JORNAL HOLANDÊS | JUNHO 2021 by AGROVALOR

JORNAL

FORTE COMO NOSSOS LEITORES. EFICIENTE COMO NOSSOS ANIMAIS Ano 18 - Nº 209 - Junho de 2021 | PUBLICAÇÃO OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE GADO HOLANDÊS DE MINAS GERAIS

DE CASA PARA O

MERCADO

A paixão pela raça Holandesa rendeu novos horizontes... A associada Isabella Maciel Alves e seus pais viram ALÉM DO LEITE e aproveitaram o anseio das pessoas por uma vida mais saudável . Após vários estudos resolveram trabalhar com kefir e dele é produzido iogurte, queijo, doces e muitas outras delícias mineiras. O nome pode até ser estranho, mas é um probiótico que traz muitos benefícios à saúde e a cada dia ganha mais espaço no mercado nacional.

FOTO ARQUVO PESSOAL

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DIA 9 DE JULHO A PESQUISA SE ENCERRA QUEM PARTICIPA APOIA UM PROJETO QUE SERÁ BOM PARA TODOS

ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE GADO HOLANDÊS DE MINAS GERAIS Avenida Sete de Setembro, 623 | Centro Juiz de Fora | MG | CEP 36070-000 www.gadoholandes.com

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO | TRIÊNIO 2021/2023

JORNAL HOLANDÊS

Publicação Oficial da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais - ACGHMG www.gadoholandes.com/jornal REDAÇÃO EQUIPE VALOR EDITORA

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Anípio Pires Batista Vicente Cleverson Ozanan Braga Djair Boscatti Eudes Anselmo de Assis Braga Leonardo Moreira Costa de Souza Makoto Edison Sekita Mauro Antônio Costa de Araújo

GRUPO DE COMUNICAÇÃO

Projeto Gráfico e Editorial:

CONSELHO FISCAL Marcos Alves de Sousa Antônio Augusto Marins Lúcia Mara Yamaguti Kono

Equipe de Criação da Valor Editora

Suplentes: Cristovam Edson Lobato Campos e Renato José Laguardia. DIRETOR EXECUTIVO Dr. Francisco Otaviano Fonseca Oliveira francisco@gadoholandes.com REPRESENTAÇÕES REGIONAIS Nughoman - Núcleo dos Criadores de Gado Holandês da Mantiqueira Presidente - Jarbas de Oliveira Rua João Baptista Scarpa, 666 - CEP 37464-000 - Itanhandu - MG (35) 3361-2404 Nughobar - Núcleo dos Criadores de Gado Holandês de Barbacena Avenida Amílcar Savassi, s/n | Caixa Postal 126 - CEP 36200-000 Barbacena - MG | (32) 3332-8673

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Edição e Diagramação Helô Costa - Mtb 00127/MG Editor de Fotografia Wagner Correa Revisão Linguística Professora Rosana Alves Revisão Técnica Dr. Francisco Otaviano Oliveira Reportagem Esther Figueiredo Lídia Martins Wagner Correa Atualização Web Gilberto Alves Contato Imprensa: editora.holandes@gmail.com Participe do jornal, envie sugestão de pautas, reclamações, agenda de eventos e deixe seus comentários, esse é o canal

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direto com o produtor: editora.holandes@gmail.com

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PALAVRA DA ASSOCIAÇÃO

DR. FRANCISCO OTAVIANO FONSECA OLIVEIRA Diretor Executivo da ACGHMG e Médico Veterinário

NOVAS IDEIAS E OPORTUNIDADES Trabalhamos sempre focados em contribuir de várias formas com os nossos associados, por isso estamos organizando um Clube de Compras para a raça Holandesa em Minas Gerais. A primeira etapa do projeto começa com a realização de uma pesquisa que já foi enviada para o e-mail dos associados. Precisamos que todos respondam para que possamos construir oportunidades interessantes para o seu negócio. O prazo máximo para responder é até o dia 09 de julho de 2021. Devido aos vários ajustes que o novo sistema gerenciado pela Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa está passando, excepcionalmente, nesta edição, o Caderno Super Rank não está sendo divulgado, mas fique tranquilo, posteriormente iremos publicar todos os resultados. Caso precisem de alguma informação podem acessar o sistema Web+Leite ou entrar em contato com a nossa equipe. E os trabalhos continuam...Nossa equipe está firme no campo, coletando dados, agregando muitas informações importantes para o gerenciamento da propriedade e valorização do rebanho. Nosso administrativo ainda está em home office e continua atendendo todas as demandas. Continuamos a trabalhar incessantemente para contribuir com o nosso criador... Muitas são as conversas, a troca de experiências e tenho certeza que se todos ajudarem podemos crescer ainda mais!!! Fiquem todos com Deus!!!

09 DE JULHO DE 2021 É O PRAZO MÁXIMO PARA RESPONDER A PESQUISA DO CLUBE DE COMPRAS

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EDITORIAL

HELÔ COSTA Jornalista e Editora

EXPERIÊNCIAS A coluna ALÉM DO LEITE realmente está superando as nossas expectativas e criatividade. Nessa edição trazemos a história da associada e engenheira agrônoma, Isabella Maciel Alves que juntamente com os seus pais resolveram unir a produção de leite com uma vida ainda mais saudável e investiram em alimentos com base no kefir. Iogurte, queijo, doces e muitas outras delícias mineiras são produzidos pela família Alves. Um anseio de uma vida mais saudável se transformou em negócio! E para aqueles que acham que o sabor pode ser estranho fica aqui o comentário da associada: “Na vida tudo é uma questão de gosto. Afinal o que seria do azul se todos gostassem do amarelo?” Os criadores da raça Holandesa estão cada vez mais se profissionalizando e focados no melhoramento genético dos seus rebanhos e na qualidade do leite. Mas uma pergunta sempre paira no ar: Como será a vaca do futuro? Saibam quais são as tendências internacionais. Há criador inspirado no quesito invenções. Trouxemos algumas ideias criativas que proporcionam diminuição dos custos e ainda facilitam o trabalho. Devido a mudanças no sistema, excepcionalmente, nessa edição, o Caderno Super Rank não está sendo divulgado, mas posteriormente iremos publicar todos os resultados. Aguardem, pois teremos novidades por aí Novas experiências!!! Tenham todos uma ótima leitura.

AFINAL O QUE SERIA DO AZUL SE TODOS GOSTASSEM DO AMARELO?

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MINAS NA ESTRADA FOTOS ARQUIVO PESSOAL

FAZENDA CAMPO DO MEIO Carmo do Paranaíba - MG AFIXO | E.A.B. ASSOCIADO Eudes Anselmo de Assis Braga VISITA REALIZADA pelo Classificador Oficial Dr. Francisco Otaviano Fonseca Oliveira.

FAZENDA DAS CABRAS Antônio Carlos – MG AFIXO | DANCRIS ASSOCIADO | Cristovan Edson Lobato Campos VISITA REALIZADA pelo Classificador Oficial da ACGHMG Dr. Francisco Otaviano Fonseca Oliveira.

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MINAS NA ESTRADA

Na foto, Dr. Eduardo com a associada e Medica Veterinária Dra. Aline com a auxiliar Maria da Pena FAZENDA GRACIOSA | Três Corações - MG AFIXO | HOLANDES GRACIOSA ASSOCIADA | Aline Aparecida de Araujo VISITA REALIZADA pelo Inspetor Técnico de Registro Dr. Eduardo Uba Moreira.

MINAS NA ESTRADA

ALÉM DE MINAS Associados de outros Estados também estão de olho em aprimorar cada vez mais a qualidade do seu rebanho e um dos importantes serviços prestados pela Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais é a Classificação Linear para Tipo. Animais com pontuação maior significa que o criador possui vacas mais bem conformadas, e automaticamente há uma grande possibilidade de ter animais mais longevos, vacas que conseguem caminhar melhor, com pernas melhores e com força leiteira maior. Com esse serviço ele consegue selecionar os animais que possuem um maior valor produtivo dentro da fazenda. O Classificador Oficial Dr. Francisco Otaviano Fonseca Oliveira e o Inspetor Técnico de Registro Dr. Eduardo Ubá Moreira visitaram a Fazenda Figueiredo, em Cristalina – GO. A visita faz parte também do treinamento do Dr. Eduardo para ser o próximo Classificador Oficial da entidade. É a Associação Mineira sempre com o espírito de contribuir com os associados e as filiadas! FOTOS REINALDO FIGUEIREDO

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JORNAL HOLANDÊS | ANO 15 | N. 180 | JANEIRO DE 2019 | PÁGINA 11

NOTAS DESCONTO PARA ASSOCIADOS A produção de leite não para, e a ciência também não. Nos dias 3, 5, 10 e 12 de agosto de 2021 acontecerá uma verdadeira maratona de conhecimento, o Interleite Experience. E os associados da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais terão desconto especial. Aproveite a oportunidade para trocar experiências sobre tecnologia e manejo na produção leiteira!! Esse benefício foi firmado entre a Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa e a organização do evento. Uma forma de viabilizar experiências e conhecimento para os criadores da raça Holandesa. Mas como fazer com que o conhecimento científico produzido nas universidades e centros de pesquisa chegue até o campo? Como torná-lo

acessível aos produtores e técnicos que atuam no “porteira adentro”? Como transmitir os resultados das pesquisas de forma aplicada e em tempo hábil? Esta é a proposta do Interleite Experience 2021! De forma prática, eles irão levar até as propriedades do Brasil o que há de mais recente e inovador em tecnologia e manejo para a produção leiteira. Serão 32 palestras, 8 painéis temáticos com grandes especialistas, tudo isso dividido em 4 tardes e grandes especialistas falarão sobre seus estudos mais recentes, de forma prática e dinâmica, apontando como os resultados podem sem aplicados no dia a dia da produção. Acesse o link para desconto especial dos associados: https://bit.ly/3zkbDYk Mais informações: https://interleiteexperience.com.br

CONCURSO Os produtores rurais de Minas Gerais que tenham colocado em prática alguma ideia para melhorar as atividades do seu dia a dia poderão participar de um concurso que vai eleger as melhores invenções no campo. Até o dia 9 de julho, estarão abertas as inscrições para o 7º Prêmio Emater -MG de Criatividade Rural. Ele tem como objetivo reconhecer e disseminar inovações tecnológicas que gerem melhorias em sistemas de produção, de processamento e de comercialização de produtos agropecuários. Podem participar produtores rurais de forma individual ou representados por associações e cooperativas. Todos os projetos inscritos precisam ter um res-

ponsável técnico da Emater-MG. Cada participante poderá inscrever apenas um projeto, que precisa ter sido implementado a partir de 2016, com resultados efetivos. A última edição do Prêmio Emater-MG de Criatividade Rural foi realizada em 2013 e teve como vencedor um projeto desenvolvido pelo agricultor Sander Emérico Marcial, do município de Perdigão, que criou um semeador de cenoura manual. O julgamento será feito com base nos seguintes critérios: criatividade, exequibilidade e sustentabilidade. Os produtores rurais classificados nos três primeiros lugares receberão um tablet e um smartphone. Mais informacoes: www.emater.mg.gov.br

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ALÉM DO LEITE

UNIÃO PERFEITA

A associada Isabella Maciel Alves comenta que como já havia a produção de leite na fazenda, a sua mãe começou a produzir alimentos com kefir, no início era para consumo próprio e atualmente há grande procura por alimentos mais saudáveis.

A associada Isabella com os seus pais Ousana e |Clener JORNAL HOLANDÊS | ANO 18 N. 209 | JUNHO DE 2021 | PÁGINA 13

ALÉM DO LEITE A história da família Alves começa com a vontade da mãe Ousana em trazer mais saúde para a família. Após vários estudos ela resolveu trabalhar com kefir produzindo iogurte, queijo, doces e muitas outras delícias mineiras. O nome pode até ser estranho, mas é um probiótico que traz muitos benefícios à saúde e a cada dia ganha mais espaço no mercado nacional. A associada e engenheira agrônoma, Isabella Maciel Alves, da Fazenda Sapé, localizada em Patrocínio – MG, mostra que o seu negócio vai muito ALÉM DO LEITE. Toda a família trabalha na fazenda, o pai Clener junto com a sua filha Isabella são responsáveis pelo leite, a mãe Ousana pelo negócio com kefir. “Para produzir o kefir é fundamental ter ótima matéria prima e para quem quer um alimento sem

lactose e sem a caseína precisamos ter o leite A2A2, no qual já temos algumas vacas com exames feitos e constatados desse leite”, comenta Isabella entusiasmada com a descoberta. Tudo começou dentro de casa e os amigos gostaram da ideia e incentivaram a ampliação da produção. E aí surgiu a Nutriativa que trabalha com probióticos há mais de 5 anos fabricando vários alime ntos com leite e até diferentes chás. Sempre procurando melhorar o rebanho e ter um leite com mais qualidade, eles se associaram há cerca de dois anos na Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais. “Resolvemos associar assim que começamos a realizar fertilização in vitro (FIV) e imediatamente começamos a registrar os animais da fazenda”, comenta. FOTOS ARQUVO PESSOAL

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ASSOCIADO EM PAUTA

ESTRUTURA A fazenda trabalha com 100 animais em lactação com as vacas que ficam confinadas no composto. As bezerras recém-nascidas ficam em uma granja separadas em baias até 15 dias de vida, após esse prazo elas vão para o bezerreiro argentino. E o restante dos animais até as novilhas prenhas ficam separadas em lotes nos piquetes. 100% HOLANDÊS IZABELLA: No início quando meu pai começou eram animais Girolando, com o passar dos anos realizamos inseminações com touro Holandês e daí para frente o gado foi se tornando mais puro. Atualmente temos somente Holandês na propriedade.

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ASSOCIADO EM PAUTA COMO SURGIU O KEFIR NA FAMÍLIA ALVES? ISABELLA: A minha mãe Ousana começou a gostar dessa parte mais natural de probióticos e com isso resolveu estudar o assunto. Depois de bastantes pesquisas encontrou o kefir que é um probiótico fermentado no leite. Daí juntamos o útil ao agradável... Como já havia a produção de leite na fazenda, minha mãe começou a fazer os produtos inicialmente para consumo próprio, depois as pessoas foram conhecendo e incentivando a comercializar. CARDÁPIO OUSANA: Aqui temos todo um cardápio baseado no kefir, dentre eles temos o queijo que vai do tradicional aos temperados e os recheados com doces, produzimos também iogurtes, whey, overnights, entre outros produtos. O QUE É KEFIR? OUSANA: Kefir é um probiótico fermentado no leite que contém leveduras e bactérias boas para o nosso organismo. Não se sabe a origem certa, mas há indícios que tenha surgido do no Cáucaso. É consumida há centenas de anos. Possui muitos benefícios à saúde: Melhora a flora intestinal, auxilia a imunidade, diminui a prisão de ventre, combate as inflamações intestinais, facilita a digestão, ajuda no emagrecendo, combate a osteoporose, combate a gastrite, alergias, asma e traz muitos outros benefícios. JORNAL HOLANDÊS | ANO 18 | N. 209 | JUNHO DE 2021 | PÁGINA 16

ASSOCIADO EM PAUTA RENDIMENTOS ISABELLA: A renda principal da família vem da venda do leite via laticínio. E a minha mãe tem a venda de produtos feitos com kefir, dentre eles queijos, iogurtes e pão de queijo. Eu era professora e deixei a profissão para dedicar também à produção de alimentos baseados no kefir. MERCADO ISABELLA: O Kefir está sendo conhecido há pouco tempo no Brasil. Então muita gente não conhece. Mas está começando a ser difundido agora. A procura ainda é pequena, mas tende a aumentar cada dia mais, principalmente pela procura das pessoas por vidas mais saudáveis. COMO ADQUIRIR? ISABELLA: Estamos nas redes sociais como Facebook e Instagram: @ nutriativa.probioticos ou também pedidos podem ser feitos pelo WhatsApp 34 999282828.

A engenheira agrônoma Isabella Maciel Alves mostra o carinho pelos animais

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ASSOCIADO EM PAUTA COMO DESBRAVAR NOVOS MUNDOS? ISABELLA: Procurar conhecer bem o produto. Estudar muito. Ter uma ótima matéria prima, no caso o leite e muita higiene! NOS DIAS DE HOJE, O QUE É ESTRANHO? ISABELLA: Produzimos vários alimentos baseados nos probióticos, um exemplo é a kombucha, um chá fermentado. Essa fermentação está repleta de bactérias e leveduras. Acontece também um processo de gaseificação totalmente natural. Cada kombucha tem a sua característica, a sua particularidade. Algumas mais ácidas, outras secas, outras mais adocicadas e é isso que faz você escolher.

ASSIM COMO PARA O VINHO, UNS GOSTAM DE SECOS OUTROS DOS SUAVES. TUDO É QUESTÃO DE PALADAR. CABE A VOCÊ ESCOLHER AQUELA QUE O SEU PALADAR PREFERIR. E NA VIDA TUDO É UMA QUESTÃO DE GOSTO. AFINAL O QUE SERIA DO AZUL SE TODOS GOSTASSEM DO AMARELO?

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EVOLUÇÃO

COMO SERÁ A VACA DO

FUTURO? A vaca de hoje pode não ser aquela que você deseja ordenhar no futuro

Na próxima vez que você examinar seu rebanho, pegue uma caneta e uma folha de papel e anote os animais que você acredita que ainda estará ordenhando nos próximos anos. Como são esses animais? Quais características você gosta neles? Provavelmente, eles estão saudáveis, se reproduzem e têm um bom desempenho na sala de estar. Mas como fazer todo o seu rebanho ficar assim? Como você cria a vaca perfeita? Em 2021, na Professional Dairy Producers of Wisconsin Business Conference, três profissionais de genética na produção de leite falaram sobre como a tecnologia, as demandas dos consumidores e preferências pessoais afetarão as decisões de criação hoje, bem como nos próximos anos.

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EVOLUÇÃO

PREFERÊNCIAS PESSOAIS Ao longo dos anos, a genética do gado leiteiro foi orientada por metas de produção de leite e padrões de classificação de associações de raças. Por sua vez, isso nos levou à vaca que ordenhamos atualmente. No entanto, a vaca de hoje pode não ser aquela que você deseja ordenhar no futuro. Conforme os padrões mudam e a tecnologia melhora, sua vaca ideal pode ter uma aparência muito diferente ao longo do tempo — e pode não ser a mesma do seu vizinho. “A vaca perfeita é algo muito subjetivo”, disse Juan Tricarico, vice-presidente de pesquisa de sustentabilidade da Dairy Management Inc. “Todo mundo tem uma perspectiva diferente que precisa ser respeitada. No entanto, existem elementos sobre a vaca perfeita que são comuns para muitos de nós.” Alguns destes elementos incluem a produção de leite, características de saúde e de fertilidade. Contudo, um produtor de leite que utiliza robôs pode tomar decisões de criação muito diferentes em comparação com um produtor que usa um sistema rotativo. “A seleção genética é extremamente importante, visto que é o processo pelo qual nós, como produtores de leite, criamos a próxima geração de gado que estaremos ordenhando no futuro”, ressaltou Tricarico. “Cada produtor precisa se perguntar: quais são as características específicas que eu gostaria de ver? Como é a minha vaca perfeita? Uma vez que isso varia de rebanho para rebanho.”

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EVOLUÇÃO

LIMITE Ao avaliar diferentes possibilidades de procriação, pode parecer arbitrário descobrir quais características específicas que precisam melhorar. Steve Berland, co-fundador da GenElite LLC., sugere restringir as características ao básico e descobrir quais beneficiam mais sua operação. “A vaca perfeita deve produzir leite, ter mobilidade suficiente e um úbere fortemente aderido com posicionamento e comprimento desejáveis dos tetos”, diz Bergland. “Ela precisa ser saudável, com um sistema imunológico forte, ter bons pés e precisa procriar com eficiência, ter uma disposição tranquila e ordenhar com facilidade e rapidez.” Embora todos esses fatores dependam de um bom gerenciamento do rebanho, existem pontos que os produtores não podem controlar, observa ele. “A maneira como as vacas são administradas tem um impacto”, ressaltou Berland. “Costumávamos usar características de produção e de tipo por muito tempo, isso era praticamente tudo o que tínhamos. Não tínhamos todas as informações sobre características de saúde que temos agora. Como descobrimos maneiras de medir essas características, agora sabemos que elas são importantes para a lucratividade em uma fazenda de gado leiteiro. Continuamos fornecendo informações que podemos usar para progredir no sentido de criar a vaca perfeita. ” Embora a vaca perfeita do futuro possa parecer diferente da que você está ordenhando hoje, é provável que os produtores tenderão a ordenhar uma vaca ainda mais eficiente nos próximos anos. John Schefers, líder do programa Femlae, disse que muitas pessoas consideram eficiência como uma vaca que converte alimentos em leite de maneira eficiente. “Minha vaca perfeita do futuro terá alta produção e altos componentes no leite, não precisará de antibióticos ou tratamentos e entrará no rebanho de ordenha logo no início.”

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EVOLUÇÃO

ELEMENTOS DE SUSTENTABILIDADE De acordo com Tricarico, é necessário colocar alguma ênfase nas características que preocupam os processadores, comerciantes e consumidores. “Nossos clientes estão pedindo mais atributos no leite que compram, por isso precisamos ter essa conversa com eles e ouvir suas preocupações”, disse. Alguns exemplos disso incluem genética pesquisada. “Os produtores de leite na Europa têm regulamentações ambientais com fósforo e cotas para a quantidade de estrume que podem produzir. Acredito que vamos começar a ver um êxodo de lugares como a Holanda e até mesmo a Califórnia para áreas mais favoráveis aos laticínios.” Schafer concorda com esta declaração, acrescentando que os produtores podem começar a se mudar no futuro, conforme os requisitos ambientais se tornem mais rígidos. “Veja na Dakota do Sul — estado localizado no centro -oeste dos EUA — os produtores estão crescendo rapidamente devido às regulamentações e licenças ambientais. No futuro, penso que veremos uma mudança não apenas na vaca de amanhã, mas também onde ela vai morar”, disse ele.

TOMANDO SUA DECISÃO No final das contas, criar a vaca perfeita de amanhã começa hoje. É importante ter um plano que incorpore tendências futuras, pesquisas atuais e também suas preferências pessoais. Além disso, é preciso considerar outros fatores que podem impactar você no futuro. “Pense em como você é pago pelo seu leite e por qual motivo suas vacas são descartadas”, acrescentou Schafer. “Acredito que se você usar essas duas coisas como base, terá sucesso no futuro e terá um rebanho de vacas que realmente vai adorar”. As informações são do Dairy Herd, traduzidas pela Equipe MilkPoint. JORNAL HOLANDÊS | ANO 18 | N. 209 | JUNHO DE 2021 | PÁGINA 23

SAÚDE

ATENÇÃO

AO PRAZO PARA VACINAÇÃO Associados têm até 30 de junho para imunizar fêmeas bovinas contra a brucelose FOTO DIVULGAÇÃO FAZENDA VALE DO LEITE

Produtores que possuem em seus rebanhos fêmeas bovinas e bubalinas de 3 a 8 meses têm até 30 de junho para providenciar a vacinação contra brucelose de suas bezerras. A medida é obrigatória e deve ser cumprida todo ano a cada semestre. No estado, o Instituto Mineiro de Agropecuária IMA, vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), supervisiona a vacinação, em consonância com as diretrizes do

Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT). A médica veterinária e coordenadora do PNCEBT no IMA, Luciana Oliveira, alerta sobre a importância da vacinação contra a brucelose em todas as fazendas, independente do perfil produtivo. “Seja nas propriedades leiteiras ou de corte, todas as bezerras precisam ser vacinadas para estarem protegidas contra a doença”, reforça.

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SAÚDE

Como a imunização das bezerras é feita por meio de uma vacina viva atenuada, explica Oliveira, a atividade somente pode ser realizada por médico veterinário cadastrado no PNCEBT ou por vacinador sob sua responsabilidade. “No PNCEBT temos aprovado o uso de dois tipos de vacina, a B19 e a RB51. A grande diferença entre as duas é exatamente a não interferência dos anticorpos vacinais no diagnóstico de brucelose quando se utiliza a RB51. Lembrando que as fêmeas vacinadas com a B19 deverão ser marcadas no lado esquerdo da face com o algarismo final do ano da vacinação. Já as fêmeas vacinadas com a RB51 deverão ser marcadas no lado esquerdo da face com a letra V. Na prática, para as vacinações realizadas em 2021, a marca a ser utilizada nas bezerras é a do número 1”, frisa. A compra da vacina contra brucelose somente é permitida mediante apresentação do receituário, emitido por médico veterinário cadastrado que fica retido no estabelecimento comercial. A vacina adquirida deve ser mantida entre dois e oito graus centígrados do momento da compra até a vacinação das fêmeas. DECLARAÇÃO O produtor é obrigado a declarar a vacinação contra brucelose ao IMA, de acordo com a

legislação. Ao final de cada semestre, o produtor tem até o 10º dia do mês subsequente para realizar a entrega dos atestados de vacinação contra brucelose ao IMA. Na prática, as vacinações realizadas no primeiro semestre deverão ser declaradas ao IMA até o dia 10 de julho. Já as vacinações do segundo semestre, declaradas até o dia 10 de janeiro. O IMA recomenda que os atestados de vacinação contra brucelose sejam prontamente entregues (ou enviados) ao escritório, após a vacinação. O produtor que não vacinar contra brucelose é passível de ser multado no valor de 25 Ufermgs o que equivale a R$ 98,6/bezerra, tendo como base o número de fêmeas de 0 a 12 meses da última declaração prestada ao IMA em ficha cadastral. Já o produtor que deixar de declarar a vacinação contra brucelose ao IMA está sujeito a multa em 5 Ufemgs, valor de R$ 19,72/bezerra. EXAMES BRUCELOSE E TUBERCULOSE Dentre as atividades do PNCEBT, é também obrigatória a apresentação de exames negativos de brucelose em determinadas situações, a exemplo do trânsito com finalidade de reprodução para outros estados. “As fêmeas vacinadas entre 3 e 8 meses com a vacina B19

somente poderão ser submetidas ao teste de diagnóstico de brucelose a partir dos 24 meses de idade, quando os anticorpos vacinais já não estarão mais presentes no organismo do animal, evitando a ocorrência de resultados falso positivos”, esclarece a médica veterinária. Já para a tuberculose, que nos animais não tem tratamento ou vacina, é recomendado que só sejam adquiridos animais mediante apresentação de exame negativo. A mesma medida deve ser utilizada para brucelose, evitando-se a forma mais comum da introdução das doenças nos rebanhos. SAÚDE PÚBLICA Vacinar as bezerras contra brucelose, doença que causa impacto na saúde pública e na economia do estado é essencial para manutenção da sanidade de nossos rebanhos e a qualidade dos produtos de origem animal, argumenta Luciana. “A brucelose é uma das causas de perdas econômicas na pecuária, já que pode provocar queda na produção de leite, perda de peso dos animais e aborto. A doença é causada pela bactéria Brucella abortus, sendo classificada como uma zoonose, pois pode ser transmitida do animal infectado para o ser humano”, esclarece. Mais informações: www.ima.mg.gov.br

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INVENÇÕES

ENGENHOCAS LUCRATIVAS

Invenções criativas proporcionam diminuição dos custos e ainda facilitam o trabalho

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INVENÇÕES Existe um ditado popular que diz que não há melhor mestra que a necessidade. Em tempos diferentes muitas vezes é importante usar a criatividade para auxiliar no dia a dia na fazenda. Pequenas ferramentas podem agilizar o trabalho e trazer ganhos significativos. Alternativas com custos reduzidos mostram que é necessário ser sempre criativo. O produtor rural Antônio da Silva Andrade buscando diminuir as despesas da alimentação do gado de leite, facilitar e agilizar o trabalho no Sítio da Esperança, em São João da Lagoa, região Norte de Minas, o agricultor teve a ideia de criar algumas engenhocas como uma máquina para encher silo, brete, adubador e arco para aproveitar lona. O produtor conta que procurava uma alternativa para reduzir os custos com a alimentação do gado, mas para fazer a silagem de modo tradicional, teria uma despesa maior e também levaria mais tempo. Assim, teve a ideia de pegar algumas peças que estavam sem uso para montar a máquina. “Eu pensei, t e n h o c o n d i ç õ e s d e f a z e r, peguei só coisa velha, um redutor, um eixo de caminhão e adaptei na picadeira”. O agricultor relata que levou trinta dias para montar a máquina e já ensacou aproximadamente 40 toneladas de alimentos para o gado, além disso a invenção ajudou a reduzir o tempo de trabalho. Com madeiras e troncos, Antônio conseguiu contornar mais uma dificuldade, a de manter as vacas

quietas no momento da inseminação artificial. “Precisava de encontrar um meio de deixar a vaca imóvel para facilitar a inseminação, então tive a ideia de criar uma parte de um brete, por isso chamei de pré-brete”, relata. O pré-brete criado pelo agricultor é bem semelhante ao tradicional, utilizado para conter os animais. Possui tronco de contenção, paredes laterais e porta de entrada/saída. Outras atividades que precisavam de melhorias na propriedade eram adubação e a semeadura. Elas eram feitas manualmente. Mas, segundo Antônio, o processo não produzia o resultado pretendido, então, mais uma vez, o produtor inventor usou a criatividade e montou uma engenhoca que serve tanto para adubar quanto para semear. Para construir a engenhoca, ele utilizou peça de tanquinho, embreagem, tampa de panela e peças de bicicleta. Antônio conta que agora, além do resultado do trabalho sair de acordo com as expectativas, ele consegue adubar ou plantar uma área com o tempo mais reduzido. E como o agricultor gosta de aproveitar os recursos que tem para f a z e r a s e nge nhoc a s , podendo assim economizar e facilitar o trabalho, ao ter a ideia da geringonça para guardar lonas usadas na propriedade. Ele aproveitou um arco de ferro. “ Essa geringonça é bem simples, visto a lona na estrutura e travo com o ferro que está na lateral”, explica. O extensionista da Emater

-MG Diógenes Maurílio explica que presta assistência ao produtor há algum tempo, e sempre o orientou a buscar ferramentas que facilitem o trabalho e melhorem a qualidade da produção de leite. “Nós viabilizamos um crédito rural do Pronaf para que ele pudesse adquirir uma picadeira e fazer melhoramentos na atividade. Com esta picadeira ele conseguiu produzir um alimento de melhor qualidade e desenvolver a máquina de encher silo”. O técnico conta que Antônio é muito dedicado e está sempre buscando meios para driblar as adversidades. O extensionista ainda acrescenta que o produtor conseguiu, em apenas dois anos, duplicar a produção diária de leite, sendo um exemplo para os demais agricultores. Quem também está orgulhoso das invenções é Tiago Andrade da Silva, filho de Antônio. Ele conta que as máquinas ajudaram muito a diminuir os custos com a alimentação do gado e também facilitaram o trabalho deles. Tiago ressalta que admira muito a criatividade do pai, pois ele inicia a montagem das engenhocas só com a ideia na cabeça e nunca fez cursos. O filho de Antônio diz que pretende dar continuidade à tradição familiar na produção rural e espera também desenvolver o mesmo talento do pai para criação de engenhocas. “Acredito que quando ficar mais velho, vou ter a mesma habilidade que ele. E trabalhando ao lado de um professor, é impossível não aprender”, completa.

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NOTAS CRESCE O COMÉRCIO DE SÊMEN AAssociação Brasileira de Inseminação Artificial - ASBIA apresentou o novo Relatório Index ASBIA, que contabiliza as estatísticas do setor de inseminação artificial brasileiro referentes ao primeiro trimestre do ano de 2021. Os dados apontam utilização da IA em 64,7% dos municípios brasileiros, o que representa um crescimento de 12,9% em relação ao mesmo período no ano passado. O levantamento revela que 5.021.074 doses de sêmen foram comercializadas nos três primeiros meses do ano, atingindo um crescimento de 39% em vista de 2020. Segundo o presidente da associação, Márcio Nery, os bons resultados indicam um desempenho ainda maior ao longo do ano. “É uma verdadeira satisfação apresentar esse primeiro relatório de 2021 da ASBIA. Havíamos previsto um crescimento em torno de 25 a 30%, e os números superaram nossas expectativas. Me parece que a perspectiva de chegarmos a 30 milhões de doses totais em 2021 vai ser ultrapassada. Refaço minha previsão de que há uma grande possibilidade de superarmos

32 milhões de doses esse ano”, comenta. O número de exportações no primeiro trimestre também impressiona, reforçando a forte demanda pela genética “made in Brazil”. Foram exportadas 149.767 doses entre janeiro e março – um avanço de 96% em relação ao ano passado. A prestação de serviços no mercado da inseminação artificial também cresceu 59%. Mesmo em meio às limitações econômicas e sociais da pandemia, a movimentação do setor possibilitou o alcance de novos parâmetros. “Mesmo com uma situação mais complicada das vendas ao cliente final em relação à aptidão leite, que normalmente crescia 0% ou decrescia, tivemos um crescimento de 8%, com 1.232.287 doses vendidas. Isso demonstra claramente a importância do melhoramento genético”, pontua Nery. Segundo o presidente, o relatório, que reuniu mais de 35 mil informações individuais para gerar os dados, traz perspectivas otimistas para o setor de IA em relação ao ano de 2021. O relatótio completo está disponível na versão digital: www.gadoholandes.com/jornal

MAIS DE 190 MIL KG DE LEITE NA SUA VIDA PRODUTIVA Nascida no dia 05 de janeiro de 2003, Rhoelandt 372 LEDA Doc Stormatic alcançou números expressivos na criação da raça Holandesa chegando ao pico de 190.107,92 kg de leite,

6.252,68 kg de gordura e 5.805,04 kg de proteína. A expressiva produção vitalícia é acumulada com 10 lactações, em regime de três ordenhas diárias. O último parto aconteceu em

setembro de 2020, aos 17 anos e em abril de 2021 realizou a sua última lactação. O animal é de propriedade dos criadores Ronald Rabbers e Henrieta Rabbers, Castro – PR.

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Super Rank CADERNO

A Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa está passando por um processo de evolução e toda mudança requer ajustes, por isso excepcionalmente, nesta edição, o Caderno Super Rank não está sendo divulgado e posteriormente iremos publicar todos os resultados. Contamos com a compreensão de todos.