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2 de 2015 maio

mensal

diretor: agostinho ribeiro

Antigo Quartel vai transformar-se em Oficina da Regueifa e do Biscoito

Veja o anĂşncio na pĂĄg 12


Valongo

maio 2015

Goreti Dias apresentou livro no Ateneu A escritora valonguense, Goreti Dias, apresentou o seu mais recente livro, “Dos prazeres e seus contrários”. Foi no dia 23 no Ateneu Comercial do Porto. Carmen Navarro coordenou a apresentação, tendo Vitor Rocha apresentado esta obra poética, escrita em duas versões, a versão do prazer e a do desprazer, havendo no entanto vários pontos de confluência. Para saber mais, este livro vai ser apresentado em Valongo, no salão da Junta de Freguesia de Valongo, dia 19 de junho, sendo a entrada grátis. O evento incluirá várias surpresas e iniciar-se-à pelas 21h30.

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Peça orçamentos para outras situações, como por exemplo para aparecer no nosso site www.jnvalongo.com ou facebook www.facebook.com/jornaldevalongo não perca ainda o rescaldo da Festa da Regueifa e do Biscoito FICHA TÉCNICA - JORNAL NOVO DE VALONGO - O Jornal do Concelho de Valongo - Edição nº 45 - maio de 2015 - Direção: Agostinho Ribeiro; Colaboradores: Filipe Marques e Luis Neves(fotografia); José Pedro Loureiro; Carlos Silva; Abel Sousa; Francisca Costa; JMB; António Cardoso; Teixeira da Silva Paginação e Grafismo: ADCR

Registo ERC 125820 Depósito Legal BN 372095/14 Morada - Rua Rainha Santa Isabel 351 6º CS - 4440-569 Valongo

Endereço eletrónico jornaldevalongo@gmail.com telm 911116453 Impressão: Coraze - Oliveira de Azemeis

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Atualidade

maio 2015

Centro de Hemodiálise no Hospital de Valongo

O Centro Hospitalar de São João (CHSJ) lançou o concurso para a instalação do primeiro Centro de Hemodiálise público do país na antiga urgência do hospital de Valongo, noticiou o site da RTP. O CHSJ integra dois polos, o de São João, no Porto, e o de Valongo, conhecido por Hospital Nossa Senhora da Conceição. O concurso público que visa a empreitada de remodelação da antiga urgência do hospital de Valongo, encerrada em julho de 2014,

com vista a transformar o espaço num Centro de Hemodiálise foi lançado no final de abril. O valor base inscrito no anúncio publicado em Diário da República ultrapassa os 836 mil euros. A transformação do espaço das antigas urgências num Centro de Hemodiálise é uma das medidas do CHSJ que, numa carta enviada à Câmara de Valongo, em julho do ano passado, dava conta do seu Plano Estratégico para o polo de Valongo, garantindo que com o

mesmo pretendia “reforçar a importância” desta unidade “no contexto do Serviço Nacional de Saúde”. Nessa carta o CHSJ dizia querer “assegurar” a “indispensabilidade e perenidade” de ambos os seus polos “ao dotá-los de valências únicas e complementares no âmbito de centro hospitalar e eliminando redundâncias inúteis e prejudiciais do ponto de vista técnico e assistencial, visando melhorar a oferta de cuidados de saúde”.

OPJV premeia projetos de Campo Caminhada 1 Os dois projetos mais votados no Orçamento Participativo Jovem de 2015 são de Campo. Pelo segundo ano consecutivo a Câmara de Valongo dá oportunidade aos mais novos de apresentarem um projeto que gostassem de ver concretizado. Este ano o executivo decidiu apoiar dois projetos com o valor de dez mil euros. No caso os mais votados foram “Brincar sem me molhar”

Integrada na Feira da Regueifa e do Biscoito de Valongo a Quinta das Arcas organiza a caminhada mensal no dia 6 de Junho, pelas 9h00. A caminhada é gratuita e inclui: Visita ao Núcleo Museológico da Panificação, prova vinhos, regueifa e biscoitos. Inscrições para: enoturismo@quintadasarcas.com ou Tel. 224 157 810

da Escola da Retorta e “Quinta de Saberes” da Escola da Azenha, ambos da freguesia de Campo e Sobrado. Foram 30 os projetos apresentados este ano e a sua explicação aconteceu esta tarde no Pavilhão de Ermesinde. A Assembleia eleitoral era composta por 2100 eleitores (dos 6 aos 30 anos), tendo votado cerca de 600 eleitores.

Rali foi um sucesso em Valongo

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No sábado 3 de maio, a hora de almoço foi diferente em Valongo, com os carros da Rali de Portugal a atravessarem a cidade. Os campeões mostraram as suas máquinas e Sebastian Ogier, campeão do mundo, foi o mais simpático, ao subir ao tejadilho e cumprimentar os valonguenses. Ouvia-se no local que “para o ano queremos uma classificativa”. A organização foi da CMV e do ACP

Caminhada 2

O Grupo empresarial de Valongo Estores Limite e Motores Fera vai levar a cabo uma caminhada no dia 31 de maio. Esta caminhada das empresas referidas irá contar para clientes, fornece- com a animação musical de Tony dores e colaboradores Garcia e Nataly.


Ermesinde

maio 2015

Edifício Faria Sampaio acolhe estrutura da Lipor “que vai compensar população”

Academia Lipor O espaço Academia LIPOR foi inaugurado no dia 11 de maio, segunda feira, no Edifício Faria Sampaio, em Ermesinde. O presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, realçou a utilização de um espaço público que estava desaproveitado, um edifício que custou cerca de quatro milhões de euros e que, também, deverá receber até ao final do ano uma Loja do Cidadão. Com este novo cen-

tro, a Lipor pretende, “de forma ambiciosa”, alargar a oferta atual, tornando-a “cada vez mais próxima das necessidades do mercado”. Na cerimónia de inauguração que contou com a presença de representantes dos vários municípios que formam o consórcio da Lipor – Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Valongo, Póvoa de Varzim e Vila do Conde – o Presidente do Conselho de Administração, Aires Pereira,

reconheceu que Ermesinde “sofreu muito” com a existência de um aterro na cidade, pelo que destacou a importância desta academia para “de alguma forma compensar” a população. Na cerimónia de inauguração foi também assinado um protocolo de cooperação entre a Lipor e a Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL), entidade que também desenvolve atividade formativa ligada ao ambiente.

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ideal para concorrer ao nosso CONCURSO DE QUADRAS - É uma parceria com a Associação Cuca Macuca e o tema é S. Mamede e Valongo - as duas palavras são obrigatórias na quadra. Esteja atento à edição de JUNHO a sair dia 23, e ao nosso facebook onde vamos explicar tudo.

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Valongo

maio 2015

Equipamento testado numa parceria Junta de Valongo e empresa Lacovale

Goeco apresentado em Valongo No âmbito do processo de transferência de competências, a Junta de Freguesia de Valongo assumiu a limpeza urbana da cidade, tarefa que pretende desempenhar com o máximo de eficiência e tendo sempre presente o respeito pelo meio ambiente. Foi da necessidade de separar com mais eficácia os resíduos recolhidos pelos funcionários da Junta de Freguesia de Valongo que surgiu o carrinho de recolha de lixo «Goeco», resultado de uma parceria com a empresa Lacovale. Concebido para reciclar e inovar na tarefa de recolha de lixo urbano, o «Goeco» foi oficialmente apresentado no dia 14 de maio, na Junta de Freguesia de Valongo. “Esta parceria vai de encontro às nossas neces-

sidades e os funcionários estão muito satisfeitos”, garantiu Ivo Vale Neves − presidente da Junta de Freguesia de Valongo. De acordo com o autarca, o «Goeco» “tem uma imagem muito agradável, que contribuirá também para a população em geral valorizar este tipo de trabalho muito importante para a comunidade”. De modo a facilitar a reciclagem, o «Goeco» integra recipientes específicos para separar cartão, papel e embalagens de metal e plástico. O equipamento integra ainda um contentor, sacho, vassoura e um compartimento para os funcionários guardarem os seus objetos pessoais em segurança. Carlos Soares, valonguense, administrador da Lacovale, empresa com

instalações em S. Pedro da Cova, referiu-se à importância da parceria com a Junta de Valongo, salientando que “é com a prática e ouvindo quem, no dia a dia lida com estas ferramentas, que se conseguem melhorar os equipamentos. Só assim se consegue produzir um utensílio que responda às necessidades de quem o adquire. Estamos muito contentes com o produto final e disponíveis para o apresentar noutras autarquias”, disse Carlos Soares. Na apresentação estiveram presentes ainda o presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro e o vice-presidente Sobral Pires. A Junta de Valongo adquiriu seis unidades deste equipamento.

Alfredo Gomez rei do Enduro

Depois de ter conquistado a vitória no prólogo realizado em Ermesinde na tarde de Sábado (25/4), o espanhol Alfredo Gomez confirmou no domingo 26 de abril em Valongo a primeira posição final na Extreme Valongo 2015. A segunda prova da nova Taça da Europa de Hard Enduro mostrou-se de acordo com os pergaminhos de dureza e dificuldade normalmente impostos pela organização do Melicias Team e no final de pouco mais de três horas e quinze minutos de competição o piloto da Husqvarna cumpriu apenas quatro voltas ao percurso,

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numa clara demonstração das dificuldades impostas pela organização. Para este primeiro evento incluído na Taça da Europa a organização desenhou um percurso totalmente novo, numa zona nunca antes utilizada em competição, com cerca de dezena e meia de quilómetros que com a ajuda da muita chuva caída durante todo o fim-de-semana se mostrou verdadeiramente exigente para os 64 pilotos que foram admitidos à partida. Uma dura prova de esforço para toda a caravana que partiu de Valongo ao início da tarde ontem para

enfrentar aquela que foi a segunda ronda deste novo campeonato europeu. Com a chuva a ser novamente companhia de todos os pilotos, depois de ter igualmente agraciado o prólogo realizado no dia anterior, as dificuldades tornaram-se ainda mais extremas e desde os primeiros momentos ficou claro que a luta pela vitória estava entregue aos dois mais rápidos do dia anterior, Alfredo Gomez e Mario Roman. No final da prova seriam mesmo os dois único a conseguir cumprir um total de quatro passagens ao percurso delineado pela

organização, terminando ambos separados por menos de vinte segundos. A dupla espanhola esteve mesmo numa classe à parte e a volta de diferença face aos restantes adversários confirmou essa mesma superioridade. Classificação final: 1º Alfredo Gomez – Husqvarna com 4 voltas em 3h15m21.08s 2º Mario Roman – KTM com 4 voltas em 3h15m33.79s 3º Henrique Nogueira – KTM com 3 voltas em 3h07m17.93s 4º Paulo Russo – AJP com 3 voltas em 3h08m10.19s 5º José Bernabeu – Sherco com 3 voltas em 3h11m28.64s 6º Fran Rodriguez – KTM com 3 voltas em 3h14m59.36s 7º Diogo Vieira – Honda com 3 voltas em 3h22m06.49s 8º Alexander Hidalgo – Beta com 3 voltas em 3h30m49.08s 9º Anders Johansen – Beta com 3h52m21.28s 10º Bruno Freitas – KTM com 3h58m25.29s

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Diversos

maio2015

Maratona Valongo A 5ª Maratona do Clube BTT de Valongo e a taça regional xcm valongo

2015 decorreram no dia 24 de maio e uma vez mais o Clube BTT de Valongo e

Longusbike estiveram de parabéns.

Festa da Flôr em Alfena Depois de ter retomado a tradição no ano passado, a Junta de Freguesia de Alfena organiza, no domingo, 31 de Maio, a partir das 15h00, a II Festa da Flor Solidária. O evento deverá mobilizar cerca de 400 pessoas a desfilar, entre associações e população dos diferentes lugares da freguesia. O cortejo, que promete ser cheio de cor e de alegria, sai do Centro Cultural de Alfena, segue pela rua de S. Vicente, pelo lugar da Várzea, entra na Avenida Padre Nuno Maria Cardoso e termina no Pavilhão Gimnodesportivo do Centro Social e Paroquial de Alfena, com a apresentação de algumas coreografias. A Festa da Flor tem um cariz solidário, pelo que as verbas arrecadadas rever-

tem a favor do Centro Social e Paroquial de Alfena,

que possui uma das maiores obras sociais do país.

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Festa da Regueifa

maio 2015

Edificio custará dois milhões e meio e Câmara vai apresentar candidatura a fundos comunitários

Antigo quartel dos bombeiros de Valongo vai acolher oficina da Regueifa e Biscoito O Município de Valongo e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valongo assinaram, no dia 15 de maio, o contrato de constituição de direito de superfície e de promessa unilateral de venda pelo valor global de 300.000 euros, a pagar ao longo de 20 anos, do antigo quartel dos Bombeiros de Valongo, situado no Largo do Centenário, onde a autarquia pretende que nasça a Oficina da Regueifa e do Biscoito. O projeto tem um custo estimado de 2,5 milhões de euros e será candidatado a fundos comunitários.

O autarca valonguense referiu-se à possibilidade da não aprovação da candidatura, dizendo que se tal acontecer será procurada uma solução com parceiros privados. Em nome da direção dos Bombeiros de Valongo, José Puig referiu-se ao processo de negociações que chegou a bom porto, realçando o empenho do presidente da direção dos bombeiros Armando Pedroso. O dirigente lembrou ainda que “em outra campanha eleitoral também recebemos uma candidatura, com um projeto para o edificio,

A Oficina de Promoção da Regueifa e do Biscoito pretende ser um Centro de Excelência ligado às atividades de panificação, um espaço vivo de tradições, de memória e de ação, que permita a recolha, preservação e exibição de todo o património e tradição do Concelho de Valongo na panificação, que faça a divulgação pedagógica da história e importância da panificação nas restantes regiões e países de todos os continentes, e seja igualmente um espaço de aprendizagem mas também de memória, aberto às mais diversas interações

“Demos um passo de gigante. Este contrato acautela o interesse público e respeita as gerações vindouras”, considerou o Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, na cerimónia de assinatura dos contratos e apresentação do projeto. De acordo com o autarca, a Oficina da Regueifa e do Biscoito também vai contribuir para mudar o perfil do visitante metropolitano que vem ao Porto. “O objetivo é que os visitantes sejam profundamente surpreendidos por tudo aquilo que vão encontrar”, salientou José Manuel Ribeiro, referindo que “em velocidade cruzeiro, o projeto conseguirá atrair mais de 100.000 visitantes anuais, estimular o aparecimento de novos empreendedores e promover internacionalmente o cluster da panificação já existente no Concelho de Valongo”. Na apresentação do projeto, o autarca destacou ainda os objetivos estratégicos de criação de uma Área de Reabilitação Urbana e de uma Rota Histórica das Padarias e Biscoitarias no Eixo Antigo de Valongo.

só que passado o ato eleitoral nunca mais nos disseram nada”.

com toda a comunidade metropolitana e regional, que incorpore dinâmicas de inovação alicerçadas numa tradição local muito forte, com caráter diferenciador e virado para o exterior, com capacidade para atrair muitos públicos diversificados, com especial enfoque nos públicos estudantis.

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Alguns dados sobre o projeto Tendo em consideração a importância histórica de diferentes atividades da Indústria da Panificação no Concelho de Valongo, desde a moagem ao fabrico da famosa Regueifa e Biscoitos, que durante muito tempo forneceram a cidade do Porto; Tendo em consideração a existência ainda hoje de várias dezenas de empresas que se dedicam ao fabrico artesanal de Biscoitos e da nossa famosa Regueifa de Valongo; Tendo em consideração a existência de uma memória coletiva muito forte no Concelho de Valongo ligada à Regueifa e ao Biscoito, o Município vai candidatar a financiamento comunitário, no âmbito do Portugal 2020, a transformação do Antigo Quartel dos Bombeiros de Valongo, edifício centenário no centro da cidade, numa Oficina de Promoção da Regueifa e do Biscoito;

Os objetivos estratégicos são os seguintes: 1 - Em “velocidade de cruzeiro” conseguir atrair mais de 100 000 visitantes anuais à Oficina de Promoção da Regueifa e do Biscoito., tendo presente as seguintes premissas: - Museu do Pão em Ceia recebeu em 10 anos mais de 1 milhão de visitantes, o que não deixa de ser um estímulo e um exemplo tendo em consideração a região onde se localiza em comparação com a Área Metropolitana do Porto que está muito próxima dos 2 milhões de habitantes; - Existem cerca de 3 milhões de habitantes entre Braga e Aveiro e mais de 6 milhões de habitantes nas regiões Norte e Galiza;

- O número de turistas tem vindo a aumentar todos os anos, através do Aeroporto do Porto que tem vindo a crescer, registando mais de 6 milhões de passageiros por ano, devido sobretudo às ligações low-cost que trazem turistas de dezenas e dezenas de cidades diferentes da Europa; - Está prevista a inauguração em 2015 do Terminal de Cruzeiros em Matosinhos, que vai reforçar o fluxo de turistas à Área Metropolitana do Porto; - Existem mais de 1 milhão de hóspedes por ano nos hotéis da cidade do Porto; - Existem mais de 240 000 alunos do 1º ciclo ao 12º ano só nos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto, que todos os anos letivos necessitam organizar pelo menos uma visita pedagógica; - Existem excelentes ligações rodoviárias e ferroviárias para Valongo (A4, A3, A41 e Linhas de Comboio do Douro e do Minho). 2 – Estimular o aparecimento de novos empreendedores metropolitanos e a promoção internacional do cluster da Panificação já existente no Concelho de Valongo, mas pouco conhecido, tendo presente as seguintes premissas: - Realidade histórica − só na cidade de Valongo existem mais de 40 casas identificadas no eixo antigo, onde se insere esta Oficina, onde as famílias fabricavam a regueifa, o pão e os biscoitos, bem como o registo histórico da existência de mais de 140 mós em funcionamento nos moinhos do Rio Ferreira em território do Concelho de Valongo, o que

é demonstrativo da força desta tradição e de uma memória coletiva que necessita ser despertada. - Elevado potencial de mobilização para as muitas empresas industriais ligadas às atividades da panificação que existem no nosso Concelho, que para além das padarias e fábricas de biscoitos, incluem diversas empresas industriais que produzem e exportam diferentes máquinas, formas e outros equipamentos para o setor da Panificação. - Número crescente de “artesãos domésticos” ligados ao fabrico de produtos alimentares. - Potencial de sinergias que se irão criar entre a Oficina de Promoção da Regueifa e do Biscoito e os hotéis e restaurantes existentes no Porto. 3 – Regeneração e Reabilitação Urbana do Eixo Histórico de Valongo numa lógica integrada, com base nas seguintes premissas: - Criação de uma ARU (Área de Reabilitação Urbana) no Eixo antigo da cidade de Valongo, fundamentada no rico património ainda existente e reconhecida tradição histórica ligada à panificação (regueifa, pão e biscoito), o que criará incentivos fiscais muito interessantes para a reabilitação urbana; - Criação de uma Rota Histórica das Padarias e Biscoitarias de Valongo, envolvendo os mais de 40 imóveis já identificados no Eixo histórico, onde funcionaram ou ainda funcionam essas unidades industriais, complementando o roteiro existente “Do Grão ao Pão” que liga os moinhos às padarias e biscoitarias;

- Oportunidade de financiamento comunitário para a Regeneração e Reabilitação urbana dos centros das cidades, com ligação muito forte às atividades económicas e que gerem dinâmicas de empreendedorismo e de criação de empregos. 4 – Diversificação da oferta turística metropolitana e estímulo ao prolongamento da estadia média dos turistas que visitam a região, com base nas seguintes premissas: - A oficina de promoção da Regueifa e do Biscoito será um “espaço montra” vocacionado para aprendizagem, experiências e sensações, com caraterísticas únicas na Área Metropolitana do Porto, e que permitirá aos visitantes a oportunidade inesquecível de confecionar pão e biscoitos, de visitar padarias e biscoitarias centenárias em laboração num circuito muito próximo, e permitir experiências sensoriais diferentes e marcantes porque ligadas a uma atividade humana muito antiga, que contribuirão para tornar únicas as visitas de cada turista à AMP e ao Concelho de Valongo em particular; - A oficina de promoção da regueifa e do biscoito complementa também os imensos recursos ligados às Serras do Porto, designadamente as minas romanas de extração de ouro com mais de 2000 anos, o “livro geológico” mais antigo de Portugal onde se destacam as trilobites do Paleozoico, muito anteriores aos dinossauros, para além das excelentes condições para a prática de atividades outdoor como o BTT, a caminhada, o trail running entre outras.


Festa da Regueifa

maio 2015

Os moinhos de Valongo O pão, os biscoitos, a regueifa… são elementos, parte integrante do primeiro pólo de desenvolvimento económico de Valongo: a indústria da panificação. O segundo pólo foi, como se sabe, a indústria extrativa da lousa. Esta atividade sustentada de Valongo: o pão, não teria alcançado o valor e a importância áurea, de outros tempos, sem o trabalho imprescindível e fundamental de um outro elemento: o moinho Foram os moinhos de Valongo, ao longo das margens do rio Ferreira, que moíam, incessantemente, noite e dia, os cereais, especialmente: o trigo, o milho e o centeio, que manteve em funcionamento a indústria do pão. Para muitos, o rio Ferreira estava para Valongo, assim como o Nilo está para o Egipto. Este trabalho, pretende homenagear todos aqueles e aquelas atividades, a montante da indústria do pão, que foram de facto, os impulsionadores e o sustentáculo de toda esta atividade. Hoje, infelizmente, ignorados ou esquecidos, mas que foram elos do ciclo do pão. Cada elo humano que participou na saga do pão, foi essencial nesta atividade, industrial e comercial… O verdadeiro motor de toda a indústria de panificação foi, indubitavelmente, o moinho. Os moinhos de água, de roda horizontal, de rodízio, com penas, fixo à péla, são parte de uma engrenagem simples, elaborada e evoluída de um sistema de trituração de cereais primitiva, entre duas pedras, para moer e fabricar a farinha. Aproveitam as energias renováveis: o movimento das águas (cinética). Em 1915, descreviase sobre Valongo: ” Possui ricos jazigos de minério e ardósia em exploração e um considerável tráfego de trigo manipulado com que abastece a maior parte dos concelhos limítrofes especialmente o Porto, além da importante indústria de moagens nas margens do rio Ferreira.” A indústria de moagens, em Valongo, só foi possível pela atividade dos moinhos, cujas mós, eram acionadas pela força motriz das águas do rio Ferreira. Antes do aparecimento das moagens elétricas ou industriais, -

que provocou a morte dos moinhos – eram os moinhos do Ferreira que forneciam as farinhas alimentares. Os moleiros, um grupo profissional, pouco considerado, laboravam, sem horário de trabalho, afastados das suas comunidades, e porque não dizê-lo, da sociedade em que estavam integrados, mantendo em funcionamento, as inúmeras mós, que nos moinhos localizados nas margens do rio Ferreira, transformavam os cereais em farinha (trituração do grão entre duas pedras). Alguns moleiros, viviam no próprio moinho, com a família, num espaço acanhado, contíguo ao moinho. Uma arte, que foi transmitida de geração em geração, de pais para filhos, como uma espécie de testemunho. Alguns nasceram e morreram moleiros. Uma vida de solidão, rodeada de paisagens bucólicas, apenas quebrada, pelo convívio daqueles que levavam grão ao seu moinho, de onde retiravam a maquia. As frequentes cheias e os caudais impetuosos do rio, provocavam elevados prejuízos, destruindo grande parte dos moinhos. Era preciso recomeçar, sempre. Os padeiros e as padeiras, estas últimas um grupo especial, bem cotado e considerado, tanto na vila como fora dela, era o mote para que nos arredores, com uma certa rivalidade impregnada de inveja, dizerem: Casar em Valongo É melhor que ser bispo Tem mulher para a cama E burra para todo o serviço De facto a padeira era incansável. Depois de passar horas a preparar e a confecionar o pão, ainda tinha que, às terças, quintas e sábados que o ir vender de burro à cidade do Porto e voltar pressurosa, para passar a serra antes do anoitecer. Os padeiros, obviamente não estavam parados. Para além de ajudarem em todos os passos da confeção do pão. Nos outros dias, em que a padeira não saía para a cidade do Porto, iam pelo monte, apanhar lenha e outros arbustos, como queiró… para abastecer com este combustível, os fornos de cozerem o pão. Quando a indústria do pão entrou em declínio, de-

vido ao aparecimento das primeiras padarias na cidade do Porto e das indústrias de moagem, os valonguenses não ficaram de braços cruzados. Procuraram nos biscoitos, (ainda hoje muito apreciados) na regueifa, na tosta azeda… alternativas para atenuar o impacto da crise. Felizmente que a extração da lousa (ardósia) estava em franco desenvolvimento, mantendo latente a vida económica da vila. Para os dias de hoje, espero bem, que as padarias, confeitarias e outros empreendedores, que confecionam: o pão, a regueifa, os biscoitos e outros produtos congéneres tradicionais, optem sempre, na sua preparação e confeção, pelos ingredientes de melhor qualidade, para que, se possa recuperar, a fama e o prestígio granjeados por Valongo. O afamado pão, os biscoitos e a regueifa, tornaram-se, noutros tempos, exlibris, desta cidade. Eram iguarias especiais, procuradas e apreciadas, avidamente, por todos aqueles que nos visitavam. Funcionavam como sinais de paragem obrigatória! A celebérrima “regueifa” de Valongo, aqui inventada e imitada em tantas regiões do país, continua a confirmar, desde séculos, a sua reputação. Dizia-se, que apesar de imitada por todo o lado, o valonguense conhecia sempre o sabor da sua regueifa. Especialmente pela qualidade da sua farinha e da sua água. Estas preciosidades gastronómicas, aliadas à hospitalidade das suas gentes, catapultou Valongo para o mundo. Uma indústria caseira e tradicional, apoiada, na época, em fornos de cozer, a lenha. Os seus aromas e sabores, penetravam e penetram ainda os nossos sentidos, especialmente dos nossos avós. São sabores de saberes ancestrais que despertam memórias. Os sabores tradicionais são memórias! A cultura do pão e da lousa, são elementos intemporais de Valongo. Pela sua história e o seu passado que ainda mexe e se reabilita em termos tecnológicos. Outra figura preponderante, muito ignorada: o Almocreve. Os almocreves, os verdadeiros agentes comerciais, que engrossavam parte da população de Valongo.

e a indústria da Panificação - por Joaquim Marques

Transportavam, no dorso das suas alimárias, para os moinhos, os cereais, nomeadamente o trigo, essenciais à manutenção das indústrias de moagem e panificação. Eram eles que colocaram Valongo em contacto com outras terras, levando as mercadorias de Valongo e Porto e trazendo na volta, o trigo. A situação geográfica e privilegiada de Valongo, no itinerário para outras terras, local de paragem obrigatória, foi vital para desenvolver a sua indústria e comércio. Em 1949, Américo Costa, no Dicionário Corográfico de Portugal Continental e Insular, escrevia: “Em 1708 Valongo era já uma grande povoação, arruada e habitada por muitas padeiras e almocreves. Era então um importante centro comercial, célebre pelas suas padarias, que abasteciam os mercados vizinhos, e, sobretudo, o do Porto, onde não havia ainda fornos para o fabrico de pão. Às cento e sessenta rodas, que as águas do rio Ferreira moviam, proporcionando a farinha necessária para a manipulação do afamado pão de Valongo, deve esta vila o seu grande incremento no século passado. Esse pão, que dali saía, acomodado em amplos canastrões sobre o dorso das muares, convertia-se em ouro, que trazia a felicidade aos lares valonguenses e o progresso da freguesia.” Em 1865, existiam em Valongo cerca de 100 padarias, e foi graças a um tributo de cinco réis sobre cada alqueire de trigo importado e a outros tributos sobre outros produtos alimentares, que a igreja matriz de Va-

longo começou a ser edificada em 1794. Na revista “O Tripeiro” de Agosto de 1950, a padeira de Valongo é notícia: “Em tempos idos, as padeiras de Valongo vinham à cidade às terças, quintas e sábados, e só nestes dias da semana é que faziam a venda do saboroso biscoito que tanta fama ganhou entre o povo portuense. Os biscoitos, manipulados e trazidos diretamente da risonha e próspera vila de Valongo por fortes alimárias em grandes canastras que aos pares e dos lados poisavam sobre os dorsos nus, vinham acondicionados em alvas sacas compridas, cuja porção, que não ia além de duzentos e cinquenta gramas, era separada por uma delgada corda que envolvia e apertava em determinados pontos, assim como a tosta azeda. A Rua do Bonfim popularizou-se com a passagem das padeiras de Valongo. Distribuído o biscoito e a tosta azeda pela clientela do burgo tripeirinho, novamente as padeiras regressavam a Valongo, mas utilizando-se agora dos animais. Assim, trepavam para eles com desenvoltura e, comodamente sentadas sobre as já citadas cestas de biscoitos, lá iam cavalgando, pressurosas, porque a perigosa serra de Valongo tinha de ser atravessada com dia.” Acompanhei algumas vezes, o rio Ferreira, de montante para jusante, pelas suas belíssimas margens, ponteadas de moinhos de água. Encontrei-os em ruínas, quedos, imóveis mas também, esventrados, humilhados e ofendidos. Eram ou são, uma pálida imagem do seu valor, importância, e

imprescindibilidade. Quando se olham no espelho de água, já não se reconhecem e sentem-se talvez entristecidos e envergonhados. Vivem apenas das suas recordações e das suas memórias. Outros apenas com algumas pedras das paredes a demarcar o espaço dos moinhos, nem em bicos de pés se conseguem mirar ao espelho de água: consideram-se já, desaparecidos ou são apenas esqueletos. Já não se escuta o som incessante das rodas dos moinhos. Os protagonistas estão ausentes ou deixaram-nos apenas a saudade do seu tempo, mas fazem parte integrante de um passado recente que importa recordar. Penso que, alguns moinhos, deveriam ser recuperados. Sinto-os ainda, carregados de segredos, de mistérios e de memórias… Existe na confluência das serras de Santa Justa, Pias e Alto do Castelo, onde o rio Simão encontra o Ferreira, um núcleo de moinhos (moinhos do Cuco). Valiosos exemplares da arquitetura vernacular. Reconheço que não é fácil, pertencem a particulares. Eles merecem um esforço das entidades competentes, porque fazem parte da nossa história e do nosso património. São um marco da identidade cultural de Valongo. Quantas vezes, acompanhando visitas de estudo de alunos a estes moinhos, lhes dizia: “ – É tão necessário dar a conhecer às novas gerações, o funcionamento do computador, como dar-lhes a conhecer, o mecanismo perfeito e primitivo do sistema de moagem entre duas pedras!” Joaquim Marques 2015.05.18

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Festa da Regueifa

A Praça do Pão (CAMPANHA DE ELEVAÇÃO DE VALONGO A CAPITAL DO PÃO) personagens: - arquitecto - engenheira arquitecto: - Porque não? Por que não construir aqui, aqui neste lindo vale, um Museu e uma Praça do Pão! Vamos então ao desenho e nele colocar empenho; engenheira: - Aqui, vindo da nascente, traço uma correnteza de água límpida e transparente e nela construo um açude. Ao lado construo um moinho e nele coloco penas, rodízio e mó e com um traço só, à porta coloco o Xico-Moleiro, que impaciente espera o seu parceiro, que há-de vir com o seu burrico carregado de milho, trigo e centeio. arquitecto: - A praça fica um pouco mais a sul; - Que linda está a praça do pão! Vê…. Repara como está cheia de gente! Gente catita e contente. Olha ali… ali ao fundo vai o Toneca. Leva arco na mão, na outra um molete, ao ombro a sacola. Vai pra escola o Toneca. Repara como leva pressa. Parece uma flecha! engenheira: - E ali… ali ao centro junto do chafariz, vem o franciú. O franciú… vizinho do juíz… estás a ver?... lembras-te do franciú?….. parece que se chama ji…jan, Jean Pierre, olha… sei lá, João Pedro, João Pedro é como lhe chama a Rita. O franciú veio com a invasão, lembras-te?... e ao vale trouxe aflição. Mta aflição! Trazia espingarda na mão e no olhar cara de mau. Ferido numa perna, por cá ficou, pelo barbeiro da praça foi tratado, que a sua perna lhe amputou, a cura tanto tardou, e quando o barbeiro acordou, já o franciú com a sua Rita estava casado. Olha…vê como vem sorridente na sua perna de pau… já não tem cara de

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mau. Vê como vem apressado no seu manquejar, e apesar de cansado é sempre o primeiro a chegar à padaria do Paupério. Jura, que deste vale e desta praça… sair? …nunca mais, que à Rita tem amor e aos pequenos ainda mais, e apesar dos ais da sua raça… neste vale, nesta praça tem muito amor… amor profundo; tem a Rita, os pequenos, tem água e ar puro da montanha, tem uma sorte tamanha… e no vale… o melhor pão do mundo! Sair?... Jamais! (jamé) arquitecto: - E olha aqui… aqui mesmo por baixo de nós… estás a ver?… sabes quem vai a passar? Conheces este vulto de negro vestido, boina na cabeça e gasómetro na

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Texto para Teatro - por Angelino Santos Silva

gola ...vê se adivinhas? engenheira: - É fácil adivinhar. Nem preciso de lhe ver o focinho; é o Tonho mineiro, meu vizinho, compadre do meu irmão, padrinho do seu moleque e sei que vai ao padeiro buscar um molete… e de seguida, ao tasco d´Arlete matar o bicho… e depois, já mais quentinho, segue o seu caminho até à mina chegar. É sempre o último a entrar! Não… não o chames, não se pode atrasar! arquitecto: - Na alameda ali no lado direito junto ao Ismael barbeiro, vou desenhar a Pensão Central. Pensão Central!... Não… Pensão Central?... não. A praça merece melhor; Vai ser… Hotel Cen-

tral, assim é que vai ficar. Hotel Central do Vale! Estás a ver?... HOOOTEEEL CENNNTRAAAL DO VAAALE! Olha que magnifico! Repara na sua varanda; vê como o janota com o seu chapéu de coco admira a praça….Sorridente, mira toda a gente que nela passa. Dizem que é um fidalgo que do Brasil veio carregado de patacas, e agora… de peito inchado anda de olho feito na irmã do advogado. Vem no seu coche todo catita e além da irmã do doutor, anda de olho na Rita. Quem não gosta da cena é o franciú, que já avisou o pinga-amor: Ouve lá, ó brazuca, põe-te fino e dá de frosques, não te metas em trabalho… pego na perna de pau,

lixo-te o focinho e dou-te cabo da nuca e depois… vais queixar-te ao car…valho, que é o regedor. Finalmente… o que falta na nossa praça?... É claro… o Museu! O Museu do Pão! Mas não vamos desenhá-lo. Será um museu ao vivo, posto ao natural, e vai ser o mais bonito do mundo e o mais importante de Portugal; Ao lado do moinho, naquele enorme campo, semeio, milho, trigo e centeio. O campo vem desde o moinho até à oficina do ferreiro, que fica na praça junto à casa do padeiro. engenheira: - E na esquina a norte da praça vai ficar o Xico-Moleiro e o seu burrico com dois sacos de milho. Mas por agora, fica apenas um bo-

cadinho, pois tem que ir pró moinho. Olha como a pequenada faz meiguice ao burrico! E na esquina virada a sul coloco o forno. Lá está o puto do franciú, aprendiz de padeiro que ajuda o zéforneiro na sua tarefa diária. Repara… tira regueifa e moletes… vê como têm bom aspecto. Até apetece manteiga! arquitecto: - No canto a poente está a Ti Zulmira na amassadeira do pão: – Olá Ti Zulmira, ponha isso bem levedado, olhe que o pinga-amor diz que no brasil não há melhor bocado, e foi com o molete de Valongo que engatou Jacira, mulhé de seu doutô. Ponha isso bem afinado, olhe que o brazuca pode ficar danado. Na esquina nascente vou colocar uma bancada. Vê como está cheia de gente. Gente com ar feliz… contente com a beleza da praça! Olha… vê, vê como correm os putos filhos do Xico e do Juiz, às voltas do chafariz. No centro, mesmo no centro… vou safar o chafariz… e no seu lugar, colocar a mó. A mó com tudo, é claro; roda d´água, penas, rodizio, moega e conduta. A conduta vem de açude e traz a água até à praça. Vê como ela chega com força e faz girar a roda. Atenção à miudagem que gosta de meter pau na engrenagem. Vê como tudo funciona em pleno; A roda gira… gira… gira, e a mó… mói… moi… moi até que sai farinha e farelo. Vê como é linda a nossa praça! No mundo não há igual! - E pronto! Está pronta a Praça do Pão. Tem tudo o que há de melhor…falta apenas um pormenor: … (viram-se um para o outro e depois para a plateia e dizem os dois ao mesmo tempo: A CONSTRUÇÃO) angelino santos silva, in, “VAMOS ELEVAR VALONGO A CAPITAL DO PÃO” peça dita no Fórum Cultural de Valongo 13OUT2014


Diversos

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Três quadras simples - 1 A regueifa de Valongo Com manteiga e bem quente, Faz crescer água na boca E inveja a muita gente E o biscoito desta terra Com fama por todo o lado, Tem um não sei de arte E um sabor apurado As serras moldam as gentes De Valongo e cercanias, O vento que de lá vem Faz pensar em melhores dias FOF (Fernando de Oliveira de Faria)

Rua do Vilar, 160 4440-365 Sobrado Vlg

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Valonguenses

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Valonguenses pelo mundo

Colecionador Manuel Guedes Natural de Valongo, Manuel Guedes, emigrou para a Suíça em 1999. Pai de três filhos, casado com Olga Carvalho, também ela de Valongo, tem-se destacado na organização e divulgação de eventos, sobretudo relacionados com o colecionismo, estando ligado a associações da área. Foi mentor de um programa de rádio desta área (Baú do Colecionador) e autor de artigos na imprensa. Emigrou para melhorar de vida e para avaliar “a realidade ao nível da educação, da vivência, do custo de vida e dos salários e considera que a Confederação Helvética, um país organizado, justo, que preserva os Direitos Humanos”. A adaptação teve algumas dificuldades, mas a companhia da esposa atenuou a adaptação a uma nova realidade. Tem como profissão Chefe de Linha numa empresa de produtos alimentares e é administrador de uma empresa de comércio e investimento em colecionáveis e raridades online (a Multiphilie). O hobbie do coleccionismo herdou-o do pai: “Ia com bastante frequência acompanhá-lo às feiras das antiguidades e principalmente à feira da moeda aos domingos de manhã no Porto. Era um grande colecionador de Moedas, conhecido em Valongo por Joaquim Baloa, ele tinha o prazer de mostrar a sua coleção aos amigos, com satisfação e um grande orgulho. Salientava-me sempre

os benefícios que o coleccionismo podia incutir na personalidade das pessoas e a forte componente cultural que acompanha cada objeto”. Manuel Guedes diz ao JNV que, de uma maneira geral, os portugueses vivem bem na Suíça. Acerca da colaboração com os órgãos de comunicação social da comunidade portuguesa, refere ter tudo começado por acaso: “Confesso que era uma faceta impensável e tudo surgiu de modo tão rápido que nem sei identificar o modo como tudo começou. Lembro-me que numa ida à cidade de Nancy em França, acompanhar o Clube de Fãs de Alexandre Faria, quando dei por mim estava a entrevistar o apresentador de televisão, José Figueiras, juntamente com o Director do jornal Repórter X numa entrevista para a RCE- Rádio Clube Emigrante (risos)”. Sendo sócio de algumas coletividades, sobretudo de colecionismo, foi recentemente premiado pela Associação de Colecionismo de Barcelos (ACOBAR) como seu representante na Suíça. Atendendo à situação em Portugal e questionado sobre se ainda valia a pena emigrar para a Suíça, este valonguense refere que “após a aprovação do referendo, a restrição à entrada de estrangeiros em sequência da crise instalada na Europa dificulta a vida a quem desejava procurar alternativa como mercado de trabalho. O resultado desse referendo tem tido impacto mesmo nos portugueses

que já aqui residem, que fazem parte integrante da terceira maior comunidade de estrangeiros do país, atrás apenas dos alemães e italianos. Apesar de o Conselho Federal dispor de até três anos para implementar a nova Lei sobre o tema, o vácuo legal têm gerado ansiedade nas camadas mais vulneráveis, aquelas sem permissão de trabalho permanente e com poucas qualificações. Um país em que a taxa de desemprego ronda os 3,5% distante dos 15% no lado português não é sinónimo que tentar a vida neste país da Europa central seja tão fácil, apesar de não ser impossível”. Sobre Portugal e Valongo refere que possuem “um desenvolvimento razoável e com uma grande aposta no turismo, sempre considerei ser um sector relevante na economia por-

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timento de saudade! Emocionado diz: Um bom filho à casa volta!” O seu empenho e trabalho é louvado em decla-

rações públicas por Paulo Montês (director da Rádio Clube Emigrante) e por João Gonçalves, fundador do jornal Repórter X.

Apresentação do site de Rita Sousa Foi apresentado no domingo, 3 de maio, à noite, o site oficial da atleta Rita Sousa, campeã nacional júnior de taekwondo pommse. Com a presença de patrocinadores, familiares, amigos e técnicos da modalidade, a apresentação aconteceu na Taberna do Centenário em Valongo Na foto a atleta com alguns dos seus patrocinadores. Pode seguir para já a carreira da atleta valonguense em http://www. novo.ritasousa.info/

visite e aconselhe aos seus amigos Página

tuguesa apesar de se sentir uma perda de identidade. Valongo evoluiu consideravelmente e recordo o Valongo antigo, com sen-


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Divulgação

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Diversos

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Informação Comercial

Nova loja de Pronto a Vestir no E-Leclerc Com a gerência de Marco Alves e Paula Cristina, abriu no dia da Liberdade o estabelecimento de pronto a vestir “Olho Azul”. Com oferta para homem e senhora, este estabelecimento é o segundo do mesmo proprietário, sendo que o primeiro em S. Pedro da Cova, esté já em funcionamento há alguns anos. A experiência do proprietário neste setor vem também da presença em feiras e festividades, um pouco por todo o norte do país, desde há vários anos. Esta loja surge em Valongo porque já eram muitos os clientes desta área a solicitar a abertura de um estabelecimento e Marco Alves e Paula Cristina resolveram arriscar e responder positivamente ao desafio. Com uma equipa de apoio sempre pronta a aconselhar os clientes, a loja Olho Azul em Valongo está aberta todos os dias no espaço comercial E-Leclerc e os responsáveis lançam um desafio aos leitores: “Para melhor verificar o que comercializamos, o melhor mesmo é virem ao local e apreciarem as nossas ofertas, com qualidade e ao melhor preço do mercado. Estão todos convidados”.

Festa Anos Oitenta Comarca do Porto

Valongo - Inst Local - Secção Civel-J2

Av. Emidio Navarro - 219 - Campus de Justiça 4440 - 649 Valongo Telf. 224 218 310 Fax: 224 229 142 mail valongo.judicial@tribunais.org.pt

ANÚNCIO Processo: 841/14.1 TBVLG Justificação no Caso de Morte Presumida Requerente: José António Brilhante Polido e outro (s) Requerido: Luis Augusto Polido Nos auto acima identificados, correm editos de 4 (quatro) meses, contados da publicação do anúncio, de que foi proferida sentença em 1504-2015 a declarar a morte presumida de Luis Augusto Polido, viúvo, com últimas residência conhecida na Travessa 5 de Outubro, nº 84, casa 4 em Ermesinde, Valongo, reportando-a ao dia 18 de Fevereiro de 2004. Valongo, 17-04-2015 N/Referência 350616856 O Juiz de Direito Dr José Carneiro Cadete A Oficial de Justiça Alexandra Manuela ES Mateus

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Dia 13 de Junho de 2015, a propósito da comemoração dos 26 anos da sua existência, a Radio JornalFm apresenta a festa Best Of 80’s, a original festa dos anos 80. Mais que uma festa de aniversário, esta é a ocasião para um recuo aos velhos anos 80 com a recriação de cenários, música e roupa que caracterizam essa década. A festa pretende reunir todos os saudosos dessa época por forma a nessa noite viajarem no tempo e divertirem-se numa discoteca gigante idealizada para o efeito. Esta discoteca será criada dentro do Pavilhão Rota dos Móveis em Lordelo Paredes e cumpre todos os requisitos duma discoteca dos anos 80, à semelhança daquilo que já tinha sido feito em 2014 na primeira

edição desta festa. Entre outros pontos de relevo, destacamos a tipica abertura de discoteca dos anos 80 e todo o ambiente criado a propósito da mesma e a pista de dança em tamanho gigante para gente que viveu intensamente esta altura e que vai poder trazer à memória esses bons tempos. Há vários Dj’s convidados, bares, tasquinhas, brindes alusivos à época, prémios entre muitas outras surpresas reservadas para essa noite.

Ganhe convites

A abertura de portas será às 22.30horas. O evento conta com várias surpresas e sorteios ao longo da noite e está garantida muita diversão.

Passatempo JORNAL NOVO DE VALONGO BEST OF 80´s Uma parceria entre o Jornal Novo de Valongo e a Rádio Jornal FM - Best of 80´s, vai pos-

sibilitar o acesso à festa de 10 assinantes do JNV. Por isso se é assinante do jornal vá à página do facebook do jornal (facebook.com/jornaldevalongo) faça gosto (like) e diga que quer ir à maior festa do ano. Os premiados serão avisados. Vale a pena ser assinante do seu Jornal de Valongo.


Campo e Sobrado

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Junta organizou 18º grande prémio do 25 de abril

Centenas de atletas participaram no 18º Grande Prémio de Atletismo 25 de abril, organizado pela Junte de Freguesia de Campo e Sobrado. Foram dezenas as equipas participantes oriundas de vários pontos do norte do país. Bruno Silva do Maia Ac Crio Baby, venceu a prova principal que aglutinou vários esclalões desde juniores a veteranos masculinos e femininos, tornando assim o pelotão volumoso. Logo após a partida Bruno Silva des-

colou e foi-se embora enquanto que o seu mais direto perseguidor, Rui Muga do Académico de Mogadouro segurava a segunda posição. Andreia Santos, atleta valonguense a representar o JOMA, vencedora que foi igualmente no ano passado, também ela impôs a sua classe e com a sua passada vigorasa e certa, cortou a meta com tranquilidade. Novamente, a equipa local, o GD Retorta, colocou três atletas nos primeiros dez classificados totalizando 23 pontos contra 21

de Luz e Vida de Gondomar que trinfou. Um feito assinalável mesmo assim. De salientar que, alidado a este evento comemorativo do dia da liberdade, ocorreu paralelamente a caminhada que contou com 150 participantes. De resto, a chuva foi uma eterna companhia desta grande manifestaçao desportiva. que, como sempre, contou com a preciosa colaboração dos Bombeiros Voluntários de Valongo e do MotoClube de Campo.

Caminhada Convívio da Sociedade Columbófila de Sobrado Solidária

A sociedade Columbofila de Sobrado vai levar a efeito a sua festa/ convivio, no dia 25 do mês de Julho, evento que vai ter lugar no parque de merendas junto ao Rio Ferreira, nas imediações da fábrica da antiga CIFA. Faz parte da tradição as coletividades columbófilas confraternizarem

entre si e seus associados, daí que, como é da praxe, haverá o tradicional leilão de borrachos para que desta forma se possa frazer troca e aquisição de novas qualidades de pombos. O churrasco tem o seu inicio a partir das 15 horas e não vão faltar motivos de animação. CS

Prova Internacional de XCO

Veteranos de Guerra lembram os que partiram em combate A Associação de Veteranos de Guerra de Sobrado prestou homenagem aos seus conterrâneos, combatentes da Guerra do Ultramar. O dia 25 de Abril, simboliza a liberdade conquistada e a recordação dos que tombaram por ela bem como os que sofreram no

corpo as sequelas da luta em África. Como tal, a sentida e justa homenagem no dia que premeia o esforço de quem sofreu. A Junta de freguesia de Campo e Sobrado aliou-se ao evento que consistiu numa pequena homilia seguida de romagem ao cemitério.

Ao som do Hino nacional as bandeiras de Portugal, da Junta de Freguesia e da Associação de Veteranos de Guerra de Sobrado, subiram ao ponto mais alto dos mastros do edificio da autarquia. CS

Teve lugar, no passado dia 17 de Maio, uma Caminhada Solidária, organizada pela Junta de Freguesia de Campo e Sobrado. As receitas desta Caminhada Solidária reverteram para o Núcleo Regional Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Obrigado a todos os participantes que se associaram a esta causa tão nobre e contribuíram na luta contra o cancro!

O ciclista português David Rosa (Liberty Seguros/Movefree) e a espanhola Lucia Vazquez (PC Quintena) venceram no dia 26 de abril, em Sobrado, Valongo, as corridas de elite do XCO Internacional de Valongo, segunda etapa da Taça de Portugal Liberty Seguros da disciplina olímpica de BTT. Num percurso fortemente endurecido pela chuva e pela lama, o campeão nacional não deu hipóteses à concorrência e somou a segunda vitória em outras tantas provas da Taça de Portugal Liberty Seguros. David Rosa cortou a meta com uma confor-

tável vantagem de 5m06s sobre o segundo classificado, Ricardo Marinheiro (SL Benfica). O terceiro foi o britânico Sebastian Batchelor (Fluid Fin Race Team), a 5m51s. A corrida feminina também foi palco de um assinalável desnível entre a vencedora e as demais concorrentes. Lucia Vazquez impôs-se, terminando a corrida 5m06s mais cedo do que Joana Monteiro (ASC/Focus Team/Vila do Conde), segunda, e 6m14s antes da terceira, Maaris Meier (Maiatos/Reabnorte). O resultado desta prova permitiu à espanhola assumir o comando da Taça de Portugal Liberty Seguros, com três pontos de van-

tagem sobre a anterior líder, Maaris Meier. Em júniores impuseram-se os mesmos corredores que tinham triunfado em Marrazes, João Rocha (Rodabike/ACRG/Gondomar) e Desiree Castro (Quinta das Arcas/Interdesign/Xarão), que cimentaram a liderança. Leonardo Marcelino (Ródinhas/Santos Silva) foi o melhor cadete e saltou para o topo da geral. No setor feminino manda Marta Branco (ASC/Focus Team/Vila do Conde), que leva duas vitórias em outras tantas corridas. David Marques (Nutrimania/Racing Bikes/ MStina/GDVP) impôsse em master 30 e passou a partilhar a liderança com Marco Sousa (Róódinhas/Santos Silva). Francisco Anjos (Saertex Portugal/Edaetech) foi o melhor master 40, mas a geral continua liderada por António Sousa (Quinta das Arcas/Interdesign/Xarão). A prova, organizada pela Federação Portuguesa de Ciclismo e Candibyke, teve apoio da Junta de Campo e Sobrado e Câmara de Valongo.

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Divulgação

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Diversos


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