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SAÚDE HUMANA E REABILITAÇÃO | #8 | AGOSTO 2016
Ansiedade - O mal do Século XXI O Desenvolvimento
Cognitivo e Motor da Criança Osteopatia - Capsulite Adesiva/”Ombro Congelado”
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Massagem na Cadeira (Chair Massage) Agora existe uma solução para isso que é uma massagem rápida numa cadeira. Uma massagem na cadeira é uma massagem especial feita numa cadeira própria onde o paciente está sentado e com a cara para baixo. Estas sessões são bastantes cu as, não demorando mais do que 10 a 20 minutos. A vantagem deste po de massagem é que o paciente não necessita de rar a roupa, não existe o constrangimento com a nudez, e não perde tempo a despir-se e a ves r-se no antes e depois da massagem. Este po de massagem atua diretamente nos tecidos musculares para alívio de dores e de stress.
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* Sorriso Verdadeiro ** Ombros Relaxados
Joana Caires Massoterapeuta
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Massagem na Cadeira (Chair Massage) Benefícios Como muitas vezes as pessoas não têm disponibilidade para receber uma massagem completa, recorrem a esta po de massagem que tem os seguintes benefícios: •
Alívio das tensões do dia a dia;
•
Relaxamento muscular;
•
Combate o stress.
Contra-indicações •
Não é recomendo a pessoas com tensão alta ou baixa;
•
Ter feito uma refeição à menos de 40 minutos;
•
Estar com febre;
•
Ferimentos graves;
•
Ter realizado uma cirurgia recente (cerca de 3 meses).
As pa es do corpo que são masajadas são o pescoço, a cabeça, ombros, braços e mãos.
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Osteopatia - Capsulite Adesiva O que é? A capsulite adesiva ou "ombro congelado" é uma doença que a nge com mais frequência o sexo feminino entre os 45 e os 55 anos de idade. Apesar de ser de causa desconhecida, está na sua maioria relacionada com um episódio traumá co do ombro e/ou dores ocasionais no ombro que progressivamente levam a um quadro incapacitante da sua mobilidade.
Como se manifesta? A doença ocorre em 3 fases diferentes, com caracterís cas diferentes:
1) Fase inflamatória: é o início do processo inflamatório da cápsula a icular, a dor pode ser menos intensa no início desta fase, mas tem tendência a aumentar tornando-se totalmente limitante. Esta fase pode durar até 9 meses.
2) Fase de rigidez: Nesta fase prevalece a perda dos movimentos e a rigidez da a iculação, dando ao paciente a sensação de este estar "congelado". A dor é de menor intensidade, embora ainda esteja presente.
Drª Inês Silva Osteopata
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Osteopatia - Capsulite Adesiva O sintoma mais comum é o paciente sen r o braço "mais cu o", e não conseguir alcançar locais mais altos. Esta fase pode durar de 12 a 18 meses.
3) Fase de descongelamento: Esta tem uma duração variável. O movimento do ombro melhora ligeiramente e a intensidade de dor diminui, no entanto, haverá sempre perda de alguns graus de movimento do ombro.
Tratamento Cada fase da capsulite requer o seu tratamento específico. Na fase dolorosa apenas deve ser realizado um tratamento que vise a diminuição da inflamação, excluindo o uso de técnicas de alongamento de modo a não piorar e prolongar esta fase. Na fase de rigidez o tratamento é voltado então para o alongamento e ganho de mobilidade. De forma a ter um acompanhamento completo e diminuir o tempo de recuperação, em qualquer das fases o doente deve ser acompanhado por um fisioterapeuta e um osteopata.
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Colesterol É uma substância essencial para o bom funcionamento do organismo, uma vez que é pa e integrante das membranas celulares de todos os tecidos do corpo humano e permite a biossíntese hormonal, da vitamina C e dos ácidos biliares. O colesterol é hidrofóbico, isto é, insolúvel na água, por isso não se mistura com o sangue, mas associa-se a várias lipoproteínas. O colesterol do nosso organismo tem duas origens: a) Endógena: o colesterol é produzido pelo nosso próprio corpo, principalmente pelo fígado. b) Exógena: o colesterol também pode ser adquirido através dos alimentos. Subdivide-se em 3 pos, com ações dis ntas:
1.
Colesterol HDL
Com lipoproteínas de elevada densidade (HDL – High Density Lipoproteins). É também conhecido por “bom colesterol”, porque tem uma ação protetora ao encaminhar os depósitos de gordura no interior das a érias para o fígado, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares. O colesterol HDL baixo é perigoso quando se encontra em concentrações menores que 60mg/dl no sangue.
2.
Colesterol LDL
Com lipoproteínas de baixa densidade (LDL – Low Density Lipoproteins). Circula no sangue com o obje vo de ser encaminhado para as células e, em quan dades excessivas, pode alojar-se nas paredes das a érias e aumentar o risco de doença cardiovascular. É considerado o “mau” colesterol. A sua concentração no sangue deve ser inferior a 130 mg/dl.
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Colesterol 3.
Colesterol VLDL
Com proteĂnas de muito baixa densidade (VLDL – Very Low-density Lipoprotein), muito parecido com o Colesterol LDL, mas mais perigoso, o VLDL transpo a triglicerĂdeos, ĂŠ ainda de mais fĂĄcil deposição nas a ĂŠrias, aumentando significa vamente o risco de doença cardiovascular. É tambĂŠm um “mau colesterolâ€?. Entende-se por colesterol total, o valor que agrega todas as fraçþes, a soma dos nĂveis sanguĂneos de HDL + LDL + VLDL. HĂĄ o colesterol mau e o colesterol bom, o que torna pouco eficiente a avaliação conjunta deles. Atualmente o colesterol total ĂŠ menos valorizado do que os nĂveis individuais de HDL e LDL. Os valores de referĂŞncia para o colesterol total normal nĂŁo devem exceder os 190mg/dl.
Causas do Colesterol Os nĂveis de colesterol podem aumentar devido a vĂĄrios fatores isolados ou combinados entre si. As principais razĂľes sĂŁo: •
Idade;
•
GenÊ ca (hipercolesterolemia familiar – patologia genÊ ca em que as pessoas apresentam
nĂveis de colesterol elevados desde a nascença); •
SĂndromes metabĂłlicos, como o hipo roidismo;
•
Es lo de vida: alimentação desequilibrada, sedentarismo.
Existem ainda outros fatores que acentuam o risco associado ao colesterol elevado: •
Tabaco;
•
Ă lc l;
•
Hipe ensĂŁo a erial;
•
Diabetes ou intolerância à glicose;
•
Obesidade.
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Colesterol Sintomas do Colesterol Apesar de serem um impo ante fator de risco para outras patologias, nomeadamente cardiovasculares, os níveis de colesterol elevado não apresentam sintomatologia. A única forma de conhecer e vigiar os valores consiste na visita regular ao médico assistente e na realização de análises periódicas ao sangue.
Tratamento do Colesterol Seguir um es lo de vida saudável é o primeiro passo para corrigir e manter os níveis de colesterol baixos. Para tal é necessário evitar erros alimentares (dieta rica em gorduras saturadas e pobre em verduras e fruta), combater o sedentarismo e o excesso de peso. Uma dieta equilibrada permite reduzir os níveis de colesterol LDL (prejudicial) e a prá ca regular de exercício físico diminui o colesterol total, aumentando em simultâneo o colesterol HDL (benéfico). Caso as mudanças de hábitos de vida não sejam suficientes, pode recorrer-se a tratamentos farmacológicos.
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Ansiedade O ‘transtorno de ansiedade generalizada’ designa um conjunto de alterações psíquicas e físicas que se produzem em relação a um medo ou situação real ou imaginário. Nas crises de ansiedade, o indivíduo encontra-se num estado de ale a que se revela injus ficado ou desproporcionado em termos de intensidade ou durabilidade, em relação àquilo que o suscita. Sempre que um indivíduo se encontra perante uma situação que ameace a sua integridade (física, psicológica e/ou emocional), o organismo responde através da a vação de vários mecanismos de ale a – reações tanto físicas como psicológicasque permitem uma resposta mais eficaz às situações de stress. A ansiedade caracteriza-se, assim, por uma sensação de intranquilidade ou insegurança e estado de espera penoso. Mobilizando o organismo para dar respostas mais adequadas a situações que considera ameaçadoras, a ansiedade cons tui um fenómeno normal desde que se manifeste de forma ajustada e no momento correto.
Causas de Ansiedade A ansiedade prende-se, normalmente, com preocupações relacionadas com a vida – perdas, separações, estados de saúde, questões financeiras. Na pe urbação de ansiedade podem estar presentes situações como: •
Presença de pe urbações mentais como
doenças esquizoides e pe urbações obsessivo-compulsivas. •
Propensão gené ca para o desenvolvimento
do quadro (registam-se formas de agregação familiar da doença).
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Ansiedade •
Pe urbação de ansiedade que pode ser provocada por desequilíbrios na quan dade ou
na a vidade de vários pos de neurotransmissores ou mediadores químicos que pa icipam na transmissão dos impulsos nervosos. •
O aumento da quan dade ou da a vidade da adrenalina e da noradrenalina – neurotrans-
missores que a vam o estado de ale a e preparam o organismo para a luta ou para a fuga. •
Redução na quan dade ou a vidade do ácido gama-aminobutírico (ou GABA), um media-
dor químico do sistema nervoso central com um efeito tranquilizante – podem desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento das pe urbações da ansiedade. •
Alguns traços de personalidade que podem conduzir a uma maior disposição para o
desenvolvimento de crises de ansiedade ao longo da vida.
Sintomas de Ansiedade Na ansiedade generalizada, as manifestações mantêm-se por períodos de tempo mais ou menos prolongados. Os principais sintomas são: •
Ansiedade – sen da como uma sensação de intranquilidade, insegurança e de um ce o
receio pelo futuro. •
Palpitações e dores no peito (angús a).
•
Sensação de falta de ar.
•
Secura da boca.
•
Suor abundante.
•
Tremor.
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Ansiedade •
Tonturas e instabilidade.
•
Náuseas.
•
Tensão e dores musculares.
•
Tiques.
•
Dores abdominais.
•
Diarreia ou obs pação.
•
Agitação psicomotora.
•
Alterações do sono.
•
Inibição do impulso sexual.
•
Dificuldade de ereção.
•
Diminuição do rendimento intelectual.
Tratamento da Ansiedade Quando não tratadas, as crises de ansiedade, tendem a evoluir para quadros mais complexos. O tratamento passa por: Psicoterapia de apoio: consiste em tentar ajudar o paciente a iden ficar os conflitos que mo varam o problema, em superar a sua insegurança e em fomentar a sua adaptação ao meio. Administração de medicação tranquilizante ou ansiolí ca. Medidas gerais que consistem na aprendizagem de forma imediata nos casos em que for conveniente, é recomendável a aprendizagem de uma série de técnicas de relaxamento.
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O Desenvolvimento
Cognitivo e Motor da Criança Desde o nascimento, graças Ă maturação do sistema nervoso e Ă realização de diversas tarefas com diferentes parceiros e em diferentes ambientes, a criança desenvolve a inteligĂŞncia e o pensamento, bem como o seu corpo e os movimentos que realiza. No que concerne ao desenvolvimento motor, os mecanismos que a criança usa para orientar e controlar o seu tronco e membros em relação aos estĂmulos ambientais sĂŁo complexos e vĂŁo sendo acionados Ă medida que se move, assume diferentes posiçþes, se expressa por gestos e manipula objetos. Jean Piaget, psicĂłlogo e filĂłsofo suĂço, que ficou conhecido pelo seu trabalho pioneiro no campo da inteligĂŞncia infan l, explica o desenvolvimento da criança em 4 estĂĄgios: SensĂłrio-motor: dos 0 meses aos 2 anos; Objetivo simbĂłlico: dos 2 aos 6 ou 7 anos; OperatĂłrio concreto: dos 7 aos 11 ou 12 anos; Operacional abstrato: a pa ir dos 12 anos. No primeiro estĂĄgio, o sensĂłrio motor, as açþes sĂŁo baseadas no desenvolvimento da perceção, da linguagem, das sensaçþes e dos movimentos corporais. Como ĂŠ um perĂodo de intenso desenvolvimento, ĂŠ dividido em seis sub-estĂĄgios.
O primeiro sub-estĂĄgio corresponde Ă a vidade puramente reflexa, correspondendo ao primeiro mĂŞs de vida. O segundo sub-estĂĄgio, que compreende o perĂodo dos 2 aos 4 meses, a criança realiza reaçþes circulares primĂĄrias e desc rdendas que sĂŁo os primeiros hĂĄbitos de todo o humano.
DrÂŞ Ana Almeida Fisioterapeuta
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O Desenvolvimento
Cognitivo e Motor da Criança O terceiro sub-estĂĄgio, que dura atĂŠ aos 8 meses, as açþes tornam-se mais complexas e sĂŁo realizadas intencionalmente. O qua o sub-estĂĄgio, o da c rdenação dos esquemas secundĂĄrios, que vai atĂŠ por volta dos 11 meses, a criança busca obje vos, por exemplo, acender a luz. O quinto sub-estĂĄgio, o perĂodo de diferenciação dos esquemas de ação, em que a criança, entre os 12 e os 18 meses, descobre e procura novos meios de realizar açþes, por exemplo, como pedir comida.
O sexto sub-estĂĄgio começa o perĂodo de interiorização dos esquemas e solução de alguns problemas. Primeiramente, a criança observa e em seguida tenta resolver as situaçþes. Esta fase vai atĂŠ por volta dos 2 anos, quando começa o estĂĄgio seguinte proposto por Piaget. Este, entre os 18 e os 48 meses, serĂĄ talvez o estĂĄgio mais impo ante do desenvolvimento da vida humana, por se tratar de uma fase em que o indivĂduo conhece e compreende o mundo e durante o qual hĂĄ um desenvolvimento intenso do seu aparato biolĂłgico (o seu corpo) e da compreensĂŁo das funçþes do mesmo. No estĂĄgio objetivo simbĂłlico, a criança entra numa fase em que os jogos de faz de conta e de imitação se tornam atra vos. É neste
momento
que
se
iniciam
as
representaçþes/imitaçþes e que se dĂĄ a aquisição da linguagem, da fala e das relaçþes atravĂŠs da linguagem. A criança começa a elaborar prĂŠ-conceitos e a organizĂĄ-los para servir as suas necessidades. Aos quatro anos, a criança busca explicaçþes, ĂŠ a chamada “idade dos porquĂŞsâ€?.
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O Desenvolvimento
Cognitivo e Motor da Criança O raciocĂnio ĂŠ, nesta altura, intui vo e baseado na perceção. Esta fase ĂŠ tambĂŠm caracterizada pelo egocentrismo, que gera o animismo (dar vida Ă s coisas), o a ificialismo (atribuir origem humana Ă s coisas) e o finalismo (finalidade das coisas). No estĂĄgio operatĂłrio concreto, muda a forma de perceber o mundo. Agora as açþes sĂŁo sempre baseadas num propĂłsito. AlĂŠm disso, a criança desenvolve as relaçþes de c peração entre iguais e o pensamento lĂłgico. Por exemplo, nesta fase, a criança jĂĄ nĂŁo se interessa pela forma, cor ou textura do objeto, mas sim pela sua u lização/u lidade e pela sua decomposição. A pa ir dos doze anos, no estĂĄgio operatĂłrio abstrato, a criança entra numa fase em que ĂŠ capaz de dis nguir o real do possĂvel. O adolescente tem a capacidade de imaginar, sem que precise de um objeto concreto para o entendimento. Nessa fase, a criança u liza o mĂŠtodo hipotĂŠ co dedu vo para descobrir o real. Num leque de vĂĄrias hipĂłteses, elas sĂŁo confirmadas ou refutadas. Esse ĂŠ o momento em que, segundo Piaget, o indivĂduo estĂĄ mais propenso a entender e a interessar-se pelo processo cientĂfico e pela busca de conhecimento.
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O Desenvolvimento
Cognitivo e Motor da Criança Brincar na praia, uma ferramenta para estimular o desenvolvimento cognitivo e motor da criança O “brincarâ€? ĂŠ a melhor ferramenta para es mular e potenciar o desenvolvimento da criança. A brincar, a criança desenvolve o afeto, a motricidade, a perceção
e
representação.
a
linguagem, A
a
brincadeira
memĂłria exige
e
a
formas
complexas de relacionamento com os objetos e com os outros, contribuindo para a aprendizagem, consciência e capacidade de adaptação ao mundo.
As brincadeiras/a vidades entre pais e filhos, num ambiente descontraĂdo e sem pressĂŁo, como uma praia, ajudam a criança a crescer num ambiente dive ido e promovem o seu saudĂĄvel desenvolvimento cogni vo e motor. Quanto menor seja a criança, mais ela aprende atravĂŠs dos seus sen dos. O aroma e o tato sĂŁo sen dos que devem ser es mulados nas crianças que estĂŁo no segundo ano de vida. Tanto a ĂĄgua como a areia sĂŁo elementos que es mulam o desenvolvimento dos sen dos e da c rdenação motora das crianças. Construir um castelo, por exemplo, ĂŠ uma a vidade que ajuda na interação com outras crianças
atravĂŠs
da
linguagem
e
da
aprendizagem do vocabulårio, alÊm de que os torna mais cria vos no planeamento da forma que querem dar à areia, sendo assim criadores das suas próprias brincadeiras. Brincar com a ågua e areia permite que as crianças expressem a sua cria vidade e se sintam mo vadas a planear.
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O Desenvolvimento
Cognitivo e Motor da Criança Aos quatro ou cinco anos, a idade em que a imaginação começa a desenvolver-se, é opo uno agregar acessórios às brincadeiras com água e areia. Camiões, tratores, moldes de animais, de construções, carros e inúmeros outros brinquedos vão animar a criança e es mulá-la na criação de histórias e contos. Brincar com a água e a areia pode ser interessante e es mulante até para uma criança tímida ou que tenha dificuldades para relacionar-se com as demais. No caso oposto, uma criança muito agitada, a brincadeira com água e areia pode ter um efeito tranquilizador, no sen do em que promove a concentração e uma ce a calma.
Além da água e da areia, a praia possui um ambiente envolvente extremamente atra vo para a criança, de qualquer idade. Para o bebé de 2 anos, as gaivotas, o som da rebentação das ondas, o simples toque do pé na areia provocam sensações agradáveis e surpreendentes. A criança entre os 4-6 anos irá adorar interpretar a forma das nuvens ou fazer desenhos na areia, dando aso à imaginação. A pa ir dos 6-7 anos, a criança vai ce amente interessar-se mais por jogos lógicos, por exemplo, jogos de ro ao alvo desenhado na areia ou de pontaria, a rando uma bola para um buraco previamente escavado na areia. Também é nesta fase que poderão aprender a u lizar papagaios de papel, raquetes de praia, jogar futebol e andebol e fazer corridas na areia.
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O Desenvolvimento
Cognitivo e Motor da Criança Transversal a todas as idades estĂĄ a natação. A prĂĄ ca da natação ĂŠ das mais eficientes a vidades no que concerne ao desenvolvimento da c rdenação motora e da disciplina, uma vez que ĂŠ um exercĂcio caracterizado pelos movimentos contĂnuos, sincronizados e simĂŠtricos, envolvendo uma ro na. Nos dois primeiros anos de vida, a matronatação ĂŠ uma a vidade muito enriquecedora. Esta procura a es mulação aquĂĄ ca do bebĂŠ, atravĂŠs de uma sĂŠrie de jogos que lhe permitem aprender a flutuar e a mexer-se na ĂĄgua com a ajuda dos seus pais. Esta interação reforçarĂĄ o vĂnculo inicial entre os progenitores e os bebĂŠs.
Entre os 4 e os 6 anos, a criança começa a aprender os es los e a aprimorå-los, para, por volta dos 7 anos os pra car de forma correta, uma vez que jå tem a c rdenação e consciência motora necessårias para tal. A pa ir dos 11 anos, a criança que aprendeu a nadar bem, tornar-se-å compe va e quererå começar a pa icipar em torneios e provas de natação. A compe ção es mula a disciplina e a concentração, alÊm de es mular a criança a aprender a a ngir metas e obje vos.
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Tendinite O que é a Tendinite A tendinite é a inflamação, lesão, inchaço ou degeneração de um tendão – uma estrutura fibrosa que une o músculo aos ossos. Alguns tendões estão cobe os por uma bainha protetora (cordas fibrosas de tecido resistente que ligam os músculos aos ossos), que inflama.
Causas Gestos repe vos (como tocar um instrumento musical muitas horas seguidas, escrever ao computador) acabam por desgastar um tendão, provocando a inflamação. Uma vez que com o desgaste, os tendões se tornam mais propensos às lesões, a maior pa e das tendinites surgem em pessoas de meia-idade ou idade avançada. Jovens despo istas que pra cam exercício de
forma
suscetíveis
intensiva ao
são
igualmente
desenvolvimento
de
tendinites. Ce os tendões, especialmente os da mão, são pa icularmente propensos a inflamar. As doenças a iculares, como é o caso da a rite reumatoide, a esclerodermia, a gota e a síndroma de Reiter, também podem afetar as bainhas tendinosas. Nos adultos jovens que contraem gonorreia, especialmente em mulheres, a bactéria (gonococo) pode causar tenosinovite, afetando habitualmente os tendões dos ombros, pulsos, dedos, ancas, tornozelos e pés.
Sintomas Os tendões inflamados causam dor ao movimento ou quando se tocam – (mover as a iculações próximas do tendão, ainda que seja ligeiramente, pode causar uma dor intensa). As bainhas dos tendões podem inchar, devido à acumulação de líquido e presença de inflamação, ou podem secar, roçando contra os tendões, provocando uma sensação áspera que se pode sen r, ou um som audível durante a auscultação, quando a a iculação se move.
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Tendinite Em geral, os sintomas da tendinite são: •
Dor localizada no tendão afetado, que piora com o
movimento. •
Dificuldade em realizar movimentos com o membro
afetado. •
Diminuição da força no membro afetado.
•
Leve vermelhidão e inchaço local.
•
Diminuição da flexibilidade no membro afetado.
Tratamento Quando tratada atempadamente a tendinite poderá ter cura. O tempo de tratamento varia de acordo com a gravidade da lesão do tendão. Quanto mais rápido for iniciado o tratamento, mais rápida será a cura. • Para que o tratamento seja eficaz é necessário evitar ou, caso possível, parar a a vidade que deu origem à lesão. •
O tratamento para a tendinite faz-se à base de an -inflamatórios, aplicação de gelo ou
compressas quentes (mediante o que for mais adequado à circunstância) e fisioterapia. •
A aplicação de quente ou frio na zona afetada produz, normalmente, bons resultados.
•
Por vezes são injetados co icosteroides e anestésicos locais na bainha do tendão
(infiltrações). •
O tratamento deve ser repe do periodicamente (semanalmente ou com a periodicidade
adequada à situação concreta), até que a inflamação desapareça. •
Em alguns casos são recomendados exercícios terapêu cos (fisioterapia).
•
Se o tendão não recuperar em absoluto pode produzir-se uma lesão crónica (tendinose),
com um maior compromisso do tendão, podendo mesmo levar à sua rutura.
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Tendinite •
Uma tendinite crónica e persistente pode requerer intervenção cirúrgica, sendo a
fisioterapia necessária nestes casos. A cirugia encontra-se frequentemente indicada para tratar o dedo em ga lho crónico ou para extrair as acumulações de cálcio das zonas de uma tendinite de longa duração, como a zona que circunda a a iculação do ombro. Para prevenir a tendinite recomenda-se evitar esforços repe vos diariamente. Se estes forem necessários para a a vidade laboral, recomenda-se fazer alongamentos antes e depois de iniciar a a vidade profissional, beber bastante água e fo alecer o grupo muscular envolvido através da prá ca de exercícios físicos (como a natação). Quando os músculos e os tendões estão devidamente hidratados e fo alecidos, a hipótese de desenvolver uma tendinite é muito menor.
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Actividade
Fisiomadeira Trail Team
a r i e d a m Fisio TRail Team
Trail Longo - TLPCN 22km 1400mD+ Gonรงalo Gonรงalves
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Atividade
Porto da Cruz Trail Natura
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Atividade
Porto da Cruz Trail Natura
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Epicondilite A epicondilite é uma das famosas dores que surgem ao nível do cotovelo. De forma mais explícita, é uma disfunção musculotendinosa degenera va da origem dos músculos extensores do punho.
Quaisquer a vidades físicas ou laborais que impliquem movimentos repe vos do punho e dedos em extensão (ou seja, com o punho para cima), podem ser fatores de risco para o desenvolvimento da epicondilite. Surgem 4 a 7 novos casos de epicondilite em 1000 indivíduos, das quais 15% estão relacionados com a a vidade laboral. É uma lesão muito frequente para pra cantes da modalidade de ténis, entre 75 a 80% dos tenistas sofrem com dor no cotovelo.
Inicialmente considerava-se ser uma patologia inflamatória, contudo na atualidade é consensual de que a epicondilite tem origem num microtrauma originando um processo degenera vo. Ao nível dos sintomas, pode-se destacar: dor intensa na face lateral do cotovelo que pode irradiar para o antebraço e agrava-se com a realização de esforços; dificuldade em segurar objetos na mão, como uma chávena de café; ardor na zona lateral do cotovelo; e perda de força.
Drª Cleo Fernandes Fisioterapeuta
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Epicondilite Ao nível dos fatores de risco destacam-se: •
Género feminino;
•
Idades entre os 40 a 60 anos;
•
Más posturas;
•
Trabalhos que envolvam movimentos repe vos de extensão do punho, de elevada
intensidade, ou trabalhos que impliquem a u lização de ferramentas que reproduzam vibrações no braço e mão; •
Jogar ténis, ou ter uma má técnica, bem como um tamanho da raquete desadequado.
A vidades laborais que têm maior probabilidade de desenvolver epicondilite: •
Operador de caixa em supermercados;
•
Construção civil;
•
Fábricas têxteis;
•
Cirurgiões plás cos;
•
Fábricas de sapatos;
•
Professores da pré-escola;
•
Costureiras;
•
Fábricas de automóveis;
•
Talhantes;
Como prevenir? É impo ante adotar posturas adequadas para a realização de quaisquer a vidades, seja em casa ou no trabalho. Também as pausas durante as jornadas de trabalho, aproveitando para fazer alguns alongamentos durante a realização de tarefas, também são válidas.
Qual o papel da fisioterapia? Quando uma pessoa está com sintomas semelhantes à epicondilite, inicialmente deve ser afastada de qualquer a vidade que agrave os sintomas. Posteriormente, terá que incluir o tratamento com fisioterapia, que oferece exercícios específicos de alongamento, es mulação elétrica dos músculos, entre outras técnicas, com a finalidade de diminuir a dor, melhorar a inflamação e evitar lesões mais graves. O ensino que o fisioterapeuta dá ao utente é também crucial no tratamento, sejam exercícios de alongamentos para fazer em casa ou corrigir o posicionamento na execução da a vidade laboral, de forma a prevenir recidivas para que não voltem a surgir sintomas de epicondilite.
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Patrocínios 2016
Entrevista Miguel Ângelo Gouveia Rodrigues 09/02/1983 (33 anos) 1.
Sempre praticou desporto ao longo da sua
vida? Se sim, quais foram as modalidades? R.: SIM. Ciclismo e BTT 2.
Nomeadamente,
na
sua
modalidade,
a
preparação antes das provas, é muito exigente? R.:
A preparação é muito física e rigorosa, a
alimentação e o descanso são fatores fundamentais.
3.
Qual foi o maior palmarés da sua carreira, até ao momento?
R.: 3º Lugar no Campeonato Nacional de Juniores em ciclismo de estrada. 4.
Quais são os seus objetivos desportivos para o
futuro? R.: Os objetivos futuros são continuar a disfrutar da bicicleta e continuar com a minha equipa o Ciclismo Club Sport Marítimo. 5.
Já teve lesões graves? Se já, consegui recuperar bem?
R.: Em 2003 tive um acidente muito grave que me atirou para o hospital durante 3 meses e tive a recuperar durante 2 anos. Graças a deus recuperei bem e pude voltar a fazer o que mais gosto na vida que é andar de bicicleta.
A Manutenção dos nossos atletas é com o Cartão ViVA MAIS!
Daqui a alguns anos estarĂĄ mais arrependido pelas coisas que nĂŁo fez do que pelas que fez. Solte as amarras! Afaste-se do porto seguro! Agarre o vento em suas velas! Explore! Sonhe! Descubra!