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quinzenal

custo 1 euro

Valongo é concelho há 180 anos

diretor: agostinho ribeiro

Boas Festas

Presépio ao vivo do GDR Retorta na Aldeia de Natal (Valongo) foto: AD

Estádio dos Sonhos (Ermesinde) já é municipal

Obras do Novo Centro de Saúde de Campo vão ter início

Santa Casa de Valongo entronizou benfeitores


Proteção Civil

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As Sessões de Sensibilização da Proteção Civil no ano letivo 2016/17 também já passaram pela Escola Básica de Montes da Costa, em Ermesinde. O Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, acompanhou o encerramento deste ciclo de sessões e salientou o impacto positivo desta iniciativa na formação para a cidadania. O início da atividade contou com a presença do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Valongo, Sobral Pires, de agentes da Proteção Civil e de repre-

Sensibilização nas escolas

sentantes da comunidade educativa. Esta atividade insere-se no Plano de Ação do Projeto Educativo Municipal (PEM) e visa sensibilizar as crianças para temas específicos, designadamente para a prevenção do acidente e evacuação de edifícios – Autoproteção, com recurso a apresentações dinâmicas. Com uma forte componente lúdico-didática e com recurso a jogos e vídeo, nas sessões de sensibilização, além de ficarem a conhecer os diferentes agentes da Proteção Civil, as medidas de autoprote-

ção, prevenção e socorro, as crianças recebem um cartão com os contactos úteis numa situação de emergência e um Código de Barras (QR Code) que quando lido pela câmara de um telemóvel direciona para a página da Proteção Civil no Portal do Município. Promovidas pelo Município de Valongo, as Sessões de Sensibilização da Proteção Civil inserem-se no objetivo PEM de garantir o desenvolvimento de projetos de educação para a cidadania e para a saúde na comunidade educativa.

Seminário para Presidentes de Junta Realizou-se em Valongo, no Auditório António Macedo, esta terça-feira dia 13, um Seminário sobre Proteção Civil para Autarcas de Freguesia, promovido pela delegação distrital da ANAFRE. Na oportunidade os autarcas receberam o colete da Proteção Civil, no foto Ivo Neves, presidente da Junta de Valongo, recebeo das das mãos de Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar. Dário Silva, coordenador distrital da Anafre disse ao Jornal de Valongo que esta ação teve o objetivo de dar a conhecer aos presidentes de junta do distrito, as normas de funcionamento da proteção ci-

vil, seja nacional, distrital ou municipal. “Há necessidade de melhorar a articulação entre a proteção civil e as juntas de freguesia”, disse o também autarca de Oliveira do Douro que louvou a intenção do secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, em definir na lei de bases a importância e o papel dos autarcas de freguesia na proteção civil. Dário Silva conclui que “o importante é que quando todos chegam ao teatro de operações saibam o seu papel” e que há já experiências em freguesias onde as estruturais locais funcionam.

Intermarché (Alfena e Valongo) apoia Bombeiros Os Intermarchés de Alfena e Valongo ofereceram aos bombeiros de Ermesinde e Valongo cinco equipamentos de proteção individual para incêndios florestais. Tal oferta resultou de uma campanha efetuada naquelas lojas e que teve, como habitualmente a colaboração dos clientes Intermarché de Alfena e Valongo. Rui Dias, o administrador daqueles estabeleci-

mentos, disse ao JNV que “este tipo de ações é para continuar. Vamos continuar a apoiar os bombeiros do concelho, sendo esta a nossa forma de lhes agradecer o que fazem pela população”. Na entrega, participaram José Manuel Ribeiro, presidente da Câmara de Valongo (esteve nas duas), Arnaldo Soares, presidente da Junta de Alfena e o comandante do posto da GNR de Alfena

FICHA TÉCNICA - JORNAL NOVO DE VALONGO - O Jornal do Concelho de Valongo - Edição nº 73 - 15 de dezembro de 2016 - Direção e propriedade: Agostinho Ribeiro; Colaboradores: Filipe Marques e Luis Neves (fotografia); Raquel Vale; Carlos Silva; Abel Sousa; Francisca Costa; JMB; António Cardoso; Teixeira da Silva Paginação, gestão e publicidade: Pódium D’Emoções Lda Registo ERC 125820 Depósito Legal BN 372095/14 Morada - Rua Rainha Santa Isabel 351 6º CS - 4440-569 Valongo Endereço eletrónico jornaldevalongo@gmail.com telm 911116453 Impressão: Coraze - Oliveira de Azemeis

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Destaque

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Atualidade

Aldeia de Natal em Valongo e Ermesinde A «Aldeia de Natal» realizou-se de 9 a 11 de dezembro, no Parque Radical de Valongo (junto ao nó da A4) e de 16 a 18 decorre na Vila Beatriz em Ermesinde. A entrada é gratuita. Esta iniciativa visa celebrar o Natal com toda a sua magia, promovendo a alegria, o convívio, a solidariedade, o empreendedorismo social, a entreajuda, o conhecimento, a partilha, demais valores associados à amizade, com uma forte vertente de inovação e criatividade. A «Aldeia de Natal» inclui casinhas mágicas

dinamizadas pelas associações locais com contos de encantar, um presépio vivo, a Casa do Pai Natal, jogos tradicionais, gastronomia típica, venda de artesanato e muita animação específica para o público infantil (carrossel, insufláveis, canhão de neve, etc.). No total, estarão montadas 45 estruturas (casinhas de madeira, stands, pérgulas e bancas), um palco e uma tenda para dinamização de ateliês. Consulte a programação em http://www.cm-valongo.pt/

Almoço Reformados de Campo 180 cidadãos de Campo e Sobrado responderam à chamada da Associação de Reformados e Pensionistas de Campo para o tradicional almoço de Natal. A associação presidida por Adriano Ribeiro vem, dfesda há alguns anos a manter estar tradição, aliás já esperada pelos associados. A participação foi

gratuita para quem habitualmente participa nos passeios organizados pela associação, já que é a única forma de angariação de receitas para o evento. Como convidados estiveram presentes representantes da associação congénere de S. Pedro da Cova, da Associação Nacional de Pensionistas, da Interreformados e o vereador da Câ-

mara de Valongo, Orlando Rodrigues e o presidente da Junta de Campo e Sobrado, Alfredo Sousa. A animação musical marcou presença com o Grupo Coral da própria associação e os fadistas Inês Martins (venceu a Alma do Fado), Manuel Vigário e Esperança Fernandes

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Atualidade

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Homenageados apoiaram a Misercórdia de Valongo em várias situações

Santa Casa celebra 110 anos e entroniza três pessoas Na comemoração de mais um aniversário, (o centésimo décimo) a Santa Casa da Misericória de Valongo entronizou três irmãos honorários. No caso Helena Lobo, António Teixeira e Borges de Araújo. Albino Poças, provedor da Santa Casa, explicou que a entronização é uma forma de homenagear três personalidades que, de uma

forma ou outra apoiaram a instituição. O provedor referiu-se à justiça da homenagem, afirmando que “pecava por tardia, mas acontece quando é possível”. Helena Lobo, professora na Secundária de Valongo, recebeu a distinção devido ao trabalho que fez de investigação para a edição dos livro comemorati-

vo dos 100 anos da Santa Casa. António Ferreira, antigo responsável do Centro Hospitalar S. João (que englooba o Hospital de Valongo, instalado em edificio da Santa Casa), foi homenageado pelo apoio que sempre deu à instituição enquantoi exerceu o cargo. Por sua vez Borges Aráujo, recebeu a entroni-

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SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VALONGO

NATAL DE 2016 Nesta quadra natalícia que deve ser de paz, solidariedade e alegria entre os Homens e também de gratidão e reconhecimento, a SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VALONGO agradece a todos os que, das mais variadas formas, têm contribuído para a sustentabilidade da Instituição, desejando a TODOS um BOM E SANTO NATAL e um ano de 2017 repleto de esperanças e desejos concretizados. OS ORGÃOS SOCIAIS Página

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zação devido à sua atividade de arquiteto, tendo sido responsável por várias obras da Santa Casa de Valongo. A sessão contou com a presença de vários convidados, sendo de destacar a presença de Manuel Lemos, responsável da União de Misericórdias, que no seu discurso louvou o trabalho da Santa Casa de Valongo e do seu provedor ao longo dos ultimos anos.


Ambiente

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Lipor apoia instituições de Valongo O Centro Social e Paroquial de Alfena, o Centro Social de Ermesinde e o ACES Maia – Valongo foram as instituições Beneficiárias dos Apoios da 11.ª Fase “Operação Tampinhas” no concelho de Valongo. A entrega dos Donativos resultantes da 11ª fase da Operação Tampinhas promovida pela Lipor realizou-se no dia 12 de dezembro. Este é o resultado de uma vontade comum de Escolas, Municípios, Cidadãos anónimos, Sociedade Ponto Verde e empresas retomadoras, entre muitos

outros, que através de um pequeno gesto, defendem duas causas: o ambiente e a solidariedade. Nesta fase da Operação Tampinhas LIPOR que decorreu entre janeiro e dezembro de 2015, acumulou-se um total de cerca de 39 toneladas, que dá um total de cerca de 28.000,00 € de receita, tendo sido contempladas 37 entidades (individuais/coletivas). O produto da venda das tampinhas reverte integralmente a favor da compra de material/equipamento ortopédico e similar para doação a Instituições e particulares.

Esta iniciativa iniciouse em abril de 2006 e no total das 11 fases a Lipor já apoiou 428 Entidades e/ou pessoas em nome individual. Com a Operação Tampinhas, a LIPOR e os seus Municípios associados incentivaram a Sociedade Civil a separar tampas em plástico de embalagens, entregá-las separadamente na LIPOR, ou nas instalações das Câmaras Municipais associadas, bem como em Instituições Públicas e Privadas da Região. As Instituições e as pessoas em nome individual foram selecionadas

com base numa análise dos pedidos que foram chegando durante o período em que decorreu a 11.ª fase, e tendo por base os critérios definidos nas Normas de Aplicação da Operação Tampinhas, disponível em http://www.lipor.pt/…/ projetos-de-respo…/operacao-tampinhas/ A LIPOR é a entidade responsável pela gestão, valorização e tratamento dos resíduos urbanos produzidos pelos municípios associados: Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde.

Feliz Natal e Próspero Ano Novo com

Rua da Queimada, 2001 4440-567 VALONGO Telf.Fax 224 226 645 mobilariosousa@gmail.com

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Divulgação

15 de dezembro de 2016

Manual da Cidadania

Editado pela Câmara Municipal de Valongo, o «Manual Breve de Cidadania Local» insere-se no programa das comemorações dos 180 Anos do Município de Valongo e é também um importante contributo a concretização do projeto Valongo - «Comunidade Mais Esclarecida, Comunidade Mais Participativa». Com coordenação editorial do Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, textos da autoria do Professor António Cândido de Oliveira e as ilustrações do Arquiteto Telmo Quadros, este livro tem por finalidade apresentar noções básicas de cidadania a nível local,

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dedicando especial atenção aos municípios e freguesias. O «Manual Breve de Cidadania Local» foi apresentado publicamente dia 7 de dezembro no Museu Municipal de Valongo, com a presença de António Ribeiro, subdiretor-geral da DGAL, em representação do Ministro Adjunto. “Este Manual Breve de Cidadania Local resulta de um desafio que lancei e é mais uma ferramenta e um passo decisivo no empoderamento dos cidadãos, tendo em vista a formação de uma Comunidade mais plena e mais democrática”, referiu José Manuel Ribeiro, que também assina o prefácio desta edição que

estará disponível gratuitamente para toda a população. “Acreditamos que uma comunidade mais esclarecida é uma comunidade mais autónoma, por isso, apostamos na formação de “Super Cidadãos” que consigam compreender de forma crítica e entusiasmada, sem dependerem de terceiros, os problemas, os desafios, os sucessos e os insucessos da comunidade e, dessa forma, serem mais participativos na gestão local, quer pública quer das instituições que integram o tecido socioeconómico local, metropolitano, nacional e europeu”, considerou o autarca.

Nota: 1/2 dose dá para 2/3 pessoas


Diversos

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Conselhos de Saúde

A sua visão 3

Astigmatismo infantil: Conheça as causas, sintomas e como tratar o problema

O astigmatismo é uma doença ocular que impede as crianças de verem corretamente. O astigmatismo resulta de uma alteração da configuração dos olhos que afeta a forma como as imagens são formadas e transmitidas ao cérebro. Isto é, a córnea apresenta uma superfície irregular com zonas mais elevadas e outras mais planas, fazendo com que sejam produzidos vários pontos de focagem na retina. O astigmata tem uma visão imperfeita, quer ao perto, quer ao longe, porque não tem a perceção nítida dos contrastes entre linhas horizontais, verticais e oblíquas. Não se conhece a causa exata do astigmatismo. Em grande parte dos casos, está presente desde o nascimento, podendo estar também associado a outros problemas oculares como a miopia ou a hipermetropia.

Quando não é hereditário, o astigmatismo pode surgir após uma lesão ocular, como um traumatismo ou cirurgia ocular. Os sintomas do astigmatismo infantil podem não ser fáceis de identificar porque a criança não conhece outra forma de ver; ou se o astigmatismo afeta apenas um dos olhos. Por isso não refere sintomas. Porém, há alguns sinais que os pais devem estar atentos. As crianças podem queixar-se de dores de cabeça, de cansaço, tendem a aproximar-se muito da televisão ou dos objetos, semicerram os olhos para ver melhor ao longe, têm dificuldade de concentração na escola afetando o seu rendimento escolar. Mas, em muitos casos, nada disso acontece. O astigmatismo não tem cura. Embora possa sofrer alterações ao longo do tempo, sendo necessário atualizar a graduação, trata-se de uma doença benigna sem implicações permanentes na visão. A exceção corresponde a crianças com idade inferior a cinco ou seis anos – quando existe um astigmatismo significativo desde os primeiros anos de vida e que não é devidamente corrigido pode vir a desenvolver-se uma

ambliopia, ou “olho preguiçoso“, interrompendo o normal desenvolvimento da visão. Essa interrupção, depois desta idade tende a tornar se permanente e irreversível. Por essa razão, é importante realizar um rastreio visual por volta dos três anos de idade. Essa consulta irá permitir detetar a presença de astigmatismo, miopia ou hipermetropia e, se necessário, proceder à sua correção. O astigmatismo é corrigido com óculos, sensivelmente até aos quinze anos de idade. A partir desta idade pode também ser corrigido com lentes de contacto. Quando adulto pode recorrer a cirurgia. O cuidado da visão é muito importante. A deteção e tratamento precoce de problemas de visão nas crianças é fundamental não só para evitar possíveis ambliopias como também acautelar problemas no seu desenvolvimento. Dra Rosária Barbosa

Rancho de Santo André No dia 27 de novembro, o Rancho Folclórico de Santo André festejou o seu 27º aniversário. Convidou para a fes-

ta um rancho de Trás-osMontes (Seralhiz - Vidado) que animou uma sessão de folclore com o grupo em festa.

Passaram pela festa os vereadores Adriano Ribeiro e Hélio Rebelo e o presidente da JF Campo e Sobrado, Alfredo Sousa.

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Destaque

Valongo é concelho há 180 anos As comemorações dos 180 anos do Município de Valongo tiveram início no dia 29 de novembro de 2016. A história deste Concelho foi recordada com muito orgulho e celebrada de forma marcante pelas centenas de pessoas que se associaram às celebrações do aniversário do Concelho. As comemorações dos 180 Anos do Município de Valongo começaram bem cedo, às 7h30, com o toque festivo dos sinos em todas as freguesias do Concelho. Às 10h30, foram hasteadas as bandeiras na Câmara Municipal de Valongo, na presença da Esquadra de Cavalaria da GNR – Porto e ao Som da Banda de Música da PSP – Porto. Seguiu-se o desfile com a Cavalaria, as Forças Segurança, a Vereação, a Comissão de Honra, as

Associações Locais e a Fanfarra, até ao edifício dos antigos Paços do Concelho, atual Museu Municipal de Valongo. Aqui teve lugar uma encenação histórica a cargo da Associação Recreativa e Cultural Fora d’Horas, que teve como momento alto a saudação da Rainha D. Maria II, na varanda do Museu. No interior do Museu Municipal teve lugar a Sessão Solene, que começou com a intervenção do Professor Doutor António Cândido de Oliveira, que abordou a importância da reforma administrativa de Passos Manuel no Portugal Moderno que permitiu a criação do concelho de Valongo, em 1836. “Portugal andou à frente nesta época em que também nasceu Valongo, um concelho pujante que atualmente está entre os maiores de

Portugal”, disse. Seguiram-se as intervenções do Presidente da Assembleia Municipal de Valongo, Abílio Vilas Boas, e do Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, que enalteceram a identidade do Município e as suas logomarcas territoriais. “Temos muitos motivos de orgulho para contar a história deste território. Os 180 anos constituem uma ocasião para promovermos o que de melhor sabemos fazer, privilegiando o nosso passado coletivo, as vivências, as tradições e a cultura, marcas que determinam o que somos hoje. É tempo de festejar o passado, o presente e o futuro de um espaço que liga uma comunidade, pelo que organizamos um programa de comemorações que pretende potenciar e congregar as coletividades, associações, comunidade educativa e todos os que se queiram juntar a esta caminhada, com esperança no futuro”, considerou José Manuel Ribeiro. O autarca referiu ainda que, ao longo de um ano, serão realizadas várias iniciativas para assinalar a importância desta efeméride, procurando registar de forma marcante e digna a passagem deste tempo que conferiu individualidade autárquica e reforçou a identidade deste território com quase 100 mil habitantes que agrega as cidades de Alfena, Ermesinde e Valongo e as vilas de Campo e Sobrado. O programa do dia 29 terminou com a apresentação peça comemorativa dos 180 Anos da autoria de Lino Moreira e com a distinção de cada elemento da Comissão de Honra com a

colocação da insígnia comemorativa. A Comissão de Honra é constituída por todos os atuais e antigos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal e também das Juntas e das Assembleias de Freguesia do Município de Valongo,

que aceitem associar-se às comemorações. As comemorações dos 180 anos do Município de Valongo prosseguem até novembro de 2017. Entre outras iniciativas, o programa inclui lançamento de livros, colocação de novas placas toponímicas,

inauguração de monumentos, concertos, recriações históricas e exposições temáticas alusivas às logomarcas de Valongo: Serras e Rios, Regueifa e Biscoito, Ardósia, Bugios e Mourisqueiros, Brinquedo Tradicional e Património Religioso.

A Esonor, gerida por Cidália Ferreira e José Luís Moreira, abriu a 11ª loja Opticália. Desta vez foi em pleno centro de Paços de Ferreira.

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Ermesinde

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Estádio dos Sonhos já é Municipal A Câmara Municipal de Valongo já tomou posse administrativa do Campo de Sonhos, em Ermesinde. De imediato, serão realizadas obras para garantir condições de segurança naquele equipamento desportivo que passou para o domínio público. As intervenções mais urgentes serão realizadas nas bancadas em risco de ruir e nos balneários, onde será substituída a cobertura de fibrocimento que apresenta fissuras. No final da época desportiva, será instalado um relvado sintético, permitindo assim que as camadas jovens que treinam no Complexo Desportivo de Montes da Costa utilizem também o Campo de Sonhos para praticar futebol. “O interesse público nunca ficou refém de interesses privados. Ermesinde passou a ter um equipamento público para a prática do desporto rei que é o futebol!”, salientou o presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel

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Ribeiro, no ato público de tomada de posse administrativa do imóvel, visivelmente satisfeito com esta conquista para a comunidade. No ato formal da tomada de posse fizeram questão de estar presentes vários autarcas e adeptos do Ermesinde Sport Clube, que manifestaram também a sua alegria com a municipalização deste equipamento desportivo. A opção pela expropriação do Campo de Jogos de Sonhos, em Ermesinde, que foi durante mais de seis décadas utilizado pelo clube local para a prática do futebol mas perdido por má gestão em 2003, surge depois de esgotadas as negociações com o proprietário, que exigia um milhão de Euros pelo imóvel. Após um processo moroso e complexo, o valor da avaliação do imóvel acabou por descer dos 1.231.857€ estabelecidos em julho de 2013 e ser fixado em 154.000€. Antes de avançar com a expro-

priação, o atual Presidente da Câmara Municipal de Valongo e sua equipa tentaram renegociar a proposta do executivo municipal anterior que incluía a entrega do Complexo Desportivo Municipal dos Montes de Costa, equipamento público sem condições regulamentares para a prática de futebol e que o atual Executivo Municipal nunca aceitou ceder ao privado. Depois de terminado o processo do Campo de Sonhos, falta apenas concluir o acordo para a municipalização do Estádio de Campo para que o Município de Valongo disponha de um equipamento público adequado para a prática de futebol em cada uma das suas cinco freguesias. “Investir no desporto é apostar nas pessoas. As nossas crianças não terão que sair para outros concelhos vizinhos por não terem condições para a prática desportiva na sua terra”, sublinhou José Manuel Ribeiro, recordando que no

início do mandato o Município dispunha apenas um equipamento público para a prática de futebol.

Ainda em relação ao Campo dos Sonhos, Abilio Sá, o anterior proprietário vai recorrer sobre o valor

ESTE NATAL

estabelecido de indemnização, de cerca de 154 mil euros, que considera muito abaixo do valor real.

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Diversos Diversos

Prémios de Excelência e Mérito Escolar Os Prémios de Excelência e Mérito Escolar e Cívico foram atribuídos pela primeira vez a 34 crianças e jovens, que frequentaram o 4.º, 6.º, 9.º e 12.º anos no ano letivo 2015/2016, e que se distinguiram pela excelência do seu desempenho, trabalho e resultados escolares e formativos, pela sua atitude cívica, pela dimensão do seu esforço e/ ou progressos alcançados, participação desportiva ou por outras razões consideradas exemplares para os restantes elementos da comunidade educativa. Inserida no programa

O Trail Quinta das Arcas com partida e chegada no centro de Sobrado foi um sucesso. Para além da prova competitiva houve caminhada com a presença dos autarcas e gerente da Quinta das Arcas.

comemorativo do Dia Internacional das Cidades Educadoras, a cerimónia de entrega de prémios teve lugar no dia 30 de novembro, no Fórum Cultural de Ermesinde, e foi abrilhantada por apontamentos de música, poesia e dança. Os Prémios de Excelência e Mérito são uma iniciativa da Câmara Municipal de Valongo, constituindo um gesto de reconhecimento e valorização da excelência no desempenho escolar e cívico dos jovens estudantes, estimulando-os no prosseguimento da atividade escolar.

Com organização da Longusbike da Kemedo, o Trail Noturno de Valongo voltou a atrair centenas de pessoas para a corrida e para a caminhada. Na foto os vencedores.

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Alfena

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Pai Natal Motard do Motoclube de Alfena Uma vez mais o Motoclube de Alfena levou a cabo o seu passeio de Natal, a que deu o nome de Pai Natal Motard. Este ano com ainda mais motards de todo o concelho e não só e o passeio percorreu várias ruas do concelho. Os motards tiveram direito a um porto de honra na Junta de Valongo e o espirito solidário constou da oferta de várias prensa á instituição Mãe D’Agua da Santa Casa de Valongo. O Motoclube de Alfena tem uma série de atividades que desenvolve no âmbito da sua ação, sendo uma delas a tradicional concentração que ocorre em junho. O presidente é José Gonçalves.

AVISO N.º 177

ALTERAÇÃO AO ALVARÁ DE LOTEAMENTO N.º 497/1982 ADITAMENTO N.º 25/2016 ------Nos termos do Art.º n.º 27º do decreto-lei n.º 555/99 de 16 de Dezembro, na redação vigente, tornase público que a Câmara Municipal de Valongo emitiu em 12 de dezembro de 2016, o aditamento n.º 25/2016, em nome de Maria Esther Machado, ao alvará de loteamento n.º 497/1982, de 22/02/1982, através do qual é aprovada a alteração ao loteamento sito na Rua António Sérgio, lote 4, na freguesia de Campo e Sobrado, concelho de Valongo, por despacho de 28/10/2016, anexo ao processo de loteamento n.º 91-VL/1981, em nome de Ilídio Augusto Barroso e consta do seguinte: ---------------- Legalização das obras executadas no local, nomeadamente da ampliação da habitação existente para tardoz, na criação de um aparcamento coberto e um arrumo de apoio à habitação, e que representa uma área total de construção de 108,16m2.-------------------------------Valongo e Paços do Concelho, 12 de dezembro de 2016.-------------------------------------------------------O Presidente da Câmara Municipal, (Dr. José Manuel Ribeiro)

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Opinião

Para um Natal com sentido

Por Pe Luis Borges *

Preparamo-nos para revivermos o Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, preparamos os nossos corações para o encontro com o Deus que veio e vem ao nosso encontro e nos oferece a alegria da salvação. É esse inefável mistério de amor que os cristãos revivem ao celebrar o Natal. Imersos na Sociedade, não podemos deixar de pensar em todos aqueles que Deus veio procurar. E são todos. Em primeiro lugar, os marginalizados da Sociedade: aqueles que, por qualquer razão ou falta de razão, não tem lugar à mesa nem cama para descansar. São estes, como nos recordam as representações e os textos de Natal, os que mais se parecem com o Menino Deus: marginalizado, pobre, ignorado. Por imperativo humano e cristão, não podemos deixar que os natais que os homens inventaram escondam ou apaguem a luz do verdadeiro Natal, a luz do presépio. E aí, como em todos os cenários humanos, importam as circunstâncias, mas, acima de tudo, contam as pessoas. No texto do Evangelho segundo S. João (1, 1-18), fala-nos do Filho no seio

do Pai e da nova luz que ilumina o mundo: “o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. (…) N’Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens. (…) A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam. (…) Veio para o que era seu e os seus não O receberam”. À afirmação da divindade do verdadeiro homem Jesus, o Evangelista acrescenta a explicitação de vida e luz. Não veio para o que lhe era estranho: veio para o que era seu, para o que é seu. O mundo e Deus não são realidades estranhas entre si ou antagónicas. O mundo, em toda a sua beleza e complexidade, é obra de Deus, confiada aos seres humanos … para todos os seres humanos. Sujeito às limitações da realidade criada, servirá melhor ou pior os desígnios de Deus conforme nós soubermos administrá-lo. E temos dado demasiadas vezes provas de ser maus gestores! Se riscamos a assinatura de Deus na sua criação algo acabará por correr mal! Se, em nome de uma presumida liberdade, preferimos as trevas à luz não será fácil descortinar o caminho certo! E os primeiros a ficarem de fora do palco da dignidade humana e da mais elementar realização pessoal acabam por ser sempre os mais frágeis. Quando impera a lei da selva a vitória é para os mais fortes. Os mais fracos servem apenas para divertimento e alimento dos poderosos. Quando se apagam os traços do caminho ou se eliminam os seus marcos, mais uma vez, os transviados da dignidade humana são os que nem força têm para dizer: estou aqui! São as periferias, a que se refere com tanta frequência o

Papa Francisco. Sem pessimismos, com o realismo que convida a procurar respostas, não podemos fechar os olhos, em primeiro lugar, ao acontece à nossa volta. Uma única pessoa humana a quem, na prática, se negue a dignidade é motivo suficiente de intranquilidade. Mas não é um, não são dois: são milhares, são já multidão os famintos de pão, de humanidade, de dignidade. É urgente identificar causas; mas é ainda mais urgente potenciar respostas, ainda que sejam precárias; abrir caminhos, ainda que sejam estreitos. Cada vez mais, temos que saber somar iniciativas, concertar soluções. O que menos interessa são protagonismos pessoais ou institucionais. Os pobres primeiro! Este esforço não tem credo, cor política ou currículo institucional. É a resposta de todos para todos. A nossa fé em Jesus Cristo não se resume a umas periódicas manifestações religiosas; a uma vivência saudosista de acontecimentos que, em si mesmos, ficaram para trás na história. A nossa filial proximidade ao Menino Deus faz de nós, juntamente com todos os homens de boa vontade, cuidadores do mundo, construtores da Sociedade. Trata-se de amar a Deus, que reina no mundo. Na medida em que Ele conseguir reinar entre nós, a vida social será um espaço de fraternidade, de justiça, de paz, de dignidade para todos. Hoje mais do que nunca, é urgente dar valor e visibilidade à Vida e à Família. Toda a vida humana é um dom e uma bênção de Deus e traz sempre em si um imenso mistério desde

a sua origem até ao seu desígnio de missão. Pede-nos a Igreja e exige-nos o Evangelho que vivamos este Natal mais próximos dos pobres e mais atentos aos novos grupos de pobres, provenientes de setores sociais e profissionais impensáveis há algum tempo. Levemos aos que mais precisam e aos que mais sofrem a nossa presença fraterna, a nossa proximidade solidária, o nosso pão partilhado e a alegria e ternura do evangelho que lhes anuncie tempos novos e antecipe um Mundo melhor, também para o nosso País. Nesse sentido, é necessário que a economia recupere e esteja assente e sustentada no esforço persistente de tantos empresários e trabalhadores honestos e dignos e não em interesses de lucro fácil e de enriquecimento hábil. Procuremos, também, celebrar a alegria de tantos emigrantes que tiveram a oportunidade de se reunirem, neste Natal, em família e pensemos em todos os jovens cheios de talento e famílias plenas de sonhos, que vivem longe de Portugal, obrigados a uma emigração forçada porque não encontram aqui trabalho. Rezemos e trabalhemos sem desânimo a favor dos que estão exilados e refugiados em terras estranhas, sobretudo as crianças, vítimas inocentes de tantos conflitos e guerras sem sentido. O Natal convida-nos a todos crentes e pessoas de boa vontade, a abrir a Deus as portas do mundo, as portas da cidade, as portas das comunidades cristãs e as portas de todas as casas das famílias da paroquia para receberem a alegria do evangelho que o Natal

nos traz. O Mundo precisa de sentir esta alegria, de ouvir esta voz, de abraçar esta esperança e de se deixar iluminar pela luz do nascimento do Filho de Deus. A nossa terra temos de viver esta paixão pela missão de comunicar a alegria do evangelho e de a partilhar em gestos solidários e fraternos junto dos que mais sofrem, indo ao encontro dos que não creem e de todos quantos aqui

vivem. Participem nas celebrações programada nos diversos locais e com a vossa presença, iniciamos este tempo novo que em cada Natal começa na vida do mundo, na ação da Igreja, no ambiente de cada família e no coração de cada pessoa. E assim, teremos um Natal com mais sentido. Um santo e feliz Natal! * Pároco de Valongo

Boas Festas com

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Diversos

15 de dezembro de 2016

Jantar de Natal dos Bombeiros

A exemplo do que tem acontecido nos últimos anos, os Bombeiros de Valongo tiveram o seu jantar de Natal oferecido pelo restaurante Regional Valonguense. Ismael Lourenço e sua equipa esmeraram-se para esta noite, onde marcaram presença os voluntários, funcionários, diretores e convidados como os presidentes de Junta de Valongo, Ivo Neves e de Campo e Sobrado, Alfredo Sousa.

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15 de dezembro de 2016

Diversos

Meia Maratona da Regueifa

Com organização conjunta do GDR Retorta e Câmara de Valongo, a Meia Maratona da Regueifa foi um sucesso com centenas de atletas a percorrerem as ruas de Valongo. Destaque para a vencedora do escalão feminino em 10 km, Sara Carvalho, de Sobrado. Outros atletas valonguenses estiveram em bom plano nesta prova que decorreu no primeiro dia de Dezembro. Vencedores: Meia Maratona: Seniores Masculinos, Paulo Barbosa do CSRDC Santiago; Seniores Femininos, Daniela Carvalho, do DG Estreito; Veterana F40, Lídia Pereira do GD Granja; Veterana F50, Helena Mourão, do GD Trofa; Vetrano M40, Artur Rodrigues do Guilhoval; Veterano M50, Henrique Dias do GD Retorta; Veterano M60, Casimiro Galhardo, do Carcavelos; Nos 10 km, o vencedor de seniores masculinos foi Sérgio Sousa, individual; Em femininos foi a sobradense Sara Carvalho da ACRSD;

AD Valongo vence na Corunha

A equipa sub-15/17 da Associação Desportiva de Valongo venceu o V Torneio de Hóquei em Patins - Eixo Atlântico, que se realizou na cidade de A Coruña, nas instalações do Palácio dos Desportos do Riazor.

“Vamos sempre para ganhar”. Foi com este espírito que os jovens atletas da A.D. Valongo partiram para Espanha para representar Valongo nesta competição promovida pela Associação Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular,

organização de cooperação transfronteiriça que reúne vários Municípios da Galiza e do Norte de Portugal, à qual o Município de Valongo aderiu recentemente.

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Atualidade

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Obras do Centro de Saúde de Campo arrancam As obras do novo Centro de Saúde vão ter início antes do fim do ano. Esta semana, os presidentes da Câmra de Valongo, José Manuel Ribeiro e da Junta de Campo e Sobrado, Alfredo Sousa, estiveram no local juntamente com responsáveis da ARS Norte e da empresa que venceu o concurso. O objetivo foi assinalar a consignação da empreitada, no valor de 687.741,45 euros (o concurso apontava para um valor base de mais de 800 mil euros). A empresa que venceu o concurso (Teisil) tem o prazo de 365 dias (um ano)

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para concluir a obra, situada na Rua do Baldeirão.. Trata-se de uma reivindicação antiga da população da vila de Campo, cujo Centro de Saúde é provisório há mais de 25 anos (foto ao lado). O presidente da Junta, Alfredo Sousa, referiu ao JNV que “finalmente vemos o início de uma obra que a população desejava e sobretudo precisava. Há cinco anos que celebramos o protocolo para cedência do terreno e agora a obra está quase a iniciar-se para satisfação nossa, autarcas, e também da população”.


Diversos

15 de dezembro de 2016

O Natal que se faz

Por Rui Machado *

Com a força das inevitabilidades, chegamos mais uma vez ao Natal. Não estarei, com certeza, longe da verdade se disser que se trata da época do ano mais esperada, simbólica e emblemática para muitos de nós. Muito mais do que uma comemoração religiosa, olhando à nossa volta é, por demais, evidente que poucos ficam indiferentes. Tudo se enfeita e embeleza. Tudo conta com uma qualquer lembrança relativa à época especial que se vive, seja um enfeite, uma música ou até um cumprimento mais especial ou caloroso. Trata-se de uma quadra religiosa e, possivelmente por isso, as pessoas ficam diferentes, mesmo aquelas que não dedicam a sua vida a qualquer devoção divina. O que teve a sua origem no contexto religioso, cimentou-se e enraizou-se culturalmente com particular efectividade no que actualmente se vai chamando de mundo ocidental. Nesta época é particularmente importante para a maioria dos Homens

aplicar nas suas vidas ideais de solidariedade para com os seus pares. Bom seria que esta vontade, ou até mesmo necessidade, se mantivesse durante todo o ano mas, como todos sabemos, tal não acontece. Eu sobre isso já não escrevo, nem teço qualquer consideração, pois longe vai o tempo em tinha esperança nos Homens. Também me recuso a catrastrofizar aquilo que por si já é consideravelmente maligno. Concordarão, com toda a certeza, que ter apenas uns dias por ano dedicados de forma empenhada à solidariedade é bem melhor do que não ter qualquer dia. Mas há algo que posso, devo e proponho que todos façamos relativamente a esta tão característica solidariedade de Natal. No meu entendimento considero importantíssimo que se reflicta sobre o que está a acontecer. Que ajudas dadas são estas? E sobretudo com que motivação? Todos conhecemos inúmeras campanhas, umas mais mediáticas que outras, de recolha de fundos ou de materiais e equipamentos tendencialmente caros. Estes fenómenos solidários vão assumindo grande importância na vida de algumas instituições e até de particulares. Mas a importância destas campanhas é também real e crescente para as próprias empresas e marcas envolvidas. Em rigor, tais campanhas, apresentamse como uma extraordinária forma de promoção e publicidade, muitas vezes sem grande investimento e quase sempre com grande

retorno promocional para as marcas, se houvesse coragem para se fazer um estudo rigoroso sobre esta questão. Muita gente está a ser ajudada nesta altura do ano. Isso é insofismável e algo que não pode deixar ninguém menos que feliz. Diminuir o sofrimento de um semelhante será sempre a maior glória que poderemos ter na vida. O bem-estar não deverá ser um conceito individual e urge ser entendido como um objectivo comum e de dimensão plural, só com existência plena se todos estiverem em condições de o alcançar. É esta a importância de ser solidário, precisamos todos de ser felizes, ninguém nasceu acima de ninguém. Somos responsáveis uns pelos outros, sim! As marcas pegam nesta realidade e assumem para si esse papel tendo dado o nome interessante de “responsabilidade social”. A ideia de quererem devolver à sociedade aquilo que esta lhe proporcionou é absolutamente encantadora, mas também se constitui como verdadeiramente falaciosa. Tudo se parece resumir à melhor foto ou publicidade. Esta ajuda, apesar de produtiva, deve envergonhar-nos e fazer-nos reflectir sobre o que move os Homens e sobre a sua moral. É legítimo actuar da forma errada para ter o resultado certo? Quem sofre não merecerá melhor consideração e respeito? Eu julgo que sim.

INFORMAÇÃO COMERCIAL

Paupério com loja renovada A Paupério renovou a sua loja de fábrica, na Rua Sousa Paupério em Valongo. A abertura foi no dia 1 de dezembro com muitos convidados. A nova loja disponibiliza produtos tradicionais de Valongo e também artigos gourmet de qualidade e a melhor forma de verificar as novidades é efetuar uma visita.

Samsys inaugurou espaço em Ermesinde A Samsys, empresa de consultoria e soluções informáticas, inaugurou no dia 28 de outubro as suas novas instalações em Ermesinde. O evento contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Valongo. José Manuel Ribeiro afirmou ficar “muito satisfeito como autarca que a Samsys, uma empresa que está em crescimento, uma empresa que é um exemplo de quem quer, de quem sonha, esteja a instalar-se no concelho de Valongo”. O Presidente acrescentou ainda que “é sempre importante para o município receber uma empresa como é a Samsys, que é um parceiro de confiança para o tecido empresarial”.

Para além do autarca valonguense, na festa de inauguração esteve também presente o Presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, bem como vários parceiros, clientes e fornecedores da Samsys. Considerada uma Pequena e Média Empresa líder no mercado desde 2012, a Samsys cresceu 40% no volume de negócios no primeiro semestre de 2016, o que permitiu um aumento dos recursos humanos e materiais da empresa. Tida como uma importante impulsionadora da economia local, a Samsys contribui, assim, para a criação de emprego na região do Grande Porto, especialmente no concelho

de Valongo. Anteriormente sediada em Rio Tinto, a Samsys passou agora para a Av. Eng. Duarte Pacheco, 2500B, 4445-416, em Ermesinde. Este é um local mais dinâmico e que serve mais eficazmente as necessidades dos parceiros, clientes e futuros clientes da empresa. A Samsys atua na área das tecnologias de informação e presta também serviços de consultoria informática. Com parcerias com empresas como a Microsoft, a Xerox e a HP Enterprises, a Samsys destaca-se pela ajuda que oferece aos seus clientes no aumento da produtividade e eficiência das suas empresas.

* Psicólogo

Assine o Jornal de Valongo e ganhe sem sorteio uma entrada uma entrada para o Super Circo instalado em Rio Tinto até 1 de janeiro info jornaldevalongo@sapo.pt

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Divulgação

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DL, Amor Perfeito e solidariedade

No passado dia 8 de dezembro o Take Away DL de Valongo ofereceu a cerca de 135 carenciado uma refeição. Foi no Porto e tratou-se de uma parceria com o grupo Amor Perfeito, que às quintas feiras para pelo Parque deEstacionamento da Trindade e apoia carenciados. Luis Pereira, a esposa e filha e alguns amigos juntaram-se aos Amor Perfeiro (que inclui pessoas de Valongo) e trataram de servir feijoada, sopa, sumos e uma maça. Quem quiser saber e apoiar pode consultar as redes sociais. Aproveito agora um texto de Fernanda Kruz publicado há dias sobre este tema.

RETALHOS REAIS

Só hoje, vou relatar a noite da passada quinta-feira, dia 8 de Dezembro. Deixei o conforto do lar, para poder ver de perto a triste realidade de quem mais precisa. Todos nós vemos através da comunicação social, as várias associações que ao longo do ano se organizam, percorrendo as ruas durante a noite, no intuito de ajudar os sem abrigo e as famílias mais carenciadas. Embora me choque e muito ver estas situações, nos canais televisivos, nunca imaginei que me fosse tão difícil evidenciar ao vivo, o que realmente se passa. Digo-vos sem qualquer tipo de vergonha, que por várias vezes me chegaram as lágrimas aos olhos... 8 horas da noite, e já

uma grande fila, esperava ansiosa por um prato de comida. Olhos postos no chão, semblantes desgastados e sorrisos apagados, fazem o contorno numa linha do tempo, onde nada existe. É um silêncio ensurdecedor, que apenas é cortado de vez em quando, pelas gargalhadas e sorrisos abertos de algumas crianças, que tristemente a vida lhes virou as costas, e que também elas

na sua inocência, esperam um “Amor Perfeito” que as ajude. “Amor Perfeito”, é este o nome de um grupo de amigos, que todas as semanas, sempre à quinta-feira, se juntam trazendo além da alimentação, a partilha, o amor e a alegria aos muitos corações perfeitos que nada têm. Por breves instantes, são todos iguais. Não existe a ou b, x ou y...

Por breves instantes, os olhos brilham, sorrisos tímidos florescem em rostos desprotegidos... Por breves instantes, somos apenas instantes... Por breve instantes, tudo termina, e a noite toma o seu lugar ao lado, de quem sofre as vicissitudes, de uma linha do tempo que não dá tréguas. Saí nessa noite de coração apertado, com um nó na garganta que ainda hoje me sufoca e me revolta, por sentir de perto as crueldades deste mundo. Um bem-haja a este grupo repleto de Amor Perfeito,

para tantos desconhecidos amores perfeitos. E termino este meu retalho real com um dos meus pensamentos “Não passamos de “Instantes”, nesta sala de espectáculos que é a vida...e no palco da representação, entramos, actuamos e saímos de cena, sem nada levar... Somos “Instantes Passageiros” fernandakruz Retalhos Reais (Agradecimentos: Take Away DL, Valongo que generosamente proporcionou a refeição de quinta feira para todos os sem abrigo e carenciados que apareceram, e o meu agradecimento ao meu amigo Agostinho Duarte, pela amabilidade que teve em me levar...e um obrigado especial à Cristina Rijo que esteve sempre a meu lado e a todo o grupo “Amor Perfeito”.)

ASSEMBLEIA GERAL Convoco os Senhores Associados a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária, no dia 27 de Dezembro do corrente ano, pelas 20h30 horas, sita à Rua Sousa Paupério, 42, da freguesia e concelho de Valongo, a fim de ser tratada a seguinte: ORDEM DO DIA 1. Apreciar e votar para 2017 o Orçamento e respectivo Parecer do Concelho Fiscal e o Plano de Atividades. 2. Outros assuntos do interesse da Associação. Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos sócios existentes, a Assembleia realizarse-á uma hora depois, com qualquer número de sócios presentes, sendo válidas as deliberações que obtenham o voto favorável de dois terços dos votos validamente expressos. Valongo,07 de dezembro de 2016 O Presidente da Assembleia Geral (Francisco da Silva Moreira)

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Documento

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Moínhos do Cuco

O Último Moleiro do Rio Ferreira (O que escapa ao observador comum) Este trabalho, foi elaborado com o objetivo de sensibilizar a autarquia local, para a recuperação dos moinhos do Cuco, desativados em 2006. Foi aqui que desapareceu: O Último Moleiro do Rio Ferreira. O espaço, detém uma excelente posição geográfica. No Salto do Ferreira, na foz do rio Simão, e na confluência das serras de Santa Justa, Pias e Alto do Castelo. É uma estratégi-

povos. Foi apenas destronado, progressivamente, pelo inevitável progresso, e pelo aparecimento da máquina a vapor (moagem a vapor), em meados do século XIX. Entre os anos 70 e 90, foram 3 os moleiros: Sr. Faustino, familiar; Luís, empregado e Zé Cuco (proprietário). Os dois primeiros, faleceram. O Zé Cuco, com o apoio de um aprendiz de moleiro, continuou a atividade até à sua desativação,

1987 - Moinhos do Cuco.

ca porta de entrada, para o Vale do rio Ferreira (Mar da Tranquilidade), vital para os ambiciosos projetos de valorização, a vários níveis, em curso, para as serras de Santa Justa, Pias e Castiçal, envolvendo as Câmaras de Valongo, Paredes e Gondomar. Este núcleo de moinhos, um verdadeiro património vernacular edificado, recheado de elementos museológicos vivos, plenos de história e tradição, poderia ser um Parque Temático Molinológico, por exemplo. Seria interessante, transmitir às pessoas, nomeadamente aos visitantes, os conhecimentos sobre os moinhos tradicionais, movidos pelas energias dos agentes naturais, bem como os seus aspetos técnicos, sociais e culturais, intrinsecamente ligados à cultura do pão. Os moinhos de água e de vento, foram durante séculos, o sustentáculo do fornecimento do pão às sociedades rurais e citadinas. Sem eles, a falta do seu alimento básico, o pão, poderia provocar levantamentos populares ou mesmo instabilidade política. A sua importância, no contexto da indústria da panificação (moagem) foi determinante, para a alimentação dos

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em 2006. Chegaram a ser 30 mós em funcionamento. Produziam em média, por dia, cerca de 7500 a 8000 Kg de farinha. Cada mó, moía mais de três sacos de grão por dia. Cada saco pesava cerca de 80 Kg. As moegas podiam levar: 80, 90, 100, 120 Kg…, consoante a sua dimensão. Moleiro. Um filósofo? Existe ainda na mente de alguns, a figura típica do moleiro, como um filósofo. Imaginavam, que a “pacata” atividade, em pleno ambiente natural, escutando a melodia das águas e os sons monótonos das mós, o inspirava, a isso mesmo: a filosofar. Não era bem assim, o funcionamento dos moinhos requer do moleiro, uma atenção quase constante. Vejamos o exemplo dos moinhos do Cuco, que aprendi a conhecer, em tempos, de assíduas visitas e convívio com os moleiros. Os moleiros, entravam às 07h30 da manhã, mas a saída estava sempre dependente do trabalho ainda por realizar. Não saíam, sem antes, carregarem as moegas com o grão para moer até ao dia seguinte. O mecanismo constituído por peças de madeira,

submetido a um trabalho contínuo e intenso, 24 horas dia, tornava inevitável o seu desgaste e rutura. As avarias, ao longo do dia, eram frequentes. Embora apostassem na prevenção, era raro o dia, em que tudo funcionasse na perfeição. Não havia mãos a medir. Um lobete ou uma pela que se partiam, e era preciso fazê-las de imediato, para as substituir. Quase diariamente, substituíam-se penas nos penados. Descer ao cabouco ou inferno, para levantar todo o mecanismo do moinho, era um trabalho difícil e até perigoso. A rela e o espigão (seixos de pedra), raramente partem. Durante o dia, vigiavam as moegas, carregando-as, com a ajuda de um banco, antes que o cereal escoasse totalmente. Havia ainda que vigiar a levada e o açude, para eventuais obras de reparação ou manutenção, e realizar pequenas tarefas rotineiras. A importância das mós na farinação As mós eram fundamentais no processo de farinação. Mós lisas não produzem tanto como as picadas e a farinha não sai com a espessura desejada. Todos os dias havia mós para picar. Por vezes, duas ou três, por dia. Observem com atenção! As mós para funcionarem necessitavam de estar “casadas”. A mó fixa denominava-se, pé. A mó andadeira, a capa. Pedras boas casavam bem! Descer as pesadas mós para serem picadas, era um trabalho difícil e penoso. Utilizavam, para o efeito: a panca (um pau) enfiada na mó andadeira, usada em toda a manobra, e somente retirada quando a capa estava sobre o pé; a grade, sobre a qual a mó era picada, com o picão e ainda o carrelo (cilindro de granito). A mó fixa (pé) é picada no próprio lugar. Depois de picadas, as mós precisavam ficar niveladas, ou seja casadas, colocando pequenas cunhas de madeira sob a mó fixa. Usavam ainda para essa operação, a resta, um sarrafo de madeira como régua. Antes de começarem a moer, as mós eram ensaiadas. Moíam areia, e só estavam casadas quando saía pó.

1985 – Picagem das mós. Zé Cuco, moleiro e proprietário.

Era tal a poluição no moinho que eram forçados a tapar a boca e o nariz com lenços. As mós não casadas, funcionavam mal e desgastavamse de forma defeituosa. O picão era feito na forja e na bigorna, pelo próprio moleiro. Compram-se os picões em bruto e depois é preciso harmonizá-los às suas necessidades. As mós eram adquiridas, em Vila Nova de Poiares. Deslocavam-se lá de caminheta, transportando um bom número. Mas algumas, eram compradas aos donos dos moinhos do rio Ferreira que, entretanto, desistiam de moer. Estas mós, apesar de usadas, duravam ainda, pelo menos 10 anos. Eram mós já casadas, bem equilibradas e afinadas. As cheias do Ferreira, Os moinhos de cima eram também denominados, moinhos da “Queiva”. Mas, aos moinhos da Queiva, a montante, do outro lado do maciço rochoso, do Alto do Castelo, chamavam-lhes: moinhos da “vizinhança”. Os moinhos de baixo, só trabalhavam quando os de cima trabalhavam. Dado que não dispunham de quaisquer sistemas de alerta para prevenir cheias, recorriam à observação das suas águas. Quase sempre, as cheias atingiam apenas os moinhos de baixo, - numa cota inferior - e muito raramente os de cima. Perante a ameaça de cheias, retiravam os sacos de farinha ou cereais dos moinhos de baixo para a parte de cima, em segurança. Não raro, de manhã, deparavam com inundações

nos moinhos de baixo, com os inevitáveis prejuízos. Outras vezes, de madrugada, acorriam aos moinhos para pôr a salvo os sacos. Apesar destes inconvenientes, estas cheias não eram comparáveis às de outros tempos, com elevado poder destrutivo sobre os moinhos. Separar o trigo do joio Um dos trabalhos mais pesados e aborrecidos era, peneirar as farinhas. Havia dois ou três padeiros que exigiam as farinhas peneiradas. O tio Faustino, um moleiro do improviso, criou uma peneira com cerca de um metro quadrado. Quatro tábuas com uma rede para separar a farinha do farelo (trigo do joio). O trabalho era realizado sobre um cavalete de madeira para pousar a peneira. O farelo, destinava-se sobretudo à alimentação (rações) dos animais. Moíam trigo, milho, centeio…

15 Kg. Como era de madeira, o seu manuseio, pesava. Usavam em sua substituição, uma bacia de plástico, muito mais leve, com o mesmo volume, e a mesma quantidade. Os pesos utilizados na balança, eram pedras, aferidas com os respetivos pesos. Os pesos custavam dinheiro! Duas vezes por dia, alimentavam os gatos, que afastavam os roedores. Conviviam com a comunidade gatil, assistindo às suas diabruras. Em jeito de corolário deste artigo, salienta-se as inúmeras visitas de estudo realizadas a estes moinhos. Sempre de portas abertas, receberam grupos de estudantes dos vários graus do ensino, bem como outras visitas de âmbito particular. Os moleiros, participavam com prazer, na valorização do conhecimento dos visitantes. Por vezes, com custos para o próprio serviço. Algumas visitas, realizavam-se de manhã e de tarde, no mesmo dia. Os moinhos do Cuco, são sobejamente conhecidos pelos valonguenses. Fica ainda por contar, a história desta família. Anos atrás, liderada pelo seu patriarca, Carlos Susano (Cuco), que com a colaboração dos seus filhos, criou, a pulso, a pouca distância dos moinhos do Cuco, uma unidade industrial de moagem, modelar, em plena atividade. Precisamos de devolver aos moinhos do Cuco, a sua anterior dignidade.

Visitas de estudo e outros elementos A rasa (alqueire) media

1984 - Penado com 20 penas e rodízio.

Texto e fotos de: Joaquim Manuel Pereira Marques 2016.12.05


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