Nº 29 20 setembro de 2013
mensal
Autárquicas 2013
diretor: agostinho ribeiro
(sondagem DOMP)
TUDO EM ABERTO PARA O DIA 29 PS - 40,7 %
PSD/PPM - 39,9 % BLOCO - 6,7 %
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CDU - 6,2 % CDS-PP - 1,5 %
Expoval decorreu em Ermesinde -------Câmara acusada de beneficiar privados -------Entrevista ao Bino de Balas e Bolinhos -------Joaquim Leão ganhou a volta há 49 anos
Opinião
20 setembro de 2013
OPINIÃO
“Porquê Mudar Valongo?”
Quando mudamos, queremos mudar para melhor. Mudar por vezes inquieta-nos, porque temos receio de enfrentar situações desconhecidas. Normalmente reagimos na defensiva, resistindo ou pondo em causa as acções necessárias à mudança. É por isso que, muitos de nós, somos conservadores. Mas a mudança sempre foi a forma mais eficaz de resolver os problemas que nos incomodam. A mudança, se é feita no sentido correcto, nor-
malmente facilita a resolução de muitos problemas e corrige muitos vícios. O nosso país, como o mundo, enfrenta grandes mudanças que colocam problemas novos que alteram profundamente a relações sociais. No nosso caso, um país desenvolvido com problemas graves de endividamento, que nos últimos trinta anos melhorou o nível de vida, aumentou significativamente o nível cultural das novas gerações, enfrenta uma situação de grandes dificuldades que compromete o convívio social e põe em causa a esperança no futuro. Para resolver os problemas de hoje, temos de apostar na mudança. Na mudança de atitude, na mudança da forma como agimos e participamos na sociedade, na exigência e na tolerância. O nosso sistema político, uma democracia política representativa baseado num estado direito, permite que por vontade popular a direcção política se altere como forma de assegurar as alternativas
que melhor sirvam a vontade dos cidadãos. O vigor do regime democrático é fortalecido quando o sistema evita perversões que o exercício muito prolongado do poder sempre gera, por força da natureza dos interesses humanos. Na nossa terra é importante que a alternância ocorra para prevenir os vícios que o exercício de poder inevitavelmente gerou e para encontrar novos rumos que correspondam às preocupações do presente. Vinte anos de uma administração duma força política, se resolveu alguns problemas, bloqueou outros e criou constrangimentos que são um entrave a novas soluções que permitam encarar o futuro de forma diferente. Mudar é essencial, porque vai permitir que novos líderes analisem sem constrangimentos tudo o que foi feito e, aproveitando o que existir de bom, construam uma solução mais dinâmica que permita enfrentar o futuro com mais espe-
rança. Dar mais atenção ao sector social, dinamizando todas as instituições do sector de forma a encontrar soluções articuladas para maximizar os recursos que permitem apoiar melhor e de forma mais justas os mais desfavorecidos. Incentivar e articular as associações desportivas e culturais para criar um ambiente de colaboração e partilha que permita dinamizar todos os recursos. Olhar com especial preocupação para toda a rede escolar do concelho e procurar que ela possa corresponder da melhor forma às expectativas de toda a comunidade escolar. Analisar a malha empresarial do concelho, procurando articular todas as medidas que permitam melhorar o seu desempenho como meio de promover o emprego e desenvolver a indústria os serviços e a agricultura, privilegiando o diálogo e combatendo a burocracia. Criar na autarquia um clima de trabalho responsável, exigente e de
qualidade que permita mobilizar todos os funcionários no cumprimento escrupuloso das suas tarefas por forma a criar uma dinâmica motivadora que lhes traga o reconhecimento dos munícipes através do exemplo e da competência. Procurar promover o entendimento e a colaboração de todos que queiram contribuir para a resolução de problemas e para o desenvolvimento do concelho. Mas mudar hoje, também vai obrigar a gerir de forma inteligente e rigorosa, procurando libertar o camara das pesadas responsabilidades financeiras que contraiu e que todos teremos que resolver. Mudar é fazer tudo isto, com o objectivo de manter a esperança num futuro melhor Vamos mudar o Concelho de Valongo José Sobral Pires Engenheiro
“A gestão da dívida da CM Valongo vs Campanha”
Por diversos ângulos se tem observado a dívida da Câmara Municipal de Valongo, muitos problemas se apontam e muitos males se diagnosticaram. Porém, pouco ou
nada se fala ou se sabe sobre como é gerida a dívida da Câmara Municipal de Valongo porque, talvez achemos que não é um problema que diga respeito aos seus munícipes. Como é do conhecimento de todos, a Câmara Municipal está no topo das autarquias com maior endividamento, acima de 60 Milhões de euros, situação esta que se tem vindo a agravar com o recente empréstimo de 22 Milhões de euros ( c/ juros ), somente para pagar dívidas a fornecedores. Se uma autarquia não sabe gerir a nossa dívida, certamente Valongo nunca será credível junto das instituições financeiras e muito menos terá argumentos válidos para atrair investimento e qualidade de vida às pessoas numa terra
tão rica em tradições. Temos uma invejável história e uma riquíssima cultura. Deixamos de projetar um futuro baseado naquilo que gostaríamos de ser e não somos. Peço, por isso, alguma reflexão sobre este tema que não podemos deixar de ponderar. As campanhas dos diversos partidos que demonstram falta de bom senso, principalmente a campanha do PSD, que ignora os momentos difíceis que a autarquia atravessa e o desrespeito por muitas pessoas que vivem atualmente com imensas dificuldades. A título de exemplo, todos repararam que a Câmara desligou alguns postes de iluminação no sentido de obter uma poupança na ordem dos 200 mil euros/Ano. Por caricato que pareça
até conseguem colocar inúmeros pendões de campanha nesses mesmos postes! O despesismo continua para salvaguardar os interesses relacionados com a campanha do PSD mas, não sabemos como (?), o dinheiro continua a aparecer para grandes campanhas que envolvem grandes encargos financeiros na contratação de artistas como Zé Amaro, Herman José, José Malhoa, etc., entre inúmeras ofertas materiais. Haja bom senso! Apesar de existirem outras forças partidárias, gostaria de enaltecer os partidos como BE e CDS que têm feito uma campanha com sentido democrático e responsável face à atual conjuntura económica. Da mesma forma, o partido que apela
à mudança, PS, liderado por José Manuel Ribeiro, tem demonstrado muita criatividade sem grandes custos e, conseguindo de uma forma simples, informar os munícipes sobre a atual situação financeira da Câmara Municipal deste concelho, ou seja, fazer campanha sem desrespeitar os mais carenciados! “Como é possível, num concelho falido, existir uma campanha milionária?” Vítor Reis
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Edição nº 29 - 20 setembro de 2013 - Direção: Agostinho Ribeiro;
Administração: Chama Festiva,Lda; Lda; Colaboradores: José Pedro Loureiro; Carlos Silva; Abel Sousa; Francisca Costa; JMB; António Cardoso; Teixeira da Silva Paginação e Grafismo: ADCR Endereço CTT - Apartado 22
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Atualidade
20 setembro de 2013
Tudo em aberto para dia 29 A DOMP realizou uma sondagem de 13 a 16 de setembro para apurar as intenções de voto para o ato eleitoral do dia 29, para a Câmara Municipal de Valongo. Nesta sondagem tiram-se 2 ilações: Nos votos diretos o PS ganha a câmara com uma diferença de 3,5%, no entanto, depois de fazer uma distribuição dos indecisos e dos que não respondem, que somam 32,6% e tendo em conta o sentido de votos das últimas eleições realizadas em 2009, ficamos perante uma diferença mínima que indicia ainda estar tudo em aberto. A empresa responsável pela sondagem após análise e tratamento estatístico concluiu: Dos inquiridos que indicaram, com muita probabilidade, ir votar nas eleições do próximo dia 29, 18,7% encontra-se ainda indeciso, enquanto 13,9% optou por não responder à questão. Realizou-se então um exercício matemático que visa distribuir estes respondentes (NS/ NR) em função das variáveis conhecidas como sendo preditores da intenção de voto. Assim, os indecisos foram distribuídos, por etapas, em função (1) da resposta dada ao cenário com candidatos e partidos (CN1), (2) da
Ficha Técnica Esta sondagem foi executada pela DOMP, S.A. para o PS – Autárquicas 2013 – Valongo, entre os dias 13 e 16 de Setembro de 2013. O universo em estudo é composto pelos eleitores residentes e inscritos no concelho de Valongo, com telefone da rede fixa no seu lar. As entrevistas, realizadas via telefone, apoiaram-se em questionário estruturado adaptado ao sistema CATI. Para cada freguesia, a seleção dos números de telefone dos lares foi feita aleatoriamente a partir das bases existentes (listas telefónicas) e a seleção do inquirido foi feita através do Método de Troldahl-Carter-Bryant. Foram efetuadas 386 entrevistas, distribuídas proporcionalmente pelo número de eleitores recenseados em cada uma das freguesias pertencentes ao concelho de Valongo: Alfena - 15,8%; Campo - 10,1%; Ermesinde - 43,0%; Sobrado - 7,0%; Valongo - 24,1%. Os resultados obtidos foram ponderados de acordo com a distribuição das variáveis “sexo” e “classe etária” neste concelho, de acordo com a base de dados do recenseamento eleitoral (ERC, 2011). A taxa de resposta foi de 73,9% e o erro amostral máximo associado a um processo de amostragem aleatório, para n = 386 é de, aproximadamente, 5,0%, utilizando um nível de confiança de 95%.
proximidade partidária (PXP1), (3) do voto em 2009 (VA2), (4) com passagem dos NS/NR restantes
para abstenção e (5) redistribuição dos brancos ou nulos por proximidade partidária e voto em 2009.
Após a distribuição de indecisos, verifica-se um empate técnico, com o Partido Socialista a registar
40,7% da intenção de voto, contra 39,9% do seu principal opositor, o PPD/PSD.
Indecisos vão decidir quem ganha Se tivermos em atenção que em 2009 a candidatura da “Coragem de Mudar” dividiu o eleitorado do partido socialista e que nestas autárquicas o PS concorre sem candidaturas independentes de esquerda, existe uma forte possibilidade de mudança. Acresce que nas ruas, as hostes socialistas têm uma dinâmica de mudança. A candidatura do partido socialista encabeçada por José Manuel Ribeiro anda desde meados de agosto diariamente na rua com o candidato, e em todas as freguesias os candidatos à junta promovem arruadas diárias batendo porta-a-porta para, olhos nos olhos, apresentarem as ideias e projetos ao seu eleitorado. Para ajudar a campanha António José Seguro, líder nacional do PS, estará em Valongo no dia 23 à noite para participar num Jantarcomício, isto logo a seguir a mais uma caravana automóvel que percorrerá todo o concelho e que, segundo informações da campanha, ocorrerá no domingo dia 22 com a presença de aproximadamente 300 carros. O PSD também já anda nas ruas contactando o povo, mas começou mais tarde as arruadas e nem sempre com o seu candidato João Paulo Baltasar. Analisando o programa de eventos da campanha para a última semana podemos concluir que o PSD acha possível ganhar novamente a câmara. Com 3 espetáculos de música anunciados, 2 comícios de fecho, uma caravana noturna e milhares de euros em brindes –como guarda-chuvas, canetas, bonés, ioiôs, horários, etc.- podemos concluir que o PSD está a “colocar toda a carne no assador”, num tudo ou nada. Quanto ao CDS, parece-nos que esta percentagem não demons-
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tra o esforço de campanha feito pela candidatura de Alexandre Teixeira. Talvez esteja aqui refletido o facto de só agora terem iniciado uma campanha mais assídua e representativa e de ter participado coligado nas anteriores autárquicas. O terceiro partido mais votado é o Bloco de Esquerda mas depois de realizada a distribuição dos votos dos indecisos e dos não sabem; porque nos votos diretos temos a CDU à frente e como terceira força politica. Também aqui antevemos uma disputa renhida que só será confirmada no dia 29. Por isso é que anunciamos, neste especial “Autárquicas 2013”, que está tudo em aberto, que só no dia 29 saberemos quem ganha sendo que os indecisos terão um papel crucial nestas eleições autárquicas.
Política
20 setembro de 2013
Proposta da CDU subscrita por todos os partidos
Renegociação da Privatização da Água No passado mês de Abril, por proposta da CDU, a Assembleia Municipal de Valongo aprovou a constituição de uma Comissão Eventual de Avaliação da Privatização dos Serviços de Águas e Saneamento no concelho. À Comissão competiu, com os meios técnicos e humanos disponíveis, proceder a um balanço deste processo de privatização que data de 1999 e das revisões contratuais entretanto realizadas, analisando as decisões municipais tomadas no período decorrido, assim como eventuais opções a assumir no futuro sobre esta matéria. A Comissão concluiu os fins para que foi criada no início deste mês de setembro. O trabalho levado a cabo pela Comissão entre Maio e Setembro passou pela audição de diversas personalidades directamente ligadas ao processo e pela consulta de documentação. A referida comissão, composta por todas as forças políticas e pela Mesa da Assembleia Municipal, aprovou por unanimidade um relatório, cujo texto base foi apresentado por Adriano Ribeiro, eleito da CDU e actual candidato da Presidente da Câmara Municipal. O relatório aprovado, na opinião da CDU, não deixa de constituir um importante ponto de partida para a gestão futura dos serviços de águas e saneamento em Valongo, independentemente do partido que venha a vencer as próximas eleições. De mais substancial, destacam-se as seguintes conclusões e recomendações: 1. A avaliação de que os Serviços de Aguas e Saneamento “prestavam um serviço de boa qualidade e eram rentáveis” antes da sua privatização; 2. Referindo-se à renegociação do contrato que estendeu de 30 para 36 anos o período de duração da concessão, isentou a concessionária do pagamento de retribuição ao município e o aumentou as taxas cobradas às populações, concluiu que “os relatórios anuais da concessionária previstos no contrato não revelavam a necessidade de qualquer negociação. O estudo que justifica a proposta da concessionária, tanto quanto resulta dos documentos e das audições, não teve qualquer tipo de significância, estudo ou comprovação de que as razões invocadas pela concessionária existiam
de facto.” A Comissão recorda ainda que “A proposta da concessionária foi aprovada em reunião de Câmara, sem votos contra”, incluindo dos eleitos do Partido Socialista. Mais à frente acrescenta-se “Concluise, assim, que no momento da renegociação contratual, não existia nenhum estudo económicofinanceiro, da Câmara ou de uma entidade externa devidamente credenciada, que permitisse concluir pela verificação dos pressupostos invocados pela concessionária que permitiriam a renegociação do contrato de concessão. Ao invés, há fortes indícios de que a redução de pessoal e a eventual utilização do mesmo ao serviço de outra concessão, justificaria a sua consideração na referida renegociação”; 3. “A concedente (Câmara de Valongo), Nunca exerceu efectivamente os poderes de fiscalização que lhe estão contratualmente cometidos”... 4. À Câmara recomendase que “inicie os procedimentos adequados e tendentes à renegociação fundamentada e devidamente justificada”, tenho em conta uma auditoria recente realizada por uma empresa externa, na qual se tenham em conta a utiliza-
ção pela concessionária das “instalações e equipamentos propriedade do município” e “exerça efectiva fiscalização da concessão no sentido de salvaguardar os legítimos interesses dos munícipes”. Na opinião da CDU, há potencialidades que exigem uma intervenção da Câmara de Valongo tendo em vista a salvaguarda do interesse público. Neste contexto, importa sublinhar João Paulo Baltazar parece nada ter aprendido com a má experiencia de Valongo em matéria de privatizações. Veja-se o exemplo dos contractos de privatização dos serviços de limpeza e recolha do lixo com término em 2013, para os quais a coligação PSD/CDS lançou um novo concurso público, repetindo as opções que levaram a Câmara de Valongo à situação de endividamento e de “coletede-forças” em que se encontra presentemente. Ao contrário de outros, a CDU sempre foi contrária à entrega de serviços e equipamentos públicos a privados. “Pela parte da CDU, continuaremos a levar muito a sério o compromisso de lutar pela remunicipalização dos serviços privatizados. Entretanto,
fazemos votos que a avaliação autocritica feita por PSD, CDS e PS venha a ter alguma tradução prática”. Agenda CDU
autárquica
da-
6ªf, 20 Setembro: 10h - Acção de contacto com a população no centro de Ermesinde. Ponto de encontro - Estação de Ermesinde
18h - Acção de contacto com a população nos bairros das Pereiras e do Calvário, na freguesia de Valongo 21h - Reunião com a Associação “Casa do Búgio”, em Sobrado Sábado, 21 Setembro: 9h30m - Passeata na freguesia de Valongo - Ponto de encontro no “Largo dos Patos” 9h30m - Passeata em Alfena, seguida de picnic/acção de
convívio - Ponto de encontro - Café Plaza, nas imediações da Igreja 15h - Passeata zona da Travagem, em Ermesinde Domingo, 22 Setembro: 9h30m - Passeata em Ermesinde - Ponto de encontro Largo da antiga feira 9h30m - Acção de contacto com a população na zona de Balselhas, em Campo
Catarina Martins, coordenadora do BE esteve em Ermesinde
Bloco defende serviços públicos A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, e o cabeça-de-lista do partido à Câmara Municipal de Valongo, Eliseu Pinto Lopes, explicaram recentemente a importância do voto no Bloco de Esquerda como arma fundamental para a defesa dos serviços públicos. Os dois intervieram num almoço-convívio realizado em Ermesinde, que culminou uma arruada pelas ruas centrais da cidade, na qual participaram largas dezenas de apoiantes da candidatura bloquista que tem como lema “Concelho Jovem, Concelho Vivo”. Eliseu Pinto Lopes, denunciou o facto de o candidato do PSD à edilidade tudo fazer para que se “confunda onde começa o presidente da Cãmara e onde acaba o candidato do PSD”, dando vários exemplos da mistura de papéis,
que em nada contribui para a dignidade das instituições. O candidato exigiu “mais respeito pelos cidadãos”, frisando que a “a Câmara não pode continuar a ser uma coutada dos interesses privados”, aqueles que fizeram a autarquia “perder, desde 2004, 5 milhões de euros com a concessão da água e saneamento, e 100 mil euros por ano com o negócio dos parcómetros”. Referindo-se aos objectivos das candidaturas bloquistas no concelho, Eliseu Pinto Lopes sublinhou a necessidade de “transformar um concelho que é dos mais jovens do país num concelho vivo, onde as diferentes freguesias tenham dinâmico e não continuem a ser um mero dormitório”. A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda explicou quais os principais desafios do partido com vista às eleições de 29 de Setembro. O primeiro é convencer os
cidadãos a irem votar, a mostrarem “que este país é feito de gente que não se resigna, que não desiste, que sabe o que é o Estado de direito e que sabe que o povo é quem mais ordena”. O segundo desafio, lembrou Catarina Martins, é contribuir para derrotar o Governo, “porque um executivo que saia derrotado destas eleições é um Governo com menos condições políticas para impor mais cortes e para aprofundar a política de austeridade”. Por fim, há que “convencer as pessoas a escolherem o Bloco de Esquerda, porque
os eleitos do Bloco não se intimidam perante o poder da finança”. “Em Valongo, o PSD privatizou a água, mas o PS convive bem com isso e fez o mesmo noutros concelhos. A escolha passa por saber se as autarquias defendem os bens públicos ou se são balcões de negócios privados”, concluiu a coordenadora nacional do Bloco
de Esquerda, assinalando a necessidade de eleger candidatos do Bloco para os diferentes executivos, onde tenham uma palavra a dizer nas decisões mais importantes para a vida dos cidadãos.
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Autárquicas
Todos os partidos apostam na rua e no porta a porta
Campanha eleitoral anima ruas do concelho
Oficialmente a campanha iniciou dia 17 deste mês mas há muito que os partidos começaram a apelar ao voto, apresentando ideias e projetos ao eleitorado, uns com mais criatividade e maior quantidade que os outros. O primeiro partido a iniciar a sua campanha foi o PS através do seu candidato José Manuel Ribeiro e o último o CDS com Alexandre Teixeira, que apresentaram uma forma inovadora de sede - contentores amovíveis em zonas de grande fluxo.
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A faltar semana e meia para o dia das eleições todos andam nas ruas, sendo notório que o orçamento de campanha é diferente para cada um dos partidos que concorrem às eleições. Os mais poupados serão o PCP e BE sendo o PSD aquele que visivelmente mais dinheiro investe nesta campanha, sendo de estranhar face ao panorama de austeridade que todos vivemos. Uma coisa é certa - a próxima semana é decisiva e certamente haverá muita festa, comícios, concertos, arruadas e caravanas, mas no final só haverá um vencedor e o povo é que o escolherá.
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Perto do Estádio Municipal de Valongo
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Diversos
20 setembro de 2013
João Pires, o “Bino” do Balas e Bolinhos ao JNV
“PS tem um excelente candidato à Câmara” JNV- Como surgiu o projecto balas e bolinhos?
JP- O projecto surgiu já há mais de uma década, no interior de uma associação de cinema existente em Valongo na altura, a AACV (Associação de Artes Cinematográficas de Valongo). O Luís Ismael (realizador) tinha na altura um argumento escrito para a realização de uma curta-metragem sobre quatro gatunos incompetentes à volta de uma mesa. Juntamente com o JD Duarte, juntaram ao projecto o Jorge Neto – que se dedicara à representação após um curso de formação em representação – e falaram comigo pouco tempo depois para dar vida à quarta personagem, no fundo para fechar a quadrilha. JNV - Já tinha tido alguma experiência na representação? JP - Lembro-me de ter feito a minha estreia na representação numa peça escolar, onde fazia de nuvem na história do lobo mau. Não era propriamente um papel de destaque, tinha apenas de me colocar à frente do Sol quando o lobo aparecia em cena. Já muito mais tarde fui convidado pelo grupo PLOM (Palavras Loucas Orelhas Moucas) para encarnar um engatatão falhado na peça “Óculos de Sol”, de Laura Ferreira. Foi, aliás, a própria Laura que me incentivou e me colocou nos palcos de teatro. Fui entretanto fazendo parte de algumas produções do PLOM e, em paralelo, dinamizando um outro grupo de teatro na associação Tertúlia onde, com outros colegas e amigos (entre eles o Jorge Neto), representei, encenei, escrevi, traduzi, construí cenários e cheguei inclusivamente a coser roupas. JNV - Vai haver um 4º filme? JP - É engraçado que o terceiro filme ainda estava nos cinemas e já nos colocavam essa questão. Já há uns anos, quando nos reunimos para tomar a decisão se faríamos um terceiro filme, acabamos por quebrar a sentença que atribuíramos anteriormente ao projecto: não fazer um terceiro filme.
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Neste momento posso dizer que não é nossa intenção fazer um quarto filme, não invalidando isso a criação de novos projectos. Mas quem sabe se um dia no futuro não iremos assistir a um “Balas & Bolinhos – A Reforma”! JNV - Tiveram algum apoio estatal para este projecto? JP - O apoio que o estado português nos deu para fazermos cinema foi exactamente o mesmo que nos deu
o estado da Nicarágua, ou seja, zero. Mas compreende-se, este governo resolveu acabar com o Ministério da Cultura e, para o seu lugar, arranjou um secretário de estado que ninguém sabe quem é. O cinema, o teatro e as outras artes simplesmente não estão na agenda destas pessoas, andam todos demasiado preocupados com os 3% do défice. JNV - Porque aceitou
ser mandatário da juventude? JP - O convite surgiu já há uns meses, na sequência de algumas conversas que mantinha com o José Manuel Ribeiro, sobre os vários problemas que afectam neste momento o município de Valongo, entre outros assuntos. Senti que este é o momento de dar o meu contributo, enquanto cidadão, para que as políticas culturais e sociais, fundamentalmente, regressem à agenda do concelho. Tivemos já 20 anos de más experiências em Valongo que não quero repetir. Recuso-me a ter de viver num concelho que é citado no resto do país como exemplo de má gestão autárquica, num município onde, paradoxalmente, o seu presidente da câmara deu o seu próprio nome a uma avenida (onde abundam prédios abandonados em tijolo) que é, no fundo, o reflexo daquilo que o PSD tem vindo a fazer ao concelho nestes anos.
JNV - Acha que o PS vai ganhar a câmara? Porquê? JP - Creio que o Partido Socialista tem neste momento um excelente candidato à presidência da câmara municipal. A escolha, para mim, é bastante simples: entre um partido que esteve 20 anos a acumular dívidas e a afastarse dos seus cidadão, a fechar
infra-estruturas e a diminuir a qualidade de vida dos seus munícipes, e, por outro lado, o José Manuel Ribeiro, um homem que ama a sua terra, com ideias para Valongo, sensível às suas gentes e com todas as qualidades necessárias para bem gerir o concelho.
Autárquicas Ermesinde
20 setembro de 2013
Antigo ciclista de Sobrado representou as cores do F.C. Porto
Joaquim Leão venceu a Volta há 49 anos
Joaquim Leão é um dos três ciclistas de Sobrado que venceu a Volta a Portugal em bicicleta (os outros foram Fernando Moreira e mais recentemente Nuno Ribeiro). Foi em 1964 que o ex-ciclista sobradense venceu a prova rainha em Portugal. Tudo começou numa prova em Lousada, em 1957, quanto tinha 16 anos numa prova em que participou como popular. Só depois é que o FC do Porto o contratou e foi com a camisola do clube azul e branco que percorreu as estradas do país com inúmeras vitórias durante cerca de uma dezena de anos Joaquim Leão conseguiu vários títulos, nomeadamente seis de campeão nacional de estrada, uma prova Porto-Lisboa e conquistou prémios, amigos e também dinheiro. Refere ao JNV o antigo ciclista que “cheguei a ganhar cinco contos, o que na altura era muito dinheiro, ganhava mais que um ministro. Recebia de luvas 25 contos por ano”. No seu café restaurante em pleno centro de Sobra-
do, o JNV desafiou Joaquim Leão a fazer comparações entre o ciclismo actual e o do seu tempo e o antigo campeão diz logo que “as diferenças são muitas, os clubes grandes tinham equipas de ciclismo, o que levava muita gente à estrada, as estradas eram outras e o material também outro. Agora é tudo mais sofisticado, o ciclismo era feito de outra maneira. A gente tinha de se preparar muito para a corrida, agora é mais fácil.” Lembra-se também do esquema de treinos, que eram à terça-feira e à quinta no clube. À sexta era dia de massagens, mas à quartafeira, os atletas furavam o esquema e iam treinar pelas estradas até Vila Real. “O treinador nem sabia, mas nós íamos na mesma”, refere Joaquim Leão, lembrando-se da dificuldade da subida da Serra do Marão. O ex-cliclista está contente com a criação de uma equipa profissional em Sobrado, que “leve longe o nome de Sobrado e do concelho de Valongo, como aconteceu há pouco com a
Volta a Portugal. Só lamento que a equipa não tenha ainda nenhum ciclista da freguesia, mas um dia destes ainda vamos ver um ciclista da terra na nossa equipa. Temos o Nuno, mas não pode correr pela equipa esta época”. Este sobradense também experimentou a carreira de treinador, no FC do Porto e com passagem ligeira pelo Mota, com alguns atletas com sucesso. Questionado sobre as lembranças e saudades que tem dos tempos das corridas, o ciclista campeão diz que “a cada passo me lembro das vezes em que as provas passavam por Valongo e não se podia passar no alto da serra com a gente que estava nas bermas. Era uma festa, agora faltam as equipas do Porto,
Benfica e Sporting”. Quando ganhou a Volta a Portugal, Joaquim Leão foi recebido como um herói. “Vim de carro descapotável desde o alto da Serra até Sobrado era só gente na estrada. Em Ermesinde, a minha irmã que era freira, colocou-me uma coroa de flores. Aqui em Sobrado era só gen-
te e foi uma festa tão grande como nunca mais se viu. Tenho mesmo muitas saudades desses momentos”. Sobre a questão atual do doping no ciclismo, Joaquim Leão confessou ao JNV que o doping utilizado no seu tempo era ministrado às refeições: “Nas refeições
havia sempre umas garrafas de vinho do bom, que dava cá uma força. Havia dias com duas etapas e depois do almoço parecia que ainda tínhamos mais força. Agora os ciclistas só bebem iogurte e comem cereais …”
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Atualidade
20 setembro de 2013
Alfena
Polémica sobre terreno para Junta Teve lugar na quinta feira aquela que se supõe terá sido a última reunião pública deste mandato, da Câmara de Valongo – ou pelo menos a penúltima. Para além da declaração de circunstância feita por Afonso Lobão e contrariada por Maria José Azevedo que achou que teria ainda de ocorrer uma outra reunião para abordar pelo menos um relevante estudo externo que se encontra pendente, foi discutido e votado um assunto introduzido já em cima da hora, relacionado com um protocolo de cedência à Junta de Freguesia de Alfena de uma parcela de terreno, destinada à construção de uma nova sede para a Junta. Esta parcela, que resulta das habituais cedências nos processos de loteamento, situa-se na urbanização Francisco Sá Carneiro – numa área ao cimo da Avenida com o mesmo nome. Não tinha capacidade construtiva, que agora lhe foi atribuída (1,225) e teve de ser alvo de um prévio processo de alteração do alvará de loteamento, depois dos Serviços Jurídicos da Câmara terem considerado existir o perigo do promotor da urbanização poder vir a pedir a reversão da cedência por utilização para fim diferente do estabelecido inicialmente. Para que se perceba melhor a dúvida relevante que muitos levantam em relação à bondade deste projecto, teremos de recuar a uma situação anterior, relacionada com um processo de Urbanização da Quinta do Bandeirinha, onde os herdeiros negociaram na altura com representantes da Junta (Arnaldo Soares, Camilo Moreira, Luís Garcês) da Câmara (José Luís Pinto e Arquitecto Vítor Sá) e ainda com um grupo promotor promovido por estes (o grupo Eusébios, SA) a cedência de uma área significativa para a construção de um Centro de Saúde e ainda da casa da Quinta destinada depois de recuperada, à sede da Junta. Este processo caiu, como na altura alguns jornais noticiaram, devido a uma apropriação indevida do projecto por parte do referido grupo, (com a conivência dos restantes intervenientes) que para potenciar ao máximo a sua capacidade construtiva, se apresentou como sendo o cedente de uma coisa que já estava cedida pelos herdeiros. No final da reunião, o Sr. Joaquim Silva Pereira – um dos herdeiros – manifestava a sua profunda indignação, não pela decisão tomada hoje e relativamente à qual a Câmara tem toda a legitimidade
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para a tomar – embora seja mais do que evidente que o timing da proposta tem tudo a ver com a campanha eleitoral - mas sobretudo por duas razões: - A decisão aprovada, desloca para a periferia a sede do poder local – quase para o extremo da freguesia que confina com a Maia e para fora daquela que em tempos chegou a ser uma área privilegiada destinada ao projecto emblemático da Câmara e da Junta: O PUCCA - Plano de Urbanização do Centro Cívico de Alfena. - Ainda antes do abandono de funções do Dr. Fernando Melo, os herdeiros da Quinta, representados na pessoa do Sr. Silva Pereira apresentaram ao, então, Vice-Presidente, numa entrevista que este mesmo sugeriu, a sua disponibilidade, agora em moldes diferentes, para voltarem a discutir com a Câmara e com a Junta a cedência de uma área que poderia ir mesmo muito para além daquilo que a lei estabelece. Como, por parte do actual presidente – e aqui, sim, já depois do abandono das funções pelo Dr. Fernando Melo – não houve mais qualquer atitude, foi, pelo Sr. Silva Pereira, solicitada a intervenção de duas pessoas da Coragem de Mudar, de Alfena, para a reapresentação da referida disponibilidade, realizando-se mesmo na Câmara uma reunião, onde estiveram presentes os dois representantes do sr. Silva Pereira, o presidente da autarquia e ainda o presidente da Junta de Freguesia de Alfena. -“Falei, informalmente, com o Sr Presidente que me pediu que lhe fizesse chegar um esboço dos volumes que pretendia implantar no projecto que tínhamos previsto e ainda a identificação das áreas de cedência. Através do meu arquitecto, fizemos chegar à Câmara, não um mas sim dois esboços – e poderiam ser cinco ou dez, pois não passavam de esboços - onde se identificavam algumas das nossas ideias e por isso, acho lamentável que, sem que nos tenha sido enviada qualquer resposta, se tenha avançado para uma outra solução muito menos vantajosa para a Freguesia – disse-nos o Sr. Silva Pereira à saída da reunião de Câmara onde esteve presente – e só entendo isto como um acto de vingança do ex vereador de Alfena, o Dr. Arnaldo Soares, do seu amigo Camilo Moreira e outros, por não terem conseguido levar por diante a parceria com o grupo Eusébios, vantajosa para todos menos para os legítimos donos da Quinta”.
Quinta da Lousa reclama A urbanização da Quinta da Lousa existe há 14 anos e foi na altura designada de Nova Valongo. Só que passados estes anos os moradores queixam-se de vários problemas, desde o esquecimento por parte da autarquia, até ao desprezo do construtor e da falta de resposta da empresa de camionagem que serve o lugar. Berta Pinheiro tem sido a cara das reivindicações e refere que “desde há 14 anos que sentimos abandono por parte da autarquia, desde o campo de futebol ilegal à falta de zonas verdes. Este ano como é ano de eleições fizemos pressão para que aqui viesse o presidente da Câmara, João Paulo Baltazar, e os candidatos do PS à Junta e à Câmara, Ivo Neves e José Manuel Ribeiro. Com essa pressão que fizemos houve algum resultado e decorreram obras de melhoramento por parte da Câmara. Durante estes anos reclamei junto do município porque era obrigação ter olhado por este projeto da Nova Valongo, que na altura teve divulgação com pompa e circunstância, já que até helicópteros andaram aqui a filmar para as televisões”. A moradora falou da falta de infra-estruturas para as crianças e para a prática de desporto e da inexistência de actividades que fixem a população. “Se houvesse
mais atenção e mais condições se calhar as lojas, cuja maioria estão vazias, poderiam ser ocupadas e também isso melhorava as condições de quem aqui vive”, refere a moradora. Em relação aos transportes, Berta Pinheiro refere que “durante a semana cobre as necessidades de quem vai trabalhar. Ao fim de semana a situação é pior e também falta ligação a Alfena”. Uma das queixas dos moradores, pelo menos de alguns dos prédios, tem a ver com a falta de resposta do construtor às falhas de construção existentes e que passam pela queda dos azulejos, entrada de
água nas garagens etc. “Os prédios estão a ficar degradados e gostaríamos de contar com a solidariedade da Câmara, já que pagamos IMI e ninguém nos apoia. Na altura a Câmara prometeu mundos e fundos, queria transformar esta zona numa área rica, digamos vip, e agora isto parece transformar-se num bairro social. Também nos queixamos da diferença de tratamento, já que na zona das vivendas fizeram uma poda completa às árvores e aqui apenas cortaram a crista”, diz Berta Pinheiro que promete continuar a reivindicar condições para aquela zona, “ganhe quem ganhar as eleições”. pub
Desmentido de Nuno Ferreira
Venho por este meio comunicar que fui confrontado com uma noticia publicada no dia 12 de Setembro, no jornal Correio do Douro, dando me conta de alegadas declarações minhas a cerca da Candidatura do José Manuel Ribeiro em Valongo. Quero desta forma esclarecer que não fiz as declarações que vem descritas no jornal Correio do
Douro do dia 12 de Setembro. Sou Amigo pessoal do José Manuel Ribeiro no qual revejo um Homem de Bem com Responsabilidade e Serio. Em relação aos outdoors eu coloquei-os a custo zero de livre vontade assim sendo não me deve nada a não ser amizade que já existia a muitos anos. Realmente tive algumas conversas
a tipo informais entre amigos em Ermesinde e Valongo respectivos aos outdoor. Ao Jornal Correio do Douro já fiz chegar o meu pesar e pedido de esclarecimentos aguardando uma resposta urgente pois se não terei que levar as devidas estâncias.
Diversos
20 setembro de 2013
PS entregou participação em tribunal
“Câmara acusada de favorecimento” O PS Valongo participou ao ministério público uma situação que considera “grave de favorecimento em processo de licenciamento de construção, em que os autarcas e requerentes envolvidos lesam de forma grave os cofres da Câmara Municipal de Valongo”. A 18 de Dezembro de 2008, a Associação Grupo Dramático e Recreativo da Retorta, por intermédio do seu Presidente, João Paulo Pereira, atual candidato a Presidente da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Campo e Sobrado, solicita à Câmara Municipal de Valongo um pedido de isenção do pagamento de taxas e licenças municipais de urbanização, com o fim último do edifício a construir se destinar à promoção do fim a que se destina a associação. As taxas e licenças municipais de urbanização a pagar caso não fosse concedida a isenção do pagamento seriam no valor total de 58 334,23 Euros. Face às dúvidas levantadas pelos serviços, a Câmara Municipal de Valongo notificou a 20 de Janeiro de 2009 a associação requerente do pedido de isenção, para que esclarece-se o fim a dar à edificação em causa.
A 2 de Março de 2009 a requerente do pedido de isenção do pagamento de taxas, respondeu à Câmara Municipal reafirmando que o fim da edificação é “a elaboração e montagem de cenários, bem como para guardar material sua propriedade, ensaios de marchas populares, desfiles de carnaval, montagem de carros alegóricos “. No entanto, a 4 de Maio de 2009, dois meses depois das garantias dadas pela associação à Câmara Municipal de Valongo para poder beneficiar de uma isenção de taxas e licenças no valor de 58 334,23 Euros, a associação Grupo Dramá-
tico e Recreativo da Retorta, vendeu esse mesmo imóvel a um privado, conforme Certidão Permanente.
Para além disso, a 11 de março de 2011, a ARH-Norte por ofício comunicou à Câmara Municipal um parecer desfavorável ao pedido de construção efetuado pela associação que beneficiou da isenção do pagamento de taxas e licenças municipais. Finalmente, a 8 de Março de 2012, a atual proprietária do imóvel solicitou à Câmara Municipal de Valongo um pedido de averbamento (imagem do averbamento ao lado), sem que a Câmara Municipal e o seu atual Presidente tenha salvaguardado a legalidade e dado ordens de requer o pagamento das respetivas taxas e licenças, como acontece com qualquer particular. Perante esta sequência de factos, o Partido Socialista soli-
citou a urgente intervenção, já que, “parece-nos existir um claro favorecimento da Câmara num processo de licenciamento de uma edificação, com claro prejuízo para os cofres da autarquia”.
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envio para o estrangeiro
Inauguração do Caminho Pedestre da Quinta das Arcas A Quinta das Arcas vai proceder à inauguração do Percurso Pedestre no próximo dia 21 de Setembro pelas 9h00, no âmbito da Rota dos Vinhos Verdes. O percurso da Quinta das Arcas com extensão de cerca de 5 km leva-o a descobrir o núcleo agrícola de Ferreira, o rio Ferreira, a Quinta e as suas vinhas. Ao longo do percurso vai poder percorrer as vinhas e descobrir as castas que tornam os Vinhos Verdes da Quinta das Arcas tão especiais. A partir da Adega, o percurso passa por vários monumentos e edifícios históricos da região e levao também até a Ponte Ferreira, o local onde se realizou a Batalha de Ponte Ferreira, a primeira grande batalha da Guerra Civil Portguesa, travada em 1832. Para finalizar o percurso e de volta à vinha pode usufruir de uma visão global de toda a caminhada, na extensa e nova plantação. A concentração tem lugar na Quinta das Arcas, onde se inicia o Percurso Pedestre pelas 9h00, dando depois inicio o reconhecimento do das Arcas, realizar-se-á o Verde de Honra. percurso, que se prevê finalizar por volta das Convidamos V. Exas a estar presentes na inauguração e solicitamos a 11h00. No final do percurso, na chegada a Quinta inscrição prévia para Quinta das Arcas Tel. 224 157
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