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ELEIÇÕES 2018 - JOÃO CALDAS ENTRA NA DISPUTA POR UMA VAGA DE SENADOR

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MACEIÓ - ALAGOAS ANO XIX - Nº 971 - 11 A 17 DE MAIO DE 2018

A VOLTA DA MUSA

Thereza Collor defende mais espaço político para mulheres

R 3,00

TSE TERÁ FORÇA-TAREFA PARA BARRAR CANDIDATO

A J U S A H FIC

Em Alagoas, MP recorre para manter inelegibilidade de Arthur Lira, Cícero Almeida e outros taturanas P/5

PODEMOS LANÇA RICHARD MANSO NA BRIGA PELO CARGO DE GOVERNADOR

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BARRA DE SÃO MIGUEL

Empresário acusa vereadora de coação após denúncia ao MP

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PENTE-FINO

CLÁUDIA PETUBA

INSS convoca mais de 5 mil alagoanos para revisão da pensão por invalidez

Secretária de Esporte é acusada de boicotar entidade

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MACEIÓ, ALAGOAS - 11 A 17 DE MAIO DE 2018

A culpa é do eleitor

“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”

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- Quando se discute a questão da corrupção no Brasil – nas ruas e nos debates acadêmicos –, a culpa é sempre do eleitor, que não sabe escolher seus políticos.

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- Seja por desconhecimento, interesses pessoais, ou pela simples venda do voto, o eleitor é visto como principal responsável pela desgraça de eleger políticos corruptos.

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- Mas já é hora de parar como essa história de usar o eleitor como bode expiatório para tudo que é de ruim no sistema eleitoral brasileiro.

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- As instituições precisam fazer o mea-culpa e assumir parte da responsabilidade pela melhoria da qualidade de nossos representantes nas casas legislativas.

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- Fruto da mobilização de várias entidades que mobilizaram mais de 1,5 milhão de brasileiros, a Lei da Ficha Limpa é um desses instrumentos que pode extirpar da vida pública políticos condenados por corrupção.

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- Quando a Justiça libera a candidatura de fichas-sujas, não só incentiva a corrupção como dificulta o eleitor na missão de melhor escolher seus candidatos.

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- Não à toa, o juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro, advertiu esta semana que o sonho de alguns acusados é levar os processos para a Justiça Eleitoral, que não tem estrutura para julgar crimes de corrupção.

Tô nem aí

Tida como favas contadas, a eleição de Cristiano Matheus é um exemplo vivo de que o Brasil precisa de uma reforma política, urgente. Denunciado em várias ações penais pelo MP, o ex-prefeito de Marechal Deodoro deve se eleger deputado estadual e até concluir o novo mandato sem ser incomodado pela Justiça. Aí o eleitor se pergunta: é esta Alagoas que queremos?

Sertão produtivo

Pernambuco está investindo em tecnologia para transformar o semiárido em produtor de alimentos vegetais, peixe e captação pluvial através de um sistema agrovoltaico a partir da energia solar. Os pesquisadores dizem ser possível “plantar água”, “comer Caatinga” e “irrigá-la como o sol”.

(Millôr Fernandes)

COLUNA SURURU DA REDAÇÃO

A conta do etanol

O litro do etanol hidratado em Alagoas sai da usina por R$ 1,80 e chega ao consumidor por R$ 3,62. Entre a destilaria e a bomba o preço do produto sobe 23% de ICMS (maior do País, empatado com Pernambuco) mais 41% de lucro das distribuidoras, que atuam como atravessadores, mais o lucro do posto. Fosse vendido direto das usinas para os postos, como querem os produtores – sem atravessador e já com o lucro do posto -, o litro do etanol chegaria ao consumidor em torno de R$ 2,20. Fora os atravessadores.

Paraíso socialista

Entrevistado no Roda Viva, da TV Cultura, o pré-candidato a presidente da República, Guilherme Castro Boulos prometeu transformar o Brasil num paraíso socialista. Para tanto, pretende – se eleito – acabar com os ricos, decretar o fim da pobreza e da desigualdade social no País. Indagado sobre qual país, no mundo, o socialismo deu certo, o sr. Guilherme Castro – que não se perca pelo nome – citou Cuba e Venezuela, onde segundo ele, não existe desigualdade social. Esqueceu de lembrar que lá todos são iguais na pobreza, exceto seus comandantes socialistas. Guilherme Castro - que o jornalista Reinaldo Azevedo classifica como o João Pedro Stedile urbano, tal o seu currículo de 15 anos de invasões ilegais em São Paulo, se aproveita do conturbado momento em que vive o Brasil para vender sua doutrina comunista de governo. Nunca é demais lembrar o alerta feito pela primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, de que o socialismo só dá certo até acabar o dinheiro dos outros.

Nova casta

E viva o PT

O PT de Alagoas realizou um congresso estadual para oficializar sua aliança com Renan Filho e Renan-pai. Ao anunciar a aliança eleitoreira, o líder dos petistas, Ricardo Barbosa, justificou assim a decisão: “É preciso somar forças para conter o avanço de forças fascistas”. Ah, bom!

Deu no Radar

“Na corrida pelo Senado, a luta do ex-ministro Maurício Quintella é pelo segundo voto. E no que depender de Renan Calheiros, seu companheiro de chapa, ele será bem-sucedido na missão. Sempre que pode, o emedebista tem pedido votos para Quintella como segunda opção. Quem deve estar preocupado com isso é o senador Benedito de Lira, real adversário do ex-ministro”. (Maurício Lima)

Fábricas de diplomas

O MEC está investigando várias faculdades que atuam no Sertão de Alagoas como verdadeiras fábricas de diplomas. São empresas legalizadas em outros estados, mas que estão ilegais em Alagoas, operando sem autorização do MEC. Os diplomas expedidos por estes biombos não têm validade.

Motorista do Tribunal de Justiça da Bahia, Lindenilson Leal de Almeida se aposentou no último dia 3 de maio. Nada de anormal não fosse sua aposentadoria de marajá de quase R$ 25 mil por mês. Para chegar a esses proventos, o servidor somou seu salário básico de R$ 5.682,67 a vários penduricalhos, como R$ 5.434,43 de vantagem pessoal, R$ 4.483,95 de reposição salarial, R$ 5,899,75 de adicional noturno, R$ 1.063,51 de eficiência no trabalho, R$ 98,91 de abono permanente, mais R$ 2.045,75 de ATS, seja lá o que isto signifique. Tudo somado dá um total de R$ 24.708,97. E não pense que é só na Bahia, não. E viva a reforma da Previdência que pretende nivelar por baixo todos os trabalhadores celetistas a mísero salário mínimo.

Só indulto salva Lula

O STF não vai julgar este ano nenhuma das ações sobre a prisão dos condenados em segunda instância. Foi o que disse à Reuters uma fonte do STF com conhecimento direto do assunto. O Antagonista já havia publicado que Dias Toffoli, futuro presidente do Supremo, recusava-se a pautar a questão. Só um indulto poderá tirar Lula da cadeia. (Diogo Mainard)

Drama na fronteira

“Mais obscena que a omissão do Governo no caso dos refugiados venezuelanos, só a mudez cafajeste dos comparsas de Hugo Chávez e Nicolás Maduro homiziados no PT e seus satélites. Eles agora fazem de conta que a Venezuela – em estado avançado de putrefação - fica no Polo Norte”. (Jornalista Augusto Nunes)

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MACEIÓ, ALAGOAS - 11 A 17 DE MAIO DE 2018

JORGE OLIVEIRA

Drogas na campanha Brasília - A reforma política que deu poderes aos presidentes de partidos para que eles distribuam bilhões de reais durante a campanha deste ano será responsável, provavelmente, por um grande desvio de dinheiro público semelhante aos escândalos dos últimos anos. Ao transformar esses donos de legendas em coronéis financeiros, a legislação permite que eles selecionem os candidatos que devem receber suas cotas para gastar na campanha à sua melhor conveniência. Os que se sentirem prejudicados certamente vão entrar na Justiça e o R$ 1,7 bilhão do fundo eleitoral pode ser suspenso interrompendo campanhas em alguns estados. A ideia da criação do fundo era evitar que empresas participassem com dinheiro lícito ou ilícito nas campanhas, depois da descoberta da maior rede de corrupção do país com a geração do caixa dois por meio de contratos fraudulentos das empreiteiras com as empresas públicas. Pois bem, a nova lei, agora, deixa nas mãos dos presidentes dos partidos, muitos envolvidos na Lava Jato, a divisão do dinheiro para cada candidato nos estados. Abre-se, assim, é claro, uma janela para fabricação de notas fiscais frias e outros artifícios para justificar a saída desses recursos bilionários para centenas de candidatos no país. Ora, se o Congresso legislou para moralizar as eleições, na prática, a realidade é outra. Ninguém sabe – nem advogados especializados – como será feito o rateio dessa fortuna na campanha. Até o momento, os candidatos majoritários, principalmente, desconhecem como vão fazer suas campanhas e como devem receber suas cotas, o que impede que eles contratem produtoras, marqueteiros, gráficas

e montem a infraestrutura da campanha. Ganha quem apostar que esta será a eleição mais fraudada da história se os tribunais não forem vigilantes com a distribuição desse fundão. O mais grave, porém, são os buracos na legislação que dão margem à corrupção e o desvio de recursos do fundo eleitoral. Candidatos medíocres, os porcas urnas, aqueles de pouca importância – ou nenhuma - numa coligação partidária, vão ressurgir nas eleições. Muitos aparecem nessas horas

para extorquir empresários. Outros, mais habilidosos, apresentam-se como laranjas. Existem, no entanto, aqueles que estão no mandato e vão apelar para se reeleger. Preteridos na distribuição da cota, vão correr atrás do dinheiro fácil. Políticos experientes, com quem conversei, alertam que esse dinheiro invisível poderá vir do tráfico de drogas. Dizem que, a exemplo do surgimento das bancadas dos evangélicos e dos ruralistas no Congresso Nacional, os traficantes também se preparam para ocupar espaço na política e formar seus ninhos no Congresso financiando candidatos. Em doses homeopáticas isso já vem ocorrendo. No Rio, a deputada federal Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson, e o deputado estadual Marcus Vinicius (PTB), respondem a processo por associação ao tráfico, depois da descoberta de que traficantes do bairro de Cavalcanti ajudaram a elegê-los.

arapiraca@yahoo.com Siga-me: @jorgearapiraca

Infiltração

Diante de tanta dificuldade é que muitos candidatos admitem que o dinheiro sujo das drogas vai, sim, financiar a campanha de muitos políticos, principalmente no Rio e nos estados que fazem fronteira com países que abrigam os mais notórios narcotraficantes, como a Bolívia, Colômbia, Peru e Paraguai.

Cautela

As drogas

Ora, não é difícil supor que candidatos sem acesso ao fundo eleitoral recorram ao dinheiro fácil da droga para bancar suas campanhas, já que o caixa dois – se existir – estará muito vigiado e alguns desses políticos vão preferir o dinheiro “não contabilizado” para financiar suas campanhas. O Brasil, na América do Sul, não seria o único país com uma bancada financiada pelo narcotráfico. É bom lembrar que na Colômbia até o chefão Pablo Escobar representou a sua turma na Câmara dos Deputados eleito legitimamente pelo voto popular.

Facções

Portanto, não seria de se estranhar que o narcotráfico e as facções criminosas, que agem dentro dos presídios, comandassem ações aqui fora para criar uma base política de defesa de seus interesses no Congresso Nacional. No comércio das drogas, o Brasil não está tão longe dos cartéis colombianos.

Ignorância

O mais impressionante é que os próprios políticos que elaboraram a lei do Fundo Eleitoral desconhecem todos os seus artigos, o que mostra que muitos deles votam sem saber o que estão votando no Senado e na Câmara. Dizem desconhecer, inclusive, como os presidentes dos partidos vão distribuir o dinheiro para as campanhas.

Alarme

Há possibilidade também desse dinheiro do fundão não ser distribuído devido a burocracia que será criada para a liberação dos recursos. Se isso ocorrer, muitos candidatos ficam impossibilitados de manter a campanha por não honrar seus compromissos.

Os políticos veteranos – aqueles de várias campanhas – estão cautelosos. Não querem se expor e vão evitar o caixa dois depois da prisão do Lula. Confessam que a justiça eleitoral está mais rigorosa e que a prisão do ex-presidente deixa muitos deles com as barbas de molho, pois aconteceu o que eles jamais imaginariam: a prisão de Lula por corrupção.

O Zé

Zé Dirceu tem feito encontros de despedida no seu apartamento com velhos amigos. Sabe que ainda este mês será recolhido ao presídio para cumprir a pena de 30 anos confirmada em segunda instância. Seus convidados ouvem que ele está preparado para viver boa parte na cadeia. Lamenta apenas ter que se separar da filha de 8 anos no momento, segundo ele, em que a menina mais vai precisar do pai.

Hábitos

Mesmo com os bens indisponíveis – alguns já foram a leilão – Zé não perde os bons hábitos. Recebe os amigos sempre com vinhos portuguesas de uvas selecionadas. Gosta de dissertar sobre cada um que serve à mesa. O ex-ministro de Lula não está tão duro assim, pois recebia mesadas em dinheiro vivo, segundo apurou a Polícia Federal. Portanto, ainda tem uma boa reserva para apreciar vinhos especiais da região do Douro.

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MACEIÓ, ALAGOAS - 11 A 17 DE MAIO DE 2018

Marx: recua ou não?

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m dos lances mais curiosos que deve ser finalizado nos próximos dias, é se realmente Marx Beltrão, traído pelos Calheiros, vai mesmo ser candidato ao Senado por uma terceira via. Ou vai capitular ante o poderio do governo e abdicar da tão sonhada candidatura ao Senado Federal? Marx, cuja família sempre foi fiel a Renan Calheiros, se vê agora numa encruzilhada. Ele perdeu a preferência de ser o companheiro de Renan na chapa majoritária para o Senado e assim mesmo se tem especulado que ele continuará firme com a dupla de pai e filho nas eleições de outubro. É uma equação difícil de se entender, já que Maurício Quintella tomou o seu lugar ao lado de Renan Calheiros. Quem conhece bem a família Beltrão acha que, dificilmente, haverá casamento de jacaré com cobra d’ água e que Marx dá já o troco à família Calheiros, o que seria apenas uma questão de tempo. Por enquanto o ex-ministro dos Transportes ainda permanece atrelado ao Palácio dos Martírios com a indicação de dois secretários de Estado, mesmo sem grande influência política, mas logo a situação terá que ser resolvida. Nos bastidores, pessoas ligadas ao patriarca, João Beltrão, apostam que esse samba não vai terminar bem e um racha na família está para acontecer a qualquer momento, devido a proximidade de parentes de Beltrão com o governador Renan Filho. O momento é de expectativa e apreensão, pois Marx Beltrão rachando politicamente com Renan pai e Renan Filho, certamente criará obstáculos na região sul do estado para os dois nas próximas eleições.

Alguém duvidava? Lucidez O PT se reuniu na semana passada para decidir exatamente o que estava decidido. Ou seja, uma aliança com o MDB do senador Renan Calheiros e do governador Renan Filho. Não foi perda de tempo? Claro que foi. Quem manda no PT em Alagoas é mesmo Renan Calheiros, que tem defendido abertamente o ex-presidente Lula e que abraçou uma possível candidatura sua à Presidência da República nas próximas eleições, se não continuar preso.

Arrependimento

Se arrependimento matasse, Ronaldo Lessa já estaria morto. Insistindo numa candidatura a deputado federal para ser coordenador de campanha de Renan Calheiros, ele perde a oportunidade de ganhar uma das duas vagas para o Senado.

Escanteio

Todo mundo sabe que pesquisas feitas para consumo interno pelo senador Renan Calheiros como candidato ao Senado indicaram que o eleitor que vota no Ronaldo não votaria no Renan como segundo voto. Sabendo disso, o Renan se apressou em tirar Ronaldo Lessa do páreo oferecendo uma função invisível de coordenador de campanha, escanteando ele de vez.

O que o senador Renan não conta é que Ronaldo Lessa é um político inteligente, tem muita estrada, sabe enfrentar campanha com pouco dinheiro e tem conhecimento de que seu nome é disparado um dos primeiros pontuados para o Senado, caso ele decida sair candidato.

Indecisão

Todos compreendem o dilema do deputado Ronaldo Lessa de ficar em dúvida se disputa ou não o Senado, mesmo sabendo que as pesquisas indicam ele como favorito. O deputado sabe, também, que as circunstâncias raramente se repetem e as atuais são muito favoráveis à candidatura dele ao Senado.

Surpresa

Se Ronaldo Lessa decidir ser candidato ao Senado será um balde de água fria na candidatura de Maurício Quintella, que sempre foi ajudado por Lessa. Amigos de Ronaldo acham uma profunda ingratidão do ex-ministro dos Transportes porque, quem acompanhou a trajetória de Lessa, sabe que ele sempre prestigiou Maurício e o pai dele, José Márcio Lessa.

Engasgado

Alguns amigos mais próximos de Ronaldo Lessa confidenciaram que ele nunca engoliu a iniciativa do ex-ministro para disputar o Senado e ainda mais trocar o Lessa pelo Quintella. Dizia o ex-presidente Collor que o tempo é o senhor da razão.

GABRIEL MOUSINHO gabrielmousinho@bol.com.br

Desserviço da Eletrobras

Essa Eletrobras de Alagoas é mesmo uma comédia. Além de cobrar faturas duvidosas de seus usuários, ainda permite que o consumidor receba ameaça do Serasa para que figure na lista dos maus pagadores. É por isso e pelo péssimo serviço prestado à população que ela deve ser privatizada o quanto antes. Faria um grande bem aos alagoanos.

Nocaute Comarhp em alta

O administrador Alan Balbino, presidente da Comarhp e do seu Conselho de Administração, tem superado as expectativas com relação ao órgão, que era um dos mais endividados do município de Maceió. Em pouco tempo colocou rigorosamente em dia os compromissos trabalhistas, previdenciários e tributários, além de haver diminuído o prejuízo líquido do exercício de mais de R$ 1 milhão e 300 mil para apenas R$ 34 mil, conforme balanço publicado no Diário Oficial.

Comarhp em alta 2

A instituição ainda tem proporcionado atualização profissional dos servidores das extintas Cobel e Emturna, através de capacitações, e valorização do pessoal da casa, atendendo ainda com qualidade as necessidades de mão de obra especializada nas secretarias da Administração Direta e Indireta da Prefeitura de Maceió. Neste 17 anos, revelou Alan Balbino, este é o melhor momento da companhia. Valeu!

Roubo a bancos

O que é mesmo o que tem a ver roubos de bancos no estado de Alagoas com as eleições de outubro? Todo o ano é a mesma coisa, mas até agora a polícia não chegou a conclusão nenhuma. O que pode acontecer é uma grande coincidência, mas enquanto não se esclarecem os fatos, a dúvida continua. Os assaltos a bancos têm mesmo alguma relação com candidaturas em outubro?

Sem humildade

Ali, onde está sendo construído o viaduto da Polícia Rodoviária Federal, uma placa se destaca: “Mais uma obra do governo de Alagoas”. Seria mais prudente e interessante se o governo do Estado reconhecesse que pelo menos 90% dos recursos são de origem do governo federal.

Embora tudo possa acontecer nesse país, o ex-prefeito de Rio Largo, Toninho Lins, acusado de desviar recursos do município de Rio Largo, recebeu nova paulada da Justiça. Na última terça-feira foi condenado pelo TJ em 17 anos de cadeia. Somados a outros, Toninho vai demorar muito para sair detrás das grades

Dois pesos 1

A secretária de Esportes, Cláudia Petuba, deixou de lado o bom senso e a ética ao tomar partido em favor da Asssociação dos Cronistas Desportivos de Alagoas – ACDA – contra reivindicações de outra entidade esportiva, a ACEA, num claro desrespeito ao direito amplo de todos. Petuba precisa entender que o Estádio Rei Pelé não é uma praça de esportes sua e atender reivindicações justas e legítimas é o mínimo que ela deveria fazer para honrar o cargo que ocupa.

Dois pesos 2

Ao negar um espaço na Tribuna de Imprensa para abrigar jornalistas e radialistas da Associação dos Cronistas Esportivos de Alagoas para exercer as suas atividades em defesa do esporte alagoano, Petuba fere o princípio da igualdade e demonstra estar legislando em causa própria, já recebeu, recentemente, um título de sócia-benemérita da ACDA e tornando-se assim madrinha da associação.

Dois pesos 3

Ao receber a contragosto dirigentes da ACEA que foram solicitar espaços democráticos no Rei Pelé, a secretária mostrou-se arredia para atender justos pedidos e encerrou a reunião ameaçando a comissão eleita para representar os mais de 100 associados da agremiação. É lamentável que uma militante do PC do B adote tal procedimento, que parece em desacordo com o que é recomendado pelo governador do Estado. A ACEA, secretária, não se curvará aos seus caprichos, pois o Estádio Rei Pelé não é sua propriedade particular, mas sim de todos os alagoanos e de todas as instituições esportivas.


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TSE garante barrar fichas-sujas

ELEIÇÕES 2018 NOVO RECURSO DO MP TENTA IMPEDIR CANDIDATURAS DE ARTHUR LIRA E CÍCERO ALMEIDA VERA ALVES veralvess@gmail.com

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andidatos fichas-sujas não terão vez nas eleições de outubro. Ao menos é o que garante o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, ao assinalar que políticos com condenação e considerados inelegíveis não devem sequer tentar o registro de candidatura. “Para esta eleição o TSE está bem aparelhado. Temos hoje uma força-tarefa dividida em três frentes de inteligência - Polícia Federal, Ministério Público Federal e Abin (Agência Brasileira de Inteligência) – e temos a imprensa, porque a imprensa é a primeira a saber das notícias, sabe das notícias verdadeiras e quando a notícia é falsa”, afirmou o ministro em entrevista ao jornalista Roberto d’Avila exibida na noite do último domingo (6) pela Globonews. Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Fux vai estar no comando da Justiça Eleitoral até 15 de agosto, último dia para o registro de candidaturas para o pleito de outubro e é enfá-

tico em afirmar que o fichasuja não pode se registrar. “A elegibilidade se afere no momento da candidatura. Se o candidato não preenche os requisitos da Lei da Ficha Limpa, ele não pode se registrar”, afirma. O presidente do TSE faz ainda uma advertência, a de que o ficha-suja não pode provocar o registro de candidatura para se tornar um candidato sub judice: “O candidato sub judice é aquele que no momento do registro da candidatura não teve ainda seu processo julgado. Quem já teve seu processo julgado e já foi considerado ficha-suja não pode se registrar”. Luiz Fux também criticou a concessão de liminares a políticos enquadrados na Lei Complementar 135/2010, a Lei da Ficha

TSE não permitirá registro de fichas-sujas, garante Luiz Fux; medida atinge Cícero Almeida e Arthur Lira

Limpa, assinalando que a Justiça Eleitoral vai atuar no combate sistemático à vulgarização de liminares. “O uso epidêmico de liminares acaba permitindo o registro de candidaturas fichas-sujas e é contra isto que vamos atuar”, frisou. TATURANAS As declarações do presidente do TSE são um balde de água fria na pretensão dos políticos alagoanos que tiveram a inelegibilidade suspensa no início de abril, os taturanas, como ficaram conhecidos os condenados pelo desvio de recursos na Assembleia Legislativa. O esquema foi desmantelado em 2007 pela Polícia Federal na Operação Taturana, já tendo sido condenados em segunda

instância nove deputados e ex-deputados que no período de 2003 a 2006 utilizaram de recurso públicos – a verba de gabinete – para o pagamento de empréstimos pessoais contraídos junto ao Banco Rural. A instituição também foi condenada. Inscritos no Cadastro Nacional de Condenações Cíveis por Atos de Improbidade e Inelegibilidade, os deputados federais Arthur Lira, Cícero Almeida e Paulão, o deputado estadual licenciado João Beltrão, o conselheiro afastado do Tribunal de Contas Cícero Amélio e os ex-deputados estaduais Manoel Gomes de Barros Filho, José Adalberto Cavalcante Silva e Maria José Pereira Viana estão inelegíveis até 28 de novem-

bro de 2026. Ainda assim, os dois primeiros insistem em disputar as eleições de outubro e para isto contam com a decisão do vice-presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, o desembargador Celyrio Adamastor, que no início de abril suspendeu os efeitos de suas condenações e da de Cícero Amélio. A Procuradoria Geral de Justiça de Alagoas entrou com reclamação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) alegando usurpação da competência da Corte superior, mas o ministro Og Fernandes negou seguimento ao recurso. Na última terça, 8, o Ministério Público Estadual entrou com embargos de declaração com o objetivo de que seja mantida a inelegibilidade dos condenados.


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Podemos define Richard Manso para enfrentar Renan Filho

ELEIÇÕES 2018 RODRIGO CUNHA ESCOLHE IR PARA A DISPUTA POR UMA VAGA DO SENADO

JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.com

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disputa ao governo de Alagoas começa aos poucos a tomar forma. Novos nomes surgem dispostos a competir contra o governador Renan Filho (MDB), que tenta a reeleição. Nesta semana, o Podemos fez questão de anunciar seu pré-candidato, o jurista Richard Manso, 53. Enquanto isso, o PSDB, que apostava no deputado estadual Rodrigo Cunha para o embate contra o filho do senador Renan Calheiros, terá que definir outro nome. O Podemos aposta suas fichas em Manso, um advogado autor de diversas ações, entre as quais a que questionam as famosas Letras Podres do Tesouro Estadual, a dívida pública do Estado e a indenização das construtoras que construíram o Fórum de Maceió, conseguindo recuperar mais de R$ 800 mil para o Judiciário. Manso ainda acrescenta sua luta contra os repasses

Expectativa ontem era pelo anúncio de Cunha para o governo

irregulares do duodécimo da Assembleia Legislativa (ALE) e do Tribunal de Contas (TCE), bem como a privatização da Eletrobras, uma batalha que já dura mais de 20 anos. O Podemos também já anunciou alguns pré-candidatos para deputado federal e estadual. A chapa para a ALE ainda está em formação, mas para a Câmara Federal contará com a advogada Rachel Cabus e Álvaro Vasconcelos, presidente do partido. Para Senado, o também advogado Omar Coêlho assume a disputa. Segundo Coêlho, que é vice-presidente do partido, o jurista é uma novidade na política de Alagoas e “tem os requisitos necessários para render bons frutos”. “Ele representa o que o Podemos

tanto anseia para a sociedade. É um homem ético e que tem muito a oferecer”. Aos 53 anos, casado e pai de dois filhos, Richard Manso é pós-graduado em Direito Processual pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Também é doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad del Museo Social Argentino. Exerce o cargo de analista Especializado em Direito no Tribunal de Justiça (TJ -AL), nomeado por concurso público. Já o deputado estadual Rodrigo Cunha anunciou ontem à noite sua pré-candidatura ao Senado. Com sua postura analítica sobre a ALE, Cunha fez uma forte oposição a Renan Filho na Casa de Tavares Bastos e era tido como o

Podemos decide lançar o jurista Richard Manso na disputa pelo governo

nome mais forte do PSDB após desistência do prefeito Rui Palmeira de enfrentar a campanha ao governo estadual. Alagoano de Arapiraca, o filho de Ceci Cunha é formado em Direito pela Ufal, com pós-graduação em Gestão Pública, Gestão empresarial e Direito do Consumidor. Assumiu a Superintendência do Procon Alagoas em 2008 onde atuou por seis anos. Lá desenvolveu um trabalho que virou referência nacional. O dia ontem foi de expectativa no meio político diante da possibilidade de RodrigoCunha ser anunciado como o pré-candidato tucano para o embate com Renan Filho, o que não se confirmou. Em carta aberta aos alagoanos, o deputado tucano justificou sua opção em dis-

putar uma vaga de senador depois de haver ouvido a opinião dos alagoanos em diversas cidades. “Hoje tenho a convicção de que os alagoanos esperam de mim coragem para enfrentar o que há de mais superado e atrasado na política de nosso estado”, diz trecho da carta. DEMAIS PRÉ-CANDIDATOS Além de Richard Manso, os nomes do professor e doutor em Direito Basile Christopoulos (Psol) e do engenheiro Josan Leite (PSL) também estão sendo colocados no páreo para as eleições a governador de Alagoas. Leite chegou a disputar uma vaga na Câmara Municipal de Maceió em 2016.


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João Caldas entra na disputa por uma vaga no Senado

ENTREVISTA

“BIU E RENAN CALHEIROS JÁ ESTÃO EM CAMPANHA INFRINGINDO LEIS”, DIZ

JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.com

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m nome conhecido da política alagoana ressurge para disputa ao Senado. Há alguns anos afastado dos holofotes, abrindo espaço para o filho João Henrique Caldas, o JHC, o ex-deputado federal João Caldas (PSC) está determinado a entrar na briga pela vaga mais disputada das eleições alagoanas. Para ele, o cargo de senador tem a capacidade de abrir uma discussão nacional de assuntos importantes, desde a aprovação de projetos de lei a escolhas de ministros do Supremo e outros cargos de relevância nacional. “Diferentemente do deputado federal, o mandato é de oito anos. Tempo suficiente para se criar e colocar em prática um projeto de ação para o estado e para o país neste mundo globalizado que exige dos políticos”, declarou. Questionado sobre o trabalho dos atuais senadores, como Fernando Collor (PTC), Benedito de Lira (PP) e Renan Calheiros (MDB), ele foi categórico. “Não fizeram nada. Temos os piores índices de analfabetismo, violência e desemprego. Não foi realizado

nada para o desenvolvimento de Alagoas. Perdemos diversos empreendimentos, como o estaleiro, em uma época em que Renan Calheiros era presidente do Senado e Aldo Rebelo da Câmara”. João Caldas afirmou ainda que os atuais políticos querem se denominar como os “detentores da porta da esperança”. “Querem um povo sem instrução e totalmente dependente deles (dos políticos). Querem que o povo esteja em suas portas, pedindo as coisas. Não pensam na evolução da sociedade”. Para Caldas, a “sorte” do povo alagoano são as belezas naturais que atraem investimento, mas que ao mesmo tempo fica refém apenas do turismo. “O estado sobrevive da economia do próprio povo e não de investimento do governo local”. Mas para ele a situação pode mudar nas eleições deste ano. Isso porque, diante dos escândalos da Operação Lava Jato, João Caldas considera que o eleitor está mais esperto. “Com a chegada da internet, tudo está nas mãos das pessoas. As pessoas terão o poder de fazer escolhas, mas em Alagoas sempre se subestima a população”. Ele ainda espera que a Polícia

João Caldas critica atuação dos atuais senadores de Alagoas

Federal e o Ministério Público Eleitoral trabalhem com mais intensidade no pleito de 2018. “Se quiser pegar quem vende voto, pega todos. Irei colocar esse debate durante minha campanha”. Para ser senador, disse que primeiro precisa ter independência para não cair na armadilha da compra de decisões em votações. “Meus mandatos não dependeram de ninguém. Foram sempre a favor do povo. Se o governo for bom, vamos apoiar, se for

ruim vamos ser oposição”. Para este ano, a disputa ao Senado será mais concorrida do que ao governo do Estado e o pré-candidato está de olho nos demais concorrentes. “Tenho pesquisas que mostram que 70% do eleitorado alagoano ainda não sabe em quem votar ao Senado. Não tem nomes certos. Benedito de Lira e Renan já estão usando a mídia e cometendo todos os crimes eleitorais. Festas nos munícipios estão servindo de palanques. Estão usando dinheiro do povo para isso”.

Apesar de ter um filho deputado federal, João Caldas quis deixar claro que não irá se apoiar no trabalho de seu herdeiro. “O JHC tem os projetos dele. É um grande deputado, elogiado pelos congressistas. Fez um bom mandato e está bem avaliado. Ele é ele e eu não vou misturar campanhas. Tenho as minhas posições, outro perfil”. Para João Caldas, a mídia terá um papel importante nas eleições. “Estado e governo pagam os veículos com dinheiro do povo e ainda fazem censuras. Meu filho, por exemplo, não sai em um certo jornal. Precisamos de uma imprensa livre. Em outros estados existe essa liberdade. E aqui só temos as mídias sociais para abrir esse debate. Vou reabrir meu Facebook para voltar a me comunicar com as pessoas”. E para o político, o jogo ainda nem começou. “Acredito que fatos novos irão acontecer em Alagoas, como um novo nome para concorrer contra o atual governador. Vão ser duas chapas, três ou quatro. As convenções começam em julho, você ainda tem maio e junho, que não vai acontecer nada. Tudo na política acontece de última hora. Cada fato novo terá uma nova repercussão”.


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Thereza Collor critica corrupção e apoia Lava Jato

MUSA DO IMPEACHMENT Reprodução Rede TV

EMPRESÁRIA E SOCIALITE DIZ QUE 1992 NÃO DEVE SER ESQUECIDO PARA NÃO SE REPETIR ERROS

MARIA SALÉSIA Com Rede TV sallesia@hotmail.com

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estida de preto, com echarpe e adereços azul turquesa e com sorriso largo no rosto, a musa do impeachment Maria Thereza Pereira de Lyra Collor de Mello Halbreich arrancou aplausos e elogios durante entrevista na terça-feira, 8, ao programa Luciana By Night, na Rede TV. O encontro não foi direcionado para a política atual, mas Thereza aproveitou para elogiar a Operação Lava Jato e o combate à corrupção e assinalou a importância de uma maior participação feminina na vida política do País. Durante entrevista, a empresária e socialite falou da coragem do então marido, Pedro Collor de Mello, em denunciar esquema de corrupção que desencadeou no impeachment do presidente da República Fernando Collor de Mello em 1992. Relembrou ainda que o irmão de Collor nunca sentiu remorso e nem se arrependeu de ter delatado o esquema e nunca voltou atrás de sua decisão. O riso tomou conta da plateia quando Thereza revelou que Pedro também nunca precisou tomar remédio para dormir por conta disso. “A consciência dele era tranquila porque ele fez tudo o que podia”, revelou. Quanto à ruptura na família, foi enfática em afirmar que

Thereza Collor durante entrevista a Luciana Gimenez fala dos bastidores do impeachment, viagens, família e atualidade

“foi dificílimo, deu uma quebrada geral. (…) Dona Leda (mãe de Pedro e Fernando Collor) já estava muito cansada de tudo o que estava acontecendo e ela mesma achava que o Fernando não estava preparado para ser presidente”, revelou. E naquele cenário político turbulento a vida sentimental do casal Thereza e Pedro também não ia nada bem. Porém, com o episódio da delação, ele ficou sozinho e ela o acolheu. “Decidi deixar de lado um problema pessoal por um problema que era da nação”, disse, ao acrescentar que tudo aquilo era incerto. “Não sabíamos no que aquilo ia dar porque naquele momento, depois de uma ditadura, um presidente jovem, eleito por voto popular, você jamais imagina que ele vá cair”. Considerada musa do impeachment, com elogio por todos os lados de suas pernas torneadas e estampar várias capas de revistas da época, Thereza Collor não demonstrou ostentação pelo título. “O país numa situação gravíssima, com um

assunto delicado, era uma coisa que não tinha nada a ver. Falaram muito, fiquei lisonjeada, mas foi gratificante ver um artigo que o Luís Fernando Veríssimo publicou no Jornal do Brasil, dizendo que a história do impeachment seria rodapé de página da minha história, porque eu era muito mais do que isso, e ele não me conhecia”, relembrou durante a entrevista. Pedro Collor morreu precocemente. Mas a ruptura entre os irmãos não teve volta. Thereza relembra que após as denúncias os irmãos não voltaram nunca mais a se falar. “Nem mesmo com a descoberta da doença”. Viúva e com dois filhos (Fernando e Victor) para cuidar, Thereza arregaçou as mangas, trabalhou, estudou, viajou e se tornou “uma pessoa humanista”. Casada há 18 anos com o empresário Gustavo Halbreich, Thereza falou da desigualdade existente no Brasil e sente-se feliz com o acolhimento da população. “Sinto que há um carinho, um respeito muito grande

das pessoas. Acho que se deve à postura de toda uma vida”. Thereza Collor sempre gostou de viajar. Para se ter uma ideia, sua festa de debutante foi substituída por uma viagem ao Irã, Turquia, Egito e Grécia, isso aos 14 anos de idade. “Costumo viajar duas vezes por ano para países como Indonésia, Turcomenistão, Índia, Papua NovaGuiné e Mongólia”, contou. E foi pegando carona neste hobby que a apresentadora do Luciana By Night aproveitou para mostrar momentos marcantes da convidada durante viagens pelo mundo afora, inclusive de sua terra, Alagoas. À medida que as fotos eram exibidas, Thereza comentava e colocava legenda exibindo fotos tiradas nas viagens. O bate papo foi descontraído e Thereza confirmou que 26 anos após ser considerada “musa do impeachment” ainda é confundida como ex-esposa de Fernando Collor, porém, pelos mais jovens. Ao ser questionada porque continua usando o sobrenome Collor, se limitou a dizer

que “é o nome que eu fiquei conhecida. Acho digno continuar com ele”. Um fato que chamou a atenção e causou estranheza durante a entrevista foi a afirmação de Tereza de que só teria conhecido a avó materna aos 13 anos, devido proibição do pai. Sendo que só foi possível devido sua “ousadia” em descobrir onde ficava a casa da avó e resolver bater a sua porta. Luciana Gimenez apresentou ainda algumas frases marcantes que a entrevistada teria falado em entrevista à imprensa. Na dinâmica, ela teria que comentar. Espontânea, admitiu que foi convidada a disputar uma vaga no Senado nas últimas eleições para concorrer com o ex-cunhado Fernando Collor de Mello, mas não aceitou porque não queria mais um embate.

PERSONAGENS DO IMPEACHMENT FERNANDO COLLOR Absolvido criminalmente pelo Supremo Tribunal Federal em 1994. Em 2006, foi eleito senador – cargo que ocupa até hoje – representando o estado de Alagoas. PEDRO COLLOR Morreu com 42 anos, em 1994, vítima de um câncer cerebral. A mãe, Leda, sofreu um AVC durante o auge da crise e ficou três anos em coma, até morrer, em fevereiro de 1995, dois meses após a morte do filho Pedro. PC FARIAS Tesoureiro da campanha que elegeu Fernando Collor presidente, foi condenado por sonegação fiscal, falsidade ideológica e outros crimes. Em 1996, em liberdade condicional, foi achado morto com a namorada – ambos baleados – em circunstâncias misteriosas.


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TEOTÔNIO VILELA

GOVERNO ASSINA ORDEM DE SERVIÇO PARA CONSTRUÇÃO DE CISP TIPO II Equipamento deve ficar pronto no prazo de 180 dias

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ssinatura da ordem de serviço para construção do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) tipo II, entrega de tratores, ambulâncias e de sementes. Essas foram as atividades desenvolvidas pelo governo do Estado em Teotônio Vilela. Parte das ações também beneficia o município de Junqueiro. A solenidade foi realizada na manhã desta quinta-feira, 10, no Complexo Educacional de Tempo Integral de Teotônio Vilela. O governador Renan Filho e o secretário de Estado da Segurança Pública (SSP), Lima Júnior, assinaram a ordem de serviço para a instalação do Cisp tipo II que será construído em Teotônio Vilela com prazo de conclusão de 180 dias. “O Cisp tipo II significa multiplicar por quatro o efetivo da Polícia Militar, dobrar o efetivo da Polícia Civil; significa novas viaturas, novos equipamentos, novos armamentos, mais presença nas ruas, além do aumento da capacidade de investigação. Significa, portanto, menos violência e mais segurança para as pessoas”, avaliou Renan Filho. Serão investidos R$ 8,4 milhões na instalação do Cisp, recursos do Tesouro Estadual. Teotônio Vilela é o segundo município alagoano a ter a ordem de serviço assinada para a construção de um Centro Integrado do tipo II; o primeiro foi Pilar, no início desta semana. Em seu discurso, o prefeito de Junqueiro, Carlos Augusto Lima, garantiu que o Cisp já instalado na cidade que administra é, de fato, um equipamento eficaz contra a violência. “O Cisp é uma realidade, o Cisp funciona, o Cisp não é um faz de conta”, enfatizou o prefeito de Junqueiro. Na oportunidade, o prefeito de Teotônio Vilela, João José Pereira Filho, o Joãozinho Pereira, fez, durante discurso, um apelo ao governador e ao secretário de Estado da Saúde para que a gestão estadual colabore para a abertura do Centro Cirúrgico do Hospital Municipal. “Teremos uma reunião para decisivamente resolver essa questão, porque reabrir o Centro Cirúrgico de Teotônio Vilela é dar mais condições ao município de resolver aqui mesmo os seus problemas na área da saúde. Vamos destinar recursos para isso”, garantiu Renan Filho. Também acompanhou as atividades do governo do Estado em Teotônio Vilela a deputada estadual Jó Pereira. (Agência Alagoas)

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Ex-prefeito desviou R$ 8,5 milhões do Fundef

CORRUPÇÃO EM CANAPI ENALDO VIEIRA CONTINUOU FARRA COM DINHEIRO PÚBLICO INICIADA POR CELSO LUIZ

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JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.com

Celso Luiz Tenório Brandão (MDB) fez escola na cidade de Canapi. Condenado por desviar R$ 17 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), seu sucessor continuou com o crime. Genaldo Vieira (PTdoB), que era o vice-prefeito, assumiu o Executivo do município em 2016, após afastamento de Brandão. Segundo a Polícia Federal, Vieira teria torrado cerca de R$ 8,6 milhões em menos de uma semana. A coincidência é que o dinheiro sumiu entre os dias 26 e 29 de dezembro daquele ano. A agilidade seria para não sobrar nenhuma verba para o prefeito eleito, Vinicius Jose Mariano de Lima (DEM), que assumiria a Prefeitura no dia 1º de janeiro de 2017. Nesta quinta-feira, 10, a PF realizou a Operação Canapi para cumprir onze mandados de busca e apreensão e ordens

Segundo o delegado Antônio Carvalho (E), um palhaço foi feito de laranja para o desvio de dinheiro; agentes estiveram em residências e empresas

de sequestro (apreensões de veículos que teriam sido adquiridos com dinheiro roubado). Além de Canapi, a ação aconteceu em Delmiro Gouveia, Tanque d’Arca, Marechal Deodoro e em Maceió. O ex-prefeito, um advogado e um ex-secretário vão ter de pagar fiança de R$ 10 mil a R$ 100 mil. Os três já foram notificados e têm 24 horas para quitar os valores. Segundo o delegado Antônio Carvalho, o golpe de Genaldo Vieira, também conhecido como Vieira do Povão, era mais elaborado do que o cometido por Celso Luiz. “O do outro prefeito (Celso Luiz), o esquema era feito a partir de depósitos em contas de pessoas físicas. No caso do Genaldo, todos os

beneficiados eram pessoas jurídicas”, informou o delegado. As empresas investigadas são a Sonibrás, Cláudia Soares Pedrosa Ltda, JL de Macedo Neto Ltda e a KAP Locações e Serviços. Esta última foi a que mais chamou atenção dos investigadores. Acostumada a fazer contratos com valores pequenos, de uma hora para outra conseguiu firmar um acordo que envolvendo R$ 4,2 milhões. “Um dos diretores da empresa disse que o esquema teria sido intermediado por Rodrigo Alapenha, que era genro do ex-prefeito de Delmiro Gouveia, Lula Cabeleira”, informou o delegado. Alapenha foi morto a tiros dentro do próprio carro em um trecho da Avenida Antô-

nio José da Costa, na cidade do Sertão de Alagoas. O crime aconteceu no dia 11 de agosto de 2017. A KAP Locações e Serviços teria sido contratada para o transporte escolar no município. “Um serviço contratado por outras prefeituras por R$ 300 mil mensais”, contou. O esquema ainda destinou R$ 440.000 à empresa Cláudia Soares Pedro para a compra de cestas básicas. Um dos proprietários informou que as cestas eram adquiridas de outra empresa, a Maceió Peixaria, que trabalha com

animações de festas na capital, e teria sido usada como laranja no esquema. O dono, que é palhaço em festas, ficou surpreso ao ser questionado pelos policiais federais, que descartaram sua participação nas negociatas. No inquérito policial também foram investigadas fraudes na prestação de serviços de limpeza de fossas, reparo de telhados, aquisição de alimentos e recuperação de estradas vicinais. As empresas recebiam por serviços que sequer ofereciam na cidade.


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Cronistas esportivos criticam Cláudia Petuba

IMPASSE

SECRETÁRIA DE ESPORTE É ACUSADA DE BOICOTAR ENTIDADE de volta que a porta receba novamente o adesivo da entidade, para que ela submetesse a decisão sobre o pedido ao presidente da ACDA, o que foi de pronto rechaçado pelos profissionais presentes, causando um mal estar muito grande, encerrando a reunião em um clima desagradável de confronto entre as partes, Selaj e ACEA. Insatisfeitos com a posição da secretária em tomar partido pela outra entidade, os dirigentes da ACEA retiraram da porta de entrada da Tribuna de Imprensa o adesivo com o nome da outra entidade, sendo, em seguida, ameaçados pela secretária Cláudia Petuba se assim procedessem. Com a palavra o governador Renan Filho, que, com certeza, não comunga com esse tipo de comportamento da secretária.

ASCOM/ACEA

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sta semana, dirigentes da Associação dos Cronistas Esportivos de Alagoas (ACEA) se reuniram com a secretária de Esporte, Lazer e Juventude do Estado (Selaj), Cláudia Petuba, juntamente com alguns de seus assessores, para tratar de assuntos ligados à entidade de classe, que é constituída por jornalistas e radialistas profissionais, criada depois de uma dissidência nacional da ABRACE, com o surgimento da Associação dos Cronistas Esportivos do Brasil (ACEB). Em Alagoas, a outra entidade – Associação dos Cronistas Desportivos de Alagoas (ACDA) – fez a opção de permanecer filiada à ABRACE, oportunizando, assim, que fosse instituída a ACEA no estado, hoje com dois anos de atuação, fundada no dia 25 de fevereiro de 2016, com registro no Cartório do 4º Ofício (Lumar Machado), com CNPJ, certificado digital; conta bancária; registro na própria Selaj, a secretaria comandada por Cláudia Petuba, e reconhecimento pela Federação Alagoana de Futebol; Confederação Brasileira de Futebol e a AIPS – Associação Internacional de Jornalistas Esportivos. No entanto, essa entidade, com quase 100 associados, não vem recebendo da parte da secretária o mesmo respeito que recebe de todas essas entidades citadas. Por ter recebido, recentemente o título de sócia benemérita da ACDA, a secretária vem tomando partido em favor da outra entidade, inclusive assinando um documento de cessão para gestão da área destinada aos cronistas esportivos – conhecida como Tribuna de Imprensa -, onde estão localizadas as cabines de rádio, em detrimento da ACEA ter

Jornalistas e radialistas ligados à ACEA acusam Cláudia Petuba de desrespeitar a entidade

os mesmos direitos de assumir esse compromisso. “Segundo a secretária, esse convênio foi assinado em 2015, quando ainda não existia a ACEA, mas que é renovado anualmente. Portanto, caberia a ela convocar a nossa associação, cadastrada na Selaj desde 2017 para administrar os interesses comuns as duas entidades, e não tomar partido por uma delas. Não conhecendo a história da ACEA e dos profissionais associados, é como se não tivesse respeito algum pela entidade. Não acredito que o governador Renan Filho possa concordar com esse tipo de administrar uma repartição do seu governo. Acho ele uma pessoa muito justa e não pode continuar sendo enganado pela secretária”, afirmou o presidente da ACEA, jor-

nalista Jorge Moraes. PLEITOS NEGADOS A ACEA fez três reivindicações à Selaj e nenhuma delas foi atendida pela secretária Cláudia Petuba. Primeiro, a liberação de uma sala para instalação da entidade no Estádio Rei Pelé. Ela alegou que existe uma ordem cronológica de pedidos e o da ACEA é o de número dez. Depois, também não atendeu o pedido de um espaço provisório no setor da Tribuna de Imprensa, que ela cedeu para a ACDA e que não podia liberar. Por fim, ela dificultou o pedido desse espaço, quando disse que são necessárias certidões da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, do Crea/AL e da Vigilância Sanitária para poder autorizar. A secretária não de-

monstrou nenhum interesse em ajudar. Por fim, a secretária Cláudia Petuba desmentiu a informação de que teria autorizado a retirada de um adesivo na porta de entrada para a Tribunal de Imprensa do estádio. Palavras da secretária: “Não mandei, nem ninguém da nossa equipe mandou fazer isso”. Perguntada se o pessoal que estava fazendo a pintura nas paredes e portas do setor não teria feito isso, a resposta foi de que a ACDA é quem está fazendo essa manutenção e ela não teria como informar se foram eles. “Deixou para todos nós uma grande dúvida”, afirmou o vice-presidente da ACEA, Ronaldo da Paz. Ao final da reunião, a secretária Petuba pediu um documento da ACEA solicitando

OUTRO LADO

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rocurada pelo EXTRA, a secretária Claudia Petuba enviou nota, via Assessoria de Comunicação, na qual alegou que não pode interferir ou opinar sobre as disputas políticas entre as entidades que representam a categoria de jornalistas e radialistas esportivos em Alagoas. Declarou, ainda, que a Tribuna de Imprensa do Estádio Rei Pelé é administrada pela Associação dos Cronistas Desportivos de Alagoas (ACDA). E acrescentou que a atual gestão da Selaj fez um “Termo de Cessão e Uso de Bem Imóvel do Estádio” para regulamentação das entidades instaladas no órgão, incluindo a ACDA.


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Empresário acusa vereadora de coação

BARRA DE SÃO MIGUEL LUZIANE PAULINO NEGA E DIZ SER VÍTIMA DE PERSEGUIÇÃO BRUNO FERNANDES Estagiário sob supervisão da Redação

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m empresário da Barra de São Miguel denunciar estar sendo coagido por uma vereadora devido a uma cobrança de fiscalização realizada pelo mesmo junto ao Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE-AL). Segundo ele, o pedido para que o órgão realize uma vistoria dos gastos da Câmara de Vereadores da cidade gerou revolta da parlamentar. Segundo Edvaldo Lins de Mendonça Junior, membro do Conselho Municipal de Saúde e autor do pedido, a vereadora Luziane Paulino (PRP), eleita em 2016 e natural de Marechal Deodoro, o acompanhou até a delegacia para que o nome dela fosse retirado da petição feita ao MPE. “Estou parando meu serviço para ir a delegacia por uma coisa que estou cobrando como cidadão”, afirmou. A suspeita de irregularidades na Câmara, segundo ele, surgiu quando a maioria dos vereadores passaram a utilizar o valor máximo mensal disposto aos parlamentares, sendo que nenhum possui gabinete. Na justificativa do pedido de fiscalização, Junior explicou que os vereadores estão usando dinheiro público para gastos pessoais como combustível, alimentação entre outras coisas. Vale lembrar que em 2017, o município foi um dos vários do interior de alagoas que alegou crise financeira, mas que mesmo assim este ano realizou festas de Carnaval em parceria com o governo estadual. Antes disso, no começo deste ano, o MPE expediu recomendação para que não fosse realizada festas carnavalescas ou pré-

Luziane Paulino teria obrigado Edvaldo Junior a comparecer a delegacia

carnavalescas no ano de 2018. “Em tempos de crise econômica e financeira é exigida a adoção de medidas de austeridade, que destine despesas para gastos em situações onde o interesse público prevaleça”, destaca trecho da recomendação. O documento enviado em 22 de setembro de 2017 para a Promotoria de Justiça do Ministério Público, questiona os gastos da Câmara diante dos problemas que a atual administração está enfrentando como folha de pagamento em atraso e falta de medicação. “Diante desse momento de fatalidades e consequências em que passa o nosso município, o dinheiro público dos impostos pagos pelos cidadãos está sendo direcionado para necessidades de uso próprio, onde poderiam ser usados para a compra de ambulância, merenda escolar e medicações”, diz o oficio de Junior, no qual pede a fiscalização. Ainda de acordo com o autor, a Câmara já foi acionada para esclarecer os gastos, porém, não houve retorno da solicitação. Ainda segundo o empresário, ele tem recebido avisos de familiares e amigos sobre os

riscos de denunciar a vereadora. “Eles me avisaram para ter cuidado com quem estou mexendo porque, ao que parece, ela é esposa de um delegado”. A vereadora é esposa do delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira.

Documento protocolado pelo empresário no Ministério Público

Luziane Paulino rebate acusações Procurada pelo EXTRA, Luziane Paulino negou todas as acusações feitas pelo empresário e disse que tudo não passa de perseguição. Conforme ela, houve um Boletim de Ocorrência no mês de janeiro contra Edvaldo Junior porque o empresário teria feito alguns comentários acusando a mesma de ter deixado de efetuar o pagamento de uma nota fiscal de medicamentos quando era secretária de Saúde em 2013. “Ele disse que eu deixei a gestão por deixar de ter feito os pagamentos, então eu fui a delegacia e fiz o BO”, declarou. Ainda segundo a vereadora, a difamação continuou em março, quando o empresário postou em alguns grupos de WhatsApp uma matéria falsa, supostamente publicada pelo portal Gazetaweb com o título: Vereadora Luziane ameaça servidores da barra e lota Câmara com policiais para se proteger. Ao clicar no link enviado, é direcionado para outra matéria. “Eu fui até a delegacia e o denunciei pelo crime de difamação e danos morais”, disse. Luziane nega ainda que tenha acompanhado o empresário até a delegacia pelo motivo narrado por ele.


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Pilar ganha Cisp e reforma em mirante Segurança e turismo vão ser incrementados com novos investimentos

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oi assinada na terça-feira, 8, a ordem de serviço para a construção do primeiro Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) do tipo II pelo governador Renan Filho e o secretário de Estado da Segurança Pública, Lima Júnior. A cidade de Pilar foi a primeira contemplada. Os próximos municípios a receberem os Centros Integrados do tipo II serão Teotônio Vilela, Coruripe, Rio Largo e Atalaia. “Os Cisps do tipo II são para cidades com mais de 50 mil habitantes ou que estão na região metropolitana de Maceió”, explicou o secretário Lima Júnior ao EXTRA. E segundo Renan Filho, “a construção deste centro é para dar maior atenção e efetivo elevado para combater a violência”. Serão investidos R$ 8,4 milhões no Cisp do Pilar. Os recursos são do Tesouro Estadual e o prédio deve ficar pronto em 180 dias. “O Cisp tipo II tem uma estrutura quatro vezes maior do que a do Cisp tipo I. E isso vai trazer um grande resultado “, observou Lima Júnior. Até o momento, Alagoas conta com 12 Cisps em funcionamento, todos do tipo I, nos municípios de Boca da Mata, Murici, São José da Tapera, São José da Laje, Girau do Ponciano, Ouro Branco, Cajueiro,

Viçosa, Junqueiro, São Luiz do Quitunde, Igaci e Pão de Açúcar. Ainda estão em construção os Cisps de São Miguel dos Milagres, Lagoa da Canoa, Campo Alegre, São Sebastião, Major Izidoro e Mata Grande. Conforme o prefeito do município, Renato Filho, “vamos conseguir, com esse novo equipamento, reduzir a violência no Pilar e trazer para a população mais segurança”. TURISMO RELIGIOSO Outra ordem de serviço foi assinada durante a solenidade no Pilar, desta vez pelo governador e o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rafael Brito, com objetivo de dar início às obras de construção do Mirante do Santo Cruzeiro.

A obra tem conclusão prevista para dezembro deste ano e conta com o investimento de R$ 2,3 milhões, sendo R$ 1,8 milhão destinado pelo Governo do Estado, através da Sedetur. A Prefeitura Municipal do Pilar cedeu o terreno e adquiriu esculturas em barro produzidas pelo artesão João das Alagoas, que simbolizam a Via Sacra. “É muito importante que seja colocado que estamos vivenciando o centenário do Mirante do Cruzeiro. Em 1918 os padres Jesuítas colocaram aqui no Pilar esse marco, que é símbolo de devoção e peregrinação. Agora, Pilar passa a contar com uma infraestrutura que permite ampliar esse turismo religioso para receber melhor as pessoas”, explicou Rafael Brito.

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A ameaça DE GOLPE Cultiva-se silêncio sobre a quantidade de brasileiros simpáticos a uma saída autoritária. Mas falar dessa assombração é o melhor antídoto para espantá-la

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POR J.R. GUZZO

esponda com franqueza, por favor: se amanhã ou depois o ministro Gilmar Mendes, por exemplo, fosse despejado do seu gabinete no Supremo Tribunal Federal por um terceiro-sargento do Exército, enfiado num camburão verde-oliva e entregue na penitenciária da Papuda por ordem do alto-comando das Forças Armadas, quantas lágrimas você derramaria por ele? Esqueça as lágrimas. Você, ao menos, diria alguma coisa, qualquer coisa, contra a prisão do ministro? Ou, ao contrário,

acharia muito benfeito o que lhe aconteceu? Só mais uma coisa: entre Gilmar Mendes (ou Toffoli, ou Lewandowski, ou Marco Aurélio etc.) e o general que mandou todos para o xadrez, depois de evacuar o prédio e passar a chave no STF, você ficaria ao lado de quem? Para completar o exercício, basta somar ao Supremo o Congresso Nacional inteirinho, com seus 513 deputados e 81 senadores, os 27 governadores e mais os milhares de reizinhos, sem concurso público e sem competência, nomeados para mandar na máquina pública — onde se dedicam a roubar o Erário, para si e para os chefes, e a infernizar a

sua vida. Se as Forças Armadas assumissem o governo, fechassem o Congresso e demitissem essa gente toda, de preferência mandando a maioria para o xadrez, tente calcular quantos brasileiros ficariam a favor dela e quantos ficariam a favor dos militares. Chegue então às suas conclusões. Intervenção militar, golpe militar, regime militar, ditadura militar — francamente, quem gosta de falar abertamente dessas coisas? É preciso ficar contra, é claro — e ficar contra agora pode vir a ser um belo problema depois, se a casa acabar caindo um dia. É verdade que o cidadão que tem algum tipo de interesse em política já não sente maiores incômodos em tocar no assunto, principalmente se não tem mais paciência com o lixo que as mais altas autoridades da República produzem sem parar e depositam todos os dias à sua porta. Não chega a ser uma surpresa fenomenal, assim, que um número cada vez maior de cida-

dãos esteja começando a achar que seria uma boa ideia se os militares assumissem de novo o governo do Brasil para fazer uma limpeza em regra na estrebaria que é hoje a vida pública do país. Mas, entre os políticos, nos meios de comunicação, nas classes intelectuais e em outros lugares onde as pessoas supostamente “entendem” dessas coisas, é um assunto que se trata como um porco-espinho — com extremo cuidado. É melhor não ficar comentando em voz alta, dizem. Não é o momento, não é o caso, não “se trabalha com esse cenário”. É como falar mal do defunto no velório, na frente do caixão. Tudo bem. Mas não é assobiando que se espanta a assombração. Nem fazendo cara de preocupado em programas de televisão ou escrevendo artigos para solicitar aos militares, por favor, que respeitem rigorosamente a Constituição, as instituições e os monstros que ambas criaram e hoje estão soltos por aí. É preciso muito mais do que isso.

“Intervenção militar, regime militar, ditadura militar — francamente, quem gosta de falar abertamente dessas coisas? É preciso ficar contra, é claro”

E gar, que e assom que para sileir inter que o pergu respo indic dedu da po va de rolan supre


Está complicado, em primeiro luar, porque muita gente nem acha ue essa assombração é mesmo uma ssombração — ao contrário, acha ue é a equipe de resgate chegando ara salvar os feridos. Quantos braileiros, hoje, seriam a favor de uma ntervenção militar? É pouco provável ue os institutos de pesquisa façam a ergunta, porque têm medo de ouvir a esposta — mas eis aí, justamente, um ndicador muito interessante. Dá para eduzir, por ele, que uma grande parte a população receberia com uma sala de palmas as imagens de tanques olando nas ruas e políticos, ministros upremos e empreiteiros de obras atro-

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pelando-se uns aos outros para fugir pela porta dos fundos. Em segundo lugar, está complicado porque democracias só ficam de pé se são vistas como um bem importante e compreensível pela maioria da população — e se há um número suficiente de cidadãos dispostos, de verdade, a brigar por sua manutenção. Muito bem: quantos brasileiros acham que estão sendo realmente beneficiados, em sua vida cotidiana, por essa democracia que veem desfilar à sua frente no noticiário de cada dia? E quantos topariam sair à rua para defender, por exemplo, o mandato dos senadores Romero Jucá, Renan Calheiros ou Jader Barbalho? O fato, que não vai embora por mais que se queira fazer de conta que “as instituições estão funcionando”, é que praticamente ninguém, no mundo político, merece o mínimo respeito do cidadão hoje em dia. Honestamente: alguém seria capaz de dizer o contrário? Se os encarregados de manter o regime democrático em funcionamento se desmoralizam todos os dias, e desprezam abertamente as regras da democracia com a sua conduta criminosa, fica difícil supor que esteja tudo bem. Nossas autoridades “constituídas” acham que está. Como a Constituição diz que é proibido fechar o Supremo, o Congresso etc., imaginam que podem continuar fazendo qualquer barbaridade que lhes passar pela cabeça. Imaginam que os militares, informados de que existe uma “cláusula pétrea” mandando o Brasil ser uma democracia, se veriam obrigados, por isso, a continuar assistindo em si-

lêncio à anarquia promovida diante de seus olhos por magistrados do STF, ministros de Estado, líderes parlamentares e demais peixes graúdos que têm a obrigação de sustentar o cumprimento das leis — mas vivem em pleno colapso moral e não conseguem mais segurar no chão nem uma barraca de praia. É cansativo ouvir, mais uma vez, que a democracia é uma coisa e as pessoas que ocupam os cargos de governo são outra. Não se devem confundir as duas, reza a doutrina, pois nesse caso um regime democrático só poderia existir numa sociedade de homens justos, racionais e bondosos; se as pessoas que mandam estão mandando mal, a solução é substituí-¬las por outras por meio de eleições, processos na Justiça e demais mecanismos previstos na lei. Mas o Brasil está fazendo mais ou menos isso desde 1985, e até agora não deu certo. Alguém tem alguma previsão sobre quanto tempo ainda será preciso esperar? A democracia brasileira faliu; é possível que nunca tenha tido chances reais de existir, por insuficiência de gente realmente disposta a praticá-la, mas o fato é que estão tentando fazer o motor pegar há mais de trinta anos, e

ele não pega. Talvez ainda desse para ir tocando adiante por mais tempo, com um remendo aqui e outro ali. Acontece que neste momento, justamente, há muito menos esforço para escorar o que está bambo do que para tacar fogo na casa inteira. A questão central, curiosamente, é a manutenção da lei. Nove em dez golpes, ou nove e meio, são dados por quem tem a força armada e quer mandar a lei para o espaço. Aqui parece estar se montando o contrário. Os militares dizem, como deu a entender semanas atrás o general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, que exigem o cumprimento da Constituição e das leis penais para continuar nos quartéis. Quem está querendo abolir a aplicação da lei são os que não têm as armas mas chegaram à conclusão de que não conseguem sobreviver se forem mantidas as regras atuais da democracia brasileira. Está mais do que claro de quem se trata. Trata-se, em primeiro lugar, do ex-presidente Lula, do PT e dos seus partidos auxiliares. Em segundo lugar, vem o populoso cardume de políticos, de qualquer partido, que estão fugindo da Justiça Penal por prática de corrupção e outros crimes — são centenas de indivíduos, literalmente. Em terceiro lugar, fechando a trindade, estão as empreiteiras de obras públicas, fornecedores do governo e o restante das gangues que vivem de roubar o Tesouro Nacional. Todos esses precisam desesperadamente de uma virada de mesa que solte Lula da prisão, salve da linha de tiro os ladrões ameaçados pela lei e devolva condições normais de operação para o negócio da ladroagem de dinheiro público em geral. O último esforço em seu favor foi essa grosseira ofensiva dos ministros Toffoli, Lewandowski e Gilmar para tirar Lula da prisão, suprimir provas dos processos criminais que ele tem pela frente, anular sua condenação, impedir o trabalho do juiz Sergio Moro — em suma, fraudar a Justiça Penal brasileira numa trapaça de escala realmente monumental, com o vago objetivo de “zerar tudo”. É o sonho de Lula e seus advogados milionários de Brasília, do Complexo PT-PSOL-PCdoB etc., e de dez entre dez ladrões sob ameaça de punição: declarar a Operação Lava-Jato ilegal, sumir com tudo o que ela já fez, está fazendo ou vai fazer

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e demitir o juiz Moro a bem do serviço público, junto com todos os magistrados que combatem a corrupção no Brasil. Eles não dizem isso, é claro: sua conversa é que estão aplicando o embargo dos embargos de agravo teratológico com efeito suspensório, diante da combinação hermenêutica de mutatis mutandis interlocutórios com ora pro nobis infringentes. Não perca o seu tempo com o vodu jurídico do STF sobre “direito de defesa” que a mídia repassa a você com casca e tudo: é pura tapeação para ver se soltam Lula da cadeia e ajudam a ladroagem — primeiro para que ela escape da penitenciária e, em seguida, para permitir que continue roubando em paz. É disso que se trata. Há, simplesmente, uma guerra contra o estado de direito neste país, comandada pelas forças que não podem conviver com ele. Lula e o seu sistema de apoio não querem a democracia. Recusam-se, abertamente, a cumprir a lei e a aceitar decisões legítimas da Justiça; sabem que não têm futuro num regime democrático, com poderes independentes, Lava-Jato, imprensa livre e o restante do pacote. Estar no governo, para essa gente, não é a mesma coisa que seria para você. Eles precisam estar no governo. Não só para ter empregos, fazer negócios e ganhar dinheiro da Odebrecht, mas porque enfiar-se no poder é a diferença entre estar dentro ou fora da cadeia. É por isso que os senadores petistas Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann, entre outros, se agitam tanto. Se as leis continuarem a ser normalmente aplicadas, eles poderão ter diante de si, em breve, ações penais duríssimas. É por isso que o deputado Wadih Damous, também do PT, disse outro dia que “é preciso fechar o Supremo Tribunal Federal” — depois de reconhecer que o ministro Gilmar é um “aliado” do partido. (O deputado não esclareceu o que pretende fazer com ele, mais os Toffolis, Lewandowskis e similares, depois de fechar o STF). O mundo político e a elite, caídos de quatro no chão, olham em silêncio para tudo isso, aterrorizados por Lula e assustados com a voz da tropa. Quando quiserem reclamar, poderão se ver reclamando tarde demais e em muito pouca companhia.


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SAÚDE MENTAL arnaldosanttos.psicologo@gmail.com

Ninfomania e afeto

Sexo, drogas e ...

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Assim, quando a “função materna” é inexistente ou insuficiente, a “falta”, ou o “vazio” é estruturado na mente do bebê, que poderá se desenvolver como algo presente, quando adulto, e ai poderá procurar preencher esse “vazio” com excesso de: sexo, drogas, dinheiro, bebida, coleção de carros, viagens excessivas, ou qualquer coisa que lhe dê sentido, porque a vida perdeu o sentido e a compulsão, ao sexo, é um preenchimento “ideal”; é uma forma de “se livrar” do abandono, da angustia que a pessoa sofreu. Tudo isso, lógico, inconscientemente.

or que será que o sexo é banalizado pelos meios de comunicação social, especialmente a televisão e as revistas (meios visuais)? Será uma cortina de fumaça para que a elite possa dominar melhor o pobre sujeito, que pode ser rico de vida, de sentido, de sentido histórico, mas pode está frustrado porque não tem o corpo – ideal - ou a disposição que lhes oferece pela mídia? O clichê: “Sexo é vida.” está em muitas mídias impressas e em dezenas de sites, oferecendo “medicamento para melhorar o prazer”. Só prazer. Basta dá olhada, de leve, nesses meios de comunicação. Claro que sexo é vida! Faz parte do dia a dia das pessoas, sejam prostitutas, prostitutos ou não. Mas sexo não é só troca por dinheiro ou outros favores, ou é? Hoje está sendo, e como! Mas sexo não é só pornografia, como insinua ou instiga as mídias. Ou não deveria ser, ou instigar. Sexo não deve ser um preenchimento de vazio. Sexo é, também, complemento afetivo entre um casal, entre duas pessoas. E o que tudo isso tem a ver com ninfomania e afeto?

Psicoterapia e os vazios

Daí a importância da psicoterapia para descobrir, juntos – psicólogo e paciente – onde está o “vazio” na história da pessoa. E depois de descobrir ou aflorar onde se encontra esse “vazio”, encontrar nele um sentido, preencher com sentido de vida; vida consentida (aceitada) pela própria pessoa como fazer ou construir sua vida com prazer e não, apenas, com sexo.

Vaivém sem afeto

Perversão e perverso

Ninfomania tem a ver com uma estrutura psicopatológica conceituada como perversão, que por sua vez tem como características principais: uma sexualidade diferente da sexualidade “dita normal” ou um comportamento de transgressão às normas e códigos sociais.

Perversão e perverso II

É bom não confundir perversão com perverso. Ou seja, a pessoa com transtorno de personalidade perversa apresenta outro tipo de psicopatologia: é o antissocial que costuma ser agressiva, destrutiva, sádica e sente prazer com a dor alheia, não sendo capaz de criar empatia com nada e nem ninguém.

Ninfomania e o bebê

E o afeto? Ao se estabelecer o diagnóstico de ninfomania, percebe-se ou descobre-se que a história de vida dessa mulher tem muito de falta de afeto, principalmente nos primeiros sete anos de vida. A mãe ou cuidadora, por alguma razão, não deu o devido valor a ela, ou desvalorizou o bebê e por razões que só num processo psicoterápico vai-se descobrir: ela se tornou ninfomaníaca. O bebe se viu, sozinho, abandonado. Exatamente quando estava sentindo o seu maior prazer, mamar, “comer”. Era para se sentir acolhido, confortável, alimentado, mas não. Foi abandonado, negligenciado. Lembrando que psicologia não é matemática. Cada pessoa tem uma história de vida, de experiências únicas e reage diferente a cada fato, principalmente adverso.

O que será ? O que será, que será? Que andam suspirando pelas alcovas / Que andam sussurrando em versos e trovas (...) Que está na fantasia dos infelizes / Que está no dia a dia das meretrizes / No plano dos bandidos, dos desvalidos / Em todos os sentidos (...) (O Que Será - À Flor da Terra, Chico Buarque)

Ninfomania ou outro ...

Todo transtorno mental tem como base vários aspectos: genético, familiar, social, entre outros. São vários fatores que levam uma pessoa a desenvolver um determinado transtorno. A história de vida de cada uma vai potencializar ou não, ao que foi mais frequente e intenso, um fato que foi frustrante. Para se chegar ao diagnóstico é preciso investigar os vários fatores que contribuem para o seu aparecimento.

Ninfomania e vazio

Assim, a ninfomania surge, exatamente pelo vazio (Não sente nada. Nada de afeto. Só prazer; sexual) que a pessoa apresenta e que é preenchido com a repulsa do afeto e em seu lugar a prática, excessiva ou compulsiva, do sexo. É uma satisfação passageira, imediata; é uma fuga da angústia que foi processada ou desenvolvida ainda quando bebê, pelo abandono ou descuido da mãe, do cuidador ou de uma cuidadora.

Na caracterização do comportamento ninfomaníaco, o vaivém dos encontros sexuais compulsivos, tem-se, a ausência do afeto, do vínculo com a outra pessoa. O afeto não foi introduzido na memória da infância como algo sadio, pelo contrário, foi negligenciado e para “compensar” busca-se, desesperadamente, algo para preencher o vazio, o sentido dos fatos, das coisas; o sentido da vida.

Ninfomania e o desamparo

Os atos sexuais compulsivos seriam, assim, tentativas de autoproteção com o objetivo de diminuir sentimentos de desamparo, de abandono. Em relatos na clínica, indicam que a pessoa tem/ teve – ainda quando adulta -, dificuldades de relacionamentos com a mãe, inconscientemente.

Ninfomania e tratamento

Assim, a ninfomania é uma estrutura psíquica do rol das perversões que tem na sua principal característica uma compulsão ao sexo, só sexo, sem sentimento ou afeto. O tratamento passa por psicoterapia em que psicólogo e paciente possam ressignificar um fato e, a partir daí, dá um sentido para a vida, que não seja, apenas, fazer sexo.

Arnaldo Santtos é Psicólogo Clínico CRP 15/4.132. Consultório: Rua José de Alencar, 129, Farol (atrás da Casa da Indústria), Maceió-Alagoas. E-mail: arnaldosanttos@uol.com.br ou arnaldosanttos.psicologo@ gmail.com. Telefone: 9.9351-5851.


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Para refletir: Anote: não sei se mais cedo, ou muito mais tarde, mas o ex -presidente Lula vai morrer na prisão.

Moro espera governadores O ministro Dias Toffoli, do STF, surpreendeu a todos ao apresentar duas propostas de súmulas vinculantes para alargar a restrição do foro especial às demais autoridades, não só ao Congresso. A proposição vai estender o entendimento recente da corte, que limitou a prerrogativa apenas para parlamentares, a integrantes dos Poderes Executivo e Judiciário, além de declarar inconstitucionais leis esta-duais que protejam autoridades locais. Toffoli quer que o foro para as demais autoridades também só valha para crimes praticados no mandato ou no exercício de cargo e em função dele. E prega que previsões da prerrogativa decretadas por constituições estaduais e pela lei orgânica do DF são inconstitucionais. Com as medidas, Toffoli tenta alargar o entendimento do Supremo para além dos congressistas e pôr fim às críticas de que a corte promoveu uma restrição seletiva do acesso ao foro especial. Segundo interlocutores, a proposta do ministro deixaria expresso que membros e servidores dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário só terão acesso ao foro especial se os crimes praticados compreenderem o exercício e em razão do cargo ou função públicos. A notícia pegou em cheio alguns governadores envolvidos em processos da Lava Jato e o estão levando ao desespero. Acontece que ai se concretiza o que eles mais temiam: os seus processos seriam remetidos ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba. O que representa muito mais possibilidade de condenações, cassação de mandatos e prisões. Naturalmente já conhecendo a proposta do ministro e a posição majoritária do STF, Sérgio Moro está reforçando a sua equipe com juízes conhecidos como “linha dura” e com sua linha de julgamento, buscando dar mais celeridade nas sentenças e condenações dos réus. Magistrados, membros do Ministério Público e deputados estaduais também deverão perder o foro privilegiado imoral e afrontoso.

Palmeira dos Índios

O prefeito Júlio Cezar, de Palmeira dos Índios, desde o dia de sua posse tem corrido incessantemente para resgatar as tradições, a cultura e a maneira de governar. De imediato implantou uma gestão com transparência com eficientes instrumentos de prestação de contas à comunidade dinamizando ações de controle interno, modelo elogiado pelo Tribunal de Contas e também por órgãos de controle do governo federal. Transformou a cidade em um “canteiro de obras”, restaurando bens públicos degradados por administrações irresponsáveis e construindo novas frentes de trabalho com novos equipamentos. Tem investido em uma Educação revolucionária, coisa nunca nem imaginada no município que tem como patrono Graciliano Ramos, um exemplo de prefeito no quesito transparência e prestação de contas. Escolas estão sendo construídas ou reformadas, a merenda escolar é da melhor qualidade (boa parte adquirida através de um programa de incentivo à agricultura, criado pela prefeitura), A cidade está de cara nova e feliz com a restauração de seus monumentos, praças e equipamento de cultura e turismo, além da visível autoestima elevada do povo. Um exemplo a ser seguido.

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PEDRO OLIVEIRA pedrooliveiramcz@gmail.com

Liderando o Norte

O Ministério Público do Estado de Alagoas esteve presente ao encerramento de dois lixões nos municípios de Barra de Santo Antônio e Paripueira, ambos no Litoral Norte. O coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (CAOP), promotor de Justiça, José Antônio Malta Marques, e a promotora de Justiça, Lídia Malta Prata Lima, acompanharam os eventos. O MPE/AL tem as datas de 10 e 18 de maio para o encerramento de todos os lixões da Zona da Mata e da Região Norte, respectivamente. O promotor de Justiça, José Antônio Malta Marques, reafirma a importância de os prefeitos selarem esse compromisso. “O Ministério Público ficou sentiu satisfeito ao perceber a iniciativa dos dois municípios que deram um salto no que diz respeito ao meio ambiente. Essa é uma verdadeira mudança de paradigmas, posto que encerraram seus lixões, dando à sociedade um exemplo e garantindo a saúde das suas populações. Hoje demos uma grande arrancada para o programa de lixões zero, sendo desta feita na região norte do Estado”, afirma Malta Marques. Ponto para a prefeita Emanuella Moura (Barra de Santo Antônio) e Haroldo Nascimento (Paripueira)

“Quincas” pede arrego O desembarque de Joaquim Barbosa da corrida presidencial pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), como o próprio ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou, causou alívio entre políticos. Já analistas acreditam que a decisão também tem como efeito colateral beneficiar a moderada ex-ministra Marina Silva (Rede) e, por outro lado, atrair votos para candidatos com postura de confronto semelhante à do próprio Joaquim, como o deputado Jair Bolsonaro (PSLRJ) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Sem sequer ter iniciado atos de campanha, o ex-ministro estreou com até 10% das intenções de voto na mais recente pesquisa Datafolha, mas o que causava receio era seu “pavio curto” e o “desequilíbrio” quando confrontado. “Aqui para nós, eu vi a decisão dele com alívio. Como presidente do Supremo, Joaquim Barbosa chegou a dizer em tom de ameaça, que teria muito a revelar. Imagine eleito presidente da República…”, declarou importante liderança política, sob condição de anonimato, referindo-se ao episódio em que o então ministro do STF, filiado ao PSB desde 6 de abril, sugeriu saber de muitos “podres” da República.

O que quer Rodrigo Cunha?

Até o fechamento desta coluna o deputado Rodrigo Cunha não havia anunciado a sua decisão quanto ao cargo que vai disputar nas eleições. Foi um bom parlamentar e se destacou dos demais na Assembleia (coisa não muito significativa diante do patético quadro de deputados estaduais).Teria uma provável eleição para deputado federal, mas encantou-se com o “canto da sereia”. Perde para governador e também perde para o Senado.

Agências que nada regulam

Permanecem em pauta as Agências Reguladoras e suas excrecências, tema sobre o qual abordamos na semana passada. Durante o debate realizado esta semana o relator na comissão especial que analisa o tema, deputado Danilo Forte (PSDB-CE), mencionou a pressão dos dirigentes. Segundo ele, embora haja consenso sobre a necessidade de reformulação dessas autarquias, os parlamentares não deveriam minimizar a possibilidade de revisão da proposta. “Podemos perder uma oportunidade.” Como tramita em caráter conclusivo, se for aprovado sem alterações pela comissão especial, o PL 6621/16 seguirá para sanção presidencial, a menos que haja recurso para análise no Plenário da Câmara. Se houver alterações na comissão especial, o texto retornará ao Senado. Na avaliação do professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro José Vicente Santos de Mendonça, coordenador do Laboratório de Regulação Econômica da Uerj, o PL 6621/16 está na direção correta, embora necessite de ajustes, como a inclusão da recém-criada Agência Nacional de Mineração entre as autarquias reformuladas. “O projeto do jeito que está criticável que seja, merece ser aprovado”, comentou.

O “fantasma” Collor

O senador Fernando Collor, reconhecidamente um especialista em fazer votos e também em surpreender, tem andado muito calado e até retraído com vistas as eleições de outubro. Mas que ninguém se engane: pode estar preparando uma grande e volumosa surpresa a ser “oferecida em bandeja” aos do governo e também a uma “oposição em frangalhos”. Estrategista de primeira, não fez supostamente alianças, mas os mais próximos disfarçam um sorriso quando se fala no assunto. Aguardemos os próximos capítulos, onde pode acontecer de tudo, inclusive nada. É o jeito Collor de ser.


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Doleiros e o seu futuro

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o Brasil existe todo um discurso de que nossas instituições são fortes e – dizem – a maior prova disso é que os escândalos da Lava Jato embora venham derretendo reputações no meio empresaPara que se tenha ideia rial e político, do tamanho do problema, não têm sido os grandes doleiros agora capazes de abaos pilares da presos chegaram a criar lar nossa democraum ‘banco’ denominado cia. Sei não... de Bankdrop apenas para Embora noticiada, a primovimentar os bilhões de dólares dos ‘clientes’ são de mais de três dezenas de brasileiros e de seus doleiros do eixo comparsas lá fora através Rio-São Paulo de cerca de 3.200 contas -Brasília, meio offshore localizadas em que vem passando desapermais de 52 países! cebida do grande público. Mas o que vem por aí, a partir das delações dessas figuras subterrâneas e seus vínculos tentaculares com todo o poder desta república, vai tornar a Lava Jato um nada. Não custa lembrar que esta começou com a delação de um

único doleiro e dos mais chinfrins. Agora não, foram pegos – exceto o doleiro dos doleiros – todos os grandes operadores do mercado a cabo do país. Agora, interessante, é que nessa toada até aqui não se falou dos banqueiros, justamente eles que operam em parceria com os doleiros e encobrem com ares de legalidade as falcatruas perpetradas neste país, assim como em quase todo o mundo. Doleiro sem banqueiro não dá rima. Até porque o capitalismo tupiniquim em grande parte é sustentado por operações de lavagem de dinheiro e/ou evasão de divisas. Que passam pelos bancos. A questão é: até onde a PF vai? Porque se a coisa for para valer mesmo, só usando figurativamente uma frase muito empregada na década de 1950 para explicar a hecatombe que se aproxima: a república cai. Não no sentido lato, mas na plenitude que a frase traz embutida. Não serão só mais alguns políticos ou empresários. Será praticamente toda a elite – aqui na pior acepção do termo – nacio-

As calendas gregas

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uem jamais ouviu a expressão calendas gregas? “Manda isso para as calendas gregas”, comumente dizemos quando queremos ou esperamos que algo jaPropõe-se, por exemplo, o mais tenha fim do foro privilegiado, solução, ou aconteça. Os o que é realmente justo intelectuale necessário, mas, pelo mente curiosos, conheandar da carruagem, o cedores do resultado final será solisignificado, dificar a impunidade de c e r t a m e n t e delinquentes de alto co- se indagam turno, cujos nomes todo o sobre a oriPaís conhece, e estão as- gem da exsentados no Legislativo e pressão. calenno Executivo brasileiros. dasAseram o primeiro dia de cada mês no calendário romano, e daí vem a palavra calendário. Compa-

rando com o nosso calendário, calenda de maio seria o dia 1º de maio, por exemplo. E as calendas gregas? Explicou-nos o mestre Aloysio Galvão, a nós que fazíamos os encontros semanais que a criatividade do Ronald Mendonça denominou Latim aos Sábados, e o espírito inquieto da amiga Renira Lisboa Lima sintetizou em LAS, que o calendário dos gregos não conhecia a denominação calendas, sendo a palavra exclusiva da Roma Antiga. Assim, mandar algo para as calendas gregas é enviar para tempo algum, dia nenhum, enfim, para que nada aconteça a respeito. Refletindo sobre as últimas notícias quanto aos rumorosos inquérito e processos criminais originados da Lava Jato, cheguei à inquietante conclusão de ser esse o caminho que se está abrindo para estancar a sangria

Economista

ELIAS FRAGOSO

nal, desde a governamental encrustada no executivo, judiciário e legislativo nas três esferas de governo, passando pela empresarial (banqueiros, empresários de médio e grande porte), pela social (artistas, jogadores famosos, profissionais de alto coturno financeiro, etc.) e, pelos traficantes (de drogas, de armas, de mulheres, de órgãos e toda a sorte de criminosos com “relações comerciais” com outros países). Para que se tenha ideia do tamanho do problema, os grandes doleiros agora presos chegaram a criar um “banco” denominado de Bankdrop apenas para movimentar os bilhões de dólares dos “clientes” brasileiros e de seus comparsas lá fora através (até o momento) de cerca de 3.200 contas offshore localizadas em mais de 52 países! Instituímos a corrupção por atacado. Mais uma marca “Made in Brazil”. Neutralizar as relações espú-

rias entre autoridades corrompidas, maus empresários e “socialites” desviados com o crime organizado – todo ele e não apenas os doleiros – é passo fundamental para se quebrar a espinha dorsal da corrupção que tomou conta do país, infestou importantes camadas da nossa sociedade, quase toda a máquina estatal e resiste de todas as formas em retroagir suas investidas criminosas contra a Nação. O crime organizado (ou institucionalizado) como temos hoje em nosso país, somente acontece se houver associação delitiva entre criminosos de todos os matizes com a classe política e de servidores públicos. Ou seja: o crime só se organiza com a permissão/omissão do Estado. O resto é conversa mole. Cabe ao cidadão não apenas se indignar. Mas reagir, pressionar (as redes sociais estão aí para isso) e votar certo. Se votar em criminoso de colarinho branco ou sem colarinho, quem vai sair roubado é você.

CLÁUDIO VIEIRA Advogado e escritor, membro da Academia Maceioense de Letras

da operação anticorrupção, usando-se a lamentável declaração do senador Romero Jucá, conhecido expoente do quadrilhão dos colarinhos brancos. Ministros do STF vêm mudando, ou tentando mudar, jurisprudências já consolidadas, algumas até vinculantes. Propõe-se, por exemplo, o fim do foro privilegiado, o que é realmente justo e necessário, mas, pelo andar da carruagem, o resultado final será solidificar a impunidade de delinquentes de alto coturno, cujos nomes todo o País conhece, e estão assentados no Legislativo e no Executivo brasileiros. Baixar à primeira instância inquéritos e processos já em andamento talvez seja mandá-los às calendas gregas de que falávamos, resultando

em prescrição que realizará o sonho do senador Jucá e de outros do seu naipe. Afinal, nem todos os juízes de base são tão ágeis e infensos a influências e pressões como Sérgio Moro e Marcelo Bretas. Ademais, a interpretação de quais os crimes relacionados com o exercício dos mandatos, e que deverão continuar nas instâncias especiais e extraordinárias, causará, por certo, muita inquietação, talvez até minando de vez a segurança jurídica que se espera da atuação jurisdicional. Em tal situação, inevitável pensarmos na ocorrência de calendas gregas. É hora de refletir e vigiar. E isso compete à sociedade, retirando, através do voto livre, consciente e responsável, esse poder espúrio dos delinquentes.


MACEIÓ, ALAGOAS - 11 A 17 DE MAIO DE 2018

ALARI ROMARIZ TORRES

JORGE MORAES

Aposentada da Assembleia Legislativa

Jornalista

Nunca vi tanta petulância

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onfesso que sou uma pessoa que respeita muito o ponto de vista das outras pessoas. Sou do diálogo, mas defendo os meus pontos de vista até o último instante. Não sou facilmente enganado ou convencido, mas sei perder e me render aos argumentos dos outros. Como ex-líder sindical e, hoje, liderando um grupo de associados, formado por jornalistas e radialistas profissionais, tenho a obrigação de prestar contas de tudo aquilo que faço. Bem diferente da secretária de Esportes, Lazer e Juventude do Estado de Alagoas, Cláudia Petuba. Submetida a uma lavagem cerebral, imagina que só ela conhece de administração Não enxergo em nepública, que nhum outro secretário não comete erdo governo Renan Filho ros e que está tanta petulância, arro- acima do bem e do mau. gância, desequilíbrio Na verdanas decisões, cinismo de, a Cláudia nas respostas como na Petuba ainda acha que vai Cláudia Petuba. Não acredito que a escolha resolver as sino disde seu nome para dirigir tuações curso, às vezes a pasta tenha sido uma não falando escolha pessoal do go- a verdade e, nesse escondevernador. rijo e no jogo de palavras, com interesses outros que ainda não consegui alcançar, mesmo que não seja enganado facilmente. Esta semana, acompanhado de alguns companheiros de diretoria da Associação dos Cronistas Esportivos de Alagoas (ACEA), me reuni com a secretária em um ambiente que mais parecia um campo de batalha. Fomos convidados pela secretária para uma reunião, onde todas as respostas às nossas reivindicações já estavam prontas: o não foi dado para tudo aquilo que fosse solicitado em nome de uma categoria profissional, a dos cronistas esportivos

alagoanos. Para quê, então, a reunião? Não enxergo em nenhum outro secretário do governo Renan Filho tanta petulância, arrogância, desequilíbrio nas decisões, cinismo nas respostas como na Cláudia Petuba. Não acredito que a escolha de seu nome para dirigir a pasta de Esporte, Lazer e Juventude do Estado tenha sido uma escolha pessoal do governador. Essa não é a primeira vez que ela “bate de frente” com uma entidade. Foi, assim, em um passado recente com os presidentes de CSA e CRB, e olhe que tem nesse contexto um deputado estadual, mas ela ganhou a quebra de braço, literalmente, fazendo impor aos dois maiores clubes de Alagoas a sua vontade, na ânsia em administrar. Não entro no mérito da questão se tinha ou não razão na questão suscitada, mas ganhou a quebra de braçoscontra Rafael Tenório e Marcos Barbosa. Ela, inclusive, disse isso na nossa reunião, que fez um acordo com os dois em relação a taxa de aluguel do estádio para os clubes, porque o governador Renan Filho interferiu e os valores foram reduzidos em algumas ocasiões, mas se dependesse dela não fecharia esse entendimento como ocorreu. Essa é a secretária Cláudia Petuba, que deve ter um padrinho muito forte para continuar comandando a Selaj. Conheço muitas outras pessoas mais competentes para essa missão, inclusive no próprio PC do B, partido do qual tive a honra de pertencer e de ter sido assessor do grande representante no estado de Alagoas, o ex-deputado Eduardo Bomfim, de um nome como do camarada Ênio Lins, entre outros, numa época em que se formavam lideranças comprometidas com as lutas sindicais e políticas com sabedoria e coerência. Aqui registro o meu desabafo pela maneira como fomos recebidos pela secretária. Isto tudo é só o começo. Aguarde novos capítulos, em nome da nossa ACEA. Aguarde cartas.

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Mães: altos e baixos

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ão cinco horas da manhã, o silêncio da cidade é total, momento em que os mais velhos devem estar acordados, pensando nos altos e baixos que a vida lhes proporciona. Senti pena de uma mãe no mês de abril: o filho foi preso no Recife. Estava sendo procurado pela Polícia por crime de corrupção. Apesar de não conviver com a família, sei que são pessoas de bem, o pai foi político honesto, a mãe trabalhava na Educação. Assim que tomei conhecimento do fato, lembrei-me, imediatamente, do sofrimento da coitada. Imaginem vocês uma mãe que perde um filho ou uma filha, ainda jovem, vítimas de acidente ou de doença grave. Duas opções tem tal criatura: ou enlouquece de vez ou segura na mão de Deus para continuar vivendo. Estou lendo um livro, cujo Os traficantes que tema é um pai que perde um tomaram conta da filho aos vinte nossa terra, matando, e um anos e reroubando, aterrorizan- solve criar uma do o povo, devem ter fórmula mágica de felicidade. mães. Elas, acostuma- Como o rapaz das com o ambiente do era do bem, ele crime, vivem assus- decide respeitar sua memória e tadas e esperando, a procurar, nas qualquer momento, pequenas coisas, a notícia da morte ou motivos para ser feliz. captura do filho. A onda de corrupção no Brasil está muito grande e toda vez que vejo na TV um político preso, envolvido em escândalos, meu juízo ferve. A mãe não deve ter ensinado seus filhos a roubar com tanta desfaçatez. Os mecanismos que determinados políticos utilizam para corroer o dinheiro público com certeza não foram sugeridos pelos pais. Se o Lula ainda tivesse sua genitora viva, o que ela estaria pensando? Uma nordestina que foi enganada pelo marido, levou os filhos para São Paulo, lutou para criá-los com sacrifício e dignidade; hoje, veria seu filho na cadeia, condenado por grande parte da população do país que governava. Ela, certamente, sofreria bastante, mas acreditaria na inocência do filho e faria tudo para tirá-lo da prisão.

Os traficantes que tomaram conta da nossa terra, matando, roubando, aterrorizando o povo, devem ter mães. Elas, acostumadas com o ambiente do crime, vivem assustadas e esperando, a qualquer momento, a notícia da morte ou captura do filho. Apesar da facilidade no meio de tanto dinheiro, levam uma vida difícil, sem tranquilidade. Conheci uma senhora em Paripueira que teve oito filhos e hoje vive numa pequena casa, só com o marido. Perguntei pelas crias e ela me respondeu: “Foram morar em São Paulo; de vez em quando mandam um dinheirinho; mas pouco conheço meus netos”. Será que essas oito criaturas pensarão na pobre velhinha no próximo domingo? Outro fato interessante ocorre neste louco Brasil de hoje: os velhos estão sustentando os novos com seus rendimentos. Recebi, em nosso sindicato, uma senhora que trabalhou para minha família. Não a reconheci e ela se dirigiu a mim, pedindo ajuda. Quando sorriu, vi que se tratava da Sebastiana. O filho, rapaz de cerca de trinta anos, muito nervoso, queria corrigir a pensão dela. Estava muito baixa, dizia ele. Procuramos ver o caso e ela me chamou: “Alari, não aumente muito; o que recebo dá para viver; eles (os filhos) querem mais!“ Existe, no entanto, muita história bonita, de filhos e filhas que são orgulhos dos pais, outros que cuidam de seus velhinhos com carinho e atenção. Participo de vários encontros com casais da minha idade e ouço as narrativas de alguns sobre o sucesso das crianças: “Meu filho é médico em Brasília”, diz um; outro, bem emocionado, afirma: “Soube que meu menino e o de fulano foram promovidos a general?” Uma mãe me puxa para um lugar reservado: “Lembra-se da minha filha que era amiga da sua? Pois bem, passou no concurso do Itamaraty”. Todos muito orgulhosos! Contudo, o mais importante nesta vida é criarmos os filhos e filhas para serem pessoas do bem. O orgulho da mãe é saber que seus rebentos são felizes, vivem com saúde, e, principalmente, ajudam ao próximo. Viva a mãe brasileira, alegre ou triste!


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Marcas indeléveis

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ão fosse o costume que hoje temos de andar sem que nos apercebamos do nosso entorno, e não precisaria que uma foto no Facebook levasse-me de volta aos primórdios do meu Outros, momentos tristes, tempo. Sim, eram as passagens diárias porque ainda se encontram dos presidiários que vinham do mesmo da Cadeia, com suas roupas jeito os dois na listradas, para trabalhar no prédios esquina da calçamento de alguma rua rua Cinci– pagavam seu alimento. E nato Pinto, antiga do tantas outras recordações Macena, com que o espaço não permite. a Moreira Lima, antiga Primeiro de Março, postados no Grupo Maceió Antigo. Eram a Casa Síria (hoje Cabús) e a Casa Tito Lemos, dos colchões. Levou-me

de volta porque, recém-nascido na Maternidade Sampaio Marques, adentrei pelos portões do casarão de nº 57 da rua do Macena nos braços de minhas mães, e lá fiquei quase 30 anos de minha vida. A citação de duas mães não é à toa, pois como já disse certa feita, tive duas; enquanto a mãe Dulce me gestava, a mãe Nina, minha babá, esperava-me. Homenageio-as neste fim de semana com as saudades que me vêm daquele aconchego. Começo pelos sons que vinham da rua, ainda hoje gravados na memória. Da esquina citada, de vez em quando, à noite, ouvíamos o estrondo de uma “trombada”, como chamavam-se as batidas de carros. Ao amanhecer, acordar com a buzina do sr. Zé e seu carrinho de leite; uma grande leiteira montada em cima de três rodas de onde, com uma concha, enchia as garrafas características da época, que

JOSÉ MAURÍCIO BRÊDA Economista

a clientela levava. E vinham outros como o amolador de facas e tesouras com seu realejo. O vendedor de quebraqueixo com seu sininho. O comprador gritando “jornal velho e revista”, que me proporcionava, com a venda desses trastes, adquirir uma “couraça” nova para boas peladas com os amigos. Mas havia uns que ainda sinto ouvir de vez em quando; os dó, dó, dó.../ ré, ré, ré.../ mi, mi, mi.../, emanados dos pianos que sr. Benedito Salustiano afinava, na casa adiante da minha. Sem esquecer a chamada do telefone Ericsson, preto, que ainda o tenho, cujo número era apenas 602 e foi crescendo à medida que eu crescia: 2602, 3-2602, 23-2602 e finalmente, 223-2602. Escudeiro fiel de meu pai, Carlos Brêda, com o qual geria seus negócios.

E lá vem à lembrança a bicicleta Mercswiss, hoje uma relíquia com seu freio contra-pedal, na qual rodava todo o centro da Maceió antiga. Quando precisava de um conserto, ia lá na oficina do sr. Zezinho, pertinho do Mercado Público. Consertava e alugava bicicletas. Minha irmã Maria Alice tinha uma Philips, hoje também relíquia. Outros, momentos tristes, eram as passagens diárias dos presidiários que vinham da Cadeia, com suas roupas listradas, para trabalhar no calçamento de alguma rua – pagavam seu alimento. E tantas outras recordações que o espaço não permite. Mas ficou-me o porão da casa onde dormia e acordava em todo o tempo que por lá passei: criança, jovem, adolescente, adulto ou já casado, deixando marcas indeléveis na minha memória.

O furto do sibite

A

s recentes discussões em torno da superpopulação carcerária em nosso País e suas cruéis consequências levaram à lembrança de uma manifestação que proferi em um mutirão judiciário nos idos de 2009. Naquele ano, as varas de execução do nosso estado estavam em completa desorganização. Não se sabia quem estava preso legalmente, quem havia progredido de regime e continuava cumprindo regime anterior e mais rigoroso, quem estava preso mediante prisão cautelar etc,. O único fato que Frente a tão caótica situação, o CNJ demudou desde então é terminou a realização que, atualmente, tem do mencionado mutiaparecido uma nova rão, que durou cerca um mês, no qual focategoria de presos. de ram sanadas todas as Presos sofisticados, irregularidades. Entre os tantos usando paletós e até casos com que me defaixa presidencial. parei, um foi o mais emblemático e tragicômico. O de um cidadão, cujo nome aqui substitui por um fictício, que estava detido há mais de dois meses no popular cadeião, em situação de completo abandono, descaso e injustiça. Estava ele ali, naquele inferno, simplesmente em razão de uma tentativa frustrada de furtar um sibite. Na oportunidade, já cansado de ver

tanto abuso e injustiça emiti a seguinte manifestação: “MM. Juiz, Trata-se de requerimento de Relaxamento de Prisão em Flagrante em favor de VALDEVINO PAPAGENO FALCÃO, preso desde as 15:00 h., do dia 05 de maio do corrente ano pela prática do crime de furto, conduta tipificada pelo artigo 155 do Código Penal Brasileiro. Pelo que depreende-se dos autos, o indiciado perambulava em sua rotina de descuidista, quando teve sua atenção despertada pelo canto de um Coereba flaveola Linnaeus, para ele, homem do povo, simplesmente um ‘Sibite’, que na varanda de uma casa se divertia ou se lamentava, uma vez que se encontrava na mesma situação em que atualmente se encontra o indiciado, ou seja, engaiolado. Entretanto, no meio do caminho tinha um muro. Não sabendo que pular muro era conduta tipificada por nosso legislador com o pomposo nome de ‘escalada’, bem como, da mesma forma, não sabia que escalada era causa qualificadora do furto simples, contemplada no nosso Código Penal com o Inciso II, ao parágrafo 4º, do artigo 155, nosso incauto indiciado, atraído pelo canto do sibite, tal qual Ulisses o foi pelo canto das sereias, resolveu pular o referido muro para furtar o alegre pássaro. Ao ultrapassar o muro, verifi-

ISAAC SANDES DIAS

Promotor de Justiça

cou ainda que o carro que se encontrava na garagem estava com os vidros abertos e que, no seu interior, havia um celular. Satisfeito com a surpresa, resolveu adicionar o citado aparelho ao seu esforço de ladrão descuidista. Flagrado, pelos moradores, abandonou a gaiola com o principal alvo de sua cobiça, desfez a escalada que havia feito e saiu em desabalada carreira apenas com o celular no bolso. Na perseguição, se viu sem saída e resolveu jogar o celular no chão. Em seguida foi preso. Amargando até a presente data, o mesmo destino do alegre ou quem sabe, triste “Sibite”. Considerando que, até a presente data, não houve qualquer ato instrutório, ou melhor, sequer foi oferecida a competente Denúncia. Considerando também que o tempo em que se encontra preso sem sumário de culpa, talvez ultrapasse até mesmo a pena que lhe seria aplicada em concreto. Ainda, que tal período de abusiva prisão, tenha sido mais que suficiente para o mesmo refletir sobre as agruras da falta de liberdade em que se encontrava o inocente e cobiçado Sibite, somos pelo deferimento do pedido de Relaxamen-

to da Prisão em Flagrante, ora apresentado em benefício de Valdevino Papageno Falcão”. Decorridos mais de dez anos em que se apresentou a situação do ladrão de sibite, a população carcerária só tem aumentado, assim como tem aumentado o número de catres, ou seja, leitos de prisão. Esses aumentos, no entanto, têm se mostrado desiguais, o número de prisões, como sempre, tem sido maior do que o de vagas. O único fato que mudou desde então é que, atualmente, tem aparecido uma nova categoria de presos. Presos sofisticados, usando paletós e até faixa presidencial. O que não mudou mesmo foi o tratamento que é dado a cada preso. Aqueles que são presos furtando sibites continuam mofando nos cadeiões até o surgimento de algum mutirão salvador. Aqueles que são presos usando paletós ou faixas presidenciais, são assistidos pelos mais caros defensores e são levados para prisões especiais, com direito a celas individuais alguns outros mimos e até simulacros de motelzinho.


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Financiamento

O banco Itaú e a OLX anunciaram uma parceria para o financiamento de carros novos e usados. Com o acordo, todos os clientes que procurarem no site ou no aplicativo da OLX por um carro com menos de nove anos de uso terão acesso a uma solução digital desenvolvida pelo Itaú. A ferramenta permite simular o financiamento e realizar a análise de crédito em uma única jornada, com apenas alguns cliques.

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ECONOMIA EM PAUTA

Bruno Fernandes – contato@obrunofernandes.com

Banco Neon

O Votorantim acertou uma parceria estratégica com a Neon Pagamentos, assumindo assim os serviços de movimentação das contas de pagamento da fintech. O acordo acontece poucos dias após o Banco Central anunciar a liquidação extrajudicial do Banco Neon por comprometimento da situação econômico-financeira e violações às normas legais. Com as restrições impostas pelo BC, por enquanto os clientes podem usar o saldo disponível em seus cartões pré-pagos até o final do crédito, mas não podem depositar novos valores.

Passagens aéreas

O aplicativo de busca e reserva de passagens aéreas Hopper lançou a ferramenta Secret Fares, que promete descontos exclusivos de até 35%. Isso é possível graças às parcerias do aplicativo com diversas companhias aéreas de todo mundo, inicialmente a Air Canada, LATAM, Turkish Airlines, WestJet, Copa e Air China. Os descontos se aplicam a 60 mil rotas aéreas.

Cafezinho

Uma pesquisa de preço médio da refeição, elaborada pela Sodexo, empresa de pesquisas, revelou que a região Nordeste é a que tem o café expresso mais caro do Brasil, de R$ 3,34, enquanto a Sul tem o mais barato, com preço médio de R$ 3,16.


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Mais de 5 mil alagoanos estão sendo convocados pelo INSS

PENTE-FINO EM TODO PAÍS MAIS DE 59 MIL SEGURADOS POR INVALIDEZ TÊM ATÉ DIA 20 PARA AGENDAR PERÍCIA

MARIA SALÉSIA Com assessoria sallesia@hotmail.com

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ais de 59 mil segurados do INSS em todo o país que recebem auxilio-doença por incapacidade estão sendo convocados para nova perícia sob pena de perderem o benefício. Em Alagoas, a lista é de 5.213 pessoas. O agendamento termina dia 21, mas o segurado deve fazer agendamento até dia 20, através do telefone 135. Não é preciso ir até uma agência

do Instituto Nacional do Seguro Social, o INSS, para fazer a marcação da perícia. A lista foi divulgada no Diário Oficial da União de 30 de abril e os 59.118 segurados estão sendo convocados porque não foram encontrados ou quem recebeu a carta não agendou a perícia no prazo determinado. No dia da apresentação ao Instituto, o beneficiário deverá apresentar toda a sua documentação médica que justifique o do benefício.

A lista inclui atestados, receitas, exames e laudos. Na publicação, o governo alerta que caso a perícia não seja agendada o pagamento ficará suspenso até o convocado regularizar sua situação. A partir da suspensão, o beneficiário tem até 60 dias para marcar o exame. Se não procurar o INSS nesse prazo, o benefício será cessado. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), pasta à qual o INSS

é vinculado, a expectativa é realizar 1,2 milhão de avaliações médicas até o fim deste ano, sendo 273.803 de auxílios-doença e 995.107 de aposentadorias por invalidez. A etapa faz parte do Programa de Revisão de Benefícios por Incapacidade (PRBI), realizado pelo INSS desde 2016 – uma espécie de pente-fino para identificar os que precisam do benefício. O pente-fino do INSS já economizou aos cofres públicos, desde agosto de 2016, mais de 7 bilhões de reais. As cartas de convocação para a perícia são enviadas para os beneficiários de auxílio-doença que estão há mais de dois anos sem passar por uma perícia médica e para os aposentados por invalidez com menos de 60 anos. BALANÇO Iniciada em março deste ano, a segunda etapa do pente-fino teve até 10 de abril 191,4 mil perícias realizadas, conforme o MDS. No caso do auxílio-doença, foram 49,5 mil avaliações médicas, com 36,9 mil benefícios cancelados (75%). É convocado para o exame quem recebe o benefício e há mais de dois anos não passa pela revisão médica obrigatória do INSS. Já na

aposentadoria por invalidez, o INSS realizou 141,8 mil perícias, com 43 mil benefícios cancelados (30%). Devem passar pela perícia da aposentadoria por invalidez beneficiários com menos de 60 anos de idade que estão há dois anos ou mais sem realizar perícia. Ficam de fora as pessoas com mais de 60 anos e quem tiver 55 anos com benefício há pelo menos 15 anos. Em 2018 foram convocados por edital 85.437 mil auxílios-doença e 160.851 aposentadorias por invalidez. Já por carta foram 114.980 auxílios-doença e 407.654 aposentadorias por invalidez. De acordo com as regras do pente-fino, o INSS envia carta para cada beneficiário que precisa passar pela perícia obrigatória. A avaliação confirma se o impedimento ao trabalho permanece ou não. Depois de receber a carta, o beneficiário tem até cinco dias úteis para agendar a perícia pelo 135. Caso a perícia não seja agendada, o pagamento fica suspenso até o convocado regularizar sua situação. A partir da suspensão, o beneficiário tem até 60 dias para marcar o exame. Se não procurar o INSS neste prazo, o benefício será cancelado.


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MEIO AMBIENTE

União dos Palmares encerra lixão do município Segundo prefeito Areski Freitas, as áreas degradadas serão recuperadas

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esta quinta-feira, 10, a Prefeitura de União dos Palmares realizou o fechamento do lixão do município, seguindo as normas do Ministério Público do Estado (MPE-AL) para a fase final do processo para que Alagoas se molde à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Segundo o prefeito Areski Freitas, o Kil (MDB), a atitude das prefeituras é uma verdadeira mudança de paradigmas, dando à sociedade novos rumos de sustentabilidade e defesa ao meio ambiente e garantindo a saúde das suas populações. “Sabemos bem de todos os malefícios que os lixões a céu aberto podem trazer tanto para a saúde quanto para o meio ambiente através da contaminação do solo e da água, que ocasiona várias doenças”, explicou Kil. Com o encerramento das atividades, União vai se comprometer a recuperar as áreas degradadas e viabi-

lizar a criação de cooperativas recicláveis para alcançar as pessoas que trabalhavam nos antigos lixões. FONTE DE RENDA O sistema de cooperativa de reciclagem, inclusive, já mudou a vida de catadores de todo o país. Além de proporcionar maior segurança na garantia de suas rendas, já que os catadores não vão mais trabalhar de forma individual, as estimativas de aumento de lucro para estes trabalhadores são de, aproximadamente, 300%. NOVA DESTINAÇÃO Agora o lixo terá destinação final para o aterro sanitário do município de Pilar. A obra é de enorme relevância ambiental, pois vai garantir minimização das emissões dos gases de efeito estufa, que é de grande prejuízo para o meio ambiente e qualidade de vida da população.

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Melhorias habitacionais transformam a vida de moradores

GROTA DA MACAXEIRA MAIS DE 20 RESIDÊNCIAS RECEBERAM MELHORIAS PELO PROGRAMA VIDA NOVA NAS GROTAS

Dona Sandra comemora com a família as melhorias da casa. Para ela, ajuda do Governo de Alagoas tem sido fundamental

Entre as melhorias realizadas, Heleno Manoel destaca seu novo banheiro, que além de passar por pequenas reformas, ganhou um chuveiro elétrico

Elisabete foi uma das moradoras a ganhar melhorias na fachada da casa, sustentação das paredes, banheiro, telhado e área de serviço

Maria Lucélia diz que calor insuportável que as antigas telhas de fibra geravam, agora é coisa do passado, pois teve toda a cobertura do telhado renovada

quando chovia muito, minha casa ficava molhada e era ruim porque eu e minha filha, que é especial, ficávamos doentes. Eu não tinha condições de fazer reforma no telhado e agora, com a ajuda do programa, minha casa está linda. Estou muito feliz!”, destacou a moradora. O mesmo acontece com a Dona Sandra Maria, que teve a fachada da casa, portas, janelas, coberta e banheiro renovados. “A gente nem quer mais se lembrar de como era tudo antes. Agradeço muito a ajuda do Governo de Alagoas até aqui. O resto a gente consegue com nosso esforço. Agora a nossa vida

preferência à reparos nos telhados, que muitas vezes estão carentes na estrutura e nos dias de chuva não suportam conter a água, que desce por toda a casa. Além disso, banheiros, reboco e cozinha são alguns dos lugares mais lembrados por eles na hora de solicitar os pedidos”, salienta Coimbra. Para o secretário da Infraestrutura, Fernando Melro, a ação vai muito além de reformar paredes e cômodos das casas. “Isso traz dignidade e qualidade de vida às pessoas. Histórias como a da Dona Sandra, do Seu Heleno e de muitos outros moradores de grotas, infelizmente,

TEXTO DE JULIANNE LEÃO E KEILA OLIVEIRA Fotos: Ascom Seinfra

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ortas quebradas, banheiros insalubres, telhado comprometido e falta de pintura. Essa era a realidade das casas dos moradores da Grota da Macaxeira, situada no Bairro da Chã da Jaqueira. Isso deixou de existir para muitas famílias, a partir do projeto de melhorias habitacionais, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), que se propõe a solucionar problemas estruturais nas residências de alagoanos em situação de alta vulnerabilidade, em Maceió. A ação faz parte do Programa Vida Nova nas Grotas, desenvolvido pelo Governo de Alagoas, em parceria com o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Urbanos (ONU -Habitat), e tem o objetivo de selecionar duas mil residências para reparos de até R$ 5 mil reais em grotas da capital. Atualmente, estão sendo concluídas melhorias em 24 residências da comunidade. E isso tem sido motivo de alegria para a senhora Odete Santana, uma das contempladas. “Antes,

é outra”, enfatizou a dona de casa. Heleno Manoel foi outro contemplado com as melhorias. Entre as pequenas reformas feitas, ele se orgulha do chuveiro elétrico que foi instalado em sua residência. “Agora dá mais gosto na hora de tomar banho. Nos dias de chuva, a gente pode se esquentar no chuveiro”, diz o morador. A superintendente estadual de Habitação, Lorena Coimbra, esclarece que os reparos são feitos nas casas que mais precisam, com base em levantamentos técnicos realizados pela Seinfra. “Muitos moradores dão

ainda são comuns. Por isso, é importante ir diretamente às comunidades e dar apoio a quem mais precisa”, destacou Melro. Os reparos nas primeiras 24 casas da Grota da Macaxeira contemplam a etapa inicial da ação na comunidade. Outras 78 moradias receberão restaurações ainda neste semestre, e farão parte do segundo lote de casas beneficiadas. Além da execução de melhorias habitacionais na Grota da Macaxeira, a Seinfra iniciará, em breve, a implantação de melhorias na Grota das Piabas, localizada no bairro do Feitosa.


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ALTA RODA

Nunca desanimar

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ste mês se inicia mais uma campanha Maio Amarelo, do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), em colaboração com a Anfavea. Trata-se de um tema dos mais negligenciados pelo poder público, mas também não dá para afirmar que este nada fez ou, ao menos, tentou. O Brasil é um dos países signatários da Década de Ação para Segurança no Trânsito, criada pela ONU em 2011, de adesão voluntária. Meta audaciosa de redução de 50% no número de mortos em acidentes certamente deixará ser cumprida em sua totalidade. Países com trânsito mais seguro enfrentam o desafio de melhorar o que já é bom ou razoável. Em outros, as ações podem mostrar resultados bem interessantes a partir de uma situação muito ruim. Nosso país deve se situar no meio termo ao fim do prazo. Entre 2012 e 2016 já houve redução de 22% no número de mortos. As 35.708 pessoas que perderam a vida, segundo o DataSUS,

podem deixar de refletir a realidade em razão de estatísticas precárias e divulgadas com atraso. Essa referência engloba vítimas em ruas e estradas e que faleceram até 30 dias após o acidente, como se faz em países centrais. Parte desse avanço deve-se, sem dúvida, à Lei Seca e ao aumento da fiscalização. Este ano o Maio Amarelo se baseia no mote anunciado pelo Contran no início do ano: “Minha escolha faz a diferença”. O ONSV criou, então, toda uma campanha com peças para várias mídias e cerquilha (#) Nós somos o trânsito (tudo junto, sem acentos). Há mensagens objetivas sugerindo mudanças comportamentais por todos os entes envolvidos no trânsito. O próprio Contran mostrou iniciativas importantes este ano, porém atuou de forma atabalhoada por meio de algumas resoluções polêmicas. Intenções foram boas, tudo na direção certa, porém o momento escolhido e os prazos exigidos fugiam da realidade de

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FERNANDO CALMON fernando@calmon.jor.br

um país complicado por natureza. Vai conseguir multar pedestres e ciclistas faltando poucos meses para eleições de grande amplitude? A lei já existia, o difícil é fazê-la funcionar. Precisaria de algo factível de executar, período de advertência razoavelmente longo e só depois partir para a multa. Receber o valor da penalidade seria muito difícil, mas já garantiria algum resíduo pedagógico em longo prazo. Outro passo em falso foi a polêmica Resolução 726 que mudava o processo de habilitação de novos motoristas. Algo considerado fundamental para criar futuras gerações de motoristas e motociclistas mais conscientes e bem treinadas. A ideia de consolidar tudo num calhamaço

de 272 páginas, naturalmente, ficou difícil de digerir. Faltou planejamento e a batalha de comunicação foi perdida de cara. O Contran dispõe de verbas publicitárias reservadas do DPVAT (conhecido como seguro obrigatório) e tinha de usá-las. Equívoco mais sério foi tentar obrigar quem já estava habilitado a se submeter a novos testes. Poderia haver um questionário simples sobre legislação, de resposta voluntária, apenas para despertar a consciência. Resultado final, desastroso: tudo revogado dois dias depois, inclusive o que deveria ficar. Pelo jeito, vários “maios amarelos” se passarão, antes de se atingirem resultados. Ânimo não pode faltar.

RODA VIVA n CITROËN já distribuiu primeiras fotos oficiais do C4 Cactus nacional a ser lançado dentro de quatro meses, segundo fonte da Coluna. Dimensionalmente não mudará em relação ao modelo homônimo apresentado no Salão de Genebra, de março último. Distância entre eixos de 2,60 m é 6 cm maior do que o Peugeot 2008; futuro concorrente, VW T-Cross, terá 2,65 m. n PRIMEIRO quadrimestre do mercado interno de veículos (leves e pesados) comprova plena recuperação: 21% sobre 2017. No mês passado, as vendas superaram abril do ano anterior em 38,5%. Os estoques totais recuaram de 33 dias, em março para 32, em abril (normal, 35 dias; ideal, 30). Vendas diárias ainda permanecem subindo: em abril, média de 10.350 unidades. n EXPORTAÇÕES continuam a dar suporte aos números de produção e, por consequ-

ência, à recuperação do emprego setorial. Nos quatro primeiros meses de 2018 as exportações estão 65% acima da média dos primeiros quadrimestres dos últimos 10 anos. Produção total (mercados interno e externo) cresceu quase 21% sobre o mesmo período de quadrimestral de 2017. n IMPORTADORES filiados à Abeifa também anotam números positivos, quando

comparados aos do fundo do poço em 2017. Vendas cresceram 44% em janeiro-abril deste ano contra o mesmo período do ano passado. A entidade espera recuperação firme ao longo de 2018, embora esca-

lada de valorização do dólar possa atrapalhar. Concessionárias estão sendo reabertas. n FORD confirmou que seu motor de 1,5 litro de três

cilindros, que estreia no Focus americano em 2019, terá estratégia de desativação de um cilindro sob condições de uso específicas. Haverá versão com turbocompressor. É o mesmo propulsor fabricado em Taubaté (SP) na versão aspirada e que também poderá receber esses recursos para atender novos limites de consumo.


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JOSÉ ARNALDO LISBOA MARTINS Engenheiro Civil e diretor da empresa de pesquisas Dica’s lisboamartins@gmail.com

Mães, os anjos que Deus nos deu

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calendário registra o segundo domingo de maio como sendo o Dia das Mães. Neste dia são inúmeras as homenagens e inúmeros os presentes destinados às mães, porém é lamentável que muitas delas não Pouquíssimas delas sorriem, já que o mundo não é recebam qualhomenagem como nós gostaríamos que quer ou presente. Sim, ele fosse, só com homena- isso é verdade! Embora todas as gens, presentes e sorrimães mereçam, sos. Eu repito, vocês me muitas delas desculpem, senhoras mães, passam o Dia das por eu ter trazido essas Mães sem saber que existe tal dia verdades tão cruéis, num e tais homenaambiente festivo. gens. Quanto aos presentes, muitas não sabem o que é isso. Muitas não sabem que é um dia do mês de maio que é todo reservado para preces e louvores à Virgem Maria,

a mãe de Deus. É neste mês, conhecido como mês das flores, onde encontramos pelos caminhos e nos jardins as mais lindas e perfumadas flores, que são as nossas mães. Foram elas escolhidas pelo Criador para gerar, criar, cuidar e acompanhar os filhos e, tudo indica que foi neste dia que nosso Deus “criou o amor”, dando às mães, o dom da maternidade. Que coisa linda, uma pessoa gerar uma vida, dentro do seu ventre, seja ela rica ou pobre, feliz ou sofredora. São as mães verdadeiros anjos protetores, não só dos filhos, mas também dos netos. Vocês desculpem o que eu disse no início deste artigo, sobre a cruel realidade que existe neste Dia das Mães para milhares de mães que não estão recebendo presentes. Isso me deixa triste! Triste em saber que muitas delas, dentre homenagens, beijos e abraços, estão com fome, sem roupas, sem direito aos hospitais, à educação e cho-

rando ao ver seus filhos usando drogas. Pouquíssimas delas sorriem, já que o mundo não é como nós gostaríamos que ele fosse, só com homenagens, presentes e sorrisos. Eu repito, vocês me desculpem, senhoras mães, por eu ter trazido essas verdades tão cruéis, num ambiente festivo. Eu lamento ter a minha mãe já falecido há anos. Eu era um dos que davam presentes neste Dia das Mães. Hoje, eu faço o que devo fazer todos os anos, quando indo ao cemitério para fazer as minhas preces, acender velas e por junto do seu túmulo um buquê de flores. Hoje, eu vou orar e agradecerlhe por tudo que ela fez por mim, como vocês já fizeram ou farão hoje, nesse Dia das Mães. No dia de hoje, eu fico a me lembrar das mães que em todos os dias das nossas vidas nos deram momentos felizes, quando nos vendo sorrindo, brincando, quando nos fazendo estudar ou rezar e quando nos beijando

antes de dormir. Hoje, senhoras mães, nós agradecemos a todas vocês, pelos “anjos da guarda” que vocês foram nas nossas insônias, nas nossas dores, nos choros e até nas nossas brigas e nas nossas quedas. Hoje, senhoras mães, é um dos dias nos quais nós aproveitamos para agradecer-lhes pelas fiscalizações constantes, pelos cuidados, quando nos pondo nos seus braços e quando nos embalando até dormirmos. Parabéns, senhoras mães! Que dos céus desçam bênçãos para todas vocês, felizes, tristes, trabalhadoras, sofredoras ou com fome. Quando Deus criou o homem e a mulher, nos deu o maior presente do mundo que é a NOSSA MÃE! Em tempo – Os irmãos professor Radjalma Cavalcante e o Dr. Roberto Jackson Cavalcante são leitores dos meus artigos, às sexta-feiras, no EXTRA. Pra mim isso é arretado!


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ABCDO INTERIOR

Dever de casa

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m sua última sessão, na terça-feira, 8, a Câmara Municipal de Arapiraca fez o dever de casa quando aprovou a convocação do prefeito Rogério Teófilo para falar sobre as acusações de um suposto calote de R$ 610 mil em uma equipe comandada pelo administrador Luiz Lôbo, responsável por uma auditoria nas últimas gestões dos ex-prefeitos Luciano Barbosa (MDB) e Célia Rocha (PTC).

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robertobaiabarros@hotmail.com

Baixaria 1

Circula nas redes sociais um vídeo com depoimento de uma mulher que diz ter feito um aborto a pedido do governador Renan Filho. Ora, ficou bem claro que este tipo de jogo sujo tem o objetivo de desestabilizar o governo e prejudicar a candidatura de Renanzinho rumo à reeleição.

Baixaria 2

Este tipo de crime precisa ser contido o mais rápido possível e seus autores devem responder na Justiça pela atitude covarde. Infelizmente, em se tratando de política, parece que vale tudo e as autoridades não podem permitir que baixarias dessa natureza mudem os rumos de uma eleição onde o debate de ideias e propostas sejam cruciais para que o eleitor decida democraticamente qual o político que merece o seu voto.

Bom exemplo 1

Ainda sem data

O requerimento é de autoria dos vereadores Fábio Henrique (PC do B), Léo Saturnino (MDB), Rogério Nezinho (MDB), Sérgio do Sindicato (PPS) e Moisés Machado (PDT) e define a presença do prefeito Rogério Teófilo (PSDB) em data que será previamente anunciada pelo gestor arapiraquense.

Convocação

Durante a sessão, alguns vereadores fizeram uso da palavra, dentre eles Léo Saturnino. Segundo ele, se o prefeito tem mesmo razão, no caso do suposto calote em contas auditadas por Luiz Lôbo, não há porque não comparecer ao parlamento e se justificar perante os vereadores e o povo de Arapiraca.

Provas robustas

“O problema é grave e as provas, de acordo com o promotor Napoleão Amaral, são robustas. Portanto, é preciso uma explicação para que a população arapiraquense seja devidamente informada. Também é preciso esclarecer o envolvimento do secretário especial Adriano Soares, que indicou o amigo Luiz Lôbo para fazer a referida auditoria nas contas de ex-prefeitos que são, na verdade, adversários políticos de Teófilo. Muita coisa precisa de explicação e ninguém melhor que o gestor para colocar um ponto final nesse episódio lamentável”, disse o vereador Moisés Machado.

A 2ª Promotoria de Justiça de São Miguel dos Campos realizou, na segunda-feira (7), uma audiência com instituições bancárias, públicas e privadas para tratar de possível descumprimento à Lei Nº 10.048/00, mais conhecida como Lei da Prioridade nas Filas, e ao Estatuto do Idoso. Segundo denúncias, algumas empresas não estão obedecendo às determinações das normas e, por isso, pessoas com prioridades legais têm esperando além do limite estabelecido para serem atendidas. No final da reunião, foi expedida uma recomendação para que os prestadores de serviço se adequem e passem a cumprir os dispositivos legais.

Bom exemplo 2

A recomendação foi feita pela promotora de justiça Stela Cavalcanti e determina que os bancos, lotéricas e multibancos estabeleçam em suas dependências alternativas técnicas, físicas ou especiais que garantam a obediência ao que está previsto na legislação quanto ao atendimento prioritário para gestantes, lactantes, idosos e pessoas com deficiência física.

Ponto eletrônico

Depois de expedir recomendações, não acatadas, e de realizar reuniões com proposta de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), não assinadas, o Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas propôs ações civis públicas (ACPs) em face de 41 municípios alagoanos, todos localizados na área de atribuição do MPF na capital do estado, com pedido de liminar para que a Justiça Federal determine, no prazo de até 90 dias, a instalação, operação e o regular funcionamento do registro eletrônico biométrico de frequência de servidores públicos vinculados ao Sistema Único de Saúde – SUS, especialmente médicos e dentistas.

Municípios

Os municípios que não assinaram TAC com o MPF e foram demandados judicialmente são Barra de Santo Antônio, Boca da Mata, Branquinha, Cajueiro, Campo Alegre, Capela, Colônia Leopoldina, Coqueiro Seco, Feliz Deserto, Ibateguara, Igreja Nova, Jacuípe, Japaratinga, Jequiá da Praia, Joaquim Gomes, Junqueiro, Maceió, Mar Vermelho, Maragogi, Marechal Deodoro, Maribondo, Matriz de Camaragibe, Messias, Novo Lino, Paripueira, Passo de Camaragibe, Paulo Jacinto, Penedo, Pilar, Pindoba, Porto Calvo, Porto de Pedras, Quebrangulo, Rio Largo, Santa Luzia do Norte, São Luís do Quitunde, São Miguel dos Campos, São Miguel dos Milagres, Teotônio Vilela, União dos Palmares e Viçosa. (Com Ascom).

PELO INTERIOR ... O Ministério Público Federal (MPF) firmou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com 12 municípios do Agreste e do Sertão alagoanos. ... No acordo, os prefeitos se comprometeram em aplicar recursos oriundos de processos judiciais, relacionados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), exclusivamente na educação dos respectivos municípios. ... Há previsão de liberação dos valores para essa sexta-feira, 11, O TAC firmado visa garantir que a integralidade dos valores seja revertida exclusivamente para a educação básica dos municípios sem que seja necessário que o MPF ajuíze ação civil pública para bloqueio dos valores judicialmente. ... Os prefeitos de Cacimbinhas, Jaramataia, Lagoa da Canoa, Maravilha, Olho d’Água Gran-

de, Olivença, Palestina, Pão de Açúcar, Porto Real do Colégio, Tanque d’Arca, Taquarana e Traipu, bem como o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Hugo Wanderley, se reuniram com os procuradores da República Antonio Henrique Cadete, Manoel Antonio Gonçalves e Carlos Eduardo Raddatz a fim de tratar dos termos do acordo extrajudicial. ... Policiais civis e militares do Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Pão de Açúcar informaram, na quarta-feira (9), a prisão de um acusado de roubo e tráfico de drogas na região. ... Segundo as informações policiais, Giliel Oliveira da Silva, conhecido como “Girica”, foi preso em cumprimento de mandado de prisão, expedido pela 17ª Vara Criminal da Capital. ... “Girica” é suspeito de integrar uma quadrilha que atua na região do Sertão praticando crimes de roubo e tráfico de drogas.

... Após a prisão, o acusado foi conduzido para a sede do Cisp de Pão de Açúcar, onde ficará à disposição da Justiça alagoana. ... O Dia D do Governo Presente atendeu mais de 9 mil pessoas nas 35ª e 36ª edições. ... Com programação focada para atender os povos tradicionais — como os quilombolas e indígenas, graças à interlocução feita pela Gerência de Articulação Social do Gabinete Civil — os municípios beneficiados foram Santana do Mundaú e Joaquim Gomes, que receberam ações de cidadania com diversos serviços gratuitos do Estado. ... O Dia D ocorreu na terça (8) e quarta-feira (9), nas comunidades quilombolas de Santana do Mundaú e na comunidade indígena Wassu Cocal, de Joaquim Gomes. ... Um excelente final de semana para todos. Até a próxima edição!


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