IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO No 9912233178 ECT/DR/RS FUNDAÇÃO PRODEO DE COMUNICAÇÃO CORREIOS
Porto Alegre, outubro de 2011 - 2a quinzena
www.jornalsolidario.com.br
Ano XVII - Edição N o 596 - R$ 2,00 Imagens: Solidário/Divulgação
Quem és tu,
Jesus de Nazaré?
“Quem diz a gente que eu sou... quem sou eu para vocês?”, questiona Ele aos seus mais fiéis discípulos e seguidores, conforme narram os Evangelhos. Duas perguntas numa só, sem respostas definitivas. Jesus sempre foi e sempre será uma referência inesgotável para a busca de sentido e significado de vida.
Irmandade do Divino Espírito Santo: 190 anos A Instituição foi fundada em 7 de outubro de 1821, como um órgão pertencente à Paróquia Nossa Senhora Mãe de Deus. E manteve sua capela particular ao lado da Paróquia até 1929, quando cedeu lugar para a abertura da Rua Espírito Santo e a construção da atual Catedral Metropolitana de P. Alegre. A nova igreja foi, então, construída na Av. José Bonifácio, Bairro Farroupilha.
Páginas centrais
A
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Voz do Pastor Dom Dadeus Grings
Editorial
Arcebispo Metropolitano de P. Alegre
O "Mistério Jesus"
“Q
uem diz a gente que eu sou... quem sou eu para vocês?” Estas duas perguntas, embutidas numa só, jamais encontrarão respostas consensuais e definitivas. Jesus foi, é e será sempre uma pergunta, uma referência, um caminho, um horizonte, uma utopia que desafia toda pessoa a jamais desistir de buscar respostas significativas e significantes de sentido último para a sua vida. Dois mil anos de história, entre acertos e equívocos na resposta às duas pergunta feitas por Jesus a seus companheiros/discípulos, não foram suficientes para esgotar este personagem que fascina, intriga, revoluciona, seduz, escandaliza mas, principalmente, convida e desafia a segui-lo e viver seu “Evangelho”, sua boa notícia. E, em fazendo-se seu discípulo missionário, testemunhar que a salvação da humanidade, em todos os sentidos, no tempo e no depois do tempo, passa pelo Projeto deste Homem de Nazaré. A recente obra do jesuíta Antônio Pagola, que nos traz uma aproximação histórica de Jesus, vem somar-se a milhares e milhares de outras que contribuem para penetrarmos um pouco mais no “Mistério Jesus”. A pergunta se repete, ao longo dos séculos: quem é este homem que divide a história em antes e depois dele, mesmo em culturas que não o conhecem nem conhecem seu Projeto divinamente humano e humanamente divino? Como pode alguém tão contraditório, incompreendido, perseguido e morto com a morte mais ignominiosa que se podia imaginar, a morte de cruz, continuar tão vivo na história, na mente e no coração de milhões de pessoas no mundo inteiro? E ser referência de um sem-número de igrejas que o adoram como seu Deus e Senhor? É do livro de Pagola esta passagem: “Jesus é o melhor que temos na Igreja e o melhor que podemos oferecer hoje à sociedade moderna. Jesus é o potencial mais admirável de luz e de esperança com que nós, seres humanos, podemos contar. Lamentavelmente, Jesus vai se apagando nos corações, enquanto circulam certos 'clichês' que empobrecem e desfiguram sua pessoa: esse Jesus não pode atrair, nem seduzir, nem enamorar. É doloroso ouvir um discurso rotineiro, desgastado pelo tempo, que não inflama os corações nem põe seu fogo no mundo, não desencadeia conversão. Como se pode falar e escrever tanto sobre Jesus, esquecendo seu anúncio do reino de Deus? Mais lamentável ainda são tantas obras de ficção, escritas com delirante fantasia, que prometem revelar-nos o Jesus real e seus ensinamentos secretos, e não são senão fraude de impostores que só buscam assegurar-se polpudos negócios”. Esta edição do Solidário, tendo a obra de Pagola como referência, traz o depoimento de outro jesuíta, o Pe. Quirino Weber, que diz: “A melhor coisa que a Igreja está fazendo hoje é voltar a debruçar-se sobre os Evangelhos e as cartas de São Paulo. Contextualizados e atualizados, é preciso fazer desses textos a fonte da nossa espiritualidade, qualificando nossa vida a partir do exemplo de Jesus Cristo. Há movimentos na Igreja que querem retroceder ao passado, mais preocupados com a rigorosa observância de leis e pronto. A institucionalização tem que ser posta a serviço da vida e não a vida a serviço dela. Talvez por isso, podemos identificar no cristianismo de hoje os observantes – os que observam as leis, os dogmas e escritos, mas não vivem – e os praticantes! Eu vim para servir e não para ser servido, bem lembra Jesus”. (attilio@livrariareus.com.br)
Fundação Pro Deo de Comunicação CNPJ: 74871807/0001-36
Conselho Deliberativo
Presidente: José Ernesto Flesch Chaves Vice-presidente: Agenor Casaril
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RTIGOS
Voluntários Diretoria Executiva
Diretor Executivo: Adriano Eli Vice-Diretor: Martha d’Azevedo Diretores Adjuntos: Carmelita Marroni Abruzzi, Elisabeth Orofino e Ir. Erinida Gheller Secretário: Elói Luiz Claro Tesoureiro: Décio Abruzzi Assistente Eclesiástico: Pe.Attílio Hartmann sj
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A busca desenfreada do eu
ser humano, com sua tendência profundamente religiosa, procurou, na natureza, sinais da divindade. Tentou até representá-la através de imagens, que ficaram com o nome grego de “ídolos”. O culto que se lhe prestava chamava-se idolatria. Mas, além das imagens, feitas por sua mão, o homem viu também uma presença da divindade nos animais, nas montanhas, nos poderosos do mundo. Alguns, sentindo o poder subir-lhes à cabeça, se autoproclamaram Deus. Consequentemente, exigiram e receberam culto correspondente. Na verdade, cada ser humano, desde sua origem, sente uma forte tendência a endeusar-se. A Bíblia nos conta que Adão e Eva sucumbiram à tentação de “serem como Deus”, comendo do fruto proibido. Desde então se aninhou no coração humano o desejo de ser mais do que é. Quer igualar-se a Deus. As lendas e os mitos antigos no-lo mostram, tentando arrebatar os segredos divinos. Queriam penetrar no Olimpo. Desde que tem consciência de si, o homem se transcende infinitamente. Por isso, tenta, de todos os modos, submeter a si tudo e todos. Mas, acima de tudo, eleva-se a si mesmo diante dos próprios olhos, colocando-se na categoria divina. É senhor de si e de seus atos. Orienta seus atos, de modo especial pelas ciências e pela técnica, no sentido de engrandecer-se a si mesmo ao infinito. Posiciona-se não só no centro do universo – e o princípio da relatividade lhe dá razão, garantindo-lhe que o universo inteiro depende de sua posição de observador, isto é, depende dele. Faz tudo convergir para si.
Tenta submeter as pessoas, os animais, as coisas e toda natureza. Não o conseguindo, fecha-se sobre si mesmo e se incensa pelo pensamento. Nossa época fala da subjetividade para realçar esta dimensão. A objetividade e, consequentemente, a verdade perderam cotação. O homem se faz a si mesmo. É o produto de seu próprio pensamento, vontade e sentimentos. Transforma-se em ídolo da divindade. Procura cultuar-se ao máximo não só por cosméticos, como também por atitudes de soberania. A linguagem humana fala de egolatria. É o culto do eu. Todos sabemos como é frágil este eu. Mas também como, para muitos, é difícil e penoso reconhecer esta fragilidade. Precisa chegar um novo Abraão para quebrar estes ídolos de barro. Somente uma adversidade, incompreensão e, acima de tudo, uma doença e, por fim, a morte conseguem derrubar este mito egolátrico. Cada dia caem em pedaços milhares destas imagens, que brilharam por algum tempo e que se consideraram imprescindíveis e todo-poderosas. Não se deram conta de sua fragilidade, porque nunca observaram que nem o sono estava sob seu pleno domínio, nem a possibilidade de fazer suas próprias necessidades... Até caírem em si e perceberem que não são Deus. Se então se descobrem ateus perecem no próprio vazio. Na verdade não viveram para ninguém. De fato, a pessoa, para a qual viveram com exclusividade, eram eles mesmos. Agora estão definhando. Os outros seres os abandonam porque não conseguem varcar os umbrais do tempo. Deixam-nos sozinhos, sem nada. Não só não sabem de onde vieram como não sabem para onde estão indo. Não apenas não respondem à pergunta: por que viveram? Nem à pergunta: para que viveram? E muito menos: para quem viveram? Em síntese, viveram sem sentido, sem meta e sem partilha. Tudo vazio. Tudo inútil. Tudo evaporou.É assim o fim dos orgulhosos, dos ególatras, dos ateus.
Alô, é Jesus! Ivone Boechat Professora e consultora em Educação
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e o telefone tocasse, hoje, na sua casa e, quando você atendesse, pensando ser um amigo de sua convivência diária, aquela voz terna que você nunca ouvira antes lhe dissesse: "Alô, é Jesus", o primeiro impulso seria, talvez, desligar o aparelho, todavia, algo muito estranho impediu-lhe essa reação e você resolveu ouvir, atentamente. – Sim, sou eu, Jesus Cristo! Como está sua família? Eu não precisaria perguntar-lhe, porque sei de todas as coisas. Quero ouvir isto de você. Como está sua família, seu lar? O tempo de vida aí na Terra é cronometrado por instrumentos celestiais de alta precisão e o aconselho a gastá-lo muito bem. Aquele vazio da discussão inútil, da agressividade, da incompreensão, foi contado como tempo de vida. Não se desconta, no tempo, nenhum segundo mal vivido. – Alô, você está me ouvindo? Não desvie sua atenção. A ganância, o egoísmo, o individualismo, o ódio, embaçam a visão espiritual e o impedem de avistar o
Conselho Editorial
Presidente: Carlos Adamatti Membros: Paulo Vellinho, Luiz Osvaldo Leite, Renita Allgayer, Beatriz Adamatti e Ângelo Orofino
Diretor-Editor Attílio Hartmann - Reg. 8608 DRT/RS Editora Adjunta Martha d’Azevedo
Calvário. Comece a trabalhar na limpeza da vidraça de seus olhos cansados de olhar na direção contrária. – Você sabe que não preciso de nenhum telefone para me comunicar com ninguém. – Mas, não desligue o telefone, quero ainda lhe falar. Eu sei que você sonhou com uma casa luxuosa, na rua mais valorizada, no melhor estilo e conseguiu. Agora, você está sofrendo as consequências: barulho estridente, fumaça, poeira, e é obrigado a conviver com tudo isto. Não se prenda a nada, não se desespere, porque os bens da Terra só lhe trazem angústias e aborrecimentos. – Não fique triste, tão aflito assim, com as futilidades que o cercam. Se você não conseguiu trocar o carro por outro mais bonito, lembre-se de que este seu o transportará ainda por um pouco de tempo. Aqui, no céu, as ruas são de ouro, de brilhante e de cristal. Aqui, Anjos flutuam nas gloriosas mansões celestiais, em perfeita harmonia. Para entrar nesse território darei só o visto no passaporte da fé. A discagem direta com o céu (DDC) tem linha direta com a sua consciência e, se você quiser falar comigo, cada dia mais perto, dobre os joelhos, diminua a distância, através da oração. (Extraído do livro Educação Comunitária – 5a ed.)
Redação Jorn. Luiz Carlos Vaz - Reg. 2255 DRT/RS Jorn. Adriano Eli - Reg. 3355 DRT/RS
Revisão Ronald Forster e Pedro M. Schneider (voluntários) Administração Elisabete Lopes de Souza e Norma Regina Franco Lopes Impressão Gazeta do Sul
Rua Duque de Caxias, 805 Centro – CEP 90010-282 Porto Alegre/RS Fone: (51) 3221.5041 – E-mail: solidario@portoweb.com.br Conceitos emitidos por nossos colaboradores são de sua inteira responsabilidade, não expressando necessariamente a opinião deste jornal.
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AMÍLIA &
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OCIEDADE
Como ensinar seu filho
a economizar dinheiro E
nsinar filhos a economizar e a lidar com o dinheiro de modo responsável é algo que deve ser cultivado desde cedo, pois é a melhor maneira de formar adultos financeiramente estáveis. Mas, se administrar o orçamento pessoal é um desafio até para gente grande, como os pais devem fazer para instruir as crianças na arte de poupar dinheiro? Confira as dicas do economista Reinaldo Domingos.
Diálogo
Ensinar crianças a desenvolverem uma relação saudável com os cifrões não é missão impossível. Basta uma dose de diálogo sobre a importância de controlar os impulsos consumistas e, principalmente, dar o exemplo em casa. É inútil os pais aconselharem os filhos a juntarem dinheiro se eles estão sempre endividados. Os pais são os modelos dos filhos, então é importante conversar abertamente sobre a realidade financeira da família e ensinar que, se não for bem administrado, o dinheiro acaba.
Mesada
A partir dos 7 anos a criança já começa a ter noção de gastos. Nessa idade, a mesada é uma ótima ferramenta para iniciá-la na vida financeira. As crianças não se importam de gastar o dinheiro dos pais, mas na hora de abrir a própria carteira são mais criteriosas.
Acompanhamento
Os pais precisam controlar os gastos das crianças para saber se os valores estão sendo utilizados de forma criteriosa. Sem acompanhamento, a educação financeira não evolui.
A importância do abraço no crescimento infantil Kátia Stringueto
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eceber um abraço é tão vital para a criança quanto ter o que comer e beber. O que até agora era puramente instintivo, a ciência conseguiu dar mais uma colaboração para provar que há, sim, uma razão biológica para justificar os benefícios do amor. Uma pesquisa realizada pela neurobiologista Mary Carlson, da Harvard Medical School, revelou que a falta de afeto – e contato físico – atrapalha o crescimento infantil. A ausência de um afetuoso abraço, por exemplo, é capaz de desequilibrar os níveis de cortisol, hormônio que, entre outras funções, interfere na liberação do HGH, o hormônio de crescimento. O trabalho foi feito a partir de experiências em cobaias e seres humanos. Ratos afastados do convívio materno mostraram desequilíbrio na secreção de cortisol, degeneração cerebral e perda de memória. Da mesma forma, 60 crianças romenas de até três anos que viviam em orfanatos e creches, onde recebiam comida, agasalho e abrigo, mas não tinham toque e carinho, também apresentaram alterações nos níveis de cortisol. As medições foram feitas a partir de amostras de saliva das crianças. Ficou comprovado que a falta de abraço provoca um descontrole na produção do cortisol. Esse desequilíbrio, além de interferir na liberação do hormônio de crescimento, também tem
outras consequências bastante sérias. "Essa liberação excessiva pode levar à morte de neurônios, limitando até a capacidade intelectual", explica o neurofisiologista Luiz Eugênio A. de Moraes Mello, da Universidade Federal de São Paulo. Embora possa parecer difícil compreender como um simples abraço ou mesmo um toque de carinho podem mexer com um sistema tão complexo quanto o hormonal, a ciência mesmo tratou de desvendar este caminho e acabar com o mistério. O abraço é interpretado no cérebro como uma emoção positiva que desencadeia uma fantástica descarga hormonal que resultará, no fim dessa cadeia, no aumento da produção do hormônio de crescimento. Numa vertente da psicanálise, no entanto, essa corrente começa antes, na pele, o órgão que serve de porta de entrada para várias sensações do organismo. Segundo a psicóloga paulista Rosa Maria Farah, a pele é uma rede infinita de terminações nervosas conectadas diretamente ao sistema nervoso central, do qual o cérebro faz parte e é o grande responsável pela coordenação de tudo o que acontece dentro do corpo. "Todo estímulo tátil, portanto, repercute no cérebro", diz Rosa. Amor, como se vê, não faz bem somente para um desenvolvimento emocional mais tranquilo. Serve, também, como um poderoso combustível do crescimento físico.
Recursos
Incentive os seus filhos a economizarem recursos em casa. Com o dinheiro que sobrar, leve a família para fazer atividades coletivas.
Poupança
Faça uma poupança para as crianças e mostre que o dinheirinho guardado no banco rende.
Cartão de crédito
Na hora de liberar o cartão de crédito, estipule o valor máximo que o seu filho poderá gastar e acompanhe, de perto, suas despesas.
Recompensa
Não dê dinheiro como recompensa por serviços prestados. Isso estimula a criança a agir de forma mercenária.
Benefícios ao economizar
Nunca associe o ato de economizar com uma medida castradora. Mostre que, ao economizar, é possível realizar grandes sonhos, como comprar casas, carros e fazer viagens em família.
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A falta de humildade
O mundo do
Pe. Renato dos Santos
jovem hoje Urbano Zilles Teólogo e professor da PUCRS
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uando se fala de pastoral da juventude, hoje, deve conhecer-se um pouco o mundo no qual nasce e cresce o jovem. Trata-se de uma pastoral especializada. Mais do que em outras épocas, os problemas do jovem adquirem dimensões globais, pois a mídia e as redes sociais envolvem nosso planeta como uma teia de aranha. Quem é o jovem a quem pretendemos dirigir-nos? Como poderá o jovem orientar-se nesse mundo, distinguindo o mundo real do mundo virtual? Qual o espaço para a fé no novo mundo da criança? Partimos de um fato inquestionável. A população de nossas igrejas envelhece cada vez mais. Por um lado, diminui rapidamente o número de filhos por casal. Por outro, as pessoas, em média, vivem durante mais tempo. A redução do número de filhos pode atribuir-se a diversos fatores. Em geral, predomina a tendência a casar depois de 30 anos de idade, pois a emancipação da mulher dá prioridade à formação profissional e ao emprego. As habitações nas cidades tornam-se cada vez mais “apertamentos”, dificultando a vida de uma família numerosa e a renda não permite a criação e educação de muitos filhos. Por outro lado, a instituição família tornou-se instável. Muitas crianças convivem com a mãe durante a semana, aos cuidados da babá, e somente aos domingos encontram-se com o pai. A visão dos pais separados pode ser tão diferente que projeta conflitos sobre o filho, com os quais este tem que conviver sem encontrar com quem compartilhá-los. O mundo da criança mudou profundamente. Os valores éticos e religiosos, muito importantes na formação da pessoa humana, diluem-se cada vez mais. No mundo da tecnociência reina a competência, não a religião. Esta é assunto particular para o cientista e o técnico. Cedo, a criança refugia-se no mundo virtual, através do play station, da internet, do celular e da mídia eletrônica, perdendo o contato com o mundo real da natureza. Muitas crianças assustam-se ao saberem que o leite que bebem vem da vaca. Há uma tendência para o sedentarismo. Nem sempre é fácil para a criança discernir entre o mundo real e o virtual. No mundo virtual aprende a violência, pois no play station pode matar sem consequências para a vida real e no próximo jogo o morto reaparece vivo. No mundo virtual a criança cedo desenvolve a dimensão racional, mas não a emocional, surgindo uma geração carente de afeto. A nova geração de jovens busca referenciais mais sólidos, também para a fé. Sua visão de mundo e da vida é plural, faltando-lhe critérios para realizar os sonhos de uma vida harmoniosa e feliz. A influência dos pais, professores e da religião diminui, pois na escolinha e, sobretudo, na própria casa, nos momentos de solidão, através da mídia, é confrontada com muitas crenças e valores contraditórios. O que a criança vê na mídia é a busca do conforto material e do lazer, proporcionado pelo dinheiro. Quem o tem é poderoso. E a maneira mais fácil de obter dinheiro é o tráfego de drogas ou tornar-se um político corrupto. Esses são os ideais que a sociedade propõe à nova geração? Do ponto de vista religioso, a situação também mudou radicalmente. Se até há pouco a criança trazia como valor espiritual a vivência da fé cristã de casa, hoje isso certamente não é a regra. A catequese de preparação para a primeira Eucaristia apresenta muitas coisas dispersas para a criança, mas, em geral, falta-lhe uma coluna vertebral que sirva de referencial para o desenvolvimento humano e cristão. Não raro, identifica-se, por isso, religião cristã com algo à margem da vida real e concreta. Este jovem da nova geração merece acolhida amorosa na Igreja e uma palavra de esperança na busca de sua identidade para arraigar a fé em sua vida, no seu mundo, o mundo do futuro.
PINIÃO
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Salesiano
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ode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho? Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”. (Lucas 6,39-42). Humildade! É a virtude que nos dá a consciência da própria limitação. Como é bom conviver com pessoas humildes, sem arrogância, sem soberba, sem orgulho. No geral, a pessoa humilde tem muita luz interior. Consegue iluminar a vida das pessoas com quem convive. Conviver com pessoas humildes é muito agradável. Quem é humilde sempre dá espaço para que o outro se manifeste. No geral, a humildade é sempre acompanhada da autenticidade. A pessoa humilde não precisa ficar provando nada para ninguém. Ela é o que é e isso basta. Tenho percebido que até as críticas das pessoas humildes são sempre acompanhadas
de misericórdia. Elas não têm necessidade de colocar ninguém em situações constrangedoras. Dois pesos e duas medidas não cabem na vida de quem é humildade. Hipocrisia: procedimento de quem é falso, fingido, dissimulado. O hipócrita sempre finge ser sensível. No geral não é verdadeiro nem consigo mesmo. Isso é muito triste. O hipócrita sempre quer tirar vantagens pessoais. Parece que não admite agir por desinteresse. Faz muitas coisas, até boas e santas, mas a motivação de fundo não é a santidade e nem a bondade, é somente para ser notado. Certamente, se alguém nos perguntasse se somos hipócritas, responderíamos rapidamente que não. Imagina, eu! O outro até que pode ser, eu, jamais. E se formos mesmo avaliar com mais profundidade nossas atitudes, concluiremos que temos tanto de hipocrisia em nossas ações. O hipócrita, no geral, quer conduzir os outros sem ter condições; quer, pretensiosamente, ser maior que o mestre e pensa poder tirar o cisco dos olhos dos outros. Ninguém é dono da verdade. A passagem do Evangelho acima é um grande convite a uma profunda autoanálise. Precisamos nos avaliar. Nem sempre nossa capacidade de conviver é tranquila, serena, respeitosa. Temos mesmo que olhar mais para o cisco que está em nossos olhos antes de ver o que estaria acontecendo com os outros. Autoanálise é sinal de grandeza interior. Quem tem grandeza interior consegue avaliar seu modo de ser. É importante que reconheçamos nossas debilidades, fraquezas, incoerências. Nosso maior desafio, neste processo de conversão, é sermos iguais ao mestre. E jamais conseguiremos conduzir alguém no caminho do bem se não tivermos, antes, para nós mesmos, Jesus Cristo como caminho, verdade e vida. (renato@dombosco.net)
Vaticano II e a Bíblia Dom Paulo Mendes Peixoto Bispo de São José do Rio Preto, SP
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ivemos um passado nublado em relação ao uso e à leitura da Palavra de Deus. A Bíblia foi tirada das mãos dos católicos. Isto chegou até os nossos tempos, como aconteceu nas minhas primeiras férias de seminário, em 1967, quando disse à minha mãe: "Por que não temos uma Bíblia?". A resposta foi reveladora: "A gente pode ter Bíblia em casa!?". Numa história de mais de 500 anos, quem não tinha boa formação não podia manusear o Livro Sagrado. Tudo por medo de uma má interpretação dos textos "fora do contexto". Até parece que faltava confiança na inspiração que vem do Espírito Santo. Ficamos no prejuízo e caminhamos pouco no conhecimento e na intimidade com a Palavra de Deus. Com o Concílio Vaticano II o clima mudou. Hoje, já sentimos os avanços que estão acontecendo e os resultados evidentes da força da Palavra. A Bíblia está voltando para as mãos dos católicos, sendo a força transformadora das comunidades cristãs. Isto revela a beleza e a ação do Espírito de Deus no seio da Igreja. A Bíblia passou a ser o "livro de cabeceira", aliada de muita gente como devoção e referência para suas urgentes necessidades. É um instrumento de uso pessoal, fazendo parte do dia a dia das pessoas. Não só isto, mas também com uma maneira de leitura que ajuda na interpretação, evitando privilegiar texto fora do contexto. É interessante ter em conta que muitas pessoas conseguem ligar a Palavra de Deus com os fatos da vida. O texto, refletido e rezado, passa a iluminar as realidades, abrindo caminho para superação das dificuldades. Isto acontece no nível pessoal, como também no comunitário, especialmente nos círculos bíblicos. A habilidade para lidar com a Bíblia vem dos mo-
mentos formativos, de leituras de autores voltados para a Palavra de Deus, do mês da Bíblia e de escolas teológicas com acento na Sagrada Escritura. Tudo isto revela que estamos dando passos e provocando interesse das pessoas pela leitura frequente da Bíblia. São 50 anos do Vaticano II. Já temos um patrimônio de reflexão sobre a Bíblia, mas não temos ainda projetos pastorais com o tema "animação bíblica de toda a pastoral". Até então, esta não tem sido a tônica das igrejas particulares. Temos, sim, grandes iniciativas aqui e ali, mas que ainda não revelam fato de relevância. Aos poucos, descobrimos que a Palavra de Deus não está só na Bíblia. Deus ainda se revela na vida, nos acontecimentos e no relacionamento das pessoas. A Bíblia ajuda na descoberta da Palavra nas realidades do cotidiano. Isto cria ânimo, renova as forças desgastadas com as dificuldades, e desperta esperança. Antes da existência da Bíblia, a Palavra já era vivida nas comunidades. A escrita dos textos bíblicos veio dizer que Deus sempre esteve presente no meio do povo. Às vezes isto não é percebido, mas aparece na experiência pessoal e nas atitudes das comunidades. Basta interpretar o que está por trás da luta do povo. Quando falamos de interatividade entre a fé e a vida, estamos falando da força da Palavra que produz a fé em Deus, os compromissos com o seu projeto em Jesus Cristo, em harmonia com a história de vida da comunidade. A leitura atenta da Bíblia joga luz sobre a fé e a vida, criando consciência crítica no contexto social. O Congresso de Animação Bíblica da Pastoral, realizado em outubro passado, na cidade de Goiânia, quer despertar em toda a Igreja, e em todas as pastorais, o compromisso com os anseios do Vaticano II, 50 anos depois; também com os atuais documentos oficiais, principalmente o de Aparecida e as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, 2011 - 2015. (Fonte: www.cnbb.org.br)
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SICOLOGIA
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Avós precisam conhecer as mudanças no cuidado das crianças
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oje, cada vez mais, avós auxiliam os pais no cuidado de seus filhos, o que é bom para os pais tão compromissados com seu trabalho e, também, para os avós que se sentem úteis e podem extravasar sua ternura. É importante saber que muita coisa mudou desde o tempo em que eles cuidaram seus filhos e os tempos atuais, principalmente pelos progressos da pediatria e da medicina, de modo geral. José Alfredo G. Soberano/sxc.hu
As mudanças aqui elencadas foram retiradas do livro de Fábio Ancona Lopez, Avós e Netos – Uma forma especial de convivência – Manual de Convivência. São Paulo: Editora Manole, 2010. O livro apresenta em linguagem direta, com bom humor, um texto leve e informativo, atualizado com as mudanças decorrentes da evolução da medicina nos últimos anos. A formação da nova família, o nascimento, o crescimento, o desenvolvimento e a alimentação nos primeiros anos de vida da criança são os grandes temas abordados pelo autor, que buscou ao longo da obra apontar as possíveis contribuições dos avós e as diferenças entre os cuidados praticados no passado e os aplicados e recomendados atualmente. As mudanças que os avós devem se apropriar são as seguintes: Faixas e cueiros? Não se enrola mais a criança em faixas e cueiros, como algumas avós fizeram com os filhos. O ideal é a criança se movimentar sem dificuldade. Choque térmico: Nada de colocar roupa demais no bebê. O importante é evitar o choque térmico, como sair do sol e entrar em um local com ar-condicionado. Uso da touca: Touca só deve ser usada quando estiver muito frio, não para proteger do vento. As otites, inflamações do ouvido, são mais comuns como com-
plicações de resfriados. Vestuário: As roupas infantis são bem mais práticas atualmente. Em geral, não se usam mais babados, bordados nem sapatinhos de verniz. Os primeiros passos: Atenção! Não se deve dar andador para incentivar a criança a andar. Hoje se sabe que ele pode provocar vícios de postura e provocar acidentes. Sobre o mamar: No passado, os bebês tinham um tempo certo para mamar. Agora, recomenda-se que mamem quando tiverem vontade, o quanto quiserem. Uso de chás: É contraindicado oferecer chás para bebês. Além de não aliviar cólicas, como se acreditava, enchem o estômago e tiram a vontade de mamar. Leite de vaca? Antes, os bebês tomavam leite de vaca diluído. Hoje, o aleitamento materno é a melhor opção. O leite de vaca é agressivo para crianças pequenas. Papinhas: Papinhas de aveia e fubá só depois de quatro ou cinco meses. Hoje se sabe que a digestão do amido, presente nesses alimentos, só é satisfatória após essa idade. Gordinho? Mais gordinho não significa mais fortinho, gordura não é sinônimo de saúde, pelo contrário, implica em risco de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes.
Avós e netos: uma relação de cumplicidade
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Vanessa Castelo
papel dos avós na relação familiar é, muitas vezes, o de cúmplice e amigo dos netos – o que é muito saudável e benéfico para o desenvolvimento da criança. O problema é quando as opiniões e regras impostas pelos pais divergem completamente do que é falado pelos avós. “Avós só estragam a criança”!! Esse pensamento permeia a mente de muitos pais cujos filhos convivem com os avós. Mas, apesar das aparências, a relação permissiva entre avós e netos não tem nada de prejudicial, pelo contrário, pode e deve ser aproveitada pelas crianças. Os papéis de pais e avós são muito distintos e se isso ficar muito claro na família, a criança saberá discernir o que pode fazer e o que não pode. O papel dos avós é o de curtir a criança, de permitir que se coma aquele pedaço de bolo na hora do almoço. O passeio à casa dos avós deve ser uma festa para o neto. O que tem acontecido é que cada vez mais os avós têm feito o papel de pais. Por conta da necessidade de trabalho dos genitores, muitos avós tornaram-se os segundos pais das crianças e aí a relação fica confusa. Avô e avó ficam responsáveis pela educação, limites e regras, o que gera uma confusão na cabecinha do pequeno.
A relação de afeto, cumplicidade e carinho entre avós e netos marca a vida da criança, com lembranças positivas da infância. A avó é aquela que conta histórias da família, de quando a mãe era criança, de como era a vida em outros tempos. É uma referência importante para o pequeno, que se não for exercida pelas avós, provavelmente será por outra pessoa da família ou amigo muito próximo. Outra função da liberdade permitida pelos avós é aliviar a carga de tensão que existe no processo educacional. Educar não é tarefa fácil, nem para os pais, nem para as crianças. Os avós, nesse contexto, exercem uma função importante.
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EMA EM FOCO
Jesus, Q mistério insondável
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uem é esse Galileu fascinante, perto de uma pedreira nos arr diu a história humana em ante Pelo contrário: quando ideologias e mentando a fé de tantos milhões de ho ra, no cinema, no teatro, nas artes plás sagem pela terra pe É o melhor que temos
“Jesus é o melhor que temos na Igreja e o melhor que podemos oferec moderna. Jesus é o melhor que a humanidade produziu. O potencial ma e de esperança com que nós, seres humanos, podemos contar. O horiz empobreceria se Jesus caísse no esquecimento”, escreve o teólogo esp Pagola em seu livro Jesus, aproximação histórica. No entanto “Jesu lentamente nos corações, enquanto circulam entre nós certos “clichês” desfiguram sua pessoa: esse Jesus não pode atrair, nem seduzir nem e sofrimento também ouvir um discurso rotineiro, desgastado, há muit inflama os corações nem põe seu fogo no mundo, não desencadeia c Pagola. E complementa: “como se pode falar e escrever tanto sobre seu anúncio do reino de Deus? Muito mais lamentável resulta dar um “obras de ficção” escritas com delirante fantasia, que prometem revelar-n real e seus “ensinamentos secretos”, e não são senão fraude de impost assegurar-se polpudos negócios”. E justifica seu propósito central ao livro: “Quero despertar na sociedade moderna o “desejo de Jesus” e s pelo qual se possam dar os primeiros passos em direção ao seu mistéri
Autor coerente
“Tem gente que começa e não consegue parar de ler esse livro, como ontem”, revela o jesuíta João Quirino Weber, formador espiritual, preside da Conferência dos Religiosos do Brasil – CRB. “Uma de suas caracte mostrar um Jesus tremendamente coerente em colocar essa realidade d contexto de limitações que exigem reconciliação, perdão. Hoje, a teo muito de S. Paulo, que diz que a humanidade precisa se reconciliar, precis unir-se de novo, perdoar-se mutuamente, para viver essa ‘imagem e sem com felicidade e com paz. E a grande tes Pagola é de que Jesus se coloca além de to os movimentos religiosos da época – em se priorizava a lei, o castigo, as sançõe mostra que o mais importante, o princip que se possa ser irmão, irmã, conversar tigo, te olhar de frente, sentar junto, me que tu sejas pecador, doente. Essa é a gra intuição de Pagola sobre Jesus. Evide mente, o livro é escrito por alguém que – um cientista, pesquisador, conhecedo que o faz a partir de uma experiência d Escreve como alguém que está próxim Jesus e quer que mais gente – os seus leit – fiquem também próximos de Jesus. Ele faz uma teoria ou só uma pesquisa histó Mas vive isso que escreve. O desejo de Pe. Quirino Weber que outros também vivam o que ‘eu vi A mesma experiência com Jesus Cristo. E não só os católicos e não s cristãos. Até os não crentes, que são contra: que eles também chegue conhecer esse homem, aquilo que eu vivo, porque ele é o caminho. Es a proposta da paz, da fraternidade. E nós, padres, deveríamos pregar aq que vivemos. Não tudo sempre. Mas também não só palavras bonitas, só estudo de teologia, mas tudo que se vive. Isso é espiritualidade. A qua cação de nossa vida devia ser como a de Cristo: que reconcilia, que per que ama, que vai ao encontro, que não cansa, que admite mudanças, va encontro das pessoas, que não exclui. Esse padre (Pagola) vive isso e isso é tão feliz. E nós o percebemos nas entrelinhas de seu texto. Esse sabor do livro e que fascina.Aí está a magia.”
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A S ÇÃO
OLIDÁRIA
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, natural de uma insignificante aldeia do Império Romano e executado como criminoso redores de Jerusalém quanto tinha em torno de 30 anos? Quem é esse homem que divies e depois dele e, passados dois mil anos, não tem seu nome caído no esquecimento? religiões passam por uma crise profunda, sua pessoa e sua mensagem continuam aliomens e mulheres? Ninguém jamais foi mais vezes protagonista do que Ele: na literatusticas. Ninguém, em toda a história, foi mais comentado e estudado. No entanto, sua pasermanece um mistério por mais que os homens queiram desvendá-lo.
cer hoje à sociedade ais admirável de luz zonte da história se panhol José Antônio us vai se apagando ” que empobrecem e enamorar. Causa-me to, pelo tempo: não conversão”, escreve e Jesus, esquecendo ma olhada em tantas nos, por fim, o Jesus tores que só buscam escrever mais esse sugerir um caminho io”.
Lição básica Solidário - O que o homem moderno deve aprender de Jesus? Pe. Quirino - A grande lição básica que Jesus nos trouxe é que, em termos muito gerais, que parecem óbvios, somos todos filhos de Deus e filhas de Deus e irmãos e irmãs entre nós. Não só Jesus se encarnou. Mas o próprio Deus trino, na criação, quando criou o mundo, já se encarnou, como que saiu de si para comunicar um pouco de sua vida, de sua paz. E Jesus levou este gesto de amor de Deus ao extremo, fazendo-se igual a nós. Mostrou-nos, não só por palavras, mas pelo caminho que ele trilhou, pelas suas atitudes, de como podemos ser filhos de Deus e podemos ser irmãos, dentro da limitação humana. Ele disse: amai-vos como eu vos amo. (João, 15). Que bonito.
Estrutura a serviço
Solidário – Que objetivos deve cumprir a instituição numa religião? Pe. Quirino - O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado (Marcos, 2.27), respondeu Jesus aos murmuradores fariseus o me falou um padre que criticavam suas curas em dia de ‘guarda’. Isto é, a prática do bem ente do Regional-Sul está acima da lei. A lei foi feita para o homem e não o homem para a erísticas (do autor) é lei. Jesus fazia uma leitura diferente do ser humano. Nós fazemos uma leitura periférica do ser humano, como dizia Dom Luciano Mendes de de fraternidade, num Almeida, uma leitura externa – você é doente, é pecador. Jesus lia a ologia espiritual fala pessoa em profundidade. O que está lá dentro: a imagem do Pai que nos sa complementar-se, criou para amar. Ele não reduzia a pessoa àquilo que aparecia externamelhança de Deus’, mente, mas àquilo se do que é por vontade odos de Deus e por nam que tureza. A natureza es. E que nos constituiu filhos de Deus. pal, é Essa é a imagem conde Deus que Jesus esmo quis resgatar. E ande para isso o sábado entedevia ajudar. Os sabe fariseus permitiam or – e cuidar dos bois e de fé. das vacas no sábado, mas não das mo de pessoas. Por isso tores ele perguntou: é e não permitido fazer o órica. bem num sábado? ele é Quem foi Jesus? Como entendeu sua vida? Que alternativa quis introduzir com sua atuação? Onde está a força de sua figura e a origiivo’. nalidade de sua mensagem? Por que o mataram? Como terminou sua só os aventura? Quem foi este homem que marcou decisivamente a religião, em a a cultura e a arte do Ocidente, chegando até a impor inclusive seu cassa é Solidário – lendário? Provavelmente, ninguém teve um poder tão grande sobre os Aquela realidade quilo corações, ninguém expressou como ele as inquietudes e interrogações ainda se observa , não do ser humano. Ninguém despertou tantas esperanças. Por que seu nome na atualidade? alifinão caiu no esquecimento? Por que ainda hoje, quando as ideologias e Pe. Quirino religiões passam por uma crise profunda, sua pessoa e sua mensagem rdoa, A intenção deles – continuam alimentado a fé de tantos milhões de homens e mulheres? ai ao os fariseus, que era (Apresentação. Tradução brasileira com 650 páginas e disponível na e por um grupo religioso Livraria Padre Reus e nas outras livrarias católicas. O livro já vendeu eéo – exigia rigor no mais de 60 mil exemplares) cumprimento da
Os meios e o fim
lei para garantir o que Deus queria. Mas esqueceram este núcleo de tal maneira e ficaram só nas leis. O secundário acabou sendo o principal, o meio acabou sendo o fim. A Igreja também viveu e vive o que chamo de “movimento pendular”. Há períodos fortes de rigorismo legal, de farisaísmos. Acontece em todas as religiões. O Concílio de Trento fecha para garantir a continuidade. O Vaticano II abriu um pouco. Mas hoje persiste um movimento forte de fundamentalismo que quer retroceder e legislar novamente sobre a vida. Jesus não aboliu o sábado. Não queria acabar com as leis, desde que essas não impedissem a prática do bem. Toda lei – também as católicas, cristãs – deviam ajudar a pessoa a ser mais filho, mais irmão, mais feliz, permitir criar mais comunhão. Do contrário , ela não é boa.
Volta a Deus pelo Evangelho
Solidário - Como a Igreja hoje poderia tornar esse Jesus menos teórico e mais prático – o exemplo, do carinho, da compaixão pelo pobre e excluído – melhor conhecido? Pe. Quirino - A melhor coisa que a Igreja está fazendo hoje – e o vem fazendo há mais tempo – é voltar a se debruçar sobre os Evangelhos e as cartas de São Paulo. Contextualizados e atualizados, devemos fazer desses textos a fonte da nossa espiritualidade, qualificando nossa vida a partir do exemplo de Jesus Cristo. Dom Jacinto Bergmann (arcebispo de Pelotas) e Mons. Bonifácio Schmidt estão à frente desse trabalho no Rio Grande do Sul. É uma retomada da palavra de Deus oportuna para o reencontro do Jesus verdadeiro. Outros também o estão fazendo, mas o fazem de maneira fundamentalista: pegam apenas umas passagens sem contextualizar, algumas palavras e tiram aplicações que não estão lá. Hoje, há movimentos religiosos renovadores – inclusive na Igreja – que fazem fundamentalismo: desencarnam Jesus da realidade. E se dizem servidores de Cristo, mas sem compromisso com o próximo, com a sociedade. Compromisso que Jesus tinha. Isso é problema”.
Observantes e praticantes
Solidário - Estariam mais preocupados com a instituição e menos com a mensagem? Pe. Quirino - Pagola, em seu livro, fala que Jesus estava preocupado com o próximo – os despossuídos, os excluídos, as crianças, Jesus vive e encarna o reino de Deus acolhendo os últimos – que estão acima da lei. Institucionalizar demais – regras, normas, leis – é focar no meio e ameaçar o principal que é a fé e a prática do amor ao próximo. As estruturas são importantes e necessárias para melhor aproveitamento de espaço e tempo. Só que esse espaço e tempo, quando absolutizados, priorizados, ocupando o lugar da vida, a atividade-fim, acabam sendo fim por si mesmos. Por isso, o Vaticano II já acentuava que a Igreja na sua instituição – não no seu mistério – deve ser sempre reformada. Há, sim, movimentos na Igreja que querem retroceder ao passado, mais preocupados com a rigorosa observância de leis e pronto. A institucionalização tem que ser posta a serviço da vida e não a vida a serviço dela. Talvez por isso, hoje podemos identificar no cristianismo os observantes – observam as leis, os dogmas e escritos, mas não vivem – e os praticantes! Eu vim para servir e não para ser servido, bem lembra Jesus.
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ABER VIVER
A busca da cura interior
Foto pessoa rindo: Emiliano Spada/Demais: Divulgação
Dicas de Nutrição Dr. Varo Duarte
Antônio Mesquita Galvão
Médico nutrólogo e endocrinologista
Filósofo e doutor em Teologia Moral
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uando a gente toca nesse assunto, em determinados auditórios, algumas pessoas meio desatentas perguntam: O que é cura interior? Existe isto? Lamentavelmente, incapaz de diagnosticar a origem de seus males, muita gente não consegue identificar suas aflições e, desta forma, não tem como buscar essa cura interior.
Cura interior é a cura do nosso ser interior, espírito, alma. Trata-se de uma regeneração da mente, da parte afetiva do coração, das emoções, remorsos, lembranças desagradáveis, traumas, pesadelos, etc. É o processo pelo qual, por meio da oração a Deus, em nome de Jesus Cristo e pela meditação da Palavra, somos libertos de sentimentos de ressentimento, rejeição, autopiedade, depressão, culpa, medo, tristeza, ódio, complexo de inferioridade, autocondenação, perda da autoestima, mágoas, etc. Os grandes males de nosso tempo têm origem a partir dos estereótipos que teimamos em adotar como modelo para nossa vida. A mídia, os modismos, a “cultura popular” tudo contribuiu
para que a gente assuma o que os alemães chamam de zeitgeist, ou seja, o espírito do mundo, algo que se torna um padrão, afirmado como valor só porque todos aderiram a ele. Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las. Não se confunda, porém, repreender, praticar a salutar “correção fraterna” com qualquer tipo de julgamento. Muita gente tenta a solução desses males através das ciências humanas, e nem sempre encontra uma solução satisfatória. É aí que entra a necessidade de uma “cura interior”. Em muitos casos, a cura interior pode passar pelo ato de perdoar alguém. No entanto, há circunstâncias em que o ressentimento não é uma mágoa externa de raiva que busque vingança contra
outra pessoa. Tratando-se de um sentimento que nos sufoca o coração, ele pode não estar vinculado ao ato de perdoar. Sem curarmos integralmente nossa alma de todas as contrariedades e decepções que nos afetam, jamais criaremos espaços interiores onde se possa abrigar a felicidade. A cura interior é a renovação de toda a nossa mente e de nosso coração, enquanto sede dos afetos. Ora, se buscamos a cura interior, é sinal que reconhecemos a existência de uma “doença interior”. Correto? Ninguém vai ao médico queixar-se de dores que não tem. Cura interior, nesse particular, é a cura das feridas emocionais, e é o processo da conscientização da nossa situação. Sorrir é melhor que manter a “cara amarrada”. Em geral, ser feliz não é questão de destino, mas de escolha... Hoje eu tenho duas escolhas a cada manhã: ficar de bom humor ou de mau humor. Meu dia deve ser repleto de pequenas e constantes alegrias! Nas pequenas emoções moram as grandes felicidades.
Lipídios – gorduras Conforme divulgamos em DICAS DE NUTRIÇÃO 2, estamos desenvolvendo a EDUCAÇÃO ALIMENTAR através da recordação dos diversos nutrientes e sua importância na prevenção de inúmeras doenças. Abordaremos hoje a importância das gorduras em uma alimentação saudável. Sempre se ouve falar que as gorduras são prejudiciais à saúde e que devemos eliminá-las da nossa alimentação. GROSSEIRO ERRO! Existem gorduras que são indispensáveis ao nosso organismo e estas sempre foram chamadas de gorduras essenciais, ou seja, gorduras poliinsaturadas. Elas são denominadas de ácidos graxos essenciais. São eles ácido linoleico, ácido linolênico e ácido oleico. Agrupados em um grupo denominado de ácidos graxos insaturados. Em uma moderna nomenclatura, esses ácidos graxos são denominados de Ômega 6 e Ômega 3. As gorduras saturadas constituem o outro grupo. Essas gorduras sempre foram consideradas perniciosas e acusadas de fornecerem os elementos prejudiciais ao coração e às artérias e, portanto, deveriam ser evitadas em uma alimentação normal. São conhecidas como gorduras animais: gorduras do leite, da carne de vaca, banha de porco, ovo. Essas gorduras, entretanto, são responsáveis pelo transporte de quatro vitaminas importantes. As vitaminas A, D, E, K, são lipossolúveis, isto é, são levadas a todos os tecidos do corpo diluídas em gorduras. A proporção recomendada de gorduras em uma dieta saudável é de 25%, do total de 100% das calorias de uma dieta completa. Já vimos que os carboidratos devem fornecer ao redor de 60% destas calorias. As gorduras fornecem energia, transportam as vitaminas A, D, E, K, auxiliam na formação de hormônios, ajudam a dar a sensação de saciedade ao final de uma refeição balanceada. A soja, iniciado o seu cultivo e a obtenção de seu óleo, passou a dominar o mercado alimentar, apresentando características especiais na sua composição química, predominante em ácidos graxos poliinsaturados, que foram reconhecidos como protetores dos vasos sanguíneos. Surgiram os demais óleos vegetais, mas com um mesmo inconveniente, serem líquidos, importando em uma menor durabilidade. A indústria conseguiu mudar sua consistência para o sólido, aumentando o numero de hidrogênios em sua composição química, tornando-o mais econômico e mais durável. Surgiu, então a gordura hidrogenada – margarina. Parecia ter-se descoberto a solução para a prevenção dos problemas cardiovasculares. Mas estudos posteriores provaram o contrário. A gordura hidrogenada tornou-se mais perigosa do que a gordura saturada e recebeu o nome de gordura TRANS. Passou-se a usar a denominação de Ômega 6, Ômega 3 para as gorduras favoráveis, as gorduras poli-insaturadas. O azeite de oliva, utilizado em países mediterrâneos, como a Itália e França, comprovaram que apesar do grande consumo de gorduras naqueles países, não provocavam as doenças cardiovasculares, pelo contrário, as preveniam. Surgiu, então, a recomendação da DIETA MEDITERRÂNEA. Apareceram os alimentos antioxidantes, anticancerígenos, ricos em gorduras Ômega 3, hoje chamados de alimentos funcionais, reabilitando o nosso ovo, a carne vermelha, o leite, e reforçando o conceito divulgado em nossos livros desde 1978, ao criarmos a afirmação, coma de tudo sem comer tudo, demonstrando que o correto, na alimentação é NÃO EXAGERAR. Nosso livro Alimentos funcionais, da Editora Artes e Ofícios, atualiza todos esses conceitos. Conheça os alimentos funcionais e procure seguir estes ensinamentos.
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Igreja Católica Rumo à Prevenção Alcoólica
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CAIPIRAS – Ô, cumpadi, que palma de bananas bonita! – Se você adivinhá quantas bananas tem nesta palma, eu lhe dou todas as 12. – Ah, cumpadi! No "ôi" assim fica difícil, "vali" contando? – Ah bom, cumpadi! Contando até eu acerto! xxx Dois caipiras foram pra cidade grande. Enquanto andavam na rua, ficavam admirados com os carros importados, com as vitrines das lojas. Até que eles passam do lado de um arranha-céu e um deles diz: – Cumpadi, esse povo di cidadi grandi é cara-de-pau por demais, sô! – Ié? Por quê, uái? – Oia só! Eles ficam tentando alcançá o céu e ainda escreve "É-difícil" na frente! xxx O caipira andando pela cidade grande, entra em uma estação de metrô. Logo ele viu um metro chegando e colocou o braço na frente do metrô e gritou: – Ohhhhhhhhh! E, de repente, o plaft!, o metrô arranca o braço do caipira. Meses e meses em coma e depois de muito tempo ele sai as ruas de novo, todo assustado e olhando para todo os cantos; desconfiado, ele então vê em uma vitrine de uma loja infantil um trenzinho pequeno. Ele arranca a arma da cintura e dá um monte tiros na vitrine. Nisso, sai a dona da loja gritando: – O senhor está louco... O que está fazendo??? Então ele responde: – Tem que matá enquanto é pequeno, depois que cresce arrebenta a gente. xxx O caipira nunca tinha andado de avião, e certa vez teve que fazê-lo para visitar o seu compadre. E lá estava ele, todo despreocupado, o avião já havia decolado e já estava no meio do percurso. Pegou seu cigarro de corda, acendeu e começou a fumar. De repente, a aeromoça apareceu e, vendo aquela fumaceira toda dentro do avião, foi logo dizendo para o caipira: – O senhor não sabe que é proibido fumar dentro da aeronave?! E o caipira respondeu: – Ié? Então abre a porta que eu vô "pitá" lá fora!
2.000 anos de turbulências - XXXV
Sem Fronteiras Martha Alves D´Azevedo
Comissão Comunicação Sem Fronteiras ard on Le
Humor
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SPAÇO LIVRE
Cruzadas: a guerra
Amor por Bogotá
pelos lugares santos
o 5o Congresso da Cidade, realizado em agosto último, em Porto Alegre, o exemplo de transformação foi dado por Bogotá, capital da Colômbia, que trouxe as experiências que mudaram a convivência urbana na capital do país e podem servir de inspiração para Porto Alegre e municípios do Rio Grande do Sul.
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a história de dois mil anos da Igreja Católica, o momento mais crítico foi o das Cruzadas, uma luta que durou quase 250 anos pela posse dos lugares santos da Palestina. Desde os primeiros séculos, os cristãos sempre visitaram esses lugares, especialmente o Santo Sepulcro. A mais famosa visita foi a de Santa Helena, mãe de Constantino, no século IV, que descobriu a cruz em que Cristo foi crucificado e a levou para Roma. Mas, no ano de 1078, os turcos tomaram Jerusalem e não deixaram mais os cristãos entrar lá. Então, o Papa Urbano II mobilizou os católicos para libertar o Santo Sepulcro do poder dos turcos. Houve logo uma adesão quase unânime na Europa para lutar pelos lugares santos. Logo, organizaram uma Cruzada Maluca de voluntários, convocada por Pedro Eremita, mas que nem chegou a Jerusalem. Diante dessa experiência negativa, preparou-se nova tentativa, chefiada pelos guerreiros Godofredo de Bulhões, Hugo de Vantandois, Raimundo de Tolosa e outros, que arrebanharam mais de 600 mil homens. A república de Pisa colaborou com 150 navios e a de Gênova, com outros 30. Combinaram encontrar-se em Constantinopla, hoje Istambul, capital da Turquia, por ser o ponto de encontro dos que vinham da Alemanha, da França e da Itália. Daí seguiram para a luta. Tomaram Nicéia. Doriléia e Antioquia. Quando os cruzados estavam em Antioquia, os turcos reuniram um exército de 200 mil homens e cercaram a cidade. Os cristãos sofreram peste e fome, mas saíram vencedores. Então, uma parte dos cruzados ficou guardando a cidade e outra parte (cerca de 40 mil homens) seguiu para Jerusalém, sob o comando de Godofredo. Depois de 39 dias de combate junto às muralhas, os cruzados entraram na Cidade Santa. Era 22 de junho do ano 1099. Houve várias outras cruzadas. A terceira (1189-1192) foi a mais famosa. Dela participaram Frederico Barba-Roxa, imperador da Alemanha, Ricardo Coração de Leão, rei da Inglaterra, e Felipe Augusto, rei da França. Assim, a Terra Santa ficou sob o controle dos cristãos até 1244. Nesse ano, os muçulmanos tomaram Jerusalém e, em 1291, conquistaram São João do Acre, norte da Palestina, última fortaleza importante dos cristãos. Aí foi o fim das Cruzadas.(CA/Pesquisa)
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A campanha, denominada Amor por Bogotá, teve como um de seus idealizadores Paul Bromberg, prefeito da cidade em 1997 e 1998, e visava desenvolver na cidade o que foi denominado de cultura cidadã. A metrópole, de 7,2 milhões de habitantes, está conseguindo driblar conflitos e melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos com ações que focam a forma de agir da população. Sete ações ajudaram a transformar Bogotá: 1ª ação: Mudar atitudes e comportamentos. Iniciada no inicio dos anos 90, a ação continua até hoje. A meta da prefeitura é fortalecer o sentido do patrimônio público, o uso responsável dos bens coletivos e o respeito pelos outros. 2ª ação: Ações educativas e respeito às leis. Foram feitas enquetes para saber o que os moradores pensavam e por que tinham determinado comportamento. De posse das informações, foram implantadas ações educativas para reverter o problema. 3ª ação: Fazer entender o sentido da norma. Fazer com que o cidadão entenda o sentido da norma, o porquê de sua importância. 4ª ação: Advertências feitas pelos motoristas. Uma estratégia adotada em meados dos anos 90 foi a criação de cartões simbólicos. Motoristas que cometiam faltas no trânsito eram advertidos pelos demais, com cartões vermelhos com uma mão fazendo sinal negativo. 5ª ação: Recuperação de espaços públicos. Com espaços agradáveis, a população se sente à vontade para usufruir dos espaços, diminuindo problemas com vandalismo e pichações. 6ª ação: Combate ao vandalismo. Para enfrentar essa situação e reduzir a criminalidade e o consumo de drogas, foram realizadas oficinas para jovens e criadas oportunidades. 7ª ação: Campanhas de forma permanente. Para garantir sua permanência, a meta é tornar a cultura cidadã um esforço de todos e não só de um governo. Parcerias com empresas são fundamentais. Quem anda pelas ruas de Bogotá hoje, percebe que a capital colombiana está em processo de transformação e que o Amor por Bogotá está impulsionando esta transformação. (geralda.alves@ ufrgs.br)
Pe. Attilio Hartmann - 16/10 Adelhardt N. Mueller - 20/10 Waldair G. Kulczymski - 21/10 Solange Medina Ketzer - 29/10
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GREJA &
Solidário Litúrgico 16 de outubro - 29o Domingo do Tempo Comum Cor: verde
1a leitura: Livro do Profeta Isaias (Is) 45,1.4-6 Salmo: 95(96), 1.2a.3.4-5.7-8-10a e c (R/.7ab) 2a leitura: 1a Carta de São Paulo aos Tessalonicenses (Ts) 1,1-5b Evangelho: Mateus (Mt) 22,15-21 Para a compreensão dos comentários litúrgicos leia, antes, os respectivos textos bíblicos. Comentário: A mente e o coração humanos não mudaram muito nos últimos vinte séculos. A bondade e a maldade crescem juntos como o joio e o trigo. Jesus, no texto de Mateus deste domingo, pode experimentar como a maldade é uma erva daninha que se manifesta em mentes e corações interesseiros. Na pergunta dos herodianos, enviados pelos fariseus – você acha que é justo e lícito pagar o imposto ao imperador César (22,17)? - há um interesse intrínseco para enredar a Jesus e deixá-lo mal parado diante de um ou de outro grupo. E esvaziar a sua pregação: se respondesse, “sim, é justo”, seria traidor do seu povo; se respondesse, “não, não é justo”, seria considerado subversivo e passivo de condenação pelo poder estrangeiro romano. Sabe-se da história que os imperadores romanos se julgavam deuses. Jesus, com sua resposta – Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (22,21) – coloca as coisas no seu lugar: nenhum homem, por mais poderoso que possa ser, pode colocar-se no lugar de Deus, julgar-se Deus, atuar como Deus. O poder civil só é justo quando se coloca a serviço do povo, cuida dos interesses do povo, não dos próprios interesses. A “divinização” do poder, que coloca pessoas, instituições, sistemas - políticos, econômicos, religiosos - e ideologias acima dos interesses do bem comum, é uma usurpação do poder que compete somente a Deus. O poder, qualquer poder, é legítimo, honesto e justo quando é colocado a serviço da vida e do bem comum de todo o povo. Damos a Deus o que é de Deus, não quando cumprimos como todos os nossos “deveres” religiosos, mas quando colaboramos na construção de uma sociedade justa, igualitária, solidária, onde todos possam viver com dignidade e realizar-se como pessoas, filhas e filhos do mesmo Pai que está nos céus, quer dizer, na felicidade.
23 de outubro - 30o Domingo do Tempo Comum Cor:verde
1a leitura: Livro do Êxodo (Ex) 22,20-26 Salmo: 17(18), 2-3a.3bc-4.47 e 51ab (R/.2) 2a leitura: 1a Carta de São Paulo aos Tessalonicenses (Ts) 1,5c-10 Evangelho: Mateus (Mt) 22,34-40 Comentário: O contexto é semelhante àquele narrado por Mateus no Evangelho do domingo passado na passagem sobre o imposto a César. Ali, a pergunta era capciosa para “pegar” Jesus em contradição. No texto deste domingo, a pergunta, também com segundas intenções, é sobre qual seria o maior mandamento da Lei. Além de confirmar o amor a Deus como a lei maior e central da fé, Jesus amplia esta lei e inclui, na mesma lei, o amor ao próximo. É a revolucionária novidade introduzida por Jesus, a necessária complementação. Ele não está disposto a entrar em discussões estéreis e inúteis sobre disposições legais e leva a todos os seus ouvintes a sintetizar toda a lei numa única lei: amarás a Deus sobre todas as coisas... e ao próximo como a ti mesmo (22,37-39). Como duas faces da mesma moeda, o amor a Deus só se torna legítimo, verdadeiro e com sentido, quando se transforma em amor ao próximo, a todos os “próximos”, vistos e assumidos como irmãos e irmãs, sem distinção de espécie alguma. A ligação essencial entre o amor a Deus e o amor ao próximo torna-se muito urgente hoje, quando se dá tanto espaço a pregações intimistas e formas alienantes de “espiritualidade”, que muitas vezes não passam de uma busca disfarçada de auto-realização (auto-satisfação), mas que jamais levam a um compromisso com a transformação da nossa realidade. A frase de Jesus desautoriza qualquer pregação religiosa que separa o amor a Deus do amor ao próximo, um amor não somente afetivo mas, efetivo, concretizado na prática da solidariedade e da justiça (T. Hughes). (attilio@livrariareus.com.br)
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COMUNIDADE
Catequese Será que o Evangelho é lido, meditado e encenado, na Catequese? Deonira L. Viganó La Rosa Mestre em Psicologia Social
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uitas vezes por ano, trabalho com grupos de noivos, na preparação próxima ao casamento. Há um momento do encontro em que, depois de ter trabalhado as questões de relacionamento no próprio casamento, nos pequenos grupos, fazemos uma explanação participada do que significa ser um casal cristão. As perguntas vão desde “Vocês se consideram um casal cristão? Por quê?”, “O que entendem por ‘cristão’? “Quem é Jesus Cristo?” etc. até o momento em que perguntamos “Como seguir Jesus hoje?”. Bem, aqui está o grande problema. Todos aqueles noivos são batizados, e, quando os ouvimos, percebemos que têm reta intenção e muito desejo de um casamento duradouro e feliz. Entretanto, nossa decepção vem quando interrogamos: “Qual a mensagem principal de Jesus, no Evangelho? ...Quem já leu? Quem lembra? Quem conhece a estória do Bom Samaritano?”. Raramente um noivo ou outro, entre muitos, sabe algo do Evangelho.
Qual a responsabilidade da catequese nesta questão?
Será que a catequese não se foca demais na doutrina, nas regras, no culto, na liturgia, nos sacramentos, e dedica tempo de menos à mensagem do Evangelho? Estava eu conversando com uma enfermeira que desenvolve um projeto de educação para a saúde e a sexualidade, lá na nossa Casa da Criança na Vila Mato Sampaio. Por motivos que não vêm ao caso agora, perguntei-lhe se ela conhecia a estória do Bom Samaritano. Ela respondeu: “Conheço. Ah! se conheço. Foi o tema do primeiro encontro de catequese quando eu era criança. A catequista leu a estória e nós fizemos uma encenação, representado cada um dos personagens. Nunca mais esqueci. E, na missa da minha formatura o padre mencionou o bom samaritano, por sermos enfermeiros. Me emocionei e chorei, porque revivi o primeiro encontro de catequese”. É isto aí, queridas(os) catequistas. Ler, encenar, refletir as passagens do Evangelho, principalmente o Bom Samaritano e Mateus, capítulo 25. Ir e voltar a estas mensagens de maneiras diferentes. Perguntar, descobrir e vivenciar o que significa, nos dias de hoje, ser samaritano (em casa, na rua, com papai e mamãe), o que significa dar de comer e de beber, vestir os nus, receber os peregrinos e visitar os enfermos e encarcerados. Aí está o cristianismo. São estas vivências que a Eucaristia deve celebrar. E é na Eucaristia que vamos buscar as forças para poder vivenciar este Evangelho de Jesus. Do contrário, fazemos tudo, menos seguirmos Jesus naquilo que ele ordenou como sendo essencial. Concordando comigo está o Pe. Attilio Hartmann, que diz: “Sonho com o dia em que a catequese inicie pelo evangelho de Mateus, 25”. Você já levou seu grupo da catequese a visitar crianças doentes? Crianças carentes? Elas já foram ajudar alguém necessitado em qualquer área? Quantas vezes?
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RQUIDIOCESE Coordenação: Pe. César Leandro Padilha
Jornalista responsável: Magnus Régis - (magnusregis@hotmail.com) Solicita-se enviar sugestões de matérias e informações das paróquias. Contatos pelo fone (51)32286199 e pascom@arquidiocesepoa.org.br Acompanhe o noticiário da Pascom pelo twitter.com/arquidiocesepoa Facebook: Arquidiocese de Porto Alegre
Dom Dadeus Grings participou do encontro da Pastoral da Liturgia
Encontro em Gravataí reuniu animadores
Evangelização por meio das redes sociais motivou encontro de animadores/as vocacionais do Interleste A evangelização através da internet, com foco na utilização das redes socias, foi tema do encontro que reuniu animadores/as vocacionais das dioceses de Porto Alegre, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Montenegro e Osório (Interleste). O encontro aconteceu no dia 27 de setembro no Seminário São José, em Gravataí e reuniu padres, religiosos/as e leigos/as. O encontro aconteceu durante todo o dia e abriu espaço para formação e socialização da caminhada feita pela Pastoral Vocacional em cada diocese, bem como o aprimoramento de ações e projetos para 2012. A mística de abertura teve como motivação o hino e a oração do ano vocacional que acontece na Arquidiocese de Porto Alegre. Na parte formativa ocorrida pela manhã, o destaque foi para a reflexão sobre a utilização da internet, sobretudo das redes sociais. A Pastoral da Comunicação da Arquidioce de Porto Alegre foi a responsável pela formação, que abriu caminhos para entendimento, modo de uso e formas de evangelização. Pe. César Leandro Padilha, coordenador da
PASCOM, destacou a necessidade do presbítero e do animador vocacional, seja na sociedade rural e, sobretudo, na sociedade urbana, compreender a comunicação como elemento essencial para uma eficaz missão de anúncio do evangelho. Para Pe. Leandro é preciso intensificar as ações de comunicação, com olhar especial para a internet, para que “Deus seja comunidade na cidade”. Magnus Regis, jornalista da PASCOM, destacou as ações de evangelização por meio das redes sociais. Após explanação sobre as redes mais utilizadas no Brasil, o jornalista destacou que é preciso compreender a nova relação dos fiéis com Deus e as novas formas de testemunho advindo da vivência nas comunidades digitais: “As comunidades digitais também vivem e testemunham a presença de Deus na grande rede. Diante disso, como nos comportamos?”, questionou. Na parte da tarde, os agentes socializaram a caminhada das equipes diocesanas e ações comuns às equipes. O encontro foi encerrado às 17 horas com uma Celebração Eucarística.
A Comissão Episcopal para a Tradução dos Textos Litúrgicos (Cetel) se reuniu em Brasília (DF), na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para dar continuidade às revisões da tradução do Missal Romano e de outros textos litúrgicos. Esta é a segunda reunião do ano e a primeira reunião da nova composição da Cetel, após a sua escolha, em maio, em Aparecida (SP), na 49ª Assembleia Geral da CNBB. Estiveram presentes o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, Dom Armando Bucciol, e os bispos que compõem a Cetel: Dom Alberto Taveira; Dom Dadeus Grings e Dom Manoel João Francisco, além da equipe de tradutores e do assessor da Comissão para a Liturgia, Pe. Hernaldo Pinto Farias. Dom Geraldo Lyrio Rocha, que faz parte da Cetel, não pode comparecer nesta primeira reunião. Segundo os organizadores, a reunião pretende dar continuidade às traduções e concordar o método de trabalho da equipe passada. "A equipe foi modificada, mas o ritmo de trabalho é o mesmo", destacou o bispo de Chapecó (SC), Dom Manoel Francisco. “Após a última Assembleia da CNBB, onde foram aprovados os formulários do tempo da Quaresma, da Semana Santa e do Tríduo Pascal, agora a Cetel está dando continuidade nas revisões das traduções”, explicou o Pe. Hernaldo Pinto Farias. Desde 2005, a equipe da Cetel vem fazendo o trabalho de tradução e revisão da terceira edição do Missal Romano. Por ano, são três reuniões.
Dom Dadeus integra a Cetel
Relíquia de S. Teresinha visitou Paróquia S. Sacramento
NOTAS
Momentos de louvor e gratidão a Deus marcaram o encerramento da “Semana com Santa Teresinha”, na Paróquia Santíssimo Sacramento, em Porto Alegre. A comunidade paroquial, que também tem a religiosa carmelita como padroeira, recebeu a visita da relíquia da santa. Foi no encerramento das festividades em honra a Santa Teresinha, ocorrido no dia 1o de outubro, que a comunidade pôde ficar mais próxima do relicário que guarda um dente e um jarro, com o qual a religiosa brincava quando era criança. A Igreja estava tomada por fiéis que puderam tocar o relicário para um momento mais íntimo de oração. A Paróquia Santíssimo Sacramento e Santa Teresinha, dirigida pelos Freis Carmelitas Teresianos, disponibilizou no blog da paróquia as fotos da celebração e da visita das relíquias. O acesso é feito pelo endereço eletrônico: http://santissimoesantateresinha.blogspot.com.
Faleceu o Pe. Vicente Kappaum - A Arquidiocese de Porto Alegre comunicou o falecimento do Pe. Vicente Kappaum, ocorrido na madrugada do dia 2 de outubro, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. O presbítero contava com 86 anos e desde 2007 residia no Lar Sacerdotal, em Gravataí. Nascido em Venâncio Aires no dia 8 de novembro de 1924 e ordenado no dia 8 de dezembro de 1983, Pe. Vicente foi religioso lassalista e, em seguida, ingressou no clero da Arquidiocese de Porto Alegre. O corpo foi velado na Paróquia São João, sua última paróquia de atuação e depois no Seminário São José, em Gravataí, onde foi celebrada uma missa de corpo presente. Pe. Vicente foi sepultado no Cemitério dos Padres, na Gruta de Nossa Senhora, em Porto Alegre. Encontro de Coroinhas - Coroinhas de Porto Alegre e Gravataí são convidados para o encontro no Seminário São José, em Gravataí, no próximo dia 23 de outubro. Na programação consta acolhida, celebração de missa e momentos de jogos e brincadeiras. A promoção é do Serviço de Animação Vocacional. Informações pelo telefone (51) 9993-0222
Sacerdote apresenta o relicário de Santa Terezinha aos fiéis
Porto Alegre, outubro de 2011 - 2a quinzena
As magias da Terra Santa (III) Carlos Adamatti Jornalista
U
ma das atrações mais sugestivas em Israel é o Monte Tabor, perto de Nazaré. Ali, segundo a tradição e os evangelhos, Jesus se transfigurou diante dos apóstolos Pedro, Tiago e João, que manifestaram o desejo de construir três tendas, “uma para Ti, outra para Elias e outra para Moisés”. Confere as passagens Mat. 17,1-8; Mc 9,2-8; Lc 9, 28-36 e II Pedro 1,16-19. Trata-se de um monte isolado, junto à Planície de Esdrelon. Não há dúvidas de que o acontecimento evangélico da transfiguração tenha ocorrido ali. No Antigo Testamento, sempre se procurava um monte para rezar, por estar mais perto de Deus. A atual Basílica da Transfiguração foi contruída sobre uma antiga igreja, do século VII, pelo arquiteto Italiano Antônio Barluzzi. Era para ser três tendas, porque Pedro se dispôs a isso, já que era uma pessoa impulsiva e estava deslumbrado com a beleza da transfiguração do Mestre. Hoje, o moderno santuário reproduz as três tendas. No centro, a nave consagrada a Jesus, e nas laterais aquelas de Moisés e Elias. Logo na entrada, sob uma grade de ferro, os peregrinos costumam depositar papéis escritos contendo desejos e pedidos de bênçãos para si e seus familiares. Ao lado, ainda se encontram as ruínas de um Mosteiro dos Beneditinos, construído no século VII, e que os árabes não destruíram. No lado ocidental da Basílica do Monte Tabor, existe hoje um belvedere, de onde se tem uma vista maravilhosda da Planície de Esdrelon. Esse belvedere está localizado no topo do Monte Tabor, a uns 800 metros de altura. A Planície do Esdredon é toda cultivada, em pequenas propriedades rurais. É um dos locais mais férteis de Israel, onde se produz de tudo, desde hortaliças até frutas. Do Monte Tabor, fomos até Caná da Galileia, onde Jesus realizou o primeiro milagre, o da transformação da água em vinho. Os casais tem a oportunidade de ali renovarem as promessas matrimoniais e receberem a bênção. Para registrar o fato, pode-se adquirir um pergaminho, onde o interessado escreve, além da data em que lá esteve, o nome do casal. Essa cerimônia acontece no local onde Jesus realizou o milagre, sob um grande painel que lembra as Bodas de Caná. O que chama atenção são restos de utensílios domésticos que eram usados pelas famílias judias no tempo de Cristo. Dentro de uma redoma de vidro encontra-se uma “talha” de que falam os Evangelhos, com capacidade para armazenar cerca de 100 litros de água. Provavelmente, pelos sinais, esta que ali está exposta seja do tempo de Jesus e, conforme a tradição, uma das que ele usou para realizar o milagre. A Igreja de Caná está sob a custódia dos Ortodoxos. A cidade vive de lembranças do fato ocorrido ali há dois mil anos. Pode-se comprar garrafas de vinho tinto fabricado em Caná que, no rótulo, lembra o milagre da transformação da água em vinho. O milagre de Caná da Galiléia é contado por Jó 2, 1-11, e Jo. 4, 46-54.
Vista do Monte Tabor
A talha do milagre do vinho
Fachada da Basílica da Transfiguração