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2 janeiro de 2016

mensal

diretor: agostinho ribeiro

Rios Leça e Ferreira galgaram margens em Alfena, Ermesinde, Campo e Sobrado

Valongo debaixo de água

Rui Machado “

“Nunca ficar parado”

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Diversos

janeiro 2016

Mais árvores na serra Na Serra de Santa Justa, a área reflorestada com espécies nativas continua a aumentar. Mais três hectares estão já a ser preparados, nomeadamente com controlo de espécies invasoras e corte seletivo de matos, para que estejam prontos a receber árvores e arbustos

autóctones pelas mãos de cidadãos voluntários. A primeira plantação nesta nova área, nas proximidades do Corredor Ecológico, está prevista para o dia 16 de janeiro, entre as 09h30 e as 14h00. Poderá participar inscrevendo-se previamente em www.100milarvores.pt.

Piscinas do CPN

Os utilizadores das Piscinas do CPN – Clube da Propaganda da Natação, em Ermesinde, já podem usufruir do equipamento desportivo sem constrangimentos durante todo o ano. A Câmara Municipal de Valongo resolveu um problema antigo, aumentando o diâmetro do coletor que passa sob a linha de comboio na Travessa João de Deus. A intervenção teve como objetivo melhorar a capacidade de escoamento

Se necessitar de mais informações contacte o serviço de Ambiente através dos números 224227900 ou 911101630. As plantações são organizadas pelo Município de Valongo e CRE.Porto, no âmbito do projeto metropolitano “FUTURO 100.000 árvores na AMP”.

Sensibilização para o Daltonismo A Escola Básica da Azenha recebeu a primeira sessão de sensibilização sobre o daltonismo, numa iniciativa promovida pela AMP – Área Metropolitana do Porto, em parceria com a Câmara Municipal de Valongo e a ColorADD. Social – Associação. A primeira ação realizada a 13 de janeiro marca o arranque da implementação do Projeto ColorAdd em 2016, estando agendadas visitas a todas as escolas do Concelho até 28 de janeiro. Estas ações de sensibilização vão ser dinamizadas por técnicas da educação do Município que têm como missão “especial” dar a perceber em que consiste o daltonismo e os constrangimentos que acarreta na qualidade de vida dos seus portadores, bem como divulgar o código ColorADD. A primeira sessão contou com a presença de uma convidada especial – Joana Lemos, técnica da ColorAdd. Social – Associação, que apresentou o código gráfico que ajuda os daltónicos a identificar as cores e que foi criado pelo designer português Miguel Neiva. A participação e o interesse dos alunos fez-se sentir e a sessão correu muito bem, tendo sido do agrado de todas e todos.

A partir do dia 18 de janeiro as sessões de sensibilização serão complementadas por ações de Rastreio de daltonismo e da acuidade visual, direcionadas a todos os alunos e alunas do 4º ano de escolaridade do 1º Ciclo do Ensino Básico, totalizando cerca de 824 alunos. À semelhança do ano anterior, a ação em Valongo conta com a colaboração de empresas óticas concelhias, que disponibilizam meios técnicos e

humanos, e com o patrocínio do ITAU – Instituto Técnico de Alimentação Humana, S.A., e da Be Water, Águas de Valongo, S.A., que apoiam na aquisição de alguns dos ColorADD School Kit, cujo conteúdo é um conjunto de 12 lápis da Viarco, devidamente identificados com o código ColorADD, e um caderno para colorir com informações sobre o daltonismo, oferecidos num saco/mochila a cada aluno participante.

da rede de águas pluviais, que invadiam as instalações do clube quando chovia com mais intensidade. Apesar da intempérie registada no fim-de-semana, as piscinas funcionaram normalmente. Recentemente, a autarquia comparticipou também o investimento num novo equipamento de aquecimento de água. Como contrapartida, as Piscinas do CPN passaram a ter utilização pública.

www.facebook.com/jornalnovo2 visite e siga-nos sempre FICHA TÉCNICA - JORNAL NOVO DE VALONGO - O Jornal do Concelho de Valongo - Edição nº 53 - janeiro de 2015 - Direção e propriedade: Agostinho Ribeiro; Colaboradores: Filipe Marques e Luis Neves (fotografia); Raquel Vale; José Pedro Loureiro; Carlos Silva; Abel Sousa; Francisca Costa; JMB; António Cardoso; Teixeira da Silva Paginação, gestão e publicidade: Cuca Macuca ADI

Registo ERC 125820 Depósito Legal BN 372095/14 Morada - Rua Rainha Santa Isabel 351 6º CS - 4440-569 Valongo

Endereço eletrónico jornaldevalongo@gmail.com telm 911116453 Impressão: Coraze - Oliveira de Azemeis

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Distinção

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Empresas centenárias reconhecidas A Empresa das Lousas de Valongo, a Fábrica de Biscoitos Paupério, a Fábrica de Biscoitos Diogo, a Padaria Irmãos Moreira e a Metalúrgica Bakeware Production receberam a Medalha de Mérito Industrial, cuja atribuição foi aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal de Valongo. “Nenhuma terra tem futuro sem salvaguardar o seu passado. A história tem de ser contada”, frisou o presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, salientando também a importância do reconhecimento público das empresas que contribuem para a história do Concelho de Valongo que este ano comemora 180 anos. “Todos têm histórias fabulosas, que não podem ficar no esquecimento. Ajudem-nos a contar a história do concelho e desta forma a enriquecer a comunidade”, apelou o autarca. A cerimónia de atribuição das Medalhas de Mérito realizou-se no dia 5 de janeiro de 2016, no Museu Municipal de Valongo. As cinco empresas centenárias foram condecoradas pelo seu “inolvidável percurso e intrínseca ligação ao concelho e aos seus costumes”. Descrição das Empresas Empresa das Lousas de Valongo, S.A. A exploração industrial da lousa no concelho de Valongo data de 1865, com a instalação da companhia inglesa “The Vallongo Slate & Marle Quarries Company”, com sede em Londres. Em 1874, o rei nomeia, por alvará, a companhia inglesa, fornecedora da Casa Real. A exploração era feita em minas

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a céu aberto, das quais se destacam Galinheiro, Vale de Amores e Susão. A Mina do Susão começou a ser explorada em 1867 e empregava 25 trabalhadores. De destacar, ainda, que a energia elétrica chegou a Valongo nos anos 20, através da “ The Vallongo State & Marle Quaries Company” através de ramal pago por esta. A referida companhia fez um empréstimo à Câmara de Valongo, no ano de 1924, para eletrificação da vila sendo que, como contrapartida e face à dificuldade em saldar o empréstimo, a Câmara Municipal construiu a estrada das Póvoas. Nos anos 30 forma-se a Empresa das Lousas, a qual adquiriu o ativo a passivo da “The Vallongo State & Marle Quaries Company” e com o final da Segunda Guerra Mundial a lousa começou a ser utilizada como rocha ornamental e de construção para pavimentos e revestimentos. A ardósia de Valongo é conhecidas pelas características específicas da região onde se situa Valongo e pela idade geológica das usas pedreiras (Landeiliano Superior, 450 milhões de anos). Os produtos da Empresa das Lousas de Valongo foram premiados em várias exposições mundiais históricas: na exposição mundial de Paris (1867), exposição de Viena (1873), exposição de Filadelfia (1876), Adelaide (1887), Lisboa (1888), Londres (1891), Porto (1897), Paris (1900) e Rio de Janeiro (1908). Em 1982 os sócios ingleses venderam as ações à família Nunes de Matos que se encontra à frente da empresa. A produção dirige-se fundamentalmente para

exportação – 95% e tem levado o nome de Valongo para diversos países na realização de obras como a fachada da biblioteca Toyoda, no Japão; a fachada da sede da rede de hotéis Four Seasons, em Toronto, Canadá; Boutiques da marca de relógios Hublot em diversas cidades do mundo inteiro; hospital em Santander, Espanha; Sede do Carrefour, França; Catedral de Creitel, em França e Universidade de Oregon, nos Estados Unidos da América. Fábrica de Biscoitos Paupério Trata-se de uma empresa intimamente ligada à história e tradições da região, em especial à indústria da panificação e seus derivados, tendo-se vindo a desenvolver em Valongo ao longo dos tempos, com um forte incremento no século XVIII. Dos produtos fabricados destacam-se a regueifa e os biscoitos, cuja fama cedo se difundiu pelo norte e mais tarde por todo o país. Foi neste ambiente de grande identidade valonguense associada à panificação que, em 1874, surge uma fábrica de biscoitos por sociedade entre António de Sousa Malta Paupério e Joaquim Carlos Figueira, tomando por designação “Paupério & Companhia”. Na história da fábrica embora existam referências a prémios atribuídos aos produtos “Paupério”, em datas anteriores à fundação desta nova sociedade, certo é que, pouco tempo depois da sua constituição, foram atribuídos prémios em Exposições Internacionais, nomeadamente em Filadélfia (1876), Palácio de Cristal (1877) e no Rio de Janeiro (1879).

Numa fase inicial, a empresa acumulava a produção de biscoitos com o fabrico de pão e a moagem e comercialização de cereais, tendo apenas em fase posterior direcionado a sua dedicação exclusiva ao fabrico de bolachas e biscoitos. O registo da patente “Paupério”, que remonta ao início do século XX para as bolachas e biscoitos desta fábrica, atesta a importância e a exclusividade destes produtos que passaram além-fronteiras até às Províncias Ultramarinas de Angola, Moçambique e Guiné. Em 1974, ano da revolução de Abril, a empresa comemorou o seu centésimo aniversário. Atualmente é gerida pela 6ª geração da família Figueira, mantendo uma linha de biscoitos tradicionais com as mesmas receitas utilizadas desde a sua criação. A tecnologia utilizada é ainda muito artesanal, sendo alguns dos equipamentos autênticas peças de museu. No entanto, tal facto nunca constituiu entrave à elevada qualidade dos seus produtos. A Fábrica Paupério mantém a tradição de apre-

sentar como a sua melhor publicidade a garantia de produtos de alta qualidade, conquistando assim o bom nome e a preferência de que goza e que sempre tentará manter. Passados 140 anos a Paupério continua a conquistar mercados. O retorno às embalagens vintage, que tanto sucesso fizeram no passado são o êxito do presente. A exportação já não se cinge ao “mercado da saudade”. Países como os EUA, Japão, China, Cabo Verde já são clientes habituais. A melhoria das instalações e do parque industrial, a formação dos colaboradores e a implementação de um sistema de controlo da qualidade e higiene e segurança alimentar têm, também, contribuído para esse desiderato. Diversidade, qualidade e tradição são três epítetos que se mantêm alheios ao tempo na Paupério. Uma fábrica que marcou e marca a cidade de Valongo, que adoça cá dentro e também lá fora, e acima de tudo é um legado de uma família. “A fábrica Paupério tem registado, nos últimos anos, uma taxa considerá-

vel de crescimento. Prova disso foi a recente obtenção do estatuto de PMLíder junto do IAPMEI. O crescimento alcançado assenta essencialmente no crescimento do mercado gourmet/mercearia fina em Portugal e na exportação, principalmente no “mercado da saudade” e países asiáticos. Fábrica de Biscoitos Diogo Originária provavelmente do século XVIII, sob regência de el rei D. Pedro II, já a casa onde hoje em dia se fabricam os afamados“ Biscoitos Diogo”, existia e a família dedicava-se ao armazenamento de farinhas, e à produção das famosas “ Carcaças ou sêmeas” sendo também a agricultura o seu sustento. Relatos apontam no sentido de que, para além do pão, começam a fabricar-se os primeiros biscoitos (argolinhas, valonguenses) sob a gestão de António Alves Marques Moreira e Cândida de Sousa Ribeiro das Neves. (conclui na pág seguinte)


Atualidade

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Empresas centenárias Paupério - O Livro Continuação da pág. anterior Na linha de sucessão a filha mais velha, Cândida Felgueiras das Neves casa com José de Sousa Moreira Diogo, em 1900, data em que surge o registo da patente “Biscoitos Diogo”, nome com que a família hoje em dia é conhecida. As receitas dos afamados biscoitos Diogo, são provavelmente muito anteriores à sua fundação. Inicialmente produziam-se cerca de 60 qualidades de biscoitos. Atualmente são cerca de 30 qualidades. De destacar os biscoitos de milho, recentemente premiados, entre os cacos, os digestivos e os coquinhos. Padaria Irmãos Moreira Padaria Irmãos Moreira é um estabelecimento centenário. Encontra-se na mesma família há várias gerações. A fundação terá sido na viragem do séc. XIX para o séc. XX, tendo sido seu fundador José Alves Moreira. Sucedeu-lhe no negócio o filho José Marques Moreira e posteriormente o filho deste, também de nome José Marques Moreira. Atualmente a padaria tem como sócios Paulo Moreira e Manuel Moreira, filhos do segundo José Marques Moreira e bisnetos do fundador. O edifício onde se encontra a padaria é setecentista, inserindo-se o mesmo na rua Dias Oliveira, no n.º 97, frente ao cruzeiro do

Escoiral. Faz, portanto, parte do Eixo Antigo da cidade de Valongo e ostenta a data de 1732 no lintel da entrada do estabelecimento. Fruto da mestria e transmissão de saberes de geração em geração, esta tradicional padaria, fabrica por métodos artesanais o pão, assim como outros produtos de panificação. Já há alguns anos que a sua laboração é essencialmente diurna, pelo que há muito que distribui, em Valongo e arredores, pão quente durante o dia. Aliás a venda deste estabelecimento nunca se confinou aos limites da freguesia, pelo que, no passado recorriam aos animais de carga para levar o pão nas canastras, nomeadamente para a vizinha população de Rio Tinto. Na cozedura dos seus produtos utiliza o forno a lenha, aliás parece ser o único estabelecimento que ainda o faz. Por volta dos anos sessenta do século passado o forno foi modificado, dada a necessidade de maior produção que o velhinho forno não suportava. Atualmente tem capacidade para cozer de uma só vez 1000 pães e, tendo em conta a profundidade do mesmo, é necessário recolher os produtos, que ficam junto da parede posterior, com recurso a uma extensa pá de cinco metros, a que chamam salva-vidas. Metalúrgica Bakeware Production A Metalúrgica Bakeware Production SA é uma

empresa familiar e centenária cujas origens remontam aos finais do século XIX (1896), sendo a sua atual Administração constituída pelas 3ª, 4ª e 5ª gerações e, apesar de ser uma sociedade anónima, mantém todavia o seu cariz de empresa familiar. Munida de amplas e belas instalações, com 6300 m2 de área coberta e cerca de 25 mil metros de área descoberta, está sediada na Zona Industrial de Campo, posicionada no alto de uma belíssima colina e rodeada de belos jardins, arruamentos e parques internos. Altamente especializada no fabrico de formas para bolos, quer para uso doméstico quer para uso industrial, esta empresa é hoje prestigiadíssima a nível mundial, sendo muito mais conhecida no estrangeiro do que em Portugal. Atualmente, com mais de 100 trabalhadores, a empresa exporta 96% da sua produção para os diversos mercados mundiais. Nos últimos 25 anos, a empresa especializou-se no fabrico de equipamentos destinados essencialmente à panificação e pastelaria industriais, fabricando placas e formas para este fim, onde fez imensa inovação que lhe criou um prestígio mundial inimaginável, ao ponto dos principais clientes das diversas partes do mundo dizerem que é hoje a melhor fábrica europeia do produto, o que é confirmado um pouco pelo facto dos concorrentes europeus a utilizarem como fornecedor.

“O Nome do Biscoito é Paupério” é um livro com quase 300 páginas que conta a história da fábrica de biscoitos Paupério, mas vai mais além. Conta também um pedaço da história de Valongo. A obra, importante para quem quiser conhecer o concelho, divide-se em duas partes. O antes de 1995, com um trabalho moroso e profundo de Paulo Caetano Moreira, historiador de Valongo que “bebeu” em várias fontes para conseguir o resultado que conseguiu. Após 1995 e até aos dias de hoje, é um

periodo da vida da Paupério contado pela jornalista Dora Mota. Foi também a jornalista que teve a cargo a coordenação e a apresentação da obra em sessão pública que encheu a sala António Macedo em Valongo. As fotografias estiveram a cargo de Ricardo Meireles, garantia de qualidade do produto. Voltando à sessão de apresentação, usaram da palavra Eduardo Sousa, atual admnistrador da Paupério, que no livro é o autor do prefácio e Álvaro Reis Figueira, seu tio, que

no livro é autor de um brilhante texto introdutório. O historiador portuense Germano Silva, apresentou na sessão alguns pormenores da sua vida pessoal, lembrando os biscoitos e também referindo alguns aspetos interessantes relacionados com a panificação. A publicação já pode ser comprada nas instalações da Paupério Valongo, Rio Tinto e Mercado do Bom Sucesso, no Porto e nos estabelecimentos A Vida Portuguesa.

Foto: Ricardo Meireles

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Personalidade

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Rui Machado reside em Ermesinde, é psicologo e escritor

“Ficar parado não era solução para nada” Rui Machado tem 32 anos de idade e é natural da cidade do Porto e reside em Ermesinde. Tem o prazer da escrita, tendo editado dois livros, um de poesia e outro de prosa. Para além destes livros tem participado, até ao momento, num total de duas dezenas de colectâneas/antologias. É licenciado em Psicologia da Saúde e mestre em Psicologia Clínica. Entre os dois, fez formação técnica em Multimédia e trabalhou em Publicidade. Ocupa a vida com a escrita e o activismo na área da deficiência, sendo membro da comissão coordenadora dos (d)Eficientes Indignados, da direcção do Centro de Vida Independente e co-criador do projecto ligado à desmistificação da sexualidade na deficiência “Sim, nós fodemos”. Atualmente, encontra-se e desenvolver e implementar um programa de Educação Afetivo-Sexual para técnicos e pais de pessoas com deficiência intelectual. JNV - Como surgiu em si o gosto pela escrita? RM - Essa é sempre a grande pergunta. Confesso que tive de ir à procura da resposta depois de lançar o primeiro livro. Não era evidente para mim... Hoje, tenho a profunda convicção de que o caminho da escrita, pelo menos aquele que se pretende longo e consistente, começa necessariamente pela leitura. Parece-me ser muito mais importante ser leitor do que autor. Nada do que escrevi até hoje se compara à extraordinária experiência de ter lido autores como John Steinbeck, Gonçalo M. Tavares ou Pedro Paixão (só para enumerar alguns). As extraordinárias viagens e incomparáveis aprendizagens que me proporcionaram soltaram em mim o desejo de tentar escrever as minhas histórias, as minhas verdades, as minhas pecepções e emoções. E depois de começar, descobri que a escrita se constituia como a derradeira forma de tentar compreender o que acontece comigo e com os outros. Tornou-se verdadeiramente na minha forma de continuar... a viver. Agora, já não dá para parar. A tentativa de descoberta de algo é demasiado sedutora. JNV - Quando publicou pela primeira vez e o que publicou até hoje? RM - Publiquei pela primeira vez em Outubro de 2014. Tratou-se de “Finalmente Mar”, um livro de poesia, que se tiver algum mérito será o da honestidade. Neste livro exploro temas como a

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angústia, tristeza, solidão, frustração e o amor, claro, o amor. Em Novembro de 2015 publiquei “Uma Forma de Continuar”. Este segundo livro é um livro de prosa constituído por duas partes distintas. A primeira, maior e principal, constitui-se por vários contos fundamentalmente sobre amor, mas não só. Da segunda parte, fazem parte diferentes textos sobre deficiência que escrevi ao longo dos últimos anos relacionado com algum trabalho feito na área. Para além destes dois livros fui participando, ao longo dos últimos três anos, em várias colectâneas e antologias portugueses e brasileiras. Até ao momento conto com vinte paticipações. JNV - Que publicações tem para editar nos próximos tempos? RM - Atuamente, encontro-me a trabalhar em dois livros. Um de poesia que está quase terminado e outro de contos. Possivelmente o primeiro será publicado em 2016 porque estou a sentir necessidade de regressar à poesia. Talvez sejamos aquilo que começamos e eu comecei com a poesia. Este novo livro contará com uma novidade: alguns dos poemas contarão com as ilustrações extraordinárias da Carla Monteiro. Para além destes dois trabalhos tenho a intenção de escrever o livro “Sim, nós fodemos” e claro, tenho o eterno desejo de escrever um romance. Todavia, estes dois últimos projectos irão absorver muito tempo,

requerendo, acredito eu, todo o meu tempo durante alguns meses, pelo que estão em stand-by. JNV - Profissionalmente, o que tem feito? RM - Profissionalmente a vida não tem sido fácil. Portugal é um país com claros problemas de empregabilidade e se se juntar a isso o facto de haver ainda muito preconceito associado à deficiência, adivinha-se uma situação particularmente complexa. Formei-me em Psicologia e só depois de 8 anos é que consegui a primeira oportunidade. Encontro-me, no momento, a trabalhar num part-time que me está a realizar muito, tanto a nível pessoal, como a nível profissional. Trata-se de um programa de educação afectivo-sexual para técnicos e mães de pessoas com deficiência intelectual. Antes, trabalhei numa empresa em Ermesinde de Publicidade, onde permaneci ano e meio sob promessas sucessivas de contrato que nunca se concretizaram. Fui dispensado sem os vencimentos acordados e sem possibilidade de requerer subsídio de desemprego, foi um ano e meio perdido... E criei um área de negócio quando lá estive que faturou pelo menos 3000 Euros. Enfim... Para esquecer... Estas situações de abuso ainda acontecem muito no nosso país. JNV - É conhecida a atividade civica que tem desenvolvido a favor dos direitos humanos, por exemplo com a plataforma “Sim, nós fodemos”. Como surgiu essa atividade e quais os objetivos a atingir? RM - Sempre achei que ficar parado não era a solução para nada. E de uma forma natural foram surgindo convites e possibilidades de me juntar a projectos de luta, sensibilização e promoção dos direitos das pessoas com deficiência. Comecei de forma mais séria nos (d)Eficientes Indignados a convite de Jorge Falcato que hoje é deputado da Assembleia da República. Neste movimento ganhei o gosto e tive (e tenho) a pos-

sibilidade de lutar por coisas apenas justas, mas que ainda assim são esquecidas ou negligenciadas em Portugal. Coisas tão simples e essenciais como o acesso a uma cadeira rodas. Depois surgiu o “Sim, nós fodemos”, formado por alguns elementos dos (d)Eficientes Indignados. Alguns de nós sentimos necessidade de criar um projeto autónomo exclusivamente dedicado à desmistificação da sexualidade nas pessoas com diversidade funcional. Um tema, pensamos nós, ainda pouco considerado no nosso país. A caminho do terceiro ano de vida, observamos algumas melhorias ultimamente. Notamos sobretudo uma procura de informação por parte de

técnicos, associações vocacionadas para a deficiência pessoas com deficiência e profissionais de saúde. Realizamos várias palestras ao longo do ano e temos sido convidados para aparições televisivas. Esta procura de informação é muito interessante e essencial, pois é o reconhecimento do “problema” e saber mais sobre ele é o primeiro passo para a sua resolução ou tratamento adequado. Mais recentemente integrei a direção da associação Centro de Vida Independente que tem por objetivo base a defesa e a divulgação da filosofia de Vida Independente em Portugal. A filosofia de Vida Independente pretende que a pessoa com

diversidade funcional seja o centro da ação, passando a ser esta a controlar a sua vida, podendo escolher com quem vive, onde vive, o que faz na vida sem que esteja condicionada a imposições externas, como a institucionalização, onde perde, quase sempre, a possibilidade de ter uma vida autónoma e decidida por si mesmo. Em todos estes projetos procuramos sofregamente essa realidade ainda tão distante que é a igualdade. Sim, porque eu não tenho as mesmas possibilidades de vida de quem lê esta entrevista, tudo porque respondo a estas perguntas sentado numa cadeira de rodas. Isso não pode ser justo.

José Luis Peixoto sobre o livro “Uma Forma de Continuar” Agora, olhando para trás, parece-me que este livro do Rui Machado me seduziu página a página. É nessa sequência paginada que se sucedem as histórias, as ideias, as sensações, os sentimentos e as pessoas que compõem este livro. Escrevo “pessoas” e não “personagens” porque, nesta leitura, fica sempre a impressão de se tratar de gente que existe, que vive. Talvez a realidade comprove que não é assim em todos os casos, talvez uma parte daqueles que habitam este livro tenham nascido na imaginação do autor. Tirar esse detalhe a limpo não é fundamental. Na literatura que vale a pena, a linguagem é sempre capaz de transportar a sua verdade. E isso é exatamente o que acontece aqui. As questões que ocupam estas páginas são aquelas que tocam o ser humano desde sempre e, com muita probabilidade, para sempre. A multidão que habita este livro, terna ou sarcástica, a sofrer ou a dar vontade de rir, é sempre composta por homens e mulheres. E quando menos esperamos, com frequência, encontramo-nos a nós próprios nestas páginas, a fazer parte deste livro. José Luís Peixoto


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Cheias

Rios Leça e Ferreira galgaram margens Os Rios Leça e Ferreira, que atravessam o concelho de Valongo, galgaram as margens no domingo dia 10 de janeiro. A quantidade de chuva que caiu, aliada ao desrespeito que o homem vem tendo com a natureza, provocam ano após ano estas preocupações a quem reside ou trabalho perto do nível da água. Os bombeiros de Valongo e Ermesinde foram chamados a dezenas de situações, felizmente nenhuma de grande gravidade. Várias estradas e pontes tiveram de ser encerradas ao trânsito pela proteção civil concelhia. Nesta página mostramos algumas das situações que aconteceram, desde já agradecendo aos autores das fotografias, enviadas para o JNV ou retiradas do facebook.

Travagem/Ermesinde - Foto de Paulo Araújo

Alfena - Foto de João Silva

Sobrado - Foto de Liliana Martins

Campo - Foto de Zé Oliveira

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Atualidade

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Ex-presidente da Junta de Rans (Penafiel) vive em Valongo e candidata-se à Presidência da República

Vitorino Silva quer dar alegria ao país “Sou um português, sou uma pessoa normal e a partir desse momento nada impede que eu possa exercer esse direito”. Esta foi a resposta de Vitorino Silva, conhecido mediaticamente como Tino de Rans, quando lhe foi colocada a pergunta sobre a razão da sua candidatura à Presidência de Republica, ato eleitoral a acontecer dia 24 de janeiro. Tino nasceu em Rans mas vive há muitos anos em Valongo, terra da esposa e onde nasceu a sua filha. Durante “oito anos e um dia” foi presidente da junta de Freguesia de Rans, no concelho de Penafiel, tendo sido dado a conhecer após um célebre abraço a António Guterres, num congresso socialista. Quando podia assumir o terceiro mandato decidiu não concorrer porque, diz, “não queria a minha filha órfã de pai vivo. Fui criado sem pai e a politica absorve muito e eu não queria ver a minha filha crescer sem pai presente”. A experiência como

autarca foi importante para assumir a candidatura à Presidência, uma vez que, refere, “lidei diretamente com o povo, experiência que faz falta a muitos políticos que não saem dos gabinetes. Essa uma das razões que encontro para que as pessoas votem em mim. Chegou a vez do povo dar uma lição aos políticos”. O trabalho de recolha de assinaturas e a sua certificação foi enorme. Sem máquina partidária ou outra, foi um trabalho de formiga. “Tinha de arranjar cem assinaturas por dia, e arranjava sempre mais. Depois foi o trabalho de as certificar, foi um trabalho de ir junta a junta e que me deu muito gozo”, refere o candidato residente em Valongo. Tino de Rans não acredita nas sondagens que têm sido efetuadas, referindo que “a partir do momento em que começaram as sondagens em que apareceram candidatos designados como “outros” está tudo desvirtuado. A verdadeira sondagem é feita dia 24

nas eleições”. Sobre os locais onde espera ter maior votação, Tino acredita que irá ter muitos votos em todo o país: “tive assinaturas de todo o país, de mais de duzentos concelhos. Por razões óbvias devo ter mais votos em Penafiel, Valongo e Porto, mas acredite que vou ter votos em todo o país. Portugal quer que o povo tenha um futuro. O futuro é que faz falta”. O candidato está em campanha por todo o país. Viaja na viatura Vitorino (uma Mercedes Vito) com uma equipa pequena, mas eficaz. Recolheu 8118 assinaturas, (81 – a idade da mãe e 18- a idade da filha), um simbolismo que não quer deixar de referir. Diz querer trazer alegria a Portugal e que vai abrir o Palácio de Belém ao povo. Questionado sobre se esperar capitalizar de algum modo os votos que venha a ter diz que “o único objetivo é ganhar e chegar à Presidência. É para isso que concorro”.

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Diversos

Bruno Silva campeão nacional de ciclocross O atleta valonguense Bruno Silva da equipa Longusbike Team / CarlicPorto depois de no dia 3 de Janeiro ter sido campeão regional do Porto de ciclocross, no dia 10 de janeiro conseguiu um dos grandes objectivos pessoais e da equipa ao sagrarse Campeão Nacional de Ciclocross na categoria de Junior, agradecendo a todos os seus patrocinadores que ajudaram a concretizar este titulo. CarlicPorto, ElectroDC, Junta de Freguesia de Valongo.

Festa Socorros Mútuos Uma vez mais a Associação de Socorros Mútuos e Funebre do concelho de Valongo organizaou a sua festa de Natal. Desta vez o artista convidado foi José Malhoa que animou, com as suas bailarinas, a tarde de 20 de dezembro. Antes tinham tocado “Os mesmos” da Associação Vallis Longus. Para o presidente Fernando Santos, esta festa serve para juntar os associados e proporcionar momentos de convívio. Depois de festa de 2015 resta esperar pela de 2016.

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Formação

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Diversos

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Presépio com figuras em crochet em Campo Clemência Rocha tem 81 anos e vive em S.Martinho de Campo, Valongo. Em 2014 lembrou-se de criar um presépio diferente, recorrendo a figuras criadas por ela e construidas em crochet. Clemência toda a vida trabalhou em bordados e, para ocupar algum do seu tempo e para dar largas à imaginação começou o desafio. No fundo da sua casa arranjou espaço para a sua criação. O presépio conta a história do nascimento do menino Jesus, mas recua no tempo “à metafora” da criação do mundo e a última parte desta “recriação” inclui figuras contemporâneas como os escritores Fernando Pessoas e Sophia de Mello Breyner, Francisco de Assis e o Papa Fracisco e Madre Teresa e Galileu, entre muitos outros.

Em declarações ao nosso jornal, Clemência Rocha prometeu continuar a aumentar o seu presépio e, refere, “se Deus me der força para o ano estará ainda melhor e maior. Tenho várias ideias de figuras a incluir”. Clemência Rocha tem apenas a segunda classe, mas formou-se ao longo da vida com muita leitura. Refere que “duarante a segunda guerra o meu pai comprava o jornal todos os dias e eu fiquei a saber tudo sobre a guerra lendo o jornal”. Na sua atividade criativa produziu dezenas e dezenas de quadros bordados com temáticas diferentes e que estão espalhados pelas casas dos familiares. O trabalho não está disponível para ser muito visitado, por razões óbvias, mas fica a sugestão para que, no próximo Natal seja encontrada uma solução

que não permita que um trabalho destes fique na penumbra.

BNI R nos Sandes e Pratos O BNI (Business Networking Internacional) R, passou a reunir este ano no espaço Sandes e Pratos, no

Largo do Centenário em Valongo. As reuniões são às quartas-feiras às 6h45 e o

objetivo é criar laços de colaboração para implentar negocios. O lema é “dar para receber”.

Queixa em tribunal O deputado da Assembleia Municipal de Valongo, eleito pelo PS mas agora independente, Celestino Neves, entregou no Ministério Público de Valongo uma denúncia com 326 páginas relativa à transação de terrenos em Alfena e cujos fundamentos são os seguintes: “Eventuais crimes de corrupção/favorecimento ilícito/crime ambiental/outros”. O queixoso apontou, na queixa apresentada a meio de dezembro, alguns eventuais intervenientes, entre eles antigos e atuais autarcas. Segundo revela no seu blogue, “esta ação encerra um ciclo de participação cívica minha e de muitos

outros cidadãos relativamente a um assunto que já encheu muitas páginas de jornais e que corria sérios riscos de passar para o rol de ‘assuntos arrumados’. Não está de facto arrumado e espero que da minha ação resultem culpados”. Os terrenos em causa são onde está ser construi-

do o entreposto comercial da Jerónimo Martins e a transação foi alvo de uma queixa do agora candidato presidencial Paulo Morais e que foi arquivada pelo Tribunal. Com a aprovação do PDM, Celestino Neves decidiu avançar com esta nova queixa.

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Divulgação

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Diversos

janeiro 2016

Solidariedade em ação

“Conceição Loureiro merece ser reconhecida pelo que está a fazer pelos sobrinhos” Foi assim que Paula B contactou o JNV para dar conta que um grupo de pessoas tinha decidido levar a cabo uma ação solidária para esta mulher que há sete anos cuida de três sobrinhos, muitas vezes retirando regalias ao único filho que tem. A ação solidária inclui a oferta de prendas e dinheiro recolhido junto de amigos. A mãe das crianças não tem dado sinal de vida e as duas meninas de 8 e

15 anos e o menino de 11 consideram Conceição e o marido como pais. Devido a esta atitude e como alimentar mais três bocas custa mais, acrescentando a perda de emprego do marido, a familia deixou de pagar a casa que tinha no Bairro de S. Bartolomeu e vive agora no Bairro da Outrela. “Entregar os meninos à Segurança Social é que nunca” disse Conceição ao nosso jornal. Voltando à ação solidária, vários foram os voluntários que ajudaram, desde todos os funcionários e ele-

mentos da Junta de Valongo e outras pessoas. Conceição agradece a quem teve a iniciativa e manifesta o desejo que a próxima prenda seja um emprego para o marido”. Pelo menos neste Natal as coisas foram um bocadinho menos dificeis.

Oferta Presépios Os alunos de Educação Especial da Escola Secundária de Valongo ofereceram ao Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, e ao Vereador da Educação, Orlando Rodrigues, dois bonitos presépios feitos com materiais reciclados.

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Divulgação

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Fernando Sousa e filho Fernando Sousa Jr terminam nos dez primeiros na Africa Eco Race em motos

Dupla valonguense em grande nos trilhos africanos A dupla valonguense da IS3 Racing Team, Fernando Sousa e Fernando Sousa Jr (pai e filho respetivamente) concluiu a sua estreia no Africa Eco Race, levando as duas KTM 450 Rally Réplica até à linha de meta junto ao Lago Rosa, em Dakar, nos dez melhores lugares. A especial entre Saint Louis e a capital senegalesa – com um total de 295 km, não contou para a classificação final e os pilotos apenas tiveram uma paragem na aldeia piscatória de Kayar. De seguida cumpriram o derradeiro desfile de 24 km´s até às margens do Lago Rosa, onde decorreu a tão esperada entrega de prémios. Esta oitava edição da maior maratona africana da atualidade, contou com 13 dias de competição e aproximadamente 6.000

km´s percorridos dos quais 3.750 km ao cronómetro. Fernando Sousa conclui a prova na 7ª posição e Fernando Sousa Jr 8º classificado na categoria motos. No final em Dakar, Fernando Sousa mostrouse bastante satisfeito com este resultado: “É obvio que estamos felizes. Esta foi sem dúvida uma prova que marcou as nossas vidas e a chegada aqui ao Lago Rosa foi fantástica. Muitos quilómetros, muita aprendizagem, alguns contratempos, mas um grande resultado. O objetivo era chegar ao fim, mas consegui-lo nos dez primeiros foi a “cereja no topo do bolo”. Quero aproveitar para agradecer a todos os patrocinadores desta nossa aventura, a todos aqueles que nos apoiaram ao longo de toda a competição, à minha esposa e ao Paulo

CARLOS MOTA Mediador de Seguros

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Marques que foram incansáveis e por último mas não menos importante, ao meu filho que me “guiou” ao longo de toda a competição”. Para Fernando Sousa JR, “esta prova foi fundamental para a nossa evolução nas grandes maratonas. Navegar e pilotar ao mesmo tempo requer uma atenção redobrada e bons reflexos. Não começamos da melhor forma mas com o passar dos dias fomos subindo na classificação, navegando melhor e conquistamos alguns pódios. Sabia que o meu pai estava bem fisicamente no entanto em tão exigente prova, fiquei bastante surpreendido pela positiva. Estivemos ao mais alto nível e só podemos estar felizes com este resultado” disse o piloto de Campo. Texto Evo-Press

Rua do Vilar, 160 4440-365 Sobrado Vlg Tlm 91 720 89 73 / 91 617 95 42 email crmota@sapo.pt


Ermesinde

janeiro 2016

Ricardo Moreira começou carreira no CPN

Capitão de andebol do FCP homenageado O Pavilhão Municipal de Ermesinde acolheu, no passado dia 18 de dezembro, mais um jogo da equipa de andebol do FC Porto B, a contar para o Campeonato Nacional da 2.ª Divisão de Seniores Masculinos. Com o apoio da Câmara Municipal do Porto e do CPN, clube de Ermesinde cuja Secção de Andebol há vários anos mantém ligação com o FC Porto - ligação que agora se estende, para além desta modalidade, também à natação - o FC Porto B usou o renovado Pavilhão Municipal de Ermesinde como “casa emprestada” para receber e vencer o Boavista FC por 32-28. Para o muito público que preencheu as bancadas do Municipal de Ermesinde, e, muito em especial, para o CPN, o momento

alto aconteceu, todavia, antes do jogo. Aproveitando a presença da equipa B e de toda a estrutura do andebol do FC Porto em Ermesinde, o CPN levou a cabo uma cerimónia simbólica destinada a assinalar a passagem dos vinte anos de carreira andebolística do capitão do andebol do FC Porto, internacional português e heptacampeão nacional, Ricardo Moreira, um Ermesindense que iniciou a sua carreira desportiva no CPN. Perante os treinadores e colegas de equipa de Ricardo Moreira, que fizeram questão de se deslocar “em peso” a Ermesinde, o CPN assinalou e comemorou a data, relevante para aquele que é uma das grandes figuras do andebol nacional, e figura maior do FC Porto. Na cerimónia, estive-

ram presentes, para além de Paulo Sousa, presidente da Direção do CPN, o vereador do Desporto da Câmara Municipal de Valongo, Orlando Rodrigues, e o presidente da edilidade, José Manuel Ribeiro. Ricardo Moreira foi presenteado com um equipamento do CPN com o seu nome e número e com uma placa comemorativa da passagem dos 20 anos sobre a altura em que, no clube de Ermesinde, dava os primeiros passos na modalidade que o viu crescer e tornar uma referência nacional. No final, o capitão do FC Porto e ex-CPN lembrou o carinho que sempre nutriu pelo seu clube de origem e fez votos de que a formação desportiva do CPN continue a trabalhar com qualidade para produzir os “craques” do futuro.

Apresentação do CN Trial

Já foi levantada a ponta do véu e agora é tempo de apresentar oficialmente a época 2016 do Campeonato Nacional de Trial 4x4, uma competição a cargo do Clube Todo-o Terreno Trilhos do Norte em parceria com os clubes associados e, sob a égide da Federação Portuguesa de Todo Terreno Turístico Trial e Navegação 4x4. Depois de várias épocas de sucesso, o CNTrial 4x4 já se afirmou como a maior competição de trial em Portugal, mas ainda com margem para

crescer. Este ano, e à semelhança do que aconteceu nas duas últimas temporadas, o Campeonato Nacional de Trial 4x4 será composto por 6 provas, este ano disputadas em Valongo, Mação, Chaves, Bragança, Torres Vedras e Paredes. Antes da competição começar, a edição de 2016 do CNTrial 4x4 será formalmente apresentada, com novidades ao nível do regulamento e mais pormenores de cada prova. Recordamos que já foi

divulgado o Regulamento técnico do CNTrial 4x4 para 2016 e o documento trouxe algumas surpresas, mas há mais para desvendar. É a 16 de janeiro, pelas 18 horas, no Fórum Cultural de Ermesinde. Um evento que, a exemplo dos anteriores, contará com a presença da comissão organizadora, Clubes, Federação, pilotos, navegadores, comissários, mecânicos, amigos, aficionados e comunicação social. texto: Contra Rotações

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Diversos

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Hospital de Alfena funciona há quatro anos O Hospital Privado de Alfena, unidade hospitalar do Grupo Trofa Saúde, nasceu em janeiro de 2012 e representa um conceito inovador de organização, especialmente centrado no cliente/doente e assumese como unidade de saúde privada de referência na cidade de Valongo e na região Norte. O Hospital Privado de Alfena é um hospital geral de agudos. Com destaque para o serviço de urgência adultos e pediátrico 24 horas/365 dias, disponibiliza um conjunto variado de valências médicas, cirúrgicas e de diagnóstico. Esta unidade presta cuidados de saúde desde a prevenção, educação, proteção, até ao tratamento, reabilitação e acompanhamento. Num ambiente caraterizado pela luminosidade e espaços amplos, equipamento e tecnologia de ponta, o Hospital Privado de Alfena é a garantia de uma “solução de saúde” integrada e única, disponível para as necessidades de qualquer família. O Hospital Privado de Alfena coloca à disposição a experiência e qualidade de uma vasta equipa liderada por José Carlos Vilarinho (Diretor Clínico) e Bruno Silva (Administra-

dor). No passado dia 10, a unidade de Alfena do grupo Trofa Saúde comemorou quatro anos de atividade e o administrador Bruno Silva, juntamente com Filipa Laranjeira, coordenadora operacional, guiaram uma visita a alguns jornalistas, mostrando as potencialidades do Hospital. Bruno Silva explicou as vantagens da unidade, realçando a proximidade e a disponibilidade. Os bons acessos a Alfena e o facto do Hospital atender também ao fim de semana e fora do horário normal de trabalho é uma mais valia. O Hospital serve utentes da área de Valongo, Maia, Gondomar e começa também a alargar a sua ação a municipios como Paredes, Paços de Ferreira, Penafiel, Trofa e outros adjacentes. Com uma média de 13000 consultas mensais, o objetivo é, refere o responsável, “atingir a excelência”. Já agora em relação a outros números refira-se que o número de urgências/dia já se situa nas duas centenas (incluindo a pediatria) e que no que se refere a internamento, o número pouco passa das duas dezenas, embora a

capacidade seja de 96 camas. O Hospital de Alfena atua em todas as áreas da medicina, tendo tido sucesso suplementar em áreas como a “ressonância cardiaca”, sendo o hospital privado com maior número. Outro sucesso tem a ver com a cirurgia refrativa (operações aos olhos). Para o futuro, o administrador referiu ao JNV

que “temos a ambição de implementar um Centro Oncológico aqui em Alfena. Temos terreno e esse é um objetivo, embora não esteja ainda prevista qualquer data”. Bruno Silva afirmou, em reposta a uma questão do JNV, que “o Hospital de Alfena tem uma boa articulação com o serviço público, até porque não somos concorrentes e sim

Hanguk Moo Sool distinguida A Associação Tradicional Hanguk Moo (Mu) Sool (Sul), sediada emValongo foi criada em 2011, com o intuito de promover a cultura tradicional coreana e as artes marciais coreanas. A criação desta Associação, resulta de uma imensa vontade da sua Direcção e está inerente à filosofia de Hongik Ingan (Amar em paz, espírito integro, defender o correcto com um forte sentido de responsabilidade). Dois terços dos atletas são crianças e jovens o que deixa imensamente satisfeito o seu presidente, Mestre Fernando Branco, pois tem orgulho por contribuir para a formação de cidadãos alicerçados em fundamentos sólidos e en-

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riquecedores. A maior preocupação da ATHMS, não se prende exclusivamente com o desporto ou componente física dos atletas mas também como a formação intelectual. Para isso implementaram atividades didácticas e de apoio ao estudo, permitindo que os jovens atletas sejam acompanhados e apoiados também nas atividades letivas. Além da formação e do desporto também apostam em causas humanitárias e sociais ajudando os mais necessitados. A ATHMS, é parceira efetiva da CPCJ -Comissão de Protecção Crianças e Jovens do Concelho de Valongo. O profissionalismo dos Mestres e a certificação dos mesmos nas mais

antigas e prestigiadas Instituições de Taekwondo e Hapkido da Coreia e as condições de instalações, dotadas de equipamentos de topo, para a prática de Artes Marciais, são fundamentais para um crescimento sustentável. Atualmente a associação além das escolas em Portugal, está já fomentada e a crescer no Brasil. No passado dia 14, a Associação Tradicional Hanguk Moo Sool, foi galardoada pela Federação Portuguesa de Taekwondo, na pessoa do seu Presidente, José Luís Sousa, como o Dojang do Ano, ou seja a ATHMS, foi considerada o maior (Associação/ Clube) de Portugal, tendo atualmente 224 Atletas Fe-

derados. Afim de celebrar tal feito, o Presidente da Federação Portuguesa de Taekwondo e o Vice-Pre-

sidente da Associação Taekwondo do Porto, Armindo Ramalho e o Secretário da Associação Taekwondo do Porto, Paulo

Rocha, efetuaram uma visita institucional à Athms.


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