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MACEIÓ - ALAGOAS ANO XVIII - Nº 945 - 27 DE OUTUBRO A 02 NOVEMBRO DE 2017

R 3,00

O GRANDE GOLPE Mais 7 usinas pedem recuperação judicial n CREDORES JÁ

CONTABILIZAM NOVO CALOTE

n MECÂNICA PESADA E

n GRUPO DEVE

COPERTRADING NO PACOTÃO DA CONCORDATA

MAIS DE R$ 3 BILHÕES

P/6

TREM DE LUXO

CNJ APROVOU NOVOS CARGOS DO TJ, DIZ PRESIDENTE P/5

PESQUISA

CAI A CONFIANÇA DO BRASILEIRO NO JUDICIÁRIO P/5

EXTRA 19 ANOS

FOME E MISÉRIA AINDA ASSOMBRAM ALAGOAS P/15 A 18

FUNDEF Precatórios de R$ 1 bilhão provocam novo embate P/9

Procurador Pedro Barbosa pede bloqueio de contas


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MACEIÓ, ALAGOAS - 27 DE OUTUBRO A 02 DE NOVEMBRO DE 2017

Terra arrasada

“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”

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- Ao se analisar a situação de falência de mais sete usinas e duas outras empresas ligadas ao setor - Mecânica Pesada S/A e a Copertrading – não se deve jogar a culpa apenas na crise que afeta o País. Má administração das usinas, incompetência de seus diretores e falta de visão empresarial dos usineiros estão presentes em todos os casos.

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(Millôr Fernandes)

- Ninguém desconhece que boa parte da eterna crise em que vive Alagoas e a maioria de seus habitantes deve-se à política de terra arrasada praticada pela elite predadora do açúcar desde o Brasil O projeto da nova lei dos planos de saúde Colônia. Após séculos de exploração do homem e abre caminho para um inescrupuloso aumento da natureza, deixaram como legado só pobreza e de preços para todas as idades. A pretexto miséria. de “proteger” a exploração do cliente cuja - Das 27 usinas de Alagoas, poucas sobremensalidade aumenta mais de 100% quando viverão. A maioria sucumbirá junto com milhares completa 59 anos, o projeto limita esse reade trabalhadores que são descartados sem ao juste a seis vezes àquele pago por cliente de menos receber a indenização a quem têm direito por 18 anos. Assim, os planos ganham o “direito” lei. Hoje já se conta aos milhares os plantadores de de aumentar a mensalidade dos 18 anos para cana que estão quebrados e enfrentando dificulexplorar os idosos. dades até mesmo para manter a própria sobrevivên- Ousados, os planos de saúde tentam concia. Sem falar nos fornecedores de produtos e de vencer os deputados a alterarem o Estatuto serviços, também vítimas do calote das usinas. do Idoso para abrir caminho à exploração sem limites. O artigo 15 do Estatuto do Idoso, que – As usinas estão quebradas, mas os usineiros os lobistas querem abolir, proíbe os planos estão ricos e se mantêm encastelados no poder, de saúde de cobrar valores diferenciados em dominando todos os setores do estado. Alguns razão da idade. (Cláudio Humberto Rosa e deles, bilionários, até se mudaram para o exterior Silva). e hoje vivem encastelados em mansões e apartamentos de luxo em Londres e Paris, bem distantes da miséria que produziram e nos deixaram como herança maldita. As práticas abusivas dos planos de saúde

COLUNA SURURU DA REDAÇÃO

Planos de saúde contra idosos

Cheiro de Calcinha

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Discriminação

contra idosos já eram vedadas pelo art. 39 do Código de Defesa do Consumidor. Outra lei a protegê-los é o Estatuto do Idoso, Lei nº 10741, de 1º de outubro de 2003, que veda qualquer forma de discriminação contra idosos, praticada pelos planos de saúde.

Duplo calote

A Usina Sinimbu foi comprada recentemente pela Copertrading Comércio Exportação e Importação S.A., braço comercial da Cooperativa dos Usineiros. Além de dar calote nos ex-donos da indústria, a cooperativa também não quitou as dívidas da usina nem honrou compromisso com seus trabalhadores. Antes da edição desta lei, havia dúvidas quanAgora, a Copertrading pede regime de recuperação to à legalidade da cobrança diferenciada, uma judicial junto com a Sinimbu, num duplo calote. vez que o aumento da idade acarretava maior risco de utilização do plano e, consequentemente, um maior custo para o fornecedor.

Falso argumento

Aviso prévio

Há dois meses esta coluna informou que a Cooperativa dos Usineiros de Alagoas só esperava receber um empréstimo externo de 300 milhões de dólares, que negociava com aval da União, para pedir a recuperação judicial. O dinheiro não saiu e na época seus credores já sentiam o cheiro do calote, que agora se concretiza.

Valores diferenciados

Essa dúvida foi dissipada pelo Estatuto do Idoso, que proibiu expressamente no §3º do art. 15 qualquer forma de discriminação por parte dos planos de saúde ao idoso, especialmente a cobrança de valores diferenciados.

Bancada da morte

O perigo maior é a pressão dos planos de saúde sobre os congressistas, visto que essas empresas vêm investindo pesado a cada eleição. No pleito de 2014 doaram R$ 55 milhões para 131 candidatos. O apoio financeiro de 40 empresas do setor ajudou a reeleger a presidente Dilma Rousseff, três governadores, três senadores, 29 deputados federais e 29 deputados estaduais. No total, 60 foram eleitos e outros 71 não. O montante doado em 2014 representa 263% a mais que o financiamento dos planos feito na campanha eleitoral de 2010, que foi de R$ 15,1 milhões. É a bancada da saúde, que deveria ser chamada de bancada da morte.

Oligarquia da toga

Para o jornalista e economista Rodrigo Constantino, a grande ameaça ao Brasil é a oligarquia da toga formada pelos ministros do Supremo Tribunal Federal. Segundo ele, o ativismo do STF é visível e diretamente proporcional ao seu grau de arbítrio. “De guardião da Constituição, o STF virou o próprio legislador, usurpando um poder que cabe ao Congresso. São casos e mais casos em que os ministros decidem da cabeça deles, não da letra da lei, medidas que exercem enorme influência nos rumos do país”.

Um dos nomes mais ventilados na corrida por uma vaga na Assembleia tem sido o do vereador Anivaldo da Silva, mais conhecido como Lobão (PR). Não é à toa que recentemente o ministro Maurício Quintella, uma das estrelas da legenda, esteve prestigiando uma apresentação do vereador com sua banda “Cheiro de Calcinha“, no Boteco do Rei, no Santo Eduardo.

Ajuda divina

Recentemente, o deputado federal Marx Beltrão (PMDB) recebeu a Comenda Governador Afrânio Lages por seu trabalho à frente do Ministério do Turismo. Há poucos dias, Beltrão solicitou ajuda do papa Francisco para tentar se manter santo aos olhos dos eleitores.

De carona

O principal patrocinador do CSA, e multijogador presente em todas as camisas do time do Mutange, Rafael Tenório, está aproveitando a boa fase para alavancar sua pré-candidatura ao Senado pelo Podemos. Vale lembrar que os principais postulantes às duas vagas de senador ocupam espaços generosos na mídia.

Down

Até o sábado, 28, Maceió é palco do maior congresso brasileiro sobre Síndrome de Down. O evento acontece no Centro de Convenções Ruth Cardoso, no Jaraguá. Especialistas de todo o País debatem saúde, educação, produção de conhecimento e oportunidades para os portadores da síndrome. A organização é do Instituto Amor 21, que reúne pais, familiares e amigos de pessoas com Down.

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EDITOR: Fernando Araújo CHEFE DE REDAÇÃO: Vera Alves

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MACEIÓ, ALAGOAS - 27 DE OUTUBRO A 02 DE NOVEMBRO DE 2017

JORGE OLIVEIRA

Temer: inútil e despreparado Barra de São Miguel, AL - O Brasil está sem rumo, avacalhado e anarquizado. Poucas são as instituições que funcionam com ética e respeitabilidade. O presidente Temer – herança maldita da turma do PT – está leiloando o país. Entrega-o a grupos de deputados para se livrar das denúncias de corrupção que pesam sobre ele e seus comparsas do Planalto – Eliseu Padilha e Moreira Franco. Com uma popularidade que beira a zero, Temer tem se mostrado um presidente despersonalizado, despreparado, fraco e inútil. Mesmo assim, no fundo do poço, confronta a ordem institucional com mudanças nas leis do trabalho escravo, redução das multas aos infratores do meio ambiente para beneficiar a bancada ruralista, anistia fiscal aos caloteiros e a distribuição de milhões de reais dos cofres públicos, por meio das emendas, para comprar votos de parlamentares servis e submissos ao poder. O PT, que adotou esse personagem indigesto à política brasileira, exerce uma oposição moderada, pois também é responsável pela bagunça desde que indicou Temer para vice da Dilma. Os deputados, que vivem das boqui-nhas, fazem vista grossa para a esculhambação geral que transforma o país em uma republiqueta de bananas. E a turma de Henrique Meirelles, o ministro que representa os banqueiros, tenta argumentar que, apesar da bagunça, a economia está melhorando para tentar justificar essa política medíocre e inescrupulosa que se pratica em Brasília. Cada dia é dia de um escândalo envolvendo Temer e a sua turma, enrolados com o que existe de mais sujo nos porões da política. A história da banda podre do PMDB é antiga. E a sua parceria com o PT é mais antiga ainda. Para chegar ao poder, a petezada fez concessões vergonhosas. Aliou-se a tudo que não presta na política. O governo do PT foi sustentado no Congresso Nacional pelo PMDB, que também ocupou ministérios e outros órgãos nos anos da administração petista. Depois que foram expurgados de Brasília é que o partido começou a divulgar o “Fora Temer” que até então atendia a seus interesses quando foi vice duas vezes de Dilma e aliado de Lula desde as primeiras eleições. Geddel, por exemplo, é o retrato dessa aliança espúria. Foi vice da Caixa Econômica Federal da era Dilma. Com a propina das negociatas criou o seu próprio banco dentro de um apartamento em Salvador. Agora, para respirar até o final do mandato, Temer brinca de distribuir dinheiro público como se a chave do cofre fosse dele. Desorganiza a economia e a estrutura do país. Baixa portarias sem respeitar as leis vigentes e liquida o orçamento manejando-o a seu bel prazer para evitar que a Câmara Federal vote pelo seu afastamento. Não se sabe de uma obra desse presidente, de uma ação concreta para melhorar a situação da saúde e da educação e outros setores sociais. Não há notícia de algum empreendimento na área da infraestrutura. As obras, paralisadas no governo petista, continuam do mesmo jeito. Canteiros abandonados e recursos desperdiçados de Norte ao Sul do país. Temer, anestesiado pelas denúncias de corrupção desde que iniciou o governo, paralisou o país para cuidar diariamente da sua defesa, como se fosse possível parar a sétima economia do mundo para esperar pela absolvição de Sua Excelência pelos crimes a que responde.

arapiraca@yahoo.com Siga-me: @jorgearapiraca

Os prisioneiros

Eduardo Cunha, Geddel e Henrique Alves, os mais íntimos amigos do presidente, estão guardados no presídio. Contra os três a denúncia de terem sido beneficiados com dinheiro roubado da Petrobras. Os outros dois da cozinha do Planalto, Eliseu Padilha e Moreira Franco, ainda não estão em cana, mas vivem enclausurados com medo de botar a cara na rua. Temem ser insultados pela população ou até mesmo agredidos, como ocorriam com os ex-ministros petistas em locais públicos.

Impopular

Como um presidente pode dirigir um país com tão baixa popularidade e tantas acusações de corrupção? Não se conhece crise política e institucional no Brasil semelhante a essa nos últimos trinta anos. Ninguém acredita nos políticos, na justiça e no executivo, o tripé de uma democracia. O pior é que não se vislumbra uma saída a curto prazo. Os candidatos que se apresentam como opção para 2018, francamente, estão longe de trazer esperança de dias melhores para o povo brasileiro. (Escrevo esta coluna na terça-feira, véspera da decisão, com a convicção de que mais uma vez a Câmara Federal fica de quatro diante do poder e envergonha o Brasil).

O professor

Confesso que ainda estou impressionado com a inteligência e a sagacidade dos advogados do procurador Marcello Miller. Estou, inclusive, invejoso da competência desses defensores pela forma como orientaram seu cliente a dizer na Polícia Federal que o envolvimento dele com os irmãos Batista – Joesley e Wesley – foi somente professoral, ensinar gramática. Como os goianos falam errado e escrevem mais errado ainda, Miller serviu de revisor do texto das delações premiadas que os irmãos entregaram à Procuradoria-Geral da República na primeira fase dos depoimentos. Entendeu bem? Vou repetir: Miller, braço direito de Rodrigo Janot na procuradoria, não cometeu nenhum crime no exercício do cargo. Isso mesmo! Apenas atuou como mestre para corrigir os erros gramaticais dos dois alunos.

Fantasiosa

Ao ler essa versão fantasiosa me senti o sujeito mais idiota do mundo por não compreender rapidamente que os encontros do procurador com a turma dos Batista não passavam de reuniões educacionais. Posso imaginar o Miller diante de uma lousa no escritório dos Batista, com uma régua na mão, corrigindo o vernáculo dos irmãos para evitar um vexame durante os interrogatórios deles na própria procuradoria. Mas as aulas, pelo visto, não foram bem assimiladas pelos Batista a julgar pelo diálogo regis-trado entre Joesley e Ricardo Saud, seu assessor. Os dedicados discípulos do procurador não absorveram bem as aulas e trucidaram impiedosamente a língua pátria. Miller, pelo que se viu, não foi um professor competente.

Humor

Se não fosse verdade, certamente seria cômico ouvir a versão de Miller, o procurador que esteve envolvido diretamente na delação premiada dos Batista. E que, ainda no cargo, prestou consultoria milionária para os empresários dentro de um escritório de advocacia para onde se mudou depois de se desligar do emprego público. Vejam os senhores de quem Rodrigo Janot se fazia acompanhar. Tinha ao seu lado um profissional capaz de inventar tamanha sandice na falta de um argumento mais plausível para justificar os milhões de reais que recebeu para ensinar português aos empresários goianos.

Os babacas

Ao criar essa história de “professor”, Miller chama a todos nós de babacas. E a Polícia Federal de incompetente se engolir essa versão estapafúrdia de que nas suas folgas aprimorava o texto da delação premiada dos Batista para que os meninos se afinassem com a gramática e escrevessem a delação corretamente. O procurador, sobre quem pesa a denúncia de favorecimento aos empresários, ainda tem tempo de corrigir esse depoimento fantasioso e ignóbil, antes que os Batista decidam contar o que sabem sobre ele. Se resolverem abrir o bico, como fazem sempre, certamente o professor Miller ficará em maus lençóis, como já assistimos com outros envolvidos nessa prática de esconder o jogo para protelar uma ação mais rápida das investigações.

Enrolação

É claro que ninguém vai engolir esse conto da carochinha do Miller. A Polícia Federal e seus colegas procuradores têm meios para provar o envolvimento dele com os empresários. Um deles é abrir seu sigilo fiscal e bancário. Lá, certamente, vão encontrar a dinheirama que ele recebeu do escritório para ajudar na delação dos Batista, até então contemplados com a impunidade total dos seus crimes. Seus colegas têm a obrigação de ir fundo na apuração do caso Miller, pois, caso contrário, estariam defendendo o espírito de corpo, muito ruim para uma categoria que se propõe a botar os corruptos na cadeia.

Suspeito

A gestão de Rodrigo Janot deixou dúvidas quanto à imparcialidade das investigações sobre os irmãos e levou a crise da Lava Jato para dentro do seu gabinete, quando viu Miller, seu braço direito, envolvido diretamente com suspeitos de lavagem de dinheiro e corrupção. Cabe agora à nova procuradora-geral Raquel Dodge reordenar a casa para evitar o que está acontecendo com a exposição de membros do órgão interrogados nas CPIs do Congresso Nacional. Se assim o fizer, Dodge estaria dando um freio na vaidade dos seus colegas e estancando o envolvimento de alguns deles com políticos e empresários bandidos.

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MACEIÓ, ALAGOAS - 27 DE OUTUBRO A 02 DE NOVEMBRO DE 2017

Vale tudo no governo

O

governo do Estado, literalmente, entrou no varejo. Por composições e alianças políticas desconhece tudo e a todos e só não saem o governador Renan Filho e o vice Luciano Barbosa. Em nome da reeleição, os cargos no governo estão em livre disputa, desde que partidos se aliem ao clã dos Calheiros, dispostos a tudo para fazer Renan continuar no Senado e o filho permanecer no Palácio dos Martírios. Como o momento é de negociação e de alianças, seja qual e com quem for, os auxiliares de Renan Filho devem sempre manter suas gavetas arrumadas. Um simples telefonema é carta fora do baralho. Como se vê, nem tudo são flores na República dos Calheiros. O jogo é bruto, mesmo que seja com pessoas de sua intimidade.

Amnésia de Collor

O senador Fernando Collor parece ter mudado muito de uns tempos para cá. Ele, por exemplo, esqueceu, o que não é de seu costume, quando disse a célebre frase de que o tempo é o senhor da razão, o que Renan Calheiros lhe fez quando ainda era presidente da República. Agora, se alia ao clã dos Calheiros olhando para as eleições de 2018.

Cotovelada

Considerado até então como um dos mais eficientes colaboradores do governo, Álvaro Vasconcelos foi descartado da equipe de Renan Filho com apenas um simples telefonema. Caiu em desgraça com Fernando Collor, responsável por sua indicação, que agora é calheirista desde criancinha e caiu fora.

Deselegância e ingratidão

O governador Renan Filho demonstrou que não tem apreço por ninguém. Nem mesmo um telefonema deu para Álvaro Vasconcelos, deixando esta tarefa para o secretário do Gabinete Civil, Fábio Farias. A política é assim mesmo. E as pessoas, também.

GABRIEL MOUSINHO gabrielmousinho@bol.com.br

Só em 2018

O prefeito Rui Palmeira só quer mesmo decidir se será ou não candidato ao governo no próximo ano. Mas tudo indica que Palmeira vai topar a parada. Afinal de contas nenhum Palmeira perdeu qualquer eleição para os Calheiros. Começou com o pai Guilherme, depois passou por Cícero Almeida apoiado pelos Renans.

Amigo da onça

Álvaro Vasconcelos, demitido por um telefonema de Fábio Farias, o grande interlocutor de Renan Filho, ainda estaria alimentando a esperança de assumir outro cargo no governo. Pelo menos é isso que auxiliares do governador e do senador Renan estão plantando na mídia alagoana. Será que Álvaro não aprendeu a lição?

Risco

A demora, entretanto, de anunciar a disposição de disputar o governo, vem trazendo consequências para o grupo político do prefeito de Maceió. O PP, Democratas e o PR estão preocupados com a indecisão de Rui, que começa a criar problemas para os candidatos proporcionais.

Onde há fumaça...

O troca-troca de auxiliares no governo terá sequência nos próximos dias. Mesmo que venha negando sistematicamente, Antônio Carlos Gouveia, do Detran, que tem realizado um excelente serviço no órgão, pode ser a próxima vítima. O órgão, muito cobiçado por grupos políticos, está na ordem do dia.

Fim do lixão

O município de Traipu decretou o fim do lixão. O prefeito Eduardo Tavares anunciou o aterramento de onde funcionava o lixão e irá iniciar as obras de recuperação da área com o plantio de plantas nativas. Enquanto o novo sistema não fica pronto, Tavares está construindo uma área de transbordo onde. a cada dois dias, caminhões da prefeitura transportarão o lixo para o município de Craíbas. A informação foi comunicada oficialmente ao presidente do IMA, Gustavo Lopes, na sede do órgão, em Maceió.

De boca aberta

Fazendo jogo de cena, o PT falou que iria consultar o ex-presidente Lula para saber se poderia compor com o PMDB de Renan Calheiros em Alagoas. Ridículo sobre todos os aspectos. Mas grave ainda, por desconhecer que a presidente do partido em nível nacional é a senadora Gleisi Hoffman.

Desgaste

Tristeza no PSDB

O clima no PSDB, em Alagoas, não é lá esse ouro 18 depois que Téo Vilela entregou o partido ao prefeito Rui Palmeira. Um dos que andam cabisbaixos é Claudionor Araújo, que muito fez pelos tucanos nos últimos anos. Rui deve dar uma vassourada geral e indicar para os cargos pessoas de sua inteira confiança.

Disposição

O ex-governador Téo Vilela já não faz segredo para ninguém de que será candidato ao Senado e que marchará para eleger Rui Palmeira governador. O que ninguém sabe é se Vilela fará mesmo dobradinha com outro candidato do grupo de oposição para o Senado, ou fará uma aliança branca com o senador Renan Calheiros.

Estimulado

Téo Vilela tem se entusiasmado com algumas pesquisas feitas recentemente. Ele, em alguns municípios, tem disparado nas pesquisas, embora grande parte do eleitorado ainda esteja indeciso sobre em quem votar nas próximas eleições para o Senado.

Parte do grupo do prefeito de Maceió acha que a demora de Rui em se manifestar sobre sua candidatura é estratégica para não haver desgaste político. Outra parte tem se preocupado com os partidos que fazem a aliança, o que pode trazer problemas futuros.

Risco de problema

A antiga Ceal, hoje Eletrobras, cuja venda o governo federal negocia para grupos privados, está esquecida de que um grupo independente de trabalhadores pode inviabilizar sua comercialização. Credores do Plano Bresser, este grupo, representado pelo advogado Ricardo Omena, pode até negociar com os pretensos compradores. A princípio, o grupo não deve aceitar os valores propostos pela empresa, muito aquém dos valores atuais.

Na moita

Um conhecido advogado, que já esteve enrolado com suposta compra de sentença em Maceió, tem trabalhado a mil por hora nos bastidores para viabilizar definitivamente a recuperação judicial pedida de sete usinas de açúcar através da famosa e conhecida Cooperativa dos Usineiros. Vai levar uma nota, dizem experts no assunto.


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TJ esclarece contratação de novos assessores

TREM DA ALEGRIA OTÁVIO PRAXEDES AFIRMA QUE CNJ AUTORIZOU CRIAÇÃO DE NOVOS CARGOS DA REDAÇÃO

O

presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargador Otávio Praxedes, enviou nota de esclarecimento ao EXTRA acerca da reportagem publicada pelo semanário na semana passada dando conta da criação do segundo cargo de assessor de juiz. De acordo com ele, há mais de dois anos tramitava no TJ anteprojeto de lei sobre a questão que, inclusive, foi levada à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que a aprovou.

“Cumpre registrar que o próprio CNJ constatou que o Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas tem um dos quadros de pessoal mais reduzidos do país, possuindo um deficit de mais de 700 servidores. Nesse tocante, o TJAL fica atrás de outros Tribunais de mesmo porte, como no estado vizinho de Sergipe, em que cada Unidade Judiciária possui até 05 (cinco) assessores”, diz a nota. De acordo com o desembargador, os novos cargos “serão preenchidos paulatinamente, de acordo com a disponibilida-

de orçamentária desta Corte, uma vez que a Presidência, ciente da situação econômica atual, vem enxugando ao máximo as despesas do Tribunal, que detém o menor orçamento do país”. A nota também faz referência ao fato de o Tribunal de Alagoas ter sido considerado o mais improdutivo do País dentre todas as Cortes estaduais: “Estão sendo tomadas todas as providências para modificar o quadro de produtividade apresentado, de modo que a produção do Judiciário Alagoano vem

Desembargador Otávio Praxedes

sendo monitorada diariamente pela Corregedoria Geral da Justiça e pela Presidência, que, inclusive, criou grupo de trabalho nesse sentido, de modo que os resultados refletirão nos números a serem divulgados no próximo ano”. Dentre as medidas citadas por Praxedes, e que têm como objetivo “ofertar um serviço célere e eficaz à população alagoana”, está a nomeação, no final do ano, de 13 magistrados aprovados em concurso público e que serão empossados em janeiro de 2018.

População perde confiança na justiça brasileira BRUNO FERNANDES Estagiário sob supervisão da Redação

Uma pesquisa revelou alta queda na confiança da população em quase todas as instituições brasileiras analisadas, em comparação com o ano de 2016, entre elas o Judiciário. Os dados foram coletados pelo ICJ Brasil (Índice de Confiança na Justiça) e pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas. Sem surpresas, os dados coletados no primeiro semestre de 2017 revelam dois resultados importantes: a queda na avaliação da Justiça, uma vez que os números apresentaram uma redução significativa em comparação com anos anteriores; e a queda na confiança da população brasileira na maioria das instituições avaliadas, com destaque para a drástica redução no grau de confiança dos entrevistados na justiça brasileira. Nesse período, foram entrevistadas 1.650 pessoas distribuídas pelo Distrito Federal e por

sete estados da federação: Amazonas (150), Bahia (200), Minas Gerais (300), Pernambuco (150), Rio de Janeiro (200), Rio Grande do Sul (150), São Paulo (350) e Distrito Federal (150). À exceção de redes sociais, que viu a confiança subir 14% de um ano para o outro, e da Polícia, que registrou um leve incremento de 1%, a confiança do brasileiro nas outras instituições analisadas caiu. Os destaques em perda de confiança são Sindicatos (-10%), Ministério Público (-8%), Poder Judiciário (-5%), Grandes Empresas (-5%), Emissoras de TV (-3%), Igreja Católica (-4%), Forças Armadas (-3%) e Imprensa Escrita (-2). Partidos políticos mantiveram um patamar de 7% na confiança e deixaram o posto de instituição menos confiável pelos brasileiros. Agora a posição é ocupada pelo Governo de Michel Temer. Embora também tenham tido resultados negativos, as Forças Armadas, conseguiram pelo segundo ano consecutivo serem consideradas a institui-

ção mais confiável da população brasileira segundo o Índice de Confiança na Justiça, produzido pela mesma escola em 2016 e por uma pesquisa do Datafolha publicada em junho de 2017. Após todos os escândalos políticos que sucederam os últimos anos, a Presidência e os partidos políticos também caíram em descrédito. Segundo o relatório, o cenário de baixa confiança nas instituições revela a insatisfação da população com os acontecimentos recentes de corrupção e de

falta de respostas satisfatórias às suas demandas. A crise no sistema que envolve os pilares da Justiça do Brasil não é um fenômeno recente. Uma série de pesquisas mostra que, do ponto de vista da eficiência do Judiciário e da burocratização de seus serviços, a sua legitimidade vem sendo questionada desde o início da década de 1980. Para avaliação das instituições, a pesquisa foi produzida a partir de um conjunto de oito perguntas nas quais o entrevis-

tado emitiu sua opinião sobre a instituição no que diz respeito (I) à confiança, (II) à rapidez na solução dos conflitos, (III) aos custos do acesso, (IV) à facilidade no acesso, (V) à independência política, (VI) à honestidade, (VII) à capacidade para solucionar os conflitos levados a sua apreciação e (VIII) ao panorama dos últimos 5 anos. O resultado das perguntas, somados, foi negativo. O resultado afeta diretamente o desenvolvimento econômico e social do país, tendo em vista que o poder Judiciário que deveria se apresentar como instância legítima na solução de conflitos que surgem no ambiente social, empresarial e econômico perdeu sua força perante os olhos da população.


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MACEIÓ, ALAGOAS - 27 DE OUTUBRO A 02 DE NOVEMBRO DE 2017

Mais 7 usinas pedem recuperação judicial

O GRANDE GOLPE CREDORES JÁ CONTAM COM NOVO CALOTE DO GRUPO CUJA DÍVIDA PODE SER SUPERIOR A R$ 3 BILHÕES

JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.com

A

pós o baque da notícia da recuperação judicial da Cooperativa dos Usineiros, a Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas (Asplana) procura uma maneira de minimizar seus prejuízos. Será a quarta recuperação judicial que a entidade irá enfrentar desde 2012. De lá para cá entraram na “dança” o Grupo João Lyra, a Usina Utinga Leão e a Usina Triunfo. Diferentemente das duas últimas, apenas o império do ex-deputado federal sucumbiu à falência até o momento. “Na realidade, a questão da Cooperativa dos Usineiros já era esperada. Tanto é que há um ano as usinas que fazem parte desse grupo estavam com um débito de cerca de R$ 250 milhões só com os fornecedores de cana. Também se falava na tentativa de financiamento no valor de R$ 1 bilhão com um banco internacional, o Credit Suisse, tendo o aval do governo federal. Mas, com a troca de presidentes, ministérios e a crise brasileira, a transação acabou não acontecendo”, explicou o presidente da Asplana, Edgar

Presidente da Asplana, Edgar Filho diz que dívida da cooperativa com fornecedores de cana é de R$ 250 milhões

Filho. A recuperação judicial da Cooperativa dos Usineiros poderá resolver as pendências de sete usinas: Capricho, Penedo, Porto Alegre, Porto Rico, Seresta (da família do ex-governador Téo Vilela), Sinimbu e Sumaúma. “Por outro lado haverá um calote nas dívidas com os credores, o que irá dificultar ainda mais a atividade da produção de cana aqui em Alagoas. Vou procurar a bancada federal para tentar uma saída para os fornecedores que têm débitos para pagar. Tem de haver um perdão de dívida ou algum dinheiro que venha do Estado. Isso para ajudar os fornecedores que não irão receber”, disse Filho comparando a recuperação judicial com um calote legalizado. TRÂMITES A recuperação judicial tramita na 4ª Vara Cível da Capital - Foro de Maceió pelas mãos do juiz Ayrton de Luna Tenório. Segundo os autos do processo publicado na quarta-

feira, 25, o magistrado nomeou para exercer a função de administrador judicial o escritório Evandro Jucá Filho. A empresa terá o prazo de 30 dias para apresentar proposta de honorários, levando em consideração a capacidade de pagamento das devedoras. O valor da ação é de R$ 535,2 milhões. O administrador judicial ainda terá 45 dias úteis para expor as relações de credores e intimar Ministério Público Estadual e comunicar às Fazendas Públicas Federal, Estadual e Municipais e a Junta Comercial de Alagoas, para anotação do pedido de recuperação; e 60 dias para apresentar um plano de recuperação. “As sociedades requerentes afirmam que necessitam de um procedimento recuperacional que atenda às necessidades de todas uniformemente”, descreveu o magistrado. E continuou: “ressalta que se pode dividir as nove sociedades que compõem o polo ativo da demanda da seguinte forma: a Copertrading que faz parte da cadeia de comercialização dos

bens produzidos pelas requerentes; as usinas que são as efetivas produtoras do etanol, açúcar e melaço; e a requerente Mecânica Pesada Continental S.A., empresa metalúrgica, que foi responsável pela produção de maquinários utilizados pelas usinas da cooperativa”. Afirmou também que a Copertrading, ao contrário da Cooperativa, compõe o polo ativo da recuperação judicial em litisconsórcio ativo com as oito demais requerentes, por ser empresa controlada pela Cooperativa e o braço de comercialização do próprio sistema cooperado como um todo. DÍVIDA BILIONÁRIA Conforme um ex-diretor da Cooperativa dos Usineiros de Alagoas, que preferiu não se identificar, a derrocada de grande parte das usinas de Alagoas foi causada, sobretudo, por uma política de saque. “Usineiros inescrupulosos pilharam as próprias empresas, abandonando à mercê da sorte seus funcioná-

rios, fornecedores de cana, o comércio e a sociedade alagoana. Não satisfeitos com a secular exploração das camadas menos favorecidas do estado que ostenta alguns piores indicadores sociais do mundo, esse bando inconsequente achou por bem desferir o golpe final nessa sociedade miserável”, desabafou. Ainda segundo o ex-diretor, a dívida real dos usineiros chega ao assustador valor de R$ 3 bilhões. “Ora, como podem essas empresas alegarem total descapitalização, se as mesmas famílias proprietárias são portentosas investidoras dos mais diversos ramos, inclusive no próprio setor sucroalcooleiro aqui e em outros estados brasileiros? Enquanto esse império paralelo segue de vento em popa, recai sobre as cansadas costas da sociedade alagoana o peso do gigantesco passivo originado por tamanha irresponsabilidade”, desabafou. PREOCUPAÇÃO O vice-presidente da Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Açúcar no Estado de Alagoas (Stia/AL), Cristophanes Lima, teme o pior: a falência da cooperativa pondo fim o trabalho de mais sete usinas. “O que acarretaria na perda de mais de 60 mil empregos diretos”, destacou. Segundo Lima, as sete usinas que entraram com a recuperação judicial são, na verdade, empresas familiares, que estão quase à ruína financeira por má administração. “Outra preocupação é o pagamento dos funcionários que sempre vem com atraso. Ano passado houve demissão em massa e não pagaram a totalidade das rescisões”, revelou Lima, ressaltando a certeza de que a recuperação judicial tem tudo para se tornar mais uma Laginha em Alagoas.


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Leilão das usinas de MG começa em 24 de novembro

LAGINHA FALIDA

AVALIAÇÃO DE TRIALCOOL E VALE DO PARANAÍBA REGISTROU QUEDA DE R$ 10 MILHÕES

JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.com

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stá marcado para o dia 24 de novembro o início do leilão das duas usinas mineiras da Massa Falida da Laginha, o antigo Grupo João Lyra, império falido do ex-usineiro e ex-deputado federal. O 1º pregão da hasta se iniciará a partir das 14h encerrando-se no dia 30 do mesmo mês em mesmo horário. Todo processo será realizado por meio eletrônico assim como ocorreu com outros bens já leiloados neste semestre. As usinas Triálcool e Vale do Paranaíba, localizadas nas cidades de Canápolis e Capinápolis, respectivamente, tiveram um decréscimo total de aproximadamente R$ 10 milhões em comparação com a primeira avaliação realizada em setembro de 2014 pela Valor Engenharia. O preço da Usina Triálcool, que era de R$ 227,7 milhões, caiu para R$ 223 milhões. Já a Vale do Paranaíba, de R$$ 211,2 milhões para R$ 206,3 milhões. A nova avaliação foi realizada pela empresa Agri Planning Brazil Consultoria Agronegócio Ltda. Porém, os valores podem cair ainda mais. De acordo com o edital do leilão, caso os lances ofertados não atinjam o valor da avaliação dos imóveis no 1º pregão, o leilão continuará ate às 14h do dia 7 de dezembro em

Triálcool, em Canápolis, está avaliada em R$ 223 milhões

2º pregão. Ainda conforme o documento, o lance inicial corresponderá a 60% do valor da avaliação judicial, ficando condicionado à aprovação dos magistrados, Ministério Público e administrador judicial. O mesmo aconteceu com a sede do grupo, localizada em Jacarecica. O imóvel, localizado à beira da praia, onde também funcionou o extinto O Jornal, empresa que deixou diversos jornalistas sem acerto de contas trabalhistas, foi ofertado por R$ 7,8 milhões, valor 50% mais barato do que a avaliação inicial de R$ 15,7 milhões. A sede não despertou o interesse de compradores e ainda se mantém na Massa Falida da Laginha. No entanto, outros bens acabaram sendo leiloados em segunda hasta, a exemplo de um apartamento, localizado no bairro da Ponta Verde e avaliado em R$ 650 mil, mas que foi arrematado por R$ 395 mil. Também foram arrematados: aeronave modelo EMB-820C Carajá, ano 1985, avaliada em R$ 345.500, com lance de R$ 324.300. Já a sala e a garagem no prédio Avenue Center, no Centro de Maceió, receberam avaliação de R$ 145 mil e foram vendidas por R$ 95 mil. O procedimento foi ho-

mologado em 22 de agosto deste ano. Um dos motivos da desvalorização dos imóveis, bem como das usinas, seria a demora de todo processo judicial, já que as indústrias ficaram inativas e à mercê da ação do tempo. A falência da Laginha foi decretada em fevereiro de 2014 após descumprimento do plano de recuperação judicial iniciado em 2008. O relator do processo à época foi o desembargador Fábio José Bittencourt Araújo. Atualmente, o processo falimentar tem a relatoria do desembargador Tutmés Airan. REPERCUSSÃO A publicação dos editais deixou os prefeitos da região do Pontal do Triângulo Mineiro animados. Para o prefeito de Capinópolis, Cleidimar Zanotto, caso os leilões das usinas venham a se concretizar, a região irá viver uma nova realidade. “O Pontal do Triângulo Mineiro terá mais prosperidade e geração de postos de trabalho diretos e indiretos”, declarou a uma mídia local. E segundo o prefeito de Canápolis, Uallisson Carvalho Silva, que foi colaborador da Triálcool por 12 anos, a venda da usina irá alavancar a economia da cidade. “Diante daquele

Vale do Paranaíba vai a leilão com preço mínimo de R$ 206,3 milhões

descrédito que todos estavam com relação à Justiça de Alagoas, agora com essa situação do leilão, cria mais credibilidade”, disse ao site Tudo Em Dia. O passivo trabalhista da Laginha Agroindustrial ultrapassa os R$180 milhões e o total da dívida supera os R$ 2 bilhões. Esta semana, os juízes Leandro de Castro Folly, Phillippe Melo Alcântara Falcão e José Eduardo Nobre Carlos, que estão à frente do processo de falência, rejeitaram a proposta da Usina Cambuí para comprar a Vale do Paranaíba por R$ 80 milhões.

Renato Schlobach Moysés e Osman Sobral e Silva. Os lances poderão ser ofertados de viva voz ou pela internet. A sede da empresa fica localizada na Avenida Engenheiro Luis Carlos Berrini, 105 - 4º andar, na Vila Olímpia, em São Paulo (SP). O arrematante deverá pagar, a título de comissão, o valor correspondente a 3% do preço de arrematação. A comissão não está inclusa no valor do lance e não será devolvida ao arrematante, salvo se a arrematação for desfeita por determinação judicial. Os interessados que quiserem visitar as unidades sucroalcooleiras antes dos lances, poderão O LEILÃO agendar a visita por meio do O leilão será realizado por email visitacao@superbidjudimeio eletrônicio através do por- cial.com.br. tal www.superbidjudicial.com. br e conduzido pelos leiloeiros


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Prefeituras estão prestes a receber mais de R$ 1 bilhão

FUNDEF PRECATÓRIOS PROVOCAM NOVO EMBATE ENTRE ADVOGADOS E MPC

LISTA DO FUNDEF

VERA ALVES veralvess@gmail.com

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embate envolvendo os precatórios do extinto Fundo de Manutenção e de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério- Fundef - ganhou um novo capítulo esta semana. Prestes a receberem mais de R$ 1 bilhão, 44 municípios podem ter estes recursos bloqueados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) até que seja definitivamente resolvido o impasse acerca da destinação de parte dos recursos para escritórios de advocacia. Os primeiros pedidos de bloqueio foram feitos na quarta, 25, pelo procurador de Contas Pedro Barbosa Neto, da 2ª Procuradoria de Contas, e atingem as prefeituras de São Miguel dos Campos (R$75.486.501,84), Batalha (R$ 12.210.011,62), Barra de Santo Antônio (R$ 17.413.095,14) e Piaçabuçu (R$ 19.940.584,37). São mais de R$ 125 milhões dos quais R$ 25 milhões podem ir parar nos escritórios de advocacia a título de honorários e é justamente isto que o Ministério Público de Contas tenta evitar. “O Fundef é uma verba carimbada com destinação específica para a educação e, ao contrário do que andam falando, estamos agindo no resguardo do erário e na valorização da educação de Alagoas”, frisou Barbosa, depois que o escritório Henrique Carvalho Advogados distribuiu nota à imprensa criticando o pedido de bloqueio das contas das quatro prefeituras.

Procurador Pedro Barbosa: bloqueio visa resguardar educação e cofres públicos

“Com os municípios afundados em sérias crises econômicas, usinas dando entrada em processo de recuperação judicial, diminuindo ainda mais a arrecadação das prefeituras, o bloqueio impede que os gestores possam utilizar a verba para realizar investimentos, inclusive na própria educação até que o Tribunal de Contas julgue se a verba deve ser ou não utilizada exclusivamente para a educação”, diz a nota. O impasse que envolve os precatórios do Fundef reside justamente na questão de a aplicação dos recursos ser exclusivamente voltada à educação - como já foi pacificado entendimento pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no julgamento de um processo envolvendo um município do Ceará – ou se o município pode usar os recursos no pagamento de honorários advocatícios em outras áreas. No caso dos honorários, os escritórios de advocacia defendem que têm direito a 20% do que vem sendo pago pela União por terem atuado nas ações para recebimento dos valores pelas prefeituras. Sobre isto, o procurador Pedro Barbosa é enfático em afirmar que cabe ao município definir a fonte

dos recursos, mas eles não podem sair do Fundef já que a Constituição o estabelece como fundo de recursos para aplicação única e exclusivamente na educação. Os precatórios do Fundef se refere a diferenças que o governo federal deixou de repassar aos municípios por cada aluno matriculado nos anos de 1998 a 2007. Em 2008 o Fundef foi substituído pelo Fundeb - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. A liberação das diferenças devidas pela União aos municípios alagoanos vem sendo acompanhada atentamente pelo Fórum de Combate à Corrupção de Alagoas (Focco-AL), autor da representação que levou o procurador Pedro Barbosa a emitir parecer pedindo o bloqueio das contas das prefeituras dos quatro municípios. Pedido idêntico foi feito aos demais 40 municípios cujos processos estão sob análise de outras procuradorias de Contas. Confira na tabela ao lado a lista dos municípios e os respectivos valores que têm a receber. São mais de R$ 1 bilhão, o que significa que mais de R$ 200 milhões podem ir para escritórios de advocacia.

ÁGUA BRANCA ATALAIA BARRA DE SANTO ANTÔNIO BARRA DE SÃO MIGUEL BATALHA BOCA DA MATA CACIMBINHAS CAMPO GRANDE CANAPI CARNEIROS CHÃ PRETA COITÉ DO NÓIA COLÔNIA LEOPOLDINA CORURIPE DELMIRO GOUVEIA FEIRA GRANDE IBATEGUARA IGACI IGREJA NOVA JOAQUIM GOMES LIMOEIRO DE ANADIA MARAGOGI MARECHAL DEODORO MESSIAS OLHO D’ ÁGUA DAS FLORES OLHO D’ ÁGUA DAS FLORES PARICONHA PARIPUEIRA PARIPUEIRA PASSO DE CAMARAGIBE PAULO JACINTO PIAÇABUÇU PINDOBA PORTO DE PEDRAS RIO LARGO RIO LARGO SANTANA DO IPANEMA SÃO BRAS SÃO JOSÉ DA LAJE SÃO LUIZ DO QUITUNDE SÃO MIGUEL DOS CAMPOS SATUBA UNIÃO DOS PALMARES VIÇOSA TOTAL

R$ 22.137.777,21 R$ 25.130.591,26 R$ 17.413.095,14 R$ 9.795.905,43 R$ 12.210.011,62 R$ 6.319.022,46 R$ 666.967,60 R$ 21.314.476,74 R$ 6.930.101,22 R$ 14.018.534,90 R$ 9.704.932,87 R$ 17.932.998,11 R$ 30.469.028,17 R$ 52.008.611,77 R$ 56.774.228,04 R$ 8.472.901,15 R$ 8.609.124,30 R$ 38.914.562,72 R$ 8.646.735,23 R$ 23.419.066,81 R$ 38.155.899,89 R$ 37.249.533,64 R$ 49.537.447,66 R$ 18.297.791,04 R$ 12.628.952,99 R$ 157.861,90 R$ 13.155.898,10 R$ 10.714.978,81 R$ 445.401,11 R$ 17.528.154,06 R$ 10.535.339,71 R$ 19.940.584,37 R$ 3.896.567,71 R$ 12.093.447,70 R$ 24.501.918,47 R$ 62.335.359,06 R$ 51.228.496,45 R$ 9.791.804,68 R$ 21.794.968,94 R$ 40.773.007,64 R$ 75.486.501,84 R$ 14.707.207,32 R$ 67.826.811,50 R$ 29.568.369,46 R$ 1.033.240.976,80

Fonte: Subsecretaria de Precatórios, do TRF da 5ª Região


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ANIVERSÁRIO De árvore a cidade,

Arapiraca

comemora 93 anos

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ome de árvore imponente e frondosa, Arapiraca prospera a cada ano, fortalecendo suas raízes e criando alicerces firmes à sua população. De árvore à cidade, tudo começou com o fundador Manoel André Correia dos Santos, que em sua jornada, procurava uma fonte de água doce onde pudesse se instalar para tomar posse da propriedade Alto do Espigão, do Simão de Cangandú, adquirida em 1848, por seu sogro Capitão Amaro da Silva Valente Macedo, que residia no então Povoado Cacimbinhas, município de Palmeira dos Índios. Quando realizava o primeiro desmatamento na área, auxiliado por trabalhadores, num dia de muito

sol, Manoel André escolheu a árvore sombria, onde pudesse descansar ao meio dia. Encostou no tronco e usou estas palavras: “Essa Arapiraca, por enquanto é a minha casa”. Foi o primeiro ponto de referência, uma semente que se transformaria século depois em polo econômico de Alagoas. O local começou a ser povoado na primeira metade do século XIX. Em 1864, Manoel André construiu a capela de Santa Cruz e escolheu como padroeira Nossa Senhora do Bom Conselho. Segundo uma tradição popular, a palavra Arapiraca tem origens indígenas e significa: “ramo que arara visita”. Depois de alguns tempos, com a vinda de outras famí-

lias, a árvore Arapiraca ficou cercada por um povoado. Arapiraca ficou conhecida, nos anos 70, como a “Capital do Fumo” por ser um dos maiores produtores de tabaco do país. De acordo com com estimativas de 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade possui 234.185 ha-

bitantes, a segunda mais populosa do estado, só perdendo para Maceió. Como distrito, esteve subordinada, sucessivamente, a Penedo, Porto Real do Colégio, São Brás e Limoeiro. Desde os anos de 1980 experimenta um crescimento econômico com seu comércio e serviços. Além disso, o setor industrial

do município tem apresentado relativo crescimento. Foi elevada à categoria de município em 30 de outubro de 1924, constituindo-se de territórios desmembrados de Palmeira dos Índios, Porto Real, São Brás, Traipu e Limoeiro. completando, assim, 93 anos de história.


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93 ANOS

Arapiraca, uma cidade de contrastes A

os 93 anos de idade, Arapiraca é uma cidade industrializada, mas que ao mesmo tempo não abre mão do campo. Uma cidade populosa, no entanto, que preserva o jeito pacato interiorano de ser. E está em seu contraste a fórmula de sua prosperidade. Por estar localizada estrategicamente no centro do estado de Alagoas, com distâncias praticamente semelhantes para Maceió, Aracaju, Sertão e interior de Pernambuco, muitos empresários escolheram Arapiraca para instalar entrepostos de distribuição dos mais diversos ramos, principalmente dos ramos alimentício, cosméticos e agrícola. Historicamente, a estrutura fundiária arapiraquense é baseada em pequenas propriedades com destaque para a produção da mandioca, seguida pela cultura do fumo. Já na década de 90, com a crise acentuada na cadeia produtiva do fumo, o município é impulsionado a buscar outros meios capazes de suprir os efeitos da decadência dessa monocultura. Assim, nasce um novo polo, dessa vez, com base na produção das hortaliças. E com o objetivo de incentivar a diversificação de culturas no município, Arapiraca desenvolveu o projeto “Cinturão Verde”, implantado em 2003. Daquele ano até os dias de hoje, o setor avançou. E o negócio, apesar de já estabelecido, ainda é visto como promissor. Arapiraca é uma cidade de gente trabalhadora. Mesmo com a redução da cultura do fumo a cidade se desenvolveu e tornou-se um ambiente propício para novos negócios, os quais o setor atacadista ocupa posição de destaque. Nas décadas de 1960 e 1970 com a riqueza da cultura do fumo muitas famílias começaram a construir casas modernas. Por outro lado, com a queda da cultura fumageira, instalou-se o primeiro Conjunto Habitacional (COHAB velha), no bairro Jardim Esperança. A partir daí, desenvolveram-se cortiços, vilas e favelas. A construção da BR-316, no ano de 1956, ligando a capital Maceió ao município de Palmeira dos Índios, foi

imprescindível para o escoamento da produção da cidade. Em seguida, surgiram as Rodovias AL-220, AL-110 e AL-115 cortando Arapiraca e impulsionando o acesso à produção local. A elaboração do primeiro Plano Diretor de Arapiraca só aconteceu em 1989, com a posse do prefeito José Alexandre. Fora da política local, o industrial é uma dos mais importantes desbravadores atuais erguendo em terras loteamentos e condomínios residenciais. O boom imobiliário se deu a partir dos anos 2000 com os programas habitacionais do governo federal e as

terras de fumo dando lugar a construções de condomínios populares e de luxo. Treze anos depois, a construção do primeiro centro comercial da cidade com a abertura do Arapiraca Garden Shopping, Arapiraca não é mais a mesma. Sobre o desenvolvimento econômico do estado, o economista Cícero Péricles, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), afirma que Arapiraca é um exemplo de como poderá ser o futuro de Alagoas com a presença de empresas competitivas e uma sociedade fincada na classe média mais dinâmica e democrática. (Assessoria)


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19 ANOS

EXTRA ALAGOAS completa

inovando nas mídias

MARIA SALÉSIA sallesia@hotmail.com

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Jornal EXTRA DE ALAGOAS completa 19 anos de cara nova em sua versão online. Em breve, o portal www.novoextra.com. br estará reformulado com ampliação de conteúdo e diversidade, tudo para melhor servir a seus seguidores. Além das editorias tradicionais como política, polícia e Justiça, o EXTRA eletrônico focará em esportes (com atenção especial ao amador), cobertura fotográfica de eventos, shows e peças teatrais, além de possibilitar saber quais filmes estão em cartaz na cidade com data, horário e faixa etária nos principais shoppings da cidade de Maceió. Este ano o EXTRA inovou com

a Humans of Maceió, uma coletânea social no Facebook que reúne histórias e depoimentos de pessoas que moram ou visitam a capital alagoana. Em sua repaginada, o EXTRA ALAGOAS abre espaço para blogueiros. Quem estiver a fim de emitir suas opiniões sobre assuntos com os quais tenham afinidade é só procurar os responsáveis pelo portal. O semanário também está montando um banco de colaboradores freelancers para publicação de reportagens investigativas. O exemplar impresso é um atrativo à parte. Mas quem não mora em Alagoas e quer ficar bem informado do que acontece na terrinha e no resto do mundo, basta recorrer à versão digital através acessível no portal e nas redes sociais: twitter.com/Extra-

Alagoas e facebook.com/jornalextradealagoas. JORNALISMO VERDADE

A versão impressa ainda é a menina dos olhos dos fiéis leitores que desde 1998 acompanham a evolução do semanário em circulação mais antigo do estado. São denúncias sobre desmandos de políticos, corrupção nos três níveis de Poderes, crimes de mando e injustiças sociais. O EXTRA também é prestação de serviços e lazer. E assim, desde sua primeira edição, religiosamente nos primeiros raios de sol de cada sexta-feira vai para as ruas com notícias quentes, outras picantes, algumas moderadas e até fatos pitorescos. Porém, todas com profissionalismo e dizendo o que os outros não dizem. O furo jornalístico é marca registrada do

semanário. O EXTRA é exemplo, é escola, é o jornalismo investigativo com suas manchetes bombásticas. O EXTRA é tão extraordinário que até já teve sua época poética com o Mural de Poemas. E foram várias as edições históricas nestes 19 anos de existência do jornal. Orgias no Baldomero Cavalcante (promovidas pelo ex-coronel Manoel Cavalcante), golpe da Letras do Tesouro, operações Gabiru e Taturana, escândalos nas prefeituras do interior do estado, entre tantos outros esquemas de corrupção estiveram e continuam na mira do EXTRA que apura e leva a melhor informação ao leitor. Não é à toa que prestes a completar duas décadas de existência, o EXTRA DE ALAGOAS oferece um jornalismo corajoso e comprometido com a verdade dos fatos.


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FOME continuam E MISÉRIA a assombrar Alagoas VERA ALVES veralvess@gmail.com

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anterninha no ranking nacional do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Alagoas ainda detém os piores níveis de desenvolvimento municipal de acordo com os levantamentos estatísticos mais recentes. Os dados mostram que a fome e miséria, abordadas pelo EXTRA em sua primeira edição, há 19 anos, ainda são uma realidade presente na vida de milhares de alagoanos. Quase 20 anos depois e os governantes não se mostraram competentes o suficiente para tirar o estado da situação vexatória de ter vários de seus municípios posicionados entre os piores do País no que se refere à educação e saúde, notadamente em relação à mortalidade infantil. Em 1998 matéria assinada pelo jornalista Ari Cipola (falecido em 2004, aos 41 anos, vítima de infarto fulminante), apontou sete municípios alagoanos entre os detentores do pior IDH, o índice que mede resumidamente as condições sanitárias, educacionais e de renda. Quanto mais próximo de 1, melhor a situação do município. Alguns destes municípios – justiça seja feita – conseguiram se reerguer, ao passo que outros, caso de Inhapi, no Alto Sertão de Alagoas, mantêm inalterada sua condição de vulnerabilidade.

Há 19 anos, São José da Tapera, também no Sertão, figurava como o pior dentre os 10 municípios brasileiros com piores condições de vida para sua população. Na lista, mais seis cidades alagoanas: Campo Grande, Olivença, Craíbas, Branquinha, Jaramataia e Inhapi. Com uma população de 32.626 habitantes (Censo estimado do IBGE de 2017), São José da Tapera possuía IDH de 0,204 em 1991, subiu para 0,319 em 2000 e para 0,527 em

2010 – ano do último levantamento do PNUD-Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Ocupa, hoje, a 5416ª posição no ranking de 5.565 municípios brasileiros e a 101ª no estado, à frente apenas de Inhapi. A mortalidade infantil em 2014 – levantamento mais recente - era de 20,11 por mil nascidos vivos, a 87º posição no estado. Inhapi se mantém com o pior IDH de Alagoas desde 1991. A cidade de 18.658 habitantes é hoje a 5550ª no

ranking nacional, com IDH de 0,484, bem acima dos 0,189 de 1991 e 0,281 de 2000. A mortalidade infantil está em 22,29 por mil, a 21ª no ranking estadual. Campo Grande com seus 9.692 habitantes é o 5439º município brasileiro em IDH com pontuação de 0,524, estando na 92ª posição no ranking de Alagoas. Em 1991 era o 96º colocado, melhorou em 2000 indo para a 90ª posição, mas regrediu. É o 100ª no estado em mortalidade infantil, com 22,47 óbitos por mil nascidos vivos. Olivença tem hoje 11.772 habitantes, IDH de 0,493 e é o 5539º colocado no País, com mortalidade infantil de 10,75 óbitos por mil nascidos vivos. É um dos piores municípios brasileiros no que se refere a esgotamento sanitário, com cobertura de apenas 0,7%. Na 5432ª posição do ranking nacional, Craíbas, cidade com 24.510 habitantes e IDH de 0,525, é o 75º no ranking estadual, subindo 15 posições desde 1991, quando era o antepenúltimo da lista de 102 municípios. A mortalidade infantil é de 7,33 por mil nascidos vivos. Branquinha, com 10.675 habitantes e IDH de 0,552, é o 5169º no ranking nacional, a mortalidade infantil é de 4,33 por mil nascidos vivos e possui 36,3% de cobertura no que se refere a esgotamento sanitário. O sétimo município citado na reportagem de 1998, Jaramataia, cuja população é de 5.676 habitantes e a mortalidade infantil é de 16,39 por mil nascidos vivos, é o 5169º colocado em IDH no País, com índice de 0,552. Subiu 133 posições em relação a 1991, quando seu IDH era de 0,221. O mais baixo IDH do País, hoje, é o de Melgaço, no Pará, cujo índice é de 0,418 e o mais alto é o da cidade de São Caetano do Sul, região do ABC paulista, com IDH de 0,862. No ranking das unidades da federação, Alagoas é 27º, ou seja, o último, com índice de 0,631. O melhor índice é o do Distrito Federal, pontuado com 0,824.


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Desenvolvimento municipal é maior em Coruripe

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e há 19 anos São José da Tapera figurava como o pior município brasileiro em termos de condições de desenvolvimento, a realidade hoje é outra. De acordo com o Índice Firjan do Desenvolvimento Municipal – levantamento estatístico elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro que revela a situação de todas as cidades brasileiras em termos de trabalho e renda, educação e saúde – o município do Sertão de Alagoas é o 23º no estado em termos de desenvolvimento e o 3975º no ranking das 5.565 cidades do País. Tal qual no IDH, o IFDM também usa a escala de 0 a 1 para pontuar os municípios, sendo que 0 é para os de pior desempenho e 1 para aqueles onde a assistência à saúde ofertada pelo município é mais eficiente, a rede pública de ensino atende todas as crianças em idade escolar e as oportunidades de emprego permitem que a maior parte da população economicamente ativa esteja trabalhando. Em Alagoas, o melhor IFDM é o de

Coruripe, com índice de 0,7172 e 1679º colocado no ranking nacional, enquanto o lanterninha é Água Branca, pontuado em 0,3828 e na 5491ª posição no País. No ranking das capitais, Maceió é a quarta menos desenvolvida, com IFDM de 0,7065. Está em segundo lugar no ranking estadual e na 1886ª posição no nacional. A melhor capital em termos de desenvolvimento municipal é Curitiba (PR) – 45ª no ranking de todos os municípios brasileiros com índice de 0,8618. Já a lanterninha é Macapá (AP), que tem índice de 0,6860 e está em 2284º lugar no ranking nacional, cuja liderança é do município mineiro de Extrema, cujo IFDM é de 0.9050. Confira na tabela o IFDM e respectiva posição das outras seis cidades citadas na reportagem de Ari Cipola, há 19 anos, bem como dos demais municípios alagoanos, lembrando que o último levantamento da Firjan foi divulgado em 2015 e elaborado a partir das informações oficiais dos ministérios do Trabalho, da Educação e da Saúde referentes a 2013.

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DROGAS NAS ESCOLAS:

maconha continua em primeiro lugar refere à segurança pública no entorno e no interior das instituições. Ademais do papel principal de prevenção e conscientização, o BPEsc também utiliza o serviço de inteligência da PM para estudar o entorno e a comunidade onde se localiza a escola. Através deste estudo é possível o monitoramento e a identificação dos pontos de atuação das facções e das bocas de fumo. O tenente coronel do Batalhão da Polícia Escolar da capital, Silvestre Santos, relata como funciona a atuação junto à Proerd e às diretorias das escolas. ‘Nossa atuação tem a intenção de oferecer segurança, com o crescimento do tráfico, a insegurança e violência também aumentaram e é preciso mudar isso. Procuramos trabalhar de maneira próxima com membros da comunidade escolar, para se criar um vínculo, uma afinidade maior”, afirma o tenente. Ao ser questionado quais eram os bairros com maior incidência do uso e da venda de drogas nas instituições, o tenente afirmou que não existe maneira de pontuar ordenadamente, afinal todos os bairros têm grandes redes de tráfico. “Não dá para colocar em ordem, a maioria tem diversos problemas. Mas de maneira aleatória, temos muitos problemas na região do Tabuleiro, Clima Bom, Vergel, Jatiúca e Benedito Bentes onde 5 quilos de maconha modificada foram encontrados próximo a uma escola há poucos dias por exemplo. ”

SOFIA SEPRENY Estagiária sob supervisão da Redação

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á anos o problema de drogas é recorrente no mundo das crianças e adolescentes. Em 1998 o EXTRA fez a primeira matéria sobre ilícitos nas escolas e o que imperava era a famosa maconha. Hoje, 19 anos depois a “erva” continua sendo a de mais fácil acesso e preferência. Isso não significa que outras drogas não estejam presentes em quantidades significativas nos ambientes de ensino. “Hoje não temos nenhuma escola nos 50 bairros do município de Maceió, e ainda posso dizer do estado, que esteja absolutamente livre das drogas, não existe ambiente livre”, foi assim que a promotora de justiça Alexandra Beurlen, responsável pela 11ª Promotoria de Infância e Juventude da Capital iniciou nossa entrevista. Segundo ela, o que avança de anos para cá é a incidência da violência entre os alunos nas escolas, por conta das drogas e da comercialização destes produtos. Ainda de acordo com a promotora, o álcool permanece em primeiro lugar no consumo de drogas, seguido pelo tabaco, produtos lícitos mas proibidos para menores de 18 anos. Já na relação das drogas ilícitas, a maconha continua na frente, assim como na primeira matéria em 1998. Com o intuito de inibir este avanço de consumo e venda no país, a Polícia Militar desenvolveu o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) ativo em Alagoas há 15 anos.

MEIOS PARA O TRÁFICO A coordenadora do programa no estado e coronel da PM, Valdenize Ferreira, explicou um pouco como funcionam as etapas do programa. “ O Proerd atua de forma preventiva, em qualquer comunidade no estado. As solicitações são feitas por instituições, pelas escolas, pelas igrejas, por quem quer que seja para desenvolver o programa em determinados locais. De maneira contínua, o programa atua em forma de curso”. Um meio de aproximação da Polícia

Militar com os estudantes, o Proerd é formado por policiais capacitados, treinados e designados para cada tipo de criança e adolescente, buscando assim a maior aceitação entre os jovens. Além do consumo, o que mais preocupa os órgãos responsáveis e as famílias é o aumento do tráfico de entorpecentes, que carrega consigo a violência e outros problemas mais encorpados. É aí que entra o auxílio do Batalhão da Polícia Escolar (BPEsc), que fornece apoio às escolas no que se

O Ministério Público está preocupado com a influência da falta de oportunidades e das classes sociais em relação ao tráfico de drogas entre crianças e adolescentes. “Hoje esses meninos podem chegar a receber R$ 3 mil, R$ 4 mil em uma semana, o que em um país em crise eles não conseguirão em lugar nenhum”, pontua Alexandra Beurlen. “É necessário mostrar para eles que este tipo de atuação traz consequências, causa sequelas, e que independente da falta de oportunidades, essa não é a melhor saída”, finaliza.


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Para refletir: “A corrupção política é apenas uma consequência das escolhas do povo”

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PEDRO OLIVEIRA pedrooliveiramcz@gmail.com

A Capital da Cultura de Alagoas Tradicionalmente Palmeira dos Índios sempre foi considerada o maior celeiro cultural do estado. Sua produção literária de qualidade e com um número grande de escritores, poetas e trovadores a levou a receber o merecido titulo de “capital alagoana da cultura”. Muito embora nunca contasse com apoio oficial, o setor cresceu e se estabeleceu graças aos próprios escritores e intelectuais locais que buscaram fora o apoio ou mesmo bancaram as suas próprias obras. Com esforço de um grupo de abnegados criou a sua Academia Palmeirense de Letras e Artes, que é o único órgão em atividade a divulgar e fazer existir uma programação cultural no município. Geralmente os prefeitos e políticos, por não entenderem de cultura ou por acreditar que cultura não dá votos, não dão apoio e alguns até atrapalham o importante papel dessa academia na vida cultural e na divulgação da cidade. Que seja reconhecido o apoio do prefeito Júlio Cezar e o seu entusiasmo que tem demonstrado nos diversos eixos de cultura, turismo e desenvolvimento de Palmeira dos Índios. Tem dado apoio institucional à Academia de Letras, apoiado movimentos culturais e esportivos e despertado a cidade para buscar crescer por suas tradições e vocações.

A Flipal acontece com êxito garantido

Nascida da união de um grupo de escritores, jornalistas e intelectuais, com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura começou na quarta feira a I Festa Literária de Palmeira dos Índios (Flipal) que vai até este sábado. Os resultados positivos já eram vistos desde sua abertura com a cidade em alvoroço, inteiramente voltada para o evento que vem oferecendo uma vasta e eclética programação para os palmeirenses e também o grande número de visitantes. Figuras de expressão nacional, artistas renomados, escritores desfilam pelo “corredor da cultura” dão autógrafos, conversam e participam de mesas literárias sempre com grande público presente.

Graciliano e Ivan Barros

Os dois grandes homenageados durante a programação da Flipsl são os escritores Graciliano Ramos, o emblemático ex-prefeito e autor de obras de fama internacional, algumas transformadas em filmes, considerado um dos mais lidos do país, e o jornalista e escritor Ivan Barros, ainda em plena atividade literária, considerado o ícone da intelectualidade palmeirense, sobre o qual tive a honra de falar a entrevistar ontem (quinta-feira) por ocasião da realização de uma mesa literária assistida por numeroso e interessado público. Foi um momento de muita emoção para mim ter a oportunidade de participar da programação falando sobre a figura mais importante de nossa cultura contemporânea e por quem tenho grande admiração. Agradeço a oportunidade de viver momento tão significativo.

O curador Carlito Lima

Costumo dizer que festa literária sem Carlito Lima, pode até ser festa, mas não é “literária”. E foi justamente ele que “construiu”, como curador, a Festa Literária de Palmeira dos Índios, com o apoio da secretária de Cultura, escritora Isvânia Marques, e vários colaboradores locais. Carlito Lima é hoje figura de expressão internacional na experiência e participação em eventos culturais por vários países. No Brasil tem participado ativamente de diversas festas como convidado especial. Foi o criador da festa literária de Marechal Deodoro, Pontal da Barra e já trabalha em vários projetos para outras cidades. Com certeza será o grande laureado ao final da Flipal e na sua inquietude característica já deve começar a trabalhar para o sucesso dobrado no próximo ano.

A saída de Álvaro Vasconcelos

O empresário Álvaro Vasconcelos é um vitorioso na atividade privada e nome muito respeitado na sociedade alagoana. Reservado, acostumado a obter sucesso em seus empreendimentos, aceitou o desafio de liderar na gestão pública uma das pastas mais desacreditadas e desprestigiadas pelos governos, a Secretaria de Agricultura. Formou uma boa equipe e com sua capacidade de realizar trouxe transformações surpreendentes para o setor. Respeitado e admirado por empresários do setor, prefeitos, agricultores e pela imprensa, emplacou sua marca de empreendedor e fez nossa agricultura ser acreditada. Gerou ciúmes nos que não sabem fazer (e são muitos) e até incomodou o governador que certamente se viu menos prestigiado que o competente auxiliar. Aproveitando o jogo da política suja da troca da dignidade por um punhado de votos, o chefe, que não teve coragem ou teve vergonha, mandou que um mero assessor de sua confiança demitisse Álvaro Vasconcelos por telefone, sem ao menos um “muito obrigado”. Alagoas indignada agradece e louva o trabalho ético e eficiente do ex-secretário. Mas aqui é assim: os bons não ficam.

Fórum de Gestão Pública

O Fórum Estadual Gestão Pública Moral. Legal e Empreendedora, que será realizado nossa dias 6,7 e 8 de novembro, promovido pela Escola de Contas Públicas do Tribunal de Contas e pelo Instituto Cidadão, vai reunir prefeitos, vereadores, secretários e técnicos em administração pública do estado e dos municípios, oportunidade em que estará sendo discutida importante pauta de interesse das administrações. Estão confirmados como conferencistas o promotor Marcus Rômulo Maia de Mello, o conselheiro do TCE Otávio Lessa, o procurador do Ministério Público de Contas, Ricardo Schneider, e os prefeitos Eduardo Tavares (Traipu), Júlio Cezar (Palmeira dos Índios) e Cláudio Filho (Marechal Deodoro), participando do painel Vencendo Dificuldades e Administrando em Tempos de Crise.

Isentando os idosos do IR

A Câmara dos Deputados analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), do deputado Luis Tibé (PTdoB-MG), que garante imunidade relativa ao imposto de renda sobre aposentadoria e pensão a pessoa com idade superior a sessenta e cinco anos. A isenção será concedida a pessoa cuja renda total seja constituída, exclusivamente, de rendimentos do trabalho. A PEC desfaz a revogação que foi feita pelo artigo 17 da Emenda Constitucional nº 20, de 1998. De acordo com o deputado, a proposta não afeta as contas públicas, pois se trata de uma norma sem aplicabilidade imediata. “A proposta depende, como previsto pelo constituinte originário, de lei que regulamente o princípio maior estabelecido na Constituição”.

Renan e o golpe

O senador Renan Calheiros usou de toda sua artilharia pesada nos últimos dias com a ideia fixa e raivosa para derrubar o presidente Michel Temer. Varou madrugadas conspirando, jogou sujo como sempre, fez ameaças e prometeu “implodir a República”. Ninguém levou ele a sério e até serviu de gozação. Não é mais o mesmo. Sua empáfia, sua arrogância e forjada coragem, foram por água abaixo. A partir de agora vai sentir o reverso de suja perversão. Será perseguido implacavelmente pelos aliados do presidente que o querem ver “morto” politicamente, a começar por Alagoas. Vai começar o seu “inferno astral” e a há quem garanta que ele não resistirá. Aliás. Já era tempo.

CONTA-GOTAS SÃO TANTOS que o governo estadual já começa a ser chamado de “o rei do calote”. Não paga fornecedores da Saúde, da Educação e dos serviços terceirizados. DE UM SÁBIO na política: “O governador Renan Filho vai pagar um alto preço pelos erros cometidos na busca ensandecida de se manter no poder”. PREFEITO Rui Palmeira continua a mostrar que não tem pressa. Embora saiba o que quer e onde quer chegar.


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ELIAS FRAGOSO

Sem nexo e direção

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m política, às vezes a versão se torna mais importante que os fatos. Uma distorção típica do realismo fantástico que domina a cena nacional. Todos estamos lembrados da hoje fatídica e reconhecida mentirosa “Carta aos brasileiros” escrita pelo ex-ministro Palocci (atualmente preso, réu confesso e participe ativíssimo da ladroagem petista) Os próximos dias e e tronitroada pelo meses vão desnuhepta réu como a dar essa fragilidade “garantia” de que política, a desimpor- ao chegar ao poder, tância política desse o PT iria respeitar recordista de rejeição os princípios repue o abandono de qual- blicanos e os pilares econômicos da quer veleidade de boa gestão. Vimos governar que não a de (e estamos sentinse sustentar no poder do na pele) como acabou essa desaté o final de 2018. ventura nacional. A seita petista esfrangalhou o país e a economia na máxima magnitude. Na quarta-feira desta semana, na Câmara dos Deputados - no auge do descrédito na política - suas “ex-

Empresário, economista, ex-secretário de Planejamento do Ministério da Agricultura, prof. da UFAL e da Universidade Católica de Brasília.

celências”, em eleição apertada (diferença de menos de 20 votos) eivada de compra de votos, livraram a cara do presidente que 97% dos brasileiros desaprovam (linguagem elegante para dizer que adorariam vê-lo fora do governo) de ser processado no Supremo. O interessante (se é que isso poderia ser chamado de interessante) foi ouvir as platitudes de sempre da bancada das emendas espúrias que votou pró Temer, ou a favor do quadrilhão, no dizer de próceres da oposição, como justificativa a seus votos kamikaze: “pela manutenção da estabilidade da economia” ou “para assegurar a continuidade do crescimento”. Melhor seria fazer como outros envergonhados eleitores do Sr. Temer que, sob o argumento de “acompanho o voto do relator” ou mesmo de um simplório sim dito de forma rápida, quase escondida das câmeras, vomitaram seus votos por detrás dessa sutileza legislativa. Mas todos eles sabem que votaram pela manutenção da corrupção, do compadrio e da auto

Crimes de lesa-pátria

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site dicionarioinformal.com.br conceitua o crime de lesa-pátria como sendo as alianças políticas traiçoeiras que causem prejuízos ao País, destruindo a democracia, a soberania e a liberdade de um povo, bem como tenha como objetivo desvios fraudulentos das riquezas públicas. O crime de lesa-pá- Tais atos terminam tria é previsto e por impor um regitipificado na Lei nº me autoritário, seja 7.170, de 14/12/1983, de direita ou de esquerda, aparelhando sancionada pelo Estado e subjuúltimo presidente do ogando o povo, engagoverno militar no nando, comprando, Brasil. escravizando ou fradando eleições para manter-se no Poder. Não aspeei o texto porque, para torná-lo melhor compreensível, fiz mais uma interpretação do que transcrevê -lo literalmente. Lendo o conceito, per-

gunto: não é isso que ocorre no Brasil de hoje, capturado por políticos desonestos que tudo fazem para garantirse na roedura dos seus ossos? O crime de lesa-pátria é previsto e tipificado na Lei nº 7.170, de 14/12/1983, sancionada pelo último presidente do governo militar no Brasil. A lei referida ao tipificar tais crimes fê-lo segundo o consenso internacional do que sejam atos de traição segundo uma perspectiva militar, incluindo subversão e atentados contra as altas autoridades da República. Prejuízos ao País causados por desvios fraudulentos de verbas públicas; o ludíbrio da Nação por mentiras, engodos e fraudes às eleições; a traição ao mandato outorgado pelo povo; a corrupção e a prevaricação, nada disso é reprimido pela lei, a despeito de esses atos, hoje tão comuns na política do País, destruírem a soberania da Nação enquanto detentora do Poder; negarem

proteção criminosa entre aqueles do “andar de cima”. Contra a Nação. Até porque há muito tomaram consciência de que a permanência de Temer no poder enfraquecido e mendigante de apoios, é tudo que precisam e desejam para continuar a extorquir recursos públicos em nome da tal “estabilidade”. O presidente perdeu qualquer condição de governar o país, desde os fatídicos acontecimentos da gravação indesmentível da JBS onde foi pego em negociatas com o Sr. Joesley Batista, ou do vídeo do deputado saltitante carregando mala com 500 mil reais que, segundo o Ministério Público e a delação dos dirigentes da JBS, se destinavam a ele. Os próximos dias e meses vão desnudar essa fragilidade política, a desimportância política desse recordista de rejeição e o abandono de qualquer veleidade de governar que não a de se sustentar no poder até o final de 2018. Um martírio que a Nação parece que terá que

suportar, não bastasse as agruras provocadas pelo PT (não esqueçamos, o cara era o vice-presidente do poste que esteve à frente dos nossos destinos até ser escorraçada por incompetência e corrupção). Sem as reformas (afirmei um ano atrás que não sairiam) ou com reformas meia boca que pouco ou nada resolverão em termos dos problemas estruturais do país, veremos o presidente, cada vez mais um zumbi político, ser abandonado pelas siglas principais (a proximidade das eleições faz com que, de repente, políticos se tornem racionais procurando ajustar seus atos aos humores do eleitor) e dominado pelo baixo clero e pelo Centrão insaciáveis e vorazes em suas fomes de cargos e grana pública para fins não tão republicanos. Este governo, sem direção e nexo, caminha feito bêbado rumo ao bar: sabe onde fica, mas não sabe se dará conta de chegar até lá, tal a bebedeira. Pior para nós.

CLÁUDIO VIEIRA Advogado e escritor, membro da Academia Maceioense de Letras

a democracia, que deixa de ser o governo do povo, pelo povo e para o povo, segundo a sua melhor definição que nos foi dada por Abraham Lincoln; escravizarem-nos à tirania de políticos incapazes, desonestos, que produzem leis que os protegem e beneficiam, não ao povo. Considerando as graves consequências dos crimes praticados pelos próceres da política brasileira, devia tipificar-se tais atos como crimes de lesa-pátria. Deveria ser essa a primeira medida da reforma política, estancando a sangria da corrupção ou ao menos reduzindo-a a níveis menos vergonhosos. Nesse sentido já existe projeto de lei (nº 8.075/2014), de autoria do falecido ex-deputado federal Ricardo Izar. Na visão desse político

paulista, seriam também crimes de lesa-pátria “Oferecer ou aceitar vantagem manifestamente indevida, em benefício próprio ou de outrem, por agente político, funcionário, servidor, agente ou empregado público integrante de órgãos da administração direta, indireta, autárquica ou fundacional, lesivos ao patrimônio público, bem como às instituições democraticamente instituídas”. Não é tudo, e a pena não esborda o comum do Código Penal Brasileiro. Malgrado isso, só o fato dessa gente ser considerada traidora da Pátria já engrandeceria a autoestima nacional. Mas, vá esperar-se que um governo e um Parlamento coalhado de corruptos vá aprovar tal assepsia...


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JORGE MORAES Jornalista

Comendo pelas beiradas

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ão conheço outra forma de comer papa bem quente. Para não queimar a língua, só pelas beiradas, até deixar o meio esfriar. Faço a comparação para dizer que é como vejo, hoje, a política praticada pelo governador Renan Filho em relação ao seu provável adversário, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, se é que ele vai mesmo se decidir por uma candidatura ao governo do Estado, em 2018, abrindo mão de quase três anos que ainda teria pela frente na Prefeitura. Enquanto Rui Palmeira permanece calado quanto ao seu futuro político, em um silêncio quase sepulcral, dele e de seus principais assessores e conselheiros políticos, Renan Filho segue anunciando e inaugurando obras no reduto do prefeito - Maceió - e em todo As novidades não o estado, sem param por aí. Com a olhar a quem. O não ligação estreita entre governador faz conta em reo senador Renan lação a quem é Calheiros e o ex-pre- o prefeito, se de sidente Luiz Inácio seu partido - o PMDB - de aliaLula da Silva, logo, dos ou da oposilogo se junta nesse ção, inclusive do apoio a Renan Filho PSDB, partido Rui, sem neo Partido dos Traba- de cessidade de cilhadores. tar nomes. Se não bastasse tudo isso, o governador Renan Filho resolveu abrir outro campo de batalha: recruta novos aliados nas bases de Rui Palmeira. Primeiro foi Ronaldo Lessa e seu PDT, reforçado dos dissidentes do PSB de Kátia Born, insatisfeitos com chegada de João Henrique Caldas (JHC), desde as eleições municipais do ano passado. Mais recentemente, o governador fechou um acordo com o Partido Trabalhista Cristão (PTC), que tem como principal liderança no estado o senador Fernando Collor. O PTC desembarca no governo do Estado com a presidência da ex -prefeita Célia Rocha, de Arapiraca, que espera abrir caminho político

para Arnon de Mello, filho de Collor, candidato a deputado federal por seu partido. O PTC não tem tempo de televisão como o PDT, mas deverá ter uma boa densidade eleitoral pelos nomes que estão sendo convidados a formar no novo grupo. Tudo isso com a autorização de Daniel Tourinho, presidente nacional do partido, e a anuência de Paulo Memória, até bem pouco tempo presidente estadual. Não se sabe como vai ficar o PTC, ainda na estrutura da Prefeitura de Maceió. As novidades não param por aí. Com a ligação estreita entre o senador Renan Calheiros e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, logo, logo se junta nesse apoio a Renan Filho o Partido dos Trabalhadores, mesmo desgastado nacionalmente, por uma decisão expressa do Lula. O interlocutor do ex-presidente será o deputado federal Paulão, que até precisa dessa ajuda para tentar salvar um novo mandato, com essa decisão vinda de cima. Por tudo isso que está acontecendo, muita gente acha que Rui Palmeira está perdendo tempo com esse silêncio. Tem gente que gostaria de já estar percorrendo o estado, nem que fosse para receber abraços, tapinhas nas costas ou participar de festa de “bonecas”. Segundo se comenta a “boca miúda”, um título de cidadania em qualquer lugar vale um bom espaço na mídia e fortaleceria a imagem do prefeito que é pouco conhecido em alguns lugares. Hoje, politicamente falando, o prefeito de Maceió só conta com o PSDB, de quem recebeu, recentemente, carta branca do ex-governador Teotonio Vilela, que lavou as mãos para não ser acusado de estar atrapalhando o futuro do prefeito, que deverá conduzir o partido daqui para frente; do DEM, comandado no estado pelo secretário de Saúde de Maceió, José Thomaz Nono; do Partido Popular; e do Partido da República, do ministro Maurício Quintela, que já se declarou fechado com Rui Palmeira. Você acha que é pouco ou está de bom tamanho? Com a resposta o prefeito.

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ALARI ROMARIZ TORRES Aposentada da Assembleia Legislativa

Alguém está lá em cima...

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asci pobrezinha, qual ave no bosque/ Mas tenho uma estrela que Deus me guiou/ Eu tenho a estrela sublime de artista/ E nem por impérios tal estrela eu dou”. Versos do meu avô, poeta penedense Sabino Romariz, que morreu jovem, em 1913. Aí, eu me lembrei de uma menina loira, nascida em março de 1941, que teve excelente infância. Pais pobres, jovens apaixonados, tiveram oito filhos, criados num ambiente saudável e agradabilíssimo. Com 15 anos, a moça reencontrou um amigo de infância, num baile de Carnaval. No fim do ano com novo encontro no Natal, apaixonaram-se, namoraram longamente, casaram, tiveram quatro filhos e foram felizes para sempre. Os mistérios Saímos de casa e da vida são muinão sabemos se tos e temos a vamos retornar. A leve impressão violência, aliada à de que alguém lá de cima mexe os insegurança, vigora cordões de nosatualmente e os sa vida para um mais velhos, então, lado, para o ouvivem assustados. tro.Saímos de casa e não sabemos se vamos retornar. A violência, aliada à insegurança, vigora atualmente e os mais velhos, então, vivem assustados. Certo dia, a mulher, já passando dos 70, faz um levantamento de sua vida e verifica a sorte que teve em sua passagem pelo mundo de meu Deus. Resolve perguntar ao ser superior, em quem tanto acredita: Por que, mestre, tive a sorte de ser tão feliz? E ouve uma voz grave: “Minha filha, você não percebeu que existe um lado mau em sua vida? Você é aposentada do Poder Legislativo de Alagoas. Sua missão, querida, é longa e espinhosa. Vai lutar por seus mínimos direitos. Deve ajudar seus companheiros, perseguidos pelas peripécias de sucessivas Mesas Diretoras que por lá passam”. E a Velhinha das Alagoas acordou de um longo sonho! Felicidade com-

pleta não existe! Há sempre o lado ruim de nossa vida; sérios problemas surgidos pela maldade existente na cabeça de gestores inescrupulosos. Aí, liga uma filha: “Mãe, lembrou que dezembro está chegando e sua neta número 5 vai se formar no ITA? Lembre também que em novembro nascerá Laura, sua primeira bisneta. Cuide-se! Você não pode perder nada!” Volta o lado bom da vida e a idosa se recorda que ela e seu marido, ambos com 76 anos, estão lúcidos, administram sua casa, viajam juntos, cumprem suas obrigações. De repente, liga uma companheira inativa: “Alari, não recebi tal vantagem; cortaram meus proventos”. Outro pergunta: “Não recebi meu salário. Por que?” A cabeça da velhinha gira e ela vai procurar saber com as amigas sindicalistas o que está acontecendo. A quem ela deve se dirigir? Ao Poder Legislativo ou ao AL Previdência? É o lado ruim da vida que insiste em voltar! Daí, entendermos que nossa passagem pela terra é efêmera, dirigida lá de cima. Se vivemos bem ou mal não depende de nosso controle. Temos uma missão e devemos cumpri-la com firmeza. A Velhinha das Alagoas teve muita sorte no lado familiar, mas teve muito azar no lado funcional. Precisa ter forças para combater a maldade dos políticos. Eles só pensam em dividir o dinheiro público entre eles próprios. Vendo o exemplo das prisões e condenações de empresários, parlamentares e governadores pelo Brasil todo, a pobre idosa tem a esperança de que em Alagoas as autoridades punam os culpados. Os altos e baixos de nossas vidas nos levam a crer que dos céus vem o controle de nossas vidas. Quando temos sorte, vivemos bem, curtimos nossas famílias. Quando algo de mal acontece, precisamos administrar o problema. No meu caso, o lado bom superou o lado mau e vou caminhando até cumprir o destino que me coube. Como escreveu o meu avô Sabino Romariz, “nem por impérios tal estrela eu dou”. Deus existe. Não duvidem.


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Estamos chipados

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historiador israelense Yuval Noah Harari, em artigo na revista Veja, Adeus ao Livre Arbítrio, com tradução de Paulo Geiger, afirma que a cada dia ouvimos menos os nossos sentimentos. Que isso é coisa do passado. “Na Quando nós fornece- era do big data, mos nosso CPF para do Google e do Facebook, os que uma empresa algoritmos têm faça um Cartão Fideli- as respostas dade, prometendo que que procuramos – e deciaquilo dará pontos para descontos futu- dem por nós”. Lembra que ros, naquele momento durante milhaé como se fosse insta- res de anos a lado um chip em você. autoridade era advinda dos deuses, depois, já na era moderna, essa foi transferida gradualmente para as pessoas. Pensadores huma-

nistas como Rousseau (17121778) nos fizeram ver que os nossos próprios sentimentos e desejos eram a fonte definitiva dos significados e que nosso livre arbítrio era a mais alta de todas as autoridades. Nesse momento, uma nova mudança está ocorrendo. “Assim como a autoridade divina foi legitimada pelas mitologias religiosas, e a autoridade humana foi legitimada pelas ideologias humanistas, da mesma forma os gurus do high-tech e os profetas do Vale do Silício estão criando uma narrativa universal que legitima a autoridade de algoritmos e do big data (termo que designa a capacidade tecnológica de captar, organizar e interpretar, automaticamente, imensas quantidade de dados)”. Nada mais, nada menos, do que nos vem ocorrendo diariamente. Tudo e todos sabem dos

JOSÉ MAURÍCIO BREDA Economista

seus gostos, costumes, hábitos, a ponto de lhe conhecerem melhor que você mesmo. Além do Google, Facebook e outros afins, quando nós fornecemos nosso CPF para que uma empresa faça um Cartão Fidelidade, prometendo que aquilo dará pontos para descontos futuros, naquele momento é como se fosse instalado um chip em você. Mais, se a empresa não tiver porte para montar seu próprio banco de dados, isso será feito por outra especializada que deterá uma quantidade infinita de informações de milhares de clientes. Se se vai montar uma empresa, comprase um cadastro que contenha clientes com potencial para o ramo que se pretenda. No caso de farmácia, sabe-se quem é

hipertenso, diabético ou outra qualquer doença crônica. Uma moça que comprar um teste de gravidez, caso dê positivo, voltará para comprar um outro medicamento para seu estado. Charles Duhigg, em seu livro Poder do Hábito, Objetiva, relata que um pai viu chegar em sua casa uma oferta, de loja de departamentos nos Estados Unidos, de produtos para recém nascidos, em nome de sua filha. Foi ao estabelecimento reclamar pois sua filha era adolescente e ainda cursava o ensino médio. Recebeu as desculpas cabíveis mas, após alguns dias, telefonou desculpando-se pois, de fato, sua filha estava grávida. Definitivamente, os algoritimos estão prontos para assumir o controle.


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ECONOMIA EM PAUTA

Franquias em alta

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lagoas obteve crescimento de 13% no setor de franquias no primeiro semestre de 2017 comparado a 2016. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), no primeiro semestre de 2016 eram 228 redes e este ano são 257. O faturamento do setor chegou a R$ 621.576.912 no primeiro semestre desse ano contra R$ 549.815.543 em 2016.

Dívidas

Mais da metade da população alagoana está endividada. É o que revela a pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). Segundo os dados, 64,7% da população de Maceió é endividada, sendo a menor taxa de endividados desde abril deste ano e o menor nível de inadimplentes, desde janeiro.

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Bruno Fernandes – contato@obrunofernandes.com

Carteira

Embora Alagoas ainda possua 67% da população endividada, o estado é o terceiro no Brasil que mais abriu vagas de empregos em setembro. Foram 7.411 novas vagas, ficando atrás apenas de Pernambuco com 13.992 empregos com carteira assinada, e Santa Catarina 8.011. Conforme dados do Cadastro Geral de Empregado e Desempregado (Caged), o principal setor que garantiu essa posição foi indústria de transformação.

Conta digital

O Nubank, cartão totalmente digital e sem taxas, anunciou a criação da NuConta, serviço que irá permitir transferências em tempo real e sem custo para todos os bancos nacionais, pagamento de faturas e investimentos. A conta corrente gerenciada pela fintech nacional promete gerar lucro de até 3% a mais que os bancos comuns.


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Contribuintes ganham oportunidade de autorregularização

FISCO DE ALAGOAS PENDÊNCIAS PODEM SER CONSULTADAS ONLINE; CONDIÇÕES ESPECIAIS VÃO ATÉ 30 DE NOVEMBRO

TEXTO: ISABELLE MONTEIRO E DÉBORA VIEIRA

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Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz/AL) tem concedido diversas oportunidades aos contribuintes. Os empresários de Alagoas têm, desde a última terça-feira (24), a chance de consultar pela Internet o extrato de pendências com declarações, demonstrativos e outras obrigações acessórias, havendo a possibilidade de realizar também uma autorregularização das infrações tributárias. A novidade possibilita que o contribuinte fique em dia com as obrigações de tributos, antes de ser iniciado um procedimento fiscal. “Se em uma fiscalização for detectada alguma irregularidade, o contribuinte sofrerá multa, enquanto na autorregularização se pagará aquilo que está pendente”, enfatiza o secretário especial da Receita Estadual, Luiz Dias. A consulta online e o procedimento para se autorregularizar é simples, basta acessar o site da Sefaz – www.

sefaz.al.gov.br e clicar em um ícone chamado “Regularizese”. Posteriormente o usuário será redirecionado para o Portal do Contribuinte, onde fará o login com seus dados previamente já cadastrados no Fisco. MELHORES CONDIÇÕES Além desta conveniência ao empresariado do estado, a Sefaz está preparando o novo Programa de Recuperação Fiscal (Profis), no qual os contribuintes com débitos fiscais já constituídos também poderão se regularizar, mas desta vez com condições especiais de pagamento, no período de 1 a 30 de novembro. Após consultar os valores disponibilizados, o contribuinte poderá optar por pagar em uma única vez ou parcelar, ressaltando que entre os benefícios do Profis estão: o parcelamento de até 120 vezes, abatimentos de até 95% nas multas e desconto de até 80% nos juros. Ainda de acordo com o secretário da Receita Estadual, “é importante frisar que após adesão ao Profis 2017 na condição de parcelamento do valor, o contribuinte deve seguir o cronograma de pagamentos, de modo que não haja interrupção do mesmo. Pagando em dia o contribuinte não perderá as condições especiais do programa”, esclarece. Os benefícios do Profis 2017 também se estendem às empresas do Simples Nacional. De acordo com a gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae Alagoas, Renata Fonseca, “a Secretaria da Receita Federal vem aperfeiçoando seus mecanismos de fiscalização das empresas do Simples Nacional por meio do cruzamento de múltiplas fontes de dados e, com isso, várias empresas que apresentaram, na última malha fina, incon-

Contribuinte pode consultar pendências e se regularizar no portal da Secretaria da Fazenda

sistências de informações e/ou recolhimento menor do que o imposto devido, começaram a ser notificadas para regularização”. A gerente explica que, caso a regularização não seja efetivada, essas empresas serão automaticamente excluídas do Simples, o que significa dizer que terão que recolher, a partir de janeiro de 2018, mais impostos aos cofres públicos. “Portanto, aquelas empresas que foram notificadas devem procurar seus contadores para a simulação financeira, considerando as vantagens do Profis da Sefaz/AL”, justifica Renata. Acompanhe a simulação de De acordo com o secretário parcelamento para um valor de Fazenda George Santoro, hipotético de R$ 100.000,00: na última reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) foi aprovado um convênio estabelecendo que a realização de programas deste tipo será de no mínimo quatro anos e com condições mais restritivas. FIQUE ATENTO! Com a autorregularização não será necessário o compare-

cimento do empresário em unidade da Sefaz/AL, apresentação de documentos e nenhum tipo de intimação. Para o contribuinte que não concordar com as divergências expostas no site, o Fisco alagoano poderá examinar os casos, por meio de procedimentos de fiscalização específicos, implicando na perda dos benefícios da autorregularização.


MACEIÓ, ALAGOAS - 27 DE OUTUBRO A 02 DE NOVEMBRO DE 2017

ALTA RODA

Equinox equilibrado em tudo

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participação dos SUVs no mercado brasileiro subiu de 6,8% em 2012 para nada menos de 17,4% em 2017. Do alto desses números nenhum fabricante pode deixar de atacar com mais e mais produtos. Foi exatamente o que a GM fez. Para defender sua liderança fechou a lacuna existente entre o Tracker e Trailblazer ao decidir importar do México o médio Chevrolet Equinox em sua versão de topo, a Premier. Esse segmento inclui mais de 15 competidores, desde os nacionais Jeep Compass (este o líder em vendas destacado), Hyundai ix35 e New Tucson e até modelos mais caros da Volvo e Land Rover. No entanto, a marca americana mirou na faixa central de preço médio ponderado por vendas, que representa 50% do mercado. A primeira surpresa é justamente o preço único de R$ 149.900. Substitui com vantagem o descontinuado Captiva por oferecer nível de equipamentos bem superior. Mesmo isento de imposto de importação, seu preço parece subsidiado pelo fabricante. Para se ter ideia o mesmo modelo, com todos os opcionais, é vendido nos EUA por cerca de R$ 120.000 (em conversão direta). Com a carga fiscal muito maior no Brasil, preço

sugerido deveria superar R$ 160.000. Seu estilo atrai, mesmo sem ousadias. A cabine tem acabamento similar ao do Cruze, com o qual partilha arquitetura. Por isso, à exceção dos bancos de couro mais requintados, há plásticos duros em excesso, porém a “pobreza” para por aí. Oferece teto solar panorâmico com abertura até o banco de trás, controle de ruído via de cancelamento por ondas sonoras, duas memórias de regulagem elétrica do banco do motorista, vedação tripla das portas, central multimídia de oito pol. com Android Auto e Apple Car Play, além de carregamento de celulares (compatíveis) por indução. Tampa do porta-malas pode ser aberta ao passar o pé por baixo do para-choque. Apresenta um bom pacote de itens de segurança. Além de seis airbags e

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FERNANDO CALMON fernando@calmon.jor.br

assistência de frenagem de emergência, há alertas de colisão frontal, ponto cego, esquecimento de pessoas ou objetos no banco traseiro e de tráfego transversal ao dar ré. Interessante é o assoalho traseiro plano, apesar de vir com tração integral. Este sistema acionado por botão pode variar de 0 a

100% a distribuição de torque não só entre os eixos, como também entre os lados direito e esquerdo. Motor 2-litros turbo com injeção direta de gasolina entrega 262 cv, 37 kgfm e se integra de forma perfeita a um câmbio automático de nove marchas do tipo de dupla embreagem (primeiro desse tipo fabricado pela GM). Esse conjunto permite acelerar de 0 a 100 km/h em 7,6 s, mais rápido que a maioria dos concorrentes. A potência flui de forma contínua, com troca de marchas pouco perceptíveis. A 120 km/h, o motor quase sussurra a apenas 1.600 rpm. Por isso, o ótimo consumo anunciado de 10,1 km/l na estrada e 8,4 km/l na cidade. Direção e suspensões muito bem calibradas conseguem lidar bem com 1.693 kg de massa total e 4,65 m de comprimento. O Equinox, apesar de altura típica de um SUV, tem dirigibilidade próxima a de um automóvel. Pena o freio de estacionamento elétrico não ter acionamento automático nas paradas.

RODA VIVA n APESAR de nova rodada

de pressões das concessionárias Fiat para lançamento de um SUV de maior porte com base na picape Toro, está difícil a marca italiana ceder. Alega que no Grupo FCA cabe à Jeep os utilitários esporte e não haveria razão para dividir mercado com o Compass. Na Itália, porém, Jeep Renegade e Fiat 500 X saem da mesma linha de montagem.

n DURANTE Fórum Brasil-Alemanha de Mobilidade Elétrica, semana passada em São Paulo, afloraram novas dificuldades para implantação no país: custo alto das estações de recarga rápida (R$ 200.000), legislação para permitir “varejo” de abastecimento em eletropostos, falta

de padronização dos plugues de recarga e transição para veículos elétricos lenta demais. n DESTAQUE para o motor Booster Jet do Suzuki Vitara e sua integração com câmbio automático tradicional de seis marchas. Tratase de um 1,4-L turbo de 146 cv e 23,5 kgfm que assegura grande agilidade ao garantir relação peso-potência de 8 kg/cv. Pareamento de telefones via wi-fi é muito prático, sem fios para atrapalhar e ótima tela multimídia central de 10 pol. n PRIMEIRO Congresso Brasileiro do Mecânico, organizado pela Infini Mídia (revistas O Mecânico e Carro), em São Paulo, mostrou

público-alvo bastante interessado em novas tecnologias e de se aproximar do corpo técnico dos fabricantes de autopeças. Palestrantes abordaram todo o setor e houve até “desentendimentos” em certos aspectos mais polêmicos.

n INAUGURADO em São Paulo o Museu da Imprensa Automobilística (Miau), de responsabilidade do jornalista Marcos Rozen. Ambiente aconchegante e de muito cuidado com detalhes, inclusive

cafeteria temática, promove verdadeira viagem no tempo sobre a história do setor pelo lado da comunicação especializada. Entrada a R$ 15, por tempo limitado. Contato: miau. museu@gmail.com.


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JOSÉ ARNALDO LISBOA MARTINS Engenheiro Civil e diretor da empresa de pesquisas Dica’s lisboamartins@gmail.com

Fechem os hospitais e postos de saúde

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essa altura, é provável que já tenham tocado fogo e jogado no lixo algumas investigações, inquéritos, processos administrativos ou judiciais relativos a saúde do brasileiro e aos escândalos com o dinheiro da saúde. Será que já sabem quem as pessoas Pelo que vimos, em Ala- foram que enterraram, no goas e em todo o Brasil quintal, centenas está havendo uma fa- de medicamentos a lência generalizada do mando de uma autoridade da saúde? sistema de saúde e um Será que já sabem fenomenal desrespeito quem são as pesao ser humano, sempre soas implicadas na grande quantidade tratado como animal de vacinas e ounos hospitais e postos tros medicamentos comprados sem nede saúde. cessidade, só para darem propina aos laboratórios? Já descobriram quais foram os médi-

cos “especialistas” e os laboratórios que fizeram cirurgias de “araque”, sem que existissem pacientes? Será que eles já receberam os “propinados cheques” para distribuírem com as quadrilhas que já tomaram conta da saúde do País? Por que tantas vacinas sem nenhuma necessidade? Vocês não acham que já inventaram demais campanhas de vacinação, sem que haja motivo justo? E as pessoas implicadas nas mutretas vão ou não vão ser presas? E esses carros novos e importados, são de quem, hein? Nesta semana, foi divulgada uma matéria jornalística de televisão, bastante detalhada, sobre as situações de hospitais e postos de saúde de Alagoas. Foram ouvidas pessoas do setor de saúde, inclusive, secretários de Saúde do Estado e de municípios. Pelo que vimos, em Alagoas e em todo o Brasil está havendo uma

falência generalizada do sistema de saúde e um fenomenal desrespeito ao ser humano, sempre tratado como animal nos hospitais e postos de saúde. Deu pra ver que a culpa nem sempre é do governador, do prefeito e dos secretários de Saúde e sim do próprio povo que não se rebela contra as roubalheiras que têm acontecido nos últimos anos. Na reportagem da qual falei acima, nota-se que falta tudo nos hospitais e postos de saúde. Faltam médicos, leitos, fichas para atendimentos, medicamentos, aparelhos, funcionários, seringa, algodão, esparadrapo, padiola, etc. etc. É uma vergonha! Ora, o que o povo, rico ou pobre, mais precisa é de saúde. De nada adianta ser milionário sem ter saúde. Pra que serve ser bonito ou bonita, sem ter saúde? Para nós, não adiantam rodovias asfaltadas, ônibus

novos, apartamentos, carros sofisticados, casas de veraneio, viagens ao exterior e roupas luxuosas, sem ter saúde. Se é assim, por que os governos não cuidam, primeiramente, da saúde de todos, ricos ou pobres? Com o dinheiro que deveria ser para a saúde, o sr. Michel Temer está comprando os deputados e senadores. Que vergonha!!! Está faltando um Supremo Tribunal Federal para coibir as imoralidades e as improbidades administrativas. Pelo que estamos testemunhando, é muito melhor que fechem os hospitais e os postos de saúde, pois o que precisamos, agora, é de muitos cemitérios. Em tempo – O procurador de Estado, Dr. Gilberto Fôlha, é um dos melhores leitores dos meus artigos no EXTRA. Ao ilustre doutor, meus agradecimentos.


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ABCDO INTERIOR

robertobaiabarros@hotmail.com

Geração de renda

“Em tempos de crise, é necessário que busquemos alternativas para estimular essas categorias - que são a força econômica do nosso município. O ingresso ao programa de forma consciente e com todo o suporte técnico necessário, sem dúvida será sinônimo de mais desenvolvimento econômico e geração de renda”, destacou o gestor.

“Amigo é pra essas coisas”

O vereador Jário Barros (PRP) é um exemplo de como se deve tratar e beneficiar amigos ricos, com dinheiro público, é claro. Vamos aos fatos. O vereador simplesmente levou a maioria dos colegas da Câmara Municipal de Arapiraca a aprovar um requerimento pedindo ao governo municipal que construa, com dinheiro do povo, uma creche - pasmem!!!, no Condomínio Sierra Residencial, que é conhecido em todo interior alagoano por abrigar famílias endinheiradas e que, segundo o vereador Edvânio do Zé Baixinho, são proprietárias de helicópteros e carros possantes.

Pequeno detalhe

Detalhe: algumas dessas castas abastadas se tornaram conhecidas por acenderem churrasqueiras com notas de 100 dólares. Pois é. E o nobre “edil” quer pagar a conta com grana pública. Diga aí, tem jeito uma coisa dessas???!!!

Por onde anda?

Perguntar não ofende: por onde anda o todo poderoso ex-super-secretário Daniel Rocha, filho da ex-prefeita Célia Rocha, que outrora mandava, desmandava, mordia e assoprava nos quatro cantos do Centro Administrativo de Arapiraca? Alguns dizem que anda mais liso do que assoalho de cabaré de terceira categoria; outros falam que tem mais dinheiro do que o elétrico jogador Neymar. Povo fala demais.

Universidade do Agreste

Em depoimento a um jornal local, o prefeito de Arapiraca, Rogério Teófilo, disse que está elaborando um projeto para criar a Universidade do Agreste e do Sertão de Alagoas. Para isso, já mobilizou toda a bancada federal alagoana em Brasília, além do governo do Estado. Arapiraca possui, atualmente, 55 instituições de ensino superior.

Olho d´Água Grande

Na terça-feira (24), em solenidade realizada no Ginásio de Esportes, o prefeito Zé Adelson assinou o termo que celebra uma parceria entre a Prefeitura de Olho d´Água Grande e a Agência de Fomento de Alagoas - Desenvolve. Com este acordo, o município estará viabilizando crédito com maiores prazos e juros mais baixos para o empresariado, comerciantes e os pequenos produtores rurais.

Convênio

Durante a efetivação do convênio que contou com a presença da primeiradama, Patrícia Sandes, do vice-prefeito, Bento Luiz, do presidente da Câmara, vereador Roninho, do secretariado municipal e de diversos representantes do comércio e agricultura, o gerente de crédito da Desenvolve, Thiago Pires, apresentou a proposta do governo do Estado, que visa ajudar o crescimento das empresas e o desenvolvimento do comércio local, através de um processo desburocratizado, que oportuniza a aquisição do crédito para quem tem dificuldade de acesso aos meios convencionais e quer impulsionar os negócios.

Reforço do PSDB

O vice-prefeito de Traipu, Silvino Cavalcante, é o mais novo reforço do PSDB em Alagoas. Sua filiação foi oficializada na segunda-feira, 23, em Maceió, pelo presidente estadual do partido, o ex-senador Teotonio Vilela Filho. Para o presidente Teotonio Vilela Filho, é fundamental o ingresso do vice-prefeito de Traipu no partido tucano. “Para nós do PSDB, é uma honra ter um nome como o seu, Cavalcante, ingressando em nosso partido”, disse Vilela, afirmando, ainda, que o mais novo filiado é bem-vindo ao PSDB.

Foi incentivado

Em seu discurso, Cavalcante explicou que decidiu mudar de partido depois do convite e incentivo do amigo Eduardo Tavares, prefeito de Traipu. “EduardoTavares está sendo um grande exemplo em gestão pública para Traipu e para todo o estado. Estou confiante de que inicio uma fase de mudanças boas na minha vida pública”, disse.

Estavam presentes

A solenidade de filiação partidária contou com a presença do prefeito de Traipu, Eduardo Tavares, principal força política do município. Também prestigiaram o ato de filiação o secretário Municipal de Articulação Política e presidente do PSDB em Traipu, José Afonso Freitas Melro, o secretário Segurança Pública, coronel Pinheiro, e o secretário de Viação e Obras, Genivaldo Rosa. “Acredito que Traipu só tem a ganhar com a vinda de Cavalcante para o PSDB. Ficamos mais fortes, Cavalcante é muito habilidoso e tem liderança”, disse o prefeito Eduardo Tavares.

Biografia

Cavalcante iniciou sua vida pública em Traipu em 2000, quando foi eleito vereador e também presidente da Câmara Municipal. Ele passou ainda por mais dois mandatos como vereador, sendo eleito vice-prefeito na chapa do prefeito Eduardo Tavares.

PELO INTERIOR ... Um pouco da história de Arapiraca: desde o período da sua emancipação, em 1924, tornou-se conhecida como a “terra da prosperidade”. ... O título faz referência ao seu desenvolvimento econômico e social, através da produção agrícola, sendo ela baseada na agricultura do tipo familiar. ... Ao longo dos seus 93 anos de história, o município passou por alterações significativas nas atividades agrícolas predominantes, atravessando por processos com alternâncias do auge ao declínio, com substituição de culturas e, consequentemente, obrigando o município a ampliar ou adotar novas alternativas de fortalecimento da economia. ... Historicamente, a estrutura fundiária arapiraquense é baseada em pequenas propriedades. Inicialmente, com des-

taque para a produção da mandioca, seguida pela cultura do fumo. ... A fumicultura foi responsável pela consolidação de Arapiraca, em meados da década de 1980, como cidade polo regional, sendo considerada a de maior crescimento, desenvolvimento e importância do interior alagoano, fato intimamente relacionado ao grande potencial econômico da cultura fumageira. ... Já na década de 90, com a crise acentuada na cadeia produtiva do fumo, o município é impulsionado a buscar outros meios capazes de suprir os efeitos da decadência dessa monocultura. Assim, nasce um novo polo, dessa vez, com base na produção das hortaliças ... E com o objetivo de incentivar a diversificação de culturas no municí-

pio, Arapiraca desenvolveu o projeto Cinturão Verde, implantado em 2003. Daquele ano até os dias de hoje, o setor avançou. E o negócio, apesar de já estabelecido, ainda é visto como promissor. ... Segundo dados da Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente, o polo de produção de plantio irrigado de hortaliças abastece o mercado alagoano e o de mais cinco estados nordestinos, chegando a movimentar valor superior a 50 milhões de reais por ano. ... Com destaque para a exportação de mudas de hortaliças. ... A todos, desejamos um fim de semana cheio de paz e saúde. E quanto aos desafetos, o “quinto dos infernos” os aguarda. Até a próxima edição. Fui!!!


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Tarcizo Freire

O aniversário de uma cidade é muito mais do que um marco na vida de cada cidadão. É uma página que viramos para conquistar novos sonhos, novas realizações e continuar reescrevendo a história. Feliz aniversário, Arapiraca!


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