227644-JMA 20 Maio Ok Grafica.pdf - PG-1 - 15:54:17 - May 23, 2022
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Maio 2022
I
ANO 12
I
Nº80
PUBLICAÇÃO SEMESTRAL DO MACKENZIE
Hospedagem mais barata O Airbnb não tem o conforto das grandes redes hoteleiras, mas custa bem menos
Enfim, nasceu
Depois de muita luta, o parque Augusta vira realidade
Trabalhar em casa?
Após a pandemia, muita gente acha que é uma boa continuar trabalhando em casa
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Home Office X presencial
Os relatos de trabalhadores que tiveram suas experiências no trabalho remoto Por Giulia Pina/Júlia Dal Rovere Em função da pandemia, milhões de pessoas adaptaram sua vida profissional com o intuito de diminuir a circulação do COVID-19. Dessa forma, diversas empresas admitiram o sistema de trabalho remoto (Home Office). De acordo com a Pesquisa Gestão de Pessoas na Crise COVID-19, o trabalho em casa foi estratégia adotada por 46% das empresas durante a pandemia. No Brasil, 11% dos trabalhadores ativos exerceram suas atividades profissionais de forma remota, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Um exemplo desses trabalhadores é a Beatriz de Carvalho Nicola (19), assistente comercial no Grupo All Nations. “No começo era tudo muito novo, a gente tenta fazer tudo certinho. Mas hoje eu consigo fazer mais o meu horário, consigo conciliar melhor as coisas, organizar melhor a vida pessoal e o trabalho. Portanto, acabo preferindo o Home Office.”, relata Nicola sobre sua adaptação ao sistema de trabalho remoto. Além de Beatriz, Rogério Alberto da Silva (47), orçamentista na empresa FR Instalações e Construções, revela acreditar que depois do advento da pandemia, muitas empresas enxergaram o home office como uma nova ferramenta de trabalho, haja vista que a tecnologia respondeu muito bem e que obtiveram significativa redução nos custos. Ao questionarmos Erick César Alves Sutti (25),
Expediente O Jornal Maria Antônia é uma publicação sob responsabilidade do Instituto Presbiteriano Mackenzie, com colaboração de alunos e professores de Jornalismo do Centro de Comunicação e Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Gerência de Marketing e Relacionamento da Instituição.
assessor de Investimento na XP Investimentos, sobre como o sistema de trabalho remoto afetou seu dia a dia, ele relata: “Ele trouxe algo bom, poder ficar mais próximo da família, não pegar trânsito e economizar na gasolina”. Para Rogério, um dos pontos altos deste período é o fato de poder trabalhar próximo a sua família. Já Nicola, relata que o período a afetou positivamente, pois está em casa focada, gerando um retorno significativo para si mesma. Um outro ponto a se destacar durante esse período, foi a criação da lei 5341/20 que institui o auxílio home office, o qual o empregador paga ao empregado para subsidiar despesas do trabalho na própria residência. A proposição prevê que o auxílio seja pago sempre no mês posterior ao que o empregado comprovou as despesas, preferencialmente junto com o salário. Segundo Beatriz “minha empresa dá um valor para suprir as despesas do Home Office. É uma valor que vem junto com o salário, além do vale-refeição”. Apesar do apoio financeiro que as empresas ofereceram para auxiliar na transição do trabalho presencial para o remoto, houve dificuldades. Como relata Rogério, que também teve auxílio, demonstra insatisfação com a forma que o auxílio foi implantado. “A meu ver, a empresa que trabalho apoiou apenas com 50% do que deveria fornecer, oferecendo apenas um notebook. Faltou custeio para tecnologia e acessórios
REDAÇÃO Editor: José Alves Trigo Supervisão de Publicações: José Alves Trigo Coordenador do Curso de Jornalismo: Hugo Harris Diretor do CCL: Rafael Fonseca Santos Editoração: Imagem Um/Silvio Cusato Impressão: Gráfica Elyon
para postura corporal”, relata o orçamentista. Apesar do extenso período de trabalho remoto ter trazido alguns benefícios para as empresas e funcionários como relatado anteriormente, também existem muitas dificuldades. Segundo os entrevistados, as principais dificuldades são a falta de contato com a equipe para resolver possíveis problemas; as incertezas sobre o futuro e o confinamento; os horários, pois estando em casa, muitos imprevistos podem acontecer. “Minha maior dificuldade é estar em casa, ter várias distrações em relação ao meu trabalho. Então, eu sempre escrevo minhas metas, tudo que eu devo fazer e cumprir, porque se não, o dia vai passando e eu acabo não conseguindo fazer as coisas relacionadas ao meu trabalho.”, diz Nicola em relação às dificuldades enfrentadas durante esse período.
Tiragem: 500 exemplares, distribuídos gratuitamente pelos bairros de Bela Vista, Consolação, Higienópolis, Vila Buarque, Santa Cecília e Pacaembu. Dúvidas, críticas, sugestões e contatos para publicidade: 2766-7243 - Sheila Cunha
ISSN 2318-020X
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Um lar temporário para viajantes
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Airbnb facilita a vida de viajantes e seus anfitriões Por Suelen Romani/Camila Pacheco
Débora Elisa Pacheco arruma a cama do quarto de seu pequeno apartamento de 55m2, aconchegante e funcional, preparando o ambiente para receber o próximo hóspede. Cuidadosa, ela traz a energia das ruas de São Paulo para o flat, por meio do artesanato que produz como a toalha de mesa e os armários feitos de caixas de madeira de feira. São nesses detalhes que o lugar se transforma numa casa para os passageiros que utilizam o Airbnb, e deixa de ser apenas um quarto frio, alugado para passar a noite. Desde 2016 ela trabalha com a empresa como anfitriã e aluga seus dois imóveis: um no coração de São Paulo, o Paulistano da Gema, e o outro em Congonhas, o Seu Studio em São Paulo, para viajantes com os mais diversos objetivos. Ela conta que sentiu muito o efeito da pandemia. “Quando começou no início de 2020, o apartamento do centro estava em processo de reforma. Tudo precisou parar, não podia mais entrar ninguém, nem os prestadores de serviço.” E continua “foi difícil, eu precisava pagar as contas e a obra para começar a alugar e tudo ficou parado.” Além disso, ela revela que o studio em Congonhas, o qual já alugava há alguns anos, teve todas as reservas canceladas em março e abril e só com o tempo foram voltando. Débora precisou contar com o suporte de parentes que aceitaram alugar seu apartamento em reforma e, assim, foi manejando superar as dificuldades. Rodrigo Guimarães usa a plataforma avidamente, na maioria das vezes, para trabalho. Ele conta que durante a pandemia apenas tomou maiores cuidados, porém não deixou de utilizá-la. Apesar de algumas experiências desagradáveis como hóspede, para ele a companhia não deixa a desejar. "Já tive problemas que por meio dos proprietários não foram solucionados, mas que um representante do Airbnb resolveu”, afirma. A empresa continua sendo sua opção número um para hospedagem. Segundo a assessoria de imprensa do Airbnb Brasil, o impacto da COVID-19 no mundo todo, teve o Airbnb como uma atividade ainda mais relevante para impulsionar a retomada da economia. No Brasil não foi diferente, “eu consegui pagar as contas do apartamento mesmo nos piores momentos”, diz Débora. De acordo com pesquisa do Airbnb, em 2020 50% dos anfitriões brasileiros utilizaram a renda extra com o Airbnb para manter as suas casas, e 27% usaram essa renda para manter as contas em dia. Com o avanço da vacinação no Brasil e no mundo, a abertura das fronteiras entre os países
e a retomada das viagens, vê-se um aumento das reservas no país. Conforme dados da assessoria, no segundo trimestre de 2021 já ultrapassaram os níveis pré-Covid. “As reservas já aumentaram bastante, mas agora eu não posso mais ter inquilinos entrando e saindo no mesmo dia, e isso reduz minha taxa de ocupação, não tem jeito. Mas está bem melhor”, ressalta Débora. Aspectos de limpeza e higienização ganharam uma relevância ainda maior na decisão do viajante no contexto da pandemia. O Airbnb desenvolveu o Protocolo Avançado de Higienização, criado com a orientação do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças). O protocolo, disponível desde junho de 2020, inclui especificações sobre como higienizar todos os cômodos de uma casa, o tempo entre um hóspede e outro e um selo para as acomodações, além de ser solicitado a todos os anfitriões. A assessoria informou ainda que desde o lançamento da ferramenta de buscas flexíveis de datas e destinos, em fevereiro deste ano, ela foi usada mais de 500 milhões de vezes. Isso significa que para os alugadores é importante encontrar a acomodação ideal e ter suas prioridades atendidas. “As pessoas estão querendo muito voltar a vida normal, eu realmente acredito, e para 2022distan
tenho fé que vai voltar ao normal rapidamente”, opina Débora. As pessoas estão mais flexíveis em relação a escolha do destino e/ou período de viagem. Optam por ficar mais tempo nas estadias sem abrir mão da comodidade e dos hábitos que se tornaram mais relevantes no contexto da pandemia, como evitar aglomerações e fazer refeições em casa, explica a assessoria. Rodrigo é hóspede de Débora e diz: “quando eu conheço um bom Airbnb na cidade, hotel não é nem uma opção.” Ele otimiza o local para suas necessidades diárias como o preparo de sua marmita. "Pensar em voltar para um quarto de hotel depois de um dia de trabalho, por exemplo, e ter que me arrumar e sair para jantar ou comer no hotel, que normalmente é uma fortuna, me faz optar pelo Airbnb”. Argemiro e Esther, casal de viajantes que já explorou muitas locações nos quatro anos de uso da plataforma, tem um carinho especial pelo flat de Débora, onde se hospedam em São Paulo. Eles seguem tendo ótimas experiências de estadia ao explorar o Brasil e outros países, enquanto conhecem anfitriões simpáticos e boas acomodações. “O Airbnb é uma extensão da nossa casa onde encontramos liberdade e infraestrutura de um lar, preços mais acessíveis e conforto", concluem.
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Parque Augusta, no centro da cidade, vira realidade
O local, que conta com área de 23 mil m², teve um investimento de cerca de 11 milhões de reais e está localizado em um quarteirão entre as ruas Augusta, Marquês de Paranaguá, Consolação e Caio Prado. Por Bethânia Maria Lemos Machado e Rafael Vieira dos Santos Cunha
No final do ano passado, o parque Augusta foi aberto para o público na região central de São Paulo. Após anos de espera e disputas entre construtoras, moradores e prefeitura, o parque foi finalmente inaugurado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB). “Com a inauguração do Parque Augusta Prefeito Bruno Covas, a cidade passa a contar com 111 parques. Ele representa um desejo da população. É o terceiro que entregamos e vamos entregar ainda mais quatro, pois no Plano de Metas estão previstos oito parques para São Paulo”, disse o prefeito da cidade. Durante seu discurso, funcionários públicos protestaram contra as mudanças no sistema previdenciário municipal e contra a inclusão do nome do ex-prefeito, que morreu vítima de câncer. Mesmo com o tumulto, as atrações prosseguiram e o movimento foi grande durante o dia todo. Os primeiros frequentadores do novo parque aprovaram a transformação do lugar em um espaço verde, público e recreativo, mas pediram por uma preservação constante. Durante o dia de inauguração, foi notória a preocupação da população e dos funcionários em trocar informações e reforçar a mensagem de que o parque necessita ser preservado, garantindo que ambas as partes estarão dispostas a isso. Moradora de Higienópolis, bairro vizinho de onde o parque está localizado, a publicitária Mariana Campanella, de 25 anos, reforçou sobre a preservação do parque: “Depois de tanto tempo, é muito importante a gente ter uma área verde na região, mas as pessoas precisam fazer o mínimo para preservar. Recolher o próprio lixo, a sujeira feita pelos cachorros e respeitar o patrimônio público, não deixando o trabalho só para os funcionários do parque.” Espaços como o cachorródromo, uma área cercada do parque com estrutura para pets, chamaram a atenção do público. Outra grande procura foi pelo playground, que tem brinquedos acessíveis a crianças de diversas idades e piso adaptado. Morador do bairro, aposentado de 74 anos, Reginaldo demonstrou euforia e alívio com a inauguração do parque. “Demorou bastante para o parque abrir, todo mundo da região estava ansioso para aproveitar uma área verde e com árvores para caminhar. Finalmente vou poder levar a minha cachorrinha para passear e brincar em um lugar decente e perto de casa”. O local conta ainda com um redário e um
espaço para a prática de slackline, bosque com trilhas e arquibancada para apresentações, e também de um deck elevado e equipamentos de ginástica para idosos. Além disso, foi montada uma tenda de vacinação contra a Covid-19 no local para a aplicação de doses de reforço nos grupos prioritários e da segunda dose para pessoas que ainda não completaram sua imunização. O parque está localizado em um quarteirão entre as ruas Augusta, Caio Prado, Consolação e Marquês de Paranaguá, na região central de São Paulo, administrado pela Subprefeitura da Sé. O horário de funcionamento é de 05h às 21h, todos os dias e a entrada é gratuita.
Ser viço
Parque Augusta
l O terreno tinha 800 árvores, das quais 73 estavam comprometidas e foram retiradas. Foram plantadas 193 novas mudas l Há áreas verdes por todo espaço, contando com trilhas e equipamentos de ginastica para idosos. l Cachorródromo, playground para as crianças, redário e espaço para prática de slackline. l Arquibancada, sanitários públicos e área administrativa. l A Casa das Araras foi restaurada e ampliada para abrigar eventos e pequenas exposições. l Escavações arqueológicas revelaram caminhos, escadas e pequenas construções que estavam escondidos. l O pórtico de entrada do Colégio des Oiseaux foi restaurado para abrigar uma guarita.
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Restaurantes da região encerraram atividades durante a pandemia Mais de 12 mil restaurantes fecharam durante a crise do Covid-19 em São Paulo Por João Pedro Benedetti/Luca do Amaral/Matheus Borges Durante o período da pandemia, os estabelecimentos gastronômicos da região de Higienópolis tiveram grande dificuldade em se manter abertos devido à falta de clientes no espaço físico, redução dos lucros e investimento no processo de entregas. Com a crise sanitária do Covid-19, o governo de São Paulo se viu obrigado a instaurar medidas restritivas para restaurantes e bares na tentativa de combater a proliferação do vírus. A princípio, houve a interrupção total das atividades presenciais para os clientes, sendo liberado somente o consumo via entrega em domicílio. Com a melhora gradual da pandemia e a vacinação da população, houve um relaxamento das restrições, e a consequente volta do público, com capacidade de lotação reduzida. Devido às restrições, a receita dos estabelecimentos diminuiu consideravelmente. Portanto, foram necessárias adaptações para que os mesmos suportassem esse período. Pedro Pilatti, sócio-proprietário do restaurante O Gato que Ri, afirma: "Com a chegada da pandemia, diminuímos nosso espaço físico para reduzir custos. Nós trabalhávamos com delivery próprio desde os anos 80, mas foi necessário aumentar os investimentos ainda mais. Então começamos a trabalhar com Ifood, Rappi e Uber Eats para alavancar as entregas”. Além disso, diz que pretende continuar investindo no delivery, por mais que hoje, com a volta permitida dos clientes ao salão, este serviço tenha perdido um pouco as forças comparado ao período pandêmico. Arnaldo Lorençato, editor da Comer & Beber da Veja e professor da Universidade Mackenzie, salientou que “o delivery se tornou fundamental, pois permitiu a sobrevivência de vários
estabelecimentos.”. Contudo reforça que muitos abandonarão esse sistema, pois não se adaptaram. O editor ainda cita o surgimento das Dark Kitchens, que são cozinhas voltadas exclusivamente para entregas a domicílio, onde prepara-se um cardápio específico para envio. Muitos restaurantes, até mesmo os mais tradicionais, não conseguiram superar essa
catástrofe e faliram. Um exemplo é o Restaurante La Frontera que logo no início lockdown fechou as portas, após 15 anos de atividade no bairro de Higienópolis. Mesmo com o grande impacto causado pela pandemia, a região conseguiu manter sua qualidade gastronômica e aos poucos, com o retorno do público, os investimentos e abertura de novos estabelecimentos está ocorrendo.
Retorno das aulas presenciais na região Higienópolis beneficia comércio local Aumento no número de passageiros circulando diariamente na estação já traz resultados positivos Por Maynara Mendes/Renata Cipili Meses após o reinício das aulas presenciais e a flexibilização dos protocolos de segurança devido o avanço da vacinação, o fluxo de pessoas na estação Higienópolis-Mackenzie aumentou e os comerciantes voltaram a trabalhar normalmente buscando retomar os lucros que eram obtidos antes da pandemia. Com a queda nas vendas e menor fluxo de clientes em 2020, muitos comerciantes com ponto fixo utilizaram da estratégia de reduzir funcionários para conseguir se manter sem prejuízos permanentes. Já os comércios itinerantes efetuaram rodízios em horários estratégicos para encontrar uma maior concentração de possíveis clientes. Letícia, vendedora itinerante local declarou: “Como não estava vendendo muito a gente decidiu chegar mais próximo do horário de almoço e voltar também no horário que o pessoal saía do trabalho, já que é quando tem mais gente”. Desde o início da quarentena, os comerciantes precisaram se adaptar às novas circunstâncias, como por exemplo, abranger novos métodos de vendas. Luana Felix, vendedora da Oakberry na estação Higienópolis-Mackenzie, constatou que a loja passou por dificuldades durante a pandemia que a levaram a fazer mudanças para continuar com as vendas: “A gente foi proibido de vender no metrô, pois não era permitido o consumo aqui dentro.” Com o aumento de 75% de passageiros em circulação nos dias úteis, já foi possível deixar os comerciantes mais aliviados e esperançosos de que poderiam ter boas vendas novamente. Letícia declarou estar bem positiva: “...os lucros estão voltando a crescer, antes da pandemia eu vendia cerca de 250 a 300 churros, durante a pandemia
Estação Higienópolis-Mackenzie fevereiro 2021 e novembro de 2021 entre 50 e 70 e agora com a volta as aulas vendo de 70 a 100 churros por dia”. Luana Félix também se mostrou muito otimista com essa melhora e calculou um aumento de 400% desde março de 2020: “A gente vendia R$200 em copo por dia, hoje a gente já bate R$500 e em dias bem quentes dá para bater até R$ 1 mil.” Grande parte destes comércios passou os
últimos meses em busca de novos modelos de venda. O delivery, por exemplo, foi adotado por 73% das redes de franquias entre 2020 e 2021. Como resposta, esse método passou a representar 36% do faturamento das redes, dessa forma, mesmo com indícios de um fim da pandemia essa tendencia continuará a ser usufruída pelo mercado de modo a obter maior lucro.
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227644-JMA 20 Maio Ok Grafica_6.pdf - PG-1 - 09:59:54 - May 26, 2022
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É hora de voltar aos exercícios
A pandemia mostrou a importância da prática de exercícios. Por Renan Diogo Lorente
A população brasileira tem como sua maior parte uma despreocupação com seu corpo. Segundo o IBGE cerca de 60,3% da população apresentam seu IMC maior que o comum, sendo uma causa gigante para possíveis problemas físicos e doenças. Com a pandemia o país ficou meses sem voltar com os trabalhos e estudos presencialmente, pessoas começaram a ficar cada vez mais sedentárias pelo fato de não sair de casa e não praticarem nenhum exercício físico. Posteriormente muitos sedentários começaram a procurar melhora na saúde e melhorar seu estilo de vida. Guido Silva começou a praticar exercícios físicos há mais de um ano e fala qual foi o estopim a começar a treinar. “Percebi que tinha que começar a praticar exercícios físicos por insônia, ansiedade e também indisposição no cotidiano”, disse. Perguntamos quais foram as mudanças que ele obteve e se foram rápidas as mudanças, ele respondeu que “as mudanças foram quase imediatas. Uma semana de academia já melhorei com insônia e ansiedade e preguiça, acordava mais disposto”. E em seguida afirmou que com a melhora no seu aspecto visual "isso acaba elevando muito sua autoestima, deixando você bem consigo mesmo". Já Samuel Alves falou que o estopim para começar a treinar foi pela insatisfação que ele tinha com seu corpo, decidindo assim mudar seu estilo de vida e começando uma disciplina alimentar, tendo com o tempo maior segurança sobre si mesmo.
Perguntando a outras pessoas que treinam em academia, praticamente todos afirmaram que começaram a fazer academia com foco em uma melhora na estética e saúde, porém o exercício físico além de melhora na sua saúde promove também uma melhora mental, como o aumento da autoestima e da disciplina. Segundo a pesquisa do IBGE cerca de 30,1% dos brasileiros acima dos 18 anos praticam atividades físicas ao nível recomendado.Um número que se fosse maior além de diminuir o número de doenças, também permitiria eficácia na redução de sintomas da depressão e ansiedade, um fato que é muito importante ao brasileiros já que segundo a OMS Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. Milton Ambergue é personal trainer desde 2010. Com o fim da pandemia disse que teve um aumento considerável de pessoas que vieram com o intuito de mudar sua vida para melhor. “Entrei na Educação física com o propósito de aumentar o maior número de praticantes a atividade física, sendo musculação, treinamento funcional ou qualquer modalidade esportiva, “afirma Milton. Perguntamos a ele o quão é gratificante conseguir ajudar as pessoas na melhora da autoestima e disciplina, ele respondeu que “sempre é bom saber que está ajudando um aluno a se sentir melhor, principalmente quando descubro o que o cliente gosta que acaba facilitando o trabalho e levando prazer na atividade física”.
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Diferentes maneiras de chegar ao Mackenzie usando transporte público
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O que você deve saber antes de escolher entre Metrô ou Ônibus para chegar à universidade. Por Eduardo Saliby Salomão/Juan Pablo Montenegro Corona
A Universidade Presbiteriana Mackenzie, devido a sua localização privilegiada, permite que seus alunos e funcionários tenham inúmeras formas de chegar nela. Esta reportagem irá mostrar os custos que você terá ao usar metrô e ônibus. É possível chegar no Mackenzie por meio da estação Higienópolis Mackenzie, que faz parte da linha 4 amarela do metrô, ela se localiza na rua da Consolação ao lado da faculdade. No caso de quem usa o ônibus algumas linhas que você pode utilizar para chegar ao Mackenzie são as linhas: 412, 701U10, 702U-10, 8705-10, 8707-10 e 875A-10. Os preços para acesso de tanto ônibus quanto metrô são variáveis de acordo com alguns fatores, como por exemplo o fato de a pessoa ser estudante ou até mesmo idosa. Portanto, não podemos afirmar com certeza o quanto você irá gastar, mas fiquem cientes de que o preço varia de ser de graça, para idosos, até 10 reais dependendo do número de baldeações e trocas que você precisar fazer em sua viagem. Durante a produção dessa reportagem, entramos em contato com dois estudantes do Mackenzie para ouvir suas opiniões a respeito de seus meios de locomoção até a Universidade. O primeiro entrevistado foi Matheus Oliveira, 20 anos, ele comentou que demora em torno de uma hora para ir e para voltar da faculdade de metrô, também
mencionou que o metrô na sua opinião é a forma mais rápida de locomoção. O segundo entrevistado foi Vitor Ferraz, 21 anos, que utiliza o ônibus como meio de transporte. Ele demora em torno de 40 minutos para ir até a faculdade e 25 minutos para voltar. Na sua opinião, o metrô é a forma mais rápida de chegar ao Mackenzie, porém, ele gosta de utilizar o ônibus mesmo demorando um pouco mais pelo fato de ter diversas paradas em sua rota. Também entrevistamos o ex-presidente da SPtrans, atual secretário executivo de Transportes e Mobilidade Urbana, Levi Oliveira (foto ao lado), para saber dados mais técnicos e de segurança a respeito dos ônibus. Ele informou que desde março do ano passado um posto de denúncias de abuso contra as mulheres passou a existir, localizado no Terminal Sacomã, como incentivo na campanha “Ponto Final ao abuso sexual nos ônibus de São Paulo”. Já foram profissionalizados mais de 40 mil funcionários para que saibam lidar com as situações. Em relação ao funcionamento dos ônibus, ele nos disse que mais de mil ônibus incluídos no sistema de transporte em 2021 possuem o motor Euro V a diesel, menos poluente em relação ao anterior. Além disso, São Paulo atingiu a marca de 5 mil ônibus equipados com conexão à internet por wi-fi.
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Sombras do concreto
Moradores de rua em São Paulo têm dificuldades de socialização e integração com a sociedade. Por Danillo Miguel/Renan Diogo
Quase todos os grandes centros urbanos têm moradores de rua, caracterizados pela extrema pobreza e sem residência. Os dados da cidade de São Paulo são crescentes, assim como a maioria das cidades ao redor do Brasil. Os números são expressivos, cerca de 220 mil pessoas vivem ou estão em situação de rua, segundo o (IPEA). Com a pandemia, o aumento do desemprego e crise na economia muitos sofreram com as consequências, entrando na situação de rua. Pessoas nesta situação vivem em profunda solidão, por conta do preconceito estabelecido pela sociedade e por apresentar uma imagem “ruim” para a população, tendo assim apenas cães e gatos como companhia. Infelizmente poucos abrigos aceitavam a entradas desses bichos e muitas vezes seus donos decidiam de passar a noite na rua ao invés de deixar seu companheiro sozinho, Com a lei sancionando a liberação de pets em abrigos, os moradores podem ficar com seus companheiros. Danilo Francisco Aparecido da Silva (25), não possui filhos. Há três anos teve um relacionamento, está já há cinco anos nessa situação de rua. Trabalhava com seringueiras, e depois se mudou para Camaçari uma cidade no estado da Bahia. Saiu de lá por problemas com a família: “Não combino com a minha
família, por causa de herança. Quando meus pais morreram meu irmão ficou com o dinheiro de um carro que era para ser meu e, não me deu esse dinheiro”. Mudou-se para São Paulo e começou a trabalhar recolhendo latinhas para reciclagem. “Não consigo muito dinheiro, mas os pedestres ajudam muito, mais que as pessoas do governo.” Já ocorreu de pessoas fazerem maldades. “Ofensas mesmo, você vai pedir ajuda e acaba sendo xingado, as vezes até morador de rua te xinga”. Porém, Danilo afirma em sequência que “tem morador de rua que ajuda mais do que pedestre”. Roberto Leandro (43), natural de São Paulo, acabou entrando nessa situação quando perdeu seu emprego e entrou no alcoolismo e outras drogas. Hoje em dia diz parar com a bebida. Agora se sustenta com reciclagem e doações tanto em dinheiro quanto em roupas com pessoas na região, algumas organizações governamentais e não governamentais. Roberto diz já ter sofrido com outras pessoas por conta de sua vestimenta, “Muitas das pessoas que passam na rua olham feio para mim.” Questionado se estava sentindo sozinho ele respondeu que “esta vida te torna muito sozinho mesmo. O que de verdade existe é uma solidão que ninguém deveria passar.” Roberto afirma que teria feito algumas coisas diferentes no passado,
“Quando perdi o meu emprego deveria ter procurado minha família, mas ao invés disso fui para o outro caminho que foi muito difícil sair. Então, se pudesse ter mudado algo teria procurado as pessoas que eu gostava, que olhando para trás tenho certeza de que elas podiam ter me ajudado.” Sandro Lopes (34), viajou de Olinda em Pernambuco para tentar uma vida melhor, mas depois de perder o emprego, acabou não conseguindo mais pagar o aluguel e aos 28 anos de idade entrou nessa situação. Sandro comentou sobre algumas reações de pessoas em que ele se sentiu ofendido, “Uma vez meu chapéu caiu no chão e um homem pisou em cima. Quando reclamei ele disse, o senhor não pode deixar lixo no chão, isso me magoou por que era minha roupa sabe, e ele tratou como se fosse lixo mesmo”. Sobre a solidão Sandro diz que é difícil viver dessa forma, “Sempre estar sozinho, lembrar de sua família acaba machucando muito.” Contudo, Sandro afirmou sobre uma coisa que lhe deixa feliz, “Mesmo quase todas as pessoas me ignorando e passando reto, existe algumas que cumprimentam com um bom dia ou boa tarde e com isso consigo sentir que não sou invisível, me sinto vivo, mesmo elas não me dando dinheiro eu fico feliz”.