Edição 998

MALAS PRONTAS George Santoro pode trocar Secretaria da Fazenda por uma diretoria do BNDES P/2

FIM DE CARREIRA Cícero Almeida perde mandato de deputado federal e suplente Val Amélio assume a vaga P/8

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MACEIÓ - ALAGOAS ANO XIX - Nº 998 - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

ROMBO DO IPREV MP RENOVA AÇÃO CONTRA MARCILENE COSTA POR DESVIO DE R$ 40 MILHÕES Denunciada por improbidade, ex-secretária de Finanças de Maceió tenta escapar da Justiça P/5

STJ DECIDE DIA 21 DESTINO DE CÍCERO AMÉLIO, CONSELHEIRO DO TCE P/6 E 7

CONCURSO DOS CARTÓRIOS EMPACA NO CNJ E NÃO TEM PRAZO DE REALIZAÇÃO P/12

PERÍCIA: ARMA QUE MATOU VEREADOR NÃO PERTENCE A BAIXINHO BOIADEIRO P/9

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MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

Santoro no BNDES

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– George Santoro pode deixar o comando da Secretaria da Fazenda de Alagoas para assumir uma diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a convite da equipe de Joaquim Levy, de quem é amigo.

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– Se confirmada a troca, o governador Renan Filho perde um de seus principais assessores, mas ganha uma ponte para o governo de Bolsonaro a quem fez oposição na eleição presidencial, ao lado de Renan-pai.

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– O próprio senador Renan Calheiros, que liderou a campanha anti-Bolsonaro em Alagoas, já emitiu sinais de que não fará oposição ao novo governo central, até porque sua adesão ao presidiário Lula da Silva visava apenas os votos do PT no estado para garantir sua reeleição.

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– Novo governo, novas alianças e o amigo Lula que cuide de cumprir sua pena em Curitiba, na expectativa de novas condenações por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio, peculato e outros crimes catalogados no Código Penal Brasileiro.

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– Na possível saída de Santoro seu lugar poderá ser ocupado pelo economista Fabrício Marques Santos, atual secretário de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), que já participou da equipe de Santoro no cargo de secretário especial da Sefaz e depois como secretário especial do Tesouro Estadual.

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– Fabrício Marques desembarcou em Alagoas junto com Santoro e outros assessores trazidos por Renan Filho para gerir as finanças do Estado. Também participou da equipe econômica de Santoro no Rio de Janeiro como coordenador de Assuntos Federativos da Secretaria de Fazenda.

Gabinete Civil

Após dar um freio de arrumação na área da saúde, o advogado Christian Teixeira pode ser convocado para o Gabinete Civil, outra área sensível do Governo Renan Filho.Tido como dos mais qualificados do staff do governador, Christian também pode assumir qualquer outro órgão, liberando a cobiçada pasta da Saúde para acomodar Maurício Quintella ou Marx Beltrão.

Máfia dos cartórios

O milionário lobby dos cartórios garantiu outra fonte de receita com seus amigos no Senado, que aprovaram projeto criando uma espécie de “protesto unilateral”, em que o otário do cidadão nem precisa ser notificado, tampouco reconhecer a dívida.

A vigarice define que qualquer papel “ainda sem eficácia de título executivo e sem assinatura do devedor” pode ser protestado em cartório.

O achaque só termina quando se quita a dívida. E pagas as taxas do cartório, é claro. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

“Jornalismo é oposição.

O resto é armazém de secos e molhados” (Millôr Fernandes)

COLUNA SURURU DA REDAÇÃO

Concurso vergonhoso

O osso do MDB

O processo que definirá as regras do concurso dos cartórios em Alagoas enganchou no CNJ e não tem data para conclusão.

Vale lembrar que Alagoas é o único estado que ainda não cumpriu essa determinação constitucional.

O gargalo reside no fato de que muitos juízes alagoanos têm parentes aboletados nessas capitanias e não querem largar o feudo.

A situação é tão escandalosa ao ponto de a maioria dos desembargadores se julgar suspeita para coordenar o famigerado concurso, já que todo mundo tem interesses em jogo.

Como diria Boris Casoy, isto é uma vergonha!

Marx fecha porta

Castigo divino

Ao condicionar a troca do mandato por um cargo no Estado à garantia de apoio a Bolsonaro, o deputado federal Marx Beltrão fecha a porta para Lessa e Carimbão.

A chance vai para Emmanoel Fortes, o terceiro suplente, que não morre de amores por Lula e sua gangue e não terá problemas em apoiar Bolsonaro.

O deputado federal Givaldo Carimbão brigou com o bispo e perdeu a eleição. Já o deputado estadual Ronaldo Medeiros brigou com o padre e também perdeu a eleição.

Moral da história: quem desafia a Igreja perde o mandato e põe em risco o próprio pescoço.

Destino de Amélio

Fazendo escola

O futuro do conselheiro Cícero Amélio, do Tribunal de Constas de Alagoas, será decidido pelo STJ no próximo dia 21.

Afastado há dois anos por falsidade ideológica e prevaricação, Amélio pode até perder o emprego, não pelos crimes de que é acusado, mas por interesses políticos em jogo.

A vaga que Amélio ocupa no TC é da alçada do governador do Estado, que pretende botar na Corte alguém da sua confiança. E tem muita gente na fila.

A ascensão de JHC e Rodrigo Cunha tem incomodado muito o deputado Olavo Calheiros, que os acusa de denegrir a imagem do Legislativo para se promo-verem politicamente.

Tal preocupação tem levado Olavo a lutar pelo comando da Assembleia para “barrar” o surgimento de novas liderança dispostas a seguir os caminhos de JHC e Cunha.

O MDB velho de guerra emitiu sinais de que não pretende largar o osso do poder tão cedo. Os caciques do partido que sobreviveram ao escrutínio das urnas estão unidos em torno da candidatura de Renan Calheiros à presidência do Senado como forma de sobrevivência da própria legenda.

Nesse diapasão, Renan e Michel Temer se reuniram no Planalto e anunciaram um cessar-fogo na guerra que antecedeu as eleições gerais. Passado o pleito, a ordem é convencer os senadores a apoiarem a candidatura de Renan à presidência da Casa, cargo que já ocupou por três vezes.

Escândalo O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco emprega filhos, noras, enteados e cunhados de desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado e de deputados estaduais. Todos eles com altos salários e sem concurso público.

Deve ser terrível viver em um estado onde o Tribunal de Contas funciona como cabide de empregos para a elite dominante.

Escola plural

“Escola sem partido é a escola de partido único. Já se fez escola sem partido na União Soviética e na Alema-nha nazista. Não deu certo. A gente tem de ter escolas com todos os partidos”.

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MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

JORGE OLIVEIRA

SS, bajulador da ditadura

arapiraca@yahoo.com Siga-me: @jorgearapiraca

Brasília - No dia 12 de dezembro Silvio Santos completa 88 anos divertindo seus fãs nos programas aos domingos no SBT. Deve ser o showman mais longevo da televisão brasileira. Próximo de completar 90 anos no palco, oferecendo dinheiro nos seus programas de auditórios, SS tem provocado risos em seus telespectadores mais fiéis pelas falhas de memória frequentes nas suas apresentações domingueiras.

Mas não considere que Silvio Santos está gagá. Aquelas “besteiras”, como diz Patrícia, uma de suas filhas, é jogo de cena. Ele ainda está muito vivo e esperto para ganhar dinheiro. E para isso é capaz de jogar os escrúpulos às favas, como dizia o coronel Jarbas Passarinho, ministro da Educação na ditadura, quando percebe que seus interesses empresariais podem ser molestados.

Bem-vindo

A dose de bajulação foi dupla. Na mesma semana, SS abriu os microfones da emissora para que o capitão Bolsonaro doasse uma quantia em dinheiro – não revelada – para o Teleton, um programa que tem como finalidade fazer ajuda social, tipo Criança Esperança da Globo.

Viva!!

Silvio Santos deu as boas-vindas ao capitão e falou da sua satisfação de tê-lo como novo presidente da República. Declarou seu voto publicamente e abriu o espaço da emissora para o presidente eleito, enaltecendo as qualidades de Bolsonaro como novo parceiro da sua organização.

Ao notar que existe uma tendência do Bolsonaro de prestigiar a Record, do bispo Edir Macedo, com verbas oficiais generosas, transformando a rede evangélica em porta-voz do seu governo, Silvio Santos saiu na frente para agradar, como um vassalo, o presidente eleito. Foi ao baú da história e desenterrou de lá de dentro slogans da ditadura militar como o “Ame-o ou Deixe-o” para se apresentar ao Bolsonaro como o filhote mais devotado do então regime militar, que o transformou em um dos homens mais ricos do país pela bajulação explicita a todos os generais que passaram pelo poder.

Silvio Santos foi mais longe: abriu a programação da sua rede de televisão para enaltecer a ditadura de triste memória.

Além da vinheta “Ame-o ou Deixe-o”, o apresentador iniciou uma programação que encerra sempre com “Brasil de encantos mil”, “Pra frente Brasil”, “Eu te amo, meu Brasil”. Depois da reação de milhares de pessoas na internet, condenando a atitude da rede pela volta do ufanismo militar, o SBT tirou as peças do ar com a desculpa de que não tinha se apercebido de que essas marcas relembravam um período negro da ditadura.

Uma desculpa esfarrapada, pois, na verdade, o que SS se propôs foi interligar-se ao Bolsonaro por meio da mais insidiosa propaganda da ditadura militar que ia sempre ao ar para esconder o governo sangrento do general Garrastazu Médici, quando pessoas contrárias ao regime eram sequestradas e mortas nos porões da ditadura. Outras eram banidas do país e tinham seus passaportes confiscados. Época obscura em que a imprensa viveu amordaçada, jornais censurados e fechados, jornalistas e estudantes presos. Momentos em que a cultura brasileira sofreu atrofia nas mãos dos censores em Brasília que tinham o poder imperial de proibir músicas e cortar as letras dos compositores.

O SS sabe de tudo isso. Portanto, ao tirar do ar a propaganda que escondia a tortura no governo militar, ele já se satisfez com o recado que enviou ao capitão como fiel escudeiro da ditadura, aproveitando para oferecer seus serviços ao futuro presidente. Aliás, isso não seria nenhuma novidade pois o SBT, durante muito tempo, transmitiu programas oficiais dos generais sob o título “A Semana do Presidente”, em que enaltecia os feitos dos militares e escondia as notícias que falavam de torturas e o desaparecimento de presos políticos no país.

Vexame

Mas, ainda durante o Teleton, os telespectadores foram tomados por mais um vexame do SS. Ao receber a cantora Claudia Leite como uma de suas convidadas, Silvio, dando demonstrações de senilidade, disse que a cantora o “excitava muito”, deixando-a constrangida e encabulada.

Aliado

A ideia do programa era puxar o saco do general Figueiredo, de quem o apresentador recebeu a concessão da TV S. Ele ia ao ar aos domingos no pico da audiência da emissora, na década de 1980, como uma espécie de boletim de divulgação dos atos do governo, mas custeado pelo Estado, até porque o empresário nunca deu murro em ponta de faca.

Censura

Agora, nesse momento de turbulência na imprensa brasileira, quando um presidente-capitão impede que jornais participem de suas entrevistas e declara explicitamente o seu rancor contra a Folha de S. Paulo, os empresários da mídia entraram em pânico. As Organizações Globo, que sempre vão estar ao lado de qualquer governo, já se colocaram à disposição do Bolsonaro nos seus telejornais de rede. Querem, com isso, minar a rede Record, a preferida do Bolsonaro.

Bajulador

Assim, diante dessa nova arrumação, as redes de emissoras querem oferecer ao novo presidente seus melhores serviços de forma bajulativa, submissa e servil. Mas, convenhamos, Silvio Santos exagerou: sem arrodeios mandou um recado direto aos militares de que não quer perder seu lugar de puxa-saco número um. Silvio Santos é e sempre será um colaborador ativo e fiel dos militares brasileiros.

Repercussão

O assédio moral à cantora teve repercussão negativa na internet. Milhares de internautas malharam o apresentador. Criticaram a sua atitude imoral e assediosa.

A própria artista se disse encabulada e escreveu um texto na rede social para marcar a sua indignação diante de assédio moral.

Aviso

A família do Silvio Santos vem dando demonstração de que o patriarca da família já não tem condição de apresentar os programas aos domingos. Demonstraram preocupação quando ele decidiu apresentar o Teleton. É que nos últimos programas, SS tem mostrado lapsos de memórias em relação ao script do programa. Chega a trocar nomes de pessoas, esquetes e falar muita besteira nas suas apresentações.

Interdição

Corre no meio artístico que a família pensa inclusive em interditar o SS, caso ele resista a permanecer como apresentador. Quer, assim, evitar um perigo maior para emissora caso algum ofendido entre na justiça por danos morais. Mas dificilmente Silvio Santos vai largar a televisão, pois já disse que jamais deixaria o palco e os seus programas dominicais, mesmo deixando a família em pânico quando pega no microfone ao som do “Silvio Santos vem aí...”

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MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

20 anos de resistência

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jornal EXTRA está completando seu aniversário de 20 anos de circulação, com a certeza de ter exercido, durante todo este período, um jornalismo sério, destemido e que em certos momentos incomodou todos aqueles que apostavam no anonimato e na impunidade.

Afora os excessos ocasionais em alguns momentos, pelo ímpeto de divulgar fatos que mofavam nos bastidores, mas reparados oportunamente, o EXTRA tem prestado relevantes serviços à sociedade alagoana.

Numa linha editorial comprometida com a verdade, o jornal tornou-se, além de referência e um exemplo para todos, leitura obrigatória nesses 20 anos de circulação graças, diga-se de passagem, à coragem e competência do jornalista Fernando Araújo e seus colaboradores.

Com essa sua missão de enfrentar os poderosos e deixar a população bem informada, o EXTRA espera comemorar outros 20 anos, continuando com seu objetivo de bem informar e proteger a sociedade alagoana.

Esta é a sua missão.

Aventura

O deputado JHC, o mais bem votado deputado federal em Alagoas e 3º secretário da Câmara, quer agora dar um voo mais alto.

Pretende reunir forças – este é o problema – para dirigir a Câmara Federal. No encontro com o presidente eleito Jair Bolsonaro não recebeu nem mais, nem menos, de que o futuro chefe da Nação não iria se envolver na eleição da nova Mesa Diretora.

Destempero

O deputado estadual João Beltrão, convalescendo de enfermidade crônica, sugeriu, vejam só, que o deputado Paulão, somente porque exigiu uma investigação séria sobre o assassinato de 11 bandidos que assaltavam bancos no Nordeste, levasse “uma pisa para aprender”. O deputado era melhor ter ficado calado.

Saia curta

Embora defendendo a ação da polícia, o deputado federal Marx Beltrão, filho do João, foi mais ameno nas suas declarações sobre o episódio. Sobre as declarações do pai, Beltrão fez bem: preferiu ficar calado para não polemizar.

Execução?

O assassinato em massa de 11 bandidos em Santana do Ipanema precisa mesmo ser esclarecido. As circunstâncias deixaram dúvidas e as justificativas não parecem esclarecer com certeza o episódio pois, embora fossem marginais com passagens pela polícia, a chacina teria de ter um real motivo para acontecer.

As dúvidas

Somente com um rigoroso inquérito, isento, é que vai se saber como aconteceram os assassinatos em Santana do Ipanema, uma vez que até agora só se tem mesmo a versão da polícia. Pelo que foi noticiado até o momento não ocorreu tiroteio no local.

Abastecido

Um político muito bem conhecido anda de vento em popa com o fornecimento de combustível para aviação.

Os negócios evoluíram tanto que a comercialização já chega até ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Ninguém sabe qual a influência exercida sobre o negócio milionário.

Sufoco

Mesmo afirmando que aquele não era o momento de um reajuste tão generoso para os ministros do Supremo Tribunal Federal, o futuro presidente Jair Bolsonaro vai ter que cortar na carne para honrar o pagamento definido pelo Senado e que deverá ser sancionado pelo presidente Michel Temer.

GABRIEL MOUSINHO gabrielmousinho@bol.com.br

Combate à corrupção Candidato único à Procuradoria Geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça vai dar prioridade na sua segunda gestão à frente do Ministério Público ao combate à corrupção. O procurador apertou o cerco contra maus gestores municipais nos últimos meses e vai repetir a dose a partir de janeiro.

Turbulência

A situação política do prefeito Rogério Teófilo, de Arapiraca, é cada vez mais delicada. Derrotado nas eleições de 7 de outubro com seus candidatos, ele decidiu mudar todo o seu secretariado e apostar em novos nomes. Terá mais dois anos pela frente para recuperar o prestígio abalado e tentar neste período, se tudo der certo, a reeleição.

Faturando Quem mais faturou com o desgaste político de Rogério Teófilo foi o vice-governador Luciano Barbosa, que trabalha sua candidatura para as eleições de 2020, e a ex-prefeita Célia Rocha, que lidera boa parte do eleitorado daquela região.

É candidato

Deixando a discrição de lado, o senador Renan Calheiros já admite publicamente que poderá, sim, ser candidato à presidência do Senado. Ao se aproximar ao presidente Michel Temer a quem tanto criticou no passado, Renan forra o tapete e começa a trabalhar para garantir os votos necessários para chegar novamente à presidência do Congresso Nacional.

Ficha limpa

O senador eleito pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro, filho do presidente eleito, foi curto e grosso ao falar sobre a sucessão no Senado da República.

Ele diz que vai apoiar um candidato, mas que seja ficha limpa, embora admita que possa conversar com todos

sobre o assunto.

A caminho

O prefeito Rui Palmeira, não tanto como o governador Renan Filho, também vai fazer sua reforma administrativa. Deverá trocar alguns secretários e mexer provavelmente também no segundo escalão. Quer auxiliares comprometidos com o trabalho, o que não vai faltar a partir de janeiro.

Na volta

Ao voltar de férias, o governador Renan Filho deve anunciar as modificações no seu secretariado e anunciar o número de cargos comissionados que serão suprimidos a partir de janeiro. Uma fórmula de apertar o cinto e enfrentar o arrocho que vem a partir do próximo ano.

Herança

O Tribunal de Contas do Estado foi instado a saldar uma dívida de quase R$ 4 milhões com o Alagoas Previdência, desde quando o presidente era o conselheiro Otávio Lessa. O dinheiro, segundo fontes do próprio Tribunal, foi retido referente ao imposto de renda dos servidores inativos do ano de 2016. Um abacaxi para ser descascado pela presidente Rosa Albuquerque.

Disputa na OAB

Fernando Falcão e Nivaldo Barbosa vão disputar, no dia 23 deste mês, a presidência da OAB. Falcão tem recebido apoios dos mais diferentes segmentos da advocacia, enquanto Nivaldo está sendo apoiado pela atual presidente da entidade.

MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

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MP renova ação de improbidade contra Marcilene Costa

ROMBO DO IPREV ACUSADA DO DESVIO DE R$ 40 MILHÕES, EX-SECRETÁRIA DE FINANÇAS TENTA ESCAPAR DA JUSTIÇA

DA REDAÇÃO

D

esde agosto de 2013, quando foi denunciada no Ministério Público Estadual por improbidade administrativa, a ex-secretária de Finanças da Prefeitura de Maceió, Marcilene Oliveira Costa, vem driblando os oficiais de Justiça na tentativa de escapar do processo.

Acusada de desviar cerca de R$ 40 milhões (valor atualizado) do IPREV – Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Maceió - Marcilene Costa foge da citação para protelar a ação civil pública do MP visando escapar da Justiça. A ex-secretária de Finanças descontava dos servidores da Prefeitura e da Câmara, mas não repassava os valores à Previdência.

Cinco anos depois, o Ministério Público renovou a ação de improbidade contra a ex-secretária para evitar a prescrição do caso e a impunidade da acusada. Ao considerá-la foragida, a Promotoria pediu à Justiça que consulte os sistemas dispo-

Casa de veraneio de Marcilene Costa, na Barra de São Miguel, averbada por R$ 50 mil no cartório de São Miguel dos Campos

níveis para obtenção do paradeiro de Marcilene Costa.

Ao fazer sua defesa, no início do processo, a ex-secretária de Finanças na gestão do prefeito Cícero Almeida alegou que era servidora pública municipal e até passava por dificuldades financeiras para manter suas contas em dia e que jamais teria desviado dinheiro do IPREV. No entanto, entre 2008 e 2010, segundo informações passadas ao EXTRA, Marcilene Costa adquiriu um apartamento de luxo na Ponta Verde e construiu uma casa de veraneio na Barra de São Miguel.

Para ocultar seu patrimônio milionário, a ex-secretária fraudou documentos e enganou o INSS, a Receita Federal e até o cartório de

imóveis. Na fraude, averbou a casa de veraneio por R$ 50 mil, enquanto gastou mais de meio milhão de reais na construção da residência, conforme nota fiscal da construtora responsável pela obra. Também registrou o espólio do marido em outro município, para burlar futuras investigações do Ministério Público.

Contra Marcilene Costa constam ainda denúncias de irregularidades em sua aposentadoria como fiscal de tributos do município, com indícios de fraudes no processo, que teria sido comandada por uma irmã da ex-secretária, servidora do próprio IPREV. Todas essas acusações serão investigadas pelo MP no curso do processo de improbidade.

OUTROS INVESTIGADOS Além da ex-secretária Marcilene Costa são investigados nesse processo o ex-prefeito Cícero Almeida; o ex-secretário de Saúde de Maceió, Adeilson Loureiro Cavalcante; o ex-superintendente da SMTT, Ranilson Pedro Campos Filho; o ex-secretário de Educação, José Mário Carneiro de Barros; o ex-superintendente da Limpeza Urbana, José Roque da Silva; o ex-presidente

da Companhia de Administração e Recursos Humanos, Marcos Albuquerque de Lima; o ex-superintendente de Iluminação Pública, Luciano de Carvalho Santos; e o ex-presidente do IPREV, Leandro Fontes Pereira.

Todos esses já foram citados na ação civil pública por improbidade administrativa ajuizada pela 14ª Promotoria de Justiça da Capital.

Só Marcilene Costa vem driblando os oficiais na tentativa de escapar da Justiça.

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MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

Destino de ex-presidente do TCE deve ser decidido dia 21

AMÉLIO NA BERLINDA ACUSADO DE PREVARICAÇÃO, ELE PODE PERDER O CARGO DE CONSELHEIRO VERA ALVES veralvess@gmail.com

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Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) retoma na próxima quarta-feira, 21, o julgamento da ação penal em que o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Cícero Amélio da Silva, é acusado pelo Ministério Público Federal de falsificação de documento público e prevaricação.

Iniciado em junho último, o julgamento foi retomado em agosto e novamente suspenso devido ao pedido de vistas do ministro João Otávio Noronha, e já contava com dois votos pela perda definitiva do cargo proposta pelo relator, o ministro Herman Benjamin.

Composta por 15 dos 33 ministros que integram o STJ, a Corte Especial se reúne a partir das 9 horas para prosseguir com a votação do relatório na Ação Penal 830 que tramita no STJ desde fevereiro de 2016. A ação investiga a conduta de Amélio, que há dois anos está afastado do TCE, no episódio do julgamento das contas do ex-prefeito Benedito de Pontes Santos, de Joaquim Gomes, que também é réu.

Amélio é acusado de em 2014, quando presidia a Corte de Contas alagoana, haver falsificado parecer do TC com o objetivo de evitar que a Câmara Municipal de Joaquim Gomes votasse as contas do ex-prefeito, seu aliado político.

O argumento foi de que Benedito Santos havia protocolado no TC um recurso de revisão ao julgamento

de suas contas e por este motivo a Câmara não poderia julgá-las até o trânsito em julgado do recurso que, de acordo com a declaração emitida por Amélio, teria efeito suspensivo, o que não era verdade.

O então presidente do Tribunal de Contas também reteve por 137 dias o pedido de recurso, que não era de revisão, e sim reconsideração, e que deveria ter sido encaminhado ao relator das contas do ex-prefeito, o conselheiro Anselmo Brito, no prazo de 15 dias após ter sido protocolado. Com a demora, a Câmara de Vereadores perdeu o prazo regimental para análise das contas de Benedito Santos relativas ao ano de 2009.

E o mais grave, mesmo após instaurada a ação penal a pedido do MPF, Cícero Amélio insistiu em participar do julgamento das contas do ex-prefeito, o que gerou uma reprimenda contundente por parte do ministro Herman Benjamin.

No dia 6 de junho, quando o mérito da ação penal foi a julgamento, Benjamin pediu a condenação do conselheiro à pena privativa de liberdade de 3 anos de reclusão em regime semiaberto e pagamento de 100 dias-multa ao valor de 1 salário mínimo vigente à época dos fatos (2014), corrigidos até a data do efetivo pagamento.

Para o ex-prefeito Benedito Santos, o relator pediu pena de 1 ano de reclusão em regi-

me semiaberto e pagamento de 20 dias-multa.

O relator, contudo, propôs a substituição das penas restritivas de liberdade por prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária. Pediu, ainda, a perda do cargo de conselheiro de Cicero Amélio.

Além de Herman Benjamin, integram a Corte Especial os ministros João Otávio Noronha, Maria Thereza de Assis Moura, Felix Fischer, Nancy Andrighi, Laurita Vaz, Humberto Martins, Og Fernandes, Luiz Felipe Salomão, Mauro Campbell Marques, Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Jorge Mussi e Napoleão Nunes Maia Filho. Os dois últimos

declararam seus votos na sessão de junho e acompanharam o voto do relator, enquanto Fernandes, cujo voto foi apresentado no dia 15 de agosto, discordou da perda do cargo de conselheiro.

O relator propôs a substituição das penas restritivas de liberdade por prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária. Pediu, ainda, a perda do cargo de conselheiro de Cicero Amélio.

MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

Os crimes do Amélio e do ex-prefeito

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ícero Amélio foi denunciado pelo Ministério Público Federal como incurso nos artigos 299 e 319 do Código Penal, enquanto o ex-prefeito Benedito Santos foi enquadrado no artigo 304 combinado com o artigo 299. Confira as penalidades: Artigo 299: Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte Artigo 304: Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts.

297 a 302 (discriminam os casos de falsidade ideológica, uso de atestado ou certidão falsos, falsidade de cartão, de atestado médico) Pena - a cominada à falsificação ou à alteração Artigo 319: Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa

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Nomeação de conselheiro foi anulada pelo TRF-5

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ação penal no STJ não é a única pedra no sapato de Cícero Amélio.

No ano passado o Tribunal Federal da 5ª Região (TRF-5) determinou a perda do cargo de conselheiro no julgamento final de um mandado de segurança impetrado pela Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas em setembro de 2007, que chegou a ser arquivado, mas foi retomado em 2009.

Tramitando no gabinete do desembargador federal Fernando Braga, o MS se refere a um imbróglio recorrente quando se trata de preenchimento de vaga de conselheiro no Tribunal de Contas de Alagoas. Neste caso específico, a OAB argumentou – e provou – que Amélio não poderia ter sido indicado para o cargo de conselheiro pela Assembleia Legislativa porque o Legislativo alagoano já havia preenchido sua cota de quatro conselheiros.

Em novembro do ano passado o TRF-5 anulou a nomeação de Amélio, mas ele continua até hoje lotado como conselheiro – com vencimentos mensais de R$ 30.4771,11 mais auxílio-moradia de R$ 4.377,73 – em função de recurso impetrado por seus advogados por meio de embargos declaratórios ainda sem data para julgamento.

Em novembro do ano passado o TRF-5 anulou a nomeação de Amélio, mas ele continua até hoje lotado como conselheiro – com vencimentos mensais de R$ 30.4771,11 mais auxílio-moradia de R$ 4.377,73

Ex-presidente do TCE é um dos taturanas condenados da Assembleia Antes de ser alçado ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas, Cícero Amélio da Silva teve uma prolongada passagem pela Assembleia Legislativa. Foi deputado estadual por cinco legislaturas e acabou sendo um dos envolvidos no maior escândalo de desvio de recursos públicos do Legislativo alagoano desmantelado pela Operação Taturana em dezembro de 2007, seis meses antes de ser nomeado para a Corte de Contas.

Em novembro de 2016 ele foi condenado, junto com outros oito parlamentares e ex-parlamentares, por empréstimos pessoais contraídos junto ao Banco Rural e pagos com a verba de gabi-

nete, ou seja, com recursos públicos.

Desde fevereiro último Cícero Amélio está inscrito no Cadastro Nacional de Condenações Cíveis por Ato de Improbidade Administrativa e Inelegibilidade (acima). A condenação inclui a perda do cargo ou função pública, perda dos direitos políticos por 10 anos e ressarcimento ao erário. No caso dele, o valor cobrado é de pouco mais de R$ 357 mil.

Mas, tal como os demais condenados, permanece no cargo beneficiado por uma decisão do vice-presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Celyrio Adamastor, que suspendeu os efeitos das condenações de todos os ta-

turanas, ignorando por completo as decisões de primeira instância e da 3ª Câmara Cível.

Pela participação no esquema dos taturanas – cujo prejuízo é avaliado em quase R$ 300 milhões – Cícero Amélio também responde a ação penal na Justiça Federal. A APn 877, que inicialmente tramitava no Superior Tribunal de Justiça, dada a condição dele de conselheiro do TC, desceu para a primeira instância em junho por força do entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o julgamento em foro privilegiado se aplica apenas para crimes cometidos no exercício da função pública ou a ela relacionados.

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MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

TSE cassa mandato de Cícero Almeida

FIM DE CARREIRA ALMEIDA PERDERÁ MORDOMIAS POLÍTICAS ANTES DO PREVISTO JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.com

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ano de 2018 foi bem desfavorável para Cícero Almeida (PHS).

Ao perder as eleições por uma vaga na Assembleia Legislativa, Almeida virou motivo de chacota pela votação pouco expressiva para um ex-prefeito de capital (8.405 votos), sendo superado pelo folclórico Papa-Capim (10.324 votos). Após derrota nas urnas, surgiu a denúncia do deputado estadual reeleito Marcos Barbosa de que Ciço teria participado do arrombamento de seu veículo. Cerca de R$ 200 mil sumiram na ação. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

E o que estava ruim no inferno astral do político ficou ainda pior. Almeida, agora, deixou de ser deputado federal. A decisão foi proferida na terça-feira, 13, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por maioria dos votos (6 a 1), o Pleno cassou o mandato do parlamentar em julgamento de duas petições ajuizadas pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB). O fundamento principal do processo foi a violação à proibição legal de desfiliação partidária sem justa causa. Ciço foi eleito no

Infidelidade partidária, prática comum ao longo da carreira política de Ciço, o fez perder a vaga de deputado federal para Val Amélio

pleito de 2014.

O PRTB alegou que, em 30 de setembro de 2015, Almeida comunicou ao juiz eleitoral sua desfiliação da sigla, com posterior ingresso no Partido Social Democrático (PSD), sem apresentar motivo plausível para a troca de legenda. “Como se sabe, no processo de perda de cargo eletivo por desfiliação sem justa causa, recai sobre aquele que se desfiliou do partido político o ônus de demonstrar a ocorrência da justa causa”, destacou o ministro do TSE Jorge Mussi, que, na sessão, apresentou voto-vista. Segundo Mussi, as alegações apresentadas pela defesa do deputado fe-

deral não foram capazes de comprovar a justa causa.

Para o presidente do PRTB em Alagoas, Adeilson Bezerra, a decisão da Justiça Eleitoral, apesar de tardia, foi válida. “Chegou tarde demais, demorou muito esse julgamento. Mas comprovou que o partido tinha razão ao entrar com processo”, informou ao EXTRA. Quem assumirá o resto do mandato de Cícero Almeida é o suplente Val Amélio (PRTB), que já ocupou a cadeira de Ciço em 2016. À época, Almeida se afastou da Câmara Federal, em Brasília, para disputar a Prefeitura de Maceió.

Porém, Val Amélio ainda não foi notificado para as-

sumir a Câmara. “Acredito que devo assumir a responsabilidade de representar Alagoas neste término de mandato. No caso de assumir, serei o único deputado federal do PRTB, partido do futuro vice-presidente do Brasil, General Mourão.

Talvez eu possa contribuir com a transição e buscar algo para nosso estado mesmo que em curto espaço de tempo”, disse.

De acordo com o artigo 22-A da Lei nº 9.9096/1995 (Lei dos Partidos Políticos), perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito (parágrafo acres-

cido pelo art. 3º da Lei nº 13.165/2015).

Ainda segundo a norma, consideram-se justa causa para a desfiliação partidária somente as seguintes hipóteses: mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; grave discriminação política pessoal; e mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente.

DANÇA DAS CADEIRAS Cícero Almeida chegou a mudar de partido 11 vezes. Foi eleito vereador em 2000 pelo PSL, partido de Jair Bolsonaro. Depois foi dar um “oi” no partido de Ronaldo Lessa, o PDT, foi para o PTB e acabou caindo no PP. Em 2012 passou pelo PEN, PSD e PRTB, partido que o elegeu deputado federal em 2014. Voltou ao PSD e decidiu dar uma espiada no MDB, quando se filiou para disputar o Executivo maceioense em 2016. Deu adeus aos Calheiros e embarcou no PHS, mas não antes de passar pelo Podemos.

(Com assessoria)

MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

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Laudo pode inocentar Baixinho Boiadeiro

MORTE DE TONY PRETINHO SEGUNDO PERITO, ARMA DO ACUSADO NÃO FOI USADA NO CRIME momentos de tensão mesmo após um ano da morte do marido. “Nossa morada é nosso carro. Sempre estamos viajando.

Vou poucas vezes a Batalha ver a fazenda da família. Já teve casos de um veículo suspeito aparecer onde moro fingindo ser compradores. Quero vender nossas posses e mudar de estado, mas quero ver meu filho livre primeiro. Não quero sair fugida daqui”.

JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.com

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arma de José Márcio Cavalcante, o Baixinho Boiadeiro, não foi usada na morte do vereador de Batalha Tony Carlos de Medeiros, o Tony Pretinho. Foi o que constatou o perito Sérgio Hernandez, contratado pela família de Boiadeiro. Pretinho, conforme investigações da Polícia Civil, foi executado com uma pistola de 9mm. Já Baixinho Boiadeiro seria proprietário de uma pistola ponto 45. O resultado saiu na quarta-feira, 14, e foi repassado ao EXTRA. O próximo passo da família é anexar o laudo pericial no processo como forma de comprovar a inocência de Baixinho Boiadeiro no assassinato do vereador. “Meu irmão era padrinho da filha mais velha de Pretinho.

Eram amigos. Baixinho não tinha motivos para cometer esse crime”, disse Maria da Conceição Cavalcanti de Melo, mais conhecida como Bahia Boiadeiro. Bahia e Baixinho são filhos do vereador Adelmo Rodrigues de Melo, o Neguinho Boiadeiro.

Neguinho foi executado no dia 9 de novembro do ano passado quando saía da Câmara Municipal de Batalha. Já Tony Pretinho foi morto na frente de sua residência, na noite do dia 15

Mércia e Bahia Boiadeiro, viúva e filha de Neguinho Boaideiro, lutam para provar a inocência de Baixinho

de dezembro. A morte dos dois parlamentares é cercada por mistérios. A Família Boiadeiro acusa a Família Dantas de estar por estar trás das execuções. “Com o resultado do laudo temos certeza que a Justiça e o Ministério Público do Estado vão nos ajudar. A verdade virá à tona”, destacou Bahia.

No dia da morte de Neguinho Boiadeiro, Baixinho Boiadeiro entrou em confronto com o agropecuarista José Emílio Dantas, filho do ex-prefeito José Rodrigues Dantas. Da bri-

ga armada, Dantas saiu ferido, mas sobreviveu. Desde então, Baixinho Boiadeiro é considerado foragido da Justiça. “Nesse dia, Zé Emílio usava duas armas. Uma 380, que estava com registro vencido, e uma 9mm. O laudo pode abrir suspeita para ele ou para outra pessoa. A polícia que investigue agora”.

“No dia do acontecido, José Emílio deu queixa que a arma dele teria sido roubada. Estavam dizendo que a cápsula de 9mm, que estava na troca de tiros, é a mesma das encontradas

na morte do Tony. Meu irmão entregou a arma e provou que essa pistola não era a dele. Então, consequentemente, não foi ele que matou Tony Pretinho”, disse Bahia.

Segundo a advogada Mabylla Loriato, que defende Baixinho Boiadeiro junto com os advogados Tuca Maia e Raimundo Palmeira, o resultado do laudo irá fazer a diferença no processo podendo comprovar a inocência do acusado.

A mãe de Baixinho Boiadeiro, Mércia Boiadeiro, relatou

CASO NEGUINHO BOIADEIRO O vereador por Batalha Alex Sandro Rocha Pinto, o Sandro Pinto, foi um dos acusados de estar envolvido no assassinato do colega de plenário Neguinho Boiadeiro. Além dele, outros dois suspeitos chegaram a ser presos: Maiquel Alves da Silva e Rafael Pinto, sobrinho de Sandro Pinto. Todos se encontram em liberdade, mas com medidas cautelares.

CASO TONY PRETINHO Segundo a Polícia Civil, os acusados na morte de Tony Pretinho são: André Souza dos Santos, o André Barba; Thiago Mariano Tenório e Baixinho Boiadeiro. Barba foi preso no mês de março em Santa Catarina. Tenório e Boiadeiro continuam foragidos.

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MACEIÓ, ALAGOAS - 02 A 08 DE NOVEMBRO DE 2018

IPVA de Alagoas é um dos mais caros do Nordeste

SEU BOLSO MAIS DE 50 MIL ESTÃO INADIMPLENTES COM O IMPOSTO NO ESTADO JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.com

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erca de 54 mil automóveis em Alagoas estão trafegando inadimplentes com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) vencido. De acordo com dados fornecidos pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), a inadimplência de quem deve o imposto chegou a 8,32% até a metade de novembro. Em Alagoas, para o exercício de 2018, a frota que paga IPVA é da ordem de 654 mil veículos. Os números, no entanto, são apenas uma estimativa. Isso porque o condutor tem a opção de dividir o IPVA em até seis parcelas.

“Pode acontecer de dez veículos estarem devendo uma parcela do imposto”, explicou a pasta.

O cálculo do imposto é feito a partir do valor de mercado anual do veículo apurado por meio da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Cada estado cobra uma alíquota diferente, sendo que alguns definem o percentual a ser pago pelo contribuinte conforme a potência dos veículos. É o que acontece em Alagoas. Quem tiver carro de passeio com potência de 81 até 160 hp, a alíquota é de 3%. Com esse valor, o estado é um dos que têm o maior preço de IPVA do Nordeste, empatando com Pernambuco e Rio Grande do Norte.

O IPVA de um Chevrolet Onix, por exemplo, carro bastante popular no país, que custa R$ 39.400, nos três estados citados, custa R$ 1.182. No restante dos estados nordestinos, a alíquota para esse mesmo veículo é de 2,5%, resultando no valor de R$ 985. No ranking

Internautas questionam destino do imposto pago pelos condutores IPVA de um Chevrolet Onix chega a R$ 1.182 em Alagoas

nacional, os estados com IPVA “mais salgado”, com alíquota de 4%, são: Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. O trio do Sudeste cobra para o Onix o valor de R$ 1.576 de IPVA. E as unidades federativas com menor imposto são: Acre, Espírito Santo, Mato Grosso e Rondônia, com alíquota de 2%: R$ 788.

“Quando o pagamento não é feito dentro do prazo, o governo estadual cobra juros e multa por conta desse atraso. Caso não faça nada, os juros continuarão sendo cobrados, de modo que o valor devido seja cada vez maior. Caso essa situação não seja resolvida, pode acontecer de o CPF do proprietário entrar na lista de restrições”, pontuou o advogado Gustavo Fonseca, conhecido na internet pelo site Doutor Multas. “Se o seu nome for inscrito na dívida ativa, pegar um empréstimo ou tomar crédito em geral fica mais difícil. Outra consequência de estar com o IPVA atrasado é que esse é um dos débitos que impedem a obtenção do licenciamento anual”, acrescentou.

Mas, atenção! Do mesmo jeito que o condutor tem a obri-

gatoriedade de estar quite com o imposto junto ao Estado, o devedor também tem direitos.

“Apesar de não serem raros os casos de veículos recolhidos a depósito em blitze após ser constatado que o proprietário está com o pagamento do IPVA atrasado, essa é uma prática ilegal. Primeiro porque esse é um caso de cobrança coercitiva de um imposto previsto na Constituição Federal. E o Supremo Tribunal Federal (STF) já tomou várias decisões no sentido de que esse tipo de ação não é admissível”, explicou.

E ponderou: “Mas se, por consequência do IPVA atrasado, o veículo estar também com o licenciamento vencido, aí é outra história”. Acompanhe vários artigos de Gustavo Fonseca sobre dicas de legislação e trânsito no portal novoextra. com.br.

PARA ONDE DEVERIA IR Não faltam memes na internet de ruas esburacadas com o seguinte questionamento: onde foi parar o dinheiro do imposto.

Segundo a legislação brasileira, metade da contribuição do

IPVA vai para os cofres do município, e a outra metade, dos estados e do Distrito Federal.

Cabe a cada gestor de prefeitura, governo estadual ou distrital definir a aplicação dos recursos, que podem ser destinados para

a manutenção de viadutos e estradas, ou também para a compra de remédios e construção de creches e escolas. Mas cabe ao contribuinte e eleitor exigir os investimentos de todos os impostos nos setores públicos.

Confira os percentuais do IPVA em Alagoas • 1% ônibus, micro-ônibus, caminhões, cavalo mecânico, aeronaves e embarcações; • 0% para as espécies com potência de até 50 cilindradas cúbicas, como as conhecidas cinquentinhas; • 2% para motocicleta, ciclomotor, triciclo, quadriciclo, motoneta e similares, não superior a 150 cilindradas cúbicas; • 2,75% para motocicleta, ciclomotor, triciclo, quadriciclo, motoneta e similares com potência acima de 150 até 400 cilindradas cúbicas; • 3,25% para motocicleta, ciclomotor, triciclo, quadriciclo, motoneta e similares s com potência acima de 400 cilindradas cúbicas; • 2,75% para automóvel de passeio, utilitário, carga ou misto, com potência de até 80 hp; • 3,0% para automóvel de passeio, utilitário, carga ou misto, com potência de 81 hp até 160 hp; 3,25% para automóvel de passeio, utilitário, carga ou misto, com potência acima de 160 hp; • 3,25% para os demais veículos não discriminados nos incisos anteriores; e • 1% para veículos de propriedade de locadoras credenciadas para o benefício.

MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

RESPONSABILIDADE FISCAL

Kil Freitas esclarece exonerações em União dos Palmares Visando sempre a transparência e o bom funcionamento da máquina pública, o prefeito de União dos Palmares, Areski Feitas, exonerou todo o quadro de servidores contratados e comissionados na última segunda-feira, 12.

O objetivo da ação é a saúde financeira e o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, compromisso assumido pelo prefeito para com o município. Segundo ele, as medidas foram adotadas visando combater o excesso de despesa com pessoal, mediante a limitação de gratificações, de horas extras e bonificações, redução da jornada de trabalho, despesas com abastecimento de combustível, além da redução do quadro de comissionados.

Kil Freitas, como é conhecido o prefeito, enfatizou ainda que as medidas são para manter o equilíbrio fiscal e financeiro das contas municipais e que contratos temporários serão estabelecidos para a efetivação dos serviços essenciais ao funcionamento dos órgãos públicos de União dos Palmares.

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MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

Ministro do TST irá indicar nova comissão organizadora

CONCURSO DOS CARTÓRIOS DESEMBARGADOR PAULISTA ABANDONA CERTAME JOSÉ FERNANDO MARTINS josefernandomartins@gmail.com

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e o concurso dos cartórios de Alagoas fosse um filme seria chamado de “A História Sem Fim”.

Em abril de 2019, a promessa de realização do certame completa cinco anos de muito empurra-empurra jurídico em meio a denúncias e polêmicas. E a novidade, nem tão surpreendente assim, é que mais uma vez o concurso voltou à estaca zero. Em agosto, o desembargador paulista Marcelo Martins Berthe foi nomeado pela Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) para presidir a comissão organizadora do certame.

A medida foi necessária porque todos os desembargadores alagoanos alegaram não poder assumir a tarefa pois teriam familiares ou servidores de confiança entre os inscritos. Contudo, Berthe, ao se deparar com problemas administrativos que cercam esse engodo, resolveu “passar a bola”. “Não foi possível dar continuidade ao certame, mesmo com a indicação do desembargador, em razão de dificuldades administrativas. Assim, entendo que a questão deve ser solucionada, ao menos inicialmente, pela própria Corregedoria”, informou o relator do processo e conselheiro Valdetário Andrade Monteiro.

A sugestão do relator ainda é a indicação de um magistrado de fora de terras alagoanas para presidir o certame. E o novo nome escolhido também não irá passar pelo alagoano Humberto

Martins, corregedor Nacional de Justiça. O magistrado, que optou por se distanciar de todos os casos que envolvem sua terra natal, transferiu a responsabilidade para o ministro Aloysio Corrêa da Veiga, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que agora exerce, como substituto, as atribuições de corregedor Nacional nos processos relativos aos órgãos jurisdicionais do estado de Alagoas.

De acordo com a assessoria de comunicação do CNJ, não há prazo para a confirmação dessa nova indicação de magistrado para assumir a comissão organizadora do certame, sendo que o andamento de todo processo depende disso. Sob o número 0003242-06.2014.2.00.0000, a ação, que pode ser consultada no site do CNJ, tramita a passos lentos. A saída do desembargador paulista da comissão se deu no dia 14 de setembro e o último movimento do processo, uma juntada de petição, ocorreu no dia 23 de outubro. O concurso dos cartórios seria o primeiro a ser realizado no estado de Alagoas, único ente da federação a não realizar a determinação da Constituição Federal de 1988.

Em 2014, ano em que foi lançado o concurso, o CNJ apontou várias falhas que deveriam ser sanadas para a realização do certame. Além de um estudo aprofundado para calcular o número de serventias extrajudiciais, o Conselho identificou faltas graves, como superfaturamento no contrato celebrado entre o Tribunal de Justiça de Alagoas e

MENOS BUROCRACIA

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Rumo do concurso será definido pelo ministro Aloysio Corrêa

a Fundação Universitária de Desenvolvimento e Pesquisa (Fundepes), vinculada à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), acordo firmado sem licitação.

Após as irregularidades sanadas, o CNJ enfim deu sinal verde ao certame em dezembro do ano passado, que voltou ao vermelho novamente em abril deste ano após denúncia do candidato Djalma Barros de Andrade Neto. O concurseiro acionou o CNJ porque representantes da Fundepes, empresa contratada para organizar o concurso, revelaram que as provas já estavam prontas há algum

tempo e que tiveram acesso às questões, além dos professores que as elaboraram, 15 servidores que as revisaram. Indagados se tais servidores revisaram as provas de posse de aparelho de telefone celular, a resposta não foi conclusiva.

O CNJ considerou que a empresa não adotou as medidas de segurança necessárias para garantir o sigilo da prova. Na ocasião, tanto a Fundepes como o TJ rebateram o CNJ reforçando a lisura do concurso. O certame dos cartórios visa preencher quase 200 vagas de tabeliães, notários e registradores em todo o estado.

elo que parece, o ministro e conselheiro Aloysio Corrêa da Veiga tem uma visão menos burocrática quando se trata de cartórios. Em junho, o CNJ decidiu impedir, por 8 votos a 6, que os cartórios de todo o país lavrem qualquer tipo de documento que declare a união estável entre mais de duas pessoas, relação conhecida como poliamor.

E o conselheiro Aloysio Corrêa da Veiga foi um dos divergentes. Ele votou no sentido de que os cartórios fossem permitidos a lavrar escritura ao menos declaratória da vontade dos integrantes da união poliafetiva, mesmo que o documento não tivesse nenhum efeito jurídico para fins de herança ou de direitos previdenciário, por exemplo.

“Ainda que não seja possível reconhecer união poliafetiva como união estável nem equipará-la à família, não se pode negar direito à escritura pública”, disse Corrêa em seu voto.

Ele foi acompanhado pelos conselheiros Daldice Almeida, Arnaldo Hossepian, Henrique de Almeida Ávila e pela presidente do CNJ à época, a ministra Cármen Lúcia.

MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

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Processo sobre tortura de PM alagoano faz 8 anos

MORTE NA CASERNA ABINOÃO MORREU DURANTE TREINAMENTO NO MATO GROSSO Álbum de família

SOFIA SEPRENY s.sepreny.gmail.com

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epois de 8 anos de impunidade o sentimento ainda é de decepção para a família de Abinoão Soares de Oliveira, policial militar alagoano morto durante um treinamento em abril de 2010, no Mato Grosso.

Esmeralda, irmã do meio de Soares contou ao EXTRA que os momentos de tensão começaram antes mesmo do policial militar chegar ao Mato Grosso.

“Estávamos em Brasília visitando ele antes dele ir para Cuiabá. Lá mesmo ele disse que recebeu ligações das pessoas responsáveis pelo treinamento dizendo para ele se preparar que eles iriam ver se ele era tão bom como falavam. Ele vivia para a polícia, amava tudo que fazia, mas estava apreensivo para este curso”, contou a irmã.

Ela disse ainda que no decorrer do treinamento Abinoão chegou a ligar duas vezes para a mãe, para contar o quanto estava sendo difícil, que havia tortura, que estavam perseguindo ele, mas que ele não desistiria e ainda ajudaria os colegas a não desistir.

O soldado da PM passou mal depois de fazer uma atividade física de resistência na água do Lago do Manso, na Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, onde aconteceu o treinamento. Segundo colegas que estavam no curso com Abinoão, ele se afogou após os treinadores darem vários ‘caldos’ na lagoa onde foi feita a atividade.

Ainda segundo o inquérito policial, Abinoão só foi retirado da água depois de ficar sem respiração e apresentar coloração roxa. Ele foi socorrido por uma

Abinoão com a esposa e os fillhos; família busca por justiça

equipe do Corpo de Bombeiros que estava no local para prevenção e foi levado ao Pronto-Socorro de Cuiabá, mas não resistiu. Não só o alagoano sofreu com o treinamento, na mesma prova, outros dois alunos também passaram mal.

Segundo a autópsia, o PM alagoano morreu por falência múltipla dos órgãos. Os responsáveis pela tortura sofrida por Soares, segundo as investigações, foram Carlos Evane Augusto e Dulcezio Bernardes Oliveira. Além deles, o sargento Moles Fidelis Pereira, o cabo Antônio Vieira de Abreu e o soldado Saulo Ramos Rodrigues também tiveram envolvimento.

No momento em que Abinoão estava na atividade de resistência, Carlos Evane estava na água com ele. Ele era integrante do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e estava de serviço no dia, se ausentando de suas atividades apenas para fazer parte do curso como treinador extra-oficial.

O 4º Curso de Tripulan-

te Operacional Multimissão (TOM-M) era um treinamento para capacitar profissionais da segurança pública para atuarem em aeronaves no atendimento de ocorrências policiais, de resgate, busca e salvamento, combate a incêndio, entre outras atividades. Participaram das aulas 25 policiais militares, civis e bombeiros de nove estados da federação. Com dois meses e meio de duração, o curso tinha carga horária de 540 horas/aula.

Shirly Tiburcio Barros, viúva do policial, diz que Abinoão estava há quatro anos na Força Nacional e era muito responsável, além de amar o que fazia.

Hoje ela diz que se sente impotente diante da impunidade. “É muito difícil como tudo foi, tive que criar meus filhos sem o pai, e isso não aconteceu só comigo. Abinoão não foi o primeiro nem o último, é preciso que isso pare”, relatou Shirly emocionada.

Na época, a Força Nacional pagou à família uma indeniza-

ção por danos morais no valor de R$ 100 mil. Hoje ela recebe uma pensão concedida pelo Estado do Mato Grosso.

As consequências não se estenderam somente à perda de Abinoão. Sua mãe, na época diagnosticada com câncer, fazia diversos tratamentos contra a doença. Após a perda do filho não conseguiu continuar o tratamento, entrou em um quadro profundo de depressão e faleceu em 2013.

Segundo Esmeralda, o pai de Abinoão, hoje com 82 anos, tenente da reserva da PM de Alagoas, sente vergonha e decepção por seu filho ter sido morto por um colega de farda.

“Ele passou um ano subindo e descendo o Morro do Alemão no Rio de Janeiro. Podia ser morto por bandido, correndo perigo, mas não. Foi morto por um colega de profissão, e isso é vergonhoso; meu pai sente profunda decepção”, relatou Esmeralda JUSTIÇA VAGAROSA De acordo com o advogado da família da vítima, Alfredo Gonzaga, o crime inicialmente denunciado como tortura, foi desclassificado pela então juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá para crime militar - maus tratos seguido de morte - crime menor apenado, remetendo os autos para a Vara Militar para que lá fosse julgado.

Diante disto, o Ministério Público Estadual e os assistentes de acusação em prol da família do soldado, interpuseram Recurso em Sentido Estrito, no objetivo de anular a decisão proferida pela magistrada, objetivando que o processo continuasse na 7ª Vara Criminal, para que assim, o processamento dos

réus fosse mantido pelo crime de tortura seguida de morte.

O Tribunal de Justiça do Mato Grosso então determinou o retorno do processo à 7ª Vara Criminal, para apurar a ocorrência do crime de tortura seguido de morte. Segundo Alfredo, “o que ocorreu foi que na sequência, entrou em vigor a Lei 13.491/17 alterando o inciso II do artigo 9, firmando a competência das Varas Militares para a espécie de crime praticado contra o soldado Abinoão.

Assim, a competência passou a ser legalmente da Vara Militar”, afirmou Gonzaga.

Em abril deste ano, a primeira audiência do caso para ouvir as testemunhas arroladas pela acusação estava marcada, depois de quase 8 anos, mas foi cancelada já que nova lei vetou a possibilidade de apuração daquele tipo de crime tramitar em vara criminal comum. Com isso, o processo foi enviado novamente para a Vara Militar da Capital e aguarda atualmente a designação de audiência de instrução e julgamento.

Somente depois disso as testemunhas de defesa serão ouvidas e depois os réus. Diante de todo o ocorrido e considerando serem vários os demandados, Alfredo acredita que a impunidade se perpetrará no caso por uma possível futura prescrição para prescrição dos autores.

“O que prevemos com pesar”, afirmou o advogado.

Administrativamente, 11 policiais foram apenados pelos seus respectivos Comandos Militares. O MP do Mato Grosso denunciou criminalmente 29 policiais envolvidos no caso.

Abinoão Soares tinha 34 anos e deixou a esposa e três filhos.

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MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

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Alagoas tem jeito

INDÚSTRIA A

lagoas vivenciou 30 anos atrás o sonho de, no médio prazo, criar uma alternativa à sua dependência do setor agroaçucareiro, até então absolutamente dominante em termos de arrecadação de impostos (por volta de 60% do ICMS) e do PIB, através da implantação do polo cloro químico de Alagoas que, nos projetos apresentados ao governo para justificar incentivos e outras facilidades, acenava com a possibilidade – vejam bem possibilidade – de, além da então Salgema, a indústria mãe, virem a ser implantadas 3 ou 4 indústrias de segunda geração, algumas dezenas de terceira geração e centenas de quarta geração. Seria a redenção do estado em termos de desenvolvimento. Seria, por que até agora não foi. O que aconteceu você conhecerá na entrevista a seguir.

Já a agroindústria açucareira é uma crônica anunciada desde há muito quanto à

sua inviabilidade econômica. Defasada tecnologicamente em relação a seus competidores do Sudeste e mais recentemente do Centro-Oeste (para onde vários empresários locais do segmento já migraram), com grande parte da área ocupada inadequada ao plantio da cana e gestão familiar ou pouco profissional, resultou na pior das equações para o estado: a necessidade eterna de subsídios (ou seja de dinheiro do povo de Alagoas) para sobreviver, desemprego em massa com a debacle da atividade e zero planejamento do Estado para, a tempo, resolver tão momentoso problema.

E o que dizer da agroindústria? Importamos mais de 70% dos produtos industrializados pelo setor e no estado existem poucas atividades significativas economicamente falando. O mesmo se dá no segmento irrigado de fruticultura e da olericultura (hortaliças e verduras) que possam ser classificadas

como agroindustrial, importamos quase tudo referente a indústria da carne (frango, porco e produtos semindustrializados), não temos atividade econômica digna do nome na área de laticínios, o setor da pesca em Alagoas é artesanal, nos moldes do início do século passado. Sequer nos abastecemos do mais básico: os ovos e o feijão nosso de cada dia vem em grande parte de fora, de empreendimentos agroindustriais avícolas e de regiões de produção irrigada daquele grão, para ficar nesses exemplos. Todas atividades perfeitamente possíveis de serem exploradas no estado.

O perfil das empresas industriais do estado indica que 40% delas são na verdade panificadoras e fábricas simples de farinha.

O que nos leva à pergunta: por que não estamos resolvendo essas coisas? O que nos faz pior que outros com a mesma capacidade e recursos?

Essas e outras questões os economistas Elias Fragoso e Edimilson Veras, na última entrevista da série Alagoas tem Jeito procuram elucidar e sugerir alternativas para esse imbróglio que nos impõe há décadas atraso injustificável na área industrial. E no nosso desenvolvimento.

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MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

Alagoas tem jeito ENTREVISTA Agroindústria, seus problemas e saídas DA REDAÇÃO EXTRA - A crise da agroindústria canavieira a cada dia se agrava.

O que está acontecendo?

Prof. Elias Fragoso – Essa é a pergunta que vale milhões. Mas vamos tentar, em linhas gerais, nominar os principais aspectos envolvidos nesta problemática, e não necessariamente por ordem de importância.

Uma das causas reside nas terras ocupadas pela cultura canavieira no estado cuja qualidade é sensivelmente inferior à das regiões Sudeste e Centro-Oeste, grandes produtoras de cana de açúcar e etanol e, portanto, demandantes de maior uso de insumos (que encarece a produção) e menor produtividade final comparativamente àquelas regiões, o que torna o produto alagoano menos competitivo no mercado nacional e internacional.

Prof. Edimilson Veras – Outra está relacionada à questão anterior e diz respeito à recorrente necessidade do setor de buscar subsídios e incentivos no âmbito governamental para zerar o diferencial competitivo em prol daquelas duas regiões.

Com todas as implicações e distorções que isso impõe à economia local. O que explica o histórico domínio polí-

tico do setor no estado (está diminuindo): trata-se para ele de questão de sobrevivência, mesmo à custa do restante da sociedade.

Prof. Elias Fragoso – Outro ponto a se considerar está vinculado ao uso da tecnologia no setor. Como regra, os pacotes tecnológicos (maquinário das usinas, colheita mecanizada, irrigação por gotejamento (e não por pivô central, grande consumidora de água e muito mais cara), uso de variedades mais produtivas na reforma da lavoura (nesse quesito específico, existem experimentos já comprovados em pilotos que poderiam alavancar enormemente a produtividade atual) e outros, ou estão superados, ou simplesmente não existem.

E é razão direta do baixo desempenho da produtividade do setor (média de 60kg de açúcar por hectare contra mais de 80 t/há no Sudeste e Centro Oeste).

Prof. Edimilson Veras – O enorme endividamento das empresas do setor (em dólar) que pode se agravar nos próximos anos com a tendência de aumento da moeda americana, o modelo de gestão familiar ou baixa qualificação profissional, a rasa utilização da tecnologia da informação, especialmente de ferramentas mais

É sabido que Alagoas importa mais de 95% do que consome de produtos hortícolas e de frutas. Por que não usar as terras em descanso na entressafra para abastecer o estado?

Tecnologia existe, recursos idem. O mesmo vale para as áreas ora disponíveis pela retração da cana.

PROF. ELIAS FRAGOSO

adensadas de gestão e para medição de performance, dentre outros aspectos, também colaboram para o quadro ora desenhado.

EXTRA - Existem saídas?

Prof. Elias Fragoso – O setor precisa acordar de tentar as soluções recorrentes de sempre. É necessário mudar o modelo de negócio, o de gestão e o de produção ou os problemas se agravarão. Por questão de espaço, vamos abordar o tema rapidamente. É sabido que Alagoas importa mais de 95% do que consome de produtos hortícolas e de frutas. Por que não usar as terras em descanso na entressafra para abastecer o Estado? Tecnologia existe, recursos idem.

O mesmo vale para as áreas ora disponíveis pela retração da cana. Ao invés de

ocupar com pecuária extensiva – como vem sendo feito, por que não fazer horticultura e fruticultura de curta duração? Só como exemplo, o hectare ocupado extensivamente com boi gera receita bruta de pouco mais de 2 mil reais em 18 meses. Já o tomate, alcança faturamento bruto na mesma área de 200 mil reais. Fui participe direto do programa de consolidação do polo hortícola do DF (à época importava 90% do que consumia, hoje produz 90% do que consome). É possível de fazer. E é ótima oportunidade para o setor sair do problema em que se encontra reinventando-se, e para o estado como um todo.

EXTRA - Sabemos que Alagoas é importador líquido de produtos industrializados da cadeia da horticultura, fruti-

MACEIÓ, ALAGOAS -16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

para Alagoas. Não desenvolveu um adequado plano estratégico para tal, como regra, sempre ficou no tradicional, no mais do mesmo e em algumas ocasiões no passado, deixou escapar para Estados vizinhos as indústrias de segunda geração (hoje sem volta, já que cada planta representa investimento de alguns bilhões de dólares) fundamentais para dar sustentabilidade ao projeto de expansão do polo via implantação de dezenas de indústrias de terceira geração e centenas de quarta geração. Hoje estamos resumidos a 60 unidades de 4ª geração, justamente as de geração de menor valor agregado na cadeia do plástico.

Prof. Elias Fragoso – A enorme, quase interminável, demora para definir a locali-

cultura, laticínios, carne de frango e carne suína, dentre outros produtos agroindustriais.

Novamente e recorrentemente: por que isso acontece?

Prof. Edimilson Veras – De fato, são mais alguns outros segmentos em que nós, um estado paupérrimo, estamos produzindo riquezas para outros Estados ao invés de estarmos produzindo e criando valor para Alagoas. É um problema. Na área do agronegócio só não somos traço por que empreendimentos como a Cooperativa Pindorama, algumas poucas avícolas aqui instaladas e laticínios, produzem, mesmo que em grande parte, produtos de segunda linha. Como exemplo, o caso dos laticínios é emblemático: produzem quase que somente Leite tipo C – justamente o de menor valor agregado - destinado

à merenda escolar e para doação à famílias carentes e adquiridos pelo governo.

Na área de hortaliças e de legumes industrializados apenas Pindorama produz enlatados. Já no segmento agroindustrial do coco, Sococo e Pindorama dominam o mercado. A primeira inclusive como player no mercado nacional. Nas demais atividades são poucos, raro mesmo, estabelecimentos industriais relevantes do ponto de vista macroeconômico.

EXTRA - E o polo cloro químico? Por que não alcançou as metas previstas há 30 anos?

Prof. Edimilson Veras Essa questão envolve vários atores. O Estadom que nunca se preparou de verdade para conduzir o que seria o mais importante e redentor projeto de desenvolvimento

Ao invés de ocupar com pecuária extensiva – como vem sendo feito, por que não fazer horticultura e fruticultura de curta duração?

Só como exemplo, o hectare ocupado extensivamente com boi gera receita bruta de pouco mais de 2 mil reais em 18 meses PROF. ELIAS FRAGOSO

zação do polo, as idas e vindas no tocante à relação com os players globais e nacionais do setor – conheço alguns casos – o despreparo técnico da mão de obra local que persiste, zero envolvimento da academia, mormente nos momentos decisivos iniciais, para articulação e estruturação de projetos de pesquisas e desenvolvimento voltados para a cadeia do plástico, problemas de fornecimento de energia e de infraestrutura (que não chegava) nos primórdios da implantação do polo, além de praticamente nenhuma resistência da bancada alagoana à transferência das unidades de segunda geração para outros Estados, completam o quadro de inação que nos trouxe até aqui.

EXTRA - E o que fazer para retomar em outros termos essa caminhada, tão importante para o desenvolvimento do estado?

Prof. Edimilson Veras – Bem, embora mais difícil por conta do já citado anteriormente, Alagoas ainda tem alguns handicaps a seu favor como sua localização geográfica estratégica em relação ao Estados do Nordeste e um atrativo programa de incentivos. Agora, o que sempre pegou de verdade para a vinda de empresas da cadeia do plástico para o Estado é a crônica deficiência no fornecimento de energia elétrica.

Há muitos anos a Ceal deixou de ter qualquer condição de ser fornecedor confiável até para as empresas já instaladas. O outro aspecto é que a inexistência em Alagoas de indústrias de segunda geração obrigam as empresas instaladas (e a se instalar) a importar os produtos (que deveriam estar sendo produzidos aqui) para suas linhas de produção de segunda ou terceira geração, o que elas apelidaram de “passeio molecular”: a Braskem (primeira geração produz, envia para as indústrias de segun-

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da geração processarem (em outros estados) que por sua vez “devolvem” o plástico para as indústrias (locais ou situadas em outros estados) de terceira e quarta geração produzirem os produtos a serem comercializados no mercado.

Prof. Elias Fragoso – No momento as indústrias da cadeia do plástico do polo cloro químico são 60 unidades que representam 14% do PIB do estado. Nós agradecemos as dicas e orientações do engenheiro químico Gilvan Severiano Leite, diretor da Indústria e Comércio Ltda., pioneiro do setor do plástico em Alagoas é profundo conhecedor dos problemas do segmento em nosso estado e no Brasil, pela colaboração e dicas no tocante a este que tem tudo para ser o mais importante setor econômico de Alagoas.

Na área de hortaliças e de legumes industrializados apenas Pindorama produz enlatados.

Já no segmento agroindustrial do coco, Sococo e Pindorama dominam o mercado. A primeira inclusive como player no mercado nacional.

PROF. EDIMILSON VERAS

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MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

SAÚDE MENTAL arnaldosanttos.psicologo@gmail.com

Mais sobre SAP

S

AP significa Síndrome da Alienação Parental. Termo que surgiu pela primeira vez em 1985 com o psiquiatra norte-americano Richard Gardner. Ele pesquisou os comportamentos nas relações de conflitos entre casais que buscavam a guarda da criança e constatou que existia alienação parental com os filhos. O fato é praticado por um dos cônjuges, ou quem tem a guarda da criança ou do adolescente (tia, tio, avó, avô, enfim) contra o pai ou mãe.

Segundo ele, a mãe ou o pai “treina” a criança ou adolescente para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando sentimentos de rejeição e temor em relação ao ex-cônjuge, é o que caracteriza a Alienação Parental.

Quando a Alienação Parental ocorre, surgem vários comportamentos ou um conjunto de sinais/sintomas que podem indicar a síndrome, ou seja, vários comportamentos que prejudicam o desenvolvimento comportamental da criança ou do adolescente, ainda nestas fases, ou, principalmente quando adultos.

A Alienação Parental ocorre, geralmente, quando há ruptura da vida conjugal e surge, principalmente, um sentimento de vingança de um dos cônjuges, geralmente da mãe (contra o pai), quando está com a guarda da criança.

SAP e os comportamentos

Quando as crianças e os adolescentes são alienados, eles apresentam comportamentos que indicam que perderam a capacidade de pensar por si só, perdem também a noção do que é a realidade. Podem também apresentar comportamentos que dificultam a percepção do certo e do errado. E as consequências?

Podem surgir comportamentos de baixa autoestima, doenças psicossomáticas (taquicardia, entre outras); podem utilizar, abusivamente, de álcool e outras drogas, quando ainda adolescentes ou adultos.

SAP e os comportamentos II

A criança ou o adolescente pode, também, demonstrar comportamentos inseguros (por não saberem o que seja certo e o errado, ainda); sentir rejeição (porque foi alienada por um dos cônjuges); pode desenvolver agressividade (por não aceitar ou entender a alienação,

depois de compreender a real situação); pode ter dificuldade nas relações interpessoais (pergunta-se sempre se o que aconteceu com ela vai ocorrer no futuro); pode, também, apresentar sentimento de culpa (pergunta se foi cúmplice do alienado).

SAP e os comportamentos III

A criança e ou o adolescente também pode desenvolver um processo de ansiedade, depressão e até pensamentos suicidas. Depende do grau de cada um desses transtornos.

IBDFAM

De acordo com o Instituto Brasileiro de Direito de Família, (2012), 72% de adolescentes que cometem crimes graves e homicídios vivem em lares de pais separados. A pesquisa indica também que crianças sem a presença do pai têm duas vezes mais probabilidades de baixo rendimento escolar e a desenvolverem quadros de rebeldia a partir da 3ª infância (6 a 12 anos). Lembrando que nem toda criança que teve

Verdade Só, na verdade, quem pensa certo, mesmo que, às vezes, pense errado, é quem pode ensinar a pensar certo.

(Paulo Freire)

ausência de pai ou de pais separados terá, necessariamente, de apresentar esses comportamentos.

Indica também que a taxa de suicídio (ou tentativa) entre adolescentes de 16 e 19 anos de idade triplicou nos últimos cinco anos.

De um em cada quatro suicídios ou tentativas, três ocorreram em lares de pais ausentes ou distantes. Vai o mesmo raciocínio, nem todos adolescentes vão apresentar esse comportamento.

Cada caso é um caso.

A SAP e a lei

Para amenizar ou coibir que os efeitos da Alienação Parental ocorram, no artigo 6º da Lei 12.318, o juiz pode adotar algumas medidas.

Quando caracterizado ato típico de alienação parental, através de psicólogo devidamente habilitado (convocado pelo juiz) para realizar laudo pericial, através de testes psicológicos e anamnese, o juiz poderá: “I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado”. (termos sublinhados por mim)

A SAP e a lei II

O juiz poderá também, “III - estipular

multa ao alienador; IV - determinar acompanhamento psicológico e/ ou biopsicossocial; V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; VII - declarar a suspensão da autoridade parental.”

O objetivo principal é preservar a integridade física e principalmente psicológica da criança ou do adolescente. Vale lembrar que o profissional psicólogo deve produzir o laudo pericial, baseado exclusivamente em instrumentos técnicos: entrevistas, testes e outras ferramentas, além de observações, dinâmicas de grupo, escuta, intervenções verbais, entre outros que achar conveniente.

“Abuso sexual”

Para realizar um laudo pericial é necessário conhecimento técnico para não incorrer em equívocos que podem, inclusive, prejudicar mais ainda a situação de conflito entre os cônjuges e, por conseguinte, o estado psíquico da criança ou do adolescente, caso o laudo não represente os verdadeiros fatos apurados. É o caso, por exemplo, de o pai, ser acusado de abuso sexual contra a filha e o fato não corresponder com a verdade. Ou seja, a mãe pode ter praticado Alienação Parental.

Neste caso específico é quando ocorrem falsas memórias, isto é, a filha é induzida a dizer que houve abuso sexual, quando na verdade não ocorreu. Daí a importância de se realizar um laudo pericial minucioso e técnico.

Caso comprove (posteriormente) que não houve o abuso sexual, o juiz poderá, inclusive, determinar a perda da guarda da criança da mãe alienante, além de outras sanções legais. E neste caso o pai fica com a guarda da criança.

Arnaldo Santtos é Psicólogo Clínico CRP-15/4.132.

Atendimento virtual pelo site: www.vittude.com.

Consultório: Rua José de Alencar, 129, Farol (atrás da Casa da Indústria), Maceió-Alagoas.

Atendimento também na CLÍNICA HUMANUS: Rua Íris Alagoense 603, Farol, Maceió-AL. (82) 3025 4445 / (82) 3025 0788 / 9.9351-5851 Email: arnaldosanttos@uol.com.br arnaldosanttos.psicologo@gmail.com.

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Coqueiro Seco comemora 56 anos de emancipação política

Com muito trabalho e dedicação, a prefeita de Coqueiro Seco, Decele Damaso, comemorou na quinta, 15, os 56 anos de emancipação política da cidade, que em sua gestão passou a prosperar na educação, saúde e desenvolvimento econômico. “Nosso trabalho tem sido de reconstrução; acredito muito na questão de políticas públicas. Se você não fizer política para o seu povo, buscar melhorias para ele, seu trabalho não tem um norte”, afirmou a prefeita, emocionada.

Em comemoração ao aniversário da cidade foram entregues a Praça Brasília, a pavimentação da AL-401, a sede da Associação dos Taxistas do município, o Centro de Fisioterapia, um espaço para pilates e um espaço para dança, além da primeira etapa da ciclovia e pista de caminhada.

Mas as conquistas em prol da população não param aí. Ao lado do deputado federal Marx Beltrão, a prefeita comunicou que o projeto de reestruturação da orla lagunar já está em processo de licitação e o investimento angariado para a realização deste antigo sonho da população será de R$ 2,2 milhões.

“O sentimento de exclusão é algo muito terrível. Hoje é um dia para mostrar a este povo de Coqueiro Seco que vou incluir a todos na sociedade através de políticas públicas. Nosso plano de gestão é e deve ser alinhado com a população, afinal o benefício é para eles”, declarou Decele.

Marx Beltrão enfatizou o foco, a perseverança e a determinação da prefeita em trazer o bem e mais progresso para seus munícipes.

Todas estas conquistas feitas durante a gestão responsável de Decele fazem com que a qualidade de vida da população da cidade prospere.

Depois das inaugurações, a população foi presenteada com um desfile cívico à tarde e, finalizando as comemorações com chave de ouro, as bandas Limão com Mel, Saia Rodada e Playboyzada, além das cantoras Marcela Lima e Jaciara, se apresentaram em um grande show.

As festividades prosseguem até domingo, 18.

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O início parece bom

N

ão fui entusiasta da eleição do presidente eleito Jair Bolsonaro. A atitude de forma alguma não me coloca ao lado dos eleitores do Sr. Fernando Haddad. Cheguei a escrever neste espaço, pouco antes da eleição em segundo turno, Por onde ando, vejo bra- crônica sob o sileiros esperançosos do título Scylla Caribdis, os novo governo. Mais que edois monstros isso, entusiasmados com mitológicos que, segundo as mudanças prometio poeta grego das, mormente quanto Homero, guarao combate à corrupção davam o Ese ao crime organizado. treito de Messina, na Itália.

Tendo a concordar com Em suma, não saberia entre eles, considerando os dois canprimeiros passos do no- os didatos disvel presidente. tinguir quem seria o pior, igualmente ao sentimento dos marinheiros da antiguidade que navega-

vam por aqueles mares. A minha opinião tornou-se mais irrelevante ante a substanciosa votação que o ex-capitão do Exército brasileiro recebeu da Nação que, via de consequência, repudiou o outro candidato e o seu mentor, ora encarcerado.

Lembro, aqui, história que ouvi de antigo capelão da guarnição aérea americana em Maceió, aqui estabelecida quando da Segunda Guerra Mundial. Disse-me o sacerdote que o comandante da base era republicano e um democrata (ou vice-versa, não lembro) fora eleito, para presidir os Estados Unidos. Irônico e gozador, o capelão perguntara ao militar como ficaria ele tendo o seu partido perdido as eleições naquele país. O comandante respondera não mais importar para ele quem fora o eleito, pois esse seria o seu comandante-em-chefe. Posso dizer o mesmo agora encerradas as eleições brasileiras: para o bem ou para o mal, Bolsonaro foi eleito por maioria expressiva dos brasileiros, e agora é o meu presidente, quer me seja ou não

CLÁUDIO VIEIRA Advogado e escritor, membro da Academia Maceioense de Letras

simpático.

A despeito dessas minhas opiniões, interessado que sou pela política, venho acompanhando os primeiros movimentos do novo presidente, ainda não empossado. E agrada-me o que vejo e ouço. Por onde ando, vejo brasileiros esperançosos do novo governo.

Mais que isso, entusiasmados com as mudanças prometidas, mormente quanto ao combate à corrupção e ao crime organizado. Tendo a concordar com eles, considerando os primeiros passos do novel presidente. A isso me leva a disposição (que seja realidade!) de Bolsonaro de reduzir o número de ministérios e, via de consequência, de centenas ou milhares de cargos comissionados inúteis que servem apenas para acomodar apaniguados do poder. Da mesma forma a sua firmeza contra a corrupção e os corruptos.

Também agradam-me as primeiras escolhas dos futuros ministros de Estado, dentre os quais sobressai o juiz

(ou já será ex?) Sérgio Moro, apesar das investidas contra de corruptos condenados, denunciados, investigados ou temerosos dos longos braços da Justiça. Chega-se a dizer, em nova fake news, que a condenação de Lula fora encomendada ao juiz Moro por Bolsonaro, de olho em um ministério ou em uma vaga no STF. E fazem isso com a desfaçatez do mentiroso, pois, quando da condenação do petista, sequer havia campanha de Bolsonaro.

Ainda não satisfeitos dizem que pelo mesmo motivo Moro mandara prender o ex-presidente, hoje presidiário condenado. Novo aleive, pois a decretação da prisão do prócer petista foi decretada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região que, inclusive, aumentou a pena imposta por Moro ao petista. O juiz apenas procedeu à execução da decisão dos desembargadores federais.

Melhor do que as fake news os votos de confiança das pessoas em Sérgio Moro no Ministério da Justiça.

MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

JORGE MORAES Jornalista

Doa em quem doer...

N

o futebol, ouvi muito esta frase dita pelo presidente do CRB, deputado Marcos Barbosa, nos últimos três anos. Com seu jeito próprio de dirigir o clube, ainda trazia como complemento a frase “chore quem chorar”, tudo isso para mostrar superioridade diante do seu tradicional adversário, o CSA. Funcionou em 2016 e 2017, quando o CRB foi campeão, mas não, agora, em 2018, quando o CSA ficou com o título do alagoano da temporada. Dizia-se que era o colar, colou. Se ganhasse mais um título, beleza. Se perdesse, como perdeu, ficaria, apenas, na gozação e na provocação ao outro lado.

Ao me lembrar dessa gostosa provocação do presidente do CRB sobre os adversários, resolvi trazer a frase para o campo político. Estou me O que não pode é uma referindo à parte da classe políti- vitoriosa camca brasileira, inclusi- panha do Jair Bolve comprometida com Messias sonaro, eleito todos os desmandos presidente do Brasil para administrativos e o o quadriênio desvio de recursos 2019/2022, reocorridos nestes presentando a últimos 16 anos, nos extrema-direigovernos do Lula, da ta e contando com o apoio Dilma e do Temer, dos militares, com as operações até por ser caMensalão, Lava Jato e pitão reformaseus desdobramentos, do do Exército rasileiro, achar que pode cobrar B contra, pratialgumas coisas do camente, uma banda do País, novo presidente. tendo como principal adversário o candidato do ex-presidente Lula, preso em Curitiba, Fernando Haddad - de centro-esquerda - e outros de centro-direita, como PSDB e MDB, quando se esperava muito mais e foram um fiasco na eleição. Os demais foram coadjuvantes do processo.

E por que o título “doa a quem doer”? É para mostrar que a eleição acabou. “Doa a quem doer”, “chore

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ALARI ROMARIZ TORRES Aposentada da Assembleia Legislativa

Amenidades

quem chorar”, a eleição acabou. Claro que, democraticamente, devemos e teremos oposição. O que não pode é uma parte da classe política brasileira, inclusive comprometida com todos os desmandos administrativos e o desvio de recursos ocorridos nestes últimos 16 anos, nos governos do Lula, da Dilma e do Temer, com as operações Mensalão, Lava Jato e seus desdobramentos, achar que pode cobrar algumas coisas do novo presidente, ameaçar e prometer pressão no Congresso Nacional para não deixar o homem governar.

Acho que, nessa hora, esse povo tem que colocar a cabeça no lugar e não criar problemas para a governabilidade. É bom lembrar que o presidente Jair Bolsonaro não está mais só. No início da campanha era um candidato que implorava para ter um vice em sua chapa. Bateu as portas de alguns partidos e nomes, isoladamente, e não conseguiu fechar um nome, até chegar ao general Mourão, que não era político, muito pelo contrário, e não tem muita habilidade para tratar de assuntos políticos. Mas foi o que sobrou.

Das duas uma: ou as pessoas não acreditavam na vitória do Bolsonaro ou achavam que ele não tinha o equilíbrio necessário para dirigir a Nação.

Só sei que, com menos de 30 segundos no Guia Eleitoral, e mais as inserções de 30 segundos na programação de rádio e TV, o “cara”, esse sim, usou as redes sociais e ganhou a eleição.

Até suas caminhadas pelo Brasil, um louco, a serviço de alguém, tentou interromper, aplicando-lhe uma facada para matar o candidato, que conseguiu se recuperar muito bem e ganhou a eleição, com sobra, nos dois turnos.

Depois disso, qualquer que seja o movimento de oposição nessa hora, será creditado ao choro dos perdedores.

Diferente de muitos outros presidentes, Jair Messias Bolsonaro já disse para o que veio. A nomeação de seus ministros e assessores mais diretos, sem a interferência da classe política acostumada a se locupletar nesses momentos, já é uma prova de que teremos um governo sério e comprometido com a coisa certa, sem esquemas.

E

ste ano de 2018 tem sido muito tumultuado, violento e cheio de expectativas. Esquerda e direita se agridem desnecessariamente, facadas de um lado, ameaças de pisa do outro. Haja coração!

Resolvi falar de bons momentos, boas amizades, reencontro. Fomos a Fortaleza para o encontro de comemoração dos 60 anos de formatura na Escola Preparatória da turma que saiu das Agulhas Negras em 1961.

Foi tudo muito bom! Amigos de uma vida toda, hoje alguns oitentões e outros lá chegando. Revivemos problemas de família, alegria de filhos e netos, doenças, vários colegas que já se foram, representados por suas viúvas.

Três dias de congraçamento, visita e almoço no estabelecimento escolar de outrora, missa de agradecimento, jantar no Serigado, excelente restaurante da cidade e por fim uma noite dançante no Brasília está linda, Círculo Militar, com prédios maravi- onde alguns lhosos, bairros novos com artrose e problemas de e muito arborizada. coluna ficaram Entretanto, só quero sentadinhos.

Recordar é passear nela; morar viver, dizem os mesmo...em Alagoas. mais velhos e Muitos amigos milita- foi o que fizeres resolveram morar mos no período festivo. por aqui quando foram Depois fopara a reserva. A gran- mos a Brasília de maioria está satis- para o aniversário de cinfeita; moram bem. quenta anos do primo Alexandre. Aí reencontramos mais amigos e familiares. Batemos longos papos com minhas primas-irmãs e revimos nossa tia Dora, feliz no alto de seus noventa anos.

Dia seguinte, reencontramos colegas de meu marido que moram em Brasília, com suas esposas, numa confeitaria da SQS 205. Momentos agradáveis, troca de lembranças, euforia com o novo momento que vive o país.

Nada mais reconfortante do que rever velhos amigos, familiares e sentir que a amizade plantada durante dezenas de anos valeu a pena!

Ainda este mês iremos a Petrolina

para o primeiro aniversário da bisneta Laura. Naquela cidade temos filhos e netos que nos proporcionam instantes felizes, cheios de carinho e proteção.

Vejo aí que a velhice chegou e precisamos curtí-la com muita dedicação, aproveitando as boas fases, sem esquecer de nossas limitações e caixinhas de remédios.

Ainda em Brasília, uma neta me liga: “Vó, estou só, numa cidade grande, preciso conversar com alguém”.

Batemos um longo papo, rimos muito e adocei a tarde dela. No fim, ela me disse: “Vó, você é um barato!”

Fomos à missa na Igreja de São Pio, ao meio-dia de domingo. Lindo templo num local privilegiado. Conversamos com Deus, rezamos por filhos e netos.

Hospedamo-nos com Belisário e Nazaré, casal amigo desde 1966. O tempo foi pouco para colocarmos as conversas em dia; vimos filhos e netos do casal. Visita muito agradável.

Meus filhos morrem de rir quando digo que vou viajar. O objetivo é sempre o mesmo: rever filhos, netos, amigos. Adoro tal tipo de viagem; quebra a monotonia da vida de idosos.

Brasília está linda, com prédios maravilhosos, bairros novos e muito arborizada. Entretanto, só quero passear nela; morar mesmo...em Alagoas.

Muitos amigos militares resolveram morar por aqui quando foram para a reserva. A grande maioria está satisfeita; moram bem e conservam as velhas amizades.

Nós preferimos voltar à terra natal, morar perto dos parentes e sentir o cheiro do mar de Paripueira. Um caso de opção. O importante é ser feliz!

Os filhos ficaram espalhados pelos estados onde passamos: Rio e Pernambuco. Lá encontraram seus amores e residem longe dos velhinhos.

Espero ter amenizado o juízo de meus leitores, falando de coisas boas, de amigos, de parentes.

Voltando à nossa realidade: soubemos que a Gazeta de Alagoas virou semanário e lamentamos.

Que Deus abençoe a todos nós, brasileiros, pois Ele existe. Não duvidem!

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MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

Comunista brasileiro!

O

s comunistas brasileiros sempre foram de duas categorias. A primeira, formada por miseráveis e famintos que, sem alternativa, viam no movimento uma oportunidade de vomitar seus recalques, complexos e revoltas, além de buscar uma identidade pra Por seu lado, o chamar de sua. Esse comunista diletante é o que podemos chavale-se do seu cole- mar de comunista de contingência. ga miserável para A outra categoter seu ego massa- ria de comunista geado pela ilusão de brasileiro é aquela oca de que comanda algo igualmente identidade e ego, e gozar daquela mas, ao contrário da primeira, recheada do sensação que tem dinheiro da família, o menino dono da uma vez que filhos da bola no joguinho de alta classe média. Vapelada da várzea. le-se igualmente da bandeira ideológica para dar um sentido à sua vida, vazia de conteúdo, porém recheada de supérfluos e de uma preguiça inextinguível, ou seja, vazio por inundação material e inundado por uma letargia descomunal. Esse é o denominado

comunista diletante. O tipo último e o primeiro se completam, um apoia-se um no outro para a construção de suas ébrias fantasias, na busca de uma subsistência material para um e uma completude existencial para o outro.

O comunista contingencial vale-se do diletante para, usando os recursos financeiros e a condição social deste, levar uma vida de viagens, refeições fáceis ou a popular boca livre, e, finalmente, um pouco de visibilidade como ente, oportunidades que de outro modo jamais teria. Além de guardar algum trocado sem jamais dar um dia de trabalho.

Por seu lado, o comunista diletante vale-se do seu colega miserável para ter seu ego massageado pela ilusão de que comanda algo e gozar daquela sensação que tem o menino dono da bola no joguinho de pelada da várzea. Além do imediato prazer de ter alguém com quem possa compartilhar seu baseado sem culpa e fazer a cabeça, como diria ele.

Assim, tal qual Bento Carneiro o Vampiro Brasileiro, os comunistas brasileiros são uma piada aos olhos da elite esquerdista mundial. Tudo o que fazem ou fizeram deu errado, tal qual o incom-

ISAAC SANDES DIAS

Promotor de Justiça

petente e desastrado vampiro brasileiro, a exemplo da experiência frustrada entre Fidel e Brizola, cujo fracasso e desvios levaram o cubano a chamar nosso comunista brasileiro de Raton.

Após várias tentativas de assalto armado ao poder, os comunistas brasileiros venderam seu fogo fátuo às elites, já que alma nunca tiveram, travestiram-se de neoliberais e conquistaram o poder pela via do voto.

Cavalgaram o poder por quase quatorze anos, lambuzaram-se na corrupção, sapatearam na lama dos escânda-

los, chafurdaram na gosma e no lodo da roubalheira e, finalmente, viram-se apeados do poder e sem a credibilidade dos brasileiros que agora, nas urnas, jogam a malfadada ideologia no vaso pela segunda vez na história. Ao contrário da primeira, na qual foi usada a força, desta vez pelo uso democrático do voto. _ Coidado ocê aí que tá lendo esse artiguim e se rindo d’eu.... Vou lhe pinchar uma mardição: tomara que quando tiver fazendo uma careta, passe um vento e deixe troncha toda sua banda direita...Vampiro brasileiro!!!!

MACEIÓ, ALAGOAS - 02 A 08 DE NOVEMBRO DE 2018

Salário mínimo

U

m novo estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos revelou que o valor suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência é de R$ 3.783,39. O cálculo do salário mínimo “necessário” é elaborado há 24 anos pelo departamento.

O valor do salário mínimo “suficiente” atual é 3,9 vezes mais alto do que o salário mínimo em vigor, que é de R$ 954.

ECONOMIA EM PAUTA

Bruno Fernandes – bruno-fs@outlook.com

Conta de luz

CNH suspensa

Poucos sabem, mas além da inserção nos órgãos de proteção ao crédito como o SPC e Serasa, o credor pode pedir a suspenção da CNH e do passaporte de devedores. Embora a medida seja prevista no novo Código de Processo Civil, essa suspenção só é efetivada em casos extremos de inadimplência e depois de um longo processo judicial.

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Mercado imobiliário

Após um longo período de dificuldades, o mercado imobiliário deve voltar a mostrar força em 2019. Com isso, a perspectiva é de que os fundos de investimento imobiliários (FIIs) apresentem valorização no próximo ano. Os FIIs são produtos de renda variável com cotas negociadas em Bolsa. Funcionam como ações, mas, em vez de empresas, o aporte é em imóveis.

A Agência Nacional de Energia Elétrica lançou um aplicativo para aparelhos celulares que vai ajudar o consumidor a entender o cálculo das tarifas de conta de luz. De acordo com a agência, o objetivo do aplicativo Aneel Consumidor é simplificar o atendimento e dar mais transparência sobre a cobrança das tarifas de energia. Pelo serviço o consumidor pode realizar simulações interativas para conhecer o funcionamento dos itens que compõem o valor da fatura de energia. O aplicativo está disponível para os sistemas operacionais Android e iOS em suas respectivas lojas.

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MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

BRUNO FERNANDES

CSA a um passo da Série A do Brasileirão

DE OLHO NO ACESSO VAGA NA PRIMEIRA DIVISÃO VAI IMPULSIONAR ECONOMIA LOCAL

ARTHUR FONTES E BRUNO FERNANDES Estagiários sob supervisão da Redação

A

pós 33 anos, a expectativa é grande para Alagoas voltar a ter um representante na elite do futebol brasileiro, a Série A. Atualmente o CSA não precisa de muitas contas para subir. Vencendo o confronto direto com o Avaí, no Rei Pelé pela 37ª rodada ou contra o já rebaixado Juventude no Estádio Alfredo Jaconi no Rio Grande do Sul pela 38ª e última rodada, já garante a vaga.

De acordo com o site Chance de Gol, o Azulão tem 87.5% de chances de subir e ocupa hoje a terceira posição da tabela. Porém, ainda é difícil especificar

quais os quatro clubes que de fato conquistarão o acesso à tão sonhada Série A devido à instabilidade do G4 na reta final da competição. A única certeza até o momento é o Fortaleza, que conquistou o título antecipado da competição ainda na 36ª rodada e já está automaticamente com a vaga garantida. Único clube do Nordeste a disputar uma decisão internacional, ficando com o vice-campeonato da Copa Conmebol de 1999, sua última participação na primeira divisão do futebol nacional foi no Módulo Amarelo de 1987, em que foi lanterna, naquela que, antes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) assumir, seria uma espécie de série C. Em 1986, o time também jogou a série A, e ficou

em 25°.

O atual campeão alagoano com 38 títulos reconstruiu sua trajetória após longos anos sem disputar um título nacional. Em 2016 o CSA voltou aos campeonatos nacionais quando disputou a Série D e fez uma bela campanha conseguindo chegar à final e conquistar o vice-campeonato, diante do Volta Redonda.

Em 2017, conseguiu o acesso antecipado à Série B após vencer o Tombense por 1 a 0 e logo em seguida conquistar o título da Série C em cima do Fortaleza. Em 2018, iniciou a Série B no dia 14 de abril no Estádio Rei Pelé, em Maceió. De lá para cá somou 16 vitórias, 11 empates, 9 derrotas e 47 gols acumulados no Brasileirão.

Repercussão para a economia O acesso do CSA à elite do futebol brasileiro representa não só o futebol alagoano sendo mostrado para todo o mundo, mas também o impulsionamento na economia do estado.

Caso conquiste a almejada vaga o clube disputará partidas contra os maiores e mais tradicionais times do futebol brasileiro, como Palmeiras-SP, Flamengo-RJ, São Paulo-SP e Corinthians-SP. Torcedores de todo Nordeste farão caravanas para assistir ao jogo de qualquer um desses clubes em Maceió, impulsionando a economia local que ganhará também com o turismo.

Na avaliação do secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), Rafael Brito, a economia do estado não será afetada de modo direto caso o acesso seja conquistado, visto que os torcedores chegam e partem no mesmo dia, porém a visibilidade que a TV e a internet proporcionarão ao estado de Alagoas é imensurável pela pasta até o momento.

“Sempre que tem jogos, aparecem as chamadas na TV mostrando as belezas do estado para o Brasil inteiro, as transmissões ao vivo falando sempre o nome de Alagoas nos ajudará a tornar o estado ainda mais conhecido no país e essa será a contribuição do clube para o turismo”, explicou Rafael.

MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

BRUNO FERNANDES

Rei Pelé terá que passar por reformas Para que possa receber os jogos da Série A como mandante, o mais tradicional palco do futebol alagoano, o Rei Pelé, popularmente conhecido como Trapichão, no bairro do Trapiche da Barra terá pouco mais de três meses para se adaptar às exigências da CBF. Além da capacidade total, estabelecida em 2017 pelo Conselho Técnico do Campeonato Brasileiro em 12 mil lugares que já é atendida, o estádio precisará realizar algumas melhorias internas que serão reveladas apenas em 2019 após nova reunião do Conselho Técnico. Hoje a capacidade máxima é de 17 mil torcedores.

Para que Alagoas possa ser mostrada da forma mais positiva possível, a Sedetur confirmou que o Estado já se dispôs a realizar todas as melhorias necessárias no Rei Pelé exigidas pela Série A do futebol. O local é de responsabilidade da Secretaria de Estado do Esporte, Lazer e Juventude (Selaj).

do dentro da nossa filosofia de administração acredito que colheremos bons frutos’’, explicou Rafael Tenório.

Torcedores ilustres

Recorde de público do CSA na Série B do Brasileirão foi de 17.686 pessoas; renda chegou a R$ 341.663,85

Com acesso, receita do clube pode chegar a R$ 30 milhões Principal recurso financeiro dos clubes na Série A, a cota de televisão paga pela Globo pelos direitos de transmissão pode ser um grande desafio da atual diretoria, que terá que preparar o clube em todos os setores para a primeira divisão e precisará saber aplicar a receita recorde, que deve passar de R$ 30 milhões. Neste ano, o faturamento programado foi de R$ 10 milhões.

O valor mais baixo pago em 2018 na Série A foi R$ 23 milhões apenas com a cota de TV. Além dos direitos de transmissão da Série A no Brasil, o aumento no valor do patrocínio da Caixa em caso de acesso e

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Azulinos, a jogadora Marta e o técnico Felipão contam com a classificação do time na Série A

um novo contrato de venda dos jogos da primeira divisão para serem exibidos no exterior também somarão significativamente no cofre do clube. Essas duas verbas têm potencial de alcance de R$ 10 milhões juntas Vale lembrar que o clube possui outras rendas com outros patrocinadores, apoio do Governo de Alagoas e da Prefeitura Municipal de Maceió.

O time também arrecada com

o programa de sócio torcedor, atualmente com 4600 adimplentes. A renda obtida por esse meio não é divulgada pelo clube.

De acordo com o presidente executivo do CSA, o empresário e político Rafael Tenório, desde o início do ano o clube está pautado em três alicerces: estratégico, financeiro e econômico. Ainda segundo ele, independente de qual série o clube

estiver, permanecerá a mesma filosofia e cultura. “Tudo vai obedecer e seguir rigorosamente dentro dos planejamentos, não é pelo fato de a gente ter perspectiva de receber uma receita maior que temos que vai fazer com que a gente fuja daquele planejamento. Com o possível acesso nossa verba irá crescer e isso não vai fazer com que eu mude o meu conceito de gestão e sempre trabalhan-

Na torcida pelo acesso do Azulão do Mutange estão nomes ilustres como a seis vezes eleita melhor do mundo, a jogadora Marta Silva, o ex-jogador Jacozinho e o técnico do Palmeiras e ex-jogador do CSA em 1982, Luiz Felipe Scolari, o Felipão.

Recentemente durante coletiva de imprensa, Felipão declarou torcida ao CSA. O técnico da conquista do pentacampeonato mundial da Seleção Brasileira defendeu o azulão no ano de 1982, atuando como zagueiro, e no ano seguinte assumiu o cargo de técnico do clube. ‘’Quero aproveitar para dizer ao meu CSA que brigue e lute, por que eu quero ir para Alagoas no ano que vem, então estou torcendo também”.

Outro ícone do futebol que já declarou ser torcedora do CSA é a rainha Marta, nascida em Dois Riachos, e considerada a maior futebolista da história do futebol feminino. Na campanha da Série B, Marta aproveitou passagem por Maceió para ver o time do coração. Esteve presente no estádio no clássico contra o CRB e na partida diante do Brasil de Pelotas, vencida por 2 a 0 pela equipe azulina. Sua última presença no Trapichão foi diante do empate em 0 a 0 do CSA com o Atlético – GO. O craque Jacozinho, que atuou no clube em 1985, hoje faz parte da comissão técnica e mostra expectativa. O ídolo da torcida enfatiza que nada vem fácil para o CSA e deixa um recado. “Quero dizer que tenham paciência porque se não for difícil não é CSA, então para o Azulão é tudo assim difícil, sofrido e apertado, com certeza absoluta, assim como tenho tanta fé em meu Deus, creio que nesse momento ele não vai nos desamparar; o acesso vai vir em nome de Jesus”, declarou o ex-futebolista.

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Alagoana dá dicas de como chegar bem aos 100 anos

LONGEVIDADE OLÍMPIA NEUZA DIZ QUE SEGREDO É SERENIDADE, BOM HUMOR E TRABALHAR O CORPO E A MENTE

Bruno Fernandes

Olímpia Neuza ao lado da filha Margarete, do filho Juarez e da nora Keila. Ela esbanja saúde e ensina o segredo de chegar aos 100 anos com disposição

MARIA SALÉSIA sallesia@hotmail.com

E

la nasceu em 16 de setembro de 1918, em Palmeira dos Índios, Alagoas, ano em que o mundo vivenciou o fim da Primeira Guerra Mundial.

Este espírito de paz, agregação, solidariedade, amor e dedicação ao próximo tem acompanhado Olímpia Neuza que aos 100 anos e dois meses esbanja bom humor, sabedoria, saúde, lucidez e elegância. Dona de uma mente brilhante e flexibilidade ímpar, a ponto de conseguir tocar os dedos dos pés sem qualquer obstáculo, a centenária recebeu o EXTRA no escritório de seu filho para falar da infância, trabalho, casamento, filhos e a paixão pelo yoga e palavras cruzadas.

Elegante, vestindo calça branca e blusa azul de estampa poá, unhas pintadas nas mãos que exibiam um lindo anel, brincos combinando com o colar e um sorriso estampado no rosto. Foi assim que a impecável Olímpia estava à espera do semanário.

Com vida bastante movimentada e dedicada à assistência aos socialmente vulneráveis, sempre foi avessa à glória do ego. Porém, de bem com o mundo e uma vida dedicada a fazer o bem, a sorte bateu à sua porta algumas vezes. Além da família abençoada que formou, há alguns anos jogou na loteria e teve o bilhete

premiado. A quantia foi o suficiente para terminar a construção de sua ampla casa no bairro do Farol, em Maceió. No mesmo período, ganhou um carro durante um bingo. De lá pra cá tentou outras vezes, mas “não consegui êxito”, sorriu.

Pioneira, além de exercer o magistério, Olímpia Neuza foi a primeira professora de yoga de Maceió. Figura de destaque na Confraria do Convento Capuchinhos, foi lá que fundou a primeira Academia de Yoga da entidade, onde ministrou aulas durante 40 anos. Conhecedora dos benefícios da arte que os indianos chamam de razão da vida, continua preocupada com equilíbrio entre corpo e mente e cultiva hábitos saudáveis. “Yoga é ciência da vida porque é um exercício que você faz com seu corpo todo. Ainda hoje pratico.

Graças a Deus me dei muito bem e só estou assim por causa do yoga”, afirmou para em seguida sua nora completar: “É fantástica a lucidez dela. É uma iluminada de Deus. O segredo é que ela é uma pessoa que só pratica o bem, amanhece de bom humor e não guarda rancor”, ensinou.

Filha mais velha de nove irmãos, logo cedo Olímpia tomou para si a responsabilidade de

ajudar a mãe nos cuidados com os irmãos e ainda auxiliar nas tarefas escolares. Vocacionada, tempos depois passou a exercer o magistério indo lecionar no interior do estado e na capital, além de Recife, em Pernambuco, período em que tomou gosto pelo yoga.

O saudosismo também fez parte da conversa e a centenária conseguiu arrancar risos quando falou de uma carta em que o pretendente a pedia em casamento.

Obediente, mandou recado pelo mesmo portador, avisando que o rapaz teria que antes pedir consentimento ao seu pai. E assim o coletor federal Manoel Miguel foi pessoalmente a Palmeira dos Índios e como era um rapaz muito bom, disse, “papai aceitou”. Pouco tempo depois, casaram-se em Maceió. Ela lembra que o casamento “na igreja” aconteceu pela manhã e foi assistido pelos familiares que logo em seguida voltaram para o interior. Na tarde daquele mesmo dia houve o casamento civil, mas sem ninguém para testemunhar. Dessa união nasceram três filhos. “Essa boneca aqui (aponta para Margarete), esse ‘piquititinho’ (mostra o filho Juarez, que recebeu o nome em homenagem ao político Juarez Távora) e Margarez Lacez (jun-

ção dos dois nomes dos filhos) que faleceu e foi homenageada com seu nome em uma escola na parte alta de Maceió. A nora Keila também veio para agregar a ponto de carinhosamente dona Olímpia a considerar como uma filha.

O filho Juarez exibe com orgulho o escritório de advocacia que ergueu ao lado da casa da mãe, tudo para dar mais assistência e ficar pertinho dela. Mas quem mais gostou foi dona Olímpia que só tem que agradecer. “Fiquei feliz da vida com esse escritório lindo aqui. Agora o vejo todos os dias”, comemorou. O filho, por sua vez, é só elogios. “Mamãe está sempre em harmonia com Deus. É uma fiel a Deus, síntese do amor. Queria eu ter um terço das virtudes dela”, comparou. A filha Margarete, que mora com a mãe, diz que ela é uma dádiva de Deus. “O coração dela é um menino. Tem problema nenhum de coluna e a lucidez é incrível.

Acredito que o temperamento, o yoga e todo o bem que ela sempre fez consolidou essa longevidade”, completou.

Por onde anda dona Olímpia costuma ensinar alguns exercícios do yoga e com a equipe não foi diferente. Além dos de respiração para fortalecer o coração, desafiou quem conseguiria de pé

colocar as mãos nos dedos dos pés. Para ela, foi muito fácil.

Como se não bastasse, sentada, “bateu palmas” com os pés.

Tudo na maior agilidade e desenvoltura que nem de longe fazia lembrar uma pessoa de 100 anos e dois meses. As palavras cruzadas são outra paixão da mestra. Todos os dias reserva um tempo para se dedicar a elas.

HOMENAGEM Alcançar um século de vida com saúde e disposição é mesmo motivo de orgulho e exemplo a ser seguido. Diante dessa dádiva, o Sindifisco (através da Diretoria Executiva Nacional) homenageou a pensionista Olímpia Neuza pela passagem de seus 100 anos de idade. Na ocasião, foi lembrado que o “segredo da longevidade desta senhora, nascida na cidade de Palmeira dos Índios, berço natal de grandes intelectuais da vida pública, da música, das letras e de outros saberes, com certeza, está na serenidade e simplicidade, características marcantes de sua personalidade aliadas à prática da Yoga.”

Vida longa com bastante saúde para esta alagoana de Palmeira dos Índios que por onde passa só semeia o amor!

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Poder de sedução

S

alão do Automóvel de São Paulo completa 30 edições e até o próximo dia 18 continuará a seduzir multidões. As pessoas permanecem fortemente atraídas por carros. Entre as razões estão comodidade, liberdade, agilidade e taxa de motorização ainda baixa, se comparada a de outros países, inclusive vizinhos, como Argentina. Este ano ficará marcado pela sanção presidencial do programa Rota 2030, no dia da inauguração oficial. Sua importância será analisada na Coluna da próxima semana.

O maior número de novidades vem da Volkswagen. A mais escondida, agora revelada em versão próxima à final, é a picape de cabine dupla cujo nome provisório, Tarok, pode ser até o escolhido em 2020. De porte praticamente igual ao da Toro, incluirá motorização Diesel (tração 4x4, 1 tonelada de carga) e turboflex 1,4 L. Recurso interessante é o alongamento da caçamba ao rebater a divisória metálica interna, possível por ter construção mono-

bloco, no caso derivada do Golf. Público pode ver de perto também o SUV compacto T-Cross (lançamento em abril 2019) e a dupla Polo GTS/Virtus GTS com motor turboflex 1,4 L/150 cv e câmbio automático de seis marchas.

Fiat também chama atenção com o modelo-conceito Fastback que dá pistas para seu primeiro SUV médio e de próxima reestilização frontal da Toro. Sua distância entre eixos, 2,69 m, é praticamente a mesma do futuro SUV argentino VW Tarek. O modelo final, previsto para 2020, não terá linha de teto tão elegante e será um pouco maior que o Jeep Compass. A fabricante exibiu e importará da Itália umas 500 unidades do SUV compacto 500X, cuja arquitetura é a mesma do Renegade.

Ford aproveitou o Salão para exibir o SUV médio Territory (sete lugares), projetado na China. Pela boa reação do público deverá importá-lo, mas este e sua versão de cinco lugares têm grande chance de produção na Argentina. A onda SUV foi

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FERNANDO CALMON

FERNANDO CALMON fernando@calmon.jor.br encapelada também pela CAOA Chery.

Exibe os Tiggo 5X, 7 e 8 (este de sete lugares).

Três fabricantes apresentam e vão importar modelos elétricos. Os médios Chevrolet Bolt (R$ 175.000) e Nissan Leaf (R$ 178.400), além do compacto Renault Zoe (R$ 149.900). Apesar de recente redução de carga fiscal, ainda custam cerca do dobro de veículos convencionais equivalentes. Então, espere uma marolinha, não uma onda “elétrica”.

Audi, CAOA Chery, Honda, Hyundai, Kia, Mercedes e VW também apresentaram modelos desse tipo. Lexus, por sua vez, anunciou que todo o seu portfólio de importados em 2019 será apenas de híbridos, solução mais coerente.

Supercarros drenam o máximo de curiosidade no Espaço dos Sonhos.

Destaque maior para o Mercedes-Benz AMG One, modelo mais caro já exibido no Salão: quase R$ 12 milhões. Potência de 1.054 a 1.248 cv, torque ainda sob sigilo (motor é o mesmo da F-1) e apenas duas unidades reservadas ao Brasil.

McLaren Senna não fica muito atrás com 800 cv por R$ 8,5 milhões. Nesse nível, há preços até “atraentes”: Ferrari 488 Pista, 710 cv (R$ 3,7 milhões) e Porsche 911 GT2, 700 cv (R$ 2,2 milhões).

Outra boa notícia anunciada no Salão: mais investimentos no País. BMW produzirá os novos Série 3 e X4, em Araquari (SC) e a Mitsubishi, o novo Eclipse Cross, em Catalão (GO).

ALTA RODA n OUTUBRO, com mais dias úteis, ajudou no resultado de vendas de veículos leves e pesados. Anfavea já admite que o ano de 2018 será melhor que suas duas previsões ao longo do ano. No acumulado dos dez primeiros meses em relação ao mesmo período de 2017, venderam-se 2,1 milhões de unidades, 15,3% a mais.

Estoques totais de 34 dias, dentro da normalidade. n PRODUÇÃO tem sido afetada por forte e abrupta queda do mercado argentino.

Ainda assim está 9,9% acima do ano passado, na mesma comparação. Exportações mostram recuo de 10,9% em volume e 2,3% em valores. Em 2018, deverão ser produzidos 3 milhões de veículos, o que significa ociosidade em torno de 30%. Mínimo aceitável é de 20% (em dois turnos). n GOLF VARIANT é opção esquecida pelo mercado, porém altamente racional e muito agradável de dirigir, tanto em cidade quanto em viagens.

Apenas os alemães, ao redor do mundo, ainda valorizam as

stations, entre outros fatores por suas boas estradas. Nada que ofereça 605 litros no porta-malas tem comportamento dinâmico e desempenho semelhantes, na medida certa. n MAIS uma combinação de tração elétrica. Mercedes-Benz anunciou que vai ceder, para frotistas específicos na Alemanha, unidades do GLC dotadas de pilha a hidrogênio e bateria recarregável em tomada. Programa de testes começará em 2019. Até hoje nenhum fabricante havia

pensado em associar as duas opções. Empresa não informou o preço desse arranjo técnico. n RODAS de aço com supercalotas estilizadas e fixadas solidamente ao aro têm sido alternativa às rodas de liga de alumínio.

Estas permitem desenhos mais ousados, mas custo é maior e diferença de peso tornou-se bem menor hoje (em alguns casos, as de aço são até 15% mais leves).

Iochpe-Maxion produz 250.000 dessas rodas de aço, por ano, para dois carros e uma picape.

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Saiba como aproveitar e não cair em fraudes

BLACK FRIDAY dias para se arrepender e pedir a devolução do dinheiro. “Nas compras on-line o consumidor pode solicitar a devolução do dinheiro caso o item não atenda as expectativas, mediante devolução do produto. Mas é sempre importante documentar tudo o que é anunciado no momento da compra”, salientou o advogado.

CONSUMIDOR DEVE FICAR ATENTO AOS DETALHES NA HORA DAS COMPRAS PARA NÃO CAIR EM CILADAS

Propaganda enganosa

ASSESSORIA

E

stamos na contagem regressiva para a Black Friday – tradição americana que consiste na venda de produtos com mega descontos em diversas lojas do País, especialmente no comércio online. No Brasil, a Black Friday começou em novembro de 2010 e reuniu mais de 50 lojas do varejo nacional. Este ano, o evento será realizado no dia 23 de novembro e inaugura a temporada de compras natalinas. De acordo com estimativas da Ebit – empresa de levantamento e monitoramento de vendas eletrônicas – o comércio eletrônico deve faturar R$ 2,43 bilhões, o que representa uma alta de 15% em relação ao ano passado.

Apesar dos preços atrativos, estar bem informado ainda é a melhor forma de proteger-se das fraudes. Em 2013, a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico criou o Selo Black Friday Legal, que identifica as empresas que aderiram ao Código de Ética da iniciativa, ou seja, estão comprometidas com as boas práticas do e-commerce e foram aprovadas no processo de avaliação da entidade.

“Diversos sites são criados somente para lucrar com

Pesquisar a fonte das ofertas é essencial, diz João Paulo Borges

a Black Friday. Às vezes, o consumidor fica tão entusiasmado com certas ofertas que se esquece de analisar a fonte delas. É importante pesquisar a reputação da loja em que pretende realizar a compra para ver se o estabelecimento é confiável e se terá condições de cumprir com o oferecido”, comenta o advogado João Paulo Borges Chagas, sócio do escritório Nabarrete, Borges & Chagas Sociedade de Advogados e especialista em Direito do Consumidor.

Por isso, antes de sair às compras, é preciso estar atento e ter ciência de seus direitos e, com isso, evitar cair em ciladas ou sair no prejuízo. Pensando nisso Borges ofereceu alguns alertas para auxiliar os brasileiros que pretendem aproveitar a data. Confira: Direito de arrependimento Quando o comprador não gosta da mercadoria ou não recebe no prazo de entrega estipulado, ele tem até sete

Inúmeras vezes a loja anuncia uma promoção e, ao entrar no site do e-commerce, o valor é outro ou o item não está disponível. “Neste caso, o consumidor tem o direito de exigir que a venda seja realizada de acordo com o proposto pela loja. Para isso, deve se resguardar com uma prova do anúncio que o atraiu para a compra e, posteriormente, fazer valer seus direitos. Caso já tenha efetuado o pagamento e em resposta tenha recebido a informação que não há disponibilidade do produto, poderá pedir a devolução do dinheiro”, informou.

Maquiagem de preços Algumas lojas aumentam

repentinamente o preço dos produtos nos dias que antecedem a Black Friday e, no dia do evento, abaixam o valor como se fosse uma promoção imperdível – mas na verdade é o preço original da mercadoria. “A prática, denominada como maquiagem de preços, falsifica a existência de uma promoção ou liquidação e deve ser denunciada, pois se trata do crime previsto como publicidade enganosa no § 1º do artigo 37 do Código de Defesa do Consumidor. Além disso, também caracteriza o crime de publicidade enganosa prevista no art. 67, bem como o crime de informação falsa ou enganosa tipificada no art. 66, ambos também do CDC”, diz João Paulo.

Ainda segundo o especialista, é muito importante que o consumidor tenha cuidado redobrado diante de tantas promoções e oportunidades.

Apesar da ansiedade pelas compras com menor preço, é fundamental analisar se a proposta valerá a pena e, principalmente, ter conhecimento dos itens listados no Código do Consumidor para que quando for identificado qualquer tipo de armadilha, faça valer seus direitos!

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ABCDO INTERIOR robertobaiabarros@hotmail.com

Desculpas públicas

Prefeito falastrão

Eleito prefeito de Palmeira dos Índios, o jornalista Júlio Cézar se revelava como uma grande promessa para tirar o município do abandono e do caos. Passados quase dois anos de administração, a cidade que teve como prefeito um dos maiores expoentes da cultura nacional, o mestre Graciliano Ramos, vive um estado de inércia, que parou no tempo por incompetência de um gestor falastrão que só promete e não cumpre com suas obrigações.

Romeu e Julieta

Hoje, a terra dos Xucurus-Kariris vive em função da mentira, de uma propaganda enganosa de um prefeito marqueteiro que tem o topete de anunciar uma rigorosa contenção de despesas e contrata com dinheiro público um show de um “padre-artista” por R$ 120 mil. Enquanto isso, a população carente se humilha para obter migalhas em áreas prioritárias como saúde, educação e assistência social sob o controle de um prefeito que, sem qualquer pudor, vai às redes sociais para anunciar o fim do casamento e revelar que está apaixonado por uma donzela que conquistou o seu coração, caso que lembra aquele celebre clássico da história da literatura universal, Romeu e Julieta, de William Shakespeare.

Que prefeito falastrão hein???!!!

Vereadores na cola

Por falar em Palmeira dos Índios, nove vereadores, liderados por Agenor Leôncio, exigem que o prefeito Júlio Cezar, libere o extrato bancário das contas do Fundef referentes aos 60% e 40% destinados a investimentos na rede de ensino e pagamento dos precatórios dos professores.

Um requerimento protocolado na Câmara Municipal visa comprovar o que foi anunciado pelo chefe do Executivo, Júlio Cezar, de que os recursos estariam depositados em contas distintas, divididos na proporção de 60% e 40% para salvaguardar um hipotético direito dos servidores que pleiteiam na Justiça o rateio desses recursos.

Sem rateio

Desde que foi disponibilizado nas contas do município os recursos obtidos através de ação judicial referentes ao Fundef, o prefeito Júlio Cezar, que assinou acordo com o Ministério Público para não conceder o rateio para os professores, tenta jogar para a Câmara a responsabilidade, querendo se livrar do peso político em negar aos servidores da Educação parte desses recursos, que atualmente pela nova modalidade de programa do governo é sempre rateada entre os trabalhadores da Educação.

Agenor disse em seu discurso – e exigiu em nome dele e de seus pares – desculpas públicas do prefeito Júlio Cezar que disse em discurso na confraternização dos servidores de forma comprometedora que estaria “negociando” com os edis a votação do projeto de lei do Fundef.

Ferida aberta

E foi mais além, tocou numa ferida aberta: o caso do deputado-federal eleito Severino Pessoa (PRB) que teve pífia votação no município e que estaria responsabilizando o prefeito Júlio Cezar pelo mau desempenho nas urnas. O vereador ainda falou que o deputado pretender abrir uma emissora de rádio na cidade para poder abrir o canal para os vereadores falarem abertamente o que pensam, sem ingerência econômica ou política. (Com Bernardino Souto Maior).

Feira Literária

O clube de leitura Leia Mulheres estará presente na Feira Literária de Arapiraca (Fliara), de 15 a 18 de novembro, na Praça Luiz Pereira Lima. Comandado por três estudantes do curso de letras da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Laura Emília Araújo, Beatriz Rodrigues e Caroline Linhares, a iniciativa visa estimular a leitura de obras de escritoras, com o propósito de facilitar o acesso e dar visibilidade a publicações de autoras locais, nacionais e internacionais.

Obras de

PELO INTERIOR

escrito-

... Ainda sobre a duplicação do trecho da rodovia que liga Arapiraca a Campo Algre: entre as atividades realizadas no momento, os serviços de nivelamento do solo estão mais evoluídos com 75% de todo o trabalho finalizado. ... Na frente de pavimentação, a equipe técnica realiza serviços de sub-base, base e ainda o início da imprimação ao longo do trecho. Simultaneamente acontece também a execução da drenagem, que já conta com 25% das ações concluídas. ... “Trata-se de uma obra com grande peso para o desenvolvimento econômico do estado. Quando duplicamos uma pista, damos oportunidade de proporcionar mais facilidades no escoamento da produção, fortalecemos o potencial turístico das regiões e, principalmente, garantimos segurança e qualidade de tráfego para os motoristas”, aponta o superintendente de obras do Departamento de Estradas e Rodagens de

ras

pesquisa

Movimento

Duplicação de rodovia

Na Fliara, as mediadoras afirmam que o público vai encontrar uma exposição com a vida e obras de escritoras, bem como as atividades desenvolvidas pelo Leia Mulheres na cidade. “A Fliara será uma plataforma para a gente divulgar o nosso trabalho e que as pessoas nos conheçam e, quem sabe, possam participar do clube de leitura. A ideia é que mais pessoas estejam lendo”, frisou a mediadora Laura Emília Araújo.

Em Arapiraca, o Leia Mulheres atua desde 2017, com reuniões mensais, no penúltimo sábado do mês, no Campus I da Uneal.

O movimento, entretanto, surgiu em 2014, a partir da hashtag criada pela escritora inglesa Joanna Walsh, #readwomen2014 (#leiamulheres2014) cuja proposta era, em síntese, ler mais obras produzidas por mulheres. Em 2015, surgiu o primeiro clube de leitura em São Paulo, e rapidamente a ideia se espalhou para outros estados.

O clube de leitura Leia Mulheres se transformou ainda em objeto de pesquisa científica na Universidade. O fenômeno é estudado no projeto “Leia Mulheres no Estado de Alagoas: Literatura e uso das tecnologias para divulgação da autoria feminina”, sob a orientação da professora Joyce Rodrigues da Silva Magalhães.

O percurso de pista simples vai dando lugar a uma via duplicada, reestruturada e mais segura. O trecho, de 32,3 quilômetros, conecta os municípios de Campo Alegre a Arapiraca e dá continuidade a uma das maiores obras de infraestrutura viária de Alagoas, a duplicação Maceió-Arapiraca, na rodovia AL-220. Só nesta etapa, os serviços já estão 30% concluídos e avançam por meio de trabalhos de terraplanagem, drenagem e pavimentação.

Objeto de

Alagoas (DER), Iran Menezes. ... Com cadaminuto - A família de José Márcio Cavalcante, o “Baixinho Boiadeiro”, entregou na manhã de segunda-feira (12), a arma de Baixinho para realização da perícia balística, no Instituto de Criminalística (IC). Segundo a advogada da família, Mabylla Loriato, ainda não há previsão de quando o exame vai ser realizado. ... A advogada contou que o Instituto solicitou que fosse expedido outro ofício especificando qual exame deve ser realizado. ... “Até agora não iniciou o exame. Solicitaram outro ofício, o delegado enviou, mas o diretor do IC disse que não recebeu o e-mail. Estamos aguardando”. ... Loriato disse ainda que, com a perícia, é possível provar que o tiro que vítimou o vereador de Batalha Tony Carlos Silva de Medeiros não saiu da arma de Baixinho

Boiadeiro. “Desde o começo do processo estamos tentando provar. Somente agora, com a oportunidade de realizar o exame, entregamos a arma para provar a inocência de Baixinho”, finalizou. ... Em fevereiro deste ano, a justiça decretou que José Márcio Cavalcante, conhecido como “Baixinho Boiadeiro”, apontado pela polícia alagoana como autor do assassinato do vereador Tony Carlos Silva de Medeiros, o Tony Pretinho, ocorrido em 15 de dezembro de 2017, se encontrava foragido. ... De acordo com a polícia, as motivações da morte seriam o fato de o suspeito achar que Tony Pretinho teria ligação com a morte de seu pai, o vereador Adelmo Rodrigues de Melo, o Neguinho Boiadeiro. ... Aos nossos leitores, desejamos um excelente feriadão, repleto de paz, saúde e harmonia. Até a próxima edição!

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MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018

Thiago Pinheiro

129 ANOS DE REPÚBLICA MARECHAL DEODORO VOLTA A SER A CAPITAL DE ALAGOAS

O

município de Marechal Deodoro se transformou na capital do estado de Alagoas no último dia 15, em comemoração e homenagem ao Brasil, que completou 129 anos de Proclamação da República. A tradição acontece há nove anos e se deve às origens de Manuel Deodoro da Fonseca, proclamador da República.

Durante solenidade realizada no Palácio Provincial de Marechal Deodoro, o prefeito da cidade, Cláudio Roberto Ayres da Costa, conhecido como Cacau, ressaltou a importância do momento e da responsabilidade de sediar o governo do Estado. “Celebrar mais um 15 de novembro é manter viva a história, é homenagear o filho dessa terra, é dar importância à força do nosso povo, exaltando a coragem de homens e mulheres”.

O prefeito reverenciou ainda a história de bravura de Deodoro e assegurou que continuará trabalhando pelo município sem medir esforços para o bem do povo deodorense.

A cidade foi a primeira capital da província de Alagoas, entre 1817 e 1839. Em 1939, quando Maceió passou a ser a sede administrativa, Marechal Deodoro recebeu o nome atual em homenagem ao proclamador.

A programação contou com desfile militar e desfile de orquestras filarmônicas. O prefeito Cacau aproveitou a ocasião para pontuar as obras e investimentos feitos na cidade, como a reforma de escolas, a construção de outras unidades e recursos para saúde.

Grande parte dos secretários de Estado estiveram presentes, além do governador em exercício, Luciano Barbosa, que enfatizou a importância da tradição de transferir a sede do governo para o local de origem de um personagem tão ímpar para o país. “A importância não é local, é para todo Brasil. Merecidamente essa homenagem se dá a este alagoano. Nos dias atuais é de grande valia que bons momentos como este sejam repercutidos; é uma honra para nós”, ressaltou.

Recém-eleitos para a Câmara dos Deputados e para a Assembleia Legislativa, respectivamente, Sérgio Toledo e Marcelo Beltrão também estiveram presentes para prestigiar a cidade.

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MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2018