JORNAL
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FORTE COMO NOSSOS LEITORES. EFICIENTE COMO NOSSOS ANIMAIS Ano 18 - Nº 212 - Setembro de 2021 | PUBLICAÇÃO OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE GADO HOLANDÊS DE MINAS GERAIS
DE MÉDICO VETERINÁRIO
A CRIADOR
O Médico Veterinário Dr. Jarbas de Oliveira Júnior um apaixonado pela raça Holandesa transforma o conhecimento em investimento, começa a produzir leite e formar o seu próprio plantel com o afixo Joliver
FOTO ARQUVO PESSOAL
ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE GADO HOLANDÊS DE MINAS GERAIS Avenida Sete de Setembro, 623 | Centro Juiz de Fora | MG | CEP 36070-000 www.gadoholandes.com
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO | TRIÊNIO 2021/2023 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Anípio Pires Batista Vicente Cleverson Ozanan Braga Djair Boscatti Eudes Anselmo de Assis Braga Leonardo Moreira Costa de Souza Makoto Edison Sekita Mauro Antônio Costa de Araújo
Publicação Oficial da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais - ACGHMG www.gadoholandes.com/jornal REDAÇÃO EQUIPE VALOR EDITORA
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Projeto Gráfico e Editorial:
CONSELHO FISCAL Marcos Alves de Sousa Antônio Augusto Marins Lúcia Mara Yamaguti Kono
Equipe de Criação da Valor Editora
Suplentes: Cristovam Edson Lobato Campos e Renato José Laguardia. DIRETOR EXECUTIVO Dr. Francisco Otaviano Fonseca Oliveira francisco@gadoholandes.com REPRESENTAÇÕES REGIONAIS Nughoman - Núcleo dos Criadores de Gado Holandês da Mantiqueira Presidente - Jarbas de Oliveira Rua João Baptista Scarpa, 666 - CEP 37464-000 - Itanhandu - MG (35) 3361-2404 Nughobar - Núcleo dos Criadores de Gado Holandês de Barbacena Avenida Amílcar Savassi, s/n | Caixa Postal 126 - CEP 36200-000 Barbacena - MG | (32) 3332-8673
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Edição e Diagramação Helô Costa - Mtb 00127/MG Editor de Fotografia Wagner Correa Revisão Linguística Professora Rosana Alves Revisão Técnica Dr. Francisco Otaviano Oliveira Reportagem Esther Figueiredo Lídia Martins Wagner Correa Atualização Web Gilberto Alves Contato Imprensa: editora.holandes@gmail.com Participe do jornal, envie sugestão de pautas, reclamações, agenda de eventos e deixe seus comentários, esse é o canal
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PALAVRA DA ASSOCIAÇÃO
DR. FRANCISCO OTAVIANO FONSECA OLIVEIRA Diretor Executivo da ACGHMG e Médico Veterinário
MOMENTO DE COLABORAR Toda a comunidade da raça Holandesa no Brasil está passando por uma transformação histórica com a mudança no sistema WEB+Leite. Estou falando de uma imensidão de animais e dados que constantemente estão sendo atualizados e nesse meio tempo o sistema continua a ter adequações para atender diversas demandas. Quero aproveitar e pedir a compreensão dos associados, nossos profissionais estão tentando fazer o melhor, mas não depende somente de nós. Muitas vezes olhamos um contexto e acreditamos que aquilo é muito simples de ser resolvido, mas o que está por trás é bem mais complexo. A Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa está trabalhando focada em organizar as informações necessárias para as atender às suas filiadas. Infelizmente ainda não conseguimos retornar com a divulgação do Caderno Super Rank, mas tenho fé que em breve vamos retornar e até mesmo com mais informações importantes para todos, pois sabemos da sua importância como ferramenta de consulta, compra e venda de animais. Lembro a todos que continuem atualizando os dados da sua fazenda e dos seus animais. Isso é importante principalmente para agilizar as visitas dos nossos técnicos e também para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA que constantemente fiscaliza nossas informações. Conto com a colaboração de todos. Fiquem todos com Deus!!!
...SABEMOS DA SUA IMPORTÂNCIA COMO FERRAMENTA DE CONSULTA, COMPRA E VENDA DE ANIMAIS
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EDITORIAL
HELÔ COSTA Jornalista e Editora
PERFUMANDO O AMANHÃ Começou a estação mais florida do ano, a Primavera. De 22 de setembro a 21 de dezembro de 2021 vamos florir e perfumar os dias com muita cor e esperança!!! Nessa edição tivemos a honra de conversar com o associado Dr. Jarbas de Oliveira Júnior. Médico Veterinário e apaixonado pela raça Holandesa, ele transformou o conhecimento em investimento e assim começou a sua história como criador de Holandês. Ele traz dicas essenciais na hora de começar o seu negócio na raça Holandesa. Vale a pena conferir!! A alimentação deve ser muito bem observada em todas as fases da vida do animal, mas os pequeninos merecem atenção especial, pois essa fase é fundamental para o futuro desse animal. Trazemos uma matéria falando sobre os benefícios do leite de transição após a colostragem. Dicas importantes e simples para o amanhã!!!! Bom para nós e também para os animais... Quando falamos em óleos essenciais logo lembramos de um spa, massagem, aromaterapia, enfim coisas boas para relaxar e trazer maior bem-estar. A novidade é que os óleos também são muito bons para as nossas vacas e entre os benefícios está o aumento da produção de leite... E vamos perfumar as nossas fazendas!!! Aproveitem o mês mais florido e presentei com um flor as pessoas que ama! Abraços à todos!!!
...ELE TRAZ DICAS ESSENCIAIS NA HORA DE COMEÇAR O SEU NEGÓCIO NA RAÇA HOLANDESA
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ASSOCIADO EM PAUTA JARBAS DE OLIVIERA JÚNIOR| AFIXO JOLIVER | ITANHANDU - MG
SERÁ QUE ESTAMOS NO
CAMINHO CERTO? O associado Dr. Jarbas de Oliveira Júnior ressalta que os serviços prestados pela Associação Mineira são a melhor maneira de oficializar os números com segurança, principalmente no momento atual de transição que o país está vivendo. “Temos que ter certeza e segurança nos nossos investimentos”, comenta.
ARQUIVO JORNAL HOLANDÊS | ANO 18 | N. 212 | SETEMBRO DE 2021 | PÁGINAFOTOS 5
PESSOAL
ASSOCIADO EM PAUTA O nosso bate-papo desta edição é com o experiente Médico Veterinário e associado Dr. Jarbas de Oliveira Júnior, proprietário do Sítio Sertãozinho, em Virginia – MG. Formado há mais de 35 anos, ele trabalhou com renomados nomes da raça Holandesa, como o saudoso Manuel Jacinto Gonçalves. A cada ano, em meio às consultorias e trabalho como Médico Veterinário ele observou e aprendeu muito sobre a raça Holandesa, com isso não teve como, a paixão pelos animais se transformou em investimentos e Jarbas resolveu formar o seu próprio plantel, assim nasce o afixo Joliver. Com cautela ele investe de forma consciente e aproveita para dar dicas essenciais na hora de começar o seu negócio na raça Holandesa. E vamos aproveitar o mês para homenagear todos os Médicos Veterinários que com muito profissionalismo cuidam dos nossos animais!!!
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ASSOCIADO EM PAUTA
AS PESSOAS QUE ENTRAM NA ATIVIDADE, ELAS ERRAM MUITO PRINCIPALMENTE COM RELAÇÃO A ALIMENTAÇÃO DO GADO
ESTRUTURA DR. JARBAS DE OLIVEIRA JÚNIOR: Formei em 1986 e comecei a trabalhar com um grupo de criadores de gado de leite aqui na minha região, em Itanhandu e nesse meio tempo fui fazendo algumas pós-graduações na área. Além disso, prestei muita consultoria para criadores da região onde sempre predominou a criação do gado Holandês pegando assim mais experiência com a raça. A partir daí resolvi investir. No momento estamos construindo um Compost Barn para colocar as vacas em lactação. Optei por essa estrutura por ser mais sustentável do que outros
tipos de exploração leiteira. A média atual da minha propriedade está girando em torno de 31 kg por vaca/dia, mas acredito que quando o compost estiver pronto vai melhorar bastante a nossa produção. A nossa recria fica em piquetes com fornecimento de silagem, ração, feno e mineral. Além da raça Holandesa criamos também gado de corte: cria -recria- engorda-terminação. O DIA A DIA JJ: A minha esposa Marcela, minha parceira, que ama os animais e me estimula está sempre presente e os filhos estão seguindo outros caminhos, pelo
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ASSOCIADO EM PAUTA menos por enquanto... Noto que a minha formação só me ajuda, pois algumas fazendas que fiz consultoria eu também fazia alguma parte administrativa e com isso consigo conciliar as duas visões e assim tenho ainda mais segurança em minhas decisões.
que é imprescindível contratar um profissional nessa área. Além disso, eu sempre falo que a fazenda tem que seguir um tripé: ração, genética e sanidade. Ele tem de ser muito bem feito. Tudo isso dentro de um conforto animal que é importantíssimo. Todos esses quesitos serão muito bem norteados por um DESAFIOS Médico Veterinário experiente e JJ: As pessoas que entram na garanto que a margem de erro atividade, elas erram muito prin- será muito, muito menor. cipalmente com relação a alimentação do gado, pois não RENDA procuram um profissional, um JJ: A minha receita hoje é nutricionista da área que está exclusivamente com o leite. preparado para avaliar as fontes Como eu ainda estou formando de alimentação disponível na o meu plantel a venda de animais região e na fazenda para oferecer somente acontecerá daqui um aos animais. Ressalto que para tempo sendo assim uma segunda quem está começando eu diria renda para a fazenda.
É IMPORTANTE SEMPRE PESQUISAR E SABER O QUE REALMENTE PRECISA PARA MELHORAR O REBANHO
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ASSOCIADO EM PAUTA FOCOS JJ: O criador deve sempre focar na comida, no conforto animal e no manejo para otimizar inclusive a mão de obra. É aquele tripé: ração, genética e sanidade. É imprescindível investir em genética quando falamos na atividade leiteira. As provas genômicas facilitaram muito e deu muita pressão de seleção dos touros hoje. Para melhorar a produção de leite de um rebanho devemse fazer as duas coisas, melhoramento genético e melhoramento na alimentação. Ao melhorar a alimentação a resposta é quase imediata, já a
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ASSOCIADO EM PAUTA
genética é uma ferramenta que agente tem para assegurar animais melhores nas próximas gerações e isso a resposta demora mais um pouco, mas com os estudos provados de inseminação artificial, provas genômicas, você consegue facilmente ter informações de vários touros melhoradores. Hoje temos touros disponíveis para melhorar sólido, gordura, proteína, saúde, desempenho reprodutivo, etc...É importante sempre pesquisar e saber o que realmente precisa para melho-
rar o rebanho. NORTEANDO OS INVESTIMENTOS JJ: Os serviços da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais como Controle Leiteiro, Classificação Linear para Tipo, entre outros, são muito importantes para a fazenda. É uma maneira de oficializar os nossos números com segurança e nos dá uma direção para onde estamos indo, principalmente no momento atual de transição que o país está vivendo,
temos que ter certeza e segurança nos nossos investimentos. O trabalho da Associação Mineira gera os números que a gente consegue avaliar se estamos no caminho certo, se as vacas estão melhorando o leite, se a genética que estamos usando está dando o resultado que a gente esperava. Tudo isso é muito importante, pois conseguimos acumular dados que você vai avaliando dentro da fazenda, dando assim um norte para o crescimento consciente do negócio.
SITIO SERTÃOZINHO ONDE O TIPO E A PRODUÇÃO SE ENCONTRAM
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FOTO DIVULGAÇÃO REINALDO FIGUEIRED
PESQUISA
O DIA A DIA DA FAZENDA COM
ÓLEOS ESSENCIAIS Animais que utilizaram os produtos produziram mais leite com menos consumo diário de matéria seca na dieta, houve um melhor controle de estresse por calor, além de outros benefícios
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PESQUISA
A produção de óleos essenciais pode se tornar uma boa fonte de renda em um mercado que ganha cada vez mais espaço no Brasil. Os óleos são usados na confecção de perfumes, cosméticos, produtos de limpeza, alimentos, medicamentos e, agora, até em dietas para vacas leiteiras. Pesquisa recente conduzida por Rayana Brito, doutora pela Universidade Federal de Lavras - Ufla, em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig, avaliou o efeito da inclusão do princípio ativo de óleos essenciais nas dinâmicas ali-
mentares de vacas leiteiras como forma de melhorar o desempenho dos animais e reduzir os impactos ambientais causados pela produção dos ruminantes. A pesquisa foi realizada a partir de óleos extraídos de pimenta, orégano, canela e cravo da Índia. Um grupo de vacas confinadas da raça Holandesa foi submetido ao uso diário de uma mistura de óleos essenciais microencapsulados, composta pelos princípios ativos do carvacrol extraído do orégano, do cinamaldeído da canela, do eugenol do cravo da Índia, e da
capsaicina proveniente da pimenta vermelha. Outro grupo de animais recebeu a mesma dieta, mas sem suplementação. A dose diária do produto foi de aproximadamente três gramas por vaca. Rayana explica que os óleos essenciais já são comuns na nutrição de vacas leiteiras em alguns países, uma vez que são considerados seguros pelos consumidores de produtos de origem animal. De acordo com a pesquisadora, a proposta é utilizar os óleos em substituição aos ionóforos, antibióticos responsáveis por inibir o crescimento
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PESQUISA de microrganismos no rúmen dos animais. Segundo os resultados da pesquisa, observou-se que as vacas que receberam compostos de óleos essenciais apresentaram melhor eficiência alimentar. Esse grupo de animais produziu mais leite com menos consumo diário de matéria seca na dieta. Além disso, os óleos reduziram a relação entre acetato e propionato no rúmen, uma alteração no perfil de fermentação que diminui a perda de metano. Ainda de acordo com os resultados, os óleos aumentaram a taxa de sudorese e a oxigenação do sangue das vacas, bem como reduziram a temperatura corporal. As descobertas demonstram o potencial dos óleos essenciais no controle de estresse por calor, fator que causa prejuízos para a indústria leiteira mundial. “As vacas que consumiram óleos essenciais apresentaram uma maior taxa de sudorese, o que auxilia na regulação da temperatura corporal em épocas quentes, reduzindo, dessa forma, o estresse térmico. Acreditamos que isso tenha ocorrido principalmente por conta da capsaicina oriunda da pimenta vermelha, que é capaz de causar dilatação dos vasos sanguíneos periféricos”, explica Rayana. Segundo o professor da Ufla responsável por orientar a pesquisa de doutorado, Marcos Pereira, o trabalho evidenciou
também o potencial dos óleos essenciais para modificar o aroma de produtos lácteos. “Fizemos a análise sensorial para saber se as pessoas conseguiam distinguir o leite das vacas suplementadas com óleos do leite das vacas não suplementadas, e isso se mostrou possível. Existem trabalhos internacionais que já buscam essa manipulação de produtos lácteos com o uso de óleos essenciais em vacas”, destaca Marcos. Para a pesquisadora Renata Apocalypse, os trabalhos em parceria são muito bem vindos. Renata conta que a EPAMIG colaborou com a pesquisa de Rayana com corpo técnico, infraestrutura de laboratório e disponibilidade de animais fistulados. “Ao percebermos a quantidade de amostras que deveriam ser analisadas, de dados que seriam processados, organização das atividades e dos bolsistas, concluímos que o trabalho poderia ficar mais fácil se fosse realizado em parceria. A soma de esforços é extremamente importante para que os resultados sejam alcançados”, enfatiza Renata. Os próximos passos, segundo Rayana, serão as divulgações de todos os dados obtidos com a pesquisa para os membros da comunidade cientifica e para o público geral. A EPAMIG é uma empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais - Seapa. Fonte: Epamig
OS ÓLEOS AUMENTARAM A TAXA DE SUDORESE E A OXIGENAÇÃO DO SANGUE DAS VACAS, BEM COMO REDUZIRAM A TEMPERATURA CORPORAL. AS DESCOBERTAS DEMONSTRAM O POTENCIAL DOS ÓLEOS ESSENCIAIS NO CONTROLE DE ESTRESSE POR CALOR.
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MINAS NA ESTRADA
O associado Dr. Bruno recebe Dr. Leonardo, da Associação Mineira SÍTIO BARRO BRANCO | Carvalhópolis - MG AFIXO | BARRO BRANCO ASSOCIADO | Bruno de Carvalho Silva VISITA REALIZADA pelo Classificador Oficial Dr. Leonardo Rabello Guarino.
Dr. Leonardo com o associado Lucas
FAZENDA DIVINO LEITE | Divinópolis - MG AFIXO | DIVINO LEITE ASSOCIADO | Lucas Fernandes Guimaraes VISITA REALIZADA pelo Classificador Oficial Dr. Leonardo Rabello Guarino. JORNAL HOLANDÊS | ANO 18 | N. 212 | SETEMBRO DE 2021 | PÁGINA 14
MINAS NA ESTRADA FAZENDA SÃO MATEUS Senhora dos Remédios - MG AFIXO | P.I.F. ASSOCIADO Pedro Inácio Ferreira VISITA REALIZADA pelo Classificador Oficial Dr. Leonardo Rabello Guarino.
O associado Dr. Pedro com Dr. Leonardo
SITIO DA MATA Pouso Alto - MG AFIXO | JOMYE-MARI ASSOCIADA Marielza de Barros Aquino VISITA REALIZADA pelo Classificador Oficial Dr. Leonardo Rabello Guarino.
O gerente da fazenda, Caio com Dr. Leonardo, da Associação Mineira JORNAL HOLANDÊS | ANO 18 | N. 212 | SETEMBRO DE 2021 | PÁGINA 15
MINAS NA ESTRADA
Alexandre Seibt com Dr. Leonardo FAZENDA GAÚCHA | Presidente Olegario - MG AFIXO | ROLUSEI ASSOCIADO | Rogério Luiz Seibt VISITA REALIZADA pelo Classificador Oficial Dr. Leonardo Rabello Guarino. FAZENDA VALLE DO RANCHINHO Patos de Minas - MG AFIXO | PRIMME ASSOCIADO Marcos Antônio de Brito Júnior VISITA REALIZADA pelo Classificador Oficial Dr. Leonardo Rabello Guarino.
Dr. Leonardo com o associado Marcos JORNAL HOLANDÊS | ANO 18 | N. 212 | SETEMBRO DE 2021 | PÁGINA 16
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SAÚDE
BENEFÍCIOS DO
LEITE DE TRANSIÇÃO APÓS A COLOSTRAGEM A transição gradativa de dieta é importante para maior eficiência produtiva
FOTO MONISE SCHINEIDER DALL’ORTO
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SAÚDE
A criação de bezerras saudáveis é um componente essencial para garantir que os rebanhos futuros sejam de alta produção. Com isso, práticas de manejo que auxiliem a reduzir a ocorrência de doenças, principalmente nas primeiras semanas de vida da bezerra, são fundamentais para tornar a criação eficiente e rentável. Atualmente, o fornecimento de leite de transição após o período de colostagem, tem sido bastante discutido como um manejo que pode minimizar os riscos de doenças na criação de bezerras e consequentemente melhorar o desempenho da fase de cria. O leite de transição pode ser definido como a secreção produzida pela glândula mamária no período intermediário entre a
produção de colostro e o leite integral. Uma das primeiras definições dizia que após as duas primeiras ordenhas, classicamente definidas como colostro, o período entre a terceira e quinta ordenha subsequentes são considerados leite de transição e posteriormente leite integral (Parrish et al., 1953). Já de acordo com Godden (2008), o período entre a segunda até sexta ordenha pós-parto é considerado leite de transição, pois há um declínio gradual dos componentes nutricionais e bioativos após a primeira ordenha. O leite de transição apresenta perfil nutricional e imunológico superior ao leite integral (Tabela 1). Apesar de ocorrer o declínio gradual dos componentes pre-
sentes no colostro, o leite de transição ainda apresenta concentrações consideráveis de gordura, proteínas, aminoácido e compostos bioativos. Embora as imunoglobulinas presentes no leite de transição não resultem em maior absorção de IgG, devido ao processo de fechamento do intestino por volta de 24h após o nascimento, as imunoglobulinas podem impedir infecções causada por vírus e bactérias entéricas (Snodgrass et al., 1982). A presença das imunoglobulinas no intestino 24 horas após o nascimento proporciona proteção local, através da formação de uma camada que impede a ligação de microrganismos à parede intestinal.
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SAÚDE A ideia é permitir que o aporte e o perfil de nutrientes e de compostos bioativos sejam alterados de maneira gradativa, realmente fazendo uma transição lenta do fornecimento de colostro para o leite. Além disso, que o animal se beneficie deste maior aporte de nutrientes e compostos bioativos por mais tempo do que uma, ou no máximo duas refeições de colostro, como normalmente se recomenda. O fornecimento de leite de transição deveria fazer parte do protocolo de colostragem de forma a se garantir estes benefícios no desempenho e saúde dos animais. Como em outras etapas do crescimento ou mesmo no ciclo produtivo de vacas, a transição gradativa de dieta é importante para maior eficiência produtiva. Assim como o colostro, o leite de transição é fonte de vários compostos bioativos, como os fatores de crescimento semelhante a insulina (IGF-I e IGF -II), insulina, lactoferrina, lisozima e lactoperoxidase. O IGF-I proveniente das primeiras secreções mamárias pós -parto pode ser um regulador chave no desenvolvimento do TGI de bezerros recém-nascidos, incluindo a estimulação do crescimento da mucosa, de enzimas presentes na borda em escova, da síntese de DNA intestinal, do aumento do tamanho das vilosidades e do aumento da captação de glicose (Blum, 2006).
OS COMPONENTES BIOATIVOS E NUTRICIONAIS PRESENTE NO LEITE DE TRANSIÇÃO PODEM BENEFICIAR A SAÚDE E O CRESCIMENTO GERAL DOS BEZERROS Com isso, os IGFs e a insulina, estimulam a captação de glicose, a síntese de glicogênio, proteína, e lipídios e a proliferação celular melhorando o aporte de nutrientes e consequentemente o desempenho e a saúde dos animais. Fatores antioxidantes enzimáticos, como a lactoperoxidase e a lisozima, e não enzimáticos como as vitaminas A, C e E, o selênio e a lactoferrina também podem ser encontrados no leite de transição. A lactoperoxidase é uma enzima que tem capacidade bactericida contra bactérias patogênicas gram-negativas e bacteriostática contra muitas gram-positivas (Fox e Kelly 2006). A lisozima é uma enzima que se liga à parede celular bacteriana, causando lise das bactérias, ou seja, também tem capacidade bactericida. A lactoferrina é uma glicoproteína de ligação ao ferro, com atividade antimicrobiana, anti -inflamatória e antioxidante, sendo um componente da resposta imune inata e um potente imunomodulador. A atividade antimicrobiana da lactoferrina
pode ser considerada de amplo espectro contra bactérias, como Escherichia coli, fungos, vírus e protozoários (Gomez e Chamorro, 2017). Essas propriedades antimicrobianas da lactoferrina são atribuídas à sua capacidade de se ligar ao ferro do meio, indisponibilizando-o para as bactérias durante seu crescimento. A lactoferrina também tem um papel importante na modulação da diferenciação e proliferação de células intestinais (Gomez e Chamorro, 2017). A glicoproteína lactoferrina e fatores enzimáticos presentes no leite de transição apresentam importante função nas defesas inespecíficas do animal. Isso ocorre pois essas moléculas podem se ligar, bloquear o crescimento e impedir a disseminação de patógenos presentes na mucosa intestinal, auxiliando na manutenção da integridade e permeabilidade intestinal. Os componentes bioativos e nutricionais presente no leite de transição podem beneficiar a saúde e o crescimento geral dos bezerros, pois o aumento no
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SAÚDE desenvolvimento do trato digestivo, particularmente o intestino delgado, permite uma melhor absorção de nutrientes e de outras moléculas bioativas (Pyo et al., 2020). Além disso, permitem aumento no desenvolvimento do intestino delgado e uma melhora subsequente na absorção de glicose, que permitem que os bezerros superem a hipoglicemia e o balanço energético negativo, que é comum em bezerros recém-nascidos (Steinhoff-Wagner et al., 2014). Além desses efeitos, o leite de transição também pode contribuir para o desenvolvimento e o estabelecimento da microbiota comensal em bezerros recémnascidos (Hromadkova et al., 2020). Com isso, realizar a transição do colostro para a dieta líquida com leite de transição também pode ser benéfico para o microbioma intestinal, o que tem impacto positivo na saúde intestinal e consequentemente no desempenho. Em uma pesquisa foi avaliado o fornecimento de três protocolos de leite de transição: Sucedâneo; Leite de transição materno; Sucedâneo suplementado com colostro em pó. Durante a pesquisa, verificouse que os animais que receberam leite de transição materno e sucedâneo suplementado com colostro em pó, apresentaram maior peso ao desaleitamento, em relação aos bezerros que foram alimentados apenas com sucedâneo (Van Soest et al., 2020). Este trabalho mostrou gran-
des vantagens no fornecimento de leite de transição, seja o materno ou o formulado, com resultados de desempenho bastante superiores àqueles observados em animais que após a colostragem foram alimentados diretamente com sucedâneo. Pyo et al. (2020) também mostraram que o fornecimento prolongado de colostro ou colostro junto com leite (50% colostro e 50% leite) por três dias após o nascimento, melhorou o desenvolvimento do intestino delgado, quando comparados com bezerros neonatos que receberam apenas leite logo após a colostragem. Os ganhos no desenvolvimento intestinal com o fornecimento de colostro não foram diferentes o suficiente do fornecimento de leite de transição para que o fornecimento prolongado de colostro, que tem disponibilidade restrita, fosse recomendado como rotina. Considerando a composição do leite de transição, com ainda altas concentrações de compostos bioativos e também maior aporte energético durante os primeiros dias de vida do bezerro, justifica-se a transição de forneci-
mento de colostro para a dieta líquida, seja leite ou sucedâneos. Uma vez que, a mudança abrupta do colostro para a dieta líquida exclui uma importante fase nutricional, na qual as vacas produzem uma secreção rica em nutrientes e energia contendo hormônios e bioativos importantes para o desenvolvimento da bezerra. Os dados iniciais sobre o fornecimento de leite de transição mostram que a única refeição de colostro (as vezes duas) normalmente sugerida para garantir saúde e desenvolvimento do animal, só faz sentido se estiver acompanhada do fornecimento de leite de transição. A boa notícia é que vários produtores já tem adotado o fornecimento de leite de transição como prática de rotina nas fazendas, seja fornecendo leite de transição materno, seja formulando através da inclusão de colostro ou colostro em pó no leite fornecido. Ajuste a logística na sala de ordenha para ter esse benefício no desenvolvimento e saúde dos bezerros. Tenho certeza que vai valer à pena! Fonte: MilkPoint/Por Ana Paula da Silva e Carla Maris Machado Bittar
ESTE TRABALHO MOSTROU GRANDES VANTAGENS NO FORNECIMENTO DE LEITE DE TRANSIÇÃO, SEJA O MATERNO OU O FORMULADO
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NOTAS OPORTUNIDADE Uma imersão para quem realmente quer transformar realidades dentro do leite. Os associados da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais terão desconto especial para participarem do evento. O MilkPoint Experts: Feras da Consultoria terá oito encontros com grandes profissionais abordando temas fundamentais para quem quer crescer na carreira de consultor. O encontro é focado em produtores, consultores que atuam em empresas de insumos, em cooperativas, laticínios, estudante de agrárias e gosta da atividade, ou trabalha em empresas de assistência oficial. A parceria foi firmada com a Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa. PARA TER O DESCONTO ACESSE: https://bit.ly/2V6lkKO
PESAR No início do mês de setembro, faleceu o Médico Veterinário e Superintendente Técnico da Associação Paulista dos Criadores de Gado Holandês - APCGH Dr. Laércio de Souza Campos. Apaixonado pela raça Holandessa, eleja ocupou cargos nas Associações Brasileira, Mineira e na Associação Paulista ele fez parte da equipe desde a sua criação. A equipe da Associação Mineira e associados externa seus sentimentos à toda família. DIVULGAÇÃOAPCGH
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PRESENÇA FOTOS DIVULGAÇÃO ACGHMG
Equipe da Fazenda Chapadão das Guaritas com a equipe da Associação Mineira e Timotheo Silveira da Associação Brasileira BRASILEIRA NO ALTO PARANAÍBA O mês de setembro foi movimentado em Minas Gerais com a presença do Superintendente Técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, Timotheo Silveira. Ele acompanhou o Diretor Executivo e Classificador Oficial da Associação Mineira, Dr. Francisco Otaviano Fonseca Oliveira e o Inspetor Técnico de Registro, Dr. Eduardo Uba Moreira em visitas agendadas pelos associados mineiros. O seu roteiro concentrou as visitas na região do Alto Paranaíba que atualmente se desponta na pro-
dução de leite no Estado. A visita começou na Fazenda Campo Alegre, em Ritápolis, do associado Itamar Dutra Pereira de Resende, na sequência visitaram a Fazenda Chapadão das Guaritas, do associado Anderson Eduardo de Matos e Outros e Sekita Agronegócios, ambas localizadas em São Gotardo e para finalizar o roteiro visitaram a Fazenda Campo do Meio, do associado Eudes Anselmo Assis Braga, no Alto Paranaíba. Um roteiro formado por propriedades de referência nacional na produção de leite e queijo.
Na Fazenda Campo Alegre a receptividade ficou por conta do gerente da fazenda Itamar, filho do associado
Washington com sua filha e gerente da fazenda Bruna receberam Dr. Francisco e Dr. Eduardo
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Super Rank CADERNO
A Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa está passando por um processo de evolução e toda mudança requer ajustes, por isso excepcionalmente, nesta edição, o Caderno Super Rank não está sendo divulgado e posteriormente iremos publicar todos os resultados. Contamos com a compreensão de todos.