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132outubro 2016

quinzenal

custo 1 euro

diretor: agostinho ribeiro

Comandante dos Bombeiros de Valongo agradece apoio dos valonguenses

“População foi muito solidária” Miguel Viterbo, técnico da equipa sénior da Associação Desportiva de Valongo

“Com trabalho e o apoio dos sócios vamos conseguir”


Atualidade

13 de outubro de 2016

Semana Europeia da Democracia Local O Município de Valongo associa-se pelo terceiro ano consecutivo à Semana Europeia da Democracia Local, promovendo diferentes iniciativas, que começaram a10 e se prolongam até esta sexta feira, 14 de outubro, no Fórum Cultural de Ermesinde. A programação pretende alcançar vários tipos de públicos e inclui peças teatro, woskshops, uma exposição retrospetiva e o seminário subordinado ao tema «Transparência: Uma Comunidade participativa é uma comunidade mais esclarecida», com a participação do secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, e do presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro. “É urgente inverter o sentimento de desconfiança e o desconhecimento crescente da população em relação ao funcionamento da administração local e à forma como são geridos os escassos recursos públicos. Para devolver a esperança à comunidade, é necessário

capacitar mais os cidadãos para que sejam os melhores aliados na boa governação local. Por isso, apostamos na implementação de medidas simples, como a comemoração da Semana Europeia da Democracia Local, que resultem de novas formas de encarar os recursos existentes, com mais transparência, proximidade, rigor e interação com os cidadãos”, salienta José Manuel Ribeiro. A Semana Europeia da Democracia Local é um evento anual europeu, que pretende estimular as autoridades locais de todos os Estados Membros do Con-

selho da Europa a refletir, sobre as suas responsabilidades como atores fulcrais nas sociedades democráticas. Este ano, sob a temática ‘Viver juntos em sociedades multiculturais: o respeito, o diálogo, a interação” os estados são convidados a organizar eventos públicos com o objetivo de interagir com os seus cidadãos, promovendo a consciência democrática e incentivando-os a participar nas oportunidades oferecidas por meio de processos de democracia participativa.

Corujas em liberdade

No dia 7 de outubro, foram libertadas mais duas corujas-do-mato na Serra de Santa Justa, que estiveram em recuperação no Parque Biológico de Gaia e que se encontram agora em condições de viver autonomamente em liber-

dade. Esta iniciativa visou também sensibilizar a população para a necessidade de se preservar e conhecer melhor as espécies selvagens, bem como o trabalho desenvolvido pelos centros de recuperação de fauna

portugueses. Esta ação resultou da colaboração entre o Município de Valongo e o Centro de Recuperação de Fauna do Parque Biológico de Gaia e integrou-se nas comemorações do Dia do Animal.

Rede de Autarquias participativas

Consolidar a rede assegurando a sua representação política, alargá-la dos atuais 53 para os 308 municípios de Portugal, e ainda contribuir para o reforço político e institucional dos mecanismos de democracia participativa no país através da partilha de informação e experiências em três grandes conferências, são os principais objetivos do Programa Rede de Autarquias Participativas para 2016/17. A apresentação do programa decorreu no dia 10 deste mês no Salão Nobre da Câmara Municipal de Cascais, destacando-se, desde logo, a capacidade de união entre os municípios. “Cascais, Valongo e Ponta Delgada venceram a candidatura para a presidência da Rede de Autarquias Portuguesas (RAP), mas os municípios da outra lista juntaram-se a nós, pelo que contamos também com Águeda, Funchal e Braga”, salientou, sa-

tisfeito, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais. “Hoje apresentamos o programa de governo da RAP, mas o trabalho já começou há muito, com os técnicos das autarquias, que são, de facto, os grandes motores da aplicação e desenvolvimento desta modalidade da democracia participativa”. Salientando a importância de a RAP envolver municípios de várias cores partidárias, Carlos Carreiras mostrou-se perentório: “a Democracia Participativa é demasiado abrangente para se colocar ao nível do jogo político local”. Reconhecendo que “Cascais tem vindo a fazer um trabalho com muito mérito”, José Manuel Ribeiro, presidente da Câmara Municipal de Valongo, mostrou-se muito otimista quanto aos meses que se seguem: “estamos muito empenhados em dar um contributo para que a rede se fortaleça e que os cida-

dãos participem cada vez mais de uma forma democrática”. “Este é um projeto ousado”, referiu, por seu lado, José Manuel Bolieiro, presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Açores, particularmente satisfeito com o facto de a rede abarcar representantes do continente e ilhas. “É a bondade destes exercícios de democracia participativa que podemos difundir através das boas práticas do Orçamento Participativo”. De acordo com o autarca, para quem “Cascais é um exemplo de referência”, a Rede das Autarquias Participativas “é a base ideal para aperfeiçoar e fazer crescer a rede uns com os outros, levando o OP àqueles municípios que ainda não têm”. texto e foto: CM Cascais

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FICHA TÉCNICA - JORNAL NOVO DE VALONGO - O Jornal do Concelho de Valongo - Edição nº 69 - 13 de outubro de 2016 - Direção e propriedade: Agostinho Ribeiro; Colaboradores: Filipe Marques e Luis Neves (fotografia); Raquel Vale; Carlos Silva; Abel Sousa; Francisca Costa; JMB; António Cardoso; Teixeira da Silva Paginação, gestão e publicidade: Cuca Macuca ADI

Registo ERC 125820 Depósito Legal BN 372095/14 Morada - Rua Rainha Santa Isabel 351 6º CS - 4440-569 Valongo

Endereço eletrónico jornaldevalongo@gmail.com telm 911116453 Impressão: Coraze - Oliveira de Azemeis

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Divulgação

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13 de outubro de 2016


Destaque

13 de outubro de 2016

No calor dos incêndios florestais, resposta solidária foi positiva.

Bombeiros de Valongo agradecem apoio O verão de 2016 foi dos piores dos últimos anos no que ao número de ignições diz respeito na área dos Bombeiros Voluntários de Valongo. Bruno Fonseca, comandante dos voluntários de Valongo afirmou ao Jornal de Valongo que “foi de facto, e está a ser ainda, um ano com muito trabalho, com muitas ignições, mas demos sempre resposta aos apelos. Para além das ignições na nossa área demos apoio também a outras corporações, como também as outras corporações nos deram apoio a nós. Tem havido uma melhoria na triangulação de meios, as coisas funcionaram melhor”. No que se refere a prejuízos, os mais importantes têm a ver com terrenos agrícolas e com alguns espaços de armazenamento, como um anexo em Balselhas. Bruno Fonseca afirmou-se ainda satisfeito por não ter havido incêndios na área de Santa Justa. “Estávamos com algum receio, mas felizmente que todo o trabalho de vigilância, quer de iniciativa municipal, quer por parte dos sapadores florestais, resultou em pleno. A vigilância minimiza o risco de grandes incêndios.” No caso de Couce, o problema maior foi a projecção do incêndio que veio de S. Pedro da Cova. “Junto ao Alto do Ramalho, conseguimos dominar o incêndio com uma força musculada. Se não tivéssemos conseguido, teria sido complicado e o fogo podia ter seguido para Pias e Santa Justa”, referiu Bruno Fonseca ao JNV, que destacou ainda a mais-valia dos acessos estarem em perfeitas condições, graças ao trabalho de preparação efectuado em Março, com apoio da autarquia valonguense, que disponibilizou maquinaria adequada. Esta época de incêndio afetou elevada área circundante à cidade e o comandante afirmou que “o nosso objetivo foi sempre proteger bens e pessoas e isso foi conseguido”.

Sobre uma das razões dos incêndios, a falta de limpeza das matas, Bruno Fonseca afirmou que “essa falta de limpeza é uma realidade e para o futuro próximo terá de haver uma forma de obrigar as pessoas a efectuar essa limpeza. Há uma certa dificuldade em obrigar as pessoas a fazer a limpeza, muitas vezes porque não se sabe quem são os proprietários, mas muitas vezes por desleixo e falta de cuidado”. Na altura mais complicada foi notado um aumento do apoio da população, com oferta de bens como água e leite e outros bens. “O povo de Valongo está cada vez mais solidário com os bombeiros, as empresas também têm sido solidárias e por exemplo nas festas da cidade foi angariado um apoio de cerca de seis mil euros. Colocamos uma faixa no quartel a agradecer, mas aproveito esta oportunidade que o Jornal de Valongo me dá, para voltar a agradecer esse apoio”. No que se refere a condições de trabalho, em relação a incêndios florestais todos os voluntários têm equipamento de protecção

individual e para combate a incêndios urbanos e industriais, os primeiros cinquenta equipamentos ficam prontos no final de outubro. Ficam a faltar cerca de quarenta, e para isso o comandante promete continuar a encetar esforços para conseguir a verba necessária. Em relação a veículos, foi alienado um e está a ser transformado outro, havendo necessidade de aquisição de um veículo para incêndios florestais, situação que está a ser estudada.

Cobertura por resolver No que se refere a outras carências, continua por resolver a questão da cobertura do quartel, que recorde-se, é em fibrocimento e que está degradada. “Apresentamos já várias candidaturas, mas resposta concreta ainda não houve, estamos à espera de uma resposta positiva”, referiu o responsável que acrescenta: “Vem aí o inverno e será mais um ano em que vai continuar a chover no quartel”.

Simulacro de salvamento

Embora esta ação já tenha ocorrido em final de agosto, é importante a divulgação, até para dar a conhecer que este tipo de ações são comuns com os voluntários valonguenses. Os Bombeiros de Valongo, juntamente com os operacionais do INEM de Valongo e Gondomar, decidiram levar a cabo um simulacro de resgate e salvamento de uma criança em meio aquático. O local escolhido foi o tanque de Quinta Rei e foi testada a articulação entre os mergulhadores dos BV Valongo e os elementos do INEM.

O E-Leclerc foi uma das empresas a apoiar os Bombeiros de Valongo, com uma campanha que efetuaram no seu espaço.

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Atualidade

13 de outubro de 2016

Intervenção nas escolas do concelho deverá avançar em 2017

Acordo sobre escolas do concelho O presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, anunciou na passada quinta-feira, dia 6, que a primeira fase das obras de requalificação da Escola Secundária de Ermesinde arrancará em 2017, bem como será elaborado o projeto de requalificação da Escola Secundária de Valongo, havendo ainda o compromisso de se encontrarem as verbas necessárias para se concluírem a totalidade das obras da segunda fase no âmbito da reprogramação dos fundos comunitários do Portugal 2020. “Conseguimos um entendimento com o Senhor

Ministro da Educação relativamente às verbas do mapeamento para avançar com dois acordos, um para a Secundária de Ermesinde e outro para a Secundária de Valongo. Os acordos virão à próxima reunião de Câmara (a realizar esta quinta-feira)”, afirmou o autarca, revelando que “ficará reconhecido contratualmente que haverá duas fases, pois são manifestamente insuficientes os 4 milhões de euros disponíveis no mapeamento dos fundos comunitários (3,9 milhões de euros para a Secundária de Ermesinde e 100 mil euros para a Secundária de Valongo)”. “A reunião que tivemos

com o Senhor Ministro da Educação, Professor Tiago Brandão Rodrigues, foi extremamente positiva para o concelho de Valongo. Houve o reconhecimento das especificidades do nosso Município, que nos últimos anos teve um tratamento injusto. O Senhor Ministro revelou mais uma vez que é um governante que apoia a escola pública”, referiu José Manuel Ribeiro, na reunião de câmara referida. Os acordos com o Ministério da Educação implicam que a Autarquia contribua com 7,5% da contrapartida nacional.

Deputados do PS e do PCP visitam escolas

Uma delegação parlamentar do PD, chefiada por Joana Lima, e com os presidentes da Câmara José Manuel Ribeiro e da Junta de Valongo Ivo Neves, a acompanhar, visitou as escolas secundárias de Ermesinde e Valongo, tendo reuniudo com as respetivas direções. Verificar in loco as carências dos dois estabelecimentos que não estiveram no lote de escolas melhoradas, foi o objetivo da visita. Na altura Ivo Neves chamou a atenção também para a situação da EB 2/3 Vallis Longus, também com carências e com placas de amianto em vários locais. Os deputados prometeram solicitar explicação ao Ministério de Educação.

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No âmbito das jornadas parlamentares do PCP, que decorreram na segunda feira dia 10, um grupo de deputados chefiados pela Vice-presidente do Grupo Parlamentar, Paula Santos e com o vereador Adriano Ribeiro a acompanhar visitou a Escola Secundária de Ermesinde. Na oportunidade a delegação comunista reuniu com a direção para auscultar as opiniões sobre as carências de uma escola, cuja reparação já esteve agendada, mas que tem sido adiada. Paula Santos prometeu intervir no Parlamento sobre o assunto.


13 de outubro de 2016

AD Valongo

Miguel Viterbo, treinador da AD Valongo, acredita que apoio do público ajudará equipa a chegar longe

“Queremos ficar nos seis primeiros lugares” Miguel Viterbo é treinador de hóquei em patins da Associação Desportiva de Valongo desde meados da época passada, quando Paulo Pereira deixou de ser treinador da ADV. Como jogador, Viterbo iniciou a carreira no Fânzeres (Gondomar) e passeou a sua classe pelo FC Porto, Juventude Pacense, Nortecoop, Juventude de Viana, Valongo, Porto Santo, Espinho, Barcelos e novamente Valongo. Como técnico, as primeiras experiências aconteceram nas escolinhas da ADV e refere ao JNV que “sempre tive desejo de ser treinador e até dizia que seria melhor treinador que jogador”. A chegada aos seniores apareceu por acaso e “de forma inesperada. Foi uma surpresa, primeiro a decisão do Paulo Pereira e depois nunca pensei que viessem falar comigo”. Viterbo disse ao JNV que “depois do convite tive de falar com a família e algumas pessoas, porque a decisão não foi fácil. Em termos de coração seria uma decisão fácil, mas a responsabilidade era muita”. Na época passada o trabalho foi mais de gestão e continuidade do trabalho que vinha sendo efetuado. Para esta época o trabalho foi feito com planeamento e com algumas ideias novas. Refere o técnico que “juntamente com o João Almeida, Jorge Vieira e José Caldas começamos a preparar a época”. Sendo do conhecimento geral que a AD Valongo não tem os meios financeiros de clubes como Benfica, Porto, Sporting, Oliveirense e Hóquei de Barcelos, preparar um plantel competitivo não foi tarefa fácil. Miguel

Viterbo refere que “substituir três atletas campeões nacionais como Nuno Araújo, Henrique e Hugo Azevedo nunca é fácil. Mas é como tenho vindo a dizer, os nomes não nascem, mas constroem-se. Daqui a dois ou três anos alguns destes rapazes vão ser conhecidos e estaremos a falar do João Ramalho, João Almeida, do Seixas como hoje falamos do Henrique, do Telmo e de outros. É preciso crescer e formar. O Valongo nos últimos anos foi buscar jogadores de formação a outros clubes e hoje são o que são. Vai acontecer o mesmo com os atuais atletas”. Acerca da formação da ADV, Miguel Viterbo refere ser importante que continue o bom trabalho que tem sido feito e que tem tido resultados com títulos nacionais e com várias atletas a serem chamados às respectivas seleções . Diz o treinador que “a equipa sénior é a equipa mais jovem e inexperiente do campeonato nacional. Não é fácil para um primeiro ano, mas com trabalho e com o apoio fantástico da massa associativa vamos conseguir. No passado sábado lembrei-me o apoio que tivemos na época 2013-2014, quando eu era jogador. Depois da derrota da Luz nunca pensei que tivéssemos tanto apoio. Infelizmente não conseguimos vencer, sofremos dois golos logo de início, mas a equipa respondeu bem”. O calendário desta época colocou logo nas duas primeiras jornadas dois candidatos a defrontar o Valongo, mas p técnico desvaloriza “vamos ter de jogar com todas as equipas e jogos fáceis não existem.

Por exemplo se alguém espera facilidades no próximo jogo (Riba D’Ave) eu não sou. Trata-se de uma equipa com vários atletas que passaram pelo Valongo e que com o Hugo Azevedo ficou mais forte e teremos de ter todos os cuidados”. Acreditando que o objetivo de alcançar uma posição nos seis primeiros lugares será concretizado, Miguel Viterbo disse ao JNV que “vamos lutar jogo a jogo pela vitória, seja contra quem for e vamos contar com o apoio dos sócios e simpatizantes para chegarmos a esse objetivo. Quando se trata de uma equipa jovem e mesmo quando as coisas não correm pelo melhor, o carinho e apoio do público é importante o que agradecemos desde já, porque com o Sporting foi espetacular”

Recordar a apresentação

A apresentação da ADV , época 2016/2017, decorreu no ginásio Play em Valongo

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AD Valongo

13 de outubro de 2016

Capitães da AD Valongo, Leonardo Pais e Ruben Pereira, acreditam numa boa época

“Somos uma equipa jovem, mas com ambição” Ruben Pereira

Leonardo Pais

Leonardo Pais está pela segunda época na AD Valongo e é um dos capitães da ADV. Guarda-redes formado nas escolas do FC Porto, foi neste clube que fez toda a formação, indo depois representar a Juventude de Viana durante cinco épocas.

Para o atleta a primeira época foi de adaptação, refere “gostar muito do Valongo e das gentes da cidade. Os meus anteriores clubes fizeram-me crescer bastante e espero que o mesmo aconteça em Valongo”. Sobre a actual época,

Leonardo diz que “apesar de sermos uma equipa jovem, temos muita ambição e irreverência e queremos sempre fazer mais, vamos entrar em campo sempre para ganhar, seja com uma equipa teoricamente mais fraca, seja com uma superpotência. Prometemos trabalho”. O guarda-redes diz que o apoio dos sócios e simpatizantes é importante, “como se viu agora no jogo com o Sporting. Já no ano passado nos acompanhou em várias deslocações e aqui no S. Siro é mesmo muito importante, criando um ambiente hostil para os adversários e um apoio enorme para nós”.

Ruben Pereira, 26 anos, é um dos capitães da AD Valongo. Iniciou a sua carreira no Espinho, passou pelo Gulpilhares, Braga, Oliveira de Azeméis e está na segunda época na ADV. Questionado sobre o que encontrou no Valongo, responde imediatamente:

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A Junta de Freguesia de Valongo apoia o Desporto na Freguesia Página

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“uma família. Este é um clube diferente, com uma mística especial. Toda a estrutura é unida e apoiamo-nos uns aos outros”. Sobre esta época Ruben Pereira diz que “começamos mal, mas também enfrentamos duas grandes equipas. Vamos subir na

classificação e estamos a trabalhar bem no sentido de conseguirmos atingir os objectivos, somos uma equipa jovem mas vamos sempre lutar até ao fim. Apelo aos sócios que continuem a apoiar-nos como fizeram no jogo com o Sporting”.


13 de outubro de 2016

Atualidade

Apresentado projeto: Valongo, Cidade Utópica O projeto «Valongo, Cidade Utópica» foi apresentado ao público no Auditório Dr. António Macedo, numa sessão que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Valongo - José Manuel Ribeiro, da Diretora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) - Professora Doutora Fernanda Ribeiro e da Diretora do Agrupamento de Escolas de Valongo - Paula Sinde. Nesta cerimónia, o grupo de alunos da Escola Secundária de Valongo apresentou publicamente o seu o projeto vencedor da Edição de 2016 do Concurso PAN-Utopia 2100, que visa o combate ao desperdício alimentar através de um frigorífico comunitário que brevemente será disponibilizado à comunidade. Antes, a Professora Doutora da FLUP Fátima Vieira (Coordenadora do Polo do Porto do CETAPS – Centre for English, Translation, and AngloPortuguese Studies) deu a conhecer as iniciativas que estão a ser desenvolvidas no âmbito do protocolo entre o Município de Valongo e a FLUP. Fazem parte do projeto «Valongo, Cidade Utópica» as iniciativas PAN-Utopia 2100, que tem por objetivo sensibilizar as populações para a problemática do desperdício alimentar; e Grandes Mentes Utópicas, que visa a revalorização do património humano de Valongo, através da identificação de indivíduos cuja memória não faz parte da História urbana ou foi por ela esquecida. Está também a iniciar-se mais um subprojeto estreita parceria com o projeto internacional The Guest Book Project, no caso português visando a aproximação cultural às comunidades ciganas. Em todos os casos, pretende-se

envolver estudantes de todas as idades e diferentes níveis de escolaridade. Ainda no âmbito da apresentação pública do projeto «Valongo, Cidade Utópica», no Museu Municipal de Valongo foram inauguradas a exposição dos trabalhos finalistas do Concurso Internacional de Desenho e Fotografia DPic Arquitetura, Arte e Imagem – Utopia 500 e a instalação Ecotopia que tem como curador o Professor Doutor Nuno Coelho (University of Arts, London/Ecotopia) e que integra a programação do London Design Festival. Ecotopia é uma instalação que apresenta as visões sustentáveis de especialistas de renome em áreas como a ciência, a antropologia, a filosofia, os estudos políticos, o design e a arquitetura e que proporciona uma experiência tridimensional e multisensorial através da visão, da audição e do tato. As obras expostas oferecem uma interpretação das visões desses especialistas de como poderá ser uma Ecotopia. A organização e curadoria das obras teve em conta temas recorrentes como comunidade, processo, energias renováveis, pensamento utópico, localização e a ideia de que fazemos parte da terra. A instalação inspirase no romance Ecotopia (1975), onde Ernest Callenbach nos incita a uma nova forma de pensarmos o mundo, colocando a sustentabilidade e preservação do planeta no centro dos nossos valores e das nossas ações para assim imaginarmos uma vida nova, longe do consumo e crescimento desenfreados. Como escreveu Callenbach em Ecotopia, “O mais importante é a ânsia de se viver em equilíbrio com a natureza, pisar levemente a terra, tratá-la como a

uma mãe. Não deverá por isso surpreender que essa moralidade veja como suspeita a maioria dos processos industriais, horários de trabalho e produtos”. Ecotopia recria a instalação homónima que integrou o programa do London Design Festival (17-25 set.2016) em sintonia com o tema inaugural do London Design Biennale, “Utopia By Design”, no âmbito das comemorações dos 500 anos da publicação de Utopia, de Thomas More. Foi criado um catálogo em complemento à instalação contendo um curto ensaio assinado pelos membros da equipe da Ecotopia, as questões que colocaram aos especialistas, todas as respostas recebidas e ainda

algumas ilustrações. A instalação é reforçada por um site (www.ecotopia2016.

org) e por páginas de redes sociais (Facebook; Twitter (@Ecotopia2016); Ins-

tagram (www.instagram. com/ecotopialdn2016).

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Atualidade

13 de outubro de 2016

Incêndios destroiem unidades industriais

Incêndio destrói fábrica pneus BOMPISO em Ermesinde. Bombeiros de Ermesinde, Valongo, Areosa, Baltar e S. Pedro da Cova estiveram no local. Foi na terça-feira dia 11 e as causas ainda não estão apuradas, mas o incêndio deve ter tido início num espaço contiguo onde funciona um ginásio. Segundo afirmou o proprietário, à empresa que tem cerca de vinte funcionários, vai continuar a laborar noutras instalações.

Uma fábrica ardeu totalmente em Campo, Valongo, na madrugada do dia 3 segunda feira. Trata-se da Soplast, uma fábrica de componentes plásticos para várias industrias. De acordo com fonte do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) do Porto, o fogo, que deflagrou cerca das 03.50 horas,foi combatido por elementos de dez corporações de bombeiros, além da GNR. A fábrica empregava cerca de uma centena de trabalhadores, não se sabendo quantos vão continuar na empresa.

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Diversos

13 de outubro de 2016

Conselhos de Saúde

Os seus filhos ficam cansados quando estão a ler ao perto e perdem muito facilmente a concentração? Saiba o que pode provocar estes sintomas. A visão constitui um aspecto fundamental no crescimento e no desenvolvimento da criança, sendo responsável por grande parte da informação que esta adquire. É, por isso, importante que qualquer problema ou deficiência na visão seja detectado na infância, antes da formação da visão estar completa, de forma a aumentar a probabilidade de sucesso dos tratamentos necessários. A hipermetropia é um dos problemas que mais afecta as crianças e muitas vezes não é descober-

A sua visão -1 to atempadamente por não manifestar sintomas. Quando não é corrigida pode levar ao desenvolvimento de outros problemas como a ambliopia (olho preguiçoso) ou o estrabismo (desvio dos olhos). Hipermetropia, ou dificuldade em ver ao perto, é uma anomalia de refracção ocular que faz com que a imagem seja formada atrás da retina, dificultando a visão dos objectos a curta distância. Quanto maior o grau de hipermetropia, maior a dificuldade em ver nitidamente ao perto. É normal as crianças com hipermetropia apresentarem dor de olhos ou cabeça, lacrimejarem, piscarem frequentemente, sentirem ardor e vermelhidão nos olhos, perderem a concentração, e consequentemente terem menor rendimento escolar. O esforço permanente de acomodação para manterem uma visão nítida pode ser a causa destas manifestações, mais frequentes ao fim do dia. A hipermetropia é corrigida através do uso de óculos, temporários ou

permanentes dependendo do valor da mesma. As lentes de contacto também podem ser uma alternativa. A maioria das crianças não sabe referir quando não vê bem. Acredita que a visão que tem seja normal, porque nunca viu de outra forma. Por isso os pais devem estar atentos a qualquer alteração do olho, como o lacrimejo ou vermelhidão, ou outros sinais como o baixo rendimento escolar, desinteresse por leitura, dor de cabeça, mal estar quando realizam actividades em que usam a visão se perto. Caso se deparem com algum destes sintomas é recomendável a realização de uma consulta o mais breve possível. Dra. Rosária Barbosa apoio

9º Rendez Vous Escritartes

Escritores de Valongo em destaque Um dia de festa com autores de Portugal, Brasil, Angola e Espanha! Ponto alto do evento – lançamento da 9.ª coletânea organizada pelo site Escritartes.com, “A Arte pela Escrita Nove”, numa parceria com a Editora Mosaico de Palavras Editora, parceria essa que vem desde o início da publicação da série “A Arte pela escrita”. A cidade do Porto tem sido muitas vezes o palco dos “Grand Rendez-vous EscritArtes” e este ano a tradição manteve-se. Os 129 autores selecionados para esta publicação fizeram o seu melhor para dignificar mais este livro e, no passado dia 9 de outubro, (aniversário do site)70 pessoas, lotação máxima

da sala, entre escritores e alguns amigos juntaramse à mesa de almoço para confraternizarem, após uma sessão de declamação de poemas de alguns autores presentes e da poetisa este ano homenageada – Ana Luísa Amaral. O Restaurante Via Garrett que tem colaborado nos últimos anos com o site EscritArtes foi pequeno para o evento já que tarde fora se juntaram na sala mais de 140 pessoas para assistirem à apresentação da obra sob a responsabilidade de Goreti Dias e Vitor da Rocha. Animaram a sessão os cantores, Manuel Bastos, Ana Maria Marques e José Santos Leite. O evento terminou com os parabéns ao site, bolo e espumante ofertas respetivamente do Restaurante Via Garrett e das Caves Castelar). Dos autores presentes

nesta coletânea Arte pela Escrita Nove, catorze eram de Valongo e fizeram-se presentes no evento. A seleção, organização e revisão da obra estiveram a cargo de Goreti Dias, Presidente da Direção da Associação Cuca Macuca, sendo a Mosaico de Palavras Editora a responsável pela publicação. Um livro de excelente aparência e conteúdo. Um misto de géneros, garantia de que as 447 páginas nos darão horas e horas de agradável e variada companhia. No final, Elvira Santos (coordenadora editorial), Vitor da Rocha (editor) e os Administradores do site (Dionísio Dinis e Goreti Dias) estavam visivelmente satisfeitos com o evento e com mais esta publicação.

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Alfena/ERmesinde

13 de outubro de 2016

Festa do Brinquedo foi um êxito

Promovida pela Câmara Municipal de Valongo em parceria com a Junta de Freguesia de Alfena, a Festa do Brinquedo regressou ao Centro Cultural de Alfena, de 23 a 25 de setembro, com a magia e o encanto das brincadeiras de antigamente, jogos tradicionais, brinquedos didáticos e muita animação. Milhares de pessoas de diferentes gerações marcaram presença neste grande evento organizado para a preservar, valorizar e divulgar o brinquedo tradicional enquanto património identitário do concelho de Valongo, na cidade de Alfena conhecida como a “a Terra do Brinquedo”. A Festa do Brinquedo foi mais um contributo para a promoção de Alfena e do concelho de Valongo como uma referência nacional neste contexto.

“O brinquedo é uma das nossas facetas identitárias. Tem um papel importantíssimo, que não deixa ninguém indiferente”, salientou o Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, referindo que “a Festa do Brinquedo é um contributo para reforçar a estratégia de afirmação do concelho de Valongo não só na região, mas também no País e no Noroeste Peninsular”. Para isso, frisou o autarca, “é muito importante assegurar a colaboração quer das autarquias locais quer dos artesãos e industriais do brinquedo, que serão também fundamentais para a concretização da futura Oficina de Promoção do Brinquedo Tradicional Português”. A Festa do Brinquedo dividiu-se em diferentes

núcleos: marcas do concelho (brinquedo tradicional de chapa e de madeira), museus convidados, colecionismo, exposições, oficinas, atividades lúdicas (jogos didáticos, insufláveis, jogos tradicionais, etc.) e gastronomia. Paralelamente, decorreu um vasto programa de animação cultural em dois palcos, onde marcaram presença associações de todo o concelho. Quim Roscas e Zeca Estacionâncio, The Bitols e As Músicas da Sónia foram os cabeças de cartaz da programação, onde se destacou o palco de trabalho ao vivo, no jardim do Centro Cultural de Alfena, no qual, rotativamente, marcas do concelho e artesãos do brinquedo mostraram ao público como se constroem brinquedos tradicionais e artesanais.

CPN fez 75 anos e recebeu medalha O CPN celebrou 75 anos de atividade com uma Gala de Aniversário no passado dia 2 de outubro. Nessa gala a Câmara Municipal de Valongo entregou a Medalha de Valor Desportivo ao CPN, considerando os relevantes serviços da coletividade não só ao nível desportivo, mas também nas vertentes social e cultural. O CPN – Clube de Propaganda da Natação comemora 75 anos de existência, em outubro de 2016. Durante todos estes anos o clube esteve ao serviço da Cidade de Ermesinde, do Concelho de Valongo e do País, sendo esta efeméride o momento ideal para se efetuar o devido reconhecimento. Desde a fundação, em 1941, até ao presente, o CPN

momento desenvolveu várias modalidades desportivas, com a conquista de muitos e variados títulos e prémios ao mais alto nível, como o Basquetebol, Andebol, Natação, Karaté, Xadrez, Pesca Desportiva, Ténis de Mesa, Ginástica, Damas, Cicloturismo, Voleibol, Bilhar, Aeromodelismo, Halterofilismo, Tiro ao Alvo, Hóquei em Patins, Automobilismo e Pólo-Aquático, representando e dignificando sempre a Cidade de Ermesinde e o Concelho de Valongo. O CPN educou e formou milhares de jovens, oriundos não só do Concelho de Valongo, mas também dos concelhos vizinhos, de outras regiões do país e até atletas internacionais que fizeram parte da equipa de

Basquetebol do CPN. Em todas as épocas desportivas o Clube de Propaganda da Natação tem centenas de atletas nas escolas de formação, nas mais variadas modalidades, disputando em várias delas os títulos de campeões distritais, regionais e nacionais. Recentemente, são de destacar os êxitos desportivos do atleta do CPN Carlos Rodrigues, Campeão Mundial de Komite (Combate), Veteranos, em 2016, salientando-se também o desempenho do treinador do CPN Agostinho Pinto, Selecionador Nacional da Seleção Nacional de Basquetebol Feminino Sub 18. Ainda em 2016, a equipa do CPN de Basquetebol Feminino Sub 14 sagrouse Bicampeã Nacional.

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Documento Valongo

Existem várias versões sobre a origem do galicismo em epígrafe. A única que eu conhecia, referiase a um pretenso general francês, de nome (Moulet, Mollet ou Moullet) que, aquando das invasões napoleónicas, decidira mandar reduzir o tamanho e o peso do pão. Os motivos divergem: racionamento, para ultrapassar a carência de cereais; para o distribuir mais facilmente pela soldadesca; porque era um grande apreciador desse tipo de pão… Quando o pão, confecionado em Valongo, partia, diariamente, acondicionado em cestos, nos carros, em direção ao Porto ou a Ermesinde (Convento da Formiga). As pessoas, na rua, à sua passagem, diziam: Lá vai o pão para o molete! Surpreende-me que, esta tradição, lenda ou realidade, não merecesse qualquer registo, no livro do Padre Joaquim A. L. Reis, A Vila de Valongo de 1904. Sendo ele, quanto a mim, um bairrista convicto, para além de um grande estudioso sobre Valongo. O seu livro contém várias páginas, sobre a permanência e peripécias dos franceses em Valongo, revelando a ocupação da igreja de Valongo, transformada em cavalariça e de algumas das suas atrocidades, quando a divisão comandada por Mermet, foi enviada por Soult para Valongo, para manter as comunicações entre o Porto e Amarante, onde se encontrava a sua artilharia. Sobre o general Mollet (molete), nada! Passei uma pequena parte da minha vida, em bibliotecas. Ao percorrer o meu arquivo, deparei com uma fotocópia de, O Tripeiro, com o título: O «Reimão» e o «Molete». Regressei, por isso, à Biblioteca Pública Municipal do Porto, a fim de preparar este tema em evidência. ---------- X ---------O Tripeiro – Ano XIV - de 05 de Set. de 1958 – pág. 141 e 142 - José G. Pinto Moreira O «Reimão» e o «Mo-

O Molete: a origem da designação é lendária ou verdadeira ? lete» Sob o título que nos serve de epígrafe, inseriu O Tripeiro no seu n.º 67, I série, de 1 de Maio de 1910, um artigo da autoria de Um Velho Maduro, no qual se relatou a origem lendária, ou verdadeira, porque no Porto, e no norte do País, mais comummente se conhece o pão dito de trigo pela designação de molete. Depois de citar vários dicionários de português, de francês, e algumas enciclopédias que registam esta palavra e o seu significado: - Mollete – mole, fresco. Diz-se do pão de trigo pequeno e mole. É termo usado no norte do País; - Mollete – s. m. (Douro e Minho). Pão mole de trigo e com pequeno volume; - Mollet, ette – Pain mollet, blanc e leger; - Mollet, te – Brandinho, molezinho (pain mollet, pão molete, mimoso); referiu o autor daquele artigo que, passeando certo dia com um velho amigo e investigador pelas ruas da cidade, ao passarem pelo local que ao tempo ainda era conhecido por Reimão, esse amigo lhe contara que quando as hostes de Napoleão bateram em retirada, após a invasão da península nos começos do século passado, entre os vários franceses que por cá ficaram houve um que se dedicava à profissão de padeiro, e se estabeleceu no local onde durante largo número de anos «… existiu aquele retiro ou quintalinho onde se petiscava às tardes o belo sável frito, a saborosa pescada cozida acompanhada das competentes azeitonas e salada de alface, e regados com o espumante verdasco. «Chamava-se o homem Reymont, e, segundo a lenda ou tradição, daí veio ao sítio o nome de Reimão. Como o pão que o francês fabricava era mole, chamava-lhe ele «Mollet» ou «pain mollet». «Ora daí a corrupção para molete, segundo afirmam, nome porque entre

nós, e muito principalmente no norte do País, se conhece o pão de trigo». Por sua vez Firmino Pereira, em nota a pág. 27 do seu livro O Porto d´outros tempos, de 1914, refere: «O Reimão foi o restaurante mais afamado que teve o Porto. Fundou-o o francês Mr. Raimon, que primeiramente se estabeleceu com uma padaria, vulgarizando o pain mollet, que o povo transformou em molete, como transformou em Reimão o nome do engenhoso e afortunado industrial. O Reimão e o Hotel do Louvre, de M.me Alvelos, têm uma curiosa e interessantíssima história que oportunamente será contada». Quanto ao Reimão, a história ou lenda, quer na versão de Um Velho Ma-

das partes mais remotas, como eram os da Beira, Entre-Minho-e-Douro e Trás-os-Montes, os quais eram forçados, para tratar das suas demandas, a ir a Lisboa, ou a qualquer parte onde estivesse a Casa da Suplicação, que se deslocava com a corte» (Fortunato de Almeida – História de Portugal, vol. 5.º, pág. 239). - «Filipe II de Espanha, querendo atrair os ânimos dos portugueses,… resolveu extinguir a Casa do Cível de Lisboa e criar outra no Porto, com o nome de «Relação da Casa do Porto»; o que levou a efeito por lei de 27 de Julho de 1582» (Ob. e vol. cit., pág. 241) Ora, segundo o beneditino Manuel Pereira de Novaes, o estabelecimento

Grandeza y de la mucha Riquesa que se le acrescienta Por los gastos que aqui hasen los litigantes pues son tantos en numero y quasi lo màs frequente de su Poblacion y, como Vesinos della, pues concurren tan amenudo tantos que màs se jusgan por Vesinos que por forasteiros y deste modo se procura su abasto, con ser assi que siempre es mucho y de lo mejor de la tierra, lindas Carnes, assi terrestres como de Altanaria, sobrosissimo pescado y lindas fructas, com admirable Pan, assi como lo que en ella se fabrica, como lo que Viene de Vaalongo, Maya, Arnelas y Arcuselo, y de otras partes, cosido, que es blanquissimo y estimado y bien echo, assi lo gramado como el Mollete,…»

duro quer na pequena variante de Firmino Pereira, não nos merece qualquer reparo nem nos repugna aceitá-la, mas o mesmo já não sucede quanto ao molete, pelas razões que passamos a referir. - «A existência da Casa da Suplicação e da Casa do Cível em Lisboa, desde o tempo de El-Rei D. João I, oferecia aos povos grandes inconvenientes e prejuízos no seguimento das suas causas. Os trabalhos e inconvenientes eram mais sensíveis para os povos

no Porto desta Chancelleria y Relacion trouxe à cidade um grande desenvolvimento pela «…mucha gente que a ella acude por rason de la Chancelleria y Audiencia Real que en ella está, en donde sobre maneira la aumenta, assi en la Riquesa como en el numero de Personas que concurren á los negocios de sus Pleitos,…» Acrescentando: «…que fuè Vn grande acresce y escellencia Para la ciudad y para su

Pereira de Novaes já em 1690 tinha pronta a ser publicada a sua Anacrisis Historial, mas o manuscrito ficou inédito e só veio a ser impresso no segundo decénio do século atual, incluído na Collecção de Manuscriptos Ineditos agora dados à estampa, feliz iniciativa da Biblioteca Pública Municipal do Porto. São do volume 2.º, pp. 248 e 249, desta edição da sua obra, os passos que deixamos transcritos; por eles se prova que já mui-

to anteriormente a 1690 se consumia no Porto um pão alvíssimo e bem feito, conhecido por «molete», não só o aqui fabricado mas também o que vinha, cosido, de várias terras limítrofes. Classificado esse pão de admirable, blanquíssimo y estimado, é lícito admitir que a palavra molete porque Manuel Pereira Novaes o designa – assi el gramado como el mollete – tinha já então, senão o mesmo, pelo menos um significado idêntico ao que mais tarde registaram os dicionários e enciclopédias a que de começo fizemos alusão na referência de Um Velho Maduro. E sendo assim, é de concluir que a designação por molete do pão de trigo, não tem origem lendária que se lhe atribui – aportuguesamento do pain molet fabricado outrora pelo fundador do famigerado restaurante Reimão. ---------- X ---------Não se pode duvidar das versões apresentadas. Não são o resultado da nossa fértil imaginação, mas de acontecimentos verificados. Todavia, quanto à designação do termo (molete), ela já existia muito antes dos acontecimentos verificados, no início do século XIX (1807 a 1811). Por razões de espaço, não apresento neste trabalho, um excerto de um livro que faria lume sobre este tema. Fá-lo-ei, numa outra oportunidade. No entanto, a leitura do excerto do Anacrisis Historial, do beneditino Manuel Pereira Novaes, manuscrito de 1690, impresso em 1913, marca certamente um marco de esclarecimento, neste tema tão aliciante como polémico. Convido o leitor à leitura deste trabalho, Um entretenimento cultural e intelectual, que promove a reflexão, e valoriza a nossa cultura geral.

Trabalho de Joaquim Manuel Pereira Marques 24.09.2016

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Jantar Vínico na Regional

O restaurante A Regional Valonguense levou a efeito no passado dia 7 de outubro o seu 18º jantar vínico. Desta vez Ismael Lourenço convidou a Casa da Calçada (Amarante) para apresentar os seus vinhos para cerca de noventa pessoas. Foram servidos o Portal da Calçada Sparkling, o Reserva Branco, o Quinta da Calçada Alvarinho e o Cuvée Choix, para acompanharem respetivamente as boas vindas,

as entradas, o prato principal, (costeletas de javali estufadas com castanhas) e as sobremesas. João Cabral de Almeida, o enólogo da Casa da Calçada, falou um pouco da tradição da marca, oriunda já de 1917, com António de Lago Cerqueira,ele que, enquanto governante, foi o criador da Região Demarcada dos Vinhos Verdes. As propriedades do vinho foram elencadas por João Lourenço, do staff da Regional com formação de

escanção. Antes Ismael Lourenço falou deste tipo de atividades de Regional, referindo que “com este 18º jantar vínico chegamos à maioridade. Defendo que se podia organizar em Valongo mais ações de promoção gastronómica e nós estamos disponíveis”. Também Hugo Monteiro, presidente da Associação Industrial e Empresarial de Valongo, enalteceu este tipo de iniciativas.

Corredor ecológico alargado

O Município de Valongo associou-se à iniciativa da Comissão Europeia que, de 16 a 22 de setembro, assinalou a “Semana Europeia da Mobilidade” no sentido de alertar a sociedade civil para os níveis elevados de poluentes atmosféricos, provocando graves problemas na saúde pública. Em parceria com a Junta de Freguesia de Valongo, foram implemen-

tadas medidas de caráter duradouro, em prol de uma mobilidade sustentável, designadamente a ligação e sinalização do percurso entre a Estação de Valongo e o Corredor Ecológico que integra o Parque das Serras do Porto, facilitando o acesso dos visitantes às serras, promovendo o uso do transporte público coletivo. No dia 22 de Setembro, no largo da

Estação de Valongo, foi apresentado o projeto, seguindo-se uma Caminhada pelo novo troço Estação CP – Águas Férreas, seguindo pelo Parque da Cidade até à estação CP novamente. Durante a semana, foram também colocados suportes de estacionamento para bicicletas em alguns espaços verdes e realizada sensibilização sobre esta temática, pelo concelho.

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Publicações Comarca do Porto

V.N. de Gaia – Inst. Local – Secção Criminal - J1 Palácio da Justiça, Rua Cons. Veloso da Cruz, 801 – 4404-502 Vila Nova de Gaia

ANÚNCIO O/A Mmº Juiz de Direito, Dr(a) Bárbara Galeiras, da Comarca do Porto – VN de Gaia, - Inst. Local – Secção Criminal – J1: FAZ SABER que no Processo Comum (Tribunal Singular) nº 12/13.4FAPRT, em que é arguido (a) Carlos Manuel Barbosa Gandra, natural de Sobrado (Valongo) nacional de Portugal nascido em 27-08-1975 estado civil: Casado (regime: casado), profissão: (Desconheci9da ou não existente) NIF 208716173, domicilio: Rua do Penido, 50, Sobrado, 4440-358 Sobrado Valongo, foi o (a) mesmo (a) condenado (a) pela prática do (s) crime (s) - um crime (s) de Introdução fraudulenta no consumo, p.p pela norma do artº 96º, nº 1, al.a) do RGTI, aprovado pela Lei nº 15/2001 de 5 de junho, com referências ao disposto nos artºs 1º,4º nº 2 e) e h), 5º,7º,8º,9º nº 1b), 10º, 21º, 22º, 27º, 66º, 74º 3 76º do Código dos Impostos Especiais sobre o Consumo aprovado pelo DL nº 73/2010 de 21.06 e - um crime p.p. no artº 7º, nº 1, por referência às al. a), d) do nº 2 do artº 2º, ambos do DL nº 213/2004 de 23/8, praticados em 14-03-2013. -por sentença proferida nos presentes autos e transitada em julgado em 06-01-2016, na pena de, operando o cúmulo jurídico das duas penas: - Multa – 200 (duzentos) dias de multa à taxa diária de €8,00 (oito euros) o que perfaz o montante de €1.600,00 (mil e seiscentos euros). *** EXTRACTO DA DECISÃO O arguido Carlos Manuel Barbosa Gandra, doravante designado Carlos Gandra, é proprietário e utilizador do estabelecimento comercial de venda de frutas e legumes denominado “Frutaria Manga Laranja”, sito na Rua Henrique Bravo, nº 6645 r/c, em São Mamede de Infesta, Matosinhos, onde possui um armazém ni qual guarda e armazena produtos, géneros alimentares como fruta e legumes, bebidas alcoólicas e outras. O arguido Carlos Gandra é ainda responsável e utilizador do armazém anexo à sua habitação e à do seu irmão, o arguido Pedro Miguel Barbosa Gandra, doravante apenas designado apenas Pedo Gandra, sita na Rua do Penido, nº 5, Sobrado, Valongo. Apesar do objecto social de tais empresas ser o do comércio de frutas, os arguidos Carlos e Pedro Gandra, juntamente com o seu primo, o arguido João Luís Dias da Silva, doravante designado João Silva, mantiveram um negócio paralelo de fabrico de bebidas alcoólicas e posterior venda sem para tal estarem licenciados uma vez que não são depositários autorizados, ou seja não são titulares de entreposto fiscal habilitado a produzir, receber, armazenar a expedir bens sujeitos a imposto especial de consumo. Durante o ano de 2012 até, pelo menos, o fim de 2013, na cidade de Vila Nova de Gaia, os arguidos dedicaram-se, em conjugação de esforços e intentos, na sequência do plano previamente delineado, à aquisição, em data, quantidades e valores não apurados, de álcool ou destilado etílico, dependendo do grau, em destilarias localizadas nas zona centro, nomeadamente Tomar e Torres Novas, no entanto sem o cumprimento das formalida-

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des aduaneiras e fiscais legalmente exigidas, nos termos do Código dos Impostos Especiais de Consumo (CIEC- DL nº 73/10, 21/07), em concreto a declaração de introdução no consumo e o subsequente pagamento de imposto especial de consumo devido (IEC), designado de imposto sobre o álcool e bebidas alcoólicas (IABA). No armazém anexo à habitação dos arguidos Carlos e Pedro Gandra, instalações não licenciadas e registadas para o efeito, e sem as mínimas condições higieno-sanitárias, desde pelo menos 2012, os três arguidos procederam ao fabrico e transformação de bebidas alcoólicas, nomeadamente aguardentes, vinhos do Porto e vinho licoroso, sujeitas a IEC, sem qualquer tipo de controlo de qualidade e genuidade, adicionando ao álcool ou destilado etílico outros produtos como água, caramelo ou aguardente bagaceira, sem para tal terem a necessária autorização. A comercialização das bebidas fabricadas pelos arguidos nas referidas condições era feita através de recipientes plásticos – garrafões de plástico – com capacidade de 5 litros, sem qualquer tipo de rotulagem e sem o pagamento dos impostos devidos (IEC e IVA) bebidas essas que eram posteriormente vendidas a pequenos comerciantes de lojas, cafés e bares que vendiam a retalho, que por sua vez, as vendiam ao público, por um preço não concretamente apurado. Para o transporte do álcool ou destilado etílico até ao referido anexo e o transporte das bebidas espirituosas após transformação até ao armazém de frutas propriedade do arguido Carlos Gandra ou a consumidores finais, os arguidos usavam o veiculo ligeiro de mercadorias, marca Fiat, modelo Ducato, propriedade do arguido Pedro Gandra, o veículo automóvel da marca Renault, modelo FL Trafic, cor branca, propriedade do arguido Carlos Gandra, o veículo da marca Citroen ZX, registado em nome do arguido Carlos Gandra e utilizado por este. No desenvolvimento da actividade referida, os arguidos falavam uns com os outros, por telefone/telemóvel, de forma a melhor combinarem os encontros, as encomendas, modos de atuação, produtos a adquirir, respectivos valores, datas e modos de entrega, mas também com outros indivíduos não identificados, que os procuravam para adquirir as bebidas contrabandeadas. Igualmente os arguidos recorriam também a encontros pessoais nas referidas instalações para, dessa forma, evitar que os seus planos fossem conhecidos pela interceção das suas comunicações e assim conseguiam sucesso nas operações de contrabando que empreendiam. Nas conversas telefónicas e mensagens trocadas utilizavam sempre uma linguagem cuidadosa, em que falavam de forma dissimulada e codificada dos produtos e quantidades de bebidas, utilizando termos previamente combinados ou com significado conhecido no meio, falando, designadamente de “garrafão de água de luso”, “garrafões de lixivia branca”, “favas”, “brancos”, “amarelo”, “botelhas” associando tais termos a garrafões de aguardente e a vinho licoroso favaios, tentado evitar alusões especificas a nomes. Quantidades e locais de encontro. A actividade de fabrico e comercialização das bebidas contrabandeadas a que se vêm dedicando os arguidos, de comum acordo,

decorreu, pelo menos, desde janeiro a dezembro de 2013, sendo que ao longo de todo esse período de tempo procederam sempre à negociação, por telefone ou através de mensagens escritas de diversas encomendas de bebidas alcoólicas, e ainda à sua guarda, transporte, e entrega a tercendido que se quisessem mais quantidade deveriam contactar o arguido Carlos Gandra. Para venda o arguido Carlos Gandra tinha na Rua do Penido nº 50, Sobrado, Valongo, no dia 3 de agosto de 2013, quantidade não apurada de aguardente branca, a qual, no período compreendido entre as 11h00 e as 14h00, com a ajuda do arguido João Silva e usando um motor de trasfega, foi colocada em número não apurado de garrafões de plástico com capacidade de 5 litros, sem rótulos, os quais, após enchimento e lacrados com rolhas, foram armazenados no interior no veículo de matricula 97-CL-65, propriedade do arguido Carlos Gandra, e transportada pelo arguido João Silva para destino incerto com vista à sua comercialização. E no dia 17 de dezembro de 2013, o arguido Carlos Gandra tinha na sua residência 10 (dez) garrafões de plástico, com capacidade de 5 (cinco) litros cada, sem rótulo, contendo no total 50 (cinquenta) litros de vinho licoroso “licor Beirão”, no valor aproximado de €500,00 (quinhentos euros), 3 (três) garrafões de plástico com capacidade para 5 (cinco) litros cada, sem rótulos, contendo no total 15 (quinze) litros de aguardente amarela no valor aproximado de €24,00 (24 euros) e ainda 400 (quatrocentos) garrafões de plástico vazios com capacidade de 5 (cinco) litros cada, no valor aproximado de €80,00 (oitenta euros). No mesmo dia, no interior do veículo automóvel da marca Citroen ZX, registado em nome do arguido Carlos Gandra e utilizado por este, o qual estava estacionado em frente à sua casa, o arguido transportava 1 (um) tambor em plástico, com a capacidade de 25 (vinte e cinco) litros de cor azul, sem rótulo e estampilha fiscal, contendo no interior 25 (vinte e cinco) litros de aguardente amarela, no valor de € 200,00 (duzentos euros); 10 (dez) garrafões em plástico, com capacidade cada para 5 (cinco) litros, sem rótulo e estampilha fiscal, contendo no total 50 (cinquenta) litros de licor tipo “Favaios”, no valor de € 300,00 (trezentos euros); 25 (vinte e cinco) garrafões em plástico com capacidade cada de 5 (cinco) litros cada contendo no total 125 (centro e vinte e cinco) litros de aguardente amarela, no valor de €1000,00 (mil euros); um saco plástico com o peso de 3,7 contendo cápsulas plásticas no valor de €20,00 (vinte euros). O valor do imposto (IABA) é de €985,62 (novecentos e oitenta e cinco euros e sessenta e dois cêntimos). Embora classificados como anormal e de origem indeterminada, as bebidas não são susceptíveis de causar perigo à saúde, integridade física ou vida de outrem. Os arguidos venderam tais bebidas a inúmeros clientes, destinando tais produtos ao consumo publico. Os veículos referidos eram destinados à prática de transporte e guardadas bebidas em causa, sendo habitualmente utilizados pelo arguido João Silva, de comum acordo com os demais arguidos. No dia 18 de março de 2013, pelas 14h30m, no interior da fru-

taria “Manga Laranja”, sita na Rua Henrique Bravo, nº 6645 r/c, S. Mamede de Infesta, o arguido Carlos Gandra tinha para introdução no consumo de forma irregular, de 37 (trinta e sete) garrafões de plástico, com capacidade de 5 (cinco) litros de vinho licoroso tipo “favaios” e aguardente dando origem ao processo de contra-ordenação aduaneira com o nº 880/2013. Os arguidos, de comum acordo e em conjugação de esforços, destinavam a aguardente por eles fabricada, armazenada e transportada, nas condições referidas e detida, sem qualquer causa justificativa para a sua detenção, a ser vendida lucrativamente a terceiros, quer consumidores particulares, quer comerciantes, e não se encontravam autorizados a proceder a esses atos ou à pretendida futura comercialização. Os arguidos não são titulares de entreposto fiscal de produção o armazenamento de bebidas alcoólicas e não possuíam qualquer estatuto de depositário autorizado para produzir, transformar, deter receber ou expedir os referidos produtos, sujeitos a impostos especiais de consumo. Não obstante, os arguidos não declararam nem iriam declarar, tal facto às autoridades aduaneiras para o efeito da observância das formalidades respeitantes à liquidação dos impostos especiais de consumo sobre o álcool e bebidas alcoólicas, para desta forma se eximirem ao pagamento do valor tributado que, no caso, ascende, a pelo menos, aos montantes referidos, valores ainda em divida. Agiram os arguidos de comum acordo e em conjugação de esforços, com intenção de fabricar, comercializar, conservar e deter as referidas bebidas de teor alcoólico e que se destinavam aos estabelecimentos comerciais dos quais eram proprietários e utilizadores e responsáveis os arguidos Carlos Gandra e Pedro Gandra, apesar de saberem que se tratavam de bebidas cujo fabrico, detenção e comercialização está sujeita a autorização e a tributação legal, tendo mesmo assim , atuado com intenção de as lançar no mercado e de as introduzir no consumo publico, sem pagar o respectivo imposto devido a titulo de imposto sobre o Álcool e Bebidas Alcoólicas, no valor de €16.697,63 (dezasseis mil, seiscentos e noventa e sete euros e sessenta e três cêntimos) imposto ainda não pago pelos arguidos, com o consequente prejuízo para o erário público. Os arguidos agiram deliberadamente com intenção de conservar, deter e vender os referidos produtos não obstante saberem do seu estado deteriorado, falsificado ou anormal e que os mesmos não possuíam as características analíticas e organolépticas legalmente exigidas, tendo, mesmo assim, actuado com intenção de os vender e mira o lucro fácil, o que conseguiram. Agiram os arguidos sempre de forma livre, deliberada e consciente, bem sabendo que a sua conduta era proibida e punida por lei. Vila Nova de Gaia, 31-08-2016 (Documento elaborado por Escrivão Adjunto Paula Maria V. Silva Monteiro) O/A Juiz de Direito Dr(a) Bárbara Galeiras

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Formação em teatro ENTREtanto Formação Teatro Infância e Juventude é uma iniciativa do ENTREtanto TEATRO com o apoio da Câmara Municipal de Valongo, que decorrerá de 19 de outubro de 2016 a 29 de junho de 2017 no Centro Cultural de Campo. As formações destinam-se a crianças dos 6 aos 17 anos de idade, tendo como objetivo primordial continuar a promover as artes e, particularmente, o teatro nas camadas mais jovens do Concelho de Valongo. Pretende-se que as crianças e os jovens ad-

quiram conhecimentos e ferramentas que lhes permitam desenvolver o sentido criativo e, de uma forma pedagógica, adquiram aptidões a nível pessoal e social, e a consciência da importância do teatro na sociedade. Organização: EntretantoTeatro Portugal Brasil Teatro, Entretanto Teatro Formação Apoio: Câmara Municipal de Valongo Coordenação Pedagógica: Junior Sampaio​ Inscrições e Informações: 960 191 056 E-mail: entretantoproducao@gmail.com

Precisa-se 1) Guitarrista com experiência para Banda de Música Ligeira 2) Vocalista com experiência para Banda de Música Ligeira 3) Ajudante de Cozinha, com experiência. respostas, indicando curriculume e contacto para: jornaldevalongo@gmail.com 2ª publicação - Nº 69 do Jornal Novo de Valongo de 13/10/2016

ANÚNCIO DE VENDA


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Ăšltima


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