Ano 7 - Nº 73 - Dezembro de 2009 - Publicação Oficial dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais
Retrospectiva e perspectivas
Pecuária leiteira com tendência positiva Páginas 20 a 23
Artigo
A desmineralização do gado é um dos fatores responsáveis pelos baixos índices de produtividade média das fazendas Página 8
Entrevista
O Deputado Federal e produtor rural Luiz Fernando Faria, ressalta a importância de movimentos na pecuária leiteira Páginas 16 e 17
As melhores produções individuais e por rebanho
Wagner Correa
2 editorial
Jornal Holandês| Dezembro de 2009
ouvidoria
Leonardo moreira costa de Souza
Presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais
Antônio de Pádua Martins Engenheiro Civil e Produtor Rural antoniopmartins@terra.com.br (35)9981.0404
OTIMISMO OU PESSIMISMO EM 2010? Muitas pessoas discursam que a pecuária de leite vive sempre da esperança pela chegada de dias melhores. Rechaçam o otimismo e vivem sempre o constante pessimismo, reclamando incessantemente dos resultados da atividade leiteira. Porém, por que prosseguem na atividade? Esta pergunta eu sempre faço a mim mesmo sem obter uma resposta cartesiana. Será que faz parte da característica do produtor de leite reclamar sempre do seu próprio negócio? Creio que não. O que falta em nossa opinião é uma melhor demonstração do que efetivamente acontece com base em números, demonstrando didaticamente aos produtores as razões da lei de mercado, procurando auxiliá-los na tomada de decisões corretas que façam imperar o otimismo e a colheita de resultados concretos. Um ciclo virtuoso que é possível ser alcançado. O leite vem passando há alguns anos por uma grande transformação no Brasil e, efetivamente, só sobreviverão os eficientes, os que controlam, os que conhecem os seus próprios números, o seu negócio, as suas vacas, aqueles que sabem onde querem chegar, com objetivos claros, sem jogar a sujeira para baixo do tapete, com amor pelo que fazem, mas com maior paixão ainda pela lucratividade. Somente com esta visão comum conseguiremos dar seqüência a busca pela melhor organização setorial e defesa dos interesses dos produtores. Sempre se prega a necessidade de união dos produtores, a qual nunca chega. A pergunta deve ser: por que nunca chega? Para nós a resposta também é simples e pode ser traduzida em um velho ditado: em casa onde falta o pão, todo mundo briga e ninguém tem razão! É por isso que vislumbramos, através da nossa Associação, com a prestação de serviços eficiente, contribuir com os nossos associados e pecuaristas de leite em geral, auxiliando-os a entenderem o que acontece numericamente nas suas fazendas, sugerindo medidas a serem tomadas e orientando o produtor com base em conceitos técnicos testados. Um dos nossos objetivos é mostrar ao pecuarista que é possível ser eficiente e ter lucro na sua atividade, sobretudo com a raça holandesa. Afinal, será que todos pagam para produzir ou será que existem produtores que lucram? Sugerimos que os nossos leitores reflitam sobre as palavras acima, principalmente após lerem o conteúdo desta edição sobre o cenário realista para 2010, que tende a ser um ano bom para a nossa atividade, e que concluam acerca do que é possível ser feito se enxergarmos a nossa atividade nas suas entranhas, buscando com trabalho sério e constante as soluções para a obtenção do necessário lucro impulsionador da sua sustentabilidade. Sugerimos que os nossos leitores iniciem 2010 com um bom planejamento financeiro, com um plano de trabalho eficiente, com a cabeça bastante aberta para usufruir positivamente das mudanças no nosso setor, motivado a quebrar paradigmas e enxergar que otimismo ou pessimismo não é puramente um sentimento ou uma característica, mas sim a conseqüência de um trabalho bem ou mal feito. Um Feliz Natal a todos os nossos leitores e que 2010 seja recheado de otimismo por bons resultados alcançados e não por discurso apenas! Boa leitura e um forte abraço.
Expediente Jornal Holandês - www.gadoholandes.com Publicação Oficial da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais Av. Sete de Setembro, 623, Costa Carvalho – Juiz de Fora – MG – CEP 36070-000 jornalismo.unipac@gadoholandes.com – Fone: (32) 4009-4300 Presidente: Leonardo Moreira Costa de Souza Diretor Geral: José Vânio de Araújo Projeto Gráfico: Lux - Design Comunicação e Marketing Editora de Diagramação e Arte: Helô Costa – 127/MG Departamento Comercial: 32 4009-4300 | 32 9197- 2727- E-mail: jvanio@gadoholandes.com Em Belo Horizonte - 31 9105-7737
Uma observação que faço a respeito das cartas que são recebidas pela redação do jornal, e também através dos comentários que procuro obter dos leitores do Jornal Holandês, é de que as pessoas gostam e confiam no jornal muito pelo conteúdo técnico que ele apresenta, o que de fato vem ao encontro do objetivo ao qual se propõe. Como se trata de um veículo de informações de consumo para o produtor, é importante estabelecer a necessidade de que cada edição contenha matérias voltadas para dar suporte ao produtor, seja através de entrevistas que apresentem novidades e contenham aplicação de novas técnicas, seja através de artigos e matérias que possam efetivamente ser aproveitadas pelos leitores quanto a aplicabilidade na sua atividade cotidiana. Não há dúvida de que todos os demais assuntos enfocados nas edições são também importantes, pois se revestem de comunicação de interesse do meio rural. Mas, de forma alguma este veículo de informações deve deixar de publicar em suas edições mensais as matérias de cunho técnico para deleite de seus leitores. Como o uso deste espaço é sempre com o objetivo de dar um norte para o desenvolvimento de pautas futuras, fica a sugestão para que a redação publique a cada edição matérias que valorizem cada vez mais a leitura em benefício de nossos produtores rurais brasileiros. Boa leitura, Feliz Natal e um ótimo 2010 para todos os leitores do Jornal Holandês.
carta Tive a satisfação de ler o Jornal Holandês. Como sou pequeno produtor de leite, gostei muito do conteúdo, pois faço inseminação no meu gado e seu eu pudesse receber periodicamente este jornal seria muito bom, pois irá me ajudar muito no meu desempenho. Jorge Antônio da Fonseca, Lajinha/MG Da redação: Prezado Jorge, agradecemos o recebimento de sua carta. É com prazer que informamos a inclusão de seu nome no cadastro de assinantes do Jornal Holandês. A partir da próxima edição os exemplares mensais já serão enviados para o seu endereço informado. Bem vindo ao clube de leitores do Jornal Holandês!
Endereços úteis Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais Avenida Sete de Setembro, 623 Centro - Juiz de Fora - MG - CEP 36070-000
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Representações Regionais: Acricom - Associação dos Criadores de Gado Holandês do Centro Oeste Mineiro Presidente - Alberto Oswaldo Continentino de Araújo Avenida Amazonas, 6020 - Gameleira. 30510-050 Belo Horizonte - MG - Tel: (31) 3334-8500
Estagiários Convênio Laboratório do Curso de Comunicação Social da UNIPAC Av. Juiz de Fora, 1100 – Juiz de Fora – MG - www.unipac.br - Fone: (31) 2102-2101 Coordenação e Supervisão dos acadêmicos da Unipac: Profª Marina Magalhães Colaboraram nessa edição os seguintes estagiários: Carolina Alzei e Marcos Alexandre
Nughoman - Núcleo Criadores de Gado Holandês da Mantiqueira Presidente -Almir Pinto Reis Rua João Baptista Scarpa, 666. 37464-000 Itanhandu - MG - Tel: (35) 3361.2404
Impressão: Sempre Editora LTDA Tiragem: 10.000 exemplares
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mercado
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O Real e o Dólar: produtores rurais já reclamam contra a valorização da moeda (em dólares) das exportações do setor agrícola aumentaram 6,3% no terceiro trimestre, o real disparou valorização à taxa de 19,6% em relação às moedas dos principais parceiros do setor mundial. Se os impactos da valorização já prejudicam os setores do campo, a situação da indústria é bem pior. É que o “estrago” do real forte na agricultura é bem menor que na indústria. Cálculo preliminar da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) aponta que a rentabilidade das exportações da agricultura e da pecuária caiu 24% em outubro de 2209, se comparado ao mesmo período do ano anterior e voltou para o patamar do início do ano passado. A rentabilidade das vendas externas da indústria, por sua vez, amarga o pior desempenho desde meados da década de 80.
Wagner Correa
A preocupação que antes era só da indústria agora é incorporada pelos produtores. Sem a ajuda dos preços internacionais que eram altos antes da crise, a valorização da moeda prejudica a conta da rentabilidade das exportações do setor agrícola. Depois de três anos de equilíbrio, o setor agropecuário convive agora com o impacto negativo na remuneração em moeda local. Os preços em reais das exportações recuaram 14,5% entre junho e setembro, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Em relação a setembro do ano anterior (antes da crise), a queda foi de 11%. O câmbio pulverizou os ganhos da recuperação das commodities, que voltaram a subir com o início da retomada do aquecimento da economia global. A conta fecha na seguinte equação: enquanto os preços
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Investidores prevêem que leite deve subir 39% em 2010 Segundo notícia veiculada em dezembro pelo CDC – Diário do Comércio & Indústria, a queda da produção de commodities, do arroz ao leite, é má notícia para quase todos, menos para os investidores. O governo dos Estados Unidos diz que o preço do leite em pó desnatado deverá dar um salto de 39% no ano que vem. Os custos
mundiais dos alimentos saltaram 7% em novembro, sua maior alta desde fevereiro de 2008, quatro meses antes de alcançar um recorde, segundo a Organização para a Alimentação e a Agricultura da ONU (FAO). Os preços dos produtos agrícolas ficaram atrás, este ano, dos contratos futuros de cobre, que duplicaram, e do petróleo,
cuja cotação subiu 57%. A recuperação da recessão, a pior desde a Segunda Guerra Mundial, estimulará a demanda por alimentos e impulsionará seus custos para compradores de commodities, ao mesmo tempo em que aumentará o contingente da população faminta, que, segundo a ONU, ultrapassa atualmente 1
bilhão de pessoas. ”As commodities agrícolas serão um grande investimento nos próximos três a cinco anos”, disse Oliver Kratz, que administra US$ 10 bilhões como diretor de Investimentos da Global Thematic Strategy da DB Advisors, do Deutsche Bank, inclusive US$ 3 bilhões em agricultura.
meio ambiente
Wagner Correa
União prorroga adesão à reserva legal O decreto que determina a prorrogação por dois anos do prazo para averbação de 20% da área das propriedades para reserva legal foi assinado no dia 1º de dezembro pelo presidente Lula. A alteração do decreto 6.686, após publicada no Diário Oficial de União, estabelece o prazo de 18 meses para a averbação, até 11 de junho de 2011, e ainda outros seis meses para adequações. O decreto ainda prevê a retirada de multas impostas aos agricultores desde julho deste ano, e outros cinco itens básicos passíveis de alteração no Código Florestal ainda serão analisados até janeiro, quando sairá um documento final com os ajustes. Outra novidade trazida pelo decreto é a criação do programa Mais Ambiente, criado com o objetivo de favorecer a adesão de agricultores familiares à legislação ambiental. O programa define o prazo de três anos para adesão, e ainda prevê apoio ao georreferenciamento e ao pagamento de outras despesas que os produtores venham a ter com o processo de averbação.
Ainda sobre a questão ambiental, ruralistas aprovam lei na Câmara A Câmara dos Deputados, em seu último dia de trabalho, aprovou no último dia 16/12 um projeto de lei dando aos Estados e municípios autonomia para criarem suas próprias leis ambientais. Antes mesmo da apresentação deste projeto de lei, o Estado de Santa Catarina havia tomado a iniciativa de aprovar sua própria lei ambiental, ora sob contestação no Supremo Tribunal Federal. Este projeto de lei aprovado pela bancada ruralista cria também comissões de integrantes do Executivo para resolver eventuais conflitos hoje sob responsabilidade do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), tirando assim parte do poder do Ibama para fiscalizar o desmatamento em escala nacional. Através deste projeto de lei, aprovado por 317 votos contra 17, os ruralistas tentam fazer adequações no Código Florestal, cuja legislação impõe limites ao desmatamento em terras privadas. O projeto de lei tramitará agora no Senado, e da aprovação deste, para entrar em vigor, ainda dependerá da sanção do presidente Lula.
economia
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Mercosul aprova nova Tarifa Externa Comum de Importação de Lácteos um passo importante para assegurar a continuidade da produção de lácteos no Brasil. “Antes éramos importadores, agora aumentamos a nossa produção, somos auto-suficientes e temos condições de exportar. Isso representa um ganho de mais de US$ 700 milhões na balança comercial brasileira”, afirmou. Muller destaca ainda que a medida é a consolidação de uma política abrangente para o setor lácteo, conjugando política externa às ações de apoio ao setor que já vinham sendo implementadas pelo governo há alguns anos. “Isto significa que estamos gerando renda e alimentos para o crescimento econômico com estabilidade”, completa.
Wagner Correa
No início do mês de dezembro, o Conselho do Mercado Comum do Mercosul aprovou em Montevidéu, (Uruguai), a elevação da Tarifa Externa Comum de Importação de lácteos para países membros (com exceção do Paraguai) para 28%. A proposta de revisão da antiga tarifa que estava entre 14% e 16% foi apresentada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) na Câmara de Comércio Exterior (Camex), em 2007. A medida vai proporcionar maior segurança para agricultores familiares e cooperativas de leite do Mercosul de produtos provenientes de países com subsídios elevados. No Brasil, são produzidos 27 bilhões de litros ao ano, sendo que 58% do total são oriundos de um milhão de estabelecimentos da agricultura familiar, segundo dados do Censo Agropecuário de 2006, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, comemorou a elevação da taxa, que vem atender a uma reivindicação antiga do setor lácteo brasileiro. Segundo Cassel, a aprovação da nova tarifa é uma das mais importantes conquistas da agricultura familiar brasileira, uma vez que o leite é seu principal produto. “Um bom preço garante estabilidade econômica. Além disso, é uma vitória da integração regional do Mercosul, na medida em que estão criadas as condições para estabilizar o mercado de um produto sensível para a vida dos agricultores e para a segurança alimentar”, disse o ministro. Para o coordenador da Assessoria Internacional e de Promoção Comercial do MDA, Laudemir Muller, a medida é a consolidação de uma política de apoio à produção. “Há dez anos a agricultura familiar e as cooperativas aguardavam por essa revisão. Ela vem defender o setor produtivo das práticas desleais do comércio internacional e ainda assegura oferta e estabilidade de preços para o c re s c e n te m e rc a d o c o n s u m i d o r d a região”, disse. Laudemir acredita que a mudança é
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Tendência de crescimento no consumo mundial de lácteos em 2009 Wagner Correa
Em recente divulgação de levantamento efetuado pela Tetra Pak Dairy Index, o consumo mundial de lácteos (leite e outros lácteos líquidos como leite flavorizado, evaporado e condensado, refrigerados ou não) aponta para crescimento em 1,3% este ano. Segundo o levantamento, o consumo mundial saltou de 259 bilhões de litros em 2008 para 263 bilhões de litros em 2009. No caso do Brasil, o aumento do consumo foi de 2,5%, passando para 10,3 bilhões de litros. Outro dado importante do levantamento é o aumento do consumo na região Nordeste do país, que alcançou 20%, segundo a Tetra Pak. Os mercados emergentes, como o Brasil, devem continuar puxando o crescimento do consumo do setor de lácteos, segundo a Tetra Pak. Mas crescer nos mercados desenvolvidos, que representam 31% do consumo global de lácteos, é um desafio. ”Os mercados desenvolvidos são mais maduros, é mais difícil continuar crescendo. É preciso focar em inovação para avançar”, defendeu Dennis Jönsson. Enquanto a perspectiva é de que o consumo no Brasil aumente a uma média ponderada de 3% entre 2009 e 2012, a expectativa é de queda de 0,6% nos Esta-
dos Unidos e no Reino Unido (dois dos países mais afetados pela crise) e de recuo de 2,3% no Japão. Já para Índia e China, a perspectiva é de crescimento de 2,2% e 7,1%, respectivamente. (ver quadro) Para o consumo global, a previsão da Tetra Pak é de um crescimento a taxa anual acumulada de 2,2% entre 2009 e 2012, conforme estimativas realizadas no início deste ano. ”Há um potencial para o aumento do consumo no Brasil”, disse Eduardo Eisler. Para ele, os mesmos fatores que sustentaram o crescimento este ano devem persistir no médio prazo. ”Há mais pessoas entrando no mercado, principalmente no Nordeste”, afirmou, por conta da melhora na renda. Além disso, há uma recuperação da economia e o investimento das empresas no segmento de lácteos, parte delas, exatamente no Nordeste. O cenário também melhorou na China, onde a indústria de lácteos sofreu um baque por conta dos casos de contaminação com melamina, em 2007. De acordo com Jönsson, o consumo de lácteos já começa a se recuperar, num ritmo mais rápido do que se esperava, após forte queda. Até novembro deste ano, o aumento foi de 7,1% em relação a igual período de 2008.
fique de olho
Reajuste abusivo de seguro de vida é barrado no STJ D e c i s ã o re c e n te d o S u p e r i o r Tribunal de Justiça (STJ) impediu o reajuste de 195% considerado indevido para correção de apólice de seguro. A decisão do STF foi no sentido de manter a correção dos valores das apólices pela inflação. Sobre a decisão do STJ não cabe mais recursos. O fato decorreu de uma alteração na legislação inerente ao setor de seguros, que, a partir de 2006, q u a n d o a S u p e r i n te n d ê n c i a d e
Seguros Privados (Susep) reproduziu a Lei 10.406/2002, inserindo a o b r i g a to r i e d a d e d e r e n o v a ç ã o a n u a l d o s c o n t ra to s , re t i ra n d o assim a cláusula de renovação automática dos seguros. Esse precedente abriu espaço para renegociações a cada 12 meses, possibilitando também a rescisão unilateral, sem negociação prévia com os consumidores, fazendo com que contratos antigos começassem a ser cancelados à medida q ue o
risco diminuía para o segurado mais velho e crescia para a seguradora. Neste caso, as seguradoras apresentavam aumentos consideráveis para renovação das apólices, inviabilizando o consumidor/ segurado de continuar a pagar as parcelas, dando assim as seguradoras o direito de cancelar unilateralmente os contratos de seguro quando o segurado negasse a adesão ao novo valor das mensalidades da apólice.
Entidades de defesas de consumidores prevêem que a decisão do S TF abre precedentes para uma avalanche de ações em todo o país, pois cria expectativa para quem já c o n s i d e ra va p e rd i d o o i n ve st i mento feito com o seguro de vida. Ações coletivas já iniciadas há mais de três anos podem movim e n ta r c i f r a s u p e r i o r a R $ 2 5 0 milhões, com um valor médio estimado de R$250 mil por cada indenização.
convênio
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SENAR e SEBRAE lançam programa de gestão da pequena propriedade Em nota divulgada no último dia 11 de dezembro, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil destacou a celebração de convênio de cooperação técnica entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O convênio visa a promoção de ação inédita para estimular o crescimento do pequeno produtor rural. Juntas, as duas instituições vão desenvolver uma metodologia específ ica de Gestão de Empreendimento Rural (GER). Um público de dois mil pequenos produtores rurais será beneficiado. O convênio de cooperação técnica foi assinado pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente do Conselho Deliberativo do Senar, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), e pelo diretor-presidente do Sebrae, Paulo Okamotto. Serão desenvolvidos dez projetospiloto. O projeto contará com investi-
mento de R$ 10 milhões durante os próximos 15 meses. Meta prioritária será promover ações de qualificação do homem do campo, de forma que o produtor rural receba treinamento de capacitação com ajuda do Senar, do Sebrae e dos sindicatos rurais, no sentido de aprimorar a gestão da sua pequena propriedade, transformando-a em negócio lucrativo. Em julho deste ano, Senar e Sebrae realizaram na sede da CNA, em Brasília, o workshop “Empreendedorismo para Gestão da Pequena Propriedade Rural”. Desde então, ficou acertado de que as duas instituições iriam atuar em parceria para desenvolver um programa de eficiência de gestão da empresa rural de âmbito nacional. “O produtor rural precisa estar consciente de que é um empresário rural e que precisa ter lucro com a sua atividade, para assim poder continuar oferecendo alimentos bons e baratos para toda a população”, afirma o secretário-executivo do Senar, Omar Hennemann.
Serão realizadas ações de capacitação de instrutores, e posteriormente dos produtores, nos processos de implantação orientada do GER, e acompanhamento e supervisão dos resultados. Também será elaborado material didático específico, ampliando o rol de mecanismos de apoio ao produtor rural. Depois de estruturada a metodologia do GER, levando em consideração as peculiaridades de cada região e das diversas culturas, o Senar será responsável por disseminar os novos conceitos de gestão empresarial rural por todo o País. A tarefa será facilitada devido à presença pulverizada do sistema CNA/SENAR, que conta com as ações de 27 Federações de Agricultura e Pecuária presentes em todas as unidades da Federação e de uma rede com mais de 2,2 mil sindicatos rurais atuantes em todo o País. Essa rede forma um pólo integrado pronto para atuar na difusão dos novos conceitos de gerenciamento da atividade dos pequenos produtores rurais.
visita Semex Brasil leva grupo de criadores e técnicos ao Canadá A Semex do Brasil, em parceria com a Brazil Usa Tours e o departamento de Comércio do Consulado Geral do Canadá, levou em novembro último, uma delegação oficial do Brasil para visitar duas importantes feiras do setor de gado leiteiro, a Royal Agricultural Winter Fair em Toronto, Ontário e a International Holstein Show em St. Hyacinthe, Quebec, ambas no Canadá. Mais de 50 pessoas participaram da viagem, cujo programa incluiu acesso a conhecimento de novos serviços, programas e produtos nos dez dias de viagem, e foi complementado com uma série de visitas técnicas à fazendas comerciais e visitas às principais centrais Semex e às belas cidades do Canadá. Segundo o Diretor Presidente da Semex Brasil, Nelson E. Ziehlsdorff, “a Semex vem promovendo regularmente essa viagem ao Canadá”. Nelson acrescenta ainda que esse foi o 3º Grupo organizado pela Semex, com mais de 50 pessoas, representando uma receptividade muito gratificante a adesão e participação de técnicos, diretores de laticínios, veterinários e criadores de Holandês, Jersey e Girolando de vários estados do Brasil, e com diversificados sistemas de produção.
Diante do sucesso do programa, a Semex já iniciou o planejamento para o grupo de 2010, que terá um foco maior ainda nos serviços, programas e produtos que estão sendo desenvolvidos e aprimorados pela empresa para atender com excelência o seus clientes.
Arquivo Se
mex
Grupo de cr iadore pela Semex s, veterinários e exec aproveitou utivos form bem a visi ta ao Cana ado dá
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Investimento
Estudo aponta que Leite achocolatado pode reduzir inflamações Artigo publicado pela Folha on-line destaca estudo realizado por cientistas que sugerem que a ingestão regular de leite desnatado, com adição de cacau (rico em flavonóides), pode reduzir inflamação, potencialmente desacelerando ou prevenindo o desenvolvimento da arteriosclerose. No estudo foi realizado em Barcelona, Espanha, onde foram recr utados 47 voluntários, com 55 anos de idade ou mais, que apresentavam algum risco de doenças cardíacas. A metade deles recebeu duas doses de 20g de pó de cacau solúvel para beber com o leite desnatado duas vezes por dia, enquanto o restante tomou leite desnatado puro. Um mês depois, os grupos inverteram a bebida. Exames de sangue descobriram que, depois que os participantes tomavam leite achocolatado duas vezes ao dia durante quatro semanas, eles apresentaram níveis mais baixos, com escalas bem
significantes, em vários indicadores bioquímicos de inflamação, embora alguns i n d i c a d o re s d e i n f l a m a ç ã o c e l u l a r tenham permanecido iguais. Os participantes também apresentaram níveis expressivos do colesterol bom, HDL, depois de conclusão da dieta a base de leite com chocolate. O estudo apareceu na edição de novembro do “The American Journal of Clinical Nutrition” e está disponível on-line. Ponto positivo para o marketing a favor do produto. O leite, puro ou adicionado a uma variedade de opções de sabores, vem se convertendo em opção de bebida saudável e barata. Com a preocupação cada vez mais crescente por parte dos consumidores, que avaliam as qualidades dos alimentos que ingerem, notícias como essa, caem como luva para que o produto adquira o status que merece e caia de vez no gosto da cadeia de consumo.
Alta anuncia a compra da australiana 21st Century Genetics A Alta Genetics anunciou neste mês a compra da empresa australiana 21st Century Genetics. O acordo de compra foi assinado no dia 1º de dezembro e contou com a colaboração de Daryl Brown e Brian Leslie, sócios da 21st Century Genetics, que agora passa a se chamar Alta Genetics Austrália PTY Ltda. “Esse é um investimento natural para a Alta Genetics, pois temos nosso foco de construir relações fortes com os principais clientes de leite progressistas em países produtores de leite,” afirma Cees Hartmans, CEO da Alta Genetics. “Com a aquisição da 21st Century nós já saímos liderando o mercado. Daryl e Brian desenvolveram uma base sólida e pronta para mais crescimento. Esta-
mos muito orgulhosos de dar seqüência ao que eles alcançaram na Austrália.” Há mais de 20 anos a Alta Genetics tem sido fornecedora de genética para a indústria Australiana, e em 2003 a 21st Century Genetics se tornou uma distribuidora Alta naquele país. Nos últimos sete anos a 21st Century criou um negocio de sucesso fornecendo aos fazendeiros Australianos uma genética de alta qualidade proveniente das melhores vacas da Austrália e fora do país. A combinação entre Alta Genetics e 21st Century Genetics tem um histórico de liderança, e o objetivo dessa união é dar continuidade a este aspecto. A Alta Genetics Austrália PTY irá oficialmente começar suas atividades em Janeiro de 2010.
Caixa de novidades para novos associados em 2010 Presenteie os seus animais com nomes criativos ao registrá-los. Afinal, eles merecem ter nomes, filiação, méritos conquistados... O valor do registro é bastante acessível para levar tanta informação. Cada animal só é registrado uma única vez. Portanto, valorize este investimento. O nome do proprietário do rebanho vai constar no registro, e o nome do afixo que identifica a sua propriedade também. Garanta valor para o seu plantel. Registrar é um investimento para o resto da vida! Consulte-nos. Temos muito a contribuir para o seu plantel aparecer e se destacar.
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CNA alerta para disparidade em pesquisas A senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), divulgou nota pública informando que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) errou ao publicar o valores do Índice de Gini no Censo Agropecuário 2006. Informa a senadora, que o dado sobre a suposta concentração de terras na área rural, além de errado, foi amplamente divulgado como se representasse um prejuízo ao País. Posteriormente, o IBGE reconheceu o erro primário em nota sem qualquer destaque. O Censo Agropecuário IBGE 2006 exibe fortes inconsistências quando comparado aos levantamentos anuais do próprio instituto, como a Pesquisa Pecuária Municipal IBGE 2006 e a Pesquisa Agrícola Municipal IBGE 2006. Neste caso, o Censo ou as pesquisas anuais, ou ambos, estão errados. Ao lado os números apurados pelo censo.
Segundo a presidente da CNA, diante de tão expressivas diferenças, cabe ao IBGE explicar aos produtores rurais e à sociedade brasileira as razões que levaram a resultados que geram suspeição sobre sua credibilidade, reconhecendo que as pesquisas amostrais podem apresentar desvio quando comparadas àquelas que consideram todo o universo pesquisado, mas ressaltando que a dimensão das diferenças encontradas nos números apresentados é no mínimo questionável. Os desvios exibidos pelo Censo Agropecuário IBGE 2006 causaram prejuízos incalculáveis ao setor, cuja importância econômica foi subestimada pelos dados divulgados. Além do desgaste de sua imagem, os produtores rurais ficaram sem referências estatísticas confiáveis para a definição de políticas públicas e para a decisão de novos investimentos na atividade.
Pesquisas feitas pelo IBGE no ano de 2006 Pesquisa Pecuária Municipal 2006
Diferença entre
Censo Agropecuário 2006
os números das pesquisas
(a cada 10 anos)
(resultado anual) Produção de leite (litros)
25,3 bilhões
20,1 bilhões
5,2 bilhões de litros (21% a menos)
Vacas ordenhadas (cabeças)
20,9 milhões
12,6 milhões
8,3 milhões de cabeças (40% a menos)
Rebanho bovino (cabeças)
205,9 milhões
171,6 milhões
34,3 milhões de cabeças (16,6% a menos)
Pesquisa Agrícola Municipal 2006
Censo Agropecuário 2006
Diferença entre os números das pesquisas
(a cada 10 anos)
(resultado anual) Produção de soja (toneladas)
52,4 milhões
40,7 milhões
11,7 milhões de toneladas (21% a menos)
Anuncie conosco e seja visto por todos
O jornal Holandês atinge todos os envolvidos no meio da pecuária leiteira. Isso o coloca como veículo com maior afinidade em todas as áreas da cadeia produtiva. Do ordenhador, sentado no banquinho, orgulhoso de ver a foto do animal que cuida, no sorriso de um técnico que tem o recorte de seu artigo publicado guardado com carinho, do criador que coleciona junto aos prêmios a edição que estampa a foto de seu valoroso animal, da cara de curiosidade saciada de quem não entende nada de leite, mas reconhece na qualidade de nossos textos a seriedade com que lidamos com o assunto. Isso é acertar no alvo de forma precisa sem perder nada. Aqui não só vendemos bem seu produto ou serviço como também temos credibilidade para dar sustentação a sua marca em uma campanha. Afinal, quem não gosta de ver um produto que usa anunciando no principal veículo do meio e assim valorizando seu trabalho.
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Melhores lactações por classe, com primeira divisão 305 e 365 dias, 2 e 3 ordenhas
Dez maiores produções individuais diárias por rebanho Melhores médias de produção por rebanho
PRODUÇÕES INDIVIDUAIS DE ANIMAIS SUBMETIDOS AO CONTROLE OFICIAL AFERIDAS EM outubro/2009 HOLANDESA 2 ORDENHAS PROPRIETÁRIO MUNICIPIO NOME DO ANIMAL NÚMERO COMP. PRODUÇÃO REGISTRO RACIAL DIARIA MIRIAM FATIMA LEITE FARIAS GUARARA ENGENHO DA RAINHA FRANCESCA 674 RUBENS-TE LB2513 PO 56,5 ALMIR PINTO REIS ITANHANDU ALANA AEROLINE LENITA BX318624 PO 54,4 MANUEL JACINTO GONCALVES ITANHANDU BOCAINA INTEGRITY REBECA TANGA BX326721 PO 53,8 COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA RESSAQUINHA COLLEM ELLIPSIS ILLEM BX352708 PO 53,2 LUIZ CLOVIS BRAZ SCARPA ITANHANDU SAO BRAZ LOTERIA LEADER BX394864 PO 52,2 DIRCEU DE MANCILHA ITANHANDU GALENA ESTAMPA PASJA BX318588 PO 50,2 MARCIO MACIEL LEITE CRUZILIA EMIELE CARTEIRA LOCATE BR1378475 GC-06 48,4 ANICETO MANUEL AIRES ANTONIO CARLOS A.M.A. AEROLINE BRIT - 541 BX354804 PO 48,2 VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS TRES CORACOES VAM BEIJA NAMORADA LUIGI BR1492265 GC-04 48,2 ALTAIR DA SILVA REIS ITANHANDU SANTOS REIS MARSHALL JAMILE BX335403 PO 47,6
DATA DO CONTROLE 15/10/2009 14/10/2009 29/10/2009 14/10/2009 08/10/2009 07/10/2009 02/10/2009 22/10/2009 23/10/2009 14/10/2009
3 ORDENHAS PROPRIETÁRIO MUNICIPIO NOME DO ANIMAL RUBENS ARAUJO DIAS E/OU CAMPESTRE ITAGUACU ADALIA 2730 LUCAS E.P.COIMBRA E/OU JOSE ANTONIO O.SILVA PIUMHI ONDA SUL LOCUST 2411 ANTONIO DE PADUA MARTINS SAO JOAO BATISTA GLORIA LANDEMART REVENUE EMBAIXATRIZ 1166 EVARISTO FRANCISCO MARQUES/LEANDRO S.MARQUES GUAXUPE EF & LS TETEIA GARWOOD ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE POUSO ALEGRE MENGE TALENT SUZANA 1026 ELLOS JOSE NOLLI CAETE J.E.N. LEADER VITA LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA MONTE ALEGRE DE MINAS VERTENTE ARAPUCA 428 CARLOS ALBERTO ADAO MUZAMBINHO C.A.A. LOBA CONVINCER PAULO RICARDO MAXIMIANO E/OU OUTROS CAPETINGA CARTHOM'S HIDA EQUITY CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO ALFREDO VASCONCELOS RIVELLI BOLIVIA 0147
NÚMERO DE REGISTRO BR1401551 BR1413550 BR1419961 BR1426712 BX363405 BX305079 BR1497213 BR1472516 BR1426501 SR412433
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COMP. RACIAL GC-03 GC-01 GC-01 GC-01 PO PO PCOD GC-01 GC-05 31/32
PRODUÇÃO DIARIA 68,0 65,0 63,3 62,8 59,9 58,2 54,2 54,0 53,2 51,2
DATA DO CONTROLE 01/10/2009 15/10/2009 14/10/2009 21/10/2009 27/10/2009 02/10/2009 28/10/2009 22/10/2009 16/10/2009 16/10/2009
305 dias
controle leit melhores lactaç primeira divisão 305 dias 2 ordenhas - PERÍODO 01/10/2008 A 30/09/2009 RAÇA: HOLANDESA Nome Animal
1 ANO PARIDA 2 ANOS JUNIOR 2 ANOS SENIOR 3 ANOS JUNIOR 3 ANOS SENIOR 4 ANOS JUNIOR 4 ANOS SENIOR 5 ANOS 6 ANOS 7 ANOS ADULTA JUNIOR ADULTA SENIOR
Registro
class
idade
dias lact.
prod leite
prod % prod gord. gord prot.
% tit. prot.
proprietário
uf
nome do pai
COLLEM MARTY CRYSTAL BX283720 B+-82 01-11 305 12374,0 374,8 3,03 347,6 2,81 LM COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA 2003 RICECREST MARTY-ET RIVELLI ANGOLA 0186 BR1483335 01-10 305 11424,6 294,1 2,57 322,4 2,82 LE CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO MG QUEIROZ DECEMBER PARIS BR1466316 01-11 305 10174,0 324,1 3,19 315,3 3,10 LM GUILHERME DE ALMEIDA QUEIROZ MG DOOLHOF DECEMBER C.S.C.S. MARINA I. PROGRESS-381 BX400724 B+81 01-11 305 10142,1 258,3 2,55 289,0 2,85 -- CESAR GARCIA BRITO E/OU SIOMARA S.G.BRITO MG C.S.C.S. IGOR MEGABUCK PROGRESS-TE RECORDISTA MINEIRA OLIMPIA GOLIAT DE SANTA PAULA BR1081330 B+-80 02-01 305 12321,0 339,0 2,75 0,00 LM SIDNEY NERY 1998 GOLIAT RIVELLI JUSSARA 0169 BR1483332 02-04 305 11697,8 283,4 2,42 349,2 2,99 LE CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO MG COLLEM FREDERICK IRACI BX352699 B+81 02-03 305 11463,9 378,7 3,30 352,0 3,07 LM COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA MG CLINITA ZACK FREDERICK-ET COLLEM CALLISTO CLARICE BX271750 MB-85 02-10 305 13532,0 338,0 2,50 405,0 2,99 LM COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA 2004 DEL SANTO C.M.CALLISTO N.E. KARINA DECEMBER 952 BX376855 MB87 02-11 295 12356,9 371,8 3,01 350,4 2,84 LE GERALDO ANTONIO DE OLIVEIRA MARQUES MG DOOLHOF DECEMBER ENGENHO DA RAINHA FRENZY 781 CHAMPION BX352296 MB88 02-06 305 11861,5 446,5 3,76 376,4 3,17 LM MIRIAM FATIMA LEITE FARIAS MG CALBRETT-I H H CHAMPION RIO VERDE DUNDEE VICTORIA VICKY BX353819 MB87 02-07 305 11406,7 386,0 3,38 369,3 3,24 LE GUSTAVO GOMES FERNANDES E OUTROS MG REGANCREST DUNDEE-ET VERA CRUZ PROVINCIA BX246790 B+-82 03-02 305 15502,0 590,0 3,81 439,0 2,83 LE VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS 2002 FRAELAND LEADOFF-ET KIVI BLITZ AUKJE 295 BX341545 MB87 03-00 305 12713,8 381,7 3,00 555,4 4,37 LM JOSE VALMIR AMANCIO MG FUSTEAD EMORY BLITZ-ET SAO BRAZ ROSA BLUE RIBBON BX347134 MB85 03-02 305 12503,4 262,4 2,10 350,1 2,80 -- LUIZ CLOVIS BRAZ SCARPA MG SANDY-VALLEY BLUE RIBBON-ET COLLEM RUBENS GLAUCIA BX335627 B+83 03-04 305 12470,5 444,1 3,56 372,0 2,98 LM COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA MG STBVQ RUBENS-ET RECORDISTA MINEIRA AVANI PETECA GOLD DUSTER BX251440 MB-88 03-11 305 15532,0 533,0 3,43 0,00 LM COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA 2000 WOODBINE-K GOLD DUSTER-ET C.S.C.S. KELLY ADDISON-330 BR1434593 B 78 03-09 297 12280,0 363,0 2,96 366,2 2,98 LE CESAR GARCIA BRITO E/OU SIOMARA S.G.BRITO MG ETAZON ADDISON DAJO RODELA ROSCOE BR1413858 B 79 03-06 305 12144,2 249,5 2,05 182,3 1,50 -- LUCAS PIMENTA VEIGA E/OU SERGIO RUBENS F. SOA MG RICECREST ROSCOE-ET SANTA PAULA SOPHYA CHALET RED BX291632 MB-87 04-03 305 15418,0 368,0 2,39 445,0 2,89 LM SIDNEY NERY 2002 WINE-RIDGE CHALET-RED-ET RIVELLI ESMERALDA 0066 BR1465534 04-03 305 14510,4 369,7 2,55 405,7 2,80 LE CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO MG GALENA EUROPA BERNARD BX318589 B+82 04-01 305 13183,2 431,5 3,27 397,1 3,01 LM DIRCEU DE MANCILHA MG BERNARD I S H A MANUELA HERODES 819 BX361860 B+84 04-02 305 12997,2 492,4 3,79 414,2 3,19 LM WLADIMIR ANTONIO PUGGINA MG S H A HERODES WADE 19 EMIELE IANA LAY OUT BB18632 B+-83 04-11 305 14915,2 569,7 3,82 397,9 2,67 LM MARCIO MACIEL LEITE 2006 LAY-OUT COLLEM LORD LILY ERIN BX317405 MB89 04-10 305 12934,2 521,6 4,03 404,1 3,12 LM COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA MG ETAZON LORD LILY-ET COLLEM PASJA FINNE BX318448 B+81 04-11 305 12510,2 458,1 3,66 392,4 3,14 LE COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA MG DELTA PASJA NORREMOSE 687 TEEN RUBENS-TE BX326979 B+84 04-11 305 12045,7 419,0 3,48 382,0 3,17 LE DORA NORREMOSE VIEIRA MARQUES MG STBVQ RUBENS-ET JARDIM GENUINA BX208241 MB-85 05-01 305 17189,2 400,9 2,33 529,4 3,08 LM ANDRE LUIS MOREIRA DE ANDRADE E OUTRA 2002 B-HIDDENHILLS MARK-O-POLO SANTOS REIS OUTSIDE LUCIMARA BX317496 MB86 05-02 305 12968,0 335,1 2,58 377,9 2,91 LM ALTAIR DA SILVA REIS MG COMESTAR OUTSIDE-ET COLLEM STORM DIONE-TE BX313787 EX90 05-08 305 12886,3 547,1 4,25 366,8 2,85 LM COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA MG MAUGHLIN STORM-ET A.C.B. HIGHLIGHT PURPURA BX271574 B+84 05-09 305 12644,6 409,9 3,24 343,9 2,72 LM ADAHILTON DE CAMPOS BELLO MG HIGHLIGHT MR MARK CINDER-ET A.M.A. BLACKSTAR CORRIE 199-TE BX207542 MB-85 06-03 305 16542,0 563,1 3,40 450,1 2,72 LM ANICETO MANUEL AIRES 2003 TO-MAR BLACKSTAR-ET CRUZILIA QUEBRA LUXEMBURG BX298825 MB85 06-09 305 15494,1 952,1 6,15 480,8 3,10 LM MAURILIO FERREIRA MACIEL MG DELTA LUXEMBURG VAM GEMA GENUINA STORM BX304726 06-00 305 14946,8 312,9 2,09 427,4 2,86 LM VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS MG MI-BREN MATHIE STORM CRUZILIA REDONDA MARKER BR1367201 MB88 06-05 305 14698,8 524,5 3,57 408,8 2,78 LM MAURILIO FERREIRA MACIEL MG SOUTHLAND MARKER GENOVA GOLD BELL DE SANTA PAULA BR1048927 B+-83 07-10 305 17110,0 340,0 1,99 0,00 LE SIDNEY NERY 1999 TRI-Q-CHEKD GOLD BELL CRUZILIA PERGUNTA WINDSTAR BX298817 MB88 07-04 284 14735,1 599,6 4,07 458,1 3,11 LM MAURILIO FERREIRA MACIEL MG DUPASQUIER WINDSTAR SANTOS REIS ASTRE CATARINA BX280245 EX90 07-01 305 12378,2 349,5 2,82 361,8 2,92 LM ALTAIR DA SILVA REIS MG DUREGAL ASTRE STARBUCK-ET GALENA ETINIA HARVEY BX289230 B+82 07-07 305 12030,8 329,6 2,74 345,5 2,87 LM DIRCEU DE MANCILHA MG SINGBROOK M HARVEY-ET BEATRIZ ECILA BR1015226 09-04 304 16404,0 669,0 4,08 0,00 LE NILSON GONCALVES PEREIRA 1999 SAO BRAZ LOTERIA LEADER BX394864 MB87 09-00 305 13521,7 312,6 2,31 390,3 2,89 LE LUIZ CLOVIS BRAZ SCARPA MG COMESTAR LEADER-ET RIO VERDE RUDOLPH POLLY BX251679 EX90 08-05 305 12601,9 360,7 2,86 336,2 2,67 LM GUSTAVO GOMES FERNANDES E OUTROS MG STARTMORE RUDOLPH-ET SAO BRAZ LINDY LEVADA BX394863 MB86 09-00 305 11736,3 267,3 2,28 339,0 2,89 -- LUIZ CLOVIS BRAZ SCARPA MG TOWNSON LINDY-ET DOUTORA ENCHANT RILENE J.C. BR1049810 10-05 305 15658,3 542,6 3,47 397,9 2,54 LM SIDNEY NERY 2004 A SIR ENCHANT ET FAEPE GAROTA BR1287543 08-10 305 10879,9 341,0 3,13 335,2 3,08 LM FUNDACAO DE APOIO AO ENSINO PESQ.E EXTENSAO MG EMIELE REVOLTA HODIERNO BR1149565 MB87 11-05 305 10450,5 361,1 3,46 331,4 3,17 LM MARCIO MACIEL LEITE MG J.P.R.HODIERNO A.C.M. GALAXIA BLACKSTAR-TE BX202256 13-06 295 10137,9 259,5 2,56 269,2 2,66 -- JOSE RICARDO XAVIER MG TO-MAR BLACKSTAR-ET
primeira divisão 305 dias 3 ordenhas - PERÍODO 01/10/2008 A 30/09/2009 RAÇA: HOLANDESA Nome Animal
1 ANO PARIDA 2 ANOS JUNIOR 2 ANOS SENIOR 3 ANOS JUNIOR 3 ANOS SENIOR 4 ANOS JUNIOR 4 ANOS SENIOR 5 ANOS 6 ANOS 7 ANOS ADULTA JUNIOR ADULTA SENIOR LEGENDA:
Registro
class
LAGOS STORMATIC PHILOMENA 782-TE BX367588 MB-85 MENGE CHAMPION SAPECA 1073 BX366867 MB85 CAMPOLAT TOUCHDOWN SANY 2145 BX363065 MB87 MENGE MORTY SUZI 1020 BX361910 MB85 SAO QUIRINO FENIANA BLACK KING DOURADA BX319527 B+-80 TAMBO DAS PEDRAS OUTSIDE DUDA-TE BX347906 MB85 LANDEMART DRAMATIC GELEIRA 1399 BR1481108 B 78 LAGOS GIBSON QUERENCIA 817 BX343206 MB86 C.A.A. JESSICA BR1449849 MB-86 LAGOS STORMATIC REGINA 906-TE BX384799 B+82 CAMPOLAT GOLDWYN RUNAS 2120 BX363057 MB87 LAGOS TALENT ROCK'N ROLL 954 BX355540 MB88 LAGOS MORTY QUIOSQUE 859-TE BX345168 B+-83 LAGOS MORTY QUIOSQUE 859-TE BX345168 B+83 TAMBO DAS PEDRAS ASTRONOMICAL TEQUILA BX347229 MB87 LAGOS MORTY QUADRANTE 840 BX343488 B+84 VALE DO MILK' DELICADA II BR1271165 MB-87 ALFY CAYUABA CELLO XIRIRICA BX332680 B+83 LAGOS MORTY QUATRINA 860-TE BX345169 B+83 TAMBO DAS PEDRAS OUTSIDE PRINCESA-TE BX347231 B+84 C.A.A. JESSICA BR1449849 MB-86 LAGOS HI METRO PAISAGEM 734 BX326365 B+82 LAGOS LYSTER QUARENTENA 815 BX343204 MB86 EF & LS AMAZONAS SWINGER BR1492523 B+84 LAGOS PC DUSTER LILA 301 BX270502 MB-86 VERTENTE CUBA 290 BR1497182 B+84 ALFY CAYUABA MATHIE URUGUAIA BX303638 MB88 RECANTO PINHAL LEADER LUCIANA BX330809 MB87 C.A.A. AMERICA BR1449851 EX-90 J.E.N. JOLT ULTRA-TE BX313423 B+83 SANTOS REIS CHARISMA GRAYCE BX303469 MB89 SAO QUIRINO FENAR BLACK KING DAMASCENA BX319523 B+82 LAGOS DUSTER LAIS 453 BX251609 MB-85 ALFY CAYUABA SIDERIO UDA BX304009 MB86 MATRIX ROSE BR1519336 B+84 ALFY CAYUABA ADDISON TARTANA-TE BX283778 MB85 LAGOS STORM LEILA 457 BX251613 B+-80 J.E.N. LEE THANDARA-TE BX280737 EX90 ALFY CAYUABA CELSIUS SOMBRA BX252027 MB85 REIS ARGENTINA 349 SR410345 MARIA'S MORENA PRELUDE-TE BX192263 B+-84 SCARCELLI LAIDES BROOKEDALE BX313494 MB87 KUIPERCREST STORM BUTTERFLY BX328290 EX90 LAGOS DUSTER MOEMA 336 BX280607 B+84 C.A.A. LAGOA BR1449850 MB-88 KATISPERA LEADER GOLD-TE BX248564 MB88 REIS NIGERIA BR1098289 C.A.A. LAGOA BR1449850 MB88 RECORDISTA MINEIRA
RECORDISTA BRASILEIRA
idade
01-10 01-10 01-11 01-10 02-04 02-03 02-03 02-02 02-11 02-11 02-03 02-11 03-03 03-03 03-04 03-04 03-09 03-09 03-09 03-07 04-03 04-02 04-02 04-01 04-09 04-06 04-10 04-06 05-07 05-09 05-05 05-02 06-01 06-03 06-02 06-11 07-08 07-07 07-09 07-00 08-04 08-05 08-06 08-05 10-00 10-06 14-05 11-02
dias lact.
305 305 305 305 305 305 305 305 305 305 301 305 305 305 305 305 305 305 305 305 305 305 305 305 305 305 305 305 305 305 305 305 305 273 305 305 305 305 305 305 305 305 292 300 305 305 305 305
prod leite
13315,3 12786,5 12252,6 11969,1 14447,0 14059,6 13301,8 12982,1 16711,9 14777,9 13554,0 13357,4 16335,6 16335,6 14831,6 14362,7 19947,0 15391,2 14554,2 14362,5 19204,6 16146,3 14751,9 14319,2 17756,0 16878,3 16752,6 15465,4 21605,7 15936,1 15669,8 15584,8 17167,8 15495,4 14820,4 14496,8 16746,7 14787,8 13639,9 13604,8 15723,7 15528,4 13698,0 13640,7 18353,5 11402,3 11305,7 11134,9
prod % prod gord. gord prot.
365,2 309,7 377,1 359,4 440,0 469,8 297,5 361,7 466,3 496,5 367,1 424,1 515,1 515,1 531,3 577,6 612,0 473,6 408,8 363,0 592,2 496,9 384,8 430,3 824,0 483,1 595,4 482,0 519,4 530,6 409,8 664,9 585,4 503,1 676,1 407,4 493,2 450,7 509,5 394,3 526,7 374,3 417,8 457,1 550,9 330,5 434,8 341,6
2,74 2,42 3,08 3,00 3,05 3,34 2,24 2,79 2,79 3,36 2,71 3,18 3,15 3,15 3,58 4,02 3,07 3,08 2,81 2,53 3,08 3,08 2,61 3,00 4,64 2,86 3,55 3,12 2,40 3,33 2,62 4,27 3,41 3,25 4,56 2,81 2,95 3,05 3,74 2,90 3,35 2,41 3,05 3,35 3,00 2,90 3,85 3,07
288,5 323,2 366,0 351,8 396,0 441,3 361,2 399,4 536,4 399,6 425,1 382,2 495,9 495,9 450,8 387,8 241,0 447,0 415,8 410,1 533,3 505,6 436,4 394,3 495,0 440,1 519,5 533,4 609,1 495,7 454,3 455,6 484,1 454,9 393,8 410,1 415,5 420,7 450,7 411,0 462,2 440,1 376,4 390,3 482,2 346,9 376,7 286,7
% tit. prot.
2,17 2,53 2,99 2,94 2,74 3,14 2,72 3,08 3,21 2,70 3,14 2,86 3,04 3,04 3,04 2,70 1,21 2,90 2,86 2,86 2,78 3,13 2,96 2,75 2,79 2,61 3,10 3,45 2,82 3,11 2,90 2,92 2,82 2,94 2,66 2,83 2,48 2,85 3,30 3,02 2,94 2,83 2,75 2,86 2,63 3,04 3,33 2,57
proprietário
uf
nome do pai
LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE 2006 COMESTAR STORMATIC-ET LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG CALBRETT-I H H CHAMPION LM GILBERTO VILELA OLIVEIRA MG RICECREST TOUCHDOWN-ET LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG STOUDER MORTY-ET LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE 2005 BEAUCOISE BLACK KING LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG COMESTAR OUTSIDE-ET LM ANTONIO DE PADUA MARTINS MG SHADOW-RIDGE DRAMATIC LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG SILKY GIBSON-ET LM CARLOS ALBERTO ADAO 2007 LE ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG COMESTAR STORMATIC-ET LE GILBERTO VILELA OLIVEIRA MG BRAEDALE GOLDWYN LE ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG LADINO PARK TALENT-IMP-ET LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE 2008 STOUDER MORTY-ET LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG STOUDER MORTY-ET LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG OSEEANA ASTRONOMICAL-ET LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG STOUDER MORTY-ET LM VINICIUS DA SILVA SALGADO 2000 LM CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA MG DOWNALANE CELLO LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG STOUDER MORTY-ET LE ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG COMESTAR OUTSIDE-ET LM CARLOS ALBERTO ADAO 2009 LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG SIKKEMA-STAR-W HI METRO-ET LE ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG TCET LYSTER LM EVARISTO FRANCISCO MARQUES/LEANDRO S.MARQUES MG DELTA SWINGER-ET LE ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE 2005 PEN-COL DUSTER-ET LE LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA MG LM CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA MG PARADISE-R CLEITUS MATHIE LE ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG COMESTAR LEADER-ET LM CARLOS ALBERTO ADAO 2007 LM ELLOS JOSE NOLLI MG SECOND-LOOK JOLT LM ALTAIR DA SILVA REIS MG PETINESCA CHARISMA-ET LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG BEAUCOISE BLACK KING LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE 2006 PEN-COL DUSTER-ET LM CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA MG ALFY CAYUABA CELSIUS SIDERIO-TE LM MATRIX AGROPECUARIA LTDA MG LM CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA MG ETAZON ADDISON LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE 2008 MAUGHLIN STORM-ET LM ELLOS JOSE NOLLI MG COMESTAR LEE-ET LM CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA MG ETAZON CELSIUS LM ALCY DOS REIS NUNES MG LM ELY BONINI GARCIA 2003 RONNYBROOK PRELUDE-ET LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG BROOKEDALE-A LEADMN BEAU-ET LM ELLOS JOSE NOLLI MG DUNCAN PROGRESS-ET LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG PEN-COL DUSTER-ET LE CARLOS ALBERTO ADAO 2008 LM ELLOS JOSE NOLLI MG COMESTAR LEADER-ET LM ALCY DOS REIS NUNES MG LM CARLOS ALBERTO ADAO MG
365 dias
teiro oficial ções por classe primeira divisão 365 dias 2 ordenhas - PERÍODO 01/10/2008 A 30/09/2009 RAÇA: HOLANDESA Nome Animal
1 ANO PARIDA 2 ANOS JUNIOR 2 ANOS SENIOR 3 ANOS JUNIOR 3 ANOS SENIOR 4 ANOS JUNIOR 4 ANOS SENIOR 5 ANOS 6 ANOS 7 ANOS ADULTA JUNIOR ADULTA SENIOR
Registro
class
ALFY CAYUABA WALLACE TUCA BX283766 B+-84 RIVELLI ANGOLA 0186 BR1483335 QUEIROZ DECEMBER PARIS BR1466316 COLLEM REVENUE JULIETE BX360611 MB85 SAMAR LADY LOYOLA BX247962 COLLEM FREDERICK IRACI BX352699 B+81 RIVELLI JUSSARA 0169 BR1483332 C.S.C.S. MARISA TRIBUTE-385 BX397794 B+80 KUIPERCREST STORM BUTTERFLY BX328290 EX-90 ENGENHO DA RAINHA FRENZY 781 CHAMPION BX352296 MB88 RIO VERDE DUNDEE SERENA BX348347 MB88 ITAGUACU BISCA 2845 SR411458 CALANDRA CARLOTA BLACKSTAR BX158589 B -78 KIVI BLITZ AUKJE 295 BX341545 MB87 ROYAL A PEREIRA 1281 CHAMPION BX348839 MB85 COLLEM RUBENS GLAUCIA BX335627 B+83 AVANI PETECA GOLD DUSTER BX251440 MB-88 QUEIROZ NOBEL NAZI BR1482055 DAJO RODELA ROSCOE BR1413858 B 79 ITAGUACU AUREA 2737 BR1401556 A.M.A. ASTRE CAMILA BX190727 MB-88 RIVELLI ESMERALDA 0066 BR1465534 GALENA EUROPA BERNARD BX318589 B+82 COLLEM CORSARIO FRANCELLY BX326531 MB85 C.J.C. ROCKY DOIDINHA BX146418 MB-85 COLLEM LORD LILY ERIN BX317405 MB89 VAM VAMP TERRABOA MARK STAR BR1401443 ITAGUACU TRUFAS 2563 BR1368986 JARDIM GENUINA BX208241 MB-85 SANTOS REIS OUTSIDE LUCIMARA BX317496 MB86 COLLEM STORM DIONE-TE BX313787 EX90 A.C.B. HIGHLIGHT PURPURA BX271574 B+84 A.M.A. BLACKSTAR CORRIE 199-TE BX207542 MB-85 CRUZILIA QUEBRA LUXEMBURG BX298825 MB85 VAM GEMA GENUINA STORM BX304726 CRUZILIA REDONDA MARKER BR1367201 MB88 GENOVA GOLD BELL DE SANTA PAULA BR1048927 B+-83 SANTOS REIS ASTRE CATARINA BX280245 EX90 GALENA ETINIA HARVEY BX289230 B+82 VAM DINDA DIAMANTINA MARK STAR BR1339818 CRUZILIA LEGENDA FRIN BR1173977 RIO VERDE RUDOLPH POLLY BX251679 EX90 SAO BRAZ LOTERIA LEADER BX394864 MB87 SANTOS REIS CHIEF BARBIANE-TE BX271325 EX90 DOUTORA ENCHANT RILENE J.C. BR1049810 FAEPE GAROTA BR1287543 EMIELE REVOLTA HODIERNO BR1149565 MB87 QUEIROZ SS CLYDE FLANELA BR1152615 R 70
idade
01-11 01-10 01-11 01-11 02-04 02-03 02-04 02-00 02-03 02-06 02-10 02-10 03-05 03-00 03-03 03-04 03-11 03-11 03-06 03-07 04-01 04-03 04-01 04-05 04-08 04-10 04-09 04-11 05-01 05-02 05-08 05-09 06-03 06-09 06-00 06-05 07-10 07-01 07-07 07-11 09-07 08-05 09-00 08-03 10-05 08-10 11-05 10-07
dias lact.
365 344 365 362 365 365 355 365 339 365 352 365 365 365 365 351 340 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 356 316 365 365 365 358 365 314 365 365 365 361 357
prod leite
prod % prod gord. gord prot.
14820,8 427,5 13044,2 338,8 12103,5 385,0 11684,6 356,6 14677,0 469,0 14050,4 455,0 13019,0 316,2 12962,7 418,1 15536,0 582,0 14164,3 525,6 12130,1 391,1 11742,0 454,5 17120,0 623,0 15640,8 463,7 13889,3 395,6 13786,9 480,1 16574,0 565,0 14286,2 320,9 13693,1 315,6 13650,3 440,5 17388,3 594,7 16512,3 417,4 15077,3 487,4 14742,8 541,5 16730,0 518,0 15109,8 595,3 13639,8 327,1 13552,7 404,9 19940,7 442,9 14922,4 420,8 14889,5 645,0 14000,6 457,3 19284,8 611,2 16939,5 1023,7 16637,8 341,9 16545,0 587,8 17557,0 354,0 13502,0 376,5 13331,3 370,3 12851,5 365,7 17158,9 770,6 15003,3 430,9 13719,7 319,1 13338,8 397,2 17479,3 610,3 12571,9 395,1 11727,0 409,8 9955,7 250,3
2,88 456,6 2,60 380,0 3,18 382,6 3,05 343,3 3,20 3,24 438,6 2,43 393,0 3,23 382,9 3,75 434,0 3,71 463,1 3,22 390,7 3,87 411,9 3,64 2,96 685,0 2,85 544,3 3,48 416,0 3,41 2,25 462,5 2,30 230,6 3,23 432,0 3,42 2,53 464,7 3,23 454,9 3,67 422,6 3,10 3,94 479,3 2,40 411,7 2,99 410,6 2,22 621,4 2,82 443,7 4,33 431,5 3,27 384,5 3,17 530,6 6,04 531,8 2,06 483,9 3,55 466,6 2,02 2,79 399,0 2,78 386,1 2,85 361,6 4,49 500,3 2,87 403,2 2,33 396,7 2,98 405,6 3,49 443,8 3,14 388,0 3,49 376,5 2,51 299,7
% tit. prot.
3,08 2,91 3,16 2,94 0,00 3,12 3,02 2,95 2,79 3,27 3,22 3,51 0,00 4,38 3,92 3,02 0,00 3,24 1,68 3,16 0,00 2,81 3,02 2,87 0,00 3,17 3,02 3,03 3,12 2,97 2,90 2,75 2,75 3,14 2,91 2,82 0,00 2,96 2,90 2,81 2,92 2,69 2,89 3,04 2,54 3,09 3,21 3,01
proprietário
uf
nome do pai
LE ELY BONINI GARCIA 2003 ETAZON WALLACE LE CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO MG LM GUILHERME DE ALMEIDA QUEIROZ MG DOOLHOF DECEMBER LE COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA MG EASTVIEW NBO REVENUE MATTIE LM ROBERTO HAMILTON FENOCI 2002 MAIZEFIELD BELLWOOD-ET LM COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA MG CLINITA ZACK FREDERICK-ET LE CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO MG LM CESAR GARCIA BRITO E/OU SIOMARA S.G.BRITO MG GRANDUC TRIBUTE-ET -- ELLOS JOSE NOLLI 2002 DUNCAN PROGRESS-ET LM MIRIAM FATIMA LEITE FARIAS MG CALBRETT-I H H CHAMPION LM GUSTAVO GOMES FERNANDES E OUTROS MG REGANCREST DUNDEE-ET LM RUBENS ARAUJO DIAS E/OU MG LM MARCOS ARRUDA VIEIRA 1996 TO-MAR BLACKSTAR-ET LM JOSE VALMIR AMANCIO MG FUSTEAD EMORY BLITZ-ET LM ADAHILTON DE CAMPOS BELLO MG CALBRETT-I H H CHAMPION LM COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA MG STBVQ RUBENS-ET LM COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA 2000 WOODBINE-K GOLD DUSTER-ET LM GUILHERME DE ALMEIDA QUEIROZ MG MARKWELL NOBEL-ET -- LUCAS PIMENTA VEIGA E/OU SERGIO RUBENS F. SOA MG RICECREST ROSCOE-ET LM RUBENS ARAUJO DIAS E/OU MG JOCKO BESN LM COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA 1999 DUREGAL ASTRE STARBUCK-ET LE CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO MG LM DIRCEU DE MANCILHA MG BERNARD I LM COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA MG COLLEM STORM CORSARIO LM JOSE ALAIR COUTO 1996 SHI-LA STRAIGHT PINE ROCKY LM COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA MG ETAZON LORD LILY-ET -- VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS MG HOLMES-VIEW MARK STAR LM RUBENS ARAUJO DIAS E/OU MG MI-BREN MATHIE STORM LM ANDRE LUIS MOREIRA DE ANDRADE E OUTRA 2002 B-HIDDENHILLS MARK-O-POLO LM ALTAIR DA SILVA REIS MG COMESTAR OUTSIDE-ET LM COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA MG MAUGHLIN STORM-ET LM ADAHILTON DE CAMPOS BELLO MG HIGHLIGHT MR MARK CINDER-ET LM ANICETO MANUEL AIRES 2003 TO-MAR BLACKSTAR-ET LM MAURILIO FERREIRA MACIEL MG DELTA LUXEMBURG LM VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS MG MI-BREN MATHIE STORM LM MAURILIO FERREIRA MACIEL MG SOUTHLAND MARKER LE SIDNEY NERY 1999 TRI-Q-CHEKD GOLD BELL LM ALTAIR DA SILVA REIS MG DUREGAL ASTRE STARBUCK-ET LM DIRCEU DE MANCILHA MG SINGBROOK M HARVEY-ET LM VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS MG HOLMES-VIEW MARK STAR LM DESCONHECIDO 2007 QUALITY SB FRIN LM GUSTAVO GOMES FERNANDES E OUTROS MG STARTMORE RUDOLPH-ET LE LUIZ CLOVIS BRAZ SCARPA MG COMESTAR LEADER-ET LM ALTAIR DA SILVA REIS MG WALKWAY CHIEF MARK LM SIDNEY NERY 2004 A SIR ENCHANT ET LM FUNDACAO DE APOIO AO ENSINO PESQ.E EXTENSAO MG LM MARCIO MACIEL LEITE MG J.P.R.HODIERNO -- GUILHERME DE ALMEIDA QUEIROZ MG A HANOVER-HILL-SS CLYDE
primeira divisão 365 dias 3 ordenhas - PERÍODO 01/10/2008 A 30/09/2009 RAÇA: HOLANDESA Nome Animal
1 ANO PARIDA 2 ANOS JUNIOR 2 ANOS SENIOR 3 ANOS JUNIOR 3 ANOS SENIOR 4 ANOS JUNIOR 4 ANOS SENIOR 5 ANOS 6 ANOS 7 ANOS ADULTA JUNIOR ADULTA SENIOR LEGENDA:
Registro
class
LAGOS STORMATIC PHILOMENA 782-TE BX367588 MB-85 CAMPOLAT TOUCHDOWN SANY 2145 BX363065 MB87 MENGE MORTY SUZI 1020 BX361910 MB85 LAGOS TITANIC ROTEIRISTA 999-TE BR1466307 MB88 TAMBO DAS PEDRAS OUTSIDE DUDA-TE BX347906 MB-85 TAMBO DAS PEDRAS OUTSIDE DUDA-TE BX347906 MB85 VERTENTE PEROLA 417 BR1497215 LAGOS GIBSON QUERENCIA 817 BX343206 MB86 C.A.A. JESSICA BR1449849 MB-86 LAGOS STORMATIC REGINA 906-TE BX384799 B+82 LAGOS TALENT ROCK'N ROLL 954 BX355540 MB88 REIS AMIGA 607 SR413920 LAGOS MORTY QUIOSQUE 859-TE BX345168 B+-83 LAGOS MORTY QUIOSQUE 859-TE BX345168 B+83 LAGOS MORTY QUADRANTE 840 BX343488 B+84 ALFY CAYUABA TABOO ZINA BX343311 MB85 VALE DO MILK' DELICADA II BR1271165 MB-87 ALFY CAYUABA CELLO XIRIRICA BX332680 B+83 LAGOS MORTY QUATRINA 860-TE BX345169 B+83 LANDEMART REVENUE ENGENHOSA 1175 BR1419968 C.A.A. JESSICA BR1449849 MB-86 LAGOS HI METRO PAISAGEM 734 BX326365 B+82 LAGOS LYSTER QUARENTENA 815 BX343204 MB86 EF & LS AMAZONAS SWINGER BR1492523 B+84 VERTENTE CUBA 290 BR1497182 B+-84 VERTENTE CUBA 290 BR1497182 B+84 ALFY CAYUABA MATHIE URUGUAIA BX303638 MB88 RECANTO PINHAL LEADER LUCIANA BX330809 MB87 C.A.A. AMERICA BR1449851 EX-90 SAO QUIRINO FENAR BLACK KING DAMASCENA BX319523 B+82 ALFY CAYUABA MERRY VENTURA BX313752 B+84 J.E.N. JOLT ULTRA-TE BX313423 B+83 PORA LEADER DANUBIA-TE BX251975 B+-84 ALFY CAYUABA ADDISON TARTANA-TE BX283778 MB85 ALFY CAYUABA MARCONI UBANA BX303643 MB85 MATRIX ROSE BR1519336 B+84 LAGOS STORM LEILA 457 BX251613 B+-80 J.E.N. LEE THANDARA-TE BX280737 EX90 ALFY CAYUABA CELSIUS SOMBRA BX252027 MB85 ALFY CAYUABA MEADOWLORD TARDE-TE BX283777 B+83 MARIA'S MORENA PRELUDE-TE BX192263 B+-84 SCARCELLI LAIDES BROOKEDALE BX313494 MB87 LAGOS BROOKEDALE LADY 424 BX250311 MB86 ALFY CAYUABA SCOTT SIRIGAITA BX271220 B+83 C.A.A. LAGOA BR1449850 MB-88 REIS NIGERIA BR1098289 C.A.A. LAGOA BR1449850 MB88 ROLUSEI MIRI BR1369079 RECORDISTA MINEIRA
RECORDISTA BRASILEIRA
idade
01-10 01-11 01-10 01-10 02-03 02-03 02-04 02-02 02-11 02-11 02-11 02-06 03-03 03-03 03-04 03-02 03-09 03-09 03-09 03-08 04-03 04-02 04-02 04-01 04-06 04-06 04-10 04-06 05-07 05-02 05-04 05-09 06-01 06-11 06-03 06-02 07-08 07-07 07-09 07-09 08-04 08-05 09-04 08-04 10-00 14-05 11-02 11-01
dias lact.
358 365 365 365 365 365 365 365 365 350 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 354 350 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 365 360 365 337 365 365 365
prod leite
15722,7 14823,2 14465,7 14351,3 16245,1 16245,1 15018,0 14952,7 18928,1 16380,9 15237,5 14560,5 18649,9 18649,9 16501,7 16478,3 24051,0 16966,2 16829,7 16094,4 21462,0 19286,4 16931,4 16701,6 19044,3 19044,3 18626,5 17503,6 23153,7 18084,5 18025,5 17643,8 19961,6 16385,2 16378,1 16319,7 20238,5 18259,8 16107,9 15311,7 17819,0 17684,8 13992,7 13962,3 19655,9 13115,1 12549,8 11882,7
prod % prod gord. gord prot.
440,8 471,6 421,6 555,9 543,7 543,7 454,0 417,6 542,1 555,5 494,7 397,8 585,7 585,7 641,3 511,8 792,0 528,1 493,4 415,6 667,0 609,3 438,2 484,9 580,1 580,1 657,9 572,9 564,1 762,4 584,4 595,6 600,0 459,4 624,0 691,7 616,6 567,7 599,9 455,4 643,0 432,5 489,4 414,9 596,7 506,5 395,5 555,4
2,80 3,18 2,91 3,87 3,35 3,35 3,02 2,79 2,86 3,39 3,25 2,73 3,14 3,14 3,89 3,11 3,29 3,11 2,93 2,58 3,11 3,16 2,59 2,90 3,05 3,05 3,53 3,27 2,44 4,22 3,24 3,38 3,01 2,80 3,81 4,24 3,05 3,11 3,72 2,97 3,61 2,45 3,50 2,97 3,04 3,86 3,15 4,67
368,5 443,7 424,7 436,2 510,9 510,9 406,3 466,8 609,5 451,7 446,0 424,4 567,0 567,0 453,5 512,9 367,0 503,1 490,4 503,6 610,8 619,2 511,8 478,2 520,3 520,3 583,6 601,6 655,6 532,0 532,1 556,9 610,6 474,8 548,7 444,9 517,9 524,2 538,3 428,6 534,0 509,0 384,7 401,8 518,0 433,9 332,9 367,6
% tit. prot.
2,34 2,99 2,94 3,04 3,15 3,15 2,71 3,12 3,22 2,76 2,93 2,91 3,04 3,04 2,75 3,11 1,53 2,97 2,91 3,13 2,85 3,21 3,02 2,86 2,73 2,73 3,13 3,44 2,83 2,94 2,95 3,16 3,06 2,90 3,35 2,73 2,56 2,87 3,34 2,80 3,00 2,88 2,75 2,88 2,64 3,31 2,65 3,09
proprietário
uf
nome do pai
LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE 2006 COMESTAR STORMATIC-ET LM GILBERTO VILELA OLIVEIRA MG RICECREST TOUCHDOWN-ET LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG STOUDER MORTY-ET LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG HARTLINE TITANIC-ET LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE 2008 COMESTAR OUTSIDE-ET LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG COMESTAR OUTSIDE-ET LM LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA MG LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG SILKY GIBSON-ET LM CARLOS ALBERTO ADAO 2007 LE ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG COMESTAR STORMATIC-ET LE ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG LADINO PARK TALENT-IMP-ET LM ALCY DOS REIS NUNES MG LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE 2008 STOUDER MORTY-ET LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG STOUDER MORTY-ET LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG STOUDER MORTY-ET LM CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA MG ROSE-BAUM TABOO-ET LM LUIZ HENRIQUE SILVA E SORAYA T.A.MENDES SILVA 2000 LM CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA MG DOWNALANE CELLO LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG STOUDER MORTY-ET LM ANTONIO DE PADUA MARTINS MG EASTVIEW NBO REVENUE MATTIE LM CARLOS ALBERTO ADAO 2009 LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG SIKKEMA-STAR-W HI METRO-ET LE ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG TCET LYSTER LM EVARISTO FRANCISCO MARQUES/LEANDRO S.MARQUES MG DELTA SWINGER-ET LE LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA 2009 LE LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA MG LM CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA MG PARADISE-R CLEITUS MATHIE LE ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG COMESTAR LEADER-ET LM CARLOS ALBERTO ADAO 2007 LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG BEAUCOISE BLACK KING LM CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA MG BROEKS MERRY ET LM ELLOS JOSE NOLLI MG SECOND-LOOK JOLT LM DESCONHECIDO 2006 COMESTAR LEADER-ET LM CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA MG ETAZON ADDISON LM CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA MG HAVEP MARCONI LM MATRIX AGROPECUARIA LTDA MG LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE 2008 MAUGHLIN STORM-ET LM ELLOS JOSE NOLLI MG COMESTAR LEE-ET LM CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA MG ETAZON CELSIUS LM CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA MG EASTVIEW MEADOWLORD-ET LM ELY BONINI GARCIA 2003 RONNYBROOK PRELUDE-ET LM ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG BROOKEDALE-A LEADMN BEAU-ET LE ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MG BROOKEDALE-A LEADMN BEAU-ET LM CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA MG LONG-HAVEN MANDEL SCOTT-ET LE CARLOS ALBERTO ADAO 2008 LM ALCY DOS REIS NUNES MG LM CARLOS ALBERTO ADAO MG LM ROGERIO LUIZ SEIBT MG
melhores médias de produção por rebanho Raça holandesa Com a alteração das tabelas para divulgação de médias em 2 e 3 ordenhas, o rebanho que tiver encerramentos em 2 e 3 ordenhas no período referido poderá aparecer nas duas tabelas caso alcance médias entre as cinco melhores de cada categoria
MÉDIA DE REBANHOS REFERENTES AO PERÍODO OUTUBRO DE 2008 A SETEMBRO DE 2009 - 2 ORDENHAS Proprietário Município Lactações encerradas
Leite tipo 305IA Controle
Rebanhos com 10 a 25 Vacas Encerradas(22 Rebanhos Concorrentes) 1 RUBENS ARAUJO DIAS E/OU CAMPESTRE - MG 2 ALMIR PINTO REIS ITANHANDU - MG 3 WILSON EUGENIO ASSIS SANTA RITA DE CALDAS - MG 4 LEONARDO MOREIRA COSTA DE SOUZA OLIVEIRA - MG 5 GASPAR DE LIMA E FILHOS MUZAMBINHO - MG
22 20 20 15 16
9.514 8.823 8.813 8.611 8.246
2X MENSAL 2X MENSAL 2X MENSAL 2X BIMESTRAL 2X MENSAL
Rebanhos com 26 a 50 Vacas Encerradas(24 Rebanhos Concorrentes) 1 LUIZ CLOVIS BRAZ SCARPA ITANHANDU - MG 2 CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA ENTRE RIOS DE MINAS - MG 3 CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO ALFREDO VASCONCELOS - MG 4 DIRCEU DE MANCILHA ITANHANDU - MG 5 ADAHILTON DE CAMPOS BELLO BARBACENA - MG
26 10.662 27 10.075 34 10.030 26 9.919 32 9.674
2X MENSAL 2X MENSAL 2X MENSAL 2X MENSAL 2X MENSAL
Rebanhos com 51 a 75 Vacas Encerradas(07 Rebanhos Concorrentes) 1 MANUEL JACINTO GONCALVES ITANHANDU - MG 2 JOSE RICARDO XAVIER ELOI MENDES - MG 3 ALTAIR DA SILVA REIS ITANHANDU - MG 4 GUILHERME E LEONARDO CORSINI SALLES INGAI - MG 5 AGRO PECUARIA JM LTDA CAMPOS GERAIS - MG
73 57 56 62 67
9.618 9.254 8.847 8.504 8.334
2X MENSAL 2X MENSAL 2X MENSAL 2X MENSAL 2X MENSAL
Rebanhos com 75 a 100 Vacas Encerradas(05 Rebanhos Concorrentes) 1 COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA RESSAQUINHA - MG 2 CESAR GARCIA BRITO E/OU SIOMARA S.G.BRITO TRES PONTAS - MG 3 ROBERTO HAMILTON FENOCI VARGINHA - MG 4 LUIZ CARLOS GARCIA MACHADO - MG 5 RICARDO FIGUEIREDO DE FARIA ILICINEA - MG
89 10.858 78 9.586 82 8.751 81 8.596 82 7.999
2X MENSAL 2X BIMESTRAL 2X MENSAL 2X MENSAL 2X MENSAL
Acima de 100 Vacas Encerradas(07 Rebanhos Concorrentes) 1 VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS TRES CORACOES - MG 2 WLADIMIR ANTONIO PUGGINA ALFENAS - MG 3 RAUL PINTO ITANHANDU - MG 4 GUILHERME DE ALMEIDA QUEIROZ PATROCINIO - MG 5 DORA NORREMOSE VIEIRA MARQUES CRUZILIA - MG
107 232 107 109 105
9.949 9.044 9.036 8.861 8.510
2X MENSAL 2X MENSAL 2X MENSAL 2X MENSAL 2X BIMESTRAL
MÉDIA DE REBANHOS REFERENTES AO PERÍODO DE OUTUBRO DE 2008 A SETEMBRO DE 2009 - 3 ORDENHAS Proprietário Município Lactações encerradas
Leite tipo 305IA controle
Rebanhos com 10 a 25 Vacas Encerradas(12 Rebanhos Concorrentes) 1 ANDRE LUIS MOREIRA DE ANDRADE E OUTRA ITANHANDU - MG 2 ANTONIO AUGUSTO SOUZA PRACA ITUMIRIM - MG 3 MAURO RASO ASSUMPCAO PRUDENTE DE MORAES - MG 4 CARLOS ALBERTO ADAO MUZAMBINHO - MG 5 JOSE VALMIR AMANCIO PATOS DE MINAS - MG
24 12 11 15 11
11.496 11.029 10.942 10.780 10.777
3X MENSAL 3X MENSAL 3X MENSAL 3X MENSAL 3X MENSAL
Rebanhos com 26 a 50 Vacas Encerradas(06 Rebanhos Concorrentes) 1 SANCHO JOSE MATIAS PATOS DE MINAS - MG 2 ANTONIO JULIO PEREIRA PELUCIO BAEPENDI - MG 3 MARIELLE CAMPOS LIMA ASSIS DELFIM MOREIRA - MG 4 CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO ALFREDO VASCONCELOS - MG 5 ALDEMAR HENRIQUE COELHO DE MORAES CARVALHO GUARANI - MG
45 35 28 30 38
11.280 10.596 10.279 10.136 8.503
3X MENSAL 3X MENSAL 3X MENSAL 3X MENSAL 3X MENSAL
Rebanhos com 51 a 75 Vacas Encerradas(03 Rebanhos Concorrentes) 1 LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA MONTE ALEGRE DE MINAS - MG 2 RENATO MEZENCIO QUEIROZ ALPINOPOLIS - MG 3 PAULO RICARDO MAXIMIANO E/OU OUTROS CAPETINGA - MG
57 11.596 51 9.766 61 9.278
3X BIMESTRAL 3X MENSAL 3X MENSAL
Rebanhos com 75 a 100 Vacas Encerradas(03 Rebanhos Concorrentes) 1 CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA ENTRE RIOS DE MINAS - MG 81 11.143 2 LEANDRO S.MARQUES GUAXUPE - MG 86 10.906 3 JOAO BRAZ DE OLIVEIRA SAO GONCALO DO SAPUCAI - MG 98 10.800
3X MENSAL 3X MENSAL 3X MENSAL
Acima de 100 Vacas Encerradas(09 Rebanhos Concorrentes) 1 ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE POUSO ALEGRE - MG 2 ELLOS JOSE NOLLI CAETE - MG 3 ALCY DOS REIS NUNES PATROCINIO - MG 4 RUBENS ARAUJO DIAS E/OU CAMPESTRE - MG 5 ANTONIO DE PADUA MARTINS SAO JOAO BATISTA GLORIA - MG
197 104 135 241 193
12.601 12.080 11.884 10.319 10.223
3X MENSAL 3X MENSAL 3X MENSAL 3X MENSAL 3X MENSAL
curtas
Jornal Holandês| Dezembro de 2009
15
Cai em 0,5% a produção de ração no Brasil em 2009 Reflexo da bovinocultura leiteira, onde o consumo de ração decresceu 7,9% em 2009, a indústria de rações fechará 2009 com produção semelhante a 2008, porém com queda de 0,5% em relação ao ano anterior. Contribuíram para a
Semex lança novo serviço - Semex Embryo Com o objetivo de oferecer mais um serviço para seus clientes, a Semex Brasil disponibilizou exclusivamente em seu site a lista de embriões disponíveis através da Semex Alliance – Canadá. Estão disponíveis embriões provenientes das melhores doadoras do Canadá tanto da Raça Holandesa quanto de Jersey, com linhagens maternas de grande solidez, vacas de reputação mundial, campeãs das principais pistas norte americanas, além de inúmeras mães de touros estão listadas com os respectivos acasalamentos que geraram os embriões disponíveis. Para obter a lista de embriões através de link na página inicial ou no menu Serviços, acesse o endereço www.semex.com.br
Tortuga desembarca no Chile A Tortuga iniciou em dezembro suas operações no Chile, com escritório em Talca, cidade localizada a 250 quilômetros de Santiago. Antes de entrar no País, a Tortuga fez pesquisas de campo para estudar cada uma das quinze regiões chilenas. Segundo Max Fabiani, Presidente da Tortuga, “os estudos tiveram como objetivo principal mapear e analisar toda a estrutura e necessidade da agropecuária chilena e de suas perspectivas. Com essas informações, traçamos as estratégias necessárias para oferecer os produtos mais adequados aos agropecuaristas deste país”, explicou. Acrescenta ainda o presidente Fabiani que o Chile valoriza muito a modernidade, as novas tecnologias e as inovações, condizendo com a qualidade dos produtos e serviços da Tortuga, que atuará com uma equipe multidisciplinar e conhecedora das particularidades deste País andino, como é o caso do clima e solo. Para 2010, a Tortuga planeja expandir sua atuação para a Colômbia e Venezuela, visando ampliar o faturamento total da empresa no mercado externo, que atualmente corresponde a 4%. A meta é que em 2011, esse número aumente para 10%.
queda os segmentos de bovinocultura de leite e de corte, principalmente em decorrência da observação de um descompasso entre as receitas e os custos de produção. Para o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação
Animal (Sindirações), 2009 foi um ano de preços baixos para o milho, o que implicou maior utilização do grão pelo produtor e diminuição do uso de premix (pré-mistura de minerais e vitaminas usada na ração).
16 entrevista
Jornal Holandês| Dezembro de 2009
“Produtores devem se unir e construir representação forte e atuante” Marcos Alexandre / Arquivo ACGHMG
Marcos Alexandre Acadêmico de Jornalismo
Santos Dumont – MG. Com a proximidade das eleições para o legislativo e governos estaduais e das especulações que se adiantam acerca da sucessão presidencial, o Jornal Holandês entrevistou o pecuarista e Deputado Federal Luiz Fernando Faria (PP-MG). Apegado às tradições, ele recebeu a reportagem do Jornal Holandês em seu escritório na cidade de Santos Dumont, onde mantém um de seus empreendimentos, a Leiteria São Luiz, ponto de parada obrigatório na BR-040, para quem busca o sabor de um bom queijo mineiro “meio-cura” e o tradicional queijo do reino Palmyra. Nessa entrevista o Deputado Luiz Fernando falou sobre pecuária, leite e política. Holandês: Há quanto tempo o senhor se dedica às atividades da pecuária leiteira? Luiz Fernando: A minha vida toda. Costumo dizer que nasci a dois metros do curral. A casa de meus pais era muito próxima do curral da fazenda que meu avô possuía. Toda a minha infância e juventude estão ligadas à atividade. Morei a vida toda na fazenda e ainda hoje é minha residência. Holandês: Sua vida está intimamente ligada à produção leiteira e as coisas do campo, então. Que atividades rurais desenvolve atualmente? Luiz Fernando: Sim, atualmente convivo com a pecuária de leite, um pouco com a pecuária de corte e com a eqüinocultura (cavalos) e não abro mão disso. O leite não é uma atividade das mais rentáveis que existem, mas me dá muito prazer e muita vida. É por essas questões é que me dedico e faço questão de manter minha residência na minha fazenda aqui em Santos Dumont. Aqui estão as minhas raízes. Holandês: Consta nos registros da ACGHMG que o senhor foi criador de gado Holandês, destaque da raça e tam-
com o melhoramento genético do gado holandês e, por conseguinte, com todo o gado leiteiro do país. Foi uma passagem que muito me honra, poder ter contribuído de alguma forma pelo melhoramento dos rebanhos, com minha passagem pela associação mineira. Holandês: O que o fez se afastar da entidade? Luiz Fernando: O fato de ter ingressado na vida pública. Isso me fez reduzir minhas atividades de pecuarista com o gado holandês. Fui Deputado Estadual por três legislaturas e atualmente atuo como Deputado Federal. Para poder cumprir com as atividades do cargo que o povo me designou, tive que dar uma reduzida nas minhas atividades pessoais e empresariais. Reduzir não significou parar, é no meio que faço minhas reflexões e que tenho meus maiores momentos de alegria.
O Deputado Federal Luiz Fernando Faria com o seu assessor e médico veterinário José Eduardo Meirelles
bém ocupou o cargo de vice-presidente. Fale um pouco da sua participação na entidade. Luiz Fernando: Eu tive a honra de fazer parte da diretoria da associação mineira dos criadores de gado holandês em um momento muito importante em termos da pecuária de leite no Brasil. Naquela época as importações eram difíceis, nós não tínhamos as facilidades que temos hoje, seja em questão da tecnologia, ou pela genética. Transferência de Embrião (TE), importação de sêmen, tudo era demorado.
Naquele momento, com as parcerias que desenvolvemos e até mesmo individualmente, nós buscamos genética de ponta no exterior. Trouxemos para o país muitos animais do Canadá, dos Estados Unidos, Argentina e até do Uruguai. Isso foi muito importante à época, para contribuir com o melhoramento genético do gado brasileiro. Aqui na região (S. Dumont), também houve melhoramento com incorporação de genética de ponta vindo do sul do país. Para mim foi muito importante ter a consciência que de alguma forma eu pude contribuir
“Qualquer atividade que apresente redução na ordem de 15, 20%, isso influi na lucratividade absurdamente. Mas sou um otimista, acredito que em curto espaço de tempo este preço vai apresentar crescimento.”
Holandês: O senhor fala em redução das atividades como pecuarista. Qual a situação atual? Luiz Fernando: No nosso auge da produção, cheguei a produzir mais de cinco mil litros leite/dia. Hoje estamos na casa de dois mil litros/dia, com a redução. Não sei se é pouco ou se é muito, mas é o que posso produzir, em face de outros compromissos que já citei. A nossa indústria de laticínios também continua funcionando. Não mais com o tamanho que era, mas funciona bem. Holandês: O senhor possui grande experiência como produtor, e agrega a isso, o fato de ser Deputado Federal. Assim, como avalia a situação dos produtores de leite do país atualmente? L u i z Fe r n a n d o : Passamos por momento difícil. O leite no ano passado chegou a bater quase a casa de um real. Hoje, o preço está na média de sessenta a setenta centavos. Qualquer atividade que apresente redução na ordem de 15, 20%, isso influi na lucratividade absurdamente. Mas sou um otimista, acredito que em
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Jornal Holandês| Dezembro de 2009
curto espaço de tempo este preço vai apresentar crescimento. O momento atual em si, não é dos melhores. Holandês: O senhor tem uma ligação muito forte com o meio rural. Após sua eleição para a Câmara federal como tem acompanhado o desenrolar das questões que envolvem os produtores? Luiz Fernando: Uma das razões da minha entrada na vida pública foi justamente levantar a bandeira do produtor rural. Meu pai foi um dos fundadores do Sindicato Rural de Santos Dumont. Posteriormente, participei das diretorias e presidi o sindicato por 12 anos. Na Assembléia Legislativa de MG, em meu segundo mandato, eu fui um dos deputados que ajudou a instalar a Comissão parlamentar de Inquérito (CPI) do preço do leite. A CPI fez um trabalho muito importante, porque o preço do leite na ocasião estava a 12 centavos em algumas regiões, em outras 16 e ao final de nossos trabalhos, conseguimos elevar o preço para R$ 0,38. Conseguimos triplicar o preço que se praticava naquele momento. A partir desta CPI em Minas, ajudamos na implantação de CPIs similares em mais sete Estados. Holandês: União e mobilização política é a saída para melhorar a situação dos produtores de leite? Luiz Fernando: Sim, é preciso que a classe continue unida, motivada e faça as suas lideranças, seus deputados, seus representantes em todos os níveis, para que sejamos fortes como outros segmentos fazem, para que possamos assim, representar bem e defender os interesses da classe rural. Eu tenho conversado muito a respeito disso na Câmara Federal. Holandês: E qual o cenário vigente em relação ao leite em Brasília? Luiz Fernando: Estamos lá com a frente parlamentar em defesa do preço do leite, encabeçada por vários deputados, que têm ligação com a classe rural, especificamente com a pecuária leiteira. Da bancada mineira, temos lá além de mim, o Deputado Antônio Andrade (PMDB-MG), Paulo Piau (PMDB-MG), Marcos Montes (DEM-MG), Aélton Freitas (PR-MG) e Lael Varella (DEM-MG) . Esses são os que me vem à cabeça no momento, mas há representantes de outros Estados, também engajados no propósito. É importante que a classe também se mobilize, não fique só observando de longe. As associações têm que estar ao mesmo tempo cobrando e também dando apoio aos seus representantes. Holandês: Sabe-se que esta ação de apoio e cobrança passa primeiro pela
“São os dirigentes de associações, sindicatos e outras entidades ligadas que dão o “norte” para mobilizar os produtores e incentivar seus representantes acerca dos interesses dos produtores.” união da classe. Como ela deve se posicionar, para construir essa base de apoio parlamentar, de forma mais concreta e atuante? Luiz Fernando: Os produtores têm que se organizar em torno de suas representações, ou seja, associações e sindicatos rurais. É assim que os outros segmentos fazem para se mobilizar. A partir daí, os dirigentes dessas entidades dão as coordenadas para as mobilizações que são extremamente importantes nos momentos de votações de projetos na Câmara, nas assembléias e que interessam aos produtores. Agora mesmo estamos votando lá no congresso, matérias que são de interesse dos metalúrgicos de São Paulo. Eles ficam lá, de bandeira em punho, pressionam seus deputados, fazem lobby o dia inteiro, semana inteira se necessário. Então são importantes essas mobilizações nos momentos decisivos. São os dirigentes de associações, sindicatos e outras entidades ligadas que dão o “norte” para mobilizar os produtores e incentivar seus representantes acerca dos interesses dos produtores. Agir politicamente, coordenados e unidos. Holandês: Quando ainda ocupava o posto de Deputado Estadual, seu nome foi cogitado para a Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, Essa possibilidade ainda o atrai? Luiz Fernando: É verdade. Em determinado momento meu nome foi ventilado, mas eu só aceitaria este desafio, se o governador que estiver à frente no palácio, assumir comigo o compromisso de montar uma estrutura na secretaria, capaz de atender os anseios da classe rural. Eu não vi a possibilidade naquele momento de assumir, porque não encontrei por parte do governo, disposição de
poder dar esta estrutura necessária, para retribuirmos com trabalho aos produtores. Mas continuo motivado, para em determinado momento aceitar esse desafio, desde que tenhamos uma estrutura sólida, capaz de dar retorno. Holandês: No próximo ano teremos eleições. É candidato à reeleição? Luiz Fernando : Sou candidato a reeleição à Deputado Federal, para poder dar continuidade ao trabalho que iniciamos à 16 anos, sempre com votação expressiva e apoio do povo mineiro. Holandês: Qual seu posicionamento em relação à situação atual das questões de regularização de licenciamento ambiental, de reservas legais e APPs? Luiz Fernando: Essa é uma questão extremamente grave. Em função disso, já ocorreu troca de secretário em Minas gerais, por exemplo. Os ambientalistas têm sido muito radicais e essa radicalização, no meu entendimento, tem prejudicado muito, não só os produtores rurais, mas o desenvolvimento do nosso país. Acredito que temos que estar sim, em sintonia com as questões ambientais, não tem (os produtores rurais) nenhuma intenção de motivar ou degradar o meio ambiente, muito pelo contrário, nós queremos é preservá-lo. Mas queremos fazer uma preservação sustentável, não podemos é ser radicais. Eu sou muito crítico em relação às atitudes que tem sido tomada pelo governo em algumas áreas. Estou ao lado do ministro, na decisão dele de não assinar o Decreto Presidencial que vem trazer prejuízos grandes ao setor rural, sobretudo aos pequenos produtores. Holandês: Qual avaliação o senhor faz da figura e da atuação do Ministro Minc? Luiz Fernando: Eu não conheço muito
“Acredito que temos que estar sim, em sintonia com as questões ambientais, não tem (os produtores rurais) nenhuma intenção de motivar ou degradar o meio ambiente, muito pelo contrário, nós queremos é preservá-lo.”
bem o ministro, de longe me parece uma figura muito controversa. Eu acompanho muito as ações do Ministro da Agricultura, que sempre foram sensatas. Eu acho que em determinados momentos, o Ministro Minc está ultrapassando os limites da sua pasta. Eu sou um pouco crítico quanto à atuação dele, pelos problemas que tem causado aos produtores rurais. Holandês: Voltando a Minas. O governador Aécio Neves sinalizou com uma redução de impostos e incentivos fiscais no Estado, para fazer frente à guerra fiscal que tem levado para estados vizinhos, as empresas, sobretudo aquelas de Juiz de fora e Zona da Mata, achatando o crescimento econômico e reduzindo postos de trabalho. Como avalia a ação? Luiz Fernando: Vejo com uma decisão m u i to a c e r ta d a d o g ove r n a d o r. E u mesmo levei por algumas vezes essa preocupação ao governador e ele acolheu e determinou que se fizessem estudos a respeito. Mas o que nós precisamos mesmo é que se faça uma reforma fiscal a nível nacional. Mas essas reformas têm que ser feitas em início de governo, que é quando se tem maior força política para tal. Isso resolveria e questão de uma vez por todas. Espero que em 2011, seja qual for o presidente, que ele promova uma reforma fiscal, tributária e trabalhista. Enfim, as reformas que precisam ser implantadas. Quanto à questão pontual da redução de impostos em Minas, trará um alento às empresas que ficaram na região, e às que saíram terão possibilidade de avaliar um possível retorno. Holandês: Sabemos que Juiz de Fora é pólo em pesquisa na área do leite e pólo formador de mão de obra especializada para as indústrias de lácteos. Na cidade há a Embrapa Gado de Leite, a Cândido Tostes/Epamig, a UFJF com seu curso de pós-graduação em produção de lácteos, e a Associação dos Criadores de Gado Holandês de MG. Assim, a redução de impostos poderá atrair de vez, empresas para captação de leite e produção de derivados na região? Luiz Fernando: Sem dúvida poderemos dar continuação a essa tradição que temos aqui na Zona da Mata que já foi a maior bacia leiteira do Estado. Para cá vieram os primeiros animais holandeses importados. Ações como essas, são importantes para recuperarmos esse status que perdemos nos últimos anos. Somos uma região vocacionada para o leite e agora há possibilidade do retorno dos investimentos, beneficiando em muito a região e aos produtores daqui.
18 Artigo
Jornal Holandês| Dezembro de 2009
Desmineralização: risco iminente
Wagner Correa
A falta de preocupação de uma parcela dos pecuaristas com a mineralização do rebanho é hoje um motivo de preocupação dentro da cadeia de produção animal, uma vez que a desmineralização e/ou a submineralização do gado, está entre os fatores responsáveis pelos baixos índices de produtividade média das fazendas de criação, tanto em sistemas de produção de carne quanto de leite. São muitas as variáveis possíveis de serem analisadas, antes de se chegar a um número confiável com relação ao atual déficit de mineralização do rebanho bovino brasileiro, que mantém uma população flutuante de 170 milhões de cabeças distribuída em uma área aproximada de 170 milhões de hectares de pastagens. Dados do setor, no entanto, mostram que entre 30% e 40% dos nossos rebanhos não recebem nenhum tipo de suplementação nutricional, percentual que cresce de forma preocupante se for considerado os animais sub-suplementados, cerca de entre 70% e 80%, que são aqueles que não têm incluídos nas suas dietas a quantidade correta de sal mineral ou qualquer outro tipo de suplementação alimentar. Uma conta simples ajuda ilustrar melhor esse cenário, pois, se considerarmos um consumo médio diário de 70 gramas/animal/dia, seriam necessárias 4 milhões de toneladas de sal mineral para abastecer somente o mercado interno.
Dados do segmento, no entanto, dão conta de uma produção nacional de apenas 2 milhões de toneladas. Ou seja, metade daquilo que seria efetivamente necessário para uma suplementação adequada do rebanho, simplesmente não existe. Outro fato importante para analise diz respeito aos atuais índices que medem a produtividade média por hectare da pecuária brasileira, muito aquém daquilo que se pode visualizar como ideal, considerando os índices de alguns países que concorrem diretamente com o Brasil por uma fatia do mercado mundial de produtos de origem animal. Isso significa, em outras palavras, que existe uma necessidade urgente da pecuária elevar seu nível de tecnificação, caso queira competir em condição de igualdade por esses nichos de consumo. A menor disponibilidade de área disponível para a pecuária de corte e a pressão social em torno de um modelo de produção agrícola sustentável também têm sido fatores responsáveis por acelerar o processo de intensificação do sistema de produção da pecuária no mundo, situação hoje já sentida também no Brasil, em questões como o desmatamento do bioma amazônico. A explicação para essa falta de cuidado do pecuarista com a nutrição do gado, ou mesmo para a utilização de técnicas alternativas de suplementação do
Lauriston Bertelli diretor técnico da Premix Técnica em
Suplementação lauriston.premix@uol.com.br
rebanho como o uso de sal branco misturado ao suplemento mineral, farinha de osso, entre outras invenções que comumente são vistas no campo, se baseia na falsa idéia de que os bovinos apresentam uma resistência natural aos desafios apresentados pelo ambiente, quando na verdade, a busca está numa redução dos custos com alimentação para tentar driblar os efeitos das sucessivas crises financeiras que geram problemas sérios de caixa às fazendas de criação. Um ponto preocupante nessa questão é que as consequências de curto prazo para o pecuarista que não faz uso correto da suplementação mineral na dieta do gado são q uase imperceptíveis, só podendo ser vista com clareza, no médio e longo prazo. O fazendeiro que deixa de usar sal mineral consegue, ainda por um tempo, que os resultados se mantenham pouco perceptíveis, o que ajuda a maquiar a realidade, dando a falsa impressão de que o gasto com mineralização é dispensável. No entanto, isso não é verdade. Os malefícios gerados pelo desequilíbrio nutricional na dieta dos animais, no longo prazo, trazem conseqüências devastadoras ao rebanho, ao ponto de inviabilizar totalmente o projeto. A ação de empresários inescrupulosos dentro do mercado que vendem falsas promessas ao produtor é outro fator que tem levado muitos pecuaristas a não mais
saber em quem ou no que acreditar, e isso é muito ruim para o futuro da atividade pecuária e, sobretudo, para o setor de nutrição animal que possui empresas sérias e comprometidas de verdade com os resultados da criação e com a credibilidade do agronegócio brasileiro. O jeito que essas empresas encontram para atuar dentro do mercado, em sua grande maioria, é oferecendo produtos milagrosos, com preços bem abaixo daquilo que é praticado pelos outros fabricantes, com a diferença de jamais apresentarem qualquer dado científico consistente sobre os resultados obtidos por suas supostas tecnologias. Por isso, todo cuidado é pouco na hora de escolher a empresa para quem você vai entregar a nutrição do seu rebanho. Para finalizar quero dizer que em matéria de nutrição animal não existem milagres. Tecnologia para ser de fato eficiente tem um custo. Hoje para o pecuarista implementar na fazenda um programa estratégico de nutrição do rebanho ele vai gastar em média entre R$ 45 e R$ 60, preço este que vai depender do nível de tecnologia a ser empregado e a categoria animal suplementada. Na verdade o pecuarista não deve enxergar o dinheiro empregado na nutrição animal como gasto e sim como um investimento no rebanho que no futuro trará para ele economia em todo o sistema de produção.
Campo das Vertentes é reconhecida como produtora de Queijo Minas Artesanal Reconhecimento do IMA foi através da portaria nº. 1.022 de novembro de 2009 O programa “Queijo Minas Artesanal” ganhou reforço de municípios da região do Campos das Vertentes e o números de municípios que pertencem ao programa chega à 62. A região é composta pelos municípios de Barroso, Conceição da Barra de Minas, Coronel Xavier Chaves, Carrancas, Lagoa Dourada, Madre de Deus de Minas, Nazareno, Prados, Piedade do Rio Grande, Resende Costa, Ritápolis, Santa Cruz de Minas, São João DelRei, São Tiago e Tiradentes. Estudos históricos, de agrogeologia e de condições de solo e clima identificam as regiões tradicionalmente produtoras do Queijo Minas Artesanal. Além do Campo das Vertentes as microrregiões do Serro, Canastra, Araxá e Cerrado (Alto Paranaíba) também são produtoras do queijo artesanal. O Programa é executado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater), em parceria com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), tem como objetivo garantir a segurança alimentar, através de programa de controle sanitário do rebanho e de práticas de controle produtivo. O programa busca também, incentivar e fortalecer a organização dos produtores, cadastramento e defini-
ção da cadeia produtiva. Para João Carlos Dutra de Ávila Carvalho, presidente da Associação dos Queijeiros Artesanais das Vertentes da Mantiqueira (Aquaver), a inclusão do Campo das Vertentes no Programa vai promover o desenvolvimento sócio-econômico e a inclusão social. “Cerca de 200 famílias vão receber orientação para as adequações e poderão comercializar livremente os seus produtos. O leite da região será valorizado, uma vez que, e as orientações do IMA ajudarão na promoção da segurança alimentar e sanidade animal”, Afirmou. Carvalho destaca que hoje os produtores de queijo da região reconhecem o IMA como parceiro. Altino Rodrigues Neto, Diretor Geral do IMA, afirma que quanto maior o número de adesões no Programa, melhor será para os produtores e também para os consumidores. “Cada vez mais os consumidores estão em busca de produtos com garantia de procedência. Esse comportamento faz com que os produtores se profissionalizem e tenham seu produto valorizado”, afirma Neto. Atualmente há no programa 116 queijarias cadastradas. 62 localizadas no Serro,
07 em Araxá, 26 no Cerrado e 21 na Canastra. Até outubro, 21 novas queijarias entraram no Programa, sendo a maioria na região do Serro, com 15 adesões. As outras foram: Uma no Cerrado, duas da Canastra e três em Araxá. Para se inscrever no Programa o produtor tem que pertencer a municípios de uma das cinco regiões, conforme determina a Lei Estadual 14.185/02. Caso ele atenda a essas condições, deve procurar a unidade do IMA ou Emater mais próxima para cadastrar. Só com o cadastramento é que os produtores poderão comercializar seus produtos. A próxima etapa a ser cumprida diz respeito às exigências higiênico-sanitárias. A Emater capacita os produtores rurais, e faz orientações sobre as adaptações do espaço físico do estabelecimento e ainda orienta para as boas práticas de produção e higiene. É responsabilidade do IMA, auditar todas as etapas do processo e emitir o laudo técnico que aprove toda a fabricação dos queijos, deixando o produtor apto a ser cadastrado no programa Queijo Minas Artesanal. O processo de cadastramento pode levar até um ano para se concretizar.
Exigências do IMA quanto à produção: (Lei 14.185/02, do Decreto 42.645/02 e da Portaria 818/06) Água para a produção
Potável e clorada
Infra-estrutura da queijaria
Limpa, azulejada e proteção contra insetos em portas e janelas.
Currais e ordenha Cimentados, água disponível para higienização. Sanidade do rebanho Documentação de vacinação contra a raiva, brucelose, atestado negativo de teste contra brucelose e tuberculose, vacinação contra aftosa. Funcionários
Wagner Correa
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Boas condições de saúde daqueles que participam da fabricação dos queijos.
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Retrospectiva e perspectivas para o mercado de leite O que ocorreu em anos anteriores e quais as projeções para 2010
Glauco Carvalho é economista e pesquisador da Embrapa Gado de Leite – CNPGL, e acompanha de perto os números referentes à pecuária leiteira, bem como de todo o agronegócio
Marcos Alexandre e Carolina Alzei Acadêmicos de jornalismo
O fim do ano se aproxima e é natural para a época, que se façam especulações de como foi o ano para o setor leiteiro e qual será o comportamento do mercado para 2010. Essas respostas determinam as tomadas de decisões futuras. No intuito de entender essas e outras questões, o Jornal Holandês foi buscar informações com o Economista e Pesquisador da Embrapa Gado de Leite – CNPGL - Glauco Carvalho, que acompanha de perto os números referentes à pecuária leiteira, bem como de todo o agronegócio. Para ele, o ano de 2008 foi razoavelmente bom para o leite, embora que no fim do ano tenha havido um recuo dos preços, logo que explodiu a crise financeira mundial. “Todas as commodities caíram e não foi diferente para o leite”, disse. Segundo Carvalho, 2009 foi um período mais difícil, se comparado ao ano anterior, embora que, com a queda de preço, verificada a partir do fim de 2008 e seu reflexo em 2009, caíram também os preços dos insumos, fato que ajudou a equilibrar as contas dos produtores. “Foi um período de preços de fertilizantes mais baixos, preço de rações mais ponderados. Ressalva para
a mão de obra, que verificou alta, uma vez que é atrelada às políticas de governo, como o aumento do salário mínimo. Mas no geral, os preços dos insumos ficaram mais comportados”, afirmou. Munido de várias tabelas que refletiram o comportamento do preço do leite e dos insumos praticados pelo mercado, o economista traça um panorama do que foi essa relação nos últimos anos. “Uma análise dos indicadores demonstra em 2007, o preço do leite subindo e os insumos também, mas em escala menor que o preço recebido. No ano, verificaram-se alguns momentos bons para os produtores, mas algumas fases difíceis para a indústria, que não conseguia repassar os preços”, recorda. Para o pesquisador, 2008 foi um ano em que a relação de troca veio bem até o fim do
primeiro semestre, piorando em função da crise, a queda dos preços e também ao crescimento da produção, que, aliás, se refletiu no crescimento da produção do ano todo, da ordem de 5,5%, que é bem expressivo. “Com esses eventos, a relação de troca piorou e os produtores começaram a colocar o pé no freio da produção,” afirma. Isso fez com que se verificasse, já em abril de 2009, uma redução na produção leiteira, com índices até decrescentes, quando se avalia os índices de captação de leite no período. Nesses índices, quando se compara ao mesmo período do ano anterior, verificam-se quedas de 7% em média. Só agora no final do ano de 2009 é que os números mostram uma recuperação na captação. O economista e pesquisador explica que
Nossa produção de leite por hectare é baixa, o mesmo acontecendo com a mão-de-obra. Precisamos urgentemente melhorar estes índice, caso contrário vamos demorar um pouco mais até sermos grandes exportadores de leite,” afirma.
o ano de 2009, que começou com uma captação bem inferior ao que era praticado em 2008, possibilitou uma recuperação nos preços. O problema foi que não conseguimos manter o ritmo de exportação do ano anterior, devido a um conjunto de fatores: queda dos preços internacionais dos lácteos, enfraquecimento da demanda mundial e valorização do real frente ao dólar que reduziu a competitividade dos nossos produtos. “Felizmente temos um mercado interno grande, o que atenuou efeitos negativos da queda da exportação. Por outro lado, a importação cresceu bastante e houve interferência do Governo para controlar a entrada de lácteos vindos principalmente da Argentina e Uruguai”, diz. Carvalho evidencia a questão do câmbio em relação à competitividade com os vizinhos: “Tivemos leite aqui, cotados a 35 centavos de dólar, enquanto que na Argentina, por exemplo, o preço era de 24. Fica difícil competir assim”. Para ele, apesar de reconhecer que os vizinhos são competitivos, o diferencial está mesmo é nas taxas de Câmbio praticadas nos países. “Eles operam em taxas de 3,70 por dólar e nós a 1,70”, explica. Para se ter uma idéia da dança dos números em relação ao preço do leite no mundo nos períodos, os gráficos mostram,
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por exemplo, o leite em pó no mercado internacional em 2007 com preços muito altos. Algo em torno de U$ 5 mil por tonelada. Em 2008 praticou-se preço de quatro mil por tonelada e no primeiro semestre deste ano o preço caiu a U$ 2 mil por tonelada. Agora no fim de 2009, já se ensaia uma recuperação e as especulações apontam algo em torno de U$ 3,5 mil por tonelada. Para o economista, esse é o sinalizador do mercado para 2010. Começa a se perceber uma recuperação no preço internacional, as coisas começam a se organizar em função da economia mundial mostrar sinais de recuperação. Se este ano a economia mundial deve cair 1,1%, no ano que vem, deve crescer 3,1%, conforme previsões do Fundo Monetário Internacional. “Tivemos a economia mundial crescendo a taxas de 5%, depois caiu para 3% e passamos para uma recessão de 1%. Agora para 2010, tudo indica que a economia mundial voltará a crescer. Mesmo que sobre uma base ainda ruim, mas mesmo assim, vislumbrar crescimento é uma boa notícia”, afirma Carvalho. Para ele, 2010 pode ser um ano bom. A economia americana dá sinais de recuperação e é este ainda o mercado que segura o consumo no mundo. Outro ponto é a sinalização de um aumento do petróleo, que aumenta a renda e o consumo dos cidadãos dos países produtores, que são grandes importadores de produtos lácteos, já que a maioria deles tem uma deficiência na produção de alimentos. Para finalizar, Glauco aponta o aumento verificado no leilão da Fonterra, em relação ao leite em pó, de U$ 3,5 mil/tonelada, que sinaliza a tendência de mercado futuro do produto para o ano de 2010.
Produção nacional de leite, mercado e demanda mundial A partir do ano de 2000 até hoje, verifica-se que a produção brasileira de leite cresceu muito rápido. Algo em torno de 3,5% ao ano. Para se sustentar um crescimento desta ordem, precisa-se de mercado interno em crescimento e também canais de exportação do excedente. Em um panorama de médio e longo prazo, o mundo vai demandar muito leite. O Pesquisador da Embrapa concorda com essa afirmação e traça um quadro futuro, a partir das características atuais de alguns países produtores. Para ele, quando o assunto é produção, a Europa é pouco competitiva e necessita de subsídios. Com isso o velho continente vem perdendo participação no mercado mundial. Na Ásia o consumo de leite é cres-
cente, pois passou a reconhecer o produto como fonte de proteína barata, mas sofre com a limitação de recursos naturais para produzi-lo. A Oceania também não deve ter condições de expandir muito sua produção em função de terem pouca disponibilidade de terras e uma produtividade alta por vaca em sistema de produção a pasto. Se resolverem fazê-lo, terá que importar milho e soja para alimentar seus rebanhos, o que tornaria o processo oneroso e menos competitivo. Para Carvalho, Brasil e Estados Unidos é que ainda dispõem de condições naturais e de tecnologia para aumentar a produção de leite quando a demanda surgir. Mas no caso do Brasil, ele afirma que um aumento substancial de produção, só
será possível se algumas deficiências forem sanadas. Ele aponta, por exemplo, a baixa produtividade do rebanho nacional como um desses limitadores. Se uma pequena parte dos produtores consegue índices produtivos satisfatórios, a maioria ainda está longe do ideal. Ele aponta, por exemplo, dados divulgados recentemente pelo IBGE, que apontam que a assistência técnica governamental está em 43% dos estabelecimentos agropecuários somente. “Esse é um grande gargalo do agronegócio no país. Produzimos tecnologia, mas é difícil implantá-la nas propriedades, seja por questões financeiras, de cultura do homem do campo ou pela dimensão continental do país, que dificulta o processo”, diz. Wagner Correa
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Wagner Correa
2010 O ano de
É consenso entre os economistas que a economia mundial vá experimentar uma recuperação no novo ano, sinalizada pela recuperação do Produto Interno Bruto. O indicador que ainda não melhora é o emprego, que demora um pouco mais, uma vez que necessita de investimentos e de mais tempo para se firmar. Mas pelo lado da demanda, tudo indica que 2010 será um ano bem melhor do que foi 2009, com os preços do leite em um patamar mais satisfatório para o produtor. Nisso concorda Glauco Carvalho, que enumera uma série de fatores que exemplificam o otimismo: “No mercado internacional verifica-se uma economia em recuperação, que vai influenciar positivamente na demanda. Por outro lado, a resposta de produção de leite não é tão rápida. Na Europa o mercado é regulado por cotas e a resposta deles a melhores preços é baixa”, afirmou. Para ele, outros países como a Nova Zelândia e Austrália, vão ter uma recuperação de produção, mas essa resposta produtiva não será muito expressiva em
curto prazo. Ele estima o crescimento da produção da Oceania em 2010 entre 2 e 3%, se o comportamento do clima for normal. “Onde pode haver uma recuperação maior na produção é nos Estados Unidos. Eles conseguem aumentar a produção à partir do gado confinado. A relação de troca atual entre preço de leite e preço de ração está melhorando, a tecnologia de produção que possuem e muito boa e as safras de milho e soja serão altas. Para o Brasil, o economista destaca o fato de que fertilizantes deverão manter a linha de preços atuais, o que tranqüiliza o mercado. O mesmo deve ocorrer com o preço do concentrado e demais insumos, exceto mão-deobra que continuará subindo. Com insumos estáveis e com aquecimento na demanda, acredita-se que o preço do leite possa sofrer acréscimos da ordem de cinco a sete centavos de Real, comparado aos preços praticados em 2009. Isso daria índices de preço médio do litro do produto em torno de R$ 0,75 a R$0,80 durante o ano de 2010. Em relação ao preço mundial ainda estaremos pouco
competitivos devido ao problema cambial, cujas projeções indicam taxa de 1,75 a 1,80 por dólar. Carvalho destaca ainda o fato do custo de produção não estar subindo e acredita que a maior pressão seja exercida pelo custo da mão de obra. “É claro que fatores ao longo do ano podem influenciar esses cenários. Questões de clima, do plantio das safras, da safrinha brasileira de milho, por exemplo. Mas o que se percebe é que 2010 será um ano relativamente bom para o leite”, completa. Em se confirmando o que mostram os números, 2010 será um ano em que os produtores terão possibilidade de organizar melhor a propriedade, melhorar o sistema de gestão e melhorar principalmente as respostas dos fatores de produção. “Temos um sério problema no uso de fatores de produção, em parte porque temos abundância. Nossa produção de leite por hectare é baixa, o mesmo acontecendo com a mão-de-obra. Precisamos urgentemente melhorar estes índice, caso contrário vamos demorar um pouco mais até sermos grandes exportadores de leite,” afirma.
Wagner Correa
Os produtores de leite, em sua grande maioria, defendem a idéia de uma política de preço mínimo para o leite, como forma de resguardar seus investimentos de produção. Perguntamos ao economista da Embrapa Gado de leite, quais suas ponderações a respeito. Confira: Glauco Carvalho: Acho uma política de preços mínimos interessante, sobretudo para a agricultura familiar. No caso do leite, esse tipo de ação deve ser política de governo, para bancar essa diferença, não a indústria. O governo usa o mercado de opções para milho e para outras commodities. Para leite não tem, até porque não existe mercado futuro de leite no Brasil. Isso dificulta a implantação deste sistema. Reconheço que é difícil o processo de se produzir leite, pasto e ração e ainda gerenciar a fazenda. Tem que se estar presente todos os dias, pois não é possível estocar o produto. Esse é um processo complicado em todo o mundo. O que acontece é que em alguns países mais desenvolvidos economicamente, o litro do produto é mais caro, o que por si, já garante renda para o produtor. Nestes países, o consumidor tem salários altos e pode pagar mais pelo produto. Isso infelizmente não acontece no Brasil e não é justo que sejam os produtores que tenham que arcar com a conta. Neste sentido, um
preço mínimo é uma idéia interessante. Mas há outras saídas. Se pegarmos o preço do leite pago na década de 80 e corrigirmos seu valor, o produtor estaria recebendo R$ 2,00 por litro hoje. Aí fica a pergunta: O produtor é louco? Recebia dois reais por litro e agora recebe setenta centavos. Como a produção dobra? Como receber cada vez menos e produzir cada vez mais? Aí entram os processos tecnológicos. Você precisa ser muito bom em eficiência para produzir leite. Essa eficiência passa pelo gerenciamento dos processos. Tem gente produzindo leite com custos mais baixos e obtendo lucro, enquanto o vizinho está pagando para produzir. O produtor precisa saber qual é o seu custo de produção e essa informação só uma minoria dispõe. Produzir leite hoje é difícil e tende a se tornar ainda mais difícil à frente. Não dá para se pensar em produzir leite de forma ineficiente. A nova ordem é a profissionalização dos processos.
Imagine! Um tempo, um dia, um clima, um lugar, uma hora e sinta felicidade no ar. É neste momento que queremos desejar...
... aos nossos parceiros, anunciantes, leitores e a todos que colaboraram, apoiaram e acreditam nos nossos ideais um Feliz Natal e um Próspero 2010! São os votos da equipe do Jornal Holandês e da Diretoria e funcionários da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais