá, os trilhos antigos estavam sendo retirados, sinal de que o VLT, começando a circular, vai ter o percurso até o bairro.

Baixa cilindrada Vereadores devem intermediarnegociação da prefeitura e o governo do Estado sobre proposta pararegulamentar motos com baixa cilindrada (cinquentinhas).Proposta que culminou na decisão foi tomada em audiência pública na sexta-feira passada (8)e defendida por Carlos Ronalsa e Silvânio Barbosa.

Insistência O maceioense, pelo fato de não sentir ainda o problema do paulistano de escassez de água, não deve se descuidar daprudência no uso. Advertência de técnicos da Casalà população para evitar uso abusivo vem sendo explícita. Ou o racionamento ainda não foi notado?

Do argumento

Terceirizadas

Outro pepino?

O Ministério Público do Trabalho revelou, em matéria divulgada dia 20 de abril, pelo Correio Braziliense, que as fraudesno Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) cresceram nos últimos anos de formaassustadora e cita empresasterceirizadas como as mais habituais na prática da irregularidade. E pior é a crise financeira impondomais sacrifício ao trabalhador.

Renan Filho (PMDB) começa a pegar outro pepino naSecretariada Agricultura. No casooesvaziamentodo quadrotécnicocom pedidos de aposentadorias por tempo de serviço. A dúvida? Ascontrataçõesvão ser feitas atravésde concurso ou com comissionados?

Projetos Silvânia Barbosa (PPS) teve promulgado na Câmara Municipal de Maceió os projetos decriação da Rua da Criança e do Lazer; queprédios municipaissejam pintadosnas cores da bandeira de Maceió; sinalização horizontal diferenciada em torno de unidades públicas de ensino,inclusive creche; eo “Cidadão Legislador”ofereçampropostas para projetos de lei ou requerimento.

Outra proposta Ainda da vereadora Silvânia Barbosa constou a proposta para dispensa de pintura padronizadanos prédios públicos, exceção nos casos de exigência de cores especiais por normas nacional/ internacionais ou imóveis tombados pelo patrimônio histórico e cultural.

Imundície Problemas das praias de Maceió são gerados pela sujeira deixada por banhistas. Observação é de pescadores e teve a ver com o aparecimento recente da mancha nas proximidades dos arrecifes, trecho próximo à piscina natural. Imundície nas praias hoje não é mais surpresa.

Agricultura “Como anda a agricultura em Alagoas?” Pergunta foi recentea um grupo de agricultoresmas a resposta veio com outra indagação: “Como são apresentados os dados oficiais agrícolas de produção divulgados pelo governo?” Até hoje, segundo eles, nenhum foi liberado.

Uma atenção Em Maceiólojasusamlonas para proteção do sol, mas são orientadas pela Prefeitura ou é a revelia? Caso foi levantado por ser comum altura baixa, bloqueio a passagem do pedestre e uso de cano ou ferro pontiagudospara suportar a ventania. Nos bairros principalmente.

Do que falam A Operação Lava Jato, pela inclusão de políticos no Congresso Nacional na lista de possíveis envolvidos, causa embaraço para o governo agilizara tramitação de projetos necessitando de aprovação? É questão que tem sido comentada abertamente nas redes sociais.

Ministérios Parou no nascedouro uma proposta transpirada em Brasília e divulgada recentemente na mídia nacional e que tem a vercom sugestãodo número deministérioscomo alternativa para desonerar a folha de pagamento do governo federal. Ou em miúdos, demissão em massa de servidores.

Do vereador Silvânio Barbosa: “Existem muitas dúvidas, já que há atribuições do Estado, do município e governo federal. E é preciso lembrar que os proprietários são,na maioria absoluta, trabalhadores assalariados, de baixa renda e sem condições de pagar os valores cobrados pela Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou as taxas de licenciamento”.

É do Brasil O Planalto fala em ano difícil, maslibera dos cofres públicos mais de R$ 800 milhões para gastança pelospartidos políticos.A proposta, se é legal ou não, tem questionamento nas ruas e base da indignação pelo momento que o País passa. Pergunta: “Esses recursos não teriam serventia maior se fossem direcionados às causas sociaisque o País enfrenta?”


extra

MEIOAMBIENTE ambiente@novoextra.com.br

- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015 -

25

Gêiser rosa Um artista que criou polêmica ao tingir um famoso gêiser da Islândia de rosa, foi multado em 100 mil coroas islandesas (R$ 2.300). Marco Evaristti recusou-se a pagar a quantia e deixou o país no último domingo sem objeção da polícia. Criticado por ambientalistas, ele defendeu seu trabalho, alegando que o corante usado para colorir a nascente termal de rosa era inofensivo. Segundo ele, o trabalho faz parte de um projeto no qual pretende, entre outras coisas, tingir uma duna do deserto do Saara e uma ovelha.

Acordo climático

Novo recorde mundial

O

Cientistas dos Estados Unidos indicaram que as concentrações globais de dióxido de carbono atingiram um recorde de média global de 400 partes por milhão. Em grandes quantidades, o dióxido de carbono é um poderoso e perigoso gás de efeito estufa, produto das atividades humanas, entre as quais a combustão de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo, e o desmatamento. Os cientistas asseguram que o aumento de CO2 por milhão produz, entre outras coisas, o aumento das temperaturas na Terra e uma desordem climática.

futuro acordo climático de Paris visa envolver mais de 190 países na luta contra o aquecimento global, que exige a diminuição do uso de combustíveis fósseis para fazer grandes progressos em eficiência energética e mudança de gestão da Terra. Apesar das discussões estarem progredindo lentamente, todos os países reconhecem que não estão no caminho de 2°C, limite de aquecimento em relação à era pré-industrial que a comunidade internacional não deve exceder, a fim de evitar impactos graves e irreversíveis para muitas pessoas.

Nível do mar

Geoglifos O avanço nas pesquisas arqueológicas revelou a existência de cerca de 400 desenhos gigantes espalhados pela Amazônia, os geoglifos. Valetas de cerca de dez metros de largura e dois metros de profundidade, feitas em formato normalmente círculos ou quadrados. Pelo que se sabe, os geoglifos foram feitos por índios Aruaques que habitaram a Amazônia séculos atrás para servir de campo para rituais religiosos.Com o avanço dos levantamentos, um grupo de pesquisadores brasileiros e finlandeses se concentra em analisar quais os hábitos dos povos.

Himalaias O forte terremoto que atingiu o Nepal reduziu os Himalaias em cerca de 1 metro. O trecho que teve sua altura reduzida é o de 80-100 km do Langtang Himal, a noroeste da capital Katmandu. Algumas áreas, incluindo a capital e o sul das montanhas do Himalaia, ficaram mais altas depois do terremoto. Cientistas dizem que é um comportamento geológico normal após um terremoto dessa magnitude.Normalmente, os Himalaias estão em ascensão por causa da colisão entre as placas tectônicas Indiana e Eurasiática. Mas durante grandes terremotos, o processo é invertido.

Camada de gelo do Ártico A extensão de camada de gelo no Ártico é a menor desde o final da década de 1970, quando começaram os registros com satélite. Devido à mudança climática e ao aquecimento global, ela é cada vez mais fina. Esta tendência traz grandes implicações para as rotas marítimas, a pesca, a fauna local, a exploração de recursos naturais e as comunidades nativas do Alasca. Os efeitos da redução da camada gelo não se concentram só no Ártico e zonas próximas, mas têm influências notáveis no clima do resto do planeta, como na formação de furacões ou no

A elevação do nível do mar em todo o mundo acelerou ao longo da última década. Esta aceleração é maior do que a observada na década anterior, mas está de acordo com a aceleração causada pelo derretimento das calotas polares na Groenlândia e no Atlântico ocidental durante este período, assim como as previsões do IPCC. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o nível global do mar subiu 19 centímetros entre 1901 e 2010, uma média de 1,7 milímetros por ano. O IPCC prevê um aumento do nível do mar de 26 a 82 centímetros até 2100 em comparação com o final do século XX.

Carbono na Amazônia A Amazônia abriga cerca de 16 mil espécies de árvores, mas apenas 182 dominam o processo de captura de gases que causam o efeito estufa, de acordo com pesquisa publicada na revista Nature Communications. Com 5,3 milhões de quilômetros quadrados, o ecossistema é a maior floresta tropical do mundo e essencial para o ciclo de sequestro de carbono do planeta. Responde por cerca de 14% do carbono assimilado por fotossíntese e abriga 17% de todo o carbono estocado em vegetação em todo o planeta. No Brasil, 61% das emissões são resultantes de mudanças de uso do solo e desmatamento. Aproximadamente 17% da floresta - uma área equivalente ao território da França ou quase duas vezes ao do Estado do Maranhão - já foram convertidos para outras atividades de uso do solo.

Roubo de madeira Enquanto a construção da polêmica usina de Belo Monte passa por sua fase final, indígenas vizinhos enfrentam uma explosão da extração de madeira ilegal em suas terras. O Instituto Socioambiental (ISA) faz uma estimativa de que o equivalente a R$ 400 milhões em madeira teriam sido roubados dessa terra indígena apenas em 2014. O ISA acredita que o aumento da extração estaria atendendo a uma crescente demanda em Altamira, cidade cuja população saltou 50% após Belo Monte, para 150 mil pessoas. A estimativa é de que a área explorada ilegalmente por madeireiros dentro da Cachoeira Seca mais do que dobrou, passando de 4.700 hectares em 2013 para 13.390 hectares em 2014, equivalente a 1.080 estádios Maracanã, no Rio de Janeiro.


26 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015

IMPROBIDADE

Vice-prefeito de Traipu é acusado de desviar quase R$ 50 mil da Prefeitura Erasmo Dias assumiu o comando do município por menos de duas semanas, mas foi suficiente para transferir dinheiro público a uma empresa sem qualquer procedimento licitatório DA REDAÇÃO

A

situação é crítica no município de Traipu, distante 158 km de Maceió. Após uma decisão judicial, o vice-prefeito Erasmo Araújo Dias assumiu a gestão municipal por 12 dias. O curto período, no entanto, foi suficiente para a transferência de quase R$ 50 mil para uma empresa que nunca foi licitada pelo município e sem qualquer justificativa ou explicação. A Prefeitura de Traipu vai denunciar o vice por improbidade no Ministério Público. O uso injustificado dos recursos públicos foi descoberto quando a equipe da prefeita Conceição Tavares retornou ao comando do município na terçafeira (12). A conta corrente da Secretaria Municipal de Saúde mostrava duas transferências para a empresa VAL MED PRODUTOS E EQUIPAMENTOS MÉDICOS, realizadas no dia 8 de maio. Juntas, as transferências somam o montante de R$ 46.766,44. Na ocasião, a secretaria era comandada por Humberto Palmeira, tio da vereadora Larissa Palmeira. De acordo com Etinho Dias, atual secretário Municipal de Saúde, não há justificativa para o gasto. “Sabemos que o vice -prefeito comprou medicamen-

tos, mas o material adquirido não vale isso tudo. Traipu realizou uma licitação para compra de medicamentos e o material custaria menos de R$ 9 mil na empresa vencedora. Fizemos esse levantamento e as atas da licitação estão disponíveis para qualquer pessoa constatar essa atrocidade”, declara. As transferências serão base para uma denúncia por improbidade administrativa contra o vice-prefeito. “Sugerese que os medicamentos não foram entregues à Prefeitura de Traipu, o que somente vem a solidificar uma suposta fraude à licitação e desvio de verbas públicas”, aponta o procuradorgeral de Traipu, Dênis Guimarães. “Vamos apresentar essa situação ao Ministério Público e, se ficar comprovado que também houve desvio de verbas federais, vamos encaminhar ao Ministério Público Federal”, ressalta. No dia 11, o vice-prefeito Erasmo Dias chegou a publicar um decreto de emergência no Diário Oficial dos Municípios com data retroativa a 2 de maio, primeiro dia após sua posse. Essa medida permitiria compras sem licitação, mas o procurador-geral de Traipu garante que, apesar disso, a transferência está irregular. “Não existe qualquer pro-

Vice Erasmo Dias assumiu comando de Traipu por apenas 12 dias

Comprovante das transferências efetuadas no dia 8 de maio

cedimento administrativo de contratação da referida empresa, o que gera indícios de que a referida contratação, ainda que supostamente dispensada na forma da Lei 8.666/93 [Lei das Licitações], não teria seguido os trâmites legais”, afirma Guimarães. Segundo o procurador, mesmo com o decreto de emergência, seria preciso haver pelo menos cotação de preços, parecer jurídico autorizando a compra e processo protocolado, mas nada disso foi feito. Não foi apenas a Saúde de Traipu que saiu perdendo. Em várias secretarias documentos e processos desapareceram. Na própria sede da Prefeitura, roteadores de internet e até mesmo dois HDs que guardavam imagens do sistema de segurança foram removidos e não se sabe seu paradeiro. A Prefeitura aponta que o caso mais grave foi com os veículos do município. Uma máquina patrol e os ônibus escolares tiveram uma série de peças retiradas sem qualquer explicação.“Apenas dois ônibus escolares estavam em manutenção. Agora temos cinco que não podem ser usados por causa da falta dessas peças, o que vai prejudicar os estudantes”, lamenta Maciel dos Santos, secretário de Obras e Viação. O OUTRO LADO Ouvido pelo EXTRA, Erasmo Dias disse que agiu de acordo com o decreto de emergência e que toda mercadoria foi entregue. Também convidou os denunciantes a irem com ele à Polícia Federal para explicar o caso. “Quem roubou, que pague”, desafiou o vice-prefeito.


extra

- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015 -

27

ALTARODA

FERNANDO CALMON fernando@calmon.jor.br

Não tão ruim para todos A queda de vendas em 2015 sobre 2014 é estimada entre 13% e 19%, dependendo do otimismo ou pessimismo da fonte, mas nem todas as marcas foram tão atingidas. Há mais inclinação em encolher a procura por modelos de menor preço e dessa forma os quatro fabricantes mais antigos e dominadores por décadas estão sofrendo. Pela primeira vez desde a chegada de novos entrantes com produção local na segunda metade dos anos 1990, Fiat, GM, VW e Ford juntas ficaram abaixo da barreira simbólica de 60%. Para ser mais exato, 59,1% de participação somada no mês passado. As marcas orientais tradicionais conquistaram aparentemente uma zona de conforto, sem precisar dar férias coletivas, implantar bancos de hora, suspender contratos de trabalho ou promover programas de demissões voluntárias. A Hyundai continua a fun-

cionar em três turnos com redução mínima de vendas: 2,4% frente à queda geral acumulada no primeiro quadrimestre de 19,2%. Mas as japonesas Honda, Toyota e Nissan foram além. As três cresceram 12,5%, 12,4% e 3,4%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2014. Há explicações conjunturais, além da tradicional prudência oriental ao fazer investimentos em fábricas. Segundo Marcelo Cioffi, da consultoria PWC, “trata-se de marcas de menor volume, com produtos novos ou renovados e, portanto, menos afetadas pelos recuos de mercado”. No entanto, outros fatores também influenciam. A Honda, particularmente, só concluirá a nova fábrica em 2016 e, assim, poderá ter até de sacrificar vendas do Civic e do City para atender a demanda muito boa do HR-V este ano. Se a unidade de Itirapina (SP) já estives-

RODA VIVA se em produção talvez ficasse mais difícil. Nissan, ao contrário, tem produtos mais baratos e tende a ficar com capacidade ociosa a exemplo das marcas de maior presença. Mas ao partir de bases comparativas muito baixas, quando dependia de importações controladas do México, tem como crescer um pouco mais este ano. Até 10% sobre 2014, estima com otimismo o fabricante. Também se deve considerar que apenas a Nissan atua de forma significativa na faixa de produtos mais importante e sacrificada em torno de R$ 30,000. Hyundai, Toyota e Honda têm tíquete médio de venda superior, em que a queda vem sendo menor. Toyota admite que espera repetir os números de 2014, o que seria ótimo resultado em cenário tão recessivo como o atual. Exceção é a Mitsubishi cujo tombo

acompanhou a média de mercado, em torno de menos 19%. Quanto às orientais chinesas a situação é bem diferente. Aproveitaram o real muito valorizado para oferecer modelos equipados a preços superconvidativos. Com o aumento dos impostos do programa Inovar-Auto importadores anunciaram a intenção de construir fábricas. Mas, ano passado, todas juntas ocupavam menos de 1% do mercado. No auge estimavam ter, em conjunto, 5%. Só a Chery inaugurou uma unidade industrial, em 2014. Mal funcionava e a produção do Celer parou por greve de um mês que terminou semana passada. Assim, o lançamento do QQ nacional sofreu outro adiamento para o final deste ano. Quanto à JAC, os planos dependem de linha de financiamento do governo da Bahia. Sobre as demais chinesas e as fábricas prometidas, não se fala mais nisso.

Confira os preços e equipamentos: S-Cross GL – R$ 74,9 mil Itens de série: câmbio manual de 5 marchas, rodas de alumínio de 16 polegadas, molduras nas caixas de roda, faróis de neblina, vidros, trava e retrovisores externos elétricos, volante multifuncional com acabamento em couro, direção elétrica com ajuste de altura e profundidade, computador de bordo, ar-condicionado, tomada 12V no porta-malas, sistema de som CD/MP3/Bluetooth, airbags frontais, Isofix e freios com ABS. S-Cross GLX – R$ 88,9 mil Itens de série: câmbio CVT, rodas de alumínio de 17, rack de teto, retrovisores externos rebatíveis com

pisca encorporado, borboleta para troca de marchas no volante, sistema de partida sem chave, ar-condicionado digital de 2 zonas, controle e limitador de velocidade, bancos traseiros reclináveis em 2 posições, 6 airbags, controle de estabilidade, assistente de partida em rampa, sensor de proximidade e os demais itens na versão inicial. S-Cross GLX 4WD – R$ 95,9 mil Itens de série: itens da versão anterior, bancos de couro e 4×4 com AllGrip – sistema que possibilita quatro diferentes modos de condução Auto, Sport, Lama e Lock . S-Cross GLS 4WD – R$ 105,9 mil Itens de série: faróis bi-xenon , sensor crepuscular e de chuva, espelho retrovisor interno eletrocrômico, teto solar, multimídia com GPS e tela de 8 polegadas, além dos itens da versão anterior.

pitstop

Suzuki S-Cross, para brigar no segmento que mais cresce

Com opção 4×4 o modelo tem como principal concorrente o Jeep Renegade e o Honda HR-V

A

presentado no ano passado no Salão de São Paulo, o S-Cross da Suzuki chega às concessionárias a partir de R$ 74,9 mil na versão 4×2 e R$ 95,9 mil na versão 4×4. Equipado com motor 1.6 16V de 120 cavalos, o crossover japonês tem opção de câmbio manual na versão de entrada e transmissão automática (CVT) nas outras três versões. Classificado pelo Innetro com nota “A” em consumo, o S-Cross faz 11,9 km/l na cidade e 13,2 km/l na estrada, conquistando o selo Conpet pelo seu desempenho tanto na sua

categoria como na geral. O S-Cross chega como mais uma opção no segmento que mais cresce no mercado. O carro tem como diferencial a tração 4×4. Segundo a Suzuki, seus principais concorrentes são Honda HR-V e Jeep Renegade. Mas a empresa espera conquistar também clientes de sedãs médios e do Ecosport, líder no segmento. A previsão de vendas é de 250 unidades/mês e com isso o objetivo é crescer até 25%. “Não queremos ser apenas mais um no mercado. Amamos o que fazemos e somos obstinados pelo atendimento ao cliente”, afirmou Luiz Rosenfeld, presidente da Suzuki do Brasil.

ANFAVEA viu um indicador levemente positivo no mês de abril. Vendas alcançaram 11.240 veículos/dia, aumento de 8,2% sobre março, com mais dias úteis do que o mês passado. Estoques totais passaram de 49 para 50 dias (50% acima do normal), apesar da diminuição de produção. Confiança dos compradores continua abalada. FENABRAVE, por sua vez, contabiliza fechamento de 250 concessionárias, em especial nos grandes centros. Ainda não assusta tanto, pois existem mais de 8.000 lojas e a associação congrega, além de fabricantes de veículos leves e pesados, também os de motocicletas e de máquinas agrícolas. De qualquer forma, 12.000 funcionários a menos. LEVE reestilização pegou bem no Duster 2015 para enfrentar, com preço mais em conta, os quatro novos concorrentes. SUV compacto da Renault ficou mais silencioso. Motor de 1,6 L melhorou respostas em baixas rotações sem mudanças em torque e potência. Já o 2L ganhou 6 cv com etanol (agora 148 cv) e a versão 4x4 não se sai mal em fora de estrada de exigência leve a média. INDÚSTRIA de autopeças também tem sido obrigada a demissões: a cada emprego perdido numa fábrica de veículos, dois desaparecem nos fornecedores. Bosch, a maior do setor, conseguiu administrar a situação em 2014, quando o sistema ABS se tornou obrigatório. Em 2015 confia em alguma recuperação de exportações para América Latina e assim melhorar seus resultados. MICHELIN se antecipou à onda de crescimento dos SUVs e desenvolveu em grande parte no Brasil, em três anos, a linha LTX Force, de olho também na Índia e China. Entre as novidades estão desenho, parcela do composto de borracha vinda dos ralis, banda de rodagem que se estende pelas laterais do pneu e reforços entre blocos de rodagem para maior estabilidade em asfalto.


28 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015

ARTIGO

Eu estive bem perto do inferno JOSÉ ARNALDO LISBOA MARTINS jalm22@ig.com.br

N

a minha juventude, eu gostava muito de ler os principais clássicos nacionais e internacionais, como os russos Victor Kravchenko e Toltói, bem como os brasileiros Machado de Assis, o conterrâneo Graciliano Ramos e muitos outros, como o Euclides da Cunha, de “Os Sertões”. Como sertanejo que sou, me sentia orgulhoso quando lia Euclides da Cunha, dizendo que “o sertanejo é, antes de tudo, um forte”. Até poucos dias, eu concordava com o grande escritor, mas, teria sido muito melhor, se ele tivesse dito

que, “às vezes”, nós sertanejos, ficamos acovardados diante de tanta dor, como aconteceu comigo. Eu estava tranquilo em casa, quando de repente, senti uma grande dor, sem que eu soubesse, exatamente, em qual dos órgãos, ela estivesse me martirizando. Meu filho Arnaldo, imediatamente, me forçou à ir ao médico, pois, eu pensava que a dor acabaria logo, como se eu fosse um “super-homem” ou “um homem de ferro”. Corremos para a Santa Casa de Misericórdia, onde fui examinado para saber quem mais doía, se o baço, o fígado, a vesícula ou outro órgão. Depois dos exames preliminares, o médico disse que eu deveria, imediatamente, ser internado. A minha esposa fez uma pequena “trouxa”, daquelas dos sertanejos e, eu fui para o apartamento 101 da Santa Casa, pensando que sai-

ria logo. Vieram a Ultrasonografia, Endoscopia, Colonoscopia e Video-laparoscopia e, vi logo que o “negócio” era sério. Eu teria que ser operado com urgência, pois, a minha “vesícula já estava necrosada”, o que fez com que a cirurgia fosse demorada. Sofri muito com a demora com os procedimentos, mesmo estando anestesiado. O “pós-operatório” foi horrível..!!!!. Foram 12 dias de internação, com furadas na veia, tubos e mais tubos de sôro, com antibióticos, posições horríveis para dormir e para sentar. Minhas noites, mesmo com medicamentos para dormir, se tornaram angustiantes, já que os medicamentos não surtiam efeitos. Minha esposa Nilva, meus filhos Petras e Arnaldo, além da nossa secretária Lia, foram importantíssimos para que os meus sofrimentos fossem

menores. Felizmente, o Plano de Saúde da “SMILE”, deu cobertura total, tanto para a cirurgia, como para os médicos, os medicamentos, hospitalização e outras necessidades. A Santa Casa de Misericórdia de Maceió, demonstrou ser um Hospital dos melhores do Brasil, com uma equipe médica competente, comandada pelo Dr. Humberto Gomes, onde estão excelentes profissionais da enfermagem. Os médicos, Dr. Jacob Rêgo e o Dr. Fábio Jorge Lima, são médicos muito bem conceituados na Medicina. Eu é que, já não estava suportando os corredores do Hospital, os alimentos da dieta, os gemidos de outros pacientes, a falta do sol, do mar, da chuva e da natureza, de um modo em geral. Resumindo, eu estive bem perto do inferno.


extra

- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015 -

29

ABCDOINTERIOR robertobaiabarros@hotmail.com

Novo escândalo em Girau

U

m funcionário da Prefeitura de Girau do Ponciano procurou a redação do Extra em Arapiraca onde denunciou um esquema de corrupção na gestão do Prefeito Fabinho Aurélio. Apesar de apresentar documentos que, segundo ele, comprovam desmandos administrativos, o servidor pediu para não ter o seu nome citado, temendo represálias, mas adiantou que a denúncia foi feita formalmente as autoridades alagoanas, dentre as quais o MPF e o GECOC.

O esquema Insatisfeito com os desmandos administrativos, o denunciante relatou que o prefeito Fábio Aurélio contratou a empresa Construtora Colibrir LTDA, no dia 15 abril de 2013, conforme contrato de nº 009/2013, para realizar ampliação e reforma de dez escolas da rede pública municipal de ensino, no valor de R$ 1.578.580,25.

Pagamentos indevidos O denunciante também relatou que existem vários pagamentos feitos à mesma empresa, que somam um valor de R$ 2.680.431,50, com recursos do FUNDEB, ou seja, a prefeitura pagou a mais R$ 1.101.851,25 do valor do contrato. Disse, ainda, que a empresa recebeu R$ 756.870,93, antes da assinatura do contrato, entre os dias 21 e 28 de março de 2013.

Apenas quatro O mais grave é que, segundo ele, das 10 escolas que foram objeto do contrato, apenas quatro delas foram reformadas e ampliadas até hoje, mesmo assim, fora do prazo contratual. São elas: Escola São Brás, no Povoado Lagoa de Dentro em 12.09.2014; Escola Santa Clara, no Povoado Rancho em 19.09.2014; Escola João José de Farias, no Povoado Barbosa em 26.02.2015 e Escola Antônio Holanda, no Povoado Craíbas dos Ferros em 12.05.2015. Sendo que, em Craíbas dos Ferros, com medo do esquema ser descoberto, o prefeito se apressou em fazer uma rápida reforma depois que populares da mesma localidade denunciaram a um canal de televisão que seus filhos estavam estudando em um salão velho a mais de dois anos.

Faltam seis Mesmo tendo pagamento de vulto milionário, ainda restam seis escolas a serem reformadas, a exemplo das Escolas dos Povoados Lagoa da Piabas, Poço, Traíras, Jaciobá, Lagoa do Mel e Boqueirão das Pastoras. Por fim, o denunciante alega conhecer todos os modos de como se opera os desvios de dinheiro público e por isso, teme sua vida, preferindo o anonimato.

Esquema em Marechal O vereador Jorge Mello contestou o atual prefeito de Marechal Deodoro, Cristiano Matheus, que se defendeu das acusações de praticar improbidade administrativa na sua gestão. O caso ganhou grande repercussão no Estado depois que o Tribunal de Justiça de Alagoas aceitou a denúncia feita pelo o Ministério Público, na terça-feira, 12, contra Cristiano que agora é réu no processo.

Não reflete Ao se defender das acusações, Cristiano Matheus disse ainda que “a gestão dele é transparente, e que vai fazer de tudo para que isso seja esclarecido”. Segundo o vereador Jorge Mello, tudo o que foi dito pelo prefeito não reflete a atual situação de Marechal Deodoro. Mello assegura que “as placas que informam o valor da obra, a origem dos recursos, data de termino e final da obra – que são obrigatórias em todas as construções da administração pública, não são colocadas.”

Irregularidades

PELO INTERIOR

“Inclusive obras que são feitas com recurso do governo federal, o prefeito diz que elas estão sendo realizadas com o dinheiro do IPTU”, afirma o vereador para acrescentar que os balancetes da prefeitura que deveriam ser entregues mensalmente a Câmara Municipal, nunca foram enviados. “No Poder Legislativo existe uma comissão especial, formada para investigar uma série de irregularidades da atual gestão”, revela.

... Ainda sobre a polêmica em Traipu: Agentes comunitários de saúde também procuraram a redação do portal Traipu Notícia para contestar a informação dada pela prefeita Maria da Conceição Teixeira Tavares em uma emissora de rádio de Arapiraca, onde informou que os pagamentos dos servidores municipais estavam em dia.

“Caixa preta” “Nenhum documento que solicitamos para esclarecer as irregularidades que acontecem na administração de Marechal Deodoro foram respondidas pelo prefeito. A gestão do prefeito de Marechal não é transparente, é uma caixa preta”, explica Mello.

Polêmica em Traipu A informação está no site Traipu notícias: “Na manhã de quarta-feira, 13, mais uma polêmica se propagou no município de Traipu. Desta vez o imóvel onde funciona a Unidade Básica de Saúde, da Rua 13 de Maio, no centro de Traipu, foi fechado por falta de pagamentos de aluguel. O proprietário José Jair Melo Matos, passou uma corrente no portão e relata que só abrirá depois que os pagamentos atrasados forem quitados.”

Não paga “Esse ano ainda não fomos pagos e há débitos do ano passado”, relatou proprietário que alega que cinco meses é muito tempo para esperar. Nossa equipe foi até o local e constatou a corrente no portão, na ocasião uma senhora procurava o serviço de saúde e se deparou com as portas fechadas. A filha do proprietário identificado por Valquíria, relatou que por várias vezes procurou o secretário municipal de Saúde para resolver o problema, no entanto não obteve êxito. “Não vou mais andar de um lado para o outro sem solução”, avisa.

... Os agentes disseram na redação do Traipu Notícias “que os vencimentos referentes ao mês de abril, ainda não foram depositados em suas contas e que estariam procurando o Ministério Público da cidade para saber quais medidas poderiam ser tomadas no intuito de resolver o problema”. ... A prefeita Célia Rocha e o vice-prefeito Yale Fernandes, acompanhados dos secretários municipais e do presidente da Câmara Municipal, Márcio Marques, receberam, no início da tarde da quarta-feira (13), técnicas e assessores da Secretaria de Estado do Gabinete Civil. ... O grupo se reuniu para definir as ações que serão realizadas no Programa Governo no Agreste, que está marcado para ocorrer nos próximos dias 29 e 30 deste mês de maio em Arapiraca. ... O encontro aconteceu na sala de reuniões do Centro Administrativo Municipal, e também contou com a participação de lideranças comunitárias e de movimentos sociais. ... Durante a reunião, a assessora de Governança, Renata Andrade, representou o secretário de Gabinete Civil, Fábio Farias, e apresentou o cronograma das ações que serão executadas durante os dois dias de atividades. ... Participaram do encontro, a assessora-técnica especial Luiza Blatter, a superintendente do Gabinete Civil, Dely Marques, e a relações públicas Edenilsa Chagas. ... Durante a reunião ficou definido que as ações do Governo no Agreste serão realizadas na Praça Luiz Pereira Lima (Praça da Prefeitura), Parque Ceci Cunha, Bosque das Arapiracas e Planetário Municipal, onde serão montadas tendas e estandes, bem como a utilização dos prédio públicos para o atendimento aos moradores. ... Renata Andrade adiantou que o evento contará com a presença do governador Renan Filho e do vice Luciano Barbosa e de todas as secretarias, autarquias e órgãos ligados à administração estadual. ... Aos cinco leitores da coluna desejamos um ótimo final de semana, cheio de paz, saúde e harmonia. Quanto aos desafetos... Quintos dos infernos neles!!! Brincadeirinha. Até a próxima edição. Fui!!!! E volto com a carga toda.


30 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015

REPÓRTERECONÔMICO JAIR PIMENTEL - jornalista.jairpimentel@gmail.com

Cortando gastos Enquanto o governo corta gastos com programa de grande interesse da população, como educação e casa própria, aumenta o que se gasta com pessoal, Previdência e benefícios sociais. Um dos exemplos mais recentes foi o que ocorreu com as despesas do programa de financiamento ao ensino superior (Fies). Neste semestre, o número de contratos novos autoriados, 252 mil, foi pouco mais da metade do liberado no mesmo período do ano passado. Isso significa que milhares de brasileiros que querem estudar numa faculdade particular, estão fora dela.

Imóveis

A gasolina, vilã da inflação!

A

primeira gestão da presidente Dilma Rousseff, tinha um trunfo para “maquiar” a inflação, sempre abaixo de dois dígitos anualmente, uma especie de tabelamento informal de preços. O resultado foi uma perda de algo em torno de R$ 60 bilhões para a Petrobras, causando descrédito do mercado brasileiro. E a inflação está aí amedrontando todos. O problema é saber se a estatal terá liberdade de reajustar preços e tocar seus negócios, como pretende seu presidente, alegando aumento do preço do barril e do próprio dólar. Tudo isso, vai gerar aumento de preços nos postos, como sempre mexendo no bolso do consumidor. Mesmo com o retorno da Cide, que o governo vem cobrando desde o ano passado, nada vai influir nas contas dele próprio, já que os preços do petróleo no mercado internacional continuam subindo, assim como o dólar. Tudo indica que o imposto não vai baixar e isso, prejudica a todos. Os gastos públicos continuam crescendo e o resultado, é inflação alta e “bolso vazio” do consumidor final.

O programa de financiamento habitacional Minha Casa, MInha Vida, também vem sendo atingido pelos cortes do governo. A indústria da construção tem hoje algo em torno de R$ 1,2 bilhão a receber do governo por projetos do programa. As construtoras continuam em compasso de espera esperando esse dinheiro, enquanto são obrigadas a manter por enquanto - as obras e os milhares de empregados.

Economia pífia Apesar dos cortes generalizados em progamas federais, as despesas do governo no primeiro trimestre deste ano, ficaram apenas 0,8% inferiores as do mesmo período do ano passado. O pagamento do seguro desempregado, por exemplo, apresentou pequeno recuo depois que o governo endureu regras de acesso ao benefício.

O que fazer A dica da coluna é continuar economizando ao máximo nos gastos domésticos, inclusive com o de combustível. Quanto ele é reajustado, puxa para cima os demais preços, de todos os ítens de consumo. Tem que reduzir gastos com energia, água, telefone e claro, alimentação. A inflação continua crescendo, tendência que não tem retorno.


extra

- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015 -

31


32 -

extra

- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE MAIO DE 2015


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.