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222setembro 2016
quinzenal
Bodas de Diamante do CPN (Clube de Propaganda de Natação)
Entrevistas com Rui Moutinho, presidente da direção; Agostinho Pinto (basquetebol); João Queirós (andebol); Marco Teodoro (natação); Nuno Lago (polo aquático); Carmindo Paiva (Karaté); António Barbosa e Sista (pesca desportiva);
diretor: agostinho ribeiro
Atualidade
22 de setembro de 2016
Projeto-piloto na Quinta da Lousa e Lombelho
Recolha seletiva porta-a-porta O Município de Valongo está a implementar um projeto-piloto de recolha seletiva porta-a-porta, na Quinta da Lousa, em Valongo, e no Lombelho, em Alfena, onde numa primeira fase serão distribuídos contentores individuais para papel/cartão, vidro, plástico/metal e indiferenciados. Numa segunda fase será implementada a recolha seletiva de resíduos orgânicos. A recolha seletiva porta-a-porta de resíduos para reciclagem é uma das medidas com maior impacto previstas no PAPERSU – Valongo (Plano de Ação para obtenção das metas
previstas no PERSU 2020 - Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos). Valongo é o primeiro município do universo Lipor a avançar com esta medida no âmbito dos PAPERSU. O Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, assinalou o arranque do projeto nas moradias da Quinta da Lousa, onde o projeto está a começar a ser implementado em mais de 600 casas, em parceria com a Lipor e a Rede Ambiente. “Apelo a que separem ao máximo. Este investimento é determinante”, frisou o autarca, lembrando que a queima do lixo
indiferenciado é um processo muito caro, cujo custo acabará por ser repercutido nas faturas pagas pelos munícipes, caso não se proceda a uma mudança de comportamentos que passa pela valorização dos resíduos multimateriais. Além da implementação da recolha seletiva de resíduos porta-a-porta, o plano de ação para Valongo atingir as metas do PERSU 2020 inclui o alargamento da compostagem caseira e das hortas comunitárias, e também ações de sensibilização para a população. GI-CMV
Aprender a identificar reptéis A Associação Portuguesa de Herpetologia, no âmbito da parceria estabelecida com o Município de Valongo, dinamizou na Serra de Santa Justa, nos dias 16 e 17 de setembro, um workshop de iniciação à identificação de répteis no qual participaram 17 pessoas. Raquel Ribeiro, a bióloga responsável pela ação, referiu no início da saída de campo que o “vale
de Couce é mágico”, pela elevada biodiversidade que nele se encontra. Esta não se mostrou rogada e fez as delícias dos participantes, tendo-se observado diversas espécies de répteis, com destaque para a cobra-de-água-viperina, cobra-de-água-de-colar, fura-pastos e licranço. Os anfíbios também quiseram dar um ar da sua graça, tendo-se encontrado diversos exemplares de rã-verde
e sapo-comum. O grande objetivo da associação é promover o conhecimento e a sensibilização em torno dos anfíbios e dos répteis, alvo muitas vezes de crenças infundadas. Esta ação foi a primeira desenvolvida em parceria com o município de Valongo, mas decorrerão futuramente novas iniciativas em conjunto.
Cursos de Compostagem A Câmara Municipal de Valongo, em parceria com a Lipor, está a promover uma nova edição de cursos de compostagem caseira «Terra a Terra», em todas as freguesias do concelho. O projeto «Terra à Terra» pretende promover a redução dos resíduos orgânicos, ao nível das habitações, transformando-os num composto fertilizante para hortas e jardins. “Apelo a que sejam nossos aliados neste esforço de mudança com-
portamental. O lixo tem mais valor do que se pensa e ainda há comportamentos profundamente irracionais na forma como se encara a questão dos resíduos”, afirmou o Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, no arranque do primeiro curso desta nova edição teve lugar no Edifício Faria Sampaio, em Ermesinde. Esta iniciativa inserese no Plano de Ação do Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos
do Município de Valongo – PAPERSU – que prevê metas de recolha seletiva e valorização de resíduos que terão de ser cumpridas pelo Município de Valongo até 2020. O próximo curso «Terra à Terra» realiza-se no dia 15 de outubro na Biblioteca Municipal de Valongo. MAIS INFORMAÇÕES na Divisão de Manutenção, Oficina e Transportes - Higiene Urbana 224 219 452 · 911 056 253
FICHA TÉCNICA - JORNAL NOVO DE VALONGO - O Jornal do Concelho de Valongo - Edição nº 68 - 22 de setembro de 2016 - Direção e propriedade: Agostinho Ribeiro; Colaboradores: Filipe Marques e Luis Neves (fotografia); Raquel Vale; Carlos Silva; Abel Sousa; Francisca Costa; JMB; António Cardoso; Teixeira da Silva Paginação, gestão e publicidade: Cuca Macuca ADI
Registo ERC 125820 Depósito Legal BN 372095/14 Morada - Rua Rainha Santa Isabel 351 6º CS - 4440-569 Valongo
Endereço eletrónico jornaldevalongo@gmail.com telm 911116453 Impressão: Coraze - Oliveira de Azemeis
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Divulgação
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Alfena/Teatro
Brinquedo é marca de Valongo A Festa do Brinquedo está de regresso ao Centro Cultural de Alfena, de 23 a 25 de setembro, com a magia e o encanto das brincadeiras de antigamente. Nesta iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Valongo pretende-se preservar, valorizar e divulgar o brinquedo tradicional enquanto património identitário do concelho de Valongo, na cidade de Alfena conhecida como a “a Terra do Brinquedo”. O grande objetivo deste evento é a promoção de Alfena e do concelho de Valongo como uma referência nacional neste contexto. “O brinquedo é uma das nossas facetas identitárias. Tem um papel importantíssimo, que não deixa ninguém indiferente”, salienta o Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro,
referindo que “a Festa do Brinquedo é um contributo para reforçar a estratégia de afirmação do concelho de Valongo não só na região, mas também no País e no Noroeste Peninsular”. Para isso, frisa o autarca, “é muito importante assegurar a colaboração quer das autarquias locais quer dos artesãos e industriais do brinquedo, que serão também fundamentais para a concretização da futura Oficina de Promoção do Brinquedo Tradicional Português”. A Festa do Brinquedo – que se estende à Rua de S. Vicente e a um vasto terreno, ambas áreas paralelas ao Centro Cultural de Alfena – divide-se em diferentes núcleos: marcas do concelho (brinquedo tradicional de chapa e de madeira), museus convidados, colecionismo, exposi-
ções, oficinas, atividades lúdicas (jogos didáticos, insufláveis, jogos tradicionais, etc.) e gastronomia. Paralelamente, há um vasto programa de animação cultural a decorrer em dois palcos. Quim Roscas e Zeca Estacionâncio, The Bitols e As Músicas da Sónia são os cabeças de cartaz da programação, onde se destaca o palco de trabalho ao vivo, no jardim do Centro Cultural de Alfena, no qual, rotativamente, marcas do concelho e artesãos do brinquedo mostram ao público como se constroem brinquedos tradicionais e artesanais. A abertura oficial da Festa do Brinquedo realiza-se na sexta-feira, dia 23, pelas 16h00, com a chegada do desfile que parte às 15h00 da E.B.2/3 do Barreiro. Ver programa na pág. 3
Portugal e Brasil no MIT 2016 A ENTREtanto MIT Valongo – Mostra Internacional de Teatro 2016 decorreu de 6 a 11 de setembro, no Fórum Cultural de Ermesinde, englobando a apresentação de espetáculos para adultos e crianças, café-teatro, café-concerto, espetáculo de rua e intercâmbio cultural entre artistas de Valongo e do Brasil. Assim, este ano, numa programação que englobou companhias de Portugal e Brasil, a ENTREtanto MIT Valongo – XIX Mostra Internacional de Teatro
– 2016 realçou as ligações históricas e culturais que envolvem esses dois países, destacando a data de 28 de novembro de 1836, quando Valongo é elevado a Concelho pela Rainha Portuguesa, nascida no Brasil, D. Maria II. Coorganizada desde 1998 pelo ENTREtanto TEATRO e pela Câmara Municipal de Valongo, a Mostra Internacional de Teatro pretende contribuir para a difusão da atividade teatral nacional e internacional em Valongo e Área
Metropolitana do Porto. A abertura oficial da mostra contou com um Cortejo Cultural, no Parque Urbano, onde o ENTREtanto TEATRO, juntamente com os artistas brasileiros convidados, celebraram esse intercâmbio entre os dois países envolvidos na mostra. Este cortejo, Histórias – Portugal x Brasil, é o resultado do Encontro de Artistas portugueses e brasileiros, orientado pelo diretor artístico do ENTREtanto TEATRO, Júnior Sampaio.
A primeira peça a subir ao palco da mostra ficou a cargo do anfitrião ENTREtanto Teatro, uma criação de Júnior Sampaio. No sábado e no domingo, 22 artistas brasileiros preencheram os dois palcos da mostra, com espetáculos, café-teatro e café-concerto, realçando a diversidade de linguagens teatrais, que podem ser aplaudidas nos vários espetáculos programados
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Atualidade
22 de setembro de 2016
Atleta de Sobrado foi o quarto ciclista da freguesia a ganhar a Volta a Portugal
Medalha de Valor Desportivo para Rui Vinhas O ciclista Rui Vinhas foi condecorado com a Medalha de Valor Desportivo da Câmara Municipal de Valongo pela conquista do primeiro lugar na 78ª edição da Volta a Portugal em Bicicleta. Na cerimónia pública que teve lugar no dia 10 de setembro, na Casa das Artes de Sobrado, foi também homenageada a equipa W52 - FC Porto - Porto Canal, que venceu esta edição da Volta por equipas, e o seu diretor desportivo, Nuno Ribeiro. Rui Vinhas agradeceu o apoio e a receção que teve em Sobrado. “Esta vitória não é só minha. É da equipa e de todos os sobradenses que me estiveram sempre a apoiar e me deram bastante carinho”, disse, agradecendo também a homenagem do Município. O presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, frisou que este importante reconhecimento do Mu-
nicípio foi aprovado por unanimidade e elogiou a força de Rui Vinhas. “É destes exemplos que precisamos”, afirmou, referindo que Rui Vinhas tem agora a responsabilidade de um vencedor e de ser um referencial para as crianças e jovens da comunidade que precisam de bons exemplos. O presidente da Junta de Campo e Sobrado, Alfredo Sousa, agradeceu e elogiou a prestação de Rui Vinhas e da Equipa, considerando que foram 11 milhões a querer que fosse um português a vencer a Volta a Portugal. “Rui Vinhas fica na história do ciclismo para sempre”, salientou o Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira, que elogiou a coragem e o carácter de Rui Vinhas por ter defendido a Camisola Amarela até ao fim. A atribuição da Meda-
lha de Valor Desportivo visa o reconhecimento do trabalho e do inegável mérito desportivo do atleta Rui Vinhas. Este ciclista de 29 anos é o quarto sobradense a vencer a Volta a Portugal em Bicicleta o que constituiu um feito único em Portugal e motivo de orgulho para a Freguesia de Sobrado e para o Concelho de Valongo. Rui Pedro Carvalho Vinhas nasceu em 6 de dezembro de 1986. Natural da freguesia de Sobrado, Concelho de Valongo, representa neste momento a equipa W52 - FC Porto - Porto Canal. Rui Vinhas destacou-se no ciclismo de formação e enquanto ciclista profissional com relevantes desempenhos desportivos participando, durante estes anos, em importantes provas nacionais e internacionais. Iniciou-se no ciclismo com 12 anos na equipa ADRAP de Penafiel. Na época desporti-
va 2004/2005 ingressou na CASATIVA, criada pela União Ciclista de Sobrado, seguindo-se depois a equipa Paredes Rota dos Moveis. Em 2010, venceu a prova ALUVIA-Valongo, na categoria Sub 23 e em 2011 ingressou na LA ANTARTE como ciclista profissional. Nos anos de 2012 a 2014 fez parte da equipa do Louletano. No ano de 2015 venceu o
Grande Prémio do Dão e em 2016 venceu o circuito Ribeiro da Silva, disputado em Lordelo, ambos como ciclista da equipa W52. Contudo, foi a conquista da 78ª edição da Volta a Portugal em Bicicleta 2016, ocorrida no passado mês de agosto, a principal prova do calendário velocipédico nacional, que há já cinco anos não era ganha por um atleta luso,
prova em que estão presentes as melhores equipas portuguesas da modalidade, assim como algumas das grandes equipas do ciclismo internacional, que representou um marco importante para o desporto no Concelho de Valongo, engrandecendo em muito a imagem de Sobrado e do Município a nível nacional.
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Atualidade
22 de setembro de 2016
Exclusão das Escolas de Ermesinde e Valongo da intervenção estatal gera protestos
Valongo fora do mapa de obras escolares Presidente da Câmara revoltado com situação
Deputados do PSD querem explicações
O Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, manifestou a sua preocupação com a demora no arranque das obras nas Escolas Secundárias de Ermesinde e de Valongo. “Aguardo com elevada expectativa a reunião que irei ter com o senhor Ministro da Educação, para corrigir esta injustiça revoltante, pois não é compreensível, nem aceitável que o Município de Valongo seja o único em toda a Área Metropolitana do Porto que não tenha recebido qualquer investimento público por parte da Parque Escolar em edifícios do Governo”, afirmou o autarca, que falava na cerimónia de Abertura do Ano Escolar no dia 9 de setembro. As Escolas Secundárias de Ermesinde e de Valongo necessitam de intervenção urgente porque apresentam um nível de degradação muito elevado ao nível dos edifícios e dos equipamentos educativos que prejudicam claramente a aprendizagem dos alunos e diminuem a qualidade da ação educativa. As condições de trabalho dos professores e dos alunos são deploráveis devido ao elevado estado de degradação dos edifícios, uma vez que as coberturas são em fibrocimento, têm infiltrações de água e
O deputado do PSD e presidente da Comissão Politica Concelhia de Valongo daquele partido, Miguel Santos acusou o presidente socialista da Câmara de Valongo de “hipotecar” futuros investimentos nas escolas secundárias do concelho. Foi no passado dia 13, após a visita à Secundária de Ermesinde. Em causa estão apoios de fundos comunitários 2020 a infraestruturas, sendo que em Valongo, distrito do Porto, existia a expectativa de a inclusão de empreitadas nas duas escolas secundárias locais, a do centro do concelho e a de Ermesinde, mas o mapeamento conhecido a 02 de setembro não as inclui. Esse facto suscitou mesmo uma pergunta do grupo parlamentar do PSD ao Ministério da Educação. Miguel Santos - acompanhado de outros deputados, do presidente da
o equipamento escolar está muito deteriorado. Estas são razões apontadas pelas direções das escolas para a sistemática saída de alunos para as escolas dos concelhos vizinhos. José Manuel Ribeiro recordou que no mapeamento elaborado pela DGESTE do Ministério da Educação, estas duas escolas foram reconhecidas como intervenções do Governo em infraestruturas educativas de carater prioritário, estranhando que tendo sido já lançado o Aviso Norte 73-2016-02, no âmbito das candidaturas ao Norte 2020 para infraestruturas educativas da responsabilidade da Parque Escolar, não se saiba o ponto de situação desses investimentos da responsabilidade do Ministério da Educação. O Presidente da Câmara Municipal de Valongo afirmou que tem pressionado o Governo para a realização das obras nos edifícios escolares da responsabilidade da Administração Central (Secundárias e EB23) desde o início do mandato. No entanto, lamenta que “as legítimas expectativas criadas nas comunidades escolares com a assunção de compromissos por sucessivos governos de realizar obras de requalificação nas escolas sejam, sistematicamen-
te, goradas e adiadas”. ”Não nos esquecemos que uma das primeiras decisões do Governo de Pedro Passos Coelho foi cancelar a adjudicação das obras da nova Escola Secundária de Ermesinde em 2011”, recordou o autarca de Valongo. José Manuel Ribeiro enumerou na oportunidade os diversos investimentos nas escolas da responsabilidade da autarquia realizadas ao longo do mandato, numa conjuntura financeira muito difícil, e que ascendem a cerca de 1 milhão de Euros, apesar de serem necessárias obras no valor de 5 milhões de Euros, dos quais cerca de 1 milhão na remoção das coberturas de fibrocimento. “O investimento na Educação é prioritário. Com os parcos recursos de que dispomos, nós cumprimos a nossa obrigação e vamos melhorando as condições de aprendizagem das nossas crianças. É a hora do Governo fazer também o que lhe compete e requalificar as escolas públicas da sua responsabilidade no Concelho de Valongo, para corrigir este quadro de profundas e injustas desigualdades na nobre tarefa de educar e formar as nossas crianças e jovens”, disse.
Distrital do PSD do Porto, e presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes, e ainda do presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde -, à saída da visita à escola de Ermesinde, exigiu saber se as secundárias não foram incluídas porque a câmara não aceitou comparticipar uma parte da obra. “Os presidentes de câmara receberam uma minuta de um contrato, uma carta compromisso, onde assumiam a execução da obra e assumiam 7,5% do financiamento. Ou seja, os fundos comunitários pagavam 85%. Faltavam 15%. O Governo assumia 7,5% e as câmaras 7,5%. A informação que nós temos é de que as câmaras que constam desse mapeamento devolveram esse contrato assinado e assumiram 7,5% e o senhor presidente da Câmara de Valongo não o fez”, descreveu Miguel Santos.
O vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, Miguel Santos reiterou que exige saber se é a câmara que está a “hipotecar” futuros investimentos: “Nós queremos crer que o senhor presidente da câmara de Valongo por distração, por omissão ou por ação deixou cair os investimentos nas escolas de Valongo. É uma matéria que queremos apurar”, referiu. O social-democrata apontou que, “neste caso, não existe justificação, porque seriam 300 mil euros divididos em dois anos”. A intervenção na secundária de Ermesinde é uma das reivindicações mais frequentes pela comunidade desta localidade nortenha, que já protagonizou ações como um cordão humano, vigílias nocturnas, entrega de cartas a membros do Estado, pintura de um moral, entre outras.
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75º Aniversário CPN
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Rui Moutinho, presidente do CPN, gostava de receber como oferta de aniversário:
“Melhor prenda era o saneamento financeiro” Numa altura em que o Clube de Propaganda de Natação de Ermesinde (CPN) comemora 75 anos de existência, o Jornal de Valongo quis ouvir o presidente da direcção, Rui Moutinho, no cargo há poucos meses. Referiu o dirigente que “eu já estava no clube há alguns anos, embora não concordasse com alguns dos caminhos escolhidos. Quisemos, eu e uma equipa, dar um novo rumo ao CPN porque havia algumas coisas, digamos, moribundas. Tivemos, por exemplo, um especial empenhamento na secção de natação que, em tempos, foi a glória do clube e que estava quase desactivada. Ficamos contentes com a vinda de um conjunto de atletas de outros clubes e da natação adaptada. O polo aquático é também uma prioridade”. Numa outra vertente, Rui Moutinho disse ao JNV que “outra atividade é a Escola de Dança José Sousa, que passou a estar integrada no clube”. O dirigente referiu que outro empenhamento da direcção é a manutenção das instalações: “Temos de efectuar pequenas reparações e modernizações no pavilhão, piscinas e ginásio”. Uma mudança de atitude tem a ver com a assunção da gestão das instalações (piscinas e ginásio) por parte do CPN. Refere o dirigente que “quase todas as empresas que passaram por aqui deixaram dividas ao CPN. Agora o clube tem a gestão da totalidade das instalações”. Rui Moutinho falou também da situação relativa ao número de sócios: “Havia 6500 sócios inscritos, mas na realidade só cerca de 250 é que pagavam as cotas. Estamos a procurar dar a volta e neste momento já temos mais de mil sócios do que tínhamos na altura. Aproveito para apelar aos antigos sócios para regressarem porque existe um trabalho a ser feito que precisa do apoio de todos”. O Complexo Desportivo do CPN tem um custo de manutenção de mais
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de dez mil euros por mês, seja o pagamento de gás e eletricidade, professores e outros funcionários. Refere Rui Moutinho que “não é muito fácil suportar estes custos. Felizmente não temos agravado o défice do clube que se situa na ordem dos 300 mil euros. Temos andado a pagar dividas que o clube tinha, banca, edp, segurança social, antigos funcionários e outros. Quando tivermos conseguido pagar tudo podemos olhar para outras situações”. Uma das despesas principais do CPN e que motivou o encerramento do tanque maior em anos anteriores, tem a ver com o aquecimento da água, que é efectuado com recurso a caldeira a gás. O presidente da direcção disse ao JNV que “foi feita a aquisição de duas caldeiras novas com uma tecnologia que provoca uma redução
de 40% nos custos. Mesmo assim é caro e o ideal seria o recurso a energias alternativas, como painéis solares, mas o clube não tem possibilidades neste momento”. Sobre as relações com a Junta de Freguesia de Ermesinde e Câmara de Valongo, Rui Moutinho refere serem amistosas, embora “nós queremos sempre mais. Por exemplo no que se refere à utilização do pavilhão municipal. Era bom que o concelho investisse em equipamentos desportivos, aqui ao lado O CPN está a comemorar 75 anos e dias 1 e 2 de outubro decorrem as principais comemorações. No primeiro dia acontecem provas desportivas e no dia 2 terá lugar a sessão solene com entregas de medalhas aos atletas que mais se distinguiram e emblemas de prata aos sócios com mais de 25 e emblemas de ouro
aos associados com mais 50 anos. Como prenda de aniversário o presidente da direcção gostaria de obter uma solução para o sane-
amento financeiro da coletividade. Por outro lado acrescenta “uma vez que esse objetivo é difícil, gostaríamos também que houvesse uma sensibilização
das pessoas da freguesia e do concelho para o CPN, porque o clube não vive sem sócios”.
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75º Aniversário CPN
Basquete do CPN continua no caminho do sucesso Agostinho Pinto (na foto ao lado) está ligado ao basquetebol do CPN desde há muito. “Toda a vida estive ligado aqui, ao CPN, com coisas muito boas e outras menos boas”, refere o responsável que começou como atleta aos 10 anos, numa época em que o CPN tinha basquetebol masculino e feminino. A função como treinador iniciou-a aos 16 anos numa altura em que houve necessidade de encontrar um treinador e desde então até agora os sucessos no basquetebol feminino têm sido imensos. Em termos desportivos e com Agostinho Pinto, o CPN ganhou dezenas de títulos distritais, onze títulos nacionais, mais de dezena e meia de segundos lugares e muitos mais de pódios. Importante é referir que
o CPN tem mais de quarenta atletas nas respectivas selecções nacionais, para além de treinadores, incluindo o próprio Agostinho Pinto. Interessante é o facto de o técnico ter treinado já várias gerações. “É engraçado treinar agora miúdas que são filhas de antigas atletas treinadas por mim, é um orgulho muito grande”, revela o técnico. Um aspeto que revela o bom trabalho efectuado no CPN é a escolha de Agostinho Pinto para treinador principal da seleção, depois de ter sido treinador adjunto. Caso único e importante de realçar é a conquista da medalha na divisão A, feito único em Portugal. Outro feito foi a conquista da medalha de prata no Europeu de Cadetes”. Acerca das condições
de trabalho no que ao basquetebol diz respeito, Agostinho Pinto diz ao nosso jornal que “são as possíveis, embora tivéssemos necessidade de mais espaço, porque queremos crescer. Temos de trabalhar às vezes em condições menos boas porque o pavilhão municipal está completamente esgotado e temos de treinar às vezes em espaços mais pequenos. Mas vamos conseguindo mesmo assim trabalhar”. No que se refere aos objectivos, refere o responsável que “o principal passa pelo regresso do CPN à Liga Feminina em seniores e com uma grande parte de atletas formada aqui no clube. Achamos que temos condições de nos mantermos”. Quanto à formação, Agostinho Ribeiro diz que “queremos manter a pre-
sença nas fases finais dos campeonatos nacionais, vencer os distritais, apurar atletas para as seleções e manter o bom trabalho que temos tido. O CPN vai esta época
competir nas provas femininas com uma equipa sénior, duas equipas de juniores, duas de cadetes, uma de iniciados (com possibilidade de haver mais uma), sub 12, sub 10,
sub 8 e babybasquete. “Se nos deixarem trabalhar é para continuar em força”, conclui o homem forte do basquetebol do CPN e que tantos êxitos tem conseguido.
Karaté do CPN tem campeões do mundo Uma das secções do CPN (Clube de Propaganda de Natação) que tem levado longo o nome de Ermesinde é o Karaté. Com vários campeões nacionais e distritais e dois campeões do mundo, sendo o ultimo Diogo Guincho, o CPN tem prestígio nesta modalidade como prova também a vitória no Mundial de veteranos de Carlos Rodrigues, atleta que também acumula com a arbitragem internacional em várias provas. Quase na altura das comemorações dos 75 anos do clube, o Jornal Novo de Valongo falou com Carmindo Paiva (na foto ao lado), o pai do karaté do CPN desde 1998, altura da inauguração do com-
plexo. Na altura a secção começou com vários atletas, oriundos de Valongo e Águas Santas onde o técnico leccionava anteriormente. O CPN tem as várias vertentes do karaté, sejam de competição ou exibição, ou marcial e desportiva. Carmindo Paiva refere que o clube tem tido prestações internacionais notáveis com vários atletas a representarem a selecção nacional. Atualmente estão inscritos 25 atletas na secção e quem desejar pode efectuar a inscrição. As crianças até aos 12 anos treinam com Diogo Guincho e quem tiver 12 ou mais treina com Carmindo Paiva. Existe uma aula experimental,
sem custos para quem quiser testar uma sala. No que se refere a condições, elas poderiam ser melhores, uma vez que os treinos e aulas são ministrados no salão, um espaço que não possui tatami. Os treinos acontecem num espaço cujo piso é tijoleira. Refere Carmindo Paiva que “há dois anos combinamos com a Câmara de Valongo fazer aqui um espaço de férias, com aulas de karaté e outras e ficou apalavrada a oferta de um tatami em troca, mas até hoje não apareceu. O treino de karaté devia ser com pé descalço e sem tatami de inverno é impossível. Vamos esperar”. Quanto a projetos, o responsável refere que “o
nosso trabalho consiste em preparar os atletas para depois competirem, seja
a nível associativo ou federativo e com os melhores resultados, como tem
acontecido”. Texto e foto: AD
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75º Aniversário CPN
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Anbebol com mais de uma centena de atletas O Andebol é uma das modalidades actualmente em vigor no Clube de Propaganda de Natação (CPN) e João Queirós é o seu responsável. Há mais de 20 anos que o responsável está ligado à modalidade no CPN, primeiro como atleta e nos últimos anos como treinador e dirigente. O CPN tem actualmente equipas de andebol em todos os escalões etários, desde os bâmbis até aos seniores, somente no sector masculino, no total de sete equipas. Todas as equipas competem oficialmente, embora a grande mais-valia seja a formação de talentos. Como diz João Queirós, “alguns atletas vão para os melhores clubes do grande Porto e temos conseguido no entanto conciliado a vertente da formação com competição,
com resultados como a vitória num escalão regional, os minis foram campeãs duas vezes consecutivas e os seniores venceram na época passada. Acima de tudo privilegiamos a formação desportiva, mas também a formação humanística, aliás é isso que queremos vincar, isto sem descurar a competição, embora não seja o mais importante”. Com mais de cem atletas, muitas vezes há dificuldades na ocupação de espaço, devido à utilização intensiva. “Tivemos de diminuir a intensidade dos treinos porque muitas vezes os treinos eram atirados para muito tarde e as famílias não podiam suportar esses horários”, refere o dirigente salientando que o “apoio publico e privado tem diminuído e os encargos têm aumenta-
do. Só é possível suportar a situação com a ajuda de voluntários e das famílias, que têm sido o suporte mais importante”, refere João Queirós. Acrescenta o dirigente que “existem muitos clubes nas nossas redondezas e com melhores condições, mas nós temos marcado a diferença com o nosso humanismo e forma de trabalhar”. João Queirós referiu ao JNV que “este ano a equipa sénior vai voltar a competir, retomamos a actividade no ano passado e fomos campeões regionais. Foi um incentivo para a nova época que já está a decorrer e desde apelamos à presença de publico nos jogos, uma vez que será um apoio importante para os atletas.
Pesca na primeira divisão só com mais orçamento António Barbosa e Alfredo Sista (na foto) são os responsáveis da secção de Pesca Desportiva do CPN, que nasceu “da carolice de dois jovens de Ermesinde, Manuel Oliveira e António Barbosa, que na época estavam noutro clube e que decidiram que Ermesinde devia à ribalta na pesca. Isto aconteceu em 2001 e até agora foi efectuado muito trabalho”. Com as reuniões a decorreram na sede actual do CPN, a secção começou a prospeção de atletas para representarem o clube nas provas nacionais de água doce e disputar o mundial no prazo de cinco anos. Só que passados quatro anos o objetivo foi conseguido. A secção não dá despesas ao clube, já que os atletas suportam as despesas. A determinada altura foi difícil manter o nível e a procura dos atletas por
outros clubes aconteceu e foi a debandada, tendo o CPN apenas ficado com dois atletas. António Barbosa não desistiu da secção e com o convencimento de atletas de Ermesinde e de Valongo que competiam em clubes de outros concelhos, a secção foi retomando a qualidade. “Em termos competitivos podiam não ter a qualidade dos anteriores, mas no que se refere a esforço, dedicação e amor ao clube foram superiores”, diz António Barbosa. Atualmente o CPN tem 21 atletas filiados, pratica a nível nacional a pesca à Carpa, com atletas na selecção nacional e pesca de bóia no mar, para além da pesca de rio. O CPN ostenta na sua equipa um campeão regional e nas provas em que participa obtém sempre resultados nos primeiros
lugares. Os atletas de pesca têm de investir muito dinheiro no seu equipamento, dizem os responsáveis que o investimento inicial é de, em média três mil euros e um investimento anual de cerca de mil euros. Apoios e patrocínios não existem, daí a dificuldade em angariar mais atletas. “Os jovens que entram seguem quase sempre as pisadas de familiares, de quem recebem equipamento que eles não usam”, refere António Barbosa acrescentando que “um clube da zona litoral singrar tem mais dificuldade porque há mais oferta para os jovens do que no interior”. Quanto ao objetivo principal para estes tempos “passa por manter o clube na segunda divisão nacional, porque para a participação na primeira divisão havia necessidade de dez
mil euros de orçamento, o que para já se torna impossível”. Os dirigentes sentemse orgulhosos da equipa, é que para além dos resulta-
dos “o CPN é sempre bem representado por quem veste a camisola”, dizem. No dia 5 de outubro nas comemorações do 75º aniversário, a secção de
pesca do CPN organiza um convívio onde vão tentar cativar jovens para a modalidade. Será junto à Resineira, no rio Leça.
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22 de setembro de 2016
75º Aniversário CPN
Natação adaptada é novidade no CPN Marco Teodoro (foto) é o responsável da natação do Clube de Propaganda Natação de Ermesinde (CPN). A secção esteve encerrada durante dois anos, devido a problemas conhecidos e que impediam a prática da modalidade. Regressou há poucos meses e o CPN aposta agora em todos os escalões etários, formação e seniores. No que se refere a alterações em relação ao passado, a novidade chama-se natação adaptada. O CPN dá agora uma oportunidade a quem tem alguma diferença para praticar a modalidade. Com uma treinadora de reconhecidos méritos e capacidade, Ana Querido, que trouxe consigo alguns atletas que já treinava esta é então uma novidade do clube. Refere Marco Teodoro que “estamos a arrancar a época em força, houve vá-
rios atletas de outros clubes que vieram agora para o CPN e estamos convictos que vamos conseguir bons resultados. Havia no entanto uma lacuna que era a da formação, cadetes. Até final de julho houve um protocolo com o FC do Porto para utilizarem a piscina. Como a secção reactivou, fizemos um acordo com o FC Porto e esses atletas representam agora o CPN”. A equipa técnica do CPN inclui então a referida professora Ana Querido, que terá a seu cargo os cadetes e infantis e a adaptada. O professor Santos Silva terá a seu cargo os escalões juvenis, juniores e seniores. Os masteres estarão a cargo de Luis Rato. Quanto a objectivos, Marco Teodoro, refere que “há boas perspetivas de obter bons resultados, nomeadamente na natação adaptada. O professor
Santos Silva tem um atleta, que embora estivesse parado um ano por motivos pessoais, foi campeão nacional três vezes e atleta de selecção cinco vezes. Pelo menos com a natação adaptada temos a fasquia bastante elevada”. Sobre as condições de trabalho, o responsável que “para treinos não podia ser melhor, o tanque tem profundidade que chegue, mas para competições o espaço para público é reduzido. No entanto para treinos é excelente.” Sobre a prospeção de novos valores o CPN tem um protocolo com a Câmara de Valongo para fazer esse trabalho nas piscinas municipais da Vila Beatriz. “A maior parte dos atletas que tínhamos antes do encerramento da secção era oriunda desse trabalho, mas infelizmente o trabalho foi interrompido a meio”.
Ano Zero no regresso do Polo Aquático do CPN O Polo Aquático existiu no CPN (Clube de Propaganda de Natação) desde os fins dos anos oitenta. Com o problema da desactivação das piscinas, em 2009, a secção ficou suspensa e agora está a ser reativada. Nuno Lago afirmou ao Jornal Novo de Valongo que “o CPN já teve a melhor escola de talentos e agora vamos tentar voltar a esses tempos. Será difícil e vai demorar tempo, porque os atletas estão nos outros clubes e o regresso vai ser complicado. Há atletas que estão em lugares-chave noutras equipas e compreende-se que não mudem. Temos de fazer um trabalho de partir pedra, mas não vamos esmorecer e no dia que isto der o clique vamos triplicar num ápice. O CPN tem história, tem per-
gaminhos e, embora não seja fácil, vamos conseguir regressar aos bons tempos. Alguns dos melhores jogadores dos melhores clubes passaram pelo CPN e vamos voltar a esse tempo”. O dirigente referiu ao JNV que “estamos a tentar fazer um trabalho junto das escolas, no sentido de divulgarmos o jogo. O polo aquático não faz parte do desporto escolar e às vezes é complicado encorajar os jovens.” “Este é o ano zero do clube. Vamos cimentar bem as bases, para no próximo ano estarmos nos campeonatos, ainda tentamos entrar este ano, mas não foi possível”, diz Nuno Lago, ele próprio um ex-jogador do CPN e de outros clubes. Sobre as condições de trabalho, Nuno Lago expli-
ca serem excelentes, com uma piscina com a profundidade certa, ideal para a prática do polo aquático. Atualmente o CPN tem cerca de uma dúzia de praticantes no polo, todos eles sem experiência anterior da modalidade. Nuno Lago referiu ao Jornal de Valongo que “com estes quase trinta anos de polo, vejo que as pessoas passam a ter uma nova atitude na vida depois de entrarem na modalidade. Para se ser jogador de polo é preciso ter inteligência, têm de se elevar e crescer e temos muitos exemplos de pessoas que alteram a sua maneira de ser. Desafio as pessoas a aparecerem e a experimentarem, ou pelo menos para verem uma partida”.
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Valongo
VI Alma do Fado vem aí
Vem aí a Sexta edição do concurso Alma do Fado. Uma vez mais a organização é da Câmara de Valongo e da Cuca Macuca - Associação de Desenvolvimento Integrado, com a parceria Jornal Novo de Valongo. As eliminatórias começam a 21 de outubro (sexta-feira), com a sessão de Ermesinde no Fórum Cultural, dia 29 será a vez de Valongo na Sala das Artes, dia 5 de novembro no Centro Cultural de Campo e a final será dia 11 de novembro (sexta-feira) no Fórum Cultural de Ermesinde. As inscrições estão já abertas e podem ser efetuadas para a Divisão de Cultura da Câmara de Valongo. Os contactos podem também ser efetuados para o 911116453. Os prémios são aliciantes sendo o primeiro a gravação de um cd.
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Documento Valongo
Documento
A trilogia: o pão, o biscoito e a regueifa
Os Biscoitos de Valongo Excerto de “O Tripeiro” – nº. 1 (171) Porto, Nov. 1930 – 4ª. Série – Emanuel Ribeiro Às terças, quintas e sábados passa-me à porta um padeiro de Valongo. Faz-se acompanhar dum burro sobre o dorso do qual assentam dois enormes canastrões, onde o pão, as regueifas e os biscoitos vêm convenientemente arrumados entre panos muito alvos. Os biscoitos já se acham acondicionados e pesados aos quartos e meios quilos, e são embalados dentro de sacos longos (taleigas) que comportam vulgarmente um quilo ou quilo e meio convenientemente separados por meio de barbantes, como se verifica na figura 11. Na nossa coleção de desenhos de costumes, onde está distintamente representado o pintor Francisco Resende, há um deles onde o curioso artista figurou uma padeira despejando uma taleiga para dentro de um pequeno cesto que uma rapariga lhe oferece. Por este documento se vê que esta maneira de embalagem do biscoito já é antiga, podendo mesmo chamar-se-lhe clássica, pois que deveria ter antecedido muito o uso dos sacos de papel e mesmo dos cartuxos… É grande a variedade de biscoitos que alguns destes padeiros fazem. Entre eles contam-se, os biscoitos azedos, os biscoitos de argola, as tostas doces, os biscoitos de milho, etc. Porém uns há chamados biscoitos doces, que são variados nas suas formas e vendem-se sortidos. Representam para nós mais um motivo interessante para o estudo de um povo, o que lhes dá verdadeiro valor etnográfico. Desses biscoitos damos uma perfeita e completa reprodução,(imagem nesta página) para melhor se poder avaliar a importância dos moldes que se apresentam. Assim, a figura 7 representa a mulher, recorte
ingénuo que dá o perfil de um vaso cerâmico; como fatal complemento e símbolo vulgar, muito em usança, registamos a seguir o coração, figura 2, portanto uma alusão ao amor, elemento decorativo este que é extremamente trivial na ornamentação popular. É uso ver-se o coração em ornamentos dos doces, dos jugos, dos bordados, das rocas, nos pesos de teares, na ourivesaria, etc. O coração é um signo favorito muito em voga na ornamentação folclórica portuguesa. A figura 6, representa a viola. Com este elemento completa-se a aspiração juvenil da nossa gente do campo: uma mulher, o amor e uma viola, eis a maior felicidade. A figura 1, representa um pião, segundo o informe direto que podemos colher. No entanto supusemo-lo, a princípio, ser uma algibeira. A estrela (o sol), figura 3, como símbolo solar está portanto ligado ao culto fálico, parecendo-nos pertencer à mesma categoria a rosca, figura 4, e a argola, figura 8, sendo evidente nesta configuração dos dedos polegar e índex da mão direita. As figuras 9 e 10 são, respetivamente, a serrilha e a tira. A figura 5 é um retalho, por ser a parte da massa que fica dos recortes das diversas figuras. As figuras 2, 6 e 7 estão ligadas ao amor, enfim ao sentimento e à afetividade. A mulher como causa, onde um coração vive, o
qual será preciso vencer pelo encantamento. Mas a música dispõe bem ao amor, não faltando portanto a viola, um dos instrumentos mais favoritos do nosso camponês. As figuras 3, 4 e 8, pertencem à procriação. A estrela assemelha-se a um motivo decorativo, vulgar na olaria pintada de Portalegre e cujas variantes se observam na olaria de Tondela, Tomar, Sabrosa, Pinela e Guimarães. ---------- X ---------Estamos em presença de uma quase total reprodução do texto, acima referido. O trajeto da padeira, conduzindo a sua alimária, é sobejamente conhecido ao longo dos tempos, e descrito em vários artigos. A sua leitura, permite-nos conhecer a componente etnográfica dos biscoitos. Uma curiosidade. O autor, surpreendo-os. Apresenta-nos, como personagem, um padeiro em vez da tradicional padeira. Os biscoiteiros de Valongo, eram, em minha opinião, criativos na sua simplicidade, e inspiravam-se no ambiente rural da sua contemporaneidade. Concebiam, com alguma imaginação e ingenuidade, figuras pitorescas, que tocavam o mais íntimo da natureza das pessoas: a procriação, a infância, o amor, a música, os sentimentos, etc. Naquelas antigas figuras, traçadas na massa, encontrava-se a grandeza da alma de um povo. Na sua popular sabedoria sabiam: “que nem só de pão vive o homem”
Eduardo de Sousa – O Pão – de 1897, pág. 38 e 39. (…) As padeiras de Valongo, do seu áureo período ainda hoje se recordam, por certo, aqueles que a sua idade por enquanto traz arredados da velhice. Era três vezes por semana, aos dias de feira, que por estas manhãs rumorosas entre os enormes cestões que a cada lado se prendiam no dorso das suas éguas possantes ou dos seus nédios machos. Pejavam as canastras desses pesados e saborosos pães trigueiros, especiais para a sopa fervida ou para as rabanadas do Natal, de regueifas, o pão favorito das nossas romarias e dos nossos arraiais, «que liga tão bem com as nozes e com o verdasco», e desses compridos taleigos brancos em que, como camáldulas fragmentadas de gigantes, os arráteis de biscoitos de argola e aqueles de feitios, pitorescos na sua etnografia ingénua, figurando a viola, a torcida, estrelas, os quartéis da lua, o homem, o cão, que sei eu mais… E, que pela tarde, bem antes que o sol se escondesse, quando o arruído da feira esmorecia e os campónios se iam retirando para as aldeias, enchendo as estradas dos seus grupos palreiros e apressados: lá partiam elas também, na lombada das bestas, afundando-se entre os cestos vazios, prestas e contentes com o dinheiro tilintando no saquitel e a chinela na ponta do pé a bater, toc, toc, toc, o compasso do chouto leveiro da récua em enfiada…
Deviam ser interessantes pelos restos que ainda delas subsistem, essas feiras do velho Porto dos corregedores. Não podiam as padeiras da cidade feirarem com as do campo, nem estas juntarem-se às de diferentes terras. Cada grupo lá tinha o seu pouso marcado para as rivalidades, ateando-se, não dessem o barulhento espetáculo do alarido de regatonas enfurecidas que já por tantas vezes fizera arrepiar o topete aos graves senadores da cidade e aos olheiros das coimas, os azafamados almotacés, que em idênticas ocasiões, quer quando elas se arrepelavam contra as imposições do preço e da pesagem. ---------- X ---------Este excerto, de razoável dimensão, é, como ao anterior, importante para o conhecimento do passado (passado recente) da indústria da panificação de Valongo. Nunca é demais, trazê-lo a lume, para que as novas gerações e os milhares de pessoas que de outras proveniências aqui se fixaram, tomem contacto com a história e cultura de Valongo. O ideal seria, a criação de um Manual de Acolhimento, que facilitasse a integração dos novos residentes, na vida da cidade. Um legado dos nossos antepassados. Onde constaria uma síntese retrospetiva, da história de Valongo, nos seus vários níveis: a transmissão de uma herança. Será exequível? As padeiras vinham à cidade às terças, quintas e sábados, dias de feira onde a aglomeração de clientes e de vendedeiras era maior nesses dias. Às feiras, para além das padeiras de Valongo e de outras terras circunvizinhas, como as de Avintes, também as da cidade compareciam. As padeiras de Valongo, possuíam alguns privilégios em relação às outras padeiras, e eram bem consideradas na praça. Estavam isentas de vender o pão a peso. ---------- X ----------
Jornal de Notícias – 05.06.2016 – pág. 28 – Germano Silva À Descoberta do Porto – Feira do Pão A Feira do Pão no Porto localizava-se na atual Praça Guilherme Gomes Fernandes. Realizou-se durante mais de meio século. De meados do século XIX, entre a 1850 e 1853 até aos começos do século XX, em 1909, sendo transferida para o pitoresco Mercado do Anjo (já desaparecido). A feira, realizava-se todos os dias. Os dias de maior movimento eram as terças, quintas e sábados. O pão de milho (boroa); e o de trigo (molete ou regueifa); bem como uma variedade de biscoitos regionais, com espacial relevância para os biscoitos de milho, eram os produtos mais procurados. Uma feira frequentada, especialmente pelas padeiras de Avintes para os produtos de milho, e pelas de Valongo, para os artigos confecionados com farinha de trigo. Também este historiador, Germano Silva, faz alusão à típica padeira de Valongo: “As padeiras de Valongo metiam os seus produtos em canastras devidamente acondicionadas em alvas talhas de linho, que colocavam sobre o dorso de jericos, e era ao som do toc-toc dos animais que se deslocavam até à cidade.” ---------- X ---------Os dois primeiros documentos expostos, distam, entre si, 33 anos. Foram pesquisados na Biblioteca Pública Municipal do Porto. Não obstante, considero-me, neste trabalho, como um autêntico copista, em pleno século XV. Ao longo dos tempos, vários autores nos honraram com obras ou excertos de obras, sobre Valongo, Atraídos, certamente, pela sua importante história. Um valioso contributo. Trabalho de Joaquim Manuel Pereira Marques 2016.09.20
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Diversos
Proprietário toma posse do Campo dos Sonhos Abílio Sá, o proprietário do terreno do Campo dos Sonhos em Ermesinde, exigiu na manhã do passado dia 13. uma resolução do problema até final de outubro. Caso contrário efetua despejo imediato do clube. O empresário, que adquiriu o terreno em hasta publica de 2003, apresentou-se naquela manhã para tomar posse do terreno, acompanhado da agente de execução, advogados e policia. No entanto, depois dos pedidos dos dirigentes do clube e do presidente da Junta de Freguesia, Abilio Sá decidiu esperar até final de outubro, na esperança de que a “Câmara Municipal encontre uma solução
para um problema com mais de uma década”. Recorde-se que a 25 de agosto foi publicada em Diário da República (DR) a Declaração de Utilidade Pública (DUP) que permite a tomada de posse administrativa do espaço. Ao valor estabelecido para a indemnização de 154 mil euros, o proprietário contrapõe 2,5 milhões. Citado por vários jornais, Luís Ramalho, (presidente da Junta de Ermesinde e que intermediou o diálogo entre o clube e o proprietário), descreveu que, após alguma troca de argumentos, ficou acordado o prazo até final de outubro e neste momento, resta pedir à câmara que agilize o processo de ex-
propriação. Por outro lado o presidente do Ermesinde afirmou que vai pedir uma reunião urgente ao presidente da Câmara, agradecendo a disponibilidade de Abílio Sá. Para além da equipa sénior o Ermesinde 1936 tem cerca de centena e meia de crianças nos escalões de formação que treinam naquele espaço, para além dos que treinam no Campo de Montes da Costa. Entrretanto, em recente reunião de Câmara, o presidente da Câmara de Valongo afirmou que a situação deverá estar resolvida em novembro, e que o municipio tudo está a fazer para resolver a situação.
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INFORMAÇÃO COMERCIAL
O Grupo de lojas Mário´s Ponto da Sorte abriu mais um espaço. Trata-se do segundo no centro de Valongo e situa-se na Praça Machado dos Santos (largo dos patos). É num quiosque municipal e o espaço vai priviligear a venda de produtos da Santa Casa (como raspadinhas), tabaco e terminal para pagamento de serviços, entre outros.
PEÇA INFORMAÇÕES PARA
Coletânea EscritArtes Dia 8 de outubro será apresentada a coletânea “Arte pela Escrita nove”, uma parceria EscritArtes. com e Editora Mosaico de Palavras com a colaboração da Associação Cuca Macuca. Este evento terá a cobertura jornalística do Jornal Novo de Valongo e da Informédia, Rádio e Televisão de Entre Douro e Vouga. A reportagem fotográfica será da responsabilidade do fotógrafo Filipe Marques. O evento terá lugar no Restaurante Via Garrett, Porto. A animação musical estará a cargo de Ana Maria Marques e José Santos. A declamação de poesia é aberta aos presentes na parte da manhã. No programa da tarde, após o almoço, estarão Dionísio Dinis e Alice Santos que declamarão poemas de Ana Luísa Amaral e outros. Integram esta coletânea cerca de 200 autores de Portugal e do mundo lusófono, sendo alguns do concelho de Valongo. Esta coletânea será a nona desta série, sempre publicada na comemoração do aniversário do site EscritArtes. com O brinde final será uma gentileza das Caves Castelar e do Restaurante Via Garrett.
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22 de setembro de 2016
Diversos Divulgação
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Publicações
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Passeio Sénior de Campo e Sobrado
Nº 68 do Jornal Novo de Valongo de 22/set/2016
No passado dia 13 de setembro, a Junta de Freguesia promoveu o seu Passeio anual com os Reformados e Pensionistas de Campo e de Sobrado. Este ano, o destino escolhido foi a belíssima cidade da Nazaré, com passagem pela colorida e
irreverente zona da Costa Nova, em Ílhavo e a pitoresca cidade de Aveiro. A Junta de Freguesia agradece a todos aqueles que participaram neste alegre convívio (cerca de 800) , contando com a participação de todos, e mais, no próximo ano.
1ª publicação - Nº 68 do Jornal Novo de Valongo de 22/set/2016
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2ª publicação - Nº 68 do Jornal Novo de Valongo de 22 de setembro de 2016
Câmara Municipal de Valongo Edital nº 109 “Expropriação de terreno na Rua José Joaquim Ribeiro Teles. em Ermesinde” Expropriação de parcela de terreno com 164,40 m2 José Manuel Ribeiro, Presidente da Cãmara Municipal de Valongo, faz público que: Nos termos da do art. 17º da Lei nº 168/99, de 18 de setembro (Código das Expropriações), que por despacho do Secretário de Estado das Autarquias Locais de 08 de julho de 2016, publicado no Diário da República 2ª Série, nº 142 de 26 de julho de 2016, foi declarada a utilidade pública, a favor da Câmara Municipal de Valongo, da expropriação, sob o prédio sito na Freguesia de Ermesinde e assim identificado: Parcela - inscrita na matriz predial urbana da referida freguesia sob o artigo 236 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Valongo sob o nº 7271, propriedade de José Carlos Carneiro Soares e Duarte Carneiro Soares, com área de 165,40m2: Nestes termos vai proceder-se em conformidade com o preconizado na citada lei, a fim de se efetuar a posse administrativa da parcela acima identificada. Valongo e Paços do Concelho, aos 17 de agosto de 2016. O Presidente Dr José Manuel Ribeiro
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Ăšltima