Edição 995

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ALERTA

Mais de 120 mil pessoas vivem em áreas de risco em Maceió

CASO DE FAMÍLIA

Herança milionária de Adelmo Pereira divide irmãos e gera ações judiciais P/9

extra P/10 e 11

www.novoextra.com.br

MACEIÓ - ALAGOAS ANO XIX - Nº 995 - 26 DE OUTUBRO A 01 DE NOVEMBRO DE 2018

R 3,00

ROMBO DAS APOSENTADORIAS E PENSÕES ILEGAIS PODE CHEGAR A TURISMO R$ 36 MILHÕES Governo corta irregularidades e busca alternativas para viabilizar Previdência que tem deficit de R$ 100 milhões P/5

ALAGOAS TEM JEITO

Já passou da hora de o setor deixar de ser uma promessa para se tornar um dos carros-chefes do desenvolvimento. O turismo é um dos segmentos capazes de respostas imediatas e baratas, mas precisa romper paradigmas. P/15 a 17

ESGOTO DOMÉSTICO E LIXO ESTÃO SOTERRANDO A LAGOA MUNDAÚ P/6 e 7


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MACEIÓ, ALAGOAS - 26 DE OUTUBRO A 01 DE NOVEMBRO DE 2018

“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”

Operação rescaldo

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- O governador Renan Filho quer iniciar seu segundo mandato sem pendências com o grupo político que garantiu sua reeleição. Mesmo porque pretende adubar essa aliança até o próximo pleito, quando pretende disputar com Fernando Collor a única vaga de senador a ser renovada em 2022.

(Millôr Fernandes)

COLUNA SURURU DA REDAÇÃO

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- Depois de pacificar seus aliados políticos na briga pelo comando da Assembleia, Renan Filho cuidará de acomodar os correligionários que perderam a eleição para o Senado, Câmara Federal e Legislativo estadual.

Fim da máfia

O deputado federal por São Paulo Kim Kataguiri desembarcará na Câmara com um projeto de extinção dos cartórios de todo o País, essa sinecura que fatura cerca de R$ 5 bilhões por ano. O projeto, que interessa a todos os brasileiros espoliados por essa capitania hereditária, enfrentará forte resistência do lobby dos cartórios, mas a briga é boa.

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- Entre os federais derrotados, ao menos dois aliados devem ser convocados para integrar o governo do Estado. São o deputado Ronaldo Lessa, que ficou como primeiro suplente da coligação governista, e Carimbão na segunda suplência.

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- Na Assembleia Legislativa o governo pode acomodar os interesses do deputado Ronaldo Medeiros, primeiro suplente da coligação governista, que obteve apenas 24.241 votos.

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- Já o deputado federal Maurício Quintella, derrotado na disputa ao Senado, deve assumir uma secretaria de Estado e, em 2020, brigar pela Prefeitura de Maceió com o apoio do governador. Na disputa pela sucessão de Rui Palmeira estará também o deputado federal JHC.

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- Já Pedro Vilela, Eduardo Canuto, Fernando James e Zé Luiz dos Anjos estão na fila de espera por uma vaga na Câmara Federal como primeiros suplentes da coligação oposicionista. Assim, nessa ordem.

Dose dupla

O deputado Antônio Albuquerque e seu filho Nivaldo conseguiram votos em todos os 102 municípios alagoanos. AA foi reeleito com 38.556 votos e Nivaldo Albuquerque se elegeu deputado federal com 84.956 votos. O filho foi o mais votado em 8 municípios, com destaque para Mata Grande e Girau do Ponciano. Já o pai foi o deputado mais votado em 7 municípios, com destaque em Limoeiro e Mata Grande. Nada a ver com o fato de AA mandar politicamente no Tribunal de Contas do Estado, comandado pela irmã Rosa Albuquerque.

Nova liderança

A noviça Cibele Moura, mais jovem deputada de Alagoas, já começou demarcando território e se impondo como nova liderança no Litoral Norte do estado. Filha de Abrahão Moura, Cibele foi a oitava deputada estadual mais votada com 37.824 votos, deixando para trás a então líder do pedaço, Flávia Cavalcante, que ficou na 15ª posição no ranking dos mais votados. O ex-deputado Cícero Cavalcante, pai de Flávia, perdeu o controle de seu curral eleitoral e foi o grande derrotado nessa eleição, inclusive em São Luiz do Quitunde.

Campeão de votos

Reeleito com a maior votação em Alagoas (178.645 votos), JHC tem o seu maior reduto eleitoral em Maceió onde obteve 89.376 votos, seguido de Rio Largo com 7.025 sufrágios e União dos Palmares com 5.179 votos.

O pai do kit gay

Quando ministro da educação, Fernando Haddad autorizou a criação do kit gay para promover o homossexualismo nas escolas públicas. O trabalho custou quase R$ 2 milhões e foi financiado com recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação. Pego no contrapé, o presidenciável negou ser o autor do kit gay e passou a falar em “políticas de combate à discriminação em função da orientação sexual e identidade de gênero”.

Desespero

É compreensível a guerra travada pelo PT para mudar o rumo das eleições presidenciais ante a possível vitória do capitão Bolsonaro. Afinal, está em jogo o futuro de 300 mil petistas arranchados em cargos comissionados e com os maiores salários do País. Muitos deles nunca deram murro numa boa e a partir de janeiro acaba a mamata. Nunca é demais lembrar Margaret Thatcher para quem o “socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros”. E o dinheiro fácil acabou. Acabou também a farsa petista que colocou o Brasil à beira da falência e no caos social que afeta milhões de brasileiros. PT, nunca mais.

Fim de festa

Uma liderança lulista do Nordeste, pedindo para não ser identificado “para não se indispor” com o PT, disse a O Antagonista que Fernando Haddad e seu entorno sabem que “acabou”.

Imgróglio petista Nem mesmo as diatribes do filho de Bolsonaro são capazes de reverter votos a favor de Haddad. O PT parece conformado. Não há saída do imbróglio melhor para o PT do que perder as eleições com uma boa bacia de votos. (Gaudêncio Torquato)

Audiência

O advogado Sinval José Alves e demais acusados serão interrogados segunda-feira 28, na 8ª Vara Criminal, na primeria audiência de instrução. Sinval é acusado de mandar matar o sócio e também advogado José Fernando Cabral Lima e está preso junto com os matadores e intermediários do crime. Segundo a Polícia, a execução do advogado foi motivada por uma dúvida de R$ 600 mil que Sinval José Alves tinha com o sócio Fernando Cabral. Sinval, que pesenciou o assassinato a tiros do sócio, nega que seja o mandante do crime, mas não apresentou argumentos suficientes em sua defesa. O inquérito policial revela que o delito “é de notória gravidade e repugnância social, desvelando a ousadia no modus operandi empregado para ceifar a vida do advogado José Fernandio Cabral der Lima”. Todos os acusados estão presos à espera do julgamento.

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MACEIÓ, ALAGOAS - 26 DE OUTUBRO A 01 DE NOVEMBRO DE 2018

JORGE OLIVEIRA

A crise vai continuar Brasília – Desde o golpe militar de 1964, que torturou, matou e exilou centenas de brasileiros, que o País não vive uma situação política tão difícil e imprevisível. Os dois candidatos – Bolsonaro e Haddad – disputam a hegemonia dos votos para chegar ao poder a partir do dia 28 quando as urnas serão abertas e o povo vai saber quem vai administrar o Brasil pelos próximos quatro anos. De um lado, o fascista Bolsonaro, o capitão do Exército, desponta na liderança, e se nada o atrapalhar até lá pode virar o presidente. Do outro, Haddad, o representante da organização criminosa petista que saqueou os cofres públicos, cujo chefe, o Lula, cumpre pena de doze anos por corrupção e lavagem de dinheiro. No meio de toda essa farofa ideológica e partidária, o eleitor. Inconformado, com razão, com o desgoverno petista que deixou o País atolado no caos econômico, ele se aliou ao outro extremo na esperança de salvar a nação: a direita radical, xenófoba, defensora da tortura, fascista e antidemocrática representada por Bolsonaro. Pensa, com isso, enterrar de vez a esquerda lulista que tanto mal fez ao País. Seus seguidores, porém, se enganam, pois o PT, mesmo esfacelado moralmente, ressurgiu das urnas com governadores, senadores e como a maior bancada da Câmara dos Deputados. Isso mostra que o governo bolsonarista vai arder em chamas dentro do Congresso Nacional para tentar conciliar os interesses do seu governo com os da bancada oposicionista. O jogo, porém, ainda nem começou, os times não entraram em campo, pois alguns colégios eleitorais como Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro ainda não decidiram seus candidatos. Mas a julgar pelas últimas pesquisas, com exceção de São Paulo, surgem das urnas em Minas Gerais e Rio de Janeiro dois governadores afinados com o pensamento bolsonarista, que garantem ao candidato da direita começar o governo com pleno respaldo popular baseado na expressiva votação desses dois aliados. E se por acaso o Doria vencer em São Paulo, Bolsonaro aí, sim, tem chances de encurralar o Congresso Nacional para pressionar pela aprovação de seus projetos, muitos até agora desconhecidos. Mas é bom que os bolsonaristas estejam preparados, pois a população, desencantada hoje, vai exigir lá na frente respostas imediatas para os problemas crônicos do País. Pelo atual acirramento político não é difícil prever que o País vai atravessar uma tormenta de proporções descomunais. Antes mesmo das urnas serem abertas, petistas e bolsonaristas radicais já se atracam nas ruas, se agridem e até se esfaqueiam como aconteceu com o capoeirista baiano, morto por defender a bandeira petista. O próprio candidato foi vítima de um atentado brutal quando fazia campanha em Juiz de Fora. Ora, se esse clima avançar para depois das eleições, imagine o que acontecerá quando o PT entender que deixou de mandar? Quando o partido perceber que seus militantes presos vão ficar vulneráveis a novas sentenças, a exemplo de Lula que ainda responde a outros processos por corrupção?

arapiraca@yahoo.com Siga-me: @jorgearapiraca

Apoio

A recente história brasileira mostra que o Congresso Nacional normalmente apoia as primeiras propostas de presidente eleito, como aconteceu com o Collor que garfou inclusive a poupança dos brasileiros. Lula também surfou na onda do novo e da popularidade. Superou até as acusações do mensalão e se reelegeu, deixando o governo com aprovação recorde. O brasileiro, de certa forma, também é tolerante e passivo aos primeiros meses de um presidente eleito. Mas a lua de mel acaba quando os resultados não aparecem rapidamente e o povo vai às ruas exigir as promessas do palanque. Não à toa, depois da redemocratização o Brasil já foi governado por três vice-presidentes.

Namoro

Com Bolsonaro esse flerte pode acabar mais cedo. Despreparado, ele vai tentar enfrentar os parlamentares com mão de ferro quando seus projetos forem rejeitados. Como sempre acontece nesses casos, os déspotas tentam incitar a massa para o confronto quando seus desejos não são atendidos dentro das regras democráticas. Como vai precisar impor suas ideias a todo custo, provavelmente ele tentará se escorar na direita fardada para tentar governar o País à sua maneira: na truculência e nas ameaças.

Arruaças

Dessa forma imagina-se o que vem por aí: uma arruaça pública generalizada que pode descambar em um endurecimento do sistema, pois a cúpula militar que vai respaldar o seu governo não vai querer, mais uma vez, frustrar a expectativa da população ávida por respostas. E o capitão – que bate continência para general – pode virar um espantalho dentro do Palácio do Planalto, pois temeria quebrar a hierarquia dos superiores de quem é sempre refém na carreira militar seja na reserva ou na ativa.

Tragédia

Esse prognóstico agourento não está longe de acontecer. Frustrado com a derrota, mais uma vez o PT vai acender o pavio da dinamite muito mais cedo do que se imagina, como fez contra o Collor, em vindita à derrota do Lula, e contra o Temer, ex-vice da Dilma, acusando o ex-aliado de golpista.

Terrorismo

O outro lado, o lado petista, também não pode se apresentar como vítima. Haddad é cercado por militantes petistas que deram as cartas durante doze anos. Roubaram e saquearam os cofres públicos, provocaram badernas e ameaçaram a justiça quando o messias deles teve a prisão decretada. Reclamam das fakes news, mas eles foram os primeiros a montarem a estratégia de notícias falsas para proteger seus candidatos.

Desprotegidos

Lula, várias vezes, usou o palanque para ameaçar a democracia. Dizia que iria incitar o exército vermelho do Stédeli, que vivia de pão e mortadela, para impedir o impeachment da Dilma maluquinha. Agora, eles se fazem de anjo, de bonzinho, pois estão vendo o poder fugir das mãos deles a partir do próximo dia 28.

Nulo

Se você, caro leitor, não quer legitimar nenhum nem outro, tem uma saída honrosa: vote nulo. Não queira ser cúmplice de uma quadrilha nem daqueles que tentam administrar um país a força, torcedores da tortura e do fim do estado de direito. O Brasil já viveu sob uma ditadura militar, sem liberdade de expressão e liberdade política. Dezenas de pessoas foram torturadas, outras mortas e jogadas de avião em alto mar. Não deixe que cenas como essas voltem ao convívio de suas famílias. Use o voto para mudar enquanto respiramos democracia.

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Em cima do muro

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anúncio de neutralidade do senador eleito Rodrigo Cunha com relação à eleição para presidente da República provocou uma reação imediata dos seus eleitores nas redes sociais. Foram opiniões as mais diversas questionando o comportamento do parlamentar, que usou do mesmo expediente durante sua campanha quando afirmara que era contrário ao estilo de fazer política dos outros candidatos. Agora, quando se escolhe pelo voto democrático quem poderá ser o melhor para o País, Cunha lava as mãos e sai do processo sucessório de Michel Temer com a máxima de que “nenhum dos dois candidatos – no caso Fernando Haddad e Jair Bolsonaro – lhe representam”. O senador, que mudará radicalmente de uma Assembleia Legislativa para o Congresso Nacional, deve entender que agora vai legislar em favor do País, de melhores dias para o povo brasileiro, com mais saúde, educação e segurança pública. Ficar em cima do muro, mesmo que seja próprio dos tucanos ao longo dos tempos, parece não ter sido a melhor atitude do parlamentar para tratar de assuntos que dizem respeito à sociedade.

Reação

A estreia de Rodrigo Cunha como senador eleito parece ter sido com o pé esquerdo. Ao não se decidir por uma candidatura a presidente, lavando literalmente as mãos como fez Pôncio Pilatos, provocou uma reação forte de boa parte do seu eleitorado. As justificativas posteriores não convenceram aos que depositaram os votos nas urnas.

Desarrumado

O PSDB vai ter que se organizar a partir de janeiro se quiser ter um bom desempenho nas futuras eleições. Nos bastidores do partido parece que ninguém se entende. Rodrigo Cunha lavas as mãos na eleição para presidente, Rui Palmeira declara apoio a Jair Bolsonaro e Tereza Nelma vai de Haddad. Vá entender.

Pressão

Nos últimos dias, embora o Tribunal Regional Eleitoral tenha aumentado a fiscalização, é fácil observar a pressão que está sendo exercida por sindicatos sobre a escolha do candidato a presidente no próximo domingo. A esquerda tem propalado principalmente nas empresas vinculadas ao governo federal que elas serão fechadas no caso de Bolsonaro vencer as eleições.

Apelação

Essa fórmula de tentar “convencer” o eleitorado com argumentações falsas evidencia o desespero de determinados grupos com a iminente derrota nas eleições do próximo domingo. Nesta semana foi visível o bombardeio entre simpatizantes dos candidatos nas redes sociais.

GABRIEL MOUSINHO gabrielmousinho@bol.com.br

Mudanças

Há quem diga que as mudanças no secretariado a partir de janeiro serão radicais, numa reformulação feita pelo governador Renan Filho. Uma das peças que se manterá em alta é o atual secretário de Saúde, Christian Teixeira, que tem agradado o governador na sua gestão.

Apelação

O candidato Fernando Haddad disse dias atrás que Jair Bolsonaro deveria ser varrido da face da terra. Mas não explicou por que o capitão obteve por volta de 50 milhões de votos e que deverá atingir muito mais no próximo domingo.

20 anos de luta

O jornal EXTRA está fazendo 20 anos e se mantém fiel ao objetivo de noticiar tudo aquilo que a grande mídia faz questão de desconhecer. Muitos processos, pressões, mas a vontade de reagir contra tudo isso que está aí fez o EXTRA merecer destaque no estado e temor dos poderosos, daqueles que sempre andaram de forma sorrateira contra a lei. Precursor do combativo semanário, o jornalista Fernando Araújo é merecedor dos aplausos de todos aqueles que acompanham semanalmente notícias exclusivas e que fazem tremer as bases da corrupção. Que venham mais 20 anos!

Briga de bastidores

A briga pela presidência da Assembleia Legislativa, cuja eleição somente vai acontecer nos próximos três meses, já movimenta os bastidores entre os deputados. Olavo Calheiros é o candidato preferido do Palácio dos Martírios, mas o deputado Marcelo Victor vem liderando as bolsas de apostas entre os novos e os mais antigos parlamentares.

Projeto futuro

Para o governador Renan Filho, ter uma pessoa da sua mais absoluta confiança na presidência da Assembleia seria o ideal, mas na composição geral isso não tem pegado bem entre os deputados. Afinal, Renan já é governador e o pai senador. Colocar Olavo na presidência da Assembleia, segundo alguns deputados, é muita pretensão.

Sem grana Governista

Mesmo disputando a presidência contra o tio do governador, Marcelo Victor sempre se posicionou a favor de Renan Filho. É tanto que na sua propaganda para a reeleição ele sempre pedia votos para Renan, daí haver a possibilidade de sua candidatura ser de consenso. Além disso, votou com o governo em todos os projetos que chegaram à Assembleia Legislativa.

Novos rumos

O deputado Davi Maia, recentemente eleito, será uma das vozes de oposição da Assembleia Legislativa. Ele já deixou transparecer que será um deputado independente, mas que seu foco vai ser para combater o que ele acha que está errado. Ele defende, por exemplo, a privatização da Casal, órgão que só vem dando prejuízo ao Estado.

Na mira

O Fundo de Combate à Pobreza, o Fecoep, que é pago pelo sofrido contribuinte e que tem desviado de finalidade nos últimos anos, também está na mira de Davi Maia. Este imposto, que está sendo utilizado para a construção de Cips no interior do estado, deveria ser revertido para apoio às famílias de baixa renda em Alagoas.

Pelo menos nesse segundo turno, não vai se ver por aí ninguém comprando votos. É uma eleição solteira, ao contrário das realizadas no dia 7 de outubro, onde o cadastro correu solto e muitos dos mesmos deputados foram reeleitos.

À espera

O deputado Ronaldo Lessa continua aguardando um telefonema do governador Renan Filho para definir sua vida política a partir do próximo ano, quando deixa a Câmara dos Deputados. Tanto ele pode ser aproveitado no governo como o governador Renan Filho poderá abrir espaço para ele continuar em Brasília.

Na fila

O deputado Givaldo Carimbão é outro que não pode ouvir o telefone tocar. Acha que é do Palácio dos Martírios. Como Ronaldo Lessa, também aguarda uma ligação do governador para saber do seu destino e o que vai fazer a partir do próximo ano.


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Liminares mantêm aposentadorias ilegais em Alagoas

PREVIDÊNCIA EM CRISE

HÁ CASOS DE VIÚVA QUE ALEGOU ESTAR SEM ÓCULOS AO ASSINAR DOCUMENTO DE UNIÃO ESTÁODILON RIOS Especial para o EXTRA

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as mais de 400 pessoas que recebiam pensão e tiveram o benefício suspenso pelo governo por causa de irregularidades, 100 continuam a receber os vencimentos porque conseguiram liminares da Justiça alagoana. O caso é analisado pelo Tribunal de Justiça porque o Alagoas Previdência recorreu, entendendo que a pensão deve ser cortada. O governo não divulga nomes e evita detalhar casos. Em um deles, apurado pelo EXTRA, a pessoa alegou que, ao assinar documento atestando união estável, não havia lido o que estava escrito porque esqueceu os óculos e não entendeu o documento. Foi à Justiça para provar que está viúva, mesmo com o documento assinado – segundo ela por engano – atestando união estável. Maioria que conseguiu liminar ganha valores considerados altos, ao menos na expectativa salarial do serviço público alagoano, entre R$ 14 mil e R$ 15 mil. A esperança do governo é que o Tribunal de Justiça suspenda o pagamento. Mas, ainda não há data para isso acontecer. Ouvida, a presidência do TJ esclareceu que o Alagoas Previdência entrou com pedido de suspensão de liminares “para determinar o restabelecimento de pensões previdenciárias que foram suspensas após o recadastramento realizado”. E disse estar ciente da importância da matéria “não só para as

partes envolvidas, como também para toda a sociedade alagoana”. Esclareceu ainda que “adotará as medidas necessárias para que a situação seja resolvida com a prudência e celeridade necessárias”. A ação foi encaminhada ao Ministério Público “para pronunciamento e será decidida após o seu retorno para a Presidência”. Das mais de 400 pensões suspensas, 345 tinham o mesmo problema: os beneficiários se casaram ou então assinaram documento atestando união estável. Até o final do ano passado, o modelo do recadastramento dos pensionistas tinha duas exigências: prova de vida e atualização do cadastro. Passou a ser incluída a união estável ou novo casamento.

O governo estima, após este recadastramento, economia de

R$ 3 milhões por mês.

R$ 36 milhões em um ano. Uma economia muito maior da que foi feita no recadastramento dos pensionistas: R$ 1 milhão/mês (R$ 12 milhões/ ano).

CAÇANDO CASOS

to no fundo significa abrir a caixa preta de todos os poderes - e não somente do Executivo.

Conforme o EXTRA divulgou na semana passada, o governo prepara decreto para novo recadastramento, desta vez dos aposentados ligados ao Fundo Financeiro, que reúne 50 mil servidores. O recadastramento virou assunto importante porque a quantidade de aposentados no Fundo Financeiro aumenta e eles são bancados pelo Tesouro Estadual. Metade dos servidores públicos em Alagoas está apta a se aposentar. Pelos cálculos do Alagoas Previdência, o deficit do fundo cresce R$ 100 milhões ao ano, fora os reajustes concedidos ao funcionalismo ou a correção via inflação. Nunca o governo fez um recadastramento dos aposentados vinculados ao fundo financeiro. Porque um recadastramen-

Após uma série de reuniões com representantes de todos os poderes- incluindo Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas- o recadastramento dos aposentados começa no início de 2019. O argumento dos técnicos da administração estadual: sem ele, em 4 anos Alagoas não terá caixa para pagar estes aposentados. Alvos considerados importantes são os aposentados por invalidez. Por isso, atrelado ao recadastramento mais a prova de vida, haverá visitas domiciliares. Existem mais histórias: a filha estava na folha de pagamento. No decorrer dos anos, ela se transformou em esposa, para continuar recebendo a aposentadoria do pai-marido. E ela ainda casou com outra

pessoa, sem que o dinheiro fosse cortado. Na lista dos investigados há também delegados, auditores fiscais, procuradores. São os maiores salários pagos pelo serviço público. Há gente recebendo aposentadorias de forma indevida; em outros casos, os cálculos foram feitos, segundo entendimento do Governo, sempre para cima, sem nenhuma explicação real ou legal. E existem polêmicas. Mulheres acima de 21 anos, que nunca casaram, mas recebem aposentadoria do pai ou da mãe, desde que ela permaneça solteira. O novo formato da Previdência alagoana foi aprovado em 2009 por pressão do Banco Mundial. O governo buscava empréstimos internacionais e entre as exigências das instituições financeiras estava uma reforma no sistema previdenciário. Assim foram aprovados dois fundos: um integra os servidores que entraram no serviço público após julho de 2009, cujas contribuições mensais bancam o futuro destes trabalhadores; o outro, que é o Fundo Financeiro, são os que ingressaram antes desta data e o mais problemático por depender de aportes do Tesouro Estadual. O governo estima, após este recadastramento, economia de R$ 3 milhões por mês. R$ 36 milhões em um ano. Uma economia muito maior da que foi feita no recadastramento dos pensionistas: R$ 1 milhão/mês (R$ 12 milhões/ano). Somadas, as folhas dos aposentados e pensionistas são de R$ 140 milhões/mês.


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Esgoto doméstico é jogado diretamente nas águas já poluídas; metralhas, lixo doméstico, carcaça de animais e casca de sururu completam o cenário

Lagoa Mundaú é “sufocada” por toneladas de lixo e dejetos

DEGRADAÇÃO AMBIENTAL PROMESSA DO PODER PÚBLICO É REQUALIFICAR A REGIÃO MARIA SALÉSIA sallesia@hotmail.com

A

ssistir ao pôr do sol na Lagoa Mundaú é se deslumbrar com um dos mais belos espetáculos da natureza. Mas assistir de perto a degradação desse ambiente causa revolta e descrédito com o poder público. Para saudosistas como o aposentado Antônio Vasconcelos e o ex-pescador Tenório de Lima o cenário é mais triste. Eles vivenciaram os tempos áureos da laguna, assistiram o movimento de embarcações carregadas com mercadorias nos canais navegáveis sem assoreamento de bancos de areia que atracavam no porto das lanchas no Trapiche da Barra. Pescaram e tiraram sustento da família das águas límpidas do estuário. Embora a lagoa apresente uma beleza incomparável e tei-

me em se manter viva, enfrenta vários problemas de poluição com despejos de dejetos que vêm do sistema de esgoto de Maceió e outras cidades ribeirinhas. Moradores pedem socorro também para os canais da Levada, do Brejo, do Passarinho (hoje canal do Mosquito) e do Paiô, que praticamente desapareceram e se transformaram em depósitos de sujeira e fedentina. Dos tempos áureos da navegação restam apenas as lembranças e histórias para contar. Seu Antônio relembra o caso de um pequeno navio que afundou no canal do Trapiche, próximo ao porto das lanchas. Para muitos, o episódio não passa de história de pescador com espaço para fantasmas. Na verdade, o nome Mundaú, que vem do tupi e significa “água de ladrão”, se encaixou bem para esta lagoa. Ao longo dos anos sua vida vem sendo

roubada e aos poucos tem sido sufocada pela poluição e falta de políticas públicas. Lixo, sujeira, assoreamento, ocupação desordenada e esgoto a céu aberto completam o cenário de degradação. Com área de aproximadamente 23 quilômetros quadrados, a região possui um grande

Vários lixões se formam ao longo dos 7 km do Dique Estrada, via que margeia a laguna. Carcaças de animais, cascas de sururu, plásticos, móveis, entulhos e mato se misturam a ratos, moscas e baratas que convivem com os moradores.

manguezal com uma variedade de moluscos, peixes e crustáceos que estão morrendo aos poucos. Em companhia de Antônio Vasconcelos, 79 anos, e Tenório de Lima, 73, o EXTRA percorreu trecho margeado pela lagoa. Parte do que era mangue se transformou em depósito de lixo e até desova de corpos. Tudo sob o olhar da Virgem dos Pobres, imagem que fica ao lado do Papódromo, espaço que em 1991 recebeu o papa João Paulo II. Praticamente em toda a extensão da Avenida Senador Rui Palmeira (conhecida como Dique Estrada), que corta os bairros do Trapiche da Barra (que agrega os conjuntos Virgem dos pobres I, II, e III, as comunidades da Muvuca, Torre e Sururu de Capote), do Vergel do Lago e Levada, o abandono é visível. A insegurança, ocupação desordenada, com barracos, pequenos comércios, estribaria, igrejas e

animais circulando livremente se misturam a adultos e crianças que, sem muito o que fazer, conversam nas portas das casas. Alguns vivem da pesca de peixe e sururu, mas reclamam da escassez. Seu Antônio, morador do Vergel do Lago há 68 anos, não conteve a tristeza e disse que não se cansa de lutar pelo meio ambiente. Participante do MP Comunitário como mediador de conflitos, o ex-pescador lamentou que a quantidade e qualidade dos peixes vêm diminuindo, prejudicando quem depende da pesca. “Antes isso aqui era uma beleza. Hoje, só se vê poluição, o solo cada vez mais contaminado, assoreamento por toda parte, construção irregular, corte e aterro dos manguezais acontece a luz do dia e ninguém faz nada para salvar essa riqueza”, desabafou, com olhar de quem conhece de perto o problema.


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Menos falante, mas com propriedade de quem alcançou o apogeu da lagoa, o ex-pescador Tenório de Lima se orgulha em dizer que tirou dela o sustendo da família, porém se mostrou triste com a realidade. “É difícil ver nossa mãe (Mundaú) morrendo aos poucos e ninguém faz nada. Fui obrigado a abandonar a pesca por falta de peixe porque meu desejo era pescar até hoje”, lamentou. E assim, a Lagoa Mundaú tem resistido à ação do tempo e do homem. São toneladas de lixo e dejetos jogados diariamente todos os dias. Vários lixões se formam ao longo dos 7 km do Dique Estrada, via que margeia a laguna. Carcaças de animais, cascas de sururu, plásticos, móveis, entulhos e mato se misturam a ratos, moscas e baratas que convivem com os moradores. Não se sabe até quando sobreviverá.

Moradores jogam esgoto e lixo diretamente nos canais que transbordam em período de chuva

Canal, que antes era navegável, foi ‘engolido’ pelo lixo doméstico

PROMESSA DO GOVERNO

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m julho deste ano, o prefeito Rui Palmeira (PSDB) disse que as obras de requalificação urbana da orla lagunar vão incluir a construção de uma via que irá margear a Mundaú a fim de evitar novas ocupações na região. Serão construídas quase 1.800 moradias em uma área de 50 hectares. “Para ter uma solução definitiva, vamos construir as moradias, tirar as pessoas e, quando elas estiverem em suas residências, vamos remover a favela e passar com a faixa de rolamento margeando a lagoa para ter um cinturão de defesa de novas ocupações na região”, afirmou o gestor. O EXTRA quis saber quando a promessa sairá do papel, mas até o fechamento desta edição a assessoria do prefeito Rui Palmeira não respondeu. A aposta dos moradores e de quem depende da Mundaú para sobreviver é que este dia aconteça. Até lá, tudo continua como sempre.

Moradores pedem cancelamento da taxa de esgoto

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oradores dos bairros do Vergel do Lago, Ponta Grossa e Levada, em Maceió, através do Programa MP Comunitário, encaminharam abaixo assinado ao Ministério Público Estadual pedindo cancelamento da taxa de esgoto cobrada pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal). Os moradores questionam a cobrança integral da taxa, já que, segundo eles, as localidades não são contempladas integralmente pelo serviço de saneamento básico, além do que o esgoto que é coletado não é devidamente tratado, sendo despejado diretamente na Lagoa Mundaú e nos canais que compõem a região. “A taxa nem é compatível com a realidade socioeconômica da população dos bairros e nem com os baixos indicadores de saneamento do município”, diz trecho do documento.

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Veja o que fazer para ir bem na reta final dos estudos

ENEM

EDUQC DÁ DICAS DE PREPARAÇÃO PARA QUEM QUER SE DESTACAR ASSESSORIA

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candidato ao Enem, em sua maioria, está na transição para a vida adulta. A educação da criança e do jovem usa um modelo expositivo-passivo, em que o professor “transmite” o conhecimento ao aluno, mas neurologicamente não é assim que o ser humano aprende. Porém, de acordo com a EduQC, metodologia de estudo autodidata com base em inteligência artificial, a melhor forma de aprender é lendo sozinho. É comum que se trate os conceitos de aluno e estudante como se fossem os mesmos, mas não são. “Aluno é quem assiste aula, estudante é quem estuda. Então, no fundo, todo estudante é autodidata. Quando estuda só, a velocidade de aprendizagem é, em média, mais que o dobro da do aluno em sala de aula”, explica Victor Maia, CEO da EduQC. O especialista aponta que, para ter um aprendizado efetivo, o primeiro e principal ponto é assumir o protagonismo da preparação. Nenhum candidato se beneficia de aulas presenciais se não tiver disciplina. Aulas expositivas são populares porque trazem ao aluno a sensação de aprendizagem, uma ilusão de competência. O aluno acompanha o raciocínio do professor, no entanto, ao tentar sozinho, não consegue repetir os passos e se frustra com o estudo. Porém, na verdade, o aprendizado só se dá nesse segundo momento. O segundo é usar o tempo de forma racional. O candidato precisa dividir seu tempo entre as disciplinas, considerando a relevância na prova, a dificuldade de aprendizagem e suas proficiências. Ele deve estudar mais o que cai mais, o que ele sabe menos e o que é mais fácil de aprender. É raro que o estudante tenha esse tipo de autocrítica. Via de regra, seguem o fluxo dos cursos, o

E agora, como estudar?

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uita gente cria planos de estudos que só funcionam no papel (que aceita qualquer coisa). A preparação ideal precisa ser persistente e exequível. Victor Maia aponta três condições para que isso aconteça: 1) Você precisa saber onde está e aonde vai; 2) Saber se está no caminho certo a todo momento; 3) Ter metas de estudo adaptadas ao seu conhecimento e à sua disponibilidade. Segundo o especialista, agora, na reta final, o candidato já deve ter resumos próprios de todos os assuntos. Assim, a resolução massiva de exercícios passa a ditar quais conteúdos devem ser revisados. Ele deve, ao errar (ou não lembrar) uma questão, buscar a explicação nos seus resumos e só recorrer ao material didático formal caso não encontre. Com isso, o próprio material de revisão fica constantemente atualizado nos pontos mais importantes e que especificamente tem mais necessidade de revisar. Além do curso de português, a EduQC atende as áreas administrativa, bancária, contabilidade, controle, diplomacia, engenharia civil, exame da OAB, fiscal, jurídica, legislativa, policial, tributária e T.I. Para cadastrar-se para esses planos basta acessar o site maquinadeaprovacao.com.br.

CEO Victor Maia diz ser importante manter rascunhos próprios

que é péssimo. Cada indivíduo tem um plano ideal e é impossível determinar isso isoladamente. “Nós utilizamos inteligência artificial para, por meio de avaliações frequentes, alocar o tempo de estudo entre as disciplinas e também entre teoria, prática e revisão, de forma que o aluno siga a trilha dos ex-usuários mais bem sucedidos, diz Maia. O CEO da EduQC aponta que, mesmo que a plataforma seja focada em quem busca estudar para concur-

sos, o sistema também ajuda quem quer estudar para o Enem. Com um curso de português 100% gratuito (www.portuguesconcursos.com.br), incluindo toda a teoria e as questões, o candidato melhora sua proficiência com a disciplina e aprende a estudar de forma eficiente. Além de se preparar para quase um quarto das questões da prova do Enem, um português afiado é a chave para aprender as demais disciplinas e para fazer uma boa redação.

Sobre EduQC

Fundado em 2013 por Victor Maia e Jonas Fagundes, a EduQC é uma plataforma que utiliza inteligência artificial e metodologia exclusiva para aumentar as chances de aprovação em concursos públicos, identificando a proficiência dos candidatos em cada matéria e criando planos de estudo sob medida. A tecnologia está disponível para provas relacionadas a 10 áreas, incluindo Fiscal, Jurídica e Policial, e também para o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A empresa ainda oferece um serviço B2B destinado a universidades.


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Herança de Adelmo Pereira vira disputa judicial

CASO DE FAMÍLIA

AGROPECUARISTA DEIXOU, ALÉM DA VIÚVA, MAIS NOVE HERDEIROS JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.com

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erdeiros do empresário e agropecuarista Adelmo Pereira, mais conhecido como Adelmo do Junqueiro, falecido em outubro de 2016, travam uma batalha judicial que envolve desde denúncias de desvio de dinheiro até a dilapidação de um patrimônio milionário. A trama gira em dois núcleos: os cinco filhos do primeiro casamento de Pereira contra as três filhas provenientes de duas relações extraconjugais, além do primogênito que o empresário teve antes de se casar. Todos são reconhecidos como herdeiros pela lei. No dia 7 de novembro haverá uma audiência de conciliação às 11h na 9ª Vara Cível de Arapiraca que será presidia pelo juiz André Avancini D’Ávila. Segundo autos do processo, os “herdeiros de fora do casamento” querem a remoção da inventariante, Margarida Barroso Pereira, viúva do empresário. Para eles, “a inventariante se encontra na administração e posse dos bens do espólio, inclusive empresas, desde o óbito do inventariado, sem que tenha prestado contas, causando prejuízos incalculáveis”. Alegam ainda “que além de não prestar contas a inventariante sonegou semoventes, permitindo o desvio, realizado pelo seu filho Teófilo Pereira, do gado pertencente ao espólio, bem como receitas outras como adiante será exposto”. Teófilo Pereira chegou a ser candidato a prefeito de Craíbas em 2016 pelo Partido Progressista (PP) ficando em segundo lugar

conquistando 4818 votos. Na ocasião, o eleito foi Ediel Leite (MDB). A solução sugerida pelos herdeiros seria a contratação de um administrador judicial para cuidar do espólio. Eles ainda seguem acusando que a inventariante, entre outras irregularidades, teria sonegado três propriedades rurais, uma denominada Flexeiras, em Pindoba; a Fazenda Coruja, localizada em Porto Calvo; e a Fazenda Piragibi, no município de Água Preta, estado de Pernambuco. Só em transações de venda de gado, os herdeiros apontaram também um suposto prejuízo de R$ 7 milhões, sem contar outros R$ 2 milhões resultantes de outros negócios da família. No dia 13 de setembro, o magistrado intimou a inventariante para prestar esclarecimentos às denúncias levantadas. No ano passado, sites do interior de Alagoas chegaram a noticiar que os filhos do casamento de Pereira, antes da morte do patriarca, criaram uma empresa a fim de proteger o patrimônio dos outros herdeiros, que inclusive também entraram na Justiça pedindo a anulação dessa empresa, a ADM Administradora de Bens e Direitos Ltda. Sobre o caso tramita uma ação anulatória de negócio jurídico, que segundo as partes, apresentaria “fraude à legítima, perdas e danos e lucros cessantes”. Conforme o processo, as três filhas fora do casamento de Adelmo Pereira só ficaram sabendo do contrato da referida sociedade com a abertura da sucessão no processo de inventário. Elas afirmaram em juízo

Empresário Adelmo Pereira faleceu em outubro de 2016

Sobre Adelmo Pereira

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que o patrimônio descrito no contrato da empresa corresponde a quase 100% de todo o patrimônio em imóveis do sócio majoritário, o patriarca da Família Pereira, sendo os demais sócios da empresa seus cinco filhos com sua esposa Margarida Barroso Pereira. Com a situação, os demais herdeiros se sentiram lesados. O processo destaca que a constituição da empresa se deu no ano de 2016, meses antes da morte do inventariado, porém, não foram realizadas as averbações nos cartórios competentes, sendo requeridas apenas após a

sua morte pela inventariante e por outros herdeiros. O EXTRA entrou em contato com o escritório de advogados da Família Pereira. Foi avisado à reportagem que o processo tramita em segredo de Justiça e que não iriam dar detalhes e nem rebater as acusações. No entanto, o semanário informa os leitores que as informações constantes da matéria estão disponíveis para consulta pública no site do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL). Esse fato foi relatado aos advogados, que preferiram desconsiderar a questão.

onsiderado um dos maiores agropecuaristas de Alagoas, Adelmo Pereira faleceu no dia 5 de outubro de 2016 no Hospital do Coração em Maceió por falência múltipla dos órgãos. Ele foi velado em Arapiraca, mas enterrado na cidade de Junqueiro. Irmão do ex-prefeito de Junqueiro, João José Pereira, Adelmo era proprietário de diversos empreendimentos no estado, como Plaza Hotel de Arapiraca, entre outros. Quando faleceu, sua sobrinha, a deputada estadual Jó Pereira (MDB) fez uma homenagem nas redes sociais. “Na memória de quem ama não há lugar para o esquecimento, apenas para a saudade daqueles que durante a vida nos presentearam com tantas alegrias”, escreveu. Adelmo também era tio do ex-prefeito Fernando Pereira (Junqueiro), da prefeita Pauline Pereira (Campo Alegre) e do prefeito de Teotônio Vilela, Joãozinho Pereira.


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Quase 12% dos maceioenses vivem em áreas de risco

EM ALERTA ALAGOAS É QUINTO NO NORDESTE COM MAIOR QUANTIDADE DE PESSOAS EM GROTAS E ENCOSTAS Bruno Fernandes

BRUNO FERNANDES Estagiário sob supervisão da Redação

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ais de 120 mil pessoas vivem em áreas consideradas de risco potencial de enchentes e deslizamentos de terra em Maceió. Isto representa 11,9% de 1.005.319 habitantes de acordo com a Defesa Civil de Maceió que tem como base o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) de 2014. O número chama atenção pois é maior do que revelou estudo População em Área de Risco no Brasil, divulgado há três meses pelo IBGE e pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). De acordo com o estudo do Cemadem, em 2010 cerca de 70 mil (7,5%) pessoas viviam em áreas consideradas de risco potencial nacapital alagoana então com 932.748 habitantes. O Nordeste foi a segunda região com o maior número de moradores em áreas de risco, cerca de 2,9 milhões, o que representava 11,4% da população total dos 294 municípios monitorados da região. Bahia e Pernambuco destacaram-se como os estados com maiores quantidades e percentual de população em áreas de risco com 1.375.788 moradores e 829.058 respectivamente. Por sua vez, Alagoas é o quinto com maior quantidade de pessoas nessas áreas com 146.637 pessoas, representando em torno de 10,0% da população total dos municípios monitorados em áreas de risco em 2010. Segundo o coordenador da Defesa Civil Municipal, Dinário Lemos, entre 2010 e 2014 o número de mradores em áreas de

Riscos de uma tragédia são evidentes na Encosta Alto do Céu, uma das áreas mais atingidas por fortes chuvas em 2006

risco passou de 70 mil para 120 mil aproximadamente, em Maceió. Com essa quantidade, aumentam as preocupações com o período de chuva, previsto para iniciar entre março e abril. Para o órgão, não é possível impedir os moradores de ocupar esses locais, visto que muitos estão vivendo nessas áreas por falta de opção. “Uma das nossas ações durante os períodos chuvosos é recomendar e alertar aos moradores sobre o risco iminente de desabamento das residências”, explicou. Hoje, o município conta com a chamada Operação Inverno, que é responsável por realizar um trabalho “paliativo”, como é definido pelo próprio coordenador, nessas regiões. Durante

o período de chuvas, são colocadas lonas nas encostas para evitar a penetração da água no solo das encostas e evitar um possível deslizamento de terra. Na parte baixa da capital, principalmente em bairros localizados no mesmo nível da Lagoa Mundaú e de grandes canais de esgoto, como Vergel do Lago, Trapiche da Barra e próximo ao Mercado da Produção, são realizadas ações para retirada de lixo de modo a evitar o entupimento da rede coletora de esgoto. “Infelizmente nem sempre esses trabalhos conseguem evitar uma tragédia, usamos um equipamento instalado em algumas regiões chamado pluviômetro, responsável por medir

em milímetros a quantidade de água que cai em alguns locais. Quando chegamos a um número já considerado alto para aque-

la região, emitimos um alerta para que a população deixe suas residências”, explicou o coordenador da Defesa Civil.


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Bruno Fernandes

Encosta no bairro da Cambona é uma das mais antigas da cidade, cujos moradores também sofreram devido a deslizamentos de terra

Mesmo sendo possível alertar de forma relativamente manual os moradores, os casos são considerados recorrentes na capital ao longo dos anos, como é o caso da encosta Alto do Céu, localizada entre os bairros de Mangabeiras e Farol e o bairro da Cambona que sofreu com fortes chuvas que caíram sobre a cidade em 2006 e em 2015. No primeiro caso, duas casas foram soterradas durante um deslizamento de terra e no segundo, apenas deslizamentos assustaram os moradores. Mais recentemente, em 2017 sete pessoas morreram em deslizamento na Grota do Santo Amaro, no bairro do Farol e entre as vítimas estava um bebê. Mais de 4 mil famílias tiveram que deixar as suas casas. Ainda de acordo com o

coordenador da Defesa Civil de Maceió, Dinário Lemos, a prevenção poderia ser mais eficaz. “Em 2017 foi enviada ao governo federal a solicitação de um estudo que custaria aproximadamente R$ 50 milhões. Com os resultados desses dados do solo e da quantidade de chuvas que cai em média em toda a capital, seria possível elaborar um sistema de alerta um pouco mais automatizado, mas até o momento o pedido não foi respondido”, relatou Dinário. Vale lembrar que estudo semelhante foi realizado no Rio de Janeiro onde a Defesa Civil emite alerta de riscos através do celular. O usuário cadastrado recebe direto no aparelho avisos sobre alagamentos, deslizamentos e outros desastres naturais nas áreas cadastradas.

Estudo elaborado pelo IBGE e Cemaden mapeou as áreas de risco no Nordeste em 2010

Tremores no Pinheiro Morar em áreas de risco em Maceió não significa apenas encostas e grotas, como é o caso do bairro do Pinheiro, no Farol. Oito meses após os tre-

mores de terra que atingiram o Conjunto Divaldo Suruagy, nenhum estudo foi concluído até o momento. Enquanto as rachaduras continuam aumentando nos blocos 7A e 7B, as análises continuam sendo realizadas pelo Serviço de Geologia do Brasil. Um novo estudo também

está previsto para ser realizado em novembro pelo Ministério das Minas e Energia. “A partir da conclusão destas análises saberemos o que a Defesa Civil pode fazer no início de 2019 para prevenir algum novo acidente no conjunto”, relatou Lemos.


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Sílvio Camelo leva experiência na Câmara de Vereadores para a Assembleia Legislativa Parlamentar planeja diminuir os índices de vulnerabilidade social através do esporte

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om atuação responsável e assídua na Câmara Municipal de Maceió, o vereador Sílvio Camelo garantiu uma vaga na Assembleia Legislativa de Alagoas nas eleições de 7 de outubro. A experiência de três mandatos como vereador da capital alagoana o credenciou para expandir seus desafios e continuar lutando pelo desenvolvimento do estado. Pautado no ideal cristão, o parlamentar defende a melhoria da qualidade de vida da sociedade, a garantia de direito aos servidores públicos e o incentivo ao esporte. Camelo

acredita que os índices de vulnerabilidade social de jovens podem ser reduzidos através da formação esportiva. Entusiasmado e grato pela eleição de deputado estadual, ele afirma que o trabalho em conjunto foi fundamental para sua vitória. Além disso, diz que o resultado é reflexo da credibilidade que a população deposita em seus ideais. “Foram muitos serviços prestados, uma eleição pé no chão, baseada na prestação de contas durante minha atuação como vereador. Além disso, planejei a apresentação

de projetos para melhoria da qualidade de vida das pessoas a serem realizados durante meu mandato como deputado”, destaca o parlamentar. Eleito para a Assembleia com quase 16 mil votos, Silvio Camelo afirmou que seus eleitores podem esperar ações de desenvolvimento que abranjam ideais de sustentabilidade e incentivo a valores cristãos. “O povo alagoano pode esperar muito trabalho e responsabilidade durante minha atuação para, em conjunto, transformarmos Alagoas em um estado melhor”.


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Disputa pela diretoria envolve duas chapas

OAB DE ALAGOAS

FERNANDO FALCÃO E NIVALDO BARBOSA “BRIGAM” PELA PRESIDÊNCIA SOFIA SEPRENY s.sepreny@gmail.com

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omeçaram as eleições da Ordem dos Advogados do Brasil. Para a Secional em Alagoas, duas chapas disputam a presidência da instituição: OAB Atuante Por Todos e OAB Unida, ambas formadas por 84 integrantes. O advogado Fernando Falcão é o candidato à presidência pela chapa OAB Atuante, que conta com 37 mulheres para o conselho seccional, representando o universo feminino de 45% do total de profissionais vinculados à OAB-AL. “Fizemos o inverso da tradicionalidade. Normalmente um presidente lança sua candidatura e sai em busca de apoio; no nosso caso não. Diversas pessoas se disponibilizaram para preencher os espaços da chapa e depois da determinação dos cargos, foi escolhido um nome para presidência que pudesse aglutinar as diferentes correntes, advogados jovens, outros mais experientes, do interior ou da capital. Não impus minha candidatura, o grupo me escolheu”, contou Falcão que garante que vai representar a escolha de seus colegas e irá trabalhar para o bem de toda a categoria. Ele relatou que as divergências com a diretoria atual são conceituais, e questionam o verdadeiro papel que a entidade desempenha para os advogados e o cumprimento de suas funções. “Hoje a gente vive um empobrecimento na classe do advogado por conta da crise. Aliado a isso há um aumento substancial no número de profissionais no

Fernando Falcão e Cláudia Lany encabeçam chapa de oposição à atual diretoria que apoia Nivaldo Barbosa e Vagner Paes Cavalcanti

mercado. Isso associado a um quadro de recessão econômica gera um empobrecimento geral da classe”, pontua. A OAB Atuante Por Todos defende também o dever institucional da ordem que, de acordo com seus representantes, é de melhorar as condições de mercado e criar mais oportunidades, principalmente para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade, a exemplo dos advogados em início de carreira. “A chapa de situação peca nesse aspecto. É isso que diferencia nossa candidatura. Queremos criar uma OAB mais inclusiva e voltada ao seu papel primordial de ser a instituição de defesa dos advogados”, relata Falcão. A diretoria é formada por Cláudia Lany, vice-presidente, Ailton Antônio de Macêdo Paranhos como secretário geral, Marialba dos Santos Braga no cargo de secretária geral Adjunta e, como tesoureiro, Arthur de Araújo Cardoso Netto.

Já a chapa da casa, OAB Unida, encabeçada por Nivaldo Barbosa Júnior, prega uma política de união em todos os segmentos da advocacia para o fortalecimento da classe. O candidato planeja continuar as ações realizadas pela gestão de Fernanda Marinela e implantar outras atividades em prol dos advogados alagoanos. “Precisamos unir nossa classe para não perdermos espaço. O país vive um momento delicado e acabamos nos distanciando. É importante enfatizar que todos têm um papel, e que a união cria uma força em luta da classe, independente do segmento; esse é o nosso propósito, pontuou Barbosa. A chapa preconiza a defesa das prerrogativas, um desafio permanente no cotidiano da OAB, e pretende continuar o trabalho já iniciado pela atual gestão. “Criamos a diretoria de prerrogativas que conta com um plantão de domingo a domingo para assistir os advogados que de

alguma forma são atacados na sua atividade profissional. As violações têm aumentado muito e é preciso unir a advocacia para lutar por isso. As salas de estado maior são um bom exemplo para ilustrar estas violações. Em Alagoas não temos um presídio que disponha deste tipo de cela especial para o profissional da advocacia, e isto é um grande problema”, relatou o candidato. Pregando sempre por renovação, diversas estruturas e aparelhamentos foram instalados pela atual gestão que apoia a chapa encabeçada por Nivaldo Barbosa. “Quase 50 salas foram criadas na capital e no interior. Uma sede completamente nova e estruturada foi implantada na subseção de Arapiraca. Temos uma grande estrutura, devidamente aparelhada, com um auditório construído no bairro de Jacarecica. Tudo isso é feito para os advogados da Ordem, por eles e para eles. Nosso intuito é somar, trazer sempre o profissional ainda mais para

dentro da instituição”. Nivaldo Barbosa também destacou o auxílio de natalidade que hoje já conta com quase 100 advogadas beneficiadas por ano, um dos benefícios criados pela chapa de situação para as mulheres. Além disso, planos de saúde e de previdência foram disponibilizados para toda a classe. A OAB Unida é composta pelo vice-presidente Vagner Paes Cavalcanti Filho, Leonardo De Moraes Araújo Lima, como secretário geral, Cláudia Lopes Medeiros como secretária geral adjunta e Marié Lima Alves de Miranda para tesoureira. A votação acontece no dia 23 de novembro na sede da seccional e nas sedes das subseções para escolha da diretoria que comandará os destinos da entidade no triênio de 2019/2021. O voto é obrigatório para todos os advogados inscritos na OAB-AL e adimplentes com o pagamento das anuidades até pelo menos dezembro de 2017.


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FÁTIMA CANUTO É ELEITA PARA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

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Advogada conquistou a confiança de mais de 27 mil eleitores

empre engajada em questões políticas e sociais, a advogada Fátima Canuto garantiu uma vaga de deputada estadual na Assembleia Legislativa de Alagoas. Eleita com mais de 27 mil votos, ela garante que fará o possível para melhorar a saúde no estado e a vida da população em geral. “É muito gratificante poder representar o povo de Alagoas. Pretendo criar e expandir projetos de sucesso já realizados na cidade de Pilar em prol da sociedade. O projeto ‘Saúde Vai Até Você’, por exemplo, onde um ônibus com mamógrafo vai até as comunidades para realização de exames, pode ajudar ainda mais a prevenção ao câncer de mama”, destacou. Na tentativa de mudanças e melhorias com significativos serviços prestados à sociedade, Fátima Canuto planeja ainda o fortalecimento da agricultura familiar, qualificação da mão de obra e melhoria da educação. “É um senso de responsabilidade muito grande. É preciso muito comprometimento, principalmente para mostrar que a política do bem pode ser um instrumento de transformação na vida das pessoas”, frisou.

Depois de ter percorrido mais de 18 mil km pelos quatro cantos de Alagoas, a deputada eleita afirma estar preparada para assumir com responsabilidade e dignidade um mandato limpo, com propostas e projetos de contribuição para a população alagoana como um todo. “Faremos o melhor que pudermos; o povo alagoano pode ter certeza que darei o meu melhor, e que pretendo corresponder a todas as expectativas depositadas em mim para mudanças positivas”, finalizou.


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Alagoas tem jeito TURISMO Por que não deslancha?

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inguém pode por em dúvida as inquestionáveis belezas naturais e as potencialidades turísticas de Alagoas que deveriam fazer do setor um dos aceleradores do desenvolvimento econômico do estado. Deveriam mas ainda está distante disso. Por uma série de erros acumulados ao longo de décadas que resultaram numa participação anêmica do setor no PIB estadual (em torno de 3%, se computado de forma direta). Não se pode deixar de reconhecer os avanços que aconteceram. Mas, pelo tempo (cinco décadas) o setor deveria ter evoluído para o mesmo patamar de qualidade, profissionalismo e importância econômica de países ou estados com porte e características sociais similares às nossas. E não estamos. Há muito, muito mesmo a ser feito nesse sentido. É preciso um olhar renovado para o turismo alagoano. Mais contemporâneo, profissional na gestão, criativo no marketing e apto ao amplo uso da tecnologia. Que fuja dos clichês do setor,

dos pacotes genéricos e despersonalizados. Da mesmice. Da ausência de alternativas que façam o turista se sentir um “morador” local, ou que o faça enxergar estar sendo tratado de forma personalizada. Também é imperioso ampliar o turismo estrangeiro quase inexistente, o turismo de maior valor agregado, além de organizar e promover eficazmente nossos clusters. Igualmente, é necessária uma revolução na (baixa) qualidade da infraestrutura (estradas, energia, água, internet, etc.) existente nas regiões turísticas de Alagoas, um dos maiores óbices já que, fora de Maceió, o problema é generalizado. Agora, por incrível que possa parecer, Alagoas não possui Plano Diretor do Turismo e este certamente é o mais agudo problema para o setor. Afinal, sem o norte que o Plano deveria prover para sua expansão, investimentos e desenvolvimento, certamente todos os caminhos se tornam muito mais íngremes e difíceis de serem percorridos pela iniciativa privada. O turismo de Alagoas precisa urgente dessa âncora.

Já passou da hora do setor deixar de ser uma promessa para se tornar um dos carroschefes do nosso desenvolvimento. E o momento é ímpar. O Estado precisa com urgência redefinir seu modelo de negócio calcado no setor agroaçucareiro em dificuldades, redução de tamanho e importância, e o turismo é um dos segmentos capazes de respostas imediatas e baratas (dado seu retorno) àquela demanda. Para tal é preciso romper paradigmas. Pensar “fora da caixa”, ter bons projetos capazes de derrubar a “muralha da China” erigida entre nossas potencialidades e a insatisfatória infraestrutura estatal, o atual modelo de negócio do segmento pautado na demanda (e não em produtos, serviços, tecnologia e mão de obra, a quase inexistência de dotação no orçamento estatal, a disfuncionalidade na alocação de recursos pelos agentes de fomento, que prioriza apenas os grandes empreendimentos), a ausência de dados confiáveis ou

a eterna dependência do Estado provedor (e não a forte cobrança da ação indutora dos entes estatais). Sem inovar na exploração adequada dos seus diferenciais e sem suporte dos entes estatais, Alagoas vai seguir na marcha batida de sempre como o faz há mais de 50 anos: apenas sonhando ter no turismo uma das suas principais fontes de desenvolvimento.


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ALAGOAS TEM JEITO E

conomistas Edimilson Veras e Elias Fragoso falam sobre os caminhos que podem levar ao desenvolvimento de Alagoas através do turismo, um setor para o qual há uma crescente demanda, mas falta uma política efetiva e direcionada.

DA REDAÇÃO EXTRA - Como o turismo pode ajudar Alagoas? Prof. Edimilson Veras – O turismo é para Alagoas tão importante como é, por exemplo, para a Polinésia francesa e outros recantos do mundo privilegiados pela natureza. Por isonomia, deveria ter o mesmo tratamento prioritário recebido naqueles paraísos que têm nele sua principal fonte de receita e de desenvolvimento. A Polinésia, um conjunto de pequenas ilhas altamente procuradas, recebe cerca de 200 mil turistas/ano (2 mil brasileiros). Seu modelo de negócio muito profissional está focado em praia e mar e o turismo representa nada menos que 50% da sua economia. Por aqui ainda estamos em patamares muito aquém das reais possibilidades do setor. Prof. Elias Fragoso - E não se pense que a Polinésia é exemplo único. Nosso vizinho Uruguai, que possui população similar à de Alagoas, recebe anualmente 4 milhões de turistas (mais que sua população de 3,4 milhões de pessoas) dos quais cerca de 750 mil são brasileiros. Lá, o turismo além de prioridade é trabalhado com enorme profissionalismo. E, diga-se de passagem, o turismo de verão – seu forte –

PRAIA EM CORURIPE

tem praias de águas gélidas que o país compensa com uma grande variedade de produtos turísticos que vão desde os cassinos de Punta Del Este, Montevideo e Passos, passando por vinícolas, a rota do azeite de oliva ou pela mística Piríapolis, por exemplo. Polinésia e Uruguai são dois exemplos de que unir profissionalismo, forte ação privada, apoio governamental e belos lugares é receita certa de sucesso. EXTRA - O que nos falta? Prof. Elias Fragoso – O turismo é uma atividade que exige alta complementariedade com outros setores. Questões ambientais como saneamento (que, no caso de Alagoas é quase uma calamidade), energia de qualidade (que não temos, mormente fora de Maceió), água corrente (outro sério problema já que, por exemplo, a região da rota ecológica na alta estação sofre com a falta de água corrente), boas estradas (na área nobre do turismo alagoano, as estradas existentes não são duplicadas, tampouco, tem sua manutenção sempre assegurada) e a baixa qualidade/ disponibilidade de internet, são sérios entraves para o crescimento do turismo em Alagoas. Prof.

Edimilson

Veras

CENTRO HISTÓRICO DE MARECHAL DEODORO


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PRAIA DO FRANCÊS

principais produtos e serviços ofertados, etc. Estamos aqui falando de um efetivo plano de marketing e não de meras campanhas de divulgação, em geral desfocadas de objetivos concretos e de baixo retorno, por não planejadas. Alagoas precisa de um plano de marketing para o turismo para massificá-lo em todo o mundo.

resultar em atraso para o setor e frenagem no nosso desenvolvimento.

O RICO E VARIADO ARTESANATO DE MACEIÓ – Mas não fica nisso. É baixa a articulação do governo do Estado e prefeituras das principais cidades turísticas, “bate-cabeça” derivado da falta do básico como um plano diretor para o turismo alagoano, que dentre outras importantes funções teria

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o papel de servir de norte para o setor. Sua inexistência termina por levar à baixa interação institucional dos órgãos afins nas estruturas estatais e às dificuldades e insegurança sentidas pela iniciativa privada no tocante à implementação dos seus projetos. Que termina por

EXTRA - Como encaminhar as soluções para o setor? Prof. Elias Fragoso – Em primeiríssimo lugar, com a elaboração do Plano Diretor do Turismo de Alagoas, que até hoje não foi feito. Sem ele, é como querer dirigir um avião sem o destino demarcado e sem bússola. Agora, não se pode deixar tal responsabilidade nas mãos de tecnocratas e suas visões estatistas ou “dirigidas” ao atendimento de interesses políticos. Tampouco entregar a responsabilidade a profissionais que não tenham conhecimento da realidade local, sob pena de irem beber nas mesmas fontes que até agora não resolveram o problema. Nesse sentido, o trade local precisa sim, tomar a dianteira e

Prof. Edimilson Veras – E aí chegamos em outro ponto fulcral que é a internacionalização do nosso turismo. Não dá prá continuar convivendo com 10 mil visitantes-ano, meras 27 pessoas/ dia em média. Temos plenas condições para multiplicar por várias vezes esse número. Sem esquecer que o turista estrangeiro opera sempre com moedas fortes. Mas antes, é preciso ir resolvendo as questões mais urgentes aqui citadas. São elas óbices para o pleno desenvolvimento do setor. É preciso sair do predominante modelo reatibancar o estudo. Afinal serão vo que nos mantém embrionários e tolhem e obliteram os beneficiários diretos. Prof. Edimilson Veras – os avanços no turismo local. Simultaneamente, medidas EXTRA - Existem reinfraestruturais (energia, água, internet, saneamento, cursos para isso? Como estradas, etc.) precisam co- acessá-los? Prof. Elias Fragoso - Remeçar a serem equacionadas. Elas são parte fundamental cursos sempre existem, agode uma efetiva virada do se- ra, para acessá-los faltam tor. Não se visualiza soluções bons projetos. Recursos inmágicas de curto prazo para ternos e principalmente exa resolução dos problemas do ternos. Aí é preciso ter os turismo alagoano. Mas essas contatos certos para fazer iniciativas são, certamente, a coisa andar. Nesse quemedidas iniciais imprescin- sito tudo está por fazer, inclusive, reforçando, o Plano díveis. Diretor (que irá nortear os Prof. Elias Fragoso – Ou- demais projetos). tro aspecto fundamental é Prof. Edimilson Veras – definir o modelo de marketing para o setor. Desde a E clara definição do modelo definição – da difusa - marca privado de exploração econôe slogan do turismo de Ala- mica do turismo pautado em goas, da definição dos seus criatividade, inovação, momercados–alvos, do foco es- dernidade, oferta de produtratégico no público-alvo, no tos com significância para o modelo de comunicação di- cliente. São questões básicas reta, acessível e convincente que ainda não alcançamos. dos atrativos do estado e dos


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SAÚDE MENTAL arnaldosanttos.psicologo@gmail.com

Escutou “Você pode saber o que disse, mas nunca o que outro escutou.” (Jacques Lacan)

Pânico: origem III

Pânico e chifres

Algumas causas: instabilidade emocional devido a separação na infância da mãe/pai, ao ir para a escola a mãe/pai deixa na sala e não avisa que vai voltar depois (ela chora desesperada), além de assalto com o surgimento do estresse pós-traumático. Alguns medicamentos tipo anfetaminas (usados em dietas de emagrecimento) e drogas (cocaína, maconha, crack, ecstasy, etc.) podem potencializar a atividade da pessoa e também o medo, promovendo alterações químicas cerebrais, que podem levar a uma crise e a instalação da síndrome.

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ual o fato em que você teve mais ‘nervosismo’ por qualquer razão ou presenciou na vida? Pense um instante. Agora veja a origem da Síndrome do Pânico. Síndrome, como o próprio nome indica, é um conjunto de sinais (sintomas) que leva a pessoa a desenvolver algum tipo de transtorno mental e um deles é o pânico, que na sua fase mais aguda é ter medo de ter medo. Imagine a situação! Pois é, Pã era um deus grego e dotado de chifres e pés de bode. Assustava crianças, adultos e principalmente pastores e camponeses da época, que cuidavam de rebanhos. O Pã ‘sempre surgia’ em lugares próximos de cavernas e penhascos. É essa a origem da palavra pânico, que significa medo intenso, repentino e frequente. A síndrome, o transtorno ou a doença é uma das que mais se atende no consultório. Mas, nem sempre os sintomas apresentados realmente são do transtorno e sim um conjunto de preocupações que leva a pessoa a sentir um medo agudo. Nada mais. Mas começa com ansiedade intensa. As pessoas geralmente se preocupam muito com os “carimbos” que lhes são colocados, seja por médicos ou mesmo por colegas e amigos, quando dizem: Você parece que está com pânico.

Pânico: sintomas

A síndrome, quando instalada, atinge mais homens do que mulheres. O primeiro episódio começa, geralmente, no final da adolescência e início da vida adulta – 20 anos. É bastante intenso e a pessoa pensa, realmente, que pode até morrer. Ocorre taquicardia, sudorese, irritabilidade e perda total da consciência. É muito frequente a procura de ajuda no consultório. Depois da ansiedade e da depressão, a síndrome do pânico é a que mais leva à procura de ajuda.

Pânico: sintomas II

Um dos sintomas mais comuns é a dor no peito (taquicardia) e logo em seguida mal-estar difuso, ou seja, sem uma causa específica. Medo de ter um ataque cardíaco ou um infarto. A pessoa não sabe explicar o que está acontecendo com ela. Sente tonturas, tremor, ondas de calor pelo corpo, palpitações e náuseas. A pessoa tem medo de andar nas ruas, ir a bancos, supermercados, andar de ônibus ou mesmo em seu próprio carro, além de sentir que pode desmaiar, e o pior, tem medo de ficar louca. Quando isso está ocorrendo, realmente pode ser a síndrome do pânico.

Personalidades

Crise e síndrome

Pânico: origem II

O diagnóstico, muitas vezes, é confundido. Uma pessoa pode, a qualquer momento, ter uma crise de pânico, num assalto por exemplo. E não significa dizer Pode surgir também em episódique é um transtorno ou a síndrome. Para se caracterizar a síndrome ou o transtorno é preciso que os sinais – vários os ‘positivos’, ou seja, ansiedade deles – sejam frequentes. Resumindo, síndrome é um mal-estar físico e mental. em participar de um concurso, entrevista de emprego ou até mesmo de um fato que levou a pessoa a sentir alegria intensa. Como vários transtornos, a Síndrome de Pânico não tem uma causa específica, Pode também surgir depois tem um componente genético, mas não é o determinante. As pesquisas indicam da morte de um ente querido ou uma separação judicial ou que uma das origens é ter vivido em ambiente familiar estressante. Se no trabalho também há estresse e somando as ocorrências de violência, a pessoa divórcio. O processo do surgimento da poderá desenvolver a síndrome. O que pode levar a pessoa a desencadear a doença em uma vítima de assalto, doença ocorre depois que acontecem entre uma a três crises e por exemplo, é quando o assalto ocorre mais de uma vez com a pessoa. que tenham, pelo menos, de três Nestes casos é possível que se instale o processo do pânico e os sintomas a quatro sintomas. comecem a surgir.

Pânico: origem

Algumas pessoas que têm tipos definidos de personalidades, como, por exemplo, extremamente produtivas, perfeccionistas, preocupação excessiva com o futuro, querem controlar uma situação de crise sempre, são mais propensas a desenvolver a Síndrome do Pânico.

Pânico: tratamento

Uma situação bastante grave é quando a pessoa antecipa (devido à instabilidade emocional) as crises que podem desencadear a síndrome, ou seja, no intervalo entre uma crise e outra a pessoa costuma viver na expectativa de ter um novo episódio. Este processo, denominado de ansiedade antecipatória, leva muitas pessoas a evitarem certas situações do dia a dia, a passar num local (por exemplo, onde sofreu um assalto) e também restringirem outras atividades, como ir ao cinema, praia, enfim, se divertir. Nesses casos o processo da síndrome do pânico já deve estar instalado e é necessário tratamento, através de medicamentos (com prescrição médica) para conter a ansiedade, se for intensa, e, principalmente psicoterapia. Arnaldo Santtos é Psicólogo Clínico CRP-15/4.132. Atendimento virtual pelo site: www.vittude.com. Consultório: Rua José de Alencar, 129, Farol (atrás da Casa da Indústria), Maceió-Alagoas. Atendimento também na CLÍNICA HUMANUS: Rua Íris Alagoense 603, Farol, Maceió-AL. (82) 3025 4445 / (82) 3025 0788 / 9.9351-5851 Email: arnaldosanttos@uol.com.br arnaldosanttos.psicologo@gmail.com.


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Para refletir: A vitória de Jair Bolsonaro (PSL) irá varrer do mapa o partido que tanto infelicitou a sociedade” (José Thomaz Nonô, secretário Municipal de Saúde)

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PEDRO OLIVEIRA pedrooliveiramcz@gmail.com

Domingo é dia de Brasil Faltam dois dias para o Brasil decidir o seu futuro e eu me pergunto: que futuro é esse? E a resposta é: pode não ser o que queremos, mas é o que merecemos. Nos defrontamos com o preocupante ambiente de confronto entre apoiadores de ambos os lados da disputa, numa crescente proliferação de ódios e embates nada civilizados. Tudo fruto de anos de desgoverno, falência das instituições, corrupção e os mais hediondos crimes cometidos contra o povo brasileiro. Depois da disputa em primeiro turno, onde tivemos bons nomes, porém sem densidade política, restaram duas opções: uma ruim, outra pior. Fomos nós que construímos esse final e seremos nós a decidirmos que país queremos. A sorte está lançada e que Deus nos proteja.

#Elenão

Integrante da Executiva Nacional do PSDB, o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman divulgou vídeo na quarta feira (24) declarando voto em Fernando Haddad (PT). O tucano afirmou que a fala em que Jair Bolsonaro insinua perseguição a opositores “ultrapassou qualquer limite do aceitável”. E declarou: “Nunca me passou pela cabeça que um dia eu pudesse votar no PT, mas o discurso de Bolsonaro no domingo (21) me colocou além do limite do que é suportável. Contraria princípios constitucionais”.

Temendo confrontos

Integrantes da cúpula das Forças Armadas têm demonstrado preocupação com a possibilidade de o clima de beligerância no país se intensificar após a eleição. Comandantes do Exército, da Marinha, da Aeronáutica e outros nomes de alta patente militar têm conversado sobre o receio de que grupos radicais, de ambos os lados, pratiquem atos de violência após o resultado desse domingo. Os militares pregam que o próximo presidente faça da conciliação nacional prioridade após o resultado das urnas.

E agora Brasília

O destino de Rodrigo Cunha O deputado Rodrigo Cunha, o grande campeão das eleições, se prepara para tomar posse no Senado a partir de 2019 com um cacife que o torna a mais expressiva personalidade da política local. Teve um mandato eficiente na Assembleia Legislativa, principalmente por se diferenciar da maioria e dos vícios repugnantes que contaminam a atividade pública. Sua atuação legislativa não teve nada de relevante ou de conteúdo para merecer maior destaque, a não ser por algumas posturas republicanas e muito bem exploradas nas redes sociais e mídia convencional, tudo dentro de uma agenda tentando ser diferente em certas posturas e conseguiu com isso virar o “menino certinho” do momento politico. Fatores como a carência de lideranças e valores na pauta política alagoana, a indignação do eleitorado com a velha oligarquia carcomida por anos de práticas espúrias e a procura pelo “novo” para ver se melhora, o levaram ao pódio do resultado das urnas conquistando surpreendentes 895.738 votos (34%), concorrendo por um partido em frangalhos (PSDB) e lhe faltando apoios expressivos. Simplesmente o povo quis em massa mudar com ele.

O preço da fama

Rodrigo Cunha nem tomou posse e já deu para sentir o “preço da fama” ao optar por uma neutralidade discutível com relação ao segundo turno entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. Não vou discutir suas razões, mas me chamou a atenção a revolta de um número alarmante de eleitores protestando contra sua postura, alguns apenas lamentando e muitos revoltados e xingando o deputado com frases ofensivas. Como resposta fez publicar uma nota pífia, com uma redação sofrível e terminou não explicando, nem justificando o comportamento bem próprio dos “tucanos”.

Rodrigo Cunha tem pela frente uma tarefa que não será fácil dar conta. Ao sair da planície e encarar um salto no escuro, num mundo totalmente diferente, cheio de subterfúgios, armadilhas e encantamentos. Substitui um senador atuante, com prestígio parlamentar e altamente influente nos gabinetes ministeriais de onde conseguiu muitos milhões para municípios do interior e Maceió. Tem que se esforçar muito para preencher o vácuo a ser deixado por Benedito de Lira. Não é um bom tribuno para se sobressair no plenário, seu preparo intelectual não faz crer que produza algo acima da média e chega como um “estranho no ninho”. Não sabe se é governo ou oposição. Precisa antes de tudo ter humildade e reconhecer suas limitações, buscar na “memória funcional” do Senado o socorro técnico para exercer suas funções e aprender muito todo dia. No gabinete de um senador não cabe inventar “coisas miúdas” para fingir que é bacana, que é diferente. Do contrário vai ter um mandato medíocre cujos louros se restringirão aos “amigos do Facebook”, mas não serão escritos nos anais da Casa.

Em defesa do menor

Os promotores de Justiça Dalva Tenório e Lucas Sachsida, das 59ª e 60ª Promotorias de Justiça, respectivamente, receberam representantes da Secretaria de Estado da Saúde que, após iniciativa do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), apresentaram projeto de assistência a crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual. A ação tem como propósito assegurar a notificação dos crimes e promover o tratamento psicológico das vítimas de abuso sexual com a implantação do Centro de atenção às vítimas de violência. Além disso, assegura, com o encaminhamento das crianças e adolescentes ao IML, em respeito à nova legislação (Lei 13.721/18), a prioridade no atendimento a crianças, adolescentes na hora do exame de corpo de delito. Ressalta-se que a promotora Dalva Tenório é a maior referência em defesa da criança e adolescente do Ministério Público alagoano. O seu trabalho tem sido reconhecido nacionalmente.

Me engana que eu gosto

O prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cezar, dá mais uma pisada de bola na sua administração cheia de tropeços e causa espanto à população da cidade ao tomar conhecimento da contratação de um show pago com recursos da municipalidade, para apresentação do padre “caubói” Alessandro Santos, no valor de 120 mil reais, segundo noticiou o jornal local Tribuna do Sertão. O inusitado parte de um anúncio do mesmo prefeito dias atrás e a edição de um decreto impondo restrição de gastos até com capacitação de servidores, participação em eventos, viagens e ainda uma provável demissão de prestadores de serviços que recebem um salário mínimo. Tudo por uma anunciada “escassez de recursos nos cofres da prefeitura”. Eis o que dizia o prefeito há pouco tempo falando a um jornal: “Dizem que tem crise nesse país, mas quando foi que a classe política disse que tinha dinheiro sobrando? Nunca. A crise é apenas uma oportunidade de mostrar criatividade. Ou ainda: O tempo da política passou, agora é tempo de fazer gestão”. - Desde que a norma não se aplique a ele.


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ALARI ROMARIZ TORRES

JORGE MORAES

Aposentada da Assembleia Legislativa

Jornalista

O PT e o anti-PT

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aqui a 48 horas o povo brasileiro, obrigado que é, vai às urnas para escolher o novo presidente do País, que tomará posse em janeiro para um mandato de quatro anos. Mesmo sendo obrigado, uma boa parcela do eleitor não deverá comparecer às urnas, preferindo justificar depois a sua ausência. Mesmo assim, o processo que começou há alguns meses, com as convenções partidárias e os registros das candidaturas, já enfrentou um primeiro turno e se resume, agora, aos nomes de Jair Bolsonaro (17) e Fernando Haddad (13). Diferente de Alagoas, em alguns outros estados, teremos a eleição no 2º turno, também, para os governos estaduais, e, provavelmente, o clima estará acirrado O povo cansou de tanta mais e despertando, mentira e cansou do PT, com isso, um que depois de quatro interesse maior governos, não consegue do eleitorado. enganar mais ninguém. Como esse não é nosso caso, vaQual a certeza que você omos nos prentem que o Brasil, com der, exclusivauma vitória do Haddad, mente, à eleição não será governado por para presidente da República Lula, Dilma, Gleisi, Federativa do Lindemberg, José Brasil: BolsonaDirceu e tantos outros ro ou Haddad. Está claro que mafiosos da política nesse processo brasileira. a disputa é entre os que admiram o PT e os que são contra o PT. Nada mais claro que a eleição seja vista por esse prisma. Durante os últimos 14 anos, o Brasil foi governado pela turma do Partido dos Trabalhadores e seus aliados, entre eles o PMDB, hoje MDB, que por escolha pessoal do ex-presidente preso em Curitiba, foi indicado o Michel Temer para ser o vice-presidente nas duas eleições da Dilma Rousseff. Depois, com o impeachment da Dona Dilma, Temer foi acusado de golpista pelo PT, que reclama ser um governo ilegí-

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Por que tanto medo? timo, desconhecendo que, quem votou na Dilma, votou no Temer. Os dois, e os partidos a eles coligados, sempre foram farinha do mesmo saco ou banana do mesmo cacho. Agora, depois do desastre de quatro governos seguidos, o Fernando Haddad falou e repetiu várias vezes em sua campanha que quer ser o presidente do Brasil para fazer diferente, prometendo mais escolas, saúde para todos, segurança para a população, mais empregos, salários justos, reajustes do mínimo para os trabalhadores da ativa e aposentados, redução na cobrança do imposto de renda para quem ganha até cinco salários mínimos, e um escalonamento diferente para as demais categorias de salários. Com tudo isso colocado, sabe qual é o problema do Haddad? São muitos. Primeiro, não conseguiu soltar a barra da calça do Lula; segundo, não fez um mea-culpa quanto aos desvios de recursos cometidos por seus aliados, quando muita gente ficou rica da noite para o dia, inclusive o Lula e sua família; terceiro, o PT e seus correligionários nunca enxergaram outra cor, senão, o vermelho, e, agora, na onda bolsonariana, mudou para o verde e o amarelo, que terminou não agradando; e, por último, deixou que o Bolsonaro dissesse que faz um campanha pobre e o Haddad faz uma campanha rica, o que não deixa de ser uma verdade. Com isso, o povo cansou de tanta mentira e cansou do PT, que depois de quatro governos, não consegue enganar mais ninguém. Qual a certeza que você tem que o Brasil, com uma vitória do Haddad, não será governado por Lula, Dilma, Gleisi, Lindemberg, José Dirceu e tantos outros mafiosos da política brasileira? Por isso, a maioria esmagadora do eleitor brasileiro já se decidiu: na eleição do domingo (28) vai eleger Jair Messias Bolsonaro, o 17, presidente do Brasil. Se vai ser melhor ou pior, ninguém pode afirmar, mas para todo esse mar de gente visto pelo País durante a campanha do 2º turno, PT nunca mais...Bolsonaro neles. E tenho dito.

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eio diariamente críticas a Bolsonaro por ser supostamente a favor de uma intervenção militar. Ora, estamos vivendo uma ditadura civil manobrada ainda pelo Partido dos Trabalhadores. Observamos um país completamente destruído, destroçado. Não podemos andar pelas ruas livremente: os assaltos se sucedem com mortes trágicas. A saúde está na UTI; a educação é precária. Vêm à memória várias ditaduras de esquerda, cujos chefes são amigos de Lula, Dilma e do PT. Sem falar nos guerrilheiros assassinos que hoje se dizem vítimas da direita, com aposentadorias polpudas. Não justifico morte, tortura e outras quaisquer medidas de repressão. Cito como exemplo atual a Venezuela. Seu ditador tem provocado por lá fome, mortes, desemprego. Não há liberdade de imprensa. A Anistia Internacional assinala Nosso Brasil vive de que naquele país já foram feitas conchavos, de acer8.200 execuções. tos fraudulentos. Maduro é amiPor exemplo: vários go de Lula, de funcionários do Banco Dilma e recebeu ajuda dos do Brasil, ligados ao muita companheiros. PT, foram trabalhar na Acompanhei Previ. Receberam altos as travessuras Fidel Castro. salários, 30% recolhi- de Uma delas: o dos ao partido, que atleta ou a atlelevaram a Previdência ta que quisesse do país para do BB à falência. Quem sair jogar no extesofreu? Os pequenos rior não recebia autorização. A funcionários. tática usada era a seguinte: saía com a seleção cubana e não voltava com a delegação. Para compensar, Fidel impedia a família dele ou dela de sair de casa. Em alguns casos, eram obrigados a voltar e ainda ficavam sem emprego. O povo da Venezuela está fugindo porque não tem trabalho, não tem comida. Alguns comem carne podre! Apavorada, a população está vindo para o Brasil, chegando por Roraima. Dá dó ver tanta miséria. No Brasil os direitos não são respeitados. Os políticos usam o dinheiro público ao seu bel prazer. Alguns já foram presos, outros estão amedrontados. Quase não se encontra “ficha limpa”.

O Congresso Nacional legisla em troca de algo. Os deputados e senadores querem cargos e os governantes colocam neles as pessoas indicadas pelos congressistas. É isso que chamamos “toma lá, dá cá”. Só funciona assim! Quem tentar governar sem o aval do Congresso Nacional não consegue. Quando Collor foi cassado, o Brasil inteiro o condenou. Apesar de não ter simpatia por ele, entendi que seu afastamento se deu porque não quis se submeter às raposas velhas do Sul e Sudeste! Ele não é pior do que Sarney, Fernando Henrique e Lula. Foi tolo e tentou governar só com os amigos. Certa vez, encontrei-me no avião com Ronaldo Lessa, eleito governador pela primeira vez. Ele tinha minoria no Legislativo. Perguntei: “Vai governar sem o outro Poder?” “Vou tentar”, disse-me ele. Tentou, não conseguiu. Noutra viagem, perguntei a Renan pai se tinha feito aliança com Antônio Albuquerque na eleição de 2002. Resposta: “Coisas da política, Alari”. E riu... Nosso Brasil vive de conchavos, de acertos fraudulentos. Por exemplo: vários funcionários do Banco do Brasil, ligados ao PT, foram trabalhar na Previ. Receberam altos salários, 30% recolhidos ao partido, que levaram a Previdência do BB à falência. Quem sofreu? Os pequenos funcionários. Se qualquer um de nós for à Caixa Econômica resolver um problema, não consegue. É preciso saber quem é o dono do banco em Alagoas. Fala com ele, procura o servidor indicado por ele e resolve qualquer questão Vivemos num país triste, comandado pelo PT e MDB, cheios de caciques. Não há liberdade de ir e vir, não há saúde, não há educação. Tudo é feito no arranjo, com o PT dono de milhares de cargos em comissão. Lula, de dentro da cadeia, dá as ordens aos companheiros. O povo deu uma pequena resposta: não elegeu agora vários políticos petistas. Escolheu pessoas novas e quase desconhecidas para o Legislativo. O Executivo está sendo disputado pela esquerda e pela direita. Novamente o voto popular vai decidir. E não precisa ter medo da direita! Tudo que passamos com a esquerda foi muito sofrido, doloroso. Que vença o melhor! Entreguemos o Brasil a Deus. Ele está acima de todos.


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Não dá pra segurar...

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lguém já disse que existem três coisas impossíveis de esconder: amor, dinheiro e um elefante. Óbvias são as razões que tornam essas três coisas impossíveis Tanto é assim que de se oculsetores que, de uma tar. forma discreta ou As últidissimulada, sempre mas eleições para presise fizeram se passar dente da Repor isentos na refrega pública, com política, estão, agora, a polarização das ideoabertamente se alilogias e cannhando a um lado ou didatos, têm a outro. mostrado que há algo mais impossível de se ocultar dos homens. A nossa preferência política.

É certo que sempre dissimulamos bem nossas tendências eleitorais ou partidárias durante o tempo em que não havia essa força catalizadora que agiu nas mentes políticas, tal qual o cajado de Moisés no Mar Vermelho (favor não levar em consideração a cor do mar). A força que nos levou a assumir posições políticas e partidárias tão claras e delineadas criou-se ao longo do tempo em que as ditas esquerdas brasileiras ocuparam o poder em nosso país. Do mesmo modo que as sete pragas do Egito fortaleceram Moisés para a consecução de seu milagre, as sete pragas do desmando, moral e ético e administrativo que permearam os governos petistas criaram o estado de ânimo de toda uma nação que, no momento, divide claramente suas águas em dois paredões antagonistas e inconciliáveis.

ISAAC SANDES DIAS

Promotor de Justiça

Tal divisão fez com que nossa preferência política fosse acrescentada à lista do que é impossível esconder, além de amor, dinheiro e elefante. Por mais discreto que se queira ser, impossível ficar alheio ao debate político que ora se abate sobre o País. Tanto é assim que setores que, de uma forma discreta ou dissimulada, sempre se fizeram se passar por isentos na refrega política, estão, agora, abertamente se alinhando a um lado ou a outro. Entre tais setores podemos citar os evangélicos, policiais civis e militares e, principalmente a classe média, motor das grandes viradas sociais mundiais. Porém, o que mais chama a aten-

ção nesse afã de alinhamento político por um candidato ou outro, é o comportamento da grande imprensa que, como aquele que compra um elefante e pensa que o esconde dos vizinhos, incomoda a todos com seus agudos bramidos. Do mesmo modo que aquele que ao tentar esconder o amor, no início, chega na casa da amante na mais alta madrugada acreditando que muitos o viram entrar e, que ao cabo de muitas furtivas visitas, relaxa e passa a frequentar a amante em plena luz do dia acreditando que ninguém o vê, a grande imprensa, no começo cautelosa, flerta abertamente no horário da novela das oito com seu candidato preferido na vã ilusão de que ninguém está vendo ou notando nada.

Luiz Jatobá Filho, CPF 002.873.504-87, residente na Fazenda Nova, Zona Rural de São Miguel dos Campos-AL, torna público que requereu ao IMA/ AL, a Regularização da Licença de Operação, para Atividade de Exploração de 4.411,87 Ha de cana de açúcar distribuídos nas Fazs Nossa Senhora das Graças, Bom Sucesso, Choan1 e Choan 2 ( Campo Alegre); Santa Adélia ( Coruripe); Caxacumba, São João, Pitomba, Escuro 1 e 2, Coités 2, 3, 5, 7, 9, 10, 11 e 12, Fazenda Nova, São Sebastião, Cumbe e Carobas ( São Miguel dos Campos); Tabatinga, Santa Paula, Pecó 1 e Pecó 2, São Francisco e Pangamonha ( Roteiro); Pau Paraíba ( Jequiá da Praia).


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ECONOMIA EM PAUTA

Premiação para empresas

A Receita Federal vai criar um sistema de notas para premiar empresas que são boas pagadoras de impostos. A ideia é classificar cerca de 7 milhões de empresas com A, B ou C. Receberão a nota máxima aquelas que estão adimplentes com o Fisco, que entregaram suas declarações em dia e têm situação cadastral regularizada. As empresas com nota A terão vantagens como a prioridade no recebimento de restituições e créditos tributários. Além disso, terão preferência no atendimento de demandas, inclusive com atendimento presencial prioritário.

Salário feminino

O salário médio real das mulheres cresceu mais que o dos homens em 2017. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho, no ano passado o rendimento médio das trabalhadoras foi de R$ 2.708,71, um aumento de 2,6% em relação a 2016. Já o salário médio masculino subiu 1,8% em 2017. O aumento da remuneração feminina é maior também que o registrado para todos os trabalhadores, que ficou em 2,1%.

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Bruno Fernandes – contato@obrunofernandes.maceio.br

Custódia

A Caixa Econômica Federal anunciou que vai zerar a taxa de custódia para os clientes que desejam investir em títulos públicos no Tesouro Direto. Antes da medida, o banco cobrava taxa de 0,4% ao ano. Como relatado pela coluna anteriormente, os outros quatro grandes bancos brasileiros: Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander já haviam deixado de cobrar tarifas para investimentos no Tesouro Direto.

Investimentos e IR

Se você perdeu dinheiro em fundos de investimento, é possível reduzir esse prejuízo pagando menos Imposto de Renda. A legislação prevê que o banco ou corretora pode abater da base de cálculo do IR as eventuais perdas registradas em um saque anterior do fundo. Para isso, o investidor precisa ter “realizado o prejuízo”, ou seja, ter sacado um valor com perda em relação ao que efetivamente aplicou. Dessa forma, uma eventual perda em um fundo multimercado pode ser usada para reduzir a base de cálculo de IR sobre os ganhos em um fundo de renda fixa, por exemplo.


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Professora Ruth Freitas lança “Solidariedade Educacional”

PROPOSTA DE CIDADANIA EVENTO ACONTECE DIA 7 DE NOVEMBRO NA CASA DA INDÚSTRIA MARIA SALÉSIA sallesia@hotmail.com

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professora universitária Ruth Freitas juntou tudo o que há de melhor da literatura relacionada à educação para dar vida à obra “Solidariedade Educacional”, que faz uma leitura da educação pública no Brasil. O lançamento do livro acontece no próximo dia 7 de novembro, às 19 horas, na Casa da Indústria, no bairro do Farol, em Maceió. São 550 páginas que retratam temas como O Caminho; O Mestre, Acreditamos, pois é preciso acreditar; Todos somos um; Direito ao conhecimento; Flor Silvestre; O povo diz: mexeram no nosso queijo; Certeza da incerteza, entre tantos outros voltados para a área. Escritora, professora de carreira com passagem no Ensino Fundamental, Médio e aposentada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) com atuação na área de Sociologia, Ruth Freitas dedicou cinco anos para pesquisar, estudar, polir e apresentar ao público sua segunda obra, primeira na área educa-

cional. Segundo a estudiosa, a proposta nasceu a partir da constatação de que o estado brasileiro não tem garantido a efetividade plena do direito fundamental à educação. Assim, após assistir à condição do analfabetismo em Alagoas e no resto do Brasil nasceu a preocupação cidadã de fazer algo que mudasse esse quadro devastador. Foram muitas pesquisas e como professora de Sociologia sempre se preocupou com as interações. “A gente chega a pensar: como uma cidadã nesse tempo, estudiosa inacabada não faz nada para contribuir com seu país? Com essa obra, queremos despertar a sociedade para que veja a educação do Brasil como sua e como tal tem o dever de participar de alguma forma cobrando, apresentando sugestões para que o poder público cumpra a constituição de que educação é direito de todos”, disse ao afirmar que o livro é aberto a novas contribuições da sociedade e de todos os Poderes. Para escrever “Solidariedade Educacional”, Ruth Freitas

Professora Ruth Freitas apresenta sua primeira obra sobre educação

foi buscar inspiração em grandes nomes e para tanto debruçou em obras do pensador e sociólogo francês Edgar Morin, que através de seus escritos tenta conscientizar o mundo de que a educação é uma parte do todo social; se baseou, ainda, em um estudo da obra “Justiça pela Qualidade na Educação” da Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude (ABMP). Não faltou a leveza de Fernando Pessoa e o glamour de Clarice Lispector. Ela recorreu também a ícones como Pau-

lo Freire e Rubem Alves, que dedicaram parte de suas vidas à educação pública. A escritora afirmou que se trata de uma obra ideológica por que ela aproveita a insuficiência educacional da educação pública do Brasil com as ideias de pensadores, juristas, pedagogos, poetas e cancioneiros, onde juntou tudo para tentar emocionar e convencer de que educação pública do país é o maior bem que o povo pode receber. O livro prende o leitor do começo ao fim. Trata-se de uma obra direcionada à sociedade, trabalhadores da educação, fa-

mílias e ao público em geral. Pois, segundo a professora, “é uma contribuição cidadã ao estado de Alagoas e ao país, onde o analfabetismo é preocupante e nos envergonha diante de nós mesmos e diante do mundo”. Embora reconheça que existam alguns nichos educacionais que deram certo, a professora mostra-se preocupada com os analfabetos funcionais que mesmo frequentando sala de aula por alguns anos não sabem ler e nem escrever. E argumenta que eles não estão convencidos que a educação é um ato de liberdade. “Como cidadã, nosso compromisso é que a Pátria saia do fundo do poço educacional”. Entusiasta, Ruth Freitas disse que pretende dedicar sua vida à educação pública de Alagoas e do Brasil. “A gente vai passar e o que fica é nosso pensamento escrito e registrado como presente à humanidade”, afirmou. Com esse pensamento, a incansável professora pretende continuar contribuindo com a educação, através de novas obras. Seu público e a educação brasileira agradecem.


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Inácio Loiola é reeleito para terceiro mandato na Assembleia

Deputado reafirma compromisso com desenvolvimento sustentável do estado

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eeleito com 28.728 votos, o deputado estadual Inácio Loiola tem como foco nos próximos quatro anos a apresentação de projetos que garantam e fortaleçam conquistas sociais. Em seu terceiro mandato consecutivo, Loiola afirma que vai honrar o voto de confiança dado mais uma vez pelos alagoanos. “Continuarei na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas com responsabilidade, serenidade, muito trabalho e como porta-voz do interesse da população”. O deputado tem como carro-chefe de seu mandato a luta pela ampliação do abastecimento de água no Agreste e no Sertão, além do estímulo ao uso racional da água do Canal do Sertão para a produção de hortifrutigranjeiros. Sua luta constante também é pela construção de ambientes para o crescimento e desenvolvimento sustentável em todo o estado, gerando mais empregos e dignidade para as famílias alagoanas, principalmente nas áreas que precisam de mais investimentos e divulgação para avançar economicamente. “É necessário essa atenção maior para alcançarmos desenvolvimento, destacando as potencialidades de cada município alagoano”, enfatizou o deputado.

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Quando se tem de ser necessariamente gigante

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m tempos recentes, o noticiário automotivo pôs em mentes interessadas por princípio ou por mera curiosidade haja vista o gigantismo do objeto – uma montadora, a Ford, hoje apenas a quinta da fila mundial –, o fato de que ela deixará de produzir, nos EUA, os automóveis de passageiros Fiesta, Fusion e Taurus e, impactando o mercado brasileiro diretamente, o Focus, montado na Argentina e aqui comercializado sob os auspícios tributários do Mercosul. Quase simultaneamente, divulgou-se o anúncio da Ford e de sua congênere alemã, a VW, de que estão analisando o mútuo repartimento de plantas e o desenvolvimento de produto na área de comerciais leves, em termos de geografia mundial. Não bastassem essas notícias, as quais, tanto para mentes interessadas ou apenas curiosas, sugerem um apequenamento da Ford na concorrência tão cruenta que é a automotiva, a acreditadíssima Automotive News, edição de 26/9, repercute reunião do atual CEO Jim Hackett com os mais de 300 executivos da companhia, anunciando a ampliação do corte dos seus custos para o próximo quinquênio até o total de US$25,5 bi, US$ $11,5 bi a mais do que fixava programa original na mesma direção. Dizse também enfatizar esse arrojado plano a associação com outros fabricantes, como a já prevista com a VW e também outra possível com a indiana Mahindra. A tal ponto de liberdade trata-se da associação com a VW, que se atribui ao CEO da VW para a AL, Pablo Di Si, segundo o diz a Reuters, citada pela Automotive News Europe, edição de 30/10 último, que “ambas estão estudando uma associação no Brasil, com entendimentos avançando positivamente” (uma espécie de reedição, parcial ou não, da Autolatina, de 1987/94). A respeito de novo enfoque da administração da Ford e o sempre ingente esforço de redução de custos para qualquer empresa de sua dimensão, é valiosamente contributivo o que disse o prestigiado ar-

ticulista Daniel Howes, do Detroit News, em sua coluna de 8/10. Em dois destacados momentos, Howes trás à boa compreensão desses desafios, de primeiro, a transcrição que faz de opinião do investidor Jim Crammer, primeiro plano em Wall Street: “A companhia (a Ford) não dispõe de caixa suficiente (HTTPS://www.threstreet.com/video/dont-buy-ford-advises-jim-crammer-14736802), mas o problema aqui é que ela tem de fechar tudo o que não está dando lucro. A Ford precisa se transformar numa companhia pequena. Na Nova Economia, a Ford não se encaixa. Dessa forma, afirmo: não se deve comprar (ações) da Ford”. Contudo, pondera Howes a respeito de tão dura assertiva: “Extremamente elaborada? Provavelmente. Reflexo de ambiente de elevado criticismo? Absolutamente! Uma década de vendas em expansão e lucros-recordes ou próximos disso seriam necessários, mas não exatamente suficientes, para trazer de volta o espírito da Velha Detroit a um protagonista como a Ford.” Incidentalmente, informa a Automotive News, edição de hoje, 10/10, que a ação da Ford fechou, ontem, abaixo de US$9, o menor valor desde 2012, “como resultado da estratégia gradual de redução de custos ao longo dos próximos anos.” Continua Howes, agora no que alcança mais diretamente as operações da Ford no Brasil: “Os mais incisivos cortes alcançarão provavelmente a Europa e a América do Sul, onde um crônico baixo desempenho está forçando uma reavaliação que inclui conversações sobre uma profunda associação (/story/ business/auto/Ford/2018/06/19/ FordVWpartnership/715925002/) com a VW AG. As discussões, potencialmente uma nova versão da abortada Autolatina(http:/www. autonews.com/article/1994/205/ ANA/412050763/Autolatina-will -be-dissolved-within-one-year), fim dos anos 80 e metade dos 90, deverão ter seu foco em vans comerciais e carros pequenos.” E mais não é preciso acrescen-

LUIZ CARLOS MELLO

Ex-presidente da Ford Brasil e especialista em gestão automotiva

tar para bom entendimento do que o título desse artigo sugere ou seja, não se é gigante impunemente...! Em tempos em que se formulam e celeremente se avança na fixação de novos padrões de competitividade sob o pretendido domínio da TI; com a expansão mandatória da produção de veículos de baixa emissão para atendimento das crescentes e estritas regulações oficiais principalmente no estratégico mercado europeu(que o digam as montadoras locais, desde a última semana, agravadas nos últimos dias com os reclamos da ONU por ação imediata das nações visando o desaquecimento global); e a ameaça sem medida das empresas de tecnologia no ambiente automotivo, o que se impõe às montadoras cumprirem já e a todo o custo é: caixa e...lucros! Supondo-se que a fada madrinha do Sr.Trump (nasceu lá, tanto quanto Deus no Brasil...) continue a soprar ventos ciclônicos à popa da maior economia do mundo e ele – inquestionavelmente, tudo indica! – mandar às favas as preocupações com aquecimento e que tais, estimulando a que fabricantes europeus, por exemplo, possam ser tentados a transmudarem-se para os Estados Unidos; que esse fogoso mandatário continue a reformular os termos de Tratados Comerciais “dantanho”, como o defunto Nafta e com o neo-nascido Tratado com a União Europeia, além de impor maiores taxas de importação em veículos(o Brasil agora tem boa companhia...); ora, supondo-se tudo isso a muitos parecerá que a(s) estratégia(s) atribuídas aos novos administradores da Ford podem ser questionadas como mais visionárias... do que portadoras de uma virtuosa todavia agressiva e inquestionavelmente exigida visão de curto prazo. Este não é mais o tempo de reformulações administrativas e de laboratórios de boa gerência: este é o tempo dos “car guys”, onde o amanhã é literalmente hoje, agora, ou melhor dizendo, ontem!


MACEIÓ, ALAGOAS - 26 DE OUTUBRO A 01 DE NOVEMBRO DE 2018

Falta de sensatez

C

omeçou a temporada de previsões para o próximo ano. As apostas dos principais executivos da indústria automobilística são de um ano de 2019 melhor que o de 2018. Mas, pelo demonstrado em um seminário semana passada em São Paulo, há certa dispersão sobre os percentuais de crescimento. Todos os executivos do setor estão otimistas, alguns mais, outros menos. Não se percebeu nenhuma grande preocupação sobre os resultados das eleições e os reflexos sobre a economia brasileira. Em 2019, o PIB do País deve crescer 2,5%, embora algumas consultorias apostem em até 3%. Anfavea acredita em vendas superiores à casa de dois dígitos “baixos”, isto é, algo em torno de até 12%, segundo o presidente da entidade Antônio Megale. Nessa mesma linha, segue o presidente da GM Mercosul, Carlos Zarlenga, que estimou algo entre 12 e 13%. Pablo di Si,

principal executivo da Volkswagen, acredita que 10% seriam um bom número. Vice-presidente da Ford, Rogelio Golfarb, preferiu apontar uma faixa entre 5% e 10% de crescimento. Miguel Fonseca, vice-presidente da Toyota, foi o mais comedido ao imaginar avanço no mercado interno de 4,4% sobre este ano. Essas estimativas apresentam algumas variações, pois a Anfavea considera o mercado total, incluindo caminhões e ônibus. Outros executivos colocam em suas contas apenas automóveis e veículos comerciais leves que representam 95% das vendas totais. Veículos pesados poderão crescer acima da média, porém influenciarão apenas alguns décimos no resultado final. Possivelmente em janeiro esses números sofram revisão. Afinal, já se saberá mais sobre mudanças econômicas estruturais, que não devem ser pequenas, pelo

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FERNANDO CALMON

FERNANDO CALMON fernando@calmon.jor.br observado nas pesquisas em relação ao resultado da eleição presidencial. Outra expectativa, com potencial de influenciar resultados futuros, é a aprovação pelo Congresso Nacional do programa Rota 2030. Há embates políticos sobre estímulos à produção no Nordeste que colocam em lados opostos Ford e FCA. A primeira defende o ano de 2020, como previsto, para o fim dos incentivos fiscais (IPI). A segunda garante investimento adicional na região, se puder contar com suporte fiscal até 2025. Espera-se um acordo para destravar a votação, cuja data fatal é 14 de

novembro. Muito lamentável se aquele programa atrasar, quando mais se necessita dele, a fim de garantir metas duras de consumo de combustível, emissões reguladas e segurança veicular para os próximos 15 anos. Só dá para entender esse impasse como puro oportunismo de bancadas de Bahia e Pernambuco. Há ainda dois anos pela frente para resolver diferenças dentro de uma mesma região. Fica sem sentido deixar caducar a medida provisória do Rota 2030, amplamente discutida por mais de um ano, em razão de discussões menores. Sensatez tem de prevalecer.

ALTA RODA n REVITALIZAÇÃO de meia geração do Jeep Renegade deixou-o com o mesmo aspecto do fabricado na Itália. São novos: grade, moldura dos faróis (em LED, nas versões mais caras), para-choque dianteiro (permite, agora, ângulo de entrada de até 30°), rodas de liga leve (até 19 pol.), tela multimídia de 8,4 pol. (a maior do segmento) e maçaneta para tampa do porta-malas. nSTEPE provisório aumentou volume para bagagem em 47 litros, mas essa modificação foi feita no começo do ano. Dinamicamente continua muito bom, mesmo com rodas de maior diâmetro. Mas ainda falta fôlego ao Renegade com motor flex em razão de seu peso. Versão de entrada ficou mais em conta: R$ 78.490. A mais cara (Diesel 4x4 automático): R$ 136.990. n FORD surpreenderá no Salão do Automóvel de São Paulo (8 a 18/11) com a exibição do Territory. Este SUV médio está sendo lançado na China, resultado de parceria com a JMC local. Empresa indica se tratar apenas de sondagem junto ao público. Precisa, porém, de um modelo desse porte entre EcoSport e Edge. Se bem aceito, é produto para sua fábrica argentina.

n OUTRA novidade da Ford no Salão é o EcoSport Titanium, sem estepe externo. Há dois anos a Coluna havia antecipado o lançamento. Como esperado, o SUV compacto terá pneus runflat (rodam vazios por até 80 km) e um reparador emergencial de pneus que estenderia o uso, em caso de furo, por mais 200 km. Ka sedã aventureiro estreia e se chamará Urban Warrior. n VOLVO XC40 surpreende por preço competitivo para o que oferece em equipamentos e itens de segurança. Desempenho é ponto alto graças ao motor turbo a gasolina de 252 cv

e 35,7 kgfm, tração 4x4 e câmbio automático de oito marchas. Largura da coluna traseira atrapalha a visibilidade. Muito eficiente o sistema de prevenção de invasão, por distração, da faixa de rolagem oposta. n CAOA CHERRY antecipa, mas sem anunciar preço, o sedã compacto “anabolizado” Arrizo 5. Distância entre eixos (2,65 m) é igual à do VW Virtus. Motor 1,6-L turboflex entrega 150 cv (etanol) e 19,5 kgfm (potência e torque poderiam ser um pouco maiores). Estilo bem atual e longa lista de equipamentos de série indicam se tratar de um produto competitivo no segmento.


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Campanha promove Bingo Solidário dia 30 de novembro

TODOS POR MARCELINO

RENDA SERÁ REVERTIDA PARA O TRATAMENTO DO JORNALISTA MARCELINO FREITAS O Grupo Jornalistas Solidários e o Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) promovem, dia 30 de novembro, às 19 horas. Bingo Solidário, na sede do Conselho Regional de Psicologia (CRP/AL), em prol do jornalista, relações públicas e cronista esportivo alagoano Marcelino Freitas Neto, diagnosticado, há pouco mais de um ano, com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Para participar do Bingo Solidário, basta adquirir convites, no valor de R$ 10,00 (cada) e trocá-los por cartelas, que serão distribuídas no dia do evento. Entre os prêmios doados para a realização do bingo estão camisas do CSA e do CRB, objetos de arte, relógio de pulso e entre outras peças inusitadas, até alian-

ças de casamento. Marcelino encontra-se na casa da irmã, Glória Freitas, em Maceió, sob os cuidados de uma equipe multidisciplinar de home care custeado pelo Esta-

do, conforme decisão judicial em ação civil pública proposta pela Defensoria Pública de Alagoas. Contudo, há despesas mensais para garantir infraestrutura não coberta pelo

serviço, a exemplo da contratação obrigatória de cuidadores, gastos com lavanderia, e, entre outros, a compra de um guincho para facilitar a mobilidade e os cuidados com ele. Por isso, a iniciativa de dar continuidade à Campanha Todos por Marcelino. No início do ano, uma rifa e um bazar solidário viabilizaram a infraestrutura necessária enquanto Marcelino esteve internado no internado no Hospital das Clínicas, em Ribeirão Preto (SP), como também para adaptação do apartamento onde foi montada a infraestrutura do home care, já em Maceió. A família e os organizadores da campanha aproveitam para agradecer a todos e todas que contribuíram na organização do

bazar realizado em abril, em especial, aos colegas da imprensa alagoana e veículos de comunicação, ao Sesc Alagoas, Fecomércio, Senac, Cesmac, CRP/ AL, Projeto Mãos que Ajudam, Unicompra Alagoas, Bufffet Andreia Brito, Hot Dog Nogueira, à Gula Cremeria, à Rubi Joias, à Fika Frio, e ainda à Polícia Militar de Alagoas. SERVIÇO O que: Bingo Solidário – Campanha Todos por Marcelino Quando: 30 de novembro, às 19 horas Onde: Conselho Regional de Psicologia - Rua José Silveira Camerino,291, Farol Contribuição: R$ 10,00 (cada convite/ cartela) Mais informações: (82) 99942-0547, (82) 99607-5150 e (82) 99910-4592


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ABCDO INTERIOR robertobaiabarros@hotmail.com

Foi empossado

Absurdo em Palmeira

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prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cesar, tomou uma decisão nada recomendável e que coloca em xeque algumas de suas ações. Vejamos: após fazer um grande alarde ao anunciar contingenciamento de despesas, cortando na pele até mesmo atos importantes, a exemplo de cursos de especialização para servidores, Júlio decidiu “doar” R$ 120 mil para contratação de uma banda para animar um evento religioso que será realizado no dia 9 de novembro no Estádio Juca Sampaio. O contrato foi firmado em 22 de agosto último com o padre Alessandro Campos. O pagamento será realizado com o orçamento da Secretaria Municipal de Cultura e Lazer.

Paradoxo

No último dia 17, a Prefeitura de Palmeira dos Índios assinou um decreto de “contenção de despesas”, suspendendo as seguintes atividades: participação de servidores em cursos e especializações, reformas em prédios públicos, aquisição de equipamentos, proibição de contratação de novos servidores e limitação de horas extras, entre outros tópicos.

Agressão na Uneal

O ex-reitor da Uneal, Clébio Correia de Araújo, foi agredido nesta quarta-feira (24) nas dependências da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal). De acordo com informações não oficiais, um movimento pró-Haddad estava sendo realizado na instituição quando um jovem, que não foi identificado como aluno da universidade, começou a filmar a reunião usando um aparelho celular. Testemunhas alegam que enquanto registrava o ato democrático, ele usava palavras de baixo calão contra o grupo, dizendo que aquilo era ilegal.

Foi preso

Enquanto isso, o professor Clébio conversava com outro professor da instituição nas dependências da nova livraria da Uneal. O suposto eleitor de Jair Bolsonaro (PSL) partiu para cima do ex-reitor tentando agredi-lo fisicamente. O homem foi contido e encaminhado até a delegacia de Polícia. Clébio e testemunhas foram juntos registrar um boletim de ocorrência.

Tomou posse na manhã de terça-feira (23), o Conselho Municipal de Defesa do Consumidor (Condecon). A cerimônia aconteceu na sala de reuniões do Centro Administrativo Municipal e contou com a presença do prefeito Rogério Teófilo, autoridades do poder Executivo municipal, vereadores, membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), representantes da sociedade civil, além dos membros do conselho, indicados por suas respectivas instituições com o encargo de preservar a validade dos direitos da população.

Fortalecimento

Na ocasião foi apresentada aos convidados a portaria que deu posse aos membros do Condecon - em conformidade com a Lei Municipal nº 2.408/2005, alterada pela Lei Municipal nº 3.288/2018. Na oportunidade, foi destacada a importância do fortalecimento do Procon Arapiraca a partir da atuação do Conselho.

Relações de consumo

O coordenador do Procon Arapiraca e presidente do Condecon, Denys Reis, explicou aos presentes que o objetivo do Conselho é viabilizar as relações de consumo na cidade e dar transparência e credibilidade ao órgão. Vera Lúcia, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas e membro do Conselho, reforçou a validade do órgão para a preservação dos direitos do cidadão e a parceria já estabelecida entre a Condecon e a CDL.

O Conselho

Fazem parte do Conselho Municipal de Defesa do Consumidor: Coordenador Procon Arapiraca: Denys Malta Reis; Controladoria Geral do Município – CGM: Fernando Antônio França Pinheiro; Vigilância Sanitária: José Edilson Ferreira de Melo; Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL: Vera Lúcia da Silva; OAB/AL: Rousseau Omena Domingos; IDECON/AL: Ubirajara Alves Reis; e, Casa de Caridade de Candomblé Ilê Axé Dará Xangô Oya: Alex Gomes da Silva de Aguiar.

Sinalização

O deputado estadual Tarcizo Freire (PP) apresentou na Assembleia Legislativa de Alagoas indicação que pede a sinalização das lombadas existentes no trecho da rodovia que liga o município de Arapiraca ao Sertão.

Trecho da rodovia

A indicação 686/2018 solicita do governo do Estado, do presidente do Departamento de Estradas de Rodagem de Alagoas (DER/ AL) - Helder Gazzaneo, que seja realizado a sinalização vertical e horizontal das lombadas do trecho da rodovia estadual. De acordo com o parlamentar, a implantação dessa sinalização vai trazer mais segurança aos usuários daquela rodovia, além de proporcionar melhores condições de dirigibilidade aos condutores.

Vítimas fatais

“A má sinalização das lombadas pode ocasionar acidentes com vitimas fatais, além de prejudicar a economia local e favorecer ações de criminosos na margem da rodovia”, disse Tarcizo Freire. O deputado falou que a indicação faz parte das demandas existentes das comunidades daquela região. E assim como ela, outras serão apresentadas e atendidas.

PELO INTERIOR ... A Prefeitura de Arapiraca, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, informa a toda população que em virtude do segundo turno das eleições, que acontecerão no próximo domingo (28), algumas das tradicionais feiras livres do município serão antecipadas para o sábado (27).

... Durante sua fala no baile, ocorrido na noite de sábado (20), o prefeito anunciou o início das obras de conclusão da escola do Distrito Massapê, que está parada há anos.

... A Prefeitura de Feira Grande, através do gestor Flávio do Chico da Granja, promoveu um grande baile para comemorar o Dia do Professor.

... Segundo ele, a partir do dia 1º de janeiro renova o compromisso de trabalhar ainda mais em defesa da população de Alagoas.

... É o segundo ano consecutivo que o Baile dos Professores é promovido na cidade. A animação ficou por conta da banda “O Disco de Recife”, que tem como destaque sucessos da banda Roupa Nova.

... O Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, em Arapiraca, que tem como provedor Geraldo Magela Pirauá, realizou na segunda-feira, 22, uma grande ação como parte do Outubro Rosa, que visa chamar a atenção da

... O deputado estadual Tarcizo Freire está encerrando seu primeiro mandato com mais de 100 proposições.

sociedade para o cuidado, prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. ... A programação começou pela manhã, com a distribuição de brindes feita por estudantes do Cesmac às mamães pacientes da maternidade. No local, a equipe técnica do hospital também promoveu uma palestra informativa e distribuiu panfletos sobre o tema. ... Já no período da tarde, a ação ocorreu na área do estacionamento e foi destinada à equipe do HR. A abertura aconteceu com exercícios de ginástica laboral e encenação do autocuidado por estudantes da Ufal. ... Aos leitores, bom final de semana e até a próxima edição!


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Reeleito para Assembleia Legislativa

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DAVI DAVINO

APOSTA NO TURISMO PARA ESTIMULAR DESENVOLVIMENTO DO ESTADO

Eleito para um segundo mandato com mais de 39 mil votos, o deputado estadual Davi Davino planeja dar continuidade a seus projetos e implantar mais melhorias em todo o estado de Alagoas. “Isso tudo é resultado de um trabalho reconhecido e agora eu tenho que honrar isso. Com muito mais responsabilidade e dedicação, os trabalhos feitos serão continuados e novos projetos estão por vir”, afirmou o parlamentar. A saúde foi uma das áreas de maior atuação de Davi Davino em seu primeiro mandato. Um dos projetos de lei de sucesso do deputado foi a implantação da semana de combate ao glaucoma, com a realização de diversos eventos voltados para o combate à doença, parcerias com hospitais e atendimento de mais de 10 mil pessoas. O deputado avalia que o crescimento de Alagoas passa pela ampliação de investimentos em educação, cultura e principalmente no turismo. “Turismo gera renda, emprego, gira a economia, isso desenvolve Alagoas; um estado desenvolvido é aquele em que as pessoas são independentes, com emprego”. Para os próximos quatro anos, Davi Davino promete dedicação, novos projetos e mais proximidade com a sociedade.


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