Jornal Holandês Julho 2012

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Ano 9 - Nº 102 - Julho de 2012 - Publicação Oficial dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais

O susto do aborto Definir o diagnóstico é essencial para determinar o destino da matriz e as medidas profiláticas aplicáveis ao rebanho, caso sejam necessárias, para a sua prevenção.

páginas 16 e 17

Artigo

Gerenciando a reprodução com foco na taxa de prenhez. Uma boa eficiência reprodutiva é primordial como componente de lucratividade nos sistemas de produção de leite. página 12

Entrevista

O Associado Renato Landini Dias, da Fazenda São José, em São Paulo, fala sobre os 53 anos de história da fazenda e da busca contínua pela produtividade, longevidade e reprodução. “Penso que nós produtores não sabemos nos unir para lutar pelos nossos interesses, teríamos que dar mais representatividade as nossas associações e sindicatos, para termos força política, e aí melhorarmos toda a cadeia produtora”, declara Landini. páginas 14 e 15

Eventos Super Rank Economia CADERNO

pÁGinas 9 a 11

pÁGinas 18 e 19

Wagner Correa

pÁGinas 2 e 3


2 eDitoriaL LEONARDO MOREIRA COSTA DE SOUZA

Presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais

Jornal Holandês| Julho de 2012 redacao@jornalholandes.com.br

assOCiaÇÃO dOs CriadOrEs dE GadO HOLandÊs dE Minas GErais avenida sete de setembro, 623 Centro - Juiz de Fora - MG - CEp 36070-000

Tel: (32) 4009-4300 dirETOr sECrETÁriO Sancho José Matias e Gilberto Vilela de Oliveira

prEsidEnTE Leonardo Moreira Costa de Souza

REPRODUÇÃO + SAÚDE = LEITE2 Mantendo o foco em produção, nesta edição apresentamos, em forma de artigo e matéria, um binômio essencial quando se pretende produzir muito leite. Referimo-nos à análise dos índices reprodutivos do rebanho e de sua saúde, pois esses aspectos, integrantes do sistema de manejo, somados à dieta balanceada, certamente resultarão em uma maior produção de leite. Não deixem, portanto, de ler com cuidado esta edição do Jornal Holandês. Falando em maior potencial produtivo, foi muito interessante redigir este editorial durante a Megaleite 2012. Lá tivemos a oportunidade de comprovar resultados expressivos alcançados por animais Girolandos, produzidos a partir do cruzamento de touros Gir com vacas Holandesas de alta genética. Muito já se discutiu sobre qual seria a melhor equação para colher melhores resultados em cruzamentos com o Holandês, ou seja, utilizando touros ou vacas da raça Holandesa nos cruzamentos com outras raças. O que se começa a constatar, após a análise dos resultados dos animais cruzados premiados nas últimas edições da Megaleite, e também de outras exposições, é que o cruzamento a partir do Holandês de altíssima genética está apresentando resultados mais consistentes, com aparelhos mamários melhores e mais produção de leite. Já pedimos, inclusive, ao nosso editorial que elabore uma matéria sobre este tema, que muito interessa aos criadores da raça, para as próximas edições. Para o Holandês isto representa uma importante mudança de paradigma, de certa forma previsível. Imaginávamos que isto pudesse acontecer e é gratificante constatar esta realidade. Afinal, isto somente é possível em razão do intenso trabalho de seleção da raça durante várias décadas, sistematização de informações, coleta de dados no campo de forma profissional e com protocolos bem definidos. O banco de dados da raça Holandesa é, indubitavelmente, o mais completo do mundo quando nos referimos a raças produtoras de leite. A raça Holandesa é a maior especialista na produção de leite, pois também é a mais selecionada para esta finalidade. Portanto, temos um leque de índices que permitem uma segurança muito maior na realização de acasalamentos, melhorando os resultados de um cruzamento bem realizado. Desta forma, o mercado que hoje se abriu para os criadores da raça, os quais, por vocação, selecionam genética e buscam sempre o máximo de eficiência e produtividade em seus rebanhos, é bastante promissor. Concluímos que vale ainda mais a pena registrar o gado, realizar o controle leiteiro e classificação linear dos rebanhos, para ser também um rebanho de alta genética e potencial fornecedor de animais para o melhoramento genético de outras raças. Uma boa leitura e um forte abraço.

agenDa 2012 EXPOAGRO - 9 a 15 de julho - Guaxupé - MG Agroleite - 6 a 10 de agosto - Castro - PR EXPOSIÇÃO DE JUIZ DE FORA(*) - 6 a 12 de agosto - Juiz de Fora - MG EXPOSIÇÃO DE ITANHANDU - 20 a 28 de agosto - Itanhandu - MG Expointer - 25 de agosto a 2 de setembro - Esteio - RS EXPHOMIG - 9 a 16 de setembro - Barbacena - MG Feileite - 19 a 23 de novembro - São Paulo - SP Até a data de fechamento desta edição a redação possuía confirmação somente dos eventos citados. (*) Datas a serem confirmadas pela organização da exposição.

ViCE-prEsidEnTEs Peter Jordan, Armando Eduardo de Lima Menge e Ellos José Nolli dirETOr TEsOurEirO Antônio de Pádua Martins e Mauro Antônio Costa de Araújo

COnsELHO FisCaL EFETiVO Aniceto Manuel Aires, Marcelo Elias Rigueira, Raul Pinto, Renato José Laguardia e Rosano Alberto Reis COnsELHO FisCaL supLEnTE Antôno Augusto de Souza Praça, Lucas Pimenta Veiga e Lúcia Mara Yamaguti Kono

dirETOr sECrETÁriO GEraL Cristovam Edson Lobato Campos

supErinTEndEnTE TÉCniCO Cleocy Fam de Mendonça Júnior cleocyjr@gadoholandes.com

REPRESENTAÇÕES REGIONAIS: acricom - associação dos Criadores de Gado Holandês do Centro-Oeste Mineiro presidente - Peter Jordan Avenida Amazonas, 6020 - Gameleira. 30510-050 Belo Horizonte - MG - Tel: (31) 3334-8500 nughoman - núcleo dos Criadores de Gado Holandês da Mantiqueira presidente - Almir Pinto Reis Rua João Baptista Scarpa, 666. 37464-000 Itanhandu - MG - Tel: (35) 3361.2404 nughobar - núcleo dos Criadores de Gado Holandês de Barbacena presidente - Cristovam Edson Lobato Campos Avenida Amílcar Savassi, s/n caixa postal 126. 36200-000 Barbacena - MG - (32) 3332-8673

eXPeDiente Jornal Holandês - Publicação Oficial da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais Av. Sete de Setembro, 623, Costa Carvalho – Juiz de Fora – MG – CEP 36070-000 - Fone: (32) 4009-4300

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presidente: Leonardo Moreira Costa de Souza Comissão Editorial: Antônio de Pádua Martins, Armando Eduardo de Lima Menge e Cleocy Fam de Mendonça Júnior Equipe Valor Editora projeto Gráfico e Editorial: Equipe de Criação da Valor Editora Edição e diagramação: Helô Costa - Mtb 00127/MG revisão Linguística: Professora Mariza Moura Colaborou nesta edição: Emerson Pancieri - Mtb 12438/MG Contato imprensa: editora@jornalholandes.com.br

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eventos 3

Jornal Holandês| Julho de 2012 redacao@jornalholandes.com.br

Castro - PR

Elói Mendes - MG

O Agroleite será realizado de 7 a 11 de agosto, no Parque de Exposições Dario Macedo, em Castro - PR. Durante 5 dias o evento reunirá os principais criadores das raças Holandesa, Jersey, Simental e Pardo-Suíça, órgãos governamentais e institutos de pesquisa e extensão rural, além de representantes da indústria de laticínios, insumos e equipamentos. Os julgamentos do Holandês acontecerão nos dias 10 e 11 de agosto. Na sexta, às 9h haverá o Julgamento da Raça Holandesa V&B, às 13h a final do Torneio Leiteiro e às 14h o julgamento da Raça Holandesa Jovem e Vaca do Futuro. Já no sábado, às 9h será a vez do julgamento do Clube de Bezerras, às 14h o julgamento da Raça Holandesa Adulta e às 17h o desfile das Campeãs e Julgamento da Campeã Suprema Agroleite 2012. Paralelamente ao Agroleite serão realizados diversos eventos como Seminário Internacional, simpósios, dias de campo, leilões, torneio leiteiro, Troféu Agroleite, Clube de Bezerras, Trekker Trek e julgamentos. Mais informações: www.agroleitecastrolanda.com.br

Preparem-se para o 50º Torneio Leiteiro de Elói Mendes que acontecerá no período de 4 a 8 de setembro. O evento terá as seguintes categorias: Vaca e Novilha Holandesa; Vaca e Novilha 1/2 sangue e Vaca e Novilha cruzada. O torneio leiteiro é uma realização do Sindicato dos Produtores Rurais de Elói Mendes. Mais informações: Roberto Hamilton Fenoci Filho - Betão Fenoci - (35) 9192-3660, Ricardo Alves Pereira (35) 8859-0417, Yran de Carvalho Biagini (35) 8417-6209 e Jair Wanderley de Freitas (35) 8834-6145

Esteio - RS A Expointer 2012 acontecerá de 26 de agosto a 2 de setembro, no Parque Assis Brasil, em Esteio - RS. Nos dias 27 e 28 acontecerá o tradicional Concurso Leiteiro com o famoso Banho de Leite. Já a seleção das melhores em pista será realizada nos dias 29 e 30 de agosto. Um momento de grande expectativa para os criadores envolve o anúncio das vencedoras da Exceleite Pista, Produção e Suprema 2011-2012, a entrega da premiação será às 14h, do dia 31 de agosto. O visitante terá inúmeras opções de entretenimento serão mais de 400 eventos e atrações nos nove dias de feira. Diariamente, o visitante encontra à sua disposição a realização de exposição de 151 raças de animais, Julgamentos e leilões de animais, Desfile dos Campeões, Feira de Agricultura Familiar, Palestras Técnicas e muito mais. Mais informações: www.expointer.rs.gov.br

Juiz de Fora - MG Juiz de Fora terá a primeira edição do Concurso de Qualidade do Leite. O objetivo é fomentar a melhoria da qualidade do leite na região. O público-alvo são produtores ligados às associações rurais de Palmital, Penido, Pirapetinga, Pires, Privilégio, Sarandira, Torreões e Valadares. A premiação será realizada no dia 11 de agosto. A expectativa é de atrair cerca de 300 produtores. A iniciativa é da Prefeitura, por meio da Secretaria de Agropecuária e Abastecimento, e com o apoio da Emater-MG e do Polo de Excelência de Leite e Derivados.

Muzambinho - MG O IV Congresso Leite e Queijo Minas Gerais acontecerá nos dias 30, 31 de agosto e 1 de setembro no campus Muzambinho, Estrada de Muzambinho km 35, Bairro Morro Preto. O congresso pretende, entre os vários objetivos, ressaltar o tema “Profissionalização e renda na bovinocultura leiteira”; promover o desenvolvimento técnico na obtenção de leite e fabricação de queijos; divulgação de tecnologias simples, mas efetivas, na melhoria do trinômio: produtividade – rentabilidade – bem-estar animal; entre outros. Simultaneamente ao evento, ocorrerá a Feira de Leite e Cia. Mais informações: www.leiteequeijominas.com.br


4 aConteCeU

Jornal Holandês| Julho de 2012 redacao@jornalholandes.com.br

Dezoito anos com qualidade 100% dos animais apresentados eram de criação dos expositores Pela décima oitava vez, a raça Holandesa brilhou em Patos de Minas com a exposição homologada e ranqueada do circuito oficial da Raça de Minas Gerais. Ela aconteceu no período de 26 a 30 de maio, no Parque de Exposição Elmiro Alves do Nascimento “BINGA”, durante a 1ª Fenaleite e 54ª Fenamilho 2012. O jurado oficial de pista foi Claumi Pio Villela Junior e a exposição contou com a participação de 56 animais. O fato que chamou a atenção é que 100% dos animais apresentados eram de criação dos expositores, sendo que os resultados para criadores e expositores ficaram inalterados. Também foi destaque, durante o evento, o trabalho realizado junto à Escola de Veterinária do Unipam - Patos de Minas, com a participação de estagiários estudantes que puderam aprender e iniciar a traçar seu perfil técnico em formação. A parceria foi

muito elogiada pela Coordenadora do Curso de Veterinária, Dra. Alice Prates, e colocou a escola à disposição para eventos que possam ajudar na formação dos futuros profissionais da área. Segundo o jurado de admissão e coordenador colaborador do evento, Ronaldo Borges, “organizar uma exposição por 18 anos consecutivos fica fácil pela colaboração tanto dos criadores como entidades envolvidas, Sindicato dos Produtores Rurais e Associação Mineira da Raça Holandesa”, ressalta. Desde já fica o convite para 2013. “Conto com todos para estarmos juntos novamente como família Holandesa, para reforçarmos e criarmos novas amizades e realizarmos sempre a troca de experiências que esta notável raça nos proporciona”, convida Ronaldo. A exposição foi realizada em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Patos de Minas.

Ronaldo Borges

a Grande Campeã foi o animal rolusei sallie Cessare, de rogério Luiz seibt

PRINCIPAIS PREMIAÇÕES CaMpEOnaTO

aniMaL

EXpOsiTOr

MuniCÍpiO

CAMPEÃ FÊMEA JOVEM

SEKITA CENTRAL 2291

SEKITA AGRONEGÓCIOS LTDA

SÃO GOTARDO-MG

CAMPEÃ VACA JOVEM

AMORIM RUBRA MR. BURNS

JOSÉ AFONSO AMORIM

PATROCINIO-MG

GRANDE CAMPEÃ VACA

ROLUSEI SALLIE CESSARE

ROGÉRIO LUIZ SEIBT

PATOS DE MINAS – MG

MELHOr EXpOsiTOr/ MELHOr CriadOr - GEraL 1. ROGÉRIO LUIZ SEIBT 2. JOSÉ AFONSO AMORIM 3. SEKITA AGRONEGÓCIOS LTDA 4. EUDES ANSELMO A. BRAGA 5. ELCIO EDUARDO URBANO

EXPERIMENTE!

Faça parte da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais Ser associado é simples e o custo é bem menor do que você imagina. Além do Registro de Animais, que valoriza o seu rebanho, a Associação ainda oferece vários serviços e oportunidades. Não importa se seu rebanho é pequeno, médio ou grande. Aqui todo mundo sai ganhando com a união. Não perca mais tempo, experimente, ligue para nós e tire suas dúvidas. Você vai descobrir que a ACGHMG existe para apoiar você. Agende uma visita de um dos nossos técnicos em sua fazenda

32 - 4009 4300



6 notas

Jornal Holandês| Julho de 2012 Fotos arquivo ABS

redacao@jornalholandes.com.br

5 anos com 1,4 milhão de doses de sêmen vendidas O touro Kian (Holandês Vermelho e Branco) com 1,4 milhão de doses completou 15 anos em 11 de junho. Muitas de suas filhas podem ser encontradas em diversos países, como Holanda, Bélgica, Alemanha, África do Sul, EUA, República Tcheca, Nova Zelândia e também no Brasil, onde foi amplamente utilizado. Suas qualidades únicas o levam a ser escolhido regularmente para cobrir tanto as vacas Holandesas Vermelhas e Brancas quanto as Pretas e Brancas. Ostentando uma condição de saúde invejável, ainda é utilizado para reprodução na Holanda ao menos uma vez por semana. A performance recordista de Kian deve-se, em grande parte, ao fato de que desde a sua estréia como touro reprodutor, em 2002, sempre se manteve como um dos cinco mais utilizados, chegando a liderar esse ranking por quatro anos consecutivos. Ao escolhê-lo, os criadores levaram em consideração índices que são suas marcas registradas, como traços de proteína (+0.27%), pernas e pés (110) e saúde do casco (108). Ao longo de sua extensa carreira, Kian acumulou êxitos também na linhagem de machos. Seus filhos, como Fidelity, Curtis e Kylian, são elogiados pelas pernas fortes e traços de casco herdados. Além disso, netos como Delta Maicon já atraem atenção expressiva e deverão dar continuidade ao legado do avô no futuro. Kian faz parte da bateria de reprodutores da CRV Lagoa, com sêmen convencional e sexado. Arquivo CRV Lagoa

O touro Kian, Holandês Vermelho e Branco possui filhas em vários locais no mundo

3º Tour Técnico de Manejo em Gado Leiteiro

Tour Grandes Fazendas

ABS realiza diversas visitas técnicas pelos EUA Junho foi um mês movimentado para a ABS Pecplan e ABS Global. O Departamento Técnico Leite da ABS Pecplan fez o 3º Tour Técnico de Manejo em Gado Leiteiro e a ABS Global realizou o Tour em Grandes Fazendas na cidade de Idaho, hoje o terceiro maior Estado produtor de leite dos EUA. Os eventos reuniram produtores e técnicos em uma viagem por fazendas dos Estados Unidos para conhecerem e vivenciarem as mais modernas técnicas que proporcionam as melhores condições de manejo em situações extremas de temperatura e umidade e a qualidade de várias progênies de touros da ABS. O grupo do 3º Tour Técnico de Manejo em Gado Leiteiro contou com clientes de várias regiões do país e com sistemas muito variados de produção: de pastoreio a free-stall. Minas Gerais teve a participação dos criadores Marcílio Pereira, Ricardo Godinho e Paulo Soares; já entre os técnicos, o Estado foi representado por Humberto Dias. “A maior lição pra mim é que os produtores norte-americanos fazem bem feito o que eles se propõem a fazer, sem complicar as coisas que dão certo de forma simples. A experiência é, sem dúvida, muito positiva”, destaca Ricardo Godinho, que foi às três edições do Tour ABS. O Tour Grandes Fazendas contou com a participação de aproximadamente 100 pessoas, com uma organização impecável da equipe ABS Global. Segundo o Gerente de Produto Leite da ABS Pecplan, Klaus Hanser de Freitas, “foi muito impressionante o Tour de Grandes Fazendas organizado pela Genus ABS, começamos com fazendas menores de 900 vacas e finalizamos com as realmente grandes de 15.000 vacas em lactação. Visitamos fazendas de recria com mais de 45.000 novilhas e verificamos vários sistemas de manejo e instalações. Vistoriamos também progênie de touros ABS que exemplificou muito bem o que a ABS tem feito pelos seus clientes nos USA não somente com GMS, mas também com RMS e serviço técnico”, conclui. “Logo de início vimos 100 filhas de Shottle. De 1ª e 2ª cria uma ao lado da outra. Não é sempre que temos esse privilégio. Pudemos verificar o porquê Shottle tornou-se um ícone na raça. Simplesmente um momento único para ver o que um touro que já produziu e comercializou mais de um milhão de doses de sêmen é capaz de fazer em termos de genética. Touro que hoje, sem a menor dúvida, é um dos maiores pais de touros do mercado, tanto seus filhos como suas filhas continuam encabeçando vários sumários entre os TOPS TPI e/ou TIPO”, destaca o Técnico do Departamento Leite, Marcelo Mamedes dos Santos.

Select Sires do Brasil lança novos catálogos A Select Sires do Brasil lança os novos Catálogos de Touros de raças leiteiras. Nele, o produtor encontrará todas as características para alavancar o melhoramento genético em sua propriedade.




Super Rank CADERNO

Este caderno é um oferecimento:

10 maiores produções individuais diárias por rebanho PRODUÇÕES INDIVIDUAIS DE ANIMAIS SUBMETIDOS AO CONTROLE OFICIAL AFERIDAS EM MAIO/2012 2 ORDENHAS PROPRIETÁRIO

MUNICIPIO

NOME DO ANIMAL

RAUL PINTO OTHON MARTINS DE SOUZA LUTHESCO HADDAD LIMA CHALFUN EUDES ANSELMO DE ASSIS BRAGA VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS CESAR GARCIA BRITO E/OU SIOMARA S.G.BRITO MARCOS PAIVA FROTA E/OU PATRICIA N.P.FROTA CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO WLADIMIR ANTONIO PUGGINA GEYSA MARIA PEREIRA VILLELA MENDES LOPES

ITANHANDU SUMIDOURO LAVRAS CARMO DO PARANAIBA TRES CORACOES TRES PONTAS CARMO DA CACHOEIRA ALFREDO VASCONCELOS ALFENAS JESUANIA

LUCIA HORTELA TOUCHDOWN RCH SIMONETE 731 JOLT STORMATIC TE WILPE CARUSO UDA 485 E.A.B. CELESTE 143 VAM IVONETE IVETE OUTSIDE C.S.C.S. NEIDE TRIBUTE-426 FZ-BA XIMBICA 177 POETA RIVELLI MAC CASSIA 0291 S H A MARAVILHOSA WILDMAN 302 AVAV FIRULA 010

PROPRIETÁRIO

MUNICIPIO

NOME DO ANIMAL

WLADIMIR ANTONIO PUGGINA JOAQUIM HENRIQUE NOGUEIRA MAURO ANTONIO COSTA DE ARAUJO DORA NORREMOSE VIEIRA MARQUES EVARISTO FRANCISCO MARQUES/LEANDRO S.MARQUES ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE ANTONIO DE PADUA MARTINS FLAVIO HENRIQUE PEREIRA NOGUEIRA SEKITA AGRONEGOCIOS RICARDO FIGUEIREDO DE FARIA

ALFENAS CAPIM BRANCO SETE LAGOAS CRUZILIA GUAXUPE POUSO ALEGRE SAO JOAO BATISTA GLORIA CAPIM BRANCO RIO PARANAIBA ILICINEA

S H A SIRIGAITA 352 MENGE GOLDWYN VERENA 1354-TE TANG KELLY BROKER WINDSTAR MORTY NORREMOSE 846 AMARULA MAXIE EF & LS CIRANDA II MENGE FINEST URNA 1317 LANDEMART BLUE RIBBON GINASTA 1422 BRAUNAS LEE ANDREIA GLENDA SEKITA TEVE 1002 URTIGA 525

NÚMERO REGISTRO BX361822 BX377485 BR1461165 BR1634288 BX373803 BR1483576 BR1530490 BR1519172 BX421788 BR1558675

COMP. RACIAL PO PO GC-04 PCOD PO GC-03 GC-01 GC-01 PO PCOD

PRODUÇÃO DIARIA 61,4 54,8 54,5 53,7 52,6 49,6 48,2 46,8 43,0 42,6

DATA DO CONTROLE 10/5/2012 3/5/2012 24/5/2012 31/5/2012 25/5/2012 24/5/2012 25/5/2012 18/5/2012 4/5/2012 24/5/2012

NÚMERO REGISTRO BR1587096 BX400779 BX344020 BX418943 SRM416025 BX394879 BR1495140 BX335172 BR1544425 SRM416228

COMP. RACIAL PCOD PO PO PO 31/32 PO GC-02 PO PCOD 31/32

PRODUÇÃO DIARIA 68,4 67,8 67,4 65,0 63,8 62,6 61,8 60,2 59,4 59,0

DATA DO CONTROLE 4/5/2012 15/5/2012 26/5/2012 14/5/2012 20/5/2012 17/5/2012 17/5/2012 15/5/2012 4/5/2012 16/5/2012

3 ORDENHAS

Melhores médias de produção por rebanho - Holandês Com a alteração das tabelas para divulgação de médias em 2 e 3 ordenhas, o rebanho que tiver encerramentos em 2 e 3 ordenhas no período referido poderá aparecer nas duas tabelas caso alcance médias entre as cinco melhores de cada categoria

MÉDIA DE REBANHOS REFERENTES AO PERÍODO MaiO dE 2011 a aBriL dE 2012 - 2 ORDENHAS prOpriETÁriO

MuniCÍpiO EnCErradas

LaCTaÇÕEs LEiTE n. 305ia OrdEnHa COnTrOLE

MÉDIA DE REBANHOS REFERENTES AO PERÍODO MaiO dE 2011 a aBriL dE 2012 - 3 ORDENHAS TipO

prOpriETÁriO

Rebanhos com 10 a 25 Vacas Encerradas(34 Rebanhos Concorrentes) ITANHANDU - MG

18

12.715

2X

MENSAL

2 COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA

RESSAQUINHA - MG

21

11.627

2X

MENSAL

3 OTHON MARTINS DE SOUZA

SUMIDOURO - RJ

13

11.433

2X

MENSAL

4 ALMIR PINTO REIS

ITANHANDU - MG

15

10.399

2X

MENSAL

5 DOUGLAS DE OLIVEIRA PEREIRA

ALPINOPOLIS - MG

25

10.045

2X

MENSAL

Rebanhos com 26 a 50 Vacas Encerradas(17 Rebanhos Concorrentes) 1 ANICETO MANUEL AIRES

ANTONIO CARLOS - MG

36

11.369

2X

MENSAL

2 ADAHILTON DE CAMPOS BELLO

BARBACENA - MG

32

10.509

2X

MENSAL

3 ALTAIR DA SILVA REIS

ITANHANDU - MG

49

10.103

2X

MENSAL

4 MARCOS PAIVA FROTA E/OU PATRICIA N.P.FROTA CARMO DA CACHOEIRA - MG

43

9.649

2X

BIMESTRAL

5 MARCOS NEVES PEREIRA

29

9.495

2X

MENSAL

ITANHANDU - MG

65

9.385

2X

MENSAL

2 CESAR GARCIA BRITO E/OU SIOMARA S.G.BRITO TRES PONTAS - MG

66

9.363

2X

BIMESTRAL

3 GILBERTO VILELA OLIVEIRA

CARMO DO RIO CLARO - MG

52

8.667

2X

BIMESTRAL

4 AMAURI ANDRADE PEREIRA

TRES CORACOES - MG

52

8.441

2X

BIMESTRAL

Rebanhos com 75 a 100 Vacas Encerradas(02 Rebanhos Concorrentes) 1 DORA NORREMOSE VIEIRA MARQUES

CRUZILIA - MG

93

8.972

2X

MENSAL

2 AGRO PECUARIA JM LTDA

CAMPOS GERAIS - MG

76

8.968

2X

MENSAL

2X

MENSAL

Acima de 100 Vacas Encerradas(01 Rebanhos Concorrentes) 1 VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS

TRES CORACOES - MG

171

9.810

1 2 3 4 5

MAURO ANTONIO COSTA DE ARAUJO LUCAS E.P.COIMBRA E/OU JOSE ANTONIO O.SILVA JOSE ENIO CARNEIRO MENDES ROBERTO HAMILTON FENOCI LUIZ CARLOS G FACCO E/OU CRISTINA G F FACCO

1 2 3 4 5

ANTONIO AUGUSTO SOUZA PRACA MARCIO MACIEL LEITE MARCUS VINICIUS BORGES DE CARVALHO PAULO RICARDO MAXIMIANO E/OU OUTROS JOSE RENATO DA SILVA

SETE LAGOAS - MG PIUMHI - MG ITANHANDU - MG VARGINHA - MG SERRANOS - MG

TipO

23 23 10 12 21

12.506 11.386 10.842 9.142 8.709

3X 3X 3X 3X 3X

MENSAL MENSAL MENSAL MENSAL MENSAL

3X 3X 3X 3X 3X

MENSAL MENSAL MENSAL MENSAL MENSAL

3X 3X 3X 3X 3X

MENSAL MENSAL BIMESTRAL MENSAL MENSAL

3X 3X 3X

MENSAL MENSAL MENSAL

3X 3X 3X 3X

MENSAL MENSAL MENSAL MENSAL

Rebanhos com 26 a 50 Vacas Encerradas(05 Rebanhos Concorrentes) ITUMIRIM - MG CRUZILIA - MG JUIZ DE FORA - MG CAPETINGA - MG GUARANI - MG

39 28 50 35 26

12.135 10.082 9.622 9.332 8.541

Rebanhos com 51 a 75 Vacas Encerradas(12 Rebanhos Concorrentes) 1 ELLOS JOSE NOLLI

CAETE - MG

2 EVARISTO FRANCISCO MARQUES/LEANDRO S.MARQUES GUAXUPE - MG

Rebanhos com 51 a 75 Vacas Encerradas(04 Rebanhos Concorrentes) 1 RAUL PINTO

LaCTaÇÕEs LEiTE n. 305ia OrdEnHa COnTrOLE

Rebanhos com 10 a 25 Vacas Encerradas(07 Rebanhos Concorrentes)

1 DIRCEU DE MANCILHA

IJACI - MG

MuniCÍpiO EnCErradas

3 LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA 4 MANUEL JACINTO GONCALVES 5 COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA

MONTE ALEGRE DE MINAS - MG ITANHANDU - MG RESSAQUINHA - MG

64 73 53 73 55

13.451 12.645 12.466 12.344 11.250

Rebanhos com 75 a 100 Vacas Encerradas(03 Rebanhos Concorrentes) 1 CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA 2 CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO 3 ARGEMIRO MAGALHAES NETTO

ENTRE RIOS DE MINAS - MG ALFREDO VASCONCELOS - MG SAO GONCALO DO SAPUCAI - MG

77 84 83

11.048 10.133 9.240

Acima de 100 Vacas Encerradas(06 Rebanhos Concorrentes) 1 2 3 4

ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE ANTONIO DE PADUA MARTINS JOAO BRAZ OLIVEIRA E/OU MARCIO F.P.OLIVEIRA WLADIMIR ANTONIO PUGGINA

POUSO ALEGRE - MG SAO JOAO BATISTA GLORIA - MG SAO GONCALO DO SAPUCAI - MG ALFENAS - MG

192 144 128 186

13.268 10.649 10.626 10.104


305 DIAS

Este caderno é um oferecimento:

Controle Leiteiro Oficial Melhores Lactações por Classe

PRIMEIRA DIVISÃO 305 DIAS 2 ORDENHAS - PERÍODO 01/04/2012 A 30/04/2012 RAÇA: HOLANDESA nOME aniMaL

1 ANO PARIDA 2 ANOS JUNIOR 2 ANOS SENIOR 3 ANOS JUNIOR 3 ANOS SENIOR 4 ANOS JUNIOR 4 ANOS SENIOR 5 ANOS 6 ANOS

7 ANOS ADULTA JUNIOR ADULTA SENIOR

rEGisTrO

RECORDISTA MINEIRA COLLEM MarTY CrYsTaL A.M.A. GOLDWYN GLORIA 637 A.C.B. ORBIT BETINA RECORDISTA MINEIRA VErTEnTE sOrTE 580 BasiC VERTENTE SORTE 580 BASIC VAM HINACIA HIENA FINEST RECORDISTA MINEIRA COLLEM CaLLisTO CLariCE SANTOS REIS BAXTER GRASLAINE FZ-BA CRISTINA 228 JUDD RECORDISTA BRASILEIRA VEra Cruz prOVinCia SANTOS REIS INCOME MARCIA AVAV LORENA RECORDISTA MINEIRA aVani pETECa GOLd dusTEr SANTOS REIS CHAMPION GRAUDETE SANTOS REIS LOUIE JUDITY RECORDISTA MINEIRA sanTa pauLa iVina dazzLEr CRUZILIA VITRINE QUILOMBO MAGNO ALANE OCERBI 18 RECORDISTA MINEIRA EMiELE iana LaY OuT VAM GANA CETIN RESTELL ROYAL PEREIRA 1397 JOCKO RECORDISTA MINEIRA JardiM GEnuina VAM MARISTA MARESIA OUTSIDE NORREMOSE 851 ANGEL MAXIE RECORDISTA MINEIRA CruziLia sTELa LOrd LiLY LAGOS STORM QUIMORENA 864-TE VAM POLI POTIRA LYSTER RECORDISTA BRASILEIRA GEnOVa GOLd BELL dE sanTa pauLa NORREMOSE 707 TEIMOSA RUBENS ALANA RUBENS ODINEIA RECORDISTA MINEIRA BEaTriz ECiLa CRUZILIA STELA LORD LILY GVO MAMATA AARON RECORDISTA BRASILEIRA dOuTOra EnCHanT riLEnE J.C. ZC CAVA VERUSKA SONHA S.MARTY 275 VISCONDE DE MAUA JANDIRA

BX283720 BX399208 BX401455

CLass

idadE

dias LaCT.

prOd LEiTE

prOd % prOd GOrd. GOrd prOT.

% TiT. prOT.

prOpriETÁriO

uF

nOME dO pai

B+-82 B+84 B+83

01-11 01-11 01-11

305 12374,0 374,8 3,03 347,6 2,81 LM 305 9995,7 375,8 3,76 319,8 3,20 LE 305 9206,6 279,6 3,04 288,3 3,13 LM

COLLEM COnsTruTOra MOHaLLEM LTda ANICETO MANUEL AIRES ADAHILTON DE CAMPOS BELLO

2003 MG MG

riCECrEsT MarTY-ET BRAEDALE GOLDWYN SULLY ORBIT ET

Br1551595 BR1551595 BR1551247

B+84

02-02 02-02 02-05

305 12483,7 571,0 4,57 357,5 2,86 LM 305 12483,7 571,0 4,57 357,5 2,86 LM 305 9921,4 348,0 3,51 311,8 3,14 LM

Luiz FErnandO rOdriGuEs OLiVEira LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS

2012 MG MG

End-rOad MarsHaLL BasiC END-ROAD MARSHALL BASIC PENN-GATE FINEST ET

BX271750 BX389708 BR1530523

MB-85 B+83 B+81

02-10 02-08 02-10

305 13532,0 338,0 2,50 405,0 2,99 LM 305 11605,9 354,3 3,05 306,7 2,64 LM 305 9502,4 292,2 3,07 291,3 3,07 LM

COLLEM COnsTruTOra MOHaLLEM LTda ALTAIR DA SILVA REIS MARCOS PAIVA FROTA E/OU PATRICIA N.P.FROTA

2004 MG MG

dEL sanTO C.M.CaLLisTO EMERALD-ACR-SA T-BAXTER BEYERCREST JUDD ET

BX246790 BX389703 BR1610816

B+-82 MB86

03-02 03-00 03-04

305 15502,0 590,0 3,81 439,0 2,83 LE 295 10647,7 385,2 3,62 316,9 2,98 LM 305 10616,6 462,1 4,35 376,2 3,54 LM

ViCEnTE anTOniO Marins E FiLHOs ALTAIR DA SILVA REIS GEYSA MARIA PEREIRA VILLELA MENDES LOPES

2002 MG MG

FraELand LEadOFF-ET PENNVIEW INCOME-ET

BX251440 BX371307 BX378984

MB-88 MB87 B+83

03-11 03-11 03-07

305 15532,0 533,0 3,43 0,00 LM 305 11921,6 289,2 2,43 381,8 3,20 LM 301 11148,7 264,7 2,37 310,6 2,79 --

COLLEM COnsTruTOra MOHaLLEM LTda ALTAIR DA SILVA REIS ALTAIR DA SILVA REIS

2000 MG MG

WOOdBinE-K GOLd dusTEr-ET CALBRETT-I H H CHAMPION WIL-HART E LOUIE-ET

BX345332 BR1485316 BR1490723

B+-83 B+83

04-01 04-04 04-02

305 15664,0 475,8 3,04 438,1 2,80 LM 305 12716,5 250,3 1,97 363,3 2,86 -305 11720,3 325,0 2,77 326,0 2,78 LM

sidnEY nErY MAURILIO FERREIRA MACIEL ROSANO REIS E ROBERTO REIS

2008 MG MG

radinE BELLTOnE dazzLEr-ET CRUZILIA QUILOMBO INTEGRITY OCERBI

BB18632 BR1492332 BX361335

B+-83 B+80 MB86

04-11 04-10 04-10

305 14915,2 569,7 3,82 397,9 2,67 LM 305 11966,9 580,3 4,85 397,4 3,32 LM 305 11099,1 374,4 3,37 334,1 3,01 LM

MarCiO MaCiEL LEiTE LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA ADAHILTON DE CAMPOS BELLO

2006 MG MG

LaY-OuT RESTELL JOCKO BESN

BX208241 BX373808 BX364408

B+-83 B+80 B+83

05-01 05-08 05-01

305 17189,2 400,9 2,33 529,4 3,08 LM 305 12507,3 498,3 3,98 343,5 2,75 LE 305 12290,2 298,7 2,43 382,4 3,11 LM

andrE Luis MOrEira dE andradE E OuTra VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS DORA NORREMOSE VIEIRA MARQUES

2002 MG MG

B-HiddEnHiLLs MarK-O-pOLO COMESTAR OUTSIDE-ET KERNDT MAXIE-ET

BX318723 BX375148 BR1491692

EX-90 MB88 B+83

06-01 06-11 06-07

305 16899,3 622,6 3,68 526,6 3,12 LM 259 11957,5 416,8 3,49 356,9 2,98 LM 305 9356,0 403,9 4,32 266,8 2,85 LM

MauriLiO FErrEira MaCiEL ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS

2010 MG MG

ETazOn LOrd LiLY-ET MAUGHLIN STORM-ET TCET LYSTER

Br1048927 BX327192 BX334920

B+-83 MB86 B+84

07-10 07-09 07-02

305 17110,0 340,0 1,99 0,00 LE 305 9562,6 330,7 3,46 336,7 3,52 LM 305 9545,7 308,1 3,23 304,9 3,19 LM

sidnEY nErY DORA NORREMOSE VIEIRA MARQUES ALMIR PINTO REIS

1999 MG MG

Tri-Q-CHEKd GOLd BELL STBVQ RUBENS-ET STBVQ RUBENS-ET

Br1015226 BX318723 BR1410632

EX90 MB85

09-04 08-02 08-03

304 16404,0 669,0 4,08 0,00 LE 305 11963,5 240,9 2,01 365,7 3,06 -305 8721,2 276,1 3,17 278,0 3,19 --

niLsOn GOnCaLVEs pErEira MAURILIO FERREIRA MACIEL GILBERTO VILELA OLIVEIRA

1999 MG MG

ETAZON LORD LILY-ET DIXIE-LEE AARON-ET

Br1049810 BX284223 BR1339477

MB85 B+84

10-05 10-04 10-00

305 15658,3 542,6 3,47 397,9 2,54 LM 305 7956,7 297,1 3,73 259,3 3,26 -291 6793,6 200,2 2,95 215,1 3,17 --

sidnEY nErY FUNDACAO DE APOIO AO ENSINO PESQ.E EXTENSAO IF SUL DE MINAS GERAIS CAMPUS INCONFIDENTES

2004 MG MG

a sir EnCHanT ET RICECREST MARTY-ET HARDYS AEROSTAR BIONIC-ET

PRIMEIRA DIVISÃO 305 DIAS 3 ORDENHAS - PERÍODO 01/04/2012 A 30/04/2012 RAÇA: HOLANDESA nOME aniMaL

1 ANO PARIDA 2 ANOS JUNIOR 2 ANOS SENIOR 3 ANOS JUNIOR 3 ANOS SENIOR 4 ANOS JUNIOR 4 ANOS SENIOR 5 ANOS 6 ANOS 7 ANOS ADULTA JUNIOR ADULTA SENIOR

RECORDISTA MINEIRA EF & Ls COpaCaBana WiLdMan MENGE WILDMAN VERIDIANA 1394-FIV MENGE BAXTER VENTOINHA 1440-TE RECORDISTA MINEIRA VErTEnTE rOnda 612 diE-Hard MENGE FINEST U1304 BRUNA LPN RECORDISTA MINEIRA C.a.a. JEssiCa RIVELLI DECKER CALIFORNIA 0308 RIVELLI TOYSTORY CAM 0310 RECORDISTA MINEIRA F.V. aLdina dusTEr COLLEM DEREK MARISA MORITZ JAMIE TOYSTORY 1067 RECORDISTA MINEIRA VaLE dO MiLK' dELiCada ii MENGE TALENT II TIFFANY 1149 COLLEM AGENT LIDIA RECORDISTA MINEIRA C.a.a. JEssiCa MENGE MORTY SEPETIBA 1114-TE SERRAZUL CATARINA JUST RECORDISTA BRASILEIRA LaGOs pC dusTEr LiLa 301 SEKITA LIVIA 444 J.B.O. LENDA HERSHEL RECORDISTA MINEIRA C.a.a. aMEriCa ASSIMA REGILENE 643 ABF VULPINA 2733 GORDON RECORDISTA MINEIRA C.a.a. LiLian LuKE SONNEN IVETE LAGOS AARON QUATA 867 RECORDISTA MINEIRA sanTOs rEis CHarisMa GraYCE LAGOS OUTSIDE PIRAJA 753 SERRAZUL MARCELA GARCIA RECORDISTA MINEIRA Maria's MOrEna prELudE-TE BOCAINA STORM ONE SAFIRA BOCAINA MASON PELUCIA SILVANA RECORDISTA MINEIRA C.a.a. LaGOa SONNEN DEMY LAGOS VICTOR INGLESA 181

rEGisTrO

CLass

idadE

dias LaCT.

prOd LEiTE

prOd % prOd GOrd. GOrd prOT.

% TiT. prOT.

prOpriETÁriO

uF

nOME dO pai

Br1544771 BX404563 BX405122

MB-86 B+84 B+80

01-11 01-10 01-10

305 15996,8 405,1 2,53 460,3 2,88 LM 305 12865,2 419,5 3,26 405,0 3,15 LM 280 11926,2 422,5 3,54 347,3 2,91 LM

EVarisTO FranCisCO MarQuEs/LEandrO s.MarQuEs ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE

2012 MG MG

LadYs-ManOr WiLdMan ET LADYS-MANOR WILDMAN ET EMERALD-ACR-SA T-BAXTER

BX399264 BX391767 SR23068

B+-83 MB86

02-01 02-04 02-01

305 15096,3 843,4 5,59 489,5 3,24 LM 305 13353,1 378,3 2,83 401,6 3,01 LM 305 12620,8 225,5 1,79 441,3 3,50 --

Luiz FErnandO rOdriGuEs OLiVEira ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE JOAQUIM HENRIQUE NOGUEIRA

2012 MG MG

rEGanCrEsT rBK diE-Hard-ET PENN-GATE FINEST ET

Br1449849 BR1565765 SRM416438

MB-86

02-11 02-10 02-08

305 16711,9 466,3 2,79 536,4 3,21 LM 305 10920,0 350,2 3,21 311,7 2,85 LE 305 10658,9 393,6 3,69 299,8 2,81 LM

CarLOs aLBErTO adaO CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO

2007 MG MG

FAR-O-LA DEBBI-JO DECKER ET

MB85

Br1099151 BX380580 BX394358

MB86 MB88

03-04 03-01 03-01

305 16292,0 489,0 3,00 136,0 0,83 LM 305 13175,3 371,6 2,82 394,7 3,00 LE 304 13053,8 311,7 2,39 366,2 2,81 --

nEuza GarCia ViEira E OuTrOs COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA MAURO ANTONIO COSTA DE ARAUJO

2000 MG MG

WOOdBinE-K GOLd dusTEr-ET EMERALD-ACR-SA T-DEREK-ET JENNY-LOU MRSHL TOYSTORY ET

Br1271165 BX379008 BX376264

MB-87 MB87 B+82

03-09 03-11 03-07

305 19947,0 612,0 3,07 241,0 1,21 LM 305 13957,5 316,5 2,27 409,4 2,93 -305 12874,8 382,0 2,97 385,6 2,99 LE

ViniCius da siLVa saLGadO ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA

2000 MG MG

LADINO PARK TALENT II - TN CARTERS-CORNER AGENT ET

Br1449849 BX371157 BX373900

MB-86 MB86

04-03 04-04 04-01

305 19204,6 592,2 3,08 533,3 2,78 LM 305 15380,8 449,0 2,92 484,4 3,15 LE 305 13861,5 400,2 2,89 381,8 2,75 LM

CarLOs aLBErTO adaO ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE JOSE ENIO CARNEIRO MENDES

2009 MG MG

STOUDER MORTY-ET MORNINGVIEW JUSTINE-ET

BX270502 BR1544376 BR1473034

MB-86 B+84 MB85

04-09 04-06 04-09

305 17756,0 824,0 4,64 495,0 2,79 LE 305 11996,4 441,4 3,68 351,0 2,93 LM 305 11975,2 329,2 2,75 333,2 2,78 --

arMandO EduardO dE LiMa MEnGE SEKITA AGRONEGOCIOS JOAO BRAZ OLIVEIRA E/OU MARCIO F.P.OLIVEIRA

2005 MG MG

LEXVOLD LUKE HERSHEL-ET

Br1449851 BR1545921 BR1486292

EX-90

05-07 05-02 05-01

305 21605,7 519,4 2,40 609,1 2,82 LM 305 13363,2 525,5 3,93 382,4 2,86 LM 305 13347,8 678,2 5,08 383,0 2,87 LM

CarLOs aLBErTO adaO LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA AGROPECUARIA BOA FE LTDA

2007 MG MG

DELLKA JUROR GORDON-TW

06-06 06-10 06-07

305 18311,4 522,5 2,85 507,1 2,77 LM 305 14068,6 475,3 3,38 457,8 3,25 LM 305 13375,6 454,6 3,40 415,6 3,11 LM

CarLOs aLBErTO adaO SIDO E VALDA ESEMANN ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE

2009 MG MG

DIXIE-LEE AARON-ET

07-04 07-10 07-01

305 17410,1 473,1 2,72 493,0 2,83 LM 305 15391,1 509,5 3,31 415,7 2,70 LM 305 12318,6 359,9 2,92 329,3 2,67 LM

aLTair da siLVa rEis ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE JOSE ENIO CARNEIRO MENDES

2010 MG MG

pETinEsCa CHarisMa-ET COMESTAR OUTSIDE-ET BRIGEEN GARCIA-ET

08-07 08-10

305 15723,7 526,7 3,35 462,2 2,94 305 14215,2 469,5 3,30 385,6 2,71 LM 298 11875,2 457,3 3,85 365,1 3,07 LM

ELY BOnini GarCia MANUEL JACINTO GONCALVES MANUEL JACINTO GONCALVES

2003 MG MG

rOnnYBrOOK prELudE-ET MAUGHLIN STORM-ET SHOREMAR MASON-ET

10-00 11-06 14-07

305 18353,5 550,9 3,00 482,2 2,63 LE 305 9036,0 283,4 3,14 233,2 2,58 -197 4332,7 149,2 3,44 128,8 2,97 --

CarLOs aLBErTO adaO SIDO E VALDA ESEMANN ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE

2008 MG MG

HANOVERHILL VICTOR

Br1452387 BR1561929 BX345174

MB89

BX303469 BX326602 BX335200

MB-89 B+83

BX192263 BX304135 BX317026

B+-84 MB89 B+84

Br1449850 BR1561894 BX230298

MB-88 MB86

pEn-COL dusTEr-ET

nOrriELaKE CLEiTus LuKE-TW


365 DIAS

Este caderno é um oferecimento:

Controle Leiteiro Oficial Melhores Lactações por Classe

SEGUNDA DIVISÃO 365 DIAS 2 ORDENHAS - PERÍODO 01/04/2012 A 30/04/2012 RAÇA: HOLANDESA nOME aniMaL

1 ANO PARIDA 2 ANOS JUNIOR 2 ANOS SENIOR 3 ANOS JUNIOR 3 ANOS SENIOR 4 ANOS JUNIOR 4 ANOS SENIOR 5 ANOS 6 ANOS 7 ANOS ADULTA JUNIOR ADULTA SENIOR

RECORDISTA MINEIRA aLFY CaYuaBa WaLLaCE TuCa A.C.B. ORBIT BETINA A.M.A. GOLDWYN GLORIA 637 RECORDISTA MINEIRA VErTEnTE sOrTE 580 BasiC VERTENTE SORTE 580 BASIC VAM HINACIA HIENA FINEST RECORDISTA MINEIRA iTaGuaCu Tianina 2627 SANTOS REIS BAXTER GRASLAINE FZ-BA CRISTINA 228 JUDD RECORDISTA MINEIRA CaLandra CarLOTa BLaCKsTar C.S.C.S. NANA LOTTO OUTSIDE-456 AVAV LORENA RECORDISTA MINEIRA aVani pETECa GOLd dusTEr SANTOS REIS CHAMPION GRAUDETE OITICICA BOLIVER ISAURA RECORDISTA MINEIRA a.M.a. asTrE CaMiLa CRUZILIA VITRINE QUILOMBO MAGNO ALANE OCERBI 18 RECORDISTA MINEIRA C.J.C. rOCKY dOidinHa VAM GANA CETIN RESTELL ROYAL PEREIRA 1397 JOCKO RECORDISTA BRASILEIRA JardiM GEnuina SANTOS REIS OZZIE BRENDA VAM MARISTA MARESIA OUTSIDE RECORDISTA BRASILEIRA CruziLia rEndiLHa JOE AGROCFM JACILANDIA X1684 VAM POLI POTIRA LYSTER RECORDISTA MINEIRA GEnOVa GOLd BELL dE sanTa pauLa NORREMOSE 707 TEIMOSA RUBENS ALANA RUBENS ODINEIA RECORDISTA MINEIRA CruziLia LEGEnda Frin CRUZILIA STELA LORD LILY GVO MAMATA AARON RECORDISTA MINEIRA dOuTOra EnCHanT riLEnE J.C. ZC CAVA VERUSKA SONHA S.MARTY 275 AROEIRAS SARACURA

rEGisTrO

CLass

idadE

dias LaCT.

prOd LEiTE

prOd % prOd GOrd. GOrd prOT.

% TiT. prOT.

prOpriETÁriO

uF

nOME dO pai

BX283766 BX401455 BX399208

B+-84 B+83 B+84

01-11 01-11 01-11

365 14820,8 427,5 2,88 456,6 3,08 LE 365 10763,6 318,2 2,96 343,4 3,19 LM 307 10054,5 378,0 3,76 321,7 3,20 LE

ELY BOnini GarCia ADAHILTON DE CAMPOS BELLO ANICETO MANUEL AIRES

2003 MG MG

ETazOn WaLLaCE SULLY ORBIT ET BRAEDALE GOLDWYN

Br1551595 BR1551595 BR1551247

B+84

02-02 02-02 02-05

365 14725,8 683,5 4,64 429,4 2,92 LM 365 14725,8 683,5 4,64 429,4 2,92 LM 365 11909,4 418,1 3,51 453,3 3,81 LM

Luiz FErnandO rOdriGuEs OLiVEira LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS

2012 MG MG

End-rOad MarsHaLL BasiC END-ROAD MARSHALL BASIC PENN-GATE FINEST ET

Br1558539 BX389708 BR1530523

B+83 B+81

02-07 02-08 02-10

365 14988,2 494,7 3,30 407,2 2,72 LM 310 11779,9 361,1 3,06 311,9 2,65 LM 365 10925,2 346,6 3,17 337,5 3,09 LM

ruBEns arauJO dias E/Ou ALTAIR DA SILVA REIS MARCOS PAIVA FROTA E/OU PATRICIA N.P.FROTA

2006 MG MG

EMERALD-ACR-SA T-BAXTER BEYERCREST JUDD ET

BX158589 BX379015 BR1610816

B -78 B+82

03-05 03-04 03-04

365 17120,0 623,0 3,64 0,00 LM 365 11822,7 522,3 4,42 414,8 3,51 LM 316 10924,6 473,0 4,33 384,2 3,52 LM

MarCOs arruda ViEira CESAR GARCIA BRITO E/OU SIOMARA S.G.BRITO GEYSA MARIA PEREIRA VILLELA MENDES LOPES

1996 MG MG

TO-Mar BLaCKsTar-ET C.S.C.S. LOTTO OUTSIDE

BX251440 BX371307 BX366892

MB-88 MB87 B+83

03-11 03-11 03-10

340 16574,0 565,0 3,41 0,00 LM 365 13515,4 358,2 2,65 437,2 3,23 LM 365 11648,5 342,5 2,94 350,1 3,01 LM

COLLEM COnsTruTOra MOHaLLEM LTda ALTAIR DA SILVA REIS SERRA BRANCA AGROPECUARIA LTDA

2000 MG MG

WOOdBinE-K GOLd dusTEr-ET CALBRETT-I H H CHAMPION END-ROAD PVF BOLIVER-ET

BX190727 BR1485316 BR1490723

MB-88 B+83

04-01 04-04 04-02

365 17388,3 594,7 3,42 0,00 LM 352 13249,5 291,8 2,20 388,0 2,93 -357 12719,8 355,0 2,79 357,0 2,81 LM

COLLEM COnsTruTOra MOHaLLEM LTda MAURILIO FERREIRA MACIEL ROSANO REIS E ROBERTO REIS

1999 MG MG

durEGaL asTrE sTarBuCK-ET CRUZILIA QUILOMBO INTEGRITY OCERBI

BX146418 BR1492332 BX361335

MB-85 B+80 MB86

04-08 04-10 04-10

365 16730,0 518,0 3,10 0,00 LM 346 12795,9 615,3 4,81 432,9 3,38 LM 358 12152,9 410,2 3,38 366,8 3,02 LM

JOsE aLair COuTO LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA ADAHILTON DE CAMPOS BELLO

1996 MG MG

sHi-La sTraiGHT pinE rOCKY RESTELL JOCKO BESN

BX208241 BX357849 BX373808

B+-83 MB86 B+80

05-01 05-00 05-08

365 19940,7 442,9 2,22 621,4 3,12 LM 365 13656,9 398,1 2,91 431,5 3,16 LM 319 12713,1 504,9 3,97 351,3 2,76 LE

andrE Luis MOrEira dE andradE E OuTra ALTAIR DA SILVA REIS VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS

2002 MG MG

B-HiddEnHiLLs MarK-O-pOLO VISION-GEN OZZIE-ET COMESTAR OUTSIDE-ET

BX317348 BR1458084 BR1491692

MB-88 B+83

06-11 06-03 06-07

365 19488,5 818,7 4,20 601,4 3,09 LM 365 10551,4 306,5 2,90 323,5 3,07 -326 9746,6 427,0 4,38 281,0 2,88 LM

MauriLiO FErrEira MaCiEL VICENTE NOGUEIRA E JOAQUIM LIMA VICENTE ANTONIO MARINS E FILHOS

2010 MG MG

TCET LYSTER

Br1048927 BX327192 BX334920

B+-83 MB86 B+84

07-10 07-09 07-02

316 17557,0 354,0 2,02 0,00 LE 365 10393,9 362,4 3,49 368,2 3,54 LM 340 10238,7 330,8 3,23 330,2 3,23 LM

sidnEY nErY DORA NORREMOSE VIEIRA MARQUES ALMIR PINTO REIS

1999 MG MG

Tri-Q-CHEKd GOLd BELL STBVQ RUBENS-ET STBVQ RUBENS-ET

Br1173977 BX318723 BR1410632

EX90 MB85

09-07 08-02 08-03

358 17158,9 770,6 4,49 500,3 2,92 LM 347 12769,9 323,0 2,53 399,5 3,13 -365 10245,8 322,5 3,15 338,0 3,30 --

MauriLiO FErrEira MaCiEL MAURILIO FERREIRA MACIEL GILBERTO VILELA OLIVEIRA

2007 MG MG

QuaLiTY sB Frin ETAZON LORD LILY-ET DIXIE-LEE AARON-ET

10-05 10-04 11-01

365 17479,3 610,3 3,49 443,8 2,54 LM 365 8640,7 324,1 3,75 282,7 3,27 -335 5581,1 175,8 3,15 169,1 3,03 --

sidnEY nErY FUNDACAO DE APOIO AO ENSINO PESQ.E EXTENSAO EVANDRO FERREIRA E SOUSA

2004 MG MG

a sir EnCHanT ET RICECREST MARTY-ET

Br1049810 BX284223 SRM407774

MB85

BOCaina MandEL sassY JOE TE

SEGUNDA DIVISÃO 365 DIAS 3 ORDENHAS - PERÍODO 01/04/2012 A 30/04/2012 RAÇA: HOLANDESA nOME aniMaL

1 ANO PARIDA 2 ANOS JUNIOR 2 ANOS SENIOR 3 ANOS JUNIOR 3 ANOS SENIOR 4 ANOS JUNIOR 4 ANOS SENIOR 5 ANOS 6 ANOS 7 ANOS ADULTA JUNIOR ADULTA SENIOR

RECORDISTA MINEIRA EF & Ls COpaCaBana WiLdMan MENGE WILDMAN VERIDIANA 1394-FIV EF & LS PRISCILA JAYZ RECORDISTA MINEIRA EF & Ls prECiOsa WiLdMan MENGE FINEST U1304 BRUNA LPN RECORDISTA MINEIRA C.a.a. JEssiCa RIVELLI TOYSTORY CAM 0310 RIVELLI DECKER CALIFORNIA 0308 RECORDISTA MINEIRA LaGOs MOrTY QuiOsQuE 859-TE COLLEM DEREK MARISA LANDEMART ELD IMIGRANTE 1471 RECORDISTA BRASILEIRA VaLE dO MiLK' dELiCada ii MENGE TALENT II TIFFANY 1149 COLLEM AGENT LIDIA RECORDISTA MINEIRA C.a.a. JEssiCa MENGE MORTY SEPETIBA 1114-TE SERRAZUL CATARINA JUST RECORDISTA MINEIRA VErTEnTE CuBa 290 EVAJOY SINGELA KENNETH SEKITA LIVIA 444 RECORDISTA MINEIRA C.a.a. aMEriCa ASSIMA REGILENE 643 ABF VULPINA 2733 GORDON RECORDISTA MINEIRA C.a.a. LiLian LuKE SONNEN IVETE LAGOS AARON QUATA 867 RECORDISTA MINEIRA LaGOs sTOrM LEiLa 457 LAGOS OUTSIDE PIRAJA 753 ALFY CAYUABA UATAPU XIMBICA RECORDISTA MINEIRA Maria's MOrEna prELudE-TE BOCAINA STORM ONE SAFIRA RECORDISTA MINEIRA C.a.a. LaGOa SONNEN DEMY

rEGisTrO

CLass

idadE

dias LaCT.

prOd LEiTE

prOd % prOd GOrd. GOrd prOT.

% TiT. prOT.

prOpriETÁriO

uF

nOME dO pai

Br1544771 BX404563 BR1567570

MB-86 B+84 B+84

01-11 01-10 01-09

365 19222,2 527,9 2,75 561,4 2,92 LM 364 14710,6 467,9 3,18 453,0 3,08 LM 360 12220,0 327,1 2,68 361,4 2,96 --

EVarisTO FranCisCO MarQuEs/LEandrO s.MarQuEs ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE EVARISTO FRANCISCO MARQUES/LEANDRO S.MARQUES

2012 MG MG

LadYs-ManOr WiLdMan ET LADYS-MANOR WILDMAN ET HORNLAND JAYZ-ET

Br1515854 BX391767 SR23068

MB-86 MB86

02-00 02-04 02-01

365 17115,8 469,1 2,74 496,7 2,90 LM 365 15949,4 470,0 2,95 492,5 3,09 LM 365 14934,4 270,9 1,81 532,7 3,57 --

EVarisTO FranCisCO MarQuEs/LEandrO s.MarQuEs ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE JOAQUIM HENRIQUE NOGUEIRA

2011 MG MG

LadYs-ManOr WiLdMan ET PENN-GATE FINEST ET

Br1449849 SRM416438 BR1565765

MB-86 MB85

02-11 02-08 02-10

365 18928,1 542,1 2,86 609,5 3,22 LM 365 12096,7 453,0 3,74 348,7 2,88 LM 341 11659,3 377,8 3,24 335,4 2,88 LE

CarLOs aLBErTO adaO CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO CARLOS FABIO NOGUEIRA RIVELLI E OUTRO

2007 MG MG

FAR-O-LA DEBBI-JO DECKER ET

BX345168 BX380580 BR1490119

B+-83 MB86

03-03 03-01 03-05

365 18649,9 585,7 3,14 567,0 3,04 LM 365 14930,2 424,5 2,84 459,1 3,07 LE 365 13707,3 461,1 3,36 420,5 3,07 LM

arMandO EduardO dE LiMa MEnGE COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA ANTONIO DE PADUA MARTINS

2008 MG MG

sTOudEr MOrTY-ET EMERALD-ACR-SA T-DEREK-ET LANDEMART FREDERICK ELDORADO ELD

Br1271165 BX379008 BX376264

MB-87 MB87 B+82

03-09 03-11 03-07

365 24051,0 792,0 3,29 367,0 1,53 LM 365 15305,4 358,4 2,34 449,0 2,93 -356 14187,4 424,8 2,99 430,9 3,04 LE

Luiz HEnriQuE siLVa E sOraYa T.a.MEndEs siLVa ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE COLLEM CONSTRUTORA MOHALLEM LTDA

2000 MG MG

LADINO PARK TALENT II - TN CARTERS-CORNER AGENT ET

Br1449849 BX371157 BX373900

MB-86 MB86

04-03 04-04 04-01

365 21462,0 667,0 3,11 610,8 2,85 LM 348 16199,5 481,6 2,97 515,4 3,18 LE 331 14927,5 433,0 2,90 412,2 2,76 LM

CarLOs aLBErTO adaO ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE JOSE ENIO CARNEIRO MENDES

2009 MG MG

STOUDER MORTY-ET MORNINGVIEW JUSTINE-ET

Br1497182 BR1472471 BR1544376

B+-84 B+84 B+84

04-06 04-10 04-06

365 19044,3 580,1 3,05 520,3 2,73 LE 365 13137,0 367,0 2,79 390,0 2,97 -339 13122,4 479,5 3,65 384,8 2,93 LM

Luiz FErnandO rOdriGuEs OLiVEira ARGEMIRO MAGALHAES NETTO SEKITA AGRONEGOCIOS

2009 MG MG

Br1449851 BR1545921 BR1486292

EX-90

05-07 05-02 05-01

350 23153,7 564,1 2,44 655,6 2,83 LM 365 15255,4 596,2 3,91 440,8 2,89 LM 365 14953,4 738,5 4,94 434,7 2,91 LM

CarLOs aLBErTO adaO LUIZ FERNANDO RODRIGUES OLIVEIRA AGROPECUARIA BOA FE LTDA

2007 MG MG

DELLKA JUROR GORDON-TW

NA-LAR ELTON KENNETH-ET

Br1452387 BR1561929 BX345174

MB89

06-06 06-10 06-07

364 20778,0 598,4 2,88 587,9 2,83 LM 353 15176,2 494,3 3,26 495,4 3,26 LM 365 14955,6 507,4 3,39 473,5 3,17 LM

CarLOs aLBErTO adaO SIDO E VALDA ESEMANN ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE

2009 MG MG

DIXIE-LEE AARON-ET

nOrriELaKE CLEiTus LuKE-TW

BX251613 BX326602 BX361661

B+-80 B+83 MB85

07-08 07-10 07-01

365 20238,5 616,6 3,05 517,9 2,56 LM 337 16626,3 557,8 3,36 454,2 2,73 LM 365 13315,7 542,7 4,08 439,4 3,30 LM

arMandO EduardO dE LiMa MEnGE ARMANDO EDUARDO DE LIMA MENGE CAYUABA GENETICA & PECUARIA LTDA

2008 MG MG

MauGHLin sTOrM-ET COMESTAR OUTSIDE-ET ALFY CAYUABA LORD LILY UATAPU

BX192263 BX304135

B+-84 MB89

08-07

365 17819,0 643,0 3,61 534,0 3,00 365 16563,3 622,8 3,76 452,1 2,73 LM

ELY BOnini GarCia MANUEL JACINTO GONCALVES

2003 MG

rOnnYBrOOK prELudE-ET MAUGHLIN STORM-ET

Br1449850 BR1561894

MB-88

10-00 11-06

337 19655,9 596,7 3,04 518,0 2,64 LE 365 10757,8 335,0 3,11 291,6 2,71 --

CarLOs aLBErTO adaO SIDO E VALDA ESEMANN

2008 MG


12 artigo

Jornal Holandês| Julho de 2012 redacao@jornalholandes.com.br

Gerenciando a reprodução: foco na taxa de prenhez Ernane Campos Médico Veterinário, Especialista em Pecuária Leiteira/Equipe Rehagro

Uma boa eficiência reprodutiva é primordial como componente de lucratividade nos sistemas de produção de leite. Vacas no inicio de lactação produzem mais leite e com melhor conversão alimentar, reduzindo, consequentemente, o custo alimentar. Mas, afinal, como gerenciar a eficiência reprodutiva do rebanho? Um indicador ainda muito usado para monitorar a eficiência reprodutiva é o intervalo entre partos. Como o próprio nome diz, ele mede o intervalo entre 2 par tos consecutivos de uma mesma vaca, sendo que o ideal é ter este indicador o mais próximo de 12 meses, ou seja, um parto por ano. Entretanto, este é um indicador com várias falhas e, portanto não deve ser usado como ferramenta gerencial para monitoramento da eficiência reprodutiva. A principal

falha é a demora na obtenção do número. Para que ele possa ser calculado, a vaca precisa ter parido novamente. Quando um problema é identificado através deste índice, significa que o problema aconteceu há no mínimo 9 a 12 meses, ou seja, as ações para correção do problema deveriam ter sido tomadas há muito tempo atrás. Além d i sto , e l e n ã o in c l u i a s p r i m íp a ra s (vacas de primeira cria), pois elas ainda não pariram pela segunda vez e nem as vacas que não emprenham ou que foram descartadas. A taxa de prenhez é um indicador mais eficiente como ferramenta gerencial de monitoramento da eficiência reprodutiva. Ele é obtido em um curto espaço de tempo e inclui todo o rebanho. A partir de desvios encontrados na análise deste

indicador, ações corretivas podem ser implantadas rapidamente para evitar o pior: a falta de partos! Ao deixar a maternidade ficar vazia para tomar alguma atitude, provavelmente será muito tarde! A taxa de prenhez é o percentual de vacas que ficam prenhes em relação ao número de vacas aptas, medido a cada período de 21 dias. Vacas aptas são aquelas que ainda não estão prenhes, mas que já passaram pelo período de espera voluntário (PEV), que é o tempo para a “recuperação” do sistema reprodutivo após o parto, geralmente entre 35 a 60 dias. Para alcançar uma boa taxa de prenhez é preciso que se tenha, por exemplo, 24%de vacas aptas ficando prenhes em um período de 21 dias. Para isso é preciso que haja um bom número de fêmeas em cio, que elas sejam inseminadas e que a maioria fique prenhe. Assim, dois outros índices compõem a taxa de prenhez: a taxa de serviço ou taxa de inseminação, que mede a porcentagem de vacas que são inseminadas em relação ao número

de vacas aptas em um período de 21 dias, e a taxa de concepção, que é a porcentagem de vacas que ficam prenhes em relação ao total de vacas inseminadas. Então, Taxa de prenhez = Taxa de serviço x Taxa de concepção A taxa de serviço é inf luenciada basicamente pela observação de cio e pelo percentual de vacas em anestro, ou seja, aquelas que não estão dando cio. Já a taxa de concepção é influenciada pela fertilidade da vaca, qualidade do sêmen, processo de inseminação, dentre outros fatores. Um erro muito comum é confundir a taxa de prenhez com o percentual de vacas que deram positivas no toque. É muito comum ouvir que “a taxa de prenhez lá em casa é mais de 70%” e na verdade não se trata da taxa de prenhez. Outras vezes, a taxa de prenhez é confundida com a taxa de concepção, que é muito importante, porém não diz tudo, pois uma boa taxa de concepção com uma taxa de serviço baixa resulta em baixa taxa prenhez. Veja o exemplo:

Comparando somente a taxa de concepção, a fazenda 2 tem melhor desempenho reprodutivo. Mas, na verdade, como a fazenda 2 tem uma taxa de serviço muito baixa, a fazenda 1 consegue emprenhar suas vacas quase 5 vezes mais rápido do que a fazenda 2, mesmo tendo uma taxa de concepção mais baixa. A taxa de prenhez mede exatamente a velocidade com que as vacas estão ficando prenhes. Ao gerenciar a eficiência reprodutiva dos rebanhos através da taxa de prenhez, haverá plenas condições de identificar rapidamente falhas no processo, atuando de maneira precisa e eficiente.

"Um erro muito comum é confundir a taxa de prenhez com o percentual de vacas que deram positivas no toque. É muito comum ouvir que “a taxa de prenhez lá em casa é mais de 70%” e na verdade não se trata da taxa de prenhez".



entrevista 14

Jornal Holandês| Julho de 2012 redacao@jornalholandes.com.br

"Minas tem o Holandês que o freguês quiser" Renato Landini Dias ressalta que “é grande a desunião que existe entre os produtores. Não vendemos nosso peixe. Minas poderia abastecer muitas regiões do Brasil.” Nesta edição fomos além das suntuosas montanhas de Minas e fizemos uma parada no Estado vizinho...o Estado da agitação...da modernidade...estamos falando da grandiosa São Paulo. Paulista e grande amante da raça, Renato Landini Dias nos conta sobre a sua paixão por exposições e torneios leiteiros herdada pelo seu pai desde a década de 60. Além disso, faz declarações exclusivas ao Jornal Holandês que levarão todos os criadores a refletirem sobre o Holandês no cenário nacional. Com 53 anos de muita história, buscando sempre produtividade, longevidade e reprodução, a Fazenda São José localiza-se na cidade de São José do Rio Pardo – SP, em região montanhosa, com 950m de altitude, muita água e temperaturas amenas. “Eu fazia Administração em São Paulo quando meus pais adoeceram e tive de voltar para casa; foi depois disso que fui “picado” pela raça Holandesa e me apaixonei por ela. Já trabalhei com vendas de produtos veterinários e sêmen, hoje além de administrar a fazenda tenho o prazer de me

envolver em eventos agropecuários e no Sindicato Rural de Guaxupé”, comenta.

década de 80 também adquiri animais da Argentina... formando assim o rebanho.

JORNAL HOLANDÊS: Como tudo começou? RENATO LANDINI DIAS: No início, a busca foi por vacas em Minas Gerais, formando uma base com um histórico e de criadores tradicionais. Meu pai começou em 1959 a produzir leite com vacas mestiças que tinham na região naquela época, mas logo viu que teria que investir em genética para ter sucesso, comprando animais e buscando touros em fazendas tradicionais na raça Holandesa. Em 1966 ele começou a utilizar inseminação artificial e a participar de torneios leiteiros. Comprou muitos animais em São Gonçalo do Sapucaí e Elói Mendes – MG. Sempre buscamos o Holandês que se adaptava a nossa região, forte o suficiente para subir morros, produzir e reproduzir; fizemos uma seleção natural em cima desses fatores, a chamada força leiteira que nós sempre buscamos. Mas, sem dúvida, a utilização de IA desde o começo foi o principal fator de melhoria e qualidade para o rebanho. No início da

JH: Como é a evolução do seu rebanho? RL: Sempre busco evoluir geneticamente o rebanho. Costumo dizer que mesmo se você não puder dar as condições para os animais expressarem seu potencial, não deixe de investir, pois quando tiver condições o gado estará pronto para oferecer mais. Se por ventura for esperar fazer tudo para depois ir atrás da genética, talvez o investimento não se pague, ou terá que sair no mercado comprando. Desde 1992 que não utilizamos touro no rebanho, usamos IA, TE ou FIV, com acasalamento direcionado. No início, o meu pai usava touro para repasse, uma técnica que nunca concordei, pois você dá continuidade a um problema sério de reprodução, o resultado é que temos por muitos anos entre 55 e 57% de prenhes com uma dose e 86 a 88% com até duas doses. Sempre aprendemos muito com os técnicos que faziam e fazem os acasalamentos. Ter olhar técnico, sem a preferência entre os animais por família ou qualquer motivo que seja é importantís-

Foto Amaral

simo, pois enquanto o criador está vendo seus animais eles trazem informações sobre o que os touros fazem em vários rebanhos diferentes. Tive o prazer de ter em casa a ajuda do Dr. Luís Carlos Veiga Soares, José Henrique Bueno, Claumi Pio Villela Jr, Luis Felipe Grecco de Melo e espero continuar a aprender com eles. JH: Quais as vantagens de ter um rebanho 100% formado por meio de inseminação artificial? RL: A evolução das raças leiteiras é impressionante. No caso da raça Holandesa, as vantagens são muitas: com a IA você pode escolher e direcionar seu rebanho, buscar as vantagens que cada touro pode oferecer descritas nas provas, temos que sempre estar melhorando o rebanho, buscando produtividade, longevidade e reprodução, para isso precisamos de saúde e conformação. Como faremos isso com o touro, se não sabemos seus resultados? Pela genealogia até pode-se minimizar a chance de erro, mas se fosse só isso a solução seria simples: cruzarmos os melhores. Aí teríamos uma campeã, mas na realidade, não é isso que acontece.


entrevista 15

Jornal Holandês| Julho de 2012 redacao@jornalholandes.com.br

Arquivo pessoal

JH: Como escolher o melhor sêmen X animal? RL: Ninguém precisa ser um expert para escolher o sêmen para seu rebanho. A pessoa não pode deixar de querer aprender. Se você trabalha com empresas idôneas, com vendedores e técnicos da sua confiança, já fica bem mais fácil. Mas, se não tiver nenhum, você ainda pode contar com os técnicos da Associação Mineira, que por meio da Classificação Linear do seu rebanho mostrará o que você terá que melhorar. JH: Como descobrir o momento certo para investir? RL: Temos que separar os investimentos para falar de momento. Por exemplo, em genética é preciso investir sempre, pois a evolução das raças leiteiras é muita rápida, com muita informação. Também acho que investir em conforto e alimentação sempre traz retorno, lógico que cada um sabe o quanto e como deve investir. Se o produtor puder colocar uma sombra de bambu ou um free-stall climatizado, ele terá retorno se tiver a genética para responder ao investimento. JH: Qual é o perfil do produtor de leite? RL: Sei das dificuldades do setor, médios produtores sofrem no nosso País para conseguir continuar na atividade, mas se temos um rebanho eficiente geneticamente, ele será mais lucrativo. A vaca tem que ter capacidade de transformar o máximo do alimento fornecido em leite. Mas penso que nós produtores não sabemos nos unir para lutar pelos nossos interesses, teríamos que dar mais representatividade as nossas associações e sindicatos, para termos força política, e aí melhorarmos toda a cadeia produtora, onde hoje o produtor fica com a menor parte do lucro. JH: Com a experiência de anos de produção, hoje, o que é mais lucrativo? RL: Leite em torno de R$ 1,00 é bom negócio. Se você consegue ser eficiente na compra de insumos, fizer a alimentação do gado de forma eficiente, você terá lucro e investirá mais para produzir mais e diluir seu custo fixo. Combinado com um rebanho eficiente em reprodução e saúde, você terá excedente de gado e com um Holandês bom, você terá muito lucro na venda. Vender o que é bom, agradar o seu cliente e ele sempre voltará, temos vários mestres em Minas que sabem fazer isso muito bem. JH: Quais as estratégias para ser criador de Holandês? RL: Criador de Holandês tem que ter orgulho da raça, pois é a que mais contribui ao ser

humano. Existem “lendas” sobre a raça, dizem que é fraco ou precisa de muitos cuidados, mas todas as raças precisam de zelo e cuidado, pois se trata de seu patrimônio. Se você quer produzir mais terá que trabalhar mais, ficar sentado esperando não dá. O produtor pode moldar seu rebanho que a raça aceita, de acordo com seu critério; mas não pode nunca parar de evoluir. JH: Como você vê o mercado mineiro da raça Holandesa? RL: Minas Gerais tem o Holandês que o freguês quiser. O Estado possui rebanhos que estão entre os melhores do País: rebanhos adaptados a carrapatos, morros, calor enfim, ao clima do Estado, mas sempre com qualidade e melhorando; os números da Associação Mineira mostram isso. JH: Quando falamos em São Paulo logo pensamos na cidade onde tudo acontece de forma rápida e moderna. Você acha que há alguma diferença em ser criador de gado Holandês em São Paulo, se comparado com Minas? RL: Tem sim, o produtor em São Paulo fica mais próximo do mercado consumidor e pela logística recebe mais pelo preço do leite, consequentemente seu rebanho é mais valorizado. Quando falamos em custo de produção, as diferenças entre ICMS, prestação de serviços e preço de insumos deixam o custo menor, apesar da mão de obra ser mais cara e escassa no Estado. JH: O que você acha das exposições no nosso Estado? RL: Minas Gerais tem o diferencial de saber receber, de tratar todos bem, dou muito valor a isso. Sempre foi o nosso (Leandro Silva Marques) objetivo em Guaxupé, independentemente de quem for, com quantos animais participavam e também

os amigos que não traziam gado, mas iam nos prestigiar; o clima em Guaxupé é muito bom, como em muitas outras regiões de Minas. Mas, novamente, ressalto que pelo número de animais que existe no Estado e o potencial, acredito que é muito pouco, podemos crescer muito mais. JH: E o que poderia mudar? RL: Cada região tem que ter sua autonomia, seu mercado, valorizar seu criador. Não adianta eu só trazer expositores profissionais para regiões onde os criadores não têm como competir com eles, e para os profissionais também não é bom se ele não tiver concorrente a altura, é um caso a parte. Temos sim que incentivar e trazer novos participantes, que seja com um, dois ou quantos animais puder. Quanto mais participantes para a Associação, para o criador e para o Estado será melhor, e de cada regional levarmos os campeões a uma Estadual. É difícil sim, mas pode ser feito. O que não podemos é continuar mudando o jurado para julgar os mesmos animais, isso custa caro. Minas tem várias regiões ricas em pecuária leiteira, se essas fizerem suas exposições, seus leilões estariam “vendendo seu peixe”, mostrando sua qualidade. Mas hoje está acontecendo o contrário e se não fizermos algo, logo, muitas acabarão. JH: Por que escolheu trabalhar com a Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais, sendo que a sua fazenda é em São Paulo? RL: Por relacionamento mesmo. Faço o Registro Genealógico e a Classificação Linear com a Associação Mineira. Tenho e convivo com muitos amigos em Minas, dentre os grandes incentivadores posso citar o criador José Henrique Bueno, também de São Paulo, que sempre me levou em várias exposições apresen-

tando muita gente do ramo e da Mineira. Destaco também o meu sogro Sr. Gabriel Lopes, que eu tanto gostava de ouvir suas histórias, e não tinha como não ir para Minas. JH: Conquistas e sonhos realizados com o gado Holandês. RL: Cada bezerra que nasce é um sonho realizado. A cada dose do touro que compro, buscando famílias dos principais rebanhos americanos e canadenses, é como se trouxesse um pouco de lá para casa. Conquistei importantes premiações, dentre elas: Melhor Criador e Expositor em Mococa; Grande Campeã em Guaxupé, Três Corações e Itanhandu. No torneio leiteiro de Mococa conquistei a Campeã e Reservada. Visitar fazendas nos EUA e Canadá, ir à Royal e Madison também foram sonhos realizados. Mas o mais importante são os amigos que fiz por todo canto do País por causa do Holandês, das exposições. Graças a Deus tenho muitos, e com certeza terei mais ainda. JH: Quais são os seus planos futuros em relação a raça? RL: Vou diminuir muito meu rebanho. Os animais que ficarem pretendo investir em FIV e fazer um rebanho menor, mas com a mesma qualidade. Espero que a técnica de FIV com sêmen sexado de Holandês tenha consistência, para podermos acelerar e difundir ainda mais a evolução genética. Se der certo, aumentando o volume e barateando os serviços, esses produtos estarão mais acessíveis e teremos um mercado muito grande pela frente. Enfim, tenho uma paixão muito grande por meus animais e pela raça, não consigo me ver longe delas.


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Jornal Holandês| Julho de 2012 redacao@jornalholandes.com.br

O diagnóstico é essencial Toda doença que provoca o aborto deve ser criteriosamente investigada e a prevenção torna-se fundamental para o proprietário conseguir sucesso no sistema de produção O aborto é um tema que merece atenção do criador, pois poderá causar grandes perdas e impacto para a propriedade. Ele acontece nos diversos estágios gestacionais e possui várias causas, por isso é fundamental a sua prevenção e o diagnóstico de sua causa. Perguntas e dúvidas sobre as causas e incidência de abortos em bovinos de leite são muito frequentes, por isso o médico veterinário e Coordenador Técnico Esta-

dual de Bovinocultura da Emater/MG, Feliciano Nogueira de Oliveira fala com exclusividade ao Jornal Holandês sobre as causas, prevenções e cuidados que o criador deve ter com o animal e seu rebanho. Segundo Feliciano Nogueira “embora não se deva generalizar, a ocorrência de abortos nos rebanhos de fêmeas bovinas ainda é um problema comumente registrado em muitos sistemas de produção de pecuá-

ria bovina. Dados de literatura mostram que em rebanhos leiteiros a média da estimativa de perdas fetais varia de 1,5% (abortos observados) a 6,5% (abortos observados e não observados). É aceitável que até 2% das vacas gestantes de um rebanho cheguem a abortar, mas se este percentual se eleva a 5% ou mais, é indispensável que o problema seja criteriosamente investigado”, alerta. Wagner Correa

FATORES MAIS COMUNS QUE PROVOCAM O ABORTO As diversas causas geradoras de abortamento podem ser de origem infecciosa ou não. Podem ser citadas como de origem não infecciosa aquelas de ordem genética, hormonal, nutricional ou alimentar, físicas ou mecânicas, alérgicas, interação com produtos químicos ou medicamentosos. Já os abortamentos infecciosos podem ser causados por bactérias, vírus, fungos e protozoários. Dentre as doenças infectocontagiosas consideradas de maior importância como causa de abortamento em vacas de rebanhos leiteiros podem ser citadas: BruCELOsE: é causada pela bactéria Brucella abortus. O aborto ocorre, em geral entre o 6º e o 8º mês de gestação (terço final), com uma incidência aproximada de 65%, 18% e 4% respectivamente nas três primeiras gestações seguintes à contaminação. Por este motivo, alerta-se para o fato de que certos animais, embora não abortem, podem apresentar a doença, permanecendo como portadores do agente contaminante. TriCOMOnOsE: é uma causa importante de morte embrionária e de aborto em bovinos. Trata-se de uma doença de transmissão venérea causada por um protozoário, o Tritrichomonas foetos, caracterizada, em geral, por aborto no terço inicial da gestação. Suspeita-se da doença no rebanho quando um elevado número de fêmeas retorna ao cio a intervalos irregulares (28 a 45 dias) após cada monta natural ou cobrição. Os touros são portadores assintomáticos. CaMpiLOBaCTEriOsE: ainda conhecida por alguns como vibriose, a doença é provocada pela bactéria Campylobacter fetus, causando aborto ou reabsorção embrionária na gestação precoce (metade inicial da gestação). É causa de infertilidade temporária no rebanho, que apresenta grande número de fêmeas não gestantes e pequena taxa de nascimento. A infecção é transmitida pelo coito. Os touros contaminados não apresentam sintomas ou esterelidade e podem permanecer como portadores indefinidamente, ainda que haja casos de cura espontânea. Nas fêmeas provoca endometrite e placentite. LEpTOspirOsE: é provocada pela bactéria Leptospira sp., que na fase septicêmica invade a circulação fetal e mata o feto usualmente de 24 a 48 horas antes do mesmo ser expelido. Provoca mamite em vacas lactantes e aborto no terço final da gestação. LisTEriOsE: é provocada pela bactéria Listeria monocytogenes que causa aborto esporádico no final da gestação. A contaminação pode se dar por ingestão de água estagnada ou silagem contaminada, por meio da penetração da bactéria pelas mucosas do animal. diarrEia BOVina a VÍrus: provoca aborto no terço inicial da gestação. Nas vacas que adquirem a doença no terço médio da gestação pode não ocorrer o aborto, mas o feto poderá sofrer lesões graves. Caso a infecção ocorra no último trimestre de gestação, não há aborto e o feto é normal e imune à doença. rinOTraQuEÍTE inFECCiOsa BOVina Ou VuLVOVaGiniTE pusTuLar inFECCiOsa (iBr-ipV): é uma enfermidade viral de transmissão venérea decorrente da monta natural por touros contaminados.


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JORNAL HOLANDÊS: O que o aborto representa para a fazenda em termos financeiros? FELICIANO NOGUEIRA DE OLIVEIRA: Deve-se contabilizar os seguintes prejuízos decorrentes de um aborto, estimando os valores em cada situação: - o custo da inseminação artificial ou mesmo da cobertura do touro; - o custeio da vaca durante o período em que esteve gestante; - o custo do tratamento da vaca em decorrência do aborto; - o custo do período improdutivo pelo qual passa a vaca; - a perda da cria. JH: Cite e explique alguns fatores que são raros, mas merecem atenção do criador. FO: Algumas outras doenças infectocontagiosas, embora apontadas como de menor risco como causas de abortos, merecem o cuidado dos criadores em seus rebanhos. Dentre essas, podem ser citadas: - NEOSPOROSE BOVINA: provocada pelo protozoário Neospora caninum, foi recentemente reconhecida como causa de aborto em bovinos, sendo este o único sinal clínico observado em vacas infectadas. A idade do feto abortado varia de 3 a 8 meses, sendo de 4 a 6 meses na maioria dos casos. O diagnóstico do aborto por Neospora caninum baseia-se na identificação do protozoário por meio de exames laboratoriais; - FUNGOS: o gênero mais comumente identificado como causa de aborto em bovinos é o Aspergillus. Provocam abortos esporadicamente em bovinos, em geral no terço final da gestação;

- MICOPLASMAS: provocam aborto como resultado de placentite ou pneumonia fetal, principalmente no terço final da gestação; - CHLAMIDIA: o aborto epizoótico bovino é uma doença infectocontagiosa causada por micro-organismo do gênero chlamydia, que provoca aborto especialmente em primíparas (60%); - MASTITE: tem sido referida como causa de abortamentos em vacas; - DOENÇAS FEBRIS: o aumento da temperatura corporal materna ocasionado por doenças infecciosas febris (pneumonia, tuberculose, etc.) pode alterar o ritmo metabólico e provocar abor to, sendo aceita como potencial causa de perda fetal e abortamento devido à febre ou liberação de produtos inflamatórios na circulação sistêmica; - GERMES INESPECÍFICOS como Estreptococcus, Escherichi coli, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus, Salmonella sp. Arcanobacter pyogenes (anteriormente denominado Corynebacterium pyogenes) e Cândida são alguns dos agentes citados como causas de aborto por infecções inespecíficas. A via de infecção pode ser hematógena, linfógena ou vaginal. A morte fetal ocorre por interrupção da alimentação, ação direta do germe ou indireta pelas toxinas que produzem. JH: Quais as atenções devem ter com relação à alimentação e a água? FO: Vaca de leite, em qualquer situação, deve ter sempre água para consumo prontamente disponível em quantidade e em qualidade. Quanto à disponibilidade de alimentos e sua relação com a eficiência reprodutiva da vaca, nunca é demais reforçar que a vaca deve ser sempre man-

tida em boa condição sanitária e em boa condição corporal, não podendo parir magra e nem com excesso de gordura. De forma complementar, vale ainda lembrar que “o cio entra pela boca”, ou seja, a vaca com boa alimentação e em bom estado corporal terá assegurada a sua atividade cíclica ovariana, e, por consequência, a manifestação do cio e possível concepção e gestação a termo de uma nova cria. JH: É possível erradicar as doenças abortivas? FO: Dado à diversidade de agentes microbiológicos causadores das doenças abortivas, as diversas formas de contágio possíveis e às condições de ambiente em cada sistema de produção, a erradicação naturalmente não é uma situação fácil de ser conquistada. Além disso, deve-se considerar também, a ocorrência de abortos em função das causas não infecciosas, ou seja, não derivados de enfermidades. JH: Como prevenir e controlar os agentes causadores das doenças abortivas? FO: A prevenção e o controle particularmente quanto aos agentes infecciosos c a u s a d o re s d a s d o e n ç a s a b o r t i va s devem se dar a partir de cuidados como: - Adoção de um bom calendário profilático sanitário do rebanho, com ênfase às vacinações e exames periódicos de controle de doenças infectocontagiosas; - Exigência de atestados sanitários de origem por ocasião da compra de animais que serão introduzidos no rebanho; - Treinamento das pessoas que manejam o rebanho diariamente; - Eliminação de carcaças, fetos abortados, restos placentários que possam se constituir em focos de contaminação na propriedade; - Realizar periodicamente, por meio de um médico veterinário habilitado, um

levantamento do perfil sanitário e reprodutivo do rebanho. JH: Inseminação artificial também merece cuidados? FO: Sim, a inseminação artificial merece cuidados tanto no que diz respeito à aplicação da técnica, que caso seja má aplicada pode levar ao surgimento de infecções uterinas nas fêmeas inseminadas, quanto nos riscos de transmissão de doenças infecciosas pelo próprio sêmen utilizado. JH: Quais os cuidados que o criador deve ter após o aborto? FO: As medidas e os cuidados que o criador deve ter, devem ser de caráter preventivo, evitando abortamentos no rebanho. No caso de eventual ocorrência de aborto, o criador deve imediatamente orientar a eliminação dos restos placentários e do feto abortado, e o tratamento da vaca. De forma complementar deverá proceder uma averiguação cuidadosa sobre a causa do abortamento, considerando, inclusive, a possibilidade ou a necessidade de descarte da fêmea que teve o feto abortado. JH: Após o aborto, qual é o período voluntário de espera? FO: Inicialmente deve ser averiguada a causa do aborto, avaliando em seguida a permanência ou não do animal no rebanho, particularmente nos casos de aborto de origem infecciosa. Nos casos de abortos por causas não infecciosas o período voluntário de espera para uma nova cobertura ou inseminação deve obedecer o prazo natural de retorno à atividade cíclica ovariana normal da fêmea bovina, com a observação de cios sendo bem feita, verificando as características do muco produzido pelo animal nessa ocasião. Literatura consultada: FERREIRA, Ademir de Moraes. Reprodução da Fêmea Bovina: Fisiologia aplicada e problemas mais comuns (causas e tratamentos). Juiz de Fora, MG: Edição do autor, 2010. 422 p. il.


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Sinal de alerta para o produtor agir! Leonardo Moreira C. de Souza Presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandes de Minas Gerais Produtor de Leite

A alta expressiva nos custos de produção e a pressão pela baixa no preço da matéria prima, ou seja, do preço a ser pago ao produtor seria a volta da equação cujo resultado pode significar uma nova crise no setor produtivo do leite? O produtor sabe que a indústria é constantemente pressionada pelo varejo, o qual segue pressionado pela concorrência dos produtos importados, mas não pode carregar a maior pressão pela baixa no preço do seu produto, cuja margem de lucro é a menor de toda a cadeia de produção. Hoje, o produtor de leite sofre com a forte alta em toda a sua planilha de custos de produção, principalmente mão de obra, concentrados, forragens e adubos e, ainda, segue sempre contra a parede com relação ao preço do seu produto. Em resumo, nesta equação perversa para o produtor, quem ganha menos nos bons momentos é o que mais paga nas horas ruins do mercado. Porém, como o produtor pode interferir neste processo? Parece ser um movimento relacionado à força do capital e a um mercado com um menor número de compradores da matéria prima e um maior número de produtores. Esta situação já é uma velha conhecida de todos, sejam produtores, indústrias ou comerciantes de produtos lácteos. Em um passado recente, o setor já sofreu com altas e baixas da cotação do dólar, com uma inundação de produtos importados, com ou sem dumping, e o resultado foi a des-

motivação da produção, a liquidação de rebanhos, o declínio da exportação de lácteos ocasionando, por consequência, no momento seguinte, quando a economia deu sinais de fortalecimento, a falta de matéria prima para atender o mercado interno sempre crescente. Ocorre que hoje o produtor já tem maior consciência destas leis de mercado e consegue antecipar melhor medidas em busca da proteção da sua atividade, por exemplo, reduzindo a produção. Este fato pode configurar um ciclo vicioso para a indústria, já que em uma situação de menor produção interna e dólar mais alto, considerando que mesmo nas épocas de crise o mercado consumidor interno de lácteos cresce (em menor proporção, é claro), poderá haver falta de produto, obrigando as indústrias a pagar mais pela matéria prima e duelar com os varejistas com relação ao preço a ponta de venda. Portanto, o produtor, que é cobrado pela indústria para investir na qualidade da sua matéria prima e na melhoria do seu sistema produtivo, precisa ter (e creio que já tenha em sua maioria) consciência do seu peso na cadeia produtiva, a qual somente existe em torno do leite que ele produz. O produtor precisa gerir a sua produção de acordo com as tendências do mercado, como acontece na área da soja, do milho, do café, etc, procurando antecipar movimentos do mercado e calibrar a produção de forma a ter força para atuar na valorização do seu produto.

Realmente, neste campo das commodities parece que tudo se resume à oferta e procura, escala, custos eficientes e produtividade. Logo, se há sinalização de queda do preço na matéria prima, mesmo em uma época de elevação dos custos de produção, o produtor não pode pagar para produzir e ver as suas margens aviltadas para que o restante da cadeia mantenha intactas as suas margens de lucro. O produtor deve também ter o empenho de se organizar e tomar medidas para manter a produção global nos patamares adequados à sustentação do preço do leite por uma menor oferta, até que o mercado se reorganize e pague preços melhores. Infelizmente, como toda a atividade desta natureza, existem os ciclos de alta e de baixa nos preços, os quais podem ser minimizados. O momento, portanto, é de alerta para o produtor, pois o discurso pessimista da indústria já existe, exigindo do produtor uma resposta contundente e organizada no sentindo contrário. Na era dos movimentos de aglutinação e consolidação de mercados, ou o produtor efetivamente também se prepara, aglutinando-se de forma séria e eficiente para planejar o seu setor e enfrentar o mercado, ou prosseguirá sendo o elo fraco da cadeia. Por que não seguir alguns exemplos bem sucedidos mundialmente, como a Nova Zelândia, onde os produtores são o elo forte da cadeia ou até mesmo de outros segmentos agrícolas brasileiros? Somos capazes ou seria uma utopia?


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MINAS GERAIS NO CENÁRIO NACIONAL - Participação de MG na produção nacional de leite (2010): 27,3%

- Participação de MG no volume de leite industrializado no Brasil (2011): 25%

- Crescimento do leite entregue para industrialização em MG - média anual (2007 a 2011): 3,6% Fonte: Leite Brasil

COMUNIDADES INTERNACIONAIS (CCS X 103 CÉLULAS/ML) União Europeia: 400 Nova Zelândia: 400 Austrália: 400 Canadá: 500 Estados Unidos da América: 750 Fonte: Adaptado de Fonseca e Santos (2000)

País é líder na industrialização de leite Resultado dos últimos cinco anos faz com que o Brasil supere nações desenvolvidas As indústrias de laticínios brasileiras fizeram com que o país ocupasse o primeiro lugar no ranking de crescimento em industrialização entre os tradicionais países produtores de leite, de acordo com levantamento feito pela Associação Leite Brasil. No período de 2007 a 2011, o ritmo de avanço da industrialização no Brasil foi de 5,5% ao ano, superando os maiores produtores mundiais: EUA (1,5%), Índia (5,1%), Rússia (1,3%), China (0,9%), Alemanha (1,8%), França (1,6%) e Nova Zelândia (3,4%). O estudo foi realizado com base no volume de leite entregue para os laticínios nos últimos cinco anos nos países citados. “O país que mais se aproximou do Brasil foi a Índia, com crescimento médio anual de 5,1%. Porém, é preciso destacar que este país só industrializa 12% do total da produção de leite, enquanto no Brasil esse índice é de quase 70%”, explica Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil. De acordo com o executivo, é importante comemorar o crescimento da industrialização no Brasil, pois mostra que o país está no caminho certo para reduzir a informalidade, que hoje representa 30% do total de leite produzido. “No ano 2000, o leite informal respondia por 39%. Estamos evoluindo e a meta é chegar próximo aos níveis de países como EUA, Nova Zelândia, França e Alemanha”, detalha Rubez.

O ritmo mais acelerado de crescimento da industrialização no Brasil pode ser explicado pelo nível de investimento em laticínios. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação - ABIA, em 2011 esse valor girou em torno de R$ 1,8 bilhão, representando 11% no total investido na indústria da alimentação, acima dos outros setores. O avanço da industrialização também refletiu no aumento do faturamento da indústria leiteira, que atingiu R$ 38 bilhões em 2011, 15% a mais que em 2010. QUALIDADE Para Rubez, esse progresso impacta positivamente na qualidade do leite e beneficia não só o produtor, mas também o consumidor final. “Estamos oferecendo um produto melhor, mais seguro para o consumo e com os padrões mais próximos aos praticados em países desenvolvidos”, completa. Segundo o presidente da Leite Brasil existem diversos fatores que o produtor deve estar sempre atento para alcançar os n í ve i s d e q u a l i d a d e e x i g i d o s p e l o Governo, “destaco o manejo e a higiene do rebanho, em especial o controle da mastite, como fatores fundamentais. Ressalto ainda a vacinação de bezerros que normalmente é deixada em segundo plano”. Fonte: Leite Brasil adaptado pela redação.

na WeB Pesquisa inovadora em reprodução animal Pesquisadores da Embrapa estudam novas perspectivas para avanços no estudo da fisiologia ovariana em bovinos.

Implantação do Laboratório de Qualidade de Leite da Bahia “Produzir leite hoje no Brasil sem um laboratório de qualidade para atestar o que está sendo consumido pela população é impossível.”



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