3ª edição - Livro A Toponomia da Vila de Salvaterra de Magos -2018

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COLECÇÃO DE APONTAMENTOS CADERNO N.º 36 Documentos para a História

do

Património: Geográfico, Monumental, Cultural, Social, Politico, Económico e Desportivo Séc. XIII – Séc. XIX

Salvaterra de Magos Toponímia da Vila – Através dos Tempos

3ª Edição


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RECORDAR, TAMBÉM É RECONSTUIR!.. COLECÇÃO DEAPONTAMENTOS CADERNO N.º 36

Documentos para a História do Património: Geográfico, Monumental, Cultural, Social, Politico, Económico e Desportivo Séc. XIII – Séc. XIX

Salvaterra de Magos Toponímia da Vila – Através dos Tempos!... Edição: Gameiro, José Rodrigues Autor: José Gameiro Formato: Papel A5 Brochado * e em PDF e-mail: josergameiro@sapo.pt Editado: Blogue http.www.blogs.historiadesalvaterra.blogs.sapo.pt José Gameiro - Issuu Ano: 2018 ******************* O Autor não segue o Acordo Ortográfico de 1990


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Autor O MEU CONTRIBUTO Ao longo dos séculos, a religião, força militar e a política, sempre tiveram em cada época, destas coisas – dar, ou mudar os nomes às ruas das urbes! Os feitos de cada cidadão, merecedor dessa memória futura, decerto são dos bons exemplos dados. Em Portugal, as grandes localidades, depressa adoptaram este simbolismo, nos seus espaços habitados, sobressaindo as ruas e praças. A vila de Salvaterra de Magos, durante muitos séculos esteve confinada a pouco mais de 7 ruas e alguns largos - espaços vazios de moradias, onde as propriedades da casa real, ficavam na orla dessas vias de trânsito público. O povo dava grande importância, à conotação toponímica, com nomes ligados à religião católica, daí algumas das ruas de Salvaterra de Magos, terem nomes de santos, como: Santo António e São Paulo. Com o decorrer do tempo, gerações ainda existem, que falam, tão embevecidos da sua rua, por nelas considerarem a sua habitação, ou o seu nascimento, ligando-as à sua entidade pessoal. Por imperativos do terramoto de 1909, a vila de Salvaterra, teve de alargar o seu espaço urbano e, depressa abarcou outras identificações para as suas novas artérias, já então concluídas no novo regime republicano, acabado de surgir no país, em 1910.


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Nos últimos anos a toponímia da vila, sofreu grande transformação, pois foram substituídos nomes, que duravam à séculos. O factor político, deu alento aos autarcas que foram passando pelo município, para uma outra mudança, foi a revolução dos cravos, em 25 de Abril de 1974, pois até aí as mudanças eram quase inexistentes. As placas toponímicas, de ferro esmaltado a azul, do início do século XX, e as mais recentes em pedra, colocadas nas ruas da vila, omitem juntando ao nome, um pequeno dado biográfico do escolhido, aliás uma norma que se vê nas grandes cidades e, aqui em Salvaterra de Magos, tem sido descurado, e seria a melhor maneira de dar a conhecer, perpetuando a vida e obra do homenageado, especialmente dos filhos desta terra. Assim, nessa segunda edição de 2010, foi aproveitado para rever a anterior, publicada em 2007, aumentando o que por ventura se tornou possivel actualizar, além de pretender-se remediar a falta de identificação bibiográfíca e respectivos fotos da toponínia A publicação desta 3ª edição, foi a necessidade de colmatar outras informações, tais como a descrição possível das toponímias que foram dadas a novas ruas, especialmente nos bairro pinhal da vila, Urb Pinhal da Vila, bairro S. Paulo e Bairro Nossa Senhora Conceição, urbanizações que passaram a integrar a vasta zona – Salvaterra Sul, cuja identificação se encontra no lado Norte, junto à Rotunda da EN 118. Abril de 2018 O Autor JOSÉ GAMEIRO (José Rodrigues Gameiro)


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A ORIGEM E TOPONIMIA DA VILA ATRAVÉS DOS TEMPOS!... A fundação da vila junto da margem sul do rio Tejo, onde as terras eram de grande riqueza para a actividade rural, canalizava predominantemente a população para a agricultura. Tendo sido escolhido a sua implantação muito próximo da margem do rio Tejo, era no seu espaço politico/administrativo um concelho feudal que ao tempo do seu primeiro Foral, doado por D.Dinis, em 1295, O aparecimento de Salvaterra de Magos, como povoação, está como tantas outras envolta num mistério, que os contos/lendas se encarregaram de lhe atribuir uma origem que para muitos é fidigna. Certo é, que no Foral de D. Dinis, se fala em Salvaterra, e entre os locais (sítios) que lhe davam relevância no ambito do desenvolvimento concelhio, existia Magos. Uns atribuem a este sítio o acrescento do nome, Salvaterra... de Magos, outros atribuem, que serviu de guarida aos ”bruxos” e “adivinhos”, que para aqui foram enviados, como castigo, outros ainda diziam que as suas terras eram férteis em ervas para chás como: S. Roberto, e Salva, - que nasciam a esmo, nos terrenos da Coutadinha, estando esta conutada com o seu nome (salvaterra). Uns olhos de água (nascentes), nas terras da Ameixoeira, eram apreciados, porque muito leves, ajudavam na cura da doença da edropsia. Com tantos atributos, e com as regalias que lhe foram concedidos ao longo dos séculos, esta vila tinha grande peso na economia de Portugal. A própria legislação fiscal de 1455, de D. João V, decerto veio acrescentar influência teve no seu


8 alargamento urbanistico, tal como os outros Forais de D. Manuel I e D. Fernando. A existência do paço real na vila, trazia-lhe grande movimento, mesmo através da “sangria” de águas que sendo aberta com empenho real, veio a receber através dos séculos o nome de vala real. Depressa atraiu a corte e aqui foi construído um pequeno paço real, que para a época também teve uma reserva de Coutada, onde a Falcoaria era uma forma de passarem aqui longos dias, especialmente na Primavera. Aquela, e a Casa da Ópera mais tarde, também ocupavam a realeza e seus convidados estrangeiros. O seu perímetro urbano, confinava-se apenas a uma povoação que tinha sete ruas, situação que durou séculos; Rua S. António, Rua Direita, Rua S. Paulo, Rua do Pinheiro, Rua de Água e Rua do Calvário. Todas elas, vinham para sul, em direcção à Igreja Matriz. A Rua do Arneiro, um pouco mais afastada para poente. A Rua do Calvário, tinha lá no seu fundo uma grande cruz de pedra, enquanto a Rua do Pinheiro, teve o seu nome devido à existência de uma árvore, daquele tipo, isolada das que se encontravam encostradas no matagal da vila. No séc. XVIII, a Gazeta de Lisboa, não só tratava de informar os seus leitores, do dia-a-dia dos despachos da chancelaria régia, como periodicamente dava conta das novidades do que se passava lá fora, mesmo na toponímica de uma pequena urbe na Holanda. Os estrangeiros, que visitavam Portugal, e por aqui paravam em Salvaterra, a convite da corte, assistindo às caçadas e


9 brincos de toiros, não deixavam de dar novidades, nos momentos de “convivio de sala” do que se ia passando na Europa, onde a autorização de nomes de pessoas nas ruas das grandes e pequenas povoações, era uma prática para melhor serem identificadas as familias ali moradoras. Os que tinham morrido heróicamente em batalhas, e aqueles que se salientavam na cultura, ou mesmo que tivessem praticado um acto de filantropia, podiam passar a ter o seu nome guardado para sempre numa rua, normalmente na terra, onde nasceram. Em Salvaterra, segundo um mapa de 1788, dá conta que das suas primitivas sete ruas, três continuam com nomes de santos – S. António/ou rua de Baixo, Rua de S. Paulo e Largo de S. Sebastião, esta tinha um pequeno Hospital. Nesta geografia da vila, mostra uma urbanização com novos arruamentos - Rua Jogo da Bola, Azinhaga das Oliveiras, Rua das Cozinhas, Trav. Forno Vidro, Trav. do Secretário e Rua de Monturos. Esta última dava acesso a um vazedouro público, no topo da vila. Em 1883, foi aberta (melhorada), a estrada da Ponte da Peteja à Palhota, na distância de 578,81 m, cujo processo data de 10 de Março daquele ano. Este grande caminho, deu origem mais tarde, a partir da Capela da Misericórdia, à avenida que recebeu o nome – José Luis Brito Seabra. Em 1890, com várias obras na vila, foi construído um novo jardim público, murado com vedação em ferro, junto foi construído um espaço para mercado diário de venda de frutas, hortaliças e peixe fresco. O Pelourinho em pedra, existente


10 naquele lugar foi retirado. Melhorado o recinto do Fontenário, que desde séculos recebia o nome da rua ali próxima – S. António. Aproveitando a àgua, que sobrava da sua corrente constante, esta passou a ser enviada a céu aberto, através de uma calha de telhas, pela Trav. do Secretário, para um grande Tanque em pedra de lioz, que passou a bebedouro de manadas de gado que passavam na vila. Ao largo envolvente do Jardim, com a câmara a norte e a capela a sul, foi dado o nome Dr. Oliveira Feijão (1) Quando do terramoto de 1909, tendo a vila de Salvaterra de Magos, sofrido graves danificações nas suas moradias, muita da população foi alojada em barracas, situação que durou muitos meses. Por empenho do lavrador Gaspar da Costa Ramalho, benemérito de Salvaterra de Magos, que agregando numa grande campanha de solidariedade um vasto grupo de outros cidadãos da terra, passando a apoiar aquela gente carenciada de bens.

************ (1)– Médico e lavradador na zona de Santarém, visitava Salvaterra com assiduedade, nas festas das ferras de gado, nesta vila – Casa Roberto. * In A Freguesia da Várgea (Concelho de Santarém) * Pág 285 / 289 * A Freguesia da Várgea (Concelho de Santarém) * Achegas para uma Monografia * Edição:Junta Freguesia da Várgea *Autor António Miguel Ascensão Nunes (José Vargeano) Ano 2005 * Foi médico contemporâneo do Dr. Gregório R Fernandes


11 Feita nova urnanização, novas ruas tiveram os toponímos - Rua Nova de S. Paulo, Rua Trás-da-Igreja, Rua Marquês de Pombal, Rua Conde de Arcos (estes últimos protagonistas no romance de Rebelo da Silva), e Dr. Gregório Fernandes, médico cirurgião, nascido em Salvaterra de Magos, que ocupou uma artéria já conhecida como Rua do Hospital, pois o desaparecido, em 1909, ficava ali muito próximo, no Largo S. Sebastião. Uma grande Horta, foi aberta, para alimentar a população carenciada, tendo com o decorrer dos anos o povo a conhecê-la pela “Horta do Sopas”, nome do seu primeiro hortelão. Em 1910, instituído o regime republicano, em Portugal, os novos administradores municipais, logo se apressaram a substituir muitos dos nomes existentes, por pessoas que se destacaram na implantação do novo sistema politico. Chapas toponimicas, de esmalte azul com as letras em branco, passaram a ser uma norma no país, também em Salvaterra de Magos, tiveram lugar. Em 1913, a vila tinha um novo hospital e uma escola primária construída, sob a responsabilidade do jornal “O Século”, e em 1920, um grupo de entusiastas da festa brava, construiu uma praça de toiros, que depois ofereceu também à Misericordia, local, tal como já tinha feito Gaspar Costa Ramalho, com o hospital. Existindo ao fundo da rua do Calvário, um grande Cruzeiro, cuja cruz foi removida para o cemitério local, por volta de 1920. Naquele grande caminho. em 1945, um grande envestimento em Salvaterra, foram iniciadas, os grandes canteiros para relva e flores, e árvores em fila, de ambos os lados, contemplavam os seus cerca de 900 metros de comprimento. Recebeu o toponimo de Avenida: Vicente Lucas de Aguiar, antigo presidente da câmara municipal, que após a sua morte foi enterrado no cemitério existente junto da capela real. A


12 avenida passou a ser a via de maior transito e, na sua entrada o ex-libris, Praça de Toiros, uma construção emblemática da vila. Logo após a revolução de Abril de 1974, e com a mudança de alguns nomes nas ruas, a avenida passou a ser conhecida por: Dr. Roberto Ferreira da Fonseca, distinto médico, nascido em Salvaterra e, seu presidente da câmara municipal, por duas vezes. As ruas passaram a ostentar; Dr. Machado Santos, Dr. Miguel Bombarda, Alm. Candido dos Reis. A nova Rua Conde dos Arcos, depressa passou a Rua Elias Garcia. A Rua da Azinhaga, teve o nome de Manuel Arriaga, mas por pouco tempo, foi substituído pelo salvaterrense, Porfirio Neves da Silva, que foi lavrador e antigo presidente da câmara municipal. No Largo – S. Sebastião, que até ao terramoto existia um pequeno hospiral, o grande espaço recebeu uma urbanização, e em 1936/37, ali foram construidos um Fontanário e uma Escola. As ruas paralelas, passaram a ter os toponímos: José Luis Seabra, há muito construída, e Dr. António Ferrerira Roquette, esta sendo de pequeno curso, era avenida, memorizava um membro da genelogia do 1º Barão de Salvaterra. Por volta de 1945, numa pequena rua, que liga a Rua Luis de Camões (Rua Direita), com a Cândido dos Reis (Rua de Baixo) é colocado o toponímo – Trav. do Forno. Seria uma lembrança do forno, de pão, que ali existiu, e que vinha de séculos e tinha deixado de laborar. Em memória dos portugueses que tombaram no conflito da I guerra mundial (1914 - 1918). Com o decorrer dos anos tem sido abreviado com o nome “Largo dos Combatentes”. Com as homenagens nacionais, atribuídas ao Alm. Gago Coutinho, a Rua do Charco, junto à Horta do Sopas, passou a ter o nome deste herói nacional, no campo da aviação. Em 1788, era uma


13 abertura de arruamento, o Matadouro, estava ali perto, entroncava em ruas, que a levam a norte, à Roda dos Enjeitados e Fonte do Arneiro. Dois séculos depois, recebeu o nome Rua Martires da Pátria, pois era conhecida por “Rua da familia do José Monteiro”. Dali estava o acesso a pequenas construções de casas, onde familias carenciadas viviam – os Quartos da vila. Mais de meio século volvido, em 1974, com a revolução dos capitães de Abril, novas mudanças foram operados. A Rua de Àgua, passou a ter o nome de, João António Ramalho Almeida, o nome do Gen. Humberto Delgado, substituiu Porfirio Neves da Silva. O vereador da cultura à epoca, Joaquim Mário Antão, teve grande influência nestas decisões, como também na Rua Padre Cruz, que inicia a entrada ao bairro do Pinhal da Vila. A E.N.118, que na primeira metade do século XX, passou a dividir a vila, na parte mais a sul, onde já exstia o cemitério da freguesia, construído em 1885, por força das novas leis, que terminaram com os registos paroquiais. Esta grande via de transito, mesmo em frente à praça de toiros, volta na volta, é alvo de obras, pois é ali a entrada da vila. O espaço é alterado com arranjos urbanísticos desde 1945, data do seu primeiro embelezamento, pois é um terreno apetecível para os autarcas locais, darem nas vistas! Entre muitas outras, já lá foram construídas zonas ajardinadas separadoras de trânsito, um sistema eléctrico de semáforos, cópia do que se usava em todo o país, na prevenção dos acidentes rodoviários. Em 1996, um novo estudo, pedido por Dr. José Gameiro dos Santos, presidente da câmara, ao arquitecto Flávio Barbini, técnico italiano, ao serviço so municipio, levava à construção de duas placas separadoras de trânsito, o que mostraria duas fontes artificiais. De inicio o povo lhe chamou as


14 “tijelas” da câmara. Tempos depois, a nova presidente, Ana Ribeiro, dá ao local nova urbanização – Uma retunda, com uma decoração emblemática do Ribatejo. Um campino, cavalo e touro. Foi inaugurada em 18 de Outubro de 2002, com festejos. Algumas da ruelas, como as travessas de João Gomes, Bilbau e das Amoreiras, sendo muitas antigas na toponimia de Salvaterra, pouco ou nada existe dando conta da sua origem na vila. A Rua Conde dos Arcos, esteve pouco tempo, dando lugar a Elias Garcia. A rua em frente ao novo edificio hospitalar, inaugurado na avenida principal da vila, ficou com o seu nome. A Trav. do Secretário, deve este topónimo, naquela artéria estavam instalados os serviços da escrita paço real de Salvaterra de Magos.

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******************** A TOPONIMIA E URBANIZAÇÃO DA VILA DE SALVATERRA DE MAGOS ATRAVÉS DOS TEMPOS ********************


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RUA CÂNDIDO DOS REIS (Rua S. António)

SANTO ANTÓNIO Santo António de Lisboa, nasceu em Lisboa a 15 de Agosto de 1191 – 1195?, de sobrenome incerto mas batizado como Fernando – S. António de Pádua 13 de Junho de 1231. Foi conhecido com um doutor da Igreja que viveu na viragem dos séc. XII e XIII. Primeiramente foi frade Agostiniano, no Covento de São Vicente de Fora, em Lisboa, indo posteriormente para o Convento de Santa Cruz, em Coimbra, onde aprofundou os seus estudos religiosos através da leitura da Biblia e da leitura Patristica, cientifica e clássica. Tornou-se Franciscano em 1220, viajando muito,viveu inicialmente em Portugal, depois na Itália e na França. No ano de 1221 fez parte do Capitulo Geral da Ordem de Assis a convite do próprio Francisco o fundador, que o convidou também a pregar contra ao Albigenses em França. Foi transferido para Bolonha e de seguida para Pádua, onde morreu aos 36 (ou 40) anos. A sua fama de santidade levou-o a ser canonizado pela Igreja Católica, pouco depois de falecer. Enquanto vivo, sendo vasto o seu conhecimento, depois de canonizado, tanto em Portugal como em Itália, tem muitos devotos, especialmente em Lisboa, como seu padroeiro e casamenteiro, pois os seus devotos acreditam serem por ele abençoados. Em Portugal, muitas cidades e vilas, no séc.XIII, usaram a sua toponimia – Salvaterra de Magos, também o fez, numa das suas primeiras ruas. ****************


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CÂNDIDO DOS REIS O Almirante Carlos Cândido dos Reis - Em 1 de Outubro de 1870, é promovido a guarda-marinha, tendo sido alvo de promoções desde que iniciou a sua carreira como voluntário, aos 17 anos de idade. Deixou a marinha, reformado em Julho de 1909, tendo recebido a condecoração de “Grau de Oficial de da Ordem de Avis e a de Cavaleiro da Torre e Espada” pelos feitos ao longo da sua carreira de militar. Foi desde muito novo um adepto republicano, tendo participado contra o regime monarquico e dado contributo à Carbonária e da ideologia anticlerical. Como politico, não foi tanto propagandista, mas destacou-se como

conspirador, embora tenho sido eleito como deputado republicano em 1910, esteve no golpe que fracassou em 28 de Janeiro de 1908. Esteve inactivo um periodo de tempo, voltou à luta como organizador da revolta de 5 de Outubro de 1910. Após várias esitações, o golpe acabou por triunfar., dando origem ao novo regime republicano.


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RUA LUIS DE CAMÕES (Rua Direita) Desde o séc. XIII, nas primeiras sete ruas que a vila de Salvaterra de Magos tinha, a rua Direita, era uma artéria, que saindo numa construção recta desde a vala real/capela da misericórdia até à Igreja Matriz, lhe dava o nome. No séc. XX, foi substituído o seu nome pelo toponímo de Luis de Camões. Este estava no prolongamento da Rua Marquês de Pombal, que passou a usá-lo por inteiro. ***********

LUIS VAZ DE CAMÕES Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Aparentemente nasceu em Lisboa, a data do seu nascimento é incerta (10 de Junho 1580?). Filho de uma família da pequena nobreza. Sobre a sua infância tudo é conjetura mas, ainda jovem, terá recebido uma sólida educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura. Consta que estudou na Universidade de Coimbra. A sua passagem pela escola não é documentada. Frequentou a corte de D. João III, onde iniciou a sua carreira como poeta lírico e


22 envolveu-se, como narra a tradição, em amores com damas da nobreza e possivelmente plebeias, além de levar uma vida boémia e turbulenta. Dizse que, por conta de um amor frustrado, se autoexilou em África alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha. Voltando a Portugal, feriu um servo do Paço e foi preso. Perdoado, partiu para o Oriente. Passando lá vários anos, enfrentou uma série de adversidades, foi preso várias vezes, combateu ao lado das forças portuguesas e escreveu a sua obra mais conhecida, Os Lusíadas tendo-a publicado de volta à pátria. Recebeu uma pequena pensão do rei D. Sebastião, pelos serviços prestados à Coroa, mas nos seus anos finais parece ter enfrentado dificuldades para se manter. Logo após a sua morte a sua obra lírica foi reunida numa coletânea Rimas, tendo também deixado obras de teatro cómico.

Enquanto viveu queixou-se várias vezes de alegadas injustiças que sofrera, e da escassa atenção que a sua obra recebia, mas pouco depois de falecer a sua poesia começou a ser reconhecida como valiosa e de alto padrão estético por vários nomes importantes da literatura europeia, ganhando prestígio sempre crescente


23 entre o público e os conhecedores e influenciando gerações de poetas em vários países. Luis de

Camões foi um renovador da língua portuguesa e fixou-lhe um duradouro cânone; tornou-se um dos mais fortes símbolos de identidade da sua pátria e é uma referência para toda a comunidade lusófona internacional. Hoje a sua fama está solidamente estabelecida e é considerado um dos grandes vultos literários da tradição ocidental, sendo traduzido para várias línguas e tornando-se objeto de uma vasta quantidade de estudos críticos

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RUA MACHADO SANTOS ( Rua S. Paulo) Saulo de Tarso, por ter nascido nesta cidade, era cidadão romano, antes da conversão perseguia os primeiros descipulos de Jesus Cristo, em terras de Jerusalém, juntandose aos outros discipulos, foi um dos doze Apóstolos do Cristianismo. A sua santidade pela religião católica, que viveu intensamente e por ela foi mártir, em Roma, sendo reconhecido pela Igreja como Santo – S.Paulo, segundo escritos, foi um dos grandes influentes escritores do cristianismo primitivo, tendo algumas cartas incluídas no Novo Testamento, que compõe a Biblia. No séc. XIII, D. João de Soalhães, bispo de Lisboa, um ano depois do rei D. Dinis, 1295, ter atribuído o Foral a Salvaterra, mandou erguer a Igreja Matriz nesta vila. A povoação passou A ter S. Paulo, como órago. ****************

MACHADO SANTOS António Maria de Azevedo Machado dos Santos/ ou António Machado Santos, Nasceu em Lisboa a 10 de


25 Janeiro de 1875 – faleceu a 19 de Outubro de 1921, foi militar e politico. Considerado um dos fundadores da República Portuguesa, pelo empenho com que se bateu na Revolução de 5 de Outubro de 1910. Ainda antes já se tinha juntado à Carbonária.afirmando-se como um conspirador inveterado. Presente em todos movimentos conspitarivos que procederam à queda do regime monárquico, distinguindio-se na Revolta de 28 de Janeiro de 1908. Sendo jovem e de aspecto romântico, exerceu um importante papel de coordenação operacional do movimento revolucionário de 5 de Outubro de 1910, A imprensa, catapultou-o para o papel de herói da Rotunda e pai da República. A sua incontestável heroicidade, principalmente quando organizou e manteve, perante o aparente fracasso da revolução, a resistência no alto da avenida da Liberdade,está bem patente nos relatos da época e no seu próprio relatório dos acontecimentos. Já no regime republicano, foi eleito à Assembleia Constituinte de 1911, sendo dos primeiros a


26 manifestar sinais de desencanto face ao andamento da política na República, a qual se afastava rapidamente dos ideais de pureza republicana dos seus defensores iniciais. Fundou então o jornal O Intransigente, que dirige, no qual expressa o seu desencanto. Entrou em várias revoltas, mesmo dentro do regime que ajudou a instituir e ajudou Sidónio Pais, ao poder. Em 1919, durante a Monarquia do Norte, voltou a salvar o regime republicano, contra um grupo de revoltosos acampados na Serra de Monsanto.

Foi feito Grande-Oficial da Ordem de Avis, em 11 de Março. Antes de se retirar da vida politica, lança o Partido da Federação Republicana, onde pretende continuar a sua intervenção civica/politica. Morre assassinado na noite de 19 de Outubro de 1921, vitima dos seus pares, que tão longamente se devotara. Foi vice-almirante, agraciado com a GrãCruz. ++ + + +


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RUA MIGUEL BOMBARDA (Dr) (Rua do Pinheiro) Naquela zona onde se viria erguer o Paço Real, no inicio da povoação de Salvaterra de Magos, para sul, eram visíveis mato e pinhal. Havia uma pequena ruela, de serventia às cozinhas, situação, em 1788, ainda registada num mapa. Em transversal iniciava-se uma outra, que no meio, isolado havia um Pinheiro. Este mesmo desaparecido continuou durante séculos a a darlhe o nome as gerações mais antigas, a meados do séc. XX, ainda a identificava como tal.

MIGUEL BOMBARDA

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Nasceu no Rio de Janeiro, em 1851, Estudou em Lisboa, na escola médico-cirúrgicaonde de Lisboa, onde se formou, tendo defendido a tese “Delirio das Perseguições”. Teve o primeiro emprego, naquela instituição, em 1880, onde lecionou por largos anos a cadeira de fisiologia e histologia, em 1903 passou para a cadeira de fisiologia geral e histologia. Nestas funções deu um importante contributo para a reforma dos estudos médicos. Colaborou igualmente com instituição, tendo


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contribuído para a construção do seu edificio, e para aquisição de material cieníifico. Dedicou-se especialmente às enfermidades do sistema nervoso, tendopor esse motivo, sido convidado para dirigir o Hospital de Rilhafoles, posição que começou a ocupar em 1892, tendo reorganizado e melhorado esta instituição, tendo aberto um curso livre de psiquiatria, em 1896. Um curso livre de psiquiatria. Ao longo da sua vida exerceu outros cargos, publicou livros e deixou vários escritos. Na carreira politica, iniciou a actividade em 1908, como deputado, adjudicado a Ferreira do Amaral, então Presidente do Conselho de tendências lberais e anticlericais, declarou-se abertamente como republicano, e começou a colaborar nos planos para uma revolução para derrubar a Monarquia. No entanto, no próprio dia em que se iniciou a revolução em 3 de Outubro de 1910, foi assassinado no seu gabinete, no Hospital de Ribafoles, por um doente mental. Uma década antes, em 1901, fundou a Junta Liberal, e em 1909, foi membro do Comité Revolucionário. AV. JOSÉ LUIS BRITO SEABRA (Rua do Arneiro) Quando o Foral doado pelo rei D. Dinis, em 1295, nele consta que Salvaterra, tinha sete ruas. Uma delas era a Rua da Azinhaga. No mapa da vila de 1788, esta rua, tinha uma função escoar as águas das chuvas, para o rio Tejo. Ali, ao lado existe a fonte do Arneiro, cuja nascente de água vinha dos lados do Convento, e abastecia a população. A


29 sua construção data de 1711, segundo a data inscrita na frontaria.

JOSÉ LUIS DE BRITO SEABRA Após o terramoto de 1090, o pequeno hospital da vila, no Largo de S. Sebastião, ficou destruído. Com as obras de limpeza e urbanização todo aquele espaço, desde o Celeiro da Vala/ Rua Jogo da Bola, até ao Palácio da Falcoaria, recebeu o toponímo de – José Luis de Brito Seabra. Nascendo em Salvaterra de Magos a 30 de Agosto de 1845 e falecendo em Valada, em 27 de Junho de 1893. Cresceu em Salvaterra, junto de sua mãe, no Palacete que a ela pertencia. José Luis Seabra, foi lavrador, ganadero e teve grande actividade na área do criação de gado bravo, tendo sido sócio fundador do real Club Tauromáchico Portuguez, criado em 23 de Fevereiro de 1895. No campo politico, teve acção meritória como presidente da câmara municipal de Salvaterra de Magos, e como tal ascendeu a membro da Junta Geral do Distrito de Santarém. Os Seabras do Ribatejo, fazem parte de uma geneologia, que entrou em Portugal, no séc. XII, vindo dos norte de Espanha, cujos progenitores eram conhecidos seabritas.


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RUA MÁRTIRES DA PÁTRIA Numa via sem nome, que entroncava na Rua Porfirio Neves da Silva e dava acesso à Roda dos Enjeitos, apenas conhecida pela “Rua da familia do José Monteiro”, este viveu de 1896-1919. foi-lhe dado o toponómo Rua Mártires da Pátria. Dando acesso aos Quartos da vila (pequenas construções de casas, onde familias carenciadas viviam),no lado sul, já no séc. XVIII, ali existia o matadouro do paço real. O terreno continuou descampado, serviu para alojar as construções de um hospital, uma praça de toiros e um edificio para casa do povo. A feiras anual, realizou-se naqueles terrenos durante muitos anos. O campo de futebol, e a feira, deixaram aquele espaço, no inicio da segunda metade do séc. XX, com destino à Horta do Loureiro.


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QUARTOS DA VILA

****** ****** ***** RUA GREGÓRIO FERNANDES (Dr.) (Trav do Hospital)

No Mapa de Salvaterra, do ano de 1788, aparece a Trav. do Hospital, uma ruela, dando acesso à Rua do Calvário chegava ao Largo de S. Sebastião, onde havia o pequeno hospital da vila. *****************

GREGÓRIO FERNANDES Nasceu em Salvaterra de Magos, no dia 4 de Janeiro de 1849, na casa onde se encontra uma lápida que, os seus conterrâneos, em preito de homenagem, ali mandaram colocar em 1913. Outra homenagem para recordar este vulto da ciência portuguesa, foi feita em 1971, numa proposta do então vereador da câmara de


33 Salvaterra de Magos, José Teodoro Amaro, em atribuir o seu nome, á Escola Secundária inaugurada naquele ano. Muito jovem foi para Lisboa, onde fez os primeiros estudos no Colégio de Santo Agostinho. Seguidamente no Porto, fez os preparatórios na Academia Politécnica, voltando a Lisboa, para Escola Médica, onde concluiu o seu curso, com grande brilho e distinção, defendendo tese no ano de 1873, tendo então 24 anos de idade. Estudioso e inteligente, andou sempre na vanguarda da ciência médica praticada na época e, publicou vários trabalhos, entre os quais, a “Patogenia da Febre Traumática” Glaucoma” e “ Recessão do Joelho”.

Este último trabalho relatando uma intervenção altamente apreciada, pois foi ele o primeiro cirurgião a realizar em Portugal, mas o seu maior êxito foi alcançado em 1892, com uma extracção “Útero ovariana“, operação cirúrgica que, nunca até aquela data se tinha feito. Operação, que lhe mereceu os maiores louvores, tanto dos seus


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colegas portugueses, como do resto da Ciência Médica Mundial. Semelhantes operações, feitas em Viana (Áustria), Paris e Londres, não lograram tão bons resultados. Este ilustre mestre da ciência médica, que foi incontestavelmente um figura luminária da cirurgia portuguesa desempenhou o cargo de cirurgião extraordinário do hospital de S. José e, foi director da enfermaria de S. Francisco que, tem hoje o seu nome. Acumulou o cargo de delegado de Saúde de Lisboa e, o de presidente da Sociedade das Ciências Médicas. Sob a sua orientação foi construído o Sanatório de Santa Ana (Parede/Oeiras), para 60 crianças afectadas pela tuberculose óssea. Naquele edifício também foi

construído um espaço para albergar 20 idosos afectados por doenças cardiovasculares, bem como, igual número de camas para cancerosos,


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de harmonia com as prescrições testamenteiras da grande benemérita, a sua doente D. Amélia Biester. No decorrer da construção recebeu grandes dissabores, mas acabou por ver realizada a obra consoante a vontade daquela ilustre senhora. Dotado de grande probidade de carácter moral, aliada a uma bondade sem limites, Gregório Fernandes, a todos os a que a ele recorriam, sem distinção de classes, tratava com a maior solicitude, sem nunca olhar a retribuição. Os pobres em especial, nele encontravam um amigo generoso e prestavel, até porque se privava de dias de folga dos seus afazeres em Lisboa, e vinha até Salvaterra, consultar graciosamente os seus conterrâneos, até porque se privava dos dias de folga, e todas as quintas-feiras, vinha de Lisboa, até Salvaterra, consultava-os graciosamente. Muitos dos mais ilustres médicos da sua geração, como: Sousa Martins, Boaventura Martins Pereira, Serrano, Bombarda e outros, lhe pediam conselho para os casos mais graves dos seus doentes. Este homem, modesto que, foi um espelho de virtudes, faleceu aos 57 anos de idade, no dia 24 de Junho de 1906 na sua casa de Lisboa após, uma intervenção cirúrgica. Pena é que, a ingratidão dos novos tempos – em plena democracia - tenha retirado o seu nome do edifício escolar que, foi inaugurado com o seu nome, nesta vila ribatejana, quando outras terras continuam mantendo o nome daqueles que são suas referências.


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RUA HUMBERTO DELGADO (Gen) (Manuel de Arriaga - Porfirio Neves da Silva) MANUEL DE ARRIAGA - A Azinhaga, era uma das sete vias de comunicação mencionadas na urbanização da vila. No mapa de Salvaterra de magos, do ano de 1788, continuava mencioná-la. Após a impntação em Portugal do regime republicado, os novos autarcas, deram à rua o nome de Manuel de Arriaga ( Manuel José de Arriaga Brum da Silveira e Peyrelongue). Nasceu na na cidade da Horta, em 8 de Julho de 1840 e faleceu em Lisboa a 5 de Março de 1917, Foi advogado, professor, escritor e politico. Foi membro destacado do da geração doutrinária do republicanismo, Grande orador, foi um destacado ideólogo do Partido Republicano Português. Em 24 de Agosto de 1911, tornou-se o primeiro presidente eleito da República Portuguesa, sucedendo na chefia do estado a Teófilo de Braga. Foi obrigado a demitir-se em 29 de Maio de1915. Com esta situação, também em Salvaterra, depressa foi substituído na toponímia., PORFIRIO NEVES DA SILVA, nascido na vila, nos últimos anos do séc. XIX, no seu tempo de lavrador tinha propriedades em Salvaterra e concelhos vizinhos, o que faziam dele um respeitado cidadão, que tinha sempre em atenção os mais pobres da sua terra. Foi presidente da câmara municipal em


37 1907, no lugar de Administrador Interino e em vários anos serviu a Misercicórdia local * Quando da construção da Praça de Toiros, a sua oferta monetária foi de tal monta – um milhão de reis ($1.000.000), que superou todos os outros contributos, que a Comissão construtora andava angariando, para finalizar aquela obra inaugurada em 1920.

HUMBERTO DA SILVA DELGADO: Nasceu em S. Simão de Brogueira (Torres Novas) a 15 de Maio de 1906. Major aviador do corpo do Estado Maior, foi escritor e politico. Teve um percurso militar desde 1922 até que foi opositor ao regime salazarista do estado novo,, onde se candidatou às eleições presidenciais. Foi derrotado em 1959, vitima de represálias , pediu asilo politico ao Brasil, estando depois exilado naquele país. Atraído a uma embuscada, Humberto Delgado foi morto na fronteira espanhola em Vilanueva del Fresno em 13 de Fevereiro de 1965, por um grupo de agentes da Pide, liderados por Rosa Casaco, o agente Casemiro Monteiro, assassinou-o, bem como a sua secretária Arajaryr Campos. A Assembleia da República, em 19 de Julho de 1988, decidiu que fosse feita a transladação dos restos mortais de Humberto Delgado para o Panteão nacional. A cerimónia aconteceu em 5 de Outubro de 1990, data que assinalava os 80 anos da implantação da


38 república portuguesa e nessa mesma altura o então General, foi elevado a Marchal a titulo postumo da força aérea.

1990 - Portal da entrada para os anexos nas traseiras do Palacete (Casa de Campo) que foi da família dos Condes de Almada

1999 – Lado Oeste - entrada na rua Gen. Humberto Delgado


39 ESTRADA DA PETEJA

Era um caminho de terra solta que existia nos arrabaldes da vila, perdendo-se nos terrenos de cultura e pastoreio de gado. Durante séculos servia de ligação da vila, ao rio Tejo, através do campo, onde o porto do Cabo, servia para as embarcações chegarem a Vila Franca. No séc. XVIII as cortes de D. João IV e D. José I, usavam-no para as caravanas de carros puxados a animais pachorrentos, especialmente gado vacum, com as ucharias (roupas, material de cozinha e viveres) que em grandes quantidades eram transportadas semanas antes para a despenda da corte, na sua estadia em Salvaterra vinda de Lisboa. Por vezes usavam os trilhos vindos do porto de Alcochete. Alguns convidados já com crédito permanente nos divertimentos reais, que duravam até depois do Carnaval, tinham aqui casa de campo, que durante o ano eram conservadas pelos criados, que viviam das terras de semeadura e criação de gado para a sua sobrevivência. Quem viajava naquele percurso, uma légua logo à saída do Paço real, pela rua das Cozinhas, passava em frente ao Convento de Jericó, e embrenhando-se no campo, via a testa da vila de Benavente. No seu lado direito, uma vasta vegetação de mato - a Coutadinha real, com limites lá para o sul, no Vale do Grou, onde as Damas faziam as suas manhãs de caça, nos dias


40 de sol. O donatário da vila, o Infante D. Luís, mandou construir num desses terrenos o séc. XVIII o edifício da Falcoaria e o seu Pombal. Um século bastou para a divisão ser em pequenas parcelas de terra – os talhos, e fossem no final do séc. XIX, já pertença de agricultores de Salvaterra, como: Casa agrícola Irmãos Roberto e Família Roquete. Algum terreno que foi da Coutadinha, pertencia agora a José Adelino Fernandes. O casario continuava construído a esmo, e as parcelas apresentavam pouco cuidado, onde o matagal marcava presença. No Talho da Casa Roquette, na Peteja, brotava um olho de água, de bom sabor, onde o povo se abastecia. Esta Fonte, bem perto das terras húmidas do Bico da Goiva, depressa foi coberta com uma construção em taipa de cerâmica. O terramoto de 1909, trouxe novas construções lá para aqueles lados, e com o decorrer dos anos novos arruamentos foi necessário fazer. Ali ao lado da Ómnia, de Francisco Lino, aquele antigo caminho da vila, recebeu a toponímia – Rua da Peleja.

2018 - Em pleno séc. XXI, com as novas construções mostram moderna urbanização – na Rua da Peteja


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.RUA CENTRO PAROQUIAL

O padre José Diogo, que entre outras obras da Igreja, cujo destino era o apoio às familias carenciadas, criou também esta Centro Paroquial. Ao comemorar o seu 50º aniversário entendeu o município, atribuir-lhe o galardão máximo do concelho - a Medalha de Mérito Municipal “Grau Ouro”, pelos serviços prestados com diploma aprovado em deliberação de câmara municipal, no dia 8 de Outubro de 1997, além de ser atribuído o seu nome a uma artéria da urbanização do pinhal da vila que, passou a ”Rua Centro Paroquial”.


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AV. ROBERTO FERREIRA DA FONSECA (Dr.) Rua do Calvário/Av. Vicente Lucas de Aguiar)

Calvário: Sabe-se que no decorrer dos séculos, era uma grande artéria que passando no meio da vila, dava azo a um movimento de trânsito, especialmente de manadas de gado. Vindo da Vala real, no seu termo a sul, existia um Cruzeiro em Pedra. Também aí nos tterrenos próximos, em local existiam três Moínhos, O mapa de Salvaterra, datado de 1788, disso nos dá conta. A cruz, em parte foi mudada em 1920, para o cemitério local, tendo sido destruídos os Moínhos, para no local ser construída a Praça de Toiros,, que em 1920 foi inaugurada.

VICENTE LUCAS DE AGUIAR: Pouco foi encontrado da genelogia deste antigo presidente da câmara de Salvaterra, no entanto o autor deste apontamento, quando das obras, em terreno no antigo cemitério da vila, junto da capela real, foi-lhe chamada a atenção de uma pedra tumular onde estavam depositados os seus restos mortais. Anos depois interessamo-nos em saber quem foi, e em documentos consultados, vimos:


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Era filho de Francisco Lucas D'Aguiar e de Marianna Ritta Pinto, que moravam na rua de S. Paulo, em Salvaterra de Magos, sendo a data provável do seu nascimento em 1818? Teve irmãos e irmãs. Lucas Aguiar, foi proprietário, sendo chefe de família, tendo casado com Anna Margarida. Na abertura da avenida, que foi rua do calvário, o topónimo colocado em sua memória, como homenagem à sua passagem pelo município de Salvaterra de Magos, como Presidente de Câmara, e desempenhou outras actividades em abono da comunidade local, especialmente na Misericórdia.

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44 ROBERTO FERREIRA DA FONSECA (Dr.) Nasceu em Salvaterra de Magos, descendente da antiga e conceituada família Roberto, que teve na vila uma grande actividade na agricultura e criação de gado. Entre os irmãos, foi o único que escolher ser médico. Depois dos estudos secundários, foi para Inglaterra, onde se formou na especialidade urulogia. Foi interno dos hospitais de Lisboa, e com consultório na sua terra natal, apioava os indegentes seus concidadãos doentes, com consultras, tal como fazia com a Santa Casa de Misericórdia, onde prestou serviço a titulo gracioso, o que fez durante anos. Foi por duas vezes presidente da câmara Municial de Salvaterra de Magos. O executivo camarário, em 1980, entendeu atribuir a toponímia à maior avenida da vila.


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TRAV. DA AZINHAGA A Trav da Azinhaga é uma pequena ruela, que faz a ligação com a actual rua Humberto Delgado e a Av. José Luís Brito Seabra. Em tempos, como consta no mapa de 1788, a primeira tinha o nome de Azinhaga das Oliveiras e a segunda rua do Arneiro, de permeio existia um pequeno espaço, onde estava a roda dos enjeitados. Com o decorrer dos tempos, esta

pequena artéria, na década de 30 do séc..XX. esteve como cenário de um conto literário, que passou a fazer parte da história cultural da vila – nela existia a Taberna da “Anunciada”, uma pequena tasca, ponto de encontro, da gente urbana da vila, espacialmente ao cair da tarde, onde se jogava entre ouros interténs, o chinqilho. Um dia esteve envolvida num conto, cujo autor: José Amaro, lhe deu o nome – o último dia do lobo


46 em Salvaterra. No seu pequeno espaço ainda se vê o pequeno casario, como que a lembrar as habitações do séc.XIX. ++++++

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BAIRRO DA CHESAL Enquanto durava a odisseia do Pe. José Diogo, surgiu em 1977, um grupo de entusiastas com a iniciativa de constituir uma “Cooperativa de Habitação”. Constituiu-se em Comissão PróCooperativa de Habitação, e fizeram circular um comunicado convidando a população (especialmente os necessitados de casa) a inscreverem-se na organização. Diversos contactos já havidos com o presidente da câmara, levam a crer que haveria êxito na iniciativa. No ano seguinte, em 21 de Julho de 1978, no notário da vila de Salvaterra de Magos, foi assinada a escritura da constituição da CHESAL Cooperativa de Habitação Económica de Salvaterra de Magos, SCARL. Foram seus autorgantes: Mário Ferreira Duarte, José António Ferreira da Silva e Manuel Pedro Pinto Pereira. “Tendo a Comissão Instaladora, realizado há uns dias antes a Assembleia-geral para eleição dos Corpos Directivos, onde foram eleitos, os associados; Assembleia-geral – Presidente: José

Manuel Gameiro dos Santos, Maria Manuela Gonçalves Cheney e Maria Otília Assunção. Direcção – Presidente, Mário Ferreira Duarte; Secretário, Fernando Garcia Conde; Tesoureiro,


47 José António Ferreira Silva. Vogais – Maria José Viegas Hipólito; Elias Manuel Guerreiro; Manuel Silva Caniço e José Manuel Ferreira. Conselho Fiscal – João Alfredo Oliveira; Arménio Andrade; Maria José Rita de Assunção .

Depois de uma primeira fase de difícil implantação, o dinamismo de alguns elementos da Comissão Instaladora, ultrapassou obstáculos de monta e depressa se chegou aos 100 inscritos. Localizado o projecto da Chesal, numa vasta área de terreno, com cerca de 4 hectares, na zona da “ Coutadinha” a obra numa fase inicial começou com 156 casas de habitação, zonas verdes, incluindo uma área arborizada, zonas comerciais e parques para automóveis, além de instalações sociais, bem como 175 garagens. Uns meses depois realizou-se nos paços do concelho de Salvaterra, uma grande cerimónia pública, com a distribuição das primeiras chaves

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RUA 31 DE JANEIRO (Rua das Cozinhas – Rua 25 de Abril)

De inicio quando da implantação do regime republicano em Portugal, em 1910, a onde de mudanças de toponímos, também teve em Salvaterra o seu tempo. Em 1788, era o caminho que dava acesso às Cozinhas do paço real. A meio tinha os grandes galinheiros que o abasteciam. Este nome durou séculos, logo após a implantação da república, em 1910, os republicanos salvaterrense, apressaramse a mudar alguns nomes da vila. Esta velha via, recebeu o nome 31 de Janeiro, para memorizar aquele dia, em que uma revolta republicana em 1891, teve como alvo o

ultimato britânico do ano anterior. A partir daí foi uma artéria com grande movimento na nova urbanização da vila. A construção, em 1936, de um novo e moderno edificio, que o filantropo –


49 Gaspar Ramalho, custeou e ofereceu aos bombeiros da terra, para seu quartel. Um edificio para Mercado Diário, também ali foi construído, em 1957, e o edificio do CTT, foi inaugurado em 1964. ************ Com o regime democrático, vindo da revolta dos militares em 1974, os novos autarcas por volta de 1980, dividiram esta rua (31 de Janeiro, ficou do outro lado da Av. Dr. Roberto Fonseca), e o troço que vinha daquela avenida, para o Largo dos Combatentes, recebeu o toponímo Rua 25 de Abril.

********** TRAV. FORNO DE VIDRO O conhecimento que houve em Salvaterra de Magos, um Forno de Vidro, vem de séculos. Pouca documentação está disponivel, ou não está ao alcance de um qualquer interessado. Se nos reportar-mos às pesquisas divulgadas por Sousa Viterbo, aprecia-se que nos séc. XV séc.XVII, uma parte da história do vidro em Portugal, que leva dos finais da idade média a principios da idade moderna. Naquele documento existe uma referência que interessa a Salvaterra, diz-nos que uma carta de previlégio passada por


50 D. Afonso V, a favor do vidreiro João Rodrigues Vadilho, residente em Palmela . Pela lista de Viterbo, verifica-se que no séc. XV, e no seguinte, vários mestres vidreiros exerciam actividade, em Lisboa, Palmela, Salvaterra de Magos, Santarém, Coina, Alcochete, e Asseiceira. Em 1484, o rei D. João II, determinou que em Portugal se não pudesse estabelecer qualquer fábrica de vidros sem conhecimento de Diogo Fernandes, vidreiro no Côvo, Oliveira de Azemeis Por volta de 1953, o autor deste texto, andava na escola, percorria diariamente esta artéria. Um dia um grupo de homens destruía uma casa de rés/


51 chão construída em adobos (terra de aluvião), pertença da familia Henriques Lino, lavradores nesta vila. Nesse espaço foi construído um edificio de primeiro andar. Nas terras, que foram da casa, o rapazio encontrou muitos botões feitos de ossos (alguns de 4 e 2 buracos), de pequeno e médio tamanho. Anos mais tarde, em 2000, estando no JVT, jornal em que era Secretário da Redacção, foi chamado pelo seu amigo, José Durão Lino, descendente daquela familia, vivendo naquele prédio, fazendo algumas obras num quintal e arrecadações daquela construção, encontrou vários pedaçõs de vidros – branco/transparente e de várias cores. Mais não foi encontrado naquele local.

*********** TRAV. DO FORNO: Existiu, até 1934 na travessa, que liga a então rua Direita, com a Rua de S. António, um forno de pão. Naquele forno o padeiro de nome Ramalho, que durante anos explorou aquele género de abastecimento comunitário, tinha fechado, pois abriu um forno próprio na Rua do Pinheiro, a que deu o nome “Padaria Aurora”. A forma comunitária que já era conhecido no séc. XIX, deixou de se fazer. O povo ali entregava farinha; de frigo, aveia, milho e outros cereais., em troca recebia pães. Era um hábito, uma forma comunitária igualmente usada


52 no povoado da Glória, método ainda recentemente visto. De Foros de Salvaterra, naquele tempo, ainda vinham amiúdas vezes fazer as suas trocas. Escasseava a sua presença, as novas familias lá iam construíndo na sua habitação, um anexo para forno próprio, que fazia cozedura de quinze em quinze dias. A população da vila, estava motivada para a mudança do abastecimento nas novas padarias, que trabalhavam com características industriais. Um dos filhos, daquele padeiro, de nome Joaquim Hipólito Ramalho, que

Nas Fotos: Eurico Borrego e Manuel Martins ( Manel Sarol )


53 aprendeu desde menino, a arte de amassar farinha naquele forno, também foi trabalhar por conta própria numa padaria que acabava construir. Um outro de nome, Filipe Hipólito Ramalho, ficou com a instalção da loja, na rua direita, para ali começar nova vida – como comerciante de mercearias. Adaptou as instalações e nelas juntou também a habitação. Na década de 40, foi colocada naquela pequena artéria uma toponímia “Trav do Forno”, tal como o grande portão em madeira existem sendo uma restia do que foi o forno de pão comunitário da vila. +++++

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TRAV. DAS ESTEIRAS Não se sabe a causa do nome primitivo desta pequena artéria, que está no cruzamento entre a Rua Cândido dos Reis, e a estrada do Rossio da Vila. A sua existência, segundo apurou o autor, seus bisavós maternos, ali viveram em habitação própria, que já vinha de familia. Seu avô (materno), ali nasceu em 1898. Ouvia-se na familia, que ali tinha vivido um campino, que como todos eles tinham uma inclinação de artesão, trabalhando uma erbácia, de nome Tabuaça, na construção de esteiras. Depois de recolhida, era seca à sombra durante algumas semanas, até que ficava com uma cor “amarelo palha”. Enquanto durava a feitura da esteira, as


54 Tabuaças eram molhadas e depois estendidas ao sol para uma secagem, ficavando resistentes e duravam anos.. As esteiras - eram estrados, colocados no chão servindo de camas, muito usadas, pelas gentes do campo, quando estavam dias fora de casa. Os campinos enquanto guardavam o gado nas pastagens, guardavam-nas enroladas com as mantas lobeiras em cima dos cavalos, na parte de trás do assento. De algum registo nesta pequena via, era a existência, ainda no dobrar do séc. XX. mesmo à ponta existia uma taberna, do José Maria Ferreira “Zé Caramelo”(1) que explorava junto ao negócio de galináceos que mandava em grandes cestos de madeira para Lisboa, através do caminho de ferro, via estação de Muge.

************* (1)– Pai do escritor – José Maria Silva Ferreira (Silva Ferreira)

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TRAVESSA DO MARTINS Esta pequena ruela vinha de séculos, outros antigos catálogos geográficos da vila, davam conta da sua existência, tal como o mapa de 1788, que nos tem vindo a servir de apoio. Não tinha nome, mas com o sismo de 1909, todas as casas da zona sofreram os seus efeitos, com destruição total de muitas elas. Nos trabalhos de limpeza, as terras da Trav. do Martins, foram colocadas na zona do Moinho de Arroz, junto à vala. Certo é, que ali existia uma antiga Botica, mais tarde Farmácia do Martins, pertença de Henrique José Martins, natural de Muge. Homem dinâmico, que pertenceu a vários executivos municipais, Misericórdia de Salvaterra, e até desempenhou um cargo de Delegado da Legião Portuguesa, em Salvaterra de Magos

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******** Trav. do Martins, depois de Recuperada após o Terramoto de 1909


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TRAVESSA DO BILBAU Esta artéria é pedonal e estreita, no dobrar do séc. XX, tinha o seu piso em pedra, e já vem referenciada no mapa da vila, de 1788, sendo pequena de comprimento, dá acesso à entrada das moradias que a ladeiam, acabando por fazer a ligação entre o largo da Igreja Matriz, e a rua Cândido dos Reis.

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RUA DO ROSSIO Na povoação de Salvaterra de Magos, no seu lado Nascente, mesmo encostado à urbanização de pequeno casario, tinha um terreno de cota muito baixa (fazendo um grande rebaixo de terra) onde passava uma pequena vala - para escoar as águas que vinham algumas delas das terras dos Foros, o destino era a vala real. Em 1892, um grande investimento foi ali feito, trabalhos em estacaria deram solidez à estrada, cuja obra começou junto à escola primária “ o século”, foi substituída a escadaria da Capela Real, (com elevação da cota do pavimento) e veio a terminar nos acessos à ponte da vala real. Alguns eucaliptos e Choupos foram plantados no local. Daí em diante teve o toponímo – Rua do Rossio


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NOVA URBANIZAÇÃO NOS TERRENOS QUE FORAM DO PAÇO REAL

Faltavam alguns anos para o séc. XIX, chegar ao fim, estava-se em 1892, um segundo incêndio destruiu o pouco que restava do Paço real de Salvaterra de Magos. Destruídos os seus escombros através de explosivos, já no inicio do séc. XX, e feita a limpeza do seu vasto terreno, agora podia-se ver para o lado sul as grandes manchas de arvoredo, especialmente Pinhal, que um dia pertenceu à Coutada real. Depressa foi delineada uma nova urbanização para ocupar aqueles terrenos, pois apenas tinham ficado de pé as Chaminés das Cozinhas, e o edifício da Capela do paço da vila. Um grande largo foi delineado para o local, tendo alguns proprietários da terra como: Gaspar Costa Ramalho e António Jorge de Carvalho adquiriram algumas parcelas. Eram gente ligados à lavoura, e ali construíram Adegas e Celeiros, ao largo foi dado o nome 5 de Outubro. O TERRAMOTO APRESSOU A URBANIZAÇÃO

Estava-se em Abril, o tempo de Primavera já se via nos campos que floriam, mas no dia 23, um grande sismo, teve grande impacto nas vilas de Samora, Benavente e Salvaterra, que devastou muitas habitações e causou um elevado número de mortes. Em Salvaterra, pouca gente pareceu


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naquela tragédia, porque à tarde o povo estava trabalhando nos campos. Continuando o projecto de novos arruamento para aumentar a urbanização da vila, num espaço a sul da Igreja Matriz, foram abertas as ruas “Trás da Igreja” e “Nova de S. Paulo”, esta última dava seguimento à que existia “Rua de S. Paulo” através do lado da torre do templo religioso, cujo orago é S. Paulo. Um espaço foi doado para a construção de uma nova escola primária “O Seculo”, fruto de angariação de fundos do jornal com o mesmo nome. RUA NOVA DE S. PAULO ´É uma artéria que aparece na vila após o terramoto de 1909, e foi construída em paralelo com a rua “Trás da Igreja”, vindo a receber o topónimo rua “Nova S. Paulo”, que seria a extensão à antiga rua de S. Paulo ( rua Machado Santos), e ligava o lado norte da vila (vala real) ao Largo dos Combatentes.

1996 – A rua recebendo novo pavimento


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RUA TIMOR - LOROSAE O Terramoto de 1909, deixou

grandes mazelas na vila. Nos anos seguintes com um plano bem urdido, levou os autarcas fomentarem a sua urbanização a crescer mais para sul, abrindo novos arruamentos. Vem desde a Igreja Matriz (lateral sul), ocupando algum terreno que envolvia aquele templo, servido para cemitério, em tempos recuados. Foram licenciadas pequenas construções para habitação, entre duas novas ruas alinhadas em paralelo. Na Rua Trásda-Igreja, que ligava ao Largo dos Combatentes da Grande Guerra, na década de 30, foi ali construído o edifício para sanitários públicos, que veio substituir uma construção em madeira, que servia para o mesmo fim a um canto da frontaria do templo religioso. No edifício também, foram instalados balneários onde a população mais carente, especialmente os homens tomavam banho. Após o golpe militar de 1974, naquele edifício foi instada a sede da Junta de Freguesia de Salvaterra de Magos. O tempo passou, e em 2002, com a visita a Portugal, de Xanana Gusmão, Presidente do novo país - Timor LoroSae, (antigo território português), onde foi recebido com manifestações de grande entusiasmo pelo povo. O executivo da Junta de Freguesia de Salvaterra de


62 Magos, na altura sob a chefia de João Nunes dos Santos, e conforme estava acontecendo em outros pontos do país, também se deixou atrair, e vai daí, substituiu a toponímia da rua, para Timor Lorosae. *********************************

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63 RUA HERÓIS DE CHAVES O povo chamava-lhe rua “Debaixo dos Arcos”, era uma nova artéria, que nascia a norte no Largo dos Combatentes para sul da vila. Ali, ainda mostrava alguns resquícios de colunas de pedra nalgumas paredes, como por exemplo num grande celeiro de Gaspar Ramalho, e numa entrada para uma propriedade de José de Menezes (1). A chegada a Portugal do novo Regime Republicano de 5 de Outubro de 1910, veio encontrar esta, e outras naquele sítio a serem abertas na nova urbanização, depois do terramoto. Um confronto entre aqueles que não aceitavam a mudança, verificou-se em Bragança, em 1911. Tempos depois, em 1912, um outro mais grave verificou-se em Chaves, em 5 de Julho, onde Paiva Couceiro, comandava os insurretos para os novo regime, sendo derrotados. Em memória daquele conflito, em algumas partes do país, houve ruas que receberam a toponímia “Heróis de Chaves”. Em Salvaterra, depressa os republicanos se apressaram naquela grande artéria a colocar a toponímia rua Heróis de Chaves. Na mesma cerimónia, outra recebeu o nome Luís de Camões, uma outra paralela, que já ostentava “Conde dos Arcos”, depressa foi apeado da parede a pedra, e passou a rua “Elias Garcia” *******

(1)Foi destruída parte, com o alinhamento da rua, fruto da construção de uma grande e nova urbanização no Largo


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MARQUES DE POMBAL ( Rua Luís de Camões) .A caminho da rua do Calvário, e da grande Adega da família Henriques Lino, em frente à rua do Calvário, via-se ladeando a nova rua Luís de Camões, o velho casario, ali, existente à muito tempo, confirmado por vozes como; José Caleiro, Joaquina Mendes e Rosa Mendonça, gente que viveu em 2 séculos, confirmados por Francisco Costa e Josefina Vidigal (1), que os antigos diziam fazerem parte dos anexos do Paço, e naqueles recantos agora conhecidos por: “Canto da Ferrugenta”, tinha acontecido os reais “Brincos Taurinos”, no tempo do rei D. José, e num deles ocorreu a morte do “Conde dos Arcos” Como o decorrer dos anos, na década de 80 do séc. XX, a rua foi repartida e só uma metade ficou com a toponímia – Marquês de Pombal. O nome Luís de Camões, substituiu a antiga rua Direita. RUA ELIAS GARCIA

Era paralela às outras a caminho do Calvário, mas teve nome “Conde Arcos”, foi coisa de pouco tempo, logo foi-lhe dada toponímia, a mais um republicano. Desta vez coube a José Elias Garcia, nascido em Almada, em 1830, estava na prisão, preso como opositor à monarquia de D. Carlos, quando eclodiu a revolução que levaria à implementação em Portugal do regime republicano


65 em 1910. Era militar de engenharia e chegou a vereador e presidente da Câmara Municipal de Lisboa em 1878, jornalista; fundou em 1854 o jornal “O Trabalho”, deputado reformista e depois deputado republicano. Nas reuniões da Câmara Municipal de Salvaterra, quando o assunto da atribuição dos nomes à ruas da vila, estava em cima da mesa, os novos republicanos do concelho, não viam com bons olhos, e era impeditivo para alguns, Elias Garcia ter pertencido à Maçonaria. chegando mesmo a Grão-Mestre, o que levava a ser figura de recurso para alguma falta. Pelo país fora foi atribuído o seu nome a ruas e avenidas **************************** ************** RUA DO HOSPITAL Artéria que fazia parte do conjunto das quatro que desde a principal (Heróis de Chaves), iam para Oeste da vila, até à Rua do Calvário. Estava aberta de frente do Hospital da Misericórdia, assim ficou identificada como: “Rua do Hospital”. Tal como todas as outras 4, o seu pavimento era de pedra seixo


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Habitação de Alberto Lapa – Ano 1990

1964 – Autocarros na Rua Heróis de Chaves

Ano 2000 – Nova Construção * Rua Heróis de Chaves – Rua Elias Garcia


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RUA GAGO COUTINHO A Horta do Sopas, construída para alimentar a população quando do Terramoto de 1909, já estava murada em volta, uma necessidade quando da passagem da EN 118, pela parte sul da vila. Tinha uma pequena porta de entrada para a rua Heróis de Chaves, e um grande portão em ferro, no outro topo, na frente ao Hospital da vila. Quando das chuvas, a rua entre aquele muro e as habitações ali existentes, ficava de tal maneira ali retidas, que os moradores alguns dias tinham de “arregaçar” a roupa para nela transitar. De tal maneira isso acontecia, que foi ficando conhecida como a rua do Charco, e isso durou alguns anos. Carlos Viegas Gago Coutinho, registado em Belém - Lisboa, em 17 de fevereiro de 1869, fez carreira na Marinha Portuguesa e chegou a Almirante. Foi como cartógrafo e geodeta, que se distinguiu a partir de 1898, mas o seu maior feito foi quando com Sacadura Cabral, realizaram em 1921 a travessia aérea Lisboa-Funchal. Assim preparados, em 1922, no contexto das comemorações do centenário da Independência do Brasil, os dois aviadores realizaram a primeira


68 travessia aérea do Atlântico Sul, acabando de serem os novos heróis nacionais. Sacadura, ao longo da sua vida recebeu louvores e honrarias. Em 1954 a TAP convidou-o para um voo experimental ao Rio de Janeiro em um DC-4, antecipando a futura linha regular que se estabeleceria em 1961. Por decisão da Assembleia Nacional e mediante decreto específico foi promovido a Almirante em 1958 * Faleceu no dia seguinte a completar 90 anos, sendo sepultado no Cemitério da Ajuda em Lisboa

1987 - Muro com portão de entrada – Antiga Horta do Sopas ***************** *****


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RUA ANTÓNIO PAULO CORDEIRO António Magos, aliás António Paulo Cordeiro, nos seus tempos de jovem, no inicio do séc. XX, também quis enveredar pelo fabrico de bebidas espirituosas, chegando mesmo a ser um especialista na forma de fabricar estes licores. Morava em prédio próprio, na rua Machado Santos, mesmo ali em frente à Trav. João Gomes, tinha um filho, vivo, que desempenhava a medicina veterinária, no Estado. Em 1987, vinte e dois anos depois do seu falecimento, a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos. sob a presidência de António Moreira não o esqueceu e homenageou-o ! O acto solene teve lugar, no dia 1 de Janeiro de 1987, uma iniciativa do dinâmico Vereador da Cultura, Joaquim Mário Antão com o descerrar na vila, numa rua de construção recente, uma placa toponímica com o seu nome e, foi distribuído um folheto com a informação do António Paulo Cordeiro – Músico! Tal folheto, fiz publicá-lo, no jornal “O Ribatejo” de que era colaborador, e saiu na edição de 9 do mesmo mês.


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“ HOMENAGEM POSTUMA AO MUSICO – ANTONIO PAULO CORDEIRO “ António Paulo Cordeiro, nasceu em 1876, como muitos outros músicos a aprender solfejo na escola de música da banda. O seu instrumento favorito era o Cornetim. Entre as muitas “histórias” de que foi protagonista, conta-se que, num concerto de bandas civis em Santarém, em que participou a Banda dos Bombeiros de Salvaterra, António Cordeiro tocava uma peça de difícil execução, as variações do Carnaval de Veneza. O vento forte que se fazia sentir no local do concerto, levou-lhe as partituras. O maestro ficou atrapalhado, mas o exímio músico continuou pávido e sereno a executar a solo, que lhe valeu uma ovação da assistência. Esteve à frente de várias bandas da região e da própria banda de Salvaterra como maestro. Ensinou a arte da música a muitos jovens e conseguiu apresentar crianças em concertos a tocar áreas de música clássica. Entre as várias peças que criou como compositor, destacam-se a marcha fúnebre “Coroa de Espinhos” e o “Passe Doble Faculdades”, em homenagem ao toureiro do primeiro quartel do séc. XX, de nome Faculdades. ***********************


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RUA JOSÉ HENRIQUES LINO (Eng.) José Henriques Lino, e seu irmão Francisco, eram filhos do conceituado lavrador Francisco Ferreira Lino. Francisco, morreu jovem e José, no ano de 1939, era já um benemérito e disso transmitiu a seus filhos, estudou e licenciou-se em Agronomia, foi professor na Escola de Regentes Agrícolas de Santarém. A Família entre muitas terra de agricultura, vivia na Òmnia, um grande propriedade, ali junto à estrada da Peteja. José H. Lino, foi benemérito da Misericórdia Local, era na sua Adega, na Av. que se procedia aos leilões dos Cortejos de Oferendas, para aquela instituição de caridade de Salvaterra de Magos. Um dia, o executivo camarário teve em mãos o grande projecto de construir uma grande escola secundária (Escola Gregório Fernandes), uma necessidade no concelho. Na falta de terreno, negociou com a família Lino, e da Ómnia, foi retirado um terreno, para a construção da escola. Anos mais tarde, com o alargar do Parque Escolar, um outro edifício foi construído, a que foi dado o nome do Prof. António Lopes. A rua de acesso a esta nova urbanização, foi dado o topónimo – José Henriques Lino.


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António Lopes, na Inauguração da Escola Secundária

O Autor - 1º lado esqº (fato cinzento) * assiste à inauguração da Escola Secundária, construída em terro que foi da Òmnia da Família Henriques Lino


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RUA NATÉRCIA RITA DUARTE ASSUNÇÃO (Professora)

Um dia veio de Rabat (Marrocos), para onde tinha ido com o marido Manuel Duarte Assunção, ensinar português. Aqui em Salvaterra, se fixou com a família, na década de 40 do séc. XX. Destacou-se, no ensino primário, com muita dedicação. As suas aulas, eram um centro d sabedoria, que foi transmitida a centenas de alunos que tiveram a sorte de serem preparados por Natércia Rita Assunção. Já reformada, depois de mais de 40 anos de praticar o ensino, um dia em 1986, antigos alunos de várias gerações prestaram-lhe uma justa homenagem. Os poderes autárquicos, associaram-se e colocaram a sua toponímia, na artéria que passa em frente do grande centro escolar da vila.


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NOVAS URBANIZAÇÕES NA VILA (Toponímia)

Nos últimos anos do séc. XIX ainda existia para sul da vila um vasto terreno manchado de pinhal e núcleos de arvoredo rasteiro, que deixou de pertencer à coutada real, após a sua venda passando a ser pertença de particulares, e do município de Salvaterra de Magos. No ano de 1883, já fora e a sul da vila teve lugar o início do novo cemitério da freguesia, e em 1920 num outro terreno municipal é construída a Praça de Toiros, que ficam divididas entre si com a construção e passagem da nova EN 118, por volta de 1936. No decorrer da década de 40 do séc. XX, notava-se no terreno municipal, traseiro ao campo-santo, a instalação de barracas com famílias inteiras pobres, que saíam da vila. Depressa, nos anos 60, por intermédio do Centro Social da Paroquia local, foram construídas habitações, que deram origem aos Bº S. José e Bairro S. Paulo. A Segurança Social, também teve por ali a sua influência, era uma forma de acabar com aquela grande mancha de barracas. O Vereador; José Teodoro Amaro, 10 anos depois, delineou e com lotes públicos a venda a particulares, o município criou a urbanização do Bº do Pinhal da Vila. Uns aos depois aparece ali ligado a nova Urbanização do Pinhal da vila. . Estas urbanizações ligadas entre si tinham uma grande via de acesso, desde a EN 118 à rua, que viria a receber toponímia, em 1979, Pe. José Diogo, As ruas e largos ficaram abertas, mas sem toponímia delineada durante anos. Já com os primeiros anos, do séc. XXI, a decorrer o executivo camarário de Ana Ribeiro, faz uma troca de terrenos, na zona do antigo Convento de Jericó, com o Município vizinho de Benavente, satisfazendo assim as pretensões de novos moradores que ali fizeram as suas moradias. Na zona foi criada nova urbanização como: arruamentos, esgotos e fornecimento de água


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RUA PADRE CRUZ Com a rua aberta à largos anos, e sendo necessário aos novos lotes de habitações construídos a sul de Salvaterra, terem uma toponímia a servi-los, o executivo camarário chefiado por António Moreira, apoiou a proposta do vereador da cultura, Joaquim Antão, para a atribuição aquela via a toponímia do Pe. Cruz (Francisco Rodrigues da Cruz), nascido em Alcochete a 29 de Julho de 1859 e falecendo em Lisboa, a 1 de Outubro de 1948, ficando conhecido como o Apostolo da Caridade.

2018 - Rua Padre Cruz

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RUA JOSE RODRIGUES DIOGO (Padre) Naquele ano de 1945, era um dia de Verão, chegou a Salvaterra de Magos, um jovem padre que vinha ocupar o cargo da paróquia local. Tinha pouca experiência paroquiana, pois havia deixado o seminário, onde foi educado sobe as mais rígidas regras usadas nos finais do séc. XIX. O entusiasmo era grande, depressa como pastor, ao serviço da sua causa, a Igreja Católica, apercebeu-se das grandes carências do seu “rebanho”, pois a guerra tinha deixado ficar as suas mazelas. O padre José Rodrigues Diogo, nascido em Seiça (Ourém) lá para os lados de Torres Novas, em 1919, foi com algum desespero que viu a forma de viver destas gentes da Lezíria ribatejana. Os seus 26 anos de idade, deram-lhe muitas forças e com a sua fé, começou a pensar em dar melhores condições de vida às famílias, especialmente do povo rural, que na sua maioria vivia em barracas, num terreno arenoso, junto ao cemitério da vila e, que nos finais do séc. XIX, ainda pertencia ao pinhal da vila, restos da que foi sua Coutada Real. A fome acompanhada de uma forma de viver, onde as crianças na sua maioria não iam à escola, pois eram encaminhadas param os trabalhos do


78 campo, logo nos primeiros anos de vida – o trabalho da grade. Em 1947, o padre José Diogo, iniciava a sua obra, com a criação do Centro de Assistência Social que, o governo legaliza através de um despacho da secretaria de estado da segurança social. Recebeu de D. Maria Carolina Rebelo de Andrade, a oferta de um edifício, na rua Cândido dos Reis, onde é instalado aquele centro, com a sua creche. Depressa conseguiu o apoio de algumas pessoas castas da terra e, mesmo do concelho, para a oferta de cereais destinados às refeições, que começou a distribuir, através da recém criada “Sopa dos Pobres”. No entanto o seu grande objectivo era a construção de um bairro social, afim de acabar com as barracas - uma forma de habitação, considerada desumana para as famílias poderem viver com dignidade. Quem se debruçar no estudo, da actividade do Centro Paroquial de Bem-estar Social, entidade que sucedeu à Sopa dos Pobres, e Centro de Assistência Social, poderá encontrar um trabalho de grande humanismo, onde muitos paroquianos colaboraram ao longo dos anos, através da Fábrica da Igreja de Salvaterra de Magos. Em 1956, uma nova obra social dá os primeiros passos - O Património dos Pobres. O seu aparecimento, cria um fundo de doações e legados destinados à construção de habitações sociais na Paróquia de Salvaterra de Magos, que veio a comportar 150 casas, em dois bairros a que foram dados os nomes de: S. Paulo. e S. José,


79 com rendas de valor social O Lavrador e médico veterinário, José de Menezes, com sua esposa, Maria de Lurdes Vinagre, naturais da terra, grandes proprietários, e Manuel da Silva Valente, oferecem terrenos, para tão importante obra social. A obra social, do Padre José Diogo, chegou ao fim em Salvaterra de Magos, com o arranque dos trabalhos da construção de um moderno edifício materno-infantil (creche). O autor deste Apontamento, convidado em 1969, pelo padre Diogo para integrar a direcção da Fábrica da Igreja (Centro Paroquial), com Refino Morais Andrade, bem sabemos das grandes dificuldade porque passou a Fábrica da Igreja, em levar a bom termo as suas obras em curso. O padre Diogo, viu-se na necessidade de fazer várias deslocações ao estrangeiro, para junto das comunidades religiosos e não só, angariar algumas verbas para satisfazer compromissos financeiros assumidos. Em outros projectos esteve empenhado, como: A creche paroquial na vila de Salvaterra de Magos, a construção das Igrejas – Foros de Salvaterra, Marinhais, Glória do Ribatejo e Granho. O Escutismo, levou-o a juntar a juventude de Salvaterra, e fazer nascer em 1964, o Agrupamento local.


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Anos antes da sua morte, o executivo da câmara municipal, prestou em 1979, justa homenagem a este homem da igreja católica, que, tudo fez em prol do bem-estar do povo de Salvaterra,. Foi dado o seu nome, a uma nova rua que aberta para acesso aos bairros sociais e Misericórdia da vila. As populações de Foros de Salvaterra, incluindo o lugar da Várgea Fresca, em preito de homenagem, rogaram-lhe em 27 de Março de 1989, que após a sua morte viesse a repousar no cemitério local, o que aceitou. Aos 77 anos de idade, veio a falecer em Fátima, onde estava recolhido, e foi sepultado em campa rasa no dia 25 de Abril de 1987

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.RUA CENTRO PAROQUIAL O padre José Diogo, que entre

outras, obras da Igreja, criou a Sopa dos Pobres, e Centro de Assistência Social Infantil cujo destino era o apoio às famílias carenciadas. Este serviço de assistência estava instalado num prédio doado à Igreja, na rua Cândido dos Reis. Tempos depois fundiu as duas, foi criado, em 1947, o Centro Paroquial de Bem Estar Social. Ao comemorar o seu 50º aniversário entendeu o município, sob a chefia do Dr. José Gameiro dos Santos, atribuir-lhe o galardão máximo do concelho - a Medalha de Mérito Municipal “Grau Ouro”, pelos serviços prestados com diploma aprovado em deliberação de câmara municipal, no dia 8 de Outubro de 1997, além de ser dado o seu nome a uma artéria da urbanização do pinhal da vila que, passou a ”Rua Centro Paroquial”. Esta tem um acesso à entrada da Creche e Jardim Infantil, e edifício sede onde funciona o Centro Paroquial de Salvaterra de Magos.


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Obra de construção da Creche

RUA SALGUEIRO MAIA (Capitão)

No ano de 1997, estava na presidência da câmara municipal de Salvaterra, o Dr. José Manuel Gameiro dos Santos, a nova Urbanização na Vila, entre a Rua Padre Cruz e a EN 114-3, estava a ficar completa de construções. O executivo camarário decidiu-se pelo arranjo das Ruas do Centro Paroquial e Rua Capitão Salgueiro. A inauguração desta, foi feita com uma cerimónia simples, com com grande empenho, pois nela esteve presente além de António Moreira, e José Luís Borrego, antigos presidentes da câmara e da Junta de Freguesia de Salvaterra. Não deixou de responder ao convite com a sua presença a viúva de Fernando José Salgueiro Maia (Capitão Salgueiro Maia). Depois da banda de música dos bombeiros ter tocado alguns acordes, e o lançamento de alguns foguetes por Mário da Silva Antão,, foi descerrada toponímia daquele capitão de Abril de 1974

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URBANIZAÇÕES PINHAL DA VILA BAIRRO PINHAL DA VILA O mandato autárquico 2009-2013, seria o último de João Nunes dos Santos, depois de 16 anos à frente da Junta de Freguesia de Salvaterra de Magos. Tempo antes do mesmo terminar, o seu executivo apressou-se a dar nomes às ruas e largos nos bairros a sul da vila. Há largos anos que aquelas artérias estavam carenciadas de identificação, tal como acontecia na urbanização na zona do antigo Convento de Jericó. Nesta foi encontrada a toponímia “ Rua Tratado de Salvaterra”, enquanto nos Bairros Pinhal da Vila, Urbanização Pinhal da Vila e Bairro de S. Paulo, foram dados os seguintes:

RUA TEN-CORONEL MELO ANTUNES Na nova urbanização do Pinhal da Vila, uma pequena rua recebeu a toponímia do Tem-Coronel Melo Antunes (Ernesto Augusto de Melo Antunes) nascido em Lisboa, 2 de outubro de 1933 - Sintra, 10 de agosto de 1999, viveu em Angola entre os seis e os nove anos de idade. Frequentou os liceus de Aveiro e,


85 posteriormente, o de Faro, e o Colégio de Tavira. Ingressou na Escola do Exercito, chega a capitão, numa altura em que estava nos Açores, desde 1958. A 15 de Junho de 1962 foi feito Oficial da Ordem de Avis. Ingressou no Movimento dos Capitães em 1973 Foi um dos estrategas da Revolução dos Cravos, tendo sido o redactor principal, em Março de 1974, do documento O Movimento das Forças Armadas e a Nação, o primeiro texto de conteúdo claramente político do Movimento dos Capitães.

De seguida foi co-autor do programa do MFA, pertencendo à sua comissão coordenadora depois do 25 de Abril de 1974. Foi várias vezes Ministro, como politico ingressou no PS. A 24 de Setembro de 1983 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. Reformou-se com o posto de Tenente-Coronel.

RUA GENERAL RAMALHO EANES António Ramalho Eanes, nascido em Alcains, Castelo Branco, em 1935,foi um militar que se salientou no grupo que travou o golpe militar de 25 de Novembro de 1975, que desvirtuava as raízes da revolução de Abril de 1974.


86 Concorrendo às eleições para presidente da república, foi eleito em 1976, e voltou a ser reeleito em 1986. Esteve na vida política, no Partido Renovador Democrático, vindo a demitir-se em 1987. Por razões de princípio, não aceitou a promoção a Marechal, passando à reforma da vida militar, a seu pedido, foi nomeado General de quatro estrelas em 24 de Maio de 1978. Tendo tido grande revelo na anulação daquele golpe militar de 1975, onde estava em curso o Prec – Processo Revolucionário em Curso, os partidos radicais não mais o perdoaram. Naquele ano de 2013, o executivo da Junta de Freguesia de Salvaterra, atribui o seu nome a uma rua, que de início era privada ao acesso à Creche Paroquial, com o uso dos particulares às suas Garagens, esta depressa passou a uso publico. A placa de pedra toponímica do Gen. Ramalho Eanes, foi colocada num muro de um quintal – atitude muito criticada pela opinião pública, especialmente pela falta de respeito por quem foi Presidente da República, eleito democraticamente.

RUA DR. JOAQUIM GOMES DE CARVALHO Nasceu em S. Paulo, Brasil, em 1908/09?, filho dos emigrantes; Joaquim Gomes de Carvalho (1866), e de Maria Mendes Murta (1889), ambos de Cantanhede. Veio para Portugal estudar medicina e já licenciado, casou com D. Mariana Gonçalves Mendes Calado, de Alter do Chão (1921), encontrou residência, e ali abriu consultório num


87 1º andar de um prédio, na Av. Vicente Lucas de Aguiar (Av. Dr. Roberto F. Fonseca), próximo à Escola Primária. Casado com Mariana Gonçalves Mendes Calado (1921), Alter do Chão. No decurso da sua vida em Salvaterra, deu o seu contributo à saúde pública no concelho, através do município, e prestou serviço na Assistência Social, aos sócios da Casa do Povo, contribuiu durante anos com assídua benemerência aos enfermos internados no Hospital da Misericórdia local.

Em 1991, Dr. Carvalho, esteve no Almoço dos 100 Anos da Farmácia Carvalho

Habitação e Consultório – Dr. Carvalho – 1º Andar


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RUA DAS OLIVEIRAS . Não existe nenhuma referencia no bairro, e mesmo no local da existência de Oliveiras, até porque na origem da zona, o mato e pinhal foram pertença da Coutada real. Mais tarde com a ocupação do terreno por familias rurais, pobres, ali existiu um aglomerado barracas e anexos com a criação de animais caseiros. ******************* ///// *********************

RUA ROSA HENRIQUETA MENDONÇA Rosa Henriqueta Mendonça, filha de Alfredo Rosa e de Elisa Conceição, nasceu em 10 de Maio de 1900, e faleceu em 30 de Maio de 1994, sendo sepultada no cemitério da sua terra – Salvaterra de Magos. Mulher casada e mãe de filhos, desde muito nova recebeu a prática de sua mãe, no apoio dos partos das crianças, que à época se realizavam casa. A população idosa bem se lembra que foi ela que assistiu várias crianças no seu nascimento prematuro em 15.Fev.1941, dia do ciclone em Portugal. Durante anos foi assistente


89 do Dr. Joaquim Carvalho, e prestou serviço no Hospital da Misericórdia de Salvaterra, ajudando na enfermagem e nos partos que ali ocorria RUA BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS A existência de uma zona desportiva em Salvaterra de Magos, foi um desejo iniciado pelo executivo camarário chefiado por António Moreira, onde o Vereador da Cultura; Joaquim Antão teve intervenção digna de registar. Ali já existia o campo, desde a década de 70, do séc, XX, onde o CDS, efectuava os seus encontros de futebol. Depressa, no local foi construído um recinto para a prática de ténis, e dentro do pinhal umas rampas e obstáculos em madeira para a manutenção física dos utentes. No mandato do Dr. José Manuel Gameiro, teve inicio as construções das Piscinas e Pavilhão Desportivo Municipais, cujas inaugurações aconteceram na presidência de Ana Ribeiro. Com o entusiasmo de sempre, o então autarca, Joaquim Antão, já na direcção dos bombeiros de Salvaterra, desenvolveu esforço para a construção de um novo edifício para aqueles voluntários da terra. O executivo de Cristina Ribeiro, aceitou apoiar a ideia, e com ajuda de outras entidades, foi construído um novo quartel, ocupando um espaço na já criada zona verde. Helder Esménio, presidente da câmara, no inicio do seu mandato de 2013, mandou recuperar um antigo edifício, onde o Clube dos Trampolins de Salvaterra, vinham fazendo a sua actividade, e


90 dali vinham saindo campeões nacionais, europeus e mundiais da modalidade. A grande rua que dá acesso a todas aquelas construções, recebeu a toponímia “Bombeiros Voluntários” ********************************

RUA DR. SOUSA MARTINS José Tomás de Sousa Martins, nasceu e morreu em Alhandra (V F Xira) (7.3.1843 – 19.8.1897), filho de Caetano Martins, carpinteiro, e de Maria das Dores de Sousa Martins, doméstica, Aos 12 anos foi para Lisboa, para casa de um tio que se tinha estabelecido com a farmácia “A Ultramarina”, na rua de S. Paulo. Seguindo o exemplo do seu familiar, fez o seu curso liceal e depois frequentou a Universidade, onde estudou farmácia, terminando o curso em 1864, com 21 anos de idade. Continuou estudando e na Escola de Médico-cirúrgica de Lisboa, acabou por obter o diploma de médico de Medicina, especializando-se no tratamento da Tuberculose, doença infestante na época. Foi também professor catedrático da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, antecessora da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. No desenvolvimento dessa carreira, em 1872, foi nomeado lente da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa e em 1874 médico extraordinário do Hospital de São José.


91 Contemporâneo e convivendo de perto com figuras médicas, que se reuniam numa tertúlia, na rua dos Restauradores, ali discutiam novas formas e descobertas que avançaram a medicina em Portugal e no mundo. Tendo amizade com o Dr. Gregório Fernandes, também ele ribatejano de Salvaterra, chegou-lhe a pedir conselhos médicos para debelar doenças que os seus enfermos sofriam, nos hospitais de Lisboa. Aos doentes mais necessitados, além de ir a suas casas, oferecia-lhes remédios, e irradiava-lhes amor e caridade. Estes ao ficarem curados, propalaram a crença que Sousa Martins, estava possuído de espiritismo. Os seus seguidores depressa fizeram fileira, o que ainda se mantém nos nossos dias, sendo seu Jazigo, na terra natal, visitado com dedicatórias de agradecimentos. José Sousa Martins, adoeceu quando estava num Congresso em Veneza, foi-lhe dito que sofria de Tuberculose. Quando morreu, estava à sua cabeceira o amigo Dr. Gregório Fernandes, este teve dificuldade em fazer o diagnóstico do óbito, facto que comunicou aos seus pares, numa sessão da Associação dos Médicos Portugueses (antecessora da actual Ordem dos Médicos). É descrito oficialmente que Dr. Sousa Martins, aos 54 anos de idade pôs termo à vida, Injetandose com morfina. A sua toponímia, à época, foi instalada em todas as ruas das Aldeias, Vila e Cidades de Portugal.


92 O executivo da Junta de Freguesia de Salvaterra, no mandato 2009-2013, mais de 100 anos depois da sua morte, escolheu uma artéria no bairro S. Paulo para lhe atribuir uma toponímia. *************************** RUA EGAS MONIZ Tornado prática dos executivos autárquicos (Câmara e Juntas de Freguesias) do concelho de Salvaterra de Magos, já no decorrer do séc. XX , não colocar nas toponímias atribuídas às ruas, nada mais que a identificação do contemplado. É deveras confuso, em saber qual o nomeado em tal sorte. No caso de Egas Moniz, tem a história de Portugal, o registo ao longo dos séculos, terem existido seus filhos com tal nome, e dignos de tal reconhecimento para constarem das toponímias do pais. Presumindo, nesta situação que se trata de; António Caetano de Abreu Freire de Resende (Egas Moniz), nascido em Vilarinho do Bairro; Estarreja, Avanca, 29.11.1874-13.12.1955), em filho de; Fernando de Pina de Resende de Abreu Freire (Idanha-a-Nova) e de Maria do Rosário de Oliveira de Almeida e Sousa. Estudou e licenciou-se em Medicina na Universidade de Coimbra. Foi médico, neurocirurgião, pesquisador, professor, politico e escritor. Depois do curso, começou por ser lente substituto – lecionando anatomia e fisiologia. Egas Moniz, ao longo da sua vida, foi talvez na área da cirurgia que mais se salientou, com o estudo que


93 desenvolveu para a medicina ao conseguir pela primeira vez dar visibilidade às artérias do cérebro. A Angiografia Cerebral, que descobriu após longas experiências com raios X, tornou possível localizar neoplasias, aneurismas, hemorragias e outras má-formações no cérebro humano e abriu novos caminhos para a cirurgia cerebral. A 5 de Outubro de 1928 foi agraciado com a Grã Cruz da Ordem de Benemerência e a 3 de Março de 1945 com a GrãCruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada Como investigador, Egas Moniz, contando com a preciosa colaboração de Pedro Almeida Lima, gizou duas técnicas: a leucotomia pré-frontal e a angiografia cerebral. Deve-se ainda a este autor a descrição do trajeto da artéria carótida interna no interior do osso temporal, tomando o mesmo a designação de Sifão carotídeo ou Sifão de Egas Moniz. António Egas Moniz foi proposto cinco vezes (1928, 1933, 1937, 1944 e 1949) ao Nobel de Fisiologia ou Medicina, sendo finalmente galardoado em 1949. A primeira delas acontece alguns meses depois de ter publicado o primeiro artigo sobre a encefalografia arterial e, subsequentemente, ter feito, no Hospital de Necker, em Paris, uma demonstração da técnica encefalográfica. Este imediatismo não era uma coisa absolutamente ridícula pois, na verdade, «a vontade de Alfred Nobel era precisamente a de galardoar trabalhos desenvolvidos no ano anterior ao da atribuição do Prémio» **********************************


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RUA ARISTIDES DE SOUSA MENDES No mandato autárquico de António Ferreira Moreira, o executivo teve em atenção a carência de habitação dos mais desafortunados pela sorte. Numa negociação frutuosa de troca de terrenos, com a firma Jaime da Silva Valente, onde o seu representante; Manuel da Silva Valente teve papel de relevo para este processo. A câmara tomou posse de uma parcela de terreno, na parte de trás do cemitério da vila de Salvaterra, para aí dar inicio à construção de casas sociais para os mais carenciados. Algumas famílias foram alojadas nas moradias acabadas de construir. Com a urbanização delineada o seu processo esteve parado durante vários anos. Com Ana Ribeiro, no executivo, outras moradias foram acabadas e ocupadas, ficando ainda algum espaço para receber e acabar aquela urbanização. Ao terminar o mandato (2009-2013), o executivo da Junta de Freguesia de Salvaterra - deu a toponímia - Aristides de Sousa Mendes, à maior rua que lhe dava acesso Este topónimo, de raiz nada tem em comum com a povoação de Salvaterra – pois Aristides de Sousa Mendes/ ou Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches, nasceu em Cabanas de Viriato, concelho do Carregal do Sal, Distrito de Viseu (19.7.1885 * 3.4.1954), Faleceu em Lisboa, aos 68 anos de idade.


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Filho de: José de Sousa Mendes, juiz no Tribunal da Relação de Coimbra e de Maria Angelina Ribeiro de Abranches de Abreu Castelo - Branco Aristides de Sousa Mendes, com a carreira de Cônsul, esteve em Bordéus, França, sendo um prestigiado diplomata português, esteve no processo que o Estado Novo lhe moveu por desobediência, foi destituído sob as ordens de Salazar com a acusação de ter emitido, freneticamente, cerca de 30 mil vistos que se destinavam quer a indivíduos, quer a famílias completas, para os livrar do Holocausto dos Judeus, vitimas da II Guerra Mundial. Segundo os seus biógrafos, morreu na miséria. Já depois da democracia de 1974, em Portugal, foi reabilitado a titulo póstumo e foram-lhe conferidas honrarias oficiais. Um filme realizado, imortalizou a vida deste português – Aristides de Sousa Mendes.

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RUA DO TRATADO DE SALVATERRA No mandato autárquico (2009-2013), com a atribuição de toponímias a algumas ruas e Largos, da freguesia de Salvaterra, carentes de identificação,, acharam por bem os seus autarcas, neste processo atribuir o nome de rua “Tratado de Salvaterra” à velha estrada que ligava os concelhos vizinhos; Salvaterra – Benavente, passando em frente do ex-Convento de Jericó, construído em 1541, em terras próximas do primeiro, mas pertencente ao último. O Convento e seu terreno de semeadura, atribuído à ordem religiosa dos Arrábidos, está desactivado desde o séc. XIX, apenas funcionando para os fiéis venerantes de S. Baco, estatueta que se encontra numa pequena capela. A vasta zona de terreno das Gatinheiras, que desde sempre pertenceu ao concelho de Benavente, fez parte da troca de terras que Ana Ribeiro, presidente da Câmara de Salvaterra, protagonizou com aquele concelho vizinho, para dar satisfação aos anseios dos moradores na nova urbanização daqueles sítios. O Tratado de Salvaterra, nome que imortaliza o acordo de paz, entre o Rei D. Fernando I de Portugal e o rei S. João I de Castela. A moeda que selou o encontro realizado nesta vila, em 2 de


97 Abril de 1383, foi o casamento da Infanta D. Beatriz/ ou Brites, com aquele monarca espanhol. A Crónica de D. Fernando (Cap. CLVII e seguintes), em termos historiográficos, é a melhor fonte disponível para o seu conhecimento. Pero Lopez de Ayala, também se lhe refere e dá mais pormenores um outro pormenor na sua Crónica de el Rei Dom João o Primeiro de Castela e de Leão, ano quarto, capítulo V; por fim, nas suas Provas da História Genealógica da Casa Real, António Caetano de Sousa, fornece-nos documentos em castelhano sobre o tratado.

1) Túmulo de D. Brites, em Toro (Zamora) Espanha 2) Frente do antigo Convento de Jericó

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RUA DOMINGOS LOBO (Escritor) José Domingos Lobo, homem ligado à cultura, nasceu em Nagozela, freguesia de Santa Comba Dão, em 1 de Novembro de 1946. É um escritor português, na área da poesia e romance, com vários trabalhos editados e publicados. Em 1982 recebeu o Prémio de Melhor Encenador do Festival de Teatro de Lisboa. Recebeu os prémio Literário Alves Redol/2013 – com "Largo da Mutamba" (contos) ,Edição Nova Vega/2015, e “Não Deixes que a Noite se Apague" - Teatro - Prémio Nacional de Teatro Bernardo Santareno/2009 - Edição Cosmos/2010 Tem críticas literárias publicada nas revistas e jornais: "Vértice", "Seara Nova", "Escritor", "Jornal do Brasil", "Entre Letras", "Foro das Letras", "Revista Alentejo" e "As Artes Entre as Letras". . Dirigiu o Grupo de Teatro Benavente “Sobre Tábuas”, e teve papel de relevo no Museu Municipal de Benavente Viveu em Salvaterra de Magos, onde foi político dirigente, do Partido Comunista – PC., representando durante vários anos este partido como autarca no


99 município de Salvaterra, até final do mandato de 2013.

ano 2018 – Aspecto do Bairro Nossa da Conceição

A NOVA COMISSÃO TOPONIMICA DO CONCELHO

Estavam nos primeiros meses do seu mandato autárquico, (2013-2017), na câmara Municipal, o Engº Helder Manuel Esménio, e na União de Freguesias – Salvaterra de Magos e Foros de Salvaterra; Manuel Bolieiro, tomaram a decisão de atribuir o nome de Bairro “Nossa Senhora Conceição”, à urbanização que no seu inicio era um desígnio servir os mais carenciados – mesmo atribuindo habitação às famílias de outras etnias, como os ciganos. A artéria principal que o serve, recebeu a toponímia; Domingos Lobo (escritor). Depressa foi criada uma Comissão Toponímica Municipal, presidida pelo Dr. Roberto Caneira. Este órgão, tinha a função de dar o seu parecer, de estudo aos processos que lhes eram remetidos pelo executivo camarário, depois de iniciados pelas Juntas de Freguesia do concelho.


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ESTRADA NACIONAL 118 Para o plano nacional de dotar o país com novas estradas construídas a cargo do estado, e para sua implementação foi criada a Junta Autónoma de Estradas – JAE. Em 1936, o distrito de Santarém, tinha já concluídas ou em construção cerca de 950 kms, e nesse ano estava a ser feito em Macadam (cimento) o lanço Almeirim Salvaterra, que era a continuação da EN 118, uma grande via entre Alpalhão – Montijo.


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Com as terraplanagens e nivelamento de terras, incluindo a feitura da ponte no Paul de Magos, os trabalhos no concelho de Salvaterra, foram decorrendo durante meses até que chegaram ao cruzamento das Cavalariças (1), aí com a entrada para vila, e que teria uma ligação à projectada EN 114-3, uma estrada que ligava Salvaterra a Coruche. ESTRADA NACIONAL 118-2 Na continuação dos trabalhos, foi feito um troço de uma pequena estrada, numa outra empreitava em concurso público, que daria lugar à saída/entrada de Salvaterra, terminava na Praça da República da vila, cujo marco está junto ao muro do jardim da antiga escola “o século”. Neste troço de via, foi aproveitado um caminho em terra, servia os carros de tracção animal, tendo um valado numa dos lados, que em parte servia de estrema aos currais das famílias Roquette e Pedro Lapa. Ali ainda se podiam ver construções que serviram até ao séc. XIX, de apoio ao extinto Paço da vila. Um grande portão em ferro dava entrada à antiga horta do rei, a sul da Capela real.


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********************** (1)- Num vasto espaço, desde 1788, existiram vários construções, que pertenceram ao apoio do desaparecido Paço real da vila. As Cavalariças/ou cavalhariças, como o povo lhe chamava era um dos difícios naquele sítio, e tinha servido de Hospital para Animais, do Regimento de Cavalaria que esteve instalado em Salvaterra. Daquele local partia a estrada EN 114-3 * Nos últimos anos do séc. XX, aquela construção foi destruída, sendo colocado no local um sistema eléctrico de semáforos.

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RUA GASPAR DA COSTA RAMALHO Gaspar da Costa Ramalho, nasceu no dia 20 de Outubro de 1868, em Salvaterra de Magos, viveu na atual rua Alm. Cândido dos Reis (antiga rua de S. António/ ou rua de Baixo), onde construiu casa solarenga para a família. Foram seus pais; José de Sousa Ramalho e Joaquina Victoria. Uma vida de 94 anos, onde uma fortuna recebida de seu tio e sogro, José Vicente da Costa, fez dele um grande lavrador, com propriedades nos concelhos de Azambuja, Vila Franca, Benavente, e na sua terra natal Salvaterra. de Magos. A sua imensa riqueza foi gerida com sabedoria e benemerência humilde. Quando do terramoto de 1909, as populações de Samora Correia, Benavente e Salvaterra, sentiram os seus efeitos devastadores, mas Gaspar Ramalho, chamou a si um grupo de pessoas de boa vontade e, depressa se deu início, ao necessário apoio ao povo carecido. Em 1919, na construção da Praça de Toiros, quando a “Comissão Construtora” se debatia com dificuldades financeiras para concretizar o que esperava ser uma realidade, logo Gaspar Ramalho, como gente anónima suportou os custos em falta. Esteve no Hospital da Misericórdia,


104 suportando todos os encargos financeiros da construção. Suportou todas as despesas da construção das novas bancadas em cimento após o Ciclone de 1941 * Custeou um novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, num terreno que doou, fazendo dele um moderno edifício para a época * Usando um celeiro, na rua Machado Santos, transformou-o em Cine-Teatro e entregou-o como oferta aos Bombeiro da sua terra * No novo e vasto Largo dos Combatentes, em 1900, construiu uma grande Adega e Celeiros, usando mão de obra de gente da terra, pagava jornais, que confortava todos os que ali trabalhavam * Em 1935, cria a “Casa do Povo de Salvaterra de Magos”, onde tomou lugar de Presidente da Comissão organizadora e, depois da sua legalização foi Presidente da Assembleia Geral, durante alguns anos. Para a sua sede utilizou uma sua casa na Rua Cândido Reis, junto ao palácio do Barão, e ofereceu à Instituição durante anos o valor de renda que, na altura era de 600$00 anuais, e os encargos de um funcionário administrativo. * Sempre esteve na linha da frente nas ajudas à Santa Casa de Salvaterra - nos Cortejos de Oferendas, que se realizavam anualmente, mandava entregar um envelope com avultada quantia em dinheiro – pois queria manter o anonimato. Nos Invernos, mandava reparar os valados das suas terras, e pagava sempre acima das jornas que corriam na praça * Sentindo a pobreza dos seus concidadãos, entregava algum numerário, aquém passava os dias no Jardim em frente da sua casa, esperando a oferta * Quando


105 morreu, aos 94 aos de idade, em testamento deixou os seus bens à família, não se esquecendo a Misericórdia de Salvaterra, aquém doou os carros que possuía * Nota: O autor destas linhas, durante anos pugnou, nos sítios próprios – Câmara e Assembleia Municipal, mesmo nos jornais, para uma lembrança simples que fosse, mas justa, para Gaspar da Costa Ramalho. * No pensamento do autor, uma rua com a sua toponímia, seria a grande homenagem. Grandes obstáculos sempre se levantaram pelos políticos locais, até que um dia, no mandato autarquico de 2009-2013, uma artéria já aberta que, vai da rua Padre Cruz para a Sede e Lar/Centro de Dia da Misericórdia de Salvaterra, recebeu o seu nome. Assim, valeu a pena não sendo em vão a persistência, do autor destas linhas, fazendo-se justiça a este grande benemérito, amigo da sua terra e do seu povo.

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A RODA DE PEDRA Vem de séculos a existência da Fonte do Arneiro, cuja nascente de água, dizem alguns registos, vem de uma mãe-de-Água, nos terrenos do antigo Convento de Jericó. Nos últimos anos do séc. XIX, e no decorrer da primeira trintena do séc. XX, os Ferreiros e Carpinteiros de carros, usavam a água daquela fonte para a construção das rodas em ferro. Era nela que as crianças enjeitadas, eram colocadas de noite para serem entregues à Misericórdia da vila, que depois as encaminhavam para a Misericórdia de Lisboa, ou Casa Pia. Já no dobrar do séc. XX, tinha caído em desuso aquela forma de fazer as rodas dos carros, e a pedra desapareceu. No largo que de acesso à fonte a erva nascia/crescia a esmo. Em 1980, o vereador da cultura, Joaquim Mário Antão, com um pequeno projecto urbanístico, alindou aquele espaço ajardinando-o, sendo colocada ali uma roda de pedra, como padrão emblemático dos anos 30, da existente da roda dos enjeitados.

O autor, junto à roda de pedra, na Fonte do Arneiro – 2000


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LARGOS E JARDINS PUBLICOS *******************


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Jardim da Praça da República O vasto Largo, que foi Dr. Oliveira Feijão, no final do século XIX, era um espaço emblemático, pois era o único na vila e, disso nos dá conta uma planta da vila, quando das obras que recebeu, para a construção do jardim público, deixando de existir o Pelourinho, uma escadaria pedonal em frente ao edifício municipal, que dava acesso da Igreja Matriz à Fonte de Santo António, e uma outra na Capela real. O jardim público, cuja construção era semelhante a um outro existente, na vila de Almeirim, murado a meio metro de altura, recebeu uns anos depois vedação em ferro, em cima de lajes em pedra de lioz.

Nos últimos anos da década de 40, do séc. XX, a residência paroquial, foi construída naquela praça, com frente ao portão principal do jardim, que tinha um bonito portão de entrada, construído em ferro, suportado por duas colunas em pedra. O jardim tinha pegado a si o mercado diário da terra. Este espaço público de Salvaterra, tornou-se uma curiosidade fotográfica, no


109 primeiro quartel do século XX, sendo agora uma saudade. As suas fotos reproduzidas em quantidade em jornais e revistas, fazem a decoração em tudo quando é lugar público, especialmente em cafés e salas de restaurantes. Após a revolução republicana, de 1910, o largo mudou de nome, e passou para Praça da República . No seu espaço, passa um subterrâneo, que transportava um caudal de água, que alimentava a Fonte de Santo António., que estava encostada em forma de meia-lua, à parede em pleno largo de Santo António (espaço que ligava a rua do mesmo nome à antiga capela real). A destruição da construção original do jardim e mercado, verificou-se em 1956, para dar lugar a uma nova urbanização ajardinada.

Jardim do Largo Combatentes Situado num grande espaço térreo no centro de Salvaterra de Magos, mesmo ali em frente ao edifício escolar “ O Século”, passou a ser conhecido pelo jardim do Lopes, ou do Ribatejano. A sua urbanização como jardim público, ronda o ano de 1957, pois até aí, no local apenas existiam algumas árvores,já de idade avançada, e o terreno era de argila com pequena pedra redonda (saibro). O seu espaço, ocupado com um quadrado, cujo chão recebeu


110 calçada portuguesa, para além da relva, sustentava canteiros de flores, nas quatro épocas do ano. O abastecimento da rede pública de electricidade à vila, em 1951, trouxe a possibilidade, de aí serem colocados, quatro candeeiros de grande altura, construídos em cimento, de configuração redonda

Avenida – Dr. Roberto Ferreira Fonseca Tal como aconteceu junto à capela, no lado Norte do jardim público, junto ao edifico municipal a escadaria, que dava ligação à Igreja Matriz, deixou de existir, para dar lugar a uma via de trânsito.

Vinte cinco anos depois, um grande investimento urbanístico, trouxe à rua do Calvário, a dimensão de avenida, com os seus grandes canteiros para relva e flores, onde as árvores em fila, de ambos os lados, contemplavam os seus cerca de 900 metros de comprimento. Recebeu o nome de Avenida: Vicente Lucas de Aguiar, antigo presidente da câmara municipal, passou a ser a via de maior transito e, na sua entrada existe a bonita Praça de Toiros, construção emblemática da vila, em 1920. Logo após a revolução de Abril de 1974, e com a mudança de alguns nomes nas ruas, a avenida passou


111 a ser conhecida por: Dr. Roberto Ferreira da Fonseca, distinto médico, nascido em Salvaterra, e seupresidente da câmara municipal, por duas vezes. Jardim do Bairro da Chesal Com a construção do primeiro núcleo de casas, da Cooperativa Habitacional de Salvaterra de Magos, nos anos 70, do séc. XX, que ocupou uma parte dos terrenos da Antiga Coitadinha, sendo destruído o que restava de um Moinho de Vento, ali foram apareceram vários espaços ajardinados. Jardim do Cemitério

Em 1980 numa grande zona de terreno, na frente e envolvente ao campo-santo, da freguesia de Salvaterra, foi programado construir uma área de jardim relvado com muitas árvores, 20 anos depois, a relva e o arvoredo, davam ao local um bonito espaço ajardinado cheio de sombras.


112 No entanto, em 1999, máquinas num dos lados cortaram as árvores e tudo foi alterado, dando lugar a um novo acrescento ao cemitério da vila.

Jardim da Capela da Misericórdia O terramoto de 1909, destruiu o que ainda restava da Albergaria/hospital da Misericórdia de Salvaterra e, em 1962, no local restava ainda duas paredes com portas (à frente e atrás). Em 1957, o Dr. José Cardador, tinha fotografado a pedra alusiva a esta casa de saúde,

Pedra em Mármore rosa , foto de 1957

Jardim da Capela em 1996


113 A família da casa agrícola Oliveira e Sousa, no decorrer da década 60 do séc. XX, resolveu urbanizar aquele espaço em jardim, ficando a sua manutenção a cargo do município local. A pedra de mármore, foi colocada na parede trás, que foi aproveitada como muro e, colocada na porta, um gradeamento em ferro.

Capela e Jardim – foto de 2010

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************* O PATRIMÓNIO MONUMENTAL DA VILA

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Azulejo - antigo Paço Real * Séc. XVIII

Ano 1999 – Antiga Capela do Paço Real

Ano 1999 – Edifício séc. XVIII – Câmara Municipal


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Ano 2000 * Igreja Matriz – Séc. XIII

Capela da Misericórdia – Séc. XVIII (Anos 1957 – 1999)


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1964 - Antigas Chaminés das Cozinhas do extinto Paço Real de Salvaterra de Magos – Séc. XVIII

Ano 1967 - Edifício Falcoaria em Ruínas – Séc. XVIII

Ano 1999 - Edifício Falcoaria (Recuperado) – Séc. XVII


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******************** CASAS APALAÇADAS DA VILA ********************


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1999 - Palacete Barão Salvaterra - Meados Séc. XVII

1999 * Casa Família Gaspar Ramalho * Casa Família António Jorge Carvalho * Início Séc. XX

1999 - Casa Apalaçada – Familia Oliveira e Sousa


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*************************** FONTES E FONTANÁRIOS DA VILA

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Fontanário Antigo Largo S. Sebastião Construção 1936

Fontanário – Depois de “Mutilado” com pintura * Ano 1998 * Junto Luis Palma, esteve na sua construção

1980 – Fonte (Nascente) Peteja Séc. XVIII

1980 – Fonte do Arneiro – Séc. XVIII * 1950 – Fonte S. António, destruída em 1956 * Séc. XVIII


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********* PLANTAS DA VILA SALVATERRA DE MAGOS – ATRAVÉS DOS SÉCULOS – ***********


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IBLIOGRAFIA: Anais de Salvaterra – José Estevam - Edição 1958 * Salvaterra de Magos – Vila Histórica no Coração do Ribatejo – José Gameiro Edições; 1985 e 1992 * Comunicação Social - Avulsa * Revista “A Hora” – Ano de 1939 * Revistas – Publicações Anuais da CMSM * Jornal Vale do Tejo – JVT – * Crónicas do Nosso Tempo – Gaspar Ramalho, Um Filantropo “hhtp/www.histoedesalvaterra.blogs.sapo.pt” 13.07.2015 FOTOS USADAS: Nota: As fotos que não estão identificadas nas páginas – são da autoria do Autor - Autores não Identificados e outras retiradas do Facebook

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INDICE

- Rua Cândido dos Reis ………………………………… Pág. 19 . Luís de Camões ……………. ……………………………… Pág. 21 - Rua Machado Santos …………………………………… Pág.24 - Rua Miguel Bombarda (Dr)………………………….. . Pág. 27 - Av, José Luís Brito Seabra ………………………….. Pág. 28 - Rua Mártires da Pátria ……………………………….. Pág. 31 - Quartos da Vil (Impasses) …………………………… Pág. 32 - Rua Gen. Humberto Delgado ……………………….. Pág. 36 - Rua da Peteja ……………………………………………….. Pág. 39 - Rua Centro Paroquial ………………………………….. Pág. 41 - Av Dr. Roberto Ferreira da Fonseca ………….. Pág. 42 - Trav da Azinhaga …………………………………………… Pág. 45 - Bairro da Chesal ………………………………………….. Pág. 46 - Rua 31 de Janeiro ………………………………………… Pág. 48 - Trav Forno do Vidro ……………………………………… Pág. 49 - Trav do Forno ……………………………………………….. Pág. 51 - Trav das Oliveiras e das Esteiras ……………. Pág.53 - Trav do Martins …………………………………………… Pág.55 - Trav. do Bilbau …………………………………………….. Pág.56 - Rua do Rossio …………………………………………….. Pág.57 - Rua Nova de S. Paulo ………………………………… Pág.60 - Rua Timor Lorosae …………………………………….. Pág. 61 - Rua Heróis de Chaves ……………………………….. Pág.63 - Rua Elias Garcia …………………………………………. Pág. 64


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- Rua Marquês de Pombal …………………………… Pág. 64 - Rua do Hospital ………………………………………….. Pág. 65 - Rua Gago Coutinho ……………………………………. Pág. 69 - Rua Prof Natércia Rita Assunção …………… Pág. 73 - Rua Padre Cruz ………………………………………….. Pág. 76 - Rua Padre José Rodrigues Diogo ……………. Pág. 76 - Rua Centro Paroquial ………………………………… Pág. 81 - Rua Salgueiro Maia (Capitão) …………………… Pág. 82 - Rua Tem-Coronel Melo Antunes ………………. Pág. 84 - Rua Gen Ramalho Eanes ………………………… … Pág. 85 - Rua Dr. Joaquim Gomes de Carvalho ……….. Pág.86 - Rua Rosa Henriqueta Mendonça ……………….. Pág. 87 - Rua das Oliveiras ………………………………………… Pág. 88 - Rua dos Bombeiros Voluntários ……………….. Pág. 89 - Rua Dr. Sousa Martins ……………………………… Pág. 90 - Rua Egas Moniz ………………………………………….. Pág. 92 - Rua Aristides Sousa Mendes …………………… Pág. 94 - Rua Tratado de Salvaterra ……………………….. Pág. 96 - Rua Domingos Lobo …………………………………… Pág. 98 - Estrada Nacional 118 …………………………………. Pág. 100 - Estrada Nacional 118-2 ……………………………… Pág. 101 - Rua Gaspar da Costa Ramalho ……………….. Pág. 103 - A Roda de Pedra ………………………………………… Pág. 106 *********************** *****************


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