Jornal Holandes - Abril de 2010

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ano 7 - nº 76 - abril de 2010 - publicação oficial dos Criadores de Gado holandês de minas Gerais

Leite artificial é opção para diminuir custos com criação de bezerras pÁGinas 8 a 10

Evento

Entrevista

pÁGinas 4 a 6

pÁGinas 20 a 22

Congresso Panamericano do Leite supera expectativas e o Holandês esteve presente

Irmãos Elwath e Cleverson Braga visam diminuição de custos na criação de Holandês

Novidade

Entrevista

Webleite: uma realidade à disposição dos criadores filiados às associações

João Walter Dürr propõe integração do Brasil ao Interbull

pÁGinas 24 e 25

pÁGinas 30 e 31

As melhores produções individuais e por rebanho Imagem sob interferência digital/Lucia Mara Yamaguti Kono/Wagner Correa


2 editoRial LEONARDO MOREIRA COSTA DE SOUZA

Presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais

Jornal Holandês| Abril de 2010

ouvidoRia ANTÔNIO DE PÁDUA MARTINS

Engenheiro Civil e Produtor Rural antoniopmartins@terra.com.br (35)9981.0404

NASCE UMA NOVA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA! Foram pelo menos 8 anos de luta árdua até conseguirmos fazer renascer a Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa - ABCBRH, reestruturada na sua essência, na sua forma, no seu espírito, e com um grande e agradável desafio pela frente. A frase acima soa como uma falácia, mas podem acreditar, não é. Este mérito deve ser creditado a todos que participaram deste processo conosco, especialmente os amigos Ronald Rabbers e Armando Menge (afinal, demos juntos os primeiros passos) e ao também amigo Antônio Candal que cumpriu o compromisso de reformar o estatuto social da ABCBRH. Finalmente, no dia 13 de abril deste ano participamos da eleição da sua nova diretoria, composta agora pelos representantes das filiadas, o que democratizou a gestão da raça em nível nacional. Entretanto, apenas isto não basta e, assim, não pararemos por aqui. Nos dias que antecederam esta eleição muitos foram os comentários sobre eventual transferência da sede da entidade nacional para o Paraná, acerca do acúmulo de cargo de superintendente técnico da ABCBRH com o de uma entidade filiada, e também em referência à legalidade de a Assembléia ocorrer fora da sede da Associação e da restrição ao voto por procuração. Realmente, deixando as questões jurídicas ao lado e para o julgamento dos especialistas, o passado existe para ser lembrado e para que os erros não se repitam. Logo, toda cautela é necessária e caberá a esta diretoria eleita, da qual participaremos, levar a ABCBRH ao caminho correto, democrático, com um programa de gestão sólido e dando ainda mais personalidade a esta entidade. Este foi o compromisso assumido publicamente pelo novo presidente Hans ao dizer que a Associação será conduzida com democracia e profissionalismo. Além disso, vale dizer que diante da câmera que filmava a Assembléia, deixamos claro que somos contrários a qualquer alteração da sede da entidade e que esperamos realmente uma gestão para o Brasil. Consignamos que Minas Gerais estará sempre de acordo com idéias, projetos e medidas que levem ao crescimento da Associação e da Raça Holandesa, trazendo benefício aos seus criadores. Porém, seremos duros combatentes a qualquer outra forma de pensamento ou gestão que possa de alguma forma colocar em risco novamente a identidade, independência financeira, a sua autonomia gerencial em todos os níveis (executivo e técnico) e a importância da Nova Associação Brasileira. Uma boa leitura a todos e um forte abraço.

eXPediente jornal Holandês - www.gadoholandes.com Publicação Oficial da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais Av. Sete de Setembro, 623, Costa Carvalho – Juiz de Fora – MG – CEP 36070-000 jornalismo.unipac@gadoholandes.com – Fone: (32) 4009-4300 Presidente: Leonardo Moreira Costa de Souza Diretor Geral: José Vânio de Araújo Projeto Gráfico: Lux - Design Comunicação e Marketing editora de Diagramação e Arte: Helô Costa – 127/MG Departamento comercial: 32 4009-4300 | 32 9197- 2727- E-mail: jvanio@gadoholandes.com Em Belo Horizonte - 31 9105-7737

Em março tivemos uma edição com novidade, que foi utilizada para corrigir uma falha na publicação das melhores médias de produção da página 26. No caso, a redação optou pela inclusão de uma sobrecapa, o que acabou por dar um sutil destaque na publicação. Interessante é que a sobrecapa se mostrou como uma boa opção para os anunciantes que tem interesse em dar maior destaque às suas marcas, como foi o caso da Embral Leilões. E por falar em anunciantes, o Jornal Holandês é uma das publicações de maior penetração nas regiões nordeste e norte do País, que vem aumentando a produção de lácteos em suas bases ano após ano. Para ilustrar essa observação, recebemos recentemente a solicitação para cadastro de endereços visando o envio das edições mensais para produtores e estudantes de zootecnia e veterinária do Estado de Pernambuco, que manifestaram o desejo de receber o jornal para utilizar como fonte de pesquisa em estudos e para desenvolver a atividade em si. Ainda por solicitação de leitores, foi sugerido que as edições passem a publicar matérias que versem sobre questões de legislação ambiental. É uma sugestão oportuna, e depende apenas da redação para obter as fontes de consulta e desenvolver os artigos sobre o tópico sugerido. Por fim, cabe ressaltar que a edição passada ficou bem diversificada em relação aos temas abordados, o que de certo agrada aos leitores que prestigiam a leitura deste Jornal.

endeReços úteis AssociAçÃo Dos criADores De GADo HoLAnDÊs De MinAs GerAis Avenida sete de setembro, 623 centro - juiz de fora - MG - ceP 36070-000

tel: (32) 4009-4300 Presidente: Leonardo Moreira Costa de Souza - presidencia@gadoholandes.com superintendente Geral: José Vânio de Araújo - jvanio@gadoholandes.com superintendente de registro: Cleocy Fam de Mendonça Junior - cleocyjr@gadoholandes.com

REPRESENTAÇÕES REGIONAIS: Acricom - Associação dos criadores de Gado Holandês do centro oeste Mineiro Presidente - Alberto Oswaldo Continentino de Araújo Avenida Amazonas, 6020 - Gameleira. 30510-050 Belo Horizonte - MG - Tel: (31) 3334-8500

estagiários convênio Laboratório do curso de comunicação social da uniPAc Av. Juiz de Fora, 1100 – Juiz de Fora – MG - www.unipac.br - Fone: (31) 2102-2101 coordenação e supervisão dos acadêmicos da unipac: Profª Marina Magalhães colaborarou nessa edição: Marcos Alexandre

nughoman - núcleo criadores de Gado Holandês da Mantiqueira Presidente -Almir Pinto Reis Rua João Baptista Scarpa, 666. 37464-000 Itanhandu - MG - Tel: (35) 3361.2404

impressão: Sempre Editora LTDA Tiragem: 10.000 exemplares

nughobar - núcleo dos criadores de Gado Holandês de Barbacena Presidente - Cristovam Edson Lobato Campos Avenida Amílcar Savassi, s/n caixa postal 126. 36200-000 Barbacena - MG - (32) 3332-8673

O Jornal Holandês não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, sendo de responsabilidade de seus autores.


Rio Grande do Sul 3

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notas SENAR lança Manual de Bovinocultura de Leite O SENAR MINAS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) lançou durante o 11º Congresso Pan-Americano do Leite, o Manual de Bovinocultura de Leite, nas versões português e espanhol. A publicação, elaborada por pesquisadores da Embrapa Gado de Leite, é a mais completa a atualizada do setor. A edição, com 608 páginas ilustradas, é composta por doze capítulos: Gerenciamento da Atividade Leiteira; Melhoramento Genético; Manejo Reprodutivo; Biotécnicas; Integração Lavoura-Pecuária-Floresta; Estabelecimento de Pastagens e Produção de Forragens; Conservação de Forrageiras e Pastagens; Utilização de Forrageiras e Pastagens; Alimentação; Conforto e Bem-Estar em Bovinos Leiteiros; Saúde Animal; e Qualidade do Leite. O Manual pode ser adquirido na Editora da Universidade Federal de Viçosa, através do site (www. editoraufv.com.br) ou pelos telefones 31-3899-3113 ou 31-3899-2234.

Semex lança novo Catálogo de Raças de Leite A Semex Brasil acaba de apresentar o catálogo de leite 2 0 10 d a s r a ç a s Holandês, Gir Leiteiro e Girolando. O novo catálogo vem com as provas atualizadas de Abril 2010 e com um novo layout, confirmando a filosofia da empresa em trabalhar sempre com a genética balanceada e funcional. As provas de Abril demonstram de forma muito transparente o desempenho da Semex, onde se observa nos TOP 100 touros no LPI, o destaque da empresa, que teve 58 reprodutores entre os 100 melhores no LPI! Além da consistência em produtos de melhoramento genético a empresa oferece também soluções para a gestão e controle de rebanhos, com os programas Health Smart, AI 24, Repromax, Repromix, Sexed Semen,Promate, SRC Supply, Master Series, Semex Progressive. Para obter o catálogo, fale com representante mais próximo, acessando www.semex.com.br

Controle leiteiro tem 1a vaca com mais de 100.000 kg de leite No controle leiteiro oficial realizado em março, a vaca C.SANTA CLARA MORA MUCH MORE TANG, da Granja Tang, de Farroupilha alcançou a expressiva produção de 100.007 kg de produção total, sendo a primeira vaca gaucha a alcançar tal marca com atestado do controle leiteiro oficial. Esta quantidade é mais leite do que a maioria dos postos de resfriamento do Brasil recebem por dia, necessitando mais de dez caminhões para transportar tal volume. Mora é uma vaca de tamanho médio, sendo pouco percebida pelos proprietários pois não demanda cuidados especiais, emprenhando fácil e livre de mastites, com boa persistência de lactação sem atingir picos extremos, mas com lactações consistentes, também expressou precocidade, pois seu primeiro parto foi aos 22 meses. Sua lactação mais produtiva foi a terceira, a qual manteve média de 36,8 kg de produção diária, Mora também é destacada na

Kátia Dalci

produção de sólidos tendo alcançado mais de 3.700 kg de produção de gordura com percentual vitalício de 3,68 de gordura. Segundo o proprietário Orlando, Mora é uma ótima vaca de trabalho, que embora seja o animal mais velho da propriedade, não necessita atenção extra, tem grande apetite e vontade de chegar na pastagem e no cocho, e docilidade na ordenha. Esta vaca é crioula da propriedade com seis gerações registradas, sendo filha de Much More e Nice e neta de Roebuck e

Paloma, a mãe e a avó foram as primeiras fêmeas da Granja Tang a participarem das Exposições Expoclara. Mora já deixou quatro filhas Mariana, Malu, Magali e Evelin. Na classificação atingiu 86 pontos (MB) na oitava lactação, com linear muito correto em garupa, aprumos e úbere posterior, com maior destaque na altura e largura de úbere posterior. A Granja Tang tem se destacado nos últimos anos nas exposições oficiais do Estado, especialmente na Fenasul e Expointer em Esteio e na Expoclara de Carlos Barbosa, inclusive no ano passado conquistou o Grande Campeonato nas quatro exposições oficiais que participou. Esta marca de produção da vaca Mora demonstra o sucesso dos criadores, não somente nas pistas, mas também na produção onde tem obtido lactações médias superiores a 9000 kg de leite por vaca nos 305 dias.


evento 4

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11º Congresso Panamericano do leite reuniu o setor leiteiro em Minas Gerais Delegações de 100 países estiveram Presentes para discutir e planejar o segmento nas Américas

Autoridades brindam com leite na abertura do evento

Marcos Alexandre


evento 5

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MARCOS ALEXANDRE A capital Pan-americana do leite no mês de março foi Belo Horizonte, sendo este o município sede do 11º Congresso Pan-Americano do Leite. O megaevento do mercado leiteiro contou com a presença de exportadores, cooperativas, produtores, profissionais do setor leiteiro, compradores internacionais, comerciantes, além de interessados pelo produto de forma mais generalista. O evento aconteceu no Minascentro e atraiu mais de 2,5 mil pessoas por dia, superando com folga as presenças em edições anteriores. O Congresso, que é realizado a cada dois anos, teve a realização da Federação Pan-Americana do Leite (FEPALE),

em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG). Esta última representa cerca de 400 sindicatos rurais e 250 mil produtores rurais do Estado. “Minas lidera o ranking da produção leiteira do Brasil, com 7,6 bilhões de litros em 2008, o que representa 28% da produção nacional. Além disso, o Estado é pólo gerador de tecnologia na área leiteira, reunindo importantes centros de pesquisa e os mais renomados profissionais da área”, ressaltou Roberto Simões, presidente da FAEMG. Entre os objetivos do Congresso, está o debate e o planejamento dos rumos da cadeia produtiva leiteira e a criação de um espaço próprio para reflexão, discus-

são e intercâmbio de conhecimentos e experiências pan-americanas e mundiais relacionadas ao setor leiteiro. Já o presidente da FEPALE, Vicente Nogueira, resume bem a importância da realização e da participação neste tipo de evento: “O cenário é ideal para promover as relações interpessoais, fortalecer os laços de amizade e cooperação entre a comunidade técnica e empresarial e, principalmente, para a atualização de conhecimentos”, enfatizou. O Congresso já aconteceu em San José (Costa Rica). Porto Alegre (Brasil), Miami (EUA) e Havana (Cuba) nos últimos anos. O maior evento lácteo da América Latina teve como foco quatro áreas temá-

ticas: A Produção Primária; Industrialização de Produtos Lácteos; Economia e Mercado do Leite e seus Derivados e Consumo (Mais Leite = Mais Saúde). Diversas delegações de países estrangeiros prestigiaram o evento, sobretudo as de países da América Latina, como Argentina, Chile, Equador e Uruguai, este último provavelmente com a maior delegação, com 60 pessoas de diversas áreas. “É um evento grandioso, de oportunidade ímpar para se fazer contatos e reciclar conhecimentos acerca da cadeia produtiva do leite. Para nós foi muito proveitoso ter participado de um evento com essa magnitude”, afirmou o diretor da Associacion Nacional de productores de Leche del Uruguay, Eduardo Veiga.

Tradicional brinde com leite na abertura e avaliações sobre o cenário leiteiro A solenidade de abertura contou com várias autoridades do setor de leite e dos governos federal e estadual. Entre os presentes estava o vice-governador, professor Antonio Anastasia; o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Roberto Simões; o presidente da Federação Pan-Americana do Leite (FEPALE), Vicente Nogueira Netto; a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil CNA, senadora Kátia Abreu; o Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel; o presidente da Assembléia Legislativa do

Estado de Minas Gerais, deputado Alberto Pinto Coelho e o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos. De acordo com a senadora Kátia Abreu um dos grandes desafios da agropecuária é conhecer sua complexidade e unir forças para enfrentar a situação dos pequenos produtores. “Nossos produtores não fazem questão do crédito do governo, mas – sim – da cobertura global dos riscos”, disse em seu discurso. Anastásia por sua vez, guiou seu discurso enfocando a questão da importância do leite para a cultura mineira. “Falar de

leite é falar de história, está em nossa consciência coletiva”, afirmou. Já Vicente Nogueira Neto, da FEPALE, falou da importância da troca de conhecimento e de informações durante o evento e – parafraseando o poeta chileno Pablo Neruda em “Confesso que Vivi” pediu a todos para através do trabalho sonhar. Sonhar com uma indústria leiteira próspera. No encerramento dos trabalhos de abertura do evento, a mesa saudou os participantes e propôs um brinde - na mão das autoridades, uma taça contendo leite,

como já é tradição. No encerramento, o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, proferiu palestra com o tema: Eq uilíbrio entre a Sustentabilidade e Competitividade é possível no setor lácteo? Para Rodrigues a resposta é positiva, uma vez q ue o Brasil possui um g rande potencial no agronegócio. Possuí terra, tecnologia, capital social e humano, mas é preciso mais planejamento, organização, integração e mais união com foco nos objetivos que se pretende alcançar.

Marcos Alexandre

Destaque

do painel “ Estra i o a realização fo o ss re ng gó Co ne es do desafios dos Um dos destaqu r e enfrentar os ce es cr s ra ue pa cq erativas Itambé, Ja tégias das coop o presidente da , es l nt ro ra st Ca le mo pa kes (USA), cios atuais”. Co nal Land O`La io ac rn te o z; In re te Presiden , Mario Pe érica - Fonterra Gontijo; a vice l pela Latino Am ra Ge e ole (Uruguai), nt pr re na Ge Kitchen; o leite e RRCC Co de ão uç od pr área de sub-gerente da s ori. os discursos do cu al Enrique M ntos distintos, su as de o ar m es co el, ap aglutinação Durante o pain mpletavam. A co se e o, iv am tit gi conver ente compe palestrantes se ercado altam esiivência no m ev br so de ordada pelo pr a estratégi rmação, foi ab fo ns tra bde r su to do a no se z coro à fala assunto da mod que também fe , ijo nt i, Go ua s ug ue , Jacq naprole-Ur dente da Itambé ite e RRCC Co le de o ão m uç co od ea de pr to de gestão gerente da ár direcionamen de a a rm fo um o é m ori, co cteo. Essa Enrique Malcu no segmento lá e ad id s, iv ia ut nc od rê ia e pr . As concor fator de eficiênc os globalizados ci gó te ne en bi em iqueira cados e o am estratégia corr idades dos mer til la vo as as o , m as acirrad tégias co cada vez mais , sugerem estra ação no mundo rm fo l. ns na si tra r e po de ajuste concorrido, o painel, muito e nt ra du s da destaca

senadora Kátia Abreu discursa na abertura do congresso


6 evento

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ACGHMG marcou presença no congresso com estande A associação mineira esteve presente no congresso e seu estande foi visitado por autoridades, produtores, representantes de empresas e congressistas em geral. Se o objetivo era prospectar contatos e reforçar a marca da instituição, pôde-se confirmar êxito ao projeto. O estande recebeu também as visitas de delegações do Uruguai, Chile e Argentina, como os da empresa La Sibila, de Santa Fé. Ricardo Martini, Edgardo Bosser, Pablo de Maio e Adolpho Bahler em visita, solicitaram informações variadas sobre o manejo da raça no Brasil, organização e registros efetuados pela associação. Já Roberto Matta Karam, que possuí um programa na Rádio Sarandí em Montevideo, Ur uguai, chamado “Mundo Agrário”, teve sua atenção voltada ao Jornal Holandês, que na ocasião era requisitado no estande pelos congressistas. “É fantástica a iniciativa de um informativo como esse. Um veículo segmentado, direcionado para a cadeia produtiva do leite e promotora do marketing da raça. E ainda com esse visual moder no e conteúdo bem variado”. disse. O corpo diretor e técnico da associação manteve muitos contatos durante a feira no estande. A freqüência aquecida foi mesmo um marco em todos os estandes do congresso e também nas palestras. Eventos assim, com grande aporte informativo e científico, demonstram que a cadeia produtiva do leite está saindo de um estágio e entrando em outro. Em um nível de tecnificação e compromisso, capazes de alavancar a pecuária leiteira nacional à estágios de capacidade de competição mundial, solidificando a vocação que possuí, ou seja, de ser uns dos maiores produtores e exportadores de lácteos do mundo.

Fotos Marcos Alexandre

comitiva uruguaia foi recebida no estande da Associação Mineira pelo Diretor executivo josé vânio Araújo

josé vânio, cleocy jr, silvano jr, Leonardo Moreira costa de souza (presidente) e francisco otaviano, da Associação dos criadores de Gado Holandês em reunião no estande da Associação durante o congresso Panamericano do Leite

“É um mito a idéia de que chineses não gostam de leite ou de queijos de sabores mais fortes. O que acontecia era que não tínhamos muito acesso aos produtos, mas isso está mudando agora. MA HING, ESPECIALISTA DE SETOR LÁCTEO CHINÊS.

“No Brasil, Minas é o melhor lugar para a inovação e investimento no Agronegócio do leite” ALBERTO PORTUGAL, SECRETÁRIO DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR DE MINAS GERAIS. josé vânio, a direita, recebe membros da comitiva argentina no estande da Associação

Gado Holandês: para obter lucro máximo, reGistre seu rebanho.

32.4009 4300



8 PRodução

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Arquivo ACGHMG

Sucedâneo: opção para diminuir custos na alimentação de bezerras Substituição do leite pelo produto pode impactar positivamente na receita MARCOS ALEXANDRE A desmama de bezerras (os) é um ponto de consideração importante na produção de uma fazenda leiteira. Seu processo interfere diretamente na reposição e crescimento do rebanho e na formação de animais para o mercado. Em um processo de globalização, a competitividade aponta para a busca de soluções eficientes, onde os melhores manejos e os melhores processos irão quantificar o sucesso de qualquer empreendimento. A busca de alternativas que possam reduzir custos nesta fase é estratégia a ser efetivamente ponderada.

Para que a desmama ocorra de forma eficiente deve-se levar em conta três fatores, idade do animal, peso, e consumo de concentrado. Diante desses três itens o produtor deve usar o bom senso, ou seja, verificar se o animal apresenta peso suficiente, o ideal é que esteja com aproximadamente 100 kg de peso vivo, 90 dias de idade, e consumindo no mínimo 700 gramas de concentrado por dia. Qualquer intervenção no processo deve levar em conta que o leite utilizado na alimentação é um dos componentes que mais onera o custo de criação de bezerras, representando mais de 50 % do custo total da fase de aleitamento.

O controle da quantidade de leite fornecido aos bezerros, a substituição do leite por sucedâneos, o fornecimento de concentrado juntamente com um volumoso de boa qualidade desde a idade precoce tem sido apontados como práticas eficientes na redução dos custos com a alimentação. Existem no mercado produtos capazes de substituir o leite neste processo de aleitamento, são os chamados sucedâneos, produtos estes, formulados por empresas de nutrição animal, criados justamente para baratear o custo de amamentação das bezerras, uma vez que, em suas suas for mulações substituem alguns componentes do leite por ingre-

dientes de origem vegetal e também de origem láctea, que é a mais ideal. Suas características nutricionais são, contudo, muito similares ao leite in natura. O aleitamento com sucedâneos deve sofrer planejamento do ponto de vista do desenvolvimento, da economia gerada, e se seu uso se enquadra perfeitamente no resultado do planejamento técnico e econômico da propriedade. Outro ponto é a análise das opções existentes no mercado. Dar preferência a aqueles produtos fabricados por empresas de nutrição animal com perfil já consolidado no mercado. Em se tratando da cria de bezerras, todo cuidado e essencial e qualidade é norma.


PRodução 9

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Sucedâneo: O que é? Produto formulado para substituir o leite. Produzido com derivados do leite e eventuais compostos vegetais. São compostos de matérias primas de alto valor biológico e aditivos promotores de crescimento. São, portanto, cientificamente formulados para atenderem as necessidades nutricionais das bezerras (os) lactantes. Os ingredientes preferenciais de sucedâneos de leite são derivados de leite integral, proteínas do soro, proteína de concentrado de peixe e proteína da soja. Produtos contendo farinha de peixe, farinha de soja, proteínas celulares ou subprodutos solúveis de destilarias devem ser evitados, por não serem bem aceitos pelo sistema digestivo dos animais, conforme sugere algumas literaturas. A reputação do fabricante no mercado e as características de formulação são parâmetros para a decisão da compra do produto. A qualidade do sucedâneo é importante neste processo. Sucedâneos podem conter menos gordura se comparado ao leite, em base de matéria seca. Bezerros alimentados com sucedâneos geralmente tem taxa ligeiramente menor no ganho de peso

por dia do que bezerros alimentados com leite integral, embora que, atualmente, alguns fa b rica n te s te n h a m diminuído estes parâmetros, com o uso de formulações mais adequadas. É o que explica o Zootecnista e supervisor técnico do segmento de leite da Tortuga, Carlos Eduardo Paez. Segundo ele, sob condições normais, o menor teor de gordura contido no sucedâneo não tem impacto significativo na nutrição. Para ele, a questão cha ve está mais ligada a digestibilidade e aí a qualidade do sucedâneo e a correta observância das instruções de administração é que conta. “A origem dos ácidos graxos contidos, o método de incorporação no produto e o correto manejo da diluição e administração é que vão conferir o sucesso esperado no uso do produto” diz. O uso de sucedâneo possuí benefícios adicionais: reduz a severidade da diarréia quando esta ocorre e fornece energia adicional quando bezerros são criados em ambientes muito frios (em regiões temperadas e de altitude elevada). Sobre isso, Paez ainda destaca a questão da biossegurança, pois, com uso do sucedâneo, é possível realizar

uma padronização do fornecimento, evitando assim, a transmissão de doenças pelo contato com agentes patogênicos contidos no leite, como sthafilococcus ou microorganismos causadores da tuberculose, por exemplo. Paez lembra que há uma gama de opções no mercado, mas que as avaliações destes devem ser criteriosas. Para ele, a qualidade do produto é que vai determinar o desempenho e não se deve abrir mão destas questões só porque determinado produto se apresenta um pouco mais barato que outro, mas que não terá o mesmo desempenho. “A escolha do sucedâneo está pautada na equação economicidade versus leite, mas com garantia de desempenho, boas fontes nutricionais e origem do produto,” destaca ele. Quando se utiliza sucedâneos de leite, a atenção na diluição é importantíssima. Deve-se observar a recomendação de diluição sugerida pelo fabricante para não fornecer material aquoso aos animais. A maioria dos sucedâneos deve ser misturada conforme as instruções do fabricante, objetivando obter um produto final com conteúdo sólido semelhante ao leite integral (12.5%). Arquivo Agropecuária 2N

Alternativa impacta positivamente no custo Na pecuária como em outras atividades, toda regra tem exceção. Assim, o uso de sucedâneo não é uma unanimidade ou indicação geral. Mas seus benefícios devem ser considerados nos planejamentos, uma vez que é uma alternativa interes¬sante para se tentar diminuir custos no período de aleitamento. A substituição do leite pelo sucedâneo, produto que geralmente é mais barato devido à substituição de alguns elementos do leite por ingredientes de origem vegetal, apresenta características nutricionais dignas. A incorporação do produto na dieta possibilita disponibilizar a venda, todo o leite produzido. No período de um ano, a economia gerada será bem expressiva, comparando se o menor preço do sucedâneo por litro diluído (em torno de 30%), em comparação ao preço do leite integral recebido pelo produtor no mesmo período. Quanto maior o preço do leite no mercado e quanto maior for o numero de bezerras, mais vantajosa poderá ser a substituição. A decisão de uso do sucedâneo deve basear-se no custo do produto diluído, na composição (entre 18 e 22% de PB, 0,2 % de fibras (uma vez que níveis superiores a este indicam maior quantidade de proteínas vegetais), teor de gordura entre 10 e 22%, vitaminas A, D e E presentes. Algumas propriedades fazem ainda a administração de leite de descarte em conjunto, como o leite oriundo de vacas com mastite. Esta prática pode ser prejudicial na alimentação de bezerras, como sugerem algumas literaturas, devido ao alto risco de contaminação com patógenos, antibióticos ou toxinas, além de alterações físico-químicas (teor de gordura, proteína, lactose, vitaminas e minerais). Este tipo de leite está mais para o uso de um produto oriundo de erro no manejo do que para uma alternativa.


10 PRodução

Jornal Holandês| Abril de 2010

CONCENTRAÇãO MÍNIMA OU ADEQUADA DE NUTRIENTES. NUTRIENTES

TAXA/CONC

NUTRIENTES

TAXA/CONC

Energia metabolizável, Mcal/kg

3.78

Iodo - I, ppm

0.25

Proteína Bruta, %

22.0

Zinco - Zn, ppm

40.0

Extrato etéreo (lipídios),min %

10.0*

Manganês - Mn, ppm

40.0

Cálcio-Ca, %

0.70

Cobre - Cu, ppm

10.0

Fósforo-P, %

0.60

Ferro-Fe, ppm (mg/kg)

100.0

Magnésio - Mg, %

0.67

Cobalto - Co, ppm

0.10

Potássio - K, %

0.65

Selênio - Se, ppm

0.30

Sódio - Na, %

0.10

Vitamina A, IU**/kg

3800.0

Cloro - Cl, %

0.20

Vitamina D, IU/kg

600.0

Enxofre - S, %

0.29

Vitamina E, IU/kg

40.0***

*Em climas mais quentes = 15%; em climas frios=20% ** IU = unidades Internacionais *** Para estímulo do funcionamento do sistema imune recomendável 200 IU/KG Fonte: Recomendação para sucedâneos de leite (NRC, 1989). Wagner Correa

Para a definição de se usar ou não um sucedâneo é preciso focar na economia. Comparar o preço do leite em relação ao sucedâneo. A diferença tem que estar no mínimo em 20%. O segundo passo é quanto à qualidade do produto. Comprar pequenas quantidades para a avaliação. A baixa solubilidade, com aparecimento de grumos é rejeição por parte dos animais e aparecimento de diarréias e evidenciam características de baixa qualidade dos sucedâneos.

Os sucedâneos foram criados para servir de opção mais barata que o leite, uma vez que este pode ser vendido. Hoje, existem produtos com características que permitem um desenvolvimento bem mais adequado das bezerras e maior flexibilidade de manejo. Todo cuidado com higiene dos materiais envolvidos na diluição e fornecimento do sucedâneo, bem como a temperatura correta da água de diluição do produto.


eleição 11

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Eleita nova diretoria da ABCBRH No último dia 13 Abril foi eleita a nova Diretoria da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa - ABCBRH para o triênio 2010/2013, em Assembleia realizada na sede da Associação Paranaense, em Curitiba, com a presença de representantes dos criadores da raça nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Paraná, sendo eleito por unanimidade o senhor Hans Jan Groenwold como presidente; Leonardo Moreira Costa de Souza, como secretário; Celso José Munaretto como tesoureiro; José Ernesto Wunderlich Ferreira como 1º vice-presidente; Claudio Augusto Mente como 2º vice-presidente; e o conselho fiscal ficou formado pelos senhores: Fernando Andrade Garcia; João Guilherme Brenner; Marcos Tang; Antonio Vilela Candal; Eurípedes Cândido de Melo. Antonio Vilela Candal, que deixa a presidência da entidade, cumprimentou e desejou sucesso aos membros eleitos para a nova diretoria. Ao tomar posse, o recém empossado Presidente Hans Jan Groenwold

Fotos Arquivo APCBRH

HANS JAN GROENWOLD CRIADOR EM CASTROLANDA, CASTRO/PR – FAZENDA FINI

Diretor da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, desde 1992 e Diretor-Presidente da entidade há três anos (2007-2010). Na gestão anterior era membro da diretoria da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa-ABCBRH.

parabenizou e agradeceu ao ex-presidente Antonio Vilela Candal pela sua dedicação a frente da diretoria da ABCBRH, e destacou o agradecimento pela presença dos associados na 72ª AGO da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, em especial aos representantes das Associações Estaduais, que deixaram suas atividades cotidianas e particulares para assumirem a responsabilidade da nova diretoria.

discuRso Em seu discurso de posse, o presidente eleito Hans Jan Groenwold destacou a importância da luta pelos ideais dos criadores da Raça Holandesa, que devem valorizar e mostrar o quanto a sua atividade é importante para o Brasil. Destacou ainda que a união do trabalho em prol da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa fará com que a entidade esteja representada onde houver uma vaca holandesa. Finalizou agradecendo a confiança depositada em sua pessoa pela sua condução a presidência da ABCBRH.

Leonardo Moreira costa de souza (MG), Hans jan Groenwold (Pr), Antonio vilela candal (sP), josé ernesto Wunderlich ferreira (rs), celso josé Munaretto (sc) e Marcos tang (rs)

DIRETORIA ABCBRH – GESTãO 2010/2013 HANS JAN GROENWOLD LEONARDO MOREIRA COSTA DE SOUZA CELSO JOSÉ MUNARETTO JOSÉ ERNESTO WUNDERLICH FERREIRA CLAUDIO AUGUSTO MENTE

PRESIDENTE SECRETÁRIO TESOUREIRO 1º VICE-PRESIDENTE 2º VICE-PRESIDENTE

CONSELHO FISCAL FERNANDO ANDRADE GARCIA JOÃO GUILHERME BRENNER MARCOS TANG ANTONIO VILELA CANDAL EURÍPEDES CÂNDIDO DE MELO

CONSELHEIRO FISCAL CONSELHEIRO FISCAL CONSELHEIRO FISCAL CONSELHEIRO FISCAL CONSELHEIRO FISCAL

Anuncie conosco e seja visto por todos

O jornal Holandês atinge todos os envolvidos no meio da pecuária leiteira. Isso o coloca como veículo com maior afinidade em todas as áreas da cadeia produtiva. Do ordenhador, sentado no banquinho, orgulhoso de ver a foto do animal que cuida, no sorriso de um técnico que tem o recorte de seu artigo publicado guardado com carinho, do criador que coleciona junto aos prêmios a edição que estampa a foto de seu valoroso animal, da cara de curiosidade saciada de quem não entende nada de leite, mas reconhece na qualidade de nossos textos a seriedade com que lidamos com o assunto. Isso é acertar no alvo de forma precisa sem perder nada. Aqui não só vendemos bem seu produto ou serviço como também temos credibilidade para dar sustentação a sua marca em uma campanha. Afinal, quem não gosta de ver um produto que usa anunciando no principal veículo do meio e assim valorizando seu trabalho.

publicação oficial dos Criadores de Gado holandês de minas Gerais

Departamento comercial:

32 4009-4300 | 32 9197- 2727- E-mail: jvanio@gadoholandes.com Em Belo Horizonte - 31 9105-7737

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12 tecnologia

Jornal Holandês| Abril de 2010

DF apresenta centro avançado de sequenciamento de genomas A instalação foi possível por meio de parceria técnico-científica entre a Universidade Católica de Brasília (UCB), a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, a Embrapa Agroenergia, a Universidade de Brasília (UnB), a Policia Civil do Distrito Federal – PCDF e o Laboratório Central de Saúde do Distrito Federal (Lacen-DF), com apoio financeiro da Fundação de Apoio a Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF). “Este laboratório será um centro de referencia para o Brasil”, salienta Ruy Caldas, diretor da Pós-graduação em Ciências Genômicas e Biotecnologia da UCB. O diretor enfatiza que o Centro funcionará com um novo modelo de gestão, com plataformas de uso compar tilhado entre as instituições. O sucesso do Centro também se deve a atuação de uma equipe multidisciplinar, incluindo especialistas de várias áreas, como a genética, biologia molecular, bioquímica, metagenômica, bioestatística e bioinformática.

“O diferencial do Genômica-DF será a capacidade de sequenciar em grande escala, como nunca ocorreu antes no País”, revela Ruy Caldas. Em 2001, no projeto Genoma Nacional, para sequenciar uma bactéria foram necessários dois anos, 25 sequenciadores e 100 pessoas atuando. Com este novo laboratório, usando as novas tecnologias de alto desempenho, em 20 dias é possível sequenciar oito bactérias com apenas uma única pessoa, ressalta a gerente do Genômica – DF, Alessandra Reis. A equipe gestora do Genômica DF já sequenciou os primeiros genomas de eucalipto no Brasil; duas variedades de arroz tolerantes à seca e a bactéria do Cerrado Paenibacillus ourofinensis. Além disso, a pesquisadora da Embrapa Agroenergia, Betânia Quirino, antecipa que já estão programados os sequenciamentos de genomas do pinhão-manso, espécie potencial para a produção de biodiesel, análise

dos microrganismos encontrados nos solos da Amazônia e análises de genes expressos em pacientes com leucemia. As instalações do Genômica DF permitirão o sequenciamento de cadeias de DNA de quaisquer amostras, sejam elas de bactérias, animais, plantas, seres humanos ou qualquer outro ser vivo. Com a realização desse trabalho será possível compreender melhor as características genéticas do material analisado e, então, propor alterações que favoreçam seu desenvolvimento. A agricultura, por exemplo, é uma área que tem muito a ganhar com essa tecnologia.

Estrutura Os recursos disponibilizados pela FAP/DF propiciaram aquisição de duas platafor mas de seq uenciamento de ultima geração o Genome Analyzer da Illumina e o 454 Titanium da Roche, além de outros equipamentos acessórios e da infra-estrutura laboratorial

adequada para o funcionamento do Centro. “O Genômica DF está instalado na Universidade Católica de Brasília sendo o único centro que conta com ambas as plataformas em toda a América do Sul”, anuncia o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Dario Grattapaglia. A principio, adianta Grattapaglia, serão feitos sequenciamentos de materiais provenientes de ações das instituições parceiras, em especial as demandas dos projetos do Programa Pronex. “A proposta é de que no futuro atendam a demandas externas, em um sistema de prestação de serviços especializados”, reforça. Com essas novas técnicas, é possível sequenciar com grande rapidez e com custo muito menor do que era feito apenas há alguns anos. “Com o Genômica DF, o Distrito Federal tem condições de liderar, em nível nacional, a área da genômica”, conclui Ricardo Krüger, professor da UnB.




Abril de 2010 Publicação Oficial dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais

Melhores lactações por classe, com primeira divisão 305 e 365 dias, 2 e 3 ordenhas

Dez maiores produções individuais diárias por rebanho Melhores médias de produção por rebanho

PRODUÇÕES INDIVIDUAIS DE ANIMAIS SUBMETIDOS AO CONTROLE OFICIAL AFERIDAS EM FEVEREIRO/2010 HOLANDESA 2 ORDENHAS PROPRIETÁRIO

MUNICIPIO

NOME DO ANIMAL

RUI DA SILVA PINTO JUNIOR LUCAS PIMENTA VEIGA E/OU SERGIO RUBENS F. SOA VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA ALTAIR DA SILVA REIS ANICETO MANUEL AIRES LUIZ CLOVIS BRAZ SCARPA MARIO ANTONIO PORTO FONSECA DIRCEU DE MANCILHA RAUL PINTO

CASTRO NEPOMUCENO TRES CORACOES RESSAQUINHA ITANHANDU ANTONIO CARLOS ITANHANDU CARMO DO PARANAIBA ITANHANDU ITANHANDU

SANTOS REIS ASTRONOMICAL LILLY DAJO VINHA TABOO VAM KATINA JULLY MORTY COLLEM DRAMATIC ILLIA SANTOS REIS MORTY CLAUDIMARA A.M.A. INTEGRITY FRANDIXI 469-TE SAO BRAZ DINA DIE HARD QUILAIA SITIO DO CEDRO FARROUPILHA 3556 GALENA HAVAIANA BLITZ LUCIA EUROPA NEWTON

PROPRIETÁRIO

MUNICIPIO

NOME DO ANIMAL

ROGERIO LUIZ SEIBT ALCY DOS REIS NUNES MANUEL JACINTO GONCALVES ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE GERALDO ANTONIO DE OLIVEIRA MARQUES ANTONIO AUGUSTO SOUZA PRACA WLADIMIR ANTONIO PUGGINA SANCHO JOSE MATIAS ANTONIO JULIO PEREIRA PELUCIO JOAO BRAZ OLIVEIRA E/OU MARCIO F.P.OLIVEIRA

PRESIDENTE OLEGARIO PATROCINIO ITANHANDU POUSO ALEGRE SAO SEBASTIAO RIO VERDE ITUMIRIM ALFENAS PATOS DE MINAS BAEPENDI SAO GONCALO DO SAPUCAI

ENGENHO-FGV ELIZETH REPUBLICA PRIDE REIS BACANA 592 GAIA POLARA 2182 FREDERICK MENGE MORTY SUZI 1020 LABAREDA HPJ VILLA VERDE BEMVINDA 192 S H A NENA 928 LIFLASA RADIANTE ROY 179 APELUCIO CLARA LUKE SOLON J.B.O. NOIVA

NÚMERO REGISTRO BX363849 BX366925 BX386589 BX360590 BX335621 BX318179 BX335436 BR1465318 BX358765 BR1395353

COMP. RACIAL PO PO PO PO PO PO PO PCOD PO GC-02

PRODUÇÃO DIARIA 49,6 48,5 48,4 48,4 45,8 45,6 44,2 42,1 41,6 40,8

DATA DO CONTROLE 27/02/2010 08/02/2010 27/02/2010 09/02/2010 27/02/2010 03/02/2010 08/02/2010 12/02/2010 09/02/2010 12/02/2010

NÚMERO DE REGISTRO BR1401993 SR412347 BR1501487 BX361910 X5661 BR1501368 SR411434 BX367605 BX335545 BR1461372

COMP. RACIAL GC-01 31/32 GC-02 PO 1/2 PCOD

PRODUÇÃO DIARIA 58,3 55,0 53,7 52,7 51,0 49,2 48,8 47,7 46,8 46,7

DATA DO CONTROLE 11/02/2010 08/02/2010 25/02/2010 09/02/2010 23/02/2010 04/02/2010 08/02/2010 10/02/2010 24/02/2010 26/02/2010

3 ORDENHAS

AQUI NÃO TEM CONVERSA PRA BOI DORMIR Anuncie no Holandês. O Jornal de agronegócios que mais cresce no país CONTATOS: 32 9197-2727 | 31 9105-7737

PO PO PCOD


305 dias

ConTrole leiT melhores laCTaç PRIMEIRA DIVISÃO 305 DIAS 2 ORDENHAS - PERÍODO 01/01/2010 A 31/01/2010 RAÇA: HOLANDESA noMe AniMAL

1 ANO PARIDA 2 ANOS JUNIOR 2 ANOS SENIOR 3 ANOS JUNIOR 3 ANOS SENIOR 4 ANOS JUNIOR 4 ANOS SENIOR 5 ANOS 6 ANOS 7 ANOS ADULTA JUNIOR ADULTA SENIOR

reGistro

RECORDISTA MINEIRA COLLEM MARTY CRYSTAL ROLUSEI DORA BELERO ALFY CAYUABA BENTA RECORDISTA MINEIRA OLIMPIA GOLIAT DE SANTA PAULA ROLUSEI FRANKANA GILBERT ALFY CAYUABA TABOO BONECA RECORDISTA MINEIRA COLLEM CALLISTO CLARICE ALFY CAYUABA TABOO BULGARIA VAM VANGUARDA GINA SPIRTE RECORDISTA BRASILEIRA VERA CRUZ PROVINCIA COLLEM CORSARIO ITAUANA COLLEM BLUE RIBBON IWENS RECORDISTA MINEIRA AVANI PETECA GOLD DUSTER ALFY CAYUABA TOMAHAWK ALTEZA COLLEM FREDERICK ILMARA RECORDISTA MINEIRA SANTA PAULA SOPHYA CHALET RED GAIA CELES 2039 BOCAINA MARKER RAISSA TIGREZA RECORDISTA MINEIRA EMIELE IANA LAY OUT FAHES JOCASTA DELFINA MARCONI BOCAINA CLEA INTEGRITY NY URCA-TE RECORDISTA MINEIRA JARDIM GENUINA COLLEM LHEROS FAUSTINE-TE J.M.A. CETENA JUPITER 0028 RECORDISTA MINEIRA A.M.A. BLACKSTAR CORRIE 199-TE EMIELE GRINALDA II LO-NOX ROYAL M SUHELEN 892 MATHIE RECORDISTA BRASILEIRA GENOVA GOLD BELL DE SANTA PAULA URTIGA GABIROBA LONDON VAM AUSTRIA JOYCE ASTRE RECORDISTA MINEIRA BEATRIZ ECILA ALANA OUTSIDE MANDALA LCGFACCO CABRESTINHO RECORDISTA BRASILEIRA DOUTORA ENCHANT RILENE J.C. A.C.M. GALAXIA BLACKSTAR-TE RIO VERDE ENCORE PETUNIA

cLAss

iDADe

DiAs LAct.

ProD Leite

ProD % ProD GorD. GorD Prot.

% tit. Prot.

ProPrietário

uf

noMe Do PAi

BX283720 BR1480953 BR1528951

B+-82 B+80 B+82

01-11 01-11 01-11

305 12374,0 374,8 3,03 347,6 2,81 LM 305 9683,4 300,3 3,10 301,1 3,11 LM 305 8990,4 304,9 3,39 292,0 3,25 LM

COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA ROGERIO LUIZ SEIBT CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA

2003 MG MG

RICECREST MARTY-ET COTOPIERRE J R BELERO

BR1081330 BX363380 BX369712

B+-80

02-01 02-03 02-03

305 12321,0 339,0 2,75 0,00 LM 305 10946,9 340,2 3,11 325,7 2,97 LM 305 10782,4 337,3 3,13 329,8 3,06 LM

SIDNEY NERY ROGERIO LUIZ SEIBT CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA

1998 MG MG

GOLIAT MILEY GILBERT-ET ROSE-BAUM TABOO-ET

BX271750 BX369705 BX373811

MB-85 B+82

02-10 02-09 02-07

305 13532,0 338,0 2,50 405,0 2,99 LM 305 11325,4 289,8 2,56 326,6 2,88 LM 305 10135,2 342,8 3,38 258,4 2,55 LM

COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS

2004 MG MG

DEL SANTO C.M.CALLISTO ROSE-BAUM TABOO-ET CEDARWAL SPIRTE

BX246790 BX352700 BX352706

B+-82 B+84 MB87

03-02 03-04 03-02

305 15502,0 590,0 3,81 439,0 2,83 LE 305 12081,2 355,7 2,94 335,0 2,77 LM 305 11499,0 319,7 2,78 340,7 2,96 LM

VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA

2002 MG MG

FRAELAND LEADOFF-ET COLLEM STORM CORSARIO SANDY-VALLEY BLUE RIBBON-ET

BX251440 BX353849 BX345984

MB-88 B+84 MB85

03-11 03-09 03-11

305 15532,0 533,0 3,43 0,00 LM 305 12220,9 398,8 3,26 368,8 3,02 LM 305 11441,9 340,2 2,97 351,9 3,08 LM

COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA

2000 MG MG

WOODBINE-K GOLD DUSTER-ET GUIDED-PATH TOMAHAWK CLINITA ZACK FREDERICK-ET

BX291632 BR1476819 BX327146

MB-87

04-03 04-01 04-04

305 15418,0 368,0 2,39 445,0 2,89 LM 305 11665,1 266,1 2,28 339,1 2,91 -305 11471,7 264,0 2,30 335,5 2,92 --

SIDNEY NERY JOSE RICARDO XAVIER MANUEL JACINTO GONCALVES

2002 MG MG

INDIANHEAD RED-MARKER-ET

BB18632 BR1420056 BX334927

B+-83 MB86

04-11 04-08 04-06

305 14915,2 569,7 3,82 397,9 2,67 LM 305 12353,7 468,2 3,79 371,9 3,01 LM 305 11085,9 308,6 2,78 329,1 2,97 LM

MARCIO MACIEL LEITE FABIO EUSTAQUIO SILVEIRA MANUEL JACINTO GONCALVES

2006 MG MG

LAY-OUT HAVEP MARCONI ROBTHOM INTEGRITY-ET

BX208241 BX326975 BR1439683

MB-85 MB86 B+82

05-01 05-01 05-00

305 17189,2 400,9 2,33 529,4 3,08 LM 305 11410,0 340,8 2,99 325,1 2,85 LM 305 11258,0 288,2 2,56 332,7 2,96 --

ANDRE LUIS MOREIRA DE ANDRADE E OUTRA COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA AGRO PECUARIA JM LTDA

2002 MG MG

B-HIDDENHILLS MARK-O-POLO COMESTAR LHEROS-ET GRANDUC JUPITER

BX207542 BB19437 BR1380163

MB-85 B+83 MB85

06-03 06-11 06-06

305 16542,0 563,1 3,40 450,1 2,72 LM 305 11254,6 360,9 3,21 323,5 2,87 LM 303 10791,7 288,6 2,67 300,1 2,78 --

ANICETO MANUEL AIRES MARCIO MACIEL LEITE RAUL PINTO

2003 MG MG

TO-MAR BLACKSTAR-ET BURKET-FALLS LO-NOX-RED-ET PARADISE-R CLEITUS MATHIE

BR1048927 BX404594 BX304727

B+-83 B+81

07-10 07-03 07-01

305 17110,0 340,0 1,99 0,00 LE 305 9827,6 248,1 2,52 281,5 2,86 -305 9099,7 267,2 2,94 332,3 3,65 --

SIDNEY NERY RICARDO FIGUEIREDO DE FARIA VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS

1999 MG MG

TRI-Q-CHEKD GOLD BELL LONDONDALE LMAN MAGNUM-ET DUREGAL ASTRE STARBUCK-ET

09-04 08-02 08-10

304 16404,0 669,0 4,08 0,00 LE 305 10870,9 353,8 3,25 329,2 3,03 LM 280 10174,5 299,1 2,94 289,4 2,84 LM

NILSON GONCALVES PEREIRA ALMIR PINTO REIS LUIZ CARLOS G FACCO E/OU CRISTINA G F FACCO

1999 MG MG

COMESTAR OUTSIDE-ET

10-05 14-05 10-02

305 15658,3 542,6 3,47 397,9 2,54 LM 305 7364,7 94,7 1,29 196,6 2,67 -148 4824,9 157,8 3,27 126,9 2,63 --

SIDNEY NERY JOSE RICARDO XAVIER GUSTAVO GOMES FERNANDES E OUTROS

2004 MG MG

A SIR ENCHANT ET TO-MAR BLACKSTAR-ET MARCREST ENCORE

BR1015226 BX288602 BR1533130 BR1049810 BX202256 BX251916

B+82

MB86

B+83

EX90

WINE-RIDGE CHALET-RED-ET

PRIMEIRA DIVISÃO 305 DIAS 3 ORDENHAS - PERÍODO 01/01/2010 A 31/01/2010 RAÇA: HOLANDESA noMe AniMAL

1 ANO PARIDA 2 ANOS JUNIOR 2 ANOS SENIOR 3 ANOS JUNIOR 3 ANOS SENIOR 4 ANOS JUNIOR 4 ANOS SENIOR 5 ANOS 6 ANOS 7 ANOS ADULTA JUNIOR ADULTA SENIOR LeGenDA:

RECORDISTA MINEIRA LAGOS STORMATIC PHILOMENA 782-TE MENGE GOLDWYN TUDOR 1134-TE S H A ROBIACABA NAJE 213 RECORDISTA MINEIRA SAO QUIRINO FENIANA BLACK KING DOURADA MENGE OUTSIDE SAPUCAI 1108 ITAGUACU EDELMAR 3232 RECORDISTA MINEIRA C.A.A. JESSICA ITAGUACU DECOREBA 3094 LANDEMART FREDERICK FINANCISTA 1313 RECORDISTA BRASILEIRA LAGOS MORTY QUIOSQUE 859-TE J.E.N. BIVIERA SEPT.-TE ITAGUACU CARIBE 3024 RECORDISTA MINEIRA VALE DO MILK' DELICADA II REIS UBERLANDIA 620 IGS SERENA 010 RECORDISTA MINEIRA C.A.A. JESSICA VERTENTE FIGURA 294 GVO OPERARIA TOMAHAWK-TE RECORDISTA BRASILEIRA LAGOS PC DUSTER LILA 301 ONDA SUL GRANGER 2439 REIS ANDORINHA 563 RECORDISTA MINEIRA C.A.A. AMERICA ALFY CAYUABA TARENTINO VARANDA REIS BAHIA 516 RECORDISTA MINEIRA LAGOS DUSTER LAIS 453 FLAMMA RUDOLPH 1 EBONY-TE ITAGUACU TINA 2606 RECORDISTA MINEIRA LAGOS STORM LEILA 457 ITAGUACU SIRICAIA 2503 LANDEMART MIKLIN BAGUNCA 874 RECORDISTA MINEIRA MARIA'S MORENA PRELUDE-TE J.B.O. FACANHA GLENN A.C.B. DANTE RITA RECORDISTA BRASILEIRA C.A.A. LAGOA ALFY CAYUABA ROOKIE ORQUIDEA RECORDISTA MINEIRA

reGistro

cLAss

iDADe

DiAs LAct.

ProD Leite

ProD % ProD GorD. GorD Prot.

% tit. Prot.

ProPrietário

uf

noMe Do PAi

BX367588 BX373992 BX369018

MB-85 MB85 B 77

01-10 01-11 01-11

305 13315,3 365,2 2,74 288,5 2,17 LM 305 11288,2 377,3 3,34 329,8 2,92 LM 305 11148,3 220,7 1,98 323,6 2,90 --

ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE WLADIMIR ANTONIO PUGGINA

2006 MG MG

COMESTAR STORMATIC-ET BRAEDALE GOLDWYN S H A NAJE RUDOLPH 27-TE

BX319527 BX370996 SR415545

B+-80 B+83

02-04 02-03 02-01

305 14447,0 440,0 3,05 396,0 2,74 LM 305 12282,0 364,8 2,97 349,4 2,84 LE 304 12117,8 431,7 3,56 378,7 3,13 LM

ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE RUBENS ARAUJO DIAS E/OU

2005 MG MG

BEAUCOISE BLACK KING COMESTAR OUTSIDE-ET

BR1449849 BR1467298 BR1462194

MB-86

02-11 02-11 02-07

305 16711,9 466,3 2,79 536,4 3,21 LM 305 9704,2 196,3 2,02 303,7 3,13 -305 9580,5 256,1 2,67 301,5 3,15 --

CARLOS ALBERTO ADAO RUBENS ARAUJO DIAS E/OU ANTONIO DE PADUA MARTINS

2007 MG MG

GUIDED-PATH TOMAHAWK CLINITA ZACK FREDERICK-ET

BX345168 BX361874 BR1468704

B+-83 MB87

03-03 03-01 03-05

305 16335,6 515,1 3,15 495,9 3,04 LM 296 12538,3 343,7 2,74 414,0 3,30 LM 305 11276,1 319,3 2,83 343,7 3,05 --

ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE ELLOS JOSE NOLLI RUBENS ARAUJO DIAS E/OU

2008 MG MG

STOUDER MORTY-ET PURSUIT SEPTEMBER STORM INDEPENDENT LUNAR

BR1271165 SR412726 BR1528822

MB-87 B+84

03-09 03-07 03-07

305 19947,0 612,0 3,07 241,0 1,21 LM 305 13194,9 322,5 2,44 352,3 2,67 -305 12433,1 387,0 3,11 354,7 2,85 LM

VINICIUS DA SILVA SALGADO ALCY DOS REIS NUNES LUCAS E.P.COIMBRA E/OU JOSE ANTONIO O.SILVA

2000 MG MG

BR1449849 BR1497167 BX356566

MB-86 B+83 B+84

04-03 04-05 04-02

305 19204,6 592,2 3,08 533,3 2,78 LM 305 14560,0 431,3 2,96 399,8 2,75 LM 305 11742,7 267,9 2,28 331,0 2,82 --

CARLOS ALBERTO ADAO LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA GILBERTO VILELA OLIVEIRA

2009 MG MG

BX270502 BR1419279 SR411599

MB-86 B+84

04-09 04-11 04-07

305 17756,0 824,0 4,64 495,0 2,79 LE 305 14034,5 482,4 3,44 434,4 3,09 LM 305 12910,2 358,0 2,77 348,6 2,70 LE

ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE LUCAS E.P.COIMBRA E/OU JOSE ANTONIO O.SILVA ALCY DOS REIS NUNES

2005 MG MG

BR1449851 BX317184 SR412457

EX-90 B+83

05-07 05-10 05-02

305 21605,7 519,4 2,40 609,1 2,82 LM 305 13468,0 420,3 3,12 385,3 2,86 LM 305 12927,9 426,6 3,30 392,8 3,04 LM

CARLOS ALBERTO ADAO CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA ALCY DOS REIS NUNES

2007 MG MG

BX251609 BX361658 BR1558541

MB-85 MB87

06-01 06-04 06-09

305 17167,8 585,4 3,41 484,1 2,82 LM 305 13828,3 317,7 2,30 381,2 2,76 -273 10944,6 301,5 2,76 304,4 2,78 --

ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE MARCOS NEVES PEREIRA RUBENS ARAUJO DIAS E/OU

2006 MG MG

BX251613 SR411452 BR1340494

B+-80

07-08 07-00 07-03

305 16746,7 493,2 2,95 415,5 2,48 LM 305 13657,9 288,5 2,11 406,4 2,98 -305 12455,5 397,3 3,19 351,5 2,82 LM

ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE RUBENS ARAUJO DIAS E/OU ANTONIO DE PADUA MARTINS

2008 MG MG

MIKLIN GALAXY-ET

BX192263 BR1327806 BX291106

B+-84 B+80 B+84

08-04 08-01 08-01

305 15723,7 526,7 3,35 462,2 2,94 LM 305 7814,8 188,3 2,41 215,4 2,76 -269 7313,3 252,1 3,45 223,9 3,06 --

ELY BONINI GARCIA JOAO BRAZ OLIVEIRA E/OU MARCIO F.P.OLIVEIRA CANDIDO MOREIRA JARDIM

2003 MG MG

RONNYBROOK PRELUDE-ET MIKLIN LUKE GLENN-ET REGANCREST ELTON DANTE-ET

BR1449850 BX288877

MB-88 MB86

10-00 12-00

305 18353,5 550,9 3,00 482,2 2,63 LE 305 8136,5 253,1 3,11 213,6 2,62 --

CARLOS ALBERTO ADAO CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA

2008 MG

WHITERIVER ROOKIE ET

RECORDISTA BRASILEIRA

B 79

GUIDED-PATH TOMAHAWK PEN-COL DUSTER-ET J-MOR ELTON GRANGER-ET

ALFY CAYUABA CELSIUS TARENTINO-TE PEN-COL DUSTER-ET STARTMORE RUDOLPH-ET MAUGHLIN STORM-ET


365 dias

Teiro oFiCial çÕes por Classe PRIMEIRA DIVISÃO 365 DIAS 2 ORDENHAS - PERÍODO 01/01/2010 A 31/01/2010 RAÇA: HOLANDESA noMe AniMAL

1 ANO PARIDA 2 ANOS JUNIOR 2 ANOS SENIOR 3 ANOS JUNIOR 3 ANOS SENIOR 4 ANOS JUNIOR 4 ANOS SENIOR 5 ANOS 6 ANOS 7 ANOS ADULTA JUNIOR ADULTA SENIOR

reGistro

RECORDISTA MINEIRA ALFY CAYUABA WALLACE TUCA ROLUSEI DORA BELERO ALFY CAYUABA BENTA RECORDISTA MINEIRA SAMAR LADY LOYOLA ALFY CAYUABA TABOO BONECA ROLUSEI FRANKANA GILBERT RECORDISTA MINEIRA KUIPERCREST STORM BUTTERFLY C.S.C.S. LILI NADIA TERRY ALFY CAYUABA TABOO BULGARIA RECORDISTA MINEIRA CALANDRA CARLOTA BLACKSTAR COLLEM CORSARIO ITAUANA COLLEM BLUE RIBBON IWENS RECORDISTA MINEIRA AVANI PETECA GOLD DUSTER ALFY CAYUABA TOMAHAWK ALTEZA COLLEM FREDERICK ILMARA RECORDISTA MINEIRA A.M.A. ASTRE CAMILA GAIA CELES 2039 BOCAINA MARKER RAISSA TIGREZA RECORDISTA MINEIRA C.J.C. ROCKY DOIDINHA FAHES JOCASTA DELFINA MARCONI BOCAINA CLEA INTEGRITY NY URCA-TE RECORDISTA BRASILEIRA JARDIM GENUINA COLLEM LHEROS FAUSTINE-TE GALENA CELESTE RECORDISTA BRASILEIRA A.M.A. BLACKSTAR CORRIE 199-TE EMIELE GRINALDA II LO-NOX ROLUSEI BONITA RECORDISTA MINEIRA GENOVA GOLD BELL DE SANTA PAULA URTIGA GABIROBA LONDON SANTOS REIS JOCKO BABY RECORDISTA MINEIRA CRUZILIA LEGENDA FRIN ALANA OUTSIDE MANDALA URTIGA GALOPEIA 159 RECORDISTA BRASILEIRA DOUTORA ENCHANT RILENE J.C. A.C.M. GALAXIA BLACKSTAR-TE

cLAss

iDADe

DiAs LAct.

ProD Leite

ProD % ProD GorD. GorD Prot.

% tit. Prot.

ProPrietário

uf

noMe Do PAi

BX283766 BR1480953 BR1528951

B+-84 B+80 B+82

01-11 01-11 01-11

365 14820,8 427,5 2,88 456,6 3,08 LE 365 11205,2 348,7 3,11 354,1 3,16 LM 365 10603,0 370,8 3,50 354,8 3,35 LM

ELY BONINI GARCIA ROGERIO LUIZ SEIBT CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA

2003 MG MG

ETAZON WALLACE COTOPIERRE J R BELERO

BX247962 BX369712 BX363380

B+82

02-04 02-03 02-03

365 14677,0 469,0 3,20 0,00 LM 365 13202,7 420,5 3,19 412,0 3,12 LM 365 12816,0 399,4 3,12 384,2 3,00 LM

ROBERTO HAMILTON FENOCI CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA ROGERIO LUIZ SEIBT

2002 MG MG

MAIZEFIELD BELLWOOD-ET ROSE-BAUM TABOO-ET MILEY GILBERT-ET

BX328290 BX356576 BX369705

EX-90 B+84 B+82

02-03 02-11 02-09

339 15536,0 582,0 3,75 434,0 2,79 -365 11951,4 416,4 3,48 361,0 3,02 LM 320 11915,8 307,5 2,58 344,8 2,89 LM

ELLOS JOSE NOLLI CESAR GARCIA BRITO E/OU SIOMARA S.G.BRITO CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA

2002 MG MG

DUNCAN PROGRESS-ET O.S.B. NADIA TERRY 328-TE ROSE-BAUM TABOO-ET

BX158589 BX352700 BX352706

B -78 B+84 MB87

03-05 03-04 03-02

365 17120,0 623,0 3,64 0,00 LM 365 13769,3 400,9 2,91 390,9 2,84 LM 365 13222,4 366,6 2,77 394,7 2,99 LM

MARCOS ARRUDA VIEIRA COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA

1996 MG MG

TO-MAR BLACKSTAR-ET COLLEM STORM CORSARIO SANDY-VALLEY BLUE RIBBON-ET

BX251440 BX353849 BX345984

MB-88 B+84 MB85

03-11 03-09 03-11

340 16574,0 565,0 3,41 0,00 LM 365 13798,6 451,5 3,27 423,3 3,07 LM 365 13165,1 386,9 2,94 410,9 3,12 LM

COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA

2000 MG MG

WOODBINE-K GOLD DUSTER-ET GUIDED-PATH TOMAHAWK CLINITA ZACK FREDERICK-ET

BX190727 BR1476819 BX327146

MB-88

04-01 04-01 04-04

365 17388,3 594,7 3,42 0,00 LM 365 13569,1 312,8 2,31 390,9 2,88 -365 13166,2 318,9 2,42 389,9 2,96 --

COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA JOSE RICARDO XAVIER MANUEL JACINTO GONCALVES

1999 MG MG

INDIANHEAD RED-MARKER-ET

BX146418 BR1420056 BX334927

MB-85

04-08 04-08 04-06

365 16730,0 518,0 3,10 0,00 LM 365 14387,1 549,7 3,82 437,4 3,04 LM 365 12867,7 384,1 2,98 390,4 3,03 LM

JOSE ALAIR COUTO FABIO EUSTAQUIO SILVEIRA MANUEL JACINTO GONCALVES

1996 MG MG

SHI-LA STRAIGHT PINE ROCKY HAVEP MARCONI ROBTHOM INTEGRITY-ET

BX208241 BX326975 SR415267

MB-85 MB86

05-01 05-01 05-08

365 19940,7 442,9 2,22 621,4 3,12 LM 365 13427,5 401,6 2,99 389,4 2,90 LM 365 12130,1 427,3 3,52 333,9 2,75 LM

ANDRE LUIS MOREIRA DE ANDRADE E OUTRA COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA DIRCEU DE MANCILHA

2002 MG MG

B-HIDDENHILLS MARK-O-POLO COMESTAR LHEROS-ET

BX207542 BB19437 BR1530795

MB-85 B+83

06-03 06-11 06-01

365 19284,8 611,2 3,17 530,6 2,75 LM 325 11782,6 378,8 3,22 340,6 2,89 LM 349 10487,3 264,2 2,52 319,7 3,05 --

ANICETO MANUEL AIRES MARCIO MACIEL LEITE ROGERIO LUIZ SEIBT

2003 MG MG

TO-MAR BLACKSTAR-ET BURKET-FALLS LO-NOX-RED-ET

BR1048927 BX404594 BX289442

B+-83 B+81 MB85

07-10 07-03 07-07

316 17557,0 354,0 2,02 0,00 LE 365 11231,7 299,8 2,67 326,4 2,91 -365 10126,7 326,8 3,23 317,5 3,14 --

SIDNEY NERY RICARDO FIGUEIREDO DE FARIA ALTAIR DA SILVA REIS

1999 MG MG

TRI-Q-CHEKD GOLD BELL LONDONDALE LMAN MAGNUM-ET JOCKO BESN

BR1173977 BX288602 BR1492376

B+83

09-07 08-02 08-07

358 17158,9 770,6 4,49 500,3 2,92 LM 365 12932,6 430,7 3,33 397,6 3,07 LM 365 10877,8 425,6 3,91 286,5 2,63 LM

DESCONHECIDO ALMIR PINTO REIS RICARDO FIGUEIREDO DE FARIA

2007 MG MG

QUALITY SB FRIN COMESTAR OUTSIDE-ET

10-05 14-05

365 17479,3 610,3 3,49 443,8 2,54 LM 325 7552,7 97,5 1,29 201,7 2,67 --

SIDNEY NERY JOSE RICARDO XAVIER

2004 MG

A SIR ENCHANT ET TO-MAR BLACKSTAR-ET

MB86

MB86

BR1049810 BX202256

DUREGAL ASTRE STARBUCK-ET

PRIMEIRA DIVISÃO 365 DIAS 3 ORDENHAS - PERÍODO 01/01/2010 A 31/01/2010 RAÇA: HOLANDESA noMe AniMAL

1 ANO PARIDA 2 ANOS JUNIOR 2 ANOS SENIOR 3 ANOS JUNIOR 3 ANOS SENIOR 4 ANOS JUNIOR 4 ANOS SENIOR 5 ANOS 6 ANOS 7 ANOS ADULTA JUNIOR ADULTA SENIOR LeGenDA:

RECORDISTA MINEIRA LAGOS STORMATIC PHILOMENA 782-TE S H A ROBIACABA NAJE 213 MENGE GOLDWYN TUDOR 1134-TE RECORDISTA MINEIRA TAMBO DAS PEDRAS OUTSIDE DUDA-TE ITAGUACU DIGNA 3164 ITAGUACU DINASTIA 3169 RECORDISTA MINEIRA C.A.A. JESSICA LANDEMART FREDERICK FINANCISTA 1313 EF & LS CARA WINDSTAR RECORDISTA MINEIRA LAGOS MORTY QUIOSQUE 859-TE ITAGUACU CARIBE 3024 J.E.N. BONECA SEPT.-TE RECORDISTA BRASILEIRA VALE DO MILK' DELICADA II REIS UBERLANDIA 620 HARM PENNY BLITZ 1233 RECORDISTA MINEIRA C.A.A. JESSICA VERTENTE FIGURA 294 J.B.O. IMAGINAVEL DRAMATIC RECORDISTA MINEIRA VERTENTE CUBA 290 ONDA SUL GRANGER 2439 LANDEMART REVENUE DENOKA 1070 RECORDISTA MINEIRA C.A.A. AMERICA ALFY CAYUABA TARENTINO VARANDA GALENA JACIRA BONANZA RECORDISTA MINEIRA PORA LEADER DANUBIA-TE FLAMMA RUDOLPH 1 EBONY-TE LANDEMART S-MAN CATALINA 978 RECORDISTA MINEIRA LAGOS STORM LEILA 457 ITAGUACU SIRICAIA 2503 LANDEMART MIKLIN BAGUNCA 874 RECORDISTA MINEIRA MARIA'S MORENA PRELUDE-TE J.B.O. FACANHA GLENN RECORDISTA MINEIRA C.A.A. LAGOA ALFY CAYUABA ROOKIE ORQUIDEA

RECORDISTA MINEIRA

reGistro

cLAss

iDADe

DiAs LAct.

ProD Leite

ProD % ProD GorD. GorD Prot.

% tit. Prot.

ProPrietário

uf

noMe Do PAi

BX367588 BX369018 BX373992

MB-85 B 77 MB85

01-10 01-11 01-11

358 15722,7 440,8 2,80 368,5 2,34 LM 365 12925,6 266,1 2,06 379,9 2,94 -334 12220,0 408,3 3,34 358,1 2,93 LM

ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE WLADIMIR ANTONIO PUGGINA ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE

2006 MG MG

COMESTAR STORMATIC-ET S H A NAJE RUDOLPH 27-TE BRAEDALE GOLDWYN

BX347906 BR1473175 BR1473178

MB-85

02-03 02-02 02-02

365 16245,1 543,7 3,35 510,9 3,15 LM 365 13282,6 425,7 3,20 425,2 3,20 LM 365 12837,9 474,3 3,69 400,0 3,12 LM

ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE RUBENS ARAUJO DIAS E/OU RUBENS ARAUJO DIAS E/OU

2008 MG MG

COMESTAR OUTSIDE-ET CANYON-BREEZE ALLEGRO-ET BOSSIDE RUBEN-ET

BR1449849 BR1462194 BX373939

MB-86 B 79 B+82

02-11 02-07 02-06

365 18928,1 542,1 2,86 609,5 3,22 LM 365 11365,2 293,9 2,59 360,1 3,17 -365 10667,2 283,5 2,66 236,1 2,21 --

CARLOS ALBERTO ADAO ANTONIO DE PADUA MARTINS EVARISTO FRANCISCO MARQUES/LEANDRO S.MARQUES

2007 MG MG

CLINITA ZACK FREDERICK-ET DUPASQUIER WINDSTAR

BX345168 BR1468704 BX361795

B+-83

03-03 03-05 03-00

365 18649,9 585,7 3,14 567,0 3,04 LM 342 11804,6 331,1 2,80 360,9 3,06 -351 11281,0 330,1 2,93 402,2 3,57 --

ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE RUBENS ARAUJO DIAS E/OU ELLOS JOSE NOLLI

2008 MG MG

STOUDER MORTY-ET INDEPENDENT LUNAR PURSUIT SEPTEMBER STORM

BR1271165 SR412726 BX339694

MB-87 B+80

03-09 03-07 03-07

365 24051,0 792,0 3,29 367,0 1,53 LM 343 13961,6 350,2 2,51 378,7 2,71 -365 13932,6 257,7 1,85 214,1 1,54 --

LUIZ HENRIQUE SILVA E SORAYA T.A.MENDES SILVA ALCY DOS REIS NUNES MANUEL JACINTO GONCALVES

2000 MG MG

FUSTEAD EMORY BLITZ-ET

BR1449849 BR1497167 BR1426380

MB-86 B+83 B+82

04-03 04-05 04-03

365 21462,0 667,0 3,11 610,8 2,85 LM 365 16768,0 502,8 3,00 470,3 2,80 LM 365 13559,5 428,4 3,16 412,7 3,04 LM

CARLOS ALBERTO ADAO LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA JOAO BRAZ OLIVEIRA E/OU MARCIO F.P.OLIVEIRA

2009 MG MG

SHADOW-RIDGE DRAMATIC

BR1497182 BR1419279 BR1395505

B+-84 B+84

04-06 04-11 04-10

365 19044,3 580,1 3,05 520,3 2,73 LE 307 14118,1 485,9 3,44 437,5 3,10 LM 365 13903,8 374,5 2,69 455,0 3,27 --

LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA LUCAS E.P.COIMBRA E/OU JOSE ANTONIO O.SILVA ANTONIO DE PADUA MARTINS

2009 MG MG

J-MOR ELTON GRANGER-ET EASTVIEW NBO REVENUE MATTIE

BR1449851 BX317184 BX317907

EX-90 B+83

05-07 05-10 05-09

350 23153,7 564,1 2,44 655,6 2,83 LM 365 15581,8 492,4 3,16 453,3 2,91 LM 365 14417,0 365,6 2,54 451,2 3,13 --

CARLOS ALBERTO ADAO CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA DIRCEU DE MANCILHA

2007 MG MG

ALFY CAYUABA CELSIUS TARENTINO-TE BRABANT LUKE BONANZA-ET

BX251975 BX361658 BR1378653

B+-84 MB87

06-01 06-04 06-00

365 19961,6 600,0 3,01 610,6 3,06 LM 328 14743,7 342,4 2,32 409,6 2,78 -365 12094,2 406,4 3,36 381,0 3,15 --

DESCONHECIDO MARCOS NEVES PEREIRA ANTONIO DE PADUA MARTINS

2006 MG MG

COMESTAR LEADER-ET STARTMORE RUDOLPH-ET KREGNOL MANDEL S-MAN-ET

BX251613 SR411452 BR1340494

B+-80

07-08 07-00 07-03

365 20238,5 616,6 3,05 517,9 2,56 LM 365 15767,5 330,3 2,09 475,2 3,01 -365 13941,1 431,6 3,10 399,6 2,87 LM

ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE RUBENS ARAUJO DIAS E/OU ANTONIO DE PADUA MARTINS

2008 MG MG

MIKLIN GALAXY-ET

BX192263 BR1327806

B+-84 B+80

08-04 08-01

365 17819,0 643,0 3,61 534,0 3,00 LM 349 8691,6 207,3 2,38 239,9 2,76 --

ELY BONINI GARCIA JOAO BRAZ OLIVEIRA E/OU MARCIO F.P.OLIVEIRA

2003 MG

RONNYBROOK PRELUDE-ET MIKLIN LUKE GLENN-ET

BR1449850 BX288877

MB-88 MB86

10-00 12-00

337 19655,9 596,7 3,04 518,0 2,64 LE 365 9662,0 310,7 3,22 266,6 2,76 --

CARLOS ALBERTO ADAO CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA

2008 MG

WHITERIVER ROOKIE ET

RECORDISTA BRASILEIRA

B+84

MAUGHLIN STORM-ET


melhores médias de produção por rebanho Raça holandesa Com a alteração das tabelas para divulgação de médias em 2 e 3 ordenhas, o rebanho que tiver encerramentos em 2 e 3 ordenhas no período referido poderá aparecer nas duas tabelas caso alcance médias entre as cinco melhores de cada categoria

MÉDIA DE REBANHOS REFERENTES AO PERÍODO fevereiro DE 2009 A janeiro DE 2010 - 2 ORDENHAS Proprietário Município

Lactações encerradas

Leite tipo 305IA Controle

MÉDIA DE REBANHOS REFERENTES AO PERÍODO DE fevereiro DE 2009 A janeiro DE 2010 - 3 ORDENHAS Proprietário Município

OTHON MARTINS DE SOUZA LUIZ CLOVIS BRAZ SCARPA CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO MAURILIO FERREIRA MACIEL LEONARDO MOREIRA COSTA DE SOUZA

1 2 3 4 5

CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA DIRCEU DE MANCILHA ANICETO MANUEL AIRES RUBENS ARAUJO DIAS E/OU ADAHILTON DE CAMPOS BELLO

1 2 3 4 5

COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA MANUEL JACINTO GONCALVES CESAR GARCIA BRITO E/OU SIOMARA S.G.BRITO JOSE RICARDO XAVIER ROBERTO HAMILTON FENOCI

1 2 3 4 5

RAUL PINTO GUILHERME DE ALMEIDA QUEIROZ DORA NORREMOSE VIEIRA MARQUES AGRO PECUARIA JM LTDA RICARDO FIGUEIREDO DE FARIA

SUMIDOURO - RJ ITANHANDU - MG ALFREDO VASCONCELOS - MG CRUZILIA - MG OLIVEIRA - MG

24 19 23 20 15

11.420 10.732 10.157 9.425 9.206

2X 2X 2X 2X 2X

1 2 3 4 5

ANDRE LUIS MOREIRA DE ANDRADE E OUTRA ANTONIO AUGUSTO SOUZA PRACA CARLOS ALBERTO ADAO JOSE VALMIR AMANCIO MARCOS NEVES PEREIRA

1 2 3 4 5

SANCHO JOSE MATIAS ANTONIO JULIO PEREIRA PELUCIO MARIELLE CAMPOS LIMA ASSIS RENATO MEZENCIO QUEIROZ WLADIMIR ANTONIO PUGGINA

Rebanhos com 26 a 50 Vacas Encerradas(20 Rebanhos Concorrentes) ENTRE RIOS DE MINAS - MG ITANHANDU - MG ANTONIO CARLOS - MG CAMPESTRE - MG BARBACENA - MG

48 31 29 27 38

10.418 9.992 9.672 9.647 9.620

2X 2X 2X 2X 2X

RESSAQUINHA - MG ITANHANDU - MG TRES PONTAS - MG ELOI MENDES - MG VARGINHA - MG

65 72 71 72 61

10.762 9.858 9.557 9.437 8.815

2X 2X 2X 2X 2X

89 88 95 76 86

9.255 9.041 8.815 8.561 7.924

ITANHANDU - MG ITUMIRIM - MG MUZAMBINHO - MG PATOS DE MINAS - MG IJACI - MG

21 24 17 10 13

11.353 10.933 10.788 10.729 10.676

3X 3X 3X 3X 3X

PATOS DE MINAS - MG BAEPENDI - MG DELFIM MOREIRA - MG ALPINOPOLIS - MG ALFENAS - MG

32 28 46 48 42

11.174 10.472 10.306 9.841 9.243

3X 3X 3X 3X 3X

Rebanhos com 51 a 75 Vacas Encerradas(03 Rebanhos Concorrentes) 1 CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO 2 PAULO RICARDO MAXIMIANO E/OU OUTROS 3 NEWTON DE PAIVA FERREIRA FILHO

ALFREDO VASCONCELOS - MG CAPETINGA - MG PAINS - MG

52 58 64

9.651 8.861 7.922

3X 3X 3X

Rebanhos com 75 a 100 Vacas Encerradas(04 Rebanhos Concorrentes)

Rebanhos com 75 a 100 Vacas Encerradas(06 Rebanhos Concorrentes) ITANHANDU - MG PATROCINIO - MG CRUZILIA - MG CAMPOS GERAIS - MG ILICINEA - MG

tipo controle

Rebanhos com 26 a 50 Vacas Encerradas(08 Rebanhos Concorrentes)

Rebanhos com 51 a 75 Vacas Encerradas(10 Rebanhos Concorrentes)

Leite 305IA

Rebanhos com 10 a 25 Vacas Encerradas(10 Rebanhos Concorrentes)

Rebanhos com 10 a 25 Vacas Encerradas(28 Rebanhos Concorrentes) 1 2 3 4 5

Lactações encerradas

2X 2X 2X 2X 2X

1 2 3 4

ELLOS JOSE NOLLI LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA EVARISTO FRANCISCO MARQUES/LEANDRO S.MARQUES

1 2 3 4 5

ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE ALCY DOS REIS NUNES ANTONIO DE PADUA MARTINS RUBENS ARAUJO DIAS E/OU JOAO BRAZ DE OLIVEIRA

CAETE - MG MONTE ALEGRE DE MINAS - MG ENTRE RIOS DE MINAS - MG GUAXUPE - MG

91 95 78 99

11.867 11.486 11.326 11.255

3X 3X 3X 3X

12.574 11.829 10.482 10.349 10.180

3X 3X 3X 3X 3X

Acima de 100 Vacas Encerradas(09 Rebanhos Concorrentes) Acima de 100 Vacas Encerradas(04 Rebanhos Concorrentes) 1 2 3 4

VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS WLADIMIR ANTONIO PUGGINA LUCAS PIMENTA VEIGA E/OU SERGIO RUBENS F. SOA FABIO EUSTAQUIO SILVEIRA

TRES CORACOES - MG ALFENAS - MG NEPOMUCENO - MG SAO GONCALO DO SAPUCAI - MG

157 184 120 103

9.744 9.065 8.080 7.954

2X 2X 2X 2X

errata

POUSO ALEGRE - MG PATROCINIO - MG SAO JOAO BATISTA GLORIA - MG CAMPESTRE - MG SAO GONCALO DO SAPUCAI - MG

199 141 190 257 127

evento

Na publicação das produções de animais que encerraram lactação em novembro de 2009 do Super Rank, edição 74, foi omitida a produção do animal Alfy Cayuaba Merry Vinha, categoria 4 anos sênior que atingiu a incrível produção de 18.068,5 Kg de leite em 365 dias de lactação. O animal pertence ao plantel da Cayuaba Genética & Pecuária Ltda.

CRI realiza Convenção anual A XIX Convenção Anual de Venda da CRI Genética reuniu no Hotel Salvetti Praia Hotel, em São Sebastião (SP), em fevereiro último, cerca de 80 participantes entre representantes, colaboradores e dirigentes da empresa. A convenção foi considerada um sucesso pelos organizadores. Na pauta constou a análise das ações

realizadas em 2009 e a exposição dos resultados da central no período, além da divulgação dos lançamentos 2010, como o novo catálogo leiteiro e o CRI GenChoice 75, a mais nova opção de sêmen sexado. Também foram apresentados o time de Geração Genômica, a reestruturação promovida no site e as propostas para melhorar o cotidiano da empresa.



20 entRevista

Jornal Holandês| Abril de 2010

Irmãos Braga desenvolvem sistema criativo e barato sem abrir mão da produtividade da raça holandesa Já é conceito da pecuária leiteira nacional, a falta de homogeneidade nos processos de produção. As fazendas produtoras se diferenciam no tamanho, produção, no grau de tecnificação e até nas formas de acesso e uso de novas tecnologias. Os motivos, os mais variados, vão desde ás limitações topográficas, de clima e passam também pela capacidade de investimentos. Tudo isso somado, pode acentuar ainda mais esse fenômeno, que acabam por determinar propriedades pouco produtivas e com rebanhos geneticamente inferiorizados, que inviabilizam a atividade do ponto de vista econômico em pequenas propriedades. Mas como toda regra tem exceção, há quem prioriza obter a melhor produção com o menor custo possível, fazendo uso de modernas tecnologias reprodutivas

enquanto usa materiais disponíveis e baratos nas instalações. É exatamente isso que conseguem os irmãos Elwath José e Cleverson Braga com o sítio do Macuco e a fazenda Santa Clara, em Barbacena - MG. Eles desenvolveram um sistema produtivo interessante, funcional e, sobretudo criativo, que lhes permitem uma produção satisfatória, mesmo convivendo com limitações de disponibilidade de terras para lavoura e de recursos financeiros para investimentos mais vultosos. Os irmãos Braga criaram um modelo baseado na criatividade, com uso de materiais alternativos nas instalações, mas com simplicidade. Mas engana-se quem pensa que eles abram mão de usarem as mais modernas tecnologias de reprodução para melhoramento do rebanho holandês

puro que possuem. O mote dos irmãos não é necessariamente na produção, mas primeiro no custo dela. No sistema “alternativo” dos Braga, nota-se animais bem nutridos e bezerras com aspecto de sanidade semelhante aos encontrados em rebanhos de grandes criadores da raça. De certa forma, as propriedades desmistificam um pouco a idéia formada da exigência de manejo de gado puro e da não adaptabilidade desses em ambientes de manejo mais rústicos. Neste sentido, o manejo e estrutura produtiva que desenvolvem, serve de modelo para pequenos produtores e para aqueles que desejam ingressar na atividade e não dispõem de recursos para grandes investimentos. Francisco Otaviano

os irmãos elwath josé e cleverson Braga

Instalações simples e funcionais viabilizam a atividade leiteira no sítio do Macuco e na Fazenda Santa Clara


entrevista 21

Jornal Holandês| Abril de 2010

Fotos Francisco Otaviano

Holandês: Como chegaram a esse sistema de criação? C&W: Optamos por este sistema por serem propriedades pequenas. Não dispomos de área para pastejo rotacionado e nem de um free stall de verdade, que muito caro e não cabe no nosso orçamento. Precisamos produzir com baixo custo, então resolvemos adotar instalações alternativas, usando material de construção de demolição e outros que dispúnhamos na propriedade. Nosso free stall de madeira ficou bem funcional. Holandês: Em que se baseiam para o melhoramento genético? C&W: Procuramos seguir os aconselhamentos das centrais, ou seja, pernas, conformidade e úbere. Holandês: Além da criatividade, o que mais é necessário para produzir leite em um ambiente de manejo mais rústico como se vê aqui? C&W: Criatividade e tecnologia. Atenção no manejo, no calendário de vacinas, evitar o stress dos animais e alimentação farta e a mais adequada possível. Aliás, a melhor raça para se produzir leite é a holandesa e não exige nada de instalações faraônicas. Dá para fazer com simplicidade e com o que se tem a mão. Usamos materiais de baixíssimo custo e os animais respondem do mesmo jeito.

Pequeno rebanho de Elwath é criado em Free-stall rústico

piquetes e em outra, como se vê, usamos bebedouros alternativos, área de confinamento com uso de madeira e materiais reciclados de outras construções. Holandês: As bezerras estão bem criadas aqui. Qual o manejo que usam,

neste caso? C&W: Alguns são até contra a quantidade de leite que dispensamos para elas. São 4 litros pela manhã e 4 a tarde ( sítio Macuco). Começando com a ração para a desmama até os 4 meses, depois vai para o pasto e só ganha sal mineral e

banho. Tem que se adaptar o animal a este sistema e tem funcionado. Holandês? E a idade da primeira cobertura? C&W: Novilhas dão cio em torno de 14 meses e estão parindo com 24 meses.

Holandês: Como foi o início da parceria entre vocês e quais os planos futuros? C&W: É paixão antiga, de ambos. Todo mundo busca fazer o que gosta. Quando se faz o que gosta, muda a teoria, ou seja, você passa a gostar ainda mais daquilo que faz. O projeto começou alguns anos atrás e pretendemos ampliá-lo, com novas áreas em um projeto maior, investindo naquilo que temos. Holandês: Mantendo a idéia de simplicidade aliada à funcionalidade, em função do custo? C&W: Exatamente. Até porque achamos que o leite, sozinho, não paga grandes investimentos. Temos que manter a c r i a t i v i d a d e n a s i n s ta l a ç õ e s e n o manejo. Holandês: Adaptações como se vê aqui? C&W: Um misto. Em uma propriedade usamos cerca elétrica, rodízio de

Na fazenda de Cleverson é usado o sistema de piquetes rotacionados


22 entRevista Holandês: O manejo de recém nascidos é bem curioso. É verdade que aqui no sítio, ao nascerem, eles ficam ao relento? C & W : S i m , a q u i n a s c e u va i p ro tempo. É o ambiente natural desses animais. Assim elas ganham de início maior resistência às doenças. Prova disso é que não se tem casos de pneumonia ou doenças relacionadas. Casos de anaplasmose já aconteceram, mas são raros. Holandês: Vocês têm pouca área de plantio, usam forrageira de napiê e cana na seca a ainda capim e melaço na outra propriedade. Falem um pouco sobre a alimentação dos rebanhos. C&W: fazemos silagem de capim e melaço. Sabemos que para explorar as melhores potencialidades do gado holandês, o ideal seria usar silagem de milho, mas temos problemas de disponibilidade de maquinário e às vezes não dá para fazer lavoura.

Jornal Holandês| Abril de 2010

Holandês: Na fazenda Santa Clara há bezerras provenientes de TE, lá o trato é o mesmo daqui do sítio? C&W: Lá usamos feno de alfafa e a partir de seis meses elas vão para piquetes de Tifton. Holandês: Qual a área útil das propriedades? C&W: Na fazenda Sta. Clara são 52 ha e a área útil para o gado é de 20 ha, com lotação de 57 animais. 16 animais em produção, 12 novilhas para serem inseminadas e ainda 4 vacas secas, o restante são bezerras. A produção atual está em 300 litros dia. Já aqui no sítio Macuco tem 15 ha, onde 8 são de mata nativa. Exploramos a atividade em 4 a 5 ha. Holandês: Fale sobre as características das TE que usam. C&W: Compramos prenhês de fêmea de grandes criadores da região e também do Paraná. Isso possibilita um ganho de genética e de tempo no rebanho.

Holandês: Vocês acham q ue da forma que exploram, a atividade é economicamente viável? C&W: bem, não fazemos volume para ficar rico (risos). Mas é alto sustentável, ela paga os custos e ainda sobra um pouquinho p a ra in ve stime n to s. O g ra n d e p ro blema do produtor de leite é que ele fica muito preocupado com o preço do leite no mercado. Se ele trabalhar a redução do custo de produção, acaba por obter ganhos maiores no final do processo. Como fazer isso? Usando materiais alter nativos, comprando insumos em associação com outros produtores da região, através de associações e sindicatos rurais, por exemplo. Em alguns casos, conseguimos até 30% de redução de preço de medicamentos e 15centavos de real por kg de milho. Gerenciar bem estas questões, no caso de pequenos produtores, é mais vantajosos que ficar brigando com os laticínios por 1 ou 2 centavos a mais no preço do leite.

“a melhor raça para se produzir leite é a holandesa e não exige nada de instalações faraônicas. Dá para fazer com simplicidade e com o que se tem a mão. Usamos materiais de baixíssimo custo e os animais respondem do mesmo jeito”. Francisco Otaviano

cleverson com alguns dos animais de seu plantel



24 novidade

Jornal Holandês| Abril de 2010

Webleite, um novo canal de comunicação entre associados e associações A Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa disponibilizou para suas entidades filiadas a implementação do acesso online Webleite. Trata-se de um canal de relacionamento rápido, seguro e muito mais abrangente e rico entre os associados de todo o Brasil com a sua entidade filiada estadual através do sistema de integração WEB para acesso ao Arquivo Zootécnico Nacional da Raça. Segundo Altamir Marques, profission a l q u e desenvolveu a fer ramenta

Webleite, o desenvolvimento de um site de relacionamento já foi experimentado anteriormente, mas, por diversos motivos e fatores não se concluiu como um instrumento eficaz para que fosse colocada à disposição dos criadores. Altamir Marques explica que o acesso ao Webleite se dará exclusivamente através do Internet Explorer, devendo o associado digitar o seu código de cadastro na sua respectiva associação e em seguida a senha fornecida pela entidade à qual estiver filiado.

Arquivo ABCBRH

Altamir Marques, da ABcBrH, é o responsável pelo desenvolvimento do Webleite

Finalidade do Webleite é estreitamento no relacionamento O site de relacionamento, denominado Webleite, realizará a integração da WEB com o Banco de Dados Nacional da Raça Holandesa, ou seja, o criador que utiliza os atuais instrumentos de informática, computador, internet etc., poderá do escritório da sua fazenda, ou de qualquer outro lugar, acessar e consultar todas as informações zootécnicas e gerenciais relativos ao seu rebanho armazenado no Banco de Dados Nacional da raça holandesa e fazer uso dessas informações para gerenciamento de seu rebanho no dia a dia de suas atividades. Os motivos que levam o criador a se relacionar com a sua associação não se resumem em apenas consultar os dados de seus animais armazenados na associação. Assim, o Webleite permitirá ao criador e aos seus colaboradores na fazenda, reali-

zarem todas as comunicações de ocorrências mensais exigidas no regulamento do serviço de registro genealógico (SRG). De agora em diante o associado poderá enviar através do Webleite os pedidos de registro de animais, como também encaminhar e receber as correspondências, tendo a sua disposição uma gama de informações elaboradas pela associação tais como relação de animais a serem inseminados, relação de animais a secar, relação de animais para confirmação de prenhêz, etc. O associado terá acesso aos dados estatísticos de produção e de classificação de seu rebanho, podendo, com as ferramentas disponíveis no sistema, fazer comparativos entre desempenhos zootécnicos da fazenda com os dados regionais e estaduais e outras informações importantes para gerenciamento do rebanho.

DESEMPENHO DO SITE E TÓPICOS IMPORTANTES Para facilidade de entendimento, a Associação ressalta a importância primordial desse meio de contato em tempo real que proporcionará ao associado: 1-Acesso irrestrito às informações de seu rebanho armazenadas no Arquivo Zootécnico Nacional da raça; 2-Performance de velocidade de acesso e visualização das informações em consulta; 3-Segurança e disponibilidade, em tempo real, no acesso as informações e contatos; 4-Disponibilidade de informações variadas e já consolidadas.

OS PONTOS IMPORTANTES DO WEBLEITE 1) 1-ACESSO: Conforme já informado, o acesso ao site de relacionamento é fácil, rápido e seguro; 2) OPÇÃO OU MENU DE CADASTRO: No menu em questão, o associado terá acesso a todos os tipos de comunicações de praxe (nascimentos, coberturas, morte, prenhez, etc.) já comunicadas a associação, assim como poderá efetuar novas comunicações regulamentares exigidas para o registro de animais. A tela de relacionamento permite todos os tipos de operações (correção de dados, atualização de dados, consultas de dados, cancelamento dos dados, etc.). Não haverá mais necessidade da equipe de colaboradores realizarem consultas em relatórios arquivados na fazenda, consultar o gerente de manejo de animais ou mesmo, fazer acesso ao arquivo informatizado da fazenda. 3) OPÇÃO OU MENU DE CONSULTA: Permite consultar um animal em particular ou todos os animais do rebanho e consulta de touros que foram ou estão sendo utilizado na I.A. O criador terá ainda acesso às provas genéticas atualizadas dos touros para acasalamentos ou seleção de animais para descarte, etc. 4) OPÇÃO OU MENU DE RELATÓRIOS: Acessando esse menu o criador terá disponíveis os mais variados tipos de relatórios relativos à produção de leite, classificação para tipo ou avaliação linear, listagens de animais para todos os tipos de finalidades.

O Webleite é uma ponte direta do associado com a Associação, pois permitirá acessar todas as informações que necessita sobre o seu rebanho, sem necessariamente ter que preencher relatórios físicos que antes eram enviados via correio, o que ainda permite fazer economias. A ferramenta Webleite já está disponível nas filiadas de Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, e Santa Catarina, Enfim, as associações de criadores de Gado Holandês e seus criadores tem uma ferramenta de gestão que facilitará sobremaneira o envio de informações para registro de animais e atualização dos dados do rebanho de cada associado. Veja a seguir o depoimento de dirigentes de entidades que estão utilizando a ferramenta Webleite:


novidade 25

Jornal Holandês| Abril de 2010

JOSÉ ERNESTO WUNDERLICH FERREIRA

PRESIDENTE DA GADOLANDO - ASSOCIA

Wagner Correa

ÇÃO DOS CRIADORES DE GADO

CELSO JOSÉ MUNARETTO, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE CRIADORES DE BOVINOS

“Falar sobre a WEBLEITE é apaixonante porque dá a grande oportunidade a nós produtores de fazermos todo o nosso trabalho de comunicação de coberturas e nascimento e muitos relatórios que nos possibilita fazermos o gerenciamento do nosso rebanho com muito conforto em casa, no horário que mais nos convier. Em relação a Associação nosso associado tem uma comunicação fácil e rápida diminuindo o tempo para receber seus registros e outros serviços oferecidos pela Associação, além de economizar dinheiro (telefone) e tempo. E para a Associação economizamos material (papel ) e mão-de-obra, podendo prestar outros serviços ao nosso associado sem aumentar nossos gastos. Mais outro grande beneficio que a WEBLEITE proporcionou ao nosso associado é que todo o material enviado para a associação pode ser salvo em seu computador e arquivado para tirar qualquer dúvida que mais tarde possa ocorrer. Só tenho elogios para a WEBLEITE e tenho muito ainda para aprender e explorar nesta importante ferramenta de GERENCIAMENTO DE REBANHO “.

HOLANDÊS DO RIO GRANDE DO SUL

“Podemos afirmar hoje que o dese ndados da associação, e os resultado s de volvimento do WEBLEITE proporcio nou a gerenciamento e seleção que o prog rama nossas entidades uma ferramenta impar disp onib iliza ao asso ciad o é um trede atendimento ao associado e mod ernimen do gan ho econ ômi co. Resu lta em zou a entidade, agilizou serviços, organifacilidade em todos os aspectos, term ina zou dados e deu mais fidelidade as infora necessidade de uso de correio e envio mações. Uma maneira prá tica e de comunicados em papel, impressã oe moderna, mais condizente com a evoluuso de bloc os, aux ilian do incl usiv eo ção dos tempos. meio ambiente com menos uso de celuO desenvolvimento desta ferramen ta lose, tornando o acesso online rápi do e de trabalho online foi um marco na relaeconômico. A organização dos dado s no ção asso ciad o-en tida de. Foi defi nitiv aWEB LEIT E é uma form a extrema men te mente um avanço em termos de tempo, útil no gerenciamento econômico-fin anpraticidade e organização. Tanto para os ceiro da propriedade. produtores como para as entidades filiaO está gio atua l de mel hora men to das, porq ue otim izou tempo e deu um que está a raça hola nde sa com os atusalto quantitativo e qualitativo no retor no ais níve is de prod ução , faz do Hola ndê s do serviço feito pela entidade, que se tora raça mai s econ ômi ca e prod utiv a do nou mais rápido e mais prático. Pode mos mun do, e pass ado s os mod ismo s cont ioferecer aos associados, além dos servinua man tend o as mai ores cota çõe s ços tradicionais de registro, controle leicom erci ais. E anim ais com este pote nteiro e clas sific ação line ar, uma nov a cial tem um valo r agre gad o enor me, em forma de gestão e organização de dados qua se todo s os caso s, mai s que o valo r mui to mai s mod erna e que faci lita ao da terra e dos maq uiná rios e o prod utor produtor visualizar de forma ágil , fácil e inte lige nte está gera ndo info rma ções prát ica toda s as info rma ções nece ssáofic iais de gen ealo gia e prod uçã o, rias para tom ada s de deci sões em seu agre gan do valo r aos seu s anim ais, rebanho. Podemos também afirm ar que v a l o r i z a ç ã o ge n é t i c a , p r o d u tiva e esta ferra men ta atra i os jove ns para o com erci al. O prog ram a WEB LEIT E é serv iço do campo aux ilian do para que uma ferra men ta prát ica de aux ilio ao haja continuidade no traba lho de prod utor para valo riza ção do seu reba mel hora men to nas prop ried ades , atra nho . Imp orta nte tam bém ress alta r a vés das novas gerações. faci lida de de orga niza ção, visu aliz aA forma de acessar dados, enviar as ção e aces so aos dad os dos anim ais infor mações do campo para o ban co de indi vidu alm ente e do reba nho ”.

ANTÔNIO CARNIELLI PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES E PRODUTORES DE GADO DE LEITE DO ESPÍRITO SANTO

“Recebemos a chegada dessa nova ferramenta de trabalho online com muita expectativa, uma vez que além da mesma possuir uma formatação que vem de encontro aos interesses dos criadores, ela também tem-se mostrado de fácil acesso e com uma grande quantidade de informações que facilitam a tomada de decisões dentro da fazenda. Acredito que a maior contribuição foi aproximar e despertar nos criadores o interesse em observar que só através de informações atualizadas e corretas pode-se tomar decisões acertadas. Só com uma relação mútua entre associado e associação seremos capazes de conseguirmos os resultados que

esperamos. O fato de poder fazer todo o trabalho de intercâmbio com a Associação de dentro de seu estabelecimento, podendo transmitir todas as informações de seu rebanho à associação constitui uma grande economia, pois se ganha tempo, rapidez e economia principalmente com as famigeradas taxas de correios e impossibilita os desagradáveis desvios de documentos. Com isso temos maior rapidez nas informações do rebanho, maior facilidade na tramitação de documentos e maior seriedade e disponibilidade de informações da propriedade”.


eleição

26 novidade

Tortuga lança Lacthor na Expodireto Cotrijal 2010 A Tortuga lançou em março último o Lacthor, sucedâneo lácteo de alta qualidade. O lançamento ocorreu na Expodireto Cotrijal 2010, no Parque da Expodireto, na cidade de Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul. “Os sucedâneos são produtos destinados a substituir o leite da vaca na fase de aleitamento dos bezerros. O Lacthor é produzido com fontes lácteas, enriquecidas com vitaminas e minerais e possui probióticos e prebióticos em sua composição. Um dos grandes diferenciais é o óleo de coco de palma, fonte de gordura utilizada na composição do produto e que garante alta digestibilidade”, explica Rodrigo Costa, Gerente Técnico da Tortuga.

O sucedâneo promove segurança alimentar, pois muitas enfermidades como as doenças de mucosas e paratuberculose podem ser controladas com a supressão do fornecimento do leite materno e uso do sucedâneo na alimentação do bezerro; e reduz o custo de criação, com vantagens econômicas para o produtor, ao mesmo tempo em que garante o desempenho e saúde do animal até a desmama. “O produto traz grandes benefícios para os sistemas de produção de leite, incluindo a redução na transmissão de doenças, o aumento no desempenho dos bezerros e a redução de custos com o aleitamento”, conclui Rodrigo Costa.

Jornal Holandês| Abril de 2010

DIRETORIA E CONSELHO DELIBERATIVO TÉCNICO DA APCBRH Gestão 2010-2013

Empossada nova diretoria da APCBRH A Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa realizou Assembleia Geral no último dia 30 de março para eleição de nova diretoria, conselho fiscal e conselho técnico para a gestão 20102013. A solenidade foi realizada no auditório da sede da APCBRH, e contou com a presença de criadores e autoridades. O presidente reeleito Hans Jan Groenwold comandará a APCBRH por mais 3 anos (2010-2013). Ao tomar posse o presidente agradeceu aqueles que confiaram no seu trabalho para dar continuidade a gestão em prol da Associação, destacando os demais membros eleitos para a diretoria e conselhos, que se colocaram à disposição para trabalhar em prol da Associação. “Está se iniciando um período que os membros eleitos terão de se desligar das suas atividades cotidianas para dedicar um tempo em prol da Associação e da raça holandesa. Espero que cada um possa se organizar e realmente dedicar alguns momentos para o bom andamento desta entidade”, destacou o presidente eleito. Ainda em seu discurso o presidente ree-

leito, Hans Jan Groenwold, fez questão de destacar que atualmente o Paraná é o estado que tem o maior número de animais registrados, e que para continuar nesta posição, é necessário apoio, colaboração e representação em todo o estado. E finalizou seu discurso dizendo que “como criador e produtor de leite tenho orgulho desta entidade. Pois hoje a Associação tem reconhecimento junto aos poderes público e privado. Mérito alcançado com a união e trabalho de todos. Ainda teremos muitos desafios a enfrentar, mas temos a competência e tecnologia disponível para levar informações e dados gerados pela Associação, a todos os produtores do Paraná e porque não para todo o Brasil!! Também quero agradecer aos colaboradores que não mediram esforços para o bom andamento e desenvolvimento da Associação. Espero que nesta nova gestão possamos trabalhar juntos, em boa harmonia, em benefício desta entidade e seus associados.” Após a realização da assembleia e posse da nova diretoria foi realizado jantar de confraternização, que contou com a presença do Governador Orlando Pessuti, que parabenizou o senhor Hans Jan Groenwold pela reeleição e demais membros da diretoria. Estiveram presentes também, o Deputado Estadual Osmar Bertoldi, acompanhado de seu pai Dr. Orlando Bertoldi, ex-presidente da APCBRH; Dr. Arnaldo Bandeira, Presidente da Emater; Dr.Ronei Volpi, Superintendente do SENAR, representando o presidente da FAEP, Ágide Meneguete; Dr. Newton Pohl Ribas, Assessor Especial do Governador do Estado do Paraná/SEAB; Dr. Osmar Buzinhani, Coordenador do Programa Leite das Crianças/ SEAB; Dr. Celso José Munaretto, Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Bovinos e Dr. Ildemar Pereira (Terrinha) da ACCB de Concórdia.


aRtiGo 27

Jornal Holandês| Abril de 2010

lÁcteos

Brasil pode se tornar em cinco anos o maior exportador mundial Segundo estatística do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), no período de 2000 a 2008, o Brasil registrou recordes consecutivos. Apenas em 2009, o volume de leite embarcado sofreu uma quebra de 54,78% devido a crise econômica mundial. O maior crescimento nas exportações foi verificado de 2007 para 2008, quando alcançou 47,52% de aumento. Em 2008, o País vendeu internacionalmente 142,4 milhões de quilos de produtos lácteos, somando um faturamento de US$ 509,1 milhões. Na análise da Scot Consultoria, em equivalente litros leite, o Brasil exportou, em 2008, 1,15 bilhão. Levantamento feito pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) aponta para a expectativa de que em 2010 o leite excedente que pode ser absorvido pelo mercado externo pode chegar a 3,79 bilhões de litros. Em matéria divulgada na edição do dia 22 de março, o DCI – Diário do Comercio & Indústria destacou a percepção do mercado para o crescimento das exportações. Na avaliação de Vicente Nogueira, diretor do departamento econômico da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL), é preciso que o setor tenha como meta cruzar as fronteiras do México, Rússia e China. ”O propósito é alcançar estes grandes mercados”, afirma. O diretor ressaltou ainda que são necessárias ações conjuntas do governo federal e da iniciativa privada no sentido de dar apoio a essa busca de novos mercados externos e acordo sanitário, para que o País ganhe a liderança. ”Os dois devem fazer a lição de casa juntos”, disse. Estudo do Mapa aponta para um crescimento anual de 1,95% para a produção de leite no Brasil. Já o setor está mais otimista, a CBCL estima para 2010 um avanço de 3 a 5%. Na estimativa do Mapa para 2010 a produção será de 31,12 bilhões de litros com um consumo interno de 27,33 bilhões, o que deixaria o excedente de 3,79 bilhões de litros.

Já pensou na sucessão da sua propriedade rural?

Arquivo ACGHMG

WILLIAM FERNANDES BERNARDO ENGº AGRÔNOMO E ANALISTA DO CNPGL - EMBRAPA EMAIL: WILLIAM@CNPGL.EMBRAPA.BR

O mundo passa por transformações importantes, muitas ligadas a mudanças na economia, no mercado de trabalho e na expectativa pessoal de vida. Hoje há, no Brasil, muito mais conforto que em décadas atrás, o que se verifica no aumento da esperança de vida do brasileiro, que passou de 62,5 anos em 1980 para 71,3 anos em 2003, segundo o IBGE. Para comparação, o japonês vive até 81 anos, em média. O conforto também chegou ao meio rural, especialmente associado à chegada de energia elétrica no campo, como as antenas parabólicas, os televisores, os DVDs e outros eletrodomésticos. Outras melhorias ainda estão distantes do morador rural, como boas estradas e escolas, transporte público, lazer, segurança, acesso à internet e celular, dentre outras. Esta distância entre a possibilidade e a realidade tem levado filhos de produtores rurais a considerar novos horizontes urbanos para viver, os afastando do ofício agropecuário. O futuro nas cidades muitas vezes é apoiado e incentivado pelos próprios produtores rurais, motivado às vezes pela perspectiva econômica desfavorável da atividade. Esta mudança radical de rumo pela nova geração, que abandona o patrimônio cultural e material da família, precisa ser

visto com maior aproximação. Estudo realizado em 298 propriedades rurais de quatro regiões no Rio Grande do Sul (Pelotas, Caxias do Sul, Cerro Largo e Alto Uruguai) mostrou que 47% delas tinham sucessores, 34% não tinham e em 19% os produtores não sabiam ou não quiseram responder. Em outro estudo realizado por com 32 famílias de produtores de leite de dois municípios da Zona da Mata Mineira (Guiricema e Ubá) apontou que 19% dos produtores não tinham sucessores, além dos 41% dos produtores que contavam com os filhos residentes na cidade para dar continuidade na atividade da propriedade, uma possibilidade incerta. Alguns produtores entrevistados disseram não fazer investimentos na propriedade por falta de sucessores. Nos dois estudos ficou evidenciada a preferência da sucessão aos filhos. Ou seja, as filhas raramente planejam se envolver profissionalmente com a atividade agropecuária, o que agrava o processo sucessório. A preparação de filhos e filhas para assumir a atividade na propriedade precisa fazer parte de um plano de médio e longo prazo nas propriedades. Considerando a situação atual do Brasil como país de economia aberta, com

preços ditados pelo mercado internacional e sem subsídios governamentais para a agropecuária, de imediato seria preciso buscar meios de motivar os filhos a permanecerem na atividade, se esta for uma boa alternativa. Para isso seria preciso, dentre outras coisas, melhorar as condições de trabalho (tipo de trabalho e rentabilidade) e de conforto (aspecto estrutural do meio rural). Há ainda outro ponto a considerar, que tem importância neste tema: a questão cultural que envolve o pagamento pelo trabalho do jovem dentro da propriedade. Um técnico que dá assistência a produtores descreve como ocorre a remuneração dos filhos pelos pais: “Ele [o pai] dá uns 50 reais para [o filho] vir na rua no final de semana. Dá a ele uma moto, dá a ele uma roupa..., dinheiro mesmo ele não tem. Chega aqui [na cidade], como diz o outro, chega aqui, no dia 4 ou no dia 5 a fábrica dá a ele 400 ou 500 reais, isso [lá na propriedade do pai] ele não tem. Isso é um fator que acaba fazendo ele ir embora [do meio rural].” Há muito que refletir e agir no sentido da sucessão da propriedade familiar. Muitas dessas soluções estão dentro da própria propriedade, dentro da própria família.


Arquivo ACGHMG

28 saúde

Jornal Holandês| Abril de 2010

IMA discute programa de erradicação da Brucelose e Tuberculose

O Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) foi tema de reunião em março, no Instituto Mineiro de Ag r o p e c u á r i a ( I M A ) . O o b j e t i vo é aumentar as propriedades oficialmente livres de Brucelose e Tuberculose no estado através da certificação de propriedades livres para essas doenças. Na re u n i ã o , re p re s e n ta n te s d o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), de indústrias de laticínios, bem como da gerencia de defesa animal e de certificação do IMA opinaram sobre a possibilidade de adequar algumas exigências ao processo de certificação em vigor, para padronizar o controle dessas enfermidades e tornar o programa mais exeqüível ao produtor. Segundo o Gerente de Defesa Sanitária Animal do IMA, Sérgio Monteiro, as principais dificuldades apontadas para a realização das certificações são a limitação do trânsito de animais abaixo de 24 meses de idade e a falta de incentivo financeiro ao produtor que se interesse em participar do programa. “Quando a propriedade é livre, o produtor não pode adquirir animais com idade abaixo de 2 anos vindos de propriedades que não são certificadas, o que acaba dificultando o processo de certificação. Além disso, é necessário estabelecer um incentivo financeiro, como pagamento por qualidade, para o produtor que certificar sua propriedade”, explica. O Coordenador do PNCEBT do Mapa,

José Ricardo Lôbo, explica que, para que haja aumento no número de propriedades certificadas como livres de Brucelose e Tuberculose, é necessário promover uma maior divulgação do assunto com os próprios produtores, porque muitas vezes eles não conhecem os benefícios do processo de certificação. “O produtor deve saber que essas doenças trazem prejuízo a longo prazo. No caso de aderir à certificação ele poderá ganhar mercado e ter um retorno financeiro por agregar valor a seu produto”, informa. Ainda segundo José Ricardo, é necessário que o país se enquadre às normas de exportação estabelecidas, por exemplo, pela Rússia e por países da União Européia, que exigem a certificação das propriedades livres da Brucelose e da Tuberculose. “É importante dar garantia aos mercados consumidores de que os produtos adquiridos advêm de propriedades onde o controle dessas doenças é realizado de forma sistêmica e padronizada”.

Propriedades certificadas De acordo com dados do Mapa e da Coordenação do PNCEBT-IMA, atualmente 125 propriedades são consideradas livres da Brucelose e da Tuberculose no país. Minas Gerais possui seis propriedades certificadas como livre dessas doenças e mais dez estão com processo de cer tificação em andamento.

Evento

ABS Pecplan realiza o “Desfile de Touros” comemorativo dos 35 anos da Central Na terça-feira, dia quatro de maio, durante a Expozebu 2010, a ABS Pecplan realiza o tradicional “Desfile de Touros”. O evento será realizado a partir das três horas da tarde e acontece exatamente no dia em que a Central completa 35 anos. Serão apresentados touros destaque e contratações de diversas

raças. O desfile é aberto para criadores, estudantes, associações, demais profissionais da área e a imprensa. Os visitantes poderão passear pela central e fechar negócios com a equipe da ABS em condições diferenciadas. Todos os convidados participarão de uma confraternização especial.

O desfile também marca a estréia do novo catálogo de Sêmen Sexado, o lançamento de um catálogo especial com contratações da Pasta Zebu Corte e ha verá ainda homenagens para pessoas e entidades que fazem parte dos 35 anos da Central ABS Pecplan. Em 2009 o Desfile de Touros reuniu

mais de mil pessoas entre brasileiros e visitantes do exterior. A previsão para este ano é que a movimentação seja ainda maior. O desfile será realizado na Central ABS Pecplan na Rod. BR 050 Km 196. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (34) 3319-5400


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Jornal Holandês| Abril de 2010

Universidade Federal Rural de Pernambuco realiza XVIII Semana de Zootecnia O evento será realizado no período de 10 a 14 de maio no Centro de Ensino de Graduação (CEGOE) da Universidade Federal Rural de Pernambuco e no Departamento de Zootecnia, e contará com a presença de pesquisadores/professores e profissionais renomados das ciências agrárias de diversas partes do Brasil. Tradicionalmente organizado pelo grupo Zootecnia do Programa de Educação Tutorial/UFRPE, contando com o apoio do Departamento de Zootecnia e a editora Universitária da UFRPE, o evento reunirá não só a comunidade acadêmica, mas também criadores e profissio-

Feira Agropecuária substitui Dia de Campo na Rivelli A Rivelli realizará a sua 1ª Feira Agropecuária Rivelli 2.010, no dia 08/05, na Fazenda da Extrema e Vargem, em Alfredo Vasconcelos-MG. A Feira é a nova denominação dos antigos Dia de Campo realizados nos anos anteriores, com muito sucesso, com a participação de diversos parceiros, que levaram ao público presente várais palestras, ensinamentos, novos processos, exposição de máquinas e equipamentos e prestação de serviços, divulgando modernas tecnologias. O público da Feira Agropecuária é formado por Produtores Rurais, Professores, Estudantes, Autoridades e Comerciantes, propiciando bons contatos e negócios entre os participantes. A 1ª Feira Agropecuária Rivelli contará com o apoio do Banco do Brasil, divulgando seus produtos e estreitando os relacionamentos com o objetivo de incrementar negócios. Maiores informações sobre o evento podeem ser obtidas nos seguintes contatos: Marcos: 32-8409-3742 - Denilson: 32-84145575 - Heloisa: 32-3339-0149 - Maria Luiza: 32-3339-0167 e José Carlos: 32-3339-0116 ou 32-8841-3288

Alta recebe visita de estudantes franceses A Alta Genetics recebeu no dia 5 de abril a visita de um grupo de estudantes franceses, que participam de um intercâmbio organizado entre o Instituto Federal de Educação Tecnológica do Triângulo Mineiro e o Lycée Agricole de Douai. Acompanhados pelo professor Paulo Roberto Ribeiro, os estudantes conheceram a Central de Produção e Tecnologia de Sêmen da Alta, assistiram a um procedimento de coleta de sêmen e visitaram a Central de Caprinos e Ovinos.

nais para apresentação e discussão de assuntos relevantes ligados ao tema principal do evento, que este ano é “Desafios da Produção Animal e Perspectivas mercadológicas”. A programação da XVIII Semana de Zootecnia conta com 6 mini-cursos, 5 palestras ligadas ao tema central, 2 mesas redondas e, pelo segundo ano, haverá a sessão de pôsteres para apresentação de trabalhos científicos nas áreas de produção e nutrição de animais ruminantes e não-ruminantes; melhoramento e conservação de recursos genético animal; forragicultura e áreas afins.

Programação: - 10 e 11 de maio – realização de mini-cursos - 12 de maio – credenciamento e entrega de material / II Expo Agrociência - 13 de maio – saudação aos zootecnistas / palestras - 14 de maio – palestras e mesa redonda Mais informações através do site www.petzootecniaufrpe.com.br


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Jornal Holandês| Abril de 2010 Marcos Alexandre

Ação pioneira pode integrar o Brasil ao ICAR-Interbull através da raça holandesa MARCOS ALEXANDRE O executivo João Walter Dürr esteve no Brasil juntamente com Neil Petreny (Presidente de International Committee on Animal Recording - ICAR - Canadá), para palestras durante o 11º Congresso Pan-americano do leite, realizado em março em Belo Horizonte-MG. Ele falou ao Holandês sobre a instituição ICAR-Interbull, sobre os servi-

joão Walter Dürr, diretor executivo do interbull center

ços internacionais de genética de raças leiteiras e sobre as vantagens de se harmonizar as avaliações genéticas nacionais em uma escala internacional. Dürr falou ainda sobre as conversações que tem mantido com as entidades representativas de criadores de gado holandês, no sentido de viabilizar entendimentos para a participação das mesmas no ICAR, o que possibilitaria acesso ao banco de dados genéticos da raça em escala

internacional, através do Interbull. Além de criador, Dürr é PhD em genética de longevidade em bovinos leiteiros, células somáticas e resistência à mastite e qualidade do leite pela Universidade McGill, em Montreal, Canadá. É também diretor executivo do Interbull Center, baseado na Suécia e que é o centro de pesquisas que fornece serviços de avaliação genética para o Interbull.

is da “A idéia é se ter avaliações naciona harmonizadas m re se es çõ ia al av s sa es e l na cio genética na com avaliações de outros países.” Holandês: Como surgiu a necessidade de se criar esse tipo de serviço, de abrangência internacional, para essas avaliações? Dürr: Os paises que iniciaram a fazer avaliações genéticas de gado leiteiro logo se deram conta de que uma avaliação realizada nos EUA, baseada na realidade de clima e manejo americano, não podiam ser transpostas para a Nova Zelândia e nem a realizada na Nova Zelândia serviria para a Alemanha, por exemplo. Com o advento da inseminação artificial, começou a se usar touros de

diferentes paises em diferentes populações. Daí surgiu a questão de qual touro seria o mais adequado, tendo em vista que a informação vem de outro país? Daí passou-se a trabalhar do ponto de vista prático-científico para se descobrir qual a melhor metodologia. Holandês: Qual a aplicabilidade para a pecuária brasileira, neste processo? Dürr: O Brasil é um país importador. Recebe genética de diversos países que tem uma pecuária melhoradora do ponto

de vista genético. Mas como é feito não se tem um critério para se comparar os diversos animais importados ou sua genética. Não se quer dizer que estes animais não têm qualidade, pelo contrário, são de excelente qualidade. Mas é que não se tem uma avaliação de como as filhas desse animal vai se comportar no ambiente do rebanho brasileiro. Aqui cada estado ou região tem características diferentes de clima e solo, por exemplo. Minas não é a mesma coisa que Rondônia ou que o Rio Grande do Sul.

Holandês: Não há homogeneidade? Dürr: Exatamente. A idéia é se ter avaliações nacionais da genética nacional e essas avaliações serem harmonizadas com avaliações de outros países. Isso iria possibilitar ao Brasil ter uma relação de todos os touros de inseminação artificial do mundo em uma escala de demanda brasileira. Isso permitiria ao produtor e as empresas de seleção animal terem uma idéia de qual genética se comportaria melhor em determinada condição.


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Jornal Holandês| Abril de 2010

Holandês: O ingresso possibilitaria acesso a dados científicos da raça em escala mundial, então? Dürr: Uma vez no ICAR, passa-se a ter acesso a uma rede técnico-científica. Não é somente científica. Congrega na verdade, todas as pessoas ligadas nas tomadas de decisão da cadeia produtiva. Os técnicos de campo, por exemplo, são muito importantes no processo. Então, uma vez integrado o Brasil, no caso específico, através da raça holandesa, passaria a participar das avaliações do Interbull, desde que as avaliações nacionais estejam organizadas. Holandês: No caso da raça holandesa isso está bem equacionado? Dürr: A Embrapa, por exemplo, vêm produzindo regularmente avaliações genéticas da raça. Penso que seja possível iniciar já a integração dessas avalia-

ções com as avaliações de outros países. Isto é um processo, pois há a necessidade de se adequar pedigree, fazer até uma correção dos pedigrees nacionais. É que haveria um acesso a um banco de dados de pedigree internacional, né? Muitos touros poderão ser então corrigidos, touros importados que por alguma razão, não se tenha a informação de parentesco correta.

Holandês: O interbull seria um consolidador de um movimento técnico-científico em escala internacional? Dürr: É interessante. Todos os principais cientistas que trabalham com genética de gado leiteiro se reúnem em torno do Interbull para discutir metodologias, para apresentar modelos atuais, trazer dúvidas e discutir qual o melhor caminho para se seguir adiante.

Holandês: E depois desse processo todo? Dürr: Depois de esse processo estar evoluído, a Embrapa que é o executor da avaliação genética brasileira, quando se sentir confortável, do ponto de vista científico, poderá publicar as avaliações do Interbull e aí o processo de inclusão estaria estabelecido, pronto para ser continuado, ou seja, fazendo parte da comunidade de modo pleno.

Holandês: Como está a pauta da instituição sobre o tema avaliação genômica? Dürr: Avaliação genômica é o assunto que mais têm ocupado o Interbull. Como incorporar a avaliação genômica de gado leiteiro em nível internacional. Processar de forma harmônica e integrada os dados que são produzidos em diversos países. Esta atenção se justifica, pois não tenho dúvidas, a avaliação genômica veio pra ficar. Marcos Alexandre

O papel do Interbull The International Bull Evaluation Service (Interbull) é uma subcomissão do Comitê Internacional de Sanidade Animal (ICAR). É uma organização sem fins lucrativos, responsável pela promoção do desenvolvimento e execução das avaliações genéticas internacionais para o gado leiteiro e de corte. Trabalha por meio de coordenação de comunicação internacionais e esforços de investigação, e que prevê uma série de serviços aos países participantes através das atividades do Centro Interbull em Uppsala, na Suécia.

reunião com Dürr e representandes do Holandês foi realizada no estande da Associação durante o 11º congresso Pan-americano do leite

O INTERBULL E OS BENEFÍCIOS PARA OS SEUS PAÍSES MEMBROS: COMUNICAÇÃO INTERNACIONAL

A troca de informações com outros países membros.

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO INTERNACIONAL

O Centro Interbull fornece a liderança internacional na pesquisa e desenvolvimento de métodos para a geração de avaliações genéticas internacionais

SERVIÇO DE AVALIAÇÃO GENÉTICA INTERNACIONAL

O serviço prestado pelo Centro Interbull calcula internacionalmente avaliações genéticas para a maioria das características economicamente importantes em gado leiteiro.

SUPORTE TÉCNICO INTERNACIONAL

O Interbull oferece aos países membros com aconselhamento e assistência em todos os assuntos relacionados com a avaliação genética de bovinos.

O objetivo do Interbull é promover o intercâmbio internacional de informações, o que tem ajudado os países membros a desenvolver métodos mais eficazes para a avaliação genética de bovinos.



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