3 minute read

Xutos e Pontapés, José Cid e Quim Barreiros são os nomes maiores da FICTON

Calema, Xutos e Pontapés, Juninho KSD, José Cid e Quim Barreiros são os cabeças de cartaz da FICTON, que vai decorrer em Tondela de 14 a 18 de setembro.

De 14 a 18 de setembro, em Tondela

Advertisement

Calema a 15 de setembro, Xutos & Pontapés a 16, Julinho KSD a 17, José Cid e Quim Barreiros sábado e domingo, respetivamente são os nomes que compõem o cartaz de espetáculos do certame, que estão marcados para as 22,45 horas.

A FICTON é a grande montra das potencialidades económicas, culturais e sociais do concelho de Tondela. A presidente da Câmara diz que as expectativas para o evento deste ano “são grandes”. Carla Borges, em entrevista à Gazeta Rural, diz que as empresas do concelho estão a sentir os efeitos da guerra, nomeadamente na logística e na falta de matérias-primas.

Gazeta Rural (GR): Que perspetiva tem para a edição deste ano da FICTON?

Carla Borges (CB): As expectativas são grandes, até porque os sinais que temos vão nesse sentido, mas também porque sentimos que, dentro do concelho de Tondela, mas também nas pessoas que nos visitam, há um grande acolhimento e interesse nas nossas festas.

Temos um cartaz de artistas muito interessante e eclético, e orgulhamo-nos muito de o ter conseguido, que vai ao encontro das expetativas de várias gerações, mas também mantemos aquilo que é uma tradição da FICTON de há muitos anos, que é uma mostra daquilo que de melhor temos nos planos comercial e industrial, mas também associativo, com a participação de várias associações nas zonas das tasquinhas, mas também na participação mais institucional, daquilo que é o pulsar das autarquias locais, com uma presença forte das nossas juntas de freguesia, do município e de outras entidades, como a CIM Viseu Dão Lafões, a Vários, a Escola Profissional de Tondela e as empresas mais importantes do nosso concelho. GR: Como está a situação no concelho de Tondela neste pós-pandemia? CB: Sentimos que neste período conseguimos ter um grande período de recuperação. A nossa comunidade foi muito resiliente e conseguiu, de uma forma muito rápida, abraçar os novos desafios, que são diferentes dos que tínhamos antes da pandemia. Mudou-se completamente o paradigma da nossa existência e estamos muito contentes porque o nosso tecido associativo manteve-se vivo e com iniciativa. Está ativo e com vontade de arregaçar as mangas e trabalhar, o que é muito importante para nós. Recordo que no concelho de Tondela temos cerca de uma centena de associações, de várias dimensões e naturezas. É um facto que, associado a esta abertura no pós-pandemia, em simultâneo iniciou-se um conflito armado e isso tem-nos trazido alguns constrangimentos, a todos nós. Após um grande desafio temos outro, que é a capacidade de vencer as consequências deste conflito armado. GR: Esta questão da guerra está a afetar as empresas do concelho?

CB: Sim, as grandes dificuldades atingem principalmente empresas de construção civil e o setor automóvel, mas também outras. É que muitas delas dependem dos mercados de leste e/ ou asiáticos, nomeadamente no plano logístico, de circulação de bens e matérias-primas, que está a ser feito com muita dificuldade. Associado à falta de matérias-primas, vem as dificuldades inerentes ao acréscimo de custos, nomeadamente energia e combustíveis, que subiram de uma forma assustadora e que alteraram as expectativas de evolução da inflação, mas também da previsão de investimentos e estudos de viabilidade económica, que ficaram desatualizados e terão de ser reavaliados e repensados, pois os critérios de base foram completamente alterados.

This article is from: