Nº 6
31 de maio de 2017
quinzenal
custo 0,5 euro
diretor: agostinho ribeiro
Ciclista da W52 FC Porto Raul Alarcon vence Grande Prémio JN com final em Valongo
Presidentes da Junta fazem Balanço do Mandato e dizem quais as principais necessidades que é preciso ter em conta fazemos reparações damos orçamentos grátis com envio de fotografias 916622965
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Jornal Novo Regional 31 maio 2017
Abertura
O direito a desistir
Opinião de
Rui Machado *
Isto de viver tem muito que se lhe diga. Com tudo de bom e mau que nos oferece, levar a vida em frente torna-se, invariavelmente, no mais homérico dos trabalhos. Precisava-se de instruções rigorosas para
não haver feridas ou de protocolos exactos como portões abertos para a felicidade. Mas não há nada disso. Qualquer coisa próxima será aquilo que chamam conselhos, mas esses estão longe de produzirem os resultados pretendidos. Não há, de facto, receitas. Aquilo que resulta para um, pode não ser o que resulta para outro. Somos todos diferentes e é de formas diversas que conseguimos atingir a nossa felicidade. Basicamente, e perdoemme a eventual frieza, estamos sós. Apenas nós mesmos podemos descobrir o nosso caminho, a nossa forma de chegar onde queremos ou onde não queremos de todo. É esse o gran-
de desafio, antes de tudo: conhecer-nos. Mas o desespero instala-se num mundo com demasiados invernos, poucos abraços e efémeras esperanças. Quando algo nos atormenta a possibilidade de nos conhecer a nós mesmos torna-se demasiado assustadora ou incomensuravelmente difícil. Não há ombros que aguentem tanto peso, nem pernas capazes de aguentar tal caminhada. Chegam então a tristeza e a desmotivação e chegam ainda, logo atrás, os gurus, sábios ou coisa que o valham. E quem são eles? São todos, toda a pessoa é guru ou sábio, fora, claro está, de causa própria. Falar ou orientar os outros
é definitivamente mais fácil e até interessante de se fazer do que nos ocupar somente de nós. Mas não há grande originalidade a ser registada no que dizem. Criou-se um discurso universal motivador que se adoptou dogmaticamente. “Luta! Luta, pelo que tu queres” é o actual denominador comum de qualquer (pseudo) discurso motivador. E já se encontra nos meios de comunicação das massas como será exemplo o cinema. É célebre a cena de Will Smith em Pursuit of Happiness em que diz ao seu filho para proteger o seu sonho e que se quer alguma coisa, deve ir em sua busca. Não se trata de um discurso feio e pouco
poético, mas trata-se seguramente de uma exposição enganadora e sobretudo perigosa. Não é tudo possível e nem tudo merece que se pague o seu preço. Não há razão nenhuma para tentarmos a vida toda saltar um muro excessivamente alto para as nossas pernas demasiado curtas, como não faz sentido ficarmos em dívida com nós próprios por ter investido tudo ou quase num qualquer objectivo exigente que sem energia já não podemos desfrutar. Portanto, é de lutar quando é de lutar, e de desistir quando é de desistir. Na vida encontramos momentos que nos pedem diferentes atitudes. Não esta
certo nem errado. É assim. Desistir é tão inteligente quanto lutar e nada tem a ver com cobardia que seria não ter a coragem de tomar qualquer decisão. Perceba-se que não é obrigatório lutar sempre; desistir, assuma-me, é um direito. Permita-se o abandono do que traz prejuízo. Seja um Amor impossível ou um trabalho que nos faz chegar ao fim do mês de bolsos cheios mas alma vazia. É parar, conhecer-nos, reflectir e decidir. Não há assim tanto tempo a perder. * Escritor
Semana da Prestação de Contas Com o lema «Comunidade mais esclarecida, Comunidade mais Participativa», a Semana de Prestação de Contas do Município de Valongo realizou-se de 22 a 26 de maio de 2017, nas cinco freguesias do concelho, sempre às 21h30. O Centro Cultural de Alfena acolheu a última sessão pública da Semana da Prestação de Contas no dia 26. A sessão da freguesia de Valongo realizou-se no Auditório Dr. António Macedo – C.C.C. Vallis Longus, no dia 25. Campo foi a primeira freguesia a acolher esta iniciativa, no dia 22 de maio. No dia 23 de maio, foi a vez do Centro de Documentação da Bugiada e Mouriscada, em Sobrado, acolher esta iniciativa. A
iniciativa realizou-se no Fórum Cultural de Ermesinde no dia 24 de maio A Semana da Prestação de Contas visou o reforço da cidadania e da participação de toda a comunidade. Pretende-se estimular o envolvimento da população na governação local, disponibilizando informação rigorosa sobre a gestão municipal e promovendo a transparência sobre a utilização dos recursos públicos. Além das contas relativas ao ano de 2016, disponibiliza-se informação detalhada sobre as atividades do município, sobre os fornecedores e os gastos com eleitos locais, através do link www.cm-valongo. pt/contas2017. Nesta terceira edição
da Semana da Prestação de Contas, destaca-se a redução da dívida e o facto de pela primeira vez em 10 anos o Município de Valongo ficar abaixo do limite legal da dívida. A subida para oitavo lugar no ranking da transparência e a redução do prazo médio de pagamento para 5 dias são outros aspetos a salientar. “Estamos a investir numa comunidade mais esclarecida e participativa, pois acreditamos que os cidadãos com mais poder são os melhores aliados de uma gestão de boas contas, atenta, rigorosa e transparente”, sublinha o Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro.
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31 maio 2017 Jornal Novo Regional
Divulgação
Jornal Novo Regional 31 maio 2017
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Alfena Arnaldo Soares, presidente da Junta de Alfena, critica postura da Câmara
“Acham que Alfena merece tão pouco?” Arnaldo Soares é presidente da Junta de Freguesia de Alfena eleito pelo movimento independente Unidos Por Alfena. Questionado sobre estes três anos e oito meses de mandato refere que “está a ser um mandato de muito, muito trabalho e essencialmente virado para as pessoas. Alfena é uma terra em franco crescimento mas há ainda muito a fazer pelo desenvolvimento da nossa terra. Temos consciência de que Alfena está a mudar, mas só com muito trabalho, dedicação e luta política se vai conseguindo um pouquinho do muito que ambicionamos para a nossa terra. Temos a certeza de que Alfena merece mais, merece muito mais e por isso esta luta diária para que os Alfenenses tenham o que merecem”. Sobre a atividade da junta, o autarca refere que foi muita, salientando “desde logo e no início do mandato tivemos a preocupação de por em funcionamento a Plataforma Solidária. Remodelámos o antigo Jardim de Infância de Cabeda e nele funcionam um amplo conjunto de serviços de apoio a todos os Alfenenses. Para nós as pessoas sempre estiveram e estarão em primeiro lugar. Terminámos as obras no Espaço Multiusos. Foi um investimento conjunto da Câmara e da Junta, investimento que já vinha do mandato anterior. Foi possível por em funcionamento a Feira Semanal, a Feira Mensal de Antiguidades e ali se realizam também inúmeras actividades recreativas e culturais. A Junta de Freguesia adquiriu a antiga sede do Centro Popular de Trabalhadores e transformou-a na Casa das Associações em espaço onde as nossas associações poderão ter a sua sede e desenvolver as suas actividades. Um edifício com memória que não quisemos perder e que é hoje património da freguesia. Mas o Parque Vale do Leça é a grande obra deste mandato. Desde sempre foi um sonho tirar proveito das margens do nosso Rio Leça. Conseguimos chegar a acordo com os proprietários e hoje estamos a preparar cerca de 60.000 metros quadrados nas margens do rio, para que a população possa usufruir. Um sonho de que todos falavam, mas que parecia impossível de alcançar e que se está a concretizar. Será obra para muito tempo, pois há ali muito dinheiro para investir. Esperamos continuar a ter a ajuda da Câmara e caso haja fundos comunitários apresentaremos
uma candidatura. Aos poucos o sonho vai-se tornando realidade”. Arnaldo Soares fala também do Centro de Saúde “que é outra grande conquista. Os Alfenenses lembram-se que em 2007 nos queriam mandar para Ermesinde e encerrar o Centro de Saúde de Alfena. Nessa altura já os “Unidos por Alfena” lideravam a Junta de Freguesia. Opusemo-nos a essa situação, lutamos, insistimos e finalmente temos a prova de que todo o esforço valeu a pena. Em breve começará a ser construído o Novo Centro de Saúde de Alfena”. Sobre as carência o autarca diz que “está tanta coisa por fazer!!! Alfena tem uma localização óptima e é procurada cada vez mais, por empresários que aqui se querem instalar. O investimento é fundamental para o crescimento duma terra mas as infraestruturas públicas têm que acompanhar esse crescimento. Veja as ruas! Alfena continua sufocada com trânsito na Rua São Vicente e na Rua 1º de Maio. Tanto a Rua São Vicente como a Rua 1º de Maio têm que ser totalmente requalificadas. É necessário criar segurança e dar beleza, dar um aspecto citadino a estas vias. É preciso criar ruas novas de acesso ao interior dos lugares. Temos que retirar o trânsito de passagem da 1º de Maio. Quem mora junto à 1º de Maio, ou quem precisa de a atravessar tem a vida num inferno. É necessário construir uma variante que passe ao lado da nossa cidade. É necessário recuperar ruas e passeios por toda a cidade. Está tudo num estado lastimoso. No próximo mandato temos que construir um novo edifício da Junta de Freguesia, estamos já a trabalhar nesse sentido. A actual Junta não tem quaisquer condições nem de trabalho, nem de atendimento a todos os Alfenenses. Tem que ser construído um edifício onde todos os serviços da Junta estejam reunidos e não dispersos como agora. Torna-se imperioso o alargamento do cemitério e a construção de uma nova capela mortuária. A construção da Oficina do Brinquedo está em marcha e Alfena é cada vez mais “A Terra do Brinquedo”. Há muitos, muitos outros sonhos para concretizar, mas eles aparecerão em breve no
nosso Programa Eleitoral”. Sobre as relações com a Câmara Municipal, Arnaldo Soares mostra descontentamento e diz que “como todos sabem as capacidades financeiras da Junta de Freguesia são muito pequenas, quem tem um orçamento gordo, de mais de 30 milhões de euros, é a Câmara. A Junta de Freguesia sempre esteve e estará disponível para colaborar e dialogar com o Município. Mas quem nos conhece sabe que não deixaremos nunca de defender aquilo que achamos que é justo para Alfena e para os Alfenenses. Pensámos que este Presidente da Câmara ia ser diferente, mas infelizmente enganámo-nos redondamente e enganaram-se muitos Alfenenses. E começando pelos acordos de execução, ou seja a transferência para as Juntas de Freguesia da limpeza de bermas, valetas e jardins. Ainda se lembrarão os Alfenenses de como quando era a Câmara a fazê-lo. Hoje pode não estar perfeita mas pensamos que está muito melhor. A Junta de Freguesia assinou um acordo com a Câmara mas que esta não cumpriu, tendo inclusive a Junta um processo em tribunal contra a Câmara. Depois o senhor Presidente da Câmara mandou um panfleto a dizer que dava dinheiro à Junta para varrer todas as ruas 5 vezes por semana. Mas o senhor Presidente da Câmara mentiu, pois o que ele diz para além de não ser verdade seria impraticável. O outro exemplo de como o senhor Presidente não respeita Alfena passou-se com o Alfenense. No âmbito das candidaturas apresentadas pelo Atlético Clube Alfenense no montante de 600 mil euros, apenas 400 mil eram comparticipados por fundos comunitários. O Atlético Clube Alfenense pediu apoio de 100 mil euros à Câmara e o Sr. Presidente negou. Não tivesse sido a intervenção da CDU e do PSD e o Alfenense não teria recebido os 100 mil euros. No entanto, a Câmara tem um estádio de futebol e dois pavilhões em Sobrado, um campo de futebol e 2 pavilhões em Campo, um estádio municipal e um pavilhão em Valongo, vai ter que pagar um milhão e meio pelo campo de futebol do Ermesinde e tem também em Ermesinde o complexo desportivo dos Montes da Costa e um pavilhão. E em Alfena o que é que tem? Nada, mas nem assim queria dar os 100 mil euros
para ajudar. Mas as injustiças não se ficam por aqui. Quem paga as contas da água, luz, gás, manutenção nos equipamentos municipais nas outras freguesias é a Câmara, em Alfena é o Alfenense. Saibam que por ano só no estádio municipal de Valongo e no pavilhão municipal, a Câmara gasta cerca de 115 mil euros que é dinheiro de todos nós. Mas se olharmos para o investimento municipal realizado ao longo dos últimos anos em Alfena é uma desgraça. O investimento da Câmara realizado em Alfena nos últimos três anos, representa cerca de 5% do investimento total realizado pelo Município.
Acham que Alfena merece tão pouco? Alfena está a crescer, há um forte investimento privado mas em termos de públicos, o investimento tem sido muito pouco. Vejam ainda agora com a Jerónimo Martins. A Câmara recebeu mais de 500 mil euros de taxas do empreendimento e não foi capaz de preparar um acesso a zona industrial. Vejam o caos em que está a Rua Nossa Senhora do Amparo. Alfena tem cerca de 20% da população do Concelho e o investimento municipal continua a ser pouco. Não nos interessa a cor de quem governa a Câmara, o que nos interessa é a forma como a Câmara trata Alfena,
pois os Alfeneneses também pagam impostos. Não é justo aquilo que esta Câmara tem feito a Alfena. Não é com boas palavras e com simpatia que Alfena melhora a sua qualidade de vida. Os Alfenenses têm direito e merecem mais investimento municipal. Quando falamos da Câmara não podemos meter tudo no mesmo saco. Agradecemos o apoio dos Vereadores da CDU e os Vereadores do PSD. A Junta tem uma boa relação institucional com todos, mas no final o que fica é a obra feita e esta Câmara tem feito muito pouco por Alfena”.
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31 maio 2017 Jornal Novo Regional
Campo e Sobrado Alfredo Sousa, presidente da Junta de Campo e Sobrado em entrevista ao Jornal Novo Regional
“Já fomos além do que prometemos” O presidente da Junta de Freguesia de Campo e Sobrado, Alfredo Sousa, considera “muito positivo” o seu primeiro mandato à frente dos destinos da nova freguesia que surgiu da agregação das freguesias de Campo e de Sobrado no tempo do governo PSD/ CDS. Alfredo Sousa considera que a lei que permitiu a agregação é muito negativa e injusta e que a sua posição continua a ser pela desagregação porque, “as populações de Campo e de Sobrado são socialmente muito diferentes. A Junta de Freguesia está a conseguir dinamizar a sua ação sem que as populações fiquem a perder com a agregação, mas continuo a defender a separação. As populações não perderam os serviços de proximidade, mas continuam a querer manter a sua identidade. No primeiro meio ano de mandato tivemos de criar condições para a nova realidade. A propósito, é interessante ver que quem votou pela agregação na Assembleia da Republica, surja agora a defender que Valongo continua a ter cinco freguesias”. “Primeiro demos prioridade a Sobrado” O autarca continua: “nos primeiros dois anos de mandato demos prioridade a Sobrado, sentimos que necessitava de maior investimento. Concluímos a Casa das Artes, num investimento total de 240 mil euros, estamos com um investimento muito forte e permanente no Cemitério de Sobrado, com uma equipa permanente de cinco homens. Fizemos dois ajustes diretos com a colocação de cubos e rede de águas pluviais para melhorar as condições do cemitério. Há ainda muito para fazer, mas o orçamento também condiciona. Ainda em Sobrado fomos fazendo pequenas intervenções, como o alargamento da Rua do Visconde e outras vias, para além da requalificação do lavadouro da Gandra. Melhoramos as condições no Largo do Passal, com a eliminação do “joelho viário” que ali
existia e recentemente instalamos uma esplanada e bancos de jardim. “Avançamos para o Centro Civico de Campo” Quanto a Campo, Alfredo Sousa refere que foi concluído o edifício da Casa das Associações, foi iniciada e concluída a primeira parte do Centro Cívico de Campo (Espaço Multiusos), foi requalificada a Rua de S. Martinho e têm sido feitas requalificações nos lavadouros (neste momento está a decorrer uma intervenção no lavadouro do Borbulhão). Da atividade da Junta de Freguesia destaque ainda para a aquisição de três terrenos, um para acrescentar ao espaço envolvente da Casa das Associações em Campo e dois em Sobrado, um para melhorar o denominado Parque de Merendas da Lomba e outro mais recente para o futuro Parque de Lazer da Gandra, que deverá merecer intervenção neste verão. Diz Alfredo Sousa que, “temos feito aquilo que prometemos no nosso programa eleitoral, mas mais do que isso, temos mesmo ultrapassado esse objetivo”. O autarca salienta ainda o processo para melhoramento do campo de jogos do SC Campo. “Já foram feitos contactos com empresas para a obra de arrelvamento por ajuste direto. A Junta já tem 50% da propriedade desse espaço, bem como os direitos e deveres daí decorrentes e na próxima época o SC Campo já vai jogar no relvado. Importante é que, com este passo, ficam criadas as condições para o desenvolvimento do clube através da implementação de camadas jovens com formação adequada e em condições dignas, os nossos jovens merecem bem este investimento.” Para o presidente da Junta de Campo e Sobrado, a freguesia continua a ter carências, várias até, porque diz “não se pode fazer tudo ao mesmo tempo. Temos um valor de investimento puro de mais de um milhão e meio de euros, mas precisamos de muitos
mais meios para investir em situação que achamos que são de desenvolver, tendo como objetivo melhorar a qualidade de vida das nossas comunidades”. “No próximo mandato a Junta deve orientar-se para o ambiente” Alfredo Sousa defende que no próximo mandato a ação da Junta deve orientar-se em prol do ambiente, dando como exemplo a limpeza e requalificação do Rio Ferreira e suas margens. Numa outra vertente o autarca refere haver necessidade de adquirir mais terrenos, um deles para a Casa Mortuária e outros para fazer a ligação do espaço Multiusos à Alameda em frente à Igreja de S. Martinho que está a ser construída, bem como à Quinta do Passal, também alvo de intervenção municipal e que resulta de um contrato de comodato entre a Igreja e a Câmara Municipal de Valongo. Diz Alfredo Sousa que “esta ligação é fundamental que seja efetuada rapidamente”. Sobre outras intenções de intervenção, o autarca refere também a necessidade de melhorar o antigo Campo de Fijós (em Sobrado) com a instalação de relvado sintético. A construção de nichos e ossários no Cemitério Paroquial de Sobrado e requalificação do Parque de Merendas da Lomba e Parque da Gandra e a requalificação da Rua Fialho de Almeida. Questionado acerca das relações entre a Câmara e a Junta, o presidente da Junta de Campo e Sobrado refere que “tem havido muita cordialidade e um intercâmbio de interesses. Temo-nos ajudado mutuamente e a Câmara tem-se portado bem com as populações, como aliás é seu dever. Havia promessas em Sobrado com mais de vinte anos que foram cumpridas só agora”.
Sobre a intervenção da Câmara, Alfredo Sousa refere o acordo e a intervenção sobra a Quinta do Passal. “Vai ser uma grande
mais-valia para a freguesia e para o concelho, uma vez que o espaço vai estar disponível para o grande público, com condições de
segurança para fruir da natureza da melhor maneira possível”.
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Jornal Novo Regional 31 maio 2017
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Ermesinde Luís Ramalho, presidente da Junta de Ermesinde, em declarações ao Jornal Novo Regional
“Gerir freguesia é um desafio constante” A quatro meses do término do terceiro mandato na liderança da Junta de Freguesia de Ermesinde, Luís Ramalho, em entrevista ao Jornal Novo Regional, sublinha que os últimos três anos e oito meses de gestão “foram um desafio constante”. Com prioridades bem vincadas na área da Juventude, Higiene Urbana e Ação Social, bem como numa gestão de proximidade com a população e tecido empresarial da cidade, a Junta de Freguesia de Ermesinde, sublinha Luís Ramalho, teve de se reorganizar internamente para o desempenho de funções que advieram da transferência de competências do Município. Juventude teve aposta forte O autarca destaca a aposta forte realizada na área da Juventude, frisando que foi um desafio que foi claramente superado, estando os resultados espelhados nos projetos que tem aprovado no âmbito do Programa Erasmus+ e que tornam a freguesia “uma referência a nível nacional”. “Tivemos de formar uma equipa do zero e conquistar espaço na área da Juventude e desenvolver o projeto de Juventude do zero e hoje conseguimos, finalmente, ver alguns resultados”, disse, enumerando alguns deles. Ermesinde será, por exemplo, a única freguesia no País a ter um Cartão Jovem com a Movijovem. O acordo pioneiro foi assinado recentemente, tendo sido desenvolvido um sistema de atribuição de pontos que será gerido em função daquilo que é a participação ativa dos jovens, tendo um conjunto de vantagens que lhes permitirá ter acesso a atividades destinadas para a Juventude. Ainda nesta área, o autarca destaca a aposta nos programas de intercâmbio de jovens, considerando que, “com a globalização, é importante que os jovens tenham contacto com outras culturas e conheçam outras realidades além fronteiras”. Depois do intercâmbio desenvolvido com a Croácia, numa primeira fase, envolvendo também a Noruega e
a Lituânia, caberá a Ermesinde, no próximo dia 1 de Julho, acolher uma delegação de jovens estrangeiros. Projetos de sensibilização melhoram higiene urbana da cidade Com competências que vão muito além daquilo que são as tradicionais de uma junta de freguesia, Ermesinde tem feito também uma aposta muito grande em campanhas de sensibilização, todas com recurso à prata da casa. Exemplo disso é a campanha de prevenção dos dejetos na via pública, denominada Comportamento Adequado Cidade Asseada, e a campanha que está agora a ser desenvolvida com vista à eliminação de resíduos na via pública, o PoKaixote, e que será apresentada na Semana do Ambiente. Luís Ramalho explica que ambos nasceram da necessidade de preencher lacunas detetadas, seja pela inexistência de dispensadores de sacos para apanhar os dejetos dos canídeos, ou pela inexistência de papeleiras e contentores, consequência do desinvestimento da Câmara Municipal de Valongo e da opção do atual Executivo. Forte intervenção social Reconhecida pela forte intervenção social, ao longo do último mandato a Junta de Ermesinde, destaca Luís Ramalho, reforçou a sua ação de cariz social, seja pela manutenção do Fundo de Emergência Social, pelo funcionamento da Loja Social nº 2, bem como o acompanhamento próximo dos beneficiários de Rendimento Social de Inserção ou Subsídio de desemprego. Durante este mandato, ficou finalizado o processo do Banco de Produtos de Apoio ao Domicílio que é destinado à população em geral. Para além disso, acrescenta, a Junta de Freguesia apoia, sempre que possível, os projetos sociais que se revelem necessários. Exemplo disso é o projeto da Refood, a cujo núcleo de Ermesinde foram cedidas instalações no Mercado de Ermesinde. A este projeto
social, adianta, juntar-seá em breve, também no Mercado de Ermesinde, a Cruz Vermelha Portuguesa, com quem foi já firmado um protocolo. “A Junta de Freguesia mais do que implementadora de medidas de acção social deve ser um dinamizador e um facilitador e esse foi o nosso caminho”, acrescenta. Também para breve está a instalação de dois parques infantis e de convívio intergeracional: um será no conhecido Largo da Feira Velha e o outro em Sonhos. Ambos terão divertimentos infantis e para adultos, com máquinas de manutenção, permitindo que avós e netos, pais e filhos, possam usufruir do espaço. De destacar ainda deste mandato a “aposta muito forte” do envolvimento do comércio local nas atividades, sendo disso a Noite Branca e dos Bombos, em parceria com a Associação Académica e Cultural de Ermesinde, e o programa de animação de Natal. Falta um crematório Por concretizar neste mandato ficou a instalação de um crematório. Um investimento financeiro que Luís Ramalho frisa ser dificilmente suportável com recursos próprios. O presidente da Junta de Freguesia explica que o projeto tem sido mantido em Plano de Atividades “na expectativa de poder haver algum tipo de fundo comunitário que possa apoiar a instalação deste equipamento”, por forma a resolver o problema de lotação dos dois cemitérios. Protocolos sem articulação Menos positiva é a análise de Luís Ramalho quanto à articulação com a Câmara de Valongo no que toca aos protocolos de execução das competências transferidas. Neste mandato, e por força da lei, as juntas de freguesia viram transferidas “competências das quais não havia histórico de desempenho de funções e que nos obrigaram a reorganizar internamente e a fazer um conjunto de investimentos para levar a
bom porto nomeadamente a conservação, gestão e manutenção dos espaços verdes”. “Ao nível dos protocolos, a articulação tem sido basicamente nula”, diz, frisando que “todas as dificuldade que surgem no decorrer do desenvolvimento dos acordos, a câmara desresponsabiliza-se e entende que os recursos que foram transferidos são os necessários e capazes
para o desenvolvimento destas competências, mas a verdade é que a Junta de Freguesia tem assumido, contrariamente àquilo que é minha vontade, um conjunto de encargos e suporta parte dos custos porque tudo aquilo que nos foi entregue, foi em péssimas condições”. “Temos feito um esforço colossal e um investimento muito grande para que se olhe para os es-
paços verdes e eles tenham o mínimo de dignidade”, acrescenta, deixando claro que “a queixa é generalizada. Todas as freguesias se queixam que os recursos que foram transferidos são parcos. Temos feito autênticos milagres”. Em jeito de conclusão, Luís Ramalho considera que a mensagem de apoio às juntas de freguesia que a câmara quer passar “é pura mentira”.
Ermesinde campeão O empate do Ermesinde 1936 no campo do Nun’Alvares a uma bola foi suficiente para que a equipa se sagrasse campeã da Divisão de Honra da A.F. Porto época 2016/2017. O golo ermesindense foi obtido por Quim e na altura dava a vitória ao Ermesin-
de. O Nun’Alvares haveria de obter o golo do empate. O Ermesinde chega ao fim com 57 pontos, os mesmos que o Infesta, que empatou a uma bola em Perafita. Mas com o Ermesinde a ter melhor resultado entre ambos, daí a vitória. Durante a época a
equipa de Jorge Lopes foi mantendo a esperança de nova subida, a terceira nas quatro épocas do técnico ermesindense. Parabéns ao Ermesinde que na próxima época vai jogar na Divisão de Elite da AF Porto.
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31 maio 2017 Jornal Novo Regional
Valongo Ivo Vale Neves, presidente da Junta de Valongo considera mandato positivo
“Motivado em fazer uma cidade melhor” Ivo Vale Neves é o presidente da Junta de Freguesia de Valongo. eleito nas listas do PS. Questionado sobre o mandato que está quase a terminar refere que “essa é a pergunta a ser feita nas próximas autárquicas aos Valonguenses. Foram 3 anos e 8 meses de intenso trabalho e sempre motivado em fazer de Valongo uma Cidade melhor, garantindo desde o início do mandato uma relação muito próxima com as pessoas de maneira a encontrar as melhores soluções para os seus problemas. É com muita satisfação e orgulho que afirmo que neste período e com uma grande participação da Câmara Municipal elevamos o nome desta grande Cidade com uma história grandiosa assim como o nosso património cultural, natural e humano de forma a reverter uma tendência de vários anos do quase desaparecimento da memória das pessoas daquilo o que são as nossas raízes e que a todos nós Valonguenses muito nos deve orgulhar. Lutamos por uma cidade com mais vida, em que as pessoas que cá vivem se sintam satisfeitas e integradas socialmente, melhorando o serviço que a Junta presta à comunidade”. Autarca destaca regresso da Feira ao Centro Sobre as intervenções da Junta de Freguesia, Ivo Neves diz que “em primeiro lugar, destaco o regresso da Feira Semanal ao centro da cidade de Valongo! Numa outra vertente criamos o gabinete de apoio social com programas específicos como ajuda alimentar, compra de medicação, pagamento de faturas de água, luz e gás, de forma a ter respostas próprias para as pessoas com menos recursos para encarar com dignidade o seu dia-a-dia, envolvendo essas pessoas em planos de partilha, com a criação de um banco de horas a favor da comunidade. Criamos em colaboração com a USF Valongo, a Câmara Municipal e mais tarde com o ACES Maia/ Valongo um programa de hidroterapia para seniores. Reforçamos o investimento na educação, com o apoio às escolas básicas e jardins-de-infância, e também nas atividades de apoio
à família, quer nos jardinsde-infância quer no 1ºciclo. Apesar do aumento de custos, nas escolas em que somos os responsáveis por essas atividades, apostamos em garantir a estabilização dos recursos humanos afetos a essas atividades. Reforçamos ainda os apoios às Associações e Coletividades desportivas e culturais da freguesia. Apostamos também em iniciativas que promovam o nosso património histórico e humano através da realização e/ou apoio a vários eventos de caráter cultural como é o caso da Festa da Regueifa e do Biscoito, das comemorações religiosas e das atividades desportivas, sobretudo das realizadas ai ar livre e em contacto com a natureza, que permitem o acesso das pessoas a estilos de vida saudável, dando a conhecer as nossas serras e a sua beleza natural. Somos das poucas cidades do país que tem uma Aldeia integrada no seu território – a magnífica Aldeia de Couce. Requalificamos várias vias de Valongo, designadamente a ligação da rua Amaro Lopes à Av. Emídio Navarro, participamos na solução para a ligação da Rua da Madeira com a Rua D. Dinis e pavimentamos a Rua da Lagoela. Nestas duas últimas artérias, as intervenções só foram possíveis depois da boa disponibilidade de privados em custear parte das obras e de muito diálogo promovido pela Junta de Freguesia para encontrar soluções que permitissem resolver estes problemas. É isto que é ser Presidente de Junta! De salientar ainda a recuperação da Travessa Ribeiro Cambado, que estava inacessível, assim como a quelha da Lagoa na Ilha, outras pequenas reparações que foram feitas pela cidade. Mas ainda há muito por fazer em termos de melhorias das vias e arruamentos… Por último, destaco o apoio que demos à reabilitação da Capela Nova do Susão, à resolução dos problemas de humidade da Igreja Matriz e à reabilitação da Capela do Senhor dos Passos. Com recursos financeiros próprios, aumentamos a capacidade do Cemitério de Valongo em cerca de 170 sepulturas, incluindo nichos de decomposição aeróbia e jazigos de família. Lembram-se das anti-
gas Casas de banho do cemitério? agora temos umas casas de banho dignas para todos os que frequentam o nosso Cemitério incluindo para pessoas com deficiência, melhoramos as acessibilidades eliminando barreiras como as escadas criando alternativas, agora as pessoas podem utilizar um elevador para aceder ao cemitério e à Igreja. Construímos um armazém que nos permite guardar e assim preservar em boas condições o nosso equipamento, que agora já é significativo. Este espaço tem todas as condições para que no futuro se transforme em crematório, para isso bastará na altura certa investir apenas no forno. Também requalificamos integralmente o interior do edifício sede da Junta de Freguesia, desde as paredes, aos tetos, à parte elétrica, à pichelaria, fazendo novos WC´s para Homens, Mulheres e pessoas com deficiência motora. Criamos o atendimento personalizado, proporcionando mais conforto e privacidade a quem se dirige aos nossos serviços. Fico feliz por estarmos a poucos dias do início das obras de requalificação do antigo quartel dos Bombeiros e por faltar apenas o visto do Tribunal de Contas para que se comece a substituir toda iluminação pública e assim voltarmos a ter todas as luzes ligadas na Freguesia”. Falta uma solução definitiva para o cemitério Acerca do que ficou por fazer, o presidente da Junta de Valongo diz que “falta uma solução definitiva para o Cemitério, que contemple um parque de estacionamento que sirva também a Igreja Matriz. A ligação da Avenida dos Descobrimentos à Avenida Fernando de Melo é outro grande projeto que também já está a decorrer e em breve será uma realidade. Pretendemos ainda reforçar a aposta o nosso património histórico, natural e nas pessoas. Só quando sabemos quem somos é que temos a certeza para onde devemos de ir! Essa é a nossa aposta! Dar a conhecer às pessoas o que já fomos, e apostar na qualidade de vida dos Valonguenses. Valongo precisa de mais espaços de lazer que sirvam as
pessoas, desde as crianças aos seniores. É ainda necessário requalificar espaços existentes e garantir que não sejam vandalizados. Apesar de não ser competência da Junta de Freguesia, lutamos por uma linha interna de transportes que garanta uma melhor mobilidade para todas as pessoas principalmente para as que vivem em zonas mais distantes do centro da cidade”.
Sobre a articulação com a Câmara Municipal, Ivo Neves diz que “no final deste ano será discutido um novo acordo e, se a atual legislação se mantiver, espero que haja um reforço nas verbas a transferir pela Câmara para as Juntas de Freguesia, pois a situação financeira do Município vai aos poucos melhorando. Tenho a certeza que no próximo mandato o atual presidente disponibilizará mais
recursos de maneira a que as juntas de freguesia prestem ainda melhor os serviços de varredura das ruas, de pequenas reparações nas escolas e de manutenção de espaços verdes. Gostava que no próximo mandato, desde que acompanhado pelos devidos recursos financeiros, pudéssemos acolher ainda mais competências, tais como as pequenas reparações em passeios”.
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Atualidade
Alarcon vence Grande Prémio JN que terminou em Valongo Raúl Alarcón, ciclista espanhol da W52-FC Porto-Mestre da Cor, (equipa com sede em Sobrado, Valongo) foi o vencedor da 27.ª edição do Grande Prémio Jornal de Notícias, depois de ter conservado a camisola amarela ao terminar em segundo lugar a quarta e última etapa da prova, que este domingo teve partida e chegada em Valongo, num total de 130 quilómetros. Esta foi a segunda conquista de Raúl Alarcón em maio, depois de ter vencido a Volta às Astúrias no início do mês. O ciclista sobradadense, Rui Vinhas, também da W52, ficou em terceiro lugar a 23 segundos de Alarcon. Esta etapa, que passou por todas as freguesias do concelho de Valongo, teve muita gente a assistir, sobretudo na chegada, onde se viu o gosto das gentes de Valongo por esta modalidade. Voltando à classificação, o ciclista espanhol da W52-FC Porto-Mestre da Cor terminou este Grande Prémio Jornal de Notícias com 20 segundos de vantagem sobre João Benta (RP-
Boavista). No top-10 da geral individual ainda constam os nomes de mais dois ciclistas da equipa de Sobrado: Amaro Antunes (5.º) e António Carvalho (6.º). A W52-FC Porto-Mestre da Cor também se impôs na geral por equipas. “Foi uma corrida fantástica. A chave do triunfo foi a jornada dupla, aquela em que marquei a diferença para os rivais. Mas sem a equipa não teria vencido, porque foram os meus companheiros que seguraram a vantagem nas duas etapas seguintes. Dedico a vitória a todas as pessoas que nos apoiam, aos meus companheiros de equipa, à minha família e à minha namorada”, afirmou Raúl Alarcón antes de subir ao mais alto lugar do pódio. De realçar a presença de Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto, que esteve no pódio na altura da entrega de prémios, tendo recebido a Taça de vencedor por equipas, das mãos do presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro. Este resultado vem mostrar que a equipa so-
bradense está no bom caminho para voltar a vencer a Volta a Portugal em Agosto. Aquando da entrega de prémios foram homenageados vários ciclistas vencedores, como aconteceu com o sobradense, Joaquim Leão, que venceu a Volta a Portugal em 1964, ao serviço do F.C. do Porto (foto de baixo) Geral Individual 1.º Raúl Alarcón (W52FC Porto), 13h27m39s 2.º João Benta (RP-Boavista), a 20s 3.º Rui Vinhas (W52FC Porto), a 23s 4.º Daniel Mestre (Efapel), a 29s 5.º Amaro Antunes (W52-FC Porto), a 31s 6.º António Carvalho (W52-FC Porto), a 39s 7.º Joni Brandão (Sporting-Tavira), a 49s 8.º Domingos Gonçalves (RP-Boavista), a 1m00s 9.º Jorge Magalhães (Miranda/Mortágua), a 1m02s 10.º Henrique Casimiro (Efapel), a 1m15s (…)
17.º Ricardo Mestre (W52-FC Porto), a 3m11s 28.º Joaquim Silva (W52-FC Porto), a 7m40s 31.º Gustavo Veloso (W52-FC Porto), a 10m31s 41.º Samuel Caldeira (W52-FC Porto), a 14m58s
Rui Marques apresentou candidatura à Junta de Valongo A coligação Unidos por Todos (PSD/CDS) à Junta de Freguesia de Valongo vai ser encabeçada por Rui Marques, tal como já haviamos referido em edição anterior. A apresentação publica aconteceu este sábado, dia 27, junto à sede de candidatura na Rua Dr Nunes da Ponte. Este evento contou com a presença de Miguel Santos, deputado e presidente da estrutura local do PSD,
Luís Ramalho, candidato à Câmara de Valongo, Fernando Melo, mandatário e ex-presidente da Cãmara de Valongo, Teresa Raposo, candidata à Junta de Ermesinde e dezenas de apoiantes da coligação. Na hora dos discursos Miguel Santos falou do candidato referindo ser um dia importante para a freguesia porque esta “não pode continuar estática. A freguesia precisa de uma alteração à forma de ges-
tão. Havia um presidente de junta que aforrava e hoje há um que gasta, sem se ver obra. Acreditem que o Rui será melhor presidente”. Fernando Melo afirmou que continua a gostar muito do concelho e por isso quer que Rui Marques ganhe. “Trabalhou comigo durante muitos anos, começou como motorista e chegou a chefe de gabinete. Ajudou-me muito em muitas situações”.
O candidato à Câmara de Valongo, Luis Ramalho, depois de louvar Fernando Melo e Miguel Santos, disse que “com o Rui, Valongo vai voltar a ter energia”. Falou dos prédios inacabados, da destruição de parques e jardins e criticou as atividades desenvolvidas. Defendeu a colaboração das pessoas na elaboração do programa e citou o caso de uma visita à Quinta da Lousa, onde desafiou seis crianças a apresentar uma ideia do que queriam para o parque local. Por sua vez Rui Mar-
ques deixou elogios publicos a Albino Poças, Rosa Maria Rocha e Fernando Melo e deixou criticas à atual gestão: “Valongo encontra-se a saque de um grupom organizado que não se preocupa com os cidadãos”. O candidato lembrou obras de Fernando Melo (escolas, biblioteca e outras) e disse que “existe uma espécie de conluio entre a Junta e a Câmara para que só se façam festas e festinhas, que a Junta financia para que o Presidente da Câmara apareça nas fotos”. Questionou as opções da Junta em en-
tregar a privados os jardins da junta e do cemitério e defendeu alguns projetos a avançar como vias de comunicação, rampas para deficientes, melhoramento de jardins, criação de uma ciclovia entre Valongo e Alfena, circuito de manutenção com máquinas fitness, melhoria das limpezas, e outras. Nesta apresentação, Rui Marques defendeu a construção de um novo cemitério no lugar de Susão.
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Cultura Grupo Dramático da Retorta volta a ganhar maioria dos prémios
Mostra de Teatro Amador de Valongo premeia melhores A Mostra de Teatro Amador de Valongo terminou no dia 20 de maio, no Fórum Cultural de Ermesinde, com a entrega dos troféus às associações que se distinguiram nas melhores categorias, precedida pela exibição da peça de teatro «Atores» de Júnior Sampaio, a partir do texto “A Bailarina Vai às Compras”, do mesmo autor. Para incentivar as associações que integram o programa a apostarem cada vez mais na qualidade das peças, pelo quarto ano consecutivo a Mostra de Teatro Amador contou com um júri de atores profissionais. Alexandre Falcão, Romy Soares e Mário Moutinho avaliaram as diferentes categorias. O Grupo Dramático e Recreativo da Retorta conquistou seis dos oito troféus atribuídos, inclusive o Melhor Espetáculo. O prémio Melhor Atriz foi entregue a Telma Lopes (Sabor a Teatro – Associação Cultural). Joaquim Ferreira (Rotary Clube de Valongo) recebeu o troféu para o Melhor Ator. Premiados 2017
Melhor espetáculo: «Palco de Babel» – Grupo Dramático e Recreativo da Retorta Melhor ator: Joaquim Ferreira – «António Aleixo, Catedrático da Vida» | Rotary Clube de Valongo Melhor atriz: Telma Lopes – «Medeias» | Sabor a Teatro – Associação Cultural Melhor encenação: Laura Avelar Ferreira – «Palco de Babel» | Grupo Dramático e Recreativo da Retorta Melhor cenografia: João Paulo Pereira e Octávio Pereira – «Palco de Babel» | Grupo Dramático e Recreativo da Retorta Melhor figurino: Ana Sousa – «Palco de Babel» | Grupo Dramático e Recreativo da Retorta Melhor luminotecnia: João Octávio Pereira – «Palco de Babel» | Grupo Dramático e Recreativo da Retorta Melhor sonoplastia: Flávio Oliveira – «Palco de Babel» | Grupo Dramático e Recreativo da Retorta A Mostra de Teatro Amador – Valongo 2017 começou no Dia Mundial
do Teatro (27 de março) com a exibição da peça «A Casa de Bernarda Alba» pelo ENTREtanto TEATRO, que é parceiro do Município de Valongo nesta iniciativa cultural. Durante dois meses, as associações concelhias apresentam ao público 11 peças nos palcos da Sala das Artes do Fórum Vallis Longus e do Fórum Cultural de Ermesinde. Participaram na edição de 2017 da Mostra de Teatro Amador do Concelho de Valongo: Teatro Amador Susanense Grupo Dramático e Musical de Campo Grupo Dramático e Recreativo de Retorta Sabor a Teatro – Associação Cultural Cabeças no Ar e Pés na Terra – Associação Cultural Grupo Cénico de S. Vicente de Alfena Associação Desportiva e Cultural Canários de Balselhas Rotary Clube de Valongo Associação Cultural e Recreativa Vallis Longus
Associação Cultural e Recreativa Fora d’Horas Associação Académica e Cultural de Ermesinde “A Mostra de Teatro Amador é uma das atividades permanentes de maior importância na programa-
ção cultural do Município de Valongo, realizada com o objetivo de valorizar e dar a conhecer ao maior número possível de pessoas o trabalho dos grupos de teatro do concelho de Valongo que integram este certame e cuja entrega in-
condicional à arte teatral tem permitido manter viva uma tradição de longos anos no concelho”, considera o Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro.
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História
Expropriação do Campo dos Sonhos O PSD/Valongo exigiu no dia 26 que o atual executivo camarário PS cative de imediato 1,5 milhões de euros para pagar o valor da indemnização da expropriação do estádio de Sonhos não passando a responsabilidade para o próximo mandato. No dia 5 de dezembro a câmara de Valongo anunciou que faria a tomada de posse “após um processo moroso e complexo” e que o valor da avaliação do imóvel acabou por descer dos 1.231.857 euros estabelecidos em julho de 2013 e ser fixado em 154.000 euros”. Mas na semana passada, em comunicado a concelhia do PSD/Valongo vem a público dizer que o Tribunal da Relação do Porto fixou “há dias” como valor da indemnização a pagar ao expropriado 1,5 milhões de euros. Contactada pela agência Lusa a câmara de Valongo referiu, em resposta escrita, que “não é verdade que o Tribunal da Relação do Porto (nem nenhum outro) tenha tomado alguma decisão neste processo” e que a “referência que o PSD faz é uma avaliação provisória feita por peritos na fase administrativa do processo”. “O importante é que este equipamento esteja ao serviço dos jovens e da população, cumprindo assim a sua finalidade de interesse público que compete ao Município salvaguardar. Entretanto, na semana de 5 a 9 de junho serão iniciadas as obras no Campo de Sonhos para a colocação de um relvado sintético e beneficiação dos balneários, de modo a que as crianças e jovens de
Ermesinde tenham um estádio digno para a prática de futebol”. “Esta avaliação é completamente absurda, na medida em que avalia um campo de jogos como se se tratasse de um terreno para construção. Já foi apresentada uma reclamação desta avaliação e o processo vai dar entrada em Tribunal para fixação judicial do valor final da indemnização. Estamos certos que no final do processo, a Justiça acabará por dar razão à câmara que aprovou a expropriação por unanimidade”, refere a resposta do executivo PS. Já na sua nota, os sociais-democratas recordam todo o processo, nomeadamente negociações feitas pelo executivo que liderava Valongo, distrito do Porto, até às autárquicas de 2013, o de João Paulo Baltazar (PSD), que foi substituído pelo atual de José Manuel Ribeiro (PS). “A câmara tinha, desde o mandato anterior, um acordo com o proprietário do estádio de Sonhos que satisfazia ambas as partes e garantia a passagem do campo do privado para a esfera municipal num valor de 1,2 milhões de euros. Porém, o presidente da câmara decidiu, este mandato, não cumprir o aprovado e reverteu o acordo, avançando para uma expropriação avaliada em 150 mil euros que, sabe-se agora, na prática vai custar 10 vezes mais aos cofres municipais”, descreve o PSD/Valongo. Assim, os sociais-democratas apontam que os 1,5 milhões de euros não foram acautelados em sede de orçamento, pelo que exigem que “sem prejuízo
da existência de um recurso à decisão do Tribunal da Relação do Porto”, seja salvaguardado de imediato, não passando a responsabilidade para o executivo que entrar em funções após a as autárquicas marcadas para 01 de outubro. Em resposta a câmara de Valongo refere que quando tomou posse “não havia qualquer documento assinado pelas duas partes e o alegado acordo pressupunha várias ilegalidades e implicava a perda de um equipamento desportivo numa cidade que carece de mais equipamentos desportivos”. A câmara também acusa o PSD de não ter resolvido a situação durante 11 anos, de estar a “veicular informações erradas e alarmistas” e vinca que “importante é que este equipamento esteja ao serviço dos jovens e da população”. “A exigência de cativação imediata deste valor absurdo só revela uma preocupação eleitoralista de bloquear a ação deste executivo, prejudicando os investimentos previstos em benefício da comunidade”, conclui a autarquia. A incerteza quanto ao futuro do campo (utilizado pelo Ermesinde 1936) arrasta-se desde a década de 90, mas o proprietário avançou em 2015 com uma ação de reivindicação de propriedade e posteriormente a câmara de Valongo anunciou que “em nome do interesse público” ia avançar com a expropriação que começou a ser tratada no final do ano passado. Texto Lusa com CR
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Destaque -- Feira do Pão, da Regueifa e do Biscoito Objetivo é promover e valorizar marca de excelência de Valongo
Feira da Regueifa e do Biscoito anima fim de semana A Feira da Regueifa e do Biscoito & Mercado Oitocentista realiza-se de 2 a 4 de junho. Na edição de 2017, além da homenagem a uma das marcas identitárias do Município de Valongo, serão também assinalados os 180 Anos da elevação a Concelho. No eixo central da cidade de Valongo que compreende as Ruas de São Mamede, Dr. Nunes da Ponte, Sousa Paupério, o Largo do Centenário e a Praça Machado dos Santos, os visitantes poderão saborear as iguarias gastronómicas típicas de Valongo, nas artérias trajadas ao final do século XIX, com artesãos e ofícios espalhados pelo eixo do centro histórico, jogos tradicionais, teatro de rua e dezenas de figurantes.
Organizada pela Câmara Municipal de Valongo, a Feira da Regueifa e do Biscoito destina-se a valorizar e promover o que Valongo tem de mais emblemático e que constitui uma das suas marcas de excelência
– a Regueifa e o Biscoito. Com presença garantida das principais padarias e biscoitarias do concelho de Valongo, o evento terá animação diária, com fabrico ao vivo, recriações históricas, dança, folclore, ex-
FÁBRICA DE BISCOITOS
DOCE NEVES, LDA
Desde 1978
posições e grandes espetáculos. Francisco Menezes, Raquel Tavares e Emanuel são os cabeças de cartaz. Na programação destacam-se ainda os desfiles alegóricos, a cerimónia da Bênção do Pão, as Bugiadas de Santo António, o concurso da melhor Regueifa e do melhor Bis-
coito, a Meia Maratona Regueifa e o II Capítulo da Confraria do Pão, da Regueifa e do Biscoito. “A Feira da Regueifa e do Biscoito é uma aposta ganha. Por isso, investimos cada vez mais neste evento que tem uma adesão cada vez maior da comunidade
e resultados muito positivos no tecido económico local. Temos uma tradição muito forte ligada à panificação, um filão que começa a ser devidamente explorado”, considera o Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro. “As três edições anteriores da Feira da Regueifa e do Biscoito superaram todas as expectativas, com a participação de inúmeras padarias, biscoitarias e estabelecimentos de restauração de todo o concelho, das escolas, das associações e com a adesão de largos milhares de pessoas que, durante os três dias do evento, passaram por Valongo”, refere o autarca. Para promover a mobilidade sustentável, pela primeira vez e em parceria com a CP, será disponibilizado um bilhete de ida e volta especial, válido para os Comboios Urbanos do Porto entre qualquer estação da rede e as estações de Susão ou Valongo. Nos dias 3 e 4 de junho, será possível, por exemplo, viajar entre Aveiro e Susão e regressar por apenas 2€.
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Feira do Pão, da Regueifa e do Biscoito Escola Secundária de Valongo recria tradição
Bugiada de Santo António dos Almocreves “N´este momento histórico que atravessamos, em que nas altas regiões do poder se debatem os destinos dos concelhos e comarcas, e se jogam os mais sagrados interesses e direitos dos povos, vimos nós ainda que rudemente, esboçar uns traços históricos d´esta villa, tão rica e florescente, mas lançada ao ostracismo pelos dirigentes do paiz, que se têm sucedido na governação do Estado, há anos a esta parte. A 13 kilometros ao nascente da cidade do Porto, a segunda do reino, esse grandíssimo foco de movimento e actividade, está pois, situada, nas fraldas de extensas montanhas, sobre uma dilatada planície das mais pitorescas e luxuriantes de vegetação. (…) Celebra esta villa algumas festas tradicionais, que os antepassados lhe legaram e ella conserva com a mais viva fé e uncção religiosa. A mais importante e significativa é sem dúvida a de Santo António. Teve princípio no meio do seculo XVIII, em 1750, por ocasião de uma terrível epidemia que então grassava com pasmosa intensidade entre as alimárias de carga d`este povo constituído na sua maior parte por almocreves, que vendo-se privados dos seus instrumentos semoventes do trabalho, por onde auferiam meios de subsistência recorreram á protecção divina e invocaram o auxílio do Santo – Thaumaturgo, fazendo os mais solemnes votos. Cessando os efeitos perniciosos da epidemia pela sua total extincção, resolveram os devotos cumprir a promessa. Angariando donativos, traçando o plano da festividade, e nomeando entre si o juiz que lhe devia presidir constituíram-se sob a denominação de Bugiada. Os membros de tal agremiação vestidos à laia de Arlequins ou Polichinelos, intitularam-se – bugios – talvez pelo arremedilho ou espécie de farsa mimica que representavam. Esse motivo, um tanto monótono representa a morte d`um bugio prostrado no meio de todos os companheiros que consternados o lamentam, quan-
do de repente, como que impelido pelas palavras de Jesus ao paralytico – surge et ambula- levanta-se ressuscitado pelo poder do thaumaturgo e principia a dançar com todos os seus confrades entre alegres e suprehendidos. Esta festa é por ventura a mais original pela variedade de suas diversões. Na noite de 28 de junho, percorre as ruas da villa, o Bando, composto de cavaleiros montados em gericos e rocinantes grotescamente vestidos à laia de acrobatas ou bobos de óperas bufas. Precede o Bando um tamborileiro, tocando uns estafados rufos, acompanhados de indivíduos empunhando archots acesos. (…) A festa principal é o segundo domingo de julho. De véspera, sae de casa do juiz uma soberba e aparatosa cavalhada, precedida da banda marcial em marche aux flambeaux, de visita à imagem do thaumaturgo erecta n`um padrão de granito, assente n´uma das ruas principaes. O domingo é especialmente destinado à nomeação do novo juiz, para o anno seguinte, à solemnidade da egreja, ao opíparo almoço e lauto jantar, offerecídos pelo velho ao novo juiz, sua família e demais convidados.(…). Na quarta feira seguinte, novos divertimentos e distracções nos aguardam. De manhã, dirigem-se os juízes acompanhados de damas e cavalleiros e precedidos da banda marcial á egreja matriz, a fim de prestarem o devido culto ao miraculoso António, findo o qual, regressam aos penantes do novo juiz, em cortejo, vulgo Tambo a prestar culto em ruidoso festim ao deus Baccho.(…) À noite realiza-se solemnemente a Entrega do Santo.(…) Formosas donzelas, todas vestidas de alvas roupagens, processionalmente formadas em duas fileiras, sustendo em níveas mãos ricos castiçães de prata, com o cirio ardente, precedendo a juíza que conduz a veneranda imagem do santo, reclinada sobre preciosos brocados; todo este conjunto de rostos peregrinos, com dourados cabelos juvenis brilhando ao reflexo da luz dos cirios, tendo
por guarda de honra o juiz com a sua comitiva de reis, príncipes e generaes,, levando no couce do cortejo, a banda marcial (…). E assim é feita a entrega do Santo à nova juíza, que recebe com outro cortejo de donzelas não inferior em número, beleza e encanto. A velha Roma, com suas magníficas procissões em honra de Vésta, de Ceres ou Cybele, parece ter imprimido a esta brilhante festa o caracter das suas gentílicas solemnidades.” Após o relato acima citado a Escola Secundária de Valongo fez a análise do Bosquejo Histórico da Villa de Vallongo e suas tradicções, por Francisco José Ribeiro Seara ( 1896) e a convite da Câmara Municipal de Valongo recriou e adaptou a Festa da Bugiada de Santo António dos Almocreves. Além do documento acima transcrito é, ainda, relembrado o livro da Villa de Vallongo, do Padre Joaquim Paupério Que acrescenta aos festejos a descrição de danças: regadinho, floreiras, calumba, alfaiates, padeiros e mineiros. Esta recriação terá lugar nos festejos da Comemoração da Feira do Pão, da Regueifa e do Biscoito de Valongo a realizar-se nos dias 2 e 3 de junho pelas 21: 00 horas. Escola Secundária de Valongo Margarida Maria Sousa Foto: Arquivo Histórico Municipal Valongo
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Diversos
“Folhas de Outono” livro da Universidade Sénior A Universidade Sénior de Rotary de Valongo está a celebrar 10 anos da sua atividade. Com efeito foi há 10 anos que a Universidade nasceu, era então presidente do Rotary Club de Valongo, António Aguiar. Como referiu na sua intervenção o atual presidente da direção, Manuel Poças, tal como acontece com outras Instituições, não foi um processo fácil, sendo a parte mais difícil encontrar instalações para o seu funcionamento. E aí valeu a disponibilidade do Pároco de então – Revº Padre José Alfredo que, quando contactado para o efeito, de pronto cedeu algumas salas da Salão Paroquial; e foi aí onde funcionou até 2011. Finalmente, em 2011, a Câmara Municipal de Valongo estabeleceu, com o Rotary Club de Valongo um protocolo de cedência das instalações da antiga Escola Primária 1º de Maio e, após alguma obras, foi possível instalar aí a Universidade sénior. A melhor forma encontrada pelos responsá-
veis da Instituição, para celebrar estes 10 anos de existência foi a publicação de um livro, no qual interviessem todos os alunos e professores que passaram pela USRV desde o seu início. Foi criada uma Comissão de Comemorações dos 10 anos, constituída por Alunos, elementos do Conselho Pedagógico e Direção e, lançado o desafio a todos, daí resultou uma coletânea de textos dos Professores e Alunos. FOLHAS DE OUTONO, assim se chama o livro, e foi apresentado no passado dia 26, no Auditório António Macedo, tendo contado com a presença dos responsáveis autárquicos da CMV e JFV, José Manuel Ribeiro e Ivo Neves, além de outros convidados e elevado número e participantes. No Prefácio, Maria José Guimarães, também ela colaboradora da USRV, como professora, refere: “Folhas de Outono”, tal como a estação do ano que sucede ao verão, representa o ocaso da vida. Este ocaso que se si-
tua no após da pujança vivencial do ser humano e é como uma paleta colorida de alaranjado, violeta, branco e dourado onde os pintores de palavras vão “plantando” o seu jardim de experiências e viagens, de sonhos e memórias…” “Sente-se na leitura dos textos que compõem esta obra quais foram os caminhos percorridos por muitos, sente-se que a efemeridade da vida não se esgota no tempo que flui, mas se emaranha numa teia de gritos, de gritos de liberdade, de amor, de alegria pela gratidão que expressam aos seus professores voluntários; de gritos de jovialidade contagiante, revelando o Humano “como pedra basilar de qualquer instituição…” O leitor desta obra vai encontrar como que uma janela gigante, aberta para um mundo onde a luz, as estrelas, a lua e o mar se interpenetram, revelando mundos que, sendo de cada um a todos pertencem…” A apresentação esteve a cargo de Vítor da Rocha, professor do ensino secundário, ele próprio com
várias obras publicadas, desde 1997. Pós-Graduado em Licenciatura Comparada pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, desenvolvendo atividades de revisor de imprensa, tradutor e redator em vários jornais e editoras do Grande Porto. Na sua intervenção o Vítor da Rocha fez uma detalhada exposição sobre o papel das Universidades Séniores na atual sociedade, na qua as pessoas têm uma longevidade muito superior à de algumas décadas atrás permitindo, assim, uma convivência e uma vida ativa mais longa e saudável. Fez, depois a apologia da obra e terminou com a leitura de alguns excertos de textos desta coletânea, de mais de 30 autores, considerando que a mesma é, sem dúvida, a melhor
maneira da Universidade Sénior de Rotary de Valongo e que, por isso, estão de
parabéns os seus responsáveis. M.P.
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Feira do PĂŁo, da Regueifa e do Biscoito -- Documento