Jornal JÁ Porto Alegre Dezembro 2017

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REPORTAGEM GERAL

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Licença não acaba com as incertezas Ricardo Stricher/Jornal JÁ

C

om a Licença de Instalação na mão, consórcio Cais Mauá do Brasil já anunciou a partida nas obras, em março. Serão três etapas, de dois anos cada. A primeira prevê a reforma dos 11 armazéns para serem áreas de comércio, gastronomia e lazer, ligados por um deck de três quilômetros ao longo do Guaí�ba. A segunda etapa envolve questões polêmicas e ainda carece de definições. A construção de torres de até 100 metros de altura na área das docas, próximo à rodoviária, enfrenta resistência de um forte movimento comunitário e, inclusive, do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). A última etapa prevê a construção de um shopping center horizontal ao lado da Usina do Gasômetro. Também é alvo dos protestos. A questão dos recursos não é menos controversa. Há cerca de um ano, o investimento estava estimado em mais de R$ 1 bilhão. Agora, quando sai a licença, os empreendedores falaram em R$ 500 milhões. Eles teriam dinheiro para a primeira etapa, para as demais haveria que buscar investidores. Os números não são precisos. O diretor de operação da Cais Mauá, Sergio Lima, diz que a primeira etapa custará R$ 80 milhões. Já o diretor executivo do Fundo de Investimento e Participações do Cais Mauá, Luiz Eduardo Franco Abreu estimou um pouco mais do que o dobro deste valor. O procurador Geraldo Da

CAIS MAUÁ

Obras de revitalização do Cais tem início previsto para março e duração de dois anos, próximas etapas ainda precisam ser licenciadas

Camino, do Ministério Público de Contas, já disse que vai exigir a garantia de R$ 400 milhões de capital, estabelecida no contrato, antes do iní�cio às obras. A licença de instalação foi entregue pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior em um evento para 300 convidados. Marchezan fez questão de convidar prefeitos e governadores pelos quais o

projeto passou desde a assinatura do contrato entre Governo do Estado e o consórcio Cais Mauá em 2010. José Ivo Sartori, Germano Rigotto e José Fortunati compareceram. Yeda Crusius e o ex-prefeito José Fogaça mandaram representantes. Raul e Pont e Tarso Genro declinaram do convite. Marchezan declarou que a obra é um exemplo de que

“os interesses da cidade estão acima de interesses partidários” e criticou os que chamou de “poucos e barulhentos” os que criticaram o modelo do projeto. O prefeito concluiu defendendo a importância de devolver a área do Cais aos portoalegrenses. “Privamos a população de Porto Alegre de vir aqui nos últimos 30 anos.”

A rigor, o Cais Mauá esteve aberto ao público durante as três décadas citadas pelo prefeito. Até 2015, por exemplo, a Feira do Livro utilizava o espaço dos armazéns para suas atividades. A área às margens do Guaí�ba só foi, de fato, apartada da população de Porto Alegre quando foi entregue ao consórcio responsável pelas obras.

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