Edição 992

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ELEIÇÕES 2018

Veja a lista dos prováveis eleitos para Assembleia e Câmara Federal

extra

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MACEIÓ - ALAGOAS ANO XIX - Nº 992 - 05 A 11 DE OUTUBRO DE 2018

ELEIÇÃO TERMINA

NO ESTADO COM PALANQUES

EM ESCOMBROS

Nível da disputa eleitoral foi dos mais baixos dos últimos anos

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Reitora da Ufal Valéria Correia e jornalista Ricado Mota

ALAGOAS TEM JEITO

Passadas as emoções das eleições, o estado terá que enfrentar a dura realidade que o espera; não dá mais para pensar em soluções milagrosas

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SEGUNDO MANDATO

R 3,00

RENAN FILHO ENFRENTARÁ CENÁRIO NACIONAL DIFÍCIL Governador depende da vitória de Haddad para abrir portas em Brasília P/13


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MACEIÓ, ALAGOAS - 05 A 11 DE OUTUBRO DE 2018

“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”

Sem renovação

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- Pelo menos 6 das 9 vagas na Câmara Federal deverão ser ocupadas pelos atuais deputados Marx Beltrão, Arthur Lira, JHC, Carimbão, Ronaldo Lessa e Paulão.

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- A previsão é do analista político Marcelo Bastos com base no estudo das pesquisas de intenção de voto e no desempenho de cada um deles durante a campanha eleitoral e nas redes sociais.

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- Segundo Marcelo Bastos, as 3 vagas restantes serão disputadas entre Sérgio Toledo, Severino Pessoa, Nivaldo Albuquerque, Isnaldinho Bulhões, Pedro Vilela, Tereza Nelma, Eduardo Canuto e Fernando James.

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- Se o tucano Pedro Vilela não se reeleger, a bancada alagoana na Câmara Federal será renovada em apenas 33% ou um terço dos atuais representantes.

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- Ainda segundo análise do professor Marcelo Bastos, na Assembleia Legislativa a renovação também será mínima, de aproximadamente 37% da bancada de 27 deputados.

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- A previsão é de que pelo menos 10 novos deputados sejam eleitos nesse pleito. E os candidatos com maiores chances de vitória são Fátima Canuto, Cibele Moura, Célia Rocha, Ivan Beltrão, Paulo Dantas, Dudu Ronalsa, Marcelo Beltrão, Sílvio Camelo, Randerson Pessoa, Judson Cabral e Cícero Almeida.

(Millôr Fernandes)

COLUNA SURURU DA REDAÇÃO

Debate vazio

O debate entre os candidatos a governador, realizado esta semana pela TV Gazeta, nada acrescentou ao já consolidado quadro eleitoral alagoano. Sem adversário à altura, Renan Filho deitou e rolou durante as duas horas do vazio confronto.

Navegar é preciso

Sem experiência nem jogo de cintura nos embates políticos, o candidato Pinto de Luna abriu a guarda ao informar que nos últimos meses andou velejando pelos mares nordestinos. Levantou a bola para Renan Filho chutar. “Quem vive velejando não deve conhecer a realidade de Alagoas”, disse Renanzinho ao rebater críticas a seu governo. O delegado ainda tentou remendar, mas o estrago estava feito.

A meta é outra

As senadoras Ana Amélia (vice de Alckmin) e Kátia Abreu (vice de Ciro) e o ex-deputado Eduardo Jorge (vice de Marina), entrevistados no programa Roda Viva dessa semana, tiveram melhor atuação que os titulares. Se não conseguiram reverter a polarização da campanha entre Bolsonaro e Haddad, certamente conquistaram alguns votos para seus candidatos.

O deputado federal Maurício Quintella intensificou sua campanha nessa reta final da disputa, mas as pesquisas indicam que as duas vagas de senador devem ficar com Rodrigo Cunha e Renan Calheiros ou Biu de Lira. Mas quem conhece Quintella acredita que seu objetivo é pavimentar o caminho rumo à Prefeitura de Maceió em 2020. E mais: com o apoio do governador Renan Filho e do prefeito Rui Palmeira. Quem viver, verá.

Cadastro eleitoral O deputado federal Cícero Almeida – que não é dado à nefasta prática de comprar voto – foi surpreendido ao visitar as grotas de Maceió, seu principal reduto eleitoral. É que os cadastradores de voto chegaram primeiro e praticamente zeraram seu outrora fiel eleitorado, deixando Almeida a ver navios.

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- Para o Senado, que este ano elegerá dois terços de sua bancada, a renovação também será mínima. Das 3 vagas, uma já é de Collor, cujo mandato vai até 2022, enquanto as duas outras são disputadas pelos atuais senadores Renan e Biu de Lira e pelos deputados Maurício Quintella e Rodrigo Cunha.

Céu e purgatório

De olho no Senado

Após a saída de Collor da disputa majoritária, as atenções do alagoano se voltaram exclusivamente para a eleição ao Senado, já que Renan Filho praticamente ficou sem adversário. A entrada do delegado Pinto de Luna não alterou o quadro eleitoral, servindo apenas para garantir palanque ao senador Biu de Lira e alguns candidatos da oposição. Os demais candidatos a governador, Josan Leite e Basile Chirstopoulos, não têm a mínima chance, mas são importantes para fortalecer o processo democrático e legitimar a vitória do eleito.

Bom desempenho

Cidadania

As ações de combate à corrupção desenvolvidas nos últimos anos pelo advogado Richard Manso levaram o alagoano a concorrer ao Prêmio Innovare deste ano. A iniciativa é do Instituto Innovare e visa premiar práticas que contribuam para a modernização e democratização do acesso ao sistema judiciário brasileiro.

Biu de Lira chegou à reta final da campanha sem esperança de retornar ao Senado. A cada pesquisa de intenção de voto Biu aumenta o estresse e entra em crise de ansiedade na perspectiva de uma possível derrota. Aos 76 anos de idade, o desejo de Biu é morrer no céu, como seus colegas chamam o Senado. Mas pelo jeito, será difícil evitar o purgatório.

Perguntar não ofende

Por que Heloisa Helena não tem o mesmo desempenho de Rodrigo Cunha nas pesquisas eleitorais? Afinal, ambos são fichas limpas e empunham a bandeira da moralidade contra a corrupção e a indecência no serviço público.

Ressaca eleitoral

Nessa segunda-feira muitos candidatos estarão lamentando a derrota nas urnas e fugindo das dívidas de campanha, boa parte bancada por agiotas. Muitos deles desligarão o celular e sumirão do mapa por algum tempo.

“Aos vencidos, ódio ou compaixão; aos vencedores, as batatas” Mestre Machado de Assis.

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MACEIÓ, ALAGOAS - 05 A 11 DE OUTUBRO DE 2018

JORGE OLIVEIRA

Vote no terceiro

arapiraca@yahoo.com Siga-me: @jorgearapiraca

Vitória – Você não precisa ficar se debatendo ou se estressando quanto ao seu voto no próximo domingo. Sugiro votar no terceiro colocado. Seja ele qual for o nome que você escolher, garanto-lhe que, com exceção do Daciolo, o bombeiro maluquinho, qualquer outro candidato da lista vai representá-lo melhor do que os da corja lá de cima – Hadadd, que representa uma organização criminosa, e Bolsonaro, o neofascista que quer resolver os problemas do país à bala. Por isso, aconselho-o a se livrar desses dois trogloditas pelo voto para preservar a democracia e os cofres públicos. O voto útil é no terceiro melhor colocado nas pesquisas – Ciro ou Alckmin – que se apresenta com melhor chance de ir para o segundo turno e derrubar o capitão. O Haddad está freado, a rejeição não vai deixá-lo crescer e ele bateu no teto. Perde em quase todas as regiões, com exceção do Nordeste, onde ainda tem um pequeno resíduo sustentado pelo patrão Lula, que coordena a sua campanha de dentro do presídio. Se o eleitor indeciso, que soma mais de 50%, decidir pelo terceiro colocado, certamente o resultado das eleições no segundo turno será outro. Se optar pelo Ciro, hoje o terceiro colocado, estará expurgando já no primeiro turno o Haddad, representante da organização criminosa que saqueou os cofres públicos, e levando o cearense para disputar com Bolsonaro. Nesse confronto, se ocorrer, Ciro tem mais chances de vencer o militar, como mostram todas as pesquisas de opinião. Ciro tem um currículo vastíssimo como homem público. Governador do Ceará e prefeito de Fortaleza, ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, ministro da Integração no governo do PT, deputado constitucionalista e conferencista internacional, homem envolvido com os problemas do país. Do outro lado, encontra-se o vazio. Bolsonaro com sete mandatos de deputado nunca aprovou um projeto na Câmara e jamais discutiu os problemas da nação. Representa os militares mais radicais e tem ao seu lado um general que quer acabar com o décimo terceiro salário dos trabalhadores. Quando abre a boca se parece mais com a Magna ou com a Ofélia dos programas humorísticos. O voto consciente no terceiro colocado vai livrar o país dos extremos e da disputa odienta. Ciro, como ele mesmo diz, tem condição de unir o país em torno de uma proposta. Político experiente, vai saber juntar os pedaços que vão sobrar dessas eleições no Congresso Nacional, dialogando com os parlamentares eleitos e fatiando o poder para governar e juntar os cacos depois dessas eleições de ideologias extremadas. A vitória de um dos candidatos – Haddad e Bolsonaro – não é boa para o Brasil. O militar já disse de alto e bom som que não vai respeitar o resultado das urnas. É capaz de inflamar seus eleitores mais fanáticos de direita para a desordem e a rebeldia, desestabilizando a democracia. Os petistas, como já conhecemos, não vão sair das ruas enquanto não derrubarem o Bolsonaro, caso ele ganhe a eleição. É assim que eles procedem desde a queda do Collor e continuam fazendo. Basta olhar a campanha que fazem contra o Temer, seu ex-aliado. Denunciando golpe, eles não se conformam em ficar fora do poder, mamando na teta do Estado porque são incapazes de sobreviverem sem o dinheiro público. Por isso, o Temer virou inimigo número um deles quando começou a varrer os parasitas dos cargos comissionados.

Cuidado

Capacidade

Mesmo com a perspectiva de perder no segundo turno, os petistas não vão dar trégua ao país. Vão às ruas, como sempre fazem, para soltar o Lula, o guru que está na cadeia por corrupção e lavagem de dinheiro, e emperrar as votações no Congresso Nacional para atrasar o desenvolvimento do país. Para eles, pouco interessa a harmonia e a paz no país, são mestres na anarquia e nos conflitos de rua, pois surgiram para a política com essas características.

Tanto Ciro quanto Alckmin têm bons currículos de administradores. Um governou São Paulo por dez anos e o outro o Ceará, um dos maiores estados do Nordeste. Tem ficha limpa e não responde a processo por corrupção. Alckmin vem de um governo paulista bem-sucedido. E um dos seus feitos, certamente o maior deles, foi derrubar os índices de violência a níveis de países de primeiro mundo.

Militares

Votar no Bolsonaro é votar no escuro. Ele vem sendo arrastado pela onda de pessimismo no país criado pelos petistas, seu principal cabo eleitoral, que provocou o renascimento da direita militar depois que atolou o país no caos econômico e social. Portanto, não devemos penalizar os brasileiros porque um grupo de facínoras, trasvestidos de políticos, assaltou os cofres públicos e deixou mais de 14 milhões de brasileiros desempregados. O seu voto é um instrumento importante de mudança, por isso, você deve usá-lo de forma séria e honesta para evitar uma calamidade social que se avizinha como a vitória de Bolsonaro ou de Hadadd.

Quanto ao Bolsonaro não é diferente. Parlamentar medíocre, cérebro atrofiado, é incapaz de juntar uma coisa com a outra. Lembra muito a Dilma, a tonta que deixou o país no caos econômico. Mesmo assessorado por economistas de direita, não consegue nem decorar a lição de casa. Nos últimos debates foi flagrado olhando para as mãos onde estava escrita a cola, o que os seus gurus orientaram. É frágil politicamente e pode levar o Brasil à bancarrota, pois não terá o apoio do Congresso para governar.

Situação

Diante dessa situação de caos político e econômico só nos resta escolher os menos piores. E eles são Ciro ou Alckmin. O que estiver na frente nas pesquisas até as vésperas das eleições que vão ocorrer neste domingo, o eleitor, se votar em um deles, certamente estará acertando e livrando o Brasil dos extremistas de direita e de esquerda.

Escuro

Cuidado

Caso haja um problema político em que Bolsonaro seja afastado da presidência, o brasileiro vai enfrentar o general Mourão, o vice, que pelas últimas declarações mostrou-se um sujeito raivoso, radical e mais extremado do que o próprio Bolsonaro. No caso de Hadadd, já sabemos, é a volta da quadrilha chefiada por Zé Dirceu e o Lula, que certamente será indultado e vai ocupar uma sala ao lado do presidente petista mandando e desmandando no país.

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MACEIÓ, ALAGOAS - 05 A 11 DE OUTUBRO DE 2018

Debate improdutivo

O

debate realizado pela TV Gazeta na última terça-feira revelou que a maioria dos candidatos ao governo não está preparada para apresentar propostas e muito menos responder as perguntas dos adversários. Se o debate teve o objetivo de fazer com que o eleitor fosse dormir com a certeza da escolha de um dos quatro candidatos, não atingiu o seu objetivo. Basile, Pinto de Luna e Josan Leite quase nada contribuíram para o eleitorado escolher o seu candidato, num debate morno, sem objetividade e pouco conteúdo. O governador Renan Filho, que vem desde algum tempo com seu discurso pronto e querendo mostrar que Alagoas é um oásis, foi o que melhor se saiu durante as duas horas de debate sob a mediação do jornalista Roberto Kovalick. Os outros, lamentavelmente, não estavam preparados para discutir os problemas de Alagoas. Fica para a próxima. .

GABRIEL MOUSINHO gabrielmousinho@bol.com.br

Mais casas

Enquanto muitos candidatos se tornam os pais das crianças nas obras públicas, a Prefeitura de Maceió anuncia a construção de mais 1900 casas populares. Já chega a quase 20 mil só na capital, o que demonstra a competência do município na área de habitação.

Carga total

Apoio do povo

No final da campanha o Guia Eleitoral do MDB esqueceu o candidato Maurício Quintella e centrou fogo no senador Renan Calheiros. Ninguém compreendeu porque o governador Renan Filho, na reta final, não pediu votos para o ex-ministro dos Transportes.

Primeiro turno

Inquilinos do Palácio dos Martírios estão certos de que a diasputa ao governo do Estado será resolvida logo no primeiro turno. O problema agora é Renan Filho ser eleito com a maior votação proporcional do Brasil. Se não acontecer é uma frustração para sua tropa de choque.

Desespero

O desespero tomou conta da disputa pelo Senado nos últimos dias. Se de um lado o governador Renan Filho acelera para pedir votos para o pai, do outro, Benedito de Lira arma barraca nos maiores colégios eleitorais para garantir sua permanência no Senado.

Correndo solto

Como nas eleições anteriores, alguns candidatos mais abastados vão jogar duro nessas últimas 48 horas. O dinheiro deve correr solto nas periferias das cidades para cumprir com os compromissos dos cadastros eleitorais. Quem não cumprir perde as eleições, disse um experiente observador.

Um ou outro

Pelas pesquisas para consumo próprio que alguns candidatos estão fazendo, a disputa pela segunda vaga para o Senado será entre Benedito de Lira e Renan Calheiros. Os dois lados esqueceram momentaneamente a forma gentil da campanha e partiram para o ataque para tentar sensibilizar o eleitorado que ainda está indeciso.

Definido

Para deputado federal a briga não deixa por menos. Os nove deputados que assumirão o mandato em janeiro já estão praticamente definidos, salvo algum imprevisto de última hora, o que não é muito provável.

Primeiro lugar

Na disputa por quem terá a maior votação para deputado federal, figuram dois nomes importantes: Arthur Lira e Marx Beltrão, ex-ministro do Turismo. Um dos dois devera ser o campeão de votos nessa eleição.

Caiu nas graças

Disparado nas pesquisas, o deputado Rodrigo Cunha caiu nas graças do eleitorado e está com um pé no Senado. É a onda, disse um simpatizante de Cunha, que praticamente nada apresentou de projetos durante sua campanha ao Senado.

Jogando contra

Para o Senado alguns candidatos deixaram de lado o que haviam acertado e jogam até contra o aliado. No Guia Eleitoral e nas redes sociais o pau cantou na reta final de campanha. Tanto do lado da oposição como do bloco do governo.

Prestando serviço

Como não tinham muito que fazer, as áreas jurídicas de alguns candidatos preferiram pedir direito de resposta aos jornalistas que atuam no batente. Uma coisa que a Justiça Eleitoral deveria era não permitir esse tipo de investida contra os profissionais de imprensa que apenas informam a temperatura da campanha política.

Problemas resolvidos

Se os candidatos quando eleitos fizerem pelo menos 10% do que prometeram durante a campanha eleitoral, mais precisamente no Guia Eleitoral, Alagoas, a partir de janeiro, se transformará num canteiro de obras. Como em outras eleições, a turma, salvo alguns, esquece rapidamente o que prometeu no calor da campanha.

Se depender das manifestações realizadas no último domingo na orla marítima, o candidato Jair Bolsonaro, ao contrário do que o PT acredita, terá uma grande votação em Maceió. O povo, literalmente, foi às ruas gritando palavras de ordem e atacando candidatos ao Senado.

Jogo perigoso

Nos últimos dias o que se viu nas redes sociais foi a guerra travada entre os candidatos ao Senado. Mentiras, difamações, denúncias as mais diversas foram a tônica da campanha na sua reta final. Isso mostra o desespero de alguns candidatos.

Vale tudo

Até este colunista recebeu ligação com denúncias mentirosas contra o candidato Benedito de Lira. Com número de telefone fora de Alagoas, quem denuncia certamente anda desesperado com as últimas pesquisas feitas para consumo próprio. A rejeição de alguns candidatos chega à estratosfera.


MACEIÓ, ALAGOAS - 05 A 11 DE OUTUBRO DE 2018

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Analista revela nomes dos prováveis eleitos para Assembleia e Câmara

PREVISÃO ELEITORAL

283 CANDIDATOS DISPUTAM 27 VAGAS DE DEPUTADOS ESTADUAIS E 69 TENTAM 9 VAGAS DE FEDERAIS DA REDAÇÃO

A

pós analisar as pesquisas oficiais de intenção de voto e as consultas eleitorais para consumo interno, o professor Marcelo Bastos listou os prováveis eleitos para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa de Alagoas. Ao todo, 283 candidatos disputam as 27 vagas de deputados estaduais, enquanto 69 pretendentes brigam pelas 9 vagas de deputados federais. Segundo o analista político, seu estudo também leva em consideração o desempenho de cada candidato em eleições passadas, o tamanho das coligações partidárias, além da visibilidade nas campanhas de rua e redes sociais. “É evidente que esse estudo não quer dizer que vai acontecer exatamente dessa

Prováveis deputados federais COLIGAÇÃO AVANÇA MAIS ALAGOAS

Podemos, PRTB, MDB, Avante, PDT, PSD, PTB, PMN, PT, PPS, PR - Esta coligação faz de 5 a 6 eleitos e os prováveis eleitos são Marx Beltrão (PSD), Sérgio Toledo (PR), Ronaldo Lessa (PDT), Givaldo Carimbão (Avante), Nivaldo Albuquerque (PTB), Isnaldinho Bulhões (MDB) e Paulão (PT).

COLIGAÇÃO ALAGOAS COM O POVO II

PP, PROS, PSC, DEM, PSDB, PSB, PTC, PRB - Esta coligação faz de 3 a 4 eleitos e os candidatos que disputam as vagas são JHC (PSB), Arthur Lira (PP), Severino Pessoa (PRB), Pedro Vilela (PSDB), Tereza Nelma (PSDB), Eduardo Canuto (PSDB) e Fernando James (PTC).

REDE

O Partido Rede de Sustentabilidade só lançou a candidata Heloísa Helena. Para conseguir se eleger pelo coeficiente eleitoral terá que obter aproximadamente 160.000 votos, porém, com a

forma, já que política não é uma coisa estática e sim muito dinâmica”, explica o professor. Nas eleições para vereador de Maceió, em 2012, Marcelo Bastos acertou 100% das suas previsões que foram publicadas no jornal EXTRA, na edição do dia 20 de setembro de 2012. Nas eleições de 2014 para deputado federal e estadual em Alagoas, o analista político acertou 25 dos 27 eleitos para a Assembleia Legislativa e cravou os nove eleitos para Câmara Federal, previsão também divulgada pelo EXTRA. No pleito municipal de 2016 o professor Marcelo Barros acertou 19 das 21 vagas para a Câmara de Maceió, cuja previsão o EXTRA publicou em sua edição de 30 de setembro daquele ano.

reforma eleitoral, ela poderá ser eleita mesmo que não alcance o coeficiente, desde que haja sobra de vagas na Câmara.

COLIGAÇÃO ALAGOAS QUE O POVO QUER II

PV e PC do B - Esta coligação tem 6 pretendentes em disputa, sem nenhuma chance de atingir o coeficiente eleitoral, portanto sem qualquer possibilidade de eleger candidato.

COLIGAÇÃO AVANÇA MAIS ALAGOAS III

PHS, Solidariedade, DC Esta coligação tem 11 candidatos em disputa, sem nenhuma chance de atingir o coeficiente eleitoral.

COLIGAÇÃO MUDA ALAGOAS DE VERDADE

PSL e Patriotas - Esta coligação tem 18 candidatos na disputa, mas nenhuma chance de atingir o coeficiente eleitoral para eleger pelo menos um deles.

PARTIDO NOVO, PCO E PSTU

O partido Novo registrou 3 candidatos na disputa federal;

Isnaldinho Bulhões, Severino Pessoa e Fernando James entre os prováveis eleitos no domingo

o PCO tem apenas 1 e o PSTU também apresentou 1, mas nenhum deles atingirá o coeficiente eleitoral e consequentemente sem nenhuma chance de eleger candidato.

Prováveis deputados estaduais COLIGAÇÃO ALAGOAS COM O POVO

PP, PRB, PROS, PTC, PSDB, DEM, PSB, PSC - Esta coligação faz de 6 a 7 eleitos e os candidatos com mais chances são Davi Davino (PP), Tarciso Freire (PP), Chico Filho (PP), Dudu Ronalsa (PP), Léo Loureiro (PP), Val Gaia (PSDB), Cibele Moura (PSDB), Célia Rocha (PTC), Bruno Toledo (PROS), Davi Maia (DEM), Ângela Garrote (PP), Randerson Pessoa (PRB).

COLIGAÇÃO AVANÇA MAIS ALAGOAS II

MDB, Solidariedade, PSD, PTB, PHS, PR - Esta coligação faz de 10 a 11 eleitos e candidatos que disputam as vagas Jó Pereira (MDB), Ricardo Nezinho (MDB), Marcelo Beltrão (MDB), Olavo Calheiros (MDB), Galba

Novaes (MDB), Paulo Dantas (MDB), Ronaldo Medeiros (MDB), Antônio Albuquerque (PTB), Thaíse Guedes (PTB), Marcos Holanda (PSD), Ivan Beltrão (PSD), Gilvan Barros Filho (PSD), Marcelo Vitor (Solidariedade), Lobão (PR) e Cícero Almeida (PHS).

COLIGAÇÃO ALAGOAS QUE O POVO QUER

PT e PV - Esta coligação faz de 0 a 1 deputado e o provável eleito é Sílvio Camelo, do PV. Entretanto, tem a possibilidade remota de eleger mais um com o voto de legenda do Partido dos Trabalhadores, que é muito forte.

COLIGAÇÃO AVANÇA ALAGOAS

PMN, PDT, Avante, Podemos - Esta coligação faz de 2 a 3 deputados e os prováveis eleitos são Inácio Loiola (PDT), Francisco Tenório (PMN), Judson Cabral (PDT) e Carimbinho (Avante).

COLIGAÇÃO CÍRCULO DEMOCRÁTICO

PRTB e PPS - Esta coligação faz de 3 a 5 deputados e os

candidatos com mais chances são Fátima Canuto (PRTB), Flávia Cavalcante (PRTB), Jaizinho Lira (PRTB), Breno Albuquerque (PRTB), Ferreira Hora (PRTB), Marcos Madeira (PRTB), André Monteiro (PRTB) e Marcos Barbosa (PPS).

COLIGAÇÃO MUDA ALAGOAS DE VERDADE

PSL, PATRIOTAS, PPL Esta coligação elege de 0 a 1 deputado e os candidatos que disputam a vaga são Francisco Sales (PPL) e Sargento Ramalho (PPL).

COLIGAÇÃO RECONSTRUIR ALAGOAS

PSOL e PCB - Esta coligação tem 28 candidatos em disputa, mas sem qualquer chance de atingir o coeficiente eleitoral para eleger candidato.

REDE E PSTU

O partido Rede tem 4 candidatos na disputa e PSTU apresentou apenas 1 representante, portanto não atingirão o coeficiente eleitoral e consequentemente sem chance de


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MACEIÓ, ALAGOAS - 05 A 11 DE OUTUBRO DE 2018

Senado tem disputa acirrada em Alagoas

TEMPO DE PROPOSTAS CANDIDATOS TENTAM GANHAR VOTO DOS ELEITORES INDECISOS VALDETE CALHEIROS Especial para o EXTRA

O

EXTRA encerra a série de entrevistas das Eleições 2018 ouvindo todos os candidatos ao Senado por Alagoas. São oito homens na disputa, sendo que a única mulher a se habilitar inicialmente, Flávia Melo, do PCO, teve o registro cassado pela Justiça Eleitoral em função de irregularidades na prestação de contas do partido. Apenas dois dos oito candidatos serão levados a Brasília, de acordo com a preferência dos eleitores alagoanos. As eleições para o Senado acontecem de forma revezada. Neste ano, serão eleitos dois. Daqui a quatro anos, apenas um. Neste domingo dia 7 de outubro, irão às urnas 2.187.966 eleitores, dos quais 53,29% são mulheres e 46,71% homens. Maceió compreende 27,21% do eleitorado com 595.513 votantes. Os números são do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas. Nesta edição, o eleitor vai poder conhecer um pouco mais sobre os candidatos e saber quem são seus suplentes. Para todos serem tratados com isonomia, foi feita uma única pergunta a cada um dos concorrentes à vaga de senador. O perfil de cada candidato (dois deles já senadores e tentando a reeleição) e as respostas estão publicadas obedecendo a ordem alfabética do nome dos candidatos.

mas essenciais da população, Biu de Lira é reconhecido por defender projetos nas áreas de habitação, saúde, educação, segurança e geração de emprego e renda, além de ser considerado o parlamentar que trouxe mais recursos para Alagoas.

Por que Alagoas deve lhe dar o voto para o Senado?

Benedito de Lira (PP) Durante esses sete anos de mandato tenho trabalhado incansavelmente para trazer melhorias para o nosso estado. Tenho trabalhado com o objetivo de fortalecer os munícipios trazendo recursos que possam ajudar a melhorar a saúde, educação, infraestrutura e moradia. Foram mais de R$ 200 milhões de custeio para saúde, mais de 40 mil moradias, sendo 17 mil só para Maceió, R$ 412 milhões para implantação e melhoria do VLT que atende moradores de Rio Largo, Satuba e Maceió. Muitos políticos não gostam de investir em saneamento básico, por ser uma obra que fica embaixo do chão, mas minha maior preocupação é melhorar a vida dos alagoanos. Por isso, fui buscar recursos para investimento na área, pois sei que a cada R$ 1,00 investido em saneamento se economiza R$ 4,00 em saúde pública. Outra preocupação minha é com o fortalecimento do pequeno agricultor, para o qual, além de buscar recursos, consegui entregar muitos equipamentos para melhorar a vida do homem do campo. Além disso, considero alguns

projetos de lei importantes para a sociedade como, o projeto de minha autoria que aplica multa em empresas que não pagam salário igual para mulheres que ocupam os mesmos cargos que homens. Tenho um projeto aprovado que autoriza o uso de medicamentos genéricos veterinários, incluindo animais domésticos, e tantos outros projetos. Sem dúvida, os alagoanos podem esperar de mim muito trabalho e dedicação para trazer melhorias para os que mais precisam. São suplentes de Bendito de Lira, Lucia Teófilo (PSDB) e Gustavo Lima (PP).

QUEM É BENEDITO DE LIRA Nascido no dia 1º de maio de 1942, em Junqueiro, município do agreste alagoano, Benedito de Lira – carinhosamente chamado de Biu – é um homem de origem humilde, mas de muitos sonhos. Determinado desde criança, progrediu na vida com muito esforço, trabalho e, principalmente, estudo. Formado em direito pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), foi, também, procurador geral do Estado. Iniciou a vida política em 1966, como vereador em sua cidade natal. Foi deputado estadual e federal por três mandatos e ao longo de 50 anos de vida pública, exerceu funções importantes como secretário de Estado, presidente da Câmara de Maceió e da Assembleia Legislativa e prefeito interino da capital, quando iniciou a revitalização e modernização do centro da cidade. Em 2010, foi eleito senador pelo Partido Progressista (PP) com a maior votação da história do Estado, com mais de 900 mil votos. Neste mandato, foi titular da Comissão de Educação, Cultura e Esporte e da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, da qual também foi presidente. Com uma atuação política voltada para os proble-

Cícero Albuquerque (PSOL) O primeiro benefício que Alagoas terá com a minha eleição para o Senado decorre de um compromisso fundamental, Alagoas terá um senador republicano, com forte rigor ético. Alagoas não terá vergonha do senador Cícero Albuquerque. O meu nome, garanto, não estará envolvido em escândalos e não responderei a processos por improbidade administrativa. E mais, abrirei mão dos privilégios que o cargo de senador tem, serei probo e zeloso com a coisa pública. Alagoas terá um defensor dos seus interesses. Farei do meu mandato um instrumento de luta para obter meios e recursos que alcance Alagoas em suas chagas sociais. Os graves índices sociais do estado e do Nordeste serão parâmetros para a minha atuação parlamentar. O desenvolvimento social e a melhoria de vida dos mais pobres serão as causas primeiras do meu mandato. A agricultura camponesa

familiar, o pequeno empresário e as ações cooperativadas terão um grande aliado no Senado com a nossa eleição. A defesa da educação pública e de qualidade e dos seus profissionais, meus colegas, terão um representante fiel e combativo. O ensino público federal, Ufal e Ifal, e a importantíssima Uneal, especialmente, terão o meu empenho no Senado. Defendo o Estado como um indutor social que promova a justiça, a liberdade e a igualdade social. O Brasil é um país rico, continental e tem tudo para assumir uma posição global de maior influência. O seu papel de líder no continente deve ser exercido respeitando a soberania dos povos e os valores de democracia e justiça social. Nossa eleição para o Senado significará um reforço para as causas democráticas e populares. Lutarei pelos direitos do povo brasileiro, sou contra a atual reforma trabalhista e contra qualquer proposta de reforma da previdência que puna os trabalhadores. Serei contrário a qualquer tentativa de privatização de setores estratégicos da nossa economia como o pré-sal, a Eletrobras, a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e outros, bem como lutarei para cancelar o que tem sido privatizado pelo golpista e ilegítimo governo Temer. Em síntese, nosso mandato tem como eixos a defesa da democracia, da soberania brasileira e da justiça social. Combaterei toda forma de intolerância social e de desrespeito contra as mulheres, contra os negros e índios, contra LGBTs e outros grupos. Alinharei a minha ação parlamentar com os valores da liberdade de pensamento, de ação e de credo. São suplentes de Cícero Albuquerque – Felipe Cavalcante, advogado, professor universitário (PSOL) e Neneza Domingos (liderança do Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM) (PSOL).


MACEIÓ, ALAGOAS - 05 A 11 DE OUTUBRO DE 2018

QUEM É CÍCERO ALBUQUERQUE – Graduado em História, Cícero Ferreira Albuquerque é mestre em Sociologia e doutor em Ciências Sociais. Atualmente, é professor da Ufal. Cícero Albuquerque é ainda especialista em pesquisas sobre o setor canavieiro e a migração campesina em Alagoas. Autor

dos livros Cana, Casa e Poder (Edufal, 2009) e Campesinato e Migração em Alagoas (Edufal, 2017) tem também diversos artigos publicados em revistas científicas. Estudioso da sociedade alagoana, com ênfase para os seguintes temas: relações de trabalho no universo canavieiro, migração e campesinato. Começou a militância social em grupos de jovens e de base da Igreja Católica. Foi membro da equipe do Movimento de Educação de Base (MEB), órgão vinculado à Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), durante dez anos. Foi líder estudantil durante o ensino médio e superior. Além de professor, é educador popular, com vínculos orgânicos com movimentos sociais rurais e urbanos. Filiado ao PSOL.

Flávio Moreno (PSL)

Alagoas terá um senador de verdade que rompa o ciclo de manchetes de corrupção e fichas sujas que retiram do povo seus direitos básicos a saúde, educação, emprego, dignidade e segurança. O senador que promoverá benefícios para toda população independente de classe social, sexo, idade e cor. Sou o único que tem o compromisso com a família, os valores cristãos e de direita para aprovar a revogação do estatuto do desarmamento, a militarização das escolas públicas, a redução da maioridade penal, a criminalização da pedofilia, o aumento do rigor penal para criminosos e corruptos, a saúde como bem de todos, é contra o aborto e as drogas, é a favor da redução dos tributos para criação de mais empresas, empregos e distribuição de renda para o cidadão de nossa terra. São suplentes de Flávio Melo, doutora Sarita Melo e Marcos Perciano, ambos do PSL. QUEM É FLÁVIO MORENO Flávio Antônio Moreno da Silva é agente de Polícia Federal, com 10 anos de combate à corrupção e crime organizado. Formado em Direito. Tem 43 anos. É coordenador do Grupo de Prevenção ao Uso Indevido às Drogas da PF/AL (licencia-

do). Presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas (licenciado). Conselheiro da Ordem dos Policiais do Brasil (licenciado). Coordenador Nacional dos Agentes Federais do Brasil. Especialista em Segurança Pública com 23 anos na área. Coordenador do Projeto Social “Amigos da Federal” que leva esporte e prevenção às drogas para escolas públicas e privadas. Palestrante motivacional. Presidente do PSL Alagoas. Ganhador dos alguns prêmios, ente os quais 11º Prêmio Gogó da Ema, o Oscar Alagoano, destaque na Segurança e Combate à Corrupção; Prêmio Quality; Oitavo Prêmio Empresarial de Alagoas, Class Magazine. Comenda do Mérito Delegada Aureni Moreno.

Maurício Quintella (PR)

Alagoas vai ganhar um senador com capacidade de articulação em Brasília, realizador, experiente, com a carreira construída pela concretização de obras de grande porte no estado e no Brasil. Acumulei tudo isso com todos os cargos que ocupei, principalmente quando fui Ministro dos Transportes, Portos e Aviação e deputado federal por quatro mandatos. No Senado meu compromisso é trabalhar redobrado, e começa com esta base já solidificada, que trouxe para os alagoanos a duplicação da BR-101, a construção e recuperação de outras rodovias federais, a dragagem do Porto de Maceió e do Rio São Francisco, viadutos, além do encaminhamento dos aeroportos regionais de Maragogi e Arapiraca. Alagoas ganhou uma infraestrutura de qualidade, mesmo com a crise no Brasil. E não foi nada fácil administrar nesse contexto, nem para prefeitos, nem para o governador ou ministros. Quando assumi o Ministério dos Transportes, há dois anos, todas as obras de Alagoas estavam paralisadas. Nós superamos a conjuntura e avançamos muito mais. As estradas viraram tapetes, temos hoje a segunda melhor malha rodoviária do Brasil. Para consolidar essas conquistas foi imprescindível a nossa parceria com o governador Renan Filho e o senador Renan. Juntos destravamos obras como a do Canal do Sertão, trouxemos água, tiramos cidades inteiras do isolamento rodoviário construindo acessos. Também fizemos pavimentação, urbanização, obras na educação, iluminação pública. Dimi-

nuímos a criminalidade promovendo segurança, melhoramos a mobilidade urbana e rural. Na saúde, estamos construindo hospitais, e como senador vou assegurar os equipamentos necessários para o funcionamento deles. Por isto, Alagoas não pode perder a chance de eleger os dois senadores que formam a base do governador Renan Filho e que tenham compromisso com o futuro do Estado. Se a gente estiver fragilizado no Senado, fica muito difícil para o governador continuar o trabalho que vem fazendo. Defenderei nosso estado também nas causas nacionais, como a revisão do pacto federativo. O atual modelo é perverso: a União concentra a maior parte dos recursos, deixando os municípios à míngua. Na questão municipalista, vou trabalhar para mudar o modelo atual e distribuir esses recursos entre os municípios. Isso vai favorecer, e muito, toda a população alagoana. São suplentes de Maurício Quintella, Romero Farias (PR) e Gilvania Barros (MDB). QUEM É MAURÍCIO QUINTELLA Maurício Quintella é deputado federal e candidato ao Senado pelo PR-AL. Advogado e servidor concursado da Justiça do Trabalho. Nasceu em Maceió no dia 28 de março de 1971, filho de José Márcio Malta Lessa e de Laura Quintella Malta Lessa. Casado com Fernanda de Sousa Soares Lessa, com quem tem dois filhos. Começou sua carreira política em 1996 como vereador. Foi reeleito e tornou-se presidente da Câmara de Vereadores. Hoje está em seu quarto mandato consecutivo de deputado federal. Também foi secretário de Educação de Maceió, secretário Regional Metropolitano de Alagoas (o equivalente a Secretaria de Infraestrutura). Em 2004, passou a secretário de Estado de Educação, pasta em que trabalhou até outubro de 2005. Nas eleições de 2006 foi reeleito deputado federal por Alagoas. Licenciou-se do mandato de deputado federal, na Legislatura 2015-2019, para exercer o cargo de ministro de Estado de Transportes, Portos e Aviação Civil, a partir de 12 de maio de 2016. Em abril de 2018, reassumiu seu mandato, e hoje é candidato a senador por Alagoas.

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Osvaldo Maciel (PCB)

Podemos destacar três dimensões importantes de nossa candidatura: Alagoas terá um senador que não se verga diante dos interesses do grande capital, dinheiro que se concentra nos bancos, nas imobiliárias e nas industrias, e que defenderá o interesses dos trabalhadores, da maioria da população oprimida e explosiva. Não estarei ao lado dos usineiros, e sim ajudando na organização do poder popular! Defendemos a mudança da matriz econômica de Alagoas, cortando gastos em usinas decadentes do setor canavieiro, e nos aproximando de setores produtivos alternativos, marcadamente dos pequenos agricultores e campesinos. Defesa dos direitos sociais, políticos e trabalhistas, com a revogação da Emenda Constitucional 95 e de todos os principais atos do governo Temer, sob o risco de que não haverá condições para a retomada do crescimento econômico do país. São suplentes de Osvaldo Maciel, Inaldo Valões (PCB) e Antonio Ugá Filho (PSOL). QUEM É OSVALDO MACIEL Nascido em Maceió, em 1971, em plena ditadura, possui graduação, mestrado e doutorado em História. Foi professor da Educação Básica durante mais de 10 anos. Trabalhou na Uneal entre 2004 e 2014. Atualmente é professor da Ufal, onde está desde 2008. Escreveu vários livros, artigos e textos sobre a história dos trabalhadores em Alagoas, “demonstrando que nossa história não é somente a história das oligarquias, dos marechais e dos grandes personagens. Minhas pesquisas ajudam a produzir uma história diferente da história oficial”.


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São suplentes de Rodrigo Cunha, Eudócia Caldas (PSB) e Henrique Arruda (PROS).

Renan Calheiros (MDB)

Pretendo continuar cumprindo o meu papel para ajudar Alagoas e o Brasil, liderando as votações dos grandes temas nacionais e defendendo a democracia, lutando pelos interesses do nosso estado, trazendo recur-

sos federais para obras importantes em todos os municípios e buscando investimentos que venham para desenvolver Alagoas. QUEM É RENAN CALHEIROS Renan Calheiros é natural de Murici. Formado em Direito pela Ufal, ex-líder estudantil, foi deputado estadual (1978-1982), deputado federal por dois mandatos (de 1983 a 1990), membro da Assembleia Nacional Constituinte e escolhido pelo Diap como “Constituinte Nota 10”. Foi vice-presidente executivo da Petroquisa no governo de Itamar Franco e ministro da Justiça no governo FHC, em 1998 e 1999. Exerce o terceiro mandato consecutivo de senador pelo MDB, eleito em 1994, 2002 e 2010. Ocupou diversas vezes o posto de líder da bancada no Senado. Foi eleito quatro vezes para presidente do Senado, em 2004, 2006, 2013 e 2015. São suplentes de Renan Calheiros, Silvania Barbosa (PRTB) e Rafael Tenório (MDB).

Rodrigo Cunha (PSDB)

O nosso desafio no Senado Federal é, primeiro, devolver ao povo de Alagoas o orgulho de ter naquela Casa uma representação transparente, ética, independente e cujo trabalho terá como base a participação popular. Segundo, estamos levando para o Congresso Nacional o combate aos privilégios, a coragem de apresentar e defender leis e direitos que beneficiem a todos igualmente, e um mandato cuja destinação de emendas parlamentares será para obras e projetos que tragam melhoria da qualidade de vida para todos os alagoanos. Alagoas terá no Congresso Nacional um senador que não negociará seus princípios, que não envergonhará os alagoanos, que prestará contas de cada ato naquela Casa, com o zelo e a transparência que marcam meu mandato de deputado estadual e que marcaram minha gestão no Procon/Alagoas.

QUEM É RODRIGO CUNHA Formado em Direito pela Universidade Federal de Alagoas, com pós-graduação em Gestão Pública, Gestão empresarial e Direito do Consumidor. Assumiu a Superintendência do Procon Alagoas em 2008 onde atuou por 6 anos, onde desenvolveu um trabalho de excelência, que virou referência nacional. Reconhecido publicamente pela luta por Justiça e cidadania. Atualmente, exerce seu primeiro mandato como deputado estadual em Alagoas (mais votado em 2014) e é candidato ao Senado Federal.

do personalismo político que mistifica a atuação do representante, aqui eleito, para defender os interesses maiores do povo brasileiro. Ouvimos deles que conseguiram verbas através de emendas, esforços junto a ministérios, mas não explicam a que preço isso acontece. Por vezes, acordam votações nocivas à grande maioria da sociedade no sentido de favorecimentos escusos a poucos. Acrescento aí o despudor de tomar como suas as verbas institucionalizadas por leis, decretos etc. Isto posto, deixo expresso também que, se eleito for, não me deixarei levar por esses caminhos que tanto envergonham os alagoanos, que trabalharei incansavelmente pelo desenvolvimento nacional. Estarei atento e denunciarei as mazelas patrocinadas por indivíduos sem compromisso com o Brasil e sua gente. Não estarei nas páginas policiais, fato recorrente nos dias de hoje. Defenderei meu país e sua soberania. “Fazendo isso, alagoanos e brasileiros serão honrados”. São suplentes de Sérgio Cabral, Flávio Costa e Luana Borges, ambos do PSL. QUEM É SÉRGIO CABRAL

Sérgio Cabral (Patriota)

Em primeiro lugar a pergunta expressa bem a cultura

É servidor público estadual aposentado. Formado na área de Tecnologia da Informação. Já foi candidato a vereador, a prefeito de Maceió e a deputado federal. Tem dois filhos e três netos. Trabalhou por 35 anos no Instituto de Tecnologia em Informática e Informação de Alagoas (Itec), e há 24 anos atua como líder sindical.


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Confira dicas práticas para o dia da votação

HORA DO VOTO APLICATIVOS QUE AJUDAM NO PROCESSO SÃO DESTAQUES NO PLEITO BRUNO FERNANDES Estagiário sob supervisão da Redação

COMO VOTAR

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estas eleições de 2018, cerca de 147 milhões de pessoas no país e pouco mais de 2 milhões em Alagoas irão depositar na urna seu voto de confiança e esperança por um estado e um Brasil melhor. No dia do pleito deste ano, assim como nos anteriores há uma série de normas e procedimentos que precisam ser seguidos por eleitores, candidatos a cargos eletivos e cabos eleitorais. Muita gente perde a oportunidade de exercer esse direito por desconhecer algumas informações úteis para participar do processo democrático. E neste ano, além de normas, o eleitor contará com novidades como aplicativos de celular para ajudar tanto na escolha do candidato como no momento da votação. Em 2018 serão escolhidos os representantes para deputado estadual, federal, senador, governador e presidente da República e mesmo as pessoas mais preparadas acabam esquecendo um item ou outro que poderia facilitar o dever cívico da votação. Para ajudar o eleitor, o EXTRA traz dicas para o processo de votação deste 7 de outubro. Em Alagoas, a votação começa às 8h e termina às 17h, hora local. No entanto, o processo só se encerra se não houver mais filas ou distribuição de senhas para quem

O QUE PODE E O QUE NÃO PODE n Broches, camiseta, adesivos e roupas de candidato, além de cola em papel são permitidos durante a votação n Eleitores com plena condição de registrar seus votos na urna eletrônica não podem ser acompanhados por crianças, mesmo que sejam seus filhos, na cabine de votação n Anunciar ou falar seu voto para outras pessoas também é proibido no local de votação n Fazer selfies na urna eletrônica são proibidas de acordo com o Ministério Público Federal. Quem tirar foto pode ser multado em até R$ 15 mil e até mesmo ser preso. A lei visa preservar o sigilo do voto. Caso esse sigilo seja quebrado, o eleitor pode ser detido por até 2 anos n No caso de pessoas com deficiência, é permitido que elas levem uma outra pessoa para ajudar sem necessidade de avisar à Justiça Eleitoral

A ordem de votação será: deputado estadual (cinco dígitos) - deputado federal (quatro dígitos) - dois senadores (três dígitos) - governador (dois dígitos) - presidente da República (dois dígitos). Na cabine, usando o teclado da urna, é só digitar o número do candidato escolhido e na tela aparecerão a foto, o número, o nome e a sigla do partido do candidato. Se as informações estiverem corretas, basta apertar a tecla verde - Confirma. Se não aparecerem na tela todas as informações sobre o candidato, aperte a tecla laranja - Corrige - e repita a operação. Para votar em branco, basta apertar as teclas Branco e Confirma. O voto será nulo se você digitar e confirmar um número de candidato ou de partido que não exista, como por exemplo ‘00’, mas esta pode não ser a melhor opção. Circula na internet uma informação que se 50% dos eleitores anularem o voto o pleito é impugnado. Essa informação é falsa e provavelmente deve ter impulsionado muita gente a querer anular o voto nessas eleições. Ao fim da votação para todos os cargos, a urna emitirá um sinal sonoro mais forte e prolongado e aparecerá na tela a palavra Fim.

APPs QUE AJUDAM Ao contrário das eleições anteriores, no dia não será obrigatório levar o título de eleitor ou um documento de identificação com foto. Para isso foi lançado o “E-Título”, novo app que no futuro poderá substituir o famoso documento em papel pois possui todas as informações presentes no documento tradicional. Além do E-Título existe o “Candidaturas”. Por meio do GPS do celular, é possível ter automaticamente a lista com os candidatos de onde o eleitor está, bem como o nome usado nas urnas, número, situação do registro de candidatura, cargo, partido, coligação e, ainda, o link para o site do candidato. Para os que ainda tem dúvidas sobre a índole de seu candidato, este ano também foi lançado o aplicativo “Detector de Corrupção”. Embora não seja oficial, ele funciona apontando a câmera para o político ou enviando uma imagem, podendo ser utilizado em propagandas na rua, por exemplo. A base de dados inclui quem ocupou, nos últimos oito anos, os cargos de presidente, vice-presidente, senador, deputado federal e governador. Como não é permitido entrar com o aparelho celular na cabine de votação, seu smartphone será mostrado no momento em que for iniciado o processo de identificação. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), os mesários ficarão responsáveis pela guarda do aparelho celular na mesa até que o eleitor conclua seu voto, não sendo necessária a presença de um porta-objetos especificamente para este fim.

MAIS DICAS Do lado de fora dos locais de votação, uma das práticas proibidas é a chamada propaganda de “boca de urna”, considerada um crime que pode levar o infrator até para cadeia conforme artigo 39, parágrafo 5º, I e II, da Lei Ordinária 9.504/97. É possível reconhecer “boca de urna” em ações como propaganda eleitoral que envolva uso de alto-falantes e amplificadores de som, bem como comícios, carreatas ou distribuir material de propaganda política próximo ao local de votação. Para os selecionados em desempenhar o papel de mesário, a. Lei Eleitoral 9.504/97 garante que para cada dia trabalhado na função, a pessoa tem direito a duas folgas compensatórias além de ter vantagem nos critérios de desempate em vagas para concursos públicos da Justiça Eleitoral e créditos em disciplinas de ensino superior, caso as instituições sejam conveniadas com o TRE. O eleitor que estiver fora de seu domicílio eleitoral poderá justificar o voto em qualquer seção eleitoral do país. Basta preencher o formulário disponível nos locais de votação e apresentar o título de eleitor e um documento oficial de identificação com foto. No trabalho, o empregador é obrigado a liberar o funcionário para votar. Porém, não é obrigado a abonar faltas em dias anteriores ou posteriores à votação pelo fato de o empregado ser eleitor em outra cidade – o cidadão deve ser eleitor no local onde reside.


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Disputa envolve oito deputados federais e dois senadores

BANCADA DA REELEIÇÃO CONFIRA COMO ELES VOTARAM SOBRE TEMAS POLÊMICOS

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ito dos nove atuais deputados federais de Alagoas buscam se reeleger nas eleições do domingo,7, assim como dois dos três senadores alagoanos. No caso do Senado, a exceção é Fernando Collor (PTC), cujo mandato só termina em 2022. Já na Câmara Federal, Maurício Quintella (PR) busca novos voos e está na briga por uma das duas vagas de senador em disputa este ano e hoje ocupadas por Benedito de Lira (PP) e Renan Calheiros (MDB) que buscam fervorosamente a reeleição. O levantamento abaixo traz a posição dos 11 integrantes da atual bancada alagoana que buscam a reeleição acerca de temas que agitaram o cenário político nacional nos últimos anos, incluindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Trata-se de reprodução de infográfico interativo produzido pelo O Globo.


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CONGRESSO X PRESIDENTE O peso da eleição de deputados e senadores

SOFIA SEPRENY s.sepreny@gmail.com

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dois dias das eleições 2018 os debates e discussões envolvendo os candidatos à presidência fragmentam cada vez mais a sociedade. Embora o foco das disputas políticas deste ano esteja na corrida presidencial, é importante lembrar que a formação do Congresso é que vai definir a governabilidade do próximo presidente da República. Formado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados, o Congresso é o mais alto poder Legislativo dentro de um país e se complementa com o poder Executivo (governo) e o Judiciário (tribunais). A produção legislativa consiste na fiscalização do Executivo e no poder de decisão sobre projetos de leis antes que eles sejam encaminhados para a aprovação do presidente da República. Além disso o Congresso aprova o orçamento da União. Cientista político e professor da Universidade Federal de

Alagoas (Ufal), José Alexandre Silva afirma que não é possível governar um país de costas para o Congresso. “O presidencialismo traz uma impressão, por vezes falsa, de que todo poder está concentrado nas mãos do presidente. No caso brasileiro, há razões para o eleitor pensar assim, afinal, os presidentes têm uma série de prerrogativas, dentre elas a de legislar via decreto, a exemplo de Medidas Provisórias, e a de elaborar e controlar a execução da peça orçamentária”, explica. Como exemplo recente, o governo do presidente Michel Temer teve mais derrotas do que vitórias frente ao Congresso no primeiro semestre. A reforma da previdência, por exemplo, um dos seus projetos, foi barrada e não teve apoio do Legislativo. A reforma também é um exemplo atual para ilustrar como as decisões dos deputados e senadores afetam diretamente a vida da população em geral. O cientista político diz que o Legislativo não é mais importante do que o Executivo, e que

GOVERNABILIDADE DEPENDE DE APOIO PARLAMENTAR, DESTACAM ESPECIALISTAS

ambos constitucionalmente têm pesos semelhantes. Instrumentos apresentados pela presidência acabam sendo inúteis sem o necessário apoio do Congresso. Apesar de a Constituição Federal de 1988 ter instituído uma divisão equilibrada entre Executivo e Legislativo, o momento atual do país acaba permitindo uma ascendência mais protuberante do Congresso, afinal, na prática, o que determina qual tem mais poder é a conjuntura política. Silva relembra que para cada prerrogativa presidencial há uma contrapartida franqueada ao Legislativo. “As medidas provisórias têm prazo de validade e precisam ser apreciadas para manter sua vigência, o que significa se tornarem leis. Da mesma forma, a peça orçamentária precisa ser apreciada pelo Congresso. Portanto, o presidente precisa de uma base de sustentação no Legislativo para conseguir governar”, explica o professor. Ele diz ainda que no Brasil, normalmente essa base não é construída nas urnas de-

vido ao nível de fragmentação partidária e que desta maneira, seja quem for o eleito para presidente precisará negociar essa base. A peça orçamentaria é composta pelo Plano Plurianual (PPA), que define o cenário e pauta a ação do governo para quatro anos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que orienta o processo orçamentário e define a política de gastos do governo no ano seguinte, e a Lei Orçamentária Anual (LOA), que promove as alocações específicas de cada ano. Essas peças orçamentárias são enviadas por meio de projeto de lei pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo. O também cientista político e professor da Ufal Ranulfo Paranhos afirma que boa parte dos eleitores não sabem a função de seus candidatos. “O eleitor médio, que compõe a maioria do eleitorado, não tem o conhecimento das funções dos seus representantes. Ele confunde isso de tal forma a achar que prefeito, governador e presidente da República podem fazer absolu-

tamente tudo. Eles não entendem que o exercício do poder de elaborar leis está nas mãos do Legislativo”. Ele afirma ainda que há uma personificação do Executivo muito forte na cabeça do eleitor, o que o faz acreditar que a resolução dos problemas está nas mãos dos prefeitos, governadores e presidente. DESINFORMAÇÃO A prova da desinformação do povo quanto à importância da escolha para deputados federais e senadores está nas urnas. De 2002 a 2014 o número de votos em branco e de nulos sofreu um acréscimo de quase 100%. Em 2002 a soma dos eleitores que deixou de escolher um nome ou legenda para representação de um deputado ou deputada no Congresso foi de 8%. Em 2014, essa soma chegou a 15%. Lembrando: o voto é ato de cidadania e instrumento de mudança política e social, além de principal instrumento de manifestação da vontade popular.


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Renan Filho vai enfrentar conjuntura nacional difícil

DESAFIO DO 2 MANDATO 0

PÉRICLES: GOVERNADOR DEPENDE DE VITÓRIA DE HADDAD PARA PORTAS ABERTAS EM BRASÍLIA ODILON RIOS Especial para o EXTRA

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s prognósticos estão confirmados, só faltam as urnas. O governador Renan Filho (MDB) está reeleito para seu segundo mandato neste domingo, é o que mostram todas as pesquisas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com a desistência do senador Fernando Collor (PTC) na disputa pela chefia do Executivo, o caminho para a reeleição está praticamente pavimentado. A menos que algo atrapalhe os planos do governador nesta reeleição, ele terá pela frente os desafios do passado – dívida pública, relação com os usineiros – e as promessas do presente e do futuro num cenário econômico para 2019 de pouquíssimo crescimento e dependendo da vitória de Fernando Haddad (PT) à Presidência da República para atrair recursos e condições políticas favoráveis para a continuação dos projetos. “Um segundo governo Renan Filho se dará numa conjuntura nacional tão difícil como a do primeiro mandato, que está findando. Os anos de administração da atual gestão, de 2015 para cá, foram anos de retração econômica, da diminuição dos investimentos privados, de cortes de verbas federais, de paralisação do PAC, e de má vontade política, em função do posicionamento do senador Renan Calheiros, no âmbito federal”, diz o economista Cícero Péricles. “O segundo mandato dependerá, em parte, da recuperação econômica nacional, que, por sua vez, será definida pela nova situação política do país”, analisa.

Cícero Péricles: ‘Com Haddad, Brasília estará de portas abertas’

Se Fernando Haddad for eleito, Brasília estará de portas abertas. “Haveria uma coincidência entre a gestão federal e o que Alagoas necessita, que é um projeto reformista, com uma ampliação das políticas públicas, que dariam bons resultados nas áreas sociais e impactariam na economia. Em paralelo, os investimentos federais em infraestrutura, numa área pobre como Alagoas, também causariam efeitos imediatos na recuperação da economia”. Se Jair Bolsonaro (PSL)

vencer nas urnas, tudo se modifica, levando à penalização inclusive da Região Nordeste. “No caso de um governo de direita, o Estado, por razões políticas, teria muita dificuldade de acessar recursos e a lógica de mercado, que até pode ser benéfica para as regiões mais desenvolvidas e industrializadas, que concentrariam mais investimentos e riqueza, penalizaria a Região Nordeste e, claro, um estado pobre como Alagoas”, afirma o economista, também professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

MAIS PARTICIPAÇÃO SOCIAL Reeleito, o governador terá pela frente o desafio de ampliar a participação social, buscando a universalização das políticas públicas e mais transparência nos gastos públicos. Com isso, diz o professor Péricles, um plano econômico envolvendo estes fatores pode seguir com a modernização da agricultura familiar. É um público de 120 mil famílias rurais, que podem assistir à ampliação da produção de alimentos mais matérias-primas, atendendo as demandas do estado e disputar o mercado regional. Na área urbana, o foco deve ser o crescimento das 125 mil micro e pequenas empresas, mais as 76 mil

microempresas individuais “que estão criando um novo tecido produtivo no Estado, tanto na capital como no interior”, analisa o professor. “Existe um fenômeno na área industrial, da ampliação recente de um grande número de fábricas, pequenas e médias empresas espalhadas por quase todos os municípios, muito vinculadas ao consumo popular nas áreas de alimentos, vestuário, movelaria, material de limpeza. O turismo está encontrando seu caminho de segmento econômico importante, principalmente no litoral. E poderá apoiar setores modernos, como o químico-plástico, que dependem de fortes investimentos e de contrapartidas e que, nesta conjuntura, são difíceis de resolver. Esses segmentos são os elementos que, se apoiados, podem ampliar a dinâmica da economia estadual na direção de mais crescimento e mais criação de emprego e renda”, detalha. O cenário é animador, diz Péricles: pelas características do mercado de trabalho alagoano, existe um espaço, segundo ele, “muito grande” para retomar o ciclo anterior do mercado formal e gerar ocupações temporárias e empregos estáveis com carteira assinada. Isso depende do crescimento da economia. “De 2004 para 2015, numa década marcada pelo crescimento econômico, foram criados mais de 200 mil postos de trabalho em Alagoas, ou seja, o mercado cresceu 60%. Cresceu basicamente no setor de comércio e serviços e na construção civil. Numa retomada econômica, a primeira leva de trabalhadores a serem contratados serão aqueles que perderam seus empregos nestes quatro anos de recessão e de estagnação econômica; num segundo momento, teríamos mais contratações nos setores mais exigentes, que demandam mais formação profissional. Esse não será, ainda, um problema tão difícil de enfrentar, porque o grau de escolaridade geral aumentou, assim como a presença da rede de ensino profissionalizante”, avalia o professor.


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Eleições terminam neste domingo com palanques em escombros

JOGO DO PODER NÍVEL DA DISPUTA FOI UM DOS MAIS BAIXOS DOS ÚLTIMOS ANOS ODILON RIOS Especial para o EXTRA

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ermina neste domingo a campanha eleitoral, pelo menos em Alagoas. A disputa segue no cenário presidencial, mas por aqui sobraram escombros nos palanques e pouca ação da Polícia Federal na captura dos compradores de votos. A disputa ao Senado será mais renhida nas próximas horas. Entre os candidatos existe um acordo para evitar o desgaste com Rodrigo Cunha (PSDB), cotado para uma das vagas. Ele é poupado dos denuncismos e benquisto até pelos eleitores do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Benedito de Lira (PP) tem a campanha agora liderada pelo filho, Arthur (PP), mirando Renan Calheiros (MDB). Maurício Quintella (PR) ainda acredita existir alguma chance e agrega seus votos a Calheiros, Biu ou Cunha. É o vale-tudo na busca por votos e evitar ser banido do cenário eleitoral alagoano. As vagas a deputado estadual e federal são disputadas com malas de dinheiro e até sistemas de cadastros digitais por alguns candidatos com os bolsos cheios. Na quarta-feira (3), o EXTRA flagrou 4 carros de candidatos parados em frente a bancos ao longo da Rua do Sol, no Centro de Maceió. Uma pessoa fazia vários saques em um caixa eletrônico. Em seguida, entrava em um carro com muitos adesivos de um candidato do litoral Sul alagoano. Fica claro que a Polícia Federal não consegue ir atrás

dos compradores de votos. Mas alguns deles estão cercados. Nesta semana, a PF atuou nas cidades de Maceió e Barra de Santo Antônio. Na capital alagoana, cumpriu busca e apreensão em um apartamento no bairro da Pajuçara. Na Barra, a PF identificou cadastro de eleitores. Os endereços na cidade não foram divulgados. Cadastro de eleitores em Murici também estão sob investigação. Mas, isso está muito longe do que acontece na prática, principalmente no litoral Norte, incluindo Barra de Santo Antônio, São Luiz do Quitunde e Matriz de Camaragibe. Nestes lugares, há uma guerra por cada voto, cada bocada, cada canto. O serviço de inteligência da

PF não identificou festas anunciadas em carros de som. Festas privadas, com DJs, bandas, bebida à vontade e ingressos antecipados. Só que quem promove a festa não tem dinheiro para bancar uma estrutura de farra atraindo tanta gente. É porque no dia da festa estará o candidato a deputado estadual, à disposição de quem queira pedir o que quiser. E o voto não é tão caro assim não. Basta comprar uma cerveja e um churrasquinho, o desemprego, os cortes no Bolsa Família, a volta fome não permitem tantos “luxos” assim. CUNHA DRIBLA ASSOCIAÇÃO A BOLSONARO No final de semana passado, apoiadores e críticos de Jair Bolsonaro foram para a orla de

Maceió protestar a favor ou contra as ideias do presidenciável. Uma imagem circulou nas redes sociais. A de Rodrigo Cunha discursando para apoiadores de Bolsonaro, no domingo (30/09). A carreata dele se encontrou com o final da caravana dos apoiadores de Bolsonaro. Nas redes sociais, Rodrigo é bastante citado por seguidores do presidenciável, inclusive como segunda opção de voto. Rodrigo parecia ignorar algo grave: a ligação dele com um candidato que defende a liberação, com critérios nebulosos, do porte de arma de fogo. E mais: incitação à violência, com crianças sendo obrigadas a simular, com os dedos das mãos, o uso de arma de fogo. O PSDB discute fechar apoio no segundo turno a Bolsonaro, para não estar com o PT.

Rodrigo Cunha tem a campanha quase integralmente bancada pelo PSDB nacional. E se os tucanos fecharem posição por Bolsonaro (e se Rodrigo for eleito senador no próximo domingo) eis a escolha: ele vai pedir votos a quem incita a violência? Vai declarar neutralidade? Ou fará campanha contra? Enquanto não decide (não poderá escapar de uma posição no domingo), segue como favorito na disputa. Uma das vagas ao Senado, dizem os partidos, é dele. Mas, todos acreditam que Biu de Lira, Maurício Quintella e Renan Calheiros conseguirão reverter o jogo, inclusive surpreendendo. “Senado será Rodrigo Cunha e Renan Calheiros”, diz um mais próximo de Renan; “Será Rodrigo Cunha e Biu”, diz um aliado do prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), que faz campanha anti-Renan, junto a Teotonio Vilela Filho (PSDB), que pede votos a Biu. “Nem arrisco dizer nada”, explica um experiente político. A campanha de Biu ganha mais reforço ainda, agora de Arapiraca. O entorno do prefeito Rogério Teófilo (PSDB) cuja mulher, Lúcia, é primeira suplente de Biu - foi chamado para cair em campo com elogios ao senador. “Só que todos nós estamos rebatendo o tempo inteiro notícias falsas. Todos os candidatos ao Senado estão passando por isso. Não é um cenário simples”, explica um amigo de Renan Calheiros. “Todos estão contra todos. Não há mais noção”, diz outro bem próximo a Rodrigo Cunha. Até domingo, tudo pode acontecer!


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Alagoas tem jeito

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assada as emoções das eleições, o Brasil e Alagoas terão que enfrentar a dura realidade que os espera. O país – e nosso estado – têm jeito. Mas não dá mais para escamotear os problemas ou ficar aguardando soluções milagrosas – e erradas. O tempo se esgotou. Os novos governantes terão que tomar decisões difíceis, mas necessárias. Ou terão problemas. O povo está dando um recado claro: queremos mudanças. De verdade. E a nosso favor. É preciso partir logo para o ajuste fiscal, as reformas política e tributária, maior abertura da economia e uma ampla e profunda revisão do Estado brasileiro para voltarmos a crescer uma média de 4% ao ano. É o caminho

para começar a solucionar os nossos graves problemas econômicos, sociais e de infraestrutura. Em Alagoas, dada as nossas fragilidades econômicas e sociais, o desafio será ainda maior. Romper a eterna muralha que nos afasta a cada dia do mundo desenvolvido exigirá enorme esforço coletivo das forças vivas de Estado: políticos, empresários, sociedade organizada e povo para definir, e implementar, novas prioridades que nos leve ao crescimento sustentado. É vital para o nosso futu-

ro a construção de um pacto pelo desenvolvimento de Alagoas. Este jornal vem apresentando ao longo das últimas semanas a opinião das mais diversas forças econômicas, sociais e políticas do estado sobre o tema e, ao mesmo tempo, a proposta dos economistas Elias Fragoso e Edmilson Correia Veras de um projeto para transformar Alagoas. Que precisa ser feito, urgentemente. Precisamos dar o salto quântico proposto por esses especialistas alagoanos rumo ao desenvolvimento sustentável. Estamos atrasados. Muito atrasados. Essas mudanças de há muito deveriam ter sido feitas. Quanto mais demoramos, mais perdemos. Todos.


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PACTO POR ALAGOAS PROPOSTAS PELO CRESCIMENTO DO ESTADO FERNANDO FALCÃO ADVOGADO

VALÉRIA CORREIA REITORA DA UFAL Na avaliação da reitora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Valéria Correia, o estado de Alagoas ainda possui níveis de concentração de renda, que se expressam na elevada desigualdade social e nos índices sociais ainda preocupantes, como é o caso do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,631, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realidade que necessita ser enfrentada com políticas públicas de inclusão social e de geração de empregos. “Para o enfrentamento das desigualdades serão necessárias medidas governamentais estruturais, como uma reforma tributária ascendente e a realização da auditoria da dívida pública. Desenvolver e fortalecer as políticas de apoio aos pequenos produtores e à agricultura familiar é fundamental para mitigar as desigualdades sociais, além da construção participativa de um plano estadual de combate à pobreza para a utilização dos recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep)”, apontou. Para Valéria Correia, na área da saúde, em que mais de 90% da população alagoana depende exclusivamente dos serviços públicos, ao governo cabe fortalecer o SUS, com uma rede de referência e contrarreferência e resolutividade, ampliando a rede pública de serviços sob a gestão direta do Estado, sem o repasse desta para terceiros. Sem esquecer a educação, a reitora da Ufal lembrou que “ainda amargamos índices preocupantes, apesar dos significativos avanços no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB, 2017). De acordo com ela, é fundamental maior investimento para garantir ampliação da oferta, inclusive de escola em tempo integral e de qualidade para todos, formação e valorização dos professores e demais profissionais da educação. “A Universidade está comprometida e deve contribuir na busca de soluções que propiciem o desenvolvimento socioeconômico, em benefício da maioria da população do estado, e o enfrentamento das problemáticas acima elencadas, pois, dentre outras ações, produz conhecimento sobre as desigualdades e processos de exclusão, sobre processos produtivos, sobre economia, educação e saúde. Além de outros saberes que podem ser decisivos na atuação dos governos e dos representantes das forças produtivas, na formulação de políticas públicas e para a busca de saídas para os males que ainda impedem o pleno desenvolvimento, justo e equitativo, do nosso estado”, detalhou.

Para o advogado Fernando Falcão, a crise econômica que se instalou no Brasil nos últimos anos não é apenas fruto de uma instabilidade política persistente, mas, principalmente, da ausência de políticas públicas eficazes para o crescimento do setor produtivo privado. “Em Alagoas, essa crise se mostra ainda mais aguda em razão de nossa economia ter insistido em manter uma dependência histórica em relação ao setor sucroalcooleiro. Com o colapso desse setor da economia, todos os demais passaram a amargar uma enorme retração provocada pela diminuição da circulação de riquezas. O resultado disso é diminuição de postos de trabalho e redução da arrecadação de tributos”, explicou. De acordo com Fernando Falcão, seria bastante oportuno que, nesse momento, o Estado criasse políticas públicas voltadas à desregulamentação e à desoneração de diversas atividades da economia, principalmente aquelas de menor porte e que mais têm sentido os efeitos da crise. “Isso certamente permitiria que os preços dos produtos e dos serviços ficassem mais atraentes ao consumidor, aumentando o volume de negócios que, por sua vez, gerariam aumento do investimento privado e da arrecadação tributária. A criação de flexibilidades na negociação do passivo tributário do empresário também se mostraria muito interessante nesse momento de crise econômica, pois aumentaria a arrecadação tributária do Estado e, consequentemente, a sua capacidade de investimento”, frisou. O advogado Fernando Falcão, disse ainda que, por outro lado, é imperioso que o empresariado alagoano dê a sua parcela de contribuição para a superação da crise, não somente cumprindo as obrigações que lhe são impostas em lei, mas, principalmente, investindo na criação de mais postos de trabalho e na capacitação de seus funcionários.

MARCOS CALHEIROS PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA O presidente do Conselho Regional de Economia de Alagoas (Corecon -AL), Marcos Antônio Moreira Calheiros, credita à educação e ao esporte o sucesso dos jovens alagoanos seja no mundo profissional, seja longe da violência e das drogas. “Nenhuma parceria entre governo e Estado pode dar certo, se não passar pelo pilar da sociedade que são os jovens. Empresas e governo devem se unir e traçar estratégias para que quando os adolescentes estiverem fora das salas de aula eles estejam numa quadra esportiva”, ensinou. Ainda segundo ele, a educação, saúde e segurança são os alicerces de uma sociedade desenvolvida e, por isso, merecem estar sempre no topo das preocupações de governantes e da sociedade civil organizada. “As escolas profissionalizantes são a melhor garantia para o futuro dos jovens alagoanos”, destacou ao completar que o Brasil está entre os 10 países no mundo com distribuição de renda mais desigual. Poucos têm muito e muita gente tem muito pouco. Apostar no ensino profissionalizante, na qualificação para o mercado de trabalho vai ajudar a reverter esse quadro”, pontuou.


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RICARDO MOTA JORNALISTA E BLOGUEIRO O jornalista Ricardo Mota afirmou que, infelizmente, ainda desenvolvemos a cultura de parceiras entre o poder público e empresa privadas em Alagoas. “Com raras exceções”. Ele acredita ser possível – e necessário – começar a atuar em conjunto em ações pontuais e até de baixo custo, mas que podem dar ótimos resultados, com um olho no futuro. “A minha área de preferência seria a Educação, agregando atividades culturais e esportivas, decisivas na formação dos futuros cidadãos. Um exemplo simples e facilmente aplicável seria a contratação de professores de Educação Física, de música (instrumentos) e de teatro, pagos por empresas até de pequeno e médio porte, para que atuassem nas escolas, fora do horário das aulas e nos finais de semana, atraindo crianças e adolescentes para um universo que desconhecem ou que lhes é negado”, sugeriu. Na parceria proposta pelo jornalista Ricardo Mota, as empresas também financiariam equipamentos e acessórios para a prática de esportes, e os instrumentos musicais. Ricardo Mota explicou que esse é um investimento barato, mas que pode salvar muitas vidas e entregar à sociedade jovens adultos com uma nova visão da vida.

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FLÁVIO GOMES DE BARROS PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS PROCURADORES DE ESTADO O jornalista e procurador de Estado, Flávio Gomes de Barros, presidente da Associação dos Procuradores do Estado de Alagoas (APE-AL) afirmou que as Parcerias Público-Privadas, se bem gerenciadas, são uma alternativa altamente viável para possibilitar a união de esforços entre governo e empresários. Ele lembrou que há muitos exemplos bem sucedidos quanto a isso. Flávio Gomes de Barros disse que normalmente as PPPs são constituídas com o objetivo de realização de obras de infraestrutura, mas nada obsta que visem, também, dentro desse contexto, objetivos bem específicos, voltados à regeneração do meio ambiente, por exemplo. “A propósito, mais uma campanha política está se encerrando sem que algum candidato faça referência a algo que tanto envergonha Alagoas: a poluição do Riacho Salgadinho, uma chaga urbana em plena área urbana de Maceió”, lamentou o jornalista e procurador de Estado. Segundo Flávio Gomes de Barros, os governos, nas esferas estadual, municipal e federal, apregoam construção de aeroportos em Maragogi, Penedo e Arapiraca. Na sua avaliação, obras absolutamente sem necessidade, defendidas sob argumento de incentivo à atividade turística, quando até os empresários do turismo defendem opções mais viáveis e baratas, como, no caso de Maragogi, a duplicação de rodovia já existente. “Houvesse de fato bons propósitos e convergência em prol do interesse público e teríamos, há anos, uma solução para o Riacho Salgadinho”, enfatiza. “Enquanto o bem comum não prevalece, maceioenses e turistas se sujeitam a conviver com um esgoto a céu aberto por vários quilômetros, enfeiando e sujando o bem maior que a natureza nos concedeu: o mar. É uma questão de vontade política, o que falta aos nossos governantes”, criticou.

KELMENN FREITAS EDITOR DE POLÍTICA DA GAZETA DE ALAGOAS Para o também jornalista e editor-executivo de política do Jornal Gazeta de Alagoas, Kelmenn Freitas, a relação entre política e setor privado sempre foi muito delicada em todo canto. “Quase sempre associada a casos de corrupção, tráfico de influências e más criações do gênero, esse é um tipo de sociedade que só deslancha de maneira saudável se tiver na retaguarda órgãos de fiscalização e controle eficientes. Exemplo disso é a CGU, em âmbito federal, que realiza auditorias Brasil afora e quase sempre esbarra em problemas de toda ordem quando se trata da aplicação de recursos públicos”, citou. No entanto, o jornalista acha, sim, possível manter uma relação produtiva entre ambos. Na sua avaliação, o modelo mais em voga costuma ser o de parceria público privada, as PPPs. “Eficiência para viabilizar grandes obras de infraestrutura, pagamento público condicionado à qualidade do serviço e compartilhamento de riscos entre os parceiros são as particularidades mais benéficas a todos os envolvidos numa PPP. Isso, claro, tendo sempre à frente um órgão de controle, para evitar prejuízos para ambos os lados, mas principalmente para o agente público, já que é o dinheiro do contribuinte que está em jogo”, destacou Kelmenn Freitas.


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Para refletir: O Brasil decide no domingo o seu futuro. Pena que não hajam opções para esperanças.

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PEDRO OLIVEIRA pedrooliveiramcz@gmail.com

Entre a foice e o fuzil Era previsível e aconteceu. Faltando dois dias da eleição e um Brasil atônito vai às urnas para escolher o presidente que nos governará por quatro anos (será?). E o que nos é oferecido no cardápio eleitoral mais provável? Um “poste” ungido nas entranhas de uma cela na Polícia Federal, em Curitiba, onde está trancafiado o mais emblemático personagem da corrupção brasileira, o farsante ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um meliante condenado e à espera de novas condenações, porém com o maior potencial político da nossa história recente. Ali foi gestado o candidato Fernando Haddad, sem identidade política, sem história e com passado manchado de suspeitas e péssimo gestor público. Tal qual em 2010, quando lançou como sua sucessora uma tragédia chamada Dilma Rousseff, o “babalorixá” do criminoso petismo empurrou o ex-prefeito de São Paulo de goela abaixo para a esquerda fajuta brasileira, tendo como vice a ex-deputada federal Manuela D’Ávila, uma jornalista despreparada e oportunista que de política vive desde sua primeira eleição em 2004, para vereadora de Porto Alegre. O candidato do PT chega à reta final da disputa com chances de vitória, mas com os votos que não lhe pertencem, como ele mesmo diz: “São os votos do Lula”. Do outro lado o que temos? Jair Messias Bolsonaro, filiado ao Partido Social Liberal (PSL). É deputado federal desde 1991, atualmente em seu sétimo mandato, eleito pelo Partido Progressista (PP). Nas eleições gerais de 2014 foi o candidato mais votado do estado do Rio de Janeiro para a Câmara dos Deputados, 464 mil votos. Em janeiro de 2018, anunciou sua filiação ao PSL, o nono partido político de sua carreira. Uma figura controversa, é conhecido por suas visões políticas populistas e de extrema direita, o que inclui a simpatia pela ditadura militar e a defesa das práticas de tortura por aquele regime. Incluindo posições que geraram indignação como suas declarações sobre aborto, a desvalorização da figura da mulher e evidentes sinais de homofobia. Teve uma atuação considerada medíocre na Câmara dos Deputados e nunca administrou nem uma “quitanda”.

Radicalismo que ameaça

Continuando com a análise sobre as consequências do pleito de depois de amanhã, vê-se de um lado e do outro extremismo que certamente poderá trazer graves consequências para o Brasil. Se de um lado a ameaça vem de uma radicalização da esquerda petista e seus aliados cheios de rancores, frustrações contidas e ódio, nos levando a um caos como o vivido pela Venezuela, em contraponto temos a real possibilidade de uma idêntica postura de uma extrema direita burra e vingativa, a nos oferecer um filme que certamente não gostaríamos que fosse reprisado. O que será pior: a foice empunhada como símbolo do comunismo e adotada pelos radicais “esquerdopatas” ou os fuzis distribuídos aos fazendeiros para combater os militantes do MST, segundo proposta de Jair Bolsonaro? É muito provável que estejamos ferrados, com uma ou com outra opção. Deus salve o Brasil!!

Nem tudo era ruim

Everything is the same

A eleição chegou e encontrou um eleitorado desmotivado, indignado com os políticos que roubaram os cofres públicos e ainda descrentes na Justiça, mesmo em tempos de Lava Jato e com a prisão de grandes empresários e importantes figuras da politica. Sem essa motivação venceu o radicalismo petista comandado por Lula para se confrontar com a direita “festiva e inconsequente” do capitão Bolsonaro. O país nem percebeu os candidatos bons que se ofereciam para sacrifício da salvação nacional. Tivemos sim, bons nomes na disputa e que certamente teriam condições de mudar a maneira de se fazer política e de governar com seriedade, mas certamente a hora não era para pacifistas e ponderados e sim para a radicalização, o sangue no olho, o ranger de dentes. Empacou Geraldo Alckmin, governador por quatro vezes de São Paulo, experiente, equilibrado e conciliador; ninguém “chamou” o Meirelles, político e empresário consagrado no mundo das finanças públicas e privadas; o senador Álvaro Dias, ex-governador do Paraná, “ficha-limpa” e preparado; o próprio Ciro Gomes, com todo seu destempero, mas de todos eles o que mais conhece de Brasil; a honradez de Marina Silva, menina pobre que enfrentou os dissabores de uma infância carente, formou-se, foi vereadora, deputada estadual e senadora pelo seu estado (Acre), ministra do Meio Ambiente, com uma visão de sustentabilidade do tamanho do Brasil. Acontece que o Brasil, mesmo indignado não queria mudar. Aí deu nisso ai!

Um amigo jornalista radicado em Miami me perguntava esta semana sobre as eleições de Alagoas e eu lhe descrevia: O cenário do dantesco espetáculo foi milimetricamente planejado e de fato aconteceu. O governador Renan Filho é candidato único, numa trama fruto da sabedoria do bruxo “Ravengar”, aí teremos a repetição de uma administração medíocre, arrogante, repleta de denúncias repetidas e o alagoano a pagar por mais quatro anos pelo “equívoco do voto”, as malas de dinheiro sujo viajaram por todo o interior para eleger os mesmos de sempre com seus vícios e maus costumes. Teremos péssimas bancadas na Assembleia e na Câmara dos Deputados. No Senado um rasgo de expectativa que algo aconteça com as eleições de Maurício Quintella e Rodrigo Cunha, derrotando Renan Calheiros e Benedito de Lira. Resumindo: aqui “all in the same shit” (tudo na mesma merda).

No reino da Dinamarca Ao ler as declarações do juiz eleitoral Luiz Vasconcelos Netto dá a impressão de que ele esteve recentemente no encantador “reino da Dinamarca”, passeou por Copenhague, conviveu com o povo mais honesto e feliz do mundo e ao regressar a Alagoas ainda se imaginou por lá. Dizer que a eleição está “tudo perfeito, dentro das melhores condições” e ainda afirmar que “em todas as eleições os perdedores vêm com essas alegações de fraudes e não se satisfazem com a vontade do eleitor” é muita inocência do magistrado. É bom que ele saiba que ainda não existem “perdedores” e as reclamações de fraudes estão aí. Os “cadastros eleitorais”, eficientes compras de votos, desfilaram diante da Justiça Eleitoral, Ministério Público e Polícia Federal durante a campanha. A disputa na capital e interior do estado virou um leilão a céu aberto, com os votos comprados via “caixa 2”, as malas viajaram por todo o estado recheadas de dinheiro sujo para eleger corruptos. Assim é nossa eleição. E vai continuar sendo.

Cala a boca Dirceu

Pesquisas divulgadas nesta reta final acenderam um sinal de alerta no PT. Os levantamentos mostraram uma estagnação do candidato à Presidência Fernando Haddad e um crescimento significativo de seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL). Na avaliação do ex-presidente Lula, o principal motivo pare esse cenário está nas falas de José Dirceu. “Ele, afinal, está do nosso lado ou jogando contra nós?”, teria dito o líder petista a Haddad no encontro que os dois tiveram na cela da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula cumpre sua pena. Dirceu, uma das figuras mais importantes do partido, afirmou, em entrevista ao El País, que “é uma questão de tempo pra gente (PT) tomar o poder”. No domingo (30), em Teresina, disse que o Ministério Público não deveria ter o poder de investigar, e classificou a Lava Jato como um dos maiores erros do País. Segundo relatos ao jornal, Lula estaria “furioso” com Dirceu e teria mandado Haddad dizer a ele para ficar calado. Haddad também tem demonstrado irritação com o todo poderoso petista.


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É a política, estúpidos!

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m 1991, Bush (o pai) era o presidente e candidato à reeleição nos Estados Unidos. Seu adversário, o desconhecido Bill Clinton, cujo marqueteiro cunhou a célebre frase “É a economia estúpido!” Vá votar, não se abstenha ou vote para realçar o ponto do adversário nulo. Fazendo isso, fraco (os EUA viviam uma está ajudando ao forte recessão). candidato do parNo Brasil de 2018 tido que quebrou a frase – com uma o país. Porque es- variante - É a políestúpidos! Que querdista não falta tica a grande mídia, insa votação, não titutos de pesquisas vota em branco ou e todos os políticos comprometidos com anula o voto. a bandalha que tomou conta deste país vêm tentando desesperadamente esconder durante a campanha. Magistralmente capturada pelo Sr. Bolsonaro que se apresentou como o candidato “contra tudo isso”, a insatisfação da população se transformou num fenômeno cívico e de resiliência política que

nem o enorme esforço de todo o estabishment tentando solapar logrou vencer até agora. É a repetição de 1989, como já disse antes nesse espaço. Os ladrões do PT e suas mentiras infames e a agora não mais disfarçada proposta de “tomar o poder” na marra, são filhotes da ditadura dos partidos sobre a nação indefesa e incauta. Foram eles e os ladrões do empresariado e da política que nos legaram a maior crise econômica de todos os tempos, o aumento da desesperança do povo e uma brutal enorme conta a pagar. Sentimento de saturação que o Sr. Bolsonaro soube capitalizar. Cada vez mais desesperados com a resiliência do candidato, tentam confundir as pessoas com opiniões que não são essenciais neste momento. O circo armado em torno das mulheres, homofobia, ideologia de gênero e as enormes mentiras sobre “quem trouxe mais dinheiro” para isso ou aquilo, é pura tentativa de desviar o foco

Economista

ELIAS FRAGOSO

dos problemas que eles geraram: a corrupção, o desemprego gigante, a insegurança brutal, a criminosa não assistência à saúde dos mais simples, a impunidade generalizada, as drogas. Mentem sem escrúpulo e vergonha. O discurso é libertário, mas a prática é manter a população como eterna massa de manobra. O eleitor entrega a Bolsonaro a chance que Collor jogou fora há 29 anos. A oportunidade de “limpar” o Brasil dessa enorme roubalheira que nos assola, desde tempos imemoriais. Dessa súcia vampiresca eterna sugadora dos recursos do povo. Que está criando as condições nestas eleições para, de forma ordeira e pacífica, nas urnas (que torcemos, reflita os verdadeiros resultados, embora tenhamos séria duvidas disso), derrotar ideologias ditatoriais de esquerda que há tempos nos ronda ameaçadoramente e iniciar a retirada de cafajestes e bandidos que se dizem políticos, mas não passam de ratos

de porão de navio, sempre agindo à sorrelfa. Nosso destino não pode mais continuar nas mãos de canalhas, ladrões e da corja reptiliana enquistada nos “podres poderes de Brasília e dos Estados”. Chega de anões morais querendo nos ditar regras que só a eles interessam. Domingo o país tem encontro agendado com seu destino. O eleitor está diante de dois projetos para a nação. O reformista que vai levar ao desenvolvimento e o antirreformista, das esquerdas e dos mesmos de sempre que irá travar ainda mais o crescimento do país com nefastas consequências para todos. O futuro da nossa democracia está em jogo. Vá votar, não se abstenha ou vote nulo. Fazendo isso, está ajudando ao candidato do partido que quebrou o país. Porque esquerdista não falta a votação, não vota em branco ou anula o voto. Seu voto vai definir o modelo de país que você quer para o seu futuro, dos seus filhos e netos.


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ALARI ROMARIZ TORRES

JORGE MORAES

Aposentada da Assembleia Legislativa

Jornalista

Dia de roupa nova

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uem pensa que estou falando do grande show da banda Roupa Nova está redondamente enganado. Bem que poderia ser, porque os caras são sensacionais e, por onde se apresentam, carregam com eles um público extraordinário e selecionado acima de tudo. É casa cheia com um show, por mais que seja repetitivo, alegre e carregado de emoção. Os velhinhos estão na frente de muita gente boa que existe por aí, e que também faz sucesso. Na verdade, a roupa nova que estou me referindo é a de vestir. Me recordo que, há alguns bons anos, meu velho pai, no dia da eleição, comprava uma roupa nova para ir Minha É a melhor oportuni- votar. mãe chegadade para o eleitor va para ele renovar seu voto, e dizia: “Hocaso os seus políticos mem, porque tenham correspon- comprar uma roupa só para dido, ou escolher ir votar?” Ele novos nomes e novos respondia que rumos. Nunca ficar era o dia mais importanreclamando que a te para uma situação está ruim nação, consee você não vai fazer quentemente, nada. Sua arma é, para o eleisem dúvida, o voto. tor. Segundo o meu pai, o povo tinha, naquela oportunidade, a chance de escolher os seus governantes e representantes no Legislativo, por isso merecia o respeito dele e de muita gente que pensava assim. Era o sagrado direito ao voto e o dever cívico como cidadão. A democracia dava esse direito a todos. Hoje, a dois dias de mais um processo eleitoral, ainda tem um grande número de indecisos e muita gente dizendo que, como protesto, vai anular o voto ou votar em branco. Ainda existem aqueles que, revoltados com tudo e com

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Eu sou a Diana

todos, preferem não comparecer, achando melhor pagar uma multa ridícula, irrisória, que nem vale o sacrifício de comparecer ao juizado depois para justificar suas ausências às secções eleitorais. E se o domingo 7 de outubro for de sol, aí é que o cidadão falta mesmo, vai se divertir, beber uma cerveja bem gelada, passear com a família e depois resolver a vida dele com a justiça eleitoral. Se você me perguntar se acho isso correto, vou responder que não. Apesar de todas as mazelas políticas; dos desvios de recursos cometidos pelos governos em benefício de pessoas e grupos - independente de partidos -, tirando as melhorias das áreas de educação, saúde, segurança e obras; de políticos que enriquecem da noite para o dia; acho que todos deveriam ir votar. É a melhor oportunidade para o eleitor renovar seu voto, caso os seus políticos tenham correspondido, ou escolher novos nomes e novos rumos. Nunca ficar reclamando que a situação está ruim e você não vai fazer nada. Sua arma é, sem dúvida, o voto. Concordo com você que os candidatos estão mentindo muito; que mais da metade das promessas não serão cumpridas; que tem gente gastando muito além de suas possibilidades; que muita gente vai votar por dinheiro, vendendo seu voto; que o cadastro, apesar dos esforços da Policia Federal e da justiça eleitoral, ainda é o maior trabalho de muitos candidatos - nem todos são assim -, mas vai continuar sendo pior se você não protestar. Portanto, meu amigo e minha amiga, não precisa comprar roupa nova, vá de camiseta, bermuda e chinelo, se quiser, mas não deixe de comparecer às urnas no próximo domingo. Depois, após a divulgação e diplomação dos eleitos, vamos cobrar o cumprimento de suas promessas e não esperar para daqui a quatro anos. É o que eu espero, sinceramente.

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hegou a hora da decisão! A arma do povo é o voto! A resposta aos dirigentes que concorreram para a difícil situação nacional deve ser dada nas urnas, pela escolha soberana da população. O idealismo partidário acabou. Precisamos de pessoas que conduzam nossos destinos com sensatez, honestidade e pulso forte. Quem se aproveitou nesses últimos doze anos das benesses do Partido dos Trabalhadores de maneira errada, vai ter que responder pelos seus atos. Quem usou o dinheiro público indevidamente, vai ter que devolvê-lo aos cofres do Município, do Estado ou da União. Quem recebeu propinas usando cargos públicos, vai devolver com juros e correção a sujeira recebida. Daí o temor expresso na fisionomia e nas propagandas eleitorais daqueles que se beneficiaram das gestões petistas, devidamente organizadas criminoAí, caminhamos para samente. na HePresidência da Repú- loísaVotarei Helena para blica: Ciro, Marina, a Câmara Federal. Alckmin e Haddad fo- Apesar de ser de sempre ram ministros de Lula. esquerda, teve coerência em São amigos do moço seus atos. Comepreso em Curitiba. Se teu alguns erros, não se deixou eleitos, vão continuar mas levar pela ganâncom o mesmo tipo de cia da turma do PT e pulou fora do governo, cujo lema na hora cerprincipal é ‘é dando barco ta, sem compactuque se recebe’. ar com a corrupção deles. Para deputado estadual estou indecisa. Analiso vários candidatos, de um lado e do outro, mas não me decidi. De uma coisa eu sei: dos 27 que estão atualmente no Legislativo, não votarei em nenhum. Quem não participou da gastança da presente Mesa Diretora foi conivente, ficou calado. Vamos renovar! Alagoas não merece tanto desajuste! O governador Renan Filho conquistou o meu voto pela maneira como conduziu as finanças do Estado. Pagou em dia o funcionalismo público, fez algumas obras, não deixou Alagoas na miséria. Apesar de alguns erros, o saldo foi positivo. Agora, numa atitude elegante, tenta salvar o pai, cujo mandato está

ameaçado por dois fortes concorrentes. Um gesto digno de nota. Para o Senado, não escolhi meus dois candidatos. O Biu, que outrora foi um bom presidente do Legislativo, virou ficha-suja como congressista. Maurício foi mordido pela mosca azul do Poder; também ficha-suja, ficou vaidoso demais. Rodrigo Cunha passou quatro anos no Legislativo Estadual e teve um desempenho fraco. Renan tem dezesseis processos nas costas, é uma figura pública negativa, principalmente fora do estado. Fica difícil escolher dois candidatos que mereçam nosso voto. Aí, caminhamos para Presidência da República: Ciro, Marina, Alckmin e Haddad foram ministros de Lula. São amigos do moço preso em Curitiba. Se eleitos, vão continuar com o mesmo tipo de governo, cujo lema principal é “é dando que se recebe”. Os ministérios e os cargos públicos vão ser divididos pelos partidos políticos. A propina não desaparecerá, as licitações ilegais continuarão existindo, o Lula, preso, vai mandar da mesma maneira. Nada mudará. Precisamos de um governo forte, que puna os culpados, prenda os ladrões dos cofres públicos, mostre ao novo Congresso que precisa legislar sem receber nada em troca. Nos estados, o futuro presidente precisa fiscalizar os três Poderes, onde o Legislativo é o pior deles. Este necessita de apertos fortes. Em suma, uma limpeza geral! Tenho escutado críticas ao Bolsonaro, muitas distorcidas: “É grosso, é homofóbico, não gosta das mulheres”. Mas é o único que terá condições de dirigir o Brasil com braços fortes, assessorado por pessoas honestas de direita ou de esquerda. Qualquer político que chegue à presidência vai encontrar inúmeras dificuldades. O país virou “casa de Mãe Joana”: todos mandam e ninguém obedece. Enfim, vivemos num país sem dono, sem regras, sem leis. Assaltos acontecem a qualquer hora, e quem reage vai preso ou morre. A inflação cresce, os salários encolhem, a educação padece e a saúde inexiste. Como num pastoril, no dia 7 quero uma bela festa popular. Entretanto, não sou azul, nem encarnado: sou Diana. Deus no comando e Ele acima de todos!


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Urubulinos

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uem não lembra de Urubulino, o sorumbático e agourento personagem de humor criado por Chico Anysio? Qualquer um que dele se aproximasse com uma queixa de saúde, era logo As mesmas investidesenganado gações descobriram com a expresainda que tais agentes são: “Ihh…! funerários cortavam Brocotó”. A falta de as pernas dos moruma polítitos para que o corpo ca pública de coubesse nos caixões, atendimento assim como pendu- e auxílio funerário nos leva ravam os corpos de à lembrança cabeça para baixo, pessimista como bodes abatidos, do personagem, para que sangrassem pois identificamais rápido. mos nos atuais agentes funerários os modernos Urubulinos. A exploração comercial de tão particularíssima atividade tem gerado situações que beiram o trágico, e quem sabe, o cômico. Nos nossos dias, não será surpresa para uma família que está realizando um relaxante passeio, numa noite fresca, se deparar com uma grande e iluminada vitrine, onde se encontram expostos, com todos os requintes das teorias de marketing, volumosos e tétricos ataúdes. Acreditam esses mercadores da morte que agindo assim poderão atrair seus clientes? Pensam que suas casas funerárias são lojas de departamentos da 5ª Avenida? Ahh, vai saber o que se passa em tais mentes!!! Se instalam nos arredores dos grandes hospitais como se fossem urubus que cercam e aguardam pacientemente suas moribundas futuras re-

feições. Inundam os meios de comunicação com suas propagandas como se tais apelos formassem opiniões favoráveis de seus futuros clientes. A respeito de tais práticas, já se noticiou casos que beiram verdadeiros contos de terror. Como os evidenciados pela chamada operação Caronte, amplamente divulgada na mídia. Em investigação das máfias funerárias, descobriu-se que elas interceptavam o serviço de rádio da Polícia para saber onde havia alguém que foi a óbito em domicílio. De posse de tal informação, se antecipavam ao IML e ofereciam serviços que prometiam um tratamento menos chocante para os familiares do morto, alegando que se o corpo fosse para o IML os peritos o iriam mutilar numa sangrenta necropsia. As mesmas investigações descobriram ainda que tais agentes funerários cortavam as pernas dos mortos para que o corpo coubesse nos caixões, assim como penduravam os corpos de cabeça para baixo, como bodes abatidos, para que sangrassem mais rápido. Esses, além de outros macabros casos, atestam a ausência de um serviço público de qualidade que uniformize, e forneça por preço simbólico, todos os itens de um serviço funerário digno, evitando o aparecimento de tais criminosos e de aberrações tão macabras e horripilantes. Em relação a tal serviço, já é hora de se tomar medidas que, para além dos aspectos econômicos, acudam os aspectos humanos de cristandade e respeito para com os mortos e seus familiares. Não devemos exercer a fria

ISAAC SANDES DIAS

Promotor de Justiça

equidistância de tais casos, sob o pressuposto de que os mortos não reclamam ou que terão todo tempo para esperar a implantação de um serviço decente, como registrou Graciliano em seu relatório de prestação de contas à frente da Prefeitura de Palmeira dos Índios em 11 de janeiro de 1930, justificando-se por não haver construído um novo cemitério naquele município. Enquanto tal serviço não chega, continuaremos a ouvir propagandas de vendas de mausoléus como se fossem imóveis à beira

mar, voltados ao desfrute de luxo. Continuaremos a ver os modernos Urubulinos esfregando as mãos de contentamento por mais uma morte, frente à dor de familiares aflitos. Continuaremos a ver vitrines de funerárias mais decoradas e iluminadas do que as vitrines da 5ª Avenida. E, pior ainda, continuaremos a ver a algazarra e tumulto das brigas de agentes funerários nas portas das Centrais de Velórios, como se os mortos e seus familiares fossem apenas itens de um magazine em promoção de Black Friday.

EDITAL DE FUNDAÇÃO DO SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DA CARREIRA DE GESTÃO, PLANEJAMENTO E INFRAESTRUTURA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA - SindGCT. A COMISSÃO PRO-FUNDAÇÃO DO SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DA CARREIRA DE GESTÃO, PLANEJAMENTO E INFRAESTRUTURA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA, neste ato representado pelo Sr. Roberto Muniz Barretto de Carvalho, com endereço para correspondências na SMPW, Qd. 20, Conj. 3, Lote 7, casa A, Park Way, Brasilia - DF, Cep 71745-003, nos termos da Portaria n. 326/2013 do Ministério do Trabalho, CONVOCA a categoria dos servidores públicos da carreira de gestão, planejamento e infraestrutura, regulamentados pela Lei Federal nº 8.691/93, na base territorial nacional, a comparecerem à Assembléia Geral Extraordinária de Fundação, eleição, apuração e posse da Diretoria e Conselho Fiscal, que será realizada no SCES Trecho 2, Conj. 34, Lago Sul, DF, CEP 72200002, no dia 24 de novembro de 2018, às 10 horas, em primeira convocação, e às 10 horas e 30 (trinta) minutos, em segunda e última convocação, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: I) Fundação do Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais da Carreira de Gestão, Planejamento e Infraestrutura em Ciência e Tecnologia- SindGCT, II) Aprovação do Estatuto; III) Eleição, apuração e posse dos membros da Diretoria e do Conselho Fiscal; IV) Demais assuntos de interesse da categoria. Data da publicação, 03 de 10 de 2018. Roberto Muniz Barretto de Carvalho - Presidente da Comissão


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LBV

Estabelecimentos como Armazém Guimarães, Boss e Super Pizza, localizados no Parque Shopping e associados à Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Alagoas (Abrasel), receberam durante a semana a garotada assistida pelo programa Criança: Futuro no Presente!, mantido pela Legião da Boa Vontade (LBV). Em Alagoas, 170 crianças e adolescentes se alimentaram pela primeira vez de forma gratuita em restaurantes e pizzarias filiados ao programa. A meninada atendida pela instituição é oriunda de comunidades em vulnerabilidade social do município.

ECONOMIA EM PAUTA

Bruno Fernandes – contato@obrunofernandes.maceio.br

Bancos via Whatsapp

Hora de viajar

O final do ano está chegando e com essa época alguns dos destinos mais cobiçados ao redor do globo tendem a ficar mais atraentes ao bolso do viajante. Em outubro, de acordo com levantamento realizado por sites especializados em passagens aéreas e hospedagens, três destinos oferecem preços mais baratos. São eles: São Francisco (EUA), Los Cabos (México) e San Juan (Porto Rico). Em novembro, Los Angeles (EUA), Tóquio (Japão) e Seul, na Coreia do Sul, oferecem preços mais atraentes. No último mês do ano, dezembro, o destaque é Las Vegas, nos Estados Unidos, que oferece tarifas mais baratas de hospedagem durante o mês.

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Cancelamento de internet

O Superior Tribunal de Justiça reconheceu a legalidade da rescisão de contrato do serviço de conexão à internet, sem multas e encargos, por divergências na velocidade mínima. A ação foi movida pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), mas a decisão é válida em todo o território nacional. O mínimo exigido era 10% da taxa de velocidade anunciada. Agora, de acordo com o STF, o consumidor pode se arrepender de contratar um serviço que tenha um percentual mínimo de garantia de velocidade que não lhe foi informado e que não lhe agrade.

De olho nos hábitos da nova geração, que vive conectada no celular, os bancos estão lançando ferramentas que permitem fazer operações direto no WhatsApp ou no Facebook Messenger, sem necessidade de abrir o aplicativo do banco. A ideia da nova ferramenta atrelada aos aplicativos sociais é oferecer praticidade e no Brasil, por enquanto, apenas o Itaú já disponibilizou a novidade, enquanto o Banco do Brasil está em fase de testes com alguns clientes. Mas, é seguro? De acordo com especialistas em segurança digital, o risco de usar a ferramenta de acesso à conta pelo Facebook ou WhatsApp é o mesmo de usar diretamente o aplicativo do banco no celular. Portanto, o cliente deve tomar os mesmos cuidados na hora de inserir suas informações financeiras.


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CNJ ouve o juiz afastado Léo Denisson

VIDEOCONFERÊNCIA MAGISTRADO E TESTEMUNHAS PARTICIPAM DE AUDIÊNCIAS NA JUSTIÇA FEDERAL JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.com Fotos: Bruno Fernandes

S

eguem em andamento as investigações contra o juiz Léo Denisson Bezerra de Almeida, acusado de receber “mensalinho” da Prefeitura de Marechal Deodoro, além de estar supostamente envolvido em esquema de venda de sentença. O magistrado, que foi afastado do cargo em outubro de 2016 por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), compareceu na terça e quarta-feira, dias 2 e 3, na 1ª Vara Federal de Alagoas. Denisson participou de duas audiências por videoconferência com a conselheira do CNJ Maria Tereza Uille. Além do juiz, a audiência contou com a participação de testemunhas de acusação e defesa. Entre os intimados para comparecer à sede da Justiça Federal estavam o empresário Kléber Malaquias, a jornalista Maria Aparecida Oliveira e a advogada Janadaris Sfredo, que se encontra detida no Sistema Prisional do Estado. Malaquias, em depoimento, acusou que Léo Denisson protegia o ex-prefeito de Marechal Cristiano Matheus, que foi casado com Melina Freitas, filha do desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas, que foi afastado de suas atividades pelo CNJ, também em 2016, quando exercia a presidência do Tribunal de Justiça de Alagoas. “Léo Denisson sabia toda a maracutaia que se passava em Marechal Deodoro. Mas como o juiz iria fazer alguma coisa contra Cristiano Matheus sabendo que era casado com a filha do desembargador? Ele [Denisson] não iria brigar com Washington Luiz sendo que era investigado pelo TJ. Só foi Léo Denisson ser afastado do cargo para a Polícia Federal e o Ministério Público Federal conseguirem afastar

Ex-prefeito Cristiano Matheus foi ouvido como testemunha de defesa

Juiz Léo Denisson ao chegar para depor na tarde da quarta-feira

Robério também foi convocado para a audiência

Clesivaldo, irmão de Matheus, é suspeito de ser ‘laranja’

Cristiano da prefeitura. Isso foi dito na audiência”, revelou Kléber Malaquias ao EXTRA. A jornalista Maria Aparecida Oliveira também foi testemunha de acusação nos processos do CNJ que investigaram o desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas – que teve todas as acusações arquivadas por falta de provas - e investigam o juiz Léo Denisson Bezerra de Almeida. Já Janadaris Sfredo, pronunciada como mandante do assassinato do advogado Marcos André de Deus Félix, denunciou em 2015 o recebimento de uma oferta de soltura por parte do magistrado. O episódio fez com que o advogado Júlio César Castro e o então procurador de Marechal Deodoro Jorge Augusto Granjero Carnaúba fossem presos em flagrante acusados de receber propina no valor de R$ 100 mil em um posto de combustíveis do município. À época, o juiz do processo

era o próprio Léo Denisson, que acabou pedindo afastamento do caso alegando que estava sendo vítima de um mar de calúnias. Já como testemunhas de defesa foram arrolados, entre outros: Robério Limeira de Lucena, então presidente da Fundação Municipal de Cultura de Marechal; o servidor comissionado do Tribunal de Justiça de Alagoas Clesivaldo dos Santos; José Narciso da Fonseca Filho, considerado braço direito do juiz investigado; e o ex-prefeito de Marechal Cristiano Matheus. De acordo com a Polícia Federal, Clesivaldo – irmão do ex-prefeito de Marechal Deodoro -, José Narciso e Robério Lucena atuariam como laranjas e em nomes deles estariam os bens pertencentes a Cristiano Matheus e Léo Denisson, adquiridos com dinheiro considerado suspeito. Matheus é acusado de desvio de mais de R$ 6 milhões de recursos públicos

federais. Fotos que mostram a aproximação do ex-prefeito com o magistrado foram anexadas ao processo como prova de encontros. Em janeiro de 2017, o Ministério Público de Alagoas chegou a pedir a prisão de Léo Denisson Bezerra pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa. CASO SFREDO A Polícia Federal em Alagoas também fez, em 2015, um cruzamento dos dados bancários e das conversas telefônicas do juiz, cujos sigilos foram quebrados com autorização do Tribunal de Justiça. Léo Denisson teria cobrado R$ 200 mil para não pronunciar Sérgio Luiz Sfredo que, junto à esposa, Janadaris Sfredo, foi denunciado pelo Ministério Público como mandante do crime que vitimou o advogado Marcos André Félix em março de 2014. A ideia era receber para libertar Sérgio, embora em

nenhum dos depoimentos, seja de acusados ou testemunhas, ele tenha sido citado como envolvido no assassinato do advogado.

Denúncias contra Léo Denisson 1- Venda de sentença: teria cobrado R$ 200 mil para libertar o advogado Sérgio Sfredo 2- Mensalinho: suspeito de receber a quantia mensal de R$ 50 mil da Prefeitura de Marechal Deodoro em troca de sentenças favoráveis ao ex-prefeito Cristiano Matheus 3- Uso de “laranjas”: teria um vasto patrimônio, sobretudo imóveis, em nome de outras pessoas


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Qualquer modo ...

SAÚDE MENTAL

“Se as pessoas são irracionais, inconsequentes e egoístas ... ama-as de qualquer modo”.

arnaldosanttos.psicologo@gmail.com

(Madre Teresa)

pessoas, fechar empresas”. Isso não é saúde mental.

Saúde mental e as eleições

O que é saúde mental? Quem pode “determinar” que alguém tem ou não saúde mental? Difícil de esclarecer, argumentar. Há, entretanto, parâmetros, mas jamais certezas absolutas. Mas tem-se certeza que não é instigar o ódio, o medo, a vingança, a intolerância e nem a violência a uma pessoa, a grupo de pessoas, a um grupo de trabalhadores e muito menos a uma população inteira. Decidir sobre o “que é melhor para alguém”, para um grupo de pessoas ou para uma população não é tarefa de outrem (embora alguns grupos queiram que isso aconteça) porque cada sujeito é um ser único, é subjetivo. É ele quem deve decidir o que é melhor, sem interveniências de outrem. Cada sujeito tem suas próprias histórias e elas não podem ser transferidas para outrem, jamais. No mais, pode-se ouvi-lo, escutá-lo, nunca saber exatamente o que ele dever fazer ou deixar de fazer. Exercer imposição é uma intromissão. Toda determinação, mesmo superficial ou objetiva, pressupõe força, mesmo que não seja física. Se isso pode ocorrer, há conflitos, forças contrárias. O equilíbrio é o prudente, mas nem sempre isso acontece.

Equilíbrio; sempre

A escolha é do outro. Tem que ser respeitado. O que um sujeito deseja, não pode ser, necessariamente, o que o outro lhe impõe, lhe determina, principalmente quando o impor vem com pitadas de medo, raiva, imposição, retaliação, terror ou vingança. Sentimentos de medo, raiva, imposição, retaliação, vingança, ódio ou intolerância fazem parte, sim, do ser humano, mas, uma vez consciente, o sujeito pode ressignificá-los. Para que servem? Apesar de serem sentimentos inerentes ao ser biológico, devem ser controlados. Não é fácil, mas é possível. O equilíbrio sempre é o mais prudente; sempre.

Não é ...

As redes sociais estão cheias de frases, vídeos, notícias, fake news em que se instiga o medo, a raiva, a imposição, a retaliação, a vingança e a intolerância. Isso não é saúde mental. Um empresário de uma grande loja de departamentos chegou a registrar – em live - o seu próprio discurso para um grupo de “colaboradores” e os obrigou a vestir, todos eles, a mesma camisa (verde) com fotos e frases do candidato dele - “empresário-patrão”. O que significa isso? Democracia não é. É saúde mental? Que democracia é essa? O comportamento ou governo fascista já foi protagonista da história em outras épocas. Todos lembram o retrocesso que a humanidade sofreu, ou ocorreu algum tipo de melhora substancial na humanidade? Nele, os supostos conceitos de nação e raça são sobrepostos aos valores individuais, representado por uma figura de um ditador. Isso é concebível numa revolução industrial 4.0 e numa geração Y, dos bits e byts? Será saúde mental?

Direito à liberdade

Não se sabe exatamente o que seja saúde mental, mas sabemos o que não seja. Mas impor ou instigar a raiva, o medo, a intransigência, o terror, a chantagem, a intolerância, com certeza não representa um comportamento em que os princípios fundamentais da pessoa estejam preservados, especialmente a liberdade, como está expresso na Declaração dos Direitos Humanos. No artigo 18 está expresso: “Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião (...); artigo 19: “Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão (...); artigo 20: “Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.” dele, que “é o melhor”. Isso não é saúde mental!

Não é ... II

Que democracia é essa em que um “empresário-patrão” determina a ideologia para os seus “colaboradores”? Que “patrão” teremos depois das eleições? Isso não é saúde mental? No discurso de quase uma hora de live, dizendo “frases de efeitos” que todos “devem acatar” o que ele diz, o que ele pensa, o que ele faz, porque é o “certo”. O que significa isso? Não é saúde mental. No discurso, diversas frases “são ditas”, que todos os “colaboradores” “vão sofrer” se um determinado partido ganhar as eleições. Incita, amedronta que existem no país 27 milhões de desempregados e que esse índice vai aumentar e que por isso “todos” devem votar no candidato

Não é ... III

O “empresário-patrão” invoca estatísticas de amigos; diz que as empresas que fazem as estatísticas sobre as eleições são compradas por partidos e que não merecem credibilidade, mas que ele sabe “o melhor” para seus “colaboradores”. Isso não é saúde mental. Que modelo de sociedade irá se erguer depois das eleições? Sem liberdade e com sentimentos de medo, raiva, vingança, intransigência, terror e intolerância não é um caminho de saúde política e muito menos saúde mental. O “empresário-patrão” instiga o medo e a chantagem diretamente, objetivamente: “Quem vai sofrer se por acaso o partido x ganhar as eleições somos todos nós, os vendedores, nós os investidores, nós os empresários porque vamos sofrer muito e dói muito ter que demitir

Saúde mental

Assim, o mínimo que se espera é que prevaleça a sensatez, ou seja, a qualidade do que é sensato, ponderado principalmente ao tratar assuntos tão delicados ou difíceis como são uma eleição presidencial e o que seja saúde mental. Mas o equilíbrio emocional sempre foi e sempre será um parâmetro de saúde mental. Nesse momento é necessário ter prudência, bom senso, equilíbrio. É esse o sentimento que todos os brasileiros possam exercitar democraticamente o seu voto. Isto é, exercer o direito de escolher seus representantes; não com imposição, mas com liberdade, sem medo, sem coação, sem sentimento de vingança, nem terror. Portanto, precisamos estar atentos ao nos instigar o medo; a violência; o terror; a intolerância, a intransigência e a chantagem. Devemos lutar para termos o direito e a certeza de que podemos exercer o direito de cidadão consciente de seus direitos, votando conscientemente. Isso é inalienável, Arnaldo Santtos é Psicólogo Clínico CRP-15/4.132. Atendimento virtual pelo site: www.vittude.com. Consultório: Rua José de Alencar, 129, Farol (atrás da Casa da Indústria), Maceió-Alagoas. Atendimento também na CLÍNICA HUMANUS: Rua Íris Alagoense 603, Farol, Maceió-AL (82) 3025 4445 / (82) 3025 0788 / 9.9351-5851 Email: arnaldosanttos@uol.com.br arnaldosanttos.psicologo@gmail.com


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Onipresença digital A maneira de comprar automóveis vem mudando rapidamente e no Brasil as iniciativas podem surpreender. O cenário começou a se modificar na década passada e se aprofundou nessa década à medida que os telefones celulares inteligentes ou smartphones evoluíram e o acesso às redes de dados ficou mais fácil e rápido. No seminário de Marketing Automotivo organizado em São Paulo pela Automotive Business os exemplos dessa reviravolta foram vários. Segundo o Google Insights, 90% daqueles que adquirem seu primeiro carro utilizam o telefone para pesquisar. O interessado pode gastar até 10 horas ao longo de três meses para completar o processo. Na média de todos os compradores a evolução foi marcante. Nos anos 2000, 90% do tempo de pesquisa, escolha e negociação era dentro da concessionária.

n MAIS uma antecipação da Coluna. Novos Onix e Prisma, líderes de venda, começam a ser produzidos na fábrica de Gravataí (RS) no último trimestre do próximo ano. Atuais versões Joy dos dois modelos continuam em linha até 2022, quando se exigirá controle de estabilidade. Com preços competitivos, produção de ambos se concentrará em São Caetano do Sul (SP). n FORD anunciou a fornecedores a interrupção de produção dos Focus hatch e sedã na Argentina, em maio de 2019. Apesar de especulações sobre a fábrica de lá, o chamado segmento C (médio-compacto) desidrata rapidamente. No Brasil, no primeiro semestre Focus sedã teve apenas 3,6% de participação; entre os hatches, Cruze, Focus e Golf vendem juntos só 1.000/mês. n LINDA JACKSON, diretora mundial da Citroën, estima que o novo C4 Cactus deve responder por 50% das vendas da marca francesa no Brasil já em 2019. Em visita ao País, ela confirmou ampliação da internacionalização para depender menos do mercado europeu. China puxará o ritmo

Esse tempo encolheu para 35% nos anos 2010. Antes o interessado percorria quatro lojas e agora a média é inferior a duas. O uso crescente de smartphones animou a Renault a desenvolver totalmente no Brasil uma estratégia de venda para o seu modelo mais acessível, o Kwid. Afinal existem no País 120 milhões de pessoas conectadas. Segundo Caíque Ferreira, diretor de Comunicação da empresa, “pouco mais de 20% de todas as unidades comercializadas desde o início deste ano foram por meio da plataforma que batizamos de K-Commerce, ou seja, totalmente online. O consumidor só foi à concessionária para retirar o carro”. O percentual pode parecer pequeno, mas não é. Afinal, se trata de um veículo totalmente novo e de preço mais em conta. Poderia levar todos os interessados a percorrer os caminhos tradicionais: questionar

FERNANDO CALMON

FERNANDO CALMON fernando@calmon.jor.br diretamente o vendedor, ver e tocar no carro ou participar de um teste de avaliação. Um quinto dos compradores dispensou esse ritual e confiou no processo por trás de uma tela, na maioria das vezes pequena. João Ciaco, diretor de Marketing e Comunicação da FCA, foi ainda mais assertivo: “Os consumidores estão sem paciência para processos longos e burocráticos. E consideram difícil praticamente tudo na compra de um carro. É aí que a onipresença exponencial do digital pode facilitar todo o processo.” Em sua opinião, a ascensão do smartphone já mudou completamente a forma como o

consumidor compra seu automóvel. Ele deu, como exemplo, uma informação do Instagram Insights. De acordo com uma pesquisa dessa rede social, os usuários mais fanáticos chegam a percorrer 90 metros por dia de rolagem de tela (scroll) no seu celular. Portanto, fica mais fácil captar um cliente no ambiente ao qual já está acostumado. Quando uma nova tecnologia é adotada pelas pessoas, elas mudam de comportamento. Compreender o comportamento é vital para desenvolver estratégias. Para Ciaco, quem não acordar para essa realidade estará fora do mercado.

potência combinada de 407 cv. Autonomia puramente elétrica é de 40 km, mas consumo médio em cidade atinge 19 km/litro (20 km/l, estrada), padrão Inmetro. R$ 299.950, incluído incentivo fiscal.

e América do Sul deve representar 10% de participação mundial em 2023. n APOSTA em híbrido plugável

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da Volvo se materializa no SUV médio XC60 T8. Motor a combustão (gasolina) traciona as rodas dianteiras e o elétrico, as traseiras. Desempenho impressiona:

tária. Motor 1,5-litro, turbo, 165 cv e câmbio CVT (simula oito marchas) asseguram boas acelerações. Versões 4x2 (R$ 149.990) e 4x4 (R$ 155.990).

n SEDÃ Kia Stinger GT estreia no Brasil com características de esportividade muito interessantes para um sedã-cupê de quatro portas. n MITSUBISHI Eclipse Cross Motor V-6 biturbo de 3,3 L, 370 cv, é SUV de estilo audacioso: traços torque 52,2 kgfm a partir de apenas de cupê e parte traseira algo 1.300 rpm, câmbio automático estranha. Interior bem elaborado. de oito marchas, freios Brembo e Há dois tetos solares. Entre vários tração 4x4 são especificações inuitens de segurança, destaque para sitadas para a marca sul-coreana. prevenção de aceleração involun- Por competitivos R$ 399.990.


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JOSÉ ARNALDO LISBOA MARTINS Engenheiro Civil e diretor da empresa de pesquisas Dica’s lisboamartins@gmail.com

Na preferência já está embutida a rejeição ao candidato

E

u nunca imaginei que o Brasil pudesse chegar ao ponto no qual chegou, ao virar uma verdadeira “zona” ou um “cabaré” de baixa classe. Estamos num país desgovernado, já que os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo viraram balcões de negócios. Tem muita gente O TSE obriga os ganhando muiregistros, mesmo to dinheiro sujo, não sabendo em qual aproveitando-se da falta de caráter pessoa foi dado o algumas autovoto, para o caso de de ridades. O sistema uma dúvida ou frau- eleitoral brasileide. As pesquisas são ro virou bagunça, as pesquisas verdadeiras palhaça- com eleitorais voltadas das quando desones- para beneficiar tas, como está sendo! certos partidos e certos candidatos. Vemos isso quando vemos as pesquisas eleitorais, com re-

sultados muito diferentes uns dos outros numa mesma semana ou mesmo dia. Ora, meus senhores, isso influi nos resultados da eleição. Na ânsia de faturar bastante, os institutos de pesquisas estão vendendo resultados, indiretamente, com apoio dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Todos os dias são divulgados resultados de pesquisas eleitorais mentirosas e inventadas. O Brasil possui 5.570 municípios e algum instituto disse que fez pesquisas em 301 cidades, ocasião na qual entrevistaram 3.010 eleitores. Se é verdade, em cada uma das cidades foram entrevistadas, apenas, 10 pessoas, num universo de 13 milhões de eleitores como é São Paulo e 7 milhões como é Belo Horizonte. Agora, os institutos já não dizem mais em quantas e em quais foram as pesquisas, tudo por ser mentira. Pura mentira! Além de tudo, tal empresa mentirosa disse que ouviu os 3.010 elei-

tores em 2 dias. Assim sendo, está claro que ele fez as pesquisas por telefone, ou então, foram em jatinhos para as 301 cidades espalhadas pelo país. Se ouviram mais de 10 pessoas em São Paulo ou no Rio de Janeiro, então é porque ouviram, apenas, 2 ou 3 em Recife ou Maceió, Natal, etc. É tudo mentira!!!! É muita cara de pau fazer pesquisa por telefone, quando as pessoas estão vendo as novelas. O TSE obriga os registros, mesmo não sabendo em qual pessoa foi dado o voto, para o caso de uma dúvida ou fraude. As pesquisas são verdadeiras palhaçadas quando desonestas, como está sendo! Vocês verão os resultados diferentes, depois das apurações nas urnas. Aguardem! Eu já disse ter sido proprietário de um instituto de pesquisas eleitorais, comerciais e de opinião, quando fazendo 1.500 pesquisas para candidatos, como o Dr. Mano, ex-governador Suruagy, Lula Cabeleira, Maílson Andrade, Celso Luiz,

José Maria, da Auto Vanessa, Abraão Moura, ex-deputada Fátima Cordeiro, Tadeu Alves e outros clientes. Eles sabiam da nossa honestidade, pois as nossas apurações eram feitas pelas próprias pesquisadoras. Da maneira que estão fazendo pesquisas eleitorais, seria melhor que proibissem as pesquisas, para não iludirem os candidatos com elas. Uma grande safadeza é inventar na pesquisa uma tal de “rejeição”, coisa que já está embutida na pesquisa, pois o eleitor no seu voto já faz, indiretamente, a sua rejeição ao candidato. Com isso, quiseram prejudicar o Bolsonaro. Em tempo – O delegado da Polícia Civil Dr. Gilson Melo, o Dr. Juarez Miguel e o Dr. Fernando Antônio Barros Palmeira são meus leitores no EXTRA. Meus agradecimentos a esses ilustres incentivadores!!!


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ABCDO INTERIOR

Chegou a hora

Eleitores de Arapiraca, segundo maior colégio eleitoral de Alagoas, vão às urnas neste domino, 7. Para a Assembleia legislativa, nomes como do deputado Ricardo Nezinho e Tarcizo Freire serão submetidos à avaliação do eleitorado e ambos têm largas chances de serem reeleitos. Mas outros nomes como da ex-prefeita Célia Rocha, Breno Albuquerque e Randerson Pessoa buscam o voto dos eleitores arapiraquenses para chegar pela primeira vez à Casa de Tavares Bastos. São candidatos fortes que podem conquistar uma cadeira no Legislativo alagoano. A disputa promete ser boa e Arapiraca poderá ter um número significativo de representantes.

Não merece fake

Do jornalista Flávio Gomes de Barros: As filhas de Divaldo Suruagy utilizam as redes sociais para denunciar: “A história política e pessoal de papai não merece fake”. O caso é que, apesar de teste de DNA negativo, Edvaldo Gouveia da Rocha Júnior é candidato a deputado, se diz filho de Divaldo Suruagy e até usa o seu slogan “No coração do povo”.

Projeto

Favorito absoluto, Renan Filho vai governar Alagoas por mais quatro anos. Consuma-se, assim, a primeira etapa dos planos do MDB para este ano. A outra é reeleger Renan Calheiros ao Senado. Se isso ocorrer, com a possível candidatura de Renanzinho em 2020, o Senado pode ter pai e filhos juntos, a partir de 2021.

A conferir

Em Arapiraca, se Rodrigo Cunha e Benedito de Lira forem os mais votados ficarão a dever muito ao prefeito Rogério Teófilo e à ex-prefeita Célia Rocha, que afastaram as diferenças para se unirem em favor deles. Se os mais votados forem Renan Calheiros e Maurício Quintella, méritos para o ex-prefeito Luciano Barbosa.

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robertobaiabarros@hotmail.com

Cresceu na reta final

De acordo com pesquisas eleitorais, devidamente registradas, Maurício Quintella foi o candidato que mais cresceu na reta final da campanha para senador. Quintella usa estratégia de não atacar ninguém, mostrando os seus trabalhos por Alagoas. O tucano foi um dos cabos eleitorais na eleição de Rogério Teófilo em Arapiraca, onde submete o seu nome para avaliação dos eleitores da terra do fumo em corda.

Agora é aguardar

Maurício conseguiu cair nas graças dos eleitores que não votam em Biu de Lira, Rodrigo Cunha ou mesmo Renan Calheiros. Ele também conquistou o voto da maioria das lideranças políticas do interior do estado, do segundo voto para senador, dos indecisos e dos que desejam realmente uma mudança para o Senado Federal. Agora é aguardar o resultado das urnas.

Corpo identificado A Perícia Oficial concluiu o exame de DNA e confirmou que a ossada encontrada em um povoado na cidade de Igaci, no início do mês de março deste ano, é de Cleciane Pereira, de 10 anos de idade, desaparecida desde 4 de junho de 2017.

Não foi o padrasto

O laudo da necropsia realizado no corpo da garotinha e divulgado esta semana pelo Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca aponta causa da morte indeterminada. O padrasto da menina chegou a ser suspeito do seu desaparecimento, mas a polícia, no decorrer das investigações, descartou essa possibilidade, o inocentando.

Jogos de Arapiraca

Com um jogo de futsal masculino, onde cada toque a torcida ia à loucura, a 20ª edição dos Jogos Escolares de Arapiraca foi encerrada na terça-feira, 2, com a partida entre as escolas Moacir Teófilo e Costa Rêgo, no Ginásio João Paulo II.

Pontos altos

O clima amistoso entre as torcidas, a união das equipes e a organização da Secretaria de Educação e Esporte, além da participação de toda a comunidade, foram os pontos altos da competição, que finalizou com a entrega dos troféus e medalhas aos vencedores após 11 jogos.

PELO INTERIOR ... Um vereador de São José da Tapera foi detido, na noite de terça-feira (2), após flagrante de porte de arma de fogo.

soltura a favor do vice-prefeito da cidade de Santa Luzia do Norte, Roberval Francisco de Sales Neto, de 41 anos.

longe. O caminhão foi totalmente destruído pelo fogo e, segundo populares, o motorista estava sozinho e não ficou ferido.

... O político é Flávio Vieira Santos (PRB), de 38 anos. O vereador estava num trecho da AL-220, em Tapera, quando foi flagrado por membros da Companhia de Operações Policiais do Sertão (Copes-Caatinga).

... O gestor foi preso em flagrante em setembro de 2017, acusado de chefiar um esquema de estelionato. Ele foi solto e cumpria prisão domiciliar, sendo preso novamente em abril deste ano, após assumir o cargo.

... De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o incêndio foi provocado por uma pane elétrica.

... Flávio foi encaminhado para o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) do município, onde foi autuado por flagrante delito e liberado após esclarecimentos.

... Um vídeo que circulou nas redes sociais, na tarde de quarta-feira (3), mostra o momento que um caminhão carregado de tecido é consumido pelas chamas, no Km 210, na BR-101, em São Sebastião, no Agreste de Alagoas. O Corpo de Bombeiros foi acionado.

... A arma e quase 20 munições intactas também foram encaminhadas ao Centro de Segurança. ... A justiça alagoana concedeu alvará de

... As imagens mostram o veículo em chamas, enquanto curiosos observam de

... Aos nossos leitores desejamos um final de semana tranquilo para que escolham os seus candidatos de acordo com a sua vontade, sem a interferência de “forças estranhas” que costumam atuar nesse período. ... Que atos ilegais de alguns candidatos que agem ilegalmente para interferir no resultado das eleições sejam denunciados à Justiça Eleitoral. ... Até a próxima edição!


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MACEIÓ, ALAGOAS - 05 A 11 DE OUTUBRO DE 2018


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30 ANOS DE ELEIÇÕES EM ALAGOAS

2016 Fatos importantes do primeiro turno das eleições em Maceió

1)

O prefeito Rui Palmeira (PSDB) foi o primeiro colocado com uma votação de 197.134 votos (46,86%) e seu vice foi Marcelo Palmeira (PP). Apoiado numa imagem de político ético e limpo, utilizando bem as redes sociais e o guia eleitoral, sua excelente performance nos debates e o distanciamento nas pesquisas em relação aos outros candidatos determinaram o primeiro lugar.

2)

CONTEXTO HISTÓRICO

O deputado federal Cícero Almeida (PMDB) foi o segundo colocado com uma votação de 104.036 votos (24,73%) e seu vice o deputado estadual Galba Novaes (PMDB). Com uma campanha mal conduzida durante o processo eleitoral, quase foi ultrapassado na reta final pelo candidato JHC. Lobão (PR) foi o vereador mais votado, com uma votação de 24.969 votos. Lobão definiu assim a sua extraordinária votação: “Nossa campanha foi papel, muitos voluntários, internet, um carro de som rodando a música, além da junção de duas coisas: projetos realizados e novas ideias. Se nós já

3)

MARCELO BASTOS

Eleições Municipais no Brasil em 2016 As Eleições Municipais no Brasi, aconteceram em 2 de outubro (primeiro turno) e 30 de outubro (segundo turno).

analista político

tínhamos realizações sem cargo, a população entendeu que era possível com um mandato. O apoio que eu recebi foi único e exclusivamente do Fundo Partidário do PR”.

Fatos importantes do segundo turno das eleições em Maceió

1)

Rui ganha no primeiro turno com uma diferença do Cícero de 93.098 (22,3%). Mesmo com essa grande diferença, já na segunda-feira dia 3 de outubro após a eleição, Rui já iniciava a campanha de rua, enquanto Cícero só iniciou a sua campanha de rua uma semana após o resultado do primeiro turno. Rui elegeu os 11 vereadores mais votados e no segundo turno todos continuaram engajados e coesos como fizeram no primeiro turno. Enquanto Cícero elegeu apenas 5 vereadores na sua coligação os quais não estiveram engajados

2)

nem no primeiro nem no segundo turno, ao contrário dos aliados de Rui. Cícero melhorou no segundo turno no programa do guia eleitoral, onde começou a divulgar as suas realizações no período em que foi gestor do município, coisa que não fez no primeiro turno, porém isso não foi suficiente para mudar o quadro eleitoral, e é bom lembrar que o guia eleitoral perdeu a força que tinha no passado, em que as redes sociais hoje têm mais influência do que o próprio guia eleitoral. Além disso, não tivemos nenhum fato relevante para ter mudado o resultado a seu favor.

3)


32

MACEIÓ, ALAGOAS - 05 A 11 DE OUTUBRO DE 2018


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