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FIM DE UM ÍCONE

ABATIDA PELA CRISE, GAZETA DE ALAGOAS DEVE CIRCULAR SÓ AOS DOMINGOS P/9

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MACEIÓ - ALAGOAS ANO XIX - Nº 997 - 09 A 15 DE NOVEMBRO DE 2018

R 3,00

CHICO TENÓRIO SERÁ OUVIDO SOBRE MORTE DE CÍCERO BELÉM P/6

CONSTRUTORA É ACUSADA DE DAR GOLPE DA CASA PRÓPRIA Dezenas de vítimas denunciaram estelionato na Polícia Civil; empresário acusado promete devolver o dinheiro P/11

CNJ JULGA IMPROCEDENTE AÇÃO DE JUIZ APOSENTADO POR IMPROBIDADE P/8 REVOGADA PRISÃO DE ACUSADOS PELO ASSASSINATO DE BOIADEIRO Acusado em outro crime e foragido, Baixinho Boiadeiro pede revogação de preventiva P/2


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MACEIÓ, ALAGOAS - 09 A 15 DE NOVEMBRO DE 2018

O mundo gay do PT

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- “Nunca antes na história desse país” um governo fez tanto mal à nação quanto a quadrilha do PT e seus asseclas, ao ponto de promoverem a degradação moral como arma de dominação.

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- Não bastasse a roubalheira que quase levou o Brasil à bancarrota, o petismo aparelhou a administração pública em todos os níveis de poder para impor sua ideologia pela doutrinação política.

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- Nessa marcha da insensatez nem mesmo o Exame Nacional do Ensino Médio escapou da sanha petista, que usou o Enem como meio de propaganda de práticas homossexuais travestidas de conhecimentos linguísticos.

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- Com espanto, mais de 4 milhões de estudantes se depararam com frases e expressões de um tal “dialeto secreto” chamado Pajubá, utilizado por gays, lésbicas, travestis e outras denominações da comunidade LGBT...Z.

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- Insatisfeitos com o fiasco da “cartilha gay” que pretendiam introduzir no ensino infantil, os fundamentalistas do PT não perderam a chance de usar o Enem como instrumento de sua doutrinação política.

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- Se o objetivo era discutir a diversidade linguística do País, porque não citar uma das 150 línguas e dialetos falados pelos povos indígenas no Brasil? Ao menos em homenagem aos nossos ancestrais dizimados pelos colonizadores. Nesse contexto, qual a importância de um “dicionário gay” na vida dos futuros universitários?

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- Na verdade, o PT usou o Enem para fazer propaganda político-ideológica ao promover a divulgação de um dialeto usado por gays e travestis, que não interessa a ninguém, a não ser as mentes doentias dos próprios petistas.

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- As provas foram elaboradas em julho quando o PT ainda alimentava a esperança de vitória nas eleições gerais de outubro para transformar o Brasil num país de alienados morais a serviço de seu projeto de poder.

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- Felizmente, o povo acordou do “sonho socialista” e botou um ponto final na maior farsa da história desse país: PT, nunca maias.

Crime sem castigo

Mais de um ano depois, a Polícia Judiciária ainda não esclareceu o assassinato do empresário Rodrigo Alapenha, genro do ex-prefeito de Delmiro Gouveia. A única pista é que a execução do empresário não teve motivação política, levando a investigação para crime passional. Mas o inquérito não foi concluído e possivelmente nunca será. Talvez por haver gente importante envolvida na emboscada criminosa.

“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados” (Millôr Fernandes)

COLUNA SURURU DA REDAÇÃO

Prisões revogadas

A juíza Amine Mafra Chukr Conrado, da comarca de Batalha, revogou a prisão preventiva de Alex Sandro Rocha Pinto e Raphael Pinto Firmino, acusados de serem os mandantes do assassinato do vereador Neguinho Boiadeiro. Na mesma decisão, a juíza fixou medidas cautelares que obrigam os acusados a comparecerem em juízo de 15 em 15 dias e os proíbem de manter contatos com a família da vítima, mudar de endereço ou ausentarem-se da comarcam sem prévia autorização judicial. Ao revogar a prisão dos acusados, a magistrada dá pistas de que o processo que apura a morte de Neguinho Boiadeiro – em novembro de 2017 – pode tomar novos rumos.

Baixinho Boiadeiro

Enquanto os acusados de mandar matar Neguinho Boiadeiro ganham liberdade, o filho José Márcio Cavalcanti de Melo, o Baixinho Boiadeiro, ajuizou novo pedido de revogação de sua prisão preventiva. Baixinho Boiadeiro – que está foragido – é acusado de tentativa de homicídio contra José Emídio Rodrigues Dantes e envolvido na morte do vereador Tony Carlos Medeiros, o Tony Pretinho.

Fim das mordomias

Já que pretende acabar com o Ministério do Trabalho - que se tornou um antro de corrupção e cabide de emprego - o novo governo deveria dar idêntico destino à Justiça do Trabalho por sua inutilidade e alto custo para o contribuinte. Dados oficiais revelam que a Justiça do Trabalho deu aos trabalhadores brasileiros que recorreram a ela no ano passado um total de R$ 8 bilhões em benefícios; no mesmo período, gastou R$ 17 bilhões com suas próprias despesas de funcionamento.

Socialistas de araque

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- O piloto das mudanças na economia brasileira é um economista com larga experiência de sucesso no mercado privado e financeiro e visão 100% diferente do modelo econômico imposto ao país pelas esquerdas ao longo dos últimos 30 anos e, em especial, nos 13 últimos anos do petismo. - Em palestra anterior à campanha ele resumiu a sua visão dos descaminhos a que levaram o Brasil ao caos: “Nós não temos economia de mercado, nós não temos neoliberalismo, nós temos socialistas com cartão de crédito que desindustrializaram o país”. - E disse mais: “O desafio (para sair) da estagnação econômica é que hoje temos em uma das nossas pernas uma bola de ferro que são o excesso de impostos, na outra, outra bola de ferro que são os juros elevados e as duas mãos amarradas que são os encargos sociais e traba-lhistas e alguém diz assim: agora corre que o chinês (os países desenvolvidos e os BRICS) vai te pegar”. - Os juros estão mais ou menos resolvidos (com uma Selic de 6,5% a.a. que pode chegar a 5%) e as amarras trabalhistas começaram a ser desatadas, ambas no governo Temer. O excesso de impostos e as reformas da política, fiscal, previdenciária e o restante da trabalhista serão encaminhadas sob sua batuta. O Brasil que trabalha aguarda ansioso.

2 Tô fora; tô dentro

O senador Renan Calheiros garantiu que não vai antecipar se será oposição ao governo de Jair Bolsonaro. “Você não pode se colocar indefinitivamente num campo político”. Renan disse também que pode colaborar em questões de economia no novo governo. “Como no combate aos privilégios, na definição do papel do Banco Central, acho que essas coisas podem ser discutidas na questão dos grandes salários”, afirmou.

Juiz baderneiro

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) julgou improcedente uma ação do ex-juiz José Carlos Remígio, de São Miguel dos Campos, pedindo a revogação da sentença que o mandou para aposentadoria compulsória. Remígio foi tirado de circulação por improbidade, badernas públicas e mal comportamento como magistrado e cidadão.

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MACEIÓ, ALAGOAS - 09 A 15 DE NOVEMBRO DE 2018

JORGE OLIVEIRA

Moro, mostra a sua cara Brasília - A indicação do juiz Sérgio Moro para o Ministério da Justiça foi uma cartada de mestre do Bolsonaro, mas uma decisão que pode custar caro ao magistrado responsável pelas investigações da Lava Jato. Com exceção dos militantes petistas que cultuam o santo Lula, ninguém, de sã consciência, condenaria o presidente eleito pela escolha que fez. Ao anunciá-lo pela internet, Bolsonaro voltou a jurar sua lealdade à Constituição e aos direitos civis, atitude elogiável para quem nas eleições parecia uma metralhadora giratória ao criticar seus adversários, que cobravam dele mais respeito à democracia e aos direitos humanos. Moro é um juiz acima de qualquer suspeita, respeitado pelos brasileiros por suas ações contra a corrupção. Atuou de forma impecável e corajosa na Lava Jato ao prender a cúpula do PT e importantes empresários que saquearam os cofres das empresas públicas. Não se amedrontou com as ameaças petistas e condenou Lula, que hoje amarga uma sentença de doze anos. Agora, vai para o outro lado do balcão, não sem antes deixar uma forte suspeita no ar sobre a decisão de ir para o ministério fazer parte da equipe de Bolsonaro: será que Moro agiu com imparcialidade nos processos que condenaram Lula, impedindo a sua candidatura a presidente? Essa é a pergunta que não quer calar. Está na boca de todo mundo, seja petista ou não petista. A prevalecer a teoria da conspiração, Moro teria sido o principal articulador da campanha de Bolsonaro nos bastidores? Os seus atos nos últimos anos não deixariam dúvidas sobre o seu trabalho oculto. O último deles quando liberou a delação premiada de Palocci às vésperas do primeiro turno que teria influenciado no resultado das eleições pela repercussão da notícia. Moro, ao aceitar o convite, agora é vidraça. E como vidraça vai dedicar bom tempo da sua vida a devolver as pedras que serão atiradas no seu telhado de vidro. Por exemplo: n Por que sempre negou insistentemente que um dia poderia assumir um cargo por indicação política ou mesmo fazer carreira política? n Por que vai largar uma carreira estabilizada de 22 anos de magistrado para assumir um cargo sem garantias reais de permanecer nas funções? n Por que deixa no meio do caminho a Lava Jato, uma das maiores operações contra a corrupção da história do País, para se dedicar a um governo que sequer teria afinidade? n Será que deliberadamente está deixando as investigações da Lava Jato pressionado por forças ocultas ou para fazer carreira política aproveitando-se do bom desempenho na operação anticorrupção? n Como vai recusar uma audiência a um parlamentar envolvido na Lava Jato na condição de Ministro da Justiça? n Como vai visitar gabinetes de políticos processados pela Lava Jato para convencê-los a aprovar projetos de sua Pasta? Depois da confirmação do cargo, Moro foi almoçar com o czar do governo, o economista Paulo Guedes. n Não se sentiu constrangido ao lado dele, que hoje responde a processo no Ministério Público por crime financeiro?

arapiraca@yahoo.com Siga-me: @jorgearapiraca

Negativo

Se a resposta for não, esse é o primeiro sinal de que Sérgio Moro, sem a toga, vai viver agora do lado obscuro da vida pública, fazendo par com políticos e empresários com quem até então como juiz ele jamais pensou em posar para fotografia.

Símbolo

Para Bolsonaro, trazer Moro para perto dele foi uma jogada de mestre, repito. Apresenta ao Brasil o homem símbolo do combate à corrupção, enche os brasileiros de esperança de que o seu governo será intolerante com a corrupção e passa a ideia de que o seu staff é o mais preparado de todos os governos anteriores. Além disso, apresenta o magistrado como o paladino da ordem, do respeito e da coragem como se só atributos pessoais fossem necessários para estancar a violência no País e acabar com a corrupção endêmica.

Vulnerável

Sem a toga, Sérgio Moro fica vulnerável. Vira, por assim dizer, um homem comum, sensível a críticas. No ministério enfrentará todo tipo de crime: do narcotráfico à lavagem de dinheiro, que envolve uma rede inalcançável de gente importante. Mas não se engane, por incrível que pareça, esses crimes podem ser combatidos com muita eficácia. Mas seus maiores alvos não vão estar escondidos em cavernas do tráfico e/ ou na rede de doleiros que trabalha a serviço do crime organizado. Seus inimigos, doutor Moro, podem estar a 100 metros do seu gabinete no Ministério da Justiça: no Congresso Nacional.

O perfil

Na verdade, Moro é um cara de direita. Isso não é um demérito. Ao contrário, ter uma posição política, um ideário, é algo significativo e modelar em qualquer pessoa. Só que, nesse caso, Moro, é um juiz federal que esteve envolvido em um processo político que decidiria o destino de uma nação. E a sua decisão em prender o Lula, de fato, traçou o destino do Brasil. Portanto, volto a reafirmar que o Moro, de verdade, foi e é o principal cabo eleitoral de Bolsonaro.

Conspiração

A eleição do Bolsonaro faz parte de uma grande conspiração que envolve diretamente os Estados Unidos. Veja que o comportamento do Bolsonaro é o mesmo do Trump. Eles pensam igualmente, como pensavam os militares brasileiros quando se aliaram ao Kennedy para darem o golpe no Brasil. E lembram-se? Os brasileiros foram às ruas clamando por ordem e progresso. Pois é, agora eles voltaram. E voltaram pelo voto para ficar por mais vinte ou trinta anos.

Falácia

A imprensa está tentando mostrar que o Bolsonaro é um cara inteligente. Ela já tentou fazer a mesma coisa com o Tiririca e outros personagens folclóricos e quebrou a cara. Por exemplo: mostrar que o Tiririca é um fenômeno de massa. Sim, claro, pode até ser, mas continua um imbecil, zero à esquerda como parlamentar, incapaz de um projeto no parlamento.

Demonstração

Veja agora o que está ocorrendo com o Bolsonaro. Antes de ganhar as eleições era um sujeito idiotizado, baixo clero, fascista, incompetente e medíocre. Depois do sucesso virou um fenômeno de político, inteligência, maior, e um grande pensador. Tudo mentira, pois ninguém fica inteligente do dia para a noite. Medíocre, morre medíocre, é a lei da natureza. Portanto, volto a afirmar aqui, sem receio de errar, Bolsonaro é e será sempre medíocre. O cargo de presidente não o transforma em um ser inteligente.

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GABRIEL MOUSINHO

Corrupção sem freio

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Operação Tântalo desencadeada na última terça-feira contra gestores na área de educação dos municípios de Maceió e Marechal Deodoro demonstra que essa turma não está nem aí para o que possa acontecer. Numa ação conjunta da Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Receita Federal, seis mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo juizado da 1ª Vara Federal de Alagoas, convencida de que houve rapinagem com superfaturamento na construção de escolas e creches nos dois municípios. A prática é velha conhecida da sociedade alagoana e os supostos rombos no erário que somam mais de R$ 54 milhões demonstram que o assalto aos cofres públicos deixou de ser fato eventual para se tornar corriqueiro. Que os culpados, sejam eles quem forem, respondam na Justiça e paguem caro pelo dano causado a todas às crianças alagoanas.

Mexida na equipe

A exemplo do que vai ocorrer com o governo do Estado, a Prefeitura de Maceió também irá fazer sua reforma administrativa mudando peças importantes na equipe de governo. O prefeito Rui Palmeira prefere não fazer alarde das substituições, mas só vai jogar no time quem estiver ligado com o projeto dele a partir de 1º de janeiro.

Cartas marcadas

Só se houver um grande erro de percurso, mas a eleição do deputado Marcelo Victor para a presidência da Assembleia Legislativa está praticamente sacramentada. Na Mesa Diretora, como 1º secretário, aparece o novo deputado Paulo Dantas, que fechou o acordo com Victor, que deve disputar a presidência com o tio do governador, Olavo Calheiros.

Consenso

Temendo perder a primeira batalha no seu segundo mandato, circulam nos bastidores do Palácio dos Martírios que o governador Renan Filho vai recolher o trem de pouso. Sabe que a parada é dura com o deputado Marcelo Victor e não quer sofrer o primeiro desgaste no seu segundo mandato.

Ausente

A ausência de Olavo Calheiros nas sessões legislativas também conspira contra o deputado, reeleito com facilidade em 7 de outubro. Este fato tem alertado os próprios deputados e até mesmo os servidores da Casa de Tavares Bastos, que exigem um presidente mais presente no dia a dia do Poder.

Disputa no TC

Mais uma vez o conselheiro Otávio Lessa trabalha para se tornar o próximo presidente do Tribunal de Contas, cujas eleições estão marcadas para o dia 15 de dezembro. O fato é que terá de enfrentar a atual presidente, Rosa Albuquerque, que tem a simpatia do governador Renan Filho. Otávio, que já foi presidente, conseguiu, meses atrás, emplacar seu genro Rafael Brito na Secretaria de Desenvolvimento Econômico e de Turismo, o que tornará mais difícil obter o apoio do Palácio dos Martírios.

Conflito em Arapiraca Não se deve convidar para a mesma mesa o prefeito de Arapiraca, Rogério Teófilo, e a ex-prefeita Célia Rocha. Os últimos acontecimentos com a demissão de comissionados na prefeitura azedaram de vez o relacionamento entre as duas lideranças políticas, que já trabalham para as eleições de 2020.

gabrielmousinho@bol.com.br

Olho na prefeitura

A provável ida de Marx Beltrão para o governo de Renan Filho se deve por dois motivos: o primeiro seria fazer um trabalho provavelmente na Secretaria de Saúde e se credenciar para uma candidatura a prefeito de Maceió. Segundo, só voltar para a Câmara se o governo de Jair Bolsonaro acenar para que ele possa ajudar nessa transição.

Reconhecimento

O senador Renan Calheiros reconheceu que sua reeleição se deveu ao governo que fez o seu filho durante os quatro anos de mandato. Mas rechaça, no momento, sua pretensão de disputar a presidência do Senado. Essa estratégia deu certo em outras oportunidades, quando Renan disse que não era candidato, e foi.

Sem atritos

Embora tenha sido um eleitor de carteira de Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores, o senador Renan não quer ir para o conflito com o futuro presidente Jair Bolsonaro. Uma questão de lógica, o que não o impedirá de fazer parte de um bloco de oposição no Senado da República.

Hora do arrastão

Será no dia 23 deste mês a eleição para a escolha do novo presidente da OAB em Alagoas. O candidato da chapa 2, Fernando Falcão, que enfrentará nas urnas Nivaldo Barbosa, da situação, tem tido o apoio de centenas de advogados, que demonstram querer mudar a forma de administrar da instituição.

Polvorosa

A população da região Norte, principalmente entre o Pratagy e Garça Torta, reclama da total falta de policiamento na região, o que tem provocado arrastões constantes, com ladrões assaltando ônibus, veículos de passeio e pessoas que circulam por lá. A Segurança Pública com a palavra.

Interrogação

Além de Arapiraca e de Palmeira dos Índios, outros prefeitos do interior do estado querem seguir o mesmo caminho e fazer economia nas suas finanças. Projetam demissão em massa de cargos comissionados e alinhamento de outras contratações com aliados.

Com o aperto que vem por aí ninguém sabe como ficarão os projetos que estão sendo executados pelo governo do Estado, principalmente a construção de cinco hospitais na capital e no interior. Se depender do governo federal, Alagoas está frita, já que a ordem é economizar para que o grande deficit público seja solucionado.

Quase certo

Embora o deputado Marx Beltrão faça planos para realizar mais um trabalho na Câmara, nos bastidores é quase certo ele aceitar convite para fazer parte da equipe de Renan Filho a partir de janeiro próximo. Seria uma fórmula do MDB de retribuir o esforço feito por Lessa e mantê-lo na Câmara dos Deputados.

Eleição na OAB

CCJ

Se Renan não for o candidato a presidente do Senado, e tudo leva a crer que sim, deverá brigar pela presidência da Comissão de Constituição e Justiça, cargo de grande influência no Congresso, principalmente neste período de turbulência.

Ineficiência

A Caixa Econômica Federal até hoje, passados mais de três meses, não deu solução a servidores de um estatal em Alagoas que tiveram suas contas do FGTS furtadas. Levaram cerca de R$ 200 mil e até agora os servidores estão no prejuízo. Um descaso com seus clientes.


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Chico Tenório será ouvido como réu em assassinatos

CRIME ORGANIZADO MORTES DE CÍCERO BELÉM E JOSÉ ALFREDO ASSOMBRAM DEPUTADO; AINDA NÃO HÁ DATA DO JULGAMENTO

ODILON RIOS Especial para o EXTRA

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deputado estadual Francisco Tenório (PMN) será ouvido como réu, no dia 17 de dezembro, à uma da tarde, pelo juiz John Silas, no fórum do Barro Duro. Chico é acusado nas mortes de Cícero Sales Belém e José Alfredo Raposo Tenório Filho, ambos assassinados em 1º de novembro de 2005, próximo ao condomínio Aldebaran quando, segundo apontam as investigações mais depoimento de testemunhas, seguiam para Aracaju saindo do condomínio onde morava, na época, o parlamentar estadual. O juiz confirmou ao EXTRA a realização da audiência de instrução do processo, mas não entrou em mais detalhes. Até hoje, 13 anos após os crimes, Chico Tenório nunca foi julgado pela 8ª Vara Criminal da Capital. Um dos empecilhos é o foro por prerrogativa de função, o antigo foro privilegiado, o que torna praticamente improvável a prisão de Chico, um dos deputados mais longevos da Assembleia Legislativa. Este processo contabiliza muitas idas e vindas e até hoje nenhuma solução. Em 20 de março de 2014, Agliberto Júnior dos Santos, o Júnior Tenório ou Júnior Cicatriz, foi condenado a 17 anos e 8 meses de prisão, mas o júri entendeu, na época, que ele havia matado Cícero Belém e não Alfredo Raposo.

No mesmo ano, o Tribunal de Justiça decidiu, por unanimidade, anular parcialmente o processo desde a audiência de instrução e julgamento, remetendo para a 8ª Vara Criminal. Isso por causa de mudanças na lei, referentes à 17ª Vara Criminal, que estava com o processo. Em 27 de fevereiro de 2014, a 17ª Vara declinou da competência de processar e julgar estes crimes. Até ali, os crimes tinham características de uma complexa trama envolvendo agentes do poder público. Em 14/06/2011, Luiz Henrique Tenório, que era assessor de Chico Tenório, confirmou, em acareação, que o deputado estadual mandou matar Cícero e Alfredo. Negou que ele, Luiz Henrique, executou as mortes. Acusou Júnior Tenório e José Antônio Alves da Silva (Vaqueirinho) e José Cícero

13 anos após os crimes, Chico Tenório nunca foi julgado pela 8ª Vara Criminal da Capital. Um dos empecilhos é o foro por prerrogativa de função, o antigo foro privilegiado, o que torna praticamente improvável a prisão de Chico.

Deputado estadual é ‘blindado’ pelo foro por prerrogativa de função Moraes Costa (Ciço Pitú, que era o ponteiro) como responsáveis pelos assassinatos: “Que quem atirou mesmo foi o Júnior e o Zé Antônio. Que o Júnior Cicatriz disse, inclusive, que uma viatura da Polícia Civil, a mando do Davino, deu cobertura a eles, sendo que os matadores estavam num FIAT UNO BRANCO”, disse, em depoimento. Robervaldo Davino, ex-secretário de Defesa Social e, segundo o ex-assessor do deputado, descrito na cena do crime, foi preso em novembro de 2007. E pronunciado pelo crime em abril de 2009. “O Estado de Alagoas conhece, segundo o que se apurou nestes autos, o número de políticos que se utilizam do manto da legislatura para desenvolverem atividades criminosas, constatando que o ora acusado Francisco Tenório bastou perder o mandato para ser denunciado e

encarcerado, visto que, com o poder de delegado de polícia judiciária estadual e com o mandato em que estava, nada, absolutamente, em seu desfavor veio a ser apurado, pois sempre foi um homem que fazia e trazia temor por suas atitudes, não sendo desafiado por quem quer que seja”, escreveu o MP, sobre os tantos detalhes apurados. Os dois morreram porque a Polícia Federal havia marcado depoimento de Cícero Belém, investigando organização criminosa que atuava em Alagoas roubando cargas. Há depoimentos no processo explicando que Belém agia a mando de Chico Tenório. O deputado estadual aparece como integrante de uma organização criminosa especializada em roubo de cargas em Alagoas. E, também, assassinatos por encomenda, como os de Cícero Belém e José Alfredo.

“Vale ressaltar que a vítima Cícero Sales Belém trabalhava para um delegado de polícia que, quando de seu assassinato, estava com o Deputado Federal, chamado JOSÉ FRANCISCO CERQUEIRA TENÓRIO, visto que o mesmo determinava que terceiros, como a vítima, dentre outros, colocassem em prática os planos criminosos elaborados e tudo isso de acordo com a testemunha indicada que vivia no mundo da marginalidade com a vítima, não havendo razões outras que justificassem o assassinato de Cícero Belém que não fossem as atividades criminosas realizadas dentro de um bando ou quadrilha”, detalha o processo. Chico Tenório foi preso 3 de fevereiro de 2011 pelo homicídio do cabo da Polícia Militar, José Gonçalves da Silva Filho, ocorrido em maio de 1996, quando o cabo parou para abastecer o carro em um posto de gasolina na Via Expressa. Quando foi preso, 15 anos após o crime, era deputado federal mas havia sido derrotado nas eleições e, sem conseguir renovar o mandato, perdeu o foro privilegiado e terminou atrás das grades, via Polícia Federal. Um ano depois, em fevereiro de 2012, a prisão foi substituída pela tornozeleira eletrônica; no mesmo ano, foi designado delegado de Acidentes e Delitos de Trânsito. Como ainda era monitorado pela Justiça, o caso virou escândalo nacional e a Justiça agiu, impedindo a nomeação. Até hoje - e talvez por muito tempo - permaneça tudo como está. Chico seguindo na atividade parlamentar.


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CNJ mantém aposentadoria compulsória de magistrado

JUIZ ENCRENQUEIRO JOSÉ CARLOS REMÍGIO É ACUSADO DE AGRESSÃO E DESACATO A AUTORIDADE JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.com

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juiz aposentado compulsoriamente José Carlos Remígio ouviu um unânime “não” do Conselho Nacional de Justiça. O magistrado tentou mais uma vez reverter a decisão condenatória do Tribunal de Justiça de Alagoas que o afastou do cargo. Ironicamente, Remígio e a legislação brasileira têm uma relação conturbada. O magistrado é acusado de desacato à autoridade, de dirigir embriagado e também já foi enquadrado na Lei Maria da Penha. Na sessão do CNJ da terça-feira, 6, o relator do processo, o conselheiro Valdetário Monteiro, relembrou do acidente de trânsito em que o juiz esteve envolvido em 2009. Em julho daquele ano, policiais militares atenderam uma ocorrência na qual Remígio tentou se evadir do local. O magistrado, que aparentava sinais de embriaguez, teria colidido contra um motoqueiro. Irritado com a abordagem policial, acabou desacatando os agentes da segurança pública. Mesmo tendo sido o autor do pedido de revisão da

aposentadoria compulsória junto ao CNJ, Remígio ignorou as convocações para sua defesa. “O magistrado foi intimado duas vezes, mas não apresentou alegações finais e a Procuradoria-Geral da República se manifestou pela violação do dever e entendeu que o desacato geraria a necessidade de uma punição”, enfatizou o conselheiro durante julgamento do caso na terça. Na oportunidade, o corregedor Nacional de Justiça, o alagoano Humberto Martins, declarou suspeição e não participou da votação. “Em casos de Alagoas eu não funciono. Não sou nem a favor e nem contra”, disse. Sendo assim, os demais integrantes do Pleno do CNJ decidiram, por unanimidade, julgar improcedente a Revisão Disciplinar apresentada pelo magistrado alagoano contra decisão condenatória que o colocou em disponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. “A revisão disciplinar não possui natureza recursal (...). O fato de o magistrado ter sido punido com a maior penalidade administrativa prevista na Lei Orgânica da Magistratura Nacional não justifica a abertura de um novo processo disciplinar para investigar a conduta. Revisão disciplinar, no meu entender, é improcedente”, declarou Valdetário Monteiro. O caso já tinha sido levado ao Pleno do CNJ em 2012, tendo como relator o então conselheiro Marcelo Nobre que à época enfatizou a necessidade de equilíbrio emocional por parte de quem é julgador.

Mesmo afastado por má conduta, aposentadoria de juiz chega aos R$ 19 mil mensais

DEFESA No caso do acidente com o motociclista, o juiz declarou em sua defesa que prestou socorro à vítima, que não teve ferimentos. Após entrar em contato com o Samu e com seu corretor de seguros, teria ido comprar água em um estabelecimento próximo ao acidente. Foi quando, segundo Remígio, teria sido abordado por militar que o acusou de estar se evadindo do local da ocorrência. “Infelizmente, o referido militar que foi ao seu encontro não aceitou os argumentos apresentados agindo de forma truculenta e vociferando a todo momento que iria prendê-lo”, alegou o magistrado. POLÊMICAS No dia de Natal de 2009, José Carlos Remígio foi flagrado pela polícia agredindo a então companheira Cláudia Granjeiro de Souza. Aos

PMs, disparou impropérios e ainda disse que continuaria a bater na vítima para que ela tivesse motivos concretos para chorar. Como consequência à violência, o magistrado passou 15 dias detido. Em fevereiro de 2010, o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) acabou decidindo pelo afastamento temporário do juiz depois que o Ministério Público Estadual (MPE) o denunciou por ameaças à ex-mulher, Maria Luiza os Santos Messias, feitas três anos antes na sede do Juizado Especial Cível e Criminal da Capital – Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, onde ela trabalhava. Em 2011, o Pleno do TJ acabou decidindo pela aposentadoria compulsória do magistrado por sucessivas infrações a vários dispositivos da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Lo-

man). Remígio responde a duas ações penais, uma pela agressão a Cláudia Granjeiro e outra pela ameaça a Maria Luiza, mas nenhuma delas tem seu trâmite disponibilizado pelo portal do Tribunal de Justiça, de tal forma que não se sabe se houve ou não a conclusão dos respectivos processos. Mesmo diante das evidências e provas testemunhais, em 2012 o juiz entrou com mandado de segurança no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para anular a aposentadoria compulsória. A decisão saiu em março de 2016 e foi prolatada pelo ministro Sérgio Kukina, relator do MS, que negou o pedido do magistrado de anulação da decisão da Corte alagoana e sua substituição por penalidade mais branda. Com de aposentadoria compulsória, hoje Remígio recebe em torno de R$ 19 mil como penalidade.


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Abatida pela crise, Gazeta deve circular só aos domingos

FIM DE UM ÍCONE Bruno Fernandes

JORNAL TAMBÉM PODE OPTAR APENAS PELA VERSÃO ONLINE; DECISÃO FINAL CABERÁ A COLLOR Da Redação

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Gazeta de Alagoas, mais antigo jornal do estado ainda em atividade, está com seus dias contados como diário, interrompendo uma rotina de 84 anos de liderança absoluta do mercado. Assim como vários outros jornais importantes mundo afora, a velha Gazeta impressa foi abatida pelo fenômeno da internet, e possivelmente ainda este mês passará a circular só aos domingos, numa última tentativa de sobreviver aos desafios dos novos tempos. Outra opção considerada pelos executivos da empresa é migrar de vez para a versão digital, pondo um ponto final na versão impressa. Nesse caso, a versão online deverá se fundir ao site

Gazetaweb para redução de custos na produção de conteúdo. A notícia do fechamento do jornal mais antigo de Alagoas ainda em circulação está nas ruas, mas ainda não houve uma confirmação oficial por parte da Organização Arnon de Mello, proprietária do jornal. O EXTRA manteve contato com o diretor-executivo das Gazetas, Luiz Amorim, que não negou nem confirmou as informações de bastidores. Disse apenas que a direção está estudando alternativas para a crise, mas que a decisão final caberá ao senador Fernando Collor, que está em viagem oficial à Síria e a outros países do Oriente Médio. O jornal, que vem operando com deficit há vários anos, tem hoje em seus quadros um total de 150 trabalhadores, incluindo 45 jornalistas. Luiz Amorim também não quis falar sobre demissão de funcionários, mas garantiu que manterá o maior número possível de trabalhadores em qualquer das plataformas que o jornal passar a funcionar. Prestes a completar 85 anos em atividade, o jornal passou por várias turbulências, sobreviveu a todas

Ícone do jornalismo alagoano, Gazeta de Alagoas atravessa pior crise às vésperas dos 85 anos

as crises, mas sucumbiu ao novo mundo das comunicações via redes sociais. Nem mesmo os avanças proporcionados por tecnologias de última geração na impressão de jornais foram suficientes para competir com esse fenômeno da rede planetária de computadores chamada internet. Fundada em fevereiro de 1934 pelo jornalista e empresário pernambucano Luiz Magalhães da Silveira, a Gazeta de Alagoas está

sob o comando da família Collor de Mello desde 1952, quando foi adquirida pelo senador Arnon de Mello, que a transformou no jornal mais influente do estado, status que mantém até hoje, mesmo com o agravamento da crise que vem enfrentando nos últimos anos. A escassez de leitores e a fuga de anúncios para as novas mídias digitais somaram-se ao altíssimo custo de produção do jornal impresso, inviabilizando essa ati-

vidade como negócio empresarial. Antes da decisão final de virar um semanário, a Gazeta tentou várias alternativas para reduzir custos e se manter no mercado. Primeiro reduziu o tamanho do jornal para economizar papel e baixar seu alto custo de importação; depois deixou de circular aos sábados e agora deve passar a circular somente aos domingos. Até quando? Nem mesmo seus diretores têm a resposta.


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Candidatos à presidência têm primeiro confronto direto

ELEIÇÃO NA OAB PROPOSTAS FORAM DISCUTIDAS DURANTE DEBATE NA TARDE DESTA QUINTA-FEIRA

SOFIA SEPRENY s.sepreny@gmail.com

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duas semanas da reta final da disputa pela gestão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), as duas chapas concorrentes à presidência da seccional de Alagoas realizaram um debate na tarde desta quinta-feira, 8, para discutir as respectivas propostas, continuação de projetos e sobre a valorização da classe. A Chapa 1 – OAB Unida, encabeçada pelo advogado Nivaldo Barbosa, iniciou o debate afirmando que a renovação é a peça chave da sua campanha e que os projetos da chapa de situação valorizam o advogado público com diversas ações e propostas. “A OAB Alagoas defendeu a carreira dos procuradores municipais com carga horária e salários dignos. Protegeu também os advogados públicos na autonomia dos seus pareceres, então isso é algo que nós estamos fazendo e tentando melhorar a cada dia”, destacou Nivaldo. O advogado que também fazia parte da atual gestão, ressaltou que as propostas são estabelecidas de acordo com a necessidade da classe e que a valorização da classe como um todo e da mulher advogada são cruciais e pauta forte em sua chapa. “É fundamental estabelecer um protagonismo maior das mulheres e incentivar as lideranças femininas para que elas possam se notabilizar ainda mais”. Um

Nivaldo Barbosa (E) e Fernando Falcão (D) participaram de debate mediado pelo jornalista Mauro Wedekin

dos benefícios criados pela chapa de situação visando as mulheres foi o auxílio natalidade, que segundo o advogado, hoje já conta com mais de 100 advogadas beneficiadas por ano. Candidato a presidente pela Chapa 2 – OAB Atuante por Todos, Fernando Falcão, em atividade há 21 anos, acredita que no âmbito da advocacia pública muita coisa poderia ter sido feita e não foi. “Há uma carência enorme de procuradores municipais efetivados por concurso público em Alagoas. Não obstante ter havido uma promessa de que essa gestão e a gestão anterior fariam recomendação de concursos públicos, isso nunca aconteceu. Pretendemos ombrear os órgãos pú-

blicos para que eles exijam dos municípios do estado a realização de concursos públicos para procuradores”, argumentou. Fernando Falcão disse acreditar que essa demanda cria espaço para os novos profissionais que estão ingressando na advocacia e também para os mais experientes que desejam ingressar no serviço público. Outro fator destacado pelo candidato de oposição é a falta de valorização da classe advocatícia. “Precisamos aproximar as sedes, trazer o advogado para mais próximo. Já se vão muitos anos em que as propostas não saem do papel. Foi pensando exatamente nisso, na insatisfação, que me propus à presidência, para que as

propostas sejam realmente feitas”, pontuou Falcão. No decorrer do debate, Nivaldo Barbosa comentou que das 31 propostas apresentadas pela chapa de oposição, 16 já existem. Fernando Falcão replicou, afirmando que se as propostas da sua chapa repetem as da atual gestão é porque elas não saíram do papel. Ao fim do debate, o candidato de oposição enfatizou que é necessário a defesa das prerrogativas, do resgate institucional e da valorização profissional. Além disso afirmou que sua chapa vai prezar pela transparência e pela gestão participativa, assegurando que uma OAB atuante será a marca de sua gestão caso seja eleito. Em suas considerações

finais, Nivaldo Barbosa afirmou que não irá parar de trabalhar pela OAB e que a convivência no dia a dia da entidade é fundamental para a luta pela classe. Ele disse ainda que sempre há muito a ser feito, mas está e sempre estará trabalhando por isso. “Fizemos muito, só não vê quem não quer. Vou trabalhar pela dignidade, pela valorização e trabalhar principalmente para que a OAB seja um órgão cada vez mais respeitado”, finalizou o candidato. As eleições acontecem simultaneamente no dia 23 de novembro, na capital e nas subseções do interior. O resultado será divulgado na mesma data e os eleitos assumem a gestão por três anos.


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Compradores denunciam construtora em Arapiraca

LAR AMARGO LAR EMPREENDIMENTO COLINAS SWEET HOME NÃO SAI DO PAPEL JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.com

OUTRO LADO

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uem investiu dinheiro na compra de um imóvel no empreendimento Colinas Sweet Home, localizado em Arapiraca, no Agreste alagoano, nem desconfiava que o sonho da casa própria iria parar na delegacia. Até um inquérito foi instaurado em desfavor das empresas por trás da construção e venda do residencial, a Solo Incorporações e a Carlos Gomes Imobiliária. A acusação é de estelionato. O EXTRA teve acesso a depoimentos de pessoas que se sentiram lesadas com o investimento. Pagaram um valor para garantir um apartamento, que depois seria financiado pela Caixa Econômica Federal (CEF) a partir do programa Minha Casa Minha Vida, lançado em 2009. Porém, a Solo Incorporações não teria cumprido os prazos para a entrega dos imóveis. Segundo uma das vítimas, de iniciais G.I.S, após ver o projeto e o local da construção do condomínio, decidiu assinar contrato com o corretor de plantão da Carlos Gomes Imobiliária. Com a papelada oficializada, quitou uma entrada à vista no valor de R$ 8 mil. O acordo, conforme declarado à Polícia Civil, era que o comprador assumiria um financiamento com a CEF após a entrega da residência tendo, então, um saldo devedor de R$ 70 mil. Depois de passar 18 meses do prazo da entrega do imóvel, o comprador foi in loco e se deparou com uma obra abandonada. O denunciante procurou a imobiliária que ofereceu um acordo: devolver o valor investido em dez parcelas mensais. Ofendido com a proposta,

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Empresário se comprometeu a devolver o dinheiro dos investidores; obras do condomínio estão paralisadas

G.I.S resolveu acionar as autoridades em março deste ano. No mesmo mês foi a vez de S.S.S. prestar queixa. Ela contou que, em 2009, ficou sabendo do residencial Colinas Sweet Home e decidiu procurar a imobiliária denunciada. Ao fechar a negociação, pagou R$ 4 mil como entrada. O acordo seguiu os trâmites do primeiro denunciante. O comprador teria uma dívida com a Caixa, que cederia um financiamento a partir do programa de habitação popular do governo federal. Quando foi visitar as obras, a compradora compartilhou a mesma decepção do primeiro relato. Ela constatou que a construção estava paralisada. Ainda conforme depoimento, a compradora recebeu uma

ligação da imobiliária que a convidou para uma conversa. Lá na imobiliária foi orientada por duas pessoas que se identificaram como funcionários da Caixa Econômica dizendo que estavam assumindo a obra do residencial fazendo com que a denunciante assinasse novamente um contrato. A Solo Incorporações chegou a veicular um vídeo para promover o condomínio. Na propaganda é possível ver a logomarca da Caixa Econômica, além do vínculo com Carlos Gomes Imobiliária. Outros depoimentos dão conta de que vítimas pagaram até R$ 12 mil de entrada, um valor bem acima que o proposto pelo programa social. O EXTRA entrou em contato com a assessoria de comunicação da

CEF sobre os financiamentos que envolvem o residencial. “A Caixa informa que não há contrato firmado com a referida construtora para o empreendimento Residencial Colinas Sweet Home”, destacou, via nota. E ressaltou que a incorporadora usou o nome da Caixa sem autorização. “Com relação ao uso indevido da marca Caixa no material publicitário, a denúncia será apurada e o banco avaliará as medidas judiciais cabíveis. Caso seja comprovado esse uso indevido a construtora será notificada para retirada imediata da marca”. Números extraoficiais dão conta de que dos 208 apartamentos oferecidos pelo condomínio, cerca de 100 apartamentos foram vendidos.

e acordo com o empresário Carlos Gomes, “a imobiliária figurou apenas como uma das empresas que intermediou as vendas dos apartamentos”. Sobre a Solo Incorporações, Gomes informou que a empresa fundada em 1998, com sede em Maceió, tem vários empreendimentos entregues em Alagoas e em outros estados. “Temos vasta documentação comprobatória de análise e aprovação do volume jurídico e da engenharia do empreendimento junto à Caixa Econômica Federal”, disse. “A mudança nas condições de análise de crédito por parte do agente financeiro, incapacidade de comprovação de renda de alguns clientes, baixa demanda, e inadimplência de aporte de capital por parte de sócios contribuíram para o insucesso do empreendimento”, afirmou ao EXTRA. “E mesmo com todas as dificuldades e dentro das possibilidades a construtora está devolvendo os valores pagos por seus clientes sem qualquer ajuda dos demais sócios”, finalizou. Quando foi lançado, o Colinas Sweet Home foi recebido com entusiasmo em Arapiraca. Matéria veiculada em um site local, de dezembro de 2009, considerou o condomínio como grande passo na expansão do município. “Localizado em uma área de grande valorização, perto de hospitais, clubes, e a cinco minutos do centro de Arapiraca, o residencial é considerado um ponto estratégico para transporte e rapidez de se locomover ao trabalho, local de compras ou estudos”, dizia a reportagem.


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Revogação de estatuto na contramão de projetos em Alagoas

DESARMAMENTO PROPOSTA DEFENDIDA POR BOLSONARO DEVE SER VOTADA EM 2019 NO CONGRESSO

SOFIA SEPRENY s.sepreny@gmail.com

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ntre tantas polêmicas sugestões de mudança, umas das principais propostas de governo para área da segurança pública do presidente eleito Jair Bolsonaro é a revogação do Estatuto do Desarmamento. Apesar do assunto controverso, o Projeto de Lei n˚ 3722/2012 de autoria do deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC), o qual propõe a revogação do estatuto, é avalizado pelo presidente Jair Bolsonaro. A proposta também divide parlamentares. Um plebiscito no site oficial do Senado está disponível para consulta pública e tem disputa acirrada sobre a revogação ou não do estatuto. Até a última quarta-feira, 7, estavam registrados 726.751 a favor do plebiscito e 947.675 contra. O Estatuto do Desarmamento da maneira que está hoje proíbe o porte de armas por civis, com exceção para os casos onde haja necessidade comprovada, o registro

e porte deve ser feito junto à Polícia Federal, para armas de uso permitido, ou ao Comando do Exército (Sigma) para armas de uso restrito. A autorização de compra hoje é concedida em até 30 dias úteis. Caso o projeto de lei de autoria do deputado seja aprovado, a expedição de Certificado de Registro deixará de ser feita exclusivamente pela Polícia Federal e passará a ser feita também pela Polícia Civil. A idade mínima também sofrerá mudanças, de 25 (idade permitida atualmente) para 21 anos. A autorização também passaria a estar pronta em até 72 horas. Em Alagoas, onde o número de mortes por arma de fogo já foi considerado um dos maiores do país em 2014, a alteração do estatuto provoca questionamentos. Andrew Pereira, relações públicas de 23 anos, já sofreu um ferimento a bala na porta de casa, em uma tentativa de assalto. Apesar da insegurança, ele acredita que a revogação do estatuto só tende a incitar a violência. “Hoje existe a insegurança, existe o uso desenfreado deste tipo de instrumento por parte dos bandidos. Mas você já imaginou? Se para todo tiro houvesse um revide? A gente ia viver no caos”, argumenta o jovem. Ele reitera ainda que uma prevenção e uma maior fiscalização é necessária para combater a violência, consequentemente o uso irrestrito de armas de fogo que acomete Alagoas. A indagação se o acesso às armas aos cidadãos deve ou não ser facilitado vai na

Crimes violentos letais e intencionais por instrumento em Alagoas no período de janeiro a setembro de 2018

INSTRUMENTO PAF Branca Espancamento Outros instrumentos PAF/B contramão de propostas pelo governo alagoano para diminuir a violência no estado. O projeto desarmamento voluntário consiste na entrega voluntária de armas pelos cidadãos e é uma orientação prevista no Esta-

PERCENTUAL 75,2% 14% 4,7% 3,6% 2,5%

tuto do Desarmamento. No Brasil essa entrega pode ser feita em mais de 2 mil postos de coleta, em Alagoas o serviço é feito pela Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev). Segundo a pasta, desde a retoma-

da da Campanha de Entrega Voluntária de Armas de Fogo, em 2016, foram recolhidos 1.862 itens, sendo 138 armas e 1.830 munições. Ao entregar o armamento, o voluntário recebe de R$ 150,00 à R$ 450,00.


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Alagoas tem 75% dos homicídios provocados por arma de fogo

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e acordo com estatísticas da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas, no período de janeiro a setembro deste ano, um percentual equivalente a 75,2% das mortes no estado foram resultado do uso de arma de fogo. Esse percentual equivale a uma média de 292 crimes violentos letais e intencionais no estado. Além desses dados registrados, é possível pontuar alguns casos de utilização de arma de fogo mas sem intenção ou que causaram apenas ferimento. Como por exemplo, no início do mês de outubro o caso da criança

de 9 anos baleada acidentalmente enquanto brincava com uma arma de fogo com o irmão de 11 anos em casa. A arma pertencia ao pai. Para que o projeto de lei que propõe mudanças no estatuto seja aprovado no Congresso Nacional, é necessário o aval de metade dos deputados e senadores e mais um, estando presente pelo menos metade dos integrantes de cada casa. A votação iria acontecer ainda este ano, mas o deputado Peninha declarou na última segunda-feira, 5, que a pauta será adiada para 2019.

REGISTRO DE IMÓVEIS DA COMARCA DE MURICI, ESTADO - ALAGOAS EDITAL COM O PRAZO de trinta (30) dias, referente a SETE (07) CASAS RESIDENCIAIS e UM (01) PRÉDIO COMERCIAL, situado na Rua Firmino de Queirós, número 299, no município de Murici, Estado de Alagoas. EPITACIO LINS DE MOURA NETO, Oficial do Registro de Imóveis da Comarca de Murici, Estado de Alagoas, na forma da lei, etc. FAZ SABER a todos quantos o presente edital virem, ou dele conhecimento tiverem, que por este cartório foi requerido o pedido de RESTAURAÇÃO DE MATRÍCULA e DE REGISTRO DE IMÓVEIS, referente a SETE (07) CASAS RESIDENCIAIS e UM (01) PRÉDIO COMERCIAL, situado na Rua Firmino de Queirós, número 299, no município de Murici, Estado de Alagoas, pertencente a José Cicero Ferreira. Restauração de acordo com o PROVIMENTO Nº 22, de 19 de julho de 2011, da Corregedoria Geral da Justiça, do Estado de Alagoas, artigo 3º, parágrafo único.Assim, estando o imóvel devidamente descrito na Escritura Pública de Compra e Venda, registrada em data de 10 de junho de 2010, no Livro Nº 2-E, sob o Nº 03-695 às fls. 152, requer seja determinado a publicação do EDITAL no Diário da Justiça Eletrônico, para o fim de ser autorizada a restauração da Matrícula e do Registro dos imóveis supramencionados. A impugnação de quem se julgar prejudicado deverá ser apresentada dentro do prazo de trinta (30) dias, a contar da data da publicação do presente edital, por escrito, perante esta oficiala que este subscreve. Dado e passado nesta cidade de Murici, Estado de Alagoas, aos cinco (05) dias do mês de novembro do ano de dois mil e dezoito (2018). Eu, . Epitacio Lins de Moura Neto. digitei e subscrevo. Epitacio Lins de Moura Neto Oficial

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Alagoas tem jeito

Inovação:

motor do desenvolvimento

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obôs, internet das coisas, fábricas inteligentes capazes de se autogerir, drones, impressoras 3D, armazenamento de energia, veículos inteligentes. Bem-vindos à 4ª revolução industrial. Que está mudando tudo que conhecemos em escala, alcance e complexidade jamais vista e “diferente de tudo que o ser humano tenha experimentado até agora”, segundo Klaus Schwab, autor do livro A Quarta Revolução Industrial. Esta etapa de desenvolvimento não é produto de um conjunto de tecnologias isoladas que estão emergindo, mas a transição em direção a conjunto de novos sistemas construídos a partir da infraestrutura da 3ª revolução, a digital. Uma verdadeira revolução! Não é à toa a “briga” entre países desenvolvidos da Ásia, Europa e Estados Unidos pela liderança das enormes mudanças que o mundo começa a trilhar. E o que isso significa na prática para o

Brasil (que cambaleia em meados da 3ª revolução industrial)? E Alagoas, como fica nisso? Uma boa imagem para ajudar a “visualizar” a distância abissal da realidade brasileira em relação aos países que já avançam céleres na 4ª revolução industrial seria a de uma corrida entre a Ferrari mais potente e o nosso jegue do Nordeste. Já perdemos antes da largada. Comparativo que desnuda bem a “velocidade” tecnológica do Brasil em relação às nações mais avançadas (somos o 64º colocado em inovação dentre 126 países), segundo o Índice Global de Inovação. O país não deslancha tecnologicamente. O relacionamento comercial entre a indústria e a academia é quase inexistente se comparado a países mais avançados. Embora as modernas tecnologias da informática, da microeletrônica, de alimentos, insumos químicos e farmacêuticos já sejam de domínio dos principais centros

brasileiros de pesquisa há mais de uma década, elas não chegam com a rapidez necessária ao mercado, nos atrasando ainda mais. Estudo da CNI de 2017 informa que dos 24 setores industriais pesquisados, 14 deles estão muito defasados em termos do uso de tecnologias digitais e apenas 4 são competitivos no mercado global (alimentos, bebidas, celulose e papel e indústria extrativista). Em Alagoas o quadro é mais grave. Somos o 21º colocado no ranking de inovação dos estados do Brasil – um país de baixíssima taxa de conversão tecnológica - segundo o Centro de Liderança Pública. A indústria local é muito defasada tecnologicamente e nossa academia nada produz em termos de inovação técnica relevante. Vivemos aqui na idade da pedra tecnológica. E lá vamos continuar se nada for feito urgente. Estaria Alagoas condenada à irrelevância tecnológica? Não é o que acha o economista Elias Fragoso. A seu ver, os maiores óbices estão na falta de um olhar diferente, “fora da caixa” para as possibilidades que a área encerra para o Estado, empresas e a sociedade como um todo, na visão caolha de “Estado provedor” e na inação de políticos e na resistência de acadêmicos que nem formulam saídas, nem apontam alternativas, além de criar óbices para a presença do investimento empresarial nas universidades. O primeiro insistindo no “coitadismo” e os segundos nas rotundas desculpas escapistas de sempre. Precisa mudar isso. É preciso que nos reciclemos, entendamos de uma vez por todos que inovação é seguro contra a irrelevância e a melhor estratégia para alavancar uma economia obsoleta como a nossa. Nosso entrevistado - no contexto da série Alagoas tem Jeito – irá tratar desses temas.


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Alagoas tem jeito ENTREVISTA/ELIAS FRAGOSO EXTRA - As pessoas ficam confusas quando se fala em revolução industrial. O Sr. poderia mostrar diferenças e profundidade das modificações que elas provocaram? Prof. Elias Fragoso – A 1ª revolução industrial está associada ao surgimento da máquina e provocou enorme mudança ao substituir o trabalho artesanal pela manufatura industrial e gerar a primeira grande migração do campo para as cidades; a 2ª revolução, a da energia, trouxe em seu bojo a economia do petróleo, o automóvel, o avião, o telefone, dentre outros. A 3ª revolução, a da informática, viu a internet surgir e se consolidar, o computador, o celular, os aplicativos, a microeletrônica, chips, circuitos eletrônicos e uma gama de inovações digitais. Ela viabilizou a globalização, forte salto na produtividade global e a posição dos países dominantes da nova Era. Já a 4ª revolução industrial (que avança célere nos países desenvolvidos) dá um salto quântico em escala e complexidade. Muda radicalmente o mundo tal qual o conhecemos. Drones, robôs inteligentes, fábricas autogeridas, carros inteligentes, health tech, são a ponta do iceberg de – literalmente – uma infinita gama de novas

possibilidades tecnológicas, boa parte delas sequer cogitadas no momento. A 3ª revolução industrial criou as bases sistêmicas e preparou o terreno para a 4ª revolução industrial. A que começa a provocar a mais profunda e transformadora mudança que o mundo jamais vivenciou. Uma verdadeira revolução. EXTRA- E qual a posição do Brasil nesse contexto? Prof. Elias Fragoso – O país perdeu o bonde da história na 1ª, na 2ª e na 3ª revolução industrial. Ficamos para trás com nossa política calcada em exportações primárias e em modelo de substituição de importações que nunca se consolidou. Resultado: no momento o Brasil está no “meio” da 3ª revolução industrial, muito distante dos países centrais que avançam céleres na 4ª revolução. Estamos perdendo de novo o bonde da história. EXTRA- E o que isso significa? Prof. Elias Fragoso – Atraso, baixa competitividade no mercado global, irrelevância tecnológica mundial apesar de termos o 10º parque industrial do mundo, baixa sintonia tecnológica com a matriz mundial, subdesenvolvimento.

É preciso romper com o modelo atual dominado por uma burocracia que impede qualquer avanço real, pelos lobbies empresariais que sempre se beneficiaram de ‘incentivos’ para nada criar de efetivamente novo.

EXTRA- O que fazer? Prof. Elias Fragoso – Olha, se existe uma área neste país que precisa começar do zero é a da inovação tecnológica. É preciso romper com o modelo atual dominado por uma burocracia que impede qualquer avanço real, pelos lobbies empresariais que sempre se beneficiaram de “incentivos” para nada criar de efetivamente novo, pela academia e sua visão retrógada e fechada que quase nada produz de relevante e ainda obstaculariza a entrada do capital privado (diferente de qualquer país desenvolvido) para atuação em parceria. Na real, o pouco que é produzido aqui são tecnologias mais maduras (portanto, desenvolvidas anteriormente por terceiros) e somos péssimos em desenvolver conhecimento de fronteira (o ridículo número de patentes requeridas – comparativamente aos países desenvolvidos - prova isso). Resultado: estudo da CNI de 2017 aponta que de 24 setores industriais pesquisados, somos competitivos globalmente em apenas 4. EXTRA - E Alagoas? Prof. Elias Fragoso Bem, Alagoas é – como sempre – um caso à parte. Não há produção consistente de inovação por aqui. Nossa

academia é uma das mais frágeis do ponto de vista de pesquisa básica e aplicada (apesar do grande número de doutores e mestres), nossa indústria situada quase toda ela ainda nas franjas da 2ª revolução industrial está muito distante do razoável em termos de performance e contemporaneidade. Basta que se diga que cerca de 40% das nossas unidades fabris locais estão classificadas como panificadoras e fábricas de farinha... A atrasada agroindústria açucareira está em crise (embora uma unidade esteja implantando empreendimento de biotecnologia para geração de energia a partir do bagaço da cana), enquanto que a eterna promessa de redenção do estado a partir do polo cloro químico, continua assim: promessa. EXTRA- E por que o Brasil e Alagoas, por consequência, ficam sempre para trás quando se trata de acompanhar o desenvolvimento tecnológico global? Prof. Elias Fragoso – Do ponto de vista do estado


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mas, do ponto de vista da estratégia de implantação, serve perfeitamente. O Vale do Silício, que há trinta anos não passava de uma área rural dos EUA, sem infraestrutura, mão de obra local especializada, distante dos maiores centros econômicos e produtivos do país, nenhuma empresa relevante e com quase tudo por fazer em termos de organização de um cluster tecnológico, hoje é o centro da inovação tecnológica mundial.

como um todo, suas forças vivas precisam compreender que inovação é seguro contra a irrelevância e, certamente, uma das melhores estratégias para alavancar uma economia obsoleta e de pouca representatividade econômica como a nossa. Já nacionalmente, este país perdeu o rumo de sua política industrial desde os anos finais dos governos militares. Nesse período, o mundo foi centrando sua agenda de inovação em 3 áreas: tecnologia da informação, biotecnologia e eletrônica. A desestruturação do setor e a perda do foco da disputa tecnológica global que acontecia, nos levou aonde estamos: à 64ª posição do ranking mundial, segundo o índice global de inovação. EXTRA- Então, quem são os culpados? Prof. Elias Fragoso – Todos são culpados. Governos por inação, incompetência política e falta de visão estratégica para inserção global. A academia, tão ciosa de suas prerrogativas, por insistir em formar doutores-filósofos e “esquecer” de

formar técnicos e associarse à iniciativa privada para realizar pesquisas que interessem ao mercado. As empresas, por sua enviesada dependência de benesses estatais para inovação, como se os beneficiados finais não fossem elas próprias. Enfim, na roda viva do dedo em riste, não falta pra ninguém. Somos dependentes tecnológicos por nossa exclusiva culpa. EXTRA- Há saídas? E Alagoas como ficaria nesse caso? Prof. Elias Fragoso - Claro que há saídas. Sempre há. Mas é preciso sair da caixa. A inovação, como disse, permite a um estado como Alagoas dar enorme salto em produtividade, melhorar a qualidade da mão de obra, aumentar o valor agregado da produção, gerar maiores rendas e impostos, um ciclo virtuoso. EXTRA- Mas e os nossos problemas de infraestrutura, de qualidade da mão de obra, de falta de investidores dispostos a apostar em inovação num estado considerado um dos mais atrasados do país? Prof. Elias Fragoso - Fica claro que o exemplo a seguir guarda enorme distância entre as duas realidades,

EXTRA- E o que faz do Vale um sucesso? Prof. Elias Fragoso - Rebeldia, conhecimento e ca-

Recursos privados existem e podem ser acessados à medida que surjam bons empreendimentos inovadores, disruptivos, que mostrem ser capazes de multiplicar rapidamente sua escala e capital.

pital financeiro. Afinal, sem inconformismo e vontade de mudar o mundo, unido a um bom know-how e investimentos, dificilmente há inovações. Por lá, isso existe em abundância, enquanto por aqui isso está represado. Existe muita gente boa fora da academia pensando e fazendo coisas muito interessantes, é preciso dar chance a essa garotada de mostrar seus talentos. EXTRA- Daria certo? Prof. Elias Fragoso – Uma coisa é certa: inovação pode nos ajudar a dar o salto qualitativo que tanto ambicionamos em prazo relativamente curto (estamos pensando em termos de 30 anos) comparativamente aos séculos de atraso que já vivenciamos. Agora, isso só ocorrerá se houver uma efetiva união das forças vivas do estado para mudar o status quo atual do nosso padrão tecnológico. Se se pensar num cluster local com uma representatividade equivalente a 0,5% do Vale, quando estiver maduro – portanto, perfeitamente compatível com nossa realidade e tamanho - a renda gerada por ele poderá equivaler a um mês do orçamento anual do estado de Alagoas... EXTRA- E os recursos financeiros? Prof. Elias Fragoso - Recursos privados existem e podem ser acessados à medida que surjam bons empreendimentos inovadores, disruptivos, que mostrem ser capazes de multiplicar rapidamente sua escala e capital. Só não dá mais pra ficar esperando do “pai Estado” que terá sim, que comparecer com o suporte infraestrutural e o redesenho da sua burocracia para facilitar a vida de quem se dispõe a romper com um dos maiores paradigmas da nossa história: o de que não somos capazes de sair desse atoleiro por nossas próprias mãos.

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EXTRA- E o que precisa? Prof. Elias Fragoso – Se o ecossistema empresarial local entender que é um bom negócio, e é, pode-se avançar o modelo de negócio para viabilização do cluster a partir das seguintes premissas (comprovadas): 1) grandes companhias/negócios podem surgir e se desenvolver em lugares improváveis e desafiadores, 2) apenas alguns empreendedores digitais são capazes de causar enorme impacto na economia local e nacional, e, 3) havendo modelo de negócio adequado, a sua alavancagem e sucesso é questão de tempo.

Do ponto de vista do estado como um todo, suas forças vivas precisam compreender que inovação é seguro contra a irrelevância e, certamente, uma das melhores estratégias para alavancar uma economia obsoleta.


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SAÚDE MENTAL arnaldosanttos.psicologo@gmail.com

Faculdades mentais

Existem várias formas de alienar uma pessoa, uma comunidade ou uma população inteira. Mas, o que é alienar? É tornar a outra pessoa fora de si, sem consciência. Deixá-la sem vontade própria. De acordo com Foucaut, no livro História da Loucura, “os alienados são caracterizados como aqueles a quem falta o pleno domínio das faculdades mentais”. E quando ocorre a alienação? Geralmente quando a pessoa é ainda criança ou adolescente. Vários são os objetivos para querer a alienação de alguém e uma delas é tê-la por perto, sempre. É o caso, por exemplo, da Alienação Parental, que, como o próprio nome indica, ocorre entre os parentes, especialmente com os filhos através dos pais.

SAP

O termo Alienação Parental, e depois Síndrome da Alienação Parental (SAP), surgiu pela primeira vez em 1985 com o psiquiatra norte-americano Richard Gardner. Segundo ele, a mãe ou o pai “treina” uma criança ou adolescente para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando sentimentos de rejeição e temor em relação ao ex-cônjuge Ocorre quando há ruptura da vida conjugal e surge, principalmente, um sentimento de vingança de um deles, geralmente é da mãe porque está com a guarda da criança. Por que é importante saber sobre a SAP?

SAP - ato

A Síndrome da Alienação Parental (SAP) surge num primeiro momento através dos atos de alienar, ou Alienação Parental, ou seja, induzir a criança a rejeitar o pai ou a mãe com esquivas, mensagens difamatórias, até ódio ou acusações de abuso sexual.

SAP- sintomas

A SAP, portanto, é o conjunto de sintomas que a criança pode vir a apresentar ou já apresenta, em quantidades variáveis, decorrente dos atos da Alienação Parental. De acordo com o IBGE (2010), 80% dos filhos de pais separados sofrem com chantagens emocionais dos genitores. Isso representa em torno de 20 milhões de crianças e adolescentes.

Ideia fixa “Eu só pediria licença para lembrar que os alienados são precisamente os que têm uma ideia fixa” (Mário Quintana)

SAP: como ocorre?

Países

A Síndrome da Alienação Parental (SAP) ainda não foi incluída nos manuais de diagnóstico oficiais (DSM-V e nem no CID-10). A SAP já é reconhecida nos tribunais dos Estados Unidos (em 21 estados), Austrália, Reino Unido, Alemanha, Canadá e Israel.

SAP no Brasil

De acordo com a Lei 12.318, de 26 de agosto de 2010, artigo 2º, “Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este”. (grifos meus)

SAP no Brasil II

O Brasil é o primeiro país do mundo a tipificar os atos da Alienação Parental em lei. O legislador entendeu que o simples Ato de Alienação Parental pode ser suficiente para expor a criança a risco de transtorno mental. Alguns estados da federação já discutem bastante sobre os efeitos da Alienação Parental, é o caso de Santa Catarina, que criou a Lei 15.745, de 11 de janeiro de 2012, que instituiu a Semana e o Dia da Conscientização sobre a SAP no calendário escolar.

São várias as formas de praticar o ato de alienar, os mais comuns são: não comunica os fatos importantes da vida do(a) filho(a) sobre a escola ao ex-cônjuge, como por exemplo: notas, falta por doença, comemorações de aniversário, reuniões de pais. Não comunica decisões importantes sobre a vida do(a) filho(a) ao ex-cônjuge (obteve o lugar no colégio).

fazer isso.

SAP: como ocorre? IV Outro caso bastante comum é a mãe insinuar que o ex-cônjuge é uma pessoa perigosa, violenta, além de também de insinuar que ele pode ter praticado algum tipo de abuso sexual com a filha. Esse fato é caracterizado como falsas memórias.

SAP: como ocorre? II

O que pode ocorrer?

SAP: como ocorre? III

O que pode ocorrer? II

A mãe (geralmente é ela quem está com a guarda da criança) controla, excessivamente, os horários de “visita” do(a) filho(a) quando está com o outro cônjuge. Ela organiza atividades no dia da “visita”, tornando-a desinteressante para que não haja harmonia entre o(a) filho(a) e o pai. Esse termo – “visita” – não deve ser usado, uma vez que o pai não é um visitante e sim pai.

A mãe, por exemplo, relembra fatos desagradáveis na frente do(a) filho(a) quando na presença do ex-cônjuge. Um caso típico é dizer que ele “não foi” na reunião do colégio criando um clima de desleixo por parte dele. Pode também ocorrer que obrigue o(a) filho(a) a tomar uma decisão que conflite a situação do ex-cônjuge para uma viagem, por exemplo. Ou seja, cria uma situação constrangedora. O (a) tem que decidir sobre a viagem. Ela também pode transformar o(a) filho(a) em espião(ã) do ex-cônjuge (o que ele fez? Com quem estava?). Como se a criança ou adolescente fosse obrigado a

O(a) filho(a) pode apresentar um sentimento de raiva e ódio contra o pai; recusa em dar atenção; se recusa a visitar o pai (se for a mãe que estiver com a guarda). Além de desenvolver sentimentos e crenças negativas com o ex-cônjuge.

Depois de instalada a Síndrome da Alienação Parental (SAP) a criança ou o adolescente pode apresentar: ansiedade, síndrome do pânico, depressão, sentimento de suicídio (9 vezes mais propenso). E as consequências são nefastas, ou seja, elas podem apresentar comportamentos de desequilíbrio emocional, agressividade, pode enveredar para o alcoolismo e as drogas, pode se prostituir, surgir problemas nos relacionamentos amorosos futuros. n Na próxima edição irei destacar as consequências psicopatológicas e o que expressa a Lei 12.318 sobre a alienação parental (as punições para quem aliena). Arnaldo Santtos é Psicólogo Clínico CRP-15/4.132. Atendimento virtual pelo site: www.vittude.com. Consultório: Rua José de Alencar, 129, Farol (atrás da Casa da Indústria), Maceió-Alagoas. Atendimento também na CLÍNICA HUMANUS: Rua Íris Alagoense 603, Farol, Maceió-AL. (82) 3025 4445 / (82) 3025 0788 / 9.9351-5851 Email: arnaldosanttos@uol.com.br arnaldosanttos.psicologo@gmail.com.


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Paradoxos e incongruências brasileiros

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arece regra do ativismo político objetar tudo que é projetado por governos que não sejam de esquerda, e mais raramente, de governantes que sejam considerados “progressistas”. Esquecemse, quase sempre, que O Brasil acaba de eleger os governos novos governantes em não são apetodas as áreas elegíveis nas políticos, do poder. Natural que os mas técnicos também, no eleitos pretendam inova- sentido de ções, nem sempre bem que em suas intencionadas, sendo por decisões se devem ausisso necessário que a na- cultar as ção esteja vigilante. Por emanações e esse prisma, o ativismo necessidades do povo, prepolítico é sem dúvidas cisam basearnecessário. se nos fatos sociais. O Brasil acaba de eleger novos governantes em todas as áreas

elegíveis do poder. Natural que os eleitos pretendam inovações, nem sempre bem intencionadas, sendo por isso necessário que a nação esteja vigilante. Por esse prisma, o ativismo político é sem dúvidas necessário. Contudo, o que se percebe, no mais das vezes, é a oposição por oposição, sempre escudada em pretensas quebras de direitos adquiridos. Veja o caso da reforma previdenciária que, tanto o governo que sai quanto o que chega, têm como absolutamente necessária à existência da própria previdência, atual e futura. Sem verificar, em profundidade, se a afirmativa dos revisionistas é verdadeira, as esquerdas opõem-se alegando que haveria quebra dos direitos previdenciários, um retrocesso. Ora, se a pretensão governista for retirar, reduzir ou limitar direitos já adquiridos pelos aposentados, nesse caso a razão está com os opositores, porquanto seria, sob um ponto de vista

CLÁUDIO VIEIRA Advogado e escritor, membro da Academia Maceioense de Letras

técnico, promover insegurança jurídica, quando um dos objetivos do Estado é a garantia dos direitos. O mesmo não se pode dizer se a reforma é para o futuro, pois os trabalhadores ativos não têm, tecnicamente, direitos previdenciários, mas perspectiva desses direitos. Mexer com os direitos futuros, se necessários à saúde da previdência social, é impositivo, inexistindo qualquer quebra de contrato. Outra situação que vem se tornando difícil aos governos é reduzir o tamanho do Estado brasileiro. Interessante que há certa concordância em que o nosso Estado nacional está inchado, e que daí vêm as dificuldades da governabilidade, notadamente porque o custo para a manutenção desse inchaço é absolutamente prejudicial, talvez até impediente, à execução de políticas púbicas relativas à saúde, à educa-

ção, à segurança, ao saneamento básico, isso para referir apenas algumas. Todavia, se o novo governante pretende, como medida primeira, reduzir o número de ministérios, sem extinguir as atividades dos extintos, mas deslocando-as para os remanescentes, a gritaria é inevitável. Os arautos dos “direitos adquiridos” apressam-se em condenar as medidas, sem medirem racionalmente, por exemplo, qual o peso isolado que têm ministérios, como o da Pesca, do Trabalho e outros mais. Deveríamos era exigir dos governos que, além de reduzirem o número de órgãos de funções sobrepostas, extingam cargos comissionados que servem apenas para alocar aliados e apaniguados do poder. Ainda que tais medidas não promovam a solução radical dos nossos problemas, certamente ajudarão muito. Será um bom começo.


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JORGE MORAES Jornalista

Uma resposta ao PT

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os últimos 16 anos -, isso mesmo, 16 anos, pois não podemos desassociar o governo do presidente Michel Temer dos quatro mandatos do Partido dos Trabalhadores, uma cria que é do presidiário Luiz Inácio Lula da Silva, com escolha pessoal para ser o vice-presidente de Dilma Rousseff e que sempre esteve ao lado do Lula em seus dois mandatos à frente do País- o PT achou que nunca perderia uma eleição e já se considerava o dono do Brasil. A partir de um líder fajuto - Lula - eles pensavam que a mamata ia continuar com a eleição do Fernando Haddad, o pau mandado do ex-presidente. Não serei leviano em achar que todos os petistas são bandidos ou O PT achou que não prestam. nunca perderia Já votei alguuma eleição e já se mas vezes no considerava o dono PT, não pelo do Brasil. A partir partido, mas pelas pessoas, de um líder fajuto que entendia - Lula - eles pensa- m e r e c e r e m vam que a mamata o meu voto. ia continuar com a Exemplo disso o próprio eleição do Fernan- foi Lula, que me do Haddad, o pau enganou bomandado do ex-pre- nitinho com aquela conversidente. sa de liderança, honestidade, seriedade com a coisa pública e transmitia respeito, chegando a ser reconhecido como o “cara” pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Só se ele queria dizer: “o cara de pau”. Votei algumas vezes em Heloisa Helena e Judson Cabral, quando eram filiados ao PT. Acho que, no Brasil, ainda sobra gente boa no Partido dos Trabalhadores, inclusive aqui, em Alagoas, como o deputado federal Paulão e outros, como Eduardo Suplicy, vereador em São Paulo.

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ALARI ROMARIZ TORRES Aposentada da Assembleia Legislativa

E agora, Jair? No entanto, o Brasil deu um basta e uma boa resposta nos trombadinhas e larápios que surrupiaram o País. Nunca se roubou tanto como nos últimos 16 anos, e não é à toa que tenha tanta gente presa, inclusive um ex-presidente da República, ou andando com tornozeleiras eletrônicas, e muitos ainda estão respondendo aos seus processos, podendo, a qualquer momento, ir morar em um xadrez da Polícia Federal. A vitória do Jair Messias Bolsonaro não foi uma vitória qualquer. Foi uma resposta da população brasileira que não suportava mais tanto esquema, daqueles que se achavam os donos do Brasil. Se o candidato fosse o líder preso, perderia também. O melhor é que já conseguimos nos livrar de algumas dessa “lideranças”, por meio das urnas, nessas eleições de agora. Lindbergh Farias, no Rio de Janeiro; Dilma Rousseff, em Minas Gerais; e muito mais gente arrogante que se achava acima da lei, de tudo e de todos. A insuportável Gleisi Hoffmann saiu candidata à Câmara dos Deputados - foi eleita para não ser derrotada para o Senado da República e perder o foro privilegiado. Com certeza, seria presa, como vai ser o Lindbergh. Não vejo a hora disso ocorrer com ele e com os outros também. O pior é que essa gente não sabe perder. Você já ouviu o pronunciamento do Haddad, depois da derrota? Você já ouviu o que anda dizendo o irresponsável do Boulos (PSOL), também derrotado. Eles estão ameaçando a governabilidade de Jair Bolsonaro, prometendo quebrar tudo, arrebentar com a democracia brasileira e não deixar que o presidente eleito possa governar o País. Só tem um detalhe: democrata que sou, e lutei muito para isso, eles esquecem que o Brasil vai ser governado, se não acontecer nada parecido como o ocorrido lá em Juiz de Fora/MG, com o apoio da sociedade civil organizada e dos militares.

V

ivemos momentos difíceis neste ano de 2018! Agressões de vários candidatos, mentiras de todos os lados e até uma facada levou o moço da direita. Não dava para acreditar nas pesquisas, as redes sociais foram muito usadas nas campanhas e, finalmente, chegou o 28 de outubro. Fatos inéditos ocorreram tornando o pleito completamente atípico: o político que levou a facada e teve os intestinos dilacerados no dia 6 de setembro fez a campanha do hospital, de casa, pelas redes sociais. O candidato do Partido dos Trabalhadores, no segundo turno, abandonou o Lula e partiu para visitar o país inteiro de avião. Ainda na esperança de uma virada, Haddad apostou na antiga maneira de pedir votos. No primeiro turno, o povo respondeu negativamente à classe política. Elegeu nomes novos e desprezou as raposas velhas. No segundo turno, os ataques a BolsonaAinda esperando ro foram mais fortes e notícias ganhar, o PT mudou as cores tradicionais antigas viraram fatos novos para e adotou as cores da derrubar o candidato do PSL. bandeira nacional, usadas pelo rapaz da Ainda esperando ganhar, o PT direita. As estratégias mudou as cores do partido que governa tradicionais e o Brasil há 16 anos não adotou as cores da bandeira nasurtiram o efeito dese- cional, usadas jado. A direita venceu pelo rapaz da direita. As estraas eleições. tégias do partido que governa o Brasil há 16 anos não surtiram o efeito desejado. A direita venceu as eleições. Passada a euforia, precisamos pensar no nosso futuro. Já sabemos que o Brasil está acabado. Há problemas em todas as áreas, a corrupção virou fato comum, políticos espalham seus afilhados em ministérios para cumprir ordens erradas, escândalos se sucedem. Fica difícil saber por onde começar. O Congresso Nacional foi renovado: velhas figuras de direita e de esquerda não voltaram. Novos personagens, até desconhecidos, estão chegando e não sabemos o que querem. O presidente Temer, claudicante, cheio

de problemas, sumiu durante as eleições, reapareceu, apoiou o Haddad e virou estadista. Acha que fez um bom governo e vai passar milhares de problemas para o sucessor. Como deve agir o novo presidente? O que os eleitores esperam dele? Em primeiro lugar, que analise tudo que for recebido, faça um relatório dizendo como encontrou todos os ministérios. Se não fizer isto, assumirá a culpa do Temer e fracassará no intento de mudar o Brasil. Esse foi o grande erro de Divaldo Suruagy em Alagoas! Quase sofreu o impeachement. Depois, demitir os cargos comissionados do Executivo, no Brasil inteiro e solicitar aos outros Poderes que façam o mesmo. Em cada estado deverá ter pessoas de sua confiança para fiscalizar tudo isso. Evitar nomeações políticas e aproveitar servidores efetivos para exercerem chefias em suas repartições. São pessoas que conhecem a Casa e saberão se adaptar ao novo momento. Importante: cortar gastos públicos em todas as áreas, principalmente os cartões corporativos, geradores de enormes despesas em gestões anteriores. Enxugar a máquina da nação e promover concursos públicos para cobrir as deficiências. Um bom exemplo é a Polícia Federal, muito utilizada nos últimos anos, com um quadro reduzido. Não cortar, na área social, alguns programas que beneficiam a classe pobre, mas fiscalizá-los para corrigir as ilegalidades existentes. Isso tudo é desejo de uma eleitora, aposentada do serviço público que grita ao mundo inteiro, pedindo socorro aos governos para corrigir tanta injustiça. Não adianta corrigir só o Executivo. Os três Poderes cometem erros graves e o mais desobediente às leis é o Legislativo. Cito sempre um exemplo que é do meu conhecimento: um motorista do Senado ganha mais do que um coronel do Exército. O primeiro só deve ter o nível médio para dirigir um carro. O outro faz vários cursos de nível superior e mestrado. Sem falar no deficit que existe nas contas do Brasil, nos absurdos cometidos na educação, na saúde, na segurança. A sorte está lançada! Não esperamos nenhum “salvador da Pátria”, mas uma equipe disposta a melhorar a situação do país. Deus acima de todos!


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O pito

ISAAC SANDES DIAS

A

Promotor de Justiça

pós a conclusão das últimas eleições várias mensagens cifradas foram emitidas e endereçadas ao presidente eleito. Ao contrário de países onde a cordialidade, educação e cidadania Ao contrário de paí- entre os adversáses onde a cordia- rios prevalece após pleito, no Brasil lidade, educação e oo que vemos é um cidadania entre os aspergir de agouadversários prevale- ros, ressentimence após o pleito, no tos e até mesmo Brasil o que vemos entrincheiramento com vistas a uma é um aspergir de futura batalha. agouros, ressenti- Exemplo disso foi mentos e até mesmo o discurso do canentrincheiramento didato vencido no segundo turno que, com vistas a uma ao se referir a seus futura batalha. eleitores como se fossem um rebanho de gado, pediu respeito aos seus 45 milhões de votos, incitou-os a ter coragem e disse que estava ao lado deles, faltando apenas o trivial “pra o que der e vier”. Por seu lado, o candidato duplamente derrotado

Guilherme Boulos, a seu estilo, foi mais contundente e além. Instigou seus partidários a promoverem uma resistência nas ruas, disse que o candidato eleito é uma ameaça à democracia e enfatizou que seus partidários, entre a prisão e o exílio, escolherão as ruas. Em seu discurso de ódio julga-se dono da verdade futura, ao se colocar como estando no lado certo da história. Por seu lado, a grande mídia que pautou toda campanha com total falta de isenção no dever de meramente informar a população, continua a rechear seus veículos com matérias e chamadas tendenciosas e partidárias. No entanto, o fato que mais chamou a atenção de todos quantos viram na eleição de Jair Bolsonaro uma alternância democrática de governo, foi a fala do ministro do Supremo Tribunal Federal que, em tom de quem passava um popular pito num menino travesso, advertiu o eleito e seu vice para o cum-

Eu não sei

E

m seu livro “Pense como um freak” – Record – o economista Levitt e o jornalista Dubner comenque as três Quando se erra em um tam palavras mais teste escolar não tem difíceis de se diqualquer custo, mas, zerem em inglês “eu te amo”. no mundo real, blefar são Eles acham, pode trazer prejuízos discordando do inestimáveis. Preocu- p e n s a m e n t o vulgar, que as pante quando nesse três mais difípatamar o indivíduo se ceis de serem acha sabichão e come- p r o n u n c i a d a s ça a dar opinião sobre são “eu não sei”. qualquer tema que lhe Exemplificam com um teste venha à telha. passado para crianças entre cinco e nove anos, após relato de

uma historinha. Neste teste há duas perguntas que faziam de fato referências à história, enquanto outras duas não tinham muito sentido. Às duas primeiras, responderam certo. Mas, as outras duas erraram por um simples motivo: não havia informação suficiente na história. Ou seja, não tiveram coragem de dizer que não sabiam. Mesmo assim, um percentual de 76% respondeu sim ou não. Isso para crianças é preocupante uma vez que, enquanto você não admitir que não sabe determinada coisa, fica mais difícil aprender o que precisa aprender. E pregam: “crianças que tentam trapacear em um questionário simples assim, estão a caminho de carreiras nos negócios e na política, onde ninguém jamais

primento das disposições contidas no artigo 3º da Constituição Federal, como se aquelas disposições ali estivessem para serem observadas apenas por um dos poderes, como se tais disposições, ainda, não fossem matéria de juramento de todos quanto fazem parte dos três poderes da nação, ou como se tivesse diante de si não um parlamentar com vinte e oito anos de mandato, mas sim um imberbe colegial. Tal comportamento vem apenas engrossar o coro daqueles que, no dia seguinte à eleição, em vez de dar um crédito de confiança àquele que catalisou os anseios da maioria da nação, agem como o pessimista que assistia o amigo construir um avião e a seu lado repetia: aposto que isso jamais vai voar. Terminada a construção, o avião voa suave e lindo sobre a cabeça de todos. O pessimista então, inconformado, passa a novamente agourar: agora quero ver essa geringonça pousar sem se espatifar!

JOSÉ MAURÍCIO BRÊDA Economista

admite que não saiba alguma coisa”. Quando se erra em um teste escolar não tem qualquer custo, mas, no mundo real, blefar pode trazer prejuízos inestimáveis. Preocupante quando nesse patamar o indivíduo se acha sabichão e começa a dar opinião sobre qualquer tema que lhe venha à telha. Muitas vezes são pessoas que por serem muito capazes em alguma coisa, acham que podem ser boas em tudo. Levitt e Dubner lembram o “ultracrepidanismo”, o “hábito de dar opiniões e conselhos em questões alheias ao seu conhecimento ou competência”. “Plinio, o velho”, em sua “Naturalis História”, narra quan-

do um sapateiro dirigiu-se ao pintor Apeles com o fim de apontar um defeito em uma sandália que o pintor logo corrigiu. Animado o sapateiro viu-se no direito de corrigir ouros defeitos que ele observara na pintura, o que levou Apeles, sendo ele o autor, era ele o pintor, a obra era dele, a aconselhar: “Ne supra crepidam sutor iudicaret” ou seja, “um sapateiro não deve julgar além do sapato”. Ou como se diz em Portugal: “não fales mais do que sabes”. Fica a lição de que é importante aprender o que se deve aprender e não esquecer de reconhecer, e dizer, quando não se tem o domínio do fato, “eu não sei”.


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Black Friday

I

númeras lojas e sites de e-commerce aproveitam a Black Friday, que acontece no próximo dia 23, para oferecerem descontos e promoções ao longo de todo o mês de novembro. Pode ser um bom período para aproveitar ofertas, mas é necessário ter cuidado com o site onde a compra é feita. Já existem domínios maliciosos que “entram na onda” da data para enganar consumidores. Pensando nisso, o Procon de São Paulo separou uma lista que pode ser acessada através do endereço www.procon.sp.gov.br dos sites que não são confiáveis e que podem vir a trazer prejuízos para os consumidores.

Passagens aéreas

Um levantamento do Skyscanner com sites de vendas online de passagens aéreas mostra que quem esperar para comprar os tickets de destinos nacionais para o Réveillon deste ano deve ficar atento aos preços, especialmente caso compre na primeira semana de dezembro, entre os dias 3 e 9. Segundo os dados apurados pelo serviço, o valor médio das passagens nesta época do ano tende a subir até 8%.

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ECONOMIA EM PAUTA

Bruno Fernandes – bruno-fs@outlook.com

Tarifas bancárias

Para alertar usuários, o aplicativo de gerenciamento de finanças pessoais Guiabolso lançou uma ferramenta que avisará todos os usuários do app sobre o quanto economizariam caso reduzissem o pacote de tarifas do banco ao qual são filiados. Os avisos aparecem na aba “Guia”, que fica dentro do próprio app. O sistema de inteligência artificial consegue filtrar os usuários que estão pagando muito pela cesta de tarifas. De acordo com os desenvolvedores da ferramenta, a ideia é ser um gatilho para que a pessoa aja de forma rápida e, para encurtar o processo, foi colocado um botão no próprio alerta do app para o usuário

ligar para o banco e negociar a taxa.

Plano de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) colocou em consulta uma nova regra para o reajuste de planos de saúde individuais e familiares. A expectativa é de que a nova norma, que leva em conta a variação das despesas e a inflação, seja colocada em prática a partir de 2019. Mas, segundo entidades de direito do consumidor, o órgão não divulgou informações suficientes para saber qual será o efeito da mudança.


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“Faça seu dinheiro trabalhar para você”, aconselha coach financeira

ENTREVISTA MIRNA BORGES POSSUI UM DOS MAIORES CANAIS DE FINANÇAS PESSOAIS DO PAÍS BRUNO FERNANDES Estagiário sob supervisão da Redação

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ilhões de brasileiros estão dispostos a entrar no mundo dos investimentos e enriquecer. Porém o grande desafio é dar o primeiro passo, ainda mais com o fim do ano chegando e uma nova liderança política em 2019. Perder o medo de sair da poupança e se arriscar em algo mais lucrativo é um dos maiores desafios para quem pretende entrar no tão confuso mercado de investimentos. É notório que quase todo mundo já se meteu em alguma fria por causa de dinheiro. E nem a coach financeira Mirna Borges, do canal EconoMirna no Youtube, escapou de fazer um mau investimento. A youtuber com mais de 500 mil inscritos, antes de se tornar a “sabe tudo das finanças pessoais”, também cometeu alguns pecados financeiros. EconoMirna, como é conhecida na internet, abandonou a carreira de engenheira para se dedicar ao canal. Mirna começou a se interessar por finanças após contratar alguns produtos não muitos bons no banco onde era cliente. O arrependimento pelo menos serviu de incentivo para o estudo na área e, posteriormente, para o canal. Pensando nisso, o EXTRA aproveitou sua passagem por Alagoas na última semana e realizou uma entrevista para ajudar a sanar algumas dúvidas para os iniciantes no mercado de investimentos, quem quer poupar dinheiro e os novos bancos digitais.

Confira a entrevista: EXTRA- A “esperança” dos brasileiros com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) é em relação à economia, que também começou a dar alguns sinais, como a queda do dólar. Com essa próxima fase que o Brasil vai começar a enfrentar em 2019, quando será um bom momento para começar a realizar investimentos? A melhor hora para investir é aquela que você decide começar a poupar e a investir mensalmente, independentemente do cenário. O importante é colocar o dinheiro para trabalhar a nosso favor o quanto antes, aproveitando a mágica dos juros compostos, os famosos juros sobre juros, e lógico, como um excelente aliado: o tempo. Quanto mais tempo você tiver para deixar o dinheiro trabalhando para você, melhor. EXTRA- Ainda falando em investimentos, qual seria a melhor alternativa? Renda fixa, variável, ações? A melhor alternativa depende mui-

to do seu perfil de investidor e do seu objetivo ao investir. O primeiro passo para começar é pensar na formação da reserva de emergência ou colchão financeiro, um valor destinado para os imprevistos do dia a dia, e os investimentos mais adequados são os de liquidez diária, ou seja, de fácil resgate como tesouro Selic e CDB de liquidez diária. Com o atual cenário político espera-se um aumento ainda maior do índice Bovespa, investir em ações é uma opção,

mas não para formação dessa reserva de emergência, pois é um investimento de renda variável com objetivo de médio a longo prazo. EXTRA- Fim de ano chegando e muitos jovens estão terminando a faculdade sem saber o que fazer a partir de agora. Muitos tomam como alternativa o mercado de investimentos, porém não possuem experiência. Para esse público em específico, qual seria a forma mais segura de investir e que não exija tanta experiência? Eu sempre falo que conhecimento rende os melhores juros, por isso aconselho a aprender antes de investir o dinheiro. Lá no canal Economirna tem vídeos sobre os mais variados investimentos. Para quem está começando agora falamos sobre tesouro direto para formar a reserva de emergência e investir mensalmente para aposentadoria, temos também outros títulos privados interessantes para médio prazo, além de investimentos na renda variável.

EXRA - Estamos presenciando o boom dos bancos digitais, como Nubank, Inter, Digio, entre outros por oferecerem taxas baixas, ou até mesmo nenhuma taxa nas operações. Mas, o que é preciso levar em consideração no momento de solicitar a abertura de uma conta nessas instituições? Pesquise quais dos bancos digitais apresentam os melhores serviços e atendimento ao consumidor. Muitos possuem contas digitais, porém nem todos os serviços são gratuitos e ilimitados; no canal Economirna tem uma playlist somente sobre os bancos digitais. Mas existem bancos digitais com todos os serviços gratuitos e também cartão de crédito livre de anuidade, uma baita economia. EXTRA - Já é possível abandonar de vez os bancos tradicionais? Ou depende do objetivo do usuário no futuro? Em relação a financiamentos e empréstimos? Muitos bancos digitais, por não possuírem agências bancárias, permitem saques em caixas eletrônicos (bancos 24h), é preciso analisar se na sua cidade tem esse serviço para seja possível retirar dinheiro em espécie. Muitas pessoas já abandonaram bancos tradicionais e não sentem nenhuma falta. Existem bancos digitais que já disponibilizam linha de crédito para os clientes tanto com empréstimos pessoais como financiamentos. E quando desejar financiar algo no futuro, basta abrir conta na instituição que oferecer menor taxa de juros.


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Férias exigem cuidado redobrado com crianças

DICAS DE SEGURANÇA ESPECIALISTA DESTACA IMPORTÂNCIA DE ATITUDES PREVENTIVAS ASSESSORIA

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uitos pais aproveitam feriados e fins de semana para curtir ao máximo o tempo livre com as crianças. Além de aproveitar a diversão, eles não podem descuidar da segurança. Pensando nisso, Rogério Rodrigues, especialista em segurança do GRUPO GR, selecionou algumas dicas para quem for levar os pequenos aos parques e praias. Confira as dicas: l Não incentive o uso de telefone celular por crianças. l Não é recomendável que crianças carreguem celulares, tablets ou câmeras digitais sozinhas para não atrair a ação de criminosos. l É recomendável que os pais orientem seus filhos para que eles nunca acompanhem estranhos. l A criança deve ser orientada também a reconhecer e buscar ajuda com policiais, casos se sintam perdidas ou assustadas. l Se a criança se perder, a primeira coisa a ser feita pelo responsável é sempre procurar pela segurança local. l Nas praias, no caso da criança se perder, é importante buscar ajuda com o salva-vidas ou o corpo de bombeiros. l Caso precise pedir informações, procure alguém autorizado ou dirija-se a um balcão de informações. l Não peça ajuda ou informações para pessoas estranhas. Procure se informar sobre o local visitado com pessoas de confiança (recepção dos hotéis, por exemplo) antes de sair. l Não reaja durante um as-

Crianças devem ter acompanhamento sistemático dos responsáveis

salto. Mantenha-se calmo(a), por mais difícil que possa ser. l Lembre-se de que o assaltante está atrás do dinheiro ou pertence de valor e costuma atirar somente quando fica assustado ou acuado, principalmente diante de uma reação da vítima. l Não use bolsos traseiros para carregar carteira, celular ou dinheiro. l Previna-se contra a ação dos marginais não ostentando objetos de valor como relógios, joias, pulseiras, celulares, tablets, colares, etc. l Não saia com grandes quantias de dinheiro ou cartões de crédito se não houver necessidade. l Não abra a carteira ou a bolsa na frente de estranhos. l Cuidado com bolsas ou mochilas transparentes, pois o marginal vai perceber que você leva documentos, dinheiro, aparelho celular, etc. l Evite andar por ruas, calçadões e praças mal iluminadas ou em horário muito avançado, principalmente em locais desconhecidos, pois estes são

os pontos preferidos pelos meliantes que se aproveitam das condições para atacar suas vítimas. l Se sentir que está sendo seguido, procure um lugar mais movimentado ou entre num estabelecimento comercial. l Na maioria dos casos, a prevenção é a melhor solução. Andar de mãos dadas com a criança durante os passeios é sempre recomendável. Evite também aglomerações. Desta forma, não é possível perdê-la de vista. SOBRE O GRUPO GR O GRUPO GR é hoje uma das empresas mais consolidadas no setor de segurança privada e terceirização de serviços. Com 25 anos de atuação e presente em 12 Estados, o GRUPO GR tem um sistema rigoroso de treinamento (teórico, físico e comportamental) que envolve técnicas de aperfeiçoamento operacional, postura e comportamento, modernos conceitos, treinamento nas áreas de segurança, portaria,

recepção e limpeza. Seu principal objetivo está em oferecer soluções customizadas e integradas que aumentem a produtividade e reduzam custos. A empresa promove a capacitação e a reciclagem permanente de seus funcionários, também instruídos através de simulações variadas para solucionar uma tentativa de assalto ou invasão, situações atípicas como ocorrências e possíveis falhas na segurança (equipamentos e fator humano) e procedimentos em casos de emergência. Além disso, conta também com serviços de Segurança Eletrônica, sempre atenta às novas

tecnologias de prevenção e proteção de pessoas e patrimônios. Com mais de 1.100 clientes ativos e milhares de colaboradores, o GRUPO GR é referência em seu setor de atuação, atendendo com eficácia condomínios (residenciais e comerciais), indústrias, hospitais, shopping centers, instituições de ensino, sites logísticos, redes de lojas, construtoras, facilities e empresas de diversos portes e segmentos. Em 2015, o GRUPO GR conquistou o Top of Mind de RH e, em 2016 e 2017, conquistou a Certificação de Melhores Empresas em Satisfação do Cliente. (www.grupogr.com.br)


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Salão do Automóvel expõe 500 modelos de 30 montadoras a

30 EDIÇÃO MAIOR EVENTO AUTOMOTIVO DA AMÉRICA LATINA VAI ATÉ DIA 18; CAOA CHERY TEM CARRO NO RANKING DOS MAIS ESPERADOS MARIA SALÉSIA Com assessoria sallesia@hotmail.com

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s portas para a 30ª edição do Salão de São Paulo, maior evento automotivo da América Latina, já estão abertas e até o dia 18 deste mês o público vai poder apreciar, fazer test-drive e até levar para casa grandes marcas do mercado automobilístico. A festa acontece no São Paulo Expo, localizado na zona sul da cidade e traz como destaque os carros elétricos “populares”. Com público esperado de 700 mil pessoas, serão apresentados mais de 500 modelos de 30 montadoras. Além de conhecer os carros, os visitantes poderão dirigir alguns deles em uma área externa de 23 mil m², com pista de quase 2 km de circuito. E nesta vitrine, Alagoas não ficou de fora. É que a montadora Caoa Chery, que tem a concessionária Autochina representante da marca no estado, garantiu seu stand. Inclusive, o Chery Tiggo 4 está no ranking dos carros mais esperados. Além do que, o SUV compacto deverá ser o primeiro Caoa Chery produzido em Anápolis, Goiás. Toda a linha Caoa Chery tem feito sucesso pelas bandas

Versão com câmbio manual e pintura sólida custa R$ 59.990; com caixa automática tipo CVT, são R$ 66.990 iniciais. de cá e está disponível na Autochina , loja localizada na Avenida Durval de Góes Monteiro, no bairro do Jardim Petrópolis, em Maceió. Prova disso é que o Tiggo 2 está sendo bem aceito pelo público alagoano, já que pode transitar no campo ou na cidade. Porém, é ideal para trafegar em vias urbanas, onde se mostra mais ágil e flexível, com direção fácil e leve, suspensão firme e confortável para este tipo de uso. “Com a chegada do Tiggo 2 começamos a colher bons frutos. O interesse dos clientes só tem aumentado”, comemorou Gena Castro, gerente comercial da Autochina, ao acrescentar que o custo-benefício tem conquistado os alagoanos. Realmente o Tiggo 2 chegou para ficar. Além do design, merecem destaques a altura do

solo de 188 milimetros, uma das mais altas entre os SUVs, amplo espaço interno e conteúdo tecnológico. Na dianteira, o veículo tem linhas modernas e um conjunto ótico com luzes diurnas em leds. Na traseira as linhas fluídas continuam, as lanternas mantêm a harmonia do modelo e as luzes de neblina dão mais segurança. O Tiggo 2 é bastante acessível, desde a versão de entrada com câmbio manual que custa a partir de R$ 59.990. Vale ressaltar que nesta versão o modelo já oferece direção elétrica, freios ABS com EBD, rodas de liga-leve 16″ com sistema de monitoramento das pressões dos pneus, ar-condicionado, pacote elétrico completo, ISOFIX, sensor de estacionamento traseiro, DRL (luz diurna de rodagem) e luzes traseiras de

neblina, entre outros itens. No entanto, nas versões mais completas, à ACT com câmbio manual ou automático são acrescidos central multimídia, câmera de ré, volante multifuncional, piloto automático, ar-condicionado automático e volante em couro, banco em couro ou sintético, teto solar, controle de tração, controle de estabilidade e assistente de subida. Se a versão com câmbio manual e pintura sólida custa R$ 59.990, a com caixa automática tipo CVT, são R$ 66.990 iniciais. Outro ponto forte do Tiggo 2 é o espaço interno, pois proporciona conforto aos passageiros devido às dimensões do carro: um entre-eixos de mais de 2 metros e meio, uma altura de 1,57m e largura 1,76m que permitem acomodar bem cinco ocu-

pantes. O SUV tem 4,20m de comprimento, no porta-malas espaço para 420 litros. O Tiggo 2 automático é oferecido em duas versões: o Look – Itens de série: ar-condicionado automático, direção hidráulica, vidros, travas e retrovisores elétricos, rodas de 16 polegadas, luz diurna de rodagem, controle de velocidade de cruzeiro, sensor de estacionamento com câmera de ré e central multimídia. E o Act – itens de série: equipamentos da Look, mais bancos de couro, controles de tração e estabilidade e teto solar. Com tanto diferencial, o Tiggo 2 quer ser nova porta de entrada para o mundo dos SUVs. Em Alagoas as portas da Autochina já estão abertas e esperando o cliente para fazer sua aquisição.


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Salão tem nova pegada

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m passo em direção à eletromobilidade bem mais forte que o evento de dois anos atrás. Assim será o Salão do Automóvel de São Paulo, de 8 a 18 de novembro. Entre protótipos e modelos de série (inclusive em testes de condução) movidos a bateria haverá uma dezena, sem contar híbridos convencionais e plugáveis. Em sua 30ª edição, será o maior até hoje realizado com 110.000 m², incluindo as pistas externas. Números superlativos: 29 fabricantes (seis marcas, sendo quatro de dois grupos automobilísticos, não participam este ano); mais de 540 veículos em exposição; 1.200 horas de atividades interativas e cerca de 100 eventos paralelos. O organizador Reed-Alcântara estima atrair mais de um milhão de fãs pelas redes sociais. Dos sempre aguardados veículosconceito, pelo menos dois vão atrair muita atenção: nova picape Volkswagen para concorrer com a Toro e o primeiro SUV da Fiat de porte médio-grande. Ambos estarão

bem próximos das versões definitivas, mas à venda somente em médio prazo (até 18 meses após o Salão), ou seja, 2020. Carros elétricos serão mais motivo de curiosidade do que realidade no mercado brasileiro, apesar do esforço de fabricantes e importadores em divulgar e estimular seu uso em um evento tão importante. A começar pelo preço de aquisição bastante elevado, infraestrutura por montar, custo das baterias de reposição e sua reciclagem final, valor de revenda e autonomia baixa para dimensões continentais do País. Inexiste, ainda, a possibilidade de subsídio pela difícil situação das contas públicas nacionais. Na Europa, por exemplo, alguns governos pagam até 10.000 euros (R$ 43.000) para quem adquirir um elétrico a bateria. Na semana passada, em São Paulo, a 18ª Conferência Internacional Datagro dedicou um painel, moderado por este colunista, às novas tendências em tecnologia automotiva. João Irineu Medeiros, da

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FERNANDO CALMON

FERNANDO CALMON fernando@calmon.jor.br FCA, frisou que a rota tecnológica mais próxima da realidade brasileira deveria incluir uso de etanol em veículos híbridos e plugáveis associado a motores de combustão interna flex de alta eficiência. Em termos de emissões absolutas (ciclo de vida) de CO2 principal gás de efeito estufa responsável por mudanças climáticas, um híbrido flex consumindo o nosso combustível vegetal alcançaria no final da próxima década, com os avanços previstos no programa Rota 2030, algo como 14 g/km de CO2. Na Europa, considerando a participação média da energia elétrica gerada por fontes fósseis, essa referência para um carro elétrico puro seria de 82 g/km. Se os europeus conseguissem, também em 2030, limpar 100%

de sua geração de eletricidade (improvável, nesse prazo) chegariam a 10 g/km. Besaliel Botelho, da Bosch, mostrou estudo da companhia apontando 2030 como a data mais provável em que o preço de um automóvel elétrico fique bem próximo ao de um convencional a gasolina. Ainda assim, haveria uma dependência de lítio e cobalto para produção de baterias. Para se ter ideia, um telefone celular utiliza 2 a 3 gramas de lítio, enquanto um automóvel médio exige nada menos de 40 kg. Enquanto isso não se resolve, quem for ao Salão poderá testar um carro elétrico para admirar baixo ruído a bordo e torque exuberante logo ao arrancar. Divirtam-se.

ALTA RODA n PRIMEIRO automóvel nacional com chip 4G na central multimídia, permitindo tráfego de dados e acesso à internet, será Chevrolet. O sistema admitirá pagamentos online e no futuro interação com a infraestrutura. A empresa, ao anunciar a novidade no Salão do Automóvel de São Paulo, não revelou ainda o modelo. Tudo indica que será o novo Onix, dentro de um ano. n PARA defender liderança entre SUVs compactos, Honda fez retoques no HR-V 2019 típicos de meia geração. Novos faróis, para-choque, grade, lanternas traseiras de LEDs, rodas de 17 pol. e suspensão recalibrada. Melhorou o isolamento acústico; fez ajustes no câmbio CVT. Motor manteve 140 cv (1 cv a mais com gasolina do que com etanol, estranho). R$ 92.500 a R$ 108.500. n CITROËN C4 Cactus, no uso diário, demonstra desempenho bem acima da média do seu segmento graças ao motor turbo de 1,6 L. Na realidade, até “sobra”, mas sem afetar

tanto o consumo. Atmosfera interna agrada, em especial pelo espaço para cabeça de todos os ocupantes e para pernas no banco traseiro. Plásticos internos poderiam melhorar. Porta-malas, apenas 320 litros. n QUEM pensa que o motor de combustão interna já deu o que tinha que dar, está enganado. Na Europa, unidades a gasolina já conseguem consumo praticamente igual a diesel (estrada, 25 km/l) por meio de recursos como turbos de geo-

metria variável, desligamento de 50% dos cilindros e até do motor para aproveitar o “embalo” sob algumas condições de uso. n CICLOS de euforia e depressão continuam com sinais trocados entre Brasil e Argentina. Aqui, o mercado vai muito bem, enquanto o argentino entrou em forte recessão este ano. Lá, o clima de pessimismo resvalou para o cancelamento do Salão do Automóvel de Buenos Aires, em julho de 2019. Isso ainda pode se reverter. Até o governo federal tenta ajudar.


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Bingo solidário acontece dia 30

TODOS POR MARCELINO RENDA SERÁ REVERTIDA PARA TRATAMENTO DO JORNALISTA E RELAÇÕES PÚBLICAS PORTADOR DE ELA MARIA SALÉSIA sallesia@hotmail.com

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inda há tempo para adquirir um convite e participar do Bingo Solidário em prol do jornalista, relações públicas e cronista esportivo alagoano Marcelino Freitas Neto, diagnosticado há pouco mais de um ano com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).Promovido pelo Grupo Jornalistas Solidários e o Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal), o evento acontece dia 30 de novembro, às 19 horas, na sede do Conselho Regional de Psicologia (CRP/AL), no bairro do Farol, em Maceió. Para participar do Bingo Solidário é fácil e custa pouco. Basta adquirir convites no valor de R$ 10,00 (cada) e trocá -los por cartelas, que serão distribuídas no dia do evento. Os pontos de venda ficam na sede do Sindjornal, no bairro do Prado, e do CRP, no Farol. Além de colaborar com custeio de despesas de Marcelino, os prêmios são atrativos à parte. Que tal levar para casa um objeto de arte, um relógio de pulso, algumas peças inusitadas e até alianças para selar o amor? E como descrever a emoção de ganhar uma camisa do CSA e continuar comemorando a ascensão do time para a série A? A empolgação não será diferente com o torcedor do CRB que também poderá levar a sua e sair por aí exibindo o orgulho de continuar firme na Série B.

Marcelino Freitas luta há mais de um ano contra ELA

Para tanto, seja solidário. Marcelino e familiares continuam confiantes. Atualmente, o jornalista encontra-se na casa da irmã, Glória Freitas, em Maceió, sob os cuidados de uma equipe multidisciplinar de home care custeada pelo Estado, conforme decisão judicial em ação civil pública proposta pela Defensoria Pública de Alagoas. A iniciativa de continuar a campanha Todos por Marcelino se deve às despesas com infraestrutura e outros cuidados para facilitar a mobilidade do jornalista. Vale ressaltar que no início deste ano, o grupo promoveu a venda de uma rifa e um bazar solidários em prol do jornalista. Marcelino Freitas Neto é filho do jornalista João Vicente Freitas Neto, o camarada Freitas Neto, e de Maria das Graças de Carvalho Freitas. O casal morreu há 21 anos na queda de um avião, no mar do Caribe,

depois de decolar de Santiago de Cuba em direção à capital cubana, Havana. ELA A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença caracterizada pela degeneração progressiva dos neurônios motores no cérebro e na medula espinhal. Com a interrupção do envio de impulsos para os músculos, tem-se uma atrofia muscular, seguida de uma fraqueza crescente. SERVIÇO O quê: Bingo Solidário – Todos por Marcelino Quando: 30 de novembro, às 19 horas Onde: Conselho Regional de Psicologia (CRP) - Rua José Silveira Camerino,291, Farol Contribuição: R$ 10,00 (cada convite/cartela) Mais informações: (82) 99942-0547 e (82) 99607-5150

Artistas alagoanos doam obras de arte para o Bingo Solidário; caneta, relógio de pulso, peças de cerâmica e joias também fazem parte da lista de objetos arrecadados para o evento em prol de Marcelino Freitas Neto


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ABCDO INTERIOR robertobaiabarros@hotmail.com

Fato “histórico”

Nova polêmica

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informação é de um advogado que pediu para não ter o seu nome citado: “O ato normativo que alterou dispositivos do regimento interno, com a finalidade de convocar a eleição da mesa diretora para o biênio 2019/2020, padece de vícios que precisam ser corrigidos. Diante desse cenário, um grupo de vereadores avalia que deve ser feito novo projeto de resolução, a ser submetido à apreciação de seus pares, inclusive com a revogação da eleição ocorrida em 04 de maio de 2017, no qual foi eleito como presidente do Poder Legislativo de Arapiraca Léo Saturnino, e posterior convocação de outra eleição”.

Repercutiu na Câmara

A decisão do prefeito Rogério Teófilo (PSDB), anunciada esta semana, de retaliar os ex-aliados políticos e demitir pais de família e servidores lotados em várias secretarias continua repercutindo negativamente na Câmara de Arapiraca. O vereador Rogério Nezinho (MDB) criticou veementemente a atitude do prefeito. “Ele mesmo disse que iria acabar com a influência política e agora está cuspindo no prato que comeu”, disparou.

Sem transparência

O parlamentar também condenou a falta de transparência da gestão de Teófilo. “O prefeito não revelou a quantidade de servidores demitidos e não teve a coragem de citar os nomes dos políticos, os mesmos que foram os responsáveis por sua vitória na eleição de prefeito”, acrescentou Rogério Nezinho.

Obras paralisadas

Em pronunciamento feito no plenário da Câmara Municipal, o vereador emedebista fez um elogio ao colega Willomaks da Saúde (PRP), que cobrou da administração municipal uma explicação de tantas obras paralisadas em Arapiraca. “É uma gestão lenta e sem nenhuma ação para o povo do município”, reafirmou Nezinho.

Ainda de acordo com o vereador, nunca na história de Arapiraca a cidade passou um ano sem um cronograma de inaugurações, durante as comemorações alusivas à emancipação política da cidade. Ele lembrou que, em outras administrações, como da ex-prefeita Célia Rocha e Luciano Barbosa, hoje vice-governador de Alagoas, no mês de outubro, quando se comemora o aniversário de Arapiraca, as obras eram realizadas por todo o município e nessa gestão nenhuma foi realizada.

Não aparecem

“É grande o número de licitações de obras em Arapiraca, anunciadas pelo prefeito Rogério Teófilo, mas essas obras nunca aparecem”, declarou. Rogério Nezinho disse que há dois anos vem cobrando da administração municipal mais empenho na máquina administrativa, principalmente com relação às indicações dos vereadores, e que quase sempre não são atendidas. O parlamentar cobrou do Poder Legislativo de Arapiraca uma posição quanto às indicações enviadas para as secretarias municipais e que não tiveram resposta dos secretários da gestão de Teófilo.

Sem atenção

“Ele só responde a quem quer. Não dá a mínima atenção para as indicações dos vereadores e que são feitas em nome da população”, comentou o vereador, afirmando que o Poder Legislativo não está omisso em suas cobranças para a administração municipal e, segundo ele, cumpre o seu papel de fiscalizar a gestão em nome da sociedade arapiraquense.

Salário atrasado

E os servidores contratados do município de Teotônio Vilela, no Agreste alagoano, estão sem o salário referente ao mês de outubro. A informação foi confirmada no início da noite da quarta-feira, 7, por alguns servidores que ainda não receberam os proventos.

Recebem hoje

A Prefeitura de Teotônio Vilela realiza o pagamento de todos os servidores, geralmente, no último dia do mês trabalhado. Mas, até o momento, os funcionários da folha dos contratos não tiveram seus salários depositados em conta, e não há previsão para os pagamentos. Porém, por meio de sua assessoria, a Prefeitura informou que apenas uma ou outra secretaria ainda não efetuou o pagamento, e que até esta sexta-feira, todos servidores receberão seus salários. (com 7segundos).

Usou a tribuna

Na tarde da última quarta-feira (7), o deputado estadual Tarcizo Freire (PP) fez uso da tribuna na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) para parabenizar o presidente eleito, Jair Bolsonaro, pela vitória. “No dia 7 de outubro, a nação brasileira, num movimento nunca visto, foi buscar nos arquivos do coração um sentimento há muito tempo silenciado. O povo brasileiro estava sendo vítima de uma ideologia liderada por um partido que tinha em vista o poder absoluto da nação e, por isso, usou toda espécie de artimanha para sufocar o sentimento de brasileiros, usando como arma a mentira, falcatruas diversas, que pudessem alienar e corromper os poderes constituídos e aos poucos foi levando o país ao caos

PELO INTERIOR ... E o prefeito de Arapiraca, Rogério Teófilo, prometeu e cumpriu: em uma canetada só demitiu cerca de 700 servidores comissionados. Nas redes sociais, Teófilo publicou uma gravação com as seguintes justificativas:

tes”, disse.

... “Estamos separando o joio e o trigo na administração. Muita gente dizendo que defenderia Arapiraca, mas queria defender só os seus próprios interesses. A prefeitura está livre desses políticos. Não foi fácil identificar”.

... O Novembro Azul, mês de prevenção ao câncer de próstata, já começou e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Palmeira dos Índios realizou uma caminhada de conscientização pelas ruas da cidade.

... Sem revelar os nomes dos exonerados, Teófilo contou que apenas servidores “que trabalham de forma eficiente para a população” continuarão no quadro de funcionários da prefeitura. “Prefeitura está leve e de mãos dadas com os 240 mil habitan-

... O evento, realizado na quarta-feira (7), teve parceria com o 10° Batalhão da Polícia Militar e foi promovido pela coordenação da Atenção Básica e Programa Saúde do Homem, e teve a presença de policiais e servidores da SMS.

... “Agora daqui pra frente é trabalhar pra fazer Arapiraca crescer. O avanço é certo. Conto com todos vocês”, completou.

... Após a caminhada, que findou na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), houve palestra sobre o câncer de próstata com o tenente Herculano e serviços de saúde à disposição. ... O comandante do 10° BPM, coronel Vanderlei, falou da parceria positiva entre a PM e SMS em ações de saúde pública. “Agradecemos pela parceria e à secretária Kátia ter disponibilizado todo esse espaço e serviços, abraçamos a causa e agradecemos também a presença dos policiais”, disse o comandante. ... Aos leitores da coluna, desejamos um excelente final de semana, repleto de paz e saúde. Até a próxima edição. Fui!!!


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MEIO AMBIENTE

Sofia Sepreny da Costa s.sepreny@gmail.com

Fusão de ministérios

Com a eleição do presidente Jair Bolsonaro a polêmica sobre a unificação do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Agricultura voltou à tona. Por isso, é importante lembrar o porque o MMA é essencial. Um dos pontos mais relevantes é o fato de o Brasil ter a maior floresta tropical e 12% de água doce do planeta, além de desenvolver as ações contra o desmatamento, incêndios florestais. Por esses e muitos outros motivos, o MMA necessita de uma estrutura própria e fortalecida.

Transposição do São Francisco

O Ibama autorizou o funcionamento do Eixo Leste do Projeto de Transposição do Rio São Francisco no último dia 23. Para a emissão da licença foram avaliados programas ambientais de monitoramento da qualidade da água, conservação de fauna e flora, fornecimento de água e apoio técnico para pequenas atividades de irrigação, conservação e uso do entorno e das águas dos reservatórios. Além disso programas de educação ambiental das populações envolvidas, monitoramento e controle de processos erosivos, recuperação de áreas degradadas pela obra e planos de ação para situações de emergência foram avaliados. A da Licença de Operação está condicionada à continuidade da execução dos planos e programas socioambientais aprovados pelo Ibama.

Papel higiênico

A demanda mundial por papel higiênico está ampliando o desmatamento no cerrado brasileiro. Isso porque o final da cadeia de fornecimento de eucalipto pode estar alimentando conflitos de terras, grilagem, deslocamento violento de comunidades tradicionais e o desmatamento ilegal de grandes áreas de vegetação nativa no Brasil. As plantações de eucalipto do país são incentivadas pela possibilidade de venda para a Suzano, a quinta maior empresa do Brasil, produtora brasileira de celulose. Em abril, a empresa comprou por US$ 12 bilhões a Fibria, outra grande empresa do ramo. Uma vez concluída, essa fusão fará da Suzano a maior empresa de papel e celulose do mundo. Hoje, ela controla mais de 1,2 milhão de hectares no Brasil e assim que obter a propriedade da Fibria, supervisionará uma área quase duas vezes maior, colocando em perigo a vegetação nacional.

Animais selvagens

Um estudo realizado pela da organização não governamental WWF (World Wildlife Fund) divulgado na quarta-feira, 30, revela que o mundo perdeu 60% dos animais selvagens em 40 anos. O relatório Planeta Vivo 2018apresenta uma imagem preocupante dos impactos humanos prejudiciais na vida selvagem, florestas, oceanos, rios e clima. Ao mesmo tempo, chama atenção para a curta janela de tempo para ação e a necessidade urgente de adoção em larga escala de novas abordagens para a valorização, proteção e restauração da natureza. O estudo reitera algo já divulgado antes: o mundo está em uma crise planetária causada pelos seres humanos e pouco está sendo feito para mudar isso.

Indonésia

Em Surabaya, uma cidade na Indonésia, passageiros podem trocar lixos plásticos por passagens de ônibus. O país é o segundo que mais contamina os oceanos com plástico, perdendo apenas para a China. A campanha é para diminuir a poluição e se tornar um local sem plástico até 2020. Um ônibus pode coletar até 250 Kg de garrafas por dia, ou 7,5 toneladas ao mês. Dez copos plásticos ou 5 garrafas valem um bilhete no transporte de 2 horas.


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