Nº 25 junho de 2013
mensal
diretor: agostinho ribeiro
HÓQUEI DA AD VALONGO NO TOPO DE MUNDO romanohostel@gmail.com
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João Paulo Baltazar em entrevista
EMPREGO, EDUCAÇÃO E APOIO SOCIAL SÃO AS PRIORIDADES
Diversos
Junho de 2013
Obras na Ponte da Travagem
Eliseu Lopes candidato à Câmara pelo Bloco O Bloco de Esquerda aposta em Eliseu Pinto Lopes para encabeçar a lista de candidatura à Câmara Municipal de Valongo (CMV) para as próximas eleições autárquicas. Eliseu Lopes é advogado e eleito pelo BE na Assembleia Municipal de Valongo (AMV) e esta será a segunda vez quer enbeça a lista à autarquia. Para a Assemenbleia Municipal, o Bloco escolheu Nuno Monteiro.
A Estradas de Portugal (EP) está a efetuar obras de melhoramento e consolidação da ponte da Travagem, sob o rio Leça, naquele lugar de Ermesinde. A intervenção consiste no re-
forço dos pilares, melhoramento do gradeamento. Entretanto e aproveitando esta obra, a Junta de Ermesinde e a Câmara de Valongo, em parceria, melhoram também aquele espaço,
muito procurado pelas pessoas daquela área. Durante a intervenção foi colocado à vista um antigo lavadouro e uma azenha que funcionou no local
Magriços festejaram 45 anos
A Associação Magriços de Ermesinde festejou recentemente os seus 45 anos de existência(foi fundada em 13 de Maio de 1968). Um jogo de futebol de vetera-
nos (com uma equipa de Rans) e um almoço convívio fizeram parte do programa. João Paulo Baltazar e Luís Ramalho, presidentes da Câmara de Valongo e Junta de Erme-
sinde respectivamente, marcaram presença.
Empresário comemora 76 anos
Na apresentação, que contou com a presença da coordenadora do BE Catarina Martins, Eliseu Lopes
deixou forte criticas à autarquia valonguense, manifestando esperança em ser eleito para o executivo.
Sérgio Bessa encabeça “Unidos Por Valongo”
A candidatura independente à Junta de Valongo “Unidos por Valonto” vai apresentar como cabeça de lista Sérgio Bessa, atual deputado municipal. Sérgio de Sousa Moreira Bessa, Natural da freguesia e concelho de Valongo, e onde reside há 50 anos; Licenciado em Administração Pública Regional e Autárquica; TOC nº 27595, Inscrito na Ordem dos OTOC – Ordem dos Técnicos Oficiais de Contabilidade, desde 1996; Auditor Interno, nº 1486 inscrito no IPAI - Instituto Português de Auditoria Interna; Certificado
de Formador – CCP – Certificado de Competências Pedagógicas, emitido pelo IEFP – Instituto de Emprego e Formação profissional. Experiência Profissional De 1983 a 1994, exerceu a actividade profissional na ACICV – Associação Comercial e Industrial de Valongo; De 1991 até 2010, exerceu a actividade de consultadoria fiscal, auditoria, contabilidade e financeira de várias empresas; Desde 2010, até à data, exerce a actividade profissional de Técnico Superior, no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, EPE.
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Fernando Ferreira, reformado, mas com uma vida dedicada aos estores e pai de Alberto Ferreira (sócio da Estores Limite e Estores Fera), comemorou recentemente
76 anos de idade. Funcionários da empresa, familiares e alguns amigos marcaram presença no almoço de aniversário deste homem valonguense, percur-
sor da industria de estores, negócio seguido pelo filho. Nas fotos um aspeto do almoço e o aniversariante rodeado de familiares.
FICHA TÉCNICA - JORNAL NOVO DE VALONGO - O Jornal do Concelho de Valongo -
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geral @jnvalongo.com ou jornaldevalongo @gmail.com Edição nº 25 - Junho de 2013 - Propriedade e Direção: Agostinho Ribeiro;
Administração Comercial: André Santos; Colaboradores: José Pedro Loureiro; Carlos Silva; Abel Sousa; Francisca Costa; JMB; António Cardoso; Teixeira da Silva Paginação e Grafismo: ADCR Endereço CTT - Apartado 22
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Destaque
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João Paulo Baltazar em entrevista
Emprego, Educação e Apoio Social são as prioridades Um ano depois de ter assumido a presidência da Câmara Municipal de Valongo, João Paulo Baltazar faz um balanço positivo deste mandato e aponta as prioridades para os próximos anos: Emprego, Educação e Apoio Social. A resolução do problema financeiro da autarquia, a mudança nas relações com as instituições e com as pessoas, o controlo da despesa, a criação de condições de atratividade para a instalação de novas empresas e a criação efetiva de emprego são a face visível da política de rigor e seriedade que este valonguense de gema implementou na autarquia. Jornal Novo de Valongo - Estamos a três meses das eleições autárquicas. O que podem esperar os munícipes do presidente João Paulo Baltazar nos próximos quatro anos? João Paulo Baltazar - Podem, em primeiro lugar, continuar a confiar. Confiar que o dinheiro da autarquia, que é deles, é bem gerido. Há aqui uma questão que tem de ser bem clara: gerimos o património coletivo das pessoas do município e temos que o fazer de forma eficaz. A minha prioridade continuará a ser a aposta nas pessoas, com uma tónica muito forte na criação de emprego no concelho e manter uma proximidade muito grande em termos de apoio social e investimento forte na educação. Os nossos três eixos de ação são: emprego, educação e apoio social. É isso que continuaremos, de forma absolutamente coerente, a prosseguir. JNV - Que análise faz ao mandato que está a terminar? JPB - Apesar das adversidades financeiras foi um mandato que tem um balanço positivo. Conseguimos criar condições para adesão ao Plano de Apoio à Economia Local (PAEL) numa versão muito mais favorável para liquidação das dívidas a fornecedores. Esse é o facto mais positivo. Entre a versão aprovada do Plano de Saneamento Financeiro e o PAEL conseguimos um ganho de 18 milhões de euros nos próximos 14 anos. Isto significa a resolução do problema financeiro, o que permitiu concretizar um conjunto de modificações dentro da Câmara Municipal, como a alteração à macroestrutura. Agora temos uma estrutura de gestão mais
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próxima das pessoas e organizado funcionalmente de modo a dar respostas mais céleres e eficazes. Procedemos também à mudança da imagem da autarquia e, consequentemente, à introdução de um novo logótipo. Temos agora uma imagem que espelha bem o concelho e as suas mais-valias. É fundamental estabelecer um ponto de viragem. Valongo, no âmbito metropolitano, já é um concelho olhado de forma completamente diferente. JNV- O que mudou? JPB- Neste momento somos um concelho modelo no que respeita à organização interna. Temos um orçamento completamente adequado às nossas receitas, uma macroestrutura condizente com as nossas necessidades e procedemos a uma redução significativa ao nível dos recursos humanos. Desenvolvemos um conjunto de modificações que fazem com que a nossa estrutura seja olhada de outra forma. E faltava, de facto, dar-lhe uma nova imagem, uma nova roupagem. Este é um momento essencial em termos de viragem. Paralelamente, e para além da organização interna existem outras alterações que se revelaram muito importantes, nomeadamente no relacionamento com o tecido associativo do concelho. É uma relação de cooperação e interajuda que, hoje em dia, é assumida com outra seriedade. A Câmara cumpre com as suas obrigações tal como se compromete. O tratamento tem sido recíproco. JNV - De que forma se materializa essa cooperação? JPB - Os contratos de desenvolvimento desportivo, por exemplo, já estão adaptados às épocas desportivas. Têm um regulamento que foi aprovado por unanimidade das associações desportivas e está em dia em termos de execução financeira. É uma mudança absolutamente radical em relação ao que se passava antes de assumir o pelouro do Desporto. A execução do contrato era anual, mas em ano civil, o que provocava às associações um problema grave em termos de tesouraria. Para além disso, para atenuar os problemas de tesouraria dos clubes fizemos contratos com as associações distritais e/ou nacionais que gerem as modalidades. A Câmara assume as inscrições e depois dilui no contrato estabelecido com as coletividades do concelho. Desta forma criamos uma almofada de conforto que é inteiramente merecida e necessária. Temos recebido um feedback de reconheci-
mento por parte do tecido associativo. A mesma forma foi adoptada na Cultura. Este ano fizemos a Mostra de Teatro Amador e, não é por ser ano eleitoral mas porque temos as contas em ordem, pagámos no final do evento. Foram também aprovados recentemente os contratos-programa com as associações culturais, através dos quais compramos espetáculos das suas mais diversas valências. Não há aqui um subsídio sem retorno. É esta nova relação que temos com o tecido associativo, relação que também estamos a renovar com a população. Aliás, o logo “ligado a si” tem a ver precisamente com isto. Queremos estar cada vez mais próximos das instituições e das pessoas.
“Melhoria de relações com os munícipes” JNV - Exemplo disso é a ligação que tem com as corporações de bombeiros… JPB - A Câmara Municipal de Valongo pode orgulhar-se de ser um parceiro fundamental das duas corporações de bombeiros do concelho. Pusemos as contas em dia com os bombeiros de Valongo e Ermesinde. Todos os dias ouvimos falar de corporações em dificuldades financeiras enormes, com ordenados em atraso e dividas à Segurança Social. Felizmente as corporações de Valongo estão em dia, por mérito necessariamente das direções das associações humanitárias mas também porque a Câmara Municipal cumpre com aquilo que promete. Para além da questão financeira há que referir a colaboração que conseguimos estabelecer há já três anos com o Pingo Doce de Valon-
go no sentido de disponibilizar as refeições, no período de incêndios, para as equipas de intervenção permanente que estão nos quartéis de Valongo e Ermesinde. JNV - Para além dessa mudança na relação com outras instituições, promoveu também a melhoria na relação com os munícipes. JPB - Sim, também a esse nível houve mudanças. Para além de não sermos um peso nas instituições e de passarmos a ser, de facto, um dínamo que as ajuda a avançar, promovemos políticas que têm por objetivo responder às necessidades dos munícipes. Porque, de facto, as pessoas estão em primeiro lugar. Já temos a funcionar nos Paços do Concelho um novo Gabinete de Apoio ao Munícipe. Para isso, remodelámos completamente a entrada da câmara municipal precisamente para dar mais dignidade e funcionalidade. O novo gabinete é um espaço onde podemos encontrar atendimento a todas as valências da autarquia. As pessoas não precisam de viajar pelos corredores e pelos gabinetes como até aqui acontecia. Por outro lado, alterámos também o horário de funcionamento para ir ao encontro das necessidades dos munícipes. Agora, à quarta-feira está aberto até às 20h00 o que permite o recurso ao serviço em horário pós-laboral. JNV - O serviço ficará apenas na sede do concelho ou pretende alargar a outras freguesias? JPB - O modelo do Gabinete de Apoio ao Munícipe será para replicar em todas as freguesias, ainda que com dimensões variáveis. Já temos planeado para durante o verão podermos fazer o mesmo em Ermesinde e antes do final do mandato noutra freguesia. É um
caminho que vamos seguir e não é para ser interrompido. O objetivo é que exista em cada uma das freguesias pelo menos um local de atendimento avançado da câmara. A prioridade é estar mais próximo dos munícipes e ajudar a resolver os problemas. Queremos ser um fator positivo na vida das pessoas e não um problema. JNV - No próximo mandato que cenário se vai encontrar na câmara em termos financeiros? JPB - O nosso cenário já é de estabilidade financeira. A velocidade com que o Tribunal de Contas aprovou o nosso PAEL é disso prova. Recorde-se que 50 por cento das candidaturas ainda não foram aprovadas e a nossa foi a sétima a ter o aval. Temos, de facto, um plano de ajustamento financeiro em marcha para termos tudo em ordem e nos ajustarmos às nossas receitas. Fizemos toda a contenção pelo lado da despesa. Os desafios no próximo ano passarão por conseguirmos aumentar as receitas e o eixo principal do aumento das receitas tem a ver com a atração de investimento. Valongo tem de apostar na marca territorial e posicionar-se como um nome dos que primeiro vêm à cabeça de um empresário que pretende investir no norte do país. Já estamos a colaborar com diversas instituições como a CCDRN, o AICEP e o IAPMEI. Por outro lado, estamos a trabalhar em políticas capazes de criar atratividade ao empreendedorismo, passando desde logo por uma profunda remodelação na tabela de taxas no urbanismo.
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João Paulo Baltazar em entrevista
“Vamos avançar com um projeto de Loja Social na freguesia de Valongo” continuação da pág anterior
Também aqui a política de comunicação é fundamental. Havendo uma imagem mais limpa, menos institucional, menos pesada, naturalmente que toda a comunicação flui de forma completamente diferente. JNV - O aumento da receita poderá passar pelo aumento dos impostos? JPB - Não, de forma alguma. A Câmara tem de aumentar a receita com criação de investimento no concelho e isso trará mais receita pelo contributo empresarial. Não queremos mais receitas por via dos impostos com incidência nos munícipes. Relembro que a Câmara de Valongo manteve a taxa de IMI do ano anterior, ao contrário de muitas autarquias da Área Metropolitana do Porto que fixaram o IMI no valor máximo. É preciso compreender as vitórias do PAEL. Quando toda a gente dizia que a câmara estava falida – se as pessoas pagassem imposto por usar mal as palavras tínhamos o problema das receitas resolvido, principalmente pela oposição – conseguimos reduzir a dívida. Conseguimos manter a taxa do IMI na mais baixa do Grande Porto. Isso é uma grande conquista. JNV - Foi a referida promoção do concelho que permitiu atrair a EDC Internacional para Ermesinde, mais concretamente para o edifício Faria Sampaio? JPB - A Câmara de Valongo tem de promover os seus ativos, corpóreos e incorpóreos. A imagem de um concelho com um investimento muito forte ao nível da educação e com excelentes infraestruturas e equipamentos de saúde é muito importante. Atraímos pessoas e no meio delas atraímos também investidores porque estes querem estar onde têm mão-de-obra qualificada e, naturalmente, a um valor interessante. As acessibilidades do concelho fecham tudo isto. Boas acessibilidades, boas infraestruturas escolares, significa que as pessoas que vêm para cá viver têm excelentes condições para os seus filhos. Para além disso a nossa mistura urbano/florestal é ótima. Temos excelentes condições de atratividade. É isso que temos de potenciar e publicitar. Os investimentos estão feitos. Temos os espaços, os corredores ecológicos, equipamentos desportivos, culturais, excelentes escolas e equipamentos de saúde.
A EDC é uma instituição holandesa que vai estabelecer-se cá e é aqui que vai alicerçar o seu projeto de internacionalização. Conseguimos atrair as empresas se as compreendermos melhor. É vendendo o que o cliente quer comprar. Qualquer empresa com algum destaque, com alguma dimensão, tem sempre de pensar em projetos globais e internacionais. O facto de estarmos a 20 minutos do porto de Leixões, 20 minutos do aeroporto, com uma excelente rede de acessibilidades, cria-nos uma atratividade competitiva muito interessante. Estamos a falar de um empresa orientada para a prestação de serviços, com um grau de exigência ao nível dos recursos humanos muito elevado e que precisava de um espaço que estivesse neste enquadramento metropolitano, com boas acessibilidades, já construído e com dimensões semelhantes ao que temos. Foi uma questão de adequar à procura e disponibilizar esta oferta. O que temos de perceber é que oportunidades não há muitas. Temos de ser agressivos, no bom sentido naturalmente. Foi isso que fizemos. Detetámos uma oportunidade, fomos agressivos e conseguimos ter uma oferta competitiva que mereceu a escolha, não só pela questão patrimonial – de facto o espaço é útil –, mas também porque o restante enquadramento do concelho foi do agrado das pessoas que tomaram a decisão. Estamos a falar de áreas de negócios que são completamente inovadoras e que vão criar um pólo de inovação no concelho de Valongo. Temos a previsão de criação de cerca de uma centena de postos de trabalho diretos nos primeiros dois/ três anos mas depois haverá muitos mais indiretos.
“Alteração na tabela de taxas das ZIs” JNV - Já que falamos da atração de investimento, como estão a ser dinamizadas as zonas industriais? JPB - A alteração da tabela de taxas que estamos a desenvolver é importante na dinamização das zonas industriais. Entretanto, está a avançar a uma cadência muito grande a criação da nova fábrica da Hutchinson na Zona Industrial de Campo (ZIC) que vai ser, de facto, uma âncora. Vai dar muita visibilidade à ZIC. Por outro lado, instalou-se lá recentemente uma empresa subsidiária de uma empresa suíça ligada à relojoaria de luxo
e que é outra âncora importante. Nesta altura, e muito em contraciclo, estamos a criar emprego dentro do concelho, o que para mim é muito importante. É fundamental que as pessoas do concelho tenham emprego, e se possível, que tenham emprego dentro do concelho. Se as pessoas puderem poupar meia hora ou uma hora de viagem de carro por dia, é um contributo enorme para a melhoria da sua qualidade de vida. O nosso objetivo central é a criação de emprego no concelho de Valongo. Na ZIC a cadência – gostaríamos que fosse maior mas temos a noção que o mercado está a avançar de forma muito lenta - é positiva. O facto de termos criado as condições para ali instalar duas novas empresas nos últimos meses é ótimo. Sabemos que há procura. Há, de facto, mais dois ou três projetos de dimensão com interesse muito claro em poderem estabelecer-se ali. JNV - Para além da aposta na criação de emprego, as prioridades passarão pelo reforço na Educação e Acão Social? JPB - Sim. Na Educação vamos tentar reforçar alguns dos apoios ao nível do Ensino Básico, nomeadamente o apoio ao nível dos livros e de material. É algo que tem que ser feito com rigor para que possamos manter a relação clara com quem quer que nos relacionemos. Também lutamos todos os dias para exigir junto do Governo a melhoria das condições dos equipamentos do ensino secundário e EB 2,3 que são a grande pecha no nosso concelho. É algo que a Câmara só pode exigir que avance. Ao contrário do que ainda recentemente dizia o PS não vamos disputar telhas de fibrocimento nem puxadores de portas, nem vidros de janelas. O que exigimos é aquilo com que o ministro da Educação se comprometeu numa reunião que teve, promovida por nós, com todos os agrupamentos. Ou seja, assim que for reatado o programa de remodelação de escolas, as primeiras são as do concelho de Valongo. O que não queremos é que o programa só seja reatado em 2020. Tenho esperança de que ainda este ano vamos ter obras com alguma dimensão. Há uma pressão enorme da nossa parte para que as obras sejam feitas e espero vir a ter sucesso nisso. JNV - E na Ação Social…? JPB - Na Ação Social vamos lançar nos próximos dias o conceito de plataforma social para o conce-
lho, ou seja, a implementação prática não só de gestão de informação, mas gestão de meios da rede concelhia de apoio social. Vamos arrancar com um projeto-piloto que é uma Loja Social na freguesia de Valongo que envolve a Igreja, a Junta de Freguesia, a Câmara Municipal e todas as instituições particulares de solidariedade social da freguesia. Todos vão trabalhar no arrecadar de meios e na identificação dos necessitados, diminuindo o risco de dar a quem não precisa ou pior do que isso andar vários a dar a quem não precisa. Cada vez que se dá a quem não precisa, alguém fica descalço. Este é um projeto que constitui um passo à frente pois disponibilizará roupa, mobiliário, eletrodomésticos (em colaboração com a LIPOR) e alimentação. Temos no concelho vários estabelecimentos de comércio a retalho, no ramo alimentar, de quem já temos um feedback positivo de cooperação e tenho a certeza de que teremos produtos de qualidade e em quantidade suficiente para dar um apoio muito importante. Estamos a progredir, primeiro numa perspetiva de partilha de informação mas também de meios. Por exemplo, pode haver a partilha de artigos com outras lojas sociais, como é o caso da Loja Social de Ermesinde, propriedade da Junta de Freguesia. A ideia é alargar a todas as freguesias.
É importante referir que na Educação e Ação Social estamos a alterar o modelo de fornecimento das refeições escolares que até aqui era feito por uma empresa. Agora envolvemos as IPSS’s na elaboração e confecção dessas refeições. Desta forma criamos emprego no concelho direta e indiretamente porque vão ser contratadas pessoas pelas IPSS’s e porque vão comprar produtos no concelho. Não tenho dúvida que a qualidade das refeições será melhor e, para além disso, temos um modelo que encaixa na Ação Social na perspetiva de que a diferença entre as refeições preparadas e consumidas vai poder ser usada para apoio a famílias que estejam sinalizadas. Haverá zero de desperdício. JNV - A Cultura também tem sido uma aposta da Câmara. O mais recente projeto nesta área é a classificação da Bugiada e Mouriscada como património imaterial da humanidade. Com está o processo? JPB - A festa deste ano é especial. Para além de termos aderido ao Festival do Norte, promovido pela Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte, que basicamente permitirá uma promoção mais forte da festa, também vai ser o ano em que vamos documentar a nossa candidatura. continua na pág seguinte
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João Paulo Baltazar em entrevista
“O PS criou cinco tanques dentro de cinco armazéns” continuação da pág anterior
Quando se faz a candidatura tem de se ter um suporte de media, quer ao nível de filme institucional quer de fotos que têm de ser recolhidas na última festa. Já está disponível o site da Bugiada que, para além de ser de promoção, é uma ferramenta que permite que as diversas instituições colaborem, uma vez que o verdadeiro espírito desta candidatura tem a ver com a interligação entre a festa e a comunidade. Vamos envolver as escolas na candidatura de maneira a que todas as gerações possam absorver e trabalhar nesta área. Vamos também envolver todo o tecido associativo da freguesia de Sobrado, com especial destaque para a Associação da Casa do Bugio, todas as instituições, a Igreja, etc. Este processo começou quando, por proposta minha, a Câmara e Assembleia Municipal atribuíram à festa o estatuto de Património Municipal. Esse estatuto não é mais do que a assunção unânime do compromisso de preservação, de sustentação da festa como sendo um património municipal e que tem de ser salvaguardado e preservado por todos. JNV - A Bugiada é apenas uma das marcas de Valongo, o que tem sido feito para potenciar as restantes marcas do concelho? JPB - Uma das questões que para nós é muito importante tem a ver com todo o espaço florestal do concelho. Valongo, no que diz respeito a desportos radicais e desportos motorizados, é muito procurado e é uma marca também importante. Este ano tivemos o arranque do Campeonato Nacional de Trial TT. Por outro lado, noutra dimensão completamente diferente, estamos a trabalhar no estabelecimento de parcerias com universidades para o estudo e promoção do nosso território natural. A aldeia de Couce foi classificada como Aldeia de Portugal. Temos aqui mais uma marca que promovemos. E vamos realizar este ano, pela primeira vez, uma mostra concelhia do pão e biscoito que é outra marca que entendemos que deve ser promovida. Em conjunto com a Junta de Freguesia de Alfena lançámos o desafio da criação do Museu do Brinquedo. Temos aqui uma diversidade de vetores de promoção que agora têm de ser articulados para termos uma verdadeira oferta turística. Acho que podemos vir a ter um papel muito interessante sob o ponto de vista turístico porque estamos entre dois patrimónios da Humanidade, o Porto e o Douro. Podemos ter uma oferta, que nunca será de longa duração, mas que poderá ser muito interessante sob o ponto de vista complementar. As operadoras que têm
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normalmente projetos e propostas de sete ou oito dias podem ter um dia à volta do Porto. Queremos competir com as caves de Vinho do Porto. Porque é que cada vez que alguém tem tempo vai ver as caves e porque é que não vem ver o Fojo das Pombas, a Aldeia de Couce, ou visitar áreas museológicas ligadas à ardósia e ao pão em Valongo? São áreas de interesse. Diria que as caves têm um interesse mais transversal mas existe um turismo cultural e existe esse mercado. Temos que o organizar corretamente. Estamos a trabalhar com a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte nessa perspetiva e vamos de seguida usar essas plataformas de promoção para impulsionar este nosso modelo de turismo. É um turismo muito próximo à fonte porque os turistas aterram no Porto e estamos muito próximo. Vemos aqui uma grande oportunidade. JNV - Este ano tomou decisões pouco eleitoralistas, como o encerramento das piscinas de Campo e Sobrado. Teme ser prejudicado? JPB - Quem devia ser prejudicado foi quem decidiu construí-las de uma forma tão leviana. Foi o PS que mandou construí-las, precisamente numa altura que, por receio de perder as eleições, decidiu começar a fazer flores. O PS criou cinco tanques metidos dentro de cinco armazéns, ou seja, equipamentos de péssima qualidade. Foi isto que foi criado e foi um erro. Tentei não prejudicar as pessoas porque acho que todos merecem e todos devem ter acesso a equipamentos mas em condições aceitáveis. Encontrámos uma fórmula de assegurar que as
pessoas que vivem nas freguesias onde foram encerradas as piscinas disponham de transporte gratuito desde que se inscreva um mínimo de quatro pessoas. Tentámos minimizar o impacto destas medidas. Temos que gerir o dinheiro das pessoas. O dinheiro da Câmara é de cada um dos munícipes. Isto é sempre difícil de gerir. O objetivo foi encontrar uma resposta que permitisse compatibilizar a redução significativa de custos que precisávamos de obter com um impacto mínimo nas pessoas. Penso que o encontramos. Não encerrámos, estamos a converter os equipamentos e vamos disponibilizar à população este verão dois novos equipamentos que esperamos que a população rentabilize.
“O meu pragmatismo ajuda” JNV - Ainda no que respeita a equipamentos desportivos, conseguiu resolver problemas com várias dezenas de anos, mais concretamente no que respeita à propriedade dos campos de jogos em Sobrado, Campo e Ermesinde. Foi difícil limpar a areia na engrenagem? JPB - Tenho uma característica que ajuda nestas coisas, que é o meu pragmatismo. Às vezes é preciso abordar os assuntos com a máxima seriedade e frontalidade. Não adianta andar aqui às voltas, criar aqui tentativas de negócios. Não! Temos de ser pragmáticos e foi isso que foi feito. Em Sobrado, andávamos com o processo a arrastar em
tribunal e o clube praticamente com uma ordem de despejo. Falei com a proprietária de forma pragmática e ela compreendeu a minha determinação em resolver o problema, sem emotividades. Às vezes as pessoas colocam muita emotividade e faltalhes a racionalidade para encontrar o caminho para resolver os problemas. Foi importante promover esta reconciliação porque havia um distanciamento enorme que foi sendo alimentado por falta de entendimento. Em Campo é uma questão semelhante. Em 2001 tinha sido feito um acordo entre os proprietários e o Sporting Clube de Campo que não foi cumprido. Entretanto, houve várias tentativas/promessas de solução. A minha conversa com os proprietários começou por ser: a alteração do PDM vai resolver esta injustiça independentemente do final da conversa ser positiva ou negativa em relação ao terreno. Não podia pôr em causa um direito deles, ameaçá-los, fazer chantagem. É essa carga emocional que tem de desaparecer. Disse-lhes então que assim que o PDM esteja aprovado isso é vosso, como, aliás, já devia ser. Foi baseado neste recuperar de confiança que foi simples resolver a situação. Havia um jornal que dizia que bastou uma hora e de facto foi uma hora. Por outro lado há o caso de Ermesinde. É bom que se perceba que não estamos a falar de beneficiar clubes de futebol. JNV - Não será o estádio do Ermesinde? JPB - Não será o estádio do Ermesinde Sport Clube. O nosso percurso naquele estádio, que será municipal, ainda agora está a começar. Em primeiro lugar quero que aquele espaço seja usado sobretudo para a formação. Este investimento não é para que os seniores joguem porque neste momento já jogam lá. O que queremos é ter um estádio em condições para que haja formação em Ermesinde, como existe já em Valongo e em Alfena, propriedade do Alfenense, e como queremos que venha a existir, em breve, em Campo e Sobrado. Portanto, tínhamos várias alternativas e uma delas era encontrar um terreno em Ermesinde. Se alguém conseguir encontrar em Ermesinde um terreno com aquelas características e por um valor mais baixo do que 300 mil euros, fica aqui o meu convite. Havia um projeto anterior cuja expropriação estava avaliada em 1,5 milhões de euros. As pessoas têm de ter memória. A Câmara de Valongo, e nunca vi ninguém a oporse, tinha projeto para construir um estádio em Ermesinde, num sítio novo cuja expropriação custava 1,5 milhões. Estamos agora a investir 300 mil euros e temos um estádio já construído que vai ter de passar
por diversas modificações. Considero que esta é a melhor solução. Vamos ficar com um terreno com dimensões e localização excelente. Iremos arrancar já com a preparação de um projeto para prepararmos uma candidatura para a reconstrução do estádio. O nosso objetivo é fazer uma remodelação profunda do estádio adaptando-o para que possa assegurar a formação dos jovens da cidade de Ermesinde. JNV - A terminar o mandato que assunto gostaria de ter resolvido e não vai conseguir e por outro lado qual foi aquele que lhe deu mais satisfação? JPB - O assunto que ainda espero resolver mas para o qual estou um pouco cético, até por causa do modelo e do fracionamento, sobretudo da Assembleia Municipal, é o Plano Diretor Municipal. Está pronto sob o ponto de vista técnico, mas de facto estamos a entrar num momento crítico para a discussão política de um PDM. Vou deixá-lo completo e pronto. JNV - Acha que a discussão não deve ser feita em período eleitoral? JPB - Não tenho problema de o fazer mas isso é um desafio que terá de ser lançado a todas as forças políticas, nomeadamente à Assembleia Municipal. O processo está pronto, foi aprovado na quinta reunião da comissão de acompanhamento, está encerrado por parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte. A fase seguinte será a da discussão pública. De facto, é um documento com alguma densidade técnica e política que admito que possa ser, para alguns, desconfortável discutir nesta altura. Entendo que é urgente fechar o assunto. JNV - E qual foi o assunto que lhe deu mais satisfação? JPB - O processo que me deu mais satisfação foi a resolução do problema financeiro porque considero que é estrutural. Não queria que os munícipes de Valongo fossem identificados como alguém que deve. Represento os munícipes. A câmara é dos munícipes e ter retirado este peso negativo da esfera de cada um deles e dos próprios funcionários é muito satisfatório. A resolução deste problema permitiu também a grande conquista de ter conseguido manter a taxa do IMI praticado no ano anterior e assim ter a taxa mais baixa do Grande Porto.
Junho de 2013
Diversos
Rotary homenageou ADV O Rotary Clube de Valongo homenageou a Associação Desportiva de Valongo pelos serviços prestados ao concelho. Foi num jantar realizado para o efeito no Restaurante Ritz e na oportunidade foi entregue aos diretores da ADV uma série de caricaturas do artista valonguense Artur Ferreira, retratando os responsáveis da ADV. Na oportunidade foram referidos aspetos da história do clube e relembradas histórias de outros tempos da agremiação valonguense com mais titulos. O Rotary Clube de Valongo é presidido por Almeida Santos, que no inicio de julho, é sucedido por César Ferreira. Recorde-se que o lema rotary é “dar de si antes de pensar em si”
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Diversos
Junho de 2013
Proposta de João Paulo Baltazar foi aprovada por unanimidade
Câmara paga subsídios até final do mês A Câmara Municipal de Valongo decidiu pagar os subsídios de férias já no mês de Junho. O presidente da autarquia, João Paulo Baltazar, propôs, em reunião de Executivo, uma alteração ao Orçamento de 2013 e um reforço da verba disponível no âmbito da Lei dos Compromissos. A proposta foi aprovada por unanimidade, o que permitirá o processamento dos subsídios de férias dos 650 funcionários antes do final do mês. O presidente da Câmara de Valongo diz compreender que o Governo opte por não pagar no mês corrente os subsídios de férias, mas realça que a autarquia tem no momento condições financeiras para acrescentar 770 mil euros ao Orçamento e viabilizar o pagamento dos subsídios ainda antes do final do mês, e do processamento dos
ordenados de Junho. João Paulo Baltazar sublinhou ainda que a decisão da autarquia vai ao encontro da deliberação do Tribunal Constitucional. De referir que o Governo ordenou aos serviços públicos para que estes não paguem já em junho os subsídios de férias, apesar de a suspensão ter sido chumbada pelo Tribunal Constitucional e de não estar em vigor a proposta do Executivo que remete para Novembro esse pagamento para alguns pensionistas e trabalhadores da administração pública. O pagamento imediato dos subsídios, frisou João Paulo Baltazar, é possível graças ao trabalho de consolidação de contas feito com a cooperação de todos os colaboradores da Câmara Municipal de Valongo. “A Câmara Municipal de Valongo, fruto do trabalho de
consolidação das contas, hoje tem condições objetivas para pagar de imediato os subsídios”, disse. No início da reunião João Paulo Baltazar frisou ainda que “o dinheiro existe e por isso podemos pagar”, em cumprimento da deliberação do Tribunal Constitucional. Da parte da oposição apenas Pedro Panzina, vereador da Coragem de Mudar, usou da palavra para revelar satisfação pela proposta do presidente da câmara. A decisão de pagamento imediato dos subsídios de férias, disse, “visa respeitar a deliberação do Tribunal Constitucional e repor a justiça na remuneração de quem trabalha”. Pedro Panzina aconselhou o presidente da câmara a concretizar o quanto antes a decisão aprovada “não vá haver qualquer outra medida que impeça a sua concretização”.
Câmara deu inicio ao processo de classificação de Património da Unesco
Bugiada mais perto do reconhecimento internacional A Câmara Municipal de Valongo deu início ao processo de candidatura da festa da Bugiada e Mouriscada à lista representativa do Património Cultural Imaterial da Unesco. Durante a Conferência “Património Imaterial, Identidade, Recurso e Risco”, na qual marcou presença o secretário de Estado do Turismo, Jorge Barreto Xavier, foi assinado o compromisso de apoio ao processo de candidatura. O membro do governo esteve presente no segundo dia e deu val do governo à candidatura. O compromisso de apoio foi assumido pela Câmara Municipal de Valongo, Junta de Freguesia de Sobrado, Casa do Bugio e Entidade Regional do Turismo do Porto e Norte. João Paulo Baltazar, presidente da Câmara Municipal de Valongo, frisou que o processo iniciou-se no final de 2009, altura em que assumiu a pasta da Cultura. Ciente da importância da preservação do S. João de Sobrado, convidou no ano seguinte Melchior Moreira, presidente da Entidade Regional do Turismo do Porto e Norte a visitar Sobrado no dia 24 de Junho. Desde então, disse, o Turismo do Porto e Norte temse empenhado na promoção da festa. De tal forma que integrou a Bugiada no Festival do Norte que este ano se
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estende a mais três municípios, designadamente Guimarães, Santa Maria da Feira e Espinho. João Paulo Baltazar destacou ainda a relação com a Casa de Bugio e a comunhão de um “caminho que não temos pressa de percorrer”. O presidente da Câmara destacou ainda a importância do envolvimento da comunidade e da “luta constante” tanto caracteriza a festa. “No dia em que a comunidade manifestar indiferença, a festa morre”, acrescentou. João Paulo Baltazar destacou ainda que a candidatura não deve fazer-se a qualquer preço, mas deve seguir princípios éticos e de salvaguarda. O autarca realçou ainda que com o processo de candidatura “estamos a criar factos de riqueza para Sobrado, Valongo, para o Norte e claro para Portugal”. O autarca não tem dúvidas de que a classificação colocará a Bugiada entre as criações mais ricas do Homem”. Um marco histórico, foi assim que António Pinto, presidente da Casa do Bugio, classificou o momento que assinalou a firme intenção de apoiar a candidatura da Bugiada, uma festa que para o “ forasteiro é um dia sem par, mas para nós é o clímax de 364 dias”. António Pinto fez questão de deixar claro aos sobradenses que a candidatura e classificação não implicam alte-
rações na festa. Também Carlos Mota, presidente da Junta de Freguesia de Sobrado, revelou satisfação pelo importante passo dado pela comunidade, acreditando que a Bugiada vai fazer parte da lista representativa do Património Cultural Imaterial da Unesco. Melchior Moreira, presidente do Turismo do Porto e Norte, frisou que há um ano, juntamente com João Paulo Baltazar considerou-se importante integrar a festa da Bugiada no Festival do Norte. Melchior Moreira realçou a importância do momento para a salvaguarda do elemento identitário do património de Sobrado, bem como a importância da comunidade manter viva a tradição da festa, enquanto outras perderam as suas tradições. “Em boa hora a Câmara Municipal, em especial o presidente João Paulo Baltazar, e a comunidade desenvolveram esforços para classificar a Bugiada e Mouriscada”, acrescentou. Para rematar, Melchior Moreira manifestou apoio incondicional ao processo agora iniciado. O dia 24 de Maio, primeiro dia da conferência, ficou marcado pelo lançamento público do site Bugiada e Mouriscada, acessível em www.candidaturadabugiadaemouriscada.com, um instrumento versátil e em constante actualização. Para além da história da
festa, dos apoios à candidatura, o site dispõe de ferramentas que permitem a participação da comunidade. Esse é, aliás, um dos objectivos do site. A equipa que está a trabalhar na candidatura apela ao envolvimento da comunidade, enviando testemunhos da festa, fotos, vídeos, entre outros. Para o início da conferência foi convidado Pedro Felix, membro da equipa científica responsável pela candidatura, que abordou o conceito de património cultural imaterial, a necessidade de elaborar um plano de salvaguarda e os eventuais riscos inerentes à classificação. Manuel Pinto, sobradense e investi-
gador da Universidade do Minho, falou de “um dos mais notáveis rituais que sobreviveu na Europa Ocidental”, esclarecendo que a Bugiada, ao contrário de muitas outras, “não é uma mera festa de arraial, não é uma festa de santo padroeiro. Representa e actualiza uma lenda que fala de relações conflituosas entre dois grupos”. No segundo dia, depois de uma visita pelo património do concelho, foi debatida “a influência da Bugiada e Mouriscada no projeto da Máscara Ibérica”, por Hélder Ferreira, presidente da Progestur, bem como as oportunidades de turismo à volta da Bugiada e Mouriscada.
100 anos de Cunhal
O PCP de Valongo levou a cabo uma homenagem ao fundador do Partido Comunista, Álvaro Cunha, por altura da passagem dos 100 anos do seu nascimento. Uma exposição na sede de Junta de Campo, alusões a passagens de Cunhal por Valongo e atuação do Grupo de Cantares da Associação de Pensionistas de Campo. Adriano Ribeiro, candidato à Câmara de Valongo, pela CDU, usou da palavra na sessão de abertura da mostra, para falar sobre o primeiro lider dos comunistas.
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Diversos
Jovem de Sobrado futebolista do Leixões Numa festa perto de si ...
Tatiana Silveira campeã Sobrado tem uma atleta campeã nacional de futebol. Trata-se de Tatiana Silveira que, recentemente, se sagrou campeã nacional de juniores pelo Leixões. A equipa do Leixões Sport Club, no escalão de sub18 sagrou-se ontem campeã nacional de Juniores Femininos, depois de ter vencido o Atlético Ouriense, por 1-0, na final da prova, que decorreu no Complexo Desportivo de Oliveira de Azeméis. Um golo dez minutos do final da partida, proporcionou ao Leixões Sport Club o primeiro título nacional da categoria, e logo frente ao Ouriense, atual campeão nacional de seniores.
Um final de época excelente para a equipa onde joga a jovem sobradense, que junta o título nacional ao de campeão distrital de Sub18 da AF Porto – vitória que valeu o passaporte para esta Taça Nacional. Em Oliveira de Azeméis, a prestação das Princesinhas do Mar foi perfeita ao longo dos três dias de competição: triunfo por 4-0 frente ao Seia na jornada inaugural, vitória por 3-1 no domingo perante o Vilaverdense e mais uma alegria no dia seguinte na partida decisiva. Tatiana Silveira, ainda com idade juvenil, jogou a época toda no plantel sénior do Leixões, tendo sido chamada em várias convocatórias das seleções nacionais dos escalões jovens. Foi o que aconteceu esta semana com a convocatória para a seleção nacional de sub-19.
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Rita Sousa a vencer
Realizou-se no fim-de-semana de 9 de Junho em Salvaterra de Magos, a Taça de Portugal em Taekwondo, tendo a jovem valonguense, Rita Sousa, atleta da ATCV alcançado o 1ª lugar na categoria Singular sagrando-se ven-
cedora da Taça de Portugal no seu escalão. Depois da vitória em Sobrado na prova da AT do Porto, Rita Sousa solidifica a sua posição a nível nacional com esta vitória.
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Bugiada
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Vem aí mais uma festa dos Bugios e Mourisqueiros
População de Sobrado preparada para a festa Em vésperas de mais uma festa de S. João de Sobrado, organizada pela Casa do Bugio, o JNV foi falar com Carlos Mota, presidente da Junta de Freguesia. Questionado sobre a importância da festa para a freguesia, Carlos Mota referiu que “esta festa é da freguesia, o povo diz que é nossa e tem razão. A população está preparada porque a festa é da população de Sobrado, esta festa cria auto-estima e toda a gente participa e gostamos muito de receber quem nos visita”. Este ano a festa de S. João terá mais mediatização, devido à candidatura a património imaterial da humanidade. O autarca refere que “esta candidatura é importante e a mediatização pode fazer com que, num futuro próximo, venham mais pessoas a Sobrado. Em conjunto com a Câmara e com a Casa do Bugio nós também nos vamos preparando para melhor receber, vamos melhorar os parques, a sinalização e coordenar melhor tudo o que tem a ver com a festa. Espero ainda que a mediatização venha também a contribuir para uma mais-valia económica para a população, tendo
sempre presente que o espirito da festa se mantenha intacto”. A recente apresentação pública da candidatura foi positiva porque, refere Carlos Mota, “ao dar-se esse pontapé de saída, todas as pessoas e associações de Sobrado tomaram conhecimento da mesma”. Acerca das reações da populações a esta candidatura, o autarca respondeu estarem a ser positivas, embora, “inicialmente algumas pessoas manifestassem reservas porque tinham medo de que fosse desvirtuada. Mas tenho recebido os parabéns da maioria das pessoas contente e com esperança de que a Bugiada e Mouriscada seja designada património da humanidade”. Sobre os perigos de massificação, Carlos Mota acredita não haver perigo porque “a freguesia tem espaço e capacidade para receber muita gente e penso que a festa irá continuar a ter sobretudo uma vertente cultural, o que contribui para alguma selecção”. Durante o período da festa, a Junta de Freguesia de Sobrado organiza uma exposição de fotografia sobre a vila, provenientes de um concurso que levou a cabo. As
fotografias podem ser vistas no Salão da Junta de Freguesia. Apesar de ser altura de festa, a Junta de Freguesia tem outras preocupações. Por exemplo já se iniciaram no dia 11 de Junho as obras de recuperação da antiga Casa do Povo, transformada agora em Casa das Artes. Carlos Mota referiu ao JNV que as obras deverão estar concluídas em Março do próximo ano. “Acho que aquele espaço será a nossa casa, estará à disposição da população e das associações”, salienta Carlos Mota. Brevemente, a Junta irá avançar com ações de ocupação de tempos livres, colaborar com o GD Sobrado no torneio de futebol de praia e quanto a obras, depois da festa será melhorado o espaço das casas de banho do Largo do Passal e pintada a Casa Mortuária. Outras intervenções previstas são a recuperação do largo esquerdo da rua D. João I, dos semáforos à antiga piscina, e a pavimentação da Rua do Monte.
A lenda do S. João de Sobrado
Por Virgílio Santos (Tomásia)
14 junho 2013
Nas serras de Pias, e de Cuca macuca Um povo mouro trabuca e manduca Mas raça ruim, e gente de não confiar Seu Rei, vendo a sua filha doente Mesmo Rei, sentiu-se impotente Para a sua menina poder salvar
Os mouros eram um povo supersticioso Mas tinham um exército numeroso E seu Rei manda que essa força os cerque Os cristãos, não podendo de igual lutar Mascararam-se para o Santo poder libertar Levando com eles uma grande serpe
Neste dia, não há mágoas na vida Suas ruas, são uma tela colorida Pelas gentes, Mourisqueiros e Bugiada Sobrado, é uma aguarela na natureza E quem cá vem, volta com certeza Porque por nós, ficou contagiada
Dizia-se, que ali entre os povos cristãos Havia um Santo que curava sem mãos E que a sua imagem era milagrosa Logo pensou em essa gente convidar E pediu, para com eles poder ficar Essa imagem que lhes era tão preciosa
Este povo que era desordeiro, Tinha com eles o seu Rei moeiro Que além de prepotente, era grosso Mas foi pelos cristãos confrontado, E nessa batalha foi derrotado Que gritavam dizendo, ele é nosso
Nesta festa, não podia faltar uma noitada Onda há vinho, pão, e sardinha assada A gente anda em turbilhão noite fora Há música e algazarra por todo o lado E festa assim, só mesmo em Sobrado E já ninguém pensa em se ir embora
Mas os cristãos ousaram lhes recusar E que essa imagem ali não ia ficar Pois ficavam na mesma situação Que tinham de seguir viagem Levando com eles a imagem Do Santo da sua devoção
Aqui, há quem ainda não entenda Mas é assim que reza a lenda E contradize-la, eu não posso Ao ver os Bugios a correr e a saltar Muito contentes este slogan gritar Ele é nosso, ele é nosso, ele é nosso
Seu ponto alto, é a majestosa procissão O povo segue no cortejo com devoção Os Mourisqueiros, os andores vão levar Não há mais nada, com tal esplendor Os Santos da terra vão passear de andor Com a banda musical de Campo a tocar
O mouro, fez dos cristãos cativos E se queriam sair dali vivos O Santo teria de com eles ficar Mas essa imagem, era sagrada E para com eles ser levada, Teriam de com mouros lutar
Se vieres ao São João a Sobrado Seu povo te recebe com agrado Esta festa é impar na sua beleza No ar, há uma alegria sã e ordeira Aqui em Sobrado, a gente é verdadeira Numa festa única bem Portuguesa
Se cá vieres, vem, mas vem em boa hora Porque toda agente que vem de fora Fica com esta terra no seu coração Se adoptares uma postura como convém Voltarás cá para o ano que vem Para festejar connosco o São João.
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Diversos
Marchas de S. João
A exemplo dos anos anteriores, a Câmara Municipal de Valongo organizou mais umas Marchas Populares de S. João. Foi no sábado dia 15 e o evento juntou milhares de pessoas. Pelas ruas do centro da cidade de Valongo desfilaram as marchas da Ass. Cultural e Recreativa Vallis Longus; Associação Recreativa e Cultural da Azenha; Grupo Dramático e Recreativo de Retorta; Cabeças no Ar e Pés na Terra – Associação Cultural e Rancho Folclórico de Santo André de Sobrado.
BV Ermesinde em festa
Os Bombeiros Voluntários de Ermesinde celebraram no domingo dia 16, os seus 92 anos de vida, a servir a população daquela freguesia e não só. O programa inclui uma missa pelos elementos falecidos, deposição de coroa de flores no monumento ao bombeiro, inauguração da lápide (da autoria de Rui Couto) e batismo da viatura equipada com ajuda do Moto Clube de Alfena. Nas cerimónia partciparam o presidente da Câmara de Valongo, João Paulo Baltazar, e o presidente da Junta de Ermesinde Luis Ramalho, para além de vários dirigentes dos bombeiros, chefiados pelo presidente Artur Carneiro.
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A Junta de Freguesia de Sobrado convida a usufruir da freguesia e deseja uma Boa Estadia a todos os visitantes
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Dupla de técnicos explica o sucesso
GDR Retorta Em dois anos sobe à honra Ludovino Pimenta e César Ferreira foram os treinadores obreiros da subida do GDR Retorta à divisão de honra da AF Porto em futsal e apenas na segunda época de participações oficiais da equipa da freguesia de Campo. O Jornal Novo de Valongo foi falar com eles para saber um pouco mais deste sucesso e a primeira explicação foi acerca do método de trabalho, algo diferente, já que a responsabilidade técnica é bicéfala, com responsabilidade igual dos dois técnicos. “Nós trabalhamos em conjunto, não dividimos em principal ou adjunto, somos uma equipa”, referem. Em relação à época 2012-2013, o objectivo principal foi cumprido, já que conseguimos a subida. Referem os responsáveis que “como queremos sempre mais e melhor, embora tenhamos subido, poderíamos ter ido ainda mais longo e chegado em primeiro lugar ao fim. Estivemos quase a conseguir esse objectivo e na tabela terminamos em primeiro lugar em igualdade pontual, mas em vantagem no confronto direto. Só que na secretaria foi-nos atribuída uma derrota e por isso ficamos em segundo lugar”. Acerca da resposta dos atletas, a opinião dos técnicos é unânime em classificar o quadro de atletas como “trabalhadores e com valor. Ao escolhermos os atletas tentamos também que já tivessem experiência comprovada, para acrescentar a outros com menos experiência e foi curioso o processo de aprendizagem ao longo da época, que o houve, já que alguns jogadores vinham com outro tipo de ideia de jogo e tiveram de se adaptar”. Em relação à estrutura directiva do GDR Retorta, Ludovinojn e César referem “ser de uma gran-
de mais valia e espirito aberto. Já tinha sido efetuado um trabalho importante na época anterior com a criação de duas equipas em prova. Quando cá chegamos percebemos que havia ideias definidas para manter a modalidade e então foi-nos dado todo o apoio que precisávamos para levarmos a cabo o nosso trabalho”. O facto do GDR Retorta (cujo presidente é João Paulo Malta) utilizar um espaço próprio para a modalidade é importante no sentido de afirmação da modalidade. Dizem os técnicos que “o clube está a criar uma identidade própria, a direção é eficiente e cria as melhores condições, com a criação de novas equipas na área da formação e o facto de existir um espaço próprio contribui para o sucesso”. Para a época que vem (20132014) o objetivo “negociado” entre a equipa técnica e o clube foi a manutenção, o que vai ser um “trabalho super difícil, já que a Divisão de Honra é mais forte que qualquer série da terceira nacional. Quase sempre quem vence a honra, na época seguinte sobe à segunda. A acrescer a este facto descem quatro equipas e não duas e a luta pela descida é sempre enorme. A competitividade é diferente, as características são também diferentes, por exemplo o tempo de jogo passa a ser cronometrado e o tempo útil quase que duplica. A cultura tática é outra e raramente uma equipa que baseia o seu jogo na disponibilidade física tem sucesso na honra”. Quanto a reforços no plantel, a equipa técnica está a preparar a nova época. “Apesar de ser bonito ficarmos com todos os atletas que subiram, para conseguirmos manter teremos de fazer acertos” dizem os responsáveis, salientando no entanto a dificuldade em conseguir “captar” jogadores já que a localização do clube (algo afastada do Porto) pode trazer dificuldades. Acerca da formação que o GDR Retorta está a levar a cabo, os dois técnicos salientam que “esse é o caminho que tem de ser seguido. Estamos em crer que vai chegar ao ponto da formação quase que alimentar os seniores, já que está a ser efetuado um grande trabalho”.
Senhor Empresário:
Faça as contas e veja quanto lhe custa mandar fazer 5000 flyers ... Os flyers são lidos e deitados fora ... A edição do JNV tem 5000 exemplares de tiragem ...(minimo) O jornal fica disponível muito tempo e será lido por muitas pessoas ... Peça orçamento e faça a comparação. Contacto: geral @jnvalongo.com Publicado na edição 25 do Jornal Novo de Valongo, Junho de 2013
CONVOCATÓRIA Nos termos do art. 377º do Código das Sociedades Comerciais, convoco a Assembleia Geral da sociedade anónima TTW – SOLUÇÕES E SERVIÇOS AVANÇADOS, S.A., com sede na Rua da Argila nº 487, na freguesia de Alfena, concelho de Valongo, titular do cartão de pessoa coletiva 508574080, com o capital de 50.000,00 € matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Valongo sob o nº 508574080, a reunir na sede social, no dia dois de Agosto de 2013, pelas 19:00 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto um: Nomeação da Administração; Ponto dois: Auditoria; Ponto três: Outros assuntos Alfena, 20 de Junho de 2013 O Presidente da Assembleia Geral, Paulo Alexandre M. Ribeiro
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Associação de Promoção Social do Calvário (Campo)
32 anos a cuidar de crianças A Associação de Promoção Social do Calvário (APSC), da freguesia de Campo, foi fundada há 32 anos e um dos fundadores e actual vice-presidente é Fernando Rocha depois de ter passado por vários outros cargos directivos durante estes anos. Nestes 32 anos a APSC tem apoiado os mais novos da freguesia e não só, já que afluem às instalações utentes de vários locais para usufruírem do apoio de berçário, creche a actividades de tempos livres (atl). Refere o dirigente que um desejo antigo de criar apoio aos mais idosos nunca teve resposta positiva por parte da Segurança Social. Fernando Rocha afirmou ao JNV que “o berçário tem atualmente dez crianças, a creche é frequentada por 42 crianças e o ATL é frequentado por pouco mais de 20 utentes. No ATL chegaram a andar cerca de 70 crianças e a creche também não é muito procurada. O facto de muitas famílias terem, pelo menos, um dos elementos desempregado e o aumento da oferta pública, fez diminuir esse número, o que nos causa grandes problemas. Quando as crianças chegam aos três anos os pais levam-nas para a pré, já que se trata de uma oferta mais económica”. A APSC tem atualmente 22 funcionários, seis educadoras, uma educadora social e os restantes são auxiliares, sendo por isso uma
“máquina” difícil de gerir. “As valências que os pais dão atualmente não são muito altas, porque como muitos não trabalham, fazem o pagamento de acordo com o IRS e é muito pouco. Nos que se refere aos apoios do Estado é conforme o número de crianças que frequentam, mas só para doze meses. Para o subsídio de férias e décimo terceiro mês temos de angariar fundos para fazermos o pagamento. Conseguimos cumprir, usando a imaginação, obtendo alguns donativos. A Junta de Freguesia de Campo dá-nos algum apoio de vez em quando. A Câmara antigamente apoiava, mas atualmente não o tem feito. Em relação ao apoio das empresas, também está difícil para elas, pelo que tem sido reduzido…” Um dos apoios que a APSC tem tido é do Banco Alimentar, o que proporciona alguma poupança, já que, com a oferta de bens alimentares, menos dinheiro é gasto neste setor. Acerca dos objectivos para os próximos tempos, Fernando Rocha disse ao nosso jornal que “um dos desejos é obter apoios da Segurança Social para mais uma sala. Se não conseguirmos o protocolo para mais uma sala, poderemos ter de dispensar dois funcionários, já que, como disse, o que os pais pagam não chega para as despesas”. No que concerne a instalações, Fernando Rocha afirmou que “são suficientes para as necessidades e
têm boas condições. Temos o edifício principal (com 3 salas de creche e 3 de pré-escolar e espaços administrativos), o espaço de ATL e um espaço polivalente. A APSC tem participado em actividades na freguesia, sobretudo na semana cultural, com o objetivo
de, refere o dirigente, “apoiar o que se faz na freguesia e mostrar um pouco do nosso trabalho, para além de proporcionar actividade às nossas crianças”. A exemplo do que se passa com muitas IPSS, também a APSC passa por momentos complicados, re-
ferindo o vice-presidente que “desde que é associação, vivemos os momentos mais difíceis” não querendo fazer previsões para o futuro, até porque o aumento de oferta vai ser uma realidade com a abertura de outras estruturas semelhantes na freguesia.
Paula Nascimento começou a praticar atletismo aos 38 anos
Atleta do Alfenense em destaque Paula Nascimento tem 40 anos e uma paixão “tardia” pelo atletismo. E dizemos tardia porque só há dois anos é que começou a praticar. Mesmo assim tem já vários títulos e vitórias em provas de marcha atlética. O gosto surgiu quando ia levar os filhos aos treinos de atletismo do Atlético Clube Alfenense. O treinador e antigo campeão José Magalhães desafiou-a a dar duas voltas ao campo e, como a conhecida marca de automóveis, veio para ficar no atletismo, uma vez que, diz “ao fim de uma semana vi logo que era isto que queria. Atualmente treina às segundas, terças, quartas e sextas-feiras e na primeira prova em que participou, após quatro meses de treinos, foi quinta classificada numa prova em Alvaiázere. Na memória está sobretudo a vitória no campeonato nacional em
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pista coberta (3000m), realizado em Espinho no ano passado. Este ano já foi campeã regional e tem participado em várias provas de estrada sempre com bons resultados. Em declarações ao Jornal Novo de Valongo, Paula Nascimento refere que “o meu objectivo é sempre tentar conseguir melhor resultado do que na prova anterior”. A atleta veterana promete continuar a representar o nome do Alfenense e a elevar bem alto o nome da colectividade. Sobra as condições de trabalho, refere que “podiam ser melhores, mas sei que a direção faz o melhor e que não há apoios suficientes, mas vamos conseguindo trabalhar”. Paula Nascimento lamente não haver mais jovens a treinar a modalidade no clube e refere que “para além de fazer bem à saúde, o espirito de grupo é bom, por isso quem quiser vir juntar-se a nós pode fazê-
lo”. A atleta confidenciou ao JNV que “muitas vezes treino com o meu filho de 11 anos, mas ele diz que eu ando muito depressa… Estar aqui também é bom por isso, passo mais tempo com os meus filhos. A minha intenção é continuar a correr, comecei tarde e quero acabar tarde. Gosto de disto, em vez de ir às comprar venho correr, poupo dinheiro e faço uma coisa que gosto. A única coisa que perdi é tempo de ver televisão, mas não me faz falta nenhuma”, refere a rir. No final da conversa Paula Nascimento quis reforçar o apelo “a prática da modalidade é salutar e por isso apelo às mulheres e raparigas de Alfena, para que venham para o Alfenense. Estamos à vossa espera e, tal como aconteceu comigo, saibam que nunca é tarde para começar”.
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ADV em quatro finais nacionais
Valongo no topo do hóquei A Associação Desportiva de Valongo conquistou, por direito próprio, um lugar no topo do hóquei nacional ao estar em quatro de cinco finais nacionais. Em seniores o Valongo apurou-se para a final four da taça de Portugal ao vencer o campeão europeu Benfica por 6-5 num jogo de intensidade e qualidade, sendo de destacar a unidade da equipa, com um papel importante para o guarda redes Diogo, que substituiu Girão, impedido de jogar por castigo. A “Final-4” da Taça de Portugal Seniores Masculinos de hóquei em patins vai-se realizar, este fim de semana, entre 22 e 23 de Junho, em Barcelos, no Pavilhão Municipal da cidade minhota. Na fase derradeira da prova marcam presença a AD Sanjoanense, única equipa da 2ª Divisão na “Final-4”, e o detentor do troféu, a UD Oliveirense. Os outros semifinalistas são então o Valongo e o FC Porto que venceu o Candelária por 7-1 este domingo. Horários das partidas- Sábado, 22 de Junho * AD Sanjoanense – UD Oliveirense, às 18:15 e * AD Valongo – FC Porto, às 20:15 Domingo, 23 de Junho * Final, às 19:15 Entretanto os juniores da AD Valongo apuraram-se no domingo para a Final Four nacional ao vencerem por 5-3 o FC do Porto. Uma vez mais com o pavilhão cheio, a AD Valongo mostrou o bom traba-
lho que está a fazer em termos de formação. Foi um jogo sempre controlado e uma segunda parte de luxo apura mais um escalão ADV para a Final Four. A AD Valongo é clube português com mais equipas apuradas para as Final Fours 2012/2013: INFANTIS, JUVENIS, JUNIORES E SENIORES para a taça. No fim-desemana, 22 e 23 de Junho, decorre a Final Four da Taça de Portugal em Barcelos. No fim-de-semana de 29 e 30 de Junho, a Final Four dos juniores em Loures, no Pavilhão Paz e Amizade. No fim-de-semana
de 6 e 7 de Julho, a Final Four de Infantis e Juvenis, no Pavilhão de Valongo .Estão todos convocados para fazerem parte da história do clube que dignifica Valongo e as suas gentes.
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BNI - Diversos
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Alves Dias Arquitetos percurso de qualidade PEQUENO HISTORIAL DA EMPRESA Sólida e plural, a empresa Alves Dias Arquitectos traça, desde 1999, um percurso pautado pela qualidade, compromisso e criatividade, no âmbito da Arquitectura e Engenharia. Estamos sediados no Porto, e a par da actuação em todo o território nacional, temos no Brasil, em Timor e na Indonésia referências de trabalho realizado. ÁREAS E ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS O dinamismo, experiência e perseverança da equipa de trabalho da Alves Dias Arquitectos potencia um diversificado domínio de programas espaciais, entre os quais destacamos habitação, comércio, serviços, restauração, indústria, equipamentos sociais e loteamentos. Do convencional ao inovador, do projecto de raiz à reabilitação, somos pela organização do espaço. O bar The Wall, na zona das Galerias, no Porto, o Centro de Vinificação e Estágio de Vinho do Douro
e Porto, promovido pela Sociedade dos Vinhos Borges, em S.João da Pesqueira, bem como o Lar Residencial da ANEM, em Vila Nova de Gaia – um projecto pioneiro na região dedicado a utentes com esclerose múltipla –, são três dos nossos trabalhos de referência. A ADAPTAÇÃO À CONJUNTURA ACTUAL Encarando as adversidades como uma oportunidade para nos reinventar e evoluir, somos pela promoção activa de novas metas e práticas. Novas redes de contactos, novas abordagens a temas já esquecidos, assim como a aposta nos programas alternativos e/ou complementares ao universo da arquitectura constituem a nossa interpretação e visão positivas da situação actual. PERSPECTIVAS DE FUTURO Em termos de futuro, a nossa atenção está direccionada para os módulos habitacionais que nos encontramos a desenvolver e divulgar
enquanto produto da marca OPENBUILD. Apostando na optimização do espaço, na capacidade evolutiva, na
forma económica e ecológica como são construídas, estas casas promovem uma linguagem arquitectónica contemporânea e equilibrada tanto
em detalhes como em privacidade, proporcionando, acima de tudo, conforto e vivências excepcionais.
A Octávio Seguros mais de 20 anos a servir A Octávio Mediação de Seguros Unip. Lda é uma empresa que tem um histórico no mercado com mais de 20 anos. Tudo começou em 1992 com a resposta a um anuncio de jornal em que era pedida uma pessoa dinâmica e com apetência para as vendas. Diz o proprietário: “Entrei nessa altura no mundo dos seguros que me pareceu de imediato aliciante e funcionou como um desafio uma vez que era uma área totalmente desconhecida para mim. O começo da minha actividade foi no Ramo Vida através de contactos directos porta à porta. Desta primeira experiencia tenho uma memória muito gratificante pela forma como sempre fui recebido e é com muita satisfação que registo ainda hoje ter clientes desde essa altura. Perseverante e curioso foram as características que me ajudaram ao longo dos anos seguintes a alargar e solidificar o meu negocio passando por conseguir reunir um vasto leque de ofertas sempre com
o objectivo de satisfazer as necessidades dos meus clientes” SITUAÇÃO ATUAL Hoje somos uma equipa de 6 pessoas distribuídas por 3 escritórios. O primeiro escritório, já com 17 anos, situa-se na Senhora da Hora e é sede da empresa. Temos um 2º escritório em Leça da Palmeira desde 2007 e o 3º no Porto desde Fevereiro de 2010. O nosso objectivo é estar perto do cliente para o poder acompanhar ao longo da vida tentando oferecerlhe a melhor solução em cada momento. A nossa carteira actual de clientes é composta por particulares e empresas em diversas áreas de negócio. É nossa preocupação responder de forma eficaz às necessidades do mercado e nesse sentido temos investido na formação e possuímos actualmente uma certificação em PMEs. Perante a actual conjuntura de estagnação financeira a nossa opção foi criar canais que nos faci-
litem o acesso a outros mercados e paralelamente desenvolvermos mecanismos de retenção dos clientes fazendo um acompanhamento dos seus seguros de forma a assegurarmos que têm uma boa relação qualidade/preço. PREVENIR O FUTURO Contrariando as dificuldades económicas actuais é nosso dever alertar o cliente para a necessidade de poupança de forma a prevenir o seu futuro. Tudo isto faz parte da nossa prestação de serviço ao cliente que pretendemos ser a melhor para poderem contar connosco no momento em que mais vão precisar, que é quando o sinistro acontece. Temos consciência que as exigências são cada vez maiores mas isso é para nós um desafio e acreditamos que o caminho traçado nos garante a confiança dos clientes e a construção do futuro do nosso negocio.
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