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252de junho de 2016

quinzenal

diretor: agostinho ribeiro

Sobrado volta a receber milhares de pessoas para verem Bugios e Mourisqueiros

Câmara de Valongo entrega mais habitação social

Bombeiros de Ermesinde celebraram 95 anos

Construção do Centro de Saúde de Campo avança este ano


Atualidade

25 junho 2016

Consulta Pública sobre Câmara entrega mais Parque das Serras habitação social Tem início no dia 27 de junho o período de discussão pública relativo à proposta de classificação das Serras de Santa Justa, Pias, Castiçal, Flores, Santa Iria e Banjas como Paisagem Protegida Regional. Durante 30 dias úteis as pessoas e entidades interessadas poderão endereçar os seus contributos à Associação de Municípios Parque das Serras do Porto, responsável por este processo. No sentido de divulgar o projeto e esclarecer a po-

pulação decorrerão 3 sessões de apresentação desta proposta: 27 junho, 21h - Aguiar de Sousa, Paredes (Escola Primária N.º1 de Aguiar) 28 junho, 21h - Gondomar (Salão Nobre da Câmara Municipal) 29 junho, 21h - Valongo (Auditório Dr. António Macedo - CCC Vallis Longus) Os interessados podem consultar os documentos presentes a discussão pública, nomeadamente a proposta de regulamento

de gestão e limites. Estão também disponíveis outros elementos complementares, como o aviso, o documento de caraterização e o formulário que deve utilizar para apresentar os seus contributos. Os contatos e pedidos de outras informações devem ser canalizados para a Associação de Municípios Parque das Serras do Porto através do endereço eletrónico: serrasdoporto@ gmail.com.

A Câmara Municipal de Valongo entregou mais 15 habitações sociais a 43 pessoas carenciadas, incluindo 16 crianças, que passam a viver com condições de conforto e dignidade. Com a entrega destas 15 habitações, no atual mandato já foram realojadas pela Câmara Municipal de Valongo 70 famílias (185 pessoas), num investimento global superior a meio milhão de euros. A recuperação de cada casa deixada vaga pelos anteriores ocupantes custa em média 8.000€.

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“Peço que estimem as casas porque são um bem público e necessário. Se estimarem as casas estão a respeitar o esforço que a comunidade faz para que possam ter uma nova vida”, apelou o Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, na cerimónia formal de entrega das chaves que se entregou no dia 22 de junho, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Apesar de não dispor de casas em número suficiente para as necessidades do concelho, a Autarquia

e a Empresa Municipal Vallis Habita procuram dar resposta aos casos mais dramáticos de uma lista com mais de 900 agregados familiares inscritos para habitação social. As 15 famílias foram realojadas em casas de diferentes tipologias (T1 a T4) em urbanizações localizadas em Alfena, Campo, Ermesinde, Sobrado e Valongo. As rendas variam entre os 4,19€ e os 153,20€.

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FICHA TÉCNICA - JORNAL NOVO DE VALONGO - O Jornal do Concelho de Valongo - Edição nº 63 - 25 de junho de 2016 - Direção e propriedade: Agostinho Ribeiro; Colaboradores: Filipe Marques e Luis Neves (fotografia); Raquel Vale; José Pedro Loureiro; Carlos Silva; Abel Sousa; Francisca Costa; JMB; António Cardoso; Teixeira da Silva Paginação, gestão e publicidade: Cuca Macuca ADI

Registo ERC 125820 Depósito Legal BN 372095/14 Morada - Rua Rainha Santa Isabel 351 6º CS - 4440-569 Valongo

Endereço eletrónico jornaldevalongo@gmail.com telm 911116453 Impressão: Coraze - Oliveira de Azemeis

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Divulgação

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25 junho 2016


Ermesinde

25 junho 2016

Corporação ermesindense benzeu nova ambulância e recebeu novos bombeiros

Bombeiros de Ermesinde celebraram 95 anos Os noventa e cinco anos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde foram comemorados de várias formas: simulacro, exposição de fotografias e equipamento, entrega de medalhas aos bombeiros mais antigos. As comemorações encerraram este domingo, dia 19, com romagem aos cemitérios e desfile pelas ruas da cidade, tendo terminado o dia com a bênção de nova ambulância, juramente de 16 novos bombeiros e um almoço convívio. A ambulância custa cerca de 56 mil euros, tendo a comparticipação da Junta de Ermesinde em cerca de cinco mil euros. Antes dos discursos e

numa breve visita à exposição, o presidente Jorge Videira voltou a focar a importância do aumento de associados: “sete mil e quinhentos é pouco para as duas áreas em que intervimos, Ermesinde e Alfena. Vamos procurar criar pessoas que se responsabilizem em cada lugar para cativarem mais pessoas”. Já na hora dos discursos, Jorge Videira fez um agradecimento publico às juntas de Ermesinde e Alfena por terem contribuído para o parque viaturas: este ano Ermesinde apoiou a aquisição da nova ambulância, no ano passado foi a Junta de Alfena a apoiar a aquisição de um autotanque. O dirigente aproveitou para referir que estava em curso uma candidatura

ao programa comunitário Norte 2020 para um veículo de combate a incêndios e pediu à Câmara de Valongo para apoiar esta aquisição. O presidente da Câmara de Valongo respondeu ao apelo de Jorge Videira referindo que a autarquia iria estar atenta e dizendo ainda que “em conjunto, os apoios para as duas corporações do concelho rondam os 200 mil euros. Sempre pagos a horas, como é necessário”. O autarca desafiou a população a associar-se aos bombeiros, ressalvando a importância do trabalho efetuado pelos soldados da paz.

CPN campeão nacional de basquet sub 14 fem ASSINE E RECEBA EM CASA O SEU JORNAL Foto: Flash Sport/FPB

O Clube de Propaganda Natação (CPN) de Ermesinde é novamente campeão nacional de basquetebol sub 14 feminino. A fase final da prova foi no Pavilhão Municipal de Ermesinde este fim de semana e, para além das meninas da casa, contou

com a presença do Benfica, Sanjoanense, CAB Madeira, Gdessa e União Sportiva (Açores). O CPN venceu o Benfica por 49-38, o União Sportiva por 48-18, Sanjoanense por 43-24, Cab Madeira 72-63 e Gdessa por 44-38.

Parabéns a toda a estrutura, atletas, dirigentes e técnicos, sendo de realçar o trabalho do técnico Agostinho Pinto. A organização desta fase final coube ao CPN com apoio da Câmara de Valongo.

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Atualidade

25 junho 2016

JNV assistiu à escritura do terreno

Centro de Saúde de Campo avança este ano As obras do novo Centro de Saúde de Campo vão avançar até final do ano. Quem o disse no passado dia 14 de junho ao Jornal Novo de Valongo foi António Pimenta Marinho, presidente do Conselho de Administração da ARS Norte. A declaração foi avançada à margem da celebração da escritura de cedência do direito de superfície do terreno entre a Junta de Freguesia e a ARS. A escritura foi efetuada naquela manhã num cartório de Valongo, tendo assinado Alfredo Sousa, pela

Junta de Campo e Sobrado e Pimenta Marinho pela ARS Norte. O lançamento da obra, com publicação em Diário da Republica será ainda este mês de junho, devendo as obras começar até final do ano, sendo que a conclusão das mesmas deverá ocorrer em final de 2017. O custo previsto é de 860 mil euros (mais iva) e a construção terá financiamento comunitário de 85%, através do programa Portugal 2020, sendo os restantes 15% suportados pelo Estado português.

O presidente da Junta de Campo e Sobrado, Alfredo Sousa, disse ao JNV que “o atual Centro de Saúde, provisório há 25 anos, não tem condições adequadas e a população de Campo já nem acreditava nesta construção. Estou feliz com este avanço e desejoso de ver as obras iniciadas”. Também à margem desta cerimónia, o responsável da ARS Norte disse ao Jornal de Valongo que a candidatura para o Centro de Saúde de Alfena deverá acontecer até agosto.

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S. João de Sobrado

25 junho 2016

José Delgado é o lider da Comissão de Festas de S.João de Sobrado

“Fui convidado e aceitei ser o juiz da festa” José Delgado é o juiz das Festas de S. João de Sobrado 2016. Questionado sobre a forma como apareceu no cargo, José Delgado referiu que “falaram comigo, porque viram em mim qualidades para a função e como eu tinha um compromisso ou promessa para fazer a festa decidi ponderar. Pensei no assunto, convoquei sete pessoas para fazerem parte do grupo da frente, as pessoas aceitaram e eu também aceitei a responsabilidade e assumi a festa”. Isto passou-se em maio do ano passado e desde aí até agora foi só trabalho. “Tivemos logo o objetivo de angariar uma verba na ordem dos cem mil euros para a festa e não tínhamos nada, começamos da estaca zero”, refere o juiz, que salienta o empenho de toda a gente que estava no projeto para vencer. “Com o empenho de todo o grupo, chegamos até aqui. Na primeira reunião disse a quem estava presente que quem chegasse ao fim ia sentir orgulho de pertencer a esta comissão”, diz José Delgado ao nosso jornal, salientando

que no entanto houve alturas mais complicadas, mas que tudo foi ultrapassado, com divisão de tarefas por todos e com a responsabilidade que todos demonstraram nas iniciativas que foram levadas a cabo. A Comissão de Festas levou a cabo várias atividades durante o ano. As iniciativas tradicionais de sucesso foram repetidas como o jantar de sarrabulho e a noite da mulher. Mas foram criadas outras como por exemplo a Gala do Bugio e do Mourisqueiro, onde foram distinguidas algumas pessoas ligadas aos bugios e mourisqueiros. Foram distinguidos três velhos e dois reismoeiros e segundo José Delgado “esta foi uma iniciativa de sucesso. Penso que esta ideia tem pernas para andar. Havia quem não concordasse, mas o resultado foi muito positivo”. Outra fonte de receita foi o bar do moinho, cedido à comissão por Manuel Leça. Houve ainda vários sorteios durante o ano que trouxeram alguns proveitos. Quase com a festa a começar, está tudo a postos. José Delgado refere

que está tudo controlado, o cartaz, os contratos diversos necessários e as tarefas delegadas em todos os elementos. O cartaz deste ano com Augusto Canário, DAMA e Mickael Carreira como principais atrações é ambicioso. Diz o juiz que “é um orgulho para os mordomos termos um cartaz deste valor. Temos alguma vaidade em mostrar o cartaz com estes nomes todos. Habitualmente é só um nome grande, este ano temos três”. Sobre os apoios para a festa, o responsável refere a adesão da população de Sobrado a todos os eventos: “as pessoas querem a festa, mas colaboram sempre, o que agradecemos. As empresas também colaboraram como nunca visto”. Questionado sobre o valor da festa para este ano, José Delgado refere que “será sempre um valor superior a cem mil euros”. E para o ano a festa deverá ser da responsabilidade da Casa do Bugio, uma vez que, até ao fecho da edição, não havia comissão instituída.

Ricardo Devesas é o “Reimoeiro” Ricardo Devesas é o Reimoeiro deste ano e tudo começou há sete anos, quando foi escolhido pelo Reimoeiro de então para ir de meio. As regras mandam que antes de ser Rei os mourisqueiros têm de ir dois anos de meio, dois anos de rabo e outros dois de guia. “Já ia de mourisqueiro há seis anos, quando fui o escolhido e a escolha teve a ver com a forma de dançar, a dedicação e o amor à causa”, diz Ricardo Devesas que referiu ao JNV que se trata também de um sonho, “sempre quis ir de Reimoeiro e combinei com um primo meu que haveríamos de ir os dois, e ele vai daqui a dois anos.

Por isso, pelo menos nos próximos dois anos vou também continuar a ir de mourisqueiro”. Este ano os mourisqueiros vão levar cerca de 21 pares, ou seja 42 elementos, com o rei, 43. Os ensaios estão correr bem, referindo o Reimoeiro que “como não quero que falhe nada, tenho tido cuidado com o exercício físico, porque há necessidade de estar em forma”. Havendo a obrigação dos mourisqueiros serem solteiros, o Reimoeiro revela que “se durante estes anos tivesse de escolher entre casar e ir de Reimoeiro, escolhia ir de Rei”, mas essa situação não se colocou.

Sobre as tarefas do Reimoeiro, para além dos ensaios, Ricardo Devesas refere que “infelizmente na Casa do Bugio não temos o material necessário de mourisqueiros e por isso temos de ir de porta em porta, arranjar boinas, espadas, plumas e o que for preciso para equipar os mourisqueiros da cabeça aos pés”. Para que as coisas corram bem, os horários são combinados com o Velho, bem assim como a prisão do Velho. Ricardo Devesas acredita no sucesso da festa este ano e defende que a tradição deve ser mantida, preservando as memórias dos antepassados.

Nuno Bica é o “Velho” Nuno Bica é o Velho da Bugiada deste ano. “Há uma paixão muito grande das pessoas de Sobrado por esta tradição e por isso todos querem ir de Velho. Nos últimos anos a nomeação é feita por alguns ex-velhos e depois é escolhido por votação”, diz o Velho deste ano ao JNV, referindo que existe uma série de requisitos, como seja a experiência em ir de bugio, idade, e ser de Sobrado, entre outros. “Fui nomeado há três anos e tive de gerir esta

paixão durante este tempo. Na altura foram vários candidatos e ganhei por maioria”, explica Nuno Bica que durante este tempo aprendeu com os erros dos outros. “Como sou o vice-presidente da Casa do Bugio, quis também que este ano houvesse uma comissão de festas forte e acho que o objetivo foi conseguido” diz Nuno Bica. A festa tem três vertentes, o arraial, a festa religiosa e a bugiada, sendo esta parte da responsabilidade do Velho e do

Reimoeiro. O primeiro ensaio foi em 29 de maio, “mas já antes treinamos em casa, porque queremos sempre que as coisas corram bem”, refere o Velho referindo que o importante é que a população goste. “Os ensaios este ano têm cerca de hora e meia e não uma hora porque queremos que todos usufruam e se sintam preparados para o grande dia que nos dá grande gozo e que nunca mais esquecemos.

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Documento

25 junho 2016

S. João de Sobrado: Um santo disputado Uma lenda serve de base à celebração anual da festa da Bugiada e Mouriscada em Sobrado, no concelho de Valongo. Nesta singular e tradicional manifestação cultural, de uma grande riqueza patrimonial e uma das mais belas do país, dois grupos em confronto, os Bugios e os Mourisqueiros, debatemse pela posse da imagem de S. João. A lenda remete-nos para os tempos da ocupação da Península Ibérica pelos mouros. Diz-nos que os cristãos possuíam uma imagem milagrosa de S. João de quem eram devotos. Os seus vizinhos mouriscos tinham um Rei que viu adoecer gravemente uma filha de 16 anos, pelo que, recorrendo à imagem do santo a jovem se curou. Acontece que os mouriscos se apoderaram da imagem e não a querendo devolver um conflito estala entre os dois grupos. Trazendo à memória a lenda, todos os anos, a 24 de junho, dia de S. João, a comunidade sobradense, recria esta disputa pela imagem do santo. Bugios (cristãos) e Mourisqueiros (mouriscos) estão em campos opostos. Vestem-se a rigor. O grupo dos Mourisqueiros é composto por jovens solteiros, fardados como que se de um grupo militar organizado se tratasse. Usam vistosas barretinas e espadins. O Reimoeiro distinguindo-se usa dragonas. Quanto aos Bugios, estes mascaram-se e nas suas vestes coloridas, compostas por calção, casaco e capa, levam guizos. Nas mãos as castanholas e outros objetos. A intenção é fazer ruído e algazarra. A intenção é amedrontar os Mourisqueiros. Na cabeça levam um chapéu com penacho, sendo este composto por fitas de papel colorido. O Velho é o único Bugio que usa vistosa barretina e dragonas. A sua indumentária também se

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diferencia por usar um longo manto, a que chamam vestido. Troca de máscara durante o dia. De manhã é alegre e à tarde a expressão é triste e de preocupação. É um dia intenso. Desde bem cedo até ao anoitecer. Um dos maiores dias do ano é preenchido com danças e rituais, folia e animação, cor e alegria, som e desassossego. A manifestação atrai milhares de visitantes, principalmente ao largo do Passal, com a igreja matriz ao fundo onde o santo é venerado. Vários são os locais onde se apresentam os Bugios e Mourisqueiros com os seus rituais, o que dificulta quem, interessado,

quer assistir a tudo, pois há acontecimentos que decorrem em simultâneo. Pela manhã concentram-se os grupos junto da casa dos respetivos chefes. O Rei ou Velho da Bugiada chefia os Bugios, em número que pode ascender a 700 ou 800. O Rei Mouro ou Reimoeiro, como também é designado, chefia os Mourisqueiros, estes em número mais reduzido, uns 30 ou 40 elementos. Depois do mata-bicho matinal executam as danças de apresentação. Segue-se a ida, pelos dois grupos, em direção à Casa do Bugio, frente à qual executam novamente danças. Primeiro os Mourisqueiros e

depois os Bugios. Durante este dia os Mourisqueiros são sempre os primeiros. Uma orquestra acompanha os Bugios e uma caixa os Mourisqueiros. Na referida casa uma refeição os espera por volta das 10h00. É o jantar. É necessário retemperar forças. O dia começou cedo e ainda há muito para foliar. Depois das forças recuperadas, os Mourisqueiros dirigem-se para a igreja matriz, onde, no decorrer da missa em honra do santo, se apresentam para o rapto da imagem. Finda a cerimónia religiosa no interior do templo, elementos deste grupo integram a procissão carregando o

santo. Já ao início da tarde ocorre um dos momentos altos da festividade. São as danças de entrada dos dois grupos acompanhados pela Banda Musical de S. Martinho do Campo. Novamente os Mourisqueiros em primeiro lugar seguidos dos Bugios. Logo depois segue-se a bênção. Os chefes aspergem água batismal sobre os seus. E por sua vez os Reis recebem, respetivamente, a bênção por um dos seus súbditos. Durante a tarde ocorre uma representação composta pelos trabalhos da praça. Trata-se de uma série de acontecimentos burlescos e de inversão das regras, com a cobrança dos direitos, os trabalhos agrícolas inversamente realizados e por último a sapateirada. Quando a tarde já vai longa novamente retemperam as forças. Após uma oferta, a cada elemento, pelo pároco de um doce tradicional local, é executada, junto da residência paroquial a dança do doce pelos dois grupos. Novamente em primeiro lugar Mourisqueiros e depois Bugios. Um outro momento alto do dia se segue. É a Prisão do Velho. Este, acompanhado pelo seu grupo e dirigindo-se em dança para o seu castelo, apresenta-se com uma expressão facial de preocupação e angústia. É no seu castelo que vai ser aprisionado. Trata-se de uma cena muito apreciada pelos visitantes, principalmente pelos locais, que aferem sobre os dotes performativos, nomeadamente dos dois Reis. Neste episódio do conflito, os chefes dos dois grupos sobem para os respetivos castelos acompanhados de alguns dos seus. Dá-se início a uma batalha com fogo cruzado. Simbolizando conversações entre as hostes um embaixador a cavalo anda entre os dois castelos e recebe folhas de árvore, representando mis-

sivas. Falhadas as conversações e ganhando a batalha os Mourisqueiros, estes fazem o assalto ao domínio Bugio. O Reimoeiro sobe e aprisiona o Velho, apesar de alguns Bugios ainda tentarem dificultar o contacto entre os dois. Depois de algum aparato todos os Bugios descem, à exceção do Velho, e sobem duas crianças que lhe limpam as lágrimas. Estas pedem clemência, mas o Reimoeiro é inabalável. As crianças descem inconformadas. O Velho, ajoelhado, pede clemência, mas em vão. Aprisionado desce do castelo e continua a pedir clemência. É levado, dentro de um círculo de Mourisqueiros, e continua a pedir clemência. A sua preocupação é grande. Espera-se um milagre de S. João. O milagre acontece. Uma grande e temerosa serpe surge pelas mãos dos Bugios e assustando os Mourisqueiros libertam o Velho. A noite começa a cair. Os dois grupos prestam homenagem ao taumaturgo com a dança do santo. O dia e a festa estão no fim. Abandona-se o largo do Passal. A lenda revivese no ano seguinte. Bibliografia: ARAÚJO, Maria Cristina da Cunha (2004). Bugios e Mourisqueiros: O Outro Lado do Espelho (O S. João de Sobrado Valongo). Dissertação de mestrado. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto PINTO, Manuel (1983). Bugios e Mourisqueiros. Valongo: Associação para a Defesa do Património Natural e Cultural do Concelho de Valongo (ADEPAVAL)

Paulo Caetano Moreira


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25 junho 2016

Rotary Club Valongo

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O Rotary Club de Valongo organizou, no dia 21 de junho, um jantar festivo de Transmissão de Tarefas. Na oportunidade José

Costa sucedeu a Timoteo Moreira no cargo de presidente, função que vai exercer durante um ano. Na cerimónia esteve presente Sobral Pires,

vice-presidente da Câmara de Valongo e Ivo Neves, presidente da Junta de Freguesia de Valongo.

no Edificio E-Leclerc VALONGO

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Diversos

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Festival de Folclore

Fado em Valongo O Fado marcou presença no dia 10 de junho, no Salão Paroquial de Valongo. Tratou-se deuma gala de fado com objetivo de apresentar o fadista de Valongo Daniel Pinto Coelho. Numa apresentação de qualidade, Daniel convidou para atuarem na noite, Miguel Bandeirinha,

O Rancho Regional de Campo vai levar a efeito dia 23 de julho o seu 27º Festival de Folclore. Será na Escola Básica e Secundária de Campo às 21h30 e integra-se na Semana das Associações de Campo Participam os seguintes ranchos:

Rancho Regional de Campo – Valongo (Entre Douro e Minho); Rancho Etnográfico de Cebolais de Cima – Castelo Branco (Beira Baixa); Rancho Folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena” Golpilheira – Batalha (Alta Estremadura); Rancho Folclórico de Seia – Seia (Beira Alta

seu padrinho do fado e que foi também responsável pela coordenação do evento, Inês Louro, Margarida Benido, Bruno Alves e a conhecida cantora e atriz Rita Ribeiro. Com um Salão Paroquial bem composto, o espetáculo fluiu a contento dos presentes e para além do fado incluiu dança clás-

sica num dos fados interpretados por Daniel Pinto Coelho. Rita Ribeiro terminou em beleza a noite, interpretando alguns fados conhecidos. Os presidentes da Câmara e Junta de Valongo, José Manuel Ribeiro e Ivo Neves e o pároco Luis Coutinho marcaram presença nesta apresentação.

– Serrana); Grupo Folclórico e Etnográfico da Casa do Povo de Condeixa (Beira Litoral – Gândara, Bairrada e Mondego); Rancho Folclórico de Bravães – Ponte da Barca (Alto Minho).

CCD organizou arraial e premiou quadras O Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores do Município de Valongo organizou no dia 11 um Arraial dos Santos Populares destinado a associados e não só. O evento ocorreu lugar na Casa das Olaias, permitindo a todos aqueles que participaram nesta atividade um excelente convívio. Na ocasião o CCD entregou os prémios do concurso de quadras que levou ac cabo, e cujo resultado foi o seguinte: 1º classificado S.João é brincadeira A festa é o que se vê Saltaremos a fogueira Comemorando com o CCD Autora : Campina ( associada do CCD Elisete

Moreira ) 2º classificado Ó meu querido S. João De milagres....sabes longo ! Dá maridinhos jeitosos Às moçoilas de Valongo ! Autora : Rio ( associada Isaura Marinho ) 3º classificado

ta,

Todas as ruas em festa, Na noite de S.João , São o povo e o que resDeste país de ilusão!

Autor : Salgueiral (associado Nelson Branco ) Os prémios atribuídos foram oferecidos pela Opticália de Valongo e constaram de cheques prenda e 20, 30 e 50 euros.

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Desporto

25 junho 2016

A taça ficou no Suzão Final Taça da 2º Divisão de futsal - AF Porto Estrelas Susanenses - 3 Rest. Brás Oleiro - 1 Jogo no Pavilhão do Atletico Clube Alfenense em Alfena, Valongo Árbritros: Hugo Braga e Filipe Cerqueira da AF PORTO

FC Estrelas Susanenses alinhou com: Jonas (GR); Zé; Xico; Luciano; Márcio suplentes: Tony (GR); Ricardo; Marco Silva; Diogo; Daniel; Ricardo Dias; Tiago Neves Treinador: Augusto Alves O Estrelas Susanenses conquistou brilhantemente

a Taça Associação Futebol do Porto, ao vencer o outro finalista, o Restauradores Brás de Oleiro (Concelho da Maia) por 3-1 numa final eletrizante. A bancada central cheia de adeptos de ambas as equipas sendo que, a de Susão bem mais ruidosa. Os bombos dos Lusitanos rufaram incessantemente acompanhados por cânticos de apoio. Cachecois com os dois emblemas foram o adereço dos adeptos. Uma festa digna de uma final. Quanto ao jogo, assim que soou o apito inicial, a equipa da Maia mostro que estava ali para ganhar e logo ameaçou a baliza dos estrelas onde Jonas se mostrou imperturbável. Na primeira subida dos rapazes de Susão deu golo! Márcio no canto superior esquerdo rematou forte e cruzado ao segundo poste

sem hipótese para o guarda-redes maiato. A partir de então o dominio dividiu-se com maior pendor atacante para a equipa do Estrelas que sempre que subia causava muito mais perigo. Nesse contexto nasce o segundo golo apontado por Diogo que entrara no jogo junto com Ricardo numa gestão de esforços dos atletas dado que a velocidade do jogo impunha muito desgaste. Atingiuse o intervalo com este resultado no placard. No reatamento, Brás de Oleiro apareceu muito mais ativo e mais consistente no ataque. Bolas paradas com perigo, enfim, em busca de golos que não conseguira na primeira metade por falta de eficácia. A equipa do Estrelas soube suster esse impeto atacante mas não evitou o golo de Fàbio Alves. Reduzida a desvantagem, os verdes da Maia

continuaram em busca do empate que podia ter acontecido no pontapé livre directo a castigar o limite de faltas. Jonas mais uma vez não permitiu, execuntado uma bela defesa. Ao contrário, na execução do pontapé livre a favor dos Estrelas, Márcio desferiu forte remate fazendo o 3-

1. Matou o jogo. Faltavam três minutos para a festa que foram tranquilos até ao apito final que deu origem a uma grande explosão de alegria. No final os representantes do Conselho de Arbitragem da AF Porto José Luis Pinto e Daniel Mourão procederam à entrega da taça aos vencedo-

res que a levantaram com grande entusiasmo. Orlando Rodrigues, vereador do desporto da CM Valongo, marcou presença em apoio à equipa do Estrelas. texto: Carlos Silva foto: Sílvia Costa

Associação de Coletividades em aniversário A Associação de Coletividades do Concelho de Valongo, celebrou no dia 10 de junho no Largo do Passal, em Sobrado o seu 15º aniversário e também o dia nacional do associativismo. Foram várias as associações que, durante todo o dia, marcaram presença no palco instalado

no local. Música, dança e exibições desportivas encheram o recinto com a qualidade das coletividades valonguenses. Na hora das alocuações, Joaquim Oliveira, presidente da Associação de Coletividades, falou da importância da adesão das associações do concelho

à associação e lembrou o trabalho feito no que se refere aos jogos populares. O tema “jogos populares” mereceu também alusão do presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, que louvou o trabalho da Associação de Coletividades nete âmbito.

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Diversos

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Publireportagem

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Colégio Casa Mãe - qualidade no ensino PROJETO EDUCATIVO O Colégio Casa-Mãe, com localização em Baltar, é uma instituição de ensino particular com 27 anos de existência. Sob o lema “mater et magistra”, a “Casa-Mãe” é simultaneamente MÃE no receber e, MESTRA, no ensinar e no preparar para o futuro. Através de um acompanhamento individualizado e de métodos pedagógicos inovadores, promove-se um processo de ensino e aprendizagem eficaz e motivador, valorizando o sucesso pessoal e escolar de cada aluno. A promoção da espontaneidade, da criatividade, do espírito crítico, da literacia digital, da solidariedade, da multiculturalidade e da consciência ecológica, fazem parte do seu projeto educativo que está na base dos excelentes resultados que os seus alunos têm conseguido nos exames nacionais, colocando o Colégio Casa-Mãe entre as melhores escolas do País!

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ENSINO DAS LINGUAS ESTRANGEIRAS O Colégio contribui para a formação de cidadãos conscientes e preparados para o futuro, investindo no desenvolvimento de competências transversais como a capacidade de comunicação, o raciocínio crítico, a autonomia, o trabalho de equipa, a literacia matemática e o domínio das línguas estrangeiras. Sendo este último uma prioridade incontornável na sociedade atual, o currículo inclui ensino bilingue português-inglês na creche e no pré-escolar, ensino diário de inglês no 1º, 2º e 3º ciclos, com preparação contínua para os Exames de Cambridge. O francês e o alemão são lecionados a partir do 5º ano. EDUCAÇÃO AMBIENTAL Os princípios de proteção ambiental e o contacto com a Natureza têm um papel de destaque no currícu-

lo, nomeadamente através da quinta pedagógica que conta com inúmeros animais, da horta pedagógica, e do bosque pedagógico e da pista de arborismo. CIDADANIA Com o Projeto Valores, os alunos têm oportunidade de desenvolver uma consciência cívica e solidária, bem como uma participação ativa na vida comunitária envolvente. NOVAS TECNOLOGIAS Em relação às novas tecnologias, o Colégio Casa-Mãe é uma das Microsoft Show Case School portuguesas, estimulando a utilização dos computadores e dos tablets em contexto de sala de aula e em trabalho de projeto. ATIVIDADES EXTRA-CURRICULARES As opções para atividades extra-curriculares são múltiplas e variadas. Os alunos do Colégio Casa-

Mãe podem desenvolver competências linguísticas estrangeiras nos clubes de francês, inglês e de alemão, desenvolver o gosto pelas ciências nos clubes de laboratório e de robótica, desenvolver o raciocínio com o xadrez, praticar desporto, nome-

adamente, karaté, capoeira, basquetebol, natação, kin ball, ténis, futsal, beisebol, voleibol ou andebol, desenvolver os seus dotes musicais no coro, no piano, na guitarra ou no violino, ou desenvolver a coordenação motora no ballet, na dança jazz e no hip-hop.

TRANSPORTE O Colégio Casa-Mãe tem como área de abrangência toda a região do Vale do Sousa. Graças à sua frota de 4 modernos autocarros, o Colégio Casa-Mãe consegue uma maior proximidade com as famílias dos seus alunos.


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Publicações

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Publicado na edição 63 do JNV de 25 de junho de 2016

publicado na edição do JNV de 25 de junho de 2016

REVOGAÇÃO DE PROCURAÇÃO Comarca do Porto

Valongo – Inst Local – Secção Criminal –J2 Av. Emídio Navarro, 291 – Campus da Justiça – 4440-649 Valongo Telf. 224218310 – Fax: 220929959 Mail: valongo.judicial@tribunais.org.pt CONCLUSÃO - 09-06-2016 (termo electrónico elaborado pelo Escrivão Auxiliar Nuno Alexandre Silva)

=CLS= I. Na sequência do despacho antecedente, somos a reparar a nulidade de que enferma a sentença proferida nestes autos, nessa medida se pronunciando este Tribunal acerca da indemnização requerida pelo arguido ao abrigo do disposto no art. 462º do Código do Processo Penal. Estatui este preceito legal, no seu nº 1, que no caso referido no artigo anterior, a sentença atribui ao arguido indemnização pelos danos sofridos e manda restituir-lhe as quantias relativas a custos e multas que tiver suportado, acrescentando o respectivo nº 3 que, a pedido do requerente, ou quando não dispuser de elementos bastantes para fixar a indemnização, o tribunal relega a liquidação para a execução da sentença. II. Em conformidade com o disposto no art. 129º do Código Penal, a indeminização por perdas e danos emergentes de um crime é disciplinada pela lei civil, mostrando-se assim necessário, para o apuramento da responsabilidade civil do arguido, o recurso do Código Civil, e, em concreto, aos seus arts. 483º e seguintes e 562º e seguintes. Revertendo ao segmento legal que cuida do direito à indemnização, prevêem os arts. 562º a 564º do Código Civil que quem estiver obrigado a reparar um dano deve reconstituir a situação que existiria se não se tivesse verificado o evento que obriga à reparação, posto que restrita aos danos que o lesado provavelmente não teria sofrido se não fosse a lesão, compreendendo o dever de indemnizar não só o prejuízo causado, como os benefícios que o lesado deixou de obter em consequência da lesão, neste caso, e ante a possibilidade de danos futuros, podendo o Tribunal desde logo considerá-los desde que sejam previsíveis, na impossibilidade da sua

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Proc. Nº 12/11.9PEMAI 369129707

SENTENÇA determinação remetendo a fixação da indemnização para decisão ulterior. Ainda que a reconstituição natural seja a forma prioritária de indemnização, as mais das vezes não se evidenciando viável, recorrer-se-á, em conformidade com o preceituado no art. 566º do mesmo Código, à sua fixação em dinheiro, esta tendo, por via de regra, como medida a diferença entre a situação patrimonial do lesado, na data mais recente que puder ser atendida pelo tribunal, e a que teria nessa data se não existissem danos, obedecendo o seu cálculo a juízos de equidade se não puder ser averiguado o valor exacto destes. Por fim, e na hipótese concreta de obrigações pecuniárias, estatui o art. 806, nº 1 do referido diploma legal que a indemnização corresponde aos juros a contar do dia da constituição em mora, neste conspecto estabelecendo o seu art. 805, nº 3, a regra, quanto à responsabilidade por facto ilícito, do momento da citação. No caso vertente, congrega tal pretensão ressarcitória a restituição do montante pago a titulo de pena de multa – já determinada em anterior despacho – mas, igualmente, as despesas suportadas com a sua comparência em Juízo e as tidas com o patrocínio forense. Em qualquer um destes casos, encontramonos perante prejuízos indemnizáveis, sendo que que no caso concreto de honorários liquidados a Ilustre Advogado, se pronunciou recentemente o STA no sentido da sua ressarcibilidade “no domínio do contencioso em que o mandato judicial seja obrigatório” (cfr. o Ac. do STA de 14/04/16, in www. dgsi.pt). Pretende, assim, o recorrente ser indemnizado por referência às seguintes despesas que extravasam o conspecto da pena de multa: bilhetes de avião França/Portugal e Portugal/França, num total de € 250,00 (duzentos e cinquenta euros); perda da remuneração respeitante a dois

dias de trabalho, num total de € 600,00 (seiscentos euros); traslada de certidão para efeito de recurso, num total de € 20,40 (vinte euros e quarenta cêntimos); honorários, num total de € 3.690,00 (três mil, seiscentos e noventa euros). Percrustados os documentos junto aos autos, constatamos apenas não constarem dos mesmos os comprovativos atinentes às apontadas despesas com o transporte, sendo que, notificado o requerente para proceder à junção de documento que o demonstrasse, se quedou inerte, julgando-se, salvo melhor opinião, insuficiente em ordem à sua cabal prova a declaração emitida pela sua entidade patronal no estrangeiro, portanto inidónea à comprovação da uma despesa como a aludida, a saber, bilhetes de avião. Donde, e neste concreto segmento, o seu direito a ser ressarcido num total de € 1.040,40 (mil, quarenta euros e quarenta cêntimos), indeferindo-se, pelo motivo exposto, apenas a parcela peticionada referente ao avião de que se terá socorrido. No que directamente contende com a verba liquidada a titulo de honorários ao seu Ilustre Advogado, num total de € 3.690,00 (três mil, seiscentos e noventa euros), enão constituindo nossa pretensão questionar uma tal verba, somos a entender que, talqualmente sucede em acção de honorários propriamente dita, cumpre solicitar à AO o competente laudo, o qual, ainda que revestindo a natureza de um “parecer”, se destina a esclarecer o julgador (cfr. O Ac. do STJ de 20/01/10, in www.dgsi.pt), uma vez que a fixação de honorários implica a emissão de um juízo discricionário, “não no sentido que se dá à palavra no contencioso administrativo, antes no sentido civilístico que muito tem a ver com a boa fé que impregna toda a relação contratual e com os inevitáveis poderes do juiz no procedimento das normas

contendo conceitos indeterminados, pois, para além da ponderação dos factores aludidos no EOA, impõe que se atente no laudo da AO, se o houver, e se considerem juízos de equidade” (cfr. O Ac. do STJ de 02/10/08, in www. dgsi.pt). Donde, estarmos em crer dever a quantificação desta parcela de ressarcimento visado ser remetida, conforme permitido pelo nº 2 do art. 462º do Código de Processo Penal, ser relegada para execução de sentença, o que, assim, se determina. III. Termos em que, absolvendo-se o arguido quanto à imputada prática de um crime de condução de veículo em estado de embriaguez, previsto e punido pelos arts. 69º, nº 1, al. Al. a) e 292º, nº 1 do Código Penal, e reiterandose, ao abrigo do disposto no nº 1 do art. 462º do Código do Processo Penal, a restituição da quantia de € 420,00 (quatrocentos e vinte euros) relativa à multa suportada pelo arguido, mais se decide, ao abrigo do seu nº3: a. Atribuir-lhe a indemnização no valor de € 1.040,40 (mil, quarenta euros e quarenta cêntimos), a ser paga nos termos do nº2 daquele artigo 462º do Código de Processo Penal; b. Relegar para execução da sentença a liquidação do mais peticionado Expressamente se consigna que o presente segmento decisório integra a sentença absolutória proferida nos presentes autos, pelo que o respectivo trânsito se inicia com a sua notificação. Cumpra-se o disposto no art. 461º, nºs 1 e 2 do Código de Processo Penal, para efeitos de afixação se incluindo certidão da acta de audiência de julgamento, e , após trânsito, diligencie-se pela criação do respectivo apenso de execução e sua conclusão. Valongo, ds

FERNANDO MOREIRA DE SOUSA, CF 123919940, natural da freguesia de Recarei, concelho de Paredes, casado com IRIA FERRAZ GONÇALVES, CF 148512852, no regime de comunhão geral de bens, residente na Rua da Presa, Nº 130, freguesia e concelho de Valongo, titular do Bilhete de Identidade número 8508977, emitido aos 01.10.2003 pelos SIC do Porto, constituiu procuradora seu cônjuge mulher, supra identificada, por procuração com termo de autenticação, exarado no cartório Notarial de Penafiel, datados de seis de janeiro de dois mil. Assim, pelo presente documento revoga e considera nula e de nenhum efeito aquela procuração a partir da data de hoje (13.06.2016). Ciente dos efeitos legais mandou emitir a presente revogação de procuração que vai datar e assinar em sinal da sua ratificação, aos 13 de junho de 2016. O mandante Fernando Morais de Sousa

TERMO DE AUTENTICAÇÃO No dia treze de junho de dois mil e dezasseis, no escritório do Solicitador Luís Rua Teixeira, portador da Cédula Profissional 2849, sito na Rua do Calvário, nº 11 1º, salas 7/8, Paredes, nos termos do estatuído no nº 1 e 3 do Artigo 38º, do Decreto Lei nº 76-A/2006, de 29 de março, conjugado com a Portaria nº 657-8/2006 de 29 de junho, compareceu como outorgante: FERNANDO MOREIRA DE SOUSA, CF 123919940, natural da freguesia de Recarei, concelho de Paredes, casado com IRIA FERRAZ GONÇALVES, CF 148512852, no regime de comunhão geral de bens, residente na Rua da Presa, Nº 130, freguesia e concelho de Valongo, titular do Bilhete de Identidade número 8508977, emitido aos 01.10.2003 pelos SIC do Porto. A identidade do outorgante foi verificada pela exibição do seu referido documento de identificação. E por ele foi dito: Que, para os fins de autenticação, me apresentou o documento em anexo (Revogação da Procuração) que é composto por uma folha, que disse e confirmou haver lido e assinado, e que todo o seu conteúdo exprime exactamente a sua estrita vontade. A declaração e subsequente termo de autenticação, foram hoje exarados neste escritório, tendo sido lidos em voz alta ao outorgante e ao mesmo explicado os seus teores, tendo ainda declarado que já os leu, que está perfeitamente inteirado dos seus conteúdos, os assinou e que os mesmos exprimem a sua estrita vontade. Paredes aos 13 de junho de 2016 O declarante Fernando Moreira de Sousa O Solicitador Luís Rua Teixeira


25 junho 2016

Ăšltima


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