GRATUITO • N.º 40 • Periodicidade: Quinzenal • Director: Jaime Ramos
1 a 15 Julho 2011
EM OUTUBRO, O POVO MADEIRENSE ESTÁ PERANTE
É de facto a situação para que, de fora, empurraram a Madeira, que me faz recandidatar à presidência do Governo Regional. Seria uma covardia recuar ou desistir no presente quadro. Sei ao que me arrisco, dadas as dificuldades que vamos ter pela frente, risco de saúde inclusive, quando, com os meus resultados e os meus erros – também – era mais fácil abandonar ante o que aí vem, levando comigo os sucessos e transformações que Deus me permitiu concretizar. Mas, não. Temos de lutar. - por Alberto João Jardim, páginas 2 e 3
“A PALHAÇADA” Conforme tinha prometido na Campanha Eleitoral, Pedro Passos Coelho apresentou aos Portugueses um Governo com 11 Ministros (...) Ao não possuir os 116 deputados necessários a uma estável maioria absoluta no Parlamento, o PSD foi “obrigado” a se coligar com o CDS/Nacional. Esperamos que o CDS Nacional saiba se comportar com responsabilidade até ao fim da legislatura e que não se comportem com a postura habitual dos seus companheiros da Região. Verificamos na Madeira que este pequeno partido de direita tem tido políticas próprias de extrema-esquerda, não olhando a meios para atingir os seus fins. “A PALHAÇADA”, por Jaime Ramos, página 2
Visita às Obras de Reconstrução das zonas afectadas pelos temporais de 20 de Fevereiro página 5
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Editorial
- por Alberto João Jardim
“A PALHAÇADA” Conforme tinha prometido na Campanha Eleitoral, Pedro Passos Coelho apresentou aos Portugueses um Governo com 11 Ministros, composto por personalidades, do PSD e independentes, competentes que garantem uma efetiva execução do Programa do PSD. Ao não possuir os 116 deputados necessários a uma estável maioria absoluta no Parlamento, o PSD foi “obrigado” a se coligar com o CDS/Nacional. Coligação que pode criar, no meu entender, grandes dificuldades nos verdadeiros e esperados objectivos do Povo Português e Madeirense. Esperamos que o CDS Nacional saiba se comportar com responsabilidade até ao fim da legislatura e que não se comportem com a postura habitual dos seus companheiros da Região. Verificamos na Madeira que este pequeno partido de direita tem tido políticas próprias de extrema-esquerda, não olhando a meios para atingir os seus fins. Em conjunto com toda a oposição no Parlamento e fora deste com os “mercenários” do panfleto da oposição, o DN, preferem a crítica destrutiva, as promessas fáceis em detrimento das críticas construtivas e objectivas. Na Madeira, a oposição não tem diferentes ideologias, tem um único objectivo: denegrir, difamar e destruir. O acordo entre Ingleses, Trindades, Caldeiras e a oposição visa atacar o PSD, difamar Alberto João Jardim. Para atingir o poder tudo é válido. A oposição na Madeira resume-se a um “bando” de ignorantes, de incompetentes, de desonestos com um único propósito: difamar. Em Outubro, temos eleições para o Governo Regional. São Eleições importantes no actual quadro constitucional, pois a Madeira tem, com Passos Coelho como Primeiro-Ministro, todas as condições para recuperar a economia, o emprego, em consonância com o Programa do PSD que será posto em prática pelo novo Governo. Se nos últimos 6 anos fomos “castigados”, fomos “roubados” pelos socialistas que tinham como objectivo destruir o que de bom foi feito, agora temos a oportunidade de negociar com um Governo SocialDemocrata. A oposição na Madeira resume-se a um “jornalista” que vem aos fins-de-semana
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à Madeira como candidato pela direita e um “colaborador de Sócrates” que viveu em Lisboa nos últimos 30 anos e que sempre perseguiu, em conjunto com os socialistas de Lisboa, o Povo Madeirense e Porto-santense, com a cumplicidade dos socialistas madeirenses e muito especial com o seu “sócio pêra manca”! Não restam dúvidas, temos que nos unir, e cada vez mais, para termos uma robusta maioria na Assembleia Legislativa da Madeira. É fundamental essa maioria para ALBERTO JOÃO JARDIM poder dar a continuidade à sua política de desenvolvimento socioeconómico da Região. A Madeira optou pela social-democracia em 1975 e o benefício de tal opção é real e evidente e por isso é fundamental continuar esse ciclo de desenvolvimento. A oposição, desde a extrema-esquerda ao CDS, viveu nestes últimos 6 anos como autênticas “aves de rapina”. Nunca os Madeirenses e Porto-santenses podem perdoar ao PS e ao CDS o mal que nos fizeram neste últimos 6 anos, pois estiveram sempre juntos no momento de votar ou denegrir a Região Agora, com o PSD no Governo da República e com a boa relação existente entre Passos Coelho e Alberto João Jardim, a oposição anda desesperada, pois vai deixar de se regozijar como sempre fizeram com o mal que os socialistas e CDS fizeram à Madeira. Com os socialistas madeirenses não vamos perder muito tempo, pois nem o seu líder reconhece capacidade para se apresentar como alternativa a Presidente do Governo Regional em Outubro e arranjou um “traidor” em Lisboa para se candidatar como alternativa a Alberto João Jardim. Na realidade, há défice de Oposição nesta Região! Pobre oposição!
Jaime Ramos Director
Ficha Técnica
Periodicidade Quinzenal
Endereços/Contactos Rua dos Netos 66, 9000-084 Funchal Telef. 291 208 550 madeiralivre@netmadeira.com
Director: Jaime Ramos
Depósito Legal n.º: 283049/08
N.º Inscrição ERC – 125464 Tiragem deste número: 25.000 exemplares
Editora: Carla Sousa Propriedade Partido Social Democrata – Madeira
Impressão: GRAFIMADEIRA
Parque Empresarial da Cancela Pavilhão P.I. 3.1 Funchal - Madeira
EM OUTUBRO, O POVO MADEIRENSE ESTÁ PERANTE Constituição de 1976. O Povo Madeirense vai eleger o Governo Regional que terá de O conduzir e defender o melhor possível, face à situação gravíssima que os socialistas criaram – e de uma maneira geral criaram-na as ideias, mitos e idiotices de toda a “esquerda” – situação gravíssima que provocou Portugal ficar sob mando estrangeiro e, se quiser comer, ter de aplicar a política que nos foi imposta pela vergonhosa tutela internacional a que chegámos. Um Governo Regional que terá de demonstrar capacidade para conduzir o arquipélago nas dificílimas situações que, por caírem sobre Portugal, infelizmente caiem também sobre os Madeirenses e os Portossantenses, embora tal não seja justo em relação a um Povo que sempre discordou do que se passava, que foi sempre oposição ao próprio sistema político, que sempre alertou Lisboa para os erros desta. Povo Madeirense que, aliás, mantém o alerta: se a Constituição não for alterada, a situação portuguesa degradar-se-á ainda mais, pois os Portugueses não podem continuar à mercê de uns académicos de Direito, cujo situacionismo os faz papaguear em defesa de uma Constituição absolutamente errada e nociva. Portanto, o que agora está em jogo para os Madeirenses e os Portossantenses nas eleições de Outubro próximo é escolher um Presidente de Governo Regional que, com o novo Executivo que formar, dê garantias de hábil e inteligentemente enfrentar a situação complicadíssima em que os socialistas nos mergulharam. E logo uma questão salta. É na “esquerda”, culpada de tudo isto, que pode ser encontrada uma “solução”?... São os socialistas, autores de todo este desastre, afinal os mais indicados para enfrentar as dificuldades, depois de virmos pagar, todos, as suas incapacidades e irresponsabilidades?... São os socialistas locais que
Povo Madeirense que, aliás, mantém o alerta: se a Constituição não for alterada, a situação portuguesa degradar-se-á ainda mais, pois os Portugueses não podem continuar à mercê de uns académicos de Direito, cujo situacionismo os faz papaguear em defesa de uma Constituição absolutamente errada e nociva. Portanto, o que agora está em jogo para os Madeirenses e os Portossantenses nas eleições de Outubro próximo é escolher um Presidente de Governo Regional que, com o novo Executivo que formar, dê garantias de hábil e inteligentemente enfrentar a situação complicadíssima em que os socialistas nos mergulharam.
Portanto, o que agora está em jogo para os Madeirenses e os Portossantenses nas eleições de Outubro próximo é escolher um Presidente de Governo Regional que, com o novo Executivo que formar, dê garantias de hábil e inteligentemente enfrentar a situação complicadíssima em que os socialistas nos mergulharam. incitaram e cumpliciaram as garotices que o Governo socialista fez ao Povo Madeirense, agora os mais indicados para nos conduzir nas dificuldades que eles são causadores, desde os roubos financeiros até à tentativa de destruição da Zona Franca?... São aqueles socialistas que, devendo a sua respectiva carreira política à Madeira, apesar de estarem no Governo socialista que atentou contra nós, lá se deixaram ficar, também cúmplices e solidários com os males feitos ao Povo
Madeirense?... Mais digo. Se formos ver as políticas que o Partido Social Democrata da Madeira fez nos domínios da habitação, da protecção fiscal possível às classes económico-socialmente mais débeis, das estradas, portos e aeroportos, da recuperação do Turismo, da reforma agrária e da agricultura, das pescas, do ambiente, do ordenamento do território, do saneamento básico, da saúde, da solidariedade social, da cultura, do desporto, da educação, do diálogo e compromisso laboral, etc., se vermos estas políticas com isenção e boa-fé, afinal quem teve a visão de uma revolução social tranquila? Foi a “esquerda”, ou foi o PSD, postado inteligentemente ao Centro, sem o radicalismo daquela? Afinal, quem travou a “direita” (CDS) e a extrema-direita (PND) no arquipélago, impedindo que voltássemos aos tempos imorais e obscuros da “Madeira Velha”, ao atraso, às injustiças sociais e às hierarquias de classes que marcaram tais tempos também desgraçados? Ou, alguém com um palmo de testa pensará que a solução para as dificuldades que a “esquerda” nos vai fazer sofrer, passará pelo retorno a um passado também de má memória?... Ou, tirando os “devotos” habituais e os infelizmente desesperados, passa pela cabeça de alguém que a solução seja o comunismo? Ponho estas questões à Vossa Consciência, porque são de facto as alternativas que, em Outubro, se colocam aos Eleitores da Madeira e do Porto Santo. É de facto a situação para que, de fora, empurraram a Madeira, que me faz recandidatar à presidência do Governo Regional. Seria uma covardia recuar ou desistir no presente quadro. Sei ao que me arrisco, dadas as dificuldades que vamos ter pela frente, risco de saúde inclusive, quando, com os meus resultados e os meus erros – também – era mais fácil abandonar ante o que aí vem, levando comigo os sucessos e transformações que Deus me permitiu concretizar. Mas, não. Temos de lutar. Recuperar as finanças da Região Autónoma, depois de aquilo a que, perante os roubos do Governo socialista, tivemos de nos sujeitar para impedir o que eles pretendiam: parar a Economia e destruir o Estado Social, ou seja, as acções desenvolvidas no campo da solidariedade social. Temos de rapidamente fazer o PSDnacional cumprir os seus compromissos eleitorais com a Zona Franca da
Madeira. E, a par da recuperação financeira, concluir toda a infraestruturação do arquipélago, programada ou eventualmente interrompida, sem entrar por investimentos dispensáveis na presente situação. Como temos de defender a população, nomeadamente a mais necessitada, mantendo o Estado Social. E, através de uma revisão constitucional, apesar dos integracionistas cá colaboracionistas com Lisboa, conquistar para a Madeira os poderes legislativos sem os quais é uma miragem se falar de Desenvolvimento Integral. Como até temos de assumir a coragem para pensar em caminhos futuros diferentes, se a República nos negar Direitos que são indiscutíveis. São as horas mais difíceis que acabam por propiciar as decisões e as atitudes mais corajosas. É sob o signo da coragem ante a complexidade das circunstâncias actuais, que o Partido Social Democrata avança para as eleições regionais de Outubro. As alternativas para governar a Região Autónoma – E SOBRETUDO AQUELES QUE SÃO OS SEUS ROSTOS – são conhecidas. Depois de tudo, os socialistas? Os fascistas do comunismo ou da extrema-direita? Esta “Madeira Velha” sob os hábitos conservadores do CDS, um CDS que localmente nada tem a ver com o nacional? Ou nós, com as provas diferentes que aqueles e eu demos? Depois de trinta e três anos, a Oposição está desesperada. Não captou pessoas com um mínimo de qualidade, alinhou contra o próprio Povo Madeirense, opôs-se sempre a tudo quanto era progresso, praticou um permanente bota-abaixo, não tem alternativas, só fascina os desordeiros, bêbados, drogados e vadios que infelizmente existem em diversas localidades. Nós fizemos as coisas enquanto era tempo. Daqui até Outubro, a Oposição, desesperada, não vai olhar a meios, pois sabe que conta com importantes impunidades e cumplicidades, desde a maçonaria, passando pela comunicação social até serventuários da República Portuguesa e em áreas desse respectivo Governo. A Oposição, desesperada, vai descer o nível a uma baixeza sem precedentes. A Oposição vai explorar o que a coligação PSD-CDS não fizer imediatamente – porque não é logo viável – ou as decisões que começar a tomar por causa do imperativo controlo internacional, e que não podem ser adiadas. Preparem-se para este tipo de jogo!.... Mas, vamos em frente, com confiança na inteligência do Povo Madeirense! É preciso combater a abstenção, porque são precisamente estes que podem comprometer os resultados das próximas eleições, em termos de a não existência de uma maioria impedir o Governo eficaz de que a Madeira carece nestes tempos gravíssimos. Peço que cada um de Vós, uma vez mais, ajude a Madeira! POR:
Alberto João Jardim
Presidente da Comissão Política do PPD/PSD-Madeira
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Madeira Livre
erminou o processo eleitoral que culminou com a eleição de uma nova Assembleia da República e o despedimento “por justa causa” dos socialistas Sócrates, Teixeira dos Santos, Silva Pereira, Santos Silva (S.S.), Vasques & Companhia Irresponsável. Os Portugueses vão pagar caro, por muitos anos, a memória fraca de ter reeleito, há anos, estes socialistas, não se recordando dos desastres que são sempre os Governos do partido socialista e as circunstâncias em que terminam sempre os respectivos mandatos. Infelizmente o Povo Madeirense, os únicos Cidadãos em território nacional a ter uma visão maioritária correcta e sempre coerente de oposição ao socialismo, também se vê envolvido no suportar das consequências do mal que os socialistas fizeram a Portugal. Infelizmente, depois de o Povo Madeirense ter sido trucidado financeiramente por causa da sua Resistência a que o tempo deu razão, ainda aparecem catorze por cento de eleitores no arquipélago – catorze por cento!!!... – a subscrever masoquistamente os males imperdoáveis que os socialistas fizeram a todos nós, inclusive a esses que ainda lhes dão o voto.
É caso para perguntar, que vai na cabeça dessa gente?... Trata-se de uma mística “religiosa” que arrasta para como que a um “martírio” em nome do socialismo?... Trata-se de uma psicopatia, em que problemas íntimos alimentam um desejo de “vingança” ou de destruição da sociedade em que se inserem?... Ou trata-se de uma incultura, de uma confusão incivilizada, que vê no partido socialista uma espécie de clube de futebol, em relação ao qual, mesmo jogando mal, por “simpatia” irracional votam sempre neles?... O Partido Social Democrata da Madeira, desde os seus Militantes aos seus Eleitores, está de parabéns pelos resultados alcançados no círculo eleitoral da Região Autónoma. Elegeu quatro Deputados, contra um do PS e outro do CDS. Mas, agora, avizinha-se uma campanha eleitoral ainda mais decisiva, a partir do início de Setembro. Mais decisiva, porque dos resultados eleitorais de Outubro sairá o novo Governo da Madeira para o período 20112015. Isto é, o Povo Madeirense vai eleger o Governo que terá de aguentar o período mais duro desde que a Democracia e a Autonomia Política nasceram com a
O Presidente do Governo Regional iniciou, no passado dia 22 de Junho, diversas visitas de trabalho a várias obras de reconstrução, de forma a fazer o ponto de situação às intervenções de recuperação das infraestruturas públicas afectadas pelos temporais de 2010.
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O Presidente do Governo Regional inaugurou, no dia 20 de Junho, a Empresa “Your Emotion”, Lda, no Funchal, mais precisamente na Freguesia de São Martinho, à Rua Dr. António Sales Caldeira, 18-A. Esta empresa contou com apoios do IDE e vem criar 4 postos de trabalho. A missão da “Your Emotion” é a de executar, coordenar e controlar as acções necessárias ao cumprimento de serviços altamente personalizados no sector do turismo, solicitados por clientes que pretendam um produto exclusivo e de elevada qualidade. Este projecto tem como propósito a Prestação de Serviços Personalizados apoiados nas Tecnologias de Informação de carácter Inovador, prestado por uma equipa profissional qualificada e apoiado numa plataforma tecnológica desenvolvida exclusivamente para esta finalidade, através da qual é possível proceder à sugestão, organização, reserva, controlo e prestação de serviços com qualidade de
Novos Pavilhões no Parque Industrial da Calheta com área de implantação de 225 m2 e 302,25m2 de área bruta de construção; 3 com uma área de implantação de 150 m2 e 201,5m2 de área bruta de construção. Estes pavilhões integram a 1ª fase de um projecto promovido pela Madeira Parques Empresariais, SA, que consistiu na construção de vinte e dois pavilhões, distribuídos pelos Parques Empresariais de Câmara de Lobos com 12 pavilhões, da Ribeira Brava com 5 pavilhões e da Calheta com 5
pavilhões. A 2ª fase deste projecto já está em curso e consiste na construção de 32 Pavilhões, em vários Parques Empresariais: 10 pavilhões no Parque Empresarial de Câmara de Lobos, 4 pavilhões nos Parques Empresariais de Santana, Camacha, Porto Santo, Porto Moniz e 6 pavilhões no Parque Empresarial de Machico. A construção destes pavilhões, para além de tornar os parques empresariais ainda mais atractivos, responde às necessidades dos nossos em-
presários, dadas as dificuldades da actual conjuntura económica e financeira, pois liberta-os de qualquer esforço de investimento imediato, e de recorrer ao crédito bancário, cada vez mais difícil de obter junto das instituições financeiras. Este projecto (1ª e 2ª fases) foi co-financiado pelo programa comunitário Intervir+, em 80% do valor do Investimento elegível no montante de €8.679.071,00, sendo a comparticipação FEDER de 6.943.256,80.
«Your Emotion», Lda em São Martinho
forma eficaz, eficiente e idónea, de acordo com a vontade e gostos dos clientes, mesmo sem qualquer pré-reserva. Grande parte do tempo das viagens é passado dentro dos veículos, pelo que as viaturas a utilizar oferecem conforto, segurança e um ambiente espectacular que será sempre uma mais-valia que
contribuirá para o serviço de elevada qualidade. Os serviços personalizados são focalizados em pequenos grupos (até 6 pessoas), pelo que as viaturas e a oferta de serviços extra marcarão a diferença, contribuindo para um ambiente VIP e exclusivo.
Trata-se de um segmento da actividade turística que se baseará nas viagens motivadas pelas "emotions" dos clientes. A plataforma informática permitirá propor produtos que irão sempre ao encontro da vontade do cliente, nomeadamente passeios diversificados em termos de objectivos, local/região, dificuldade, duração, modo de locomoção, com incursões pelo extenso património regional e degustação da gastronomia da Região, fauna, flora e paisagens, artesanato e património, actividades de lazer e cultura ao ar livre, sustentáveis, respeitadoras do ambiente e das tradições locais. O investimento total aprovado foi no montante global de €228.489,96. O beneficiário executou o projecto a 100%, pelo que o investimento elegível realizado ascende a €136.600,06, e o incentivo pago atinge os €68.300,03.
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om início junto à Ponte da Travessa da Carne Azeda, esta visita efectuou-se aos trabalhos de reparação e de canalização do Ribeiro da Carne Azeda e de reposição de uma ponte que acabou por ruir pela acção do temporal ocorrido a 20 de Fevereiro. A ponte, agora reconstruída, tem um vão de sete metros e uma faixa de rodagem com uma largura de 6 metros e passeios laterais com 1,20 metros cada um. No caso do ribeiro, foi executado uma secção de vazão com um mínimo de 7X7, numa extensão de com cerca de 75 metros. A obra contemplou, ainda, a construção de muros e a reposição de todas as infraestruturas eléctricas, de saneamento básico e de telecomunicações. A visita seguiu-se pela Rua 31 de Janeiro, na margem esquerda da Ribeira de Santa Luzia – mais propriamente junto à Clínica de Santa Catarina, onde a Secretaria Regional do Equipamento Social procedeu ao reforço de muros de canalização e travessões na Ribeira de Santa Luzia, trabalhos esses que se prolongaram para montante, ao longo da Ribeira. No âmbito dos trabalhos de reconstrução, a Secretaria Regional do Equipamento Social procedeu à recuperação total do Ribeiro da Fundoa, canalizando o troço terminal do ribeiro entre a cascata e a confluência com a Ribeira de Santa Luzia. Aqui, foi também reconstruída a ponte da Estrada da Fundoa. Já junto ao Caminho dos Saltos, o Presidente do Governo visitou os trabalhos de estabilização dos taludes subjacentes, que devido ao assoreamento de alguns ribeiros a montante do Caminho dos Saltos, nomeadamente o Ribeiro da Fundoa, fizeram com que as águas passassem a circular nas vias públicas e descessem o talude subjacente, provocando não só estragos a montante, como também o descalçamento do caminho e das moradias marginais existentes. Desta forma, as obras que estão a ser realizadas têm como objectivo a protecção, tratamento e consolidação do talude, numa extensão de cerca de 100 metros e uma altura de 85 metros. A obra contemplou, também, a realização do reforço/suporte de blocos, colocação de barreiras de retenção de
blocos e construção de um muro de suporte no topo de talude para protecção das habitações existentes. Mais acima, visitaram-se as obras de reparação dos danos ocorridos no Ribeiro que atravessa o caminho da Levada dos Tornos, no Monte, e que consistiram na desobstrução do leito, canalização e execução de pontões sobre a referida linha de água. Foram ainda executados muros de canalização e soleiras
em betão ciclópico. Os trabalhos da Secretaria Regional do Equipamento Social incluíram, ainda, a reconstrução do arruamento marginal ao ribeiro. O Ribeiro da Corujeira foi também alvo de obras de canalização e alargamento junto à zona do Poço do Rodrigo, no Caminho da Corujeira, e junto ao Caminho do Cabeço dos Lombos, onde terminou a visita.
Esta obra implicou também a reconstrução de muros e passagens hidráulicas e a reposição das infraestruturas eléctricas, de saneamento básico e telecomunicações. As obras que foram visitadas são da responsabilidade da Secretaria Regional do Equipamento Social, através da Direcção Regional de Infraestruturas e Equipamentos, e tiveram um custo total de cerca de 6 milhões e 484 mil euros.
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Presidente do Governo Regional da Madeira inaugurou, no dia 13 de Junho, no Parque Industrial da Calheta, cinco Pavilhões construídos pela Madeira Parques, para várias Empresas, em regime de arrendamento. As empresas instaladas, nos referidos pavilhões, são: - Pavilhão (lote 29) - atribuído ao ENM - Engenho Novo da Madeira, Lda, cuja actividade é a de fabricação e comercialização de produtos ligados à indústria de cana-de-açúcar; - Pavilhão (lote 30) - atribuído ao ENM - Engenho Novo da Madeira, Lda, para armazenamento de bebidas produzidas pelo ENM, Lda; - Pavilhão (lote 31) - atribuído à T.N.J. - Alumínios Lda., para a instalação de uma serralharia de alumínios e ferro; - Pavilhão (lote 32) - atribuído a Marco Paulo Xavier Setim, para a instalação de uma oficina de pintura automóvel; - Pavilhão (lote 33) - atribuído a Tomás Pestana Fernandes - Soc. Unipessoal Lda., para a instalação de uma de oficina de manutenção e reparação de veículos automóveis. As áreas dos pavilhões atribuídos são: 2
Obras de Reconstrução das zonas afectadas pelos temporais de 20 de Fevereiro
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DEPUTADOS DA AUTONOMIA O Grupo Parlamentar do PSD/Madeira reuniu, no passado dia 8 de Junho, com a Direcção da Escola Salesiana de Artes e Ofícios.
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No dia 9, o Grupo Parlamentar do PSD/ Madeira, no âmbito da 1ª Comissão Parlamentar de Política Geral e Juventude, apresentou os dados relativos ao Programa “Juventude em Acção”. Um programa que visa dar prioridade à cidadania europeia, tentando incluir os jovens com menos oportunidades na Região, financiado pela União Europeia e o Governo Regional. Nivalda Gonçalves, porta-voz dos sociaisdemocratas, afirmou que cerca de 800 jovens ficaram este ano incluídos no “Juventude em Acção” e 11 projectos criados pelos mesmos foram aprovados. Como revelou a deputada, «os jovens têm apresentado projectos inovadores que têm sido aprovados no âmbito nacional, o que é de louvar que jovens e associações juvenis consigam já apresentar as suas ideias inovadoras e ter essa aprovação a nível nacional». A título de exemplo, a porta-voz social-democrata enunciou o voluntariado local e internacional, o programa para a saúde e ambiente, o empreendedorismo na perspectiva de combater o desemprego e a conservação de património cultural existente na Região. E neste que é o Ano Internacional da Juventude, outro dos programas que decorre ao longo do Verão de 2011 é o “Juventude em Formação”, que permite aos jovens, dos 15 aos 25 anos, terem
experiências no mercado de trabalho. De acordo com Nivalda Gonçalves, apesar da crise financeira, o Governo Regional decidiu manter o número de vagas existentes nos anos anteriores, que é de 1.200, na medida em que pretende continuar a apostar nas competências dos jovens. Segundo a deputada, «o programa responde às necessidades, pois tem havido uma procura muito grande nos últimos anos, o que significa que o Executivo Madeirense continua a dar a resposta adequada às necessidades dos jovens». O Grupo Parlamentar do PSD/Madeira visitou, no dia 13, o Instituto de Emprego da Madeira, para, de acordo com Jaime Filipe Ramos, «se indagar das medidas de política de emprego que o Governo Regional está a promover neste momento». Como revelou o porta-voz social-democrata, «existe quase uma dezena de programas e incentivos para a área do emprego, desde incentivos à contratação pública, a medidas de apoio à contratação, criação do próprio emprego, estágios profissionais, formação e emprego, programas ocupacionais, empresas de inserção, programa de vida e trabalho, prémios de auto-colocação, estágios profissionais na Europa e clubes de emprego. Ou seja, existem várias medidas que nos foram apresentadas e, neste momento, de Janeiro a Maio, já totalizam 1.926 pessoas num total de 3,6 milhões de euros de apoio que o Governo já deu à contratação e aos estímulos para que as pessoas possam reintegrar a vida activa».
No dia 17 de Junho, o Grupo Parlamentar do PSD/Madeira deslocou-se ao Porto Santo, onde reuniu com a Associação Comercial e Industrial da Ilha Dourada, mais concretamente com os Presidentes da Mesa da Hotelaria e Turismo, Paulo Carvão, e Mesa da Restauração e Bares, José Manuel Dias, tendo depois visitado diversas unidades hoteleiras da ilha. Gregório Pestana, porta-voz da visita, realçou que «os esforços envidados pelo Governo Regional ao longo dos anos dão hoje resultados». De acordo com o deputado social-democrata, se hoje se fala em turismo e em ocupação turística, é porque, «ao longo dos anos, o Governo soube, através de uma operação integrada de desenvolvimento, realizar investimentos e soube captar novos investidores com projectos de óptima qualidade para o Porto Santo». Gregório Pestana adiantou que já foram contactados operadores turísticos para o próximo ano, na expectativa de que «este seja o primeiro de muitos anos com boa ocupação turística no Porto Santo». Como revela o porta-voz dos sociaisdemocratas, é motivo de orgulho para os hoteleiros e para a ilha o facto de as unidades hoteleiras terem atingido uma ocupação média de cerca de 40% - dados do mês de Maio, sendo que alguns dos hotéis alcançaram mesmo os 80%, factos constatados pelo Grupo Parlamentar na visita efectuada às várias unidades hoteleiras da Ilha Dourada. Além disso, é de realçar as novas ligações aéreas da Polónia, da França, da Inglaterra e da Bélgica, «ligações que se concretizaram por uma operação consertada pelo Governo Regional, Secretaria Regional do Turismo e Transportes e ainda pela ANAM». Como exemplo, «a ligação da Polónia, até Outubro, que pretende efectuar 18 ligações que se traduzirão em cerca de três mil turistas polacos no Porto Santo». No dia 21 de Junho, o Grupo Parlamentar do PSD/Madeira deslocou-se a Machico, para se inteirar das obras de construção do Caminho Agrícola do Tintureiro, na
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Ribeira Seca. Uma visita que contou com a presença dos presidentes da autarquia local, Emanuel Gomes, e da Junta de Freguesia de Machico, Ricardo Sousa. Élvio Encarnação, porta-voz dos sociaisdemocratas, realçou que esta é uma velha aspiração da população local. «É uma estrada ambicionada pela população há mais de 20 anos, que defendia a construção de uma ligação à zona do Tintureiro, que serve uma vasta área agrícola. Penso que, desta forma, as pessoas poderão ter um maior aproveitamento dos seus terrenos». A obra, da responsabilidade da Câmara Municipal de Machico e do Governo Regional, está orçada em dois milhões de euros, e deverá estar concluída daqui a dois anos, pois, como explicou o deputado social-democrata, «trata-se de uma extensão de cerca de dois quilómetros, que apresenta algumas dificuldades, atendendo à orografia acentuada da localidade, que obrigará, em algumas áreas, a uma inclinação de 20 por cento». O Grupo Parlamentar do PSD/Madeira aproveitou a ocasião para realçar o sentido de responsabilidade do Governo Regional, assim como também da autarquia de Machico, pois «estamos numa zona que não é maioritariamente socialdemocrata. É o bastião socialista, mas isso não impede que o Governo Regional, no seu sentido de responsabilidade, governe para toda a população». No dia 22 de Junho, o Grupo Parlamentar do PSD/Madeira apresentou, em conferência de imprensa, o trabalho desenvolvido nos últimos tempos, na Região Autónoma da Madeira, na área da saúde. Esta iniciativa, que contou com a presença dos quatro deputados sociais-democratas que integram a Comissão de Assuntos Sociais e Saúde, teve por principal objectivo destacar o excelente trabalho que tem sido feito nesta área, fundamental para a população, realçando o trabalho interno desenvolvido pela Comissão. Rafaela Fernandes, porta-voz do encontro, afirmou que a Região está a conseguir ser cada vez mais autónoma nos cuidados ao nível da Saúde, fruto de políticas anteriormente desenvolvidas e de outras que decorreram, e ainda decorrem, neste
mandato do Partido Social Democrata. Um mandato marcado por «uma forte acção reformista e inovadora. Reformista em termos de gestão e de administração e inovadora do ponto de vista da melhoria na prestação dos cuidados de saúde». Destacando algumas da medidas implementadas pelo SESARAM, a deputada do PSD/Madeira aproveitou a ocasião para realçar o início da radioterapia na Região, que veio permitir fazer esses tratamentos na Madeira; o início da radio-cirurgia e da melhoria dos serviços de urgência, com a introdução das vias verdes, sublinhando o exemplo da Sepsis, por ter permitido a redução de 10% em termos de mortalida-
de dos doentes com esta doença. Rafaela Fernandes destacou ainda a introdução das vias verdes do trauma e das doenças cardio-vasculares. No que diz respeito às instalações, a porta-voz dos sociais-democratas referiu a melhoria dos serviços de pediatria e de gastroenterologia e a entrada em funcionamento de mais uma unidade de hemodinâmica, fazendo com que passem a existir duas na Região Autónoma da Madeira. Rafaela Fernandes destacou ainda o facto de, perante a melhoria de serviços na área da saúde, o número de reclamações no Hospital dr. Nélio Mendonça tem reduzido drasticamente.
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deputado Jorge Moreira, porta-voz da iniciativa, referiu que este encontro resultou de um compromisso assumido no âmbito da publicação da legislação nacional que regula a redução, em 30 por cento, dos apoios do Estado a estabelecimentos do ensino privado, vetada pelo Presidente da República no passado dia 6 de Junho. Os deputados sociais-democratas propuseram-se, assim, encetar um conjunto de contactos com os diversos estabelecimentos de ensino particular e cooperativo da Região, que oferecem às famílias a alternativa de um projecto educativo diferente. Na ocasião, Jorge Moreira fez questão de realçar a posição do Grupo Parlamentar do PSD/Madeira, que, na altura, contestou as novas medidas que lesam gravemente o funcionamento destes estabelecimentos de ensino, reiterando o compromisso do Governo Regional na continuação dos auxílios a este sector do ensino na Madeira.
De acordo com o vice-presidente do Grupo Parlamentar, «esta é uma medida interessante, uma vez que estamos perante um facto consumado de que há dificuldades em geral na população de se integrar na vida activa, com o aumento da taxa de desemprego não só na Madeira como a nível nacional, pelo que nos apraz que no Orçamento da Região existem medidas que totalizam 17 milhões de euros de apoio à contratação, o que significa que o Governo Regional está atento a esta problemática e o Instituto de Emprego da Madeira está a desenvolver todas as medidas ao seu alcance, tendo por base que a verdadeira razão da melhoria da taxa de emprego na Região tem a ver com a actividade económica, o que, com a retoma que poderá haver com este apoio externo que o país pediu, estamos em crer que a Madeira poderá ter melhores taxas de emprego do que tem neste momento». Jaime Filipe Ramos lembrou ainda que o apoio ao emprego teve um acréscimo significativo de 2010 para este ano, passando de cerca de 9 milhões de euros para 17 milhões de euros.
– A Madeira na Assembleia da República –
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– A abertura da XII Legislatura – A Madeira teve particular destaque na Assembleia da República nestas primeiras sessões que marcaram o reinício dos trabalhos parlamentares e a abertura da XII Legislatura e da sua primeira Sessão Legislativa.
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fectivamente, por proposta do líder do maior Partido Parlamentar – o PSD. Dr. Miguel Macedo, com a concordância do Presidente cessante, Dr. Jaime Gama e a unanimidade dos líderes parlamentares dos demais partidos, foi indicado o Deputado do PSD/Madeira Guilherme Silva, Vice-Presidente da Assembleia da República, para presidir às sessões plenárias, até à eleição do novo Presidente, à Assembleia da República. Razão tinha o Presidente do PSD/Madeira quando, na campanha eleitoral, justificava a manutenção nas listas, do Dr. Guilherme Silva, do Dr. Correia de Jesus e do Dr. Hugo Velosa. Tratava-se, como se confirma, de aproveitar, a favor da Região, a experiência, o prestígio e o respeito que aqueles deputados
alcançaram junto de todas as bancadas. Naturalmente que foi motivo de orgulho, não apenas para os sociais-democratas, mas para os madeirenses em geral, ver um deputado eleito pelo PSD/Madeira – o Dr. Guilherme Silva – a presidir às primeiras sessões da nova Legislatura e até a participar, como segunda figura do Estado, na posse do novo Governo da República, presidido pelo novo Primeiro-Ministro e líder do PSD, Dr. Pedro Passos Coelho. Mas não ficou por aqui o destaque da Região, através dos deputados do PSD/Madeira, na Assembleia da República. Na verdade, o deputado Guilherme Silva
A sessão deste ano da Conferência anual da OIT/Organização Internacional do Trabalho foi histórica, uma vez que corresponde à sua 100ª sessão, cujos trabalhos decorreram na sede da OIT e na sede europeia das Nações Unidas, situadas na cidade de Genebra, de 1 a 17 de Junho, sob o lema “Construir o futuro com trabalho digno” com várias sessões de trabalho, comissões especializadas e dias temáticos, em torno das mais importantes questões do Trabalho e do Emprego no Mundo e dos problemas que mais afectam o sector laboral à escala mundial, com especial incidência na problemática da crise económica e financeira e da suas implicações no aumento do desemprego.
foi reeleito Vice-Presidente da Assembleia da República, tendo sido mesmo o VicePresidente mais votado, já que obteve 201 votos e é agora o 1º Vice-Presidente da Assembleia da República. A Assembleia da República vai debater, em breve, o Programa do Governo, na sequência da posse dos Secretários de Estado. Os discursos do Presidente da República e do Primeiro-Ministro, Passos Coelho, na posse do Governo, marcam o início de uma nova era de verdade, responsabilidade e transparência no exercício da acção governativa, de que o País tanto carecia. É preciso conciliar as medidas de recupe-
Participação da Região Autónoma da Madeira
em tripartismo, dos 182 Estados-Membros da Organização, envolvendo milhares de responsáveis, especialistas e técnicos da área, que abordam os principais problemas que afectam as relações laborais no Mundo, preparando e adoptando normas internacionais, que regulem e conformem as legislações dos países membros, em defesa dos princípios e valores que salvaguardem a melhoria das condições de Trabalho e Emprego no Mundo e permitam um Trabalho Digno para todos, em condições humanas e justas. A Região Autónoma da Madeira integrou a delegação governamental portuguesa nos trabalhos desta Conferência anual da OIT, através do secretário regional dos Recursos Humanos e do director regional do Trabalho,
que, nessa qualidade, participaram nos respectivos trabalhos, quer nas sessões plenárias, quer nas comissões especializadas, entre os dias 13 e 17. Num Mundo global em transformação, num contexto de crise, com vários problemas sociais e económicos decorrentes da crise económica e financeira, com efeitos na pobreza e no desemprego, acentua-se a importância da intervenção da OIT no contexto do Trabalho e do Emprego, de modo a promover a procura de soluções justas e sustentáveis, que à escala mundial possam criar condições de retoma da economia, e da estabilização dos mercados financeiros, conducente à criação de mais e melhor emprego, em benefício de todos, particularmente das economias mais débeis e dos mais desfavorecidos. A participação de representação da Região nesta importante Conferência anual da Organização Internacional do Trabalho constitui uma oportunidade de acompanhar as abordagens internacionais, num fórum internacional de reconhecida dimensão e credibilidade, possibilitando afirmar a autonomia regional, colher dados e outras experiências em matérias comuns às preocupações de todos os governos e responsáveis sociais, decorrentes da avaliação das questões mais prementes e actuais da realidade laboral no Mundo e das opções e recomendações a adoptar, no plano internacional, nacional e regional, na procura dos necessários ajustamentos sociais, que permitam superar e amenizar os efeitos da actual crise.
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ração financeira com estímulos à economia, de forma a ser invertida esta situação de recessão e pôr termo ou, pelo menos, atenuar, de forma sensível, o flagelo do desemprego. Os deputados do PSD/Madeira vão acompanhar o debate do Programa do Governo, vão estar atentos e tomarão as iniciativas que tiverem por adequadas à salvaguarda dos interesses da Madeira designadamente com vista à entrada em vigor na nova Lei das Finanças Regionais, com o Orçamento do Estado. Como procurarão que a ajuda externa de que Portugal está a negociar seja extensível às Regiões Autónomas, dada a circunstância de, por força do seu estatuto constitucional, terem também dívida pública própria. A equipa do PSD/Madeira na Assembleia da República foi felizmente reforçada com uma jovem deputada, Dra. Cláudia Aguiar, que será a voz e a representação empenhada da nossa juventude no Parlamento nacional. No próximo número do Madeira Livre referiremos, com mais detalhe, as prioridades dos deputados do PSD/Madeira, na Assembleia da República, assim como retomaremos, em breve, a explicação que vínhamos publicando sobre o Projecto de Revisão Constitucional daqueles deputados, que vai por eles ser oportunamente reapresentado, conforme compromisso assumido com os madeirenses.
100ª Sessão da Conferência Internacional do Trabalho da OIT
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a sessão deste ano, foram abordados, entre outros, os seguintes temas: - Análise e apreciação do Relatório do Director Geral da OIT sobre a situação actual no mundo do Trabalho; - Apreciação do Relatório Global sobre a Declaração da OIT relativa aos princípios e direitos fundamentais no Trabalho; - Apreciação da aplicação das normas internacionais da OIT pelos Estados-Membros; - Trabalho digno para os trabalhadores domésticos – elaboração de normas da OIT nesta matéria; - Administração do Trabalho e papel da Inspecção do Trabalho; - Objectivos estratégicos da protecção social (Segurança Social) para uma globalização justa; - Apreciação da situação no mundo sobre a problemática da eliminação da discriminação em matéria de Emprego e actividade profissional. A Conferência anual da OIT, como importante fórum mundial do Trabalho, reúne representantes dos Governos, Associações de Empregadores e de Trabalhadores,
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O velejador internacional madeirense João Rodrigues concretizou o seu sonho de realizar a travessia, em prancha-à-vela, entre a Madeira e as Ilhas Selvagens. A proeza deverá ser, agora, registada no livro do “Guinness”.
João Rodrigues concretizou um sonho e vai para o “Guinness”
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oão Rodrigues completou, no passado dia 14 de Junho, a travessia entre a Madeira e as ilhas Selvagens. Ao fazer esta viagem para assinalar, precisamente, os 40 anos da criação daquela reserva natural, o campeão internacional de vela habilitouse, também, a ver o seu nome escrito no livro do “Guinness”. É que João Rodrigues, ao protagonizar este que é um dos momentos altos das comemorações dos 40 anos da Reserva Natural das Ilhas Selvagens, concretizou também uma proeza inédita na vela, cumprindo a mais longa travessia realizada num só dia, tendo percorrido um total de 160 milhas em cerca de 12 horas de viagem. Recorde-se que a Reserva Natural das Ilhas Selvagens, criada há 40 anos, é uma das mais emblemáticas do país, por ter sido também a primeira a obter esse reconhecimento. A sua génese está intimamente ligada ao facto de estas ilhas albergarem a maior colónia de cagarras do Mundo. Até aos anos 60 existia uma exploração sustentável desta colónia e, apesar das capturas anuais ascenderem aos vários milhares, a população mantinha-se em equilíbrio. Contudo, o aumento da capacidade tecnológica, designadamente ao nível das embarcações com potencial para atingirem estas
ilhas, fez com que a procura aumentasse e a população entrasse em declínio. Neste enquadramento, o governo Português adquiriu as Ilhas Selvagens e transformou-as num santuário ornitológico. Além da avifauna marinha que aqui ocorre, estas ilhas albergam um património
natural extremamente interessante a vários níveis, designadamente ao nível das plantas, dos insectos e da fauna marinha costeira. Por outro lado, constituem um valioso património histórico-cultural sendo também detentoras de uma grande importância geo-estratégica.
É pela conjugação destas mais-valias que a Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais decidiu comemorar este aniversário, tirando partido desta oportunidade para promover, ainda mais, a sua divulgação, numa óptica de assim estar conservando.
Lobos-marinhos em franca recuperação secretário regional do Ambiente e dos Recursos Naturais participou, no dia 17 de Junho, no Jardim Botânico da Madeira – Engenheiro Rui Vieira, na apresentação da chegada do lobo-marinho “Desertinha”, uma cerimónia em que estiveram presentes os representantes do Deutsche Bank, entidade que patrocinou também esta intervenção naquele que foi um dos elementos mais “mediáticos” da comunidade de lobosmarinhos da Região. Durante a cerimónia, o secretário regional do Ambiente e dos Recursos Naturais destacou o trabalho de recuperação que tem vindo a ser feito, o qual, segundo Manuel António Correia, já está a dar frutos. Tal como afirmou, o número de indivíduos desta espécie aumentou mais de cinco vezes nos últimos 20 anos. Efectivamente, e segundo os dados do
Serviço do Parque Natural da Madeira, enquanto em 1988 existiam apenas entre seis a oito focas, restringidas às ilhas
Desertas, actualmente há entre 30 a 40 focas distribuídas pelas Ilhas Desertas e Ilha da Madeira.
De referir que o lobo-marinho é a foca mais rara do mundo e uma espécie classificada pela União Internacional para a Conservação da natureza (IUCN) como em Perigo Crítico, não existindo mais do que 500 animais em todo o mundo. Desde 1988 que o Governo Regional, através do Serviço do Parque Natural da Madeira, está empenhado na protecção do lobo-marinho. A criação da Reserva Natural das Ilhas Desertas foi motivada pela urgência de proteger a pequena colónia de lobosmarinhos. A protecção da espécie in loco, a monitorização e o estudo do lobo-marinho, associados a campanhas de educação ambiental, têm sido as estratégias utilizadas pelo Serviço do Parque Natural da Madeira para a salvaguarda da espécie.
A Festa da Cereja, evento que decorreu no fim-de-semana de 18 e 19 de Junho, na freguesia do Jardim da Serra, levou milhares de pessoas ao concelho de Câmara de Lobos.
Jardim público em Boaventura
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Cereja com mais produção
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ste ano, os agricultores tiveram mais razões para festejar este fruto. É que, de acordo com os dados oficiais, a produção total estimada deverá ascender às 200 toneladas, uma quantidade superior àquela que se tem registado em anos anteriores. A qualidade da cereja, a ver pelas opiniões de alguns produtores, foi também bastante satisfatória. Neste momento, segundo os dados oficiais, estima-se que haja cerca de mil famílias com cerejeiras, cujo número de árvores varia de produtor para produtor. Além do comércio e da animação cultural que lhe está associada, fazendo da Festa da Cereja um dos cartazes mais importantes do concelho de Câmara de Lobos, são já muitas as pessoas que procuram o Jardim da Serra antes da festa propriamente dita, especialmente na altura da floração das cerejeiras. Um quadro que é muito apreciado pelos turistas que nos visitam, mas também por inúmeros madeirenses.
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secretário regional do Ambiente e dos Recursos Naturais participou, no dia 11 de Junho, na abertura da 9.ª edição da Feira das Sopas do Campo, evento que decorreu, naquele fim-de-semana, na freguesia de Boaventura. Na oportunidade, e perante largas dezenas de pessoas que se deslocaram àquela localidade, Manuel António Correia, que começou por elogiar o empreendedorismo da Casa do Povo de Boaventura, entidade organizadora do evento, aproveitou também para anunciar a intenção do Governo Regional em criar, naquela localidade, do concelho de São Vicente, um jardim público. O jardim, de acordo com o secretário regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, vai ficar junto à Igreja de Boaventura, nuns terrenos baldios, os quais, neste momento, estão em fase de aquisição. Segundo Manuel António Correia, este jardim, que vai dispor de casas de banho públicas, bem como de uma zona de palco, que poderá ser utilizada, eventualmente, para a realização da Festa das Sopas do Campo, vem valorizar também o centro daquela freguesia, criando-se uma nova centralidade e maior dinâmica local. É que, nas palavras de Manuel António Correia, esta é também «uma forma de criar uma atracção aos visitantes e de proporcionar melhor e mais qualidade de vida aos habitantes, onde, especialmente os menos jovens, poderão ocupar o seu tempo, jogando às cartas, convivendo, e tendo a tal qualidade de vida que todos merecem».
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No passado mês de Abril, e comparativamente a igual período do ano passado, a Região registou crescimentos em todos os seus indicadores de produção turística, confirmando a tendência de recuperação que tem vindo a manifestar-se este ano.
Dados de Abril confirmam recuperação
Previsões Positivas para o Verão
Destino Madeira cresce em todos os indicadores
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ados que foram avançados pela secretária regional do Turismo e Transportes, Conceição Estudante, à margem da conferência de imprensa que o Espaço Infoart acolheu, no passado dia 14 de Junho, para dar a conhecer o Programa da XXIV Edição da Volta à Madeira – Classic Rally 2011. Efectivamente, e segundo os dados do INE, ao aumento de 16,5% verificado nas dormidas somam-se os crescimentos de 15,5% nas receitas, de 14,6% no Revpar e de 8,2% na taxa de ocupação.Valores que colocam a Madeira, neste mês de Abril de 2011, no segundo lugar entre as três regiões turísticas do país que mais cresceram. Em termos absolutos, a Madeira registou, neste mês, 498 mil dormidas e 23,2 milhões de euros em proveitos totais, dos quais 14,6 milhões respeitam ao aposento. Com uma taxa de ocupação de 57,7% e uma estada média de 5,1 noites, a Madeira atinge, em Abril de 2011, um Revpar de 34,6 euros. Comparativamente ao todo nacional, a Madeira mantém, em Abril de 2011, a liderança na taxa de ocupação (57,7% contra a média nacional de 41,1%) e na estada média (5,1 noites contra 2,7 noites), tendo conseguido ultrapassar o valor médio registado por quarto (34,6€ contra a média nacional de 27,3€). Em termos de dormidas, a Madeira posiciona-se no segundo lugar em termos de crescimento, com 498 mil dormidas registadas, apenas ultrapassada pelo Algarve, com 904 mil dormidas. À excepção dos Açores, que demonstra um decréscimo de 0,6%, todas as restantes regiões turísticas apresentam subidas neste indicador. Em Abril de 2011, a Madeira apresenta a maior taxa de ocupação do país, na ordem dos 57,7%, seguida de Lisboa, com 50,1% e do Algarve, com 42,3%, sendo que ocupa o
Secretária reúne Conselho Regional do Turismo e Transportes O Conselho Regional de Turismo e Transportes reuniu a 7 de Junho, no Salão Nobre do Governo Regional. Para além da análise que foi efectuada aos resultados obtidos durante o ano de 2010, foi possível constatar, durante este Conselho Regional, a confiança de todos os presentes na recuperação do sector, prevendo-se que o destino Madeira e, concretamente, a hotelaria regional, possam vir a ter um bom desempenho até ao final do Verão. Para já, as preocupações estão focalizadas para o período
de Inverno mas, ainda assim, há toda uma confiança que deriva, em parte, das operações existentes e das novas rotas que se estão a desenvolver para este período e, ainda, pelo facto de alguns mercados da maior importância para a Madeira – como é o caso da Alemanha e do Reino Unido – estarem a demonstrar uma tendência de crescimento que é de assinalar. Na ocasião, os conselheiros presentes partilharam da necessidade de o destino Madeira manter e aumentar os seus níveis de qualidade, assim como de segurança.
“Madeira em Família”
Figuras públicas nacionais deixam-se encantar pelo destino
segundo lugar em termos de crescimento. As regiões do Algarve e da Madeira foram, também, aquelas a registar os resultados mais favoráveis no que toca aos proveitos totais. Lisboa consegue arrecadar, neste mês, 46,6 milhões de receitas, seguida do Algarve, com 40,4 milhões e da Madeira, com 23,2 milhões. Em termos de média nacional, verifica-se um crescimento das receitas na ordem dos 12%, sendo que a Madeira consegue um crescimento superior, na ordem dos 15,5%, registando-se aqui o decréscimo verificado nos Açores (-9,7% nos proveitos totais e -5,4% nos de aposento) e mesmo na região do Alentejo, que, após ter experienciado um período de melhoria nos seus indicadores, apresenta um decréscimo de 2%. Também no mês de Abril, o Algarve e a Madeira lideram a tabela no que toca
aos crescimentos verificados na rentabilidade média por quarto, com aumentos de 20,4% e de 14,6%, respectivamente. A Madeira consegue ultrapassar a média nacional no que se refere ao rendimento médio por quarto, apresentando, no mês de Abril, um valor de 34,6 euros contra uma média nacional de 27,3 euros. Ainda em termos absolutos, refira-se que a Madeira assegura o segundo lugar, com 34,6 euros, sendo que Lisboa mantém, neste mês, a liderança, com 43,8 euros. O Algarve surge aqui em terceiro lugar, com um valor médio por quarto na ordem dos 23 euros. Um património que importa preservar A Volta à Madeira em Automóveis Antigos e Clássicos, com mais de duas décadas de existência, é uma prova que associa,
ao seu carácter competitivo, toda uma manifestação sociocultural que importa preservar e que, integrada no programa global do Festival do Atlântico, se tem revelado como uma mais-valia para o turismo e para a procura do destino, durante o mês de Junho. Os automóveis antigos e clássicos – autênticas peças de arte – assumem-se como motivo de orgulho para os seus coleccionadores, mas, também, como património histórico que a Madeira pode e deve salvaguardar, património esse que, através de iniciativas como esta, acaba por ser divulgado e mais valorizado pelos residentes e pelos próprios visitantes que se deslocam à Região por esta altura do ano. Estas foram algumas das mensagens que Conceição Estudante quis deixar na referida conferência de imprensa.
Conceição Estudante participa nas comemorações do Dia Internacional dos Arquivos
Passado, Presente e Futuro do Turismo na Região A evolução do turismo na Madeira confunde-se com a própria história do arquipélago e com os vários ciclos económicos que lhe são conhecidos. Mesmo antes do processo autonómico, esta actividade já assumia uma importância considerável na Região, o que levou o Estado a criar, primeiro, uma comissão e depois, mais tarde, uma delegação que controlasse, regulamentasse e acompanhasse, de perto, o seu desenvolvimento e crescimento. Hoje, o sector do turismo na Madeira assume-se, cada vez mais, como uma área fundamental e estratégica para a economia da Região, mas há todo um percurso que foi feito e que importa ter em conta quando olhamos para o futuro. Efectivamente, a autonomia trouxe uma dinâmica extraordinária e uma capacidade de intervenção bem mais alargada naquilo que foi a infraestruturação e a própria consolidação da Ma-
deira, enquanto destino turístico, no mercado, com uma vantagem associada: a de se ter mantido a identidade e a genuinidade que nos diferenciam de todos os restantes
destinos no mundo. Estas foram algumas das muitas reflexões que Conceição Estudante deixou ao participar na Mesa Redonda com a temática “Passado e actualidade no Turismo da Madeira: continuidades e rupturas”, uma iniciativa que surgiu integrada no programa que o Arquivo Regional da Madeira promoveu para assinalar as comemorações do Dia Internacional dos Arquivos. Na ocasião, foi ainda inaugurada a Exposição “Delegação de Turismo da Madeira (1936 – 1979). Quatro décadas ao serviço do Turismo madeirense”, complementada com a projecção em vídeo de documentários antigos sobre a Madeira, das colecções Perestrellos Photographos e Delegação de Turismo da Madeira/Direcção Regional de Turismo, em depósito na Photographia Museu “Vicentes”.
Nos primeiros cinco meses do ano, o Porto do Funchal manteve a sua tendência de crescimento, registando aumentos de 10,2% nas escalas e de 17,2% no número de passageiros, comparativamente a igual período do ano transacto. De Janeiro a Maio de 2011, registaram-se no Porto do Funchal 151 escalas, mais 14 do que no ano anterior, escalas essas que se traduziram em 277.231 passageiros, mais 40.721 visitantes do que os registados em igual período de 2010.
Formação é essencial para a Qualidade do Destino A Madeira é um destino turístico que se reinventa diariamente. A sua atractividade no mercado e os pontos fortes que lhe servem de base estão identificados, mas a esta atractividade e ao sucesso da sua performance estão, naturalmente, associadas as pessoas que corporizam o sector e que nele se esforçam por manter, reforçar e inovar, não apenas as suas prestações, como a própria cultura turística que, ao longo de mais de cinco séculos, cada profissional soube promover e consolidar. A valorização e a maior capacitação profissional dos recursos humanos que interagem no sector do turismo assumem-se, pois, como prioridades absolutas e como pilares da estratégia do Governo Regional para o sector, assim como para o desenvolvimento de novas formas de produtividade e de maior rentabilização da actividade turística na RAM. Neste contexto de formação e valorização profissional, o projecto “+ Turismo” – promovido pela ACIF e apoiado pelo Programa RUMOS – assume particular relevância e foi precisamente nessa óptica que a secretária regional do Turismo e Transportes, Conceição Estudante, se associou à iniciativa, participando na cerimónia de abertura do Seminário “Turismo: Negócio e criatividade. Processos de melhoria”, integrado nesta acção. Na ocasião, a secretária regional fez questão de sublinhar a importância da formação e da requalificação profissional para a qualidade do destino Madeira, tendo, aliás, deixado o desafio para que, à semelhança deste, outros projectos venham a ser não só criados, como altamente participados e explorados pelos profissionais do turismo da Madeira. De salientar que o Projecto “+Turismo”, criado em 2010, destina-se ao desenvolvimento e à aplicação de processos de formação e apoio consultivo adequados às empresas do sector turístico regional
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m fim-de-semana prolongado, em família e com muita alegria e animação à mistura. Foi assim que várias figuras públicas nacionais vivenciaram a Madeira e a sua oferta turística, de 10 a 13 de Junho, a convite da Secretaria Regional do Turismo e Transportes. Promover a Madeira como um destino de férias em família foi o principal objectivo desta Secretaria Regional ao organizar esta iniciativa, tendo, através dela, reforçado a promoção do destino no mercado nacional. Efectivamente, a maior divulgação da Madeira enquanto destino de férias em família surge numa óptica de captar mais turistas portugueses para a Região, concretamente para o período de Verão e das férias escolares que se aproximam. Estiveram presentes, entre outras figuras públicas, Luís Represas e a sua mulher, Margarida Pinto Correia, acompanhados pelos seus 4 filhos, Manuela Couto (actriz que integra o elenco da novela “Anjo Meu”, da TVI) e marido, com os dois filhos do casal, Ana Trepa (Cláudia Jacques) e as suas duas filhas, assim como João Ricardo (actor que faz parte da novela “Laços de Sangue”, da SIC) e o seu filho e as actrizes Ana Mafalda Almeida e Ana Catarina Afonso, com os seus respectivos filhos, Santiago e Gabriel. Ao longo do fim-de-semana, foram muitas as aventuras e as experiências vividas, entre as quais se destacam a visita ao Parque Temático da Madeira e a alguns Jardins da Região, assim como o passeio de barco para a observação de cetáceos, a subida no Teleférico e a descida em carros de cesto. Na noite de sábado, o grupo de convidados marcou presença na tribuna para assistir ao espectáculo piromusical que encheu de cor, luz e magia a baía do Funchal, no âmbito do Festival do Atlântico 2011, tendo ficado altamente surpreendido com a gran-
Porto do Funchal mantém crescimento
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Brasil já é aposta da SRTT diosidade do mesmo. A Madeira associa, à sua beleza natural e à segurança que a caracterizam enquanto destino turístico, todas as condições para bem receber os seus turistas em família, tanto ao nível das infraestruturas e equipamentos existentes como em termos de oferta de serviços e actividades de ocupação especificamente direccionadas para as crianças e respectivos pais. Dar a conhecer esta faceta foi o objectivo ao qual estas e outras figuras públicas responderam, mais uma vez, de forma pronta e afirmativa.
Na leitura das recomendações que foram recolhidas ao longo dos vários seminários promovidos no âmbito do projecto “+Turismo”, uma das conclusões apresentadas foi, precisamente, a do potencial que o mercado brasileiro representa, actualmente, para a Madeira. Confrontada pela comunicação social, Conceição Estudante sublinhou que a aposta neste mercado é já uma realidade por parte da Secretaria Regional do Turismo e Transportes, tendo ainda salientado, na ocasião, algumas das iniciativas que foram e que irão ser desenvolvidas neste e em outros mercados.
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10% nas escalas e 17% no nº de passageiros
Funchal
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As Marchas Populares de São Pedro assumem-se como um cartaz das Festas de Verão em Câmara de Lobos, este ano novamente caracterizadas pela promoção gastronómica, com um conjunto de restaurantes instalados no parque de estacionamento da Baía.
“Festas de Verão” em Câmara de Lobos
te Pereira, Rua da Carreira e culminando no Parque de Estacionamento da Baia. Neste mesmo dia, a Baía de Câmara de Lobos encheu-se de cor e movimento com o espectáculo piromusical.
Em termos de animação musical, as propostas para este ano foram variadas. Para além da actuação do agrupamento Galáxia, esteve programado os concertos dos Kontra Band, Filipe , Karnaki
Entrega de Certificados de Qualidade Ambiental e de Certidões de Apreço
Classificação de qualidade
% de resíduos recicláveis Taxa de gestão nos indiferenciados de resíduos sólidos
Duração
Muito Má
>15%
Agravamento de 20%
6 meses
Má
> 10% até 15%
Agravamento de 20%
3 meses
Boa
> 5% até 10% Bonificação de 10%
Até próxima reclassificação com outro grau de qualidade
Muito Boa
• 5% Bonificação de 20%
Até próxima reclassificação com outro grau de qualidade
Hortas Urbanas Municipais da Vitória, Santo António As notícias cada vez mais frequentes sobre os problemas associados à produção agrícola de alimentos, seja por carência no mercado mundial, seja por questões de saúde pública, juntamente com o aumento do custo de vida, têm levado a um crescente interesse das populações urbanas por pequenos talhões hortícolas nas proximidades da habitação que garantam o consumo de vegetais frescos e de qualidade. Antecipando-se a este fenómeno, a Câmara Municipal do Funchal iniciou, em 2005, um programa de horticultura urbana, com a distribuição de lotes agrícolas, devidamente infraestuturados, pelos interessados. A autarquia vai proceder, agora, à entrega de mais um conjunto de hortas, desta vez na Freguesia de Santo António,
entre a Estrada Comandante Camacho de Freitas e o Caminho do Marítimo. O terreno, que é privado e resultou de uma oferta pública que a Câmara levou a cabo recentemente, abrange uma extensão de 910m2 e está armado em socalcos. Estabeleceram-se 14 lotes individuais, separados por vedações e dispondo cada um de água de rega e de um pequeno abrigo de madeira de 1,5m por 1,5m, destinado a guardar alfaias e outros materiais agrícolas. O terreno dispõe de dois tanques para água de rega, proveniente da Levada da Negra. A área total de hortas municipais, distribuída por cinco freguesias, supera já os 18.000m2, abrangendo um universo de 250 munícipes e respectivos agregados familiares.
PROJECTO HORTAS URBANAS MUNICIPAIS Nº do projecto Designação Freguesia Data de implementação 1 Jardim Público da Ajuda São Martinho 08/08/2005 2 Azinhaga da Nazaré - I São Martinho 20/11/2007 3 Azinhaga da Nazaré - II São Martinho 16/12/2008 4 Avista Navios São Martinho 16/12/2008 5 Ilhéus S. Pedro 25/08/2009 6 São Martinho São Martinho 10/09/2009 7 Ribeira de João Gomes Stª Maria Maior 08/10/2009 8 Amparo São Martinho 15/07/2010 9 Ribeira Grande Santo António 30/07/2010 10 Estrada Dr. João Abel de Freitas S. Roque 25/09/2010 11 Penteada S. Roque 31/01/2011 12 Vitória – Santo António Santo António 07/06/2011 Total
Área total (m2) Nº de lotes Área média do lote (m2) Proveniência da água de rega 1393 7 6 Hortas - 124 • 1 Bananal - 570 Água potável e Levada dos Piornais 1290 14 83 Água não potável fornecida por autotanque 355 4 85 Água potável com contador 595 9 63 Levada Nova do Curral e Castelejo 2800 40 62 Levada dos Ilhéus (ramal da Levada dos Piornais) 1401 22 60 Levada Nova do Curral e Castelejo 4800 63 56 Ribeira de João Gomes 1926 34 55 Levada Nova do Curral e Castelejo 399 7 52 Levada da Madalena 298 5 51 Água potável com contador 1910 31 55 Nascente 910 14 48 Levada da Negra - Santo António 18.077 250 DEP. DE ESPAÇOS VERDES - JUNHO 2011
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ssim, gastronomia, animação musical, as marchas populares e um espectáculo piromusical foram algumas das propostas das denominadas Festas de Verão e do Peixe Espada Preto, que decorreram em Câmara de Lobos entre 28 de Junho e 3 de Julho. Antes disso, e inserido no programa de festas, a cidade acolheu uma etapa da XXI Volta à Madeira Classic Rally, e a Baía foi palco do Encontro Regional do Ensino Recorrente, onde, para além de um vasto programa de animação, esteve patente ao público uma exposição na Casa da Cultura com trabalhos efectuados pelos alunos. A 26 de Junho, pelas principais artérias da cidade, realizou-se a segunda edição da Corrida de São Pedro. O ponto alto das festividades foi, sem dúvida, o desfile das Marchas Populares de São Pedro. Ao todo foram cerca de 1.000 figurantes que percorreram as ruas da cidade ao som de dois temas musicais da autoria de João e Cecília Atanázio. Os Santos Populares e as tradições foi o tema central do desfile deste ano, em que participaram a Associação de Animação Geringonça, Turma do Funil, Casa do Povo do Estreito e da Quinta Grande, Grupo de Câmara de Lobos, Centro de Actividades Ocupacionais de Câmara de Lobos, Grupo de Expressão Musical e Dramática Sempre Jovem, Centros de Dia do Jardim da Serra, Encarnação, Santa Cecília e Câmara de Lobos. O desfile das Marchas teve início na Avenida Nova Cidade e percorreu a Praça da Autonomia, Rua Padre Eduardo Nunes Clemen-
Seti, Guasakaka, Ceufonia, Marco Gil e Miro Freitas, João Luís Mendonça, Nova Onda e Pôr do Sol. Actuaram ainda as Bandas Municipal de Câmara de Lobos e Recreio Camponês e o Grupo Refúgio da Freira. No dia 30 de Junho, a Baía de Câmara de Lobos acolheu mais uma edição do Festival Regional de Talentos, com a participação de um intérprete de cada concelho da Região que defendeu as cores do seu município. A selecção dos intérpretes foi feita pelas Câmaras através de concursos de vozes locais ou por indicação das mesmas e a sua prestação em concurso foi avaliada por um júri composto por onze elementos seleccionados para representarem cada um dos concelhos participantes, sem poderem, no entanto, votar no concorrente do Município que representam. O Funchal é o concelho com mais vitórias, tendo conseguido vencer em 2003, 2004 e 2005. Câmara de Lobos obteve duas vitórias. Santa Cruz, Porto Santo, São Vicente, Ponta do Sol, Santana e Machico venceram uma vez o ‘Festival Regional de Talentos’. Durante os seis dias de festa, esteve patente uma exposição da Direcção Regional de Pescas, onde foram apresentados alguns utensílios utilizados na captura do Peixe-Espada. Neste mesmo local esteve instalada uma feira de artesanato, em que participaram alguns artesões do concelho. Paralelamente à animação, a gastronomia esteve presente com uma praça de restauração montada no parque de estacionamento da Baía e algumas barracas de comes-e-bebes na Rua Brito Capelo.
problemática dos resíduos sólidos urbanos é actualmente uma questão que ocupa a linha da frente das políticas ambientais, pois uma incorrecta gestão poderá constituir uma fonte de poluição, que quando associadas às regiões ultraperiféricas se fazem sentir de forma mais acentuada. Deste modo, em 2003, foi actualizado, pela Câmara Municipal do Funchal, o Regulamento de Resíduos Sólidos e de Comportamentos Poluentes no Concelho do Funchal, com o objectivo de aumentar a taxa de reciclagem. Com esta actualização, a separação dos Resíduos Recicláveis, nomeadamente o papel/cartão, o vidro de embalagem, as embalagens de plástico e metal, a ECAL (Embalagens de Cartão para Alimentos Líquidos), as pilhas e os REEE (Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos), etc. tornou-se obrigatória nos hotéis, restaurantes, bares, minimercados, supermercados, hipermercados, armazéns, centros comerciais, nas habitações colectivas (plurifamiliares) e outras, com a aplicação de penalizações ou bonificações na tarifa de resíduos, para os produtores que infringirem ou cumprirem, respectivamente, o que está disposto no Regulamento em questão. Como método de verificação do cumprimento do Regulamento de Resíduos Sólidos e de Comportamentos Poluentes no Concelho do Funchal, fazem-se quantificações e caracterizações físicas aos resíduos indiferenciados de várias entidades e analisa-se a percentagem de material reciclável. Para testar a quantidade de material reciclável encontrado nos contentores destinados aos resíduos indiferenciados, foram criados quatro níveis de qualidade e, consoante o grau da classificação alcançado pelos produtores de resíduos, serão atribuídos agravamentos ou bonificações no valor da taxa de gestão de resíduos sólidos, respectivamente. Assim, entre Maio de 2010 e Abril de 2011, foram realizadas 648 quantificações e caracterizações físicas a 484 entidades. Destas entidades, apenas 59 tiveram bonificação da taxa de gestão de resíduos sólidos, perfazendo a redução total de cerca de 57.000,00€ na conta da água. As entidades que obtiveram classificação de Qualidade Muito Boa irão receber o Certificado de Qualidade Ambiental – Ouro. As restantes entidades receberão o Certificado de Qualidade Ambiental – Prata pois obtiveram classificação de Qualidade Boa. As Certidões de Apreço serão entregues às administrações de condomínio que, embora não tenham sido bonificadas, demonstraram empenho na deposição selectiva dos resíduos.
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Viver bem… vive-se em Santa Luzia Santa Luzia é uma das quatro freguesias urbanas do Funchal, que nasceu da necessidade de descongestionar a Freguesia da Sé de uma parte considerável dos seus fogos, para uma melhor organização dos serviços paroquiais.
om publicações do decreto que estabeleceu a criação da Freguesia do Imaculado Coração de Maria, a 15 de Dezembro de 1954, e o da rectificação dos limites das freguesias do concelho, levado a cabo pela Câmara Municipal do Funchal, a delimitação da Freguesia de Santa Luzia passou a ser: desde o antigo Caminho-de-Ferro, pelo eixo da nova Estrada do Livramento, até ao antigo Caminho dos Automóveis, descendo até ao Caminho do Miradouro e seguindo o eixo do Caminho do Comboio até à Ribeira João Gomes. Confina a leste com a Ribeira de João Gomes e a oeste com a Ribeira de Santa Luzia. A capela de Santa Luzia foi sede da Paróquia, criada por alvará de D. Pedro II, datado de 28 de Dezembro de 1676. Em avançado estado de degradação no primeiro quartel do século XVIII, dela restam apenas a imagem de Santa Luzia em Madeira e a “Pedra de ARA”, que se
invadida pelos estacionamentos irregulares por parte de pessoas que trabalham no centro da cidade». No entanto, a Junta, em colaboração com a Câmara Municipal, tem vindo a desenvolver um trabalho neste âmbito, de forma a minimizar as dificuldades de quem ali vive, com a criação de estacionamentos para os moradores da freguesia. «Penso que, neste momento, somos uma das freguesias com maior número de estacionamento para os residentes. Salvaguardamos, assim, estacionamento para os moradores, pois nem todos têm garagem para deixar os seus carros». Como revela o autarca, «muitas vezes até a solução para este problema passa pela alteração do sentido de trânsito em al-
gumas artérias da freguesia». Outra das queixas frequentes dos habitantes de Santa Luzia, de acordo com José António Rodrigues, está relacionada com os transportes públicos. A empresa de transportes públicos que serve a população desta zona fez um levantamento e concluiu que havia artérias que não se justificada a carreira. «Nós, para salvaguardarmos o transporte destas pessoas, e temos o caso da Rua Adelino Amaro da Costa, a Câmara do Funchal disponibilizou um táxi para fazer o transporte. Não é o suficiente, por isso, tenho já uma reunião agendada com o senhor presidente da Câmara para falarmos dessa questão e tentarmos resolver o problema destes
cada vez mais difícil de lidar. É o desemprego que aumenta, o nível de vida que sobe, e por isso temos de ser criteriosos na ajuda que damos. Por exemplo, no Natal, as famílias com carências socioeconómicas estão referenciadas e nós ajudamos com cabazes de compras». Além disso, mensalmente, a Junta apoia famílias que têm graves carências, casos específicos que estão devidamente identificados e que neste momento abrangem 22 agregados. «Ajudamos também as famílias com mais carências com material escolar para os filhos. É feito um levantamento exaustivo, inclusivamente o presidente desloca-se à residência das pessoas para se inteirar da situação e procedemos a essa ajuda». Uma política activa na área social, que em colaboração com a Câmara tem resolvido alguns problemas de habitação. Casos que são apresentados na Junta, nomeadamente de casas degradadas, que merecem um acompanhamento especial. «Tivemos a situação de 20 de Fevereiro, na Luso-Brasileira. Nós, em colaboração com a Câmara e o protocolo que temos com a ASA, conseguimos resolver todos os assuntos da Luso-Brasileira. Essas pessoas afectadas foram prioritárias nessa ajuda e neste momento toda a gente tem a sua situação resolvida». Através de um protocolo com a ASA, a Junta fornece, aos mais carenciados, telhas, tintas e algum material para recuperação das suas moradias. Mas, neste momento, de acordo com o edil, ainda existem pessoas com carências habitacionais na freguesia. Casos de casas arrendadas, com rendas de antigamente, em que os imóveis começam a ficar degradados. «Quem lá vive não tem possibilidade financeira para arranjar e os proprietários, até porque recebem rendas baixas, não sentem que têm essa responsabilidade. As pessoas muitas vezes vão-se remediando, fazendo uma ou outra pequena obra, mas não é suficiente e neste momento este é um problema que nos preocupa». Graças ao Centro de Saúde do Bom Jesus e, acima de tudo ao grande parque escolar da freguesia, que vai desde escolas secundárias, creches e escolas primárias, públicas e privadas, o dia-a-dia em Santa Luzia é muito activo e dinâmico. Diariamente, a freguesia é invadia por gente de todas as idades, de todos os estratos sociais, de todos os credos e de todas as nacionalidades. Por isso, um dos grandes desafios da Junta é, de acordo com o autarca, «que Santa Luzia seja uma terra higiénica, limpa». Neste momento, toda a rede de saneamento básico está lançada na freguesia e «nós temos a preocupação de manter a freguesia limpa. É um local muito visitado por turistas. Os turistas que descem em carros de cesto do Monte param no cimo da freguesia e vêm a pé para a baixa do Funchal», daí a necessidade constante de manter a freguesia sempre limpa e aprazível, tarefa que a autarquia reparte também com os seus habitantes. Aos munícipes, José António Rodrigues deixa apenas uma mensagem: «A Junta de Freguesia está aqui para vos ajudar e espera continuar a ser ajudada por vós!».
Santa Cruz
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Auditório e mercado da Camacha com “luz verde” para avançar A construção do Mercado e Auditório da Camacha recebeu “luz verde” do Governo Regional, no âmbito da estratégia de um desenvolvimento centrado nas pessoas e na sua qualidade de vida. O concurso público para a empreitada será lançado em breve, indo ao encontro de uma velha aspiração da população local e do presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, José Alberto Gonçalves, que sempre desenvolveu várias negociações no sentido da sua concretização. A obra, que será executada pela Secretaria Regional do Equipamento Social, vai dotar a freguesia de duas valências essenciais ao seu desenvolvimento económico e social. De acordo com o secretário regional do Equipamento Social, tendo sempre em conta o respeito pelos valores culturais locais, a sua defesa e valorização, a criação deste novo espaço qualificado não só terá um impacto muito positivo na população local, mas também em todos aqueles que visitam a freguesia. Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz releva que aquele será um polo dinamizador da cultura e das tradições da Camacha, mas também potenciador económico, uma vez que levará mais pessoas à freguesia. José Alberto Gonçalves diz mesmo que é a obra que faltava à localidade, para dar um salto ainda maior no rumo do desenvolvimento. Assumido, então, como um forte compromisso social, o novo espaço compreende um edifício conjunto com diversas valências. Desta forma, para além de um auditório e respectivas zonas de apoio, o espaço integrará um mercado com todos os serviços e apoios inerentes. A solução encontrada prima, ainda, pelo controlo da volumetria exposta, tentando não elevar em número de pisos e aproveitando os espaços criados pela implantação para a criação de zonas de estacionamento coberto. Ao todo, o edifício possui três pisos distintos: o estacionamento coberto para cerca de 50 viaturas no piso -1; o Auditório e serviços de apoio no piso 0; o Mercado e um café no piso 1. No piso -1 fica então o estacionamento coberto, com uma área de 1.208,1 metros quadrados. No piso 0, na área comum, ficarão localizados o átrio, o elevador, a arrecadação, os balneários femininos e masculinos, o hall, as instalações sanitárias, o fraldário e a ante-câmara. Neste mesmo piso fica o auditório, com as zonas de foyer/circulação, recepção, guarda-roupa, ante-câmara, auditório propriamente dito, palco, bastidores, cabine de som, hall/circulação, circulação/rampa e cinco camarins. Ao nível do primeiro piso, fica situado o mercado, o café e será construído um acesso ao auditório. O mercado terá uma área de 230 metros quadrados, destinada aos produtos agrícolas. Terá zonas de circulação, de carga e descarga, de fiscalização, de aferição, de lixo, de frigorífico/reserva diária e ainda espaços para florista, frutas e verduras/ legumes. Haverá ainda a área do artesanato, com espaços para vendas e exposição de vimes, vinhos e doçaria regional, bordados e jornais/revistas. Haverá também um café/bar.
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encontram na actual Igreja. O orago é, como não poderia deixar de ser, Santa Luzia, invocada como protectora especial contra as doenças dos olhos. Santa Luzia, hoje, continua a ser uma zona nobre, que ainda preserva tesouros do passado, relíquias que fazem parte da sua história. Uma freguesia encaixada no centro do Funchal, com as suas próprias especificidades, que acolhe cerca de seis mil habitantes. A sua população, maioritariamente idosa, merece especial atenção por parte da Junta de Freguesia e é nela que incide grande parte das actividades levadas a cabo por esta instituição. Nascido e criado em Santa Luzia, José António Rodrigues está à frente dos destinos da Junta desde 2009. No entanto, conhece como ninguém os cantos à casa, pois desde 1996 que faz parte desta equipa de trabalho, assumindo, então, a função de tesoureiro. Aos poucos, foi testemunha das grandes mudanças que foram surgindo na terra que o viu nascer e hoje, satisfeito com o trabalho que «está à vista de todos», afirma, orgulhoso, que «aqui, em Santa Luzia, vive-se bem!». Ao Madeira Livre, o edil confessa que «um dos principais problemas desta zona prende-se com a questão do estacionamento. Devido à sua proximidade ao centro do Funchal, diariamente é
munícipes». Sempre com o lema «fazer o que estiver ao nosso alcance», a Junta de Freguesia de Santa Luzia trabalha, dia-a-dia, para o bem-estar da população. Por isso, todas as quartas-feiras, as portas do gabinete da Presidência estão abertas para receber os munícipes e, hoje em dia, um presidente de Junta acaba por ser de tudo um pouco: amigo, companheiro, psicólogo, confidente, e, como revela o edil, «neste momento, devido à situação que estamos a atravessar, é muito constrangedor ouvir o desabafo das pessoas e sentirmo-nos de mãos atadas, sentirmo-nos impotentes para resolver determinadas situações». Por isso, acrescenta, «a minha política nunca foi prometer, mas sim tentar resolver o que pudermos. Posso dizer que um presidente de Junta neste momento, na situação actual, sofre um bocadinho». Embora com a consciência de que «podemos fazer sempre mais», reconhece que em Santa Luzia há já uma aposta ganha na área social, com o surgimento do Centro de Convívio. Um espaço que chama a si a responsabilidade de «dar qualidade de vida a este leque de população que merece uma especial atenção, que são os menos jovens». É ali que se desenvolve as actividades direccionadas aos mais velhos, actividades essas que vão desde palestras, passeios, visitas culturais e convívios. Ao longo de todo este seu percurso na Junta, esta é a obra que mais o enche de orgulho e onde sente, de certa forma, que irá deixar a sua marca. «O meu antecessor realizou a obra e eu estou a continuar. Para nós foi uma mais-valia. Santa Luzia só se restringia aqui à sede e desde que essa obra surgiu, a freguesia ganhou nova vida. Muita gente vive sozinha e neste momento tem uma companhia, tem um escape e para mim essa é uma obra que vai ficar sempre recordada na minha vida». Por isso, confessa que espera ver em breve parte do seu sonho realizado, «que é a ampliação deste centro, com um salão coberto, e assim, Verão ou Inverno podermos realizar todo o tipo de actividades». Um centro de convívio direcionado para os menos jovens e que, nos meses de Julho, Agosto e Setembro, quase que se transforma em ATL, «para poder responder às necessidades de muitos pais que durante este período têm dificuldade em deixar os seus filhos». São cerca de cem crianças da freguesia que, ao longo do Verão, vão frequentar o Centro de Convívio, trazendo, assim, uma maior alegria, uma nova vida aos mais velhos neste encontro de gerações. «Pudera eu ter oportunidade de acolher mais gente, mas, devido ao espaço reduzido, é impossível abrir mais vagas». Santa Luzia não é uma freguesia com muitas carências, «apesar de haver famílias com algumas dificuldades», famílias essas que, de acordo com o autarca, estão devidamente identificadas. Mas, é precisamente na área social onde incide o trabalho levado a cabo pela Junta de Freguesia. «Cada vez mais há famílias a passar dificuldades e Santa Luzia não é excepção. Tentamos minimizar a pobreza ao máximo na freguesia, mas a verdade é que esse é um aspecto
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Desfrute Machico – Uma porta aberta para o Mundo Em Julho de 1419, João Gonçalves Zarco e Tristão "das ilhas" desembarcaram na formosa praia de Machico. Dava-se, assim, início à gloriosa epopeia dos descobrimentos portugueses. Aqui, foi celebrada a primeira missa na Madeira, por padres franciscanos - no dia da visitação de Santa Isabel (2 de Julho) - que acompanharam a expedição, como agradecimento e regozijo da descoberta. oje, passados cinco séculos de existência, Machico continua a marcar a diferença, graças à perseverança do seu povo. Um povo que se revê na sua freguesia-cidade, que no seu dia-a-dia mantém vivas as tradições de outrora. Actualmente, a freguesia de Machico acolhe cerca de 14 mil habitantes, numa fusão de gerações onde, a exemplo do que se passa um pouco por toda a ilha, sobressai a população mais idosa. Por isso, um dos propósitos da Junta de Freguesia local é não deixar “morrer” usos e costumes de outros tempos, de forma a preservar esta parte da sua história. Em 2005, Ricardo Sousa abraçou o desafio de comandar os destinos desta autarquia e hoje, em cumprimento do seu segundo mandato, afirma que «sinto-me e parece-me que é sempre o primeiro dia quando cá chego. Numa terra em que se precisa trabalhar muito para merecer a confiança das pessoas, uma Junta que só há um mandato e meio atrás é que é PSD, a minha segunda reeleição é que foi a minha prova de fogo. E tento não defraudar a confiança que foi depositada em mim». E não defraudando esta confiança, a Junta de Machico tenta «ser um complemento a todas as actividades que se fazem no concelho e a Câmara desempenha um trabalho impecável ao nível do ordena-
como nas novas tecnologias». Além disso, os mais velhos podem aprender a andar de bicicleta, têm a oficina da pintura, a parte da alfabetização, do inglês, a parte da cultura, a parte dos passeios, em que a Junta organiza passeios anuais para assim dar oportunidade aos menos jovens de conhecer locais novos e novas culturas. E, como afirma o jovem presidente, esta parte social «faz com que as pessoas esqueçam várias maleitas e mantenham-se sempre activas». Existe também a Tunisénior, que é muito solicitada para animar vários eventos, o teatro dito normal e o teatro de sombras chinesas, em que as pessoas recriam histórias com as sombras. «E este teatro vai estar no encerramento do ano escolar. São os avós que vão subir ao palco enchendo de orgulho os netos e isto, parecendo que não, é um crescer da auto-estima para eles». Há também os santos populares, quadra muito festiva e vivida em Machico, que além das tradicionais marchas ainda mantém viva a tradição das joeiras e dos fontenários. E tudo isto é um recriar. E isso é fundamental, porque a cultura está enraizada na população e, para o edil, mais importante do que trazer coisas novas, é reavivar o que faz parte da cultura e da tradição deste povo. Desta forma, tradição e cultura caminham a par e passo. Ainda na área social, criou-se em Machico um Clube de Emprego, que funciona em parceria com o Instituto de Emprego e com o tecido empresarial do concelho.
Também aqui, de acordo com Ricardo Sousa, «não se caiu na tentação de dar. Criou-se o Clube de Emprego e juntamente com a DTIM criou-se o Centro de Novas Oportunidades. Assim, damos oportunidade aos desempregados de enriquecer o seu currículo de modo a poderem voltar ao mercado de trabalho com outras possibilidades, com mais conhecimentos, com as suas competências validadas e consequentemente com maior auto-estima». No que diz respeito à habitação, a Junta fez um levantamento exaustivo e referenciou casos de famílias que viviam em más condições de habitabilidade. «Trabalhamos permanentemente em colaboração com o Instituto de Habitação e reencaminhamos os casos mais problemáticos. Houve um projecto que pudemos aproveitar com a ADERAM – Associação de Desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira através do qual conseguimos contemplar 50 casais a quem nós fornecemos telhas, armação em ferro e tintas e as pessoas davam a mão-de-obra. Foi um projecto-piloto e estamos a ver, juntamente com a Câmara Municipal, se é possível alargar para todas as freguesias do concelho, mas não sabemos se existe disponibilidade financeira para albergar mais um projecto destes. Estamos a dar os primeiros passos a ver se conseguimos alcançar este objectivo, porque é um projecto muito válido, em que todas as partes ficam comprometidas, desde o Governo
paragens de autocarro e, em conjunto com a Câmara Municipal, temos colocado a toponímia». Actualmente, cerca de 75 a 80% da toponímia está concluída, mas ainda há muito trabalho pela frente. Como revelou, «temos estes dados todos informatizados e junto estamos a colocar toda a sinalética e neste momento eu sei todos os sinais de trânsito que existem em Machico, quais são, quantos são e onde estão. Estão todos georreferenciados». Trata-se um um projecto-piloto realizado juntamente com a Câmara Municipal e com a Direcção Regional de Geografia e Cadastro e toda esta interajuda faz com que a população vá ganhando qualidade de vida. A Junta de Freguesia de Machico é uma Junta a tempo inteiro, no verdadeiro sentido da palavra, que ao longo do ano assinala os dias festivos, como sejam o Dia da Criança, o Dia da árvore, e, de acordo com o autarca, no início de cada período escolar, a Junta reúne com a direcção das escolas para concertar estratégias tanto para a comunidade escolar como para as crianças. Além disso, complementa algu-
mas actividades com as escolas, nomeadamente exposições, um ATL para ocupar as crianças, trabalhos lúdicos, para além do apoio quotidiano que a Junta dá às escolas. Depois, e aberto a toda a população, a Junta promove um concurso literário para que assim as pessoas possam mostrar a sua aptidão para as letras. Com um orçamento diminuto, «temos de ser engenhosos», ainda para mais numa Junta activa, que todos os meses promove uma, duas ou três actividades, abrangendo o máximo possível de população. Como afirma o edil, «tudo o que se construiu ao longo dos anos, criou condições para fixar os jovens à freguesia». Machico, felizmente, orgulha-se de ter um pouco de tudo. Comércio, cafés, restaurantes, boutiques, igrejas, capelas, hotéis, praias, jardins, espaços de lazer são mais-valias que enriquecem o quotidiano que quem aqui vive, trabalha ou pura e simplesmente vem de visita. No entanto, Ricardo Sousa confessa que aqui faz falta um mercado de agricultura, um espaço onde as pessoas possam vender o
que produzem. Aliás, este é um dos seus sonhos para a freguesia. Um sonho que considera ser uma mais-valia para a população, um sonho que um dia espera ver tornar-se realidade. Além disso, falta também um centro de dia, porque apesar de a Junta tentar colmatar este problema com a Universidade Sénior, a verdade é que, actualmente, já não tem capacidade de resposta para a imensa procura. Faz falta também um pavilhão gimnodesportivo, porque o que existe já não tem condições. Há também algumas veredas na freguesia, algumas delas muito procuradas, que necessitam de intervenção, de modo a torná-las mais atractivas, mais carismáticas. «Basicamente são estas as lacunas que nós temos, porque tudo o resto, felizmente, estamos bem apetrechados», afirma. A freguesia está bem dotada em termos de escolas e embora uma ou outra esteja carenciada de obras de remodelação, «já estão contempladas no Programa de Governo. Temos um parque desportivo que é muito bom, temos o parque de Água de Pena, que não faz parte da freguesia mas que serve o concelho, porque também não podemos ter a pretensão de querer tudo, porque temos de nos complementar e até porque as distâncias não são assim tão grandes». Quanto ao Fórum Machico, o edil afirma que é necessário dinamizar este espaço, porque é um espaço nobre, tão bom, que muitas vezes fica esquecido. No entanto, considera que a população também tem a sua responsabilidade, porque não podem ser as entidades a construir, os agentes culturais a trabalhar e ainda assumir a responsabilidade de encher o espaço. «Fruto do Município da Cultura, felizmente que o Fórum Machico está mais activo, mas era bom que se criasse grupos para dinamizar este espaço». Ricardo Sousa pede ainda uma maior dinamização em termos de tecido empresarial da freguesia, de modo a atrair ainda mais pessoas à baixa da cidade, em qualquer época do ano. Apesar de jovem, o autarca deixa bem viva a sua passagem nas suas actividades na Junta de Freguesia, mas é na Universidade Sénior onde regista a sua marca, «algo que me enche de orgulho… ver a alegria de quem por cá passa. Não é nada físico, é a parte do trabalho humano que aqui se desenvolve». E, é neste sentido humano, que deixa uma mensagem aos seus munícipes: «Contem com a Junta de Freguesia. Nós contamos convosco. Só não fazemos se não pudermos. Não prometo nada. Prometo apenas trabalho, dar o meu melhor dia-a-dia, todos os dias!»
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mento do território, da construção, da feitura das obras, dando melhores condições ao concelho, e nós trabalhamos na parte do social, do cultural, que era a maior lacuna que existia». Ao Madeira Livre, o edil confessa que, quando chegou à Junta, foi necessário fazer uma radiografia à freguesia para detectar as necessidades da população e, ao fazer esse trabalho, Ricardo Sousa e a sua equipa identificaram várias áreas que estavam descuradas. No social, numa primeira fase, a Junta decidiu ir ao encontro das pessoas, identificar polos de pobreza, mas, hoje em dia, «vimos que isso não era o mais indicado, porque muitas vezes entregamos um cabaz de compras uma vez por ano e as pessoas não vivem com um cabaz de compras e era necessário apostar numa coisa mais duradoura, que perdurasse no tempo». Seguindo a máxima do velho provérbio: Dá a cana e não o peixe, a Junta apostou na Universidade Sénior. Um projecto arrojado, que começou com meia dúzia de pessoas em 2008 e que agora conta já com 270 pessoas. Utentes que diariamente frequentam a Junta e que, de acordo com o edil, «muitas vezes até nem têm actividades, mas que já estão de tal forma tão familiarizados com a Junta que vêm para cá. É um encontro e as pessoas têm um problema muito grande que é a solidão e nós tentamos colmatar isso com a criação de oficinas, onde as pessoas ganham competências em diversas áreas,
Regional, que coloca o projecto ao dispor, como a Câmara, que contribui com uma percentagem, a Junta de Freguesia, que faz um trabalho de campo de identificação, como a própria população, que tem de assumir os seus compromissos». A Junta de Freguesia de Machico não descura a área da Saúde e, prova disso, é o sucesso alcançado pela Feira da Saúde, evento que tem lugar no mês de Maio, mês do coração. Este ano, como revela o edil, «até que foi um ano feliz, porque desenvolvemos no concelho de Machico um projecto com a Liga Portuguesa Contra o Cancro intitulado “Um dia pela vida”», que encerrou no passado dia 22, com uma missa na Igreja Paroquial de Machico, «em que tivemos dois objectivos: o primeiro foi dizer à população que o cancro não é sinal de morte. O cancro é curável, só tem um senão: tem de ser diagnosticado precocemente. O outro objectivo era angariar fundos para esta causa e atingimos um valor considerável – cerca de 50 mil euros. Isto culminou com a Feira da Saúde, onde conseguimos reunir todos os agentes de saúde do concelho», desde farmácias, policlínicas, centros de saúde, Santa Casa da Misericórdia, e agentes que promovem a saúde, como é o caso dos ginásios, em que durante uma semana esteve ao dispor da população rastreios, actividades físicas e palestras, «para que a população esteja sempre atenta e bem informada.Temos uma parceria com a Rádio Zarco, a rádio local, o que nos permite levar esta mensagem ao maior número possível de pessoas. Temos alguns protocolos com algumas instituições de saúde e ao longo do ano promovemos, também, vários rastreios». Em relação ao ambiente, o trabalho da Junta complementa o trabalho levado a cabo pela Câmara Municipal, nomeadamente com a plantação de árvores, no Dia Mundial da Árvore, a limpeza das praias, a manutenção das veredas e levadas. Em termos de acessibilidades, a freguesia de Machico, em termos gerais, está muito bem servida. Neste momento estão em construção dois caminhos agrícolas - o Caminho da Tintureira e outro no sítio do Piquinho e Serra de Água, que é uma maisvalia para ser um incremento para a agricultura e para o ambiente. Como afirma Ricardo Sousa, «se nós tivermos todos os terrenos cultivados, em termos ambientais é aprazível e nós estamos aqui no meio de um vale e é a paisagem que fica valorizada e o concelho de Machico também». Os grandes arruamentos, afirma o autarca, «já estão feitos e há pequenos acessos que vão surgindo. Temos construído pequenas veredas, porque às vezes é difícil levar o carro até casa. Temos tido também especial atenção com os abrigos nas
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Longe vão os tempos em que o Porto Santo era pura e simplesmente um destino de férias de verão, uma ilha quase despida de infraestruturas básicas, que sentia, ano após ano, a discrepância entre o movimento e a euforia do verão e a monotonia do inverno. Longe vão os tempos em que os seus habitantes tinham de se deslocar à ilha-mãe para prosseguir os seus estudos, tratar da sua saúde e até mesmo resolver alguns assuntos do quotidiano. oje, o Porto Santo, além de manter a característica de continuar a ser um destino de férias favorito, não só dos madeirenses como de muitos portugueses e estrangeiros, acolhe todas as infraestruturas básicas necessárias à qualidade de vida da sua população. Por isso, a Junta hoje tem outras perspectivas que não tinha outrora. Antigamente, «a Junta pouco mais fazia do que passar simples atestados». Hoje, no seu segundo mandato, José Idalino Vasconcelos confessa que as necessidades são outras. «A consciência política hoje também é diferente, estamos mais próximos do cidadão e o aspecto social é cada vez mais patente». Por esta razão, as acções da Junta de Freguesia dividem-se em três grandes áreas:
Um cantinho do céu à beira-mar plantado
com o grupo coral infantil, composto por crianças e jovens com idades compreendidas entre os seis e os 14 anos, o festival infantil da canção, diversos espectáculos ao longo do ano e também, todos os anos, promove um encontro de folclore, maioritariamente com grupos da Madeira, um ou outro grupo do continente «e já tivemos um grupo da Galiza». Este ano, avança Idalino Vasconcelos, «vamos fazer este evento com um formato diferente. Vamos tentar arranjar patrocínios, porque a Junta não tem capacidade para assumir o evento sozinha. A verdade é que não custa muito, mas há outras prioridades e não podemos pôr o folclore acima da acção social». O presidente da Junta de Freguesia afirmou ainda que «pretendemos fazer melhor, mas, devido aos cortes sistemáticos que temos vindo a sofrer, além do facto de termos aumentado a população, ajudamos as três escolas primárias e isso leva também uma fatia do nosso orçamento». No entanto, apesar da boa qualidade de vida que o Porto Santo oferece, do clima invejável, da sua magnífica praia e dos esforços levados a cabo pelo Governo Regional, pela Câmara Municipal e pela Junta de Freguesia, a verdade é que, confessa o edil, «é cada vez mais difícil fixar os jovens». Por isso, Idalino Vasconcelos afirma que «julgo que era fundamental incentivar e motivar a juventude a tirar cursos de formação profissional na área do turismo, porque o futuro do Porto Santo está no turismo. Muitos acreditam que o grande impasse está no Colombo’s Resort. Depois, quando esta situação estiver resolvida, as coisas vão surgir naturalmente». Além disso, o autarca é da opinião de que se devia incentivar uma parte da juventude
para a agricultura. «Se existiu agricultura no Porto Santo até há bem pouco tempo, julgo que não é impossível cultivarmos os bens primários como fazíamos antes. Cultura de sequeiro: o trigo, as lentilhas, porque não? Nós temos o melhor vinho português, e por que não mantermos a cultura?», refere. Segundo afirmou, o Porto Santo dispõe de todas as infraestruturas necessárias: o aeroporto, o porto, as estradas, isto é, neste aspecto, «estamos muito bem servidos». Aliás, ressalva, «estamos bem servidos também no campo da saúde e no campo da educação. Temos boas escolas, bons professores e óptimas infraestruturas nestas áreas. Temos um centro de saúde que funciona bem, em casos mais graves temos o transporte imediato que leva o doente para o Funchal, por isso, estamos
bem servidos nessa área. Todas as pessoas têm médico de família», o que nem sempre é uma realidade noutras partes. Por tudo isto, Idalino Vasconcelos afirma ao Madeira Livre que «a obra está feita, está à vista de todos e, se formos realistas, pouco ou nada podemos pedir». No entanto, confessa, «desde a primeira hora que entrei para a Junta, sonhei com uma unidade de saúde capaz de dar resposta a todas as necessidades da população. Mas, acho que, para aquilo que nós fomos e para aquilo que somos, somos ricos. Tudo isso deveu-se a uma vontade e capacidade política de fazer as coisas», a tempo e bem feitas. Por isso, «acho que ninguém duvida que o Porto Santo é, ainda hoje, um cantinho à beiramar plantado», porque aqui sente-se a natureza, aliada ao carisma da população e à cultura e tradição de um povo.
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Porto Santo:
social, juventude e cultura, sendo a área social a mais proeminente do trabalho diário da autarquia. Como ressalva o edil, «ajudamos entre 80 a 100 pessoas carenciadas». Até há cerca de três anos, eram as pessoas mais idosas que necessitavam de ajuda, e essa ajuda era, e continua a ser dada, através de alimentos, medicamentos, fraldas e óculos. Hoje, e devido à conjuntura em que vivemos, há um maior número de pessoas a necessitar de apoio social e, nos últimos tempos, desabafa o autarca, «temos vindo a notar que há jovens que estão a passar necessidade». Por isso, a Junta teve de racionar o pouco de que dispõe «e apenas pode ajudar com 30 euros para cada pessoa, o que é pouco», reconhece. As pessoas levam os vales, vão ao supermercado e fazem as suas compras. «Infelizmente, no passado mês de Março, tivemos de reduzir e não demos a ninguém. A não ser casos muito, muito esporádicos». Até ao ano passado, a Junta subsidiava os cerca de 50 estudantes universitários com aproximadamente 600 euros por ano. Como aumentou o número de jovens a ingressar o ensino superior, a Junta viu-se obrigada a baixar esse montante para 180 euros/ ano. «Como é muito pouco, alteramos o regulamento e vamos dar um pouco mais, mas a menos jovens. Vamos baixar para 30 jovens para podermos ajudar um pouco mais, porque temos de apostar na juventude, pois os jovens de hoje serão os homens de amanhã. Serão os nossos políticos, os nossos professores, os nossos empresários e, se prepararmos bem os nossos jovens, com certeza que teremos bons homens amanhã». No campo da cultura, o Porto Santo conta
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II FÓRUM SOCIAL:
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“Novas drogas, novos desafios” O II Fórum Social da JSD/Madeira realizouse no passado dia 16 de Junho, na discoteca Vespas - Espaço Jam. Coincidente com a Semana da Prevenção da Toxicodependência e tendo como base o surgimento de novas substâncias, este fórum esteve subordinado à temática “Novas Drogas, novos desafios”.
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Actividades das Concelhias e Núcleos da JSD
de Administração e Línguas, e da Dra. Lucília Gonçalves, da Escola Hoteleira e Escola Profissional Atlântico. No dia 22, os ESD’s do Ensino Superior do Funchal realizaram as “Conversas de Café” com o tema: “Construindo o Futuro com os estudantes de hoje”. A Sede do PSD/ Madeira no Campanário foi palco de um Torneio de Pro Evolution Soccer, organizado pelo Núcleo da JSD/Campanário, no dia 25. Já no dia 26 de Junho, a JSD/Santa Cruz colaborou em mais uma Mostra Todo-o-Terreno, desta feita no Caniço. No Funchal, o dia 26 foi dedicado à Saúde e ao Desporto com a “I Feira da Saúde e do Desporto”, organizada pela JSD/Funchal nos Jardins do Lido. Para o mês de Julho estão já agendadas outras acti-
vidades, como, por exemplo, o concurso “Vozes e Talentos do Caniçal”, no dia 2, no Centro Cívico do Caniçal. A decorrer, continua a campanha de recolha de tampas de plástico, no âmbito da iniciativa “Tampinhas” da APD – Funchal. Estas poderão ser entregues na sede do PPD/ PSD do Imaculado Coração de Maria, das 15:00 às 18:00 horas. A JSD/Madeira, através da Comissão Política Regional e do Secretariado, já está a preparar junto das Concelhias e dos militantes a sua participação na grande Festa do PPD/PSD-Madeira, na Herdade do Chão da Lagoa, que terá lugar no dia 31 de Julho e que tem como cabeça de cartaz o cantor brasileiro Netinho. Não faltes à maior festa da Madeira!
JSD vai “Percorrer as 54 Freguesias” relacionou a prevenção com a educação, afirmando que esta deveria ser a base de toda a mudança. Ressalvou, igualmente, que o trabalho de intervenção deve ser realizado em equipa, sendo que esta tem de ser composta por importantes peças, como os pais e professores. Finalmente, César Horta desenvolveu o seu discurso em torno das experiências da sua associação “Desafio Jovem”, em território madeirense, e no papel que a motivação e
a esperança podem ter no percurso difícil de recuperação daqueles que se envolvem no mundo da toxicodependência. Como já vem sendo habitual, cada iniciativa da Juventude Social Democrata espelha-se como local de debate e formação. Seguindo esta linha de formação cívica, o fórum culminou com a colocação de perguntas e testemunhos por parte dos presentes. Prevenção, alteração à lei, atenção, cui-
dado, entre muitas outras palavras de ordem, formam as conclusões de mais uma iniciativa dos jovens laranja, que se mostram atentos e empenhados nas problemáticas que vêm afectando a juventude. De referir ainda que a JSD, através da deputada Cláudia Monteiro de Aguiar, vai apresentar na Assembleia da República uma alteração à lei 15/93, tendo em vista a inclusão das novas drogas no rol de drogas ilícitas.
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estrutura regional da JSD/Madeira irá iniciar, a partir do dia 2 de Julho, um circuito por todas as freguesias da Região, numa iniciativa denominada “Percorrer as 54 Freguesias”, e que terá como objectivo o contacto e o estreitar de relações com as populações locais, o aprofundamento do conhecimento relativamente às realidades socioeconómicas e culturais. Neste circuito, a JSD/Madeira irá visitar as várias infraestruturas de todas as 54 freguesias, desde os Centros de Saúde, Centros Cívicos e Fóruns, instalações autárquicas entre outras, contactando com as populações e promovendo uma abertura desta Juventude Partidária a toda a população, desde os jovens aos menos jovens. É imperativa a preocupação com os interesses da população de toda a Região, de todas as faixas etárias, e independentemente das suas condições sociais. Nenhuma juventude partidária, como a JSD/ Madeira, demonstra a preocupação de ouvir os anseios e as prioridades dos madeirenses. A JSD/Madeira tem lutado para
manter-se ao lado da população, ouvindo as suas preocupações, os seus interesses e as suas causas, e é esta abertura que nos diferencia de todas as outras juventudes partidárias e dos outros partidos da oposição. É neste sentido de abertura e de disponibilidade para o diálogo com as populações que a JSD/Madeira está a organizar esta iniciativa “Percorrer as 54 Freguesias”. Esta iniciativa tem início no dia 2 de Julho, em Santa Cruz. No dia 3, será a vez de a JSD/Madeira ouvir a população das freguesias de São Vicente, no dia 8 será em Câmara de Lobos, dia 9 Ribeira Brava e dia 10 de Julho a “Jota” vai até ao Porto Moniz. Seguem-se no dia 17 Santana, no dia 22 de Julho a Ponta do Sol, no dia 23 de Julho a JSD percorre o concelho de Machico, e no seguinte, 24 de Julho, as freguesias da Calheta. Entre os dias 17 e 21 de Agosto a caravana ruma ao Concelho de Porto Santo e nos dias 27 e 28 de Agosto a JSD/Madeira termina este périplo pelas 54 freguesias, no concelho do Funchal.
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s oradores convidados foram Rafaela Fernandes, advogada e deputada do Partido Social Democrata na Assembleia Legislativa da Madeira, Nélson Carvalho, director do Serviço Regional de Prevenção da Toxicodependência, Marco Gomes, director Pedagógico da Escola APEL, e César Horta, da Associação “Desafio Jovem”. O Fórum iniciou-se com a visualização de uma reportagem acerca deste tema, como forma de contextualização. De seguida, tiveram lugar as intervenções dos convidados. Rafaela Fernandes fez uma resenha histórica da lei no que concerne às drogas, diferenciando as substâncias lícitas das ilícitas. Utilizou casos de outros países, equiparando-os à realidade portuguesa. Por outro lado, Nélson Carvalho assentou a sua abordagem numa das palavras de ordem de toda a iniciativa: prevenção; tendo, ainda, enumerado algumas das campanhas levadas a cabo pelo Serviço Regional que tutela. Marco Gomes
mês de Junho ficou marcado pelo intenso painel de actividades dos diversos núcleos e concelhias da JSD/Madeira. No dia 6, os ESD’s do Ensino Superior do Funchal fizeram uma pré-apresentação dos Mapas do Estudante, na Sede Regional do PSD/Madeira. No dia 10, a JSD/Câmara de Lobos dedicou o seu dia à observação de cetáceos, com um passeio de catamaran na costa sul da Região. Também neste dia, a JSD/São Vicente retomou a tradição, realizando, no Anfiteatro da Fajã do Penedo, os Jogos Tradicionais. Nos dias 10 e 11, a JSD/ Porto Moniz dedicou o fim-de-semana ao contacto com a natureza, através do acampamento “Jotanature”. Ainda no dia 11, houve tempo para o desporto, no torneio de Futebol de 7, da responsabilidade da JSD/Santo António, JSD/São Roque e JSD/Monte, no Campo do Andorinha. No dia 18 de Junho, realizou-se a 1ª Prova da Taça da Madeira Downtown – Juventude de Santa Cruz, na baixa da cidade, uma iniciativa com mais de 70 inscritos, organizada pela Associação de Ciclismo da Madeira com a colaboração da JSD/Santa Cruz. Também em Santa Cruz, a JSD local promoveu uma Exposição de Carros Todo-oTerreno junto à Praça do Mercado, onde os transeuntes puderam observar várias viaturas que preferem a terra batida ao asfalto. No mesmo dia, o Núcleo de Freguesia de São Jorge, em Santana, organizou uma Acção de Limpeza no Calhau de São Jorge. O Núcleo da JSD na freguesia do Caniçal organizou, também na tarde do dia 18, uma Competição – “Quem pesca mais peixes” (sob o lema “Traz a tua cana e vem pescar!”) no Porto do Caniçal, onde vários militantes da JSD, e não só, se juntaram para pescar com boa-disposição e convívio. No dia 20, realizou-se a palestra – “Oferta Formativa – RAM” na Sede do PSD da Santa, no Porto Moniz. Esta iniciativa, organizada pela JSD do Porto Moniz, contou com a presença das oradoras Dra. Luz Silva, do Instituto Superior
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ELES “GANHAM” SEMPRE!...
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VEJA OS GRANDES “VENCEDORES” DAS ÚLTIMAS ELEIÇÕES!...
Jacinto “Ganhou” com 14,6%
Rodrigues “Ganhou” com 13,7%
Almada “Ganhou” com 4%
Edgar “Ganhou” com 3,6%
Welsh “Ganhou” com 2,9%