Clube Desportivo Salvaterrense - CDS * Sua Origem - Sua História (2ª edição)

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2ª edição


2 CLUBE DESPORTIVO SALVATERRENSE *A Sua Origem – A sua História* Tipo de Livro: On-line * PDF Forma desta edição: Papel

2ª edição

Autor: Gameiro, José Data: 2010 Editor: Gameiro, José Rodrigues Morada: Bº Pinhal da Vila – Rua Padre Cruz, Lote 49 Localidade: Salvaterra de Magos Código Postal: Telem.

2120 – 059

918 905 704

Telefone: 263 505 178 Httpp://www.historiadesalvaterra.blogs.sapo.pt José Gameiro Issuu

***************** O Autor não segue o Acordo Ortográfico de 1990 ********************** Capa: Emblema do Estrela * Emblema do CDS * Mac-Brid Fernandes, António Cabaço (Chadote e José Porfírio Fernandes (José Morais)


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INDICE: I – FUTEBOL ……………………

Pág.

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II - A ORIGEM DO CLUBE DESPORTIVO SALVATERRENSE ……… Pág. 10 III – COLUMBÓFILIA …………

Pág.

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IV – CICLISMO …………………

Pág.

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V – MOTONAUTICA …………

Pág.

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VI - ANDEBOL …………………

Pág.

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VII – VOLEIBOL …………………… Pág.

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VIII – JUDO …………………………

Pág.

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XIX – TRAMPOLINS ………………

Pág. 56

XX - HÓQUEI EM PATINS ………

Pág. 60

XXI – PESCA DESPORTIVA……

Pág.

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XXII – ATLETISMO ………………

Pág.

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4 PREÂMBULO

O presente livro tem como único fim reunir documentos e informações, que ao longo de mais 30 anos, recolhemos e, algumas vezes foram utilizados em trabalhos publicados na comunicação social. Julgamos que aqui poderá estar um valioso contributo para quem queira fazer um estudo mais aprofundado das modalidades desportivas que se implementaram em Salvaterra de Magos, como o futebol que vem do já longínquo ano de 1926. Nalguns casos a recolha de informações que fizemos, foram fruto de entrevistas, até porque não existiam muitos documentos em arquivo. Muitas pessoas que contactamos por volta do início de 1980, tinham pertencido às “equipas” que aqui nasciam e acabam, depois de alguns meses de atritos. Numa dessas recolhas, acarreámos um grupo de antigos praticantes de futebol daquela época que juntámos na barbearia, de Alexandre Varanda da Cunha. O contraditório entre eles, foi grande sobre o mesmo assunto, até porque já tinham passado muitos anos e, as memórias já não “guardavam” o que parecia importante, de tão pequenos acontecimento, para o conhecimento das gerações seguintes. Os acontecimentos aqui contados nas páginas a seguir, são uma mais valia para a “história” do Clube Desportivo Salvaterrense– C.D.S.”, muitas foram ouvidas, outras vividas pelo autor, têm os seus inconvenientes, pois falta-lhes o rigor, pois não tiverem a confirmação documental. Para os leitores, especialmente aqueles que as queiram ter como ponto de partida para qualquer trabalho de investigação, a que queiram meter ombros, aqui e agora não é


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tarde pedimos alguma benevolência pela insuficiência conseguida. Cabe aqui agradecer e enaltecer a forma carinhosa, dos já falecidos; Alexandre Varanda da Cunha e Manuel José Gonçalves Júnior, dinâmicos dirigentes, naquela época, pelo modo como nos apoiaram sempre que precisamos da sua ajuda. Alexandre Cunha, desenhou e pintou o emblema do Clube Desportivo, onde se vê uma bola de futebol tendo como fundo uma roda de bicicleta, desporto de grandes ídolos, que arrebatavam multidões em Portugal naqueles tempos. Ao Prof. Fernando Rita Assunção, que tendo dado o seu contributo ao aparecimento da prática do Andebol, em Salvaterra de Magos, como seu jogador e treinador, nos facultou muitas informações sobre este desporto. Em 1997, este Caderno encontrava-se pronto para uma edição em papel, mas por motivos vários não se concretizou, acabou uma parte, em 2007, incluído na minha Colecção” Recordar, Também é Reconstruir” só 2010 encontrei oportunidade de o publicar em on-line,. Agora em 2015, é tempo oportuno para esta edição com a necessária revisão, com alguns dados da canoagem, um agrupamento que teve inicio no CDS, e agora está sediado, em colectividade própria, nesta vila. através do Clube Náutico de Salvaterra de Magos. Ano: 2015

José Gameiro (José Rodrigues Gameiro)


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Para os meus queridos Irmãos;

António Miguel, e ao Cassiano Manuel, este com longos anos de dedicação ao Clube Desportivo Salvaterrense, como, Massagista !....


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UMA OPINIÃO AMIGA

Tal como o autor pretendia o presente trabalho é um documento de recolha de informações, com o fito de esboçar os contornos da história do desporto em Salvaterra de Magos. Não ambicionou de modo algum reunir todos os factos e explanar exaustivamente todas as situações, porque acredito tal não seria facilmente atingível e, este trabalho tardaria a ser publicado, com os prejuízos daí decorrentes para o desporto e a comunidade locais. José Rodrigues Gameiro, ou José Gameiro, como é conhecido no seio da imprensa escrita, porque assim assina os seus textos, deu mais uma vez o primeiro passo e teve a coragem de se expor a todos os que este livro lerem, convicto de que estes apontamentos longe de serem um produto acabado são, no entanto, pioneiros nesta temática. Não se esqueça, que ao longo dos tempos a evolução das diversas modalidades desportivas, desde o futebol, aos trampolins, passando pela motonáutica, ciclismo, columbofilia, pesca desportiva, hóquei em patins, judo, voleibol, atletismo, andebol e ornitofilia, tiveram boa recepção em Salvaterra de Magos. O autor, não se alonga em julgamentos de valor sempre relativos, polémicos e propiciadores de discórdia, privilegiando a narração de episódios e acontecimentos históricos, ilustrando-os sempre que isso lhe foi possível com fotografias, e referenciando de modo simples os que deram o seu contributo em prol do


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desporto nesta terra-atletas, seccionistas, dirigentes e instituições. Trata-se de uma publicação de fácil leitura e de consulta imediata, que podendo ser falível num ou noutro aspecto, função do maior ou menor cuidado na recolha, não deixa de no seu conjunto representar um salto qualitativo na prossecução do objectivo de compilação e divulgação da história do desporto em Salvaterra de Magos. Como nota final, que certamente comprovarão com a leitura desta obra, foi (é) ao Clube Desportivo (C.D.S.), que se fica a dever grande parte das “historias” de sucesso (e insucesso). Assim os Homens de hoje queiram continuar a fazer historia…Salvaterra de Magos merece-o ! Obrigado José Gameiro !

Hélder Esménio (antigo Presidente da Direcção do C.D.S.)

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I FUTEBOL Os chineses no séc. III a.C., chamavam ao jogo da bola “tsu-chu”, uma forma de adestrarem a força física dos seus soldados. A prática dos jogos também foi muito usada na antiga Grécia, chamados de “Olímpicos”, em honra dos deuses. Várias modalidades eram então praticadas, desde o lançamento do dardo, passando pela luta corpoa-corpo, como as corridas a pé, onde a destreza e a resistência física do homem eram postas à prova, daí nasceu o atletismo. Na chamada era moderna, o homem tendo oportunidade de ocupar os seus tempos livres, foi inventando outros jogos, como foi o futebol, no século XIX. Nos colégios da aristocracia inglesa, adaptou-se o jogo da bola, num passatempo com regras, para isso houve reuniões que segundo alguns autores, começaram em Outubro de 1863 e terminaram dois meses depois. Sendo restrito à sua classe, depressa se tornou num espectáculo que se “alastrou” passando a chamar-se futebol, tendo havido um torneio em 1872. Em poucos anos absorveu a dinâmica como os jogadores se apresentavam no terreno e o. entusiasmo de multidões em todo o mundo, sendo agora apelidado de desporto-rei..


10 Os portugueses também foram “contagiados” por esta nova modalidade desportiva, no final do século XIX, em 1888, trazido de Cambridge, pelos irmãos Pinto Bastos.

II A ORIGEM DO CLUBE DESPORTIVO SALVATERRENSE Naquele já longínquo ano de 1925, existiam em Salvaterra de Magos duas equipas de futebol. O Operário, composto por operários, como: António Pinheiro, Nazário, Júlio Lino, Emílio Mendes, Benigno Gonçalves, Fernando Luiz das Neves (o Ciranda), Alberto Leandro, Sebastião Cabaço. O Rural; onde jogavam os trabalhadores do campo, Raul Pega, Manuel Borrego, Manuel Carlota, Manuel José Figueiredo e Sebastião Nabiço, entre outros. Os jogos disputavam-se num espaço térreo cedido pela casa agrícola Oliveira e Sousa, no Massapez. A Quinta-feira, dia de descanso semanal na vila e povoações vizinhas, era aproveitado para alguns jogos da bola, como então se dizia. Era um dia que convinha aos jogadores convidados, pois estes ao domingo participavam nos encontros das suas equipas, sedeadas em Lisboa. A rivalidade instalada entre os dois grupos, o Operário e o Rural, depressa deu origem ao


11 desaparecimento de ambos e, apareceu uma nova equipa; o RURAL PEQUENO, onde foram aproveitados alguns já com provas dadas e deram nas vistas; Luiz Figueiredo e Joaquim dos Santos (Tanganho). Este último como Keeper. Aos mais jovens do desaparecido Operário, juntaram-se outros, e nasceu o Estrela Foot-Ball Club, e nele jogaram António Cabaço (Chadote), Armando Cabaço ( Armando leitão), João Nunes de Oliveira (João da Companhia), João Miguel (Capadão) e, alguns que entretanto tinham deixado de alinhar pelo Rural Pequeno. Em 1926, depressa o Estrela, ganhou fama de boa equipa, que nos encontros com equipas de terras vizinhas, ia somando vitórias, até porque contava com a colaboração de António Roquette, Mário Pita, Gustavo Teixeira e Victor Silva, jogadores que vestiam a camisola da selecção nacional. O jogador do Benfica, Victor Silva, mais tarde convidado também para treinador do C.D.S., vinha uma vez por semana orientar os treinos, onde já imperava a disciplina e técnica nos jogos praticados. Foi durante a sua orientação que apareceram os irmãos, Mac-Brid Fernandes e José Fernandes, este conhecido por José Morais. Segundo apuramos nas entrevistas que conseguimos, em 1980, para publicar no já desaparecido jornal “Aurora do Ribatejo”, era unânime os elogios, feitos aos dois irmãos, que ficaram como “ídolos” na história do futebol em Salvaterra de Magos.


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13 A equipa do Estrela Foot-Ball Club Salvaterrense, depois de conhecer a fama, depressa entrou em declínio. O grupo de amigos que compunham o grupo, tinham a sede social, instalada na casa do director Augusto da Luz, na rua Machado Santos, ali na esquina com a Trav do Forno de Vidro, conforme nos disse; Manuel José Gonçalves – sobrinho do responsável pelo time. . À noite na parede da moradia, era colocada uma pequena caixa de madeira, envidraçada, com uma vela no interior, servindo de reclamo do clube. O entusiasmo dos adeptos do futebol em Salvaterra, era tanto, que motivou a que muitos jovens da terra, constituíssem uma nova equipa com o nome de “OPERÁRIO”, a que se seguiu “Os ZEBRAS”. Um torneio, foi organizado na vila, nele inscreveram-se; o Marítimo, o Rural, os Morcegos, o Sempre-Aparece, o Coração, e o já consagrado Estrela. Numa destas equipas, jogava o Manuel Martins, conhecido por “Manel Sarol”, que dava azo a um espectador dizer: Um a cada e dois ao Sarol. A disputa de uma taça, durou algumas semanas, e nas várias equipas, deram nas vistas; Joaquim Cunha, Mário Antão, Joaquim Moliço, Mário Caramelo, Francisco Magalhães e Eurico Borrego, além de muitos outros que a memória dos homens esqueceu.


14 Ainda o torneio esta a meio a “guerra” instalouse e, os agrupamentos depressa desapareceram, ficando mais uma vez apenas o já velhinho Estrela. Em 1938, ainda existia em Salvaterra de Magos, a associação recreativa, o Grémio Artístico Salvaterrense, cuja fundação vinha do dia de reis, do ano de 1925. Esta colectividade tinha a sua sede na Trav. do Forno de Vidro, e tinha apenas como associados, homens com profissões, como: Carpinteiros, Ferreiros, Escriturários, Pedreiros, Padeiros e Empregados de Balcão. Aos conhecidos, como artesãos, onde se incluíam; Carpinteiros de carros, Sapateiros, Funileiros e Trabalhadores Rurais, eram-lhes vedada a condição de sócio, apenas podiam usar as suas instalações em dias de bailes. As regalias sociais, restringia-se a uma mesa de Ping-Pong e uma outra de Bilhar. No verão de 1946, andava já no ar vozes de alguns associados, que se devia substituir esta associação, por uma outra que tivesse o futebol como desporto principal. Segundo nos informou Alexandre Varanda da Cunha, à época já instalado como barbeiro, na vila, o sócio, Sílvio Augusto Cabaço, então presidente da direcção, tomou em mãos aquele desejo de mui8tos associados e procedeu à convocação de uma Assembleia-Geral, que se


15 veio a realizar no dia festivo – dia de Reis de 1938. No dia 7 de Janeiro, um baile da Pinhata, estava anunciado a realizar no cinema dos Bombeiros, mas os sócios não deixaram de estar presentes em grande numero na reunião do Grémio, e votaram a sua extinção, e em seu lugar nasceu o Clube Desportivo Salvaterrense.- C.D.S. Mais decidiram que o dia da fundação desta nova associação cultural e desportiva, tivesse em conta o ano de 1925, tempo do aparecimento do Grémio Artístico, agora substituído. Depressa a equipe de futebol do Estrela Futebol Clube, foi convidada a integrar esta nova colectividade, tendo a finalidade de começar a participar em jogos oficiais no distrito de Santarém. Na necessidade de um emblema para o C.D.S., encarregaram-se de o fazer, os dirigentes José Quitério e Alexandre Varanda da Cunha, este cuja habilidade era notória na pintura, que completava com o gosto pela fotografia. Os responsáveis tinham deliberado que teria como fundo, uma roda de bicicleta, uma novidade na época, em muitos clubes, até porque existia a rivalidade no ciclismo – Trindade e Nicolau. Em 27 de Abril de 1947, a equipa do Clube Desportivo Salvaterrense, fez a sua apresentação pública, na vila, num jogo amigável com o Desportivo da Azambuja, tendo vencido os visitantes por 2-0


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Carimbo usado pelo Estrela Foot-Ball Salvaterrense em poder de José Porfírio Fernandes, em 2015, ( Filho de José Morais Fernandes, jogador e dirigente)


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18 Na equipa alinharam, Chico Néu, Joaquim Cunha, Joaquim Moliço, Mac-Brid, João Tavares, José Luís Borrego, João Raposo, João Pratas (Carocho), Jaime Quitério, Alfredo Magalhães, Victor Damásio, Mário Caramelo e José Luís das Neves. Marcaram os golos; José Luís Borrego e João Raposo. Na retribuição que o clube, fez à Azambuja, em 11 de Junho, o entusiasmo foi de tal monta, que foram alugados alguns barcos para os acompanhantes, que aproveitaram para um passeio fluvial, sendo o almoço no sitio das “Obras Novas”, junto à vila visitada. O jogo, realizou-se de tarde, e o Salvaterrense, perdeu por 5-4, tendo alinhado; Chico Néu, Joaquim Cunha, José Raposo, João Tavares, Mac-Brid, Mário Caramelo, José Luís Borrego, José Luís das Neves, João Raposo, Jaime Quitério e Alfredo Magalhães. Foram suplentes: Francisco Varela, Victor Damásio e João Inácio. Marcaram os golos do C.D.S., José Luís Borrego (1), José Raposo (2) e, Alfredo Magalhães (1). Foi treinador o Dr. Inácio Nazaré., notário instalado na vila. Naquele tempo, para a prática do futebol era usado um terreno, por detrás do muro do hospital, próximo da praça de toiros. Ali a equipa do C.D.S., fez alguns jogos com o fito de entrar em provas oficiais, reforçando-se com jogadores, vindo de Muge (Cadete) e José Ferreira (Valada). Nestes encontros de preparação, a equipa saiu sempre vitoriosa, passando a ser respeitada pelas equipas das terras vizinhas. Em 1950, disputou pela primeira vez uma prova oficial – o Campeonato Regional de Santarém.


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Segundo algumas informações que registámos, a derrota frente ao Sport Lisboa e Cartaxo, em 24 de Setembro, acumulado com outras que se lhe sucederam, a equipa obteve uma posição muito modesta no torneio. Para formar a equipa, foi necessário pedir aos jogadores mais antigos, que aceitassem, outros como: Joaquim Moliço, José Carlos Hipólito e João Luís Damásio. Em 1952, participa na Taça do Ribatejo, com uma equipa composta com jogadores da terra e, chega ao final da primeira volta, no cima da tabela. O entusiasmo entra nas decisões directivas do clube e, começa a recrutar reforços em clubes de Lisboa. O mal-estar “instala-se” na equipa e, vem reflectir-se nos resultados da segunda volta, no final a sua posição na prova fica seriamente afectada, com algumas dívidas acumuladas. Uma crise instala-se, quer na direcção, quer nos jogadores, que vão representar outros clubes vizinhos. Os anos passaram, a prática de futebol, no C.D.S. de Salvaterra de Magos, deixa de existir, servindo o seu recinto de jogos para instalar a Feira Anual da vila. Em 1957, um grupo de associados toma em mãos o rumo do clube, e reorganiza a secção de futebol, procura um novo recinto desportivo e encontra na câmara municipal, sob a presidência de José Luís Seabra Ferreira Roquette, a resposta, para as suas aspirações.


21 A Misericórdia local completa as pretensões disponibilizando um espaço para o campo de futebol nos terrenos da antiga “Horta do Loureiro”. As obras começaram com grande entusiasmo, mas ali existia um grande posto de alta tensão de energia eléctrica, que levou a demoradas “demarches” com a empresa Hidro Eléctrica Alto Alentejo – H..E.A..A., que tinha um escritório em Almeirim. Entretanto um conjunto de jovens, vai treinando e, fazendo alguns encontros, sob o comando do director, Manuel Gonçalves (Manuel

Pechincha). Os bons resultados alcançados são um prenúncio de se ter alcançado uma nova equipa para o Salvaterrense, mas ficou-se por aí. Os anos foram passando, os jogadores com certo jeito para a prática deste desporto, foram conquistados por equipas de terras vizinhas, entre eles; Alfredo Bernardino, Manuel Paulo, João Manuel Vasco, Lourenço Rato, Manuel Conceição Vieira e Luís Fernandes Gonçalves (Luís Planga).


22 Mais tarde, apareceu uma outra leva de jovens como: Mário Marques, José Manuel Santana Vasco, João Mendes, António Bernardo (Nelito), Porfírio Bernadino (Mac), João Fernandes Damásio (Bão), Rui Monteiro, Nelson Ferreira, Luís Fernandes (Sapatão), José Nunes (José Béu), Faiante e João Manuel Ferreira (Ratão), etc. Destes, alguns chegaram a representar clubes de nomeada no panorama do futebol português, como o Benfica e Leiria. Em 1975, com a ajuda da câmara municipal, e as infra-estruturas do recinto desportivo, ficaram fechadas com um muro em volta, pois em 1960, uma direcção com: Sérgio Filipe Andrade, João Morais Alexandre e Leonardo Ramalho Cardoso, tinha procedido a obras de grande vulto na sede do clube. Em 1964, na sede, um antigo edifício de rés/chão, logo foi projectado um primeiro andar, com um vasto salão com 420 m2, para festas e reuniões dos associados e, pequenas dependências de apoio, às outras secções desportivas. O piso debaixo, na entrada, passou a ter uma grande sala com um pequeno bar Na época, foi considerado um dos melhores edifícios para sede dos clubes desportivos, existentes no distrito de Santarém. Finalmente, na época 1973/74, o Clube Desportivo Salvaterrense, entrou sem interrupções, nos calendários regionais do Distrito de Santarém, estava Sérgio Filipe Andrade, na presidência da direcção. Nesse tempo, participou na II divisão distrital, de Santarém, conquistou o título, sem derrotas.


23 Ainda com o executivo de Filipe Andrade, são iniciadas obras de conservação no espaço desportivo do Campo do Loureiro, que se prolongaram por mais três anos., onde os “Parodiantes de Lisboa”, deram o seu contributo, ficando aquele recinto com o nome deles. Na época 1977/78, o C.D.S, terminou o campeonato distrital, na 7ª posição da classificação e, em 1980/81, obteve a 2ª posição, que lhe deu oportunidade de participar na Taça de Portugal, tendo sido eliminado em Peniche, depois de passar algumas eliminatórias. Em 1982/83, desceu de categoria para a II divisão, do campeonato distrital de Santarém, mas na época seguinte (1983/84), alcançou o 2º lugar e foi finalista da Taça do Ribatejo. Ainda neste tempo, o dirigente, Valdemar Facha, teve um grande desempenho, pois dedicou-se ao Salvaterrense, de alma e coração, continuando com a nova direcção constituída por; Manuel Fernandes Travessa, Jaime Fontes, Orlando Andrade, Dr. José Cadório Lino, José Manuel Santana Vasco, Manuel F.G. Guedes e Jorge Manuel Silva Henriques. Num trabalho de grande envergadura e empenho, fizeram-se obras de conservação no edifício da sede do clube e, foi modernizado todo o sistema administrativo e financeiro. Com as finanças do clube controladas, foi feita a aquisição de um pequeno autocarro, já com muitos kms de estrada.


24 Antes de terminarem o seu mandato foi comemorado os 60 anos da colectividade, dando a conhecer as várias secções desportivas em programa festivo, com cerca de 300 atletas, em Salvaterrense. No grande espaço (salão) que existia no primeiro andar da sede, realizavam-se espectáculos de variedades, e muitos colóquios como um curso de árbitros, dirigido por antigo árbitro, Manuel Lousada, que foi muito frequentado.


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III SECÇÃO DE COLUMBOFILIA Data de 1932, o inicio da pratica da columbofilia em Salvaterra de Magos. Documentos existentes na Sociedade Columbófila Salvaterrense, remetem-nos para o conhecimento da existência em Salvaterra de Magos, de uma Delegação Columbófila do Centro de Portugal (Lisboa). Naquele tempo, eram praticantes desta modalidade os columbófilos; Carlos Sabino Paim, de Benavente, João Figueiredo Tomás, de Coruche, Victor Caratão, de Benavente, Domingos Teodoro, de Muge, Lúcio David, de Muge, João Rico Raio, de Benavente. Com pombais em Salvaterra, existiam José Vicente da Costa Ramalho, Jacinto Lopes Magalhães, António Mendes dos Santos e Fernando de Sousa Marques, Rafael Roquette, Fernando Luiz das Neves, Gonzaga Ribeiro e Manuel Gonçalves Júnior de parceria com seu irmão Benigno Gonçalves. Era o grande impulsionador desta actividade desportiva, José Vicente Costa Ramalho, chegando um seu carro a transportar os cestos de verga, com os pombos daqueles praticantes à


26 estação de Muge, para uma viagem de comboio até Lisboa. Sendo uma actividade desportiva bem “cimentada” em Portugal, passou a ser reconhecida oficialmente através do DL Nº 36.767 de 28.02.1948, onde o pombo-correio, tem lugar de notoriedade na sua protecção. As dificuldades encontradas, com a colectividade de apoio, em Lisboa, levou a que em 10 de Dezembro de 1949,

fosse criada uma secção columbófila, no C.D.S., para isso tiveram papel de relevo, Engº Carlos da Costa Freire, Jacinto Lopes Magalhães, Joaquim Damásio, João Ferreira Vasco, entre outros. Em 19 de Janeiro de 1951 (acta nº 2), foi realizada uma assembleia-geral, que levou ao aparecimento da Sociedade Columbófila Salvaterrense. Em 8 de Outubro de 1952, já com escritura pública e estatutos, desvincula-se de secção do Clube Desportivo Salvaterrense. **********


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IV CICLISMO Este fascinante desporto, em que o homem dominando a máquina, faz um conjunto de desenvolvimento atlético saudável para o ser humano. Sabe-se que a bicicleta, esse simpático veiculo, já fez cem anos desde o dia em que depois de vários aperfeiçoamentos e, nomes, levou o francês, Ernesto Michaux, em 1865, a chamar-lhe velocípede. Realmente foi naquele ano que publicamente foi apresentado como um meio de locomoção, porque deixava de ser necessário para andar, de se pôr os pés no chão. Por volta de 1933, Portugal, viveu grandes entusiasmos, com a prática do ciclismo, o povo chegou a ter os seus ídolos, os “despiques” entre Nicolau e Trindade, lembravam o início da volta à França, em 1903. Não sendo o ciclismo, uma prática desportiva em Salvaterra de Magos, teve nos anos 30, do séc. XX, grandes entusiastas como Joaquim Pinto Figueiredo (Joaquim Tarau) e Fernando Vieira Andrade (Fernando Tapada), tendo o primeiro entrado na volta a Portugal, representando o Clube Campo de Ourique (Lisboa).


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Partindo da capital do país, em direcção ao Algarve, subiu a serra do Caldeirão, e numa das etapas, com destino a Évora, num dos vários controlos que a prova tinha, chegou atrasado e teve de abandonar a corrida.

A sua desistência, foi uma frustração, pois muitos conterrâneos esperavam-no na Praça do Geraldes. Manuel Militão Leal, nascido em Marinhais, representou o clube “Os Belenenses “, em 1933, classificou-se na volta a Portugal, na 4ª posição, no ano seguinte quedou-se na 34ª posição. Muitos anos mais tarde, também daquela freguesia, Manuel Simões “O Pechites”, vestindo a camisola do Benfica, conseguiu posições


29 classificativas de registo na prova nacional, tal como João Abalada, representando o Sporting, que também teve classificações de destaque em provas realizadas em Festas Populares. Nascidos na Glória do Ribatejo, Roberto Valentim Peixe, participou em algumas voltas a Portugal, ao serviço do Benfica e mais tarde do Salgueiros, bem como Inácio Monteiro Nunes, que vestiu a camisola do Benfica. Em Salvaterra, José Rafael de Oliveira, Manuel Cipriano, António Freitas Lopes, Agostinho Neves Henriques e Emílio Coelho., davam mostras de grande apego à modalidade

No ano de 1961, Humberto Fernandes, com oficina de bicicletas na vila, era um seu entusiasta, conseguiu a criação de uma secção de ciclismo no Clube Desportivo Salvaterrense, com cinco atletas inscritos na Associação de Ciclismo do Sul Eram eles; Mário Leal, Daniel Carvalho, Alfredo Xavier, José Gameiro e José Damásio. Dois deles


30 singraram, Mário Leal e Daniel Carvalho, vestiram as camisolas do Vilafranquense e do Benfica respectivamente. Grande entusiasmo, o deste punhado de jovens praticantes, mas foi curto, até porque as despesas, de inscrições e deslocação em provas, compra e manutenção das bicicletas, oneravam os seus parcos recursos. Acabou no C.D.S., a secção de ciclismo em 1962, e nos anos seguintes não mais houve motivação para a criação e pratica desta prática desportiva em Salvaterra de Magos. Alguns dos veteranos, tal como: Emílio Coelho e José Rafael de Oliveira e João André, vieram anos mais tarde a criar uma associação de cicloturismo.

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V MOTONÁUTICA A motonáutica, sendo um desporto náutico, tinha a componente mecânica, como aliás o seu nome indica. Os vários tipos de embarcações quando em competição, oferecem um espectáculo de movimento e emotividade, aliada à beleza que cativa não só nos praticantes, como todos os espectadores. Em 1964, com as águas do rio Tejo a beijar as margens da vila de Salvaterra de Magos, a vasta zona de águas da Barragem de Magos, motivaram a criada no Clube Desportivo Salvaterrense, de uma secção de motonáutica – SECUDARIA MAGOS. Com a existência desta secção, estavam lançadas as bases para o grande impulso que esta modalidade, veio a ter em Salvaterra, ombreando com o0 melhor que se fazia em todo o país. Os obreiros da Secudaria Magos, foram Mário Maymone Madeira, Armando Duarte Miranda, Manuel da Silva Valente, os irmãos Raposo (José e Manuel João) e os irmãos Ramalho, do Cartaxo. Homens dotados de uma dinâmica invulgar, depressa conseguiram conjugar esforços em desenvolver novos métodos na motonáutica.


32 A fama foi tal ordem, que nos meios afectos à modalidade, chegaram a apelidar a Secudaria Magos, de “Universidade da Motonáutica”. Para tanto muito contribuíram, para o prestigio da equipa, Mário Maymone, Guilherme Gonçalves, Ruy Noronha, António Vaz Gomes, e a família Raposo (composta por: José e Manuel João e os filhos deste: Conceição Raposo, Fátima Raposo Lecas Raposo e Janito Raposo). Este conjunto de pilotos, depressa passaram, a ser muito respeitados em todas as provas e campeonatos em que estavam presentes. Assim, atestavam o

volumoso conjunto de prémios, ganhos quer a nível individual, quer colectivamente. Em 1975, entrou em “crise”, com as incidências da revolução de Abril que se manifestava por todo o país e os factos dos elevados custos do conjunto barco/motor e combustíveis.


33 A Secudaria Magos, nunca mais teve qualquer ocasião para voltar às provas, entrando em inactividade. ********

VI ANDEBOL Nem sempre é fácil determinar com precisão as origens dos vários desportos que no séc. XX, atraíram praticantes e espectadores. Está neste caso o Andebol, considerado uma das mais jovens modalidades existentes. Nos últimos anos do séc.XIX, praticava-se no Porto um jogo muito parecido, conhecido por”Malheiral”, pois fora criado pelo prof. de educação física, Porfírio Malheiro No entanto já antiga Grécia, se pratica jogos com a mão, muito semelhantes ao actual Andebol. Nos tempos modernos, Alemanha, Checoslováquia, Bélgica e Uruguai, foram os primeiros na sua pratica, mas na vertente de onze jogadores O Uruguai, reclama a paternidade do Andebol, ali chamado de “Balon”, no entanto quando do primeiro conflito mundial (1914-18), o seu jogo de Andebol passou a ser conhecido, sempre na variante de onze jogadores, assemelhando-se ao futebol, com as mesmas balizas, idêntica colocação no terreno, e com as mesmas regras, além do equipamento ser semelhante.


34 A variante de “Andebol de Sete”, foi criada nos países como a Suécia e Dinamarca, onde devido aos rigores do inverno, se tornava impossível praticar este desporto em campos ao ar livre. Um dia foi escolhido um espaço fechado (Pavilhão) mais pequeno, o que obrigou a uma diminuição do número de jogadores por equipa em campo. Em Portugal, o Andebol de onze, foi introduzido no Porto pelo cidadão alemão, Armando Tshopp, em 1922, tendo tido a sua primeira apresentação oficial em 31 de Janeiro de 1931, na cidade do Porto. Ainda nesse ano foi formada a Associação de Andebol de Lisboa , seguindo-se a do Porto no ano seguinte. A Federação Portuguesa de Andebol, foi fundada em 1 de Maio de 1938, está filiada na Internacional Handball Federation, criada em 1927. Enquanto a modalidade com sete jogadores, foi iniciada no nosso país, por um outro cidadão alemão, Henrique Fiest, no ano de 1949, que organizou o 1º Torneio Oficial da modalidade, na vila de Cascais, no verão desse ano. Foi apresentada nos jogos Olímpicos de Berlim de 1936, com a equipa alemã, a primeira campeão olímpica. O primeiro campeonato do mundo de Andebol de Sete, foi disputado, em 1938, onde a Alemanha obteve o 1º lugar. No entanto só a partir de 1954, as competições de andebol de sete, passaram a ter uma regularidade internacional, onde equipas portuguesas participavam.


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O Andebol em Salvaterra de Magos Esta modalidade desportiva, foi introduzida em Salvaterra de Magos, na época 1967/68, pelo prof. Fernando Rita Assunção, que tinha sido praticante no Sport Lisboa e Benfica, de imediato recebeu o apoio da direcção da Casa do Povo, pois esta em construção um Pavilhão, que servia em pleno esta modalidade, ao longo dos anos teve duas fases na sua existência. 1ª Fase Para uma participação nos campeonatos promovidos pela F.N.A.T. – Federação Nacional para Alegria no Trabalho, só a Casa do Povo estava em condições de o fazer, tendo Fernando Assunção assumido a responsabilidade de Orientador/Técnico principal, além de jogador. Com esta decisão, respondeu ao convite de um grupo de jovens, que vieram a serem praticantes da modalidade e integraram a nova equipa do salvaterrense.


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Foram disputados jogos nas épocas 1967/68 a 1974/75. tendo sido seu orientador nestas duas últimas, João Cadório Ferreira Lino. Durante estes anos esteve presente e conquistou lugares: 1967/68 - 2º lugar na Zona Sul do Distrito de Santarém; 1968/69 - Campeão do Distrito de Santarém e a inauguração do Pavilhão Gimnodesportivo da vila; 1969/70 - Campeão do Distrito de Santarém e participação em Setembro de 1970, nos III jogos Desportivos do Trabalho, sagrando-se ViceCampeão da Taça de Ouro dos Campeões de Andebol; 1970/71 - Campeão do Distrito de Santarém; 1971/72 - Vice-Campeão do Distrito de Santarém; 1972/73 Vice-Campeão do Distrito de Santarém, Campeão da Zona Sul do país, conquistando o lugar de Vice-Campeão Nacional; 1973/74 - Campeão do Distrito de Santarém; 1974/75 – Campeão do Distrito de Santarém.


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38 2ª Fase Com tantos títulos alcançados, os responsáveis pela modalidade entenderam dar novo rumo ao Andebol de Salvaterra, assim optaram pela competição federada, mais exigente para os anseios dos próprios jogadores. Continuando com a colaboração de Júlio Lopes André e João Maximino, homens da primeira hora, na época de 1977/78, passou a representar uma secção de Andebol no Clube Desportivo Salvaterrense, começando logo a longa caminhada para a conquista do êxito. Na época de 1975/76, sob a orientação de João Manuel Cadório Ferreira Lino, a secção do C.D.S. inscreve-se na Federação Portuguesa de Andebol e prepara-se disputar as várias provas do calendário oficial. Três anos depois em 1978, tem no seu palmarés; três títulos de Campeão Distrital. Na época de 1978/19, deixa os distritais e integrase na 2ª divisão nacional e como estreante conquista o titulo de Campeão Nacional - 1ª fase, Zona Sul. A equipa era composta pelos jogadores; Valentim, Fernando Assunção, Francisco Piçarra, José João Duarte, Arménio Andrade, João Cabaço Lino, João Maximino, Rui Magalhães, Joaquim Dias, José Cadório Lino, Luís Borrego e Carlos Mendes, disputou o campeonato nacional da 2ª divisão, onde esteve até 1982/1983, altura em que passou à primeira, por ter obtido o primeiro lugar na Zona Sul e classificando-se como Vice-


39 Campeão Nacional da categoria. Continuando na rota dos êxitos, foi ininterruptamente campeão distrital de Santarém, nas épocas desportivas que decorreram de 1977/78 a 1981/82. Em 1983/84, disputou o campeonato nacional da 1ª divisão, classificando-se para a primeira fase de apuramento da Divisão de Honra. Na segunda fase, ficou em 2º lugar. Na fase final, obteve º 3º lugar, o jogo disputou-se em Sines. Estiveram presentes: o Desportivo de Portugal – Porto (1º), Sporting Clube de Portugal (2º) Desportivo Salvaterrense (3º), Futebol Clube do Porto (4º), Vitória de Setúbal (5º), Marítimo – Funchal (6º). O CDS, conquistou também o prémio fair-play. Entretanto, com os títulos alcançados, esteve sempre presente na Taça de Portugal, tendo na época 1978/79, passado para os quartos de final, recebendo o Sporting Clube de Portugal, no seu pavilhão, em Salvaterra de Magos, perdeu por 29 25 pontos. Preparando-se para o futuro, formou duas categorias – Juvenis e Juniores: O conjunto juvenil, composto pelos praticantes, João Aleluia, António Figueiredo, José Alberto Sousa, Vítor Cabaço e João Carlos Cardoso, apresentou-se no campeonato de 1976/77, tendo ganho o 2º lugar na Taça da Associação de Andebol de Lisboa. A equipa de Juniores, participou no campeonato de 1977/78, obtendo sempre a nível distrital de Santarém, até 1983/84, o título de campeão.


40 Num torneio da categoria de Juvenis, disputado em Terámo (Itália), onde estiveram presentes oito selecções. A equipa portuguesa, foi representado pela regional de Santarém, tendo alguns jogadores do C.D.S. Preparando-se para o futuro, formou três categorias; Iniciados, Juvenis e Juniores. Em Iniciados (masculinos) começou com uma equipa no ano de 1977, conseguindo logo nessa época (1977/78), no primeiro encontro nacional da respectiva categoria, disputado em Coimbra, o 3º lugar entre 63 equipas participantes. Nas épocas seguintes; 1978/79, 1979/80, 1980/81 e 1981/82, é campeã distrital. De 1979 a 1985, deu à selecção distrital de Santarém, a maioria dos jogadores seleccionados para a disputa de encontros nacionais interselecções. Uma outra categoria, apareceu nas suas escolas, os Infantis, no ano de 1982, e na época 1982/83 participa no primeiro campeonato distrital da respectiva categoria e sagra-se logo campeã. Participa no primeiro encontro nacional disputado em Coimbra, entre 44 equipas inscritas, conquista o 3º lugar do torneio. Na época seguinte 1979/80, venceu o primeiro campeão distrital da Associação de Andebol de Santarém, tendo ainda nessa época contribuída com a maioria dos jogadores seleccionados na equipa distrital. A equipa de Juniores, participou no campeonato de 1977/78, obtendo sempre a nível distrital de Santarém, até 1983/84, o título de campeão. Num torneio da categoria de Juvenis, disputado em


41 Terámo (Itália), onde estiveram presentes oito selecções. Na selecção Portuguesa, representada pela regional de Santarém, integrava alguns jogadores do Salvaterrense; José Rocha e Melo e João Santa Bárbara. A equipa principal do C.D.S., ao longo dos anos vinha mantendo uma regularidade, obtendo consecutivamente até à época de 1983/84, o título de campeão, perdendo a supremacia na época de 1984/85, quedando-se no 3º lugar da tabela classificativa. O Andebol Feminino Devido ao contágio dos êxitos alcançados pelas equipas masculinas, logo um grupo de meninas se apresentou, desejando entrar na categoria, estávamos na época de 1978/79. Durante alguns anos participaram em diversos campeonatos distritais. Com a saída de alguma praticantes, a equipa desmembrou-se deixando-se de praticar esta categoria.

A Recompensa No ano de 1985, mais uma vez os atletas salvaterrianos, viram coroado de êxito o seu empenho na prática do andebol, foram chamados à selecção nacional de seniores, João Santa Bárbara, Vítor Cabaço e António Figueiredo. Dando boa conta das responsabilidades exigidas,


42 foram cobiçados pelas grandes clubes da modalidade, culminando as transferências de João Carlos Cardoso e Júlio Piçarra para o Belenenses, mais tarde juntou-se-lhes Vítor Cabaço. João Santa Bárbara, foi para o Académico da Encarnação e António Figueiredo, rumou até Braga. No decorrer das suas carreiras desportivas, estes jogadores vieram a representar muitos outros clubes, tendo até vestido várias vezes a camisola da selecção nacional. Registo O Andebol em Salvaterra de Magos, só foi possível manter-se durante anos a fio, e em grande plano, devido à grande “carolice” de um grupo de grandes adeptos da modalidade, pois tiram ao seu merecido bem estar com a família, muitas horas de repouso, aqui ficam alguns dos seus nomes: Fernando Rira Assunção. José Cadório Lino, Luís Borrego, Francisco Piçarra, João Albuquerque, José Gomes Travessa, Jorge Andrade, António Figueiredo (pai), Álvaro Magalhães, Vidaúl Cabaço, Joaquim Carlos Pereira, Paulo Caniço, José Monteiro de Sousa, José Manuel Cabaço, João Aleluia (Picota), João Ramiro de Sousa, José Alberto de Sousa (Bé), Luís Sequeira Rodrigues, António Lemos, Cassiano Gameiro, Sérgio Silva, António Raquel, Arménio Andrade, Manuel Grilo, Dora Cipriano e Manuela Marques. Em Julho de 1992, numa louvável iniciativa apoiada pela Câmara municipal, o Clube


43 Desportivo Salvaterrense, realizou um torneio de Andebol com a finalidade de prestar uma homenagem aos atletas da modalidade de Andebol, que ainda se mantinham em actividade: Vítor Cabaço, Júlio Piçarra, António Figueiredo e João Santa Bárbara. A cerimónia foi aproveitada para homenagear também, o Prof. Fernando Assunção e João Cadório Lino, pelos serviços prestados ao andebol local.

No ano seguinte, Janeiro de 1993, aproveitando a homenagem, que teve por cenário a cidade de Santarém, em que o governo concedeu a medalha de mérito desportivo ao atleta; João Santa Bárbara, o C.D.S., na pessoa do seu presidente Engº Hélder Esménio, fez a entrega do diploma de “Sócio Honorário” do Desportivo de Salvaterra de Magos, galardão concedido em reunião da Direcção


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Despacho Governamental, que concedeu a medalha a João Manuel Santa Bárbara dos Santos Considerando a excepcional carreira de João Manuel Santa Bárbara dos santos, como praticante de andebol; Tendo em atenção que é considerado o atleta mais internacional na modalidade de andebol; Considerando que representou a selecção nacional por 108 vezes, tendo sido capitão dela por49 vezes; Considerando que, ao lado destes números, assumiu sempre uma postura ética; Considerando que foi várias vezes distinguido com o prémio de melhor guarda-redes e melhor jogador. Determina-se: É concedida a João Manuel Santa Bárbara dos Santos a medalha de mérito desportivo, nos termos dos art.s 3º e 6º do Decreto-Lei 55/86, de 15 de Março. 8 de Janeiro de 1993 – O Ministro da Educação a) António Fernando Couto dos Santos

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VII VOLEIBOL Esta modalidade desportiva começou a praticarse no Clube Desportivo Salvaterrense, na época de 1974/75. Dependendo de uma secção daquela colectividade, teve vida acidentada. O seccionista e principal responsável, Manuel Maria Martinho “arrastou” atrás de si, um punhado de jovens que queriam praticar a modalidade, entre eles destacavam-se os irmãos Luís Miguel e Joaquim Manuel Carreira Moço. As dificuldades existentes à época, estava-se em pleno período revolucionário de Abril de 1974, levou logo no seu inicio a algumas desistências e a continuação no salvaterrense durou pouco tempo. Manuel Martinho, ou Manuel Maria, como era mais conhecido, era um grande entusiasta desta modalidade, não desistiu e em 1977, fundou um clube o “VOLEY CLUBE DE SALVATERRA”, que teve a adesão dos atletas que estavam no Salvaterense, no grupo registava-se a presença de onze raparigas. Nesse ano o Voley Clube, participou no campeonato nacional, nas categorias de Juniores e Iniciados (classe feminina). Na época seguinte, o grupo foi registado oficialmente, no dia 6 de Outubro de 1978, tendo a sua sede provisória num antigo edifício, junto à Igreja da vila.


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Os sócios na sua generalidade, tinham idades inferiores a 20 anos de idade, sendo todos praticantes da modalidade e representando o clube salvaterriano. A sua primeira direcção, foi composta por: Manuel Maria Martinho, (Presidente), José Diocleciano da Silva Pedro (Secretário) José Bento Roquette da Rocha e Melo (Tesoureiro), Paulo Rui Simplício Caneco Moreira dos Santos (1º Vogal), Vicente Roberto Fonseca Murjal (2º Vogal), cargos que exerceram até Março de 1980. Ainda no ano de 1978, o Voley Clube de Salvaterra, participou no campeonato de Iniciados, Juvenis (Feminino) e Seniores (Masculino), e em 1979, manteve-se em actividade, apenas duas classes (Iniciados Feminino e Seniores Masculino. Em 1979, devido ao numero de praticantes levou à formação de uma outra classe, de Seniores Feminino, cuja participação em campeonatos iniciou-se no ano seguinte, obtendo o lugar de campeã – campeonato regional de Voleibol e o 3º no campeonato nacional. As deslocações, e estadias tomavam-se muito onerosas para tão pobre colectividade, que vivia das receitas dos sócios/atletas. No entanto o entusiasmo era enorme e adquiriram um velho autocarro, que a “rapaziada” baptizou de “Passanha”, devido à sua configuração. Foi nessa viatura, que os atletas do Voley Clube, fazia as suas deslocações nos pais e no estrangeiro.


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As avarias eram constantes, os custos insuportáveis na sua reparação, mesmo assim estiveram presentes no campeonato regional de Lisboa (feminino).- Época 1981, e volta a ficar no 1º lugar da classificação. No campeonato nacional, obtêm o titulo de Vice-campeã. Com tal êxitos alcançados, o entusiasmo sobe ao rubro, e motiva os jovens da terra a entrarem no clube e serem seus praticantes. Nos treinos, viam crianças dos 7 aos 14 anos de idade, sendo usado o Pavilhão do INATEL (Casa do Povo) da vila. As visitas ao estrangeiro, conseguiram um frutuoso intercambiam, que culminou em 1982, recebendo uma equipa feminina da Noruega, que aqui permaneceu durante 15 dias, participando num torneio da modalidade, organizado num ápice. Em 1982, a equipa feminina, participa no campeonato regional de Lisboa, chegando ao fim no 2º lugar classificativo Devido às boas actuações das atletas, Ana Teresa Ferreira da Silva e Teresa Roquette Rocha e Melo, são chamadas a vestir a camisola da selecção nacional, categoria de Juvenis. Numa deslocação ao estrangeiro, em representação da selecção nacional, Mónica Antão e Alexandra Marçal Correia, foram consideradas as melhores no estágio, da categoria Iniciados Feminino. Nos anos de 1982 e 1983, o


49 Voley Clube de Salvaterra, teve a honra de ver duas das suas atletas a jogarem nos EUA, foram elas; Teresa Rocha e Melo e Alexandra Marçal Correia, que estando na situação de bolseiras, vieram a receber rasgados elogios, pelas suas actuações, nos periódicos daquele pais. Na época 1984/85, o Voley Clube, conta com várias equipas a participarem em diversas provas de carácter regional e nacional. Nesta situação, a colectividade tem em actividade um elevado numero de praticantes, nas categorias; 2 equipas femininas (Juniores e Iniciados) e 1 no escalão Sénior (Masculino) e 1 equipa Juvenil 8Masculino). Em 1985, as crianças do Voley Clube, participam numa competição realizada em Lisboa.. As deslocações e estadias eram agora comparticipadas pelos pais dos jovens, não deixando as reparações do velho autocarro de ser um grave problema nas contas do clube. . Assim e devido à sua grande actividade no campo desportivo e cultural, junto das camadas jovens, recebeu algum apoio da câmara e Junta da Freguesia. Em 1990, recebe também um subsidio da Direcção-Geral dos Desportos, que juntando ao valor das receitas dos sócios, não compensa a despesa levada a cabo, e depressa encerrou a sua actividade desportiva, neste ano. *********** ********


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VIII JUDO Esta modalidade é uma arte marcial japonesa, vem do antigo Jiu-Jitsu. Segundo alguns autores A palavra judo já decomposta significa: Juagilidade, Suavidade, Não resistência.. Portanto a via da não resistência. O Judo como modalidade desportiva é o caminho que ajuda a levar a vida equilibrada, utilizando um método de educação física e mental, baseado numa disciplina de combate com as mãos nuas. A directriz que rege estes combates é a não resistência, ceder à força do adversário. Para desequilibrar, controlar, vencer, qualquer confronto com um mínimo de esforço. O fundador desta arte marcial, foi o mestre Jigoro Kano, que começou a leccioná-la em 1882, no Japão. Em Portugal, após algumas tentativas para introduzir esta modalidade desportiva saíram frustrada em virtude de ser vista como uma prática violenta. Assim, só deu os primeiros passos com carácter assíduo, cerca de 25 anos depois, com a chegada ao nosso pais do mestre Kyoshi Kobayashi, actualmente 8º Dan. Sendo uma modalidade nova em Portugal, a sua divulgação e aprendizagem foi lenta e gradual. O Judo, é uma modalidade onde o atleta pretende projectar o opositor sobre as costas, além de utilizar imobilizações (de 30 segundos), estrangulamentos e luxações. Estas últimas provocam o abandono do adversário. Sendo uma


51 modalidade Olímpica, o Judo escalões etários e de peso.

divide-se

em

No distrito de Santarém, a Associação de Judo, foi fundada no dia 9 de Maio de 1978. A introdução desta modalidade desportiva em Salvaterra de Magos, deveu-se ao Judoca, Júlio Marcelino, que tendo sido praticante em França, veio imbuído de grande entusiasmo para o ensinar à juventude de Salvaterra. Estava-se no ano de 1981. Júlio Marcelino, começou por treinar dois miúdos, os irmãos Lopes, para que nos locais escolares se pudesse difundir e entusiasmar as crianças. Assim aconteceu, e rapidamente se conseguiu um grupo de jovens que passar a treinar sob a sua orientação. Os treinos realizavam-se no velho edifício, sede do Voley Clube de Salvaterra. Meses depois, verificando-se que o local já não se adaptava às necessidades de tanta procura desta arte marcial, optou-se pelo salão nobre do edifício dos bombeiros locais, entretanto o grupo já reunia 70 praticantes. Em 1982, já devidamente treinados, os judocas salvaterrenses, fizeram a sua primeira deslocação para competirem na Marinha Grande, integrados num torneio, na categoria do 2º escalão (13/14 anos) – 45 Kgs. Estiveram presentes: José Santos e João Bobezes. Ali atestaram os ensinamentos


52 recebidos e o seu valor, conquistando o 1º e 3º lugar respectivamente. Na classe de Juvenis Feminino, Sónia Carvalho (44 Kgs) e Nádia Pardal (60 Kgs), formando uma dupla, conquistaram o 1º lugar. Os bombeiros de Salvaterra, passaram a ser a instituição representada pelos judocas, tendo participado no dia 24 de Abril de 1983, no Torneio “Aniversário da Zona Centro”, participaram com atletas de Leiria e Santarém, e outros vindos do distrito de Coimbra. Os judocas de Salvaterra, obtiveram as seguintes classificações:

* 1º Escalão Masculino: 1º Sérgio Pardal (34Kgs) – Medalha de Ouro 3º Luís Rosa (38 Kgs) – Medalha de Bronze * 2º Escalão Masculino: 1º Hugo Pardal (60 Kgs) – Medalha de Ouro 3º Nicolau Gonçalves (50 Kgs) -Medalha de Bronze


53 * Feminino: 2º Sónia Carvalho (44 Kgs) – Medalha de Prata Logo a seguir no Campeonato de Juvenis, realizado em Coimbra, em 11 de Junho e integrado nos chamados “Jogos de Portugal” os judocas dos bombeiros, mais uma vez marcaram boa presença, obtendo as classificações seguintes: * 1º Escalão – Masculino: Sérgio Pardal (34 Kgs) – Campeão Nacional * 1º Escalão – Feminino: Paula Barbara (48 Kgs) – 3º Lugar * 2º Escalão Masculino: João Bobezes (55 Kgs) – Campeão Nacional Hugo Pardal (60 Kgs) - Campeão Nacional * 2º Escalão Feminino: Nádia Pardal (60 Kgs) – Campeã Nacional Neste campeonato, três irmãos obtiveram o título de campeões nacionais, caso raro em qualquer modalidade desportivo, onde a competição é individual. As dificuldades no espaço de treino avolumamse, pois já não é compatível com os dias de ensaio da banda de música, e o treinador, Marcelino opta por encontrar em Benavente condições , onde os atletas se deslocam duas vezes por semana, nas instalações do CUAB, tendo já a seu cargo 40 judocas No ano de 1984, a direcção do Salvaterrense., foi receptiva à criação de uma secção de Judo na colectividade.


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Nesse espaço de tempo. alguns atletas deixam de praticar a modalidade, e apenas 29 se apresentam para treinos, participando em algumas provas. No dia 18 de Março, para o Campeonato Distrital de Santarém, realizado no Entroncamento, obtêm as classificações seguintes: * 1º Escalão: Mário Madeira (34 Kgs) – Campeão Distrital Medalha de Ouro) * 2º Escalão: Sérgio Pardal (40 Kgs) – Campeão Distrital Medalha de Ouro Numa outra competição, o Torneio Zona Centro (Coimbra, Leiria, Viseu e Santarém), realizado na cidade de Leiria, em 15 de Abril de 1984, os jovens judocas do C.D.S., conseguem as seguintes classificações: * 1º Escalão Juvenil Mário Madeira (34 Kgs) – 2º Lugar (Medalha de Prata) * 2º Escalão Sérgio Pardal (40 Kgs) – 1º Lugar (Medalha de Ouro) Luís Rosa (45 Kgs) - 3º Lugar (Medalha de Bronze) Paulo Bárbara (55 Kgs) – 3º Lugar (Medalha de Bronze).


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Em Maio, realizou-se o Campeonato Nacional de Juvenis, em Campo de Ourique (Lisboa). Os judocas de Salvaterra, conseguiram um brilhante 3º lugar individual, por intermédio de Sérgio Pardal (45 Kgs). Este mesmo atleta, no Campeonato Nacional de Esperanças, conquistou o 2º lugar na sua categoria. A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, em virtude dos resultados já obtidos pelos judocas da terra, acedeu ao pedido da concessão de um pequeno subsidio para que a equipa se desloca-se a Esposende, onde foi participar no estágio para e num torneio internacional e Judo. Mais uma vez o judoca , Hugo Pardal, esteve em evidencia e obteve o titulo de internacional. Como envergava as cores do Salvaterrense, conquistou para Salvaterra de Magos o 1º premio na categoria de Seniores (78 Kgs), sagrando-se Campeão Absoluto (Medalha de Ouro). Júlio Marcelino, como antigo judoca com bases numa formação, em França, e treinador da juventude da terra, sempre desejou ter um comportamento de acordo com as exigências da modalidade, mas sentindo que a sua “carolice”, ao longo de três anos, estava a ser desaproveitada, com muitos prejuízos para a modalidade como para os jovens atletas, pois via-se desamparado, com poucas ou nenhumas ajudas. Os jovens judocas muitas vezes, tinham de “mendigar” as chaves da porta que dava acesso ao local dos treinos, acabaram por abandonar a


56 modalidade. Com um punhado de praticantes, Júlio Marcelino, recebeu um convite para desenvolver este desporto na vila de Marinhais. Em 1985 foi de abalada, o Judo como prática desportiva, “morreu” em Salvaterra de Magos.

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XIX TRAMPOLINS A modalidade de Trampolins aparece nos estados Unidos da América, no dobrar do séc. XX, após ter andando a reboque de outras várias modalidades desportivas. Foram sua referência, a ginástica, o pára-quedismo, os saltos para a água, e um mais tarde no treino militar especial e nos astronautas, assim rezam alguns escritos sobre a sua origem. Chegou a Portugal, na década dos anos 60, através da Academia Militar. Época em que foram adquiridos os primeiros acessórios de apoio, aos grandes clubes de ginástica na altura; Sporting Clube de Portugal, Ginásio Clube Português e Lisboa Ginásio Clube. Criada a Federação Portuguesa de Ginástica, os Trampolins depressa passou a ser uma modalidade de grande procura, especialmente nas camadas mais jovens, que se iniciavam na Ginástica. Por esse motivo e devido à necessidade de alicerçar uma identidade própria e funcionamento autónomo, criou-se em 1992, a Federação Portuguesa de Trampolins e Desportos Aerocrobáticos. A modalidade Instalou-se Salvaterra de Magos, depois de algumas tentativas de introdução da prática dos Mini-Trampolins, através dos Prof.s


58 António Lopes e Joaquim Raposo, na altura a leccionarem, na Escola Secundária da vila. As actividades de Trampolins, com carácter de treino regular e a apontar para a prática competitiva, foi através das classes da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos e dos Núcleos de Trampolins da então Escola C+S de Salvaterra. Face à qualidade do trabalho desenvolvido e ao entusiasmo sempre crescente junto da população jovem do concelho, criou-se uma secção, desta modalidade no Clube Desportivo Salvaterrense – C.D.S., para uma maior possibilidade de alguns praticantes poderem participar nas provas do calendário oficial de competição. Decorria o ano de 1991, e três atletas participaram no Campeonato Distrital e no Campeonato Nacional. As suas modestas classificações foram as seguintes: Cristina Kentiz, 9º lugar e João Santos, 25º em Iniciados, Sérgio Patrício, 17º lugar em Seniores B. No ano seguinte 1992, sete atletas conseguiram o seu apuramento para o Campeonato Nacional, mas agora com resultados de grande valia: Christina Kenitz, 1º lugar (Campeã Nacional de Iniciados), Sérgio Patrício (Campeão Nacional de Seniores B), Amadeu Neves, 4º lugar em Infantis, Sara Cardoso, 4º lugar em Seniores B, tendo passado à categoria internacional. Vários títulos distritais tinham sido já conquistados nesse ano.


59 No ano de 1993, já com a secção do C.D.S, devidamente organizada, os Trampolins conquistaram de novo vários títulos de destaque a nível distrital e nacional. Com o entusiasmo que se fazia sentir entre os adeptos da modalidade, realizou-se em Salvaterra de magos, nos dias 5 e 6 de Junho o Campeonato Distrital de MiniTrampolins. Os destaques de nível nacional nas competições de 1993, foram os seguintes: Em Duplo-Tampolim, a equipa Sénior B Masculina, composta por Sérgio Patrício, Carlos Oliveira, Paulo Marques e Bruno Paulo, sagrou-se Campeã Nacional.

Após terem conquistado 9 título de Campeões Distritais no Campeonato que decorreu em Salvaterra, três atletas sagraram-se Campeões Nacionais, foram eles: Amadeu Neves, 1º em Infantis masculinos, Christina Knitz, 1º em Juniores femininos e Sara Cardoso, 1º em Juniores A ( Categoria Internacional).


60 De destacar ainda a passagem à categoria internacional do atleta Sérgio Patrício, ViceCampeão Nacional, e o titulo de Vice-Campeões Nacionais por equipas, conquistado pelos atletas seniores B, Sérgio Patrício, Paulo Oliveira, Paulo Marques e Bruno Paulo. O atleta Infantil, João Delgado subiu igualmente ao pódio para receber o 3º lugar classificativo. Ainda naquele ano de 1993, alguns dos atletas salvaterrianos, devido à categoria demonstrada, participaram nos trabalhos de preparação, com vista ao Campeonato do Mundo da respectiva modalidade. Com os êxitos mostrados, novas adesões aos Trampolins se verifica entre as camadas jovens da população. A Câmara Municipal, colaborou mais uma vez, e disponibilizou um edifício que adaptado a pavilhão/ginásio, veio concretizar uma lacuna existe. A Comissão de apoio a esta modalidade começa a sonhar com a construção de um novo Pavilhão Desportivo a construir na zona desportiva da vila. Os seus mais representativos devido aos resultados alcançados, Amadeu Neves, Christina Kenitz e Mariana Cardoso, acabam por serem convocados e representar Portugal, no Campeonato do Mundo por Idades, que se realizou no Canadá, em 1996.

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XX HOQUEI EM PATINS O Hóquei em patins é uma das modalidades desportivas descobertas pelos ingleses. Vibrante, viril, com velocidades estonteantes onde a preparação física obriga a treinos intensos para um constante apuramento da forma e da técnica do atleta. Os português bem cedo começaram a praticar este desporto, e em 1949 já eram Campeões Mundiais. A sua “queda” para a prática desta modalidade desportiva depressa os fez subir aos primeiros lugares do ranking mundial da modalidade. Durante anos, foram invencíveis, dando uma ou vez lugar aos hoquistas espanhóis. Toda a população portuguesa, mesmo aquela que nunca vira um encontro deste desporto, não deixava de estar em grupo com o ouvido junto da telefonia (rádio), a ouvir os emocionantes relatos que transmitiam as peripécias dos jogos. Estes aparelhos no dobrar do séc. XX, eram escassos e grande custo, muitas vezes só as Tabernas as possuíam. Os mais idosos, ainda se recordam do locutor desportivo, Artur Agostinho, entre outros. Os títulos conquistados pela selecção portuguesa, levou que por todo o país a juventude pretendesse a andar sobre patins, muitos ringues foram improvisados. Em Salvaterra de Magos, Joaquim Lopes, gerente do Café Ribatejano,


62 homem de vistas largas, logo se apressou a construir um com chão em cimento, a juventude daquela época ainda fez uns ensaios, mas ficouse por aí.

Os anos passaram, o hóquei em patins apareceu na vila de Salvaterra, em sequencia de existir no recente Parque Infantil, um pequeno espaço, delimitado para a pratica do futebol, tinha o pavimento em cimento. Estava-se no ano de 1976, um grupo de jovens inicia a aprendizagem de andar sob patins, foram apoiados por alguns antigos praticantes da modalidade. Uma secção, foi aberta no Clube Desportivo Salvaterrense, C.D.S. Depois de vários e intensos treinos, uma equipa foi constituída, e estava em condições de participar nas competições oficiais. Um festival foi promovido, nesse ano e convidaram a equipa do Vilafranquense, foi goleada por 12-3.


63 Os jovens hoquistas de Salvaterra, não desanimaram, e em Outubro concretizou-se a filiação na Associação de Patinagem de Santarém, O dirigente Nelson Caleiro, deu um grande contributo na remoção da carga burocrática e a inscrição estava formalizada para participarem no Torneio de Abertura daquela Associação. No sorteio, a equipa do C.D.S, jogou com a consagrada equipa de Torres Novas, e foi derrotada por 12-0. No conjunto de Salvaterra, jogaram; Luís Silva, Carlos Cantador, Jorge Castanheira, José Adão, Manuel Maria, Amadeu Silva e Manuel Pedro. Logo a seguir defronta e perde o jogo com, U.F. Entroncamento, a derrota foi por 13.1, alinharam: Luís Silva, João Carlos (capitão), Ramalho, Jorge Castanheira, José Gabriel Adão. Foram suplentes: Manuel Pedro, Amadeu Neves (1 golo) e Carlos Cantador Na época de 1977, procedeu-se à reorganização da equipa, onde o antigo praticante Mário Duarte, acedeu a orientar os jovens atletas salvaterrenses. Nessa época, jogou para a Taça de Portugal, no ringue de Salvaterra, a prestigiada equipa do Sport Lisboa e Benfica, eliminou o conjunto do C.D.S. Os seccionistas mais ousados, estavam convencidos que poderiam ir mais além na modalidade, em reunião foi tomada a decisão pela contratação de alguns jogadores de Vila Franca.


64 Nos jogos que decorreram as esperanças depositadas nos novos reforços não corresponderam Nos treinos comportavam-se a gosto de todos, o público acorria em grande número e aplaudia. O treinador Mário Duarte, entendeu afastar-se, deixando assim campo aberto para outros decisores. Na época seguinte, 1978, tomou conta da equipa, um outro antigo praticante, Fernando Conde, que tinha sido colega de Mário Duarte, no Rianchense. Todo o conjunto mostrava-se confiante, os jogadores treinavam-se duas vezes por semana, os responsáveis não faltavam com o seu apoio, mesmo confrontados diariamente com os problemas financeiros. Estes eram de difícil resolução até para custear a época desportiva que estava à porta, o desânimo instalou-se, a equipa desfaz-se, acabando com a modalidade de hóquei em patins em Salvaterra de Magos.

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XXI PESCA DESPORTIVA Desde a pré-história, o ser humano sempre teve necessidade de se instalar junto aos cursos de água. Os rios, e ribeiras, eram os mais procurados, veja-se o caso do Tejo e Ribeira de Mugem, onde ali ainda se encontram vestígios da sua presença. O homem moderno, para além de necessitar de viver da pesca, para a sua subsistência e dos seus, também procura a calma que o curso dos rios lhes dá, para se descontrair do stress, que a sociedade actual lhe impõe como forma de viver. A pesca desportiva, quer individual, quer em grupo, formando equipa, tem nos clubes grande apoio para a competição. Nos meados do séc. XX, raro era o domingo, que houvesse uma competição, no Paul de Magos, reunindo muitas dezenas de praticantes. O peixe, que era muito, depois de pescado e pesado, era distribuído pela população de Salvaterra de Magos, realizando a seguir um almoço de confraternização e distribuição de prémios nos restaurantes da vila. Tempos houve que um grupo desta forma de pescar, procurou na Sociedade Columbófila Salvaterrense, forma de se legalizar e organizar nas competições onde participava. Este grupo, também teve ensejo de organizar os seus eventos, trazendo até à localidade, gente das mais


66 variedades partes do país. Um dia, alguns não contentem com a situação, ou porque foram atraídos por outras vontades, “desertaram”, e formaram uma secção de pesca desportiva no Clube Desportivo Salvaterrense – C.D.S., em 1968. Foram seus primeiros responsáveis administrativos; António Eduardo Andrade e Luís Duarte. A equipa, existente na S..C..S., voltou a reunir-se, e passou a representar o Salvaterrense. Os anos passaram e uma década depois, o pescador Manuel Inácio Ferreira Inês, em 11 de Novembro de 1979, deu uma mais valia à secção do Salvaterrense. Num concurso realizado na vala de Mar Cães, foi vencedor absoluto, tirando a pontuação de 7.510 pontos. Um ano depois, em 19 de Outubro de 1980, na vala da Comporta, numa competição promovida pelo Clube de Amadores de Pesca de Setúbal, Manuel Inês capturou uma Tainha, com cerca de dois Kgs de peso. Ainda nesse ano, o Juvenil, Eduardo Manuel Ribeiro, foi classificado como Vice-Campeão Regional (incluindo os distritos de Santarém, Évora e Castelo Branco), e ViceCampeão Nacional da Categoria Juvenil. Na categoria de senhoras, a pescadora, Raquel Ribeiro, sagrou-se Vice-Campeã Regional. A equipa composta por: Manuel Inês, António José, José Porfírio e João Pereira, obtiveram o 5º lugar na disputa da Taça de Honra.


67 Na época de 1983, os pescadores do Salvaterrense estavam em plena forma, obtiveram posições de relevo no âmbito da pesca desportiva, tanto a nível regional como nacional. Raquel Ribeiro (categoria senhoras), alcançou o 4º lugar no Campeonato Nacional, Álvaro Ribeiro (Juniores),obteve o 4º lugar no Campeonato regional, e a 3ª posição no Campeonato nacional. A equipa de Salvaterra composta por: Manuel Inês, António José, José Matos e João Pereira, conquistou o 2º lugar, por equipas, no concurso “Inter-Clubes”, realizado na Barragem do Maranhão e promovido pelo Clube Recreativo dos CTT/TLP. Também num outro concurso, realizado também naquela Barragem, o Pescador Manuel Inês, conseguiu a posição classificativa de Vencedor Absoluto, pescando cerca de 10 Kgs de peixe, prova esta organizada pelo Sporting Clube de Alenquer. No ano de 1984, os pescadores do C.D.S., estiveram presentes em todos os Campeonatos Regionais, Manuel Inês (1ª Divisão), Orlando Andrade (2ª Divisão), Rufino Andrade e José Matos (3ª Divisão), Raquel Ribeiro (Senhoras), Eduardo Ribeiro (Juvenis), e Álvaro Ribeiro (Juniores). Ainda nessa época, em 14 de Março, Manuel Inês (1ª Divisão), esteve presente no concurso Internacional, realizado em Jerez de Los Caballeros (Espanha), onde conquistou o honroso


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14º lugar, entre 200 participantes. Logo a seguir no dia 11 de Agosto, num concurso Internacional promovido pelo Sporting de Tomar (secção de pesca), e realizado na Barragem do Maranhão, o pescador do Salvaterrense, António José Fernandes, classificou-se na 9ª posição individual. Na secção de pesca do C.D.S, estiveram inscritos os pescadores desportivos; Manuel Inês, Fernando Pereira, António José Maria Fernandes, José Maria Matos, José Azevedo Rocha, João Manuel Gomes Pereira, Joaquim Manuel V. Amaro, João Isidro Matos, Júlio Carlos André, José Porfírio Fernandes, Orlando Morais Andrade, João Silva André, Raquel Ribeiro Arraiolos, Álvaro José Ribeiro Inês, Eduardo Manuel Ribeiro Ferreira, João Vicente Custódio, Alberto Manuel S. Pinheiro, Augusto Santos Nobre, Miguel Maria Simões Lobo, Asdrúbal António Faria Sousa, Carlos Alberto F. Lapa e Carlos Pedro Santos Borrego. Um dia, toda a organização se desmembrou, muitos foram representar outros


69 clubes, outros deixaram a pesca desportiva federada, a secção de pesca do Salvaterrense, estava extinta, ou foi desactivada.

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XXII ATLETISMO A modalidade desportiva que é o atletismo, teve o seu início em Salvaterra de Magos, nos bombeiros voluntários, no ano de 1973, depois de terem recebido um convite para participarem numa prova, organizada pela corporação vizinha de Benavente. Um grupo de jovens bombeiros, solicitou a abertura de uma secção daquele desporto, na instituição, para participarem na prova O verdadeiro entusiasmo, começou naquele mesmo ano, após um incêndio que os levou até Alcochete, desde o inicio da tarde, terminando altas horas da madrugada. Tinham uma competição para a manhã desse dia, e não desistiram, no final estavam satisfeitos, tudo correu bem. A partir dai treinavam todos os dias, alguns Kms, de manhã cedo, antes de irem trabalhar. Tal sistema estava a dar resultado, até porque os resultados estavam à vista nas competições em que entravam, nas provas realizadas na zona. Naquela época, comandava o corpo dos bombeiros, Carlos Machado das Neves, vendo os resultados e os prémios obtidos pelos seus jovens bombeiros, tentava que nada lhes faltasse, no apoio que lhes dava. Duas pessoas; Parracho e José Balbino Moreira, cediam as suas viaturas particulares, para as deslocações através do país.


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A equipa depressa cresceu, e passou a ter os elementos seguintes: António Simões Guedes, Carlos Duarte (Gazoza), António Vasco, Luís Filipe de Sousa, António Saraiva, José Luís Lamarosa, João Estêvão Pinheiro, Joaquim Carvalho, Mário de Sousa, José Mendes e José Luís Pinheiro. Este conjunto, começou a ter tido em conta e respeitada, pois os convites não deixavam de aparecer para estarem presentes nas competições realizadas inter-bombeiros. Nas provas realizadas em Amadora, Sintra, Alcabideche, Algés, Dafundo, Vila Franca de Xira, Alhandra, Anadia, entre muitas outras, a equipa dos bombeiros voluntários de Salvaterra de Magos, obtiveram quer individualmente, quer por equipas, o 1º lugar.

Daquele conjunto, o jovem atleta, Simões Guedes, era tido em conta e muito respeitado, não só pelos prémios ganhos, como pela forma com orientava os treinos da equipa, pois era ele o treinador. Mesmo em competição, apresentava-


72 se em prova, com uma alegria e frescura tal, que contagiava os seus companheiros. Em 1974, os bombeiros de Salvaterra, organizam a sua prova, eram várias voltas à vila, no total de 15 Kms, estiveram presentes 95 atletas, mais uma vez o Guedes, saiu vencedor, tendo Carlos Gazoza, ficado em 3º lugar. Pensavam, os jovens que as responsabilidades, já eram muitas no seio do atletismo entre bombeiros, depressa remodelaram a estrutura da secção. Nesta nova fase, tiveram grande empenho, José Mendes, Constantino Viegas Amaro, Maquilão, Jorge Gonçalves, Silvério Damásio e Vítor Soares (Vítor Diogo).

Mais uma vez, o comando da corporação, agora com a direcção, empenhou no apoio dado. Os resultados, continuaram a serem brilhantes para a equipa, e depressa, alguns foram junto dos dirigentes do Clube Desportivo Salvaterrense – C.D.S., para os aceitarem numa secção da modalidade. Esta colectividade, não tinha


73 estruturas. Uns meses parados, a revolução de Abril, a isso deu azo. No Salvaterrense, os membros da direcção, Luís Borrego e Paulo Cordeiro, deram algum apoio, na reestruturação das várias secções, que estavam em ebulição, sendo o campo de futebol, preparado para receber o Triplo-salto, Salto em cumprimento, etc. A iniciativa, foi uma frustração, apenas corresponderam ao “chamamento” algumas crianças em idade escolar, que entretanto estiveram presentes nalgumas provas, no âmbito daquelas modalidades. Para que a “chama” do atletismo não se apagase, foi criada uma secção de Atletismo, em 1982, respondendo para responsáveis: Joaquim da Conceição e António Simões Guedes, este acumulando atleta e treinador. Na freguesia de Marinhais, realizou-se uma prova e alguns atletas do Salvaterrense, participaram.. Depressa, existia uma equipa masculina e uma outra feminina, muitos deles estiveram no grupo dos bombeiros. Para reforçar o campo dos dirigentes, entraram; José Luís Pinheiro e Eusébio Moreira Leite. Ainda naquele ano de 1982, as duas equipas competiram em várias provas, onde obtiveram algumas teças e troféus, que passaram a enriquecerem a sala de exposições do clube. Os bons resultados, continuaram em 1983, sendo um chamariz, para a juventude da terra, que passou ainda mais a responsabilizar ainda mais a secção de atletismo, formando vários


74 escalões, e os prémios não deixavam de aparecer, nas provas em que participavam. No lado masculino, o atleta/treinador, António Guedes, continuava em grande evidência, provando o prestigio desde o tempo que vinha dos bombeiros. Na parte feminina; Manuela Conceição e Gracinda Anacleto, nas categorias de Infantis e Iniciados respectivamente. Passaram a ser as novas vedetas, devido ao seu desempenho, são chamadas a integrarem uma selecção, que incluía as melhores praticantes do país, naquelas categorias. A prova realizou-se em terras algarvias.

As equipas do Salvaterrense, eram solicitadas constantemente a participarem, nas várias provas que tinham lugar por esse Portugal fora. Os transportes, além de outros encargos, como alimentação e equipamentos estavam na ordem do dia, nas aflições dos seccionistas que acabaram por demitirem-se. A atleta Gracinda Anacleto, Vítor Soares (Vítor Diogo) e José João Dionísio, e outros tomam conta da secção, para que a modalidade do atletismo não se perde-se e tiveram sorte, na época 1984/85, uma nova direcção do C.D.S., chefiada por Manuel Fernandes Travessa, continuou a apoiá-los. Esta direcção para comemorar o aniversário da colectividade, organizou um torneio, aberto a todas as categorias e idades, foi um êxito.


75 As inscriçþes de novos praticantes, ultrapassou as expectativas, especialmente no sector feminino e quando se esperavam pelos resultados, a discórdia instalou-se tudo se complicou. . Continuar a sonhar com a modalidade do atletismo em Salvaterra de Magos, foi coisa de meses. Acabou por se extinguir.

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76 A CANOAGEM Esta modalidade Náutica, teve em Salvaterra de Magos, o seu grande impulsionador; Manuel Pedro Pinto Pereira, que sempre contou com o apoio de Carlos Matias, um professor que se radicou nesta vila, manifestando interesse em implementar e desenvolver a modalidade de Trampolins, uma vertente da ginástica acrobática. Inicialmente agrupou-se no Desportivo Salvaterrense, onde foi criada uma secção. Manuel Pedro, que anos antes de sofrer um acidente que lhe amputou uma perna, praticou o andebol, viu nesta modalidade da canoagem, uma forma de continuar ligado ao desporto. Poucos meses depois de conseguir reunir um punhado de praticantes, em 30 de Dezembro de 1989, sofreu um acidente que lhe tirou a vida, nas águas revoltosas da Vala Nova, na freguesia da vizinha Benavente Perante tão infausto acontecimento, a modalidade no CDS, esteve inactiva até outros entusiastas da modalidade, criaram o Clube Náutico de Salvaterra de Magos, em Fevereiro de 2004, passando a ter as suas pequenas embarcações desportivas, na Marina na vala real da vila.


77 O desporto náutico não esqueceu o Manuel Pedro, e aproveitando uma prova a nível nacional, muito se empenhou o Carlos Matias, numa singela homenagem que se verificou em Vila Franca de Xira, quando da partida de uma etapa rumo a Lisboa, ali com a família do saudoso canoísta salvaterrense, lançaram à água alguns ramos de flores, acto que ficou registado numa reportagem da RTP, que acompanhava a competição.. O Clube náutico de Salvaterra, desde a sua formação, em Fevereiro de 2004, tem várias vertentes da modalidade, e todos os anos, realiza provas, e integra outras onde os seus atletas têm estado em lugares cimeiros, honrando a modalidade da terra.

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BIBLIOGRAFIA: *Artigos do autor, publicados no Jornal “Aurora do Ribatejo, ano 1957 a 1959 *Artigos do autor, publicados no Jornal Vale do Tejo – Anos 1997 a 2000 *Post Faceboock: José Gameiro Memoráveis” Manuel Pedro Pinto 21.12.2014

“Datas Pereira

* Caderno Apontamentos Nº 34 - Coleção de Apontamentos: “ Recordar, Também é Reconstruir Nº 0 a Nº 45 – Do Autor

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ÍNDICE FOTOS: * Pág. 12 Foto 1 Selecção Nacional de Futebol: *1929 -Na selecção de Portugal, António Roquette (Keeper/ ou Guarda-redes), jogador do Casa Pia – Natural de Salvaterra de Magos, a foto inclui alguns jogadores que jogaram no Salvaterrense *Equipa do Estrela Foot-ball Club 1º Plano: Joaquim Moliço, Jaime Quitério, Alberto Couto, Manuel Néu, Geraldo Andrade e João Inácio 2º Plano: Joaquim Cunha, Júlio André, Mac-Brid Fernandes, Vítor Damásio, Victoriano Oliveira e Júlio Lino. * Foto 2 Equipa do Clube Desportivo Salvaterrense 1º Plano: António da Horta, Mac-Brid Fernandes, Sérgio Andrade, Geraldo Andrade e Adriano. 2º Plano: Fernando dos Santos (Dirigente), Jota II, José Carlos Hipólito, Joaquim Moliço, Jota I, João Luís Damásio, Júlio (Guarda-redes) e José Duarte Quitério (Dirigente). Nota: Jogo efectuado em Salvaterra, no ano de 1952, “Campo António Roquette”, com a equipa do Coruchense – Resultado; Salvaterrense 0 * Coruchense 3 * Árbitro: José Alexandre *Pág16 Equipa do Clube Desportivo Salvaterrense 1º Plano, António da Horta, Alexandre Cruz,

Geraldo Andrade, Adriano e Ezequiel Inácio. 2º Plano: Carmo Duarte, Jota I (Rui), Jota II, MacBrid Fernandes, José Carlos Hipólito, Joaquim


80 Moliço, António Sardinha (Massagista) e José Duarte Quitério (Dirigente). Nota: 1/1/1952, Jogo efectuado em Benavente Campo das Portas do Sol, com o Grupo Desportivo Benaventense * Resultado; Benaventense 4 – Salvaterrense = Árbitro: Carmo Mendes *Pág.21 Equipa do Clube Desportivo Salvaterrense

Júlio (Guarda-redes), Sérgio Andrade, Mac-Brid Fernandes, Jota I (Rui), José Carlos Hipólito, Geraldo Andrade, António da Horta, Adriano, João Pratas (Carocho), Izequiel Inácio e Joaquim Moliço. Nota: Jogo efectuado em Salvaterra, a contar para o Campeonato Didstrital de Santarém – Resultado; 0 – Vila Chã de Ourique, 2 * Árbitro Curado Glória. *Pág. 20 Equipa do Clube Desportivo Salvaterrese

1º Plano: Mac-Brid Fernandes, Manuel João Raposo (Raposo II), José Luis Borrego, Joaquim Cunha e José Luís das Neves 2º Plano: Rodrigues (sócio), Néu, José Raposo (Raposo I), Vítor Damásio, Jaime Quitério, João Tavares, Mário Caramelo, Alfredo Magalhães. Nota: 11/5/1947 – Jogo em Azambuja, resultado Azambuja 5, Salvaterrense 4 Pág. 24 – Equipa do Clube Desportivo Salvaterrese

1º Plano; Orlando, Gaspar, José Nunes (Béu), Bão, Lisbão, Zé Tok (Mascote), Ratão, Espírito Santo e Hipólito. 2º Plano; Valdemar Facha (Dirigente), Nelson Ferreira (Treinador), Luís Guedes, Peixeiro, Luís


81 Fernandes (Sapatão), Augusto, Faiante, Mendes, José Lino, Paulinho, Antero e Raquel Nota: Novembro de 1980 – Jogo SalvaterrenseOlivais Pág.24 –Equipa do Clube Desportivo Salvaterrense 1º Plano; Tó, Domingos, Orlando, Estrela, Caniço, Rui Monteiro, Bão, António José, João Vicente (Director) 2ºPlano; Valdemar Facha (Dirigente Departamento Futebol), António (Massagista), José Eduardo, José João, Oliveira, Carlos Batista, Carlos Manuel, Simões, Henrique, Augusto e Nelson Ferreira (Treinador). Nota:2º Lugar, no Campeonato Distrital da II Divisão, e Finalista da Taça do Ribatejo – Época 1983/84 Pág.25 – José Vicente Costa Ramalho – Praticante e Dirigente da Columbófilia Pág. 25 – Pombos de José Vicente Costa Ramalho Pág.28 –Ciclista Salvaterrense – Joaquim Pinto Figueiredo – Na Volta a Portugal em Bicicleta Pág.29 – Equipa de Ciclismo do Salvaterrense (Camisola Aivil) – 1961 Nota; Apresentação pública: Alfredo Xavier, Daniel

Carvalho, Mário Leal, José Gameiro, José M. Damásio e Seccionista/Treinador, Humberto Fernandes. Pág. 32 – 1964, Equipa de Secudaria Magos, do Clube Salvaterrense Pág.35 – Equipa de Andebol Casa do Povo Pág.37 – Equipa de Andebol Feminina, Campeão Distrital durante várias épocas, com inicio em 1980/81 Pág.37 – Equipa de Andebol Juvenis, 1º lugar na fase final do Campeonato Nacional – 1980/81


82 Pag.37 - Equipa que subiu à 1ª divisão Nacional e Obteve o titulo Vice-Campeão Nacional da 2ª Divisão Nacional * Época 1982/83 Pág. 43 - Julio Piçarra, Vitor Caçabo e António Figueiredo – Jogador de Andebol, Salvaterrense Pág. 44 – João Manuel Santa Bàrbara dos Santos – Jogador do Salvaterrense – internacional, pela EquipaNacional de Andebol Pág.47 – 1980 * Equipa do Voley Clube de Salvaterra, na sua deslocação à Bélgica (Kildrecht), participando num torneio da modalidade * – 1981 – Equipa Feminina do Voley Clube Salvaterra, Campeã Regional e ViceCampeã Nacional da modalidade Pág.52 – Júlio Marcelino – Judoca e Treinador, num torneio em Esposende (tentando uma projecção sobre o adversário) TAI-OTOSHI Pág. 56 – Julio Marcelino Judoca / Treinador Pág.59 – 1994, Equipa Trampolins: Equipa Vice Campeã Nacional (Bruno Paulo, Paulo Marques,Carlos Oliveira e Sérgio Patrício) Pág.62 – 1977, Equipa de Hóquei em Patins 1º Plano; Damásio, Luís Silva, Manuel Pedro e Jorge Castanheira 2º Plano – Nelson Caleiro (Seccionista), Manuel Maria, João Carlos, Ricardino, Carlos Cantador, Ferreirinha e João Gomes (Minau). Pág.68–Raquel Ribeiro Arraiolos (Inês), Pescadora do Salvaterrense, pescando na Barragem de Odivelas Pág.69 – Equipa Salvaterrense – Pescando Barragem de Odivelas


83 Nota: Raquel Inês - Vice-Campeã regional (1980) * 4º lugar no Campeonato Nacional (1980) * ViceCampeã Nacional (1993) Pág.71 – Ano 1973, Equipa de Atletismo dos

Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos Pág.72 – 6/6/1982, Atletas do Salvaterrense, numa prova em Castanheira do Ribatejo Pág.75 * Chegada Prova de Atletismo em Salvaterra de Magos (Bº Chesal) Pág.76 – Manuel Pedro Pinto Pereira - Iniciador da Canoagem em Salvaterra de Magos Pág,77 – Marina na Vala Real de Salvaterra de Magos

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