2ª ediição História Misericórdia Salvaterra Magos

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COLECÇÃO RECORDAR,

TAMBÉM É RECONSTRUIR

Caderno de Apontamentos Nº 5

2ª Edição

O Autor não segue o Acordo Ortográfico de 1990

A MISERICÓRDIA DE SALVATERRA DE MAGOS Uma Instituição de Caridade Através dos Tempos

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Ficha Técnica: 1ª Edição

COLECÇÃO RECORDAR, TAMBÉM É RECONSTRUIR

*Caderno de Apontamentos Nº 5 A MISERICÓRDIA DE SALVATERRA DE MAGOS Uma Instituição de Caridade Através dos Tempos Tipo de Encadernação: Brochado Autor: Gameiro. José Data: MARÇO DE 2007 Editor Gameiro, José Rodrigues Morada: Bº Pinhal da Vila – Rua Padre Cruz, Lote 49 Localidade: Salvaterra de Magos Código Postal: 2120- 059 SALVATERRA DE MAGOS * Tel. 263 504 458 *Telem ISBN: 978– 989 – 8071 – 05 – 7 Depósito Legal: 256456 /07 2ª edição: Maio de 2018 * em formato PDF

O Autor não segue o Acordo Ortográfico de 1990


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4 INTRODUÇÃO

Naquele tempo, corria o ano de 1985, um pequeno grupo, levou com entusiasmo até ao fim, o seu propósito de dotar a Misericórdia da terra, com um Centro de Dia. Não era uma tarefa fácil, o que levou estes amigos a tão nobre causa. A revolução dos cravos, em Abril de 1974, foi um abrir de portas, e por todo o país depressa grandes exemplos percorriam o país, nas mais diversas áreas, notando-se com mais relevância a construção de escolas, o aparecimento de Centros Sociais. Aqui, em Salvaterra, já se tinha construído um Parque Infantil, e este pequeno grupo de 8 homens, optou pelo campo da gerontologia, com a construção de um Centro de Dia, até porque ainda estava enraizado na cultura do povo local, ser o meio familiar tomar conta dos idosos até ao dia da sua morte. A nossa intenção, depressa mobilizou a autarquia que disponibilizou uma instalação, num antigo edifício Manuelino na Praça da República. A procura de utentes foi tanta que depressa se passou ao apoio domiciliário, sendo um serviço inédito, serviu de exemplo a muitas regiões do país, confirmada pela procura de informações e métodos de trabalho. O sistema de apoio por ser provisório, carecia de um resultado final que levou à construção de um Centro de Dia e Lar de Idosos, com um novo edifício sede construído em terrenos da Misericórdia,, segundo as melhores construções já existentes em Portugal. Não é demais destacar; José Teodoro Amaro, homem dotado de espirito empreendedor, que nos animou, até à conclusão da obra para engrandecimento do património daquela Instituição de Caridade de Salvaterra de Magos. Este Caderno com uma primeira edição em 2007, agora passados 11 anos, depois de revisto e aumentado – não deixa de incluir o que foi os préstimos do Dr. José Asseiceira Cardador., num trabalho académico e de grande referência histórico da Misericórdia desta vila. Ano 2018

José Gameiro

( José Rodrigues Gameiro )


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APRESENTAÇÃO Um dia, José de Carvalho Asseiceira Cardador, ainda jovem veio da Chamusca, até Salvaterra de Magos, depressa se integrou na comunidade, e aqui viveu até 1986, ano do seu falecimento, ficando sepultado no cemitério da vila. José Cardador, aqui constituiu família e nasceram os seus filhos. foi um pequeno lavrador, na área da viticultura, esteve na autarquia como vereador na Câmara Municipal de Salvaterra de Magos. No campo do ensino lecionou durante alguns anos no Colégio Nossa Senhora da Paz de Benavente, nas disciplinas de História Universal e Português. Algumas Instituições receberam o seu empenho como dirigente; Bombeiros, Clube Desportivo Salvaterrense e Misericórdia, desde 1957. Foi sobre esta última que desenvolveu uma aturada investigação histórica, desde o séc. XVII, até meados do séc. XX, estudo que organizou para apresentar na sua prova de doutoramento, obtido na Universidade de Coimbra. Para este trabalho académico, deu o título “Subsídios para a História da Misericórdia de Salvaterra de Magos”, distribuindo alguns exemplares por amigos.


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Fui um dos contemplados, na época colaborávamos no Jornal “Aurora do Ribatejo”, chegando o Dr. Cardador a responsabilizar-se pela última folha daquele semanário com o título “Página de Salvaterra”, dedicada ao concelho de Salvaterra de Magos. Homem dinâmico e de iniciativas, chegou a realizar algumas provas (Ralys) competição desportiva, com automóveis e motos muito em voga na época, com receitas em favor da Santa Casa da Misericórdia de Salvaterra de Magos. Ao livro que me ofertou, uns anos depois um pequeno “acidente”, na minha estante, danificou-o, e mesmo assim guardava-o com carinho. Agora chegou a altura de recupera-lo, para que não se perca tão preciosas informações sobre a Misericórdia desta vila, levou-me a fazer uma cópia, tão fiel quanto o autor escreveu, depois de um estudo minucioso aquela instituição de caridade, que considero histórico. José Gameiro (José Rodrigues Gameiro)


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SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA MISERICÓRDIA DE SALVATERRA DE MAGOS Séc. XVII – Séc. XX **********************


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AGRADECIMENTO As dificuldades, principalmente baseadas na nossa limitação pessoal, que encontrámos na execução deste modesto trabalho não nos levaram ao desânimo, ou ao fracasso porque em nosso auxilio veio sempre, e na ocasião propícia, e sábia orientação do Excelentíssimo Senhor Doutor Salvador Dias Arnaut. Consignamos aqui o nosso sentimento de gratidão, muito respeito e sincera estima pelos ensinamentos, excelsos conselhos, interesse e palavras amigas que o Exmº. Senhor Professor Doutor Dias Arnaut generosamente se dignou ter para connosco. Pelas gentilezas recebidas dos Exmºs. Professores Doutor Manuel Lopes de Almeida, Doutor Mário Brandão e Doutor Pe. Avelino de Jesus Costa também deseja acrescentar o nosso muito obrigado.

a) José de Carvalho Asseiceira Cardador * **


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A Caridade nunca acabará, mesmo quando deixem de ter lugar as profecias, ou cessem as línguas ou seja destruída a ciência.


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I PARTE CAPITULO I RESUMO DA HISTÓRIA GERAL DA ASSISTÊNCIA


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HISTÓRIA DAS MISERICÓRDIAS A história da fundação das Misericórdias Portuguesas tem sido deturpada nas suas origens, significação e evolução, de tal modo que quase por completo se lhe perdeu o sentido. A história da fundação das Misericórdias está cheia de fantasias; impõe-se o seu estudo metódico e meticuloso, o estudo de todas elas, a partir do documento mais seguro que lhe diz respeito – o Compromisso inicial. E por nos parecer que esse estudo, muito útil, se vá fazendo, vamos tentar reunir aqui uns breves apontamentos, modesto subsídio para o estudo da História da Misericórdia de Salvaterra de Antes, porém, de entramos no estudo da Misericórdia de Salvaterra de Magos, vamos registar alguns apontamentos sobre a História da Assistência e depois, ainda, dizer “duas palavras “ relacionadas com a História da Vila.

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HISTÓRIA DA ASSISTÊNCIA Conceito de Assistência – Assistência significa auxílio, socorro.

Onde quer que haja uma necessidade que o interessado não possa resolver por si e não consiga pagar, a assistência tem o seu lugar. Assistência famintos, a sedentos, nus, desabrigados, doentes, tristes, cativos, transviados, impacientes, desesperados, mal aconselhados, pobres de pão, ou pobres de consolação, tudo é assistência, auxílio, socorro. A assistência, material ou moral, tem lugar onde quer que haja uma falta, isto é, onde quer que habite um ser humano. A assistência tem sido encarada de vários modos através da História e vista à luz de critérios; assistência individual ou social, particular ou pública, tudo são ideias e conceitos que as circunstâncias têm exigido. No campo da assistência há lugar para todas as pessoas de boa vontade. As origens da assistência são difíceis de precisar. É intuitivo que, se até entre os animais se observam actos de auxílio mútuo, os homens primitivos haviam de auxiliar-se uns aos outros. Vamos apresentar um singelo esboço da História Geral da Assistência desde os tempos mais recuados até à assistência em Portugal no século XVI.


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Período da História da Assistência 1º - Antiguidade: Egipto -

As diversas tribos estabelecidas ao longo do Nilo deixaram fama de possuírem um carácter doce , benévolo, caritativo. Estas qualidades não podiam deixar de se revelar por práticas de beneficência. Os escravos foram olhados como homens. As características da assistência entre os Egípcios derivam logicamente da sua maneira de ser e sua religião, bondade natural e crença na vida de além túmulo. Nos “ livros dos Mortos” encontram-se as fórmulas destinadas a servir de guia aos mortos, Além deste acto piedoso, colocavam ainda alimentos e objectos vários que entendiam poder a ser úteis aos falecidos. Mas também nas lápidas funerárias se registam certas virtudes humanas. Em papiros, talvez da 5ª dinastia, conhecem-se vários preceitos, como o de “nunca oprimir nem aterrar ninguém”. Nos hieróglifos é muitas vezes recordado o preceito de “dar pão”. Os termos destes escritos revelam um ideal de perfeição, um desejo de justiça, doçura e urbanidade. Efectivamente os Egípcios praticavam as obras de Misericórdia para com os seus próximos; davam de comer a quem tinha fome, de beber a quem tinha sede; vestiam os nus, davam pousada aos viandantes, enterravam os mortos, ensinavam os ignorantes, castigavam os que erravam e curavam os enfermos. As “Confrarias do deserto” tornavam possível a marcha das caravanas através do deserto. Foi notável a assistência médica. Era vigiada a higiene da habitação. Proibia-se o enjeitamento de crianças.


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China – As causas da miséria na China antiga são, além das normais em todos os tempos e em todos os países, as resultantes da grande extensão do território, e diversidade de raças, lutas frequentes e ferozes, inundações formidáveis, etc.. Os chineses tiveram o culto pelos homens de bem. O culto dos mortos era levado ao extremo. Lao-Tse deu origem ao “taoismo”; os taoistas tinham grande culto pela higiene, estudaram os regimes alimentares, e dietética, medicina e farmácia; e moral taoista é, por assim dizer, a higiene da alma, com “supressão das paixões porque gastam; prescrevendo a continência e a abstinência porque a luxuria e a gula esgotam; combatendo as ambições e os esforços porque nada desgosta mais do que isso”. A Lao-Tse é atribuído a autoria do “livro do Rumo e da Virtude”, verdadeiro compêndio de preceitos e ideias tendentes a viver- se bem neste mundo, modestamente, contemplando a natureza; “... o segredo da sabedoria e da alegria calma, que é a única felicidade duradoira a que o homem pode aspirar, reside numa estoica obediência à natureza, aos artifícios da inteligência, em se aceitarem confiadamente as ordens que a natureza nos transmite por instinto, numa imitação modesta das vias silenciosas dessa natureza”. A filosofia de Lao-Tse, proclamado a renúncia e a passividade conduzia ao fim de contas ao egoísmo. Kung-fu-tse, mais conhecido por Confúcio, criador do confucionismo, era mais humano, pregando a benignidade e a lealdade e incitando todos a que trabalhassem pelo bem-estar do povo, A sua paixão principal foi a moral; a inteligência; a


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coragem e a boa vontade são os atributos do homem perfeito. Foi atribuído a Confúcio a célebre “Regra de Oiro”, que Cristo incluiu na sua doutrina: “não fazer aos outros o que não quiserdes que vos façam”. Os discípulos de Confúcio espalharam-se por toda a parte. Através das doutrinas de Confúcio sentem-se bem os princípios de caridade, de humanidade, de justiça, de prudência e de verdadeira sabedoria. Estes elementos dão-nos a compreender o conceito que na antiga China havia a respeito do bem e da protecção aos fracos. Marco Polo (1275) afirmou que qualquer das cidades no Oriente estava mais adiantada que as europeias e falou dos hospitais que lá viu, bem como das ruas habitadas por médicos, serviços de assistência do Estado, asilos para velhos, órfãos e enfermos. Fernão Mendes Pinto, também nos falou do que viu em Pequim (1540) no respeitante a escolas o ensino de crianças pobres, escolas de ofícios mecânicos, recolha de enjeitados, cegos, aleijados, mudos, doentes, etc. Trezentos anos antes de Cristo já havia na China corporações de artífices, agrupando os patrões e os operários das inúmeras indústrias. A medicina chinesa antiga foi notável. O livro Nei-ching (Livro da Medicina) reúne as antigas tradições médicas chinesas. Japão – A velha religião do Japão – Sninto – exigia o culto dos mortos e orações, pedindo a saúde, uma longa vida, chuva em tempo oportuno, preservação de tremores de terra, incêndios e inundações, etc.. Só mais tarde surgem os preceitos morais, impondo ao homem obrigações para com os pais e a humanidade; deviam observa-se dez mandamentos, entre as quais se incluía a misericórdia.


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A medicina, envolta em lendas e tradições, assentava, entretanto, numa base de conhecimentos anatómicos bastante vastos, bem como o uso de águas e plantas medicinais, etc. India – A sua enorme extensão do território, a existência de neves perpétuas ao norte, o calor asfixiante nas regiões ao sul, é considerada como as causas principais da sua miséria. Para as defender, principalmente do calor, o indiano entendeu que o melhor modo era estar imóvel e indiferente a tudo o que se passasse à sua volta, tendo como ideal o “Nirvana”, cúmulo de felicidade, estado de quase beatitude, resultante de abdicação de todos os desejos pessoais, do afastamento de todos os desejos egoístas, do domínio sobre si, etc.. Além das consequências do clima, registam-se ainda as epidemias, as mordeduras de serpentes, etc. A Índia foi, desde longa data preferida por viajantes arrojados : Marco Polo (1288 e 1293) e Fernando Mendes Pinto (1537 a 1557).


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Sabe-se que houve uma civilização notável na Índia três mil anos a.C.. Os “Vedas” registam as tradições, literatura, moral, filosofia e religião primitivas da Índia. No meio de múltiplas ideias egoístas, epicuristas, sépticas, sofistas, nihilistas, etc. Surgiu, como um reformador, um homem que ficou na história com o nome de Buddha (563 a.C.). Buddha surgiu na Índia na mesma época em que noutro países apareceram grandes filósofos e notáveis reformadores, como se uma causa comum os tivesse feito actuar. Foi Leo-Tsae e Confúcio na China, Jeremias e Isaías na Judeia, Thales de Mileto, Heraclito, Anaximandro, Anaxágoras, Empédocles, Pitágoras, Zenão e Demócrito na Grécia, Zaratustra na Pérsia, etc.. Buddha, admitia a reincarnação da alma dos mortos, e metempsicose, só poderia evitar-se uma nova encarnação abdicando de todos os desejos egoístas, não fazendo senão bem, de forma a atingir o “Nirvana”. O budismo pretende resolver o problema da dor física e moral. Buddhe foi designado pelo “grande compassivo”. A seguir à invasão macedónica, desenvolveu-se uma das épocas mais brilhantes; contavam-se duas mil cidades. Estudou-se medicina e outras ciências e artes. Havia Repartições de Higiene e Saúde Pública, hospitais e outros estabelecimentos de beneficência, assistência, etc.. Os estrangeiros eram bem recebidos. Existiam corporações de mestres. A medicina usou plantas sendo digno de registo o cuidado com que faziam os pensos aos feridos de guerra; davam importância a observação do pulso; conheceram a tuberculose, a lepra, a cólera, etc. Deixaram estudos preciosos acerca de fracturas e operações. Pérsia – Entre os persas a primeira das virtudes era a piedade, que consistia na adoração do deus - Ahura Mazda - ; depois da piedade era a honra a virtude mais apreciável, seguindo-se-lhe a rectidão nos actos e nas palavras.


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Os persas tinham horror à mentira, praticavam a hospitalidade para com os estranhos, a caridade para com os pobres, a par do respeito pela moralidade, pela virtude e pelo bem. Zaratustra, foi o grande reformador. O “Avesta” prescrevia também ablações, formulando práticas para a purificação do corpo e da alma. Parece terem existido na Pérsia as corporações mais antigas de médicos. Havia albergues situados junto das estradas que recebiam os viajantes quando doentes. No “Avesta” figura o deus curador Aryman ou Mithra, o mais antigo deus da saúde. Assíria e Babilónia – Pouco afectuosos, antes orgulhosos e impiedosos, os povos da Mesopotânia eram guerreiros e cruéis. No entanto os reis usavam de certa clemência para com os seus súbditos. A deusa Istar era misericordiosa. Apesar da fama de impiedade, sabe-se que entre os assírios e babilónios se libertavam cativos, se dava de comer aos famintos, se consolavam os aflitos e se cuidava dos doentes. Praticava-se a hospitalidade. Ensinavamse os ignorantes, havendo escolas junto dos templos. A magia, os presságios, os prognósticos, as explicações dos sonhos e a influência dos astros faziam parte da medicina corrente. Verifica-se que, entre este povos embora ferozes, não se deixou de cumprir certos preceitos de auxílio aos que sofriam. Hebreus – A história do povo hebreu é referida no Antigo Testamento, vasta colecção de textos, constituindo uma das obras mais notáveis que se conhecem. É na Bíblia que se encontram os elementos que dizem respeito à miséria, às necessidades, aos recursos e à assistência entre os hebreus antes do Cristianismo.


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A Palestina, situada a meio caminho entre o Egipto e a Mesopotâmia, foi vítima da sua situação geográfica que, se favorecia o comércio dos Hebreus com os povos vizinhos, era um motivo inevitável de guerras constantes, com o seu cortejo de destruições e ruínas, fome e miséria. Moisés, proclamou os Dez Mandamentos, código de moral admirável, cuja influência foi enorme, tornando-se a base do próprio Cristianismo. Os Profectas preconizavam a fraternidade, o amor do próximo, a justiça, o socorro a prestar aos órfãos e às viúvas, etc., ao mesmo tempo que combatiam todos os vícios. O amor ao próximo é a base da moral hebraica. A hospitalidade é a virtude tradicional do povo judeu. A caridade individual ressalta da leitura de inúmeras passagens da Bíblia. Os estrangeiros deviam ter um asilo, como os velhos. Eram garantidos abrigos de noite aos viajantes. Uma nota característica da caridade hebraica é a de até os próprios pobres, sustentados pela colectividade, deverem dar uma parte do que recebiam aos indigentes mais necessitados do que eles. Havia peditórios periódicos em benefício dos pobres, uns diários chamados “do prato”, outros semanais. No templo havia uma caixa para receber esmolas destinadas aos pobres envergonhados. Uma das obrigações que os Hebreus tomavam a seu cargo era a de sustentarem os aleijados que não pudessem suprir-se. Eram feitos inquéritos prévios antes das distribuições. Não se negava vestuário a um pobre que pedisse. Consolava-se os tristes, não só hebreus mas até pagãos e enterravam-se os mortos, qualquer que fosse a sua crença. As viúvas e os órfãos tinham uma protecção particular. O salário do trabalhador era sagrado. Os escravos eram tratados com doçura; amaldiçoava-se os indivíduos que abusassem dos cegos. Fazia-se bem, mesmo aos inimigos. Em cada campo era reservado anualmente aos pobres um canto para eles fazerem a colheita em seu proveito.


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Um indigente com fome podia entrar no campo do seu próximo e colher espigas de trigo, desde que não utilizasse a foice, podendo igualmente entrar numa vinha para comer uvas. Os proprietários deviam deixar sempre parte da sua colheita para os pobres ficarem com ela, isto é, deixavam-lhes um “rabisco”. De sete em sete anos (ano sabático) as terras não eram cultivadas, pertencendo o que nelas nascesse espontaneamente a quem quer que o quisesse apanhar. De cinquenta em cinquenta anos (ano jubilar), ano seguinte a sete anos sabáticos (7x7+1) as terras não eram semeadas e deviam voltar para as mãos dos antigos possuidores. Encontra-se na Bíblia os germes de muitas instituições (que por vezes são julgadas de fundação recente), como as “caixas de caridade obrigatória”, os “inquéritos sociais”, as visitas domiciliárias e o esboço do serviço social. As prescrições bíblicas são a legislação sanitárias mais antigas que chegou até nós. A sangria era uma prática corrente. Os médicos judeus praticavam a cirurgia; a circuncisão estava a cargo dos sacerdotes, oito dias após o nascimento. No “êxito” são referidas as parteiras, as mais antigas de que há memória. O asseio corporal era prescrito. Os hebreus tinham já a noção de que o mosquitos e os ratos transmitiam várias doenças. A purificação das casas onde tinham vivido pessoas com doença contagiosas, o uso da cal para desinfectar paredes, o descanso semanal, a construção de cisternas, etc. mostram a preocupação dos judeus em defender a saúde e evitar o aparecimento de doenças, fazendo assim uma Medicina preventiva ou Higiene social.


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Moisés, com a Pedra dos 10 Mandamentos

Deus revelou-se a Moisés que deveria fugir com os Hebreus de volta a Terra Prometida (Canaã) ele obedeceu e convocou os Hebreus para a fuga, todos estiveram de seu lado e obedeceram a Deus. Após atravessar o Mar Vermelho, Moisés continuou a sua caminhada para Canaã. Moisés apenas viu Canaã de longe, lá recebeu a tábua dos Dez Mandamentos. Esse episódio ficou conhecido como Êxodo. Moisés morreu no caminho depois que vira Canaã.


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Grécia – A história, lendas e a mitologia da Grécia foram por dois autores célebres: Homero, considerado o autor de “Ilíada e de “Odisseia”, e Mesíodo o autor de “Os trabalhos e os dias ”da “Teogonia” etc.. O povo helénico teve sempre tendência para a Arte<, cultivou as artes plásticas, como a arquitectura, a escultura, a pintura e a cerâmica. A música, a oratória, o teatro, a poesia, todas as artes, enfim, tiveram culto fervoroso entre os gregos. Dotados de inteligência brilhante, imaginação ardente e sólida aptidão intelectual, impuseram-se como artistas, cientistas, filósofos, médicos, políticos, oradores, etc.. O culto pela saúde e pela força era geral. Os escravos, em geral, eram socorridos, pelos senhores. As primeiras manifestações de assistência que a história dos gregos nos releva referem-se ao auxílio prestado a soldados feridos. A “Ilíada” refere-nos que no cerco de Troia tomaram parte “dois filhos de Feculápio”, sábios na arte de curar. A compaixão dos gregos pelos que sofriam, física ou moralmente, é atestada por muitas passagens da “Ilíada” e da “Odisseia”. Solon, o célebre legislador ateniense, distinguiu-se pela piedade que revelou pelos humildes, impedindo a perda de liberdade por motivos de dívidas. Aos cidadãos inválidos e pobres eram concedidos óbolos. A casa de Creso foi destinada a um colégio de velhos (gerontia). No século V a.C. (século de Péricles) a assistência do Estado tornou-se mais intensa: distribuição de dois óbolos em dinheiro aos indigentes; dádiva de carne dos animais sacrificados nas festas públicas; distribuição gratuita, ou por baixo preço, de trigo e carne. Durante o inverno os pobres abrigavam-se do frio nas termas e iam aquecer-se nas forjas, Os escravos maltratados tinham asilo no templo de Teseu, no


22 das Euménides no “altar da Misericórdia”. Os gregos eram hospitaleiros; os náufragos recebiam socorros e os “suplicantes”, isto é, os fugidos a vinganças ou de penas, uma vez acolhidos, tornavam- se invioláveis. As crianças recebiam cuidados; em pequenas tinham água quente nos seus banhos e havia uma grande preocupação com a sua educação física e intelectual. Também na Grécia houve corporações ou associações de socorros mútuo; foram as associações “eremitas” que parecem assemelhar-se às modernas associações mutualistas; as “heterias” eram associações profissionais. Pródico de Cêos, filósofo sofista do século V a. C. pôs em relevo os problemas morais. Sócrates (século V a.C.) sustentava que o homem devia estudar-se para ser moral, honesto e justo. Platão (século IV a.C.) legou-nos obras cheias de preceitos morais de incitamento à virtude e à meditação sobre os males e aflições dos infelizes. Aristóteles (século IV a.C.) diz-nos que “no que diz respeito à virtude, não basta saber em que ela consiste; é preciso possuí-la e praticá-la”.

A Grécia ocupará sempre um lugar inconfundível na História da Medicina, e o nome de Hipócrates simbolizará tudo o que de valioso a observação e a experiência médica da antiguidade legaram à humanidade. Data dos tempos primitivos (1.000 anos a.C.) o culto de Asklépios, considerado o deus da Medicina, filho de Apolo, inventor da arte de


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Asklépios era simbolizado por uma serpente; tinha por esposa E p i o n e (calmante da dor) e como filhos Higieia (a higiene), iasao (a que cura) e panaceia (a que cura tudo). Em honra de Asklépios foram erguidos vários templos, Asklepieias, as mais célebres dos quais foram os de Epidauro e de Cós. A Asklépios eram dados os títulos de Iatros (médico), O r t h i o s ( o que endireita) e Soter (salvador). Os templos de Asklépios eram muitas vezes construídos junto de fontes de águas termais, cujas propriedades eram aproveitadas, como aproveitado era o efeito do clima, a sangria, os purgantes, os vomitivos, o regime alimentar, etc.. Tem-se discutido se os templos de Asklépios devem ser considerados como hospitais. Na verdade os doentes abrigavam-se neles, chegando a estar lá alojados muitos dias. As prescrições de higiene eram as mais vulgares. Havia médicos e parteiras, para percorrerem as diferentes povoações. É conhecido o famoso juramento de Hipócrates. Hipócrates fazia clínica de terra em terra, era um “periodeuta”. Quando a clínica era feita em consultórios (iatreion) estes ficavam situados fora dos centros populosos para terem melhor ar e melhor iluminação. Em geral eram os médicos quem preparava os remédios, tendo para auxiliar os “rizótomos” (cortadores de raízes). Mais tarde aparecem as “farmacopolas” que vendiam medicamento. Houve médicos que se dedicaram a especialidades, como a oftalmologia, a ginecologia, etc.. Era grande a consideração de que gozavam os médicos gregos, sendolhes concedidos muito privilégios, honrarias e imunidades. Roma – A história de Roma decorre entre o ano de 753 a.C. data da fundação da cidade de Roma, e a de 476 da nossa era, data em que a invasão dos


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bárbaros pôs termo ao Impero Romano. De 753 a.C. a 29 a.C. a forma de governo foi a republicana. De 29 a.C. a 476 da nossa era foi o terceiro período, o dos imperadores. O romano foi forte, dominador, ambicioso e impiedoso, em geral, para com os vencidos. Roma conseguiu impor-se às outras cidades, à custa de lutas, agregando a si muitos países estrangeiros, até formar o célebre Imperio Romano que ía desde a Península Ibérica até a Ásia menor, incluindo a Gália, a Bretanha, Germania, Itália, Panónia, Ilíria, Dácia, Trácia, Macedónia, Grécia, Arménia, Síria, Palestina, Arábia, Egipto, Cirenaica, Trípoli, Cartago e Mauritânia, dominando todos os povos do Mediterrâneo e Mar Negro. Os nobres, descendentes dos antigos chefes das “Gens” eram ”patrícios”; os indivíduos de classe inferior eram os “clientes” e os mais inferiores os “escravos”. Um facto fundamental da história de Roma foi o nascimento de Cristo, na Judeia, que então fazia parte do Império, no tempo do Imperador Octávio. De notar são também as perseguições feitas pelos imperadores romanos aos cristãos. O romano foi agricultor e soldado; os artífices eram por vezes escravos e os operários estavam mal remunerados. A classe onde se encontravam os verdadeiros pobres era a dos plebeus. Para valer a estes, organizaram os governos de Roma verdadeiros serviços de assistência pública, tais como a distribuição de terras e de bens e leis contra a usura. O abastecimento de géneros alimentícios e a vigilância da sua boa qualidade estavam confiados aos “edis”; o comércio do sal era monopólio do Estado. No tempo de Augusto é instituído um Corpo de extinção. Septímio Severo, que encontrou os abastecimentos em mau estado, de tal modo cuidou


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que, ao morrer, deixou trigo suficiente para sete anos e azeite para cinco. Nos tempos primitivos havia a instituição dos “pontífices” (ponten facere, fazer pontos) assim chamados por uma das suas atribuições ser a de construir e conservar pontes, favorecendo o trânsito. Matar a sede às populações, a sede às populações, fornecendo-lhes água em abundância e gratuitamente, foi uma das mais antigas preocupações dos romanos. As “termas ”possibilitaram os banhos que, antes, eram tomados no Tibre. A protecção à infância também se fez sentir, criando-se obras de assistência a crianças abandonadas. A assistência aos velhos era praticada entre os romanos; o pai de família era venerado com piedade. A hospitalidade foi considerada uma virtude digna do maior apreço. A escola individual existiu em Roma. Os romanos conheceram as necessidades dos pobres e procuraram remediá-las quando podiam. Havia em Roma corporações (colégio) reunindo cada uma delas os membros das suas profissões, podendo distribuir víveres ou dinheiro aos seus associados. A assistência aos doentes de cada família era exercida, nos primeiros tempos de Roma, pelo parter famílias. Quando a Grécia foi conquistada pelos romanos a medicina grega invadiu a capital do Império. O antigo culto de Apolo, Marte e Salus foi substituído pelo de Asklépios (Esculápio). Os templos de Esculápio eram verdadeiros clínicos. Houve mestres famosos como Celso, Plínio o Velho, Dioscórides e principalmente Galeno. As parteiras que também podiam exercer a medicina, tinham o nome “obstétricas”. Aos médicos foi concedido o direito de cidade, e isentos do pagamento de impostos. Sabe-se que em Roma existiam hospitais, não só militares mas também civis.


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A maneira como qualquer povo pratica a assistência pode dizer-se que é um dos melhores índices da civilização desse povo, sejam quais porem as suas crenças e as explicações que dê do sobrenatural É certo que a História conhece melhor o utilitarismo, a frieza, o egoísmo, a especulação política, a vaidade, o interesse material da vida passada dos povos; é certo que o culto da força, a moral utilitária, o desprezo pela piedade, a ânsia de conforto, riquezas e bem-estar, a indiferença pela sorte dos outros, etc. são atributos do passado que ficam mais facilmente registados na memória dos homens; e também parece ser certo que a História da Assistência tem ficado um pouco esquecida, pois o homem, em geral, preocupa-se em registar a história das violências, das paixões, do mal, enfim... A História do bem e dos bons tem, em regra, pouco quem se interesse por ela, talvez por oferecer poucos contrastes. *** Primeiros Tempos do Cristianismo: As doutrinas de Cristo, partidas da Palestina que naquele tempo era reino dependente do império romano, expandiram-se pouco a pouco, levadas pelos Apótolos; S. Paulo, S. Bartolomeu, S. Tomé, S. Simão, S. Mateus, S. André, S. Marcos levaram a doutrina cristã à Ásia Menor, à Grécia, à Itália, a Roma, à Arábia, à India, à Pérsia, à Etiópia, à Rússia, a Chipre, ultrapassando assim os limites do Império Romano. S. Tiago, pregou na Península Hispânica, estando o seu corpo em Compostela. Martirizados no ano 67, S. Pedro e S. Paulo e, sucessivamente, S. Tiago e outros Apóstolos, depois de criada a Igreja de Jerusalém, a de Antioquia e a de Roma, a disseminação da doutrina cristã foi constante e ininterrupta.


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Grécia, à Itália, a Roma, à Arábia, à India, à Pérsia, à Etiópia, à Rússia, a Chipre, ultrapassando assim os limites do Império Romano. S. Tiago, pregou na Península Hispânica, estando o seu corpo em Compostela. Martirizados no ano 67, S. Pedro e S. Paulo e, sucessivamente, S. Tiago e outros Apóstolos, depois de criada a Igreja de Jerusalém, a de Antioquia e a de Roma, a disseminação da doutrina cristã foi constante e ininterrupta. A história da assistência cristã é essencialmente a história da realização das Obras de Misericórdia. É no Evangelho de S. Marcos que vêm expressas, como virtudes, as cinco primeiras Obras de Misericórdia corporais: “dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, abrigar os viandantes, vestir os nus e visitar os enfermos e encarcerados”. Remir os cativos foi a própria acção de Cristo, vindo remir o cativeiro do pecado. Enterrar os mortos foi uma prática seguida pelos cristãos desde sempre. Ensinar os ignorantes foi uma das missões de Cristo, escolhendo para discípulos humildes pescadores. Consolar os tristes, perdoar as injúrias foi o que Cristo fez tantas vezes. Para Cristo a caridade é amor, não só do próximo, como dos próprios inimigos. Com o cristianismo a noção de próximo alargou-se a todo o género humano. A humanidade passou a ser considerada uma virtude. Durante as perseguições a assistência tinha de ser feita às ocultas. Logo nos primeiros tempos os cristãos começaram a distribuir esmolas aos necessitados e a visitar os enfermos e prisioneiros. O diácono tinha de viver no bairro que lhe era distribuído, cabendo-lhe a organização de assistência aos moradores desse bairro. A assistência aos doentes era


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imposta como um dever. Em 268 d.C. uma epidemia de tipo em Alexandria, deu lugar a actos heroicos de dedicação dos cristãos. Dada a liberdade à Igreja por Constantino, em 313, iniciou-se uma nova fase assistência. A principal característica desta nova época foi a fundação de instituições em edifícios próprios. Deve-se a S. Zótico, padre romano levado para Constinopla por Constantino, a fundação do primeiro hospital que houve nesta cidade, o mais antigo da cristandade (anterior a 350 d.C.. S. Basílio (379) construiu um hospital em Casarias. S. Jerónimo (419) fundou um hospício em Belém. S. João Crisóstomo, dando exemplo de sua caridade, destinou parte das suas economias a proteger os hospitais. Deus colocase entre o pobre e o rico; ao pobre oferecesse como fiador e ao que empresta como garantia. Por toda a cristandade começaram a erguer-se hospícios: asilos para crianças abandonadas, para velhos, para órfãos ou para os pobres; albergues para os viandantes; hospitais param os doentes; recolhimentos para as viúvas; retiros para os leprosos. Esmolas de alimentos, de vestuário, de bons conselhos, de ensinamentos, de consolações e de orações; visitas a enfermos e encarcerados, hospitalidade aos viandantes sem cuidar de saber quem eram; remissão de cativos, enterro piedoso dos mortos. De tudo, em casas próprias, definitivas ou improvisadas, ou nos domicílios dos que precisavam, era prodigamente distribuído pelos cristãos. Espalhados por toda a parte os conventos de beneditinos e, a seguir, os de outras ordens, em todos era obrigatória a prática das obras de misericórdia. A invasão dos bárbaros, iniciada no século IV,


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não enfraqueceu o ardor caritativo dos cristãos. O médico cristão tinha de ter as qualidades tradicionais e, além disso, amor aos doentes. Quem desviava do seu destino os bens dos pobres era considerado homicida. O Concílio de Tours, de 567, decidiu que cada comuna tinha obrigação de sustentar os pobres da sua área, para evitar a mendicidade, a vagabundagem e os abusos. Os leprosos, ao contrário do que durante muitos anos se afirmou, foram protegidos no mundo cristão. No século VII viviam geralmente em cabanas, que eram queimadas quando eles morriam; mas junto de muitas igrejas e conventos havia hospícios especiais para eles. Carlos Magno protegeu dedicadamente os pobres. A criação e conventos veio trazer à assistência um campo vasto de acção, visto haver junto de todos eles instituições de protecção dos pobres.

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Idade Média (idade de oiro da assistência cristã) As misérias na Idade Média foram enormes. A destruição do império de Carlos Magno, as lutas entre os senhores feudais, a invasão dos bárbaros e depois os Árabes deram como resultado perdas de vidas, destruições constantes, fome, etc.. Os desgraçados alimentavam-se com raízes; os lobos famintos atacavam os que sobreviviam. As epidemias vieram juntar-se aos outros flagelos. A Igreja chama a si a tarefa de combater estes males, por meio de uma acção caritativa. Ordenou disposições legais tendentes a aperfeiçoar a sociedade. Os famintos e os desesperados encontraram nas portarias dos conventos e nos presbitérios os auxílios de que necessitavam. O exercício da medicina e a assistência médica aos pobres estava quase exclusivamente a cargo do clero até meados da Idade Média. Os pobres eram em hospitais, em enfermarias anexas a conventos. Houve na Idade Média clínicas para pobres, verdadeiros dispensários ou policlínicas. Nos hospitais tratavam-se todas as qualidades de doentes, à excepção dos pestíferos e dos leprosos. O movimento das cruzadas, levou muitos senhores à construção de hospitais. De princípio os hospitais instalavam-se em e d i f í c i o s adaptados, mas mais tarde foram construídos edifícios próprios. Procurava-se afastá-los dos centros das cidades e instalá-los nas proximidades d o s rios. Na frontaria construíam-se arcarias ou


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alpendres, predominando o estilo ogival. As enfermarias eram cobertas por abóbadas; ao fundo ou mesmo no meio havia uma capela. As enfermarias atingiam por vezes grandes dimensões; por exemplo, a enorme enfermaria do Hospital do Espírito Santo, em Saxe, media 126 m. por 12,35 m. As camas eram dispostas ao longo das naves. Além das enfermarias havia quartos particulares para pensionistas, quartos para o pessoal, refeitórios, celeiros, arrecadações várias, etc.. A luta contra a lepra assentava fundamentalmente no isolamento, em Gafarias, que se espalharam por toda a a Europa. Esta doença foi um dos mais terríveis flagelos da Idade Média. A disposição das Gafarias era geralmente a de quintas de isolamento, onde havia de tudo o que os leprosos necessitavam. O isolamento nas Gafarias, ou melhor, o internamento era gratuito para os pobres. No tratamento dos leprosos a caridade cristã atingiu uma notável elevação. Todo este movimento caritativos e divulgou bastante, era um misticismo são e nobre, seguindo a doutrina de Cristo, que originou o hospital, o hospício, o albergue, a albergaria e o asilo. Outra manifestação piedosa foi o estabelecimento de barcas para passagem de rios e a da construção de pontes. Eram concedidos indulgências a quem instituísse as barcas. Algumas comunidades religiosas tomaram a seu cargo a construção de pontes, diques e caminhos, realizando assim “o génio prático da caridade”. As confrarias e irmandades desempenharam um papel social muito importante. A par da defesa profissional, a associação dos membros de cada mister cuidava da assistência material e moral dos associados. As Confrarias davam esmolas, visitavam os pobres e fundavam hospitais.


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A fundação dos primeiros Hospitais deve-se aos Franciscanos, na Idade Média. A sua principal razão de ser foi lutar contra a miséria e o excesso da usura. Há vestígios de bancos criados na antiguidade a favor dos pobres, para os livrar dos usuários. Uma das modalidades de auxílio prestado pelos montepios era o empréstimo de sementes aos lavradores. A protecção à criança foi sempre uma preocupação da Igreja. O mais antigo asilo para crianças abandonadas parece ter sido o de Milão, no século XIII. Em certas igrejas havia locais especialmente destinados a neles serem colocadas as crianças abandonadas. Em Treves, havia uma grande concha de mármore, e em Florença, na frontaria da igreja de Santa Maria della Scala, existia um berço abrigado pela portaria. Em 1160 foi fundada em Montpellier uma ordem religiosa dedicada a crianças expostas, órfãs ou por qualquer motivo desvalidas. Igualmente foram fundados asilos para cegos, asilos de regeneração, etc.. A assistência desde o século X ao século XVI é bem a idade de oiro da caridade cristã. A inteligência e a erudição, postas ao serviço da doutrina, e a virtude e a acção postas na prática da caridade foram simbolizadas por duas grandes figuras da igreja; S. Tomaz da Aquino e S. Luís. O primeiro definiu em que termos imortais a caridade cristã, e o segundo deu, com o exemplo da sua vida e com a sua obra, o mais extraordinário impulso à realização das obras de misericórdia e à administração da justiça. ***


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A ASSISTÊNCIA EM PORTUGAL As oscilações das fronteiras durante as lutas da reconquista; as mortandades que essas lutas causaram; as guerras civis, as fomes, etc. tornam impossível fazer qualquer cálculo de confiança sobre o número de habitantes que ocupavam o território português no começo da nacionalidade. Seria de quinhentos mil, no século XII, como concluiu Oliveira Martins? A miséria teve por base as fomes e as epidemias. A epidemia de 1188, resultante da fome causada pela invernia rigorosa, causou muitas vítimas. As guerras contra os muçulmanos, a destruição de povoações, de searas e de habitações rurais, roubos, enfim, a peste, a fome e a guerra foram as três causas tradicionais e trágicas da miséria. Êsta miséria deu origem a múltiplas formas de necessidades. Inválidos de guerra, órfãos, doentes, viúvas, cativos, etc., todos eles exigiam que houvesse quem lhes valesse. As peregrinações a lugares de devoção tornaram-se como que verdadeira moda, o que dava motivo a viagens constantes muitas vezes feitas a pé. S. Tiago de Compostela tornou-se um dos três mais notáveis centros de peregrinação, ao lado de Roma e quase tão famoso como Jerusalém. As romagens a S. Tiago deram motivo à construção e reparação de caminhos e pontes, instituição de barcas e construção de hospícios, albergues e mosteiros para dar pousada aos peregrinos, constituindo-se milícias “de heróis e santos” para os defender dos salteadores.


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Entre as personalidades célebres que visitaram S. Tiago como peregrino, conta-se S. Francisco de Assis, S. Domingos de Gusmão, a Rainha Santa Isabel de Portugal, D. João II, D. Manuel I, etc.. A assistência no território hoje ocupado por Portugal era exercida não só nos mosteiros, presbitérios, residências bispados, e dos senhores, como em albergues, albergarias, hospícios, hospitais, gafarias e mercearias, instituição de barcas e construção de pontes. As albergarias ou albergues eram casas onde se recolhiam pessoas de passagem. Os hospitais tinham funções múltiplas, indo das que correspondiam aos hotéis e hospedarias até as mais variadas formas de hospitalidade. As gafarias eram albergues destinados aos leprosos. As mercearias destinavam-se à realização duma obra de Misericórdia, asilando pessoas pobres até morrerem. Dar de comer a quem tem fome era, com efeito, uma prática corrente, quer nos paços reais, casas nobres, mosteiros e presbitérios, quer nas moradas particulares de ricos, ou apenas remediados, sempre que o podiam os necessitados. Dar de beber a quem tinha sede era o complemento natural de esmolas. A caridade colectiva foi realizada por intermédio de assistência administrativa, através de leis de fomento agrícola, aperfeiçoamento das leis pessoais, etc.. A criação de corporações de mesteres (corporações profissionais) e de confrarias, associações essencialmente beneficentes. Em Portugal foram sempre muitos os fiéis que doam em vida ou deixavam em testamento bens para beneficiar os pobres; por vezes esses bens eram deixados a mosteiros, só indirectamente favorecendo os pobres, tratamentos médicos e outros benefícios que neles podiam


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receber; outras vezes os testamentos determinavam a criação e manutenção de hospitais, albergues e gafarias, para neles serem acolhidos os necessitados. D. Teresa e D. Henrique fizeram várias doações a mosteiros e igrejas. D. Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques, deixou no seu testamento rendimentos ao seu “Hospital de Canavezes”. A Rainha Santa Isabel, deixou dois testamentos, favorecendo a enfermaria do Mosteiro de Alcobaça, e Albergaria de Odivelas, as Gafarias de Santarém, Leiria, Óbidos e Coimbra. A enfermaria do Mosteiro de Santa Cruz, também não foi esquecida, além de muitos legados a igrejas, mosteiros, etc.. D. Leonor, foi a primeira pessoa poderosa que fundou um Hospital Termal. As Gafarias eram simples asilos onde se recolhiam os leprosos. As mercearias, asilos de velhos ou inválidos. As Albergarias, conhecidas por albergues, alcaçarias, caridades e hospícios, acolhiam os viandantes. O Hospital, propriamente dito, era pequeno. O maior de todos, o de Santa Isabel, de Coimbra, tinha o número execepcional de trinta camas. Não tinha médico nem farmacêutico privativos. A casa hospitalar recolhia o viajante doente, onde o ia visitar qualquer médico e onde lhe eram levados medicamentos como se estivesse em sua casa. Outra característica dos hospitais medievais era a de serem fundados por particulares. A lei que regulava a prática de assistência resumia na síntese das “Obras de Misericórdia”.


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A fundação de instituições tais como albergarias, hospitais, gafarias e mercearias, irmandades ou confrarias, era regulada pelas disposições do “Direito Canónico”. O poder civil, porém, cedo começou a intervir na fundação e administração delas. As Ordens Afonsinas, vieram consagrar a doutrina da laicização progressiva da administração das instituições da assistência. São muitas as disposições São muitas as disposições incluídas nas Ordenações, no respeitante a assistência. As individualidades que intervieram na remodelação da assistência em Portugal no último quartel do século XV, foram D. Leonor, D. João II, Frei Miguel Contreiras e o Cardeal de Alpedrinha, além do Rei D. Manuel. D. Leonor, digna mulher do Príncipe Perfeito; mãe dedicada, “mater dolorosa” que viu morrer o filho único e irmã carinhosa a quem o marido matou o irmão e mandou matar o cunhado; Rainha que se dedicou com amor à protecção dos humildes e de todos os infelizes; fundadora do Hospital das Caldas e dando origem a uma obra de auxílio aos desprotegidos da sorte, e das misericórdias; protegendo artistas, pintores, arquitectos e escultores, fundou obras pias e vendeu as suas joias para fundar e manter o Hospital das Caldas, A rainha D. Leonor deixou, por tudo isto e pela sua inteligência, nobreza e santidade, um nome justamente aureolado na nossa história. A primeira intervenção de D. João II, em assuntos de assistência parece datar de 1479, sendo ainda príncipe, ao pedir ao Papa Sisto IV, autorização para reunir, num só, vários pequenos hospitais; o seu testamento mostra bem o seu programa de assistência. Frei Miguel Contreiras, culto e eloquente, juntou à s palavras o exemplo duma vida


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austera, toda dedicada ao bem do próximo, socorrendo os famintos, libertando presos, valendo a viúvas, amparando órfãos, promovendo o tratamento de doentes, realizando, enfim, todas as Obras de Misericórdia. D. Jorge da Costa, Cardeal de Alpedrinha, notável pela sua inteligência e pelo seu saber, dedicou a sua actividade a bem da igreja e da caridade, gastando os seus avultados rendimentos no culto divino e no remédio dos pobres, sendo o seu palácio o asilo dos mendigos e propiciatório dos necessitados. Viveu longos anos em Roma e, criando muita influência, pô-la sempre ao serviço do seu país. O Hospital das Caldas e o de Todos os Santos, de Lisboa, em seus regulamentos dão-nos as bases fundamentais da administração, do funcionamento e da finalidade dos hospitais. Aí, encontramos já o Provedor, o Tesoureiro, o Capelão, o Médico, o Boticário, Enfermeiras, Escrivão, etc. , bem como horário de consultas, de visitas, disposições sobre a aceitação de doentes, limpeza, vigilância dos enfermeiros, funções de administração, etc. O “Regimento do Espiral de Todos los Santos del Rei Nosso Senhos de Lisboa” (1504) é um documento notável como o das Caldas, revelando um perfeito conhecimento da técnica administrativa hospitalar, das necessidades múltiplas dos doentes , etc.. O hospital das Caldas tinha cem camas e o de Todos os Santos, tinha duzentas nas diversas secções. Conforme o conceito da Rainha D. Leonor, “Misericórdia era uma confraria e irmandade de cem homens de boa fama, sã consciência e honesta vida ... que se propunham cumprir entre si e para com todos e quaisquer necessitados as catorze obras de Misericórdia, tendo como modelo o Evangelho de S. Mateus e


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seguindo as normas preconizadas por S. Paulo: - trabalhai e suportai as cargas (esforços) uns pelos outros”. No entanto a Confraria da Misericórdia não contava apenas com o zelo, esforço e caridade dos cem irmãos, mas com a caridade de toda a gente, pois no que respeita à miséria o que se pode prever é sempre inferior às realidades, exigindo uma solicitude premente e geral de parte de todos. Uma vez instituída em bases admiráveis a Misericórdia de Lisboa, D. Manuel promoveu a sua expansão a todo o país, pois nessa altura se escreveu: Folgaríamos muito que em todas as cidades, vilas e lugares principais do nosso reino se fizesse a dita confraria na forma e maneira que no dito reino Regimento se contém”. Ainda em vida da Rainha D. Leonor foram fundadas as seguintes Misericórdias: Em 1498, Lisboa, Pereira, Vidigueira, Goes, Montemor-oVelho, Lagos, Tavira, Cabeço de Vide, Valença, Angra do Heroísmo e Vila da Praia. 1499 – Porto, Évora, Montemor-o-Novo e Albufeira, 1500 – Coimbra, Beja, Barcelos, Proença, Lousã, Alandroal, Portalegre, Alhos Vedros, Póvoa do Varzim, Mação e Ponta Delgada. 1501 – Setúbal, 1502 – Santarém, 1503 – Elvas, 1504 – Abrantes, 1505 – Serpa, 1509 – Penafiel, 1510 – Tomar e Vila do Conde, 1511 – Cascais, Óbidos, Guimarães e Funchal, 1512 – Batalha e Aviz, 1513 – Braga e Alcoutim, 1514 – Castelo Branco, 1516 – Viseu, Caminha, Porto de Mós, Viana do Castelo e Vila Viçosa, 1518 – Mirandela, 1519 – Aveiro e Lamego, 1520 – Alvito, Soure, Alcobaça, Torres Vedras e Montijo, 1521 – Vila Verde dos Francos, Viana do Castelo e Cantanhede, 1524 – Alter do Chão.


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A expansão das Misericórdias foi-se processando e elas tornaram-se a pouco e pouco os centros de toda a assistência local, anexando a si as instituições hospitalares anteriores.

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CAPITULO II

ALGUNS FACTOS HISTORICOS DA VILA DE SALVATERRA DE MAGOS


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Alguns factos da História da Vila de Salvaterra de Magos

1295 – Foi fundada por D. Diniz, a vila de Salvaterra de Magos; o seu primeiro Foral tem os provilégios de Santarém, mas não tem data; o mesmo D. Diniz deu-lhe outro Foral, em Coimbra, a 1 de Junho. 1296 – A Igreja Paroquial foi fundada pelo Bispo de Lisboa, D. João Martins Soalhães. 1383 - Foi assinado o Tratado de Salvaterra, em 2 de Abril de 1383, segundo o qual o rei castelhano D. João I, casaria com D. Beatriz, filha de D. Fernando e de D. Leonor Teles. 1514 – Havia uma grande Coutada, da Casa Real, e um bom palácio fundado em 1514, pelo Infante D. Luiz, duque de Beja, filho de D. Manuel e de sua mulher D. Maria, filha dos reis católicos, Fernando e Isabel. Na Tapada real, faziam os reis frequentes e grandes caçadas. Os primeiros donatários da vila, os Condes de Atalaia, que a deram ao dito Infante D. Luiz (filho de D. Manuel), em troca da vila da Asseiceira e outros lugares. 1517 – D. Manuel deu em Lisboa, novo Foral à vila de Salvaterra, a 20 de Agosto de 1517.


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1650 – D. João IV, mandou abrir o Paul, existente e que à data já se denominava Paul de Magos. 1690 – D. Pedro II, mandou acrescentar o palácio e fazer belos jardins. 1757 – A vila tinha, nesta época, 453 fogos. 1762 – Havia antigamente em Salvaterra esplêndidas touradas, divertimentos a que os nossos reis muito inclinados. O próprio D. José, que costumava aceitar todas as opiniões do marquês de Pombal, nunca transigiu com ele quanto à concessão das corridas. Um dos destros, o valoroso Conde de Arcos, filho do Marquês de Marialva, o mais famoso cavaleiro da península. “saiu do curro um touro preto e só o Conde de Arcos se atreveu a enfrentá-lo, cravandolhe um ferro”. “O touro furioso investe com o cavalo que cai arrastando consigo o Conde de Arcos que, ferido numa perna, não se poude levantar”. “O touro arremessa-o com as hastes na e queda, esmagou-o depois com as patas”. “ Esta desgraça aterrou o Monarca e todos os espectadores “. “O Marquês de Marialva, que tinha setenta anos, desceu com a agilidade de um mancebo os degraus do anfiteatro para vingar a morte do filho, ou morrer com ele”. “D. José, mandou detê-lo; O Marquês não acedeu, delicadamente, e desceu até à praça”. “Ajoelhou junto ao cadáver do filho e beijou-o na fronte”. “Levantou do chão a espada de dois gumes, passou a capa no braço e, colocando-se no meio da praça esperou o touro, a pé firme”. “O animal investiu e depois de um combate de alguns momentos, o Marquês crava a sua espada até aos copos na nuca do touro que caiu a seus pés”. “D. José resolveu que esta


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fosse a última corrida de Touros em Salvaterra.” Este dramático texto, consta do livro de Rebello da Silva. 1824 – Na noite de 28 de Fevereiro, deu-se em Salvaterra um facto naturalíssimo, que os liberais aproveitaram para desacreditar o Rei,

Monte do Conde dos Arcos – Salvaterra de Magos

D. Miguel (então Infante), embora fosse impossível convencer o público, conseguiram, pelos meios mais torpes, tornar o caso obscuro, para que a calúnia não fosse completamente destruída. Na referida noite, houve um ensaio no teatro da Ópera, do palco real, ao qual assistiram muitas pessoas da corte e, entre elas, o Marquês de Loulé, que se retirou antes de terminar o ensaio. O edifício do palácio já então principiava a arruinar-se. O Marquês, tomou por um corredor que não estava iluminado e, tateando ao longo da parede, foi ter a uma antiga porta que dava entrada a uma sala que já não existia e que estava agora


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transformada em saguão e, por conseguinte, a citada porta estava servindo de janela rasgada. O Marquês, foi andando pelo corredor, e, certamente por esquecimento, uma vez que a porta não tinha qualquer resguardo, ao tatear caiu sobre uma pilha de entulho que estava no saguão e morreu da queda. Quando na manhã de 29, apareceu o cadáver do Marquês, ninguém se lembrou de que tivesse havido crime. O Magistrado, Doutor Torres, Corregedor da Comarca, procedeu logo ao auto de exame e corpo de delito no cadáver, e os dois cirurgiões e as testemunhas do auto declararam nele que o Marquês não tinha o mais pequeno sinal de ferimento ou contusão. Mas o Ministro da Justiça, Lacerda, implacável inimigo de D. Miguel, queria atribuir a um rime a morte do Marquês e imputável ao príncipe. Chamou o Corregedor, e exigiu que ele substitui-se o auto de corpo de delito, mas o honrado corregedor, recusou-se. Lacerda, para que o facto ficasse pelo menos duvidoso, sumiu o auto, que nunca mais apareceu. D. Miguel. foi sempre amigo do Marquês, continuou a ser inseparável de seus filhos, e mais afeição durou até aos últimos momentos da sua vida. Mesmo quando D. João VI, obrigado pelas intrigas palacianas, mandou viajar D. Miguel, e fazer residência em Viena de Áustria, um dos camaristas que o príncipe escolheu, foi o filho, José Maria, um dos filhos do Marquês de Loulé. As relações de amizade continuaram sempre entre todos os membros da família do falecido Marquês, e o senhor D. Miguel, prova irrefutável de que Loulé morreu de desastre, e não de violência.


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1876 – No inverno, deste ano, os temporais assolaram o Ribatejo; em Salvaterra a enchente chegou até ao meio da Rua de S. Paulo, invadiu a Igreja da Misericórdia e muitos mais casas de habitação. No dia 6 de Dezembro de 1876, todos os marítimos de Salvaterra ofereceram os seus préstimos para salvamentos na região de Alquidão, Reguengo, Valada, Porto de Muge, etc., salvando vidas e haveres. 1877 – Em Setembro, foram arrematados, na Repartição da Fazenda no Distrito de Lisboa, os bens pertencentes à extinta “Comenda de Salvaterra de Magos, de que foi último administrador, o Conde da Ribeira Grande.

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CAPITULO III

MISERICÓRDIA DE SALVATERRA DE MAGOS (Fundação, Missão e Finalidade da Santa Casa)


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********** O primeiro Compromisso da Misericórdia de Salvaterra de Magos, vem do alvará concedido em 1660, e ajuda-nos a compreender a missão das Misericórdias. Nele consta; alguns Capítulos por exemplo: - Capítulo I – Do número e qualidades que hão-de ter os Irmãos da Misericórdia: serem homens de boa consciência e fama e tementes a Deus; hão-de ter condições; 1º - ser limpos de sangue, sem alguma raça de mouro ou judeu; 2º - livre de toda a infâmia de Feito e de Direito; 3º - ter idade conveniente; sendo solteiro ter mais de 25 anos; 4º - não servir a Santa Casa por salários; 5º - que tenha tenda, se for Oficial, mando de Ofício em que há costume haver, ou que seja mestre de obras,; 6º - ser de bom entendimento e saber ler e escrever; 7º - ser abastado de Fazenda. *********


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Capítulo VIII – O Provedor será sempre um homem fidalgo, de autoridade, prudênte virtude, reputação, e idade de maneira que os outros irmãos o possam reconhecer por cabeça. Capítulo X O Irmão que houver de ser recebedor das esmolas; será pessoa nobre, honrada e abastada. Capitulo XII Aos irmãos visitadores, compete tirar informações de pessoas a quem as haja de dar dotes, capelanias, ou mercearias. Capitulo XX – Os irmãos; 2 nobres, terão a seu cargo o recolhimento das donzelas . . . . que viverão à custa da Misericórdia . . . . nenhuma delas pode casar sem ordem da Mesa da Santa Casa. Capitulo XXII – O Mordomo da Capela vigiará os Capelães, e os Clérigos; . . . ordenará os enterramentos dos defuntos.


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Capitulo XXIV – Os mordomos do Hospital, terão a seu cargo justamente os doentes que estão nas enfermarias e correrão com eles assim no espiritual como no temporal. Capitulo XXVI – Os Capelães não serão recebidos sem serem examinados em canto e coisas necessárias ao culto divino pelos Mestres da Capela. Capitulo XXX – . . . . as pessoas que houverem de ser visitadas hão-de ter condições: 1º serem pessoas de recolhimento, virtude e boa fama; 2ª serem pobres e necessitados de tal qualidade que não andem pedindo pela cidade; 3ª que não possam servir a outrem. Capitulo XXXIII – Achando-se alguns meninos desamparados a Mesa os mandará recolher, acabar de criar e depois de crescidos lhes dará ordem conveniente.


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Capitulo XXXV – Como o enterramento dos mortos é uma das principais obras de misericórdia trabalhará o Provedor, e mais irmãos da Mesa, que se faça com decência e cristandade, e com respeito às pessoas que faleceram . . . cada irmão é obrigado a dizer pelo alma do defunto catorze vezes “O Padre Nosso” e catorze vezes a “Ave Maria” Capitulo XXXVI – . . . quando alguma pessoa houver de padecer por justiça, os Mordomos dos presos chamarão um religioso que o virá confessar e consolar naquele dia em que se lhe publicar a sentença. ********** Aplicada a letra deste Compromisso à Misericórdia local vê-se que lhe competia uma larga obra de assistência, adaptada à realidade e às circunstâncias locais. A sua missão era, portanto, a assistência e protecção a: visitar e acudir à “pobreza envergonhada”; recolher ou vigiar as donzelas; enterrar os defuntos; recolher e amparar os peregrinos; acudir e tratar os doentes; proteger os meninos desamparados, etc..

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“Estatuto da Associação de Beneficência - Misericórdia de Salvaterra de Magos” Sendo o segundo Regulamento que encontrámos, este diploma data de 30 de Abril de 1912, e nele se lê, por exemplo no Capitulo I – . . . praticar em geral todos os actos de assistência; beneficência; . . . prestar socorros hospitalares aos enfermos; . . . fornecer medicamentos a doentes pobres; . . . subsidiar com esmolas, para trânsito e alimentos, os doentes e peregrinos; . . . ministrar uma sopa por ocasião de calamidades públicas ou intensas crises de trabalho. O terceiro e actual Regulamento é o “Compromisso” da Santa Casa da Misericórdia de Salvaterra de Magos”, aprovado por despacho de S. Exª. o Ministro da Saúde e Assistência, de 20 de Fevereiro de 1961. Também neste diploma se pode ler no seu Capitulo I – . . . os seus fins são: a beneficência, a caridade cristã, a prática do culto católico e das obras pias . . . a assistência moral e religiosa aos doentes e beneficiários da Irmandade; .... estender ao maior número de necessitados a sua acção caritativa e criar de futuro novas modalidades de assistência. Portanto todos os Regulamentos estão de acordo quanto à acção da Santa Casa da Misericórdia, a qual se pode resumir numa só ideia: - praticar a assistência, o bem, a protecção, afinal o socorro, onde e quando ele for necessário. Esta ideia está patente na acta de Julho de 1927, ao afirmar-se:


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“Só quem conheça, por aturada permanência a vida interna do nosso hospital, poderá avaliar do seu valor como instituição de caridade e assistência pública. Só quem, dia a dia, acompanha o drama tremendo que à sua volta se desenrola, poderá ter a concepção nítida das dores, da miséria, da falta de recursos de toda a ordem, que os pobres personagens desse drama passam e sofrem e que o benemérito hospital na sua alta missão de caridade atenua, suaviza, socorre, prodigalizando assistência hospitalar a uns, fornecendo medicamentos a outros, matando a fome a alguns e finalmente mantendo sempre as suas portas abertas aos infelizes, que se vêem acolher ao seu seio no último arranco da vida, e a quem ele, quando mais lhe não pode dar, oferece sempre um leito limpo para os deixar morrer com o corpo consolado e o espírito mais tranquilo pela certeza que lhes fica de que a sociedade, que considerava madrasta, foi, ao menos, nos últimos momentos da sua atribulada existência, mãe carinhosa e amorável” Apresentadas estas palavras sobre a missão e finalidade da Misericórdia, vamos ainda dentro deste I Capitulo, registar um apontamento sobre a inauguração do Hospital novo e, apenas a t´titulo de curiosidade, anotar um pequeníssimo resumo de algumas deliberações da Mesa. ********


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Nos capítulos seguintes fazemos um pouco da história da Santa Casa, com a intenção de dar a conhecer, em simples bosquejo, o que tem sido a sua vida e a sua acção efectiva. HOSPITAL NOVO Em sessão extraordinária do dia 10 de Fevereiro de 1913, foi deliberdo mandar fazer e colocar na Sala de Entrada do novo Hospital uma lápida com a seguinte inscrição: “Este Hospital foi mandado construir pelo benemérito

provedor da Misericórdia, cidadão Gaspar da Costa Ramalho, com esmolas por ele obtidas e a expensas suas em 1912” A Comissão Administrativa,

em homenagem ao Provedor

********* A construção do novo Hospital importou na quantia de nove contos e noventa e cinco mil quatrocentos e sessenta e um réis (9.095.461 rs.). Os donativos angariados pelo provedor foram de sete contos e onze mil novecentos e cinquenta e cinco reis (7.011.955 rs.), pelo que o donativo do provedor foi de dois contos e oitenta e três mil quinhentos e seis reis (2.083.506 rs. ).


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O novo hospital foi inaugurado solenemente em 9 de Março de 1913, e stando presentes as seguintes individualidades: A Mesa Administrativa da Misericórdia, composta por João Ferreira Vasco, Manuel Frazão d`Azenha, Francisco de Almeida Henriques, António Henriques Alexandre, Augusto Lopes e José Pedro Valente; Câmara Municipal, Junta da Paróquia, Associação dos Trabalhadores Rurais, Club de Salvaterra, Monte-Pio, Centro Republicano e respectiva Banda, Sindicato Agrícola, Caixa de Crédito Agrícola, Comissão Organizadora da Festa da Árvore, funcionários e mais povo. O discurso da inauguração foi lido por Manuel Frazão d`Azenha, concebido nos seguintes termos: “Hoje Salvaterra rejubila de contentamento numa festiva manifestação; vibram no ar os acordes dos hinos populares; harmonias que se espargem em ondulações transmitidas a todas as ruas, a todos os lares, a todos os indivíduos numa manifesta satisfação de júbilo; dilata-se-nos a alma no consolo de um grande gozo, de uma aspiração satisfeita, de uma conquista vitoriosa, perseverante e diligente. E em toda a assistência eu diviso o aspecto alegre, a risonha esperança de festiva manifestação, a alegria patenteada na boa disposição de todas as classes aqui associadas, numa comunidade de anuência para o brilhantíssimo desta festa geral em que todos gozam, ricos e pobres, com o desejo satisfeito de um grade melhoramento. Prestamos hoje, aqui, o envio o culto sagrado a uma divindade que esparge às mãos cheias benéficas oferendas, com que se remedeiam todas as necessidades, todas as privações, todas as esperanças; enxugando lágrimas, saciando os famintos, vestindo os nus, curando enfermos, fazendo florir as rosas da saúde nas faces amarelecidas dos


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desfalecidos e dos estiolados da sorte. Esta Deusa miraculosa da nossa e que prestamos hoje o nosso culto, e para quem erigimos este edifício, templo que lhe é consagrado em homenagem à sua beneficência

1913 - inauguração do hospital

é a CARIDADE . . . Sim . . . a Caridade essa pomba de asas brancas que errante em todas as regiões, sem pátria, corre dum e outro extremo ligeira a enxugar lágrimas, fazemos o dia onde a noite é tenebrosa, desabrochando auroras multicolores onde a densa cerração e as lufadas do sul ameaçam varrer os tristes casais da encosta. Quando no horizonte assoma a alva pomba seguindo ligeira através dos ares, as nuvens como véus de gaze transformam-se em frocos transparentes, deixando antever através do seu tecido finíssimo, os raios de ouro do astro luminoso, que esparge a luz, e calor, que é a vida, a saúde e a alegria do casal. Uma auréola de cores variadas, o arco-iris da bonança forma-lhe a coroa do triunfo,; e o sol esplêndido refletindo-se a pino nas gotas de chuva, que antes caía torrencial, depostas nas folhinhas herbáceas das boninas da planície, transforma-se em milhares de brilhos


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de cintilações deslumbrantes. A festa que hoje aqui solenizamos referese à inauguração deste edifício como templo sagrado da caridade: - o Hospital da Misericórdia de Salvaterra de Magos, erigido e construído pela própria caridade, que como uma fada benfazeja fez surgir do nada, neste terreno inculto onde só havia uma auréola árida escaldada dos ardores do sol, e que ela a fada benfazeja com a sua carinha de magia beneficiou, fazendo crescer dessa auréola o edifício alteroso ostentando a sua elegante arquitectura num embelezamento pomposo de uma esplêndida apresentação. Para que possamos apreciar os maravilhosos efeitos da caridade, historiemos um pouco a biografia do edifício: - Desde épocas antiquíssimas existiam o pequeno e modesto hospital da Misericórdia, propriamente um Albergue para socorro dos desvalidos, que em largos anos muitos serviços prestaram à humanidade enferma.

1980 - Hospital da Misericórdia


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O terramoto de 1909, como uma avalanche despenhada por encosta por encostas e algares, varreu na sua impetuosidade todos os edifícios numa derrocada desoladora, e lá se foi também o triste albergue dos pobres. O grito de lástima das povoações assoladas ecoou estrondoso por todos o nosso país, e então a caridade despertada pelos gemidos lamentosos das vítimas da derrocada, surgiu prestes na colheita dos óbolos de todos, pobres e ricos, que à porfia lançavam os seus cobres, as suas pratas, o seu ouro na escola, que a caridade estendia a todos numa gentil apresentação de um agradecimento de fina homenagem. O dinheiro multiplicou-se, e o sol esplêndido da beneficência raiou por todo o país, fazendo a luz resplandecente onde havia a tempestade. Parte deste dinheiro foi destinado para este Hospital, que começou então a surgir, a crescer, a crescer, e arquitectar-se, manifestando-se já um edifício de distinta aparência, mas o dinheiro da grande subscrição, e drávida destinada ao edifício escasseou, e então o Hospital não se completava por falta de meios; mas a varinha mágica da fada benfazeja agitou-se no ar e uma nova caridade surge pressurosa em socorro do seu templo, da casa dos pobres, e o edifício a crescer e a desenvolverse até à sua altura completa. Um poder oculto, fanático dessa religião cultora de caridade operava na sombra; e obtendo ainda donativos de beneficência particular e por fim despendendo o restante preciso alguns contos de reis – até ao completo acabamento do edifício, conseguiu colocar a cópula final na casa dos pobres. Esta benemerência caritativa que a divulgue e que me desculpe o senhor Gaspar Costa Ramalho se ofende a sua modéstia, mas a história que tenho feito deve ser verdadeira: - e assim a par de todos os agradecimentos da nossa gratidão e todos as pessoas, que ajuntaram uma pedra neste edifício e que concorram com donativos permanentes para a sua sustentação, prestamos a nossa homenagem ao senhor Gaspar Ramalho, na sua


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qualidade de Provedor, que foi o dirigente da construção deste edifício e colaborador financeiro, que numa grande benemerência se dedicou à sua construção é portanto a festa promovida para a solenização da inauguração do Hospital da Misericórdia; dia de festiva alegria, dia de comemoração das dedicações em prol deste melhoramento, dia grande pela alteza do assunto, dia feliz em que soam melodias sonoras de músicas festivas, harmónicas, que evolam pelo ar neste dia, em júbilos de verdadeiro festival”. ************ Presidiu a esta sessão solene da inauguração do novo Hospital o Dr. Armando Freire dos Santos Calado, que pronunciou o seguinte discurso:

“Meus senhores: É com a alma a transbordar de alegria, que felicito o povo de Salvaterra de Magos, pela inauguração deste esplêndido Hospital; ninguém mais do que eu, como médico lhe sentia a falta e a necessidade imperiosa que havia de o construir; era um belo sonho que embalava de muito a minha alma já desenganada e que hoje tenho a felicidade de ver realizado. Há males que vêem por bem; está ainda bem dolorosamente gravada na nossa mente, a horrorosa catástrofe que assolou esta vila a 23 de Abril de 1909, em que as mães aterrorizadas, clamando piedade e socorro, fugiram das casas levando em seus trémulos braços os filhinhos, tesouro único da sua alma, quais andorinhas espavoridas a que mão malfazeja destruísse de momento os seus sonhos


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dia funesto este em que os homens tolhidos de tétrico pavor perante um inimigo invisível e poderoso, quedavam de alma incerta e contrista, qual gazela que se vê entre a pontaria certeira de um bom atirador a um precipício, no qual é forçoso despenha-se. Quem diria então, que nos três locais onde esta povoação ansiosa, passou aglomerada horríveis dias de incerteza cruel, de lento suplício, volvidos quatro anos aí se achariam hoje construídos, num eles, Largo do Mártir S. Sebastião, uma instituição para os pobres impossibilitados, noutro, Largo 5 de Outubro, uma escola modelar, e que neste Largo se processaria hoje à inauguração dum Hospital, dos melhores da província? Que poder de magia, que fada benfazeja operou tal milagre, tornando esses três locais de trágica dor, em Albergue de Inválidos, em escola, em hospital, onde se retempera a força, e saúde do pobre, único capital que ele possui, esteio único de sua mulher, de seus filhos? A fada que com sua vara mágica operou tal prodígio, ignorais qual fosse? Foi a CARIDADE, essa única flor de vestir humano, mimosa planta de estufa que desponta na alma dos bons, foi essa caminheira eterna que só trilha caminho espinhosos, da desventura, sendo a sua bússola, o seu norte – uma dor – mitigar ... uma lágrima a enxugar!...


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Meus senhores É quando surge a tempestade, em plena tormenta, quando o oceano indómito parece querer arremeter com a terra. É então que se avalia a solidez da construção de um navio, e robustez do seu bojudo casco, a resistência do seu velame enfunado pelo furacão, a coragem, e perícia do timoneiro, e destreza da tripulação, assim neste labutar diário da vida, é também nos momentos difíceis que se conhecem os homens; é quando a desgraça aborda à nossa porta que se conhece um abrigo verdadeiro. Meus senhores – O ilustre cidadão Gaspar Costa Ramalho (cuja ausência na presente ocasião muito lastimo) desde o dia em que o primeiro tremor de terra convulsionou este nosso torrão querido, até hoje, deu inúmeras e exuberantes provas de que possui uma alma da mais fina têmpera, e de que é um amigo dedicado da sua terra natal; não tem o brilhante mais resistente nas suas arestas aceradas e cortantes, de que ele manifestou de tenacidade, de perseverança em alcançar donativos para esta casa de caridade – nem mais pureza nas suas facetas limpidíssimas, do que pura e despida de vaidades, foi a ideia da construção deste hospital. Nesta quadra de egoísmo feroz que vamos atravessando, é para causar admiração tanta persistência e dedicação desinteressada; isto em quem se achou sozinho, como e l e , c e r c a d o duma atmosfera gélida de


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indiferença, quando não era de calúnia, pois há gente que pode ter a estulta ilusão de subir, amesquinhando o bem que outrem faça. GASPAR COSTA RAMALHO, não era homem que deixasse por completar a sua obra, e teve a generosidade de abonar do seu bolso, tanto quanto faltasse para a concluir. Perante exemplar proceder, a povoação de Salvaterra de Magos, contraiu uma dívida sagrada de gratidão que nunca poderá pagar; não pode um filho mostrar mais dedicação por sua mãe, do que ele manifestou para sua terra natal. Proponho meus senhores, que fique exarado na acta um voto de admiração pelo seu carácter diamantino, e de o reconhecimento de toda a povoação desta vila ao ilustre cidadão Gaspar Costa Ramalho, grande benemerente e extraordinário amigo da sua terra”. *************** “ Falou de seguida o senhor Francisco Maria Gomes Leite, que diz o seguinte:

“Em nome do Club de Salvaterra que represento, é aos beneméritos desta vila e muito principalmente ao Exmº. Snr. Gaspar da Costa Ramalho que tanto contribuiu para a construção deste hospital, que envio uma pequena menção.


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Pequena em palavras mas grande em sentimento, porque há iniciativas louváveis, acima de todas, estão as que cuidam do bem da humanidade. É à actual Direcção deste hospital composta de pessoas de toda a respeitabilidade, que fica o encargo de velar pelo conforto daqueles que na amargura da vida, aqui vêem procurar alívio aos seus sofrimentos; e não posso deixar de envolver nas minhas palavras o nome do distinto facultativo desta vila o Exmº. Snr. Dr. Armando Calado, que aqui prestará toda a sua dedicação e inteligência. Portugal é um país onde se cuida ainda da beneficência, e é necessário que Salvaterra caminhe na vanguarda para orgulho dos que dela são filhos e dos que trabalham e desejam o desenvolvimento desta Vila”. ************** Depois falou o Snr. José Eugénio de Menezes, presidente da Câmara Municipal, que em nome do município de Salvaterra agradeceu a quantos concorreram para a realização da valiosa obra que acaba de ser dotado o concelho. Falou finalmente o Dr. Acácio Sande Marinha que disse assistira esta festa com verdadeira e íntima satisfação, fazendo votos para que os vários corpos dirigentes que se sucederem, conservem sempre o seu amor e dedicação por tão belo edifício que encarna uma salutar instituição. Foi depois enviado um telegrama ao Snr. Gaspar Costa


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Ramalho, do teor seguinte: “ A Mesa Administrativa da Misericórdia de Salvaterra, interpretando o sentir desta belo povo nas pessoas dos seus representantes aqui reunidos para inaugurarem o hospital de que V. Exª. foi o iniciador, agradece tão grande benefício” A seguir a sessão foi encerrada. *** ********


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ALGUMAS DELIBERAÇÕES 1888 – Deliberado adquirir meio serviço de estanho para uso dos doentes. - Deliberado proceder à reparação do edifício da Misericórdia. - Deliberado adquirir 11,250 Kgs de Cera. 1890 – Deliberado adquirir três colchões, três enxergões e nove feixes de palha. - Deliberado fazer a Festa da Imaculada Conceição – 1912 – A Misericórdia passou a denominar-se: “Associação de Beneficência - Misericórdia de Salvaterra de Magos “ – Alvará de 26 d e Junho de 1912. 1918 – Resolvido passar a iluminação do Hospital para petróleo, devido ao elevado preço do Carboneto. 1920 – Concordou-se em plantar árvores na cerca do Hospital. 1928 – Foi aprovado colocar um retrato a óleo do benemérito Sr. Francisco Ferreira Lino, e o u t r o do Sr. Gaspar Costa Ramalho. 1941 – Resolvido colocar no edifício do Hospital uma placa de mármore, como testemunho de eterno agradecimento à benfeitora D. Isabel Maria da Costa Santos. - Resolvido colocar no Salão Nobre do edifício do Hospital o retrato de D. Teresa Castro Ferreira Guimarães de Melo e Maro e marido Jorge de Melo e Faro (Monte Real), por terem tomado a iniciativa da reconstrução da Praça de Touros e da organização da sua primeira corrida de touros, após o Ciclone que a danificou. - Mais foi resolvido colocar no Hospital lápides de homenagem ao benemérito José Xavier Pinto.


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- Foi deliberado também telegrafar a S. Exª. O Senhor Presidente da República, General António Óscar de Fragoso Carmona, agradecendo a honra da sua assistência à corrida de Touros, quando das obras que sofreu após o Ciclone. 1947 – Deliberado instalar um telefone. - Deliberado instalar água quente. 1960 - Resolvido colocar uma lápide ao Snr. Eng. João Oliveira e Sousa, por ter levado a efeito e custeado integralmente as obras da reparação e restauro da Igreja da Misericórdia, e feitura do Jardim, no espaço junto onde existiu Albergaria para Recolha de Peregrinos. - Igualmente foi aprovado colocar outra lápide ao médico Dr. Joaquim Gomes de Carvalho, por ter completado vinte cinco anos de dedicado serviço gratuito ao hospital. 1961 – Em Março desde ano, a Associação de Beneficência, passou a ter a denominação de: “Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Salvaterra de Magos”.

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CAPITULO IV

ASSISTÊNCIA HOSPITALAR E MOVIMENTOS DEMOGRAFICOS


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DATA DA FUNDAÇÃO DA MISERICÓRDIA As informações que conseguimos obter, embora sem poderem ser consideradas como autenticas fontes oficias, são embora históricas, indicam a data de 1660, como fundação da Santa Casa da Misericórdia de Salvaterra de Magos. A antiga Albergaria (hospital) era um modesto

DA. MIZ. A P.A RECOLHER . OS POBRES. PEREGRINOS edifício junto à Capela/ ou Igreja da Misericórdia, no mesmo local onde hoje é um terreno ajardinado com as dimensões; 23 m. de cumprimento por 15 m. de largura. No velho muro ali existente ( junto à capela, era a frontaria do edifício – que caiu quando do terramoto de 1909), por cima


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de uma velha porta, existia ali uma pedra mármore com uma inscrição gravada, com os dizeres na página anterior. Quando em 1960, das obras de recuperação daquele espaço, a pedra, foi colocada na parede traseira, por cima de um portão em ferro, que substituiu uma porta de madeira.

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ASSISTÊNCIA HOSPITALAR A Assistência Hospitalar, até ao primeiro quartel do nosso século (séc. XX), era prestada principalmente a doentes de Concelhos estranhos, que aqui se encontravam de passagem ou com residência temporária. Assim, para além de vários mendigos, a quase totalidade dos registos é constituída por trabalhadores rurais pertencentes a Ranchos, que tendo-se deslocado das suas terras em busca de trabalho neste Concelho, não possuíam casa própria de família e tinham, por conseguinte de procurar tratamento no Hospital. Estes Ranchos deslocavam-se até aqui vindos principalmente de terras da Beira. Verificava-se também que, nesses mesmos tempos, os naturais deste Concelho preferiam estar em suas casas, quando doentes, procurando apenas o Hospital, com doença mais garve, ou prolongada e ainda por completa falta de recursos financeiros, pois os partos continuavam a ser em casa.


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É certo que o Hospital Velho, da vila, no Largo S. Sebastião, não oferecia as condições necessárias, (em todos os aspectos) para recolha e tratamento de doentes, mas também parece ser certo que o pensamento daquelas épocas deveria ser de que o Hospital se destinava principalmente aos pobres e aos desamparados, o velho edifício, veio a

1909 - O que restou do velho hospital, após o Terramoto

cair com o terramoto de 1909. A partir de 1918 ( já no Hospital Novo), encontramos nos registos de doentes, (para além duma natural quantidade), uma quase totalidade de indivíduos naturais deste Concelho e, embora a grande percentagem seja a de trabalhadores rurais também verificamos a presença de doentes provenientes de diversas camadas sociais. De 1884 até 1908, os doentes são pertencentes à camada social dos rurais, acrescidos de alguns pedintes e um ou outro campino. No mesmo período de tempo verificamos também que os doentes (com raras excepções) são todos provenientes de terras são todas do Norte,


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isto é a Norte de Salvaterra, não se encontrando qualquer registo respeitante a terras do Sul. Esta presença de doentes naturais de localidades a Norte do Tejo mostra que a migração era no sentido Norte- Sul. O Norte sempre teve uma mais alta percentagem de emigração do que o Sul, e os seus naturais saíam para o estrangeiro e para terras mais ricas do Sul. As serranias mais pobres, menos produtivas forçavam esse movimento, essa busca duma vida melhor. Uma maior densidade de população contribuía também par tornar dura a vida do homem do Norte. Por isso, ele descia até ao Ribatejo, procurando trabalho e melhores condições de vida. Vindo sozinho ou agrupado em “Ranchos”, onde predominada as mulheres jovens, vinha em busca de trabalho e de pão. Muitas delas sendo solteiras, ficavam casadas por todo o Ribatejo. Em Salvaterra, ainda predomina as raízes genealógicas vindas de terras abaixo de Viseu até Pombal. A vida dura a que fora habituado dera-lhe um espírito combativo e uma maior capacidade de adaptação a qualquer meio. Uma vez aqui chegado empregava-se em serviços agrícolas, era um trabalhador rural, levando uma existência mais sóbria, menos exigente do que os trabalhadores naturais desta região. Mal alojado e sem grandes recursos, quando a doença lhe batia à porta só lhe restava o recurso so hospital. Nos registos, predominam os doentes do sexo masculino, alguns deles casados, mas na sua grande maioria solteiros, novos, de idade na média dos 30 anos. Há doentes com idade de 5, 6, 8, 11, 12 e 14 anos; com 12


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anos já consta a profissão de “rural”. Vê-se que os casados traziam a família e que os filhos, mesmo de pouca idade, já trabalhavam ao lado dos pais, nos serviços agrícolas. Quanto aos “Ranchos” de que falámos já, ou de doentes de passagem, assinalam-se Concelhos ou terras de origem, que a seguir descriminamos por ordem alfabética: Atalaia, Almoster, Abrantes, Águeda, Alcobaça, Alvaiázere, Albergaria, Aveiras de Cima, Alpiarça, Almeirim, Barquinha, Chão de Couce, Ceia, Condeixa, Coruche, Cadaval, Covilhã, Caldas da Rainha, Coimbra, Ervedal, Estremoz, Ferreira do Zêzere, Figueiró dos Vinhos, Figueira da Foz, Fornos de Algodres, Fundão, Golegã, Guimarães, Idanha-a-Nova, Lousã, Leiria, Moimenta da Beira, Montemor-o-Velho, Mira, Mação, Maçãs de D. Maria, Nelas, Ourém Ovar, Pampilhosa, Pedrógão Grande, Penela, Pombal, Santarém, Soure, Sertã, Sª Comba Dão, Tomar, Torres Novas, Vila Pouca de Aguiar, Viseu, Valongo e Vila Nova de Ourém. O primeiro doente registado em 1884, foi Margarida Maria, de 16 anos solteira, rural, natural de Penela, com febres intermitentes. A partir de 1913, e principalmente de 1918, a maior percentagem de doentes passou a ser do Concelho, pois a epidemia dessa época certamente não permitiria uma vida normal e habitual de migrações. Em 1918, a Mesa da Santa Casa, resolveu; “providenciar sobre as medias a adoptar em face da epidemia que tem alastrado e adquiriu medicamentos”, tendo resolvido também no mesmo dia requisitar o edifício da Escola Primária para instalar uma enfermaria provisória.


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Em Janeiro de 1919, a Mesa deliberou proceder a uma limpeza geral e desinfecção de todas as dependências do Hospital, visto ter diminuído o número de doentes atacados pela epidemia. O Mapa do “Movimento demográfico” acusa em 1918, um aumento enorme de doentes, o que e compreende em vista da citada epidemia. As doenças mais frequentes eram as febres intermitentes, pneumonias e tísica; além destas a bronquite, embaraço gástrico, reumatismo, feridas, fracturas, anginas, sarampo e contusões. O primeiro doente a entrar no Hospital Novo, em 1913, foi José Duarte, de 45 anos, viúvo, pescador, filho de António Duarte e de Henriqueta Margarida, natural da Barquinha, com reumatismo e saíu curado, em 5 de Abril do mesmo ano. Presentemente (1970) o Hospital alberga e trata os doentes pobres, gratuitamente, dando-lhes alimentação, cama e medicamentos; procede a curativos e só os casos graves ou de cirurgia mais complexa para os quais não há aparelhagem adequada são enviados para Lisboa. Nesta data estão internados no Hospital sete homens e nove mulheres. Embora o Regulamento diga que os doentes com alguns recursos deviam pagar uma pequena diária, isso só raras vezes se tem verificado. Nos dois quartos particulares, destinados a doentes com maiores recursos, acontece que passam o ano sem serem utilizados. Só recentemente, porque as Mesas, têm feito pressão nesse sentido e porque se foi criando o hábito de os partos serem feitos no Hospital é que passou a registar-se alguma receita com os doentes pensionistas. **********


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MOVIMENTO DEMOGRĂ FICO Ano

1884 1889 1893 1894 1895 1896 1897 1898 1899 1900 1901 1902 1903 1904 1905 1906 1907 1908 1909 1910 1911

Doentes Entrados

Doentes Altas - Falecimentos

Masc .Fem. total

Masc. Fem Total

3 19 22 33 32 20 20 8 10 11 20 12 9 19 14 3 5 51 11 9

1 1 3 - 3 19 4 23 22 6 28 33 1 51 32 18 50 19 17 36 20 12 32 8 9 17 10 1 11 9 1 10 20 3 23 12 15 27 8 4 12 18 8 26 14 5 19 3 2 5 5 7 12 51 29 80 11 3 14 9 4 13

1 4 6 18 18 17 13 9 1 3 15 4 8 5 2 7 29 3 4

1 3 23 28 51 50 37 33 17 11 11 23 27 13 27 19 5 12 80 14 13

Doentes Internados Masc. Fem. Total

1 1 1 1 -

1 -

1 1 1 1 -


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Hospital Novo Ano

Doentes Entrados

Doentes Altas - Falecimentos

Masc. Fem. Total Masc. Fem. Total

1913 1914 1915 1916 1917 1918 1919 1920 1921 1922 1923 1924 1925 1926 1927 192 1929 1930 1931 193 1933 1934 1935

20 16 36 31 19 50 29 25 54 32 25 57 47 22 69 122 121 243 42 27 69 23 8 31 31 8 39 25 13 38 23 21 44 12 28 40 21 29 50 32 30 62 67 58 125 66 41 107 21 33 54 47 53 100 37 10 47 26 18 44 30 13 43 61 47 108 24 18 42

20 30 28 31 45 121 42 21 31 24 23 12 15 30 63 65 20 45 35 25 30 60 24

16 19 25 25 21 115 26 8 8 13 21 28 26 26 52 38 27 50 8 18 12 45 17

36 49 53 56 66 136 68 2 39 37 44 40 41 56 115 103 47 95 42 43 42 105 41

Doentes Internados Masc. Fem. Total

1 1 1 2 1 2 1 6 2 4 1 1 2 2 1 1 -

1 6 1 3 4 6 3 6 3 2 1 2 1

1 1 1 3 7 1 2 1 9 6 10 4 7 5 4 1 1 3 1


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Ano

Doentes Entrados

Doentes Altas - Falecimentos

Masc. Fem. Total

1936 1937 1938 1939 1940 1941 1942 1943 1944 1945 1946 1947 1948 1949 1950 1951 1952 1953 1954 1955 1956 1957 1958 1959

12 22 23 30 37 76 92 83 129 116 104 113 88 82 72 100 116 118 84 106 94 84 107 99

12 29 36 19 39 47 60 98 139 189 151 171 157 126 106 116 146 157 133 141 111 125 149 141

Masc. Fem. Total

24 12 12 51 22 29 59 22 34 49 27 18 76 33 35 123 68 43 152 87 56 181 81 88 266 124 130 305 112 180 255 99 146 284 108 165 245 83 151 208 79 122 178 68 97 216 93 108 262 110 136 275 109 145 217 80 128 247 93 129 205 82 102 209 72 113 256 101 137 240 90 127

24 51 56 45 68 111 143 169 254 292 245 273 234 201 165 201 146 254 208 222 184 185 238 217

Doentes Internados Masc. Fem. Total

1 3 4 8 5 2 3 4 5 5 5 3 4 7 6 9 4 13 12 12 6 9

- 2 3 4 1 4 8 4 12 4 9 10 12 9 12 9 13 5 10 6 11 6 11 4 7 9 13 8 15 10 16 12 21 5 9 12 25 9 21 12 24 12 18 14 2 3


75

1960 121 199 Ano

320

Doentes Entrados

112 178 290 Doentes Altas - Falecimentos

Masc .Fem. Total

1961 153 322 475 1962 153 442 143 1963 157 278 435 1964 133 252 385 1965 126 227 353 1966 101 242 343 1967 82 246 328 1968 64 129 193

Masc. Fem. Total

145 28 150 118 122 91 77 58

311 425 273 242 221 231 240 124

456 10 423 360 343 322 317 182

****** ************

9 21 30 Doentes Internados Masc. Fem. Total

8 7 7 15 4 10 5 6

11 17 5 10 6 11 6 5

19 24 12 25 10 21 11 11


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CAPITULO V CONTABIIDADE ( Receitas e Despesas )


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CONTABILIDADE Ao verificarmos os documentos de contabilidade existentes notamos que não só há um natural e costumado aumento de números que exprimem a evolução do valor da moeda, mas também que a secção da Misericórdia tem vindo a alargar a sua missão a um campo mais vasto, significando assim uma maior cobertura no auxílio aos necessitados, aos doentes, aos pobres. Limitadas as suas despesas, nos tempos recuados, aos encargos provenientes com o Capelão, com o Andante, e com os gastos de casa, tem hoje que fazer face às despesas de administração (funcionários, água, luz, limpesas, etc.), à reparação de edifícios e aos serviços hospitares com os doentes. Se em 1670, fazia a sua despesa com 100 000 reis, aproximadamente, hoje esse quantitativo sobe a mais de 250 000$00. A mesma contabilidade se, por um lado nos mostra um grande desenvolvimento, também nos induz, igualmente, à formulação duma lei geral; e dificudade financeira em que a Misericórdia tem sempre vivido. Assim, encontramos com frequência saldos negativos, (nos anos mais afastados) e, quando isso não se verifica, quererá apenas dizer que as despasas foram condicionadas e limitadas em função das receitas.


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Esses saldos negativos eram normalmente suprimidos com o dinheiro pessoal do Provedor. Ainda hoje, ao vermos saldos positivos (e por vezes de valor apreciável), não podemos concluir que a Misericórdia esteja rica e que tenha esgotado todo o seu programa de assistência, mas que, simplesmente, isso tem a sua base numa prudente ou acautelada limitação de despesas. Por exemplo, em Fevereiro de 1929 foi resolvido suspender a entrada de mais doentes em virtude das dificuldades financeiras, no entanto lá encontramos em 1928/1929 o saldo positivo de 16 924$45, e em 1929/1930 o saldo também positivo de 11 402$43. De 1923 a Março de 1924, o Hospital esteve fechado. Por vezes esse saldo apenas mostra que houve uma receita provocada por uma necessidade de angariar fundos; em 1962, por exemplo, o saldo foi apenas de 18$60, e no ano seguinte, 1963, as contas são encerradas com o bonito saldo de 125 207$00. O saldo positivo denuncia afinal que havia uma situação anterior difícil Surge assim, nos momentos cruciais, o apelo a um Cortejo de Oferendas, ou à venda de lenha do Pinhal das propriedades próprias. E o saldo lá vai continuando a figurar de ano para ano como sentinela de prevenção sempre à espera dum contratempo e não como sinal de propriedade ou símbolo de paz. Bastaria adquirir os aparelhos cirúrgicos necessários, alargar as instalações hospitalares, etc. E o aspecto da contabilidade seria bem mais desagradável. Que houve sempre dificuldades é testado por diversas referências ao longo da vida da Misericórdia.


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Temos algumas notas dessas dificuldades em datas mais recentes. Por exemplo, em Novembro de 1918 foi resolvido fazer uma subscrição pública; em 1940 escrevia-se o seguinte: “Presentemente a sua situação vai-se tornando cada vez mais difícil, não só pelo agravamento que sofreram os preços dos medicamentos e comestíveis, como também pela maior assistência que vem fazendo e pelo maior número de doentes que interna”. Em 1944, foi deliberado levar-se a efeito, não só neste ano, mas também nos anos seguintes um Cortejo de Oferendas. As principais fontes de receita têm sido as mais diversas desde o início da Misericórdia: - esmolas, aluguer de tumba, foros (em centeio, milho e


80

trigo), venda de pingos de cera, donativos, produtos de espectáculos públicos, quotização, etc.. Recentemente a receita apresenta-se nítida quanto à sua proveniência: Diversos serviços e visitas a doentes, venda de lenha, etc.; Bens próprios – venda das propriedades, juros de Certificados; Subsídios; dádivas particulares e oficiais; Receitas Diversas - multas de caça; consignação de receitas – venda de objectos inúteis e desnecessários de cozinha; Receita Extraordinárias – festas, espectáculos, Cortejos de Oferendas, etc..

Lenha - Oferecida no Cortejo de Oferendas

A despesa tem tido a sua motivação nas seguintes causas: gastos da casa, esmolas aos pobres com carta de guias; ordenado do Capelão, à “Capritaleira”; gastos com religiosas que se agasalhavam e aos pobres andantes; ceras, pregador, balandraus, mortalhas, ofícios e missas; reparação de edifícios, enjeitados, cerimónias de lava-pés, procissões, azeite para lâmpadas, limpeza dos painéis, contribuições e festas da Irmandade,; mendigos, esmolas aos trabalhadores em consequência das


81

inundações; despesas com os transporte de doentes em lancha até Azambuja, lavagem de roupa e medicamentos,: - ordenados; aquisição de um fogão, uma maca, mobiliário e cobertores (1911); despesa com fogo de artifício no acto da inauguração do Novo Hospital (1913); Administração – ordenados, Água, luz, etc.; Serviços hospitalares – doentes, medicamentos, etc.; Propriedades – despesas de conservação; Consignados – Fundo de Desemprego, Caixa de Previdência, Sindicato dos Profissionais de Enfermagem , etc.. Postas estas considerações apresentamos alguns mapas das receitas que nos elucidam, embora na fria rigidez matemática da linguagem numérica, da evolução gradual mas crescente da vida da Misericórdia.

********** ***


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DOCUMENTO MAIS ANTIGO, RESPEITANTE A CONTABILIDADE Transcrição Contas que se tomarão ao (Irmão) Francisco de Seq (uei)ra somaron o mez de Julho de 1670 Despendeo com o capelão mil e quinhentos re ........................................................................................... 1,500 Despendeo com o Andante mil e sento ....................................................................................... 1.100 Despendeo com a espreitadeira tresentos e trinta tres ............................................................................................... 333 Despendeo com os vizitados e padres capuchos dos mil seis centos e oitenta ............................................................ 2.680 Despendeo com cartas de guia e os tractam entos sujicidade da terra mil santo e noventa re ................................... 1.190 Despendeo com gastos de caza mil e quatro sentos e quarenta.. ........................................................................ 1.440 Despendeo com Relijiosos que se agasalharão nesta cazaTrezentos re .................. 300 8.543


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Soma a despesa (que) o dito) irmão fes oito mil e quinhentos e quarenta e tres rs. que abatidos da Receita que forão des mil rs. paça a Receita pella despeza mil e quatro centos e setenta e sete digo cincoenta e sete que o (d(i)t(o) irmão entregou com bolça e per esta ma neira lhe ouverão as Contas per Boas firmes e valiosas de que mandarão fazer este termo como asinarão e eu João (Barreto) Mialheyro escrivão da caza o escrivi O P. Dor Manuel de ................... Mendanha P P, e Manuel de Bairro André Pires de Carvalho Sebastião dias Gaspar Gomes An (tonio) Cartaxo


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CONTABILIDADE DE CAIXA Séc. XVII – Séc. XX 1670 Receita (de Julho a Dezembro) Despesa * 49.058 * ANO

Saldo .........

RECEITA

1671 * 92.173 1672 * 139.460 1673 * ? 1674 * 1.525 1675 * 162.702 1676 * ( 4 Meses) 1677 * ? 1678 * 114.006 1679 * ? 1680 * ? 1681 * ? 1682 * ? 1683 * (6 meses) ?

DESPESA

* * * * * * * * * * * * *

92.693 * Saldo/Neg 138.600 * 165.855 * 181.280 * 162.702 * (Agosto ) 85.700 * 147.640 * 113.31 * 201.290 * 188.210 * 186.620 * 187.231 * 108.190 *

67 rs SALDO 520 860 860 560 ? 0 0 690 ? ? ? ? ?

Não há documentos de contabilidade dos anos de 1684 a 1702 1703/1704 * 1704/1705 * 1705/1706 * 1706/1707 * 1707/1708 *

179.860 222.700 221.520 294.800 200.280

* * * * *

201.910 259.900 163.670 310.850 172.080

* * * * Saldo/N *

22.050 37.200 57.850 26.050 28.200


85

1708/1709 * 241.710 ANO 1704/1705 1705/1706 1706/1707 1707/1708 1708/1709 1709/1710 1710/1711 1711/1712 1712/1713 1713/1714 1714/1715 1715/1716 1716/1717 1717/1718 1718/1719 1719/1720 1720/1721 1721/1722 1722/1723 1723/1724 1724/1725 1725/1726 1726/1727 1727/1728 1728/1729 1729/1730 1730/1731

*

RECEITA * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

222.700 * 221.520 * 294.800 * 200.280 * 241.710 * ? * 564.830 * ? * ? * ? * 280.469 * 201.560 * ? * 402.180 * 222.188 * 283.280 * ? * 294.230 * 162.690 * 235.370 * 1189.545 * 178.130 * 163.865 * ? * 166.220 * 167.160 * 228.190 *

222.580 *

19.130

DESPESA

SALDO

259.900 * 163.670 * 310.850 * 172.080 * 222.580 * 518.610 * 525.580 * 298.972 * 325.300 * 207.590 * 251.217 * 332.585 * 128.764 * 381.845 * 282.685 * 226.120 * 220.185 * 209.435 * 187.005 * 242.360 * 155.460 * 177.533 * 161.890 * 167.575 * 164.660 * 162.075 * 227.710 *

Saldo/N

Saldo/N

Saldo/N Saldo/N

37.200 57.850 26.050 28.200 19.130 ? 39.240 ? ? ? 49.252 131.025 ? 20.335 60.497 57.160 ? 84.795 24.315 6.990 34.085 .597 1.975 ? 1.560 5.085 .480


86

ANO 1731/1732 * 1732/1733 * 1733/1734 * 1734/1747 1748/1749 * 1749/1750 * 1751/1752 * 1752/1753 * 1753/1754 * 1754/1755 * 1755/1756 * 1756/1757 * 1757/1758 * 1758/1759 * 1759/1760 * 1760/1761 * 1761/1762 * 1762/1763 * 1763/1764 * 1764/1765 * 1765/1766 * 1766/1767 * 1767/1768 * 1768/1769 * 1769/1770 * 1770/1771 * 1771/1772 *

RECEITA

DESPESA

SALDO

168.865 * 188.020 * 19.155 179.230 * 178.895 * .335 207.630 * 214.729 * 7,099 Não Existe Documentos 185.900 * 194.769 * Saldo/N 8.869 180.765 * 256.319 * 2.136 221.945 * 208.210 * 13.735 391.800 * 363.535 * 28.265 399.695 * 384.753 * 14.942 353.000 * 276.690 * 66.310 l42.640 * 168.848 * 26.208 199.240 * 201.653 * 2.413 249.185 * 233.813 * 15.372 371.100 * 361.032 * 10.068 413.768 * 394.065 * 19.703 464.670 * 366.990 * 97.680 517.100 * 337.760 * 179.340 357.840 * 287.300 * 70.540 370.830 * 372.610 * 1.780 387.395 * 294.050 * 93.345 600.495 * 580.270 * 20.225 506.045 * 505.500 * .545 408.375 * 379.140 * 29.235 494.465 * 521.690 * 27.225 485.300 * 485.145 * .155 406.486 * 406.480 * .005 408.740 * 342.040 * 66.700


87

ANO 1772/1773 1773/1774 1774/1775 1775/1776 1776/1777 1777/1778 1778/1779 1779/1780 1777/1778 1778/1779 1779/1780 1780/1781 1781/1782 1782/1783 1783/1784 1784/1785 1785/1786 1786/1787 1787/1788 1788/1789 1789/1790 1790/1791 1791/1792 1792/1793 1793/1794 1794/1795 1795/1796 1796/1797 1797/1798 1798/1799

RECEITA * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

519.805 499.950 461.916 580.685 281.020 257.570 373.360 416.150 257.570 373.360 416.150 237.690 450.000 358.975 400.007 231.319 360.975 211.465 491.140 ? ? 477.080 570.335 670.390 643.040 694.515 568.730 773.390 774.650 762.635

DESPESA * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

492.140 344.905 420.000 55.075 285.955 265.550 332.660 387.960 265.550 332.660 387.960 237.690 440.000 291.125 250.845 231.770 267.050 207.280 459.340 345.515 913.510 359.950 263.630 358.460 330.510 494.515 328.490 329.830 363.500 407.480

SALDO * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

27.665 155.045 41.886 30.610 4.935 7.980 40.700 28.190 7.980 40.700 28.190 6.125 10.360 67.850 149.162 .451 93.925 4.185 31.800 ? ? 117.130 286.700 311.930 312.530 200.000 240.240 443.560 411.150 355.155


88

ANO 1799/1800 *

RECEITA

DESPESA

SALDO

678.221 *

372.860 *

305.361

Nรฃo hรก documentos de contabilidade dos anos de 1801 a 1803 1804/1805 1805/1806 1806/1807 1807/1808 1808/1809 1809/1810 1810/1811 1811/1812 1812/1813 1813/1814 1814/1815 1815/1816 1816/1817 1817/1818 1818/1819 1819/1820 1820/1821 1821/1822 1822/1823 1823/1824 1824/1825 1825/1826 1826/1827 1827/1828 1828/1829 1829/1830

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

846.085 719.520 522.285 511.225 727.945 694.055 821.780 1.143.090 1.260.455 1.258.568 1.087.818 899.561 681.421 499.770 320.505 167.585 322.290 262.530 302.270 472.880 192.880 164.331 347.576 137.590 263.890 53.860

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

429.780 459.310 288.740 369.875 389.750 375.010 363.950 429.800 581.817 525.035 599.672 600.700 678.605 441.495 312.450 272.975 379.283 256.043 287.890 431.862 220.750 85.825 368.650 170.120 278.440 97.775

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

S/N

S/N S/N S/N S/N S/N

416.305 260.210 233.545 141.350 338.195 319.045 457.830 713.290 678.638 733.533 488.146 268.861 102.816 58.275 8.055 85.390 - 56.993 6.487 14.380 41.018 - 27.870 78.506 - 21.074 - 32.530 - 14.550 - 43.915


89

ANO 1830/1831 1831/1832 1832/1833 1833/1834 1834/1835 1835/1836 1836/1837 1837/1838 1838/1839 1839/1840 1840/1841 1841/1842 1842/1843 1843/1844 1844/1845 1845/1846 1846/1847 1847/1848 1848/1849 1849/1850 1850/1851 1851/1852 1852/1853 1853/1854 1854/1855 1855/1856 1856/1857 1857/1858 1858/1859

RECEITA * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

221.140 95.950 312.160 118.300 354.980 423.228 321.001 231.351 216.041 184.745 125.640 263.700 330.806 272.900 159.680 207.485 179.750 397.805 518.235 571.767 512.612 379.570 305.530 267.265 639.550 508.730 294.430 603.885 761.066

DESPESA * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

188.490 * 127.610 * S/N 309.330 * S/N 143.790 * S/N 281.310 * 412.15 * 310.260 * 214.125 * 210.410 * 126.065 * ? * 228.119 * 343.615 * S/N 291.311 * S/N ? * 286.370 * S/N 253.000 * S/N 315.325 * 432.278 * 303.090 * 358.677 * 378.350 * 268.635 * 262.890 * 430.235 * 300.500 * ? 505.119 * 746.311 *

SALDO 32.650 - 31.660 - 2.830 - 25.490 73.670 11.063 10.741 17.226 14.031 58.680 ? 35.581 12.809 - 18.411 ? - 78.885 - 73.250 81.480 85.957 268.677 153.935 1.220 36.895 24.375 209.315 208.230 ? 98.766 14.755


90

ANO

RECEITA

DESPESA

SALDO

1859/1860 * 525.215 * 524.580 * .635 1860/1861 * 179.245 * 178.920 * .325 1861/1862 * 172.865 * 168.065 * 4.800 1862/1863 * 503.885 * 473.985 * 29.900 1863/1864 * 563.275 * 554.718 * 8.557 1864/1865 * 395.242 * 392.410 * 2.832 1865/1866 * 447.922 * 445.540 * 2.382 1866/1867 * 263.767 * 263.460 * .307 1867/1868 * 584.205 * 438.355 * 145.850 1868/1869 * 410.190 * 317.481 * 92.709 1869/1870 * 497.835 * 481.615 * 16.220 1870/1871 * 296-750 * 314.626 * S/Neg - 17.876 1871/1872 * 256.307 * 253.463 * 2.844 1872/1873 * 393.735 * 388.989 * 4.746 1873/1874 * 324.611 * 310.569 * 14.042 1874/1875 * 295.082 * 287.510 * 7.572 1875/1876 * 964.572 * 477.110 * 487.462 1876/1877 * 1.262.248 * 932.377 * 329.871 1877/1878 * 866.706 * 598.823 * 267.883 1878/1879 * 894.298 * 815.392 * 78.906 1879/1880 * 719.393.5 * 521.746 * 197.647,5 1880/1881 * 465.187,5 * 360.840 * 184.367,5 1881/1882 * 1.554.097,5 * 1.188.265 * 365.832,5 1882/1883 * 801.269,5 * 751.548 * 69.721.5 1883/1884 * 625.771.5 * 590.360 * 35.411.5 1884/1885 * 918.761,5 * 717.720 * 201.041,5 1885/1886 *1.237.411,5 * 705.971.5 * 531.440 1886/1887 * 1.104.205 * 477.000 * 627.205 1887/1888 * 1.215.252 * 930.824 * 284.428 1888/1889 * 856.838 * 735.453 * 121.385


91

ANO 1889/1890 * 1890/1891 * 1891/1892 * 1892/1893 * 1893/1894 * 1894/1895 * 1895/1896 * 1896/1897 * 1897/1898 * 1898/1899 * 1899/1900 * 1900/1901 * 1901/1902 * 1902/1903 * 1903/1904 * 1904/1905 * 1905/1906 * 1906/1907 * 1907/1908 * 1908/1909 * 1909/1910 * 1910/1911 * 1911/1912 * 1912/1913 *

RECEITA 672.785 656.778 882.063 848.007 765.069 1.051.953 955.842 1.890.480 1.019.685 1.1.88.254 1.254.675 1.048.122 1.423.334 1.238.184 1.028.290 1.296.334 1.364.250 1.294.302 1.346.876 1.371.397 1.353.352 1.544.432 1.867.816 1.734.793

DESPESA

SALDO

* 653.092 * 600.974 * 851.256 * 822.071 * 838.596 * 840.391 * 896.848 * 1.858.598 * 989.018 * 974.104 * 948.903 * 637.598 * 1.1.67.237 * 1.1.58.244 * 774.306 * 919.184 * 1.045.298 * 918.276 * 968.709 * 975.095 * 858.130 * 714.333 * 1.027.383 * 1.208.662

* 19.693 * 55.804 * 30.807 * 25.936 * S/Neg -73.527 * 211.562 * 58.994 * 31.882 * 30.667 * 214.150 * 305.772 * 410.524 * 256.097 * 79.940 * 253.984 * 377.150 * 318.952 * 376.026 * 378.167 * 396.302 * 495.222 * 830.099 * 840.433 * 526.131

Não há documentos de contabilidade dos anos 1914 – 1923 A partir de 1923/1924 a contabilidade encontra-se em escudos 1923/1924 * 21.238$00 * 7.694$84 * 13.543$56 1924/1925 * 37.595$84 * 31.020$48 * 6.539$36


92

ANO 1925/1926 1926/1927 1927/1928 1928/1929 1929/1930 1930/1931 1931/1932 1932/1933 1933/1934 1934/1935 1936 1937

RECEITA * * * * * * * * * * * *

41.300$45 72.084$57 74.430$32 59.333$20 52.069$90 44.481$18 41.619$55 40.876$88 50.571$01 61.022$96 45.407$32 36.705$47

DESPESA * * * * * * * * * * * *

29.222$87 60.571$94 59.190$32 42.408$75 40.663$47 30.630$13 26.940$79 23.903”89 36.008$89 41.204$42 24.230$85 23.409$07

SALDO * * * * * * * * * * * *

12.077$58 11.512$63 15.240$00 16.924$45 11.402$43 13.851$05 14.678$76 16.972$99 14.562$12 19.818$54 21.176$47 13.296$40

Em 1938 passou a existir um Mapa de Receitas e Despesas Receita: Despesa: - Saldo 13.296$40 - Enc. Obrigatório 23$00 - Subsídio do Estado 6.745$00 - Administração 14.095$00 - Sub. da Autarquias 3.855$60 - Rep Edificios 3.493$00 - Sub de Particulares 5.535$00 - Material e Utensílios 499$00 - Quotizações 6.666$00 - Assist a Doentes 9.051$00 Total .... 47.470$00 Total ..... 27.161$00 Saldo ........... 20.309$00 1939 Receita: Despesa: - Saldo mês anterior 20.309$00 - Administração 18.219$00 - Sub. Estado 4.200$00 - Rep Edíficios 4.966$00 - Sub de Autarquias 900$00 - Material e Utensílios 1.802$00 - Sub Particulares 6.696$00 - Assist a Doentes 10.273$00 - Quotizações 6.664$00 - Rend bens Próprios 18.140$00


93

Total ....

56.909$00 Total ..... 35.260$00 Saldo ....... 21.649$00

1940 Receita: Despesa: - Saldo mês anterior 21.649$00 - Administração 17.538$00 - Sub Estado 4.000$00 - Rep. Edifícios 10.582$00 - Sub de Autarquias 900$00 - Assist a Doentes 14.401$00 - Sub Particulares 10.215$00 - Mat e Utensílios 787$00 - Quotizações 7.062$00 Total ....... 43.308$00 - Rend bens próprios 20.163$00 - Doentes pensionistas 5.070$00 Total ..... 69.049$00 * Saldo .... 25.741$00 1941 Receita: Despesa: - Saldo mês anterior 25.741$00 - Prod Diversos Espect 1.086$00 - Sub Estado 4.500$00 - Sub das Autarquias 1.800$00 - Administração 21.751$0 - Sub Particulares 4.235$00 - Enc Obrigatórios 752$00 - Quotizações 8.087$00 - Rep Edifícios 2.715$00 - Rend bens próprios 18.594$00 - Mat e Utensílios 1.938$00 - Doentes Pensionistas 3.855$00 - Assist Doentes 21.555$00 Total .......... 67.898$00 Total ....... 48.711$00 Saldo .......... 19.187$00 1942 Receita: Despesa:. - Saldo anterior 19.187$00 - Prod Div Espectác 15.081$00 - Sub Estado 4.500$00 - Administração 29.977$00 - Sub das Autarquias 3.800$00 - Enc Obrigatórios 708$00 - Sub Particulares 3.342$00 - Rep Edifícios 1.274$00 - Quotizações 8.414$00 - Mat e Utensílios 1.716$00


94

- Rend bens próprios 16.414$00 - Asist a Doentes 32.554$00 - Doentes Pensionistas 9.218$00 - Enc Doentes 2.018$00 Saldo ........ 11.709$00 1943 Receita: Despesa: - Saldo anterior 11.708$00 - Prod Div Espectác 10.605$00 - Sud do Estado 4.500$00 - Sub das Autarquias 3.800$00 - Administração 23.535$00 - Sub Particulares 4.287$00 - Enc Obrigatórios 708$00 - Quotizações 9.048$00 - Rep Edifícios 4.214$00 - Rend Próprios 37.722$00 - Mater e Utensílios 2.043$00 - Doent Pensionistas 5.634$00 - Assist a Doentes 39.591$00 Total ....... 87.305$00 Total .......... 70.491$00 Saldo ....... 16.814$00 1944 Receita: Despesa: - Saldo Anterior 16.814$00 - Administração 28.533$00 - Sub do Estado 4.500$00 - Enc Obrigatórios 827$00 - Sub das Autarquias 4.800$00 - Rep Edifícios 5.354$00 - Sub Particulares 4.392$00 - Mat e Utensílios 5.581$00 - Quotizações 8.210$00 - Assist a Doentes 60.143$00 - Rend bens Próp 81.337$00 - Outras Despesas 1.264$00 Total ....... 128.178$00 Total ............. 101.702$00 Saldo ..... 26.476$00 1945 Receita: Despesas: - Saldo anterior 26.476$00 . Sub do Estado 4.500$00 - Administração 32.380$00 - Sub Autrquias 4.050$00 - Encargos Obrigatórios 804$00 - Sub Particulares 58.938$00 - Rep Edifícios 9.279$00 - Quotizações 8.817$00 - Assist a Doentes 64.448$00


95

- Rend Bens Próp 20.192$00 - Mat e Utensílios 7.649$00 - Outras Receitas 11.699$00 - Outras Despesas 188$00 Total ......... .134.672$00 Total .......... 114.748$00 Saldo ........ 19.924$00 1946 Receita: Despesa: - Saldo Anterior 19.924$00 - Sub do Estado 5.000$00 - Administração 5.126$00 - Sub Autarquias 2.190$00 - Enc Obrigatórios 1.044$00 - Sub. Particulares 10.906$00 - Rep de Edifícios 5.389$00 - Quotizações 8.621$00 - Mat e Utensílios 1.805$00 - Rend Próprios 93.106$00 - Assist a Doentes 80.753$00 - Outras Receitas 7.612$00 - Outras Despesas 5.168$00 Total .......... 147.359$00 Total ........ . 99.285$00 Saldo ....... 48.074$00 1947 Receita: Despesa: - Saldo anterior 48.074$00 - Sub do Estado 8.000$00 - Administração 10.361$00 - Sub da Autarquias 17.000$00 - Encarg Obrigatórios 1.192$00 - Sub Particulares 58.209$00 - Rep de Edíficios 1.420$00 - Rend Próprios 23.685$00 - Material e Utensílios 18.166$00 - Quotizações 8.361$00 - Assist a Doentes 76.573$00 - Outras Receitas 6.833$00 - Outras Despesas 4.835$00 Total ........... 170.562$00 Total ............ 110.527$00 Saldo ........ 60.033$00 1948 Receita: Despesa: - Saldo Anterior 60.033$00 - Sub do Estado 17.000$00 - Administração 23.244$00 - Sub das Autarquias 3.500$00 - Encarg Obrigatórios 1.045$00 - Sub Particulares 15.417$00 - Rep de Edifícios 6.390$00


96

- Quotizações 8.476$00 - Material e Utensílios 4.825$00 - Rend Próprios 23.302$00 - Assist a Doentes 77.753$00 - Outras Receitas 7.870$00 - Outras Despesas 2.189$00 Total ............ 155.598$00 Total .................. 115.446$00 Saldo ....... 40.150$00 1949 Receita: Despesa: - Saldo Anterior 40.150$00 - Sub do Estado 27.000$00 - Administração 14.485$00 - Sub das Autarquias 8.106$00 - Enc Obrigatórios 1.129$00 - Sub Particulares 4.861$00 - Const Ext Edifícios 116.729$00 - Quotizações 8.341$00 - Material e Utensilios 457$00 - Rend B Próprios 38.208$00 - Assist a Doentes 66.614$00 - Outras Receitas 161.605$00 a) - Outras Despesas 3.837$00 Total ........ 288.271$00 Total ........ 203.251$00 Saldo ....... 85.020$00 a) - Comparticipação do Estado para Obras 84.533$00 - Espectáculos ....................................... 68.924$00 1950 Receita: Despesa: - Salso Anterior 85.020$00 - Sub do Estado 28.000$00 - Administração 13.347$00 - Sub Autarquias 1.150$00 - Encarg Obrigatórios 1.091$00 - Sub Pariculares 11.876$00 - Cons Rep Edificios 149.894$00 b) - Quotizações 7.299$00 - Material Utensílios 2.792$00 - Rend Próprios 30.256$00 - Assist a Doentes 57.054$00 Outras Receitas 130.7448$00 a) - Outras Despesas 1.827$00 Total ....... 294.349$00 Total ............ 226.005$00 Saldo ......... 68.344$00 a) - Comparticipação do Estado para Obras 122.096$00 b) - Obras de Adaptação, beneficiação e Instalação eléctrica no Hospital ............................ 119.306$00


97

- Reparação da Praça de Touros ...........

28.605$00

1951 Receita: Despesa: - Saldo Anterior 68.344$00 - Sub do Estado 76.135$00 - Administração 15.610$00 - Sub Autarquias 1.840$00 - Const e Rep Edíficios 61.274$00 - Sub Particulares 11.363$00 - Mat e Utensílios 48.487$00 a) - Quotizações 7.764$00 -

- Rend Próprios 29.157$00 - Assistência a Doentes 66.877$00 - Outras Receitas 46.006$00 - Outras Despesas 2.797$00 Total .... .240.609$00 Total ....... 195.045$00 Saldo ... 45.564$00 a)- Material de Equipamento para o Hospital ..... 45.671$00 1952 Receita: Despesa: - Saldo Anterior 45.564$00 - Sub Estado 24.000$00 - Sub Autarquias 1.840$00 - Administração 20.679$00 - Sub Particulares 17.909$00 - Rep de Edifícios 1.032$00 - Quotizações 7.482$00 - Material e Utensilios 2.950$00 - Rend Próprios 39.517$00 - Assistência a Doentes 75.415$00 - Outras Receitas 17.962$00 - Outras Despesas 17.151$00 Total .... 154.274$00 Total ...... 117.227$00 Saldo ......... 37.047$00 1953 Receita: Despesa: - Saldo Anterior 37.047$00 - Sub Estado 24.000$00 -


98

- Sub Autarquias 2.840$00 - Administração 25.139$00 - Sub Particulares 21.749$00 - Reparação Edifícios 1.110$00 - Quotizações 7.544$00 - Mat e Utensilios 1.255$00 - Rend Próprios 47.155$00 - Assist a Doentes 112.299$00 a) - Outras Receitas 17.682$00 – Outras Despesas 6.159$00 Total ...... 158.017$00 Total ........ 145.962$00 Saldo .......... 145.962$00 a) Dogras e Medicamentos 45.979$00 1954 Receita: Despesa: - Saldo Anterior 12.055$00 – - Sub do Estado 40.000$00 – - Sub das Autarquias 1.920$00 - Administração 85.124$00 - Sub Particulares 4.704$00 – Repar de Edifícios 1.766$00 - Quotizações 7.731$00 – Material e Utensílios 2.548$00 - Ren Próprios 31.682$00 – Assist Doentes 117.838$00 b) - Outras Receitas 144.140$00 – Outros Doentes 3.534$00 Total ...... 242.232$00 Total ...... 157.108$00 Saldo .......... 85.124$00 a) - Cortejo de Oferendas ............. 65.219$90 - Venda de Arvoredo .............. 67.814$00 b) - Medicamentos ...................... . 45.395$00 - Alimentação ......................... 59.998$00 1955 Receita: Despesa: - Saldo Anterior 85.124$00 - Sub do Estado 34.000$00 - Sub Autarquias 3.920$00 – Administração 12.949$00 - Sub Particulares 4.157$00 – Rep de Edifícios 378$00 - Quotizações 6.920$00 - Mat de Utensilios 595$00 - Rend Próprios 33.487$00 - Assist a Doentes 123.386$00 - Outras Receitas 28.688$00 - Outras Despesas 18.875$00


99

Total ....... 196.304$00 Total ....... Saldo ........ 40.121$00

156.183$00

1956 Receita: Despesa: - Saldo Anterior 40.121$00 - Diversos 54.074$00 - Bens Próprios 30.597$00 - Subsídios 54.952$00 - Administração 11.504$00 - Receitas Diversas 2.647$00 - Serv Hospital 134.722$00 - Reembolsos 439$00 - Propriedades 1.203$00 - Consig Receitas 1.439$00 - Consignados 1.211$00 Total ....... 184.269$00 Total .......... 148.640$00 Saldo ............. 35.629$00 1957 Receita: Despesa: - Saldo Anterior 35.629$00 - Diversos 49.760$00 - Bens Próprios 39.802$00 - Subsídios 52.841$00 - Receitas Diversas 875$00 - Administração 11.701$00 - Reembolsos 936$00 - Serv Hospitalares 137.501$00 - Receitas Extraord 622$70 - Propriedades 1.208$00 - Consg de Receitas 972$00 - Consignados 972$90 Total ........ 181.437$70 Total ........ 151.382$90 Saldo .............. 30.054$80 1958 Receita: Despesas: - Saldo Anterior 30.054$80 - Diversos 128.045$00 - Bens Próprios 36.475$00 - Subsídios 51.496$00 - Administração 12.324$00 - Diversos 358$00 - Serv Hopitalares 144.741$00


100

- Reembolsos 649$00 - Propriedades 2.442$00 - Consig Receitas 974$70 – Consignados 973$00 Total ........ 248.052$50 Total ....... 160.480$00 Saldo ............. 87.672$50 1959 Receitas: Despeas: - Saldo Anterior 87.572$50 - Diversos 138.455$00 - Bens Próprios 38.547$00 - Subsídios 71.383$00 - Administração 15.698$00 - Receitas Diversas 626$00 - Serv Hospitalares 190.981$00 - Reembolsos 595$00 - Propriedades 4.243$00 - Consig Receitas 1.015$40 - Consignados 1.015$80 Total ... 338.193$90 * Total ... 211.937$80 * Saldo 126.256$10 1960 Receita: Despesas: - Saldo Anterior 126.256$10 - Diver Serviços 15.540$00 - Bens Próprios 44.094$00 - Subsídios 53.690$00 - Administração 14.912$00 - Receitas Diversa 1.345$00 - Serv Hopitalares 208.799$00 - Reembolsos 943$00 - Propriedades 2.546$00 - Consig Receitas 1.140$80 - Consignados 1.142$10 Total ....... 243.008$90 Total ...... 227.399$10 Saldo ........... 15.609$80 1961 Receita: Despesas: - Saldo Anterior 15.609$80 - Diver Serviços 124.702$00 - Bens Próprios 48.787$00 - Subsídios 54.326$00 - Administração 16.114$00 - Receitas Diversas 3.969$00 - Serv Hopitalares 213.471$00


101

- Reembolsos 1.159$00 - Propriedades 1.268$00 - Consig Receitas 2.281$90 - Consignados 2.281$70 Total ....... 250.834$70 Total ........ 233.134$70 Saldo ........... 17.700$00 1962 Receita: Despesas: - Saldo Anterior 17.700$00 - Div. Serviços 64.849$00 - Bens Próprios 86.379$00 - Subsídios 64.542$00 - Receitas Diversas 1.602$00 - Administração 16.902$00 - Reembolsos 1.921$00 - Serv Hopitalares 219.178$00 - Cong Receitas 2.280$00 - Propriedades 1.362$00 - Receita Extra 469$00 - Consignados 2.281$70 Total ....... 239.742$30 * Total ......239.723$70 * Saldo 18$20

1963 Receita: Despesa: - Saldo Anterior 18$60 - Diver Serviços 184.729$00 - Bens Próprios 49.035$00 - Subsídios 74.374$00 - Administração 19.159$00 - Receitas Diversas 1.497$00 - Serv Hospitalares 216.074$00 - Reembolsos 1.283$00 - Propriedades 3.251$00 - Consig Receitas 2.280$00 - Consignados 2.280$90 - Receitas Extraord 52.756$10 Total ........ 365.972$70 Total ........... 240.764$90 Saldo ....... 125.207$80 1964 Receita: - Saldo Anterior 125.207$80 * Receitas Diversas 1.543$00


102

- Diver. Serviços - Bens Próprios - Subsídios

62.664$00 * Reembolsos 47.603$00 * Consig Receitas 80.162$00 * Receitas Extraord Total .............. 444.085$60 Despesa: - Administração 16.944$00 * Serv Hospitalares - Propriedades 9.998$00 * Consigndos Total ---------- 235.088$80 Saldo.......... 208.996$80 1965 Receita: - Saldo Anterior 208.996$80 * Receitas Diversas - Div. Serviços 35.883$00 * Reembolsos . Bens Próprios 47.301$00 * Consig Receitas - Subsídios 90.766$00 * Receitas Extraord Total .............397.924$20

Despesa: - Administração 24.263$00 * Serv. Hospitalares - Propriedades 1.810$00 * Consignados Total ......... 251,815$70 Saldo ....... 146.108$50 1966 Receita: Saldo Anterior 146.108$50 * Receitas Diversas - Diver Serviços 55.911$00 * Reembolsos - Bens Próprios 47.275$00 * Consig Receitas - Subsídios 85.341$00 * Receita Extraord Total ----- 344.418$90 Despesa: - Administração 21.816$00 * Propriedades

861$00 1.165$00 124.879$80

206.981$00 1.165$00

3.301$00 1.134$00 1.704$00 8-838$40

224.037$00 1.705$70

3.203$00 1.140$00 2.041$00 3.399$40

1.757$00


103

- Serv Hospital 206.268$00 * Consignados Total ..... 231.882$30 Saldo .... 112.536$60 1967 Receita: - Saldo Anterior 112.536$60 * Receitas Diversas - Diver Serviços 80.062$00 * Reembolsos - Bens Próprios 47.293$00 * Consig Receitas - Subsídios 75.853$00 * Receita Extrord Total ......... 445.425$80 Despesa: - Administração 27.387$00 * Serv Hospitalares - Propriedades 1.476$00 * Consignados Total ...... 275.144$40 Saldo .... 170.281$40 1968 Receita: - Saldo Anterior 170.281$40 * Bens Próprios 1968 Continuação: - Div Serviços 44.078$00 * Subsídios

-

2.041$30

347$00 1.103$00 1.846$00 126.385$20

244.435$00 1.846$40

50.595$40

74.313$00

Receira Receitas Diversas 648$00 Reembolsos 895$00 Consig Receitas 2.662$00 Receita Extraordinária 95.912$20 Total ............... 439.385$00 Despesa: - Administração - Serviços Hospitalares

24.134$00 233.573$60


104

- Propriedades - Consignados Total ...............

1.496$00 2.663$00 261.865$60

Saldo ..............

177.518$40

************ *****


105

CAPITULO VI DONATIVOS


106

Esta Santa Casa, como todas as suas congéneres, (salvo raras excepções) nunca teve, no tocante a Receitas, uma disponibilidade que lhe permitisse levar a cabo uma assistência eficaz como seria seu desejo. Sempre esta Misericórdia lutou com faltas de dinheiro, faltas essas que limitaram e limitam, em alta percentagem, a sua acção de beneficência. Instituída para acudir a doentes, e desvalidos e a pobres que estendem a mão à caridade alheia, também a Santa Casa da Misericórdia para poder cumprir a sua missão (pelo menos num mínimo indispensável) tem tido a necessidade de pedir aos mais abastados. Tem pedido auxílio e, quando os mais generosos correspondem aos seus apelos, a Santa casa tudo aceita e tudo lhe serve; dinheiro, legados de prédios, roupas, lenha, joias, fardos de palha, etc.. Donativos diversos, esmolas variadas tanto no seu valor como na sua qualidade, auxílios vindos de perto e de longe, tudo a Santa Casa tem recebido de bom agrado, tem acarinhado e tem convertido, o melhor que pode e sabe, em matéria útil à sua função benemérita. É isto o parece demonstrar uma ou outra resolução das Mesas ao despertar sentimentos altruístas dos homens bons, solicitando-lhes o seu auxílio. É esta ilação a que poderá chegar-se ao ver registado em actas agradecimentos sinceros, agradecimentos sentidos, sempre que a esmola chegou; o reconhecimento das Mesas também está patente existentes no vestíbulo do Hospital.


107

- “Este Hospital foi mandando construir pelo benemérito Provedor da Misericórdia cidadão Gaspar Costa Ramalho com esmolas por ele obtidas e a expensas suas em 1912. A Comissão Administrativa em homenagem ao seu Provedor” - “Homenagem agradecida desta Misericórdia ao Senhor José Xavier Pinto. 20-7-941”. - “Homenagem agradecida desta Misericórdia à benemérita Senhora Dona Isabel Maria da Costa Santos. 20-7-41” - “Ao Exmº Senhor Eng. João d`Oliveira e Sousa pelo restauro da Igreja da Misericórdia, feito a expensas suas no ano de 1960. O agradecimento desta Santa Casa. Dezembro 1960”. - “Ao Exmº Senhor Dr. Joaquim Gomes de Carvalho, por vinte e cinco anos de serviços gratuitos como zeloso e distinto director clínico deste Hospital. O agradecimento desta Santa Casa. Dezembro 1960”. ********* A gratidão da Santa Casa igualmente está demonstrada nos retratos existentes no Salão das Sessões do Hospital: - Um retrato do Snr. Gaspar Costa ramalho * Um retrato do Snr. Francisco Ferreira Lino * Um retrato da Senhora D. Teresa Castro Castro Pereira de Monte Real * Um retrato do Snr. Jorge de Melo e Faro de Monte Real * Um retrato da Senhora D. Maria da Piedade Costa Ramalho.


108

E por fim podemos também concluir que os donativos sempre vieram aparecendo, para o que basta verificar o registo que a seguir efectuamos. Se a documentação existente completa, isto é, se não houvesse falta de livros antigos, certamente encontraríamos em cada ano de vida da Misericórdia a presença de donativos a marcar a secção dos homens bons. Segue-se o registo de donativos, com a ideia de confirmar o nosso pensamento atrás exposto atrás exposto e, principalmente, com o fim de registar os nomes desses beneméritos.

*********


109

DONATIVOS PARTICULARES (Valores doados em réis) 1706 – Deu o Provedor José de Matos, destindo à compra de uma lampada de prata 57.850 (A lâmpada custou 140.000 rs.) -Outros Irmãos ..................................................................................................... 50.000 1754 – Entregue por Miguel Calixto, em virtude da promessa a N. Senhora ................................................................................. 9.440 1756 – Donativo de Suas Magestados para edificação da Santa Casa ...................................................................................... 600.000 1756 - Mais uma esmola da Raínha .......................................... 9.600 - Donativos das Princesas ............................................... 6.400 - Donativo do Infante D. Pedro ................................... 81.600 - Donativos de Miguel Francisco para as mesmas obras ..................................................................................... 1.440 1871 – Entregue pelo prov Joaquim de Menezes para comp saldo negativo 1870-1871 ......................................... 17.876 - Do Barão de Salvaterra, produto duma execução 189.600 contra os Herdeiro de Fortunato Silva e Brito ................. 9.000 1873 -De Sua Alteza a Senhora Dona Isabel Maria .......... 1875 - Produto duma tourada feita em benefício da Santa Casa e promovida pelo Barão de Salvaterra ....................................................... 270.000 1881 – Parte do Legado de João Luís Nieto .................. 673.930 1885 – Legado de Lúcio de Sousa Machado .................. 396.830 1888 – Entregue pelo Dr. Joaquim de Santos Calado ...... 1. 710 - Entregue por Manuel Casa Nova ........................ 1. 215 1891 – Entregue por Manuel Fernandes........................ . 960


110

- Legado de José Xavier Pinto, por Testamento de 5 de Março de 1880: *Prédio urbano, morada de casas com uma morada, destinada a arrecadação, situada na Rua Dr. Miguel Bombarda (artigo 173 da Matriz); *Prédio urbano, ruínas de uma Cocheira, no recanto da Estrada Nacional (antigo Largo das Cavalariças), com a superfície de 258, 50 m2 (artigo 708 da Matriz): *Prédio rústico que consta de uma Sesmaria denominada “Horta do Loureiro” com a área de 3,00 ha. situada nos arredores desta Vila (artigo 83 da Matriz): *Prédio rústico que consta de uma Sesmaria denominada “Mexieiro” com a área de 25,08 ha.; * Terra de semeadura e vinha; tem edificadas diversas moradas de casas destinadas a habitação; situado nas “Omnias e Sesmarias”, lugar dos “Foros” (artigo 250 da Matriz rústica e 949, 950, 951, 952, 953, 954, 955, 956, 957, 959, 960, 961, 964, 965, 966 e 970 da Matriz úrbna); *Prédio rústico, contínuo ao “Mexieiro”, que consta de terra de pinhal e pastagem com a área de 31 6423 ha. constituindo o Lote nº 1 das “Buínheiras” (artigo 251 da Matriz). *Gado e Alfaias Agrícolas. ** O Legatário faleceu, em 16 de Junho de 1891, tendo reservado o uso para Elysiária Sabina Martins. Esta faleceu em 5 de Janeiro de 1938, data em que se operou a consolidação a favor da Misericórdia. O processo da Contribuição de Registo por título gratuito nº 22, de 4 de Julho de 1891, instaurado por óbito do legatário, atribuiu aos bens legais o valor 132.532$00 rs. *************


111

1892 – Entregue pela Irmandade das Almas, dinheiro existente em Caixa, e por ter sido extintas Irmandade – Alvará do Governo Civil de 4 de Junho de 1891 ........................................................... 36.7 84 1894 – Entregue por José Ferreira Roquete, proveniente de parte do Legado deixado à Misericórdia pelo falecido João Luis Nieto. .................................................. 100.000 -Donativo de Ignácio Rebelo de Andrade ................ 19.735 1896 – Entrgue por José Ferreira Roquete, proveniente de parte do Legado deixado Por João Luis Nieto ...... 100.000 - Entrgue por Roberto Jacob da Fonseca, na qualidade de testementeiro de seu irmão .1.100.000 Vicente Roberto da Fonseca .......................... 1898 – Donativo do Dr. Francisco Guilherme de Brito ... 20.000 - Entregue por José Ferreira Roquete, proveniente 50.000 de parte do Lagado de João Luis Nieto ............. - Donativo de António de Sousa Sardinha ........... 13.840 - Recebido de José Ferreira Roquete, proveniente do Legado de João Luis Nietto ......................... 100.000 1899 – Donativo do Dr. Francisco Guilherme Brito ....... 20.000 1900 Idem ........... 20.000 1901 Idem ...... 20.000 1902 Idem ..... 20.000 1903 -Donativo de Dr. Francisco Guilherme de Brito 20.000 1905 – Donativo de Joana Isabel Motta Lima .............. 40.000 - Donativo de Isabel Maria da Costa Santos ...... 20.000 1905 – Donativos de várias pessoas para a compra de Reposteiro em Madeira para a porta principal da Capela da Misericórdia ............. 10.000


112

-. Donativo do Dr. Francisco Guilherme de Brito

20.000

- Entregue por Maria Rita Lopes da Silva,do Legado deixado por seu falecido marido; Benardo Lopes da Silva ....... 20.000 1906 – Entregue por Dr. Francisco Guilherme de Brito .. 20.000 1907 Idem ........ 20.000 1908 Idem ..... 20.000 1909 Idem ............ 20.000 1910 Idem ....... 20.000 1911 Idem ......... 20.000 - Entrgue por Jacinto Casanova ....................... 10.000 - Entregue por Domingos da Costa Narciso ........ . 10.000 1811 - Entregue por Albino de Jesus ........................ 10.000 1912 -Entregue por Casimiro Galego ............................ 20.000 - Entregue por Vitor Martins ............................... 10.000 - Idem por Jacinto Casanova ............................ 10.000 - Esmola de Vicente Luis de Sousa Vinagre ............... 5.000 - Idem de um grupo de senhores ........................ 5.000 - Idem de Maria José Fernandes ....................... 1.500 - Idem de Carlos Vinagre ................................... 5.000 1913 – Donativos destinados à constr do Edif do Hospital; - Dezembro de 1910, Produto duma Récit .......... 27$050 - Maio de 1911, dinheiro que estava depositado em casa de Porfírio Neves da Silva, para ajuda da construção do Hospital ............................ 2.500$00 - Agosto de 1911, Recebido da Grande Comissão Nacional de Socorros à vítimas do Tremor de terra do Ribatejo ..................................... 2.000$00 - Outubro 1911, recebido de Porfírio Neves da


113

Silva, Tesoureiro da extinta Comissão de Socorro ....... ..................................................... - Outubro de 1911, recebido de Carlos Rangel de Sampayo ......................... ...................... ....... - Outubro de 1911, recebido de D. Joana Isabel Matos Lima Dias ............................... - Março de 1912, recebido de Joaquim Pedro de Menezes ........................................ - 1912, recebido de Porfírio Neves da Silva, ......... - 1912, recebido de Francisco Libório da Silva ...... - 1912, recebido da subscrição aberta em Lisboa pelo Colónia de Salvaterrenses. Para acudir à desgraça produzida pelo terramoto, e que reverteu afavor do Hospital ................... ...........

582$375 21$800 150$00 135$00 150$00 30$00

1.369$530

1913 - Venda em 1912 de 108 chapas de ferro zincado a 400 reis cada.................................................................. 43.200 - Venda em 1912, de 100 telhas a 30 reis cada ..... ......................................................... 300.000 - Importância do deficit resultante da comparação da receita para a despesa, o qual foi coberto a expensas do Presidente da Comissão Administrativa da Misericórdia de Salvaterra de Magos, Snr. Gaspar da Costa Ramalho .............. ............................................................... 2.083$506 ( O total dos donativos destinados à construção do Edifício do Hospital, atingiu a soma de 9.095$461, que cobre as despesas com a mesma construção, iniciada em Janeiro de 1911 e concluída em Janeiro de 1913. A Comissão era constituída por: Gaspar da Costa Ramalho, José de


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Vasconcelos, António Jorge de Carvalho, João Nunes Vasco,Artur Xavier da Silva, Joaquim José da Silva, Francisco Lopes Rosa, Manuel Ferreira Gomes, António Ferreira Vieira, António Paulo Cordeiro e José Adelino Fernandes Silva) 1913 - De Francisco Ferreira Lino, géneros alimentícios necessários (legumes e leite) durante a gerência da Mesa actual. 1917 – De Porfírio Neves da Silva, a oferta de um curro de de touros para benefício - à escolha da Mesa, ou da quantia em dinheiro de (à escolha da Mesa) .............................. 400$00 - De João Maria Almeida, 6 lençóis, 6 travesseiros e 6 almofadas. * De João Nunes Vasco, 1 tambor de carboneto * Da Casa Freire, tijolo para reparação da Capela * De Maria José Fernandes e sua irmã Sofia Fernandes – 6 camisas par os doentes *De Vitalina Fonseca – 6 camisas para doentes. 1918 – De João Nunes Vasco, 1 tambor de Carboneto * De Joaquim Pedro de Menezes ..................................................... 50$00 1918 - De Adelaide da Conceição Costa ......................... 200$00 - Da Grande Comissão de Socorros de Lisboa ....... 2.000$00 1920 - De Joaquim Pedro de Menezes ............................. . 100$00 -De Roberto & Robrto ........................................... 1.200$00 -De José Eugénio de Menezes- 1 carrada de lenha * De António José da Silva 2 carradas de lenha 1921 – De Francisco Ferreira Lino – 1 carrada de lenha * Dr. Roberto F.Fonseca ....--------------------1.104$00 2.000$00 - Legado de Porfírio Neves da Silva ..................... 1922 – De António José F. Silva – 1 carrada de lenha


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1924 – Entregue por Luís Gonçalves da Luz - da Associação de Beneficência de Vila Franca de Xira quando da visita e espectáculo naquela vila ........ ............................................................. 2.290$10 - Entregue por Roberto da Fonseca Júnior, proveniente do Legado feito por seu pai, Roberto Jacob da Fonseca ..... 1.500$00 - (Entrega do Edifício da Praça de Touros, que fora construída sob a orientação e responsabilidade de uma “Comissão Construtora” constituída em Setembro de 1919 e composta por; Francisco Maria Gonçalves, Augusto da Silva, Manuel Lopes Gonçalves, Luiz Gonçalves da Luz, Francisco Moraes, António Henrique Alexandre, Augusto Gonçalves da Luz, Carlos Alberto Rebelo, Pedro Sousa Marques, Augusto d`Almeida e José Luiz das Neves). * Não há documentos que informem do custo total da obra, mas deve ter andando à volta duma centena de contos). - Entrega por António Branco Teixeira (?), Manuel Ribeiro Teles, José Carlos da Silva Santos e António Luiz Lopes Júnior, proveniente do benefício tauromáquico realizado na praça de touros ..... ................................................................. . 4.000$00 - Donativo de Francisco Libório da Silva . .......... 250$00 1924 - Entrega de Donativo de Isabel Costa Santos ....... 250$00 - Entrega por Francisco F. Lino, proveniente da Ferra dos seus bezerros .. .............................................................. 265$00 - De Gaspar Costa Ramalho, proveniente de subscrição com o fim de liquidar as dívidas contraídas pela Mesa cessante ... ............................................................................................. . 500$00 - Entrega pela Comissão Organizadora de uma Récita ..................................................... 502$90


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- Entregue por Alexandre José Pote e Manuel Pasmarra ................................................................................... 260$00 - Proveniente da Venda de Livros oferecidos por Porfírio Manique .......... ........................................................ 50$00 - De António Gaspar Ferreira ........................... 300$00 - Entregue por Henrique Avelar da Costa Freire do produto líquido dum Vacada .................................................... 6.864$10 - De Joaquim António Maia Faria ........................... 300$00 - De Dr. João d`Ornelas e José Vicente Costa Ramalho ........ ............................................ 200$00 - Entregue por António Ferreira Cartaxana ............ 890$50 - Entregue por Luis Augusto André, do produto duma Récita ...................... ........................................................... 104$65 - Donativo de João Augusto Borrego ............... 11$50 1924 - Idem de Joaquim Gonçalves da Luz ....... 24$00 - Idem de Sofia Fernandes .................... . 30$00 - Idem de José Sousa Torroaes .................... 40$00 - Idem de António Rodrigues Izidro ........... 20$00 1925 - Donativo do Eng. João d`Oliveira e Sousa ....... 500$00 Idem de João Nunes Vasco ............................ 37$50 Idem de Joaquim Pedrosa .................. 270$00 Idem de João Luis Mendes .......................... 10$00 - Idem de Maria da Conceição Avelar Freire . 308$70 1925 - Entrega por Bernardino de Almeida, Luís Dias Rosa Manuel J. Barreiros, Agostinho Montez, António e Júlio Mota J. Barreiros , Manuel J. 270$00 270$00 - Donativo de Gaspar Costa Ramalho ...... 5.00$00 270$00 - Idem de Joaquim Pedro de Menezes .... 1.00$00 ..........................................................................270$00. - Idem de Fernão Pires ...................... 50$00


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- Idem Sociedade Filarmónica Benaventense - Idem de João Branco Núncio ................. - Idem de Joaquim Ferreira Pedrosa ..... - Idem Maria da Conceição Avelar Freire - Idem de Gaspar Costa Ramalho ........... - Idem de Joaquim Pedro de Menezes ..... 1926 - Entregue pela Comissão Organizadora de uma Corrida de Touros ...... ......................... 1927 - Legado de Joana Isabel Matos Lima Dias .... - Entrega Eng. Carlos Santos da Costa freire - Entrega por uma Comissão de Senhoras ..... - Donativo de Gaspar Costa Ramalho ............ - Idem de José Casimiro d`Almeida .............. - Entrega por Roberto & Roberto, produto duma Corrida de Touros ..... ....................... - Idem de Conceiçao Gonçalves ............... 1927 - Entrega de Gaspar Costa Ramalho ............ - Idem de Silvério Lopes Gustavo ............... - Idem de Gaspar Costa Ramalho ................ - Idem Idem ................................. - Idem Idem ................................. - Idem Idem .................................... - Idem Idem ......................... ............... - Idem Idem ...................................... - Idem Idem ....................................... - Idem Idem ....................................... - Idem Idem ....................................... 1928 - Idem Idem .............................. ............. - Idem de José Eugénio de Menezes .........

500$00 500$00 250$00 308$70 500$00 100$00 6.507$48 6.358$51 297$30 276$10 500$00 500$00 3.938$85 50$00 126$00 200$00 300$00 413$60 3.400$00 186$00 180$00 1.020$00 180$00 180$00 180$00 180$00 48$00


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- Idem de Gaspar Costa Ramalho .............. - Donativo de João Januário Júnior ........... 1928 - Donativo de Gaspar Costa Ramalho ........... - Idem de Dr. Fernando Palhoto .................. - Idem de Gaspar Costa Ramalho ............... - Idem Idem .............. - Idem Idem ....................... - Idem Idem ...................... - Idem de José Adelino Fernandes Silva ..... - Idem de Augusto Pinhão ....................... - Idem de Maria Carolina Rebelo Andrade - Idem de Gaspar Costa Ramalho ............... - Idem Idem ............... - Danativo Quermesse da Festa da Flôr - Donativo de António Ferreira Cartaxano - Idem de José Adelino Fernandes Silva - Idem de Gaspar Costa Ramalho ...... .... - Idem de José Maria Ferreira ......... - Idem de Constantino Nunes ............ - Idem de Gaspar Costa Ramalho ...... - Idem Idem ............ - Idem de Manuel Ferreira Estudante . - Idem de Gaspar Costa Ramalho ......... 1929 – Idem Idem .......... - Idem Idem .............. - Idem Idem .................. - Idem Idem ................ - Idem de Maria José e Maria Júlia Lino, de donativos obtivos . ...................

180$00 100$00 180$00 100$00 180$00 200$00 180$00 180$00 275$00 100$00 50$00 180$00 180$00 1.009$40 150$00 50$00 180$00 60$00 40$00 180$00 150$00 100$00 2.260$00 566$10 120$00 360$00 120$00 1.570$00


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- Idem da Empresa Cine Salvaterrense 555$00 - Idem de Silvério Lopes Gustavo ... 100$00 - Idem de Henrique José Ferreira Martins 200$00 - Idem de Gaspar Costa Ramalho ... 180$00 - Idem de Eng. João d`Oliveira e Sousa ... 1.000$00 - Idem de Gaspar Costa Ramalho ....... 180$00 - Idem de António Jorge de Carvalho .......... 100$00 - Idem de Gaspar Costa Ramalho ............... 180$00 1930 - Entregue por Teatro-Cine ...................... 458$00 - Donativo de Joaquim Pedro de Menezes ....... 500$00 - Idem de Humberto Nascimento Vasconcelos e Pedro Augusto Vasconcelos............. 50$00 - Idem de António Queirol Roquete, Francisco Ferreira Lino, Henrique Avelar da Costa Freire, Vª Joaquim Pedro Freire e Luis Ferreira Roquette .............................................., 1.500$00 - Idem de Gaspar Costa Ramalho ............ 300$00 - Idem de António F. Silva ....................... 300$00 1930 - Donativo de José Eugénio de Menezes ...... 300$00 - Idem de Roberto & Roberto .... ....... 300$00 1931 - Idem de Empresa do Teatro-Cine ... 642$40 - Idem de Idem ..... 427$05 - Idem da Sociedade Agrícola Salvaterrense ..... 150$00 - Idem de Cine – teatro ....................... 1.569$20 1932 - Idem do Apostolado da Oração ...... 50$00 1.000$00 1933 - Idem do Eng. João d`Oliveira e Sousa ....... 1934 - Idem de José Eugénio de Menezes, Proveniente do Legado de seu Pai Joaquim Pedro Menezes ..... . 200$00 1935 - Idem da Companhia das Lezírias ....... 200$00 1936 - Idem do Eng. João d` Oliveira e Sousa...... 1.000$00


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1937 - Idem da Comissão Venatória Concelhia..... 3.614$80 - Idem da Casa Cadaval .......................... 150$00 1938 - Idem de João d` Oliveira e Sousa .......... 1.000$00 1939 - Idem de Francisco Ferreira Lino ... ........... 800$00 194 1 - Idem Receita das Corridas de Touros organizadas pelo Snr Jorge de Melo e Faro de Monte real e Esposa, que tomaram a iniciativa da recuperação da Praça: 1ª Corrida .................................................................... 13.851$50 2ª Corrida ........................................................... 115.176$65 ( Na primeira corrida dignou-se assistir Sua Excelência o Senhor Presidente da República, General António Óscar de Fragoso Carmona) 1941 – Dávida de D. Isabel Maria da Costa Santos, de ¼ do produto da venda do seu prédio situado à Rua Garcia da Horta, Nº 53, em Lisboa, a efectuar depois do falecimento da usufrutária D. Maria Fernanda de Melo Santos ................ 275.250$00 (Convertido em Certificados de Renda Perpétua Nºs 64 e 1157) - Donativo de Gaspar Costa Ramalho ........ 243$20 - Idem de Eng. João d`Oliveira e Sousa ... 1.000$00 1943 - Idem Idem 10 Ton de Lenha 1944 - Idem de Jorge de Melo e Faro .................... 11.547$70 1946 - Idem de Alfredo Rodrigues da Piedade 3.000$00 (Donativo, pela venda da sua Empresa de Viação Salvaterrense, à família Anastácio, detentora da Empresa de Viação Benaventense) 1951 - Idem de Gaspar Costa Ramalho .................. 520$10 1952 - Idem de Engº João d`Oliveira e Sousa ... , 3.000$00 - Idem de Herd. Francisco Ferreira Lino ....... 1.500$00 - Idem de Ernesto Avelar da Costa Freire ...... 1.000$00 - Idem de Eng. José Sebastião Vaz Freire ........ 500$00 - Idem de Aníbal Vieira ......................... ....... 400$00


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1953 - Legado de D. Maria da Piedade Costa Ramalho, dos dois Foros do “Meixieiro” ( Testamento de 14 de Janeiro 1947) valor .......................................................................... 848$00 - Donativo de Gaspar Costa Ramalho ........ 3.0 00$00 1954 - Idem de Isaías Martins Madeira ........ 200$00 Idem de Miguel Casimiro ................. 100$00 - Entrega por José C. Asseiceira Cardador, proveniente do Produto do I Rally Automóvel ..... .................... 2.091$90 1955 - Donativo de Gaspar Costa Ramalho ...... 1.000$00 - Entrega por José C. Asseiceira Cardador, proveniente do Produto do II Rally Automóvel .......................... 3.000$00 - Donativo de Izidoro Duarte de Almeida, de Torres Novas...................................................................... 500$00 - Idem de José Lopes Ferreira Lino,25 fardos de palha 1956 - Idem de Maria Isabel Roquette .. ................ 2.000$00 - Idem Idem .............. 1.000$00 1957 - Entregue por José C. Asseiceira Cardador, proveniente do Produto do III Rally Automóvel ...... ............... 620$60 - Donativo da Casa Africana de Lisboa – 30 cobertores 1958 - Idem de José Lopes Ferreira Lino - 40 Fardos de Palha 1959 - Idem de Gaspara Costa Ramalho ....... 2.000$00 1960 - Despesa das Obras de Remoção e Restauro total das paredes, Telhados e interiores da Capela da Misericórdia, que o Eng. João d`Oliveira e Sousa, custeou integralmente, ultrapassou a centenas de contos, segundo cálculos de entendidos. 1963 - Doação do Dr. José Henriques Lino e esposa, por escritura de 19 de Janeiro de 1963, de uma parcela de terreno destinado à Construção, com a área de 257 m2, situado junto à E. N. 118, Limites desta vila, a destacar do seu prédio rústico (inscrito Matriz sob o artigo Nº 715


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- Legado de Gaspar Costa Ramalho, proveniente de: * I Automóvel Ford, vendido por ......... 2.500$00 * I Automóvel Vauxhall, vendido por ...... 49.100$00 1965 - Entregue pela Casa do Pessoal da Rádio Televisão Portuguesa,Proveniente, proveniente do produto do Festival tauromáquico Realizado na Praça de Touros desta vila, ................................................................................... 22.413$50 1966 - Entrega feita por Carlos Leonel da Silva Duarte, António Carlos da Silva Paiva, Manuel Joaquim Parracho Pinto de Figueiredo,Carlos António Monteiro da Silva e Francisco Rodrigues Almeida, recebido do peditório ...... ..................... 2.999$10 1967 - Legado de D. Maria Isabel Roquette . ........ 10.000$00 - Legado de Ernesto Costa Freire, com destino a ampliação do Edifício do Hospital ............................................. 100.000$00 (Converido em Certificado de renda Pertétua Nº 1157) - Cortejos de Oferendas: 1944 - I Cortejo de Oferendas ........... 68.128$00 1946 – II Cortejo de Oferendas ............. 66.962$30 1949 - III Cortejo de Oferendas ........ 65.156$60 1950 - IV Cortejo de Oferendas ...... ....... 48.747$60 1954 - V Cortejo de Oferendas ..... ..... 65.219$90 1963 - VI Cortejo de Oferendas ............ 123.224$60 1967 - VII Cortejo de Oferendas ............... 98.525$70 - Donativos Oficiais: São as seguintes Entidades Oficiais que anualmente estão contribuíndo com Subsídios a favor da Misericórdia: - Direcção Geral de Assistência ...................... 40.000$00


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- Governo Civil de Santarém ............ ................. - Câmara Municipal do Concelho .......................... - Junta de Freguesia ....................... ..................... - Comissão Municipal de Assistência .............. ******** ****

4.000$00 3.000$00 500$00 9.000$00


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CAPITULO VII MESÁRIOS


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A DEDICAÇÃO Esta Santa Casa. como todos os agrupamentos sociais, teve sempre necessidade de um Corpo Directivo, que guiasse os os seus destinos, zelasse os seus interesses e orientasse a administração no sentido de cumprir a sua missão benemérita. Missão certamente difícil, visto que, se as necessidades de assistência são quase limitadas, também é certo que os recursos financeiros são sempre muito limitados, do que resulta, pois, a acção directiva ficar resumida, na sua função e nos seus desejos, a u mínimo indispensável ao nível do quotidiano. Esta dificuldade levará alguns homens a não desejar assumir a responsabilidade de tal administração, sabendo, de antemão, que pouco será possível realizar e que, por muito boa vontade que tenham, a sua acção ou a sua intenção, pouco produzirá a bem do nome do Hospital ou a favor dos pobres. A comodidade, o receio de críticas (por vezes injustas), a indiferença, a falta de tempo, etc., certamente contribuirão para explicar a dificuldade em constituir Corpos Directivos, não só nos tempos actuais mas também nos períodos já longínquos.


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Olhando para a história dos Mesários desta Santa Casa podemos verificar que há homens que estiveram presentes durante largos anos à frente dos destinos da Associação. Este facto mostra, certamente, o interesse desses homens ou o valor dos seus nomes; mostra, sem dúvida, que havia vantagem em que vantagem em que continuassem a dirigir e que não seria acertado fazer a sua substituição. Foram, sem dúvida, cidadãos que fizeram execpção em face ao geral comodismo e indiferentismo da sua época, foram “cavalheiros” desinteressados que lutaram nobremente pela causa comum e justa; foram “heróis” que se avantajaram sobre os demais, se elevaram além do nível vulgar da passividade e da tranquilidade caseira. Mas a mesma “história” dos Mesários não poderá também evidenciar outra coisa? Nos meios pequenos, principalmente nos tempos passados, é certo que não havia uma quantidade de homens que estivessem à altura de administrar Associações de interesses públicos; mas não poderá também, a “história” dos Mesários denunciar o afastamento voluntário e propositado de outros. O “herói” é verdadeiro “herói” por si mesmo ou o é apenas por mercê duma conjugação de circunstâncias? Não desejamos, com estas considerações menosprezar, de qualquer maneira, o valor desses Mesários que estiveram sempre presentes durante largos anos, mas principalmente, mas simoniacamente, pensar na ausência de outros nomes que poderiam ter também contribuindo com o seu esforço, a sua acção, e sua influência ou a sua presença para o bom funcionamento da Santa Casa e, quem sabe, até para estimular os adormecidos em matérias de assistência. Mas, visto que é missão


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principal da História assinalar as presenças úteis e não perder com conceitos morais respeitantes às ausências débeis, aqui estamos, gostosamente, a registar os nomes desses homens que chamaram a si a responsabilidade da administração da Santa Casa. Estiveram presentes certamente com prejuízo da sua vida particular; a sua presença acarretou-lhes aborrecimentos com pessoas particulares e com entidades oficiais (em Maio de 1922 a Mesa resolveu pedir a sua demissão em virtude de discordância com o Senado Municipal); a sua responsabilidade trouxe alguns prejuízos directos à sua bolsa, pois encontramos na escrita da contabilidade muitas entregas em dinheiro, peitas pelos Provedores para saldar débitos. Foi um Provedor, Gaspar Costa Ramalho, que lutou pela edificação do Hospital actual, trabalhando, pedindo a todos e acabando por ter que saldar o que faltava. Temos pena que a documentação, cheia de lacunas, cheia de faltas, incompleta e deficiente (anterior a 1913) não nos permite registar todos os nomes desses Mesários. Só depois do funcionamento, em 1913, do actual Hospital (onde se encontra instalada a secretaria) nos é possível verificar que a Mesa era escolhida por votos duma Assembleia que se reunia para esse efeito. Cada cidadão presente entregava o seu voto na qual indicava o no,e e o cargo do escolhido; resultava daqui a necessidade de um apuramento final do nome mais votado para cada cargo. Até 1909, data do terramoto que destruiu a Albergaria/ou Hospital velho, e, consequentemente, originou a perda de muitíssima documentação útil, apenas conseguimos


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tomar conhecimento de algumas Mesas pelas assinaturas feitas nos documentos de contabilidade que chegaram até nós. A partir de 1961, a eleição das Mesas faz-se em Assembleia do competente Definitório. ********* *********


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MESÁRIOS DA SANTA CASA DA MISERÓRDIA Séc. XVII – Séc. XVIII 1670 Manuel Mendanha * Alexrandre de Barros * André Pires de Carvalho * Sebastião Dias * Gaspar Gomes * António Cartaxo 1671 Manuel Mendanha * Alexandre de Barros * Hicronymo de Jesus * António Tavares * Filipe de Siqueira * João Mialheiro * Luis Lopes * Custódio Zuzarte 1672 João Quaresma de Matos * Miguel da Costa * João da Cunha Pestana * Manuel Marques * João Mialheiro 1673 João Milheiro * Miguel da Costa * Manuel Marques * Luis Costa Soares * Alexandre Barros * Filipe de Siqueira 1674 João Mialheiro * Manuel Quaresma * João Quaresma de Matos * Alvaro de Almeida 1675 Manuel Mialheiro * João Quaresma de Matos * Manuel Almeida Costa * João da Silva * Luis Lopes * João da Cunha 1677 Rafael de Barros * Manuel Marques * Manuel Batista Frade * João Gomes * Alexandre de Barros * Manuel da Costa


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1678 Alexandre de Barros * Manuel Marques * Manuel Passanha * Manuel Batista Frade * Filipe de Siqueira * Sebastião Dias Pinhão 1679 João Mialheiro * Sebastião Dias Pinhão * A. Nunes de Barros * Luis Vaz Pinheiro * M. Dias Pestanha * Luis Correia 1680 João Menezes * Manuel Batista frade * Luis Correi Sodré * Manuel Marques * Manuel Pires * Manuel Afonso Pereira * João de Matos 1681 João Menezes * André Pires de Carvalho * Domingos de Sousa Barbuda * António Pires * Manuel da Costa * João de Matos Pestana * Domingos Mendes 1682 Joaquim Mialheiro * Manuel de Barbuda * Francisco Carvalho * Manuel de Almeida Araújo 1703/1704 Francisco Gomes Barbosa * Teodósio Coelho * Jerónimo de Matos * Luis de Carvalho * Teodósio Mealheiro 1704/1705 Manuel Batista de Figueiredo * José Correia de Matos * Manuel de Sousa * João Mialheiro 1705/1706 José de Matos * João B. Mialheiro * João Gomes * Manuel Pires * Maurício Fragoso de Freitas 1706/1707 Francisco Batista Figueiredo * José de Matos >* Manuel Lopes 1707/1708 -


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Manuel Batista de Figueiredo * Nicolau Freitas de Andrade * Cipriano de Matos * Manuel de Matos * Manuel Antunes * José de Matos 1708/1709 José Correia de Matos * Francisco Batista Figueiredo * Manuel de Sousa * Agostinho de Oliveira 1709/1710 Francisco Batista Figueiredo * Cipriano Correia de Matos * Manuel Pires * Manuel Gonçalves 1710/1711 André Pires de Carvalho * Maurício Fragosos de Freitas * Manuel de Sousa * Bernardo de Freitas 1711/1712 João Gomes Barbosa * Teodósio Mialheiro * Manuel Lopes * João Rebelo * Francisco Batista Figueiredo 1712/1713 João Gomes Barbosa * Tomás deFreitas Mariz * Teodósio Mialheiro * Agostinho de Oliveira *Manuel de Carvalho 1714/1715 José da Costa * Luis de Carvalho * Munuel Gonçalves * Manuel Matos Correia 1715/1716 Tomás de Freitas Mariz * Pedro Fragoso de Freitas * João Rebelo * Manuel Lopes de Carvalho * Manuel de Sousa 1716/1717 Manuel de Carvalho * Pedro Gomes Barbosa * Manuel Vicente * Luis de Carvalho * João de Almeida 1717/1718 João Gomes Barbosa * Diogo Gomes Barbosa * Luis Ferreira de Carvalho 1718/1719 -


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Lourenço Lopes Barreto * Francisco Gomes Barbosa * José da Costa * Manuel Lopes * Luis da Silva 1719/1720 João Gomes Barbosa * Francisco Batista de Figueiredo * Luis Ferreira de Carvalho * Diogo Gomes Batista * Pedro da Costa * Manuel Gonçalves 1720/17121 Francisco Gomes Barbosa * João Gomes Barbosa * Maurício Fragoso de Freitas * António Carcalho 1721/1722 Francisco Bastista de Figueiredo * Luis Ferreira de Carvalho * João de Almeida * Dâmaso de Carvalho 1722/1723 Manuel Matos Correia * Maurício Fragoso de Freitas * Manuel Gomes * Vitorino Ribeiro 1723/1724 Maurício Fragoso de Freitas * Diogo Gomes Barbosa * Francisco Gomes Barbosa * António Carvalho * Pedro da Costa 1724 Diogo Gomes Barbosa * Maurício Fragoso de Freitas * Pedro Gonçalves * José Gomes Rey * André Gomes * Francisco Batista Frade 1725 Maurício Fragoso de Freitas * Diogo Gomes Barbosa * José Gomes Rey * Tomás de Sousa * João Falcão 1725/1726 Nicolau Freire de Andrade * João Falcão * Veríssimo da Costa * Simão Mendes * João Cordeiro * Luis de Sousa 1726/1727 -


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Nicolau Freire de Andrade * Maurício de Freitas * João Gomes 1727/1728 Maurício Fragoso de Freitas * Diogo Gomes Barbosa * António Carvalho * Francisco Gomes Barbosa * Elias Rebelo * André Gomes 1728/1729 Teodósio Mialheiro * Valentim José Bandeira * José Roquete da Silva * Francisco Mialheiro * Francisco Carvalho * Henrique Gomes da Costa 1729/1730 Luis Pinto Vasconcelos * Manuel Francisco de Jesus * Diogo Gomes Barbosa * António Gomes Barbosa * António Carvalho * João de Sousa Falcão 1730/1731 José Roquete da Silva * Manuel Pinto Vasconcelos * Manuel Pereira * Dâmaso de Carvalho * Teodósio Mialheiro 1731/1732 Lourenço Lopes Barreto * Maurício Fragoso de Freitas * Veríssimo Luis Teixeira * Francisco de Almeida Araújo 1732/1733 Francisco Gomes Barbosa * António Gomes Barbosa * Filipe Gomes * José Roquete da Silva 1733/1734 João de Oliveira facão * Diogo Gomes Barbosa * Maurício Fragoso de Freitas * João Correia de Matos * Dâmaso de Carvalho 1743/1745 – João de Oliveira Falcão * Luis Correia Sodré de Matos * António Teixeira * António Rodrigues * Simão Gomes


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1749/1750 Manuel de Vasconcelos * Antóniuo Gomes Barbosa * Bernardino Rodrigues * José de Almeida * Maurício Fragoso de Freitas * 1750/1751 João Gomes Barbosa * Muarício Fragoso de Freitas * José de Almeida * Luis Correia Sodré de Matos * Teodósio Rodrigues 1753/1754 Manuel Gomes Barbosa * João Rodrigues de Figueiredo * Joaquim Carvalho * Manuel Vasconcelos * José Roquete da Silva * Bernardino Rodrigues * Manuel de Vasconcelos 1754/1755 João Rodrigues Figueiredo São Payo * Manuel Gomes Barbosa * Alexandre de Macredo e Sousa * José de Almeida 1755/1756 João Rodrigues Figueiredo Sampayo * José dos Santos Freire * Estevão Correia de Matos * João Maurício Gomes Barbosa * João Falcão * António da Fonseca e Costa 1757/1758 José dos Santos Freire * João Falcão * Manuel de Vasconcelos * António da Fonseca e Costa * Francisco de Sousa Machado * Domingos Soares 1758/1759 João Figueiredo Sampayo * José de Almeida * António Henriques * Estevão Correia de Matos * Manuel Cordeiro 1759/1760 Duarte Falcão * João Falcão * Manuel Carvalho Nunes * António Gomes Barbosa * António José de Faria 1760/1761 João Rodrigues Figueiredo Sampayo * António da Fonseca Costa * Joaquim da Paz * José Machado 1761/1762 -


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José Roquete * Artur F. Costa * Manuel Carvalho Nunes * António Rodrigues * 1762/1763 - João Leão * António Fonseca Costa * Francisco Caetano de Amorim * Manuel Rodrigues Teixeira 1763/1764 – António da Fonseca da Costa * Alexandre de Macedo e Sousa * João da Silva Frade * António José Serra * António Rodrigues 1764/1765 - Francisco Pedro de Freitas * Francisco Mialheiro * Francisco da Costa 1765/1766 João da Silva e Brito * António de Seabra * Diogo Mialheiro * João R. Fonseca 1766/1767 João da Silva e Brito * Francisco Mialheiro * António Cabral * António José Serra 1767/1768 Francisco José Mialheiro * António da Fonseca e Costa * Alexandre de Macedo e Sousa * Manuel Rodrigues Teixeira * João F. Mialheiro *José António Costa Sapateiro * Francisco Nunes * Francisco Pedro de Freitas 1768/1769 António da Fonseca e Costa * João da Silva e Brito * Domingos da Cruz * Joaquim Mialheiro * António José de Serra 1769/1770 António da Fonseca e Costa * Tomás Roquete Pestana * Francisco Nunes * Manuel Rodrigues Teixeira * Diogo Mialheiro * António José de Carvalho


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1770/1771 Diogo B. Mialheiro * Tomás Toquete Pestana * Francisco B. Mialheiro * Alexandre de Macedo e Sousa * José Correia de Matos 1771/1772 Alexandre Macedo e Sousa * Diogo M. Mialheiro * Francisco Jorge * Joaquim Rebelo dos Santos 1772/1773 Alexandre de Macedo e Sousa * João B.Mialheiro * Diogo B. Mialheiro * Luis Correia Sodré de Matos * Manuel Carvalho 1773/1774 João de Figueiredo Sampayo * Tomás Roquete * Diogo B. Mialheiro 1774/1775 João da Silva e Brito * Francisco Mialheiro * Joaquim Rebelo dos Santos * Duarte Gomes Pereira * António Joaquim 1775/1776 João da Silva e Brito * Francisco Mialheiro * Diogo Mialheiro * Francisco Nunes * Manuel Henriques 1776/1777 João Mialheiro * António José de Serra * Joaquim Rebelo dos Santos 1777/1778 – Diogo Barreto Mialheiro * Francisco Pedro de Freitas * Luis Correia Sodré de Matos * Joaquim da Paz * Manuel Soares Santareno 1778/1779 – Joaquim da Paz * Francisco Mialheiro * Manuel Raposo * João de Serra * Duarte Gomes Rey * Luis C. Sodré de Matos


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1779/1780 Alexandre de Macedo e Sousa * José Gonçalves * José Machado Pinto 1780/1781 – João Mialheiro * António Alexandre Nogueira * Francisco Silva e Brito * Joaquim Rebelo dos Santos * Duarte Gomes Rey 1781/1782 – Francisco Pedro de Freitas * João da Silva e Brito * António José de Serra * José Machado Pinto * Luis Correia Sodré de Matos 1782/1783 – João da Silva e Brito * Francisco da Silva e Brito * João Mialheiro * Francisco Gomes Barbosa * José Pedro de Brito * Joaquim Rebelo dos Santos * João Caetano 1783/1784 – João da Silva e Brito * António Alexandre Nogueira * Francisco Silva e Brito * Francisco Mialheiro * António José de Serra 1784/1785 – João da Silva e Brito * Francisco de Brito * Francisco Mialheiro * António José de Serra 1785/1786 – António Figueiredo Nogueira * José Joaquim de Faria * Francisco Silva e Brito * Joaquim Rebelo dos Santos * José Luis Crespo * Duarte Gomes Rey 1786/1787 – Francisco Mialheiro * José Joaquim de Faria * Francisco Silva e Brito * José Silva e Brito * António José de Serra 1787/1788 – José Joaquim de Faria * Joaquim Rebelo dos Santos * Francisco Silva e Brito * Estevam Gomes Liberato 1788/1789 – Diogo B. Mialheiro *João Matos Faria


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1789/1790 Francisco Mialheiro * José Joaquim Faria * António Alexandre Nogueira * Manuel de Jesus * Joaquim Rebelo dos Santos 1790/1791 – José Joaquim Faria * Diogo Mialheiro * João Matos Faria * Francisco Mialheiro * Joaquim Rebelo dos Santos 1791/1792 – Manuel de Jesus * Francisco Silva e Brito 1792/1793 – José Joaquim Faria * Joaquiim Rebelo dos Santos * António José de Serra * Diogo Mialheiro * Francisco Silva e Brito 1793/1794 – Diogo Mialheiro * Francisco Mialheiro * José Silva e Brito * Manuel da Costa * Joaquim Roquete Pestana 1794/1795 – Diogo B. Mialheiro * Francisco B. Mialheiro * José Maria de Vasconcelhos * João de Matos Faria * Manuel de Jesus * Francisco Silva e Brito 1795/1796 – Diogo Barreto Mialheiro * Francisco Barreto Mialheiro * Francisco Silva e Brito * José Maria de Vasconcelos * Ladislau Joaquim Silva Bastos 1796/1797 – Manuel da Costa Pina * Joaquim Rebelo dos Santos * Manuel de Jesus * Luis José Crespo * Francisco Silva e Brito 1797/1798 – Joaquim António Mialheiro * António Gomes * José Silva e Brito * Francisco Silva e Brito 1798/1799 – Diogo Barreto Mialheiro * Francisco B. Mialheiro * Joaquim Pestana Roquete * Francisco Xavier Nogueira * José Nogueira * José António Fernandes * Manuel de Jesus


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1799/1780 José Caetano da Silva e Brito * Joaquim Roquete Pestana * Francisco Silva e Brito * Manuel de Jesus * Duarte Gomes Dinis * Joaquim Rebelo dos Santos * Diogo Mialheiro 1805/1806 – Francisco B. Mialheiro * Francisco F. Roquete * João Barreto Mialheiro * Joaquim Rebelo dos Santos * Luis José Crespo * Manuel de Jesus 1806/1807 – Manuel Gomes * João Rebelo dos Santos * Francisco Timóteo da Silva e Brito 1807/1808 – Pedro Barreto Mialheiro * João F. Mialheiro 1808/1809 – Francisco Ferreira Roquette * Rafael Ferreira de Carvalho 1809/1810 – Rafael Roquette 1810/1811 – Francisco Xavier Nogueira 1811/1812 – José António Silva e Brito * Pedro Xavier Nogueira * Duarte Gomes Rey 1812/1813 – José António da Silva e Brito * Francisco Xavier Nogueira * Francisco Timóteo da Silva e Brito * António Gomes Rey * Joaquim Elias de Sousa 1813/1814 – Manuel Pedro Casanova * Luis José Crespo * Joaquim Rebelo dos Santos * lUis da Silva Coelho Pinto 1815/1816 – Francisco B. Mialheiro * Francisco António Silva e Brito * António Ferreira Roquete* José Durte Serra * José Gonçalves Confeiteiro * José Maria de Vasconcelos


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1816/1817 Francisco Temóteo da Silva e Brito * Luis Pinto da Silva e Brito * António Rebelo dos Santos * José Inácio Xavier * José Nogueira 1817/1818 – José Xavier Pinto Nogueira * José Luis da Silva e Brito * Joaquim Rebelo dos Santos * João Rebelo dos Santos * José Gonçalves * Estevam da Silva e Brito * Francisco Roquete * Manuel F, Vasco 1818/1819 – José Maria de Vasconcelos * António F. Roquete * José da Silva e Brito * António Rebelo dos Santos * Francisco A. Gomes * Francisco da Costa Cristino 1819/1820 – Luis Pinto da Silva e Brito * Francisco Mateus Dâmaso * Francisco T. Da Silva e Brito * João Rebelo dos Santos * António de Melo Travassos * Luis José Crespo * Desidério Rebelo dos Santos * Francisco Maria de Vasconcelos 1820/1821 – José António de Leão * Francisco T. Da Silva e Brito * António Gonçalves Confeiteiro * Luís Coelho Pinto * Manuel Nogueira 1821/1822 – Luis Pinto da Silva e Brito * António Ferreira Roquette * José Duarte Serra * Fortunato Nogueira * José Maria de Vasconcelos 1822/1823 – Luis Pinto da Silva e Brito * António F. Roquette * José Duarte Serra 1823/1824 – Pedro Barreto Mialheiro * José Caetano da Silva e Brito * Manuel Nogueira * José Maria de Vasconcelos


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1924/1825 Pedro Barreto Mialheiro * José C. Da Silva e Brito * António Rebelo dos Santos * Fortunato Nogueira * João Nogueira dos Santos 1825/1826 – João C. S. e Brito * António F. Roquette * Francisco M. de Vasconcelos * João Nogueira Valente * Fortunato Nogueira * José Gonçalves 1826/1827 – António F. Roquete – José Maria Caldeira * João Rebelo dos Santos * António Rebelo dos Santos * Fortunato Nogueira 1827/1828 – Pedro B. Mialheiro * Estevam da Silva e Brito * Francisco Nunes Lopes * Francisco Mateus Dâmaso * José Duarte Serra * Barão e Salvaterra 1828/1829 – António Melo Travassos * Fortunato Nogueira * Sebastião Cardoso * Barão de Salvaterra Não existem documentos de registo de 1829 – 1909 1910/1911 – 1912 – Gaspar da Costa Ramalho – António Jorga de Carvalho * José de Vasconcelos * Francisco Lopes da Rosa * João Nunes Vasco * Joaquim José da Silva * Manuel Ferreira Gomes * José Adelino Fernandes Silva * António Ferreira Vieira * António Paulo Cordeiro * Artur Xavier da Silva 1912/1913 – Ezequiel Augusto Gonçalves * Francisco Almeida Henriques * Manuel Frazão d`Azenha * João Ferreira Vasco 1913/ 1917 – António Marcos da Silva * José Maria Batista Júnior * Roberto da Fonseca Júnior * Pedro Nunes Varolas * Francisco Lopes da Rosa * José de Sousa Torroaes * José Luis de Figueiredo * Augusto Almeida * Artur Xavier da Silva


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1912/1913 – Ezequiel Augusto Gonçalves * Francisco Almeida Henriques * Manuel Frazão d`Azenha * João Ferreira Vasco 1913/ 1917 – António Marcos da Silva * José Maria Batista Júnior * Roberto da Fonseca Júnior * Pedro Nunes Varolas * Francisco Lopes da Rosa * José de Sousa Torroaes * José Luis de Figueiredo * Augusto Almeida * Artur Xavier da Silva 1917 – Ezequiel Augusto Gonçalves * Henrique Avelar da Costa Freira * Francisco d`Almeida Henriques * Francisco Maria Gomes Leite * Vicente Roberto Ferreira da Fonseca * João Maria Almeida * João Augusto da Silva * José da Silva Antunes * João Nunes Vasco 1918/1920 – José Eugénio de Menezes * Carlos Avelar da Costa Freire * Alfredo Rodrigues da Piedade* Francisco Cesar Gonçalves * José Adelino F. Silva * Joaquim Pedro cardoso * Luis Serra Júnior * Augusto Gonçalves da Luz * Manuel Ferreira Gomes 1920/1922 – José M. Rebelo de Andrade * Carlos A. Costa Freira * António de Sousa Vinagre * Manuel Ferreira Gomes * Joaquim Pedro Cardoso * Luis Gomes Serra Júnior * Augusto Gonçalves da Luz * Francisco de Assis * Francisco Lopes da Rosa 1922/1924 – Henrique Avelar Costa Freire * José Vicente Costa Ramalho * João António da Costa * João Nunes Vasco * Augusto Almeida * António Henriques Alexandre * João Maria d` Almeida * Justiniano Ferreira Estudante * Luis Gonçalves da Luz


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1924 – Comissão Administrativa: José Eugénio de Menezes * Henrique A. Costa Freira * Francisco Ferreira Lino * Vicente Roberto Ferreira da Fonseca * José de Vasconcelos 1924/1927 – José Eugénio de Menezes * Francisco Ferreira Lino * Henrique A. C. Freire * Vicente Roberto F. Fonseca * João Maria de Almeida * Francisco d`Almeida Henriques * Luís Gonçalves da Luz * António Henriques Alexandre * José Vasconcelos 1927/1930 – Gaspar Costa Ramalho * Dr. Alberto Fernandes Barreiros * João Nunes Vasco * José de Vasconcelos 1930/1933 – Henrique A. Costa Freire * Francisco Ferreira Lino * Francisco A. Henriques * Vicente Roberto F.Fonseca * José Maria Batista Júnior * Luis Gonçalves da Luz * António H. Alexandre * João Andrade * António José de Carvalho Júnior 1933 – José E. de Menezes * Ernesro A. Costa Freire * José Vicente Costa Ramalho * José Sabino d`Assis * José Maria Batista Júnior * Joaquim Pedro Cardoso * Artur Xavier da Silva * Antóniuo Henriques Alexandre * Virgolino José Torroaes 1934/1936 – Comissão Administrativa: Dr. Alberto Fernandes Barreiros * Alberto dos Santos lapa * José Luis Seabra Ferreira Roquette 1937 – Comissão Administrativa: José Vicente Costa Ramalho * José Ferreira Estudante Júnior * José Sabino d`Assis


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1938/1941 – Comissão Administrativa: José Vicente Costa Ramalho * Ernesto A. C. Freira * José S. Assis * Pedro de Sousa Marques * José Ferreira Estudante Júnior * Isaías Martins Madeira* Gaspar Pinto Figueiredo * Manuel Luís nas Neves * Joaquim Dias Pinto 1941/1944 – José Vicente Costa Ramalho * Ernesto A. Costa Freire * José Sabino d`Assis * Isaías M. Madeira * Joaquim Dias Pinto * Virgolino José Torroaes * António Caetano Doutor * Silvio Pedro Cardoso * Leopoldino da Silva 1944/1947 – José Vicente C. Ramalho * Dr. José Henriques Lino * José sabino d`Assis * Isaías Madeira * Joaquim Dias Pinto * Fernando Vieira Andrade * António Caetano Doutor * Rafael Fernandes Roquette * Leopoldino da Silva 1947/1950 – Dr. José Henriques Lino * José Vicente C. Ramalho * José S. Assis * Isaías M. Madeira * Joaquim Dias Pinto * António Caetano Doutor * Rafael Fernandes Roquette * Leopoldino da Silva * Fernando Vieira Andrade 1950/1953 – Dr. José Henriques Lino * José V.Costa Ramalho * José Sabino d`Assis * Isaías Madeira * Joaquim Dias Pinto * António Caetano Doutor * Rafael F. Roquette * Leopoldino Silva * Fernando V. Andrade 1953/1957 – Dr. José H. Lino * José Vicente Costa Ramalho * José Sabino Assis * Isaías Madeira * Joaquim Dias Pinto * António Caetano Doutor * Fernando Vieira Andrade * José Lopes Ferreira Lino * Rafael . Fe rn a n d e s Roquette


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1957/1959 – Dr. José H. Lino * José de Carvalho Asseiceira Cardador * José sabino d`Assis * Isaías Madeira * Joaquim Dias Pinto * António Caetano Doutor * Fernando V. Andrade 1959/1962 – Eng. Carlos Santos Costa Freire * José Carvalho de Asseiceira Cardador * Eng. Francisco Manuel Durão Lino * José Lopes Ferreira Lino * António C. Doutor * António Silva Perdigão * Henrique Lopes Magalhães * Joaquim Dias Pinto * Virgolino José Torroaes 1962/1965 – Eng. Francisco Manuel Durão Lino * Isaías M. Madeira * Manuel João de Andrade Raposo * Xavier António Príncipe Rosado * Joaquim Dias Pinto * Silvio Augusto Cabaço * João António Sabino Francisco d`Assis 1965/1969 Manuel João A. Raposo * Manuel Augusto da Silva Valente * João Vicente Santos da Fonseca * João António Sabino F. D`Assis * João José Moraes Sarmanto Ramalho * Joaquim Dias Pinto * Silvio 1969 - Manuel Augusto da Silva Valente * José de Carvalho Asseiceira Cardador * Paulino Augusto de Oliveira Cabaço * Armando Duarte Miranda * João José Moraes Sarmento Ramalho * João Batista Miranda * João Rosa Feijão ******************* ************


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CAPITULO XVlll * P R O P R I E D A D E S E OUTROS BENS *


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PROPRIEDADES E OUTROS BENS - Possui a Santa casa alguns imóveis, bens móveis e outros valores que lhe têm sido doados por beneméritos em seus testamentos, por escrituras de doação e por ofertas ou simples esmolas. As propriedades imóveis chegaram à sua posse em virtude de testamentos e escrituras de doação, pelo que é fácil saber os nomes dos beneméritos que souberam testemunhar a sua simpatia pela Santa Casa. Apenas quanto à antiga Capela/ou Igreja de Nossa Senhora da Conceição, situada na Rua Direita, da vila.

1960 - Capela da Misericórdia


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Salvaterra de Magos, junto à qual funcionou desde o início, uma Albergue, depois Hospital Velho, até 1909, não sabemos aquém dever a sua edificação, mas a mesma já é descrita em documentos do séc. XVII, quando a realeza iniciava/ou chegada a Salvaterra, ali rezava missa, por um bom sucesso da viagem, de barco, de e para Lisboa. ********* ************* ***


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Os prédios rústicos, “Ameixieiro” e Lote Nº 1 das “Buinheiras “, bem como celeiros e casas de habitação legados por José Xavier Pinto, em testamento de 5 de Março de 1880; uma placa no vestíbulo do Hospital atesta o agradecimento da Mesa.

“Homenagem agradecida desta Misericórdia ao benemérito Senhor José Xavier Pinto, 20-7-1941” Esta placa foi colocada tardiamente pois só nesta data a Misericórdia entrou na posse das propriedades, sobretudo duma reserva de usufruto a favor de Elysiária Sabino, falecida em 1938. O edifício do Hospital , deve-se a acção do benemérito; Gaspar da Costa Ramalho, que recolheu donativos e ofereceu a importância que faltava (aproximadamente a quarta parte) para saldar as despesas. Há igualmente uma placa no vestíbulo do Hospital a patentear o reconhecimento da Mesa:


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******* A Praça de Touros é devida à acção dum grupo de beneméritos que constituídos em “Comissão Construtora da Praça” levaram a efeito tal obra que ficou concluída em 1920. Fizeram a sua entrega à Misericórdia em 1924, pois necessitaram de realizar alguns espetáculos para saldar débitos à sua responsabilidade. Esta Comissão era formada por: Francisco Maria Gonçalves, Augusto da Silva, Manuel Lopes Gonçalves, Luis Gonçalves da Luz, António Henriques Alexandre, Augusto Gonçalves da Luz, Carlos Alberto Rebelo, Pedro de Sousa Marques e José Luís das Neves. Não há qualquer placa a assinalar a acção destes beneméritos. Apenas a acta da sessão de 16 de Março de 1924, consta ter sido recebido um edifício da “Comissão de Construção da Praça de Touros “ que entregava a chave da Praça, entrega que fazem em seu nome e de todos que contribuíram para a sua construção. A dita acta regista os nomes que constituiram a “Comissão “( já citada por nós) e diz que se respondeu agradecendo e que ficava exarado um voto de louvor. Não existe qualquer documentação no Hospital, que nos elucide dos donativos ou do custo total da construção da Praça de Touros. Apenas por gentileza do Snr. Fernando de Sousa Marques (filho do benemérito Pedro de Sousa Marques, já falecido) nos foi possivel colher, nos poucos documentos que ainda restam, os elementos que registamos a seguir: “Circular – Da há muito que os Salvaterrianos, e outros mais, cuja longa permanência aqui os leva a considerar esta também sua terra natal, vêm mostrando desejos de voltarem a possuir uma Praça de Touros nesta localidade.


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E, para que essa ideia se torne um facto, combinaram os abaixo assinados reunirem-se quanto antes, o que fizeram ontem, em casa dum dos signatários, deliberando o seguinte: - Procurar levar a efeito a construção desse dito edifício e, uma vez concluído, oferece-lo ao Hospital da Misericórdia desta mesma vila; - Diligenciar falar e escrever a todos, sem excepção, afim de angariar os donativos precisos para a construção imediata do referido edifício, ficando todo e qualquer desses donativos à responsabilidade dos mesmos signatários, que prestarão contas a seu devido tempo, ou antes mesmo, se assim lhes for exigido. Inútil seria dizer que a construção de tal edifício de espectáculos representará mais um engrandecimento para a nossa terra, e

1960 - Praça de Touros

será uma dávida, cremos, de importante alor para o nosso Hospital, Casa de Caridade esta que tão digna e merecedora é que a ajudem. Assim, pois, espera a Comissão que todos a coadjuvem, por toda e qualquer forma, procurando vencer sempre dificuldades que apareçam, afim de se conseguir principiar e chegar à conclusão de tão útil e desejado


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edifício. Nesta esperança, e agradecendo antecipadamente, se subscreve com toda a consideração e respeito. Salvaterra de Magos, 10 de Setembro de 1919. A Comissão” Um ofício dirigido ao Ministro das Finanças pedindo a cedência de pinheiros do Pinhal do Escaroupim, próximo desta vila, datado de 18 de Outubro de 1919. Um ofício endereçado ao Presidenmte da Câmara pedindo a cedência de terreno com sessenta metros de diâmetro, no Largo dos Moínhos, gratuitamente, para nele se construir a Praça. Algumas folhas de férias, por onde apenas se pode avaliar de despesas com pessoal em pouco mais de uma dezena de semanas. O ofício, Nº 9 da Associação de Beneficência – Misericórdia de Salvaterra de Magos: “ A Exmª Comissão Construtora da Praça de Touros desta vila – Rendo chegado às minhas mãos o ofício de V. Exªs. que acompanhava a chave da Praça de Touros, eu, em nome da Comissão Administrativa tenho a honra de lhes agradecer a sua benemerita intenção, e bem assim a todos os senhores que concorreram para a construção daquela propriedade, e de lhes notificar que na acta de sessão de hoje fica exarado um acto de louvor pela sua bea intenção. Salvaterra de Magos, 16 de Março de 1924 (a) – José Eugénio de Menezes”. ***** Os papéis de Crédito existentes com pertença da santa casa são provenientes da conversão de Legados. As joias têm sido oferecidas por beneméritos cujos nomes se encontram registados. O mobiliário e aparelhagem cirúrgica é de aquisição com receitas próprias. O facto de as propriedades imóveis (ou outros bens) terem vido à sua posse por doações, não significa que as Mesas se desinteressem em valorizar o


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seu património; simplesmente, isso está fora da finalidade da Associação. As actuais propriedades estão dadas de arrendamento a estranhos. O arrendamento é cedido pela maior oferta em carta fechada, o que prova o interesse das Mesas em tirar o maior rendimento possível. Igualmente encontramos, desde os primeiros anos, verbas de reparações de edifícios, prova do cuidado das Mesas pelos bens à sua responsabilidade. Assim, por exemplo, em 1756 encontramos uma despesa com reparação de edifícios, a sair das esmolas de Suas Majestades; em 1773, foi feita uma porta que vai para a casa da hospedaria e reparações com portas novas, principais da Igreja. Registamos seguidamente os bens actuais da Misericórdia: BENS IMÓVEIS Inscritos na Matriz Predial Rústica da Freguesia de Salvaterra de Magos; Artigo Nº 47 – situado no Largo das Cavalariças *, Nº 48 – Casa que serve de Abegoaria (ruínas), na “Horta do Loureiro”. * Artigo 83 – Situado nas “Omnias e Sesmarias” – Uma sesmaria que se compõe de terra de semeadura e terra de pasto; superfície 30096 ha, (foreiro à Companhia das Lezírias em 205,46 lts. De cevada). Artº 250 – Situado nas “Omnias e Sesmarias” – Uma sesmaria denominada “Ameixieiro”, que se compõe de terra de semeadura e terra de pasto; pinhal. Confronta do Norte e Poente com estradas. Superfície 25,0800 ha. Tem diversas moradas de casas descritas na Matriz Predial urbana. * Artº 251 – Situado nas “Omnias e Sesmarias” - Lote 1, uma terra para pasto e pinhal. Confronta do Norte e Poente com estradas. Superfície 31,6423 ha. - Inscritos na Matriz urbana da Freguesia de Salvaterra de Magos.


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Artº 173 – Situado na Rua Dr. Miguel Bombarda – Uma morada de casas com uma divisão. Superfície 62,78 m2. Confronta de Norte com António Batista Faz-flores, Sul com António José Ferreira da Silva, Nascente c/ Francisco Passos Peste e do Poente com a Rua da sua situação. * Artº 708 – Situado na EN – 13, ruínas de uma arrecadação de palha ou cocheira. Superfície 258,5 m2 – confronta do Norte com estrada do Rego, Sul e Nascente com Horta do Loureiro e do Poente com Camilo dos Santos. * Atº 949 – Situado no lugar dos “Foros” – Uma casa com três divisões. Superfície 40,2 m2. Confronta do Norte com João Maria Pião, do Sul com António Ramalho, Nascente com António Marques Loureiro e do Poente com estrada.* Artº 950 – Situado no lugar dos “Foros” – Uma casa com três divisões. Superfície 30,0 m2. Confronta do Norte com Custódio de Jesus, do Sul com estrada, do Nascente com José Bento, e do Poente com estrada. * Artº 951 – Situado no lugar dos “Foros” – uma morada de casas com duas divisões. Superfície 40,02 m2. Confronta do Norte com Gaspar Costa Ramalho, do Sul com José Bento e outros, do Nascente com estrada e do Poente com estrada * Artº 950 – Situado no lugar dos “Foros” – Uma casa com quatro divisões. Superfície 30,0 m2. Confronta do Norte, com Custódio de Jesus, do Sul com estrada, do Nascente com José Bento, e do Poente com estrada. * Artigo 951 – Situado no lugar dos “Foros” – Uma moradade casas com duas divisões. Superfície 40,02 m2. Confronta do Norte com Gaspar Costa Ramalho, do Sul com José Bento e outro.do Nascente com estrada e do Poente com António Caramelo. * Artº 952 – Situado no lugar dos “Foros” – Uma morada de casas com duas divisões. Superfície 30,0 m2. Confronta do Norte com Custódio de Jesus, do Sul com José da Silva, do nascente com José Pereira e do Poente com João Maria Peão. * Artº 953 – Situado no lugar dos “Foros” – Uma morada de casas com uma divisão. Superfície 24,0 m2. Confronta do Norte com José Bento, do Sul com José


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Maria, do Nascente com José Serrador e do Poente com António Caramelo. * Artº 954 – Situado no lugar dos “Foros” – Uma morada de casas com duas divisões. Superfície 20,0 m2. Confronta do Norte com José Silva, do Sul com Benjamim Rodrigues, do Nascente com estrada e do Poente com António Marques Loureiro * Artº 955 – Situado nos “Foros” – Uma Moradia de casas com duas divisões. Superfície 40,0 m2. Confronta do Norte com Benjamim Rodrigues, do Sul com António Brás, do Nascente com António Brás, e do Poente com António Loureiro. * Artº 956 – Situado nos “Foros” – Uma morada de casas com duas divisões. Superfície 30,0 m2. Confronta do Norte com Manuel Ribeiro, do Sul com Gaudêncio Moço, do Nascente com Manuel Ribeiro e do Poente com José +Pardal. * Artº 957 – Situado no lugar dos “Foros” – Uma morada de casas com quatro divisões. Superfície 64,0 m2. Confronta do Norte com Manuel Alentejano, do Sul com Gaudêncio Moço, do Nascente com António Brás, e do Poente com estrada. * Artº 959 – Situado nos “Foros” – Uma morada de casas com duas divisões. Superfície 60,0 m2. Confronta do Norte com António Marques Loureiro, do Sul com Manuel Rosa, do Nascente com o próprio e do Poente com estrada.*Artº 960 – Situado no lugar dos “Foros” – Uma morada de casas com quatro divisões. Superfície 56,0 m2. Confronta do Norte com GauMoço, do Sul com José Emídio, do Nascente com o próprio e do Poe com estrada. * Artº 961 - Situado nos “Foros” – Uma morada de casas com duas divisões. Superfície 40,0 m2. Confronta do Norte com António PedroCarvalho Anica, do Sul com o mesmo, do Nascente com o próprio e do Poente com estrada. * Artº 964 - Situado no lugar “Foros” – Uma morada de casas com três divisões. Superfície 50,0 m2. Confronta do Norte com João leal, do Sul com António Carvalho, do Nascente o próprio do Poente com estrada. * Artº 965 – Situado no lugar dos “Foros” – Uma morada de casas com duas divisões. Superfície 20,02, Confronta do


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Norte com António Leal, do Sul, com José Ferro, do Nascente com o próprio e do Poente com estrada. * Artº 966 - Situado no lugar dos “Foros” – Uma morada de casas com duas divisões. Superfície 24,0 m2. Confronta do Norte com António Carvalho, do Sul com António Carvalho, do Sul com António Cartaxano, do Nascente com António Carvalho e do Poente com estrada. * Artº 970 – Situado no lugar dos “Foros” – Uma morada de casas com uma divisão. Superfície 24,0 m2. Confronta do Norte com estrada, do Sul com José Eugénio de Menezes, do Nascente com Gaspar Costa Ramalho e do Poente com o próprio. CAPELA DA MISERICÓRDIA * Artº 1.160 – Situado na Rua Direita – Capela de Nossa Senhora da Conceição. Superfície 250,0 m2. , (construída em cima de um “Botaréu” cuja base dava com a rua de Santo António) – Confronta do Norte com Largo da Misericórdia, do Sul com João de Oliveira e Sousa, do Nascente com Rua Almirante Reis, e do Poente com Rua Direita * PRAÇA DE TOUROS Artº 1.162 – Situado na Avenida Vicente Lucas de Aguiar – Praça de Touros – Superfície 2.718 m2. Confronta do Norte, do Sul, de Nascente e do Poente com terrenos próprios. * Artº 1.163 – Situado na Avenida Vicente Lucas de Aguiar (Antiga Rua do Calvário) – Edifício do Hospital com dois Pisos ; R/c - com onze divisões e duas casas de banho; 1º Andar – com sete divisões e quatro casas de banho; superfície 320.0 m2, com casa mortuária com seis divisões e a superfície de 77, 0 m2. Arrecadação com duas divisões e superfície de 60,0 m2. – Quintal/ou cerca com superfície de 6.033,0 m2. Confronta


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do Norte e do Sul com via pública, do Nascente com Avenida da sua posição e do Poente e do Sul com o Campo da Feira.

1968 - Hospital da Misericórdia

Omisso na Matriz – Parcela de terreno com área de 207 m2 situada junto à EN 118, limites desta vila ( a destacar do Artº 715 da Matriz Predial Rústica da Freguesia de Salvaterra de Magos). Este terreno foi cedido por Dr. José Henriques Lino e Esposa em escritura de Doação de 19 de Janeiro de 1963.


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Omisso na Matriz – Duas moradas de casas com cinco divisões e quintal cada, constituíndo um bloco, construídas em terreno junto à EN 118, limites desta vila; este terreno é pertença da Misericórdia em virtude da doação do terreno do Dr. José Henriques Lino e Esposa, escritura de Doação de 19 de Janeiro de 1963. PAPÉIS DE CRÉDITO - Um certificado de renda Perpétua da Junta do Crédito Público, Nº 64, que dá a renda trimestral de ................................. 2.727$49 - Um certificado de renda Perpétua da Junta do Crédito Público Nº 1.157, que dá a renda trimestral de ................................ 2.611$02 - Quatro títulos de uma obrigação cada, do valor nominal de 100$00 (cem escudos) cada, da Companhia dos Caminhos de Ferro do Norte de Portugal, Nºs 459.091, 467.321, 467.322 e 467.323, ao juro de 5% ................................................................................................. 20$00 JÓIAS (Guardadas no Cofre do Hospital) 1 – Um par de brincos de ouro; 5,4 gramas * 2 – Idem, 5 grs * 3 – Idem, 7,2 grs * 4 – Idem,9 grs * 5 - Idem 5,4 grs * 6 – Idem 3,9 grs * 7 Idem 3,5 grs * 8 - Idem 1,6 grs * 9 - Idem 2 grs * 10 - Idem 2 grs * 11 Idem 1,8 grs * 12 - Idem 2,6 grs * 13 - Idem 2,1 grs * 14 - Idem 1,4 grs * 15 - Idem 1,1 grs * 16 - Idem 1,1 grs * 17 - Idem, 1 grs * 18 - Idem 0,7 grs * 19 - Idem 1 grs * 20 - Idem 1 grs * 21 - Idem 0,8 grs * 22 - Idem 1,8 grs * 23 - Uma pulseira de ouro, 56,4 grs * 24 - Um coração de ouro 34,2 grs * 25 – Idem 26,15 grs * 26 – Idem 39 grs *27 – Uma


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Gargantilha de ouro, 17.1 grs * 28 – Um colar de ouro, 10 grs * 29 – Um Coração de Ouro, 42,7 grs * 30 - Idem, 19,7 grs * 31 – Um Broche de Ouro, 2 grs * 32 – Um par de brincos de Ouro, 4.9 grs * 33 – Idem 1 gr * 34 – Idem 1,8 grs * 35 – Idem 1,5 grs * 36 – Um par de botóes de colarinho, tipo espanhol 0,9 grs. * 37 – Um par de brincos, 1,9 grs * 38 – Um fio de Ouro, com uma cruz pequena 8,3 grs * 39 – Um par de brincos 1 gr * 40 – Uma moeda de ouro: quatro moedas de prata; uma bolsa de prata * 41 - Um fio de ouro, 3,2 grs * 42 – Idem, 1,1 grs * 43 – Idem, 0,8 gr * 44 – Idem 3,6 grs * 45 – Idem, 3,5 grs * 46 - Um anel de ouro, 1.5 grs * 47 – Idem a,a grs * 48 – Idem 0,9 grs * 49 – Idem, 1,2 grs * 50 – Idem 1,2 grs * 51 – Idem, 1,1 grs * 52 Idem, 1,1 grs * 53 – Idem 1,2 gs * 54 – Idem 0,8 grs * 55 – Idem 0,4 grs * 56 – Idem, 1,3 grs * 57 – Idem, 0,7 grs * 58 – Idem 0,3 grs * 59 – Um par de brincos de ouro, 1 gr * 60 – Idem, 1,8 grs * 61 - Um anel de ouro, 0,5 gr * 62 – Idem, 2,2 grs * 63 Idem 0,3 gr * 64 – Idem 2,3 grs * 65 – Dois alfinetes de ouro, feitio de pombo, 1.95 grs * 66 – Um broche de ouro, 2.9 grs * 67 – Sete peças partidas de jóias, (adereço) * 68 – Três pares de brincos em pedras sem valor * 69 – Dois anéis de prata, 7.7 grs * 70 – Um par de brincos de ouro, 4 grs * 71 – Um broche de ouro 2,2 grs * 72 – Um par de brincos de ouro, 0.7 gr * 73 - Idem 7,2 grs * 74 – Idem, 1.8 grs * 75 – Idem, 1.5 grs * 76 – Um fio de ouro com medalhas de esmalte, 2 grs MATERIAL DIVERSO - No Edificio do Hospital: Vestíbulo; - Dois bancos de ferro * Um capacho grande * Um capacho pequeno * Cinco placas de mármore de agradecimentos a beneméritos Na escada: - Um quadro elétrico * Um relógio * Um candeeiro de braço com tulipa


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Na Sala de Sessões: - Uma mesa grande * Uma estante com livros * Uma cadeira grande * Dezoito cadeiras * Um tinteiro e caneta de prata * Um diploma coferido pela Sociedade de Beneficência de Vila Franca de Xira * Um retrato do sr. Gaspar Costa Ramalho * Um retrato do Sr. Francisco Ferreira Lino * Um retrato da Senhora D. Teresa Castro Pereira (Monte real) * Um retrato do Snr. Jorge de Melo e Faro (Monte real) * Um retrato da Senhora D. Maria da Piedade Costa Ramalho * Quatro colunas * Uma jarra de louça azul * Uma vitrina com um paramento que se compõe de casula, estola, manípulo, bolsa de corporais, véu de cálice e véu de ombros, tecido de seda bordado; ouro fino, duas dalmáticas de seda branca, dois manípulos de seda branca, uma estola de seda branca, uma capa e um véu de ombros. No Gabinete do Médico: - Uma secretária * Uma marquesa de madeira estofada * Um tinteiro * Duas cadeiras No Gabinete do Escriturário: - Uma secretária * Duas cadeiras * Uma estante * Uma máquina de escrever * Uma mesa pequena * Um selo em branco * Um suporte de carimbos * uma máquina de furar papéis * Um tinteiro * Uma estante com livros e documentos * Um cofre em ferro Na Sala de Consultas: Uma marquesa de madeira * Uma mesa de pensos * Um banco de ferro rotativo Na Casa de Banho: Uma tina de pedra * Uma tina de folha * Uma banheira grande redonda * Um aquecedor Na Casa das roupas: Um guarda-roupas* Uma arca com três divisões * Dois Baús


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Na Sala de Operações: Uma mesa de ferro para operações * Uma vitrina com instrumentos cirúrigicos * um carro para pensos * Um armário para medicamentos * Uma mesa de pensos * Um suporte de irrigadores * Um aparelho de raios ultra-violetas * Uma mesa cabeceira * Um aparelho de medir a tensão arterial * Um aparelho de oxigénio (garrafa e man´metro) * Uma máscara uro-nasal Quarto de Enfermaria: Uma cama de ferro com colchão de arame * Uma mesa de cabeceira de madeira * Um lavatório completo * Uma cómoda * Uma Cadeira * um guarda vestidos de mogno Quarto de Enfermeiro: Uma cama de ferro * Uma cadeira * Uma mesa de cabeceira * Uma mesa de madeira * Uma cómoda de madeira Quarto de Criado: Uma cama de ferro * Uma cama de madeira * Um cabide * Uma mesa de madeira Enfermaria dos Homens: Dez camas de ferro * Cinco mesas de cabeceira * Uma cadeira * uma lamparina de Álcool *Um irrigador de pé alto * Uma mesa de ferro quadrada * Uma cama de ferro com grades Enfermaria das Mulheres: Dez camas de ferro * Cinco mesas de cabeceira * Seis cadeiras * Uma mesa de ferro quadrada * Um solitário * Um irrigador * Uma cama de tubo de ferro com colchão de arame articulado Quarto das Criadas: Duas camas de ferro * Uma cadeira * Uma cómoda Quarto Particular:


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Uma cama de ferro * Uma mesa de cabeceira * Uma cadeira de ferro Casa Mortuária (Capela, Casa de Autópsias e casa de Arrecadação): Um altar de madeira * Uma mesa de madeira * Uma mesa de pedra para autópsias * Um estrado de Madeira * Um crucifixo * Dois castiçais de metal * Dois jarros de louça Cozinha: Um Fogão de lenha * Uma mesa com tampo de mármore * Uma mesa de madeira * Seis cadeiras * Um monta-cargas * Treze toalheiros * Três armários de madeira * Um carro de comida com quinze tabuleiros * Diversos pratos, copos e talheres * Uma máquina de costura “Singer” ******** CAPELA DE NOSSA SENHORA Este edifício religioso, vindo de séculos atrás, tem nas suas paredes azulejos de cor azul onde mostra cenas da vida de Cristo. O tecto está forrado com bonitos e preciosos retábulos. No meio da grande nave, do lado esquerdo, um Púlpito para o sacerdote/ordor, falar aos fiéis. Além do altar; com talha e pintura a ouro velho, numa capela de interior – lado direito; repousa a imagem do senhor morto, que o povo usava nas procissões da Páscoa.


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- Imagem de Nossa Senhora da Conceição * Um vestido e manto de seda azul * Um vestido e manto de seda azul * Um vestido e manto de Damasco branco * Um vestido de seda azul, bordado a ouro * Um vestido e manto de Damasco Azul claro * Um vestido e manto de brocado azul prateado * Um vestido e manto de seda branca * Um vestido e manto bordado pelas Senhoras Infantas , irmãs de D. Miguel * Quatro mantos de seda * Quatro saias de seda - Uma Imagem do Menino Jesus * Uma Imagem de S. José com o Menino * Um frontal de Altar branco * Um frontal de Altar roxo * Um frontal lilaz * Uma lampada grande de latão * Dois Castiçais de madeira * Vinte e sete solitários de vidro * Dois apagadores de velas * Uma estante e missal * Uma campainha grande * Um cofre de madeira para esmolas * Cinco quadros a óleo * Dois baús Uma Verónica * Dez lanternas * Um andor para procissão * Um Armónio * Dezoito jarras de louça azul * Cinco bancos compridos * Duas toalhas de linho * Duas galhetas e prato de vidro * Um turíbulo de metal branco * uma caldeirinha de água benta * Uma imagem de S. Joaquim * Um cruxifixo, denominado – Senhor do Bonfim * Um crucifixo de madeira dourada com resplendor * Cinco casulas de veludo * Dois véus de ombro * Três estolas * Três manípolos de seda * Dois sanguinhos * Dois Pendões * Um guião de seda * Um pano vermelho de seda * Uma toalha de altar de linho * Cinco cortinas de seda * Seis cortinas de setineta * Um guarda de altar de linho. ******


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CAPITULO IX

FUNCIORÁRIOS


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FUNCIONÁRIOS A escrita existente na Misericórdia é pouco explícita quanto aos nomes do pessoal em serviço, ao longo dos tempos. Normalmente assinala a sua presença por qualquer simples motivo de serviço, como por exemplo um alteração uma alteração nas suas funções, mas só raramente indica o seu nome. Quando há referência cita-se apenas o “Capelão”, o “ o Criado”, o “Enfermeiro”, etc,.. Mesmo depois de 1913, data em que começou a funcionar o novo hospital, a escrita não é suficientemente clara a tal respeito. Deve basear-se esta omissão no facto de os servidores serem admitidos por simples combinação ou acordo entre as partes interessadas, isto é, por simples contrato verbal, anúncios em ornais, etc. E não por qualquer concurso que implique uma documentação e um registo que nos elucidar mais sobre o assunto. Um criado, uma cozinheira ou mesmo um enfermeiro entrava ao serviço um despedir-se sem grandes exigências ou formalidades. A escrita continuava sempre com a mesma nomenclatura, qualquer que fosse o serventuário. Até mesmo o registo contabilista não se alterava quando o funcionário era substituído por outro, pois mantinha a mesma expressão independentemente do nome do funcionário e indicava apenas; “Ordenado da criada”, “Ordenado do enfermeiro”, etc.. Desta forma torna-se bastante dificil apensar nomes. E modernamente, embora a escrita seja mais esclarecedora, a omissão tem quase as mesmas dimensões, visto que em face da facilidade com que o pessoal abandona o seu lugar, entra e sai, nem as Actas nem as Contas registam os seus nomes. O registo que se segue é certamente quase tudo o que se poderá apurar neste capítulo.


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**** 1870 – Capelão; Frei, José da Piedade // Sebastião Valeriano Pinto 1871 – Encarregado da Capela; Joaquiim Pedro Santos Lucas Vasconcelos * 1880 – Capelão; Frei, Camilo José Henriques de Oliveira // Andador; Manuel Calixto Gonçalves * 1881 – Enfermeiro; Maria José de Figueiredo // Capelão; José António Pereira da Rocha * 1883 – Capelão; Camilo José Henriques de Oliveira 1884 – Médico; Dr. Joaquim dos Santos Calado // Capelão; Pe António Peixoto do Amaral * 1885 – Capelão; José António Pereira da Rocha * 1886 – Enfermeiro; José de Figueiredo // Andador; Manuel Calixto Gonçalves // Enfermeiro; Maria José de Figueiredo //Capelão; José Augusto Pereira da Rocha * 1892 – Capelão; Pe. António Peixoto do Amaral // Andador; Manuel Calixto Gonçalves 1896 – Andador; Camilo Calixto Pinto de Figueiredo *1904 – Médico; Dr. Armando Freire dos Santos Calado // Capelão; Rev. Joaquim Emiliano Vieira S. Silva * 1905 – Andador; Casimiro Calixto de Carvalho * 1907 – Capelão; Rev. Francisco Batista 1909 – Enfermeira; Maria José Calixto // Enfermeira; Mariana Eugénia Silva Lapa // Enfermeiro; Teófilo Gaspar * 1912 – Contínuo; Teófilo Gaspar // Enfermeiro; António de Barros Ferreira * 1913 – Enfermeira; Beatriz Ferreira // Escrevente; Manuel Frazão d`Azenha 1917 – O médico Dr. Armando dos Santos Calado pede aumento do ordenado de 90$00 para 150$00, o que originou um conflito entre a Mesa e o facultativo. Este assunto foi levado ao Governo Civil que concordou com a solução da Mesa; ficou o caso resolvido em sessão de 8 de Junho de 1917, voltando o dito facultativo a visitar os doentes do hospital.


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1924 – Carta do Dr. Armando Freire dos Santos Calado, pedindo a sua demissão de médico por ter encontrado na sua enfermaria um doente pertencente à enfermaria a cargo do médico Dr. Roberto da Fonseca; foi aceite a demissão. 1926 – O Dr. Roberto Ferreira da Fonseca pede a sua demissão de médico do hospital por ir fazer clínica especializada, de urologia, em Lisboa * Enfermeiro; José Justino Chitas * 1927 – Médico; Dr. José António Vieira * 1929 – Enfermeiro; José Maria Pereira Bravo * Enfermeira; Maria Cândida Gonçalves Bravo * 1930 – Enfermeiro; José António Chitas // Enfermeira; Perpétua Viegas * 1934 – Enfermeiro; Alfredo Gomes Carvalho // Enfermeira; Carolina Alves 1935 – Médico; Dr. Joaquim Gomes de Carvalho // Enfermeiro; João Batista Ribeiro * 1937 – Enfermeira; Henriqueta Mendonça 1939 – Enfermeiro; Agostinho Dias * 1940 – Enfermeiro; António Rodrigues Pontinha // Enfermeiro; Agostinho Bailique * 1941 – Enfermeiro; Nunes da Costa // Enfermeira; Júlia Rita Caleiro * 1942 – Enfermeiro; José Martins Assunção // Enfermeiro; Marcial Otero Rosa * 1943 – Enfermeiro; Joaquim Miranda * 1945 – Criada; Gertrudes da Conceição // Criada; Celestina da Conceição * 1946 – Enfermeira; Clara Tavares Fernandes // Criada; Celestina da Assunção * 1952 – Enfermeira; Maria Helena de Brito Rodrigues // Enfermeiro; Duarte de Oliveira * 1955 – Enfermeira; Maria Carolina Pereira * 1956 – Enfermeira; Isabel Santos Sousa * 1957 - Enfermeira; Caetana Costa * 1960 – Enfermeira; Maria Sabina de Brito Rodrigues * 1963 – Enfermeira; Maria Celeste Martins Calado Rodrigues Taborda * 1969 – Médico; Dr. Joaquim Gomes de Carvalho


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Funcionários actuais: Médico – Dr. Joaquim Gomes de Carvalho * Enfermeira; Não há * Cozinheira; Maria Alice Narciso * Serventes; Maria Adelaide Duarte Sequeira e Maria Rita Viegas * Lavadeira; Maria de Lurdes Nunes * Escriturário; Octaviano Carlos da Silva Ordenados : 1917 – Médico; 90$00 mensal * 1930 – Cozinheira; 75$00; Criada; 75$00 * 1939 – Enfermeiro; 90$00 mensal * 1940 – Enfermeiro; 120$00 mensal * 1941 – Enfermeiro; 90$00 mensal * 1942 – Enfermeiro; 150$00 mensal * 1943 – Enfermeiro; 165$00 mensal - Enfermeira; 120$00 mensal * 1945 – Enfermeiro; 200$00 mensal – Criada; 90$00 mensal * 1946 – Enfermeira; 150$00 mensal * 1952 - Enfermeira; 800$00 mensal * 1954 – Cozinheira 150$00 mensais * 1959 – Enfermeiro; 1.000$00 mensal – Cozinheira; 200$00 mensal – Serventes; 200$00 mensal * 1965 – Enfermeira; 1.300$00 mensal – Escriturário; 800$00 mensal – Cozinheira; 400$00 mensal – Serventes; 400$00 mensal * 1968 – Enfermeira; 1.600$00 mensal – Cozinheira; 500$00 mensal – Serventes; 500 mensal

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BIBLIOGRAFIA: * - “Origem e Formação das Misericórdias Portuguesas” de Fernando S. Correia * - “História de Portugal” – de Pinho Leal * - “ O distrito de Santarém - Tomo 5 - 1939 de Bandeira Toro (Jornal “A Hora”) * - “Documentação (Livros e Diversos Documentos) Existentes no arquivo do actual Hospital” * Repartição de Finanças (Processos, Testemunhos e Doações) * Jornal “Aurora do Ribatejo” - Benavente * Documentos e informações cedidas por – José Gameiro; colaborador no semanário; “Aurora do Ribatejo” e outros ********


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Indice: * - CAPITULO I * Resumo da História Geral Assistência. ............................ Pág. 9 * - CAPITULO II * Alguns Factos Histórico de Salvaterra de Magos ......... Pág. 39 * - CAPITULO III * Misericórdia de Salvaterra de Magos ............................... Pág. 45 ( Fundação, Missão e Finalidade da Santa Casa) * - CAPITULO IV * Assistência Hospitalar e Movimento Demográfico ............. Pág. 65 - CAPITULO V * CONTABILIDADE ....................... Pág. 76 - Receitas e Despesas – (Séc. XVII - séc. XX) - CAPITULO VI * DONATIVOS ............................ Pág. 105 - CAPITULO XVII * MESÁRIOS ............................. Pág. 124 - CAPITULO XVIII * PROPRIEDADES E OUTROS BENS -- Pág. 146 - CAPITULO IX * FUNCIONÁRIOS ..................... Pág. 163

Nota: Fotos Algumas fotos incluídas neste trabalho de restauro estavam incluídas no volume do Dr. José Asseiceira Cardador * Outras devido à falta de condições param serem usadas, José Gameiro usou as do seus álbuns.


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II PARTE


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UM CENTRO DE DIA PARA IDOSOS Corria o ano de 1985, aproveitando ainda o entusiasmo que o período revolucionário iniciado com a revolução de Abril de 1974, para as grandes realizações – como: construir infraestruturas locais, que as comunidades estavam carentes. Em Salvaterra, tal como em todo o país a chamada terceira idade, vinha dando desde à décadas assunto para páginas e páginas de literatura, horas de conferências, onde ficaram registadas sábias lições sobre gerontologia, mas pouco se tinha feita até aquela data em benefício dos necessitados. Um grupo de oito amigos, sentindo essa necessidade na sua terra, especialmente a falta de Centro de Dia para Idosos, e o apoio ao domicílio, não deixei de publicar a notícia da sua iniciativa no jornal “Aurora do Ribatejo”, que teve eco noutros meios de comunicação, que a reproduziram e foi assunto da semana. Um deles, foi a rádio comercial no seu programa “As Cidades e as Serras”. Em Maio daquele ano. foi feito um peditório à população da vila e, previamente anunciado, não teve a receptividade esperada pelos seus obreiros, rendendo uma soma insignificante, mas os promotores não desanimaram. O Centro de Dia, foi inaugurado em 21 de Junho de 1985, num espaço de um edifício, cedido pela câmara municipal e, depressa acolheu grande número de idosos, que ali passaram a ficar todo o dia, libertando as suas famílias, para as suas actividades profissionais. Os doentes, e idosos acamados nas suas residências, passaram diariamente a ser visitados e tratados, o que era uma novidade, por uma equipa de assistentes, depressa correu a notícia e depressa foi exemplo nacional. À Comissão deparou-se uma situação que estava


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complicada e, resolveu-a a contendo de ambas as partes - O humano e os Animais. “Nos primeiros dias do Centro de Dia, uma idosa senhora, vivia só, na vila – numa barraca em terreno nas traseiras do Cemitério, e tinha apenas como companheiros uma enorme matilha de cães, onde a higiene faltava, no espaço onde habitava. A experiência adquirida foi uma aposta dos seus promotores, a continuarem a sonhar - um espaço novo e moderno – tinha que ser um novo emblema na solidariedade da Santa Casa local. A Misericórdia de Salvaterra, em 1985, teve em mãos uma situação dessas e, resolveu-a a contendo de ambas as partes - O humano e os Animais. “Nos primeiros dias do seu Centro de Dia, uma idosa senhora, vivia só, na vila, numa instalação abarracada, e tinha apenas como companheiros uma enorme matilha de cães, onde a higiene faltava, no espaço onde habitava. A melhor solução foi encontrada – a senhora, anuiu a ir viver para o Centro de Dia, aceitando que os seus animais estivessem a viver em sítio próximo, onde os podia estar com eles. diariamente – Foi construída uma barraca em madeira, Emília vivia feliz !.... ************* *********


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O HOSPITAL FOI DESACTIVADO!

No campo da assistência médico-social, várias unidades hospitalares das misericórdias, e outras instituições de solidariedade social, viram os seus hospitais serem “requisitados” pelo estado para funcionarem num novo serviço de saúde implementado no país. Era mais uma das transformações verificadas na política do país, seguida após a revolução de Abril dos Cravos, a área económica do país foi a mais afectava com as nacionalizações. O hospital de Salvaterra, deixou de prestar assistência com internamentos à população e, as suas amplas instalações, especialmente do rés/chão, foram adaptadas para “Centro de Saúde” e, serviços administrativos. Anos mais tarde, foi devolvido à sua proprietária, a Santa Casa, as obras de conservação no edifício em Outubro de 1999, com um acordo com a Segurança Social, foi ali foi instalado um novo serviço de apoio de emergência a idosos e deficientes – CATEI, que a Misericórdia dirige.

O Provedor da Santa Casa – Armando Oliveira, e os familiares de Gaspar Ramalho, antigo benemérito do Hospital – na cerimónia do descerrar a lápide da Inauguração


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José Teodoro Amaro, José Rodrigues Gameiro, José Luís Serra Borrego, Armando Rafael Oliveira, António José da Silva, João Castanheira, Eurico Norberto Santos Borrego e João António Nunes Silva.

Os primeiros utentes do Centro de Dia

Equipa que iniciou o apoio domiciliário – junto a José Teodoro Amaro


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UM NOVO CENTRO E SAÚDE Inserido no novo sistema do serviço nacional de saúde, em Dezembro de 1997, foi inaugurado um novo edifício para Centro de Saúde de âmbito concelhio. A sua construção, teve lugar numa parcela de terreno oriundo do espaço do antigo hospital, fruto de uma permuta entre a Misericórdia e a Autarquia local, realizada em 17.10.1992 No seu início, e na fase da instalação dos serviços era seu Director, o médico José Mineiro (José Emídio Mineiro), o seu empenho e trabalho realizado, foi reconhecido.

O LAR/ CENTRO DE DIA O grupo do Centro de Dia, continuou a pugnar pela construção de um Lar/Centro de Dia, que fosse definitivo e de raiz , e já com Armando Oliveira, como Provedor, secundado por alguns daqueles amigos da Santa Casa, depressa com o sempre entusiasta José Teodoro Amaro, visitaram algumas novas daquelas unidades de acolhimento, para daí tirarem ensinamentos e encarregaram –se de dar inicio à ambicionada obra. Com a sua inauguração, do Lar /Centro Dia “Nossa Senhora da Conceição”, em 4 de Abril de 1992, num terreno próprio cujo edifício servia de sede da instituição – teve luar a sua inauguração, onde esteve presente o Secretário do Estado e da Segurança Social – Dr. José Luís Campos Vieira de Castro e o .


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Bispo de da Diocese de Santarém, D. Manuel Pelino, estavam assim de parabéns pelo esforço e dedicação àquela causa os seus obreiros. O Provedor da Santa Casa, Armando Oliveira, naquele dia memorável, para esta vila, fez das suas das palavras, as de todos quanto se tinham empenhado na concretização daquela obra. “ Para que a velhice não seja um peso, mas sim um continuar da vida, onde o amor e fraternidade do ser humano, são postos ao serviço do seu semelhante – Seja tudo isto o que damos aos outros, faz-nos mais humildes e felizes”. No rosto de alguns amigos daquela obra, uma lágrima de emoção rolou, não estava ali presente o José Teodoro, a morte tinha-o levado alguns dias antes, mas foi lembrado era um daquela iniciativa que, sempre se dedicou com empenho e espirito de solidariedade às instituições da sua terra.


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ONDE PARAM AS TELAS DO TECTO DA CAPELA DA MISERICÓRDIA Em 11 de Fevereiro de 1979, eram 17 horas, a Capela sofreu uma derrocada que a destruiu parcialmente, devido a fortes ventos, acompanhados de uma cheia, cujas águas já se faziam sentir no local à já alguns dias. Entre o telhado e os vários compartimentos do edifício, a nave central foi muito danificada, com a queda do tecto que suportava telas com motivos religiosos, que vinham pelo menos do século XVII. Guardadas que foram na Capela Real, uns anos depois, ainda ali estavam empilhadas. Em 1983, com o apoio do Vereador da Cultura da Câmara de Salvaterra, que vinha intercedendo para arranjar técnicos práticos na sua reparação, começaram a receber anualmente trabalhos de pequenos restauros, por jovens da Fundação Espirito Santo, que ali vinham praticar em fim de curso.

Depois foi um período de “esquecimento” e precisamente 20 anos depois, o Jornal Vale do Tejo – JVT, interessou-se pelo assunto para registar a “efeméride” e perguntava onde paravam aquelas antigas telas com pinturas religiosas. Com assiduidade íamos questionando o Provedor; Armando Oliveira, sobre a sua recuperação - com a resposta: estão bem guardadas, e esperamos algum apoio financeiro para a sua recuperação.


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Passados 35 anos fomos junto do então Provedor; Francisco Viegas, e uma das vezes bem-sucedidos, levou-nos a um armazém da sede da Santa Casa, e lá estavam as telas – mal conservadas, a nosso ver!.. Estavam em parte expostas à poeira e sujeitas à detioração do tempo, e lá conseguimos obter umas fotos. AS RIQUEZAS DA SANTA CASA Fazendo fé nas pesquizas que o Dr. José Cardador fez – e aqui publicadas neste edição damos conta (pág. 157), o património da Misericórdia de Salvaterra, não era de desprezar, quer nos bens imobiliários, que outros bens, todos oriundos de ofertas como esmolas ao longo dos tempos. As Joias estavam à guarda da proprietária, em cofre próprio, na sede no edifício do Hospital. Quanto aos Papéis de Créditos também nos dá o seu valor à época. Por volta de 2014, quando da realização de uma Assembleia Geral na Santa Casa, como irmão daquela instituição, indagamos junto da Mesa, sobre o paradeiro daquele património – Ninguém sabia da sua existência!....

Uma AG da Misericórdia de Salvaterra de Magos


170 A VENDA E DOAÇÃO DE TERRENOS

Assistimos numa Assembleia Geral, à presença inusitada de participantes – a sua presença relacionava-se com a compra/ venda, num leilão de melhor oferta de algumas parcelas de terrenos, da propriedade “ Misericórdia “ da Santa Casa. Eram descendentes de antigos Foreiros que tinham vivido naquela propriedade, a mesma ficou sem efeito, pelo fraco valor oferecido pelos interessados. Tinham já benfeitorias nos terrenos. O TERRENO DA ANTIGA HORTA DO LOUREIRO

Parte deste terreno estava desde 1957, cedido e nele foi instalado o campo de futebol do Clube Desportivo Salvaterrense. Com o decorrer dos anos, foram várias as tentativas para um acordo para a posse definitiva daquela instituição desportiva. Em 2016, numa cerimónia realizada na Câmara Municipal, foi outorgada a escritura da venda a preço simbólico : estavam presentes – Francisco Viegas, pela Santa Casa, Engº Helder Esménio, pela Câmara Municipal e Eduardo Andrade do CDS, a venda de uma parcela já tinha sido deliberado em 1997


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DIA DE ANIVERSÁRIO Naquele ano de 2000, foi dia de comemorar o aniversário da Santa Casa da Misericórdia de Salvaterra de Magos, tem-se presente 1660 o ano do seu Alvará. A sua Provedoria, teve em conta este registo e numa festa simbólica, para a efeméride, o seu Provedor; Armando Oliveira presidiu à confraternização, com uma abastada e bonita mesa onde se pode apreciar as carnes frias e um Porto de Honra, onde o bolo de aniversário teve lugar de destaque, com o apagar de velas e cortado pelo irmão mais velho, Nº 1 – José Lopes Ferreira Lino. A Festa teve lugar numa sala do restaurante da Escola Profissional de Salvaterra de Magos

José Lino – corta o bolo de aniversário da Santa Casa * Foto do autor: José Gameiro


170 AGRADECIMENTOS !

Desde os primórdios da sua existência a Misericórdia de Salvaterra de Magos, sempre soube ser humilde nos agradecimentos, para quem a serviu, na sua obra de beneficência, mesmo para com aqueles que lhe deixaram legados. Alguns actos médicos com dedicação à Instituição não passaram em claro, e aos seus autores foi-lhes feita homenagens, mesmo que singela. Os agradecimentos, além de gravados em pedra, constam nos livros da Santa Casa, para memória futura. Os doutores; Armando dos Santos Caiado, José António Vieira, Roberto Ferreira da Fonseca e Joaquim Gomes de Carvalho, acompanham neste preito de agradecimento, um dos últimos o Dr. Fernão Marçal Correia da Silva DIA FESTIVO Sendo Armando Oliveira, o Provedor a Misericórdia, tomou a iniciativa de Homenagear a Família Vinagre/ Fernandes, do Dr. Gregório Fernandes, por terem doado o prédio onde nasceu o Dr. Gregório Fernandes, numa festa marcante, onde o povo acorreu em grande numero junto à Igreja Matriz, local da concentração. O membro da direcção; José Teodoro Amaro fez o agradecimento público, na pessoa da senhora D. Maria de Lurdes Vinagre de Menezes. * 23.01.1984


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PROVEDORES


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