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TÓPICOS POLÍTICOS EMPREGO
O emprego é um dos garantes da qualidade de vida da população O emprego jovem é um pilar fundamental para a emancipação das gerações mais novas. Na verdade, o facto do emprego ser influenciado e influenciar outros setores da sociedade, como a compra da primeira habitação ou o arrendamento da primeira casa, que por sua vez, influencia a saída de casa dos pais, que está neste momento com a idade média nos 34 anos, que acaba por ter peso também na natalidade, dado o investimento que os jovens são obrigados a fazer nas suas carreiras ou por terem empregos demasiado precários para garantir a estabilidade necessária para o nascimento de um filho.
É essencial que os jovens tenham a oportunidade de iniciar a sua vida profissional, em empregos adequados à sua qualificação e com rendimentos que lhes permitam a verdadeira emancipação. E se é verdade que não cabe ao Estado criar emprego, cabe ao Estado criar as condições para que existam emprego e oportunidades para os mais novos Mas a realidade portuguesa e a falta de políticas públicas nesse sentido têm provocado taxas de desemprego jovens cada vez mais preocupantes. As constantes crises económicas e sociais pelas quais temos passado têm sido um entrave à emancipação, limitando as oportunidades e atrasando a entrada no mercado de trabalho de milhares de jovens portugueses. Esta realidade, acrescida da dificuldade de acesso a apoios sociais, coloca os jovens numa posição de grande precariedade e vulnerabilidade
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Pela primeira vez na história, temos a geração mais qualificada de sempre a preparar-se para ter piores condições de vida do que a geração dos seus pais, quando estes tinham menos habilitações literárias. E este entrave à qualidade e quantidade do emprego jovem empurra, naturalmente, os mais jovens, os mais aptos, os mais qualificados, os mais trabalhadores, aqueles em que o Estado investiu na sua formação, para fora do país à procura de melhores condições laborais
O emprego jovem, com a faixa etária entre os 18 e os 24 anos, no quarto trimestre de 2022, segundo o Banco de Portugal, ficou nos 19,9%, uma subida relativamente ao trimestre anterior, mas uma descida face ao período homólogo Este valor é bem significativo da falta de investimento e de que, ao longo dos anos, as políticas públicas e autárquicas têm conduzido a um empobrecimento da população do distrito de Setúbal, não havendo uma aposta clara na captação de investimento produtivo capaz de criar postos de trabalho.
Neste sentido, e sem prejuízo do documento que pretendemos produzir através do Gabinete de Estudos, temos algumas considerações:
Hoje, com a longa reivindicação da JSD Distrital de Setúbal cumprida, a criação de uma NUT III e II na Península de Setúbal, apesar de só produzir efeitos em 2027, continuamos a não baixar os braços Até a esse momento, a região não pode continuar prejudicada, acreditamos que devem ser criados mecanismos de compensação que permitam equilibrar os fundos comunitários para a região até 2027;
A melhoria da infraestrutura é fundamental para atrair mais empresas e investimentos para a região. O governo central deve procurar realizar investimentos no sentido de melhorar as estradas, modernização da ferrovia, transportes públicos mais eficientes e telecomunicaçõesinstalação de fibra ótica e redes de banda larga para melhorar a conectividade, a fim de tornar o distrito mais acessível e atraente para os negócios. É crucial possuir uma contínua política de atração de infraestruturas de importância estratégica nacional para o distrito como o novo aeroporto;
A valorização e dignificação dos trabalhadores jovens é uma questão fundamental para a garantia de um futuro próspero e justo. Esta dignificação passa sobretudo pelo justo reconhecimento das qualificações e habilitações literárias espelhadas no rendimento. O combate à precarização jovem passa também pela abolição de todos os estágios não remunerados
O empreendedorismo é uma atividade importante para o desenvolvimento económico, social e sustentável, mas também para a criação de empregos Urge criar incentivos fiscais para startups, pequenas empresas e pólos industriais/empresariais, tais como isenções fiscais, financiamento e crédito facilitado. É importante também oferecer suporte técnico e capacitação empresarial para ajudar os empreendedores a desenvolver os seus negócios, contando com o knowhow e experiência das Instituições de Ensino Superior da região. Este suporte deve focar-se em setores emergentes e de alto conhecimento/especialização que procure agregar um grande valor acrescentado
Por sua vez, encaramos a atividade turística, entendida de forma lata, enquanto um grande potenciador do desenvolvimento do tecido social económico na área dos serviços, bem como da requalificação e preservação do tecido urbano das nossas cidades. Contamos por isso com uma aposta no investimento contínuo em infraestruturas turísticas,melhorias de acessibilidades e promoção de eventos