JÁ Porto Alegre - Abril-Maio/2018

Page 1

•CORTESIA TE

• TE

CORTE SIA

1 9 8 5

Ricardo Stricher/Jornal JÁ

ANUNCIA N DO

DESDE

BATALHAS NO BROOKLIN

MP tenta mediar conflito entre vizinhos e frequentadores

ANUNCI AN DO

PRÊMIO

ARI2017

JORNALISMO IMPRESSO

PORTO ALEGRE w w w . j o r n a l j a . c o m . b r

1º LUGAR

REPORTAGEM ECONÔMICA

A B R I L / M A I O   DE  2 0 1 8

PÁGINA 4

sistente, o Tityus se adapta a qualquer meio - floresta, deserto ou lixão - e multiplicase velozmente. Cada fêmea dá 20 a 30 filhotes por vez, uns 160 durante a vida, e sem acasalamento (se reproduz por partogênese). Têm hábitos noturnos, vive nos esgotos, esconde-se em frestas e rachaduras das paredes. Se sai durante o dia, é porque a população está grande e a comida escasseou. No meio urbano seu alimento favorito são as baratas. Só pica uma pessoa se encostar nele.

Um escorpião amarelo encontrado à luz do dia no corredor de um prédio no centro acendeu o alerta: Porto Alegre está infestada. Desde 2001, quando foi registrada a primeira picada, a situação só se agrava. O Tityus serrulatus, nome cientí�fico do bicho, é o escorpião mais venenoso do continente americano. “No estado de São Paulo, é registrada uma morte por semana, e aqui também será assim”, alerta Fabiana Ninov, única bióloga da Vigilância em Saúde do municí�pio a dedicar-se ao problema. Re-

Reprodução/Jornal JÁ

O PERIGO AMARELO

LEIA MAIS NA PÁG. 6

O escorpião amarelo chegou ao Sul no ano 2000 e está adaptado ao meio urbano

Matheus Chaparini/Jornal JÁ

Construção tombada está se deteriorando rapidamente por falta de manutenção

gências quanto ao horário de funcionamento. Uma nova licitação não resultou em novo contrato. A prefeitura vai lançar agora mais um edital. “Ainda não sabemos qual o melhor formato”, diz Gabriela Moura. Já o antigo orquidário Gastão de Almeida Santos foi inaugurado em 1953, contava com servidores especializados, mas foram se aposentando. Chegou a abrigar cerca de 4,5 mil mudas de 45 espécies de orquí�deas. Ali ocorriam até três exposições de orquí�deas por ano que recebiam de 15 a 20 mil pessoas. Em janeiro de 2016,

O orquidário agora está fechado e abandonado

Ricardo Stricher/Jornal JÁ

Em março, após dois anos em ruí�nas, a prefeitura limpou a área do que ainda restava do orquidário. “Tinha se tornado um local sujo e escuro, ocupado por usuários de drogas”, explica Gabriela Azevedo Moura, supervisora de Praças, Parques e Jardins da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam). Agora está em estudo um edital, a ser lançado até final de julho, para tentar reabilitar aquele setor da Redenção. A prefeitura aposta na permissão de uso para a iniciativa privada. Um único edital para exploração do Café e do antigo orquidário pode ser o caminho. “Queremos uma solução para o que chamamos de complexo do Lago: café, orquidário e o Recanto Alpino, também abandonado”, diz Gabriela. Tombada pelo patrimônio histórico, a estrutura erguida para a exposição do centenário Farroupilha (1935) é hoje uma ruí�na à beira do laguinho. O último permissionário fechou o Café em 2014, principalmente por diver-

Patrícia Marini/Jornal JÁ

Café do Lago e orquidário ainda aguardam edital

As exposições de orquídeas atraiam visitantes ao Parque

num temporal, um galho caiu sobre o que restava do orquidário. As orquí�deas que restavam ali foram levadas para o viveiro municipal na Lomba do Pinheiro. Em março, a prefeitura fechou de vez

o local. O Cí�rculo Gaúcho de Orquidófilos, que em 1953 ajudou a criar o orquidário, não lamenta a sua demolição. “Nós lamentamos é que se tenha permitido que ano após ano o orquidário viesse

sendo implodido aos poucos. Entregue às moscas por sucessivas administrações municipais, não tinha mais jeito”, diz o presidente, Luiz Filipe Klein Varella. Não reunia condições para cultivo adequado de orquí�deas. “As orquí�deas que estavam lá, em grande parte nem nativas eram; eram de gêneros asiáticos, capazes de florescer em ambientes sombreados demais”, explica. Ali não se via mais espécies representantes das cerca de 400 integrantes da flora orquidácea do Rio Grande do Sul. “Certamente não se construirá outro orquidário municipal”, lamenta.


2

PORTO ALEGRE

Discurso único?

13 projetos em regime de urgência estão na Câmara

O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, foi a Recife, para um evento do grupo empresarial Lide. O grupo Lide Global, até 2016, era presidido pelo empresário e apresentador de TV João Dória, eleito prefeito de São Paulo e, agora, candidato ao governo do Estado, pelo mesmo partido de Marchezan, o PSDB. De acordo com a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, ao falar no encontro em Recife, o prefeito de Porto Alegre pediu a executivos presentes que só direcionem verbas publicitárias a veículos de comunicação e projetos culturais que defendam bandeiras liberais. Ainda de acordo com a coluna, Marchezan criticou o uso de dinheiro público em financiamentos de produções consideradas por ele “comunistas” e questionou: “Se nós não formos responsáveis pelo que chega à cabeça do brasileiro, quem será?”. Marchezan não precisa fazer essa recomendação aos empresários, eles já agem assim. A censura econômica existe há muito no país. Surpreende, portanto, que ele, um homem público, eleito pelo voto democrático mas parcial, pregue a supressão de opiniões contrárias às suas. Pelo que diz, o prefeito pretende que o uso do dinheiro público seja exclusivamente para difusão das “bandeiras liberais”, como discurso único. Isso tem outro nome, prefeito.

EXPEDIENTE DESDE

1 9 8 5

PORTO ALEGRE

Redação: Av. Borges de Medeiros, 915, conj. 203, Centro Histórico - CEP 90020-025 - PoA/RS Edição fechada às 19h do dia 7 de maio de 2018 O Jornal JÁ Porto Alegre é uma publicação da Jornal JÁ Editora Editor responsável: Elmar Bones Editor: Tiago Baltz Reportagem: Felipe Uhr, Higino Barros, Tiago Baltz, Elmar Bones, Matheus Chaparini, Cleber Dioni e Patrícia Marini Fotografia: Ricardo Stricher, PMPA Edição de arte: Andres Vince CONTATOS DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

PARA ANUNCIAR

(51) 98199-5625

Pacotaço indigesto para os vereadores em ano eleitoral

T

reze projetos em regime de urgência. Esse foi o pacote que o prefeito Nelson Marchezan depositou na mesa da Câmara Municipal no final de abril. Para o prefeito, as propostas atacam a “grave” crise financeira do municí�pio, que ele dramatiza dizendo que é “a mais grave da história”. Se nada for feito, estima, haverá um déficit de R$ 708 milhões em 2018 e um buraco de pelo menos R$ 1,7 bilhão no caixa, quando ele deixar o cargo, em 2020. Para os vereadores de todos os partidos, inclusive seus aliados, o ano eleitoral torna o pacote um prato indigesto - da revisão das alí�quotas do IPTU até as emendas que mexem com folha de pagamento e direitos de servidores. A revisão do IPTU, que renderá 14% a mais na média, é uma antiga aspiração dos prefeitos. Desde 1991 as alí�quotas não são revisadas. A nova proposta prevê sete faixas que variam de acordo com o valor do imóvel: quanto menor o valor, menor a alí�quota. Os imóveis de até R$ 60 mil serão isentos. As mudanças introduzidas no novo texto atenderam a crí�ticas dos vereadores e entidades de classe à proposta votada e derrotada no ano passado. Pelo projeto do ano passado, 59% dos imóveis teriam aumento de IPTU. Na nova proposta que está na Câmara esse percentual é de 57%. Na outra ponta, o percentual de contribuinte isentos que seria de 41%, agora passou a 43%. “Hoje, 100 mil imóveis estão isentos de IPTU. Pela nova proposta, serão 160 mil com isenção, principalmente moradores de bairros periféricos. Quem tem propriedades mais valiosas é que vai pagar mais”, confirma o secretário municipal da Fazenda, Leonardo Busatto. O governo estima que a arrecadação, no primeiro ano de IPTU revisado, será de R$ 70 milhões.

ARTE

Barbearia

Brayan Martins/ PMPA

Nota do Editor

Marchezan foi à Câmara convencer vereadores da necessidade de aprovação dos projetos

Confira a lista dos projetos do Executivo 1. Atualização do IPTU 2. Cadastro de Inadimplentes Municipal (CADIN-POA) 3. Adequação à Lei Federal do ISS 4. Revisão dos avanços automáticos da folha 5. Mudanças na incorporação de gratificações

www.jornalja.com.br

jornaljaeditora@gmail.com

jornaljanaweb

Imóveis até R$ 60 mil ISENTOS de R$ 60 mil a R$ 100 mil

de R$ 500 mil a R$ 750 mil

de R$ 100 mil a R$ 300 mil

de R$ 1 milhão a R$ 3 milhões

de R$ 300 mil a R$ 500 mil

acima de R$ 3 milhões

jornal_ja

0,62%

de R$ 750 mil a R$ 1 milhão

0,40%

0,70%

0,47%

0,77%

0,55%

0,85%

Outra novidade do novo projeto é uma redução temporária de imposto para os imóveis comerciais no Centro Histórico. A proposta prevê redução de 25% no imposto a ser pago durante quatro anos, até 2022. A oposição já adiantou, porém, que precisa discutir cada propos-

Desde 1966

(51) 3332-4301 Agora em novo endereço

avenida venâncio aires, 1.115 Venha conhecer!

6. Mudanças nos regimes de trabalho 7. Fim da Licença Prêmio 8. Lei de Responsabilidade Fiscal Municipal 9. Novo regramento sobre Fundos Públicos Municipais

Alíquotas propostas pelo novo projeto

(51) 3330-7272

ABRIL/MAIO de 2018

10. Previdência Institui o Regime de Previdência Complementar 11. Previdência - Altera regras de pensão 12. Previdência Alteração regras aposentadoria 13. Previdência - Incentivo a não aposentadoria

ta, e que a apreciação desses projetos não vai ser tão rápida nem tão simples. Os outros dez projetos são focados em redução de despesas, por meio de alterações no regime de trabalho e reestruturação dos benefí�cios dos funcionários públicos, além da instituição do Regime de Previdência Complementar no municí�pio. O prefeito ainda quer a revisão dos avanços automáticos da folha, o que delimitaria os máximos trienais e adicionais por tempo de serviço, e o fim da licença prêmio, em que, a cada cinco anos de trabalho, os servidores têm direito a três meses de licença. A mudança no IPTU afeta as faixas mais influentes do eleitorado e do setor imobiliário, os projetos que fazem ajuste no setor público mobilizam o funcionalismo e a oposição. Não é pequeno o desafio do prefeito.

LANCHERIA DO PARQUE

BOM

FIM

Desde 1982

Av. V

Osvaldo Aranha, 1086 - Fone 3311.8321

(


3

PORTO ALEGRE

ABRIL/MAIO de 2018

ÁRVORES

Rafaela Redin / Arquivo PMPA

Startup ambiental recolhe resíduos no Bom Fim

Nova lei para cortes e podas Projeto volta à Câmara, ambientalistas dizem que é “arboricídio”

O

projeto que muda a lei sobre cortes e poda de árvores e vegetais em Porto Alegre, está novamente na mão dos vereadores. Apresentado em abril de 2017 pelo vereador Moisés Barboza (PSDB), o projeto foi suspenso em outubro, por decisão judicial, às vésperas de ir à votação na Câmara. A liminar, concedida pelo juiz Eugênio Couto Terra, atendeu pedido das entidades ambientais contrárias ao projeto. O vereador retirou o antigo texto, fez mudanças, e reenviou para o Legislativo, que o levou a audiência pública, dia 26/4: “É� o caminho mais rápido para bus-

carmos votar e aprovar”, diz Barboza. Ele entende que seu projeto atende à demanda de pedidos acumulados hoje na capital (mais de 9 mil, segundo ele). E rechaça o termo de “arboricí�dio” usado pelas entidades para classificar seu projeto: “É� um termo que não procede. Terá autorização de um técnico responsável, terá autorização prévia da Prefeitura, isso é ranço polí�tico de quem não quer mudar nada na cidade”.

ENTENDA O PROJETO

A proposta visa reduzir o tempo de espera entre o pedido e a execução do serviço e permitir que o cidadão contrate um serviço privado para a poda ou corte e re-

ATIVIDADES DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA NA SEMANA DE 7 A 11 DE MAIO

Projeto na câmara quer permitir contratação de empresas privadas para podas de árvores

“Um mercado de licenças” Em outubro de 2017, dezesseis entidades ambientais lançaram abaixo-assinado on-line contra a nova lei. Para as entidades: “É� um ataque à SMAM, com o objetivo de promover um mercado de

tirada dos vegetais, em até 30 dias. O Projeto também altera a divisão do Fundo Municipal Pró-Ambiental. Hoje, compensações, verbas de licenças ou in-

frações ambientais vão para o Fundo e é possível usar até 15% para a manutenção de parques e praças. A proposta de Barboza quer alterar para 30% esse limite.

17ª EDIÇÃO DO PRÊMIO GESTOR PÚBLICO

licenças privadas para corte e podas, levado a cabo por setores econômicos imediatistas que difundem um sentimento contrário à vegetação urbana, ao interesse público e ao funcionalismo municipal, em especial da área de Meio Ambiente. São falácias usadas como argumento para o corte indiscriminado de nossa arborização.” Os movimentos ambientalistas desta vez estão sincronizados e prometem forte mobilização, a começar pelas redes sociais, para tentar barrar o projeto.

Estão abertas, até 29 de junho, as inscrições para a 17ª edição do Prêmio Gestor Público. A distinção é promovida pelo Sindifisco-RS e pela Afisvec, em parceria com o Parlamento gaúcho. Os objetivos são incentivar a melhoria da gestão pública e o uso de metodologia de projetos nas prefeituras, estimular iniciativas inovadoras e destacar programas municipais que apresentam resultados positivos para as comunidades gaúchas. O tema central desta edição é Receita para Crescer: alternativas para sair da crise via incremento da arrecadação. Inscrições e mais informações em www.premiogestorpublico.org.br.

PRÊMIO LILA RIPOLL DE POESIA 2018 Foto: Marcelo Bertani

Na semana de 7 a 11 de maio, as atividades dos parlamentares gaúchos estarão concentradas em Gramado, onde ocorre a 22ª edição da Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais. O evento, que será realizado nos dias 9, 10 e 11 de maio, é promovido pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), em parceria com a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Temas como a instalação de free shops em cidades gêmeas de fronteira e a Lei Kandir estão entre os assuntos que estarão em pauta no encontro.

Às 17h do dia 9 de maio, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marlon Santos (PDT), o presidente da Comissão Especial sobre a Lei Kandir, deputado Frederico Antunes (PP), e o tesoureiro da Unale, deputado Ciro Simoni (PDT), participarão do debate “A Lei Kandir e os estados exportadores. Ações e perspectivas das Assembleias Legislativas sobre o tema”. A atividade fará parte da programação do Colegiado de Presidentes, que é um dos eventos simultâneos da Conferência.

Preocupados com os í�ndices de reciclagem, quatro jovens se uniram para fundar a Ecollect, uma startup que aproxima quem possui material reciclável em casa e quem trabalha no reaproveitamento. A Ecollect se propõe a encontrar destinação para materiais como: eletrônicos, óleo de cozinha, remédios vencidos, lâmpadas e pilhas; e possui uma lista de empresas parceiras que recebem o material. “Começamos no Bom Fim, mas vimos que a demanda era grande e tentamos atender a maioria dos bairros, com a exceção dos mais distantes”, explica a bióloga Jéssica Alvarenga, uma das sócias.

Até 30 de maio estão abertas as inscrições para o Prêmio Lila Ripoll de Poesia 2018. O prêmio tem como intuito fomentar o desenvolvimento cultural e estimular a criação artística, por intermédio da divulgação e valorização da poesia dedicada às causas sociais e às questões de gênero, bem como dar visibilidade a novos talentos literários. As inscrições devem ser efetuadas enviando poesias para o e-mail lila.ripoll@al.rs.gov.br, e o regulamento pode ser consultado no site da Assembleia Legislativa. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones: (51) 3210.1118 e 3210.1112.

Contato por mail ecollectpoa@gmail.com WhatsApp (51) 98525-5995 Facebook /Ecollectpoa

FÓRUM DEMOCRÁTICO

O Colégio Deliberativo do Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional, composto por representantes da Assembleia Legislativa, do Fórum dos Conselhos de Desenvolvimento Regional (Coredes) e de entidades da sociedade civil, definiu, em reunião realizada na tarde do dia 3 de maio, os temas a serem debatidos em 2018. As políticas para o idoso, os desafios da educação pública e o desenvolvimento econômico sustentável foram os assuntos escolhidos pelo colegiado, o qual deverá organizar atividades, como seminários, painéis e campanhas, no decorrer do ano. Os temas serão trabalhados pelos Grupos Executivos de Acompanhamentos de Debates (GEADs), cujos coordenadores foram escolhidos no mesmo encontro. Criado em 1999 e reformulado em 2008, o Fórum Democrático é um órgão permanente da Assembleia Legislativa. Vinculado à presidência da Casa, tem cumprido, ao longo dos anos, o papel de promover o debate de questões como as leis orçamentárias, o papel do Estado e o desenvolvimento econômico e social, além de temas conjunturais.

ESCOLA DO LEGISLATIVO A partir das 14h30 do dia 9 de maio, no Plenário do Memorial do Legislativo, a Escola do Legislativo Deputado Romildo Bolzan realizará encontro com os participantes do Programa Geração DUX, da Fundação Gerações. Haverá apresentação de vídeo institucional sobre a Assembleia Legislativa, palestra com a ex-servidora Maria Regina Guimarães Barnasque, conversa com a equipe gestora da Escola do Legislativo e visita guiada conduzida pela equipe do Memorial do Legislativo.

Foto: Marcelo Bertani

al.rs.gov.br


ARTE

O Brooklin de Porto Alegre: espaço perdido entre avenida e viaduto virou ponto de “batalhas culturais”

CONFLITOS URBANOS

Desafio do Brooklin

C

onhecido e frequentado nos últimos anos em função de batalhas de rap ou de poesia falada – os slams – o Viaduto Imperatriz Dona Leopoldina, rebatizado popularmente de Brooklin, ganha agora visibilidade em função de outro conflito bem menos poético. Um grupo de moradores, incomodados com o som alto nas madrugadas, organizou abaixo-assinado - com cerca de 80 assinaturas - e procurou o Ministério Público. Um inquérito foi aberto no final do ano passado e uma primeira audiência foi realizada em março. Em resposta, outro abaixo-assina-

Espaço abandonado, perigoso, tornou-se ponto cultural. Agora incomoda os vizinhos do foi criado “em defesa do Brooklin”, reunindo assinaturas de frequentadores dos eventos. A ocupação do viaduto começou por skatistas que passaram a praticar o esporte no local, então pouco utilizado e com grande incidência de assaltos. Em seguida, o local foi descoberto por produtores e pela boemia da cidade e tornou-se reduto de samba, cumbia, forró, rap, poesia, feiras e afins. E o movimento repercutiu na imprensa. Ao chegar de viagem em uma terça-feira, o morador

e comerciante Rafael Dei Svaldi se deparou com uma matéria do jornal Zero Hora que apresentava dois novos redutos do samba na capital – Brooklin e o viaduto Otávio Rocha, na Borges de Medeiros. Indignado, escreveu um e-mail para o jornal, reclamando que a matéria não ouvia os moradores insatisfeitos nem citava a situação que já havia chegado ao MP. Outra matéria foi publicada, com este enfoque. Desta vez, a reação veio do outro lado e o conflito de vizinhos ganhou uma dimensão bem maior.

Um movimento em defesa dos eventos no local foi puxado pelo grupo Encruzilhada do Samba, que desde o iní�cio do ano faz suas rodas todas as terças-feiras. Um abaixo-assinado “em defesa do Brooklin” coletou 495 assinaturas na primeira noite. A escolha do local, segundo Diego Silva, do Encruzilhada, deu-se em função de já ser um espaço cultural estabelecido da cidade. “É� amplo, tem uma área coberta, embaixo do viaduto, e não tem muito

prédio, então não tem tantas pessoas que possam se sentir incomodadas.” O bar Lechiguana, que promove eventos, como a roda de samba das terças, está em contato com a SMIC para regularizar sua situação. A casa funciona com alvará provisório. Ele alega que as atividades do estabelecimento não são as de maior impacto. “Não somos só nós, diversos grupos promovem eventos”. Este é outro empecilho ao

diálogo. Diversos moradores reclamam e são muitos os grupos com atividades no local. Para tentar reunir estes grupos surgiu a ideia de um evento cultural no dia 19 de maio. “É� um espaço cultural que surgiu espontaneamente, porque há uma demanda por isso. Claro que tem que ter organização, criar regras. Precisamos achar maneiras de continuar utilizando o Brooklin em harmonia com as pessoas que moram ali”, conclui Diego Silva.

Duelo de abaixo-assinados

MP vê “lado bom e lado ruim” Em função da grande quantidade de partes envolvidas, o Ministério Público não descarta desmembrar o inquérito. A promotora do Meio Ambiente, Ana Maria Marchesan, explica que a investigação ainda está em fase inicial. A promotora definiu a mediação como “complicada, mas possível”. “Como tudo, tem um lado bom e um lado ruim. Tem o lado de revitalizar a área, mas por outro lado tem a perturbação do sossego”. Para Ana Maria Marchesan, a principal dificuldade é a grande quantidade de partes envolvidas. “Não afasto a possibilidade de Promotora Marchesan vir a desmembrar, tratar em inquéritos separados. Um inquérito tratando só de um bar, outro para determinado tipo de evento, por exemplo”, explica.

Moradores reclamam de abandono Rafael mora e trabalha na rua Sarmento Leite desde 1994 e diz não conseguir dormir ou trabalhar às madrugadas. Proprietário da loja Nerdz, ele afirma que tentou negociar o horário com realizadores sem sucesso. “Agora não existe mais, de nossa parte, a intenção de negociar”, afirma. Além do barulho, os moradores reclamam do cheiro de urina em frente aos imóveis e pichações. Segundo Rafael, ao longo dos anos foram várias as tentativas dos moradores para fazer melhorias no local. “Nunca esteve abandonado pelos moradores, e sim pela prefeitura”, afirma. Proprietária do edifí�cio da esquina, onde estão alguns estabelecimentos, como a Bugio Discos e o Espaço Cultural Lechiguana, Ivone Mendina de Morais chegou a propor em 2016 para a Secretaria do Meio Ambiente a adoção da praça. Um projeto chegou a ser feito e o custo de manutenção era de aproximadamente dois mil reais mensais. Como contrapartida, ela pedia que a prefeitura acabasse com as festas na madrugada.

• Yoga

Terceira Idade

• Meditação Divulgação/MP

Ricardo Stricher / JÁ

4

2 x 10

O endereço cert

seu café de

Cliente: Dayananda Inserção: de março a de Formato(s): 2 x 10,5 cm Caminho: Dropbox\Diagrama Venha degustar nossa seleção especial de cafés, acompanhado de um delicioso doce ou salgado. Espaço de cultura, saúde e lazer. Segunda à domingo das 9h às 21h

ARTE

Av. José Bonifácio, 731 | (51) 3331-164 /coletaneapubcafe

Solu sua e

Suporte Hardware e Serviços Soluções par

(51) 3333-7000

w

Av. Osvaldo Aranh

ANUNCIE2NO x 10


PORTO ALEGRE

ABRIL/MAIO de 2018

5

CAMINHOS DO ZEN • Yoga para adultos

• Estudo de Vedanta

Os brasileiros que estão mudando o budismo

Fotos: Divulgação Instituto Zen Maitreya

Iniciados há 50 anos com mestres japoneses buscam um caminho próprio

0,5 cm

to para saborear

esde 1998.

ezembro 2018 (?)

acao\Jornal JÁ Porto Alegre\2-publicidade\!EDIÇÃO ATUAL\

46

uções de TI para empresa.

Técnico e Software de cloud ra a internet

www.smartsupport.com.br

ha, 1070 - conj. 201

0,5 cm PORTO ALEGRE

3330 7272

A

sala, ainda iluminada pelo sol da tarde, está lotada. Umas sessenta pessoas, sentadas em cadeiras, almofadas, no chão e até na escada. O homem fala sem microfone mas a voz pausada alcança todo o ambiente em silêncio. O homem que fala é o professor, filósofo, músico, poeta e ecologista Celso Marques, hoje o monge zen Seikaku, criador do Instituto Zen Maitreya e do Zendô Diamante (Kongô Zendô), um dos três centros budistas de Porto Alegre. Naquele domingo, 8 de abril, dia do Nascimento de Buda, o Instituto comemorava seu primeiro ano de atividades. Ao fim de uma tarde de práticas budistas, Celso Marques, está abrindo o painel para debater: “O budismo que queremos”. Outros dois monges budistas ladeiam o mediador: o lama Padma Samten e o monge zen Dengaku. Padma Samten lidera o CEBB, Centro de Estudos Bu-

distas Bodisatva, a maior rede de comunidades budistas do paí�s, coordenando mais de 40 centros de prática no Brasil e no exterior. O monge Dengaku é o lí�der do Via Zen, centro urbano de Porto Alegre e do Vila Zen, mosteiro zen localizado em Viamão, do Via Zen de Zurique, na Suiça e outros locais de prática zen, inclusive no Uruguai. “Eramos uma meia dúzia de de gatos pingados”, lembra Celso Marques, recordando o ano de 1968, quando mudou-se de Porto Alegre para São Paulo e juntou-se a um grupo de brasileiros que se iniciavam no zen-budismo, sob orientação dos monges Tokuda Igarashi, Ricardo Mário Gonçalves e o Superior (Sookan) Riohan Shingu no Templo Bushinji, no bairro japonês da Liberdade. Minoria no meio de uma numerosa comunidade japonesa, aos poucos, eles foram percebendo que naquela época as prioridades no templo budista de São Paulo estavam mais voltadas para a atender as demandas espi-

rituais da colônia japonesa e a preservação dos valores culturais do Japão. “A prioridade não era o zazen, mas cerimônias fúnebres, casamentos e a Escolinha Mahayana, onde o monge Tokuda dava aula, para as crianças aprenderem a lí�ngua e os costumes japoneses”. Naquela época o Templo Busshinji iniciava sua abertura para brasileiros que acompanhavam o grande interesse ocidental pelo zen. Descontente com esta situação o monge Tokuda saiu do Busshinji, indo morar em Campos do Jordão. De volta para Porto Alegre em 1972, Celso Marques integrou-se no grupo de estudantes de karatê da escola Wadô Kai do sensei Takeo Suzuki. O monge Tokuda periodicamente vinha a Porto Alegre orientar a prática do zazen do grupo. Este grupo se reuniu, semanalmente, durante 24 anos, para meditar e estudar o budismo na residência de Celso Marques, .dando origem ao pujante movimento budista do zen e do budismo tibetano

no sul do Brasil. Celso Marques diz que se surpreende hoje quando vê o movimento budista que se desenvolveu a partir daquele grupo de “gatos pingados”. É� , segundo ele, um budismo novo que está surgindo no Brasil e que desperta admiração internacional. “Até o Japão agora está interessado no budismo que se pratica no Brasil”, diz. Há poucos dias ele deu entrevista a uma equipe de cineastas japoneses que está fazendo um documentário sobre o budismo no Brasil. “Eles ficaram impressionados com a expansão do budismo que de Porto Alegre migrou para Santa Catarina e Paraná, todo o Sul. Inclusive o núcleo fundador deste movimento, o Bushinji, em São Paulo, ampliou suas prioridades, acolhendo praticantes budistas brasileiros. “Em dezembro de 2017 participei do retiro da Iluminação de Buda no Busshinji e me senti em casa, sem aquela distância que antes existia”. (Leia a integra no site www.jornalja.com.br)


6

PORTO ALEGRE

ABRIL/MAIO de 2018

Pode ser fatal para crianças

Fotos: Cristine Rochol/PMPA

Escorpião amarelo se reproduz rapidamente nos subterrâneos da cidade

E

le tem apenas sete centí�metros mas a picada pode ser fatal para uma criança ou idoso. Tityus serrulatus é o seu nome cientí�fico. É� o mais venenoso entre mais de uma centena de tipos de escorpiões encontrados no Brasil. Até o ano 2000, não havia registro de sua presença no RS. Acredita-se que chegou ao Sul de caminhão, vindo de Minas Gerais e São Paulo, provavelmente num carregamento de hortaliças. Também há relato de alguns vindos numa carga de madeira da China, mais tarde. Dos 17 acidentes registrados no Estado pelo Centro de Informações Toxicológicas em 2017, sete ocorreram na Capital, onde já apareceu em várias regiões: Assis Brasil, Restinga, Partenon, no Ceasa. Em outubro, uma criança de cinco anos foi picada na Lomba do Pinheiro. Aquele foi o quinto registro do

ano. Levada rapidamente ao HPS, foi tratada. Em novembro a Prefeitura emitiu um alerta epidemiológico. Em janeiro, um deles foi visto num prédio na rua Senhor dos Passos, entre Andradas e Alberto Bins, um ponto comercial movimentado do centro velho. Agora em maio, de novo, no mesmo edifí�cio, misto de comércio e residências. Chamada ao local, a bióloga Fabiana Ninov, da Vigilâcia em Saúde do municí�pio, constatou que o subsolo está cheio de entulho, ambiente convidativo para qualquer escorpião. A visita culminou numa reunião de capacitação de pessoas do prédio para identificar e controlar a presença do escorpião amarelo. Responsável por uma das empresas que funciona naquele endereço, a Barcellos Assessoria Imobiliária, Fernando Barcellos decidiu sugerir ao Secovi, sindicato que reúne construtoras e imobiliárias da cidade,

Foram distribuídas aos agentes municipais de controle de endemias luvas e pinças para caputura do escorpião amarelo

promover a capacitação de agentes em todas as imobiliárias, e que estes transmitam a porteiros, zeladores e sí�ndicos o que deve ser feito. “Foi muito boa esta ideia, é desse tipo de iniciativa que precisamos”, anima-se a bióloga Fabiana. “É� essencial que todos estejam informados e mantenham-se de olhos bem abertos”, completa a especialista.

Falta sintonia entre os agentes públicos

O biólogo Ricardo Ott, da Fundação Zoobotânica, lamenta que não exista uma ação integrada entre órgãos estaduais e municipais e compara a situação do escorpião amarelo com a da lexmaniose. “Há 20 anos todos sabem que existe no Morro São Pedro. Agora chegou ao Morro Santana”. O Estado, avalia Ott, deveria promover financiamento de pesquisa voltada a identificar vetores. “Qual a causa? Desmatamento, lixo acumulado? Qual é o vetor, qual é o mosquito? Não sabemos”. Em vez disso, quer

ARTE

A biológa Fabiana Ninov na rua Senhor dos Passos instruindo moradores

extinguir a Fundação. “Se a Zoobotânica fechar mesmo, seria ótimo que viessem trabalhar conosco.

Av. Jerônimo de Ornelas, 349

ARTE

O último concurso para biólogo em Porto Alegre foi em m  f i m 1998, estamosb onos aposentando”, diz Fabiana Ninov.

3232.9778 AGENDE umA AVALiAçãO GRATuiTA Dra Mariane de Vargas Quadri

fone: 51 99291.4238

Cartão fidelidade Com parCelamento em até 10 vezes s/juros

E scorpião não é inseto, inseticida só vai deixá-lo mais agressivo. Quem se deparar com um deve matá-lo, segundo orientação da Vigilância em Saúde, usando um tijolo, pedra, um objeto duro. Pisar nele, só se estiver usando botas. Depois, o ideal é comunicar pelo 156 e encaminhar para identificação. O soro antiescorpiônico é produzido em SP, MG e RJ, onde sobra matéria-prima, que é o veneno extraído do animal vivo.

Como manter o escorpião longe Muita limpeza, rigor com o lixo, acúmulo de entulho de jeito nenhum, telas em todos os ralos, rebocar frestas e rachaduras, consertar rodapés soltos, vedar soleiras de portas e combate às baratas são providências urgentes para que o escorpião não seja atraí�do. Em locais de maior risco, como moradias térreas em locais com lixo acumulado por perto, cuidados cotidianos devem ser adotados, como sacudir bem lençóis e travesseiros, vistoriar embaixo das camas antes de deitar e den-

tro dos sapatos antes de os calçar, colocar telas nas janelas, pias, tanque. Tudo o que atrai baratas – lixo, louça suja, cebola, restos de cerveja deve ser evitado. Em abril, foram distribuí�das aos agentes municipais de controle de endemias luvas reforçadas e pinças adequadas à captura dos escorpiões. Como a picada não deixa marca, as enfermeiras das unidades básicas de saúde estão recebendo capacitação para reconhecer um caso pelos sintomas, na triagem, para agilizar o atendimento.

Av. Jerônimo de Ornelas, 349 Av. Venâncio Aires nº 876 Bom T E LFim E N- Porto T R E Alegre GA Fone 51-3332 0063

TELENTREGA

AGORA COm • preenchimento facial, o ácido da beleza • toxina botolínica • escleroterapia, secagem de vasos

O que não fazer

3232.9778

Av. Sarmento Leite nº 811

Rua da República, 435

3058-3380

bomkoreanfoodcafe

Descontos de até 80% em genéricos • Farmácia popular • Descontos especiais Cidade Baixa - Porto Alegre nos principais laboratórios conveniados • Teste de 51-3221 glicose • Teste de colesterol Fone 9390 total • Teste de colesterol HDL • Teste de triglicerídios • Verificação de pressão • Curativos • Aplicação de injetáveis • Colocação de brinco e piercing • www.bardobeto.com.br bardobeto@terra.com.br Consultas farmacêuticas • Área de lazer externa • Atendimento a domicílio Cartão fidelidade Com parCelamento em até 10 vezes s/juros


7

PORTO ALEGRE

ABRIL/MAIO de 2018

Tuane Eggers / Divulgação

Agapan vende obras para construir sede Pioneira do ambientalismo em território brasileiro, A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) completou 47 anos neste último mês de abril, dando iní�cio à campanha para construção de sua nova sede. Ela já tem o terreno doado pela prefeitura. O primeiro passo é a venda de obras doadas por mais de 100 artistas que participaram da mostra É� Vida! Agapan 45 anos. A exposição, com curadoria de André Venzon, ficou instalada no Museu de Artes do Rio Grande do Sul (Margs) de 6 de outubro a 15 de novembro de 2016. Entre os artistas visuais e escritores que contribuí�ram com a entidade ecológica estão nomes como Brito Velho, Alcy Cheuiche, Zoravia Bettiol e Ricardo Silvestrin. Todos aceitaram o convite para colaborar com a causa da entidade fundada em 1971 e que tem se mantido sempre atuante através de trabalhos 100% voluntários. As obras, todas no formato 30 x 30 cm, estão à venda no estúdio de Zoravia Bettiol pelo valor unitário de R$ 200,00. Os recursos arrecados vão para a nova sede.

BIENAL DE ARTES DO MERCOSUL

Camila Soato e obra

N

uma edição sem o impacto de grandes transgressões estéticas, a 11ª Bienal de Artes do Mercosul ganhou manchetes por uma obra de protesto polí�tico: um painel com a vereadora carioca Marielle Franco, assassinada ao lado do seu motorista Anderson Gomes, em 14 de março no Rio de Janeiro. Uma obra em cima de fato recente, como se encaixa em uma Bienal? Ao sair da manifestação contra ao assassinato de Marielle, Camila Soato

A lembrança de Marielle Painel com a vereadora assassinada no RJ: o jornalismo invade a Bienal de Artes consultou a curadora adjunta da Bienal, Paula Borghi, se havia tempo e pertinência sobre a inclusão da obra na mostra. Autorizada, procurou retratar a vereadora carioca assassinada “remetendo-a a uma imagem de luta”. A 11ª Bienal do Mercosul tem como tema “O Triângulo Atlântico” e ocorre de 5 de abril até 3 de junho de 2018, em Porto Alegre e Pelotas. Com curadoria de Alfons Hug (Alemanha) e

curadoria adjunta de Paula Borghi (Brasil), seis exposições apresentam 77 artistas, sendo 21 da Á� frica, 19 do Brasil, 20 da América Latina, onze da Europa e seis da América do Norte, divididos entre o Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS, Memorial do Rio Grande do Sul, Santander Cultural, Igreja das Dores, Comunidade Quilombola do Areal, em Porto Alegre, e na Casa 6, em Pelotas.


8

PORTO ALEGRE

ABRIL/MAIO de 2018

Vem aí o livro das Fundações Obra está em pré-venda e será lançada em junho

VENDA ANTECIPADA Garanta seu exemplar

“P

PELA INTERNET

atrimônio Ameaçado” é o tí�tulo do livro-reportagem, de Cleber Dioni Tentardini, que relata o processo de extinção da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, e outras sete fundações estaduais. O trabalho do repórter, que acompanhou todo o processo, descreve a campanha dos servidores em defesa do patrimônio material e imaterial, ameaçado com a extinção, precipitada e sem explicação, de instituições que prestam relevantes serviços ao Rio Grande do Sul. A intenção de extinguir fundações estaduais foi anunciada pelo governo em agosto de 2015 e envolvia apenas quatro instituições. No dia seguinte, o jornal JÁ�

No site do JÁ com pagamento através do PagSeguro PELO TELEFONE

(51) 3330 7272 PELO WHATSAPP

(51) 99184-5853 NA EDITORA

Borges de Medeiros, 915/203 Centro Histórico Há possibilidade de pagamento presencial através de cartão de débito/crédito Elo, Visa e Mastercard. VALOR

R$ 40,00 (sem frete, para retirar na editora) Existe a opção de venda com frete, porém, o valor é calculado na hora da compra, conforme o destino Com 200 páginas, ilustrada com fotografias, a obra vai chegar às livrarias a R$ 50,00, com desconto de 20% na venda antecipada

COMPROMISSO COM A QUALIDADE DO NOSSO AR Ao ano, a CMPC Celulose Riograndense neutraliza mais de 11 milhões de toneladas de gás carbônico do ar que respiramos através das áreas de plantio da empresa. Essa quantia equivale à retirada de circulação de 2,4 milhões de veículos no mesmo período, o que representa aproximadamente 3 vezes o número da frota existente na cidade de Porto Alegre. Além disso, a emissão desses gases pela CMPC Celulose Riograndense é 11 vezes menor que o retirado, o que representa uma melhora significativa na redução do efeito estufa.

celuloseriograndense.com.br

começou a cobertura jornalí�stica de toda a movimentação de funcionários e apoiadores em defesa das fundações. As matérias passaram a integrar a série “Patrimônio Ameaçado”, que resultou numa edição especial do jornal, premiada nos principais concursos jornalí�sticos do Estado. Hoje a série soma mais 80 reportagens e cerca de 400 fotos e ilustrações. O livro é uma sí�ntese e vem até as negociações da Frente Jurí�dica das Fundações com o governo do Estado, e os processos judiciais nas esferas civil e trabalhista, todos em andamento. Além das outras cinco fundações estaduais em processo de extinção (Cientec, Piratini, FEE, Metroplan e FDRH), entram no livro as duas instituições que já foram extintas (Fepagro e Feeps) e mais a Corag, empresa de economia mista incluí�da no projeto.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.