1 minute read

Calendários José Luis Outono

JOSÉ LUIS OUTONO

- UM DIREITO

Calendários

Um ribeiro soltou a sua cadência e dialogou com as margens.

Nas possibilidades adjacentes de um desaguar pleno há contratempos disformes, que rasgam novos caudais e soletram uma espera ardilosa de encontros entre palavras e ditos programas tecnológicos, que tudo facilitam.

As notícias tentam meter as argumentações válidas para um encanto de reportagem, e as bancadas da defesa, ou do ataque, simulam sorrisos com assinaturas de carimbo usual onde tudo está bem, onde tudo correrá melhor, onde tudo será mais um enredo de tempos enervantes, onde a espera é o arguido número um da ânsia de quem quer ver calmantes nas novelas, sem precipitações de pensamentos envolvendo cortes.

As telas multiplicam-se em filas de espera, enquanto os pincéis programados agilizam rastos para rasgar o branco sincero da canção finalista.

Hoje, amanhã, depois … os calendários vão agilizando a programação de um viver num dialecto surdo de ânsias provocadoras, enquanto as páginas agitam “gordas” num jogo de compra em primeira mão.

Rios, mares, grutas, rochedos … horizontes infindáveis de pensamentos constantes, e um dia tudo acaba na inocência dos tempos perdidos … ou ganhos!

in «ENREDOS & OUTROS MARES» José Luís Outono Edição 2021

This article is from: