Há tratamentos para os vários tipos de gagueira Emagreça de maneira saudável Quando falamos em dieta, geralmente a pessoa já se imagina em um campo de concentração, onde só terá comida sem graça e sempre igual. “Não é nada disso, alimentação sem sabor e altamente restrita
significa caminho oposto do sucesso do emagrecimento saudável”, afirma a nutricionista Meire Cristina Borges, que nesta edição dá dicas para emagrecer de forma saudável. Página 7
Dicas de presente para o Dia dos Pais Água de Cheiro e Di Filipi
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pesar de ser um distúrbio que incide em 5% da população e que se torna crônico em 1% dela, a gagueira é ainda hoje pouco entendida pela grande maioria das pessoas. A fonoaudióloga Caroline Faria, espe-
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cializada em Neurociência e Educação Especial, fala sobre o tema com o objetivo de ajudar a melhorar o nível de informação sobre a disfluência da fala e tratamentos disponíveis. Página 4
Em breve
AGUARDE!!!
Psiquiatra fala sobre a depressão O médico psiquiatra Fernando Santos Zuardi alerta: se você está sentindo tristeza, apatia, desânimo e tendo idéias negativistas, de desvalia e de desvalorização, cuidado! Estes são os principais sintomas da depressão, mal que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2020 passará a ser a segunda causa de mortes mundiais por doença, após as coronárias. Página 10
Retenção de receita ainda causa polêmica O
tema parece antigo. Mas não é. As regras da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para compra de medicamentos antibióticos em farmácias continuam sendo discutidas por farmacêuticos e dividindo a opinião da população. O objetivo da Anvisa, ao ampliar o controle sobre esses produtos, é contribuir para a redução da resistência bacteriana na comunidade. A regra vale para 119 tipos de substâncias antimicrobianas que compõem todos os antibióticos registrados no Brasil, como amoxicilina, azitromicina, cefalexina e sulfametoxazol, algumas das mais vendidas no país, com exceção dos que tem uso exclusivo no ambiente hospitalar. Para a farmacêutica Danila Ferreira de Melo, a medida seria benéfica se o sistema público de saúde fosse plenamente estruturado, com grande oferta de médicos e atendimento eficaz. “Mas esta não é nossa realidade. As pessoas reclamam muito”, diz. Além disto, Daniela argumenta que a resolução “menospreza” os farmacêuticos. Em função disto, informa, o CRF (Conselho Regional de Farmacêuticos do Estado de São Paulo) está pedindo a revogação da lei. “Alguém com dor de garganta ou uma mulher com uma infecção de urina simples, tem que enfrentar fila para marcar consulta, passar pelo médico e depois vir à farmácia”. Em casos como estes, o farmacêutico pode resolver o problema, afirma. “Mas agora não podemos fazer mais nada”, reclama. Elisângela Madruga, também farmacêutica, tem opinião semelhante. “Não há médicos suficiente para atender
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a todos. O resultado disto é que o mesmo medicamento é prescrito para toda espécie de problema: tanto faz se é dor de dente ou dor nas costas”. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de 50% das prescrições de antibióticos no mundo são inadequadas. O problema não é tomar o antibiótico e, sim, tomá-lo de maneira correta, explica Elisângela, reforçando que o perigo é a automedicação. “Nós, farmacêuticos, conhecemos as propriedades dos medicamentos e não vemos necessidade de o paciente ter que apresentar receita para comprar uma pomada como Nebacetin, por exemplo”. “Deixar as pessoas sem atendimento, devido à falta de hospitais e de médicos, ou exigir que enfrentem intermináveis filas e esperem semanas ou meses para obterem atendimento é, no mínimo, negar à população o direito à saúde”, conclui Elisângela.
Medida tem como objetivo conter o hábito das pessoas se automedicarem
Alguns usuários concordam. Outros divergem Luciana Aparecido Brito de Oliveira, 39 anos, aprova a resolução da Anvisa. “Achei ótimo. Tomava medicamento de qualquer jeito, para qualquer coisa: febre, resfriado, tosse, dor. Ia à farmácia, comprava e estava tudo certo”, relata, reconhecendo que o erro era dela e não de quem vendia. “Hoje estou mais consciente sobre os riscos da automedicação”, diz. Clélia Borges, 25 anos, discorda. Para ela, a medida dificultou bastante. “Marcar consulta para pegar receita e
comprar remédio para dor de garganta é complicado. É como se eu estivesse tomando a vez de outro que pode estar precisando muito mais. Pode estar com um problema de saúde muito mais sério”. Conformada, emenda: “lei é lei e foi feita para ser cumprida”, diz resignada. Orlando Matos, 54 anos, também é contrário. “Agora precisa de receita médica para tudo. Geralmente tenho “queimação”. Antes ia à farmácia, comprava remédio que estava acostumado a
tomar e pronto. Agora não posso mais”. Orlando opina que a resolução pode “favorecer a formação de um comércio paralelo para a venda de antibióticos”. Rosemeire Matias, 32 anos, declara ser favorável. “A maioria de nós tem mania de tomar remédio. Pode não ser bom. Às vezes a gente toma um não resolve, toma outro também não e, aí, não tem mais fim”, diz, rindo. “Só que, às vezes, pegar receita pode ser tão demorado que, até conseguir, a dor já passou”.
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Gagueira tem tratamento, diz fonoaudióloga E
xistem vários tipos de gagueira, mas ainda não existe uma só causa definida. As chamadas “gagueiras adquiridas” têm início tardio e, apesar de serem menos comuns possuem causa conhecida. A “gagueira neurogênica” decorre de traumatismo craniano, AVC, doenças degenerativas do sistema nervoso central, tumor cerebral, cirurgia cerebral e disfunção cerebral induzida por drogas. A “gagueira psicogênica” decorre de algum evento emocionalmente traumático e pode vir associada a quadros
psiquiátricos. Já a “gagueira farmacogênica” é decorrente da ingestão de alguns medicamentos. O distúrbio pode sofrer a influência de vários fatores, diz a fonoaudióloga Caroline Faria. Entre estes fatores estão os pré disponentes, os precipitadores e os mantedores. Caroline explica que os pré disponentes são hereditários, como casos na família de disfluência. Os fatores precipitadores podem ser definidos como aqueles que realmente fazem com que uma pessoa comece a gaguejar. Entre eles estão estresse, problemas emocio-
nais e neurológicos. E os mantedores são os fatores que fazem com que a pessoa continue a gaguejar após o início do distúrbio. Ou seja, a fala fica difícil, a pessoa recebe um “apelido” e aí continua com medo de falar. “A análise destes fatores é de grande importância no processo terapêutico”, afirma a fonoaudióloga. “Há numerosas questões que precisam ser esclarecidas na gagueira.
Novas pesquisas indicam mudanças estruturais no cérebro de algumas pessoas que gaguejam. Mas estes ainda são inconclusivos”, diz, salientando que atualmente existem campanhas de conscientização e luta contra o preconceito adquirido pela população para com as pessoas que são disfluentes. “O gago sempre foi o sujeito atrapalhado, tímido ou engraçado e estamos tentando desmitificar isso”, conclui.
Como agir quando falar com alguém que gagueja 1 – Evite dizer coisas do tipo: “fale devagar”, “respire” ou “relaxe”. Esses conselhos não ajudam e podem até atrapalhar ainda mais a comunicação. 2 – Deixe a pessoa perceber que você está realmente prestando atenção ao que ela está falando ao invés de como ela está falando. 3 – Mantenha contato visual e espere de forma natural e paciente até que a pessoa termine sua fala. Você pode ter vontade de completar as palavras ou até de finalizar as sentenças. Procure não fazer isso. 4 – Mantenha uma conversação normal, utilizando uma fala relaxada, mas não lenta a ponto de parecer artificial. Isso promove uma boa comunicação, independentemente de com quem você esteja falando. 5 – Tenha consciência que a pessoa que guagueja geralmente tem mais problemas em controlar a sua fala quando usa o telefone. Por isso, seja muito mais paciente nesta situação. 6 – Não force a pessoa que gagueja a falar em situações que ela teme. Apesar de parecer que você está ajudando, isso pode atrapalhar. 7 – Trate a gagueira com naturalidade e sem julgamentos. 8 – Somente aborde o assunto da gagueira se sentir abertura da pessoa. 9 – Jamais imite a gagueira, muito menos com ar de deboche.
Caroline Faria é fonoaudióloga especialista em Neurociência e Educação Especial
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Caroline Faria - CRF 12630 - Rua João Franco da Silveira Bueno, 140 - Capela - Mogi Guaçu - Fones: 19 3841.7795 / 3362.0187
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Não há fórmulas mágicas para emagrecer
ara quem quer emagrecer, a comida não sai da cabeça. O que era um ato espontâneo, passa a ser pré-determinado, porque quem quer emagrecer precisa ter disciplina, horários para as refeições e não poderá mais sair correndo para a geladeira a qualquer momento só para satisfazer uma mera vontade. Alimentar-se além de ser fonte de prazer é primeiramente fonte de energia e nutrientes para o organismo. E quando falamos em dieta, geralmente a pessoa já se imagina em um campo de concentração, onde só terá comida sem graça e sempre igual. “Não é nada disso, alimentação sem sabor e altamente restrita significa caminho oposto do sucesso do emagrecimento saudável”, afirma a nutricionista Meire Cristina Borges.
Emagrecer por estética só para entrar naquele vestido para ir a uma festa faz com que loucuras sejam feitas como passar dias e dias ingerindo a dieta verde (passa dias e dias comendo somente saladas) ou fazer a dieta da sopa (vários dias comendo a mesma sopa) ou dias e dias tomando sucos... é a dieta da vitamina. Será que essas medidas emergenciais trarão sucesso? Depende do que se entende por sucesso. “Você conseguirá pôr o vestido para ir à festa, mas na semana seguinte não conseguirá entrar na mesma roupa, pois voltou aos mesmos hábitos. Agora se quer ter um corpo mais saudável, mais disposto e mais bonito, não há fórmulas mágicas”, diz a nutricionista Meire Borges.
Dicas para emagrecer de forma saudável 1. Não tenha pressa. Se está acima do peso, pergunte-se há quanto tempo carrega esse excesso. Então, para que eliminar peso do dia para a noite? 2. Corrija gradativamente a sua atitude em relação aos alimentos. 3. Não exclua de um dia para outro aquele alimento que só de pensar dá água na boca. Na verdade, nunca o exclua, mas saiba quando e quanto pode ingerí-lo. 4. Controle a ansiedade. Encontre uma distração ou um hobby que faça com que a sua atenção desvie da comida. 5. Estipule horários para as refeições. 6. Deixe de comer aquele doce e substitua pela fruta da sua preferência. 7. Beba muita, mas muita água. 8. Deixe o seu prato colorido. Saladas e legumes devem estar presentes diariamente no almoço e jantar. (Mesmo agora na época do frio). 9. Se alguém notar que está adotando novos hábitos e perguntar se está de “regime”, mande um audível “não”. Muitas pessoas adoram sabotar as boas intenções alheias. 10. Confie em você! Tenha sempre uma atitude positiva. Estar determinada e confiante é mais do que meio caminho andado para atingir o seu objetivo.
Alimentação sem sabor é o caminho oposto do sucesso do emagrecimento, diz Meire
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Conheça os principais sintomas da depressão S
e você está sentindo tristeza, apatia, desânimo e tendo idéias negativistas, de desvalia, de desvalorização e pensando em tentativas de suicídio, cuidado! Estes são os principais sintomas da depressão, considerada um transtorno psiquiátrico. O alerta é do médico psiquiatra Fernando Santos Zuardi. Ele frisa que sintomas físicos como dores, enjôos, tontura, vômito, diarréia, entre outros, costumam acompanhar os sintomas mentais da depressão, mal que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2020, passará a ser a segunda causa de mortes mundiais por doença, após as coronárias. Entretanto, para afirmar que o paciente está deprimido é preciso saber se ele sente-se triste a maior parte do tempo quase todos os dias, não tem
tanto prazer ou interesse pelas atividades que apreciava, não consegue ficar parado e movimenta-se mais lentamente que o habitual. Além disto, passa a ter sentimentos inapropriados de desesperança, desprezando-se como pessoa e até mesmo se culpando pela doença ou pelo problema dos outros e surgem pensamentos de suicídio. “Esse quadro deve durar pelo menos duas semanas para que possamos dizer que o paciente está deprimido”, explica o psiquiatra. Feito o diagnóstico, sugere-se iniciar de imediato o tratamento com medicamentos antidepressivos – drogas que possuem mecanismo de aumentar a oferta de neurotransmissores nas sinapses dos neurônios, estabilizando assim a taxa de serotonina, noradrenalina e dopamina.
Segundo a OMS, em 2020, distúrbio será a segunda causa de mortes mundiais
Psicoterapia auxilia no tratamento Além das drogas antidepressivas, Fernando Santos Zuardi diz que outros medicamentos como os estabilizadores de humor, os ansiolíticos e os hipnóticos, por exemplo, podem ser prescritos dependendo do grau da depressão. Todos estes medicamentos devem ser prescritos e combinados por especialista (médico psiquiatra) que vai assim ajustando e combinando a dose ideal para cada paciente. Sempre que possível, o paciente deverá realizar a psicoterapia, que é a
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“terapia da mente”. Na psicoterapia é feito um levantamento da vida afetiva e do modo de funcionamento mental do paciente. Este procedimento é um poderoso auxiliar no tratamento de qualquer transtorno mental, segundo o psiquiatra. Curiosamente, apesar da depressão ser um transtorno horrível por causar muita dor, com sentimentos sofridos muitas vezes insuportáveis - ela fornece ao indivíduo momentos de muita produtividade e possibilidades de cresci-
mento pessoal, salienta Fernando. O psiquiatra frisa que, em casos mais graves, pode ser necessária a internação hospitalar psiquiátrica. E em raros casos, o especialista pode lançar mão da eletroconvulsoterapia (eletrochoque), que ainda hoje é a terapia mais eficaz contra transtornos mentais, principalmente os depressivos. “No entanto, em virtude do tabu social existente contra o eletrochoque, esta medida terapêutica tem sido usada em casos gravíssimos, onde a
medicação não age e o risco extremo de suicídio impera”, diz. Fernando Santos Zuardi conclui afirmando que é muito importante que os familiares acompanhem todas as etapas do tratamento e que sejam inclusive orientados sobre como lidar com seu parente enfermo. Fernando Santos Zuardi é médico psquiatra, CRM 39385 e atende em Itapira. Fone: (19) 3863.1780
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