Edicao893

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SEGURO RC

Mercado aposta no incremento do setor para profissionais liberais, executivos e empresários P/8 e 9

CADÊ O DINHEIRO?

Sindfisco cobra autonomia e reposição P/15

extra www.novoextra.com.br

MACEIÓ - ALAGOAS ANO XVII - Nº 893 - 14 A 20 DE OUTUBRO DE 2016

R 3,00

RUI E CÍCERO BUSCAM

PÃO DE AÇÚCAR Dr. Flavinho ameaçado de não assumir P/ 11 Prefeitura

“ÓRFÃOS”

ELEIÇÕES PMDB abocanhou 1.027 prefeituras contra 791 P/ 6 e 7 do PSDB

Pesquisa confirma vantagem de tucano; abstenções ameaçam o candidato do PMDB

GRUPO JL Processo de falência pode voltar à estaca zero P/ 13

DO PSB E PT

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MACEIÓ, ALAGOAS - 14 A 20 DE OUTUBRO DE 2016

Taturanas e filigranas

“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”

C

ondenados pelo maior assalto ao erário na história do Legislativo alagoano, os deputados Arthur Lira e Cícero Almeida nunca enfrentaram o mérito da denúncia do Ministério Público Estadual, fundamentada no inquérito da Polícia Federal, que detonou a roubalheira.

(Millôr Fernandes)

COLUNA SURURU DA REDAÇÃO

Chicana

Até agora os advogados da dupla têm se apegado a filigranas para protelar o processo por tempo indefinido. É a velha chicana jurídica que visa garantir impunidade aos réus. Não há, em defesa dos acusados, uma só palavra contestando o mérito da denúncia.

Mais uma gráfica Marajás O MPF descobriu que Taiguara dos Santos usou postos de combustíveis, empresas de comunicação e gráficas (sempre elas) para repassar parte dos 20 milhões de reais recebidos em propina da Odebrecht. A Aquarela Print, localizada em São Bernardo do Campo, recebeu mais de 220 mil reais. (O Antagonista)

Indefensáveis

Nem Arthur Lira nem Cícero Almeida negam participação no maior desvio de recursos da Assembleia estadual que, atualizado, pode chegar a 1 bilhão de reais. Arthur alega apenas a nulidade do processo por falta de citação, enquanto Almeida diz que a ação de improbidade administrativa estaria prescrita.

Falácia

Os advogados de Arthur arguiram a nulidade do processo por falta de citação válida. Justificam que o deputado não foi notificado pessoalmente. Segundo os autos, os advogados do parlamentar foram citados através de publicação no Diário da Justiça. Tanto que promoveram a defesa prévia do acusado, não havendo razões para falar em nulidade de citação.

Sem prescrição

Condenado à perda do mandado, Cícero Almeida arguiu a existência de prescrição da ação de improbidade argumentando que seu mandato de deputado estadual terminou em 2004. Mas como emendou um mandato de prefeito e depois se elegeu deputado federal, a pena de suspensão dos direitos políticos permanece válida.

O que diz a lei

O artigo 23 da Lei 8.429/92 diz que as ações de improbidade podem ser propostas “até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança”. Logo, aqui também não há que falar em prescrição.

Novo adiamento

Dois dos três desembargadores da 3ª Câmara Cível do TJ já decidiram manter a condenação dos réus em primeiro grau. Falta apenas o voto do desembargador Fernando Tourinho Filho, que pode acolher os argumentos de Lira e Almeida e adiar a decisão, desta vez por tempo indefinido. Quem sabe, para o dia do juízo final.

Unanimidade

Promotores e procuradores de Justiça vão eleger dia 30 de novembro o promotor Alfredo Gaspar de Mendonça para substituir Sérgio Jucá no comando da Procuradoria-Geral de Justiça, cujo mandato termina em dezembro. Pela primeira vez, um membro do MP será aclamado procurador-geral de Justiça sem qualquer disputa. E não será por falta de candidatos, mas pela unanimidade em torno do nome de Alfredo Gaspar de Mendonça Neto dentro e fora de sua instituição. O próprio governador Renan Filho – a quem cabe nomear o chefe do Ministério Público – não esconde sua simpatia por Alfredo Gaspar de Mendonça, exsecretário de Segurança Pública, posto em que se consolidou como um dos mais sérios dirigentes da pasta nesses tempos de violência generalizada.

Desesperado

Correligionários mais próximos de Almeida estão desanimados. A vitória do prefeito Rui Palmeira se aproxima e irá colocar em cheque o futuro político do deputado federal que já disse não gostar de Brasília.

Neutro

JHC se manteve neutro na disputa pelo 2º turno, para surpresa de quem tinha dúvidas sobre a seriedade de sua candidatura. Com esta decisão, ele pegou muito figurão de calças curtas.

Genealogia Como Taiguara dos Santos é filho de Lambari, irmão da primeira mulher de Lula, não há propriamente um vínculo de sangue entre ambos. Lula e Taiguara estão ligados por 20 milhões de razões.

“A União deve se endividar para pagar os ricos procuradores da República”? Ministro Gilmar Mendes ao rebater nota da PGR à Câmara classificando de inconstitucional a PEC que limita os gastos nos três poderes.

Nacional

Heloísa Helena ao que parece deve mesmo ser uma das principais coordenadoras da campanha de Marina Silva para Presidência da República em 2018. O projeto é ambicioso e HH deve ficar de fora do próximo pleito devido às inúmeras responsabilidades.

O plano de Gleisi Inadimplência A ré Gleisi Hoffmann quer que a PEC do Teto passe pela Comissão de Assuntos Econômicos, presidida por ela, antes de ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e pelo plenário do Senado. Adivinhem qual é o plano dela?

O plano de Renan Renan Calheiros disse que está “atuando pessoalmente” para aprovar a PEC do Teto no Senado, em dois turnos, ainda este ano. “Vou conversar com o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para que nós tenhamos um relator que possa abreviar os prazos e a tramitação.” Se o plano de Renan vingar, o plano de Gleisi Hoffmann cai por terra. (O Antagonista)

A inadimplência do consumidor registrou alta de 4,7% em setembro. Mas no acumulado em 12 meses (entre outubro de 2015 e setembro de 2016 contra os 12 meses antecedentes) o índice desacelerou 0,4% no mês, subindo 1,8% no período.

Justiça

Servidores da Justiça realizaram um ato em frente ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) cobrando aprovação do PCCS dos servidores, pagamento integral do retroativo da data-base e o pagamento da URV. Devido à pressão, o PCCS será votado na terça, dia 18, no Pleno da Corte.

EDITORA NOVO EXTRA LTDA - CNPJ: 04246456/0001-97 Av. Aspirante Alberto Melo da Costa - Ed. Wall Street Empresarial Center, 796, sala 26 - Poço - MACEIÓ - AL - CEP: 57.000-580

EDITOR: Fernando Araújo CHEFE DE REDAÇÃO: Vera Alves

CONSELHO EDITORIAL

ARTE FAX - 3317.7248 Fábio Alberto - 98711-8478 IMPRESSO - Jornal do Commercio REDAÇÃO - DISK DENÚNCIA E-mail: 3317.7245 - 99982.0322 contato@novoextra.com.br SERVIÇOS JURÍDICOS As colunas e artigos assinados não expressam necessariamente a opinião deste jornal Vieira & Gonzalez Luiz Carnaúba (presidente), Mendes de Barros, Maurício Moreira e José Arnaldo Lisboa


MACEIÓ, ALAGOAS - 14 A 20 DE OUTUBRO DE 2016

JORGE OLIVEIRA

Lula, o invisível

Cascais, Portugal – O prestígio de um político se mede pela honestidade e pela quantidade de votos que ele tem ou transfere para outro. Quando ele perde uma eleição fica invisível, não é convidado nem para batizado de criança até se reeleger e voltar ao poder. Ou pendurar as chuteiras, como fazem alguns. Pois bem, o ex-presidente Lula, no quesito honestidade, foi reprovado. Mas agora começa a sentir na pele o desprestígio político ao não conseguir transferir votos nem para eleger um dos seus filhos vereador. Se não pendurar as chuteiras como fez Pelé sabiamente, corre o risco de ir para o ostracismo. O saldo que fica dessas eleições municipais é de um PT desidratado de votos, os seus líderes na prisão e um Lula denunciado pela justiça como chefe de uma organização criminosa. O PT ganhou uma capital lá no Norte do país e está pendurado em outra, no Recife, com possibilidade remota de vitória. Perdeu inclusive no seu mais importante colégio eleitoral, berço do partido, São Paulo, não reelegendo Haddad, um poste que chegou à prefeitura com o auxílio de Paulo Maluf, com quem Lula compôs para eleger seu pupilo. O diagnóstico é de que o PT precisa se reinventar se quiser continuar dando as cartas na política do país e o seu líder, Luiz Inácio Lula da Silva, passar o bastão para alguém antes que ele enterre de vez o partido que criou para combater as elites com quem, depois, se acumpliciou para roubar o país. O maior problema do PT é encontrar um substituto de Lula que, a exemplo dos déspotas populistas, aniquila aqueles que se atrevem a atravessar o seu caminho. Foi assim com Zé Dirceu, Genoíno, Mercadante, Marta, Marina, Heloísa Helena, Palocci e tantos outros que tentaram um dia ousar desafiá-lo. Como um egocêntrico, preferiu, portanto, tirar a Dilma do anonimato e elegê-la presidente a prestigiar prata da casa porque temia perder as rédeas do poder. O resultado, como se esperava, foi o desastre do impeachment e a fragmentação do partido que sonhou com vinte anos no poder. Os primeiros sinais de que hoje Lula mais atrapalha do que contribui ocorreram nessas eleições municipais. João Paulo, candidato do PT no Recife, queixa-se de ter caído nas pesquisas depois que o seu guia foi dar uma forcinha na sua eleição. Ficou com a metade dos votos do seu adversário, mas, mesmo assim, chegou ao segundo turno numa penúria de votos danada. Lula também foi ao Ceará. Nenhum dos candidatos que apoiou no estado ganhou a eleição. E para complicar a sua vida e as suas pretensões políticas, o nordestino foi às urnas e disse não a ele e ao seu partido, um sinal claro de que a corrupção começa a ser sentida pela população mais carente como uma erva daninha, coisa sem muita importância até pouco tempo para quem se submetia aos currais. A população brasileira dá nítidos sinais da valorização do voto e de como ele é fundamental como meio de transformação social e econômico do país. Ao contrário do que pensam alguns retrógrados, a democracia – que elege seus dirigentes pelo voto – ainda é o melhor caminho do desenvolvimento e das mudanças estruturais.

arapiraca@yahoo.com Siga-me: @jorgearapiraca

Punição

Quase a metade dos prefeitos de capitais, que tentaram a reeleição, ficou no meio do caminho. Foram contaminados pelos escândalos que envolveram políticos de quase todos os partidos. Os candidatos novos, que fizeram campanha com o discurso da negação política, tiveram mais êxito. Caso de São Paulo, por exemplo, onde Dorea, um apresentador de televisão, sem nenhuma tradição política, ganhou as eleições no primeiro tuno deixando para trás as raposas políticas sem discurso. Se ele vai administrar bem a maior capital do país é outra história, mas ao elegêlo os eleitores de todas as classes sociais entenderam que é melhor apostar no novo, porque os “velhos” eles já conhecem – e estão cada vez mais velhos.

As cinzas

É diante desse quadro que o PT vai tentar se reestruturar para sobreviver, com a adversidade das urnas. E se preparar para o pior caso seu líder maior, político espiritual, agora invisível, caia nas garras de Sérgio Moro.

Sem alma

É assim que o Temer parece que vai atuar daqui pra frente. Com aprovação de apenas 14% dos brasileiros, segundo pesquisa recente, os comunicólogos do Palácio do Planalto tiveram a ideia genial de começar uma campanha para falar mal do governo da Dilma como se ela ainda existisse e incomodasse o país. Como é uma publicidade irrelevante, sem nenhum interesse para a nação, o Ministério Público deveria responsabilizar esses iluminados que encheram os jornais de críticas ao governo do PT que, como se sabe, desapareceu do comando do país com o impeachment da Dilma. É, sem dúvida, um dinheiro jogado no lixo.

Mesmice

A campanha diz que Temer pegou o país no vermelho, uma economia destroçada, um deficit de bilhões de reais nas contas públicas e com as obras de infraestrutura desativadas. Até aí nenhuma novidade. Não é novidade nem mesmo para o PMDB, partido do presidente, que durante doze anos governou o país ao lado dos petistas e da Dilma, portanto, não pode negar a sua cumplicidade com a administração caótica do PT da qual fez parte. Ora, o que se espera desse governo é oxigenar o país com boas ideias, reativar as obras de infraestrutura e retomar o crescimento para gerar emprego e renda e diminuir os 12 milhões de desempregados no país. Gastar milhões de reais em publicidade, numa economia em frangalhos como a nossa, para mostrar a “herança maldita” do PT, é desperdiçar dinheiro público com peças revanchistas sem nenhum interesse público.

A farra

Essa nova onda publicitária do governo Temer só mostra uma coisa aos brasileiros: nada mudou, os vícios permanecem os mesmos e a população já desconfia que trocou seis por meia dúzia. Governo criativo, doutor Temer, seria acabar com essa farra publicitária, só anunciar o extremamente o necessário, a exemplo de campanha de vacinação e calamidades ou serviço de utilidade pública. Gastar uma fortuna para administrar olhando para o retrovisor é uma demonstração inequívoca de que esse é um governo sem alma e sem vida que já começou velho. O Brasil não merece isso, andar a passos de caranguejo.

Caricatos

O governo deveria ser proibido de gastar dinheiro para cultuar a personalidade de seus dirigentes. Isso só ocorre em países subdesenvolvidos como o nosso onde ainda se distribui até fotografia oficial do presidente para as repartições públicas, figuras caricatas que ficam pregadas nas paredes mirando a mesa de trabalho dos seus subordinados como se estivessem a vigiá-los.

Custos

O Palácio ainda não divulgou os custos desses anúncios nos jornais, rádio e televisão, mas as cifras certamente vão ultrapassar os milhões de reais para alegria das agências que têm no governo boa parte das suas receitas publicitárias e também da mídia em geral que vive na pindaíba com a crise econômica. A Dilma, por exemplo, quando alcançou o recorde de apenas 7% de aprovação, gastou, em 2015, quase 500 milhões de reais para melhorar a imagem enquanto as pessoas morriam nas portas dos hospitais por falta de leitos

e medicamentos.

Gastos

Esse dinheiro usado em publicidade o ano passado é café pequeno em relação ao que o PT gastou com as emissoras de televisão nos doze anos de governo para vender uma imagem falsa, truncada e mentirosa, uma propaganda enganosa que ludibriou os milhões de brasileiros. As principais TVs brasileiras engoliram em publicidade nesse período 11,5 bilhões de reais. Isso mesmo, é o que você acaba de ler: 11,5 bilhões de reais. A Globo sozinha embolsou 6,5 bilhões. O resto do bolo foi distribuído assim: Record R$ 2bi, SBT 1,6 bi, Band 1 bi, Rede TV 408 milhões.

PIB Negativo

Toda essa dinheirama para nada. O Brasil, nessa década, só andou para trás. Prova disso é o PIB negativo dos últimos anos com a economia em declínio. Mesmo assim, seus governantes – federal, estadual e municipal – continuam gastando milhões para promover seus feitos com uma mídia que persegue aqueles que não

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GABRIEL MOUSINHO

O povo não merece

A

decisão de manter os 40 minutos diários do Guia Eleitoral, foi uma agressão ao povo alagoano. Não precisa dizer de que os programas são insuportáveis depois do chove não molha no primeiro turno. O que já foi dito e repetido durante a campanha o eleitorado já está farto de saber. Não vai ser agora que o eleitor vai mudar o seu voto. Pelo que parece e pela insistência de representantes do PMDB, esta nova fase da propaganda eleitoral deve ter lances fortes, porque as propostas já foram exaustivamente discutidas, inclusive em debates com os candidatos. De antemão, se prevê programas de denúncias, de agressões como se o povo apreciasse isso. Quem votou no seu candidato no primeiro turno, com certeza não vai mudar sua opinião nesta nova fase. O eleitor bem que poderia ser poupado desses aborrecimentos e assistir os seus programas favoritos no rádio e na televisão sem ter que aturar tudo isso. A baixaria, lamentavelmente, já começou. E parece que vem troco por aí.

gabrielmousinho@bol.com.br

Baixaria

Menos de 24 horas depois, a coligação do PMDB, no Guia Eleitoral, já mostrava desespero. Começou a divulgar que Rui Palmeira havia recebido doações de campanhas anteriores através da Odebrechet, como se caciques do PMDB não estivessem com a faca no pescoço em processos cabeludos de corrupção que tramitam no Supremo Tribunal Federal.

Espelho, espelho meu

Se o prefeito Rui Palmeira recebeu doações da construtora Odebrecht em campanhas passadas, o que dizer do governador Renan Filho que recebeu não só dela dezenas de milhões de reais, como de outras empresas envolvidas na Operação Lava Jato?

Novos apoios

Marx no calo

O prefeito Rui Palmeira começou a campanha do segundo turno com o pé de direito. De princípio recebeu o apoio de Paulo Memória, consequentemente do senador Fernando Collor e de Fernando do Village.

O senador Renan Calheiros vai ter muito trabalho para conter Marx Beltrão, o novo Ministro do Turismo, nas eleições de 2018. Com a corda toda e em alta no governo federal, o objetivo de Beltrão é disputar uma nova vaga no Senado. Como Calheiros vai cortar suas asas no PMDB, Beltrão já abocanhou o PSD no Estado e investe na sua estruturação em todos os municípios alagoanos.

Dança dos votos

Uma das preocupações do senador Renan Calheiros é com os votos da região sul do Estado, onde ele sempre reinou. Agora o espaço para o senador ficará mais curto nas eleições de 2018, já que Marx Beltrão casas e batiza naquela região.

Falta de visão

O presidente do Senado Renan Calheiros está esperando a onda pesada passar em Brasília, para se debruçar sobre o mapa eleitoral de Alagoas. Esta eleição não foi boa para o PMDB.

O boa praça e eficiente secretário Fábio Farias só faltou dizer que o PMDB ganhou as eleições em todos os municípios do Estado. Como aprendeu com o governador Renan Filho, não consegue admitir nem tampouco enxergar que a eleição foi péssima para o partido, que perdeu a eleições nos maiores colégios eleitorais.

Conversa de perdedor

Nem mágica

É conversa de perdedor essa história do governo de que o PMD B saiu fortalecido nessas eleições. É conversa fiada. O governo tem que admitir que não trabalhou bem durante a campanha nos municípios alagoanos. Deveria confessor, também, que a fartura de dinheiro fácil acabou.

De um observador político sobre as eleições do segundo turno em Maceió: ´´nem o David Coorperfield resolve os problemas de Cícero Almeida´´.

Mágoa

Nova cara

Nova engenharia

Outrora fiel escudeiro da família Calheiros, em Brasília, o velho e conhecido assessor José Diniz, lutou, lutou, mesmo com muitas promessas, mas não conseguiu nem um real para sua campanha a prefeito no município de Abadiânia, em Goiás, onde foi eleito. Diniz foi àquele personagem que anos atrás teve alguns problemas com a polícia quando viajava entre São Paulo a Brasília com muita grana escondida nos forros do seu veículo.

O programa do Guia Eleitoral de Cícero Almeida mudou de cara. O que não havia feito anteriormente, agora ele mostra o que fez durante seus oito anos de mandato como prefeito de Maceió. Almeida acredita que dá pra chegar lá, embora não conte com o apoio de nenhum dos candidatos.

Balde de água fria Tarefa difícil O resultado das pesquisas do Instituto Paraná, divulgado pelo TV Pajuçara na segunda-feira, colocou um balde de água fria na campanha de Cícero Almeida. A vantagem de 25,7 % nas intenções de voto pelo candidato Rui Palmeira, demonstra que a campanha complicou mesmo para o PMDB.

De fora

Cícero Almeida tem um grande desafio nesses últimos dezessetes dias para o segundo turno: tirar a diferença de mais de 93 mil votos de Rui Palmeira. Almeida precisaria convencer mais de 6 mil e 700 eleitores por dia.

Cumprindo a promessa

Para não se comprometer e mostrar independência, o deputado JHC anunciou na sua página no facebook que não apoiará nenhum dos dois candidatos. Ficou de fora da disputa onde obteve mais de 90 mil votos, com olho em 2018.

O ex-candidato à prefeitura de Maceió, Fernando do Village vem cumprindo o que prometeu: anda falando pelos cotovelos de Cícero Almeida nos bairros da capital. E não tem economizado adjetivos contra o deputado.

Sinal de alerta

O Ministro do Turismo Marx Beltrão nem bem assumiu o cargo já apareceu no Guia Eleitoral pedindo votos para Cícero Almeida para agradar ao senador Renan Calheiros. Não sabe que sua pretensão de concorrer ao Senado vai esbarrar no presidente do Congresso Nacional, que não mede esforços para tirar da frente quem futuramente possa lhe incomodar politicamente.

Acendeu o sinal amarelo no PMDB. Com os resultados inesperados das últimas eleições, os caciques do partido estão preocupados com 2018. Mesmo assim o senador Renan e o governador Renan Filho, acham que o resultado deu para o gasto.

De cabeça


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Rui e Cícero buscam “órfãos” do PSB e PT

ELEIÇÕES 2016

TUCANO ESTÁ NA FRENTE; PALÁCIO MONTA ESTRATÉGIA DE GUERRA PARA EMPLACAR PEEMEDEBISTA ODILON RIOS Especial para o EXTRA

D

uas candidaturas milionárias disputam o gosto do eleitor em Maceió. Mas, apesar de estarem nas ruas, Rui Palmeira (PSDB) e Cícero Almeida (PMDB) parecem não empolgar este mesmo eleitor. Rui está à frente na primeira pesquisa oficial deste 2º turno – Instituto Paraná, da TV Pajuçara. Só que os números do 1º turno mostram que o ato de votar é uma formalidade cada vez mais deixada de lado pelo maceioense. Comparada a 2012, a quantidade de abstenções e votos nulos e brancos cresceu 58,8% na capital; apenas em 2016, foram quase 160 mil (exatos 159.256) que escolheram não votar em ninguém. Mais que os 104.036 votos obtidos por Cícero Almeida. O Instituto Paraná também identifica este desprezo pelas urnas. A maior quantidade de eleitores que respondeu não votar em nenhum dos dois tem entre 25 e 34 anos: 14,7%. E à medida que a escolaridade cresce, maior a rejeição do eleitor: 17,1% dos que têm curso superior não votarão nem em Rui nem em Cícero; apenas 8% declararam anular ou “branquear” o voto no dia 30 de outubro. Mesmo assim, os dois gastam bastante dinheiro para se manterem no páreo eleitoral. Logo no início desta segunda etapa da campanha, o PMDB de Alagoas doou R$ 1,3 milhão para financiar Cícero Almeida. Objetivo é que as pesquisas diminuam a vantagem de

Favoritismo de Rui Palmeira sobre Cícero Almeida no primeiro turno é reafirmado em pesquisa

Rui na largada eleitoral. A doação do PMDB representa 78,68% do que a campanha de Cícero recebeu até agora. Já Rui Palmeira recebeu doações que ultrapassam R$ 1,1 milhão. 99,6% de partidos aliados: PSDB nacional (R$ 400 mil); PSDB local (R$ 125 mil); PP nacional (R$ 270 mil); PP local (R$ 150 mil); PR (R$ 270 mil). SUPERIORIDADE Apesar disso, a superioridade de Rui nas urnas é inquestionável. O atual prefeito venceu em todas as zonas eleitorais da capital. São cinco, ao todo. Melhor desempenho de Cícero foi no Clima Bom 1, 2 e Tabuleiro dos Martins. Obteve 33,75% dos votos contra 39,96% de Rui.

Talvez estes votos tenham sido puxados pelo seu vice, Galba Novaes (PMDB), principal cabo eleitoral nestes três bairros. O pior desempenho de Cícero esteve concentrado em 13 bairros, todos da periferia: Bebedouro, Bom Parto, Chã da Jaqueira, Chã de Bebedouro, Fernão Velho, Levada, Mutange, Ponta Grossa, Pontal da Barra, Prado, Rio Novo, Trapiche da Barra e Vergel do Lago. Neles, o ex-prefeito ficou em terceiro lugar. Perdeu para JHC (PSB) que obteve 22,04% dos votos; Cícero ficou com 20,24%. E Rui na dianteira, com 52,99% dos votos. Com exceção do Clima Bom 1 e 2 e Tabuleiro dos Martins, Rui Palmeira obte-

ve mais de 40% dos votos em todos os bairros de Maceió. Nos 13 bairros acima, teve sua melhor votação. Mesmo a maior zona eleitoral de Maceió, que concentra 30 seções e funciona no Centro de Estudos Aplicados (Cepa) e agrega 14 bairros (misturando pobres e ricos), o prefeito que busca a reeleição fez um “passeio”. Venceu em todas e com larga vantagem: o dobro ou mais que o dobro dos votos. Na pesquisa encomendada pela TV Pajuçara, do Instituto Paraná, Rui Palmeira tem vantagem entre todos eleitores divididos por idade e escolaridade. Ainda de acordo com o instituto, 82,4% responderam que não vão mudar o voto até o dia 30 de outubro; 17,3% disseram que podem

alterar o candidato até as urnas. Para virar a mesa ou a eleição, Cícero Almeida aposta na participação direta do Palácio República dos Palmares e no investimento da própria biografia. Conta com o apoio de secretários de Estado, assessores, o médico José Wanderley Neto, o ministro do Turismo, Marx Beltrão, projetos do Governo programados na capital. O staff governamental em peso, além de militantes do PT e do PSB mais discretos e próximos do ex-prefeito da capital. Rui Palmeira agrega os 11 vereadores que sua coligação elegeu e também busca votos no PSB (especificamente ligados ao terceiro colocado na votação, João Henrique Caldas). ÓRFÃOS PT e PSB decidiram não apoiar nenhum dos candidatos a prefeito neste segundo turno. Os petistas prometem punir quem desobedecer a regra; os socialistas não farão o mesmo. “A Executiva Municipal tomou a decisāo de neutralidade, as bases podem acompanhar ou não de forma individual”, disse a presidente estadual do PSB, Kátia Born. “O PT em Maceió não vai apoiar nenhum dos candidatos à Prefeitura. Não faremos campanha nem pediremos votos. Se algum petista quiser apoiar algum dos candidatos ou votar nele, estará indo de encontro à resolução do PT em Maceió”, explicou Ricardo Barbosa, presidente da Executiva Municipal do partido.


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MACEIÓ, ALAGOAS - 14 A 20 DE OUTUBRO DE 2016

Polarização da política nacional se reflete em Alagoas

PMDB X PSDB

TIRA-TEIMA SERÁ DISPUTA ENTRE RUI PALMEIRA E CÍCERO ALMEIDA JOÃO MOUSINHO joao_mousinho@hotmail.com

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m todo Brasil o PMDB conquistou o comando de 1.228 municípios, sendo o partido com maior número em todo País, já o PSDB é o segundo partido com o maior número de prefeitos eleitos no primeiro turno, 792. Em 2012 o PMDB venceu 1.018 prefeituras, contra 699 do PSDB. Ambos avançaram no atual pleito. Outra curiosidade é que mesmo tendo o maior número de prefeituras, o PSDB é o partido que governa para o maior número de eleitores, são 26 milhões contra 17 milhões do PMDB. A maior cidade governada pelo PSDB é São Paulo, com 8,8 milhões de eleitores, o PMDB, por sua vez, tem como maior cidade Belford Roxo, no Rio de Janeiro com 328 mil eleitores. O cenário nacional se reflete em Alagoas, onde o PSDB elegeu 17 prefeitos no primeiro turno, mas podendo chegar a 18 caso o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, seja reeleito. O PMDB elegeu prefeitos e pode chegar a 39, caso o deputado federal Cícero Almeida reverta a larga vantagem de Rui faltando menos de três semanas para eleição. Outra vantagem em relação ao PMDB é o orçamento gerido pelo PSDB, sem contar com as possíveis ampliações no segundo turno; os tucanos vão ter responsabilidade sobre R$ 136,2 bilhões do erário. Em Ala-

goas o cenário é semelhante caso seja concretizada a vitória de Palmeira, pois Maceió e Arapiraca, que elegeu Rogério Teófilo (PSDB), são as cidades com a maior capacidade de arrecadação e movimentação financeira do estado. EM FRANGALHOS O Partido dos Trabalhadores é o principal derrotado das eleições em 2016. Na eleição de 2012 o PT controlava um orçamento de R$ 110 bilhões para gerir prefeituras . Com o atual pleito o número caiu para R$ 15,8 bilhões. A queda é de 85% no volume de recursos municipais administrados. O PT conseguiu eleger apenas 256 prefeitos em 2016, número bem abaixo dos 630 em 2012, que lhe deixava como 3º colocado no ranking em números de executivos municipais do Brasil, atrás apenas de PSDB e PMDB. Em Alagoas apenas dois prefeitos foram eleitos pelo Partido dos Trabalhadores: Zé Cícero (PT) em Inhapi e Zé dos Santos (PT), em Olho d’Água do Casado, cidades situadas no sertão do Estado.

Número de prefeituras conquistadas em todo o País pelos partidos no dia 2 de outubro


MACEIÓ, ALAGOAS - 14 A 20 DE OUTUBRO DE 2016

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Os eleitos pelas duas legendas em Alagoas ÁGUA BRANCA: Zé Carlos ARAPIRACA: Rogério Teófilo BARRA DE SANTO ANTÔNIO: Emanuella Moura BELÉM: Paula Santa Rosa BRANQUINHA: Jairinho Maia CAMPO ALEGRE: Pauline Pereira COLÔNIA LEOPOLDINA: Manuílson Andrade FEIRA GRANDE: Flávio do Chico da Granja MESSIAS: Jarbinhas NOVO LINO: Lucia de Vasco OLHO D’ÁGUA GRANDE: Zé Adelson PARIPUEIRA: Haroldo Nascimento PILAR: Renato Filho PORTO DE PEDRAS: Henrique Vilela PORTO REAL DO COLÉGIO: Aldo Popular TEOTÔNIO VILELA: Joãozinho Pereira TRAIPU: Eduardo Tavares ATALAIA: Chico Vigário

BARRA DE SÃO MIGUEL: Zezeco BATALHA: Marina Dantas BOCA DA MATA: Gustavo Feijó CACIMBINHAS: Hugo Wanderley CAJUEIRO: Palmery Neto CAMPESTRE: Pino CAPELA: Adelminho Calheiros CARNEIROS: Geraldo Filho COITÉ DO NÓIA: Seninha COQUEIRO SECO: Decele Damaso CORURIPE: Joaquim Beltrão CRAÍBAS: Ediel Leite FELIZ DESERTO: Rosiana IGACI: Dr. Oliveiro JAPARATINGA: Júnior Loureiro JUNDIÁ: Segundo JUNQUEIRO: Carlos Augusto (PMDB) MAR VERMELHO: Juliana Almeida (PMDB) MARAVILHA: Conceição Albuquerque (PMDB) MINADOR DO NEGRÃO: Gleysson Cardoso (PMDB) MURICI: Olavo Neto (PMDB) OURO BRANCO: Edimar Barbosa (PMDB) PÃO DE AÇÚCAR: Dr. Flavio (PMDB) PAULO JACINTO: Marcos Lisboa (PMDB) POÇO DAS TRINCHEIRAS: Aparecida (PMDB) PORTO CALVO: David Pedrosa (PMDB) QUEBRANGULO: Marcelo Lima (PMDB) SANTANA DO IPANEMA: Isnaldo Bulhões (PMDB) SANTANA DO MUNDAÚ: Arthur Freitas (PMDB) SÃO BRÁS: Marcos (PMDB) SÃO JOSÉ DA LAJE: Rodrigo (PMDB) SÃO LUÍS DO QUITUNDE: Fernanda Cavalcanti (PMDB) SATUBA: Paulo Acioly (PMDB), SENADOR RUI PALMEIRA: Jeane Moura (PMDB) UNIÃO DOS PALMARES: Kil Freitas (PMDB)

Júlio Cezar participa da festa da vitória em meio a eleitores e correligionários

Palmeira dos Índios comemora vitória de Júlio Cezar

NOVO PREFEITO MAIS DE 20 MIL PESSOAS FORAM ÀS RUAS PARA CURTIR UMA SÉRIE DE ATRAÇÕES MUSICAIS

DA REDAÇÃO

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migos e correligionários organizaram festança para os palmeirenses comemorarem a vitória do futuro prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cezar (PSB) e o seu vice, Dr. Márcio Henrique (PPS). Mais de 20 mil pessoas, segundo os cálculos da Polícia Militar, foram às ruas prestigiar a nova fase da política do município. O ponto alto da festa ficou por conta das cinco bandas de forró sertanejo que se apresentaram num enorme palco armado na Praça Lili Barros, em Palmeira de Fora. Uma equipe de churrasqueiros servia carnes enquanto outra equipe de

apoiadores servia bebidas. O festejo contou ainda com apresentações culturais, como a tradicional dança da tribo Xukuru-Kariri, que encantou os presentes. A maioria dos índios vive na Terra Indígena Xukuru-Kariri e na zona urbana do município de Palmeiras dos Índios. “É uma festa do povo e para o povo. Eles merecem, porque estão na verdade comemorando a liberdade e a democracia. Não poderíamos jamais deixar de comemorar juntos a vitória, que não é só minha e nem do Márcio, mas sim, consideravelmente, a vitória de todos os palmeirenses”, informou Júlio Cezar. Dr. Márcio Henrique lem-

brou que a festa foi um pedido do povo no dia 2 de outubro, quando eles foram recebidos por milhares de pessoas na Praça do Skate, após a consolidação da vitória nas urnas. “Isso mesmo. O povo fez um pedido a mim e ao Júlio, eles queriam comemorar conosco numa festa com muita música, comida, bebida e na companhia de amigos e familiares. Então os nossos amigos organizaram e fizeram a vontade do povo”. O forró pé de serra da banda Supapo abriu as atrações musicais e em seguida foi a vez do cantor Rony Lucena. A festa seguiu com Danielzinho e Aprovados do Forró, Diego Galã e Garota Sertaneja.


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Seguro para cobertura de danos a terceiros segue em ascensão

RESPONSABILIDADE CIVIL MERCADO APOSTA NO INCREMENTO DE UM SETOR CUJO PRINCIPAL ALVO SÃO PROFISSIONAIS LIBERAIS, DIRETORES DE EMPRESAS E EMPRESÁRIOS VERA ALVES veralvess@gmail.com

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ocê está passeando no shopping com seu filho e de repente ele fica preso na escada rolante e se machuca; foi ao salão para renovar o estilo das madeixas e a cabeleireira erra na dosagem do produto químico e queima seu couro cabeludo; está no supermercado e uma prateleira de vidro simplesmente desaba sobre você, machucando seriamente seu pé. Situações como estas fazem parte do cotidiano e em todas cabe indenização por parte do proprietário do estabelecimento e, se você é o dono, tem que saber que a isto se chama responsabilidade civil, prevista no Código Civil e pela qual lhe cabe a responsabilidade de reparar o dano. A responsabilidade civil é tratada no artigo 159 do Código, que afirma: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano”. Cirurgião plástico, você faz uma cirurgia estética e é surpreendido por uma ação de reparação movida pela cliente insatisfeita com o resultado; sócio majoritário de um escritório de Advocacia, é intimado a pagar indenização a um cliente que acusa seu mais novo contratado

de imperícia à frente da causa dele; fez a declaração de Imposto de Renda para um cliente e este cai na malha fina e acusa você, o contador, de ter errado nas contas. Diretor de uma empreiteira, você é surpreendido por condenação judicial com pedido de ressarcimento em um processo de improbidade administrativa movido contra órgão público que contratou a empresa para a qual trabalha há poucos meses. Nas situações descritas acima também se aplicam as mesmas regras de responsabilidade civil em que a prestação de um serviço que acarrete em prejuízo a terceiros implica em pagamento de indenização por dano, ainda que involuntário mas desde que efetivamente comprovado e aceito judicialmente ou extrajudicialmente (no caso de acordo entre as partes) como tal. É para fazer frente a estas e outras ocorrências que um número cada vez maior de empresários, profissionais liberais e dirigentes de empresas aderem ao Seguro de Responsabilidade Civil, um dos segmentos do setor securitário com maiores perspectivas de crescimento. Mas a modalidade ainda esbarra num preconceito: o de que sua contratação traria implícita a inépcia ou má-fé do profissional, argumento que o presidente do Sindicato dos Corretores de Segu-

Ilustração publicada em Responsabilidade Civil nas Relações de Consumo - Direito Civil V

Queda em piso molhado cabe indenização/ Foto no Blog da Blend Corretora de Seguros

ros de Alagoas (Sincor-AL), Edmilson Ribeiro, rebate. “Quem adere ao Seguro RC demonstra na verdade uma preocupação com sua atuação e oferece mais confiança a quem contrata seus serviços”, diz. A declaração de Ribeiro

tem fundamento na medida em que o cliente/usuário há de estar mais tranquilo se souber que, em caso de incidente, terá a reparação do dano/erro sem grandes obstáculos, diferentemente da maior parte das situações em que se leva anos para

obter indenização por conta da burocracia que emperra o sistema judicial brasileiro. O presidente do Sincor faz ainda outra importante observação: “Seguro não é custo; é tranquilidade, segurança e mais confiança para quem o contrata”.


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Tirinhas publicadas pela Lar Corretora de Seguros

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muro ou casa do vizinho, enfim, de uma gama de situações imprevisíveis mas comuns de ocorrerem. RC PROFISSIONAL Engenheiros, arquitetos, médicos, cirurgiões-dentistas, contadores, corretores e urbanistas, entre outros fornecedores de serviços, podem contar com a proteção do seguro de RC para fazer face a ações judiciais movidas por clientes insatisfeitos.

Os números do mercado Levantamento da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNseg) e publicado pela Revista Cobertura - Mercado de Seguros revela que o segmento de Responsabilidade Civil decresceu 1,6% de janeiro a maio deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado e gerou R$ 621 milhões em prêmios (valor pago à seguradora para que esta garanta o pagamento da indenização especificada no contrato). Mas no RC D&O o crescimento nos cinco primeiros meses de 2016 foi positivo: 2,6% com R$ 150 milhões em prêmios. O melhor desempenho foi no segmento E&O, que registrou crescimento de 30,9% e gerou R$ 117 milhões em prêmios.

O RC e suas modalidades egulamentado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão fiscalizador das operações de seguro, previdência complementar aberta e capitalização, o seguro de Responsabilidade Civil (RC) pode ser contratado de acordo com a área de atuação do interessado. Popular e até obrigatório nos Estados Unidos e na Europa, o RC Geral se aplica às situações descritas de acidente na escada rolante de um shopping ou queda da prateleira de um supermercado e às incontáveis ocorrências a que se está sujeito em um estabelecimento comercial, incluindo incêndio e assalto e até queda em que hajam consequências danosas ao cliente. O RC Geral pode ser contratado adicionalmente a outros seguros, como o de incêndio e contra roubo e assalto e também pode ter como segurado qualquer pessoa interessada em se precaver de incidentes como a queda da caixa d’água de sua residência danificar o

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Conhecido no mercado como E&O (Erros e Omissões), trata-se de modalidade de seguro em que o segurado – o profissional que o contrata – é ressarcido no caso de ser condenado a pagar indenização por erro/dano no exercício da atividade profissional. Ainda pouco difundido, é um dos segmentos com maiores perspectivas de crescimento nos próximos 10 anos, de acordo com analistas do mercado, o que se explica pelo

aumento de ações judiciais contra profissionais autônomos das mais diferentes categorias. Em alguns estados o RC E&O vem sendo incentivado por conselhos e sindicatos de classe, a exemplo dos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Creas) e Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU). Mas seu maior grau de penetração hoje ainda é junto à classe médica. RC D&O Em tempos de Operação Lava Jato e ações de improbidade patrocinadas pelo Ministério Público, o Seguro RC D&O (sigla em inglês para Directors and Officers Liability Insurance) tem sido o que se pode chamar de “mão na massa” para executivos de grandes e médias empresas e abrange também os conselheiros das mesmas. Trata-se de modalidade contratada pela própria empresa e que visa preservar o patrimônio pessoal e familiar dos gestores em caso de condenação judicial ao pagamento de indenização e/ou ressarcimento de valores.

Como contratar

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ndependente da modalidade, a regra fundamental para quem deseja contratar um seguro é buscar a orientação de um profissional, no caso o corretor de seguros. “É ele que vai analisar as necessidades da pessoa ou empresa, avaliar os potenciais riscos a que esteja submetida ou que possa ocasionar a terceiros e apresentar as diferentes opções de corretoras, as respectivas coberturas e sugerir a melhor escolha”, frisa Edmilson Ribeiro, do Sincor-AL. “Quanto maior a insegurança, maior a necessidade de proteção”, acrescenta. E, já que é para estar seguro, há outra regra essencial: confirmar a idoneidade do corretor junto ao órgão de classe, o Sindicato dos Corretores de Seguros.


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Prefeito eleito pode não ser empossado

PÃO DE AÇÚCAR DR. FLAVINHO É INVESTIGADO POR DISTRIBUIÇÃO DE CARTÃO BOLSA VIVA BEM EM TROCA DE VOTOS VERA ALVES veralvess@gmail.com

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stá na Justiça Eleitoral uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral cujo resultado pode cancelar a posse do prefeito eleito de Pão de Açúcar, Flávio Almeida da Silva Júnior, e seu vice, Clayton Farias Pinto. Ambos são acusados de abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio em denúncia feita pela coligação “Por uma Nova Pão de Açúcar”, que disputou a eleição do dia 2 tendo como candidato a prefeito Eraldo João Cruz Almeida. Disputando pela coligação “Pra Mudar Pão de Açúcar”, Dr. Flávio (PMDB), como é conhecido o prefeito eleito, obteve 7.901 votos, 54%21% do total, enquanto Dr. Eraldinho (PSD) obteve 6.644 votos, 45,59%. Um terceiro postulante à prefeitura, Cliuton Santos (SD) conseguiu apenas 29 votos, 0,20% do total de votos válidos no município. A denúncia que tramita na 11º Zona Eleitoral sob o número 000019190.2016.6.02.0011 está recheada de provas contra o prefeito eleito. As mais contundentes são fotos que registram a entrega, por parte dele, do cartão Bolsa Viva Bem Pão de Açúcar, a moradores carentes do município e depoimentos dados à Polícia de pessoas que receberam o cartão das mãos do então candidato com a promessa

de que receberiam uma certa quantia em dinheiro logo após a votação. As promessas incluíram também a possibilidade de efetuar compras em supermercados e de viajar com o cartão de crédito. Em uma das fotos anexada à denúncia, Flavinho aparece com seu então companheiro de chapa – Marcelo Marcos Tenório de Vasconcelos – entregando o cartão a uma senhora. Dr. Marcos acabou renunciando à condição de vice na chapa porque não se desincompatibilizou dentro do prazo legal da função de médico contratado pela prefeitura e acabou sendo substituído por Clayton Farias, o Clayton da Brahma. O prefeito eleito também é acusado de ter se utilizado eleitoralmente da estrutura do Instituto Paulina, a entidade que fundou em 2011 no Centro de Pão de Açúcar e que agora tem filiais instaladas em três localidades carentes, no Cohab, no bairro Alto Brasília e no povoado Vila Limoeiro. SEGURANÇA DE PC FARIAS Um dos poucos candidatos milionários do interior do estado – declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 3.661.146,00 – Flávio Almeida da Silva Júnior esteve no cerne do noticiário nacional na década de 1990, quando da morte do ex-tesoureiro do ex -presidente Fernando Collor

Dr. Flavinho (D) e o então vice, Dr. Marcelo, entregam cartão (destaque) a uma família e pedem votos

de Mello, Paulo César Farias. Flavinho, um ex-sargento da PM e hoje advogado, era o chefe da segurança de PC Farias e teria autorizado a

queima do colchão em que o ex-tesoureiro e a namorada, Suzana Marcolino, foram encontrados mortos no dia 23 de junho de 1996. O caso até

hoje levanta dúvidas quanto a ter se tratado de homicídio seguido de suicídio (praticado por Suzana) ou queima de arquivo.


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Mais de 6 mil empregos serão gerados com a construção de novos hospitais

SAÚDE EM ALTA

SOMENTE EM MACEIÓ, AS OBRAS DA MATERNIDADE DE RISCO HABITUAL DE MACEIÓ, DO HOSPITAL METROPOLITANO, DE CLÍNICAS, E O DA CRIANÇA, VÃO GERAR MAIS DE 2 MIL EMPREGOS DIRETOS

MAYNARA ROCHA

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o setor de serviços que mais gera empregos em Alagoas, sobretudo no ramo de turismo, entretanto, o Governo do Estado, por meio de uma nova atitude, vai transformar o segmento de saúde como um dos maiores empregadores da Terra dos Marechais. O Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep) vai ajudar a erguer os hospitais da Criança, o Metropolitano, de Clínicas e a Maternidade de Risco Habitual. Juntos, eles devem gerar mais de 6 mil empregos. Acrescendo ainda os hospitais de Porto Calvo, Viçosa e União dos Palmares. De acordo com o governador Renan Filho, o Estado vai analisar se abrirá novos concursos para a contratação de servidores definitivamente. “Com relação a abertura de concursos, o Estado tem que observar se ele vai contratar definitivamente o servidor para

estes hospitais. Hoje, nós estamos com o limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal e não temos facilidade de contratar por concurso”, justificou Renan Filho. O governador alagoano, entretanto, dispõe de uma alternativa. “Já contamos com a Lei de OS (Organizações Sociais), que já funciona nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e no Hospital Geral do Estado (HGE). Não posso esperar que o Estado tenha limite fiscal. Iremos fazer funcionar os hospitais, trabalhando e investindo na saúde dos alagoanos”, ressaltou Renan Filho. Ele confirmou que a iniciativa do Estado dará novo ânimo ao alagoano. “Estamos tratando isto como a menina dos olhos do Governo, mais de 6 mil empregos são esperados com a construção dos novos hospitais na área da saúde. Este será um resgate altíssimo da autoestima do alagoano”, afirmou o governador de Alagoas.

Governador Renan Filho diz que novas unidades deverão funcionar em parceria com OS


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Processo de falência pode voltar à estaca zero

GRUPO JOÃO LYRA NOVO JUIZ DECIDE QUE ADMINISTRAÇÃO SERÁ FEITA POR PESSOA JURÍDICA; EMPRESA SONDADA FOI ALVO DE ESCÂNDALO JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.com

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a primeira semana deste mês, uma notícia acerca da Massa Falida do Grupo João Lyra pegou os credores e ex-trabalhadores de surpresa. No dia 4, o agora juiz responsável pelo processo, Nelson Fernando de Medeiros Martins, decidiu trocar os responsáveis pela administração judicial da massa encabeçada pelo advogado João Daniel Marques. A intenção do magistrado é contratar uma empresa de auditoria e consultoria passando assim a responsabilidade de pessoa física para jurídica. O magistrado, da 2ª Vara da Comarca de Coruripe, assumiu o posto após promoção recebida pelo juiz Kléber Borba, que estava à frente do caso. Martins é o quarto juiz a assumir o processo. Desde que começou a reanálise processual, algumas ações retrocederam. É o caso da abertura de envelopes com propostas para a compra das usinas Triálcool e Vale do Paranaíba, localizadas no interior de Minas Gerais. O que era para acontecer em setembro foi adiado para o dia 15 de dezembro. O alegado foi a falta de tempo para a análise do processo, que tem mais de 60 mil páginas. Segundo consta nos autos, “diante da notória imensidão dos negócios da falida, além

da sua notória relevância social em âmbito nacional, não se pode conceber que a administração judicial fique a cargo de pessoa física. (...) Trata-se de uma falência de sociedade empresária cujos valores de ativos e passivos pairam sobre a casa dos bilhões e, até agora, após o afastamento dos sócios e diretores “. Martins também destacou que foi feito um convite para quatro empresas assumirem a Massa Falida. “Com esse perfil, constituem unanimidade no setor empresarial as chamadas ‘Big Four’, assim apelidadas por constituírem as quatro maiores empresas (redes de pessoas jurídicas e/ou firmas independentes), todas com atuação, também, no Brasil. São elas: KPMG; PWC; Ernst Young e Deloitte”. Todas têm o escritório mais próximo em Recife (PE). HISTÓRICO A KPMG é uma das empresas líderes na prestação de serviços profissionais, que incluem auditoria e gestão, além de assessoria financeira. A KPMG, junto com a PWC, Ernst & Young e Deloitte, é uma das principais envolvidas no escândalo financeiro chamado Luxemburgoleaks, em que grandes empresas evitaram o pagamento de impostos através de um artifício legal conhecido como elisão fiscal.

Usinas e demais empresas do Grupo JL, da holding Laginha, tiveram falência decretada em 2012

O Luxemburgoleaks revelou, em novembro de 2014, os detalhes das operações secretas de 343 empresas. O escândalo veio à tona através de 80 jornalistas de 36 países, que analisaram documentos obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), mostrando que as empresas economizaram bilhões de dólares que deveriam ser pagos em impostos. Conforme o juiz, uma das exigências feitas nos convites é que seja implementado no âmbito da massa falida um programa de integridade, que significa a formalização de uma postura ética perante os fornecedores, governo e clientes. As empresas deverão enviar suas propostas em novembro. Enquanto não há assinatura de

contratos, a substituição do atual administrador judicial somente será levada a efeito no dia 2 de janeiro de 2017. Na mesma data também será afastado o gestor judicial, Luiz Henrique da Silva Cunha. O medo dos que dependem da resolução do processo de falência para receber dinheiro e direitos é que o processo volte à estaca zero, também influenciando nos arrendamentos das usinas Uruba e Guaxuma. Sem contar a especulação de que seriam ingressadas junto à Massa Falida da Laginha as dívidas trabalhistas do O Jornal, periódico de João Lyra. No entanto, nada foi confirmado até o momento. Sobre as usinas, o juiz informou ao EXTRA ALAGOAS que, nesse primeiro mo-

mento, as mudanças não têm como foco esses contratos de arrendamento. “A intenção é fazer com que o processo tramite de forma célere para o seu natural desfecho”. A filha de João Lyra, Lourdinha Lyra, preferiu não comentar o assunto por enquanto alegando envolver assuntos pessoais e de família. O atual administrador judicial, João Daniel Marques, também foi contatado pelo EXTRA ALAGOAS, mas disse que irá acatar a decisão da justiça. A reportagem conseguiu falar com um dos responsáveis pelos comitês de credores. De acordo com Juarez Aciolli, dos credores quirografários, uma reunião será feita para discutir a decisão do juiz, bem como avaliar a vantagem financeira para a massa falida.


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Fiscais tributários cobram autonomia e reposição salarial

ONDE ESTÁ O DINHEIRO? ARRECADAÇÃO EM ALAGOAS AUMENTOU, MAS FALTAM POLÍTICAS PÚBLICAS E VALORIZAÇÃO DOS SERVIDORES MARIA SALÉSIA sallesia@hotmail.com

Em defesa do aumento do teto

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aumento da arrecadação do estado de Alagoas deveria ser um ponto positivo para as políticas públicas e servidores. Mas, o presidente do Sindifisco/AL, Emílio Marcelino, questiona a aplicação dos recursos ao afirmar que o Fisco está fazendo a parte dele, só resta saber se o dinheiro está sendo aplicado em favor do povo. Ele cobra ainda a reposição salarial e mais autonomia da categoria. O presidente do Sindifisco afirma que atualmente a receita do Estado é muito boa em relação a economia nacional. O que falta, segundo ele, é mais autonomia do Fisco, pois para fiscalizar precisa de ordem de serviço que não depende deles (fiscais). E acrescentou que o planejamento tributário tem que ser técnico e não político. Marcelino argumenta que se a receita está subindo, o Estado tem condições de investir em todas as áreas do governo, inclusive no funcionário. “Infelizmente, este governo é continuidade do anterior. A saúde está sucateada, a educação, a segurança e mesmo assim o governo alardeia que a violência está controlada”, criticou Marcelino. Ele relembra que a categoria não tem reposição salarial há dois anos e quando aconteceu foi de 5%, divididos em três parcelas, e no final a perda foi grande. “Mesmo constitucional, o servidor tem que ir à Justiça buscar seus direitos, mas a morosidade só atrapalha”. É que no último dia 29 de setembro a categoria ajuizou mandado de injunção visando a reposição salarial. No dia 4 deste mês, o desembargador Fábio Bittencourt determinou que o Estado respondesse. “Agora é torcer para que tenha sucesso e o Estado seja obrigado a cumprir com seu dever”, completou o representante do Sindifisco. Um comparativo feito na transferência do FPE (Fundo de Participação dos Estados) percebe-se que em feve-

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Emílio Marcelino questiona aplicação de recursos e diz que Fisco faz sua parte

reiro de 2015 foi de R$ 329.989.702,86, no mesmo período desse ano chegou a R$ 353.503.544,73, um incremento nominal de R$ 23.513.841,87, com IPCA (considerado o índice oficial de inflação do país) de 10,36%. Em agosto o FPE de 2015 foi de R$ 240.369.738,18 e este ano, mesmo período, chegou a R$ 251.941.006,73. O incremento nominal foi de R$ 11.571.268,55, com IPCA de 8,97%. No Mapa de Arrecadação Mensal -MAM- o acompanhamento da arrecadação no exercício de 2016 aponta que a diferença no mês de agosto deste ano, se comparado ao mesmo período doe 2015, foi de 49,28%. Os números mostram que no ano passado, naquele mês, foi de R$ 236.416.526,36 e este ano, mesmo mês, chegou a R$ 374.129.232,42, diferença de R$ 137.712.706,06. Com IPCA de 8,97%.

elegados e fiscais de tributos de Alagoas continuam em campanha para “aumentar o salário do governador”. Na verdade, eles defendem o aumento do teto constitucional, o que permitiria que servidores destas categorias, em final de carreira, tivessem direito ao mesmo reajuste. É que esses servidores não ganham mais por conta do “teto”, já que fiscais de tributos e delegados têm como teto remuneratório o subsídio do governador do Estado. Lúcia Beltrão, membro do Sindicato do Fisco de Alagoas (Sindifisco/AL), esclarece que reposição de perdas salariais não significa aumento, apenas a manutenção do poder aquisitivo, direito previsto pelo artigo 37, inciso X, da Constituição Federal. “Reposição não é aumento. Queremos pelo menos reposição que a inflação sucumbiu. Foi quase 1/5 de perda de nosso salário. Mas apesar do incremento na receita, o governo não se pronuncia. A gente arrecada e o salário despenca”, criticou. Ela acrescentou que o Fisco arrecada, o dinheiro entra no caixa e para onde está indo este dinheiro só o governo saberá responder. Lúcia Beltrão alerta que o arrocho não é apenas salarial. E afirma que a categoria não está paralisada diante dos entraves do governo federal. Prova disso, disse, foi que já se manifestaram perante a bancada alagoana em Brasília. “É bom que a população acompanhe quais deputados

estão votando a esses projetos desumanos do governo federal. Parlamentares que dizem sim a esses projetos estão dizendo não ao povo. Cortar recursos da educação, da saúde é condenar o futuro do povo”, comparou. Beltrão argumenta que o horizonte está “nebuloso” e que vai chegar um momento em que a população precisa ir pra rua, se manifestar. “Em período de crise foram os bancos que mais lucraram. Tem que dar um basta neste desmando”. A violência nos postos fiscais situados na divisa do estado é outro problema que a categoria enfrenta. Muitos registros de ataques a postos fiscais e no entorno deles têm preocupado e assustado os servidores. Segundo o presidente do Sindifisco, Emílio Marcelino, muitos viajantes, acuados, encontram nos postos o refúgio. E esta atitude coloca em risco também a vida dos trabalhadores que estão vulneráveis. Os auditores enfrentam outros problemas como o excesso de bolsistas que segundo eles é uma “terceirização disfarçada”. Mas a situação é ainda mais agravante. Falta desde água para beber até papel higiênico. Eles pedem melhor condição de trabalho, cursos de qualificação, equipamentos de informática e cursos voltados para a área, respeito ao trabalho do fiscal, devolução da autonomia fiscal, incentivo, remuneração digna e que o planejamento tributário seja feito tecnicamente, entre outros.


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Muito prazer, eu sou a morte

CRÔNICA

LIVRO DO JORNALISTA JORGE OLIVEIRA, É UMA REFLEXÃO SOBRE A

SUSAN FARIA FARIA Jornalista, critica de cinema

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uito prazer, eu sou a morte. Título forte, como o livro do jornalista alagoano, radicado em Brasília, Jorge Oliveira, e que está em segunda edição pela Chiado Editora. É daqueles livros que lhe chamam para ficar em casa e conhecer o que vem pela frente em suas quase 300 páginas. Importante leitura, principalmente para jornalistas e estudantes de Comunicação Social que queiram conhecer parte da história da imprensa brasileira, os bastidores das redações de jornais alagoanos, cariocas e brasilienses, o jornalismo especialmente na década de 60 e

70 no Brasil, referências sobre o acordo nuclear entre o Brasil e a Alemanha, tema que deu a Jorge o Prêmio Esso, o maior do jornalismo brasileiro. 
Com escrita precisa, clara, objetiva e bem-humorada, Jorge Oliveira nos conta sua vida como repórter e editor, o relacionamento com chefes, colegas, amigos, fontes jornalísticas, a vida difícil nos primeiros tempos no Rio de Janeiro, sua determinação por ultrapassar limites e não se conformar com o mais fácil. Tudo isso entremeado de reflexões sobre a morte e de como seria a vida dos que lhes estão próximos e o término do seus próprios sonhos, caso tivesse sido assassinado por um pistoleiro, como foi programado em

1984, quando saia para fazer a cobertura jornalística do carnaval no Rio de Janeiro. Um tema difícil, esse da morte, tão bem tratado por Jorge, Machado de Assis (no livro Memórias Póstumas de Brás Cubas) e Ingmar Bergman (no filme O Sétimo Selo) e que exige reflexão, mesmo daqueles que não seguem os ensinamentos espíritas de Chico Xavier, Allan Kardec e tantos ilustres. 
Ao ler Muito prazer, eu sou a morte - lançado em 2015, em Lisboa; e em 2016, em Brasília e Maceió (AL) também encontramos, nós jornalistas, um pouco da nossa história, do ritmo das antigas redações, dos plantões, das farras, dos riscos, das falsidades e das verdadeiras amizades que

Aviso aos navegantes: um recado direto

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histórica decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a prisão em segundo grau, foi uma decisão esperada pela grande maioria da sociedade brasileira, que vem assistindo estarrecida diversos tipos de crimes nunca vistos em nossa história. Tenho certeza que o que aparecerá, ao longo do tempo, não só vai estarrecer o nosso Brasil, mas também o mundo, numa sociedade que é globalizada. Mas o que mais me impressionou, no bom sentido, foi a fundamentação do voto do ministro Gilmar Mendes, em um momento, posso dizer, único e histórico, em que mandou um recado duro e direto para o Brasil, mostrando claramente o que vem acontecendo aqui, no nosso sofrido estado de Alagoas. Na ocasião o ministro disse “que Alagoas tem o pior judiciário do Brasil e que é

o paraíso do crime de mando”. O recado do ministro do STF durante julgamento mostra claramente o que estar nos processos que correm em segredo de justiça. Eu mesmo escrevi diversos artigos, publicados na imprensa alagoana, em especial no Semanário Extra, sobre a alta brutalidade apoiada pelos poderosos de plantão, que usam e abusam de uma minoria do poder judiciário e da Polícia, faço questão de destacar, que a maioria desses setores são compostos de pessoas de bem, que também se tornam vítimas dessa minoria bárbara e criminosa. Eu mesmo já sofri na pele a brutalidade dessa minoria, com manobras feitas para explorar e liquidar um cidadão de bem. Inclusive enviei para algumas autoridades, ao longo de mais de doze anos, documentos que mostram claramente como é difícil so-

conhecemos tão bem ao exercer a profissão. A partir da leitura, podemos refletir sobre a vida, os nossos aprendizados, a morte e o que realmente vale a pena nessa passagem tão efêmera que fazemos por aqui. 
Jorge encerra o livro na mística Serra da Estrela, no Centro de Portugal, lugar de beleza sem tamanho, silencioso e forte onde “as imensas montanhas beijam o céu”, como diz o autor, casado com outra grande jornalista, Ana Maria Rocha, ambos hoje dedicados à literatura e ao cinema, premiados internacionalmente (em festivais de Lisboa- Portugal; Colorado – EUA; e Festival do Audiovisual do Mercosul, realizado em Florianópolis -SC) com o documentário “O olhar de

Nise”, que logo será exibido em Brasília.
 Referência: Muito prazer, eu sou a morte, livro de Jorge Oliveira, Chiado Editora, R$ 42,00 está à venda no site www.travessa.com.br. Outras informações estão no @ [UzpfSTExNDYxNDM3MzI4NjoxMDE1Mjk1MTI2NTUxODI4Nw e https:// www.facebook.com/ChiadoEditora/posts/10152951265518287]
 Boa leitura, amigos. Eu gostei muito!

MAURÍCIOMOREIRA

Membro do Conselho Editorial do EXTRA

breviver em um estado de coisas como essas. Pois o crime de mando em que o ministro Gilmar Mendes se referiu é gerado por diversos interesses escusos, inconfessáveis e por motivos de origem política, interesses financeiros, econômicos e pessoais que muitas vezes não vêm a aparecer a luz do dia, porque são disfarçados por intrigas pré fabricadas, para criar e fragilizar pessoas inocentes, para com isso, tomar e saquear, usando o poder, criando situações e cortinas de fumaças para ocultarem seus crimes através de chantagem, terror, amedrontamento, abuso explícito de autoridade e criando nos bastidores malefícios pré fabricados para fazer valer os interesses escusos de poderosos de plantão, que quando não pecam pela

omissão, pecam pelos interesses altamente frios, calculistas e diabólicos. E o que venho escrevendo exaustivamente, ao longo dos anos, é que os olhos de Deus estão em todo lugar e creio que ao longo das diversas investigações da Polícia Federal em nosso Estado, que muitas vezes foram para investigar crimes de origem federal, como desvios de dinheiro público e de royalties e com essas investigações descobriram outros tipos de crimes, como vendas de sentenças, crimes de mandos, leilões falsos e criminosos bem como outros tipos de crimes que em breve aparecerão, mostrando claramente que o crime não compensa. Finalizo citando um enigma holístico que diz que quando nada é certo, tudo é possível.


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Para refletir: “Alagoas continua sendo o paraíso dos crimes de mando” (Ministro Gilmar Mendes “enaltecendo” os alagoanos em sessão do STF).

Vaquejada não é esporte. É barbárie

PEDRO OLIVEIRA pedrooliveiramcz@gmail.com

A palavra dos candidatos

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onsidero lúcida e inteiramente procedente a decisão do Supremo Tribunal Federal proibindo a prática da Vaquejada em todo o território nacional. Há muito as entidades protetoras dos animais e a sociedade civil consciente cobravam o fim dessa aberração que muitos ousam chamar de “esporte”. Os defensores das vaquejadas alegam que ela é um elemento arraigado em nossa cultura, amparada pelo disposto no art. 215, § 1º, da Constituição Federal, que diz que “o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais” e que “o Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional”, além de servir de atrativo para o incremento do turismo, movimentando a economia local, com a geração de vários empregos sazonais. Em sentido contrário, temos o art. 225, § 1º, VII, segundo o qual incumbe ao Poder Público proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade. Com o passar do tempo, as vaquejadas foram se popularizando. Tornaram-se competições, com calendário e regras bem definidas. Viraram “indústrias” milionárias, que oferecem verdadeiras fortunas em prêmios. Hoje, há centenas de parques de vaquejada no Nordeste. Vaqueiros de todas as partes se reúnem para as disputas, pela glória e pelos prêmios, cada vez mais atrativos. O fato aqui repercutiu bastante. Na “casa de espetáculos” chamada de Assembleia Legislativa, pouco dada a tratar de coisas sérias e de assuntos do interesse de Alagoas, chegou a acontecer uma sessão super movimentada e pasmem: com quórum, onde o assunto em altíssimo destaque foi a decisão da Suprema Corte. Vários “deputados vaqueiros” usaram da tribuna (com seus vastos conhecimentos jurídicos) para atacar a proibição. Deu de tudo. Um deputado disse: “Estão mexendo com a cultura do nordestino. Não há nenhuma violência. Afinal, os animais são tratados como verdadeiros atletas”. Outro ainda teve a santa burrice de declarar que a medida do STF “tem uma carga preconceituosa para com o povo nordestino”. E foi além em sua sandice: ”A decisão tomada dentro de um gabinete (não sabe diferenciar um plenário) é preconceituosa”. E ordenou aos ministros: ”Precisa a decisão ser revista o quando antes”. Verborragia e aberrações à parte, mesmo sem nunca ter montado em um cavalo e não precisando me aprofundar mais sobre o assunto (como me recomendou um gentil seguidor em minha página no Facebook), fico com minha opinião de que Vaquejada não é esporte

Somos bandidos?

Dois fatos me chamaram a atenção fazendo-me pensar se não teríamos retrocedido há pelo menos 30 anos no tempo. Episódios negativos que nos envergonham diante de um país que sempre considerou nosso estado uma “terra de bárbaros”. Feriu minha alma quando ouvi do ministro Gilmar Mendes falar no plenário do STF, por ocasião do julgamento da constitucionalidade da prisão em segunda instância antes do transitado em julgado: “Alagoas é o paraíso do crime de mando”. Não li uma palavra do governo estadual ou dos políticos locais rebatendo a afirmativa. Chego à conclusão de que “quem cala consente”. Somos mesmo bandidos?

A nossa violência

Outro fato que me chamou a atenção foi a reação do diligente juiz que preside o Conselho Estadual de Segurança, Maurício Breda, ao se referir ao saldo de violência pós-eleição, com denúncias de ameaças de morte em vários municípios do interior. – “A gente pensava que Alagoas havia superado esta fase” – disse o magistrado, após reunião na qual a pauta tratou dos inúmeros casos de pedido de segurança de candidatos (vencedores e perdedores) ameaçados de morte. O órgão colegiado decidiu encaminhar e dividir este grave problema com a Polícia Federal, o que está corretíssimo. Se deixar com nossa “briosa” não vai resolver absolutamente nada. Infelizmente me confessava um integrante do Conselho de Segurança: - “Se não agir rápido e com eficiência, vai ter morte no interior”. Conclusão: o ministro Gilmar Mendes está certo.

Honra ao mérito

O promotor Alfredo Gaspar de Mendonça vai ser o novo procurador-geral de Justiça de Alagoas. É por mérito e reconhecimento dos colegas candidato único na eleição que acontece no próximo dia 30 de novembro. O governador não receberá, como sempre, uma lista tríplice para sua livre escolha, mas apenas o nome para homologar. Nada mais justo e promissor para o Ministério Público Estadual para dar prosseguimento à gestão ética e eficaz do atual procurador Sérgio Jucá. Certamente o promotor Alfredo Gaspar continuará escrevendo sua história honrada e voltada para o interesse público e o bem dos alagoanos.

Neste segundo turno das eleições a coluna continua publicando a cada semana “a palavra dos candidatos” contribuindo para que o eleitor tenha a oportunidade de analisar as propostas e projetos dos dois candidatos à Prefeitura de Maceió. O espaço continua sendo disponibilizado aos postulantes com a condição de que os textos contenham apenas opiniões e propostas, não sendo permitidas acusações e ofensas de qualquer natureza.

Cicero Almeida A atenção à saúde dos maceioenses Saúde é a essência da vida. Sem ela, não temos nada. No nosso governo, vamos promover um pacto pela saúde com o apoio do Governo do Estado. Reabriremos todas as unidades de saúde fechadas pela gestão atual, vamos estruturá-las e dar todas as condições necessárias aos profissionais. Agiremos junto às equipes de Saúde da Família, pretendemos disponibilizar unidades de saúde de demanda espontânea, garantir o acesso às especialidades, exames complementares e medicamentos para os tratamentos, e criar, em cada região administrativa, uma Clínica de Atenção a Saúde da Mulher, um total de oito dessas unidades por toda Maceió. Sem dúvida tivemos um grande retrocesso neste setor. O fechamento da maternidade Denilma Bulhões, do Laclin e de várias Unidades Básicas de Saúde em grandes bairros, além da redução de 30% na realização de todos os procedimentos de exames, consultas, cirurgias deixou a população vulnerável. Os indicadores de saúde e as longas filas nas portas dos postos para marcar exames simples provam o que estamos dizendo. Daremos prioridade ao atendimento da mulher e do idoso, garantindo o acesso às especialidades e medicamentos, sem burocracia e com celeridade. (Texto sob a responsabilidade da assessoria do candidato).

Rui Palmeira Priorizando políticas públicas para a infância

A minha gestão tem priorizado as políticas públicas voltadas para a infância. No meu mandato, dobramos o número de Conselhos Tutelares, eram cinco e agora são dez, garantindo cobertura integral à cidade. Também fizemos parceria com o Tribunal de Justiça do Estado e qualificamos o atendimento, com cursos preparatórios para quem se habilita a conselheiro. Na educação infantil, construímos 11 novas creches e reformamos escolas preparando-as para o ensino em tempo integral, já implantado na rede municipal. Os alunos das escolas municipais recebem material escolar, fardamento e a merenda tem qualidade nutricional. Na área da saúde, formalizamos parceria com a Rede Cegonha e também qualificamos a atenção materno-infantil. Neste 12 de outubro, Dia da Criança, assinei a adesão de Maceió ao programa Prefeito Amigo da Criança, da Fundação Abrinq, fortalecendo o nosso compromisso com o desenvolvimento de ações que garantam às nossas crianças seus direitos constitucionais. Continuaremos a avançar com ações no sentido de prepararmos, da melhor forma possível, com trabalho e sensibilidade, o futuro do nosso município. (Texto sob a responsabilidade da assessoria do candidato).

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CLÁUDIO VIEIRA

Deus não quis!

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erta feita, filho de um candidato derrotado nas eleições em Alagoas indagou-me sobre a razão de havermos perdido o pleito. Respondi-lhe, sem delongas: porque o adversário ganhou! A resposta, propositadamente simplória, era misericordiosa na-

E essa voz do povo castigou o candidato Cícero Almeida, impondo-lhe a humildade que deveria ser virtude de vida de quem se autoproclama temente a Deus. quele momento de desencanto, pois, na substância dizia: porque fomos incompetentes; porque o nosso candidato não tinha propos-

Advogado e escritor, membro da Academia Maceioense de Letras

tas sérias e viáveis, e se as tinha, não convenceu; porque o povo não quis! Eleições sempre me fazem voltar à memória aquele acontecimento. Esse pleito que acaba de encerrar o seu primeiro turno não foi diferente, com algumas especialidades. O candidato Cícero Almeida, pretendendo influir na população que considera menos esclarecida, sacou do seu bornal declaração que sempre faz, para justificar as suas pretensões: Deus me escolheu! Sobre ser isto certa maluquice, e independentemente de o candidato do PMDB revelar nuanças de mitomania, é sem dúvida um grave pecado, um sacrilégio, um desrespeito ao 3º Mandamento do Senhor, que proíbe usar o nome

Amizade, nas redes sociais ou tomando um cafezinho?

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uer uma desculpa deliciosa para passar o tempo com os amigos? Café. Isso mesmo, o cafezinho é sempre uma boa oportunidade de botar o papo em dia. E, na correria do dia a dia de um mundo cada vez mais conectado e menos presencial, receber um convite para uma conversa tem um aroma especial. É fascinante quando nos deparamos com alguém que há muito

O café, ou qualquer outra bebida, proporciona experiências positivas que nos estimulam a sermos mais comunicativos e conectados de verdade, não apenas digitalmente. tempo não vemos ou quando a gente cruza com um vizinho, ou simplesmente liga para um amigo e ele diz “Marcamos para tomar um café?!”. Ocorre que muitas vezes o encontro acaba não acontecendo. E o convite se transforma

apenas em uma frase de cortesia, pela empolgação do momento. Bom, algumas vezes o convite é para a cerveja, em lugar do café. Mas a intenção é a mesma. Insisto em dizer: num momento em que parece que temos mais conversas e experiências nas redes sociais, acredito que vale a pena reservar um espaço e tempo para bater papo com os amigos saboreando uma xícara de café. Anote isso aí, o café sempre poderá ser um grande pretexto para estreitar laços de amizade. A magia desses momentos é parte de algo tão simples como aprender a apreciar o tempo e aliviar tensões. Apesar de passarmos o dia rodeados de pessoas conectadas às tecnologias, com todos os tipos de estímulos, nos sentimos cada vez mais sozinhos. E creio que, lamentavelmente, nos desconectamos da felicidade. Bons momentos que são criados, em torno de uma mesa com amigos, e, claro, com o cheiro do café criando uma boa atmosfera para o momento. Sair com os amigos para tomar

de Deus em vão. Aliás, não só ele comete esse pecado, mas todos aqueles que, para amealhar votos, fingem-se contritos, obedientes devotos a Deus e aos santos à luz do Sol, enquanto nas sombras da noite corrompem e são corrompidos, usam o erário em benefício próprio, roubam o Estado e a Nação. Deus, afinal, deixou bem claro não o ter enviado em especial e exclusiva missão nesta Terra, mais do que enviou a todos nós, que somos Seus filhos por igual. A pífia votação que mereceu, apesar dos apoios poderosos – alguns dizem que negativos - do governador e do presidente do Senado Federal, demonstram claramente que o Senhor Deus não pretendeu impor castigo a Maceió, punindo apenas

o apóstata, embora, em Sua Grande Misericórdia, tenha-lhe concedido uma segunda chance de penitência com um próximo segundo turno. O resultado das eleições em Maceió – voltemos às coisas terrenas – propiciando ao prefeito Rui Palmeira substanciosa votação, embora não lhe tenha permitido a reeleição em primeiro turno, é prenunciadora da vontade do povo que, segundo o provérbio popular, é também a voz de Deus. E essa voz do povo castigou o candidato Cícero Almeida, impondo-lhe a humildade que deveria ser virtude de vida de quem se autoproclama temente a Deus. Perder no segundo turno servir-lhe-à de catarse.

JÂNIO FERNANDES Restaurateur

um café é, sem dúvida, celebrar a lealdade que nos une. Um hábito saudável, onde o que é servido na xícara é muito mais que uma bebida: é bate papo, confiança, vida e oportunidade. Esses momentos de relaxamento propiciados pelo ritual social de sair para tomar uma bebida, em realidade tem um propósito importante: criar âncoras. O café, ou qualquer outra bebida, proporciona experiências positivas que nos estimulam a sermos mais comunicativos e conectados de verdade, não apenas digitalmente. Agora, uma coisa eu já comprovei: existem dois tipos de pessoas, aquelas que amam o café e as que não apreciam esta bebida. Obviamente isso é uma classificação um pouco limitada, mas a verdade é que, normalmente, ou você é apaixonado por café, ou simplesmente não gosta. Muitas pessoas consomem café todos os dias mais por hábito que por opção. Eu, particularmente, gosto muito de beber café pela manhã. Um café expresso, com leite quente, em xícara

grande geralmente acompanhado de um jornal. E depois do almoço, um expresso, para acelerar o processo digestivo. Acho extremamente interessante saber como cada bebida tem seu próprio protocolo de como preparar e servir. Por exemplo, o uísque, o vinho, o champanhe. E, claro, o café não fica atrás. Há muitos detalhes e condições para se fazer um bom café expresso, aquele que realmente vale a pena tomar. Porque o café pode ser curto ou longo, com açúcar ou com adoçante, com cafeína ou descafeinado, com leite ou sem. De máquina ou instantâneo. Em xícara ou no copo. Se quiser com leite, o leite pode ser frio, quente, morno, desnatado ou semidesnatado. E se é verão, você pode provar com gelo: uma delícia. O que acha de dar um passo a mais em seu relacionamento com o café. Tomá-lo com prazer. De muitas formas. Desde o clássico café expresso, aos mais elaborados. E aprender como se pode passar de “Eu amo café” para ser um gourmet do café.


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ARTIGOS

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JORGE MORAES Jornalista

A lógica em tudo

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m qualquer que seja a situação na vida profissional, pessoal, empresarial, política, esportiva, social ou em qualquer outro momento, tudo deve ser feito obedecendo a uma lógica. Nada deve ser feito no chute, sem planejamento, obedecendo, apenas, a interesses pessoais, mas voltado para o co-

Com isso, diante da injustiça cometida no primeiro turno, o que vemos, agora, é um tempo maior e enfadonho oferecido para dois candidatos, do ponto de vista de propostas cansadas e clipes para tapar buracos. letivo. Além do mais, deverá existir um equilíbrio natural sobre todas as coisas. O comentário em relação a aplicação da lógica sobre tudo está relacionado a decisões tomadas pelo Tribunal Superior Eleitoral para as eleições no segundo turno. Senão vejamos. No primeiro turno foram 10 minutos, duas vezes por

dia, destinados aos partidos políticos, para que seus candidatos pudessem se apresentar e colocar suas propostas, na tentativa de convencer o eleitor a votar nesse ou aquele candidato. Com esse curto tempo dividido para todos, teve candidato que nem conseguia dizer: “Meu nome é Enéas”. Pois bem, veio o segundo turno para algumas cidades e o tempo disponível virou uma eternidade. Agora, para dois candidatos, além das inserções repetitivas em toda a programação no rádio e na televisão, eles estão agraciados com 20 minutos de programas (10 para cada um), duas vezes por dia. Isso é, no mínimo, injusto com os demais candidatos, que disputaram o primeiro turno. A divisão desse tempo para o primeiro momento da campanha é feita de acordo com o número de parlamentares nas duas casas do Congresso Nacional. Como é lei e está escrito, nada a questionar. Mas, para o segundo turno, a distribuição me parece ser flexível e passível de entendimento de uma decisão superior, o que não houve nenhuma

Ninho vazio

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vida é um caminho difícil de percorrer. Dividida em fases, vai nos mostrando que há momentos felizes e outros difíceis, mas somos marcados pelos encontros e desencontros de vários anos. Quando casamos, começamos a planejar nossa vida, imaginando um futuro sempre promissor, mas nem tudo é como queremos. Meu período mais difícil foi a saída dos filhos para estudar e trabalhar, o que chamamos de “símbolo do ninho vazio”. Por mais de vinte anos dizia a mim mesma: “Estou preparada; criei filhos para a vida”. Mas a realidade é bem diferente. Eles, os filhos, vão para outras cida-

Outra ideia assustadora é o filho não ter condições de sustentar mulher e neto e ir morar na casa dos pais. Dificilmente dá certo! des, casam com pessoas de costumes diferentes e, quando percebemos, viram pessoas estranhas. Certa feita, ouvi de um filho: “Mãe, faz vinte anos que saí de casa; sou outra pessoa”. Assustada, respondi: “Mas não

deixou de ser meu filho”. Na realidade, é outra pessoa totalmente modificada. Não existe alegria maior para uma mãe do que o dia em que nasce sua criança. Nunca perguntei se era homem ou mulher, mas se vinha com saúde. Eles vão crescendo, estudam, se formam e casam. Isto quando tudo corre normalmente. E, a partir daí, vão cuidar de sua família. Posso dizer que sou uma mulher feliz; tive quatro filhos, mas, com 25 anos de casada, saíram todos, ficamos eu e meu marido. A sorte é que me voltei para o trabalho, para o sindicalismo e me ocupei bastante. Administrei bem o ninho vazio. Conheço, entretanto, amigas que ficaram sós, umas viúvas, outras separadas e não souberam administrar a saída das crianças. Importante é que os agregados (genros e noras) sejam boas pessoas e procurem conviver bem com a nova família. Mas, nem sempre, tal fato é verdadeiro. Uma amiga de longos anos veio me contar que nasceu o primeiro neto. “Estou indo todos os dias ajudar minha nora a cuidar do bebé”. Ri e aconselhei a criatura que se afastasse um pouco para evitar constrangimento. Eufórica com o netinho, não me ouviu. E, um belo dia, ouviu um pedido do filho para diminuir as visitas

iniciativa nesse sentido. Com isso, diante da injustiça cometida no primeiro turno, o que vemos, agora, é um tempo maior e enfadonho oferecido para dois candidatos, do ponto de vista de propostas cansadas e clipes para tapar buracos. A referência do texto não é, especificamente, à cidade de Maceió, mas em todo lugar do Brasil, onde se disputa, ainda, a eleição. A conversa é a mesma: o bem contra o mal; quem vai fazer mais; quem abraça mais; quem gosta mais do povo; e quem promete mais. Em Maceió, agora sim, a nossa cidade, Rui Palmeira, que busca a reeleição, recebeu mais votos do que o segundo e o terceiro colocados juntos no primeiro turno. A vantagem é considerável e isso lhe dá um conforto maior para o próximo turno das eleições, mas não tira os olhos do eleitorado de João Henrique Caldas. Cícero Almeida, que já governou a cidade por dois mandatos, aposta nas obras que fez no passado; na maior parcela dos eleitores de JHC; e, ainda, no bloco dos indecisos, para tentar tirar a diferença.

Quanto aos demais candidatos (Gustavo, Paulão, Fernando e Memória) não decidem nada. Petistas convictos não querem nem ouvir falar nos candidatos dos dois principais partidos no impeachment da Dilma Rousseff (PSDB e PMDB), representados, aqui, por Rui Palmeira e Cícero Almeida. Independente do desgaste sofrido por eles e a votação ridícula do candidato em Maceió, o eleitor corre do PT como o diabo da cruz. Os demais candidatos não interferem no processo, é o mesmo que nada nessa briga entre os grandes. Portanto, com muito tempo de propaganda eleitoral ou não, a cidade continua silenciosa; o povo não se manifesta; as ruas, limpas da sujeira dos papéis, e quase silenciosa quanto aos carros de som; enxergam dois candidatos falando em vitória, usando seus programas de rádio e televisão, tentando chegar, principalmente, aos eleitores indecisos e os que querem distância das urnas. Pois, quem votou antes, acredito que repete o voto, e eles não precisam se preocupar.

ALARI ROMA- TORRES Aposentada da Assembleia Legislativa

a sua casa. Entrou em depressão, brigou com a nora e deixou de ver o neto. Outra ideia assustadora é o filho não ter condições de sustentar mulher e neto e ir morar na casa dos pais. Dificilmente dá certo! São hábitos diferentes e o amor filial não é idêntico ao amor do casal. Como a corda só quebra do lado mais fraco, sobra para a mãe a decisão da separação. Quando o casal fica velho, os filhos começam a se assustar e querem morar juntos. Triste solução! Idoso é uma pessoa diferente: as pernas ficam fracas, a vista encurta, a surdez aparece, o sono encolhe. Só dá certo o casal continuar como antes; um administrando as dificuldades do outro. Os dois se entendem! Viajei com a família de minha filha mais velha umas três vezes. Procurava não incomodar, não aborrecer e foi muito bom. Mas havia alguns programas que não acompanhava mais. Ficava no hotel, o fôlego era curto. Em São Paulo, o ônibus nos esperava para irmos a São José dos Campos. “Corra mãe”, dizia ela. E eu, sem poder correr, avisava: “Não posso, deixe o ônibus ir”. Rimos muito com a “Velhinha

das Alagoas” de pernas amarradas. Quando o casal tem a sorte de poder viver em sua própria casa é uma maravilha. Mas quando a doença aparece é demais. Algumas amigas estão caducando, ou o “alemão” perturbou o seu cérebro. Aí, amigos, viram verdadeiras crianças, perdem a noção do tempo e se esquecem de suas verdadeiras identidades. Uma grande amiga minha tinha 4 filhos, ficou viúva e resolveu morar com a filha casada, que já tinha duas crianças. Diz ela que é muito bom; não alterou sua vida e se dá muito bem com a filha e com o genro. Que legal! Queridos leitores, há dois tipos de ninho vazio: quando nossos filhos vão embora e quando as dificuldades da vida obrigam os velhinhos a abandonarem seus lares para conviverem com outras famílias. Duas fases difíceis! Mas, como o segredo da vida é administrar problemas e tentar ser feliz, precisamos pedir a Deus que amanse nossos corações para aproveitarmos bem nossa passagem pela terra. Só Deus na causa!


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Educação como produção de riqueza

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Brasil demorou muito a reconhecer que a saída da pobreza passa necessariamente pelo massivo investimento em educação de qualidade. Quando o mundo desenvolvido demonstrava a olhos nus que sua riqueza, extraordinária, tinha no seu núcleo de orientação o

A classe média que rompe com as barreiras da ignorância é de origem patrimonialista e não assalariada e o faz com investimento pesado em educação dos membros de sua família. investimento em educação, o País tinha dificuldade de enxergar que o modo de produção global estava fundamentado na educação, pois só ela, com o poder de gerar novos conhecimentos, é capaz de produzir riqueza em abundância e, em consequência,

erradicar a pobreza. Assim, esse reconhecimento tardio teve consequências desfavoráveis ao país, pois, a baixa produtividade da economia associada à pouca qualidade da mão de obra não permitiu que seu parque industrial, e particularmente o setor de serviços, tivesse aumento significativo da produtividade, bem como redução dos custos e diversificação dos produtos consumidos e exportados; que lhe permitisse aumento constante da riqueza e, por consequência, a melhoria das condições gerais e específicas de vida de sua população. Nessa perspectiva, essa visão atrasada no tempo e no espaço gerou um longo ciclo econômico pouco competitivo, frágil, que produziu posto de trabalho de baixa qualificação, inibindo a mobilidade social e, por conseguinte baixa redução da pobreza. Associado a isso, veio a concentração de renda a ausência de emprego de qualidade, a convivência pouco civilizada e a baixa

Professores eméritos

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bom professor é imprescindível para uma boa educação. Quais são os pais que não querem que os filhos tenham docentes de qualidade nas escolas? No entanto, quem são os pais, hoje, que querem ver seus filhos dando aula? A desvalorização da carreira do magistério é tamanha que as escolas já encontram dificuldades em contratar professores para deter-

É uma homenagem merecida estendida a todos os professores que lutam para que o sonho de um país melhor não pereça nas primeiras dificuldades. minadas matérias. O governo federal vem priorizando os cursos de licenciatura nos sistemas de financiamento estudantil para tentar diminuir esse vácuo preocupante. Mas apesar de mal remunerados e com baixo prestígio social, grande parte dos mestres

FERNANDO LIRA

Pós-doutorado em Economia de empresa em Lyon, na França

qualidade das lideranças locais, regional e nacional. Nessa perspectiva, a economia nacional é incapaz de reduzir a brutal concentração de renda para a formação de uma ampla classe média. A classe média que rompe com as barreiras da ignorância é de origem patrimonialista e não assalariada e o faz com investimento pesado em educação dos membros de sua família. Já os que vivem de renda do salário, mergulhados na ignorância, permanecem pobres sem futuro. Essa situação está especialmente presentes nas regiões Norte e Nordeste onde a educação pública carece de investimento de grande monta. Dados consolidados do IBGE mostram claramente que o Nordeste brasileiro não deu a mesma atenção à educação dada pelo Sudeste do país, fazendo da educação um instrumento de produção de riqueza, ao

passo que o Nordeste permanece na extração de riqueza pura, simples, rude, mau gerenciada e, portanto, gerando a pobreza de dimensão insustentável. Essa distância da qualidade de vida entre o Nordeste e o Sudeste vem aumentando com o aprofundamento do processo de globalização cuja produção está ancorada no conhecimento produzido pela educação de excelência. As experiências globais demonstram que os investimentos produtivos são atraídos para os países cuja base educacional faz parte do seu principal eixo de progresso: sua mão de obra qualificada tem, entre tantas outras habilidades, o dever de dominar duas línguas e as operações básicas de computação. Aqueles que não possuírem esse nível de instrução estão fora do mercado de trabalho e é considerado analfabeto

LUIZ GONZAGA BERTELLI Doutor em Economia e professor universitário

resiste por vocação, apaixonados que são pela arte de ensinar. São essas figuras fundamentais para qualquer sociedade que serão homenageadas pelo CIEE na semana que marca o Dia do Professor. Na sexta-feira será realizada a cerimônia de entrega do Prêmio Professor Emérito – Troféu Guerreiro da Educação Ruy Mesquita 2016, que premiará o professor de história diplomática e relações internacionais, o embaixador e ex-ministro Rubens Ricupero. Atual diretor da Faculdade de Economia da FAAP, Ricupero foi embaixador em Washington, nos Estados Unidos, e em Genebra, na Suíça, país-sede de importantes organismos internacionais. Liderou o Ministério do Meio Ambiente e Amazônia Legal e teve importante participação como ministro da Fazenda, na consolidação do real como moeda, no governo Itamar Franco. Mesmo ministro, Ricupero não se

afastou das aulas na Universidade de Brasília (UnB). Também destacou-se como professor do Instituto Rio Branco, escola ligada ao Itamaraty para a formação de diplomatas. Segundo seus alunos, a principal característica do mestre é sua admirável didática, passando conhecimentos sempre com muita clareza. O prêmio é considerado um dos mais importantes na área de educação e já homenageou 19 personalidades que tiveram trajetória ímpar no desenvolvimento da educação em seus segmentos como a antropóloga Ruth Cardoso, o jurista Miguel Reale, a educadora Esther de Figueiredo Ferraz, o cardiologista Adib Jatene, o biólogo Paulo Vanzolini, o filólogo Evanildo Bechara e o crítico Antônio Candido, entre outros. É uma homenagem merecida estendida a todos os professores que lutam para que o sonho de um país melhor não pereça nas primeiras dificuldades.


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REPÓRTER ECONÔMICO

Crescer na crise

A atual crise econômica brasileira não é a primeira, nem será a última. Já ocorreram piores, como na década de 1980, e muitos conseguiram ultrapassar, usando apenas a coragem e disciplina. Agora, tem a vantagem da tecnologia que deve ser implementada de forma bem clara para que os colaboradores da empresa compreendam as suas consequências. Não se pode menosprezar a inteligência das pessoas. Segundo o consultor de planejamento econômico Noaldo Danta,s a crise provoca uma oportunidade ímpar ao gestor, pois é o momento de reavaliar e enfrentar aquilo que já sabe precisar de intervenção e que, de certa forma pela correria do dia a dia, não faz. E adianta “É interessante fazer uma reflexão sobre o entendimento do que é tecnologia. Normalmente quando se fala em tecnologia, a gente pensa em algo voltado para TI (Tecnologia da Informação), mas o termo significa um conjunto de instrumentos, métodos e técnicas para resolver problemas”.

O consumidor

Assim como o produtor, o consumidor deve repensar sua vida financeira, procurando conscientizar a família de que é preciso economizar ao máximo em todos os itens de consumo, já que vivemos num país que adota a política de juros altos, e isso pode levar qualquer um ao fundo do poço. Comprar à vista é a palavra de ordem na recessão econômica.

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JAIR PIMENTEL jornalista.jairpimentel@gmail.com

Endividamento

O consumidor economicamente correto, é aquele que compra sempre à vista e reserva no mínimo 10% de sua renda para uma reserva financeira (poupança). Se tem cartão de crédito, usa com disciplina, mas pagando o valor da compra em sua totalidade, no dia do vencimento, jamais dividindo em parcelas, pois existem juros embutidos, e pior ainda se for sempre pagando o mínimo (amortizando), pois o valor do débito vai sempre triplicando, com juros e multas.

Orçamento

A coluna volta à dica ao consumidor de seguir um orçamento anual e ir fechando o balanço mensalmente, assim como as empresas, minimizando os custos e aumentando os lucros (poupança). Ao se dirigir a um supermercado para as compras, deve levar uma lista e só comprar mesmo o que estiver anotado, nunca comprando por impulso, mesmo sendo em promoção.

Os preços

A concorrência no comércio é acirrada, o que garante ao consumidor consciente a vantagem de pesquisar preços e ir aos poucos economizando em seu orçamento doméstico. No caso de enlatados, pode muito bem trocar de marcas. Muitas vezes costuma usar uma determinada marca de sabão em pó e de repente encontra na prateleira uma outra, com valor mais barato e que faz o mesmo efeito. É só colocar no carrinho e ter a certeza de que economizar algum dinheiro.


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S.O.S. ALAGOAS

Previdência

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eforma da Previdência não é tema agradável para tomada de decisão em ano de eleição, daí o interesse do Congresso em vir sendo mantida em “banho-maria”. É tema com o qual cidadão se preocupa, por achar que proposta do Planalto é difícil de ser boa notícia.

CUNHA PINTO

Precaução

Lojistas maceioenses diante da crise vendem a prazo, mas temem pelo risco do crédito cair na inadimplência. É, opinam alguns, um problema herdado e como a inadimplência já é alta, é natural esse cuidado com o “devo, não nego, pago quando puder”.

Pesquisa

Reforma política

Lei aprovada

Grupo de coalizão Pró Reforma Política, Democracia e Eleições Limpas prega a união do povo para ampliar conquistas democráticas e reformas estruturais. Sugeridas como prioridades são transporte urbano, reforma agrária, melhor serviço público e, principalmente, a saúde e educação.

Novo recorde

Refinarias da Petrobras fecharam 2015 batendo recorde na produção de Diesel S-10. Produção foi de 11,7 milhões de m3 e representa uma alta de 40% sobre o ano anterior, quando a produção foi de 8,3 milhões de m3.

Baixar a importação

2- Nota da assessoria de imprensa da Petrobras:“O crescimento da produção contribuiu ainda para a redução das importações de Diesel S-10 em 49%, passando de 9,3 milhões de m3 em 2014 para 4,7 milhões de m3 em 2015”.

Horário Eleitoral

Propaganda eleitoral na televisão não tem pesquisa, mas pelo que comentam maceioenses, a televisão fica ligada face o curto tempo, mas atenção não oferece audiência. Para a maioria é a mesma de anos anteriores. Acham que por conta de não terem o que dizer.

Reajustes

Nos últimos três meses, cadernos e outros materiais escolares estiveram reajustados na média em 7%. Comerciantes justificaram no argumento de que preços anteriores estiveram estabilizados desde março de 2015.

Ceasa

Projeto Ceasa nos Bairros, instalado em Maceió desde dezembro e que percorre bairros da cidade em ônibus adaptado, já aceita pagamento de compras no cartão de crédito. São produtos com garantia de qualidade oferecida pela Secretária da Agricultura.

“Quanto menos os anos de estudo menor a classe social do eleitor com maior disposição para votar em candidato com proposta de vencer na base do qualquer jeito”. Observação foi divulgada pela Multimídia Estudo Geral de Meios (MEGM).

Contra o tempo

Pode até haver necessidade de sessões extras nos legislativos estadual e de Maceió, mas pelo andar dos trabalhos em plenário, ventos sopram favoráveis em direção inversa. Ou seja, sem que haja trabalho extra remunerado.

Novo confronto?

Rui Palmeira, se eleito para segundo mandato fica até o fim, em 2020, ou sai candidato a governador do Estado em 2018? Essa é pergunta que começa aparecer e tempero da dúvida é se dentre os adversários estará Cícero Almeida.

Maria da Penha

Lei Maria da Penha, fez 10 anos e a data pautou matéria na TV Brasil lembrando das ações em defesa dos direitos da mulher. Mas concluiu comentando as conquistas como ainda deixando a desejar.

Documentário

“Direito à Educação Infantil”, um documentário com oito minutos de duração teve como proposta informar e mobilizar pessoas que vêem o direito à creche e pré-escola como vitais a um Brasil desenvolvido, justo e feliz. É de autoria do advogado Rubens Neves.

Comércio

Em Alagoas, nas regiões do Sertão e Agreste, prefeituras estimulam pequenos produtores a negociarem os produtos diretamente com os consumidores e situam feiras em locais apropriados. É proposta favorável para o consumidor pela certeza de comprar produtos saudáveis e preços mais em conta.

VLT na linha

Na linha férrea, trecho estação Central/Jaraguá, os trilhos antigos são, enfim, retirados para substituição pelos novos e adaptáveis à circulação do VLT. Mas ante o que tem ainda a ser feito previsão para conclusão é 2017.

Lei de Diretrizes Orçamentárias de Maceió, aprovada na Câmara em sessão recente, vigora a partir de 2017 e teve valores fixados em R$ 2,3 bilhões. Vereadores votaram também revisão do Plano Plurianual, importante para a elaboração do orçamento.

Desarmamento

Dia 15 finda o prazo fixado pelo governo para cidadãos não habilitados entregarem armas de fogo.E pela lei aquele que for pego portando revólver ou outro tipo de arma fica sujeito a multa e risco de prisão.


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MEIO AMBIENTE

Transporte alternativo

O

uso de bicicletas dobrou no Brasil nos últimos dez anos. A informação é do relatório do Sistema de Informações da Mobilidade Urbana (SIMU), documento anual produzido pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). De acordo com a pesquisa, em 2004, 1,3 bilhão de viagens foram feitas de bicicleta em 468 cidades; em 2014, esse número aumentou para 2,6 bilhões. Modalidades alternativas de transporte, como a bicicleta, começam a representar parcela importante dos deslocamentos urbanos, como destacou o estudo. Priorizar essas modalidades é uma contribuição importante para alcançar uma solução realmente sustentável e de longo prazo.

Horta solidária

Na cidade de Atlanta, nos Estados Unidos, existe uma horta orgânica cultivada por moradores em situação de rua - simples, mas muito produtiva - que é usada para abastecer o local. Estima-se que, até o momento, com oito anos de funcionamento, a iniciativa já tenha beneficiado dez mil pessoas, sendo que 145 famílias têm a horta como sua principal fonte de renda. A maioria dos trabalhadores tem pouca ou nenhuma experiência de trabalho e esta é uma ótima oportunidade para aprender uma nova habilidade. Toda a experiência da transação, manutenção e sustento da horta é compartilhada com pessoas que se interessam pelo tema e querem fazer uma visita.

Controle de espécies exóticas

Uma parceria entre o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos e o Centro Nacional de Pesquisa Para Conservação das Aves Silvestres (Cemave) desenvolve ações para controle e erradicação de espécies exóticas no arquipélago. O foco das atividades é o combate aos ratos. O controle inclui medidas para redução da oferta de alimento e abrigo, por meio do manejo de espécies da flora (coqueiro e castanheira, por exemplo). As ações auxiliam a recuperação da qualidade ambiental das ilhas e evitam novas infestações.

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ANNA ELÍS LAURINDO meioambiente@novoextra.com.br

Animais polinizadores

Um estudo divulgado por especialistas da Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) mostrou que um número crescente de espécies de animais polinizadores está ameaçado de extinção em todo o mundo. O relatório “Polinização, polinizadores e produção de alimentos” aponta que fatores como a mudança no uso da terra, o uso indiscriminado de pesticidas e alterações climáticas estão colocando em risco a biodiversidade dos polinizadores e, em consequência, o equilíbrio dos ecossistemas. Os polinizadores mais conhecidos são as abelhas, mas há também outras espécies, como moscas, borboletas, besouros, pássaros, morcegos e alguns vertebrados, como lagartos e

Proteção

Horário de verão

Daqui a dois dias começa o horário brasileiro de verão e os relógios deverão ser adiantados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Neste ano, o horário diferenciado vai vigorar de 16 de outubro a 19 de fevereiro de 2017. O objetivo da medida, adotada no Brasil desde 1931, é proporcionar uma economia de energia para o país, com menor consumo no horário de pico (entre as 18h e às 21h), pelo aproveitamento maior da luminosidade natural. Com isso, o uso de energia gerada por termelétricas pode ser evitado, reduzindo o custo da geração de eletricidade.

Matthew

Os danos provocados pelo furacão Matthew nos EUA, que atingiu o leste do país após deixar mais de 450 mortos no Haiti, custarão aproximadamente US$ 10 bilhões (cerca de R$ 32 bilhões), segundo um estudo do banco Goldman Sachs. Matthew se transforma, assim, no 22º furacão mais devastador da história do país desde a II Guerra Mundial.

O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, lançou, na terça-feira (4), o Plano Nacional de Ação de Emergência para Fauna Impactada por Óleo (PAE-Fauna). O documento traz um detalhamento das medidas que devem ser adotadas para reduzir impactos ambientais de derramamento do petróleo sobre a fauna. O plano foi elaborado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em parceria com o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). A iniciativa pretende garantir a proteção e a resposta adequada à fauna impactada por óleo, conforme previsto no Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional.

Reprodução de peixes

Uma ação do Ministério da Integração Nacional para revitalizar o São Francisco vai introduzir as espécies de peixe curimatã pioa e a matrinxã no rio. O peixamento, como é denominada a prática, vai contribuir para que os tipos, que estavam sumidos das redes dos pescadores locais, voltem a ser pescados.


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Entre o futuro e a realidade

O

Salão do Automóvel de Paris, o mais longo entre as exposições internacionais e que se encerra no próximo dia 16, evidenciou a aposta da maioria dos fabricantes em modelos híbridos, híbridos plugáveis e elétricos. Embora a indústria veja esse cenário como oportuno, ainda não se tem certeza de como os consumidores dos mercados maduros do Hemisfério Norte vão “abraçar a causa”. Nos elétricos, a autonomia tem aumentado, mas não há a segurança de recarga rápida e capilar. E por ainda demandar subsídios governamentais para trazer os preços a uma realidade aceitável, mesmo para compradores de alto poder aquisitivo, sobram dúvidas. O mercado europeu continua a caminhar, até certo ponto, de forma contrária ancorado no baixo preço atual da gasolina e diesel. A crescente aceitação de SUVs e crossovers ficou marcada mais uma vez em Paris, apesar de significar aumento de consumo de combustível e, como consequên-

cia direta, de CO2. Um dos modelos conceituais que chamaram atenção foi o BMW X2, um crossover compacto que segue a moda. Seu estilo, sem dúvida, é o mais atraente da gama X do fabricante alemão, que não revelou sua mecânica, mas deverá ser a do X1 de tração dianteira. No outro extremo está o novo Land Rover Discovery de sete lugares que, apesar das dimensões avantajadas, perdeu quase 500 kg de massa por usar estrutura em alumínio. Dois compactos, no entanto, roubaram a cena. O novo Nissan March (Micra, na Europa) rompeu com o estilo convencional e ficou ainda mais ousado que o Kicks. A marca japonesa afirmou que o modelo ainda está distante de produção no Brasil, vai depender da recuperação do mercado aqui. Mesmo discurso adotou a Citroën em relação ao novo C3 cuja renovação estilística é marcante. Mas tudo pode não passar de dissimulação, o tradicional “esconder o jogo”. Sem dúvida, o cronograma de lançamento para estes dois mode-

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ALTA RODA

FERNANDO CALMON fernando@calmon.jor.br los pode se dilatar, mas quem ficar parado no tempo corre o risco de se dar mal no futuro. Sandero e Logan (Dacia na Europa) passaram a ter estilo um pouco mais refinado e, tudo indica, os Renault homônimos produzidos no Brasil e em 2017 também na Argentina não acompanharão. O CH-R que de tão arrojado parecia ser um exercício de estilo, estreou no salão praticamente igual à forma original concebida e pode inspirar as linhas do futuro crossover que a Toyota produzirá no Brasil. Novo Audi Q5 a ser feito no México dentro de alguns meses e, portanto, com preço competitivo aqui, impressionou bem pelo desenho

marcante que dá início à estratégia de diferenciar mais a linha de automóveis dos crossovers e SUVs. A Volkswagen procurou demonstrar uma guinada tecnológica em direção à eletrificação e aos carros autônomos para virar a página em relação aos motores a diesel. Sem lançamentos de impacto este ano em Paris entre os carros esporte, os Mercedes-AMG GT Roadster e C Roadster acabaram por roubar a cena. Tornaram-se a demonstração viva de que, embora o clima não ajude, sempre há espaço para conversíveis, mesmo que representem parcela quase simbólica das vendas totais. Mas dessa liberdade os europeus não abrem mão.

RODA VIVA n SETEMBRO foi um mês ruim para o mercado interno por ter menos dias úteis e greve bancária. Volkswagen estava sem estoques depois de 30 dias com as suas três fábricas paradas em razão de conflito com um fornecedor de bancos. Queda atingiu 20% sobre o mesmo mês do ano passado e de 23% no acumulado de 2016. Anfavea manteve previsão anual em menos 19% sobre 2015. n ESTOQUES totais de 40 dias de setembro (mesmo sem nada nos pátios da VW e da sua rede) continuam altos. Sinalização para o último trimestre indica leve recuperação, na realidade números um pouco menos negativos. Fenabrave (associação

das concessionárias) prevê que vendas de automóveis, comerciais leves e pesados encolherão cerca de 20% nos 12 meses deste ano. n FIAT MOBI tem vantagem na hora de entrar numa vaga mais apertada por suas dimensões menores e a versão Way com altura de rodagem elevada mostra eficiência em pisos irregulares. Visibilidade traseira é um ponto fraco em especial no uso urbano. Em termos de desempenho quase

nada muda em relação ao Uno quando tinha os antigos motores de quatro cilindros. n GRAÇAS à legislação, que considera picapes de cabine estendida ou dupla como veículos comerciais, a Fiat Toro receberá o

novo motor de quatro cilindros flex com cilindrada maior de 2,4 litros e 175 cv. O mesmo motor, colocado no Jeep Compass (considerado automóvel), precisou se limitar a dois litros para enquadramento competitivo no IPI. n PASSARAM-SE cinco anos e o Denatran não implantou o sistema que aponta se o veículo sujeito a recall (revocação) por problema de segurança deixou de atender. A notificação sairia no certificado de licenciamento anual e poderia melhorar o índice de comparecimento às concessionárias, hoje inferior a 50%. E, pior, sem solução à vista para essa estranha omissão.


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JOSÉ ARNALDO LISBOA MARTINS

ARTIGO

jalm22@ig.com.br

O povo que se lasque!

E

u sempre gostei de matemática, mas, alguns colegas eram melhores do que eu nesta matéria tida como o “bicho -papão”. No curso de Engenharia Civil, o colega Epaminondas Pio Correia dava show em Cálculo

Pois bem, o Sr. Meirelles está todo enrolado, criando regras para livrar o Brasil do buraco deixado pelo Lula e pela Sra. Dilma. Administrar dessa maneira, qualquer pessoa sabe, jogando os problemas para os futuros 20 anos. Infinitesimal e Integral e também nas demais matérias. Mesmo gostando da matemática, minha maior paixão sempre foi a Física, pois, ensinei essa matéria duran-

te 18 anos no Colégio Guido, no Colégio de São José, no Estadual de Alagoas, no Colégio Moreira e Silva e na Escola Técnica Federal. Fui professor de Física da reitora Delza Jataí, do reitor Rogério Pinheiro e do reitor João Azevedo. Eu sempre gostei de ensinar e, quando fui nomeado pelo governador Lamenha Filho como superintendente da FIAM- Fundação Instituto de Administração, criei logo cursos para secretários de prefeituras, a fim de ensinarmos os rudimentos de Orçamentos e Administração Pública, pois esses servidores, normalmente, nada sabem sobre como administrar uma prefeitura. Promovemos cursos em Delmiro Gouveia, em Porto Calvo, Viçosa e União dos Palmares. Fizemos reuniões com prefeitos, principalmente, nos encerramentos dos

cursos com a presença do governador Lamenha Filho. Por que eu estou dizendo tudo isso? Porque eu aprendi algumas coisas nesses cursos, todas elas necessárias para um secretário, um contador ou um prefeito. Às vezes, um secretário de prefeitura não sabe o que seja um deficit ou um superavit ou o que seja uma Lei de Responsabilidade Fiscal. É o que está acontecendo agora no Brasil, com rombos de bilhões nas contas públicas, exatamente porque não houve um equilíbrio entre as receitas e as despesas. As pedaladas que tanto falam, foram as safadezas que fizeram, quando gastando o que não podiam gastar. Agora, o governo do Sr. Temer está criando um verdadeiro “abacaxi” para daqui a 20 anos, quando muitos desses deputados já estarão todos

mortos. Eles mesmos, não sabem o que é um orçamento, com suas rubricas, seus créditos, seus saldos e seus débitos. Existem deputados que não sabem nem a operações fundamentais. Pois bem, o Sr. Meirelles está todo enrolado, criando regras para livrar o Brasil do buraco deixado pelo Lula e pela Sra. Dilma. Administrar dessa maneira, qualquer pessoa sabe, jogando os problemas para os futuros 20 anos. Assim, estamos diante de uma brutal covardia! Desse jeito, tenho certeza que os nossos secretários e os nossos prefeitos sabem administrar, pois, quando o bolo estiver feito, muitos deputados já estarão “de pés juntos”, como o Sr. Meirelles e o Sr. Temer. Já vi que esse pessoal não sabe “po… nenhuma” de economia. O povo que se lasque!


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ABCDO INTERIOR

O “tapa” da vergonha

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ão tem como não responsabilizar a prefeita Conceição Tavares e o candidato eleito, Eduardo Tavares pela agressão contra o ex-prefeito de Traipu, Marcos Santos – Marquinhos. Certamente, o tapa que Marcos levou no rosto de um policial PM que fazia bico para os Tavares como segurança, foi aplicado com a complacência do poder político que a prefeita exerce no município e do seu primo Eduardo Tavares, que é procurador licenciado e possui grande influência no meio jurídico e policial.

Uma grande mentira

Ora, o próprio segurança agressor aparece em vídeo, gravado por familiares de Marquinhos e que caiu como uma “bomba” nas redes sociais, gritando que eles e seus colegas estavam no local a serviço do GECOC (Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas) e do CONSEG (Conselho de Segurança), o que comprovadamente é uma grande mentira.

Hora de agir

Independente da situação de Marquinhos, que responde algumas ações na justiça por improbidade, ele foi agredido de forma covarde e cruel e as autoridades alagoanas precisam agir com o rigor da lei para dar uma resposta à sociedade. No ar, fica a pergunta: será que o poder da prefeita e do seu primo Eduardo Tavares, não é responsável por um desequilibro nas eleições em Traipu? Bem, com a resposta as autoridades da Justiça Eleitoral.

Perdeu a vaga?

Do colunista Berg Moraes: O ex-vereador Júnior Miranda (PSL) poderá perder a sua cadeira na Câmara Municipal, conquistada através dos 1.885 votos recebidos na última eleição. Acontece que Miranda se desincompatibilizou da função que exerce no Senado Federal fora do prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral. O autor da ação que poderá “tomar” a cadeira no legislativo palmeirense de Júnior Miranda é o ex-secretário de Educação Luiz Lobo.

Arapiraca

A prefeita de Arapiraca, Célia Rocha (PSL), teve o seu trabalho de apoio à primeira infância reconhecido mais uma vez pelos vereadores do município. Com os trabalhos dirigidos interinamente pelo segundo-secretário, Ronaldy Vital Rios (Roninho), pelo vice-presidente Sérgio do Sindicato, Moisés Machado e Josias Albuquerque, a Câmara Municipal de Arapiraca, realizou, na noite de terçafeira (11), sua primeira sessão ordinária da semana.

Justa homenagem

Dentre os projetos aprovados, o destaque ficou por conta do Projeto de Decreto Legislativo, de autoria da Mesa Diretora, concedendo no âmbito do município o título de Embaixadora do Programa Arapiraca Garante a Primeira Infância (Agapi) à prefeita Célia Rocha. A honraria é um reconhecimento do Poder Legislativo de Arapiraca pelo destaque da prefeita nas atividades voltadas para o bem estar físico, mental, afetivo, cognitivo e social da família das gestantes e das crianças de até seis anos de idade.

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robertobaiabarros@hotmail.com

Laços familiares

Ainda de acordo com o projeto, a homenagem será efetivada através da entrega de um diploma e uma placa à prefeita Célia Rocha. O Agapi foi lançado no ano de 2013, pela prefeita Célia Rocha, e faz parte de um programa voltado para o fortalecimento dos laços familiares, cuidados com as gestantes, recém-nascidos e o acompanhamento especializado para o desenvolvimento físico e intelectual das crianças de Arapiraca.

Criança feliz

No último dia 5 deste mês de outubro de 2016, o governo brasileiro lançou com o apoio de parlamentares, organismos internacionais e sociedade civil, o Programa Criança Feliz, tendo como referência o Programa Agapi de Arapiraca e outro semelhante na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul.

Compra de votos

A tese do Ministério Público Eleitoral já foi aceita pela maioria dos desembargadores eleitorais na sessão de julgamento do deputado estadual Marcos José Dias Viana, conhecido como Marquinhos Madeira, pelo crime de abuso do poder econômico por compra de votos nas eleições de 2014. Pedido de vistas suspendeu o julgamento, mas seis desembargadores já votaram.

Será condenado

Por maioria de votos, cinco dos seis já proferidos, o Tribunal Regional Eleitoral deve condenar Marquinhos Madeira conforme pedido formulado pelo MPE na ação de impugnação de mandato eletivo. Segundo a acusação, há provas da compra de votos e da grande quantidade de eleitores que teriam sido corrompidos, mostra-se caracterizado o abuso de poder econômico que dá ensejo à cassação do diploma.

Julgamento

O julgamento deve ser retomado próximo dia 20 de outubro, conforme assegurou o desembargador eleitoral Fabio Gomes, que pediu vistas. Mesmo com a suspensão do julgamento, o deputado estadual deve ficar inelegível. Falta apenas Gomes julgar. O processo, que já havia saído de pauta em agosto por pedido de vistas, voltou a ser julgado.

PELO INTERIOR ... Do blogueiro Berg Morais: O resultado da disputa proporcional em Palmeira deixou muita gente boquiaberta com a renovação da Câmara Municipal. Val Enfermeiro (PMN) surpreendeu a todos com sua votação. ... Ele, que mal tinha o dinheiro para abastecer sua motocicleta, foi o mais votado. E muitos que gastaram até o que não tinham e se escoravam no mandato ou em nomes de famílias tradicionais, sequer ficaram na suplência. ... Além de ser o vereador mais votado do município, Val Enfermeiro é o primeiro vereador do país a ser morador do programa Minha Casa, Minha Vida. ... Além disso, outro fato que chama atenção é que ele foi eleito sem o próprio voto. Isso porque às vésperas da eleição ele foi vítima de um acidente automobilístico, fato que o motivou a usar as redes sociais para apelar pedindo votos, mesmo em internamento hospitalar. ... Mal acabou a eleição e já foram iniciadas as articulações com vistas ao comando da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Palmeira para o biênio 2017/2018. O prefeito eleito Júlio César (PSB) tem maioria na Casa e comenta-se que o preferido dele para sentar na cadeira de presidente é o vereador Agenor Leôncio (PSB). ... Júlio Cezar não terá dificuldades para aprovar seus projetos no Legislativo a partir de janeiro de 2017. Isso porque dos 15 vereadores, apenas os do PMDB: Adelaide França, Joelma Toledo e Pedrinho Gaia, poderiam

fazer oposição ao novo governo. ... Poderiam, porque a tendência é que eles adotem uma postura neutra. Pedrinho Gaia, já confirmou que seu posicionamento será neutro e que “vai votar em projetos que sejam o melhor para Palmeira”. Os outros dois só o tempo irá dizer. ... A nova sede da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Alagoas (Arsal) já está funcionando no município de Arapiraca, descentralizando os serviços e beneficiando os usuários das áreas reguladas e transportadores complementares intermunicipais do Agreste e Sertão. ... Localizado na Rua Padre Jeferson de Carvalho, 576, no Alto do Cruzeiro, o órgão funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h. ... Antes, a Arsal possuía apenas um posto de atendimento no Terminal Rodoviário de Arapiraca. A mudança para um local maior possibilitou a ampliação dos serviços prestados e maior conforto para permissionários e cidadãos em geral. ... Na nova sede, os transportadores podem solucionar demandas como: impressão de boletos, renegociação de débitos, consulta e abertura de processos, emissão de certidões, entre outras, sem a necessidade de se deslocarem para Maceió. Aos nosso leitores, desejamos paz, saúde e descanso neste final de semana. Até a próxima edição!!!


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