Tfg lucivânia policarpo

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

CENTRO DE CULTURA, ESPORTE E LAZER DE COREAÚ.

Trabalho apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo, do Centro Universitário Estácio do Ceará, como requisito para obtenção do título de graduação.

Autor(a): FRANCISCA LUCIVÂNIA ALBUQUERQUE Orientador(a): KELMA PINHEIRO LEITE

Fortaleza – CE Novembro – 2017

POLICARPO


Centro Universitário Estácio Do Ceará Curso de Arquitetura E Urbanismo

ALBUQUERQUE, Francisca Lucivânia Policarpo Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú. Francisca Lucivânia Policarpo Albuquerque; Kelma Pinheiro Leite (Orient). Fortaleza, 2017. 125 fl. TFG, Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Estácio Do Ceará. Fortaleza, 2017. Centro cultural; Novo urbanismo; Integração; Cultura; funcionalidade.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ALBUQUERQUE, FRANCISCA LUCIVÂNIA POLICARPO; CENTRO DE CULTURA ESPORTE E LAZER DE COREAÚ. TFG, CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ, FORTALEZACE, 2017; 125 FL.


“A arquitetura é a arte que dispões e adorna de forma as construções erguidas pelo homem, para qualquer uso, que vê-las pode contribuir para sua saúde mental, poder e prazer.” John Ruskin


AGRADECIMENTOS

A Deus pela minha vida, por todos objetivos alcançados e por permitir minha formação em Arquitetura e Urbanismo. Aos meus pais, ao meu irmão, ao meu namorado, aos meus avós e aos meus tios, pelo o amor, incentivo, por todo esforço realizado para me ajudar durante essa jornada de estudos e pelo apoio incondicional nas horas difíceis. Meus agradecimentos aos meus amigos, por sempre ter me ajudado, incentivado e por ter passado noites em claro durante os semestres mais difíceis, pois me ajudaram a vencer todas as etapas, durante esses períodos. Onde vão sempre continuar presentes em minha vida, como companheiros de trabalhos e irmãos na amizade. Aos meus professores por me proporcionar conhecimento, pela dedicação nos ensinamentos, pelas amizade, conselhos, e empenho para me ajudar sempre que foi necessário, terão os meus eternos agradecimentos. A minha orientadora, pelo o apoio, confiança, pelas suas correções, incentivos, conselhos e pelo o tempo dedicado a ajudar na elaboração desse trabalho. A instituição pela oportunidade, pelo ambiente criativo, amigável, pelos profissionais aptos a sempre compartilhar conhecimentos e pelo espaços disponíveis para estudos. A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha vida nesses anos de universitária, que contribuíram para minha formação, o meu muito abrigada.


RESUMO

Este trabalho fundamenta-se a partir de um anteprojeto arquitetônico de um Centro Cultural para o município de Coreaú-Ce, com finalidade de promover atividades culturais e incentivar a valorização artística local, o espaço também desenvolverá atividades esportivas e disponibilizará de uma ampla área de lazer, em que possa receber diversos eventos de forma adequada. Sendo assim, idealizando o Centro Cultural como um equipamento público que estimule a pratica da cultura, principalmente para as pessoas que nunca tiveram acesso a esse meio. Além disso, na edificação será utilizado técnicas e materiais construtivos que se adeque ao clima local, outra característica será a integração com meio urbano, exercendo uma união entre ambos.

Palavras-chave: funcionalidade.

Centro

cultural;

Novo

urbanismo;

Integração;

Cultura;


LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Quadra Poliesportiva ........................................................................

21

Figura 02 – Biblioteca Pública municipal..............................................................

21

Figura 03 – Praça Pública ...................................................................................

21

Figura 04 – Jogo de Futebol, Campo ..................................................................

22

Figura 05 – Caminhada, Loteamento Residencial Palma ...................................

22

Figura 06 – Zumba, Quadra Poliesportiva ..........................................................

22

Figura 07 – Igreja Matriz Primitiva, 1856 ............................................................

36

Figura 08 – Praça Matriz de Coreaú ...................................................................

36

Figura 09 – Evento do Leiruá ..............................................................................

37

Figura 10 – Apresentação do Leiruá ...................................................................

37

Figura 11 – Festival de Quadrilha .......................................................................

38

Figura 12 – Quadrilha da Beija Flor do Sertão ....................................................

38

Figura 13 – Monumento de Nossa Senhora da Piedade ....................................

38

Figura 14 – Estande Caldeirão da Cuca .............................................................

39

Figura 15 – Equipe de Personagens ...................................................................

39

Figura 16 – Coreaú Social Club ..........................................................................

40

Figura 17 – Praça do Mercado ............................................................................

40

Figura 18 – Mercado Público ..............................................................................

42

Figura 19 – Centro Comercial .............................................................................

43

Figura 20 – Centro Comercial .............................................................................

43

Figura 21 – Industria de Calcário ........................................................................

43

Figura 22 – Rio Coreaú .......................................................................................

45

Figura 23 – Açude Novo ......................................................................................

45

Figura 24 – Carnaúba .........................................................................................

46

Figura 25 – Carnaúba .........................................................................................

46

Figura 26 – Localização dos Bairros ...................................................................

48

Figura 27 – Sistema Viário ..................................................................................

49

Figura 28 – Município de Coreaú-Ce , 2004 .......................................................

55

Figura 29 – Município de Coreaú-Ce , 2016 .......................................................

56

Figura 30 – CUCA , Fortaleza .............................................................................

67


LISTA DE FIGURAS

Figura 31 – CUCA , Implantação ........................................................................

68

Figura 32 – CUCA ,Planta Perspectiva Pavimento Inferior .................................

68

Figura 33 – CUCA ,Planta Perspectiva Pavimento Superior .................................

69

Figura 34 – CUCA, Corte Esquemático –AA .......................................................

69

Figura 35 – CUCA, Corte Esquemático – BB.......................................................

69

Figura 36 – CUCA, da Barra ...............................................................................

70

Figura 37 – CUCA, da Barra ...............................................................................

70

Figura 38 – CUCA, Natação ................................................................................

70

Figura 39 – CUCA, Pista de Skate ......................................................................

70

Figura 40 – Centro Cultural Cais do Sertão, Recife-Pe, 2014 ............................

71

Figura 41 – Planta Baixa Térreo, Recife – Pe, 2010 ...........................................

72

Figura 42 – Planta baixa 1º Pavimento ...............................................................

72

Figura 43 – Planta baixa 2º Pavimento ...............................................................

73

Figura 44 – Planta baixa Cobertura ....................................................................

73

Figura 45 – Corte – AA .........................................................................................................

74

Figura 46 – Corte – BB ........................................................................................

74

Figura 47 – Corte – CC .......................................................................................

74

Figura 48 – Praça Juazeiro – Cais do Sertão .....................................................

75

Figura 49 – Exposição, Cais do Sertão ...............................................................

75

Figura 50 – Exposição, Cais do Sertão ...............................................................

75

Figura 51 – Bloco Administrativo Da UFC, Crateús ............................................

76

Figura 52 – UFC, Implantação ............................................................................

77

Figura 53 – UFC, Planta baixa Térreo ................................................................

77

Figura 54 – UFC, Planta baixa 1º Pavimento .....................................................

78

Figura 55 – UFC, Corte AA ...........................................................................................

78

Figura 56 – UFC, Corte BB .................................................................................

78

Figura 57 – Centro Comercial .............................................................................

85

Figura 58 – Centro Comercial .............................................................................

85

Figura 59 – Localização do Terreno ....................................................................

86

Figura 60 – Raio de distâncias ............................................................................

86

Figura 61 – Terreno, Coreaú ...............................................................................

87

Figura 62 – Fluxograma ......................................................................................

88

Figura 63 – Solução Volumétrica ........................................................................

67


LISTA DE FIGURAS

Figura 64 – Volumétria Final, Implantação ..........................................................

75

Figura 65 – Implantação ......................................................................................

97

Figura 66 – Planta Baixa – Térreo ............................................................................

98

Figura 67 – Planta Baixa – 1º Pavimento ...........................................................

99

Figura 68 – Cortes: AA; BB .................................................................................

100

Figura 69 – Cortes: CC; DD; EE ......................................................................... Figura 70 – Estudo de incidência solar, Implantação (Período – Matutino – Julho à Dezembro ............................................................................................... Figura 71 – Estudo de incidência solar, Implantação (Período – Vespertino – Julho à Dezembro ............................................................................................... Figura 72 – Carta Transferidor estereográfico ....................................................

101

Figura 73 – Carta Solar estereográfico ..............................................................

103

Figura 74 – Fachadas Bloco 01 ..........................................................................

104

Figura 75 – Fachadas Bloco 01 ..........................................................................

105

Figura 76 – Fachadas Bloco 02 ..........................................................................

106

Figura 77 – Fachadas Bloco 02 ..........................................................................

106

Figura 78 – Vistas da edificação no terreno real .................................................

107

Figura 79 – Vista do terreno 02 ...........................................................................

107

Figura 80 – Vista do terreno 01 ...........................................................................

108

Figura 81 – Vista da Fachada Sul – Bloco 01 .....................................................

108

Figura 82 – Vista da Fachada Sul – Bloco 01 .....................................................

108

Figura 83 – Vista da Fachada Oeste – Bloco 01 .................................................

109

Figura 84 – Vista da Fachada Sul – Bloco 01, período noturno ..........................

109

Figura 85 – Vista Noroeste – Bloco 02 ................................................................

109

Figura 86 – Vista Fachada Oeste – Bloco 02 ......................................................

110

Figura 87 – Vista Quadra Poliesportiva ...............................................................

110

Figura 88 – Vista do terreno 02, período noturno ............................................... Figura 89 – Classificação das edificações quanto à sua ocupação ....................

110

Figura 90 – Dados para o dimensionamento das saídas ....................................

119

Figura 91 – Largura para deslocamento em linha reta.........................................

120

Figura 92 – Rebaixamentos de calçada – Vista superior ....................................

121

Figura 93 – Ângulo visual dos espaços para P.C.R. em teatros – Vista lateral .. Figura 94 – Auditório – Perspectiva ............................. .......................................

122

Figura 95 – Estantes em bibliotecas – Exemplo – Vista frontal .........................

123

102 102 103

119

122


LISTA DE FIGURAS

Figura 96 – Rampas fixas com i> 5% ..................................................................

124

Figura 97 – Rebaixamento da calçada sem rampas complementares ...............

124


LISTA DE MAPAS

Mapa 01 – Mapa de localização do município de Coreaú –Ce ...........................

18

Mapa 02 – Mapa de localização de Centros Culturais no Ceará ........................

29

Mapa 03 – Mapa de Coreaú –Ce ........................................................................ Mapa 04 – Mapa do zoneamento bioclimático brasileiro com destaque para Ceará em vermelho ............................ Mapa 05 – Unidades de Comércios na zona urbana da sede ............................

32

Mapa 06 – Unidades de Equipamentos Públicos na zona urbana da sede.........

44

Mapa 07 – Uso e Ocupação do Solo ..................................................................

48

Mapa 08 – Esporte, Lazer e Cultura, SEDE ........................................................

51

Mapa 09 – Macrozoneamento, SEDE .................................................................

53

Mapa 10 – Área de Preservação Ambiental ........................................................

56

Mapa 11 – Localização do Terreno, Coreaú .......................................................

84

34 42


LISTA DE TABELAS Tabela 01 – Municípios com Centros Culturais e População menor de 22.000 habitantes......................................................................................... Tabela 02 – Distância entre Coreaú (sede) para municípios vizinhos ................

30 33

Tabela 03 – Características de área e de população de Coreaú por distritos ....

33

Tabela 04 – Valores dB (A) e NC.........................................................................

117


LISTA DE QUADROS

Quadro 01 – Programa de Necessidade de Instituições Culturais ......................

65

Quadro 02 – Programa de Necessidade de Instituições Culturais ......................

66

Quadro 03 – Normas Técnicas, Portarias, Resoluções ......................................

80

Quadro 04 – Programa de Necessidades ..........................................................

93


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 – Participação dos Setores Econômicos no PIB do Município ..........

41


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 1.1

OBJETIVO GERAL .......................................................................

18 19

1.1.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS ...........................................................

19

1.2

JUSTIFICATIVA ..............................................................................

20

1.3

METODOLOGIA .............................................................................. 23

2. CONTEXTULIZAÇÃO ..............................................................................

26

2.1

CONCEITO DE CENTRO CULTURAL ............................................ 27

2.2

ORIGENS DOS CENTROS CULTURAIS ........................................ 28

2.3

CENTROS CULTURAIS NO CEARÁ .............................................

28

3. ÁREA DE INTERVENÇÃO ......................................................................

32

3.1

CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA .................................................

34

3.2

HISTÓRICO ...................................................................................

35

3.3

CULTURA ......................................................................................

36

3.4

LAZER ...........................................................................................

40

3.5

RENDA ..........................................................................................

41

3.6

INFRAESTRUTURA URBANA ......................................................

44

3.7

FORMA URBANA E ELEMENTO DA PAISAGEM ........................

45

3.8

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO .....................................................

47

3.9

POLÍTICA URBANA ....................................................................... 50

3.10

EXPANÇÃO .................................................................................

54

4. REFERECIAL TEÓRICO .........................................................................

58

5. REFERENCIAL PROJETUAL .................................................................

63

5.1 5.2 5.3

CAPACIDADE ................................................................................ 63 PROGRAMA DE NECESSIDADE – CENTROS CULTURAIS 64 VISITADOS ................................................................................... PROJETOS DE REFERÊNCIA .................................................... 67 5.3.1

CUCA DA BARRA ............................................................

67

5.3.2

CENTRO CULTURA CAIS DO SERTÃO .......................

70

5.3.3

UFC – CRATEÚS ...........................................................

76


SUMÁRIO

6. LEGISLAÇÃO ..........................................................................................

79

7. PROPOSTA ARQUITETÔNICA ..............................................................

84

7.1

TERRENO ........................................................................................ 84

7.2

FLUXOGRAMA ...............................................................................

88

7.3

CONCEITO .......................................................................................

88

7.4

PARTIDO ..........................................................................................

89

7.5

PROGRAMA DE NECESSIDADES ..................................................

91

8 PROPOSTA ARQUTETÔNICA ..................................................................... 96 8.1

9

IMPLANTAÇÃO .................................................................................

96

8.2 PLANTAS BAIXAS ............................................................................. 8.3 CORTES ............................................................................................

98 100

8.4 CONFORTO AMBIENTAL ..................................................................

101

8.5 FACHADAS ........................................................................................

104

8.6 ESTUDO DE VOLUMETRIA ...............................................................

107

CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................

112

REFERENCIAS ........................................................................................

113

APENDICE ...............................................................................................

117



18

1

INTRODUÇÃO

O presente trabalho consiste em propor um projeto de um Centro de cultura, esporte e lazer no município de Coreaú-Ce (Mapa 1). A definição do tema surgiu a partir da análise de equipamentos públicos contidos na sede do município, com isso, nota-se que não há equipamentos destinados a atividades culturais, apesar dos diversos eventos culturais realizados na cidade. Por essa razão é notório necessidade que a população tem de espaços adequados para praticar essas atividades. Mapa 1- Mapa de localização do município de Coreaú-Ce, 2017.

Fonte: Google.com / Adaptador pela autora.

Com base nessa análise, conclui-se também que o município é carente de um planejamento urbano adequado que seja voltado para o novo urbanismo, com a proposta do projeto foi feito um estudo sobre o planejamento da cidade buscando soluções urbanísticas apropriadas para ser aplicada no entorno da edificação. Em vista disso, o projeto tem como ideia oferecer uma instituição de valor para população, que possa adquirir relações com a cidade formando verdadeiramente um espaço público, promovendo atividades culturais que busque o incentivo, a valorização artística e atividades esportivas, além de oferecer áreas amplas de convivência onde possa reunir a sociedade e proporcionar um convívio entre elas, o


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programa de necessidades da edificação possui tributos essenciais para um bom funcionamento que possa proporcionar qualidade de bem-estar aos usuários.

1.1 OBJETIVO GERAL

Elaborar um projeto de um Centro de Cultura, Esporte e Lazer no município de Coreaú-Ce, onde possa proporcionar um espaço público de convívio e levar conhecimentos culturais para sociedade, integrando a população ao meio de atividades culturais, preenchendo as necessidades e ausências de equipamentos públicos no município.

Objetivos específicos

 Entender o desenvolvimento urbano da sede do município de Coreaú, por meio de análises do processo histórico, elaboração de mapas de uso e ocupação do solo, áreas de preservação ambiental e sistema viário, visando adquirir informações urbanas que não estão inseridas nos parâmetros da legislação local.  Desenvolver um projeto que possibilite a integração do meio urbano com a edificação, buscando atender aos aspectos funcionais e dinâmicos do programa de necessidades, além da utilização de materiais regionais e aplicação de tecnologias construtivas que possa se adequar ao clima local.  Requalificar a quadra poliesportiva do antigo centro comercial, integrando-a ao centro cultural proposto, para atividades complementares referentes à cultura regional e local, mantendo a referência histórica e afetiva do entorno.


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1.2 JUSTIFICATIVA

Analisando o perímetro urbano do município de Coreaú, nota-se que a cidade possui equipamentos públicos, mas a grande maioria deles se encontram desintegrados e abandonados pelo poder público. Além disso, percebe-se que o município é carente de espaços públicos bem estruturados que possam trazer atividades para a população e necessita de um planejamento urbanístico que atualmente não existe, onde o ideal que é a cidade já tivesse um planejamento de desenvolvimento voltado ao novo urbanismo. Diante disso, observa-se que a cidade não teve o devido investimento ao longo de sua formação e a intenção do projeto é criar um espaço público de convívio, buscando aspectos da história local e aspectos essenciais para o bem-estar da população, onde a cultura e o esporte e lazer estejam presentes, pois isso é um dos pontos mais deficientes do município. Portanto, o intuito da criação do Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú, será uma forma de introduzir a vida cultural na cidade, levando para sociedade conhecimentos culturais de uma forma dinâmica, principalmente àquelas pessoas que nunca tiveram acesso a esse meio. Como citado no trecho abaixo de SILVA (1995, p.87 apud NUNES, 2007, p.4): [...] a cidade é a realidade e nela se instala um centro cultural. Esse centro não deve refletir apenas a cultura popular ou erudita, deve ser um espaço dinâmico e pertencer à cidade, isto é, ser frequentado pela maior parte dos habitantes e não fazer distinção entre eles; deve ser o local da cultura viva, que permita a formação de uma consciência sobre a realidade, que é a cidade e pode oferecer seus serviços de biblioteca, museu, teatro, cinema, danças, atividades lúdicas.

Nesse trecho percebe-se que a cidade e o meio cultural devem ser ligados de forma que possa unir a sociedade sem que haja descriminação entre elas, contribuindo para o meio de convívio entre todos.


21

Figura 1- Quadra poliesportiva, Coreaú –Ce, 2017.

Fonte: Autora. Figura 2- Biblioteca pública municipal, Coreaú –Ce, 2017.

Fonte: Autora. Figura 3- Praça pública, Coreaú –Ce, 2017.

Fonte: Autora.


22

Figura 4- Jogo de Futebol, Campo, Coreaú –Ce, 2017.

Fonte: Autora. Figura 5- Caminhada, Loteamento Residencial Palma, Coreaú –Ce, 2017.

Fonte: Autora. Figura 6- Zumba, Quadra Poliesportiva Coreaú –Ce, 2017.

Fonte: Autor desconhecido.


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1.3 METODOLOGIA

Os métodos a serem utilizados na elaboração do anteprojeto do Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú, se fundamentam a partir de divisão geral em três etapas distintas. Todavia todos os métodos contidos nas etapas serão empregados ao decorrer da evolução do projeto arquitetônico e urbanístico, além disso, serão propostas soluções e analises para melhorias do local que irá ser realizado a intervenção.

Na primeira etapa de estudos, constitui em pesquisas e levantamentos de dados referentes a área que será realizado a intervenção, fornecidos por órgãos públicos e visitas em campo. Deste modo foi produzido: 

Análise e pesquisas bibliográficas;

Levantamento de dados sobre o município de Coreaú;

Coleta de dados em órgãos públicos do município de Coreaú;

Analise estudo do entorno,

Levantamento fotográfico;

Analise de uso e ocupação do solo do município de Coreaú;

Elaboração de mapas.

Na segunda etapa se firma com coleta de informações sobre equipamentos culturais, com a elaboração de soluções para o projeto como, definição da área que será locado a edificação, identificação de fluxos e acessos, entre outros. 

Entrevistas com coordenadores da Secretaria de Educação do município;

Análise da legislação vigente da sede do município;

Pesquisas de referências arquitetónicas;

Estudo do terreno e suas relações com meio em que está situado;

Visitas em instituições culturais no Estado do Ceará;

Definição de programa de necessidades;


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Definição do conceito e partido arquitetónico, formação de fluxograma e volumetria.

A etapa final é voltada para apresentação de todo trabalho de pesquisa realizado nas

etapas

anteriores,

além,

das

propostas

e

soluções

adotadas

no

desenvolvimento do projeto. 

Apresentação do anteprojeto;

Estudo do conforto térmico e eficiência energetica da edificação.

Elaboração da maquete física.

Apresentação do estudo de volumetria representado na maquete eletrónica.

Assim, concluindo todo desenvolvimento de pesquisa deste Trabalho Final de Graduação, de forma que seja explícito todos os conhecimentos adquiridos ao longo destas análises, desenvolvendo soluções de acordo com o tema proposto.


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26

2

CONTEXTUALIZAÇÃO

O termo cultura abrange diversas formas artísticas, a partir do que inventamos e produzimos e está presente desde os povos primitivos, a começar pelos seus costumes, sistemas, religião, suas crenças, leis, mitos, na arte em que faziam, as suas formas de pensar, no agir e no falar. A principal característica da cultura é o mecanismo cumulativo e adaptativo, no qual consiste na capacidade de modificações trazidas por gerações que passam para outras seguintes e, pela capacidade que os indivíduos têm de relaciona-se a mudança de hábitos de acordo com a evolução do meio. A cultura de um determinado local é uma está sempre em evolução, pois de acordo com o passar do tempo ela é influenciada por novos costumes. O conceito de cultura nasceu na Alemanha, onde remetiam a fatores intelectuais, espirituais e artísticos. Por volta do século XVIII, alguns pesquisadores alemães passaram a designar a cultura como uma contribuição própria para a humanidade, atribuindo a cultura à educação, assim desenvolvendo novos tipos de atividades, tornando-a única e universal. Ela é pensada como elemento característico humano, a partir do momento em que se desenvolveu, pois reúne diversos povos, costumes, politicas, outras línguas e etc. A cultura brasileira recebeu diversas influências a partir do século XVI, no período da colonização, pois foi quando o país recebeu diversos imigrantes portugueses e africanos, a partir disso as culturas se misturaram com a cultura indígena. Tempos depois, nos séculos XIX e XX, o Brasil recebeu novas influências culturais como de imigrantes espanhóis, italianos, alemães, japoneses, entre outros. A relação do homem com as tradições culturais e suas manifestações artísticas vem se desenvolvendo ao decorrer dos anos, com isso as pessoas passaram até um maior convívio social, dessa forma a sociedade acabou sentindo a necessidade de se reunir em espaços públicos para desenvolver ou praticar atividades culturais e de lazer.


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2.1 CONCEITO DE CENTRO CULTURAL

Entende-se por centro cultural um espaço arquitetônico com objetivo de produzir, elaborar e disseminar, apresentações de manifestações culturais, ou seja, visam promover à prática da cultura e bens simbólicos entre as pessoas de uma comunidade. Além disso, também pode ser visto como uma instituição que contém espaços para realizar cultura viva, por meio de obra de arte, através de informações, processos criativos, dinâmico e etc. Como afirma no trecho abaixo de (MILANESI, 2003, p. 172): O centro cultural tem por objetivo reunir um público com características heterogêneas, promovendo ação cultural, “um espaço que seja a simbiose, o amálgama torturado das relações humanas, parece ser próprio à Cultura e desejável como proposta” [...].

A partir disso existem três aspectos fundamentais que têm a finalidade de dar diretrizes em um equipamento cultural, sendo eles: informar, discutir e criar. O termo informar atribui-se à ação de acesso à informação, proporcionando aos usuários torna-se hábil para discutir e criar. O segundo termo, discutir, relaciona-se à oportunidade de criação de debates, críticas e reflexões, no entanto o verbo discutir é considerado uma das principais atividades em um centro cultural. O último termo criar, se desenvolve a partir do momento em que um equipamento cultural é construído, com isso, estimula a criação de novas atividades, de novos meios e fazendo se desenvolver os demais verbos, como: informar e discutir. Centro cultural deve ser entendido como um espaço conceituado, onde exista atividades diversificadas que possam atuar de maneiras multidisciplinares, servindo como polo de cultura viva para todos os públicos. “[...] um centro cultural deve ser um polo de cultura viva, proporcionando ao público liberdade de se fazer cultura e favorecendo a sua conscientização (NEVES, 2013, p. 11).”


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2.2 ORIGENS DOS CENTROS CULTURAIS

No período do século XIX, foram desenvolvidos os primeiros centros culturais ingleses, mas só a partir do ano de 1950, na França, surgiram as instituições de ação cultural, que foram desenvolvidos como uma opção de lazer para os operários franceses, desenvolvendo áreas de convivências, quadras esportivas e etc. Todos esses espaços foram desenvolvidos no intuito de melhorar a convivência entre as pessoas no trabalho. Em 1977, foi inaugurado na França o Centre National d’art e Culture Georges Pompidou. A sua construção tornou-se um incentivo mundial para criação de novos centros culturais. Mais tarde nos anos 80 no Brasil, foi criado o Centro Cultural do Jabaquara e o Centro Cultural São Paulo. A partir disso houve um grande crescimento e investimentos desses equipamentos culturais. Nos centros culturais eram realizados cursos, atividades em oficinas, laboratórios, bibliotecas, cinemas, teatro, espaços de exposições, auditórios, espaços de convivência social, pátios, entre outros. No decorrer dos anos, ocorreram algumas modificações e aumento de espaços nos centros culturais, como forma de proporcionar um bom funcionamento, como setores administrativos, setores de serviços, restaurantes, lojinhas, lanchonetes, entre outros. O aumento de atividades pode trazer alguns benefícios tanto em aspectos econômicos quanto sociais.

2.3 CENTROS CULTURAIS NO CEARÁ

O Ceará é um estado que fica localizado no norte da Região Nordeste do Brasil, tendo Fortaleza como a capital e possuindo 184 municípios, com uma área total 148.920 km² e uma população estimada de 8.904,459 habitantes de acordo com IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


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A cultura no Ceará se desenvolveu a partir das influências de europeus, ameríndios e afro-brasileiros. Com isso, surgiu a prática artesanato, estilos de danças, músicas, as crenças, esportes, entre outros. Ao longo do tempo essas práticas foram sendo aprimoradas e só no ano 1998 surgiu o primeiro centro cultural de Fortaleza, que foi o Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB). No ano seguinte foi inaugurado o Dragão do Mar, o qual é considerado umas das principais referências de equipamentos

culturais

do

estado.

Atualmente

em

Fortaleza

existem

63

equipamentos culturais distribuídos de forma concentrada, e o restante do estado possui apenas 28 equipamentos distribuídos nos demais municípios. Logo percebese a carência de equipamentos culturais, principalmente nos demais municípios comparando (ver mapa 2). Mapa 2- Mapa de localização de Centros Culturais no Ceará, 2017.

Fonte: Google.com / Adaptador pela autora.


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O intuito da pesquisa e análise do mapa a cima, tem como objetivo identificar onde está locada área de intervenção e os equipamentos culturais aproximados. Os mais próximos à Coreaú ficam situados no município de Sobral a 52km, São Benedito a 90km, Martinópole a 53km, Camocim a 90km e Varjota a 90km. Todos esses equipamentos se encontram a uma distância que não supre a necessidade da população coreaúense devido ao tempo e o deslocamento até essas cidades, onde muitas das vezes os habitantes não tem recursos para isso. Diante disso, percebese que a região onde está situada a área de intervenção há carência de equipamentos que exista há prática da cultura. Atualmente o município Coreaú possui uma população estimada de 22.889 habitantes, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com esse dado pode-se fazer um comparativo dos entre os 28 municípios cearenses que possuem equipamentos culturais, no qual, apenas cinco tem uma população menor do que a cidade de Coreaú, sendo eles, Araripe, Varjota, Nova Olinda, Quixelô e Martinópole. (Ver tabela 1). Em vista disso, conclui-se que município coreauense tem capacidade de comportar um equipamento de grande porte como um centro cultural, tais como as demais cidades. Destaca-se a Fundação Casa Grande de Nova Olinda que possui mais de 20 anos de funcionamento sendo, portanto, anterior ao próprio Centro Dragão do Mar. Tabela 1– Municípios com Centros Culturais e População menor de 22.000 habitantes.

MUNICÍPIOS

POPULAÇÕES

ARARIPE

21.345

VARJOTA

18.188

NOVA OLINDA

15.310

QUIXELÔ

14.903

MARTINÓPOLE

10.990

Fonte: Elaborado pela autora.


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32

3

ÁREA DE INTERVENÇÃO

Coreaú é um município brasileiro, localizado na microrregião do estado do Ceará, há 280 km da capital Fortaleza, a cidade tem sua população estimada em 22.889 habitantes, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). (Ver tabela 3). É composto por quatro distritos: Coreaú (sede), Aroeiras, Ubaúna e Araquém. (Ver mapa 3). Mapa 3 - Mapa de Coreaú-Ce, 2017.

Fonte: Elaborada Pela Autora.

Em termos geográficos publicados pela FUNCEME (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos) o clima da cidade é tropical quente semi-árido e tropical quente sub-úmido, com temperatura média (°C) de 24° a 32°. O munícipio é um vale situado entre a Serra de Ibiapaba (Serra Grande) e a Serra da Meruoca, ambas tem etnias indígenas e são muito conhecidas pelo clima e pontos turísticos.


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Além disso, faz divisa com os municípios Moraújo, Frecheirinha, Mucambo e Sobral. (Ver tabela 2).

Tabela 2– Distâncias entre Coreaú (sede) para municípios vizinhos, 2017.

LOCAL

DISTÂNCIA

Fortaleza

280 km

Frecheirinha

49 km

Moraújo

10 km

Mucambo

54 km

Sobral

52 km

Serra da Meruoca

20 km

Serra da Ibiapaba

50 km

Fonte: Elaborada Pela Autora.

Tabela 3- Características de área e de população de Coreaú por distritos, 2010.

Coreaú – Distritos Área

População

Distritos

Total

Rural

Urbana

Total

Rural

Urbana

Coreaú (Sede)

263,24

239,40

23,84

10.574

2.562

8.012

Araquém

165,09

163,11

1,98

4.455

2.602

1.853

Aroeiras

63,67

61,04

2,62

1.714

723

991

Canto

22,58

21,94

0,64

594

276

318

Ubaúna

269,85

266,58

3,27

4.617

1.568

3.049

Total

784,42

752,07

32,35

21.954

7.731

14.223

Fonte: IBGE/ Censo, 2010.


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3.1 CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA

A NBR 15.220 – “Desempenho térmico de edificações: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social.” (ABNT 2005), institui que o Brasil é composto por 8 zonas bioclimáticas diferente, onde em cada uma delas tem técnicas construtivas de condicionamentos térmicos a ser seguidas nas edificações. (Ver mapa 04). Mapa 4- Mapa do zoneamento bioclimático brasileiro com destaque para Ceará em vermelho.

Fonte: NBR15220-3; ABNT, 2005 / Adaptado pela autora.

O estado do Ceará está situado em 3 zonas bioclimáticas. A zona 7, onde está localizado o município de Coreaú, possui as seguintes orientações construtivas para o condicionamento térmico dessa região: aplicação de aberturas pequenas e sombreadas, o uso de paredes pesadas. As estratégias são de resfriamento evaporativo e ventilação seletiva no verão. Ao analisar a norma, nota-se que as exigências exercidas por ela devem ser aplicadas em unidades habitacionais, mas vale salientar que mesmo a instituição cultural que será implantada na zona 07, não ser de uso habitacional, irá seguir as


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recomendações direcionada pela norma, pois são determinações bioclimáticas indispensáveis para ser cumpridas.

3.2 HISTÓRICO

Segundo alguns historiadores cearenses, o povoamento do município teve início em 30 de março de 1705, por indígenas descendentes do tupi-guarani, desde então o processo de povoamento continuou lentamente. Ao decorrer dos anos, o município de Coreaú teve três denominações, Várzea Grande, Palma e Coreaú. A designação do nome Várzea Grande foi inspirada na feição topológica em que o município se localiza, um grande vale entre as serras da Meruoca e Ibiapaba, esse nome permaneceu até a emancipação política da povoação, em 24 de setembro de 1870. Com a elevação do povoamento, houve uma variação toponímica, um novo nome surgiu para o município, cuja denominação seria Palma. O novo nome segundo Pildas (2003) “foi tirado da tradição, isto é, dos bolinhos de goma em forma de ‘palma’, muito saborosos, vulgarmente chamados de broas, fabricados por uma família de pretos residente no povoado”. Essa denominação se figurou, até 30 de dezembro de 1943. No período entre 1870 a 1943, o termo Palma foi questionado. A primeira tentativa foi em 1890, pelo juiz da Comarca, que foi sugerindo os topônimos Itaquatiara e Itacoatiara. A segunda tentativa ocorreu em 1943, pelo o governo do Estado, os nomes propostos foram Pernanduba e Coreaú, onde o nome prevalecido e escolhido foi “Coreaú”. Essa denominação foi tirada do rio Coreaú que banha uma grande extensão do município. Pildas (2003, p.58) afirma que “a grafia atual é resultado de um processo de transformação que vem desde o termo primitivo Croahu, chamado pelos silvícolas da região, até a forma usual Coreaú”. Atualmente, Coreaú encontra-se de uma forma bastante desenvolvida, nos quesitos de infra-estrutura pública, comparada aos anos anteriores que não havia saneamento básico, rede elétrica em todas as residências e meios tecnológicos,


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como, sinais de operadoras celulares, internet, Tv e rádio. A mesma é composta por cinco bairros, sendo eles: o Bairro Centro, São Miguel, José Gomes Damasceno, Pe. José Maria de Aguiar e o Bairro Dom Benedito. A cidade foi construída envolta de uma grande praça, a Matriz, onde se encontra a igreja principal da paróquia de Nossa Senhora da Piedade, construída no ano de 1856, mas sofreu várias intervenções ao longo do tempo. A última intervenção relevante foi no ano de 1947 (ver figuras 7 e 8). De frente para a igreja principal, localiza-se um monumento ícone da cidade, a “Coluna da Hora” que projetada em 1951 e inaugurada em 1966. Outro referencial da cidade é o mercado público. Nele há comércios, lojas, mercearias e etc. No seu entorno, aos finais de semana, acontece a feira livre, que foi um dos ícones relevantes que ajudou a prosperar o comercio local, trazendo renda para cidade, além de atrair pessoas de diversas regiões. Figura 7- Igreja Matriz Primitiva, 1856.

Fonte: Livro História de Coreaú (1702-2002).

Figura 8 -Praça Matriz de Coreaú, 2016.

Fonte: Autor desconhecido.

3.3 CULTURA

A população coreauense mantém algumas culturas desde seus antecedes. As manifestações folclóricas são as mais praticadas desde o início, as comemorações como Leiruá (Maneiro-Pau), a noite de Judas e as festas juninas, são consideradas


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na cidade um dos eventos que move e incentiva toda a população a realizar e praticar a cultura local. No período Quaresmal, na sexta-feira santa. é realizado o evento do Leiruá, onde as pessoas se reúnem próximas a Praça da Matriz na Rua Alferes José Manuel, os organizadores delimitam um espaço no local para ser realizado todo o evento, no qual é apresentada uma dança por grupos de pessoas de cada um dos bairros. Com isso, é desenvolvida uma competição entre esses grupos, onde todas as coreografias são avaliadas por jurados. A melhor apresentação ganha uma premiação dada pela Prefeitura Municipal de Coreaú. Entre os intervalos ocorre a pratica de brincadeiras com crianças, onde elas também competem entre si, e leva uma recompensa quem ganha a brincadeira. Figura 9- Evento do Leiruá, 2017.

Figura 10- Apresentação do Leiruá, 2017.

Fonte: Prefeitura Municipal de Coreaú.

Fonte: Autora.

Nos meses em que se comemoram as festas juninas na cidade, ocorre o festival de quadrilha, onde no período do evento a sede do município recebe toda uma decoração representativa do festival, durante as noites festivas há barracas que comercializam alimentos da culinária típica e local, têm também atrações musicais e apresentações de grupos de toda região que dançam quadrilha, durante a exibição das danças os jurados avaliam e escolhem a melhor, no qual no final recebem uma premiação. Além disso, nos dias em que se realiza o evento a cidade recebe milhares de visitantes, fazendo com que gere renda e incentive a valorização da cultura local.


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Figura 11- Festival de Quadrilha, 2013.

Fonte:http://visaonorte.blogspot.com.br. 21/03/2017- 14:35.

Figura 12- Quadrilha da Beija Flor do Sertão, 2010.

Fonte: http://portalubauna.blogspot.com.br. 21/03/2017 – 15:00.

Outro evento cultural que corre na cidade e atrai diversos visitantes é a festa religiosa da padroeira da sede do município, em que se comemora no mês de setembro em homenagem a Nossa Senhora da Piedade. O evento é realizado durante dez dias, onde se inicia com uma grande passeata de veículos e cavaleiros que levam a imagem da santa. Nos demais dias, há missas campais, atrações musicais, feirinhas e leilões que são realizados com doações dos fiéis. Figura 13- Monumento de Nossa Senhora da Piedade, 2016.

Fonte: http://portalubauna.blogspot.com.br. 21/03/2017- 15:00.

No começo do ano de 2017, iniciou-se um novo evento cultural e educativo, realizado pela secretaria de educação, cujo nome do projeto é “Sou Lobato, sou leitor”, evento que foi destinado como incentivo à leitura, no qual foi realizado na Praça da Matriz na sede do município. O projeto foi divido em oito estandes, cada


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um tematizado com os personagens do Sítio do pica-pau amarelo, onde todos tinham funções diferenciadas. A oficina do Visconde era um ambiente em que as crianças produziam pinturas e origamis; o Sarau do Saci era um espaço musical, em que o público adquiria contato com instrumentos musicais e brincadeiras desenvolvidas por um voluntario caracterizado do personagem; a pescaria do Pedrinho era um estande destinado para crianças com idades menores, que durante a brincadeira da pesca elas ganhavam premiações; a varanda da Dona Benta era um local onde havia um voluntario contando várias histórias; tinha também o Caldeirão da Cuca, que praticava brincadeiras tradicionais; o Cineminha do Rabicó era um espaço aberto onde o público tinha oportunidade de assistir diversos desenhos do Sitio do pica-pau amarelo. Outro estande foi o Camarim da Narizinho, que proporcionava um ambiente para fotos, maquiagens e roupas para se caracterizar, teve também o Cantinho da Emília, um lugar convidativo e educativo. Figura 14 – Estande Caldeirão da Cuca, 2017.

Figura 15 – Equipe de Personagens, 2017.

Fonte: Autora.

Fonte: Autora.

Todos esses eventos são considerados como representações artísticas praticadas de formas festivas pela população na data em que se comemora cada uma. Outra atuação cultural é a produção de artesanatos, mas o volume da produção é pouco representativa pelos coreauenses, pois são objetos produzidos em ambientes domésticos, como: Chapéu de palha, bordados e rendas.


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3.4 LAZER

A cidade possui alguns pontos de lazer, tais como: Coreaú Social Clube, Parque de Exposição Chico Oliveira, praças, lanchonetes, restaurantes, bares e etc. Esses pontos são os mais frequentados nos finais de semana, ou datas com eventos marcados, são feitas reuniões de amigos para distração e comemoração. Além disso, a prática de lazer também está ligada a cultura local e nos eventos festivos a cidade torna-se mais movimentada, pois atrai muitos visitantes de outras localidades, que produz lucro ao comercio local. Figura 16 – Coreaú Social Club, Coreaú –Ce, 2017.

Fonte: Autora. Figura 17 – Praça do Mercado, Coreaú –Ce, 2017.

Fonte: Autora.


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3.5 RENDA

Atualmente o desenvolvimento econômico do município de Coreaú se dá a partir do comercio local, dos setores de administração, saúde e educação pública, da agricultura: com cultivo de algodão, milho, feijão e mandioca, a pecuária: suíno, bovino e avícola, além disso, no município possui duas indústrias extrativas de mineral e uma de construção civil. (Ver mapa 5). Gráfico 1 – Participação dos Setores Econômicos no PIB do Município.

Agropecuária Indústria Serviços Administração, saúde e educação públicas e seguridade social Impostos, líquidos de subsídio, sobre produtos, a preços correntes

Fonte: IBGE, 2010.

De acordo com alguns dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a renda domiciliar dos residentes em situações de pobreza, que tem uma renda domiciliar per capita abaixo de R$ 140,00 que corresponde a 47,57% da população. O percentual das pessoas que vivem em situação de extrema pobreza tem uma renda domiciliar per capita abaixo de R$ 70,00 que condiz a 30% da população.


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Mapa 5 – Unidades de Comércios na zona urbana da sede, 2017.

Legenda Habitação Comércio Indústria Corpo Hídrico Limite Zona Urbana

Fonte: Elaborada pela Autora.

Figura 18- Mercado Público, Coreaú –Ce, 2017.

Fonte: Autora.


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Figura 19- Centro Comercial, Coreaú –Ce, 2017.

Fonte: Autora. Figura 20- Centro Comercial, Coreaú –Ce, 2017.

Fonte: Autora. Figura 21- Industria de Calcário, Coreaú –Ce, 2017

Fonte: Autora.


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3.6 INFRAESTRUTURA URBANA

De maneira geral, a sede de Coreaú é bem servida de infraestrutura básica como abastecimento de água, coleta de lixo, saneamento básico e tem uma distribuição satisfatória de energia elétrica, pois na sede há uma subestação de energia onde fornece serviço para todo o município. Em relação a equipamentos públicos básicos, existem unidades públicas de saúde como, hospital, Unidade de Pronto Atendimento-UPA , Centro Odontológico- CEO e posto de Saúde, quanto unidade particular atualmente existe clínicas odontológicas, fisioterápicas, laboratórios, entre outros, todos esses equipamentos dão assistência a toda população do município. Além disso, existem cinco escolas públicas, duas de ensino particular e uma creche. Outros equipamentos existentes são o Centro de Atenção Psicossocial-CAPS, quadras poliesportivas, secretarias, biblioteca, mercado público, praças e etc. Todas elas estão distribuídas em bairros diferentes, dando a necessidade de deslocamento da população. (Ver mapa 6). Mapa 6 – Unidades de Equipamentos Públicos na zona urbana da sede, 2017.

Fonte: Elaborado pela Autora.


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3.7 FORMA URBANA E ELEMENTOS DA PAISAGEM

Analisando a relação entre o meio urbano e meio ambiente do município de Coreaú, percebe-se que muitas construções estão invadindo áreas de preservação e de grande potencial paisagístico, como no caso das construídas as margens do Rio Coreaú e do loteamento Residencial Palma no bairro Padre José Maria Aguiar, que está previsto dentro de uma APP. Além disso, o município possui diversos elementos com elevados potenciais paisagísticos, como o Rio Coreaú que é uma das principais fontes de água, os açudes novo, açudo do Breguedofe localizados na sede, açude do Diamante, açude Angicos e açude Trapiá. Outros elementos são a serra da Pananduba; os serrotes: Arapuá, da Palma, do Sítio, Boqueirão, Pajeú, da Vázea, Comprido; e os morros: da Chapada, Redondo, das Rolas, São José e Alto Alegre. Figura 22- Rio Coreaú, Coreaú –Ce, 2017.

Fonte: Autora.

Figura 23- Açude Novo, Coreaú –Ce, 2017.

Fonte: Autora.


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A vegetação que compõe a paisagem local é predominante. Cerca de 622,4 km² do território do município é representada por vegetação subcaducifólia espinhosa ou mata seca e a mata ciliar de carnaúba. A mata seca tem cerca de 77,8 km², ocupando 10% do espaço geográfico, a mata ciliar de carnaúba se expande por 38,9 km², equivalendo um percentual de 5% do território vegetativo. Figura 24- Carnaúba, Coreaú –Ce, 2017.

Fonte: Autora. Figura 25 - Carnaúba, Coreaú –Ce, 2017.

Fonte: Autor Desconhecido.


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3.8 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

O Plano diretor de Coreaú indispõe de alguns dados necessários para fazer a análise do uso e ocupação do solo municipal, como coeficiente de aproveitamento, recuo, taxa de permeabilidade, taxa de ocupação e etc. Com a carência desses dados foi necessário à elaboração de um breve estudo do uso e ocupação na sede do município. Analisando o mapa elaborado de uso e ocupação do solo (ver mapa 7) de Coreaú, percebe-se que a cidade está se desenvolvendo de forma irregular em alguns aspectos, ou seja, a população está aumentando e muitos estão se deslocando e construindo em outros terrenos, localizados em ambientes inadequados como em limites de áreas de preservação ambiental, tal como nas margens do Rio Coreaú e do Açude Novo, e isso faz com que os vazios urbanos nos bairros centrais aumentem. Nota-se também que o bairro Centro se encontra bastante adensado, com maior quantidade de pontos comerciais, habitações instituições e equipamentos públicos, comparado com os demais bairros. Também é notória a carência de equipamentos de lazer social e cultural, principalmente nos bairros José Gomes Damasceno e Padre José Maria de Aguiar. Além disso, no mapa identificam-se dois loteamentos o Residencial Palma, no bairro Padre José Maria de Aguiar, na CE 364 e o Ytauna Park, no bairro São Miguel, na CE 240. Com o estudo do mapa de uso e ocupação do solo nota-se que a cidade está se desenvolvendo sem planejamento urbano, ou seja, as pessoas estão construindo de formas aleatórias sem um direcionamento, sem pensar nos danos em que isso possa causar no futuro ou até mesmo no presente, como os impactos ambientais que atingem o principal rio do município.


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Mapa 7 – Uso e Ocupação do Solo, Coreaú, 2017

Fonte: Elaborado pela autora.

Figura 26 – Localização dos Bairros, Coreaú, 2017.

Fonte: Google Earth, adaptado pela autora.


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No sistema viário (Figura 27) compõem-se por vias locais, arteriais e coletoras, a principal delas é a CE- 240 e CE – 364, pois transitam dentro do perímetro urbano da sede. A CE – 240 se liga a avenida principal da cidade que é a Avenida Antônio Cristino de Menezes, a via também dá acesso ao distrito de Araquém e a BR – 222, a CE - 364 liga-se ao município de Moraújo, o distrito de Aroeiras e a BR – 222 que dá acesso aos demais municípios que fazem divisa e a capital Fortaleza. Figura 27 – Sistema Viário, Coreaú, 2017.

Legenda: CE – 240 / CE – 360 VIAS COLETORAS VIAS ARTERIAIS

Fonte: Google Earth, adaptado pela autora.


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3.9 POLÍTICAS URBANA

O município de Coreaú possui um Plano Diretor vigente desde 2008 e um Plano de Mobilidade Urbana que foi realizado em 2017. Esses documentos agem de forma importante para constituição municipal, apesar de não terem dados suficientes sobre o planejamento urbano do município. Ao analisar o Plano Diretor do Município de Coreaú (2008), nota-se que contém diretrizes sobre política urbana, desenvolvimento econômico, política ambiental, cultura e turismo, infra-estrutura, educação, saúde, esporte e lazer, segurança urbana, macrozoneamentos, mesmo com todas essas condutas, percebe-se que quantidade de Artigos contidos não é suficiente para que a cidade tenha um planejamento e desenvolvimento adequado, pois carece de índices urbanísticos, taxas de ocupação, taxas de permeabilidade e leis que possam contribuir para isso. De acordo com os princípios fundamentais e das prioridades gerais apontadas para a política urbana de Coreaú, declara que as funções sociais da cidade como direito a terra urbanizada, moradia, saneamento básico, infra-estrutura, serviços urbanos, transportes coletivos, mobilidade urbana, ambiente ecologicamente equilibrado, acessibilidade, trabalho, cultura e lazer, é fundamental e direito de todos os cidadão garantir esses usos. (Art. 7°) As diretrizes das políticas para a cultura e o turismo, busca ofertar a qualidade da infra-estrutura

e

desempenho

de

atividades

turísticas,

proporcionando

o

conhecimento de culturas e artes tradicionais, de formas estratégicas nas diversas modalidades do turismo. (Art. 22) São prioridades apontadas para garantia de espaços e instrumentos necessários para a criação e produção de segmentos culturais, que possam estimular a sociedade para vivenciar eventos artísticos e culturais, valorizando as manifestações folclóricas, os artesanatos e as artes plásticas, assim promovendo a integração dos Distritos de Ubaúna, Araquém, Aroeiras e Canto. (Art. 23)


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No quesito cultural tem como ações emergenciais a criação da Casa da Cultura e desenvolvimento de programas culturais para todas as faixas etárias, a implantação de um Centro de Convenções Municipal, na Sede, além da criação de um Museu e de um Centro Cultural dos Quilombolas. (Art. 24) Mapa 8 – Esporte, Lazer e Cultura, SEDE, 2008.

Fonte: Prefeitura Municipal de Coreaú – Plano Diretor, 2008.

De acordo com o Plano Diretor Municipal, está previsto equipamentos de cultura e esporte a ser implantados na sede Coreaú, no mapa destaca um espaço proposto para ser instalado uma Casa da Cultura, onde possa promover diversas atividades voltas há cultura. Com base nisso, foi desenvolvido um estudo para que o projeto do Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú, incorporasse a maioria das atividades apresentadas no mapa em apenas um equipamento. Além disso, o intuito era implantar um equipamento cultural, no mesmo local da Casa da Cultura que foi sugerido no mapa, já que a instituição promoverá atividades voltadas ao mesmo meio.


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Ao analisar o espaço proposto, nota-se que está localizado dentro de uma Área de Preservação Ambiental de acordo com Código Florestal (BRASIL, Lei nº 12.651, 2012), com isso, foi escolhido um outro terreno próximo ao previsto, permanecendo o projeto na mesma zona urbana definida pelo Plano Diretor, assim cumprindo com as normas e leis exigidas. De acordo com a política ambiental tem como objetivo impedir o uso indevido e a ocupação de áreas sujeitas à inundação, áreas de contenção de cheias e áreas de preservação permanente, promovendo fiscalizações preventivas, para proteger e desenvolver a educação ambiental. (Art.31) Dentro do setor de infraestrutura urbana a pavimentação das vias é de extrema importância pois devem ser executadas de forma que proporcione segurança para a acessibilidade e garantia de qualidade urbanística, utilizando métodos inovadores, materiais e adoção novas tecnologias, tanto para ser acessíveis quanto para ampliar a permeabilidade das áreas pavimentadas e causar menos danos ao meio ambiente. (Art. 44) O sistema viário tem como principal objetivo integrar as vias, criar novas opções de circulação viária propondo alargamento nas vias principais, além disso, elas são divididas em vias arteriais, vias coletoras e vias locais. (Art.50) Dentro desses setores de vias considera-se que, o terreno previsto para implantação do projeto está situado em meio de vias arteriais, tendo em vista a CE-364, CE-240 (Estrada de Coreaú a Várzea da Volta) e a Rua Vila Nova. A prática esportiva como meio de integração e socialização tem como incentivo à criação e instalações de Praças esportivas, ampliar e diversificar a oferta de espaços públicos de lazer e recreações esportivas, com isso promovendo de forma integrada eventos culturais. (Art. 56) O sistema de mobilidade urbana tanto para pedestres, ciclistas, pessoas com necessidades especiais e mobilidade reduzida, devem ser priorizadas de uma forma que promova condições acessíveis para todos, usando métodos para que isso


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ocorra como equipar as vias públicas sinalizando e viabilizando mobilidades adequadas. (Art.67) O macrozoneamento estabelecido pelo Município é composto por três macrozonas, a macrozona urbana, a macrozona rural e a macrozona de conservação ambiental, onde fixam as regras fundamentais de ordenamento e uso do território, tendo como referência características dos ambientes natural e construído. (Art. 76) Mapa 9 – Macrozoneamento, SEDE, 2008.

Fonte: Prefeitura Municipal de Coreaú – Plano Diretor, 2008.

A macrozona urbana apresenta diferentes graus de consolidação e está subdividida em, zona de expansão urbana, zona de consolidação urbana, zona exclusivamente industrial. (Art. 78) O terreno definido para implantação do projeto está situado na zona urbana consolidada, de acordo com o Plano Diretor Municipal, onde o perímetro urbano


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desenvolve potencialidades do núcleos urbanos, melhorando a integração com áreas vizinhas, através de Ruas e Avenidas, além de, conter infra-estrutura urbana e equipamentos públicos existentes. Com a carência de alguns dados urbanísticos no Plano Diretor de Coreaú, foi necessário adota-los alguns ao desenvolver do projeto, nos recuos das edificações foi previsto um espaço de 10m em cada lado do terreno contando a partir das vias, exceto o terreno que contém a quadra poliesportiva já existente que será requalificada, pois não há recuos relevantes partindo das vias. Foi necessário também criar uma via local em um dos terrenos, afim de fazer uma divisão de quarteirões para separar o espaço que será implantado o equipamento de áreas que são definidas como residenciais. Além disso, foram adotados outros dados como, índices urbanísticos, taxas de ocupação e taxas de permeabilidade.

3.10

EXPANÇÃO

O munícipio de Coreaú-CE vem se desenvolvendo ao longo do tempo, isso pode ser afirmado com alguns dados de pesquisas realizadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O desenvolvimento populacional na sede do município é o mais notório, de acordo com essas pesquisa desenvolvidas, no qual, constatam que no ano de 2000 residiam 19.981 habitantes no munícipio coreauense, onde esse valor se dividia em 11.263 habitantes que viviam na área urbana e 8.718 que viviam na área rural, em 2010 o ultimo levantamento demografico constatava que havia 21.954 habitantes, sendo que 14.223 habitavam na área urbana e 7.731 habitavam na área rural. Realizando uma comparação entre as Figuras 28 e 29, nota-se que algumas áreas se tornaram adensadas no decorrer dos anos, os bairros como, Centro, São Miguel, Dom Benedito, teve um menor adensamento comparando com os bairos Pe. José Maria de Aguiar e Jóse Gomes Damasceno. Analisando a Figura 28 percebe-se que os dois barrios que tiveram mais desenvolvimento estão se expandindo de maneira


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inadequada, ou seja, estão invadindo limites da áreas de preservações ambientais, delimitadas pela Resolução Nº 303, De 20 De Março De 2002, de acordo com CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), no qual toda essa área deveria ser preservada tanto pelo poder público, que é responsável pela fiscalização e a retirada de licenciamentos dessas áreas, quanto pela a própria população, que irá residir no local. (Ver mapa 10). Atualmente, pode-se perceber que não houve só o aumento populacional no munícipio, teve diversos desenvolvimentos na saúde, educação, economia e infraestrutura pública, como, saneamentos, energia elétrica, coletas seletivas, etc

Figura 28– Município de Coreaú-Ce , 2004.

Fonte: Google Earth / adaptada pela autora.


56

Figura 29 – Município de Coreaú-Ce , 2016.

Fonte: Google Earth / adaptada pela autora. Mapa 10 – Áreas de Preservação Ambiental, Coreaú, 2008.

Fonte: Prefeitura Municipal de Coreaú-Ce.


57


58

4

REFERENCIAL TEÓRICO

As referências apontadas abordam a fundamentação do tema, Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú, onde suas principais atribuições foram cultura, funcionalidade, flexibilidade, sustentabilidade, bioclimátismo e novo urbanismo. Em um projeto de centro cultural, deve-se levar em consideração a necessidade de espaços para o acesso ao conhecimento, em que possa se aplicar os três requisitos aplicados por Milanesi, (2003), informar, discutir e criar. Onde cada verbo torna possível um funcionamento apropriado de um centro cultural. A casa de Cultura, para a maioria, é um local que pode causar estranheza. [...] A recepção é o local onde ocorre o primeiro contato do visitante com a instituição. Se o acolhimento for positivo, o ambiente se torna mais generoso e envolvente. A ação cultural é feita, essência, pelas relações humanas a partir da porta de entrada. (MILANESI, 2003, p. 199)

Com base no contexto social das pessoas com meio cultural, a maioria delas mostram interesse a cultura, mas poucas têm acesso, com a proposta de um equipamento cultural, que busque facilitar o acesso e disponibilize de atividades que envolvam os usuários a esse meio e conhecimento, é de extrema importância, pois viabiliza as relações humanais e a educação. Com a implantação de um centro cultural em um determinado espaço deve ser visto de diversas formas, tanto com a questão social, quanto projetual. Em um projeto devemos sempre buscar soluções que a arquitetura seja representativa ao local que será inserida, realizando uma análise do entorno e praticando diretrizes relevantes para o projeto. De acordo com Gauzin-Müller (2011), a arquitetura de uma edificação deve seguir os princípios bioclimáticos locais, onde seja uma escolha sensata para a forma construtiva do edifício, tanto para sua implantação quanto para disposição dos espaços, além dos estudos de orientações em funções das particularidades do sítio, como, clima, ventos dominantes, qualidade do solo, topografia, insolação e vistas. Tudo isso tem como objetivo criar uma arquitetura que se adeque ao clima local, do


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espaço que será implantada, que possa proporcionar conforto tanto internamente quanto externamente de acordo com as funções exigidas para obter uma boa arquitetura. “A edificação também deve atender a exigências ligadas à forma e ao caráter do ambiente espacial. A função cultural envolve fatores estéticos, arquitetônicos, ambientais e de planejamento e desenho urbano”. (Voordt , Wegen , 2013, p. 09)

Um equipamento urbano não deve ser visto apenas como um elemento cultural e sim como um elemento que tem uma relevância arquitetônica onde faz a união várias funções que se conectam, transmitindo diversos tipos de conhecimentos garantindo a comunicação entre os usuários. “[...] A qualidade funcional exige que a edificação tenha boa acessibilidade (“acesso para todos”), crie espaço suficiente, tenha uma disposição eficiente e compreensível, seja suficientemente flexível e ofereça condições físicas e espaciais que garantam um ambiente seguro, salubre e agradável. (Voordt , Wegen , 2013 p.12)

A funcionalidade de uma edificação depende dos pontos de qualidades que se aplica, como as funções climáticas, uma edificação com bem resolvida em conforto térmico traz qualidade, a função cultural também é uma qualidade que deve ser aplicada, pois um elevado valor cultural pode aumentar o valor utilitário da edificação, a escolha do terreno, tipo da construção e materiais, deve ser definido de forma eficaz e eficiente, com esses aspectos bem resolvidos o projeto torna-se econômico e com qualidade funcional. O funcionalismo passou a ser visto a partir das três metas pregadas pelo arquiteto Vitrúvio, a primeira é a utilitas, traduzida como utilidade, a segunda venusta que significa beleza e firmitas que é a solidez, todos esses temos são considerados como clássicos da arquitetura. No período do século XX, o termo funcionalismo se popularizou por conta do arquiteto Louis Sullivan, onde pregava a frase “a forma segue a função”, no qual acreditava que o volume, a distribuição dos espaços e outras características de um edifício, deve ser conduzidas somente pela função da edificação, ou seja, a partir dos aspectos funcionais é surgirá beleza arquitetônica de uma forma natural. Um pouco mais tarde o funcionalismo passou a ser visto na


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arquitetura moderna como um dos principais pontos da arquitetura, quando os arquitetos Le Corbusier e Mies Van der Rohe, passaram a utiliza-lo em seus projetos com mais intensidade, de maneira que a “forma seguia a função”. Segundo Lamas (2014), a função têm um relevo particular, onde se une a forma, a forma tem que se relacionar com a função de modo que permita o desenvolvimento eficaz das atividades que será exercidas na edificação. “[...] a boa arquitetura pode acomodar várias funções, como se vê pelo modo como os seus projetos criam espaços simples e generosos que podem ser equipados e usados para se ajustar ás necessidades da maneira que os usuários acharem adequado.” (Voordt, Wegen, 2013 p. 39).

A usabilidade de uma edificação deve ser realizada de maneira adequada, ou seja, o projeto deve ser elaborado de forma flexível que possibilite a cada espaço exercer uma função quando for necessário, garantindo a pratica de atividade nesses ambientes tornando-o eficientes e flexíveis, assim criando um clima interno ou externo agradável. Além das funções que devem ser aplicadas no projeto tanto nas áreas externas como internas, outro aspecto relevante a ser considerado é a integração dos espaços. Segundo Keeler (2010), o projeto integrado é um processo que considera as relações entre as diferentes decisões iniciais de projeto, como as que tratam do terreno e da orientação da edificação, pois para se obter um projeto integrado costuma-se partir para pratica de projetar de maneira sustentável, buscando estratégias como a criação de espaços com vegetações, aberturas como janelas, varandas, que além de unir os ambientes entre o interno como o externo, contribui também com eficiência energética da edificação, tudo isso são formas aplicadas para solucionar a integração entres os meios, tanto arquitetônico como urbanístico. A integração de um edifício com meio urbano deve-se considerar o entorno e os aspectos contidos no gabarito da cidade, como leis vigentes, que tipos de impactos o volume arquitetônico poderá causar e como será resolvida a integração da edificação.


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Há equipamentos públicos voltados para a vizinhança e bairros. Devem ser salpicados com a maior regularidade possível [...] (SANTOS, 1988, P.157).

A estrutura da cidade também é marcada pelas edificações, no qual devemos projetar de forma em que a escala do edifício possa se unir com meio urbano, fazendo com os usuários sinta a transição entre o fora e dentro, como se fosse um só. Com essa união entre a arquitetura e o urbanismo, pode possibilitar o aumento de usuários na edificação, ou seja, de acordo com Jacobs (2011), quando há presença de pessoas nos ambientes, elas tendem a atrair mais pessoas, com isso, acaba gerando um fluxo local e o número de usuários que frequentam determinados espaços aumentam.


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5

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

As referências apresentadas servirão para a elaboração e desenvolvimento do Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú. Além de referências relacionadas ao programa de necessidades e arquitetura.

5.1 CAPACIDADE

Mediante o tema escolhido para o desenvolvimento do projeto, foi realizado visitas, pesquisas e

estudos,

em instituições que promovem diversas atividades

relacionadas a cultura e o esporte. A partir disso foi realizado um levantamento sobre cada instituição, onde pudesse contribuir para o desenvolvimento do programa de necessidades e a capacidade do Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú. Uma das edificações visitadas foi a Caixa Cultural de Fortaleza-Ce depois da reforma realizada em 2010, o edifício possui uma área construída de 3.758,09m², as atividades exercidas na instituições são todas culturais e tem um público maior de jovens e um baixo público de idosos. A Fundação Casa Grande localizada na cidade de Nova Olinda–Ce também foi uma das instituições visitadas, atualmente o município possui uma população 15.310 habitantes, menor que a do município de Coreaú, a instituição apresenta atividades meramente culturais e recebe aproximadamente 28mil pessoas anualmente, tendo com maior público crianças e jovens. Outras instituições visitadas estão localizadas em Juazeiro do Norte-Ce, uma delas foi o Centro Cultural Banco do Nordeste, a edificação possui 8 pavimentos, sendo que do térreo ao 3º pavimento funciona o setor bancário e do 4º ao 8º funciona o centro cultura. A edificação tem uma área construída de 2.500m², e proporciona somente atividades voltadas a cultura. A outra instituição foi o SESC, que é atuante no município desde 1966, a instituição apresenta tanto atividades culturais quanto esportivas, tendo um público voltados a diversas faixa etárias, de crianças, jovens,


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adultos e idosos. As atividades são exercidas cotidianamente, com horários alternados. Por meio dessas informações foi definido que o Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú, receberá todos os tipos de públicos, com faixa etária a partir dos 10 anos de idade, que atualmente o município de Coreaú dispõe de 18.171 habitantes com faixa etária a partir dos 10 anos, de acordo com IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além disso, disponibilizará de atividades tanto esportivas quanto cultural, onde serão desenvolvidas em horários alternados, afim de proporcionar um controle no número de praticantes. A edificação terá uma capacidade de 680 pessoas, contando tanto com o número de usuários quanto de funcionários, esse número foi encontrado a partir da análise feita em relação ao comparativo entre as edificações visitadas, que foram tomadas como referências no projeto, com isso, foi estipulado à quantidade de usuários e de atividades disponibilizadas no programa de necessidades.

5.2 PPROGRAMA DE NECESSIDADE – CENTROS CULTURAIS VISITADOS

Através de levantamentos, visitas e entrevistas em algumas instituições do estado do Ceará, que a praticas culturais, esportivas e de lazer, foi fundamental para a realização do programa de necessidades do Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú. A partir das visitas foi elaborado quadros onde contém as atividades e a quantidade especificada de cada uma das atividades praticadas nas instituições. Como mostra nos quadros abaixo:


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Quadro 1 - Programa de Necessidade de Instituições Culturais, 2017.

ATIVIDADES

FUNDAÇÃO CASA GRANDE

CENTRO CULTURAL BANCO N. DE JUAZEIRO DO NORTE

CAIXA CUTURAL DE FORTALEZA

CULTURAL TEATRO BIBLIOTECA CINEMA AUDITORIO SALAS DE MULTIUSO SALA DE MULTIMIDIA OFICINAS SALA DE INFORMAT. RADIO ESTÚDIO DE TV/VIDEO MUSEU GALERIA

180 pessoas 1 unidade Cine - teatro Cine-auditório -

164 pessoas 1 unidade Conectado ao auditório 50 pessoas -

1 unidade

200 pessoas Teatro auditório 1 unidade -

1 unid./ 10 pessoas -

1 unidade 13 Computadores

-

1 unidade 1 unidade

-

-

1 unidade -

1 unidade

2 unidades

ESPORTE QUADRA POLIESPORTIVA ACADEMIA MUSCULAÇÃO PISTA DE SKATE SALA DE ARTES MARCIAIS SALAS DE DANÇAS PISCINA

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1 unidade

1 unidade 1 unidade 1 unidade 1 unidade -

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LAZER ÁREA DE CONVIVÊNVIA PLAYGROUND LOJAS -PRAÇA CAFÉ RESTAURANTES LANCHONETES ANFITEATRO

Fonte: Elaborada pela autora.

-


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Quadro 2 - Programa de Necessidade de Instituições Culturais, 2017.

ATIVIDADES

TEATRO BIBLIOTECA CINEMA AUDITÓRIO

SESC JUAZEIRO DO NORTE

CUCA MODUBIM

CULTURAL 200 pessoas 1 unidade 1 unidade Cine - teatro 1 unidade Cine - auditório Cine - auditório

CUCA BARRA

JANGURUSSU

CUCA

1 unidade 1 unidade 1 unidade Cine – auditório 3 unidades

SALAS DE MULTIUSO SALA DE MULTIMIDIA OFICINAS SALA DE INFORMATICA RADIO ESTÚDIO DE TV/VIDEO

3 unidades

3 unidades

200 pessoas 1 unidade 75 pessoas Cine auditório 4 unidades

1 unidade

1 unidade

1 unidade

1 unidade

3 unidades -

3 unidades 2 unidades

2 unidades 2 unidades

3 unidades 2 unidades

-

1 unidade

2 unidades 1 unidade

1 unidade

MUSEU GALERIA

1 unidade

-

-

-

ESPORTE QUADRA POLIESPOR. ACADEMIA MUSCULAÇÃO PISTA DE SKATE SALA DE ARTES MARCIAIS SALAS DE DANÇAS PISCINA

1 unidade

1 unidade

1 unidade

1 unidade

1 unidade

-

-

-

-

1 unidade

1 unidade

1 unidade

Nas salas de multiuso

Nas salas de multiuso

Nas salas de multiuso

Nas salas de multiuso

Nas salas de multiuso 1 unidade

Nas salas de multiuso 1 unidade

Nas salas de multiuso 1 unidade

Nas salas de multiuso 1 unidade

LAZER ÁREA DE CONVIVÊNVIA -PRAÇA PLAYGROUND LOJAS CAFÉ RESTAURANTE S LANCHONETES ANFITEATRO

1 unidade

1 unidade

1 unidade

1 unidade

1 unidade -

1 unidade

1 unidade 1040 pessoas

1 unidade

Fonte: Elaborada pela autora.


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5.3 PROJETOS DE REFERÊNCIA

5.3.1 CUCA DA BARRA

O CUCA (Centro Urbano de Ciência e Arte) está localizado em Fortaleza, foi construído em 2009, pela prefeitura de Fortaleza, o equipamento público é um espaço ocupado por pessoas com idade entre 15 a 29 anos, o edifício é mais utilizado aos fins de semana, pois são os dias em que ocorre diversos cursos, além disso a instituição oferece várias atividades para a comunidade, voltados ao esporte, cultura e lazer. Figura 30 - CUCA, Fortaleza, 2016.

Fonte: Uol.com.br. 15/05/17 – 10:00.

PROGRAMA CUCA DA BARRA - Teatro - Biblioteca - CineCuca - Anfiteatro - Espaços de convivência - Esportes: Ginástica, Natação, Futsal, Voleibol, Basquete, Pilates, Jiu Jitsu, Kung Fu, pista de Skate.


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- Artes: Artes plásticas, dança, artes ciências. - Mídias: Informática, fotografia, vídeo, áudio, salas de edição e gravação. - Comunicação popular: Radio – Escola, Sala de Meio Ambiente. Figura 31 – CUCA, Implantação, Fortaleza-Ce, 2006.

IMPLANTAÇÃO Fonte: http://www.vitruvius.com.br. 15/05/17 – 11:00. Figura 32 - CUCA ,Planta Pespectiva Pavimento Inferior, Fortaleza-Ce, 2006.

PLANTA PESPECTIVA PAVIMENTO INFERIOR Fonte: http://www.vitruvius.com.br. 15/05/17 – 11:00.


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Figura 33- CUCA ,Planta Pespectiva Pavimento Superior, Fortaleza-Ce, 2006.

PLANTA PESPECTIVA PAVIMENTO SUPERIOR Fonte: http://www.vitruvius.com.br. 15/05/17 – 11:00. Figura 34- CUCA, Corte Esquemático – AA, Fortaleza-Ce, 2006.

CORTE ESQUEMÁTICO – AA Fonte: http://www.vitruvius.com.br. 15/05/17 – 11:00.

Figura 35- CUCA, Corte Esquemático – BB, Fortaleza-Ce, 2006.

CORTE ESQUEMÁTICO – BB Fonte: http://www.vitruvius.com.br. 15/05/17 – 11:00.

O projeto CUCA (Centro Urbano de Ciência e Arte) tornou-se uma das referências entre os jovens por conta do seu programa de necessidade, pois a instituição oferta diversas atividades em que a comunidade se sente atraída em participar. A partir da


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análise de todos esses espaços composto no edifício, a instituição servirá como referência de programa de necessidade para o projeto do Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú. Figura 36- CUCA da Barra – Fortaleza-Ce.

Fonte :Autor Desconhecido.

Figura 38- CUCA, Natação– Fortaleza-Ce,

Fonte :Autor Desconhecido

Figura 37- CUCA da Barra – Fortaleza-Ce

Fonte :Autor Desconhecido. Figura 39- CUCA, Pista de Skate – Fortaleza-Ce.

Fonte :Autor Desconhecido

5.3.2 CENTRO CULTURAL CAIS DO SERTÃO

O Centro Cultural Cais do Sertão é projeto realizado por Francisco Fanucci, construído em 2010, está situado em Recife-Pe, o edifício que se divide em dois volumes, o primeiro consiste em uma alusão volumétrica a um galpão que foi demolido, o segundo tem forma de um prisma, é revestido por cobogós com traços contemporâneos.


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Figura 40- Centro Cultural Cais do Sertão, Recife – Pe, 2014.

Fonte: Arnaldo Carvalho.

O acesso do centro cultural se dá pela praça do juazeiro (Ver figura 41), o elemento que compõe a praça é um ícone de extrema relevância e identidade do projeto, pois de início foi o principal equipamento que atraiu o público. Além disso, a edificação compõe uma grande exposição sobre o sertão brasileiro e de Luiz Gonzaga, vale salientar que ao longo da exposição, há um grande espelho d’água (Ver figura 42), que representa o leito do rio São Francisco, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer as lendas do rio.

O programa de necessidade do Cais do Sertão é muito vasto e se distribui em toda edificação, possibilitando os usuários a usufruir de todos os espaços. As figuras a seguir ilustram as plantas baixas do prédio.


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Figura 41- Planta baixa Térreo, Recife – PE, 2010.

PLANTA BAIXA - TÉRREO 1. Praça de acesso (Juazeiro) / 2. Recepção (acolhimento) / 3. Espetáculos multimídia (útero) 4. Núcleo temático (exposição permanente) / 5. Espaço caixa / 6. Praça da Marquise / 7. Bar / 8. Loja / 9. Galpão existente / 10. Calha do porto. Fonte: http://www.brasilarquitetura.com – 17/05/17 – 09:00.

Figura 42- Planta baixa 1º Pavimento, Recife – PE, 2010.

PLANTA BAIXA - 1º PAVIMENTO 1.Centro Comercial / 2. Vazio / 3. Exposição permanente / 4. Discoteca multimídia / 5. Exposição temporárias / 6. Auditório / 7. Oficina / 8. Galeria. Fonte: http://www.brasilarquitetura.com – 17/05/17 – 09:00.


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Figura 43- Planta baixa 2º Pavimento, Recife – PE, 2010.

PLANTA BAIXA - 2º PAVIMENTO 1.Reserva Técnica / 2. Biblioteca multimídia / 3. Salas multiuso / 4. Auditório / 5. Galeria. Fonte: http://www.brasilarquitetura.com. – 17/05/17 – 09:00.

Figura 44- Planta baixa Cobertura, Recife – PE, 2010.

PLANTA BAIXA – COBERTURA 1. Jardim / 2. Restaurante. Fonte: http://www.brasilarquitetura.com – 17/05/17 – 09:00.


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Figura 45- Corte - AA, Recife – PE, 2010.

CORTE – AA Fonte: http://www.brasilarquitetura.com – 17/05/17 – 09:00. Figura 46- Corte - BB, Recife – PE, 2010.

CORTE – BB Fonte: http://www.brasilarquitetura.com – 17/05/17 – 09:00. Figura 47- Corte - CC, Recife – PE, 2010.

CORTE – CC Fonte: http://www.brasilarquitetura.com – 17/05/17 – 09:00.


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Os aspectos do projeto são relevantes tanto pela forma quanto pelos detalhes construtivos, onde busca o regionalismo, além de proporcionar conhecimento para população local, e tudo isso se torna essencial para embasar a proposta do projeto do Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú. Figura 48- Praça Juazeiro – Cais do Sertão, Recife – PE, 2015.

Fonte: https://arcoweb.com.br – 17/05/17 – 10:00. Figura 49- Exposição, Cais do Sertão, Recife – PE, 2015.

Fonte:https://www.apontador.com.br – 17/05/17 – 10:00. Figura 50- Exposição, Cais do Sertão, Recife – PE, 2015.

Fonte:https://www.apontador.com.br – 17/05/17 – 10:00.


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5.3.3 BLOCO ADMINISTRATIVO DA UFC – CRATEÚS

O edifício do bloco administrativo do campus da Universidade Federal do Ceará foi um projeto realizado pela Rede Arquitetos, em 2015 no município de Crateús-Ce, o edifício foi o primeiro dos conjuntos de blocos da universidade a ser construído a partir do plano diretor definido pelo município.

Figura 51- Bloco Administrativo Da UFC, Crateús – CE, 2015.

Fonte: http://www.archdaily.com.br – 17/05/17 – 14:00.

A edificação se apresenta como volume hermético, onde quase não se vê o que acontece no seu interior, pois os materiais aplicados em suas fachadas são esquadrias de vidro espelho da entrada, cobogós, servem tanto como fins estéticos, como proteção da insolação, além disso, há uma recepção de pé direito dupla distribui os fluxos nos dois pavimentos.

O equipamento tem uma grande relevância pelas suas características e por ser uma edificação que os métodos construtivos se adequam ao clima em que a edificação está locada, além de ser compostos por matéria de baixo custo e de fácil


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manutenção, todos esses aspectos serão tomados como embasamento para proposta do projeto do Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú. PROGRAMA DE NESSECIDADE - Salas de diretoria / - Salas de secretaria /- Setor de Serviços / - Banheiros / - Recepção Figura 52- UFC, Implantação, Crateús – CE, 2015.

IMPLANTAÇÃO Fonte: http://www.archdaily.com.br – 17/05/17 – 14:00.

Figura 53- UFC, Planta baixa Térreo, Crateús – CE, 2015.

PLANTA BAIXA -TÉRREO Fonte: http://www.archdaily.com.br – 17/05/17 – 14:00.


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Figura 54- UFC, Planta baixa 1º Pavimento, Crateús – CE, 2015.

PLANTA BAIXA – 1º PAVIMENTO Fonte: http://www.archdaily.com.br – 17/05/17 – 14:00. Figura 55- UFC, Corte AA, Crateús – CE, 2015.

CORTE – AA Fonte: http://www.archdaily.com.br – 17/05/17 – 14:00. Figura 56- UFC, Corte BB, Crateús – CE, 2015.

CORTE – BB Fonte: http://www.archdaily.com.br – 17/05/17 – 14:00.


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LEGISLAÇÃO

Na elaboração do projeto serão utilizadas normas técnicas, manuais, portarias e resoluções, com isso foi formulada uma tabela especificando cada uma, deixando explicito

a

representação

de

todas,

no

qual

serão

importantes

para

o

desenvolvimento do projeto que tem a finalidade de atendendo todos os critérios exigidos. Quadro 3 – Normas Técnicas, Portarias, Resoluções.

NORMAS TÉCNICAS

ABNT NBR 9284/1986

Equipamento Urbano.

ABNT NBR 10152/1987

Níveis de ruído para conforto acústico. (Ver anexo I)

ABNT NBR 13532/1995

Elaboração de projetos de edificações – Arquitetura.

ABNT NBR 15220/2003

(Ver anexo II)

Desempenho térmico de edificações Parte 1: Definições, símbolos e unidades.

Desempenho térmico de edificações Parte 2: ABNT NBR 15220/2003

Métodos de cálculo da transmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de edificações.

ABNT NBR 9077/2001

Saídas de emergência em edifícios. (Ver anexo III)


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ABNT NBR 9050/2015

Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. (Ver anexo IV)

ABNT NBR 8995-1/2013

Iluminação de ambientes de trabalho. Parte 1:Interiores.

ABNT NBR 15129/2016

ABNT NBR 15220-3/2005

Iluminação Pública.

Desempenho térmico de edificações Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social

ABNT NBR 16537/2016

Acessibilidade – Sinalização tátil no piso – Diretrizes para elaboração de projetos e instalação. (Ver anexo V )

PORTARIAS PORTARIA N° 48, DE 28 Regimento Interno do Colegiado de Teatro. DE ABRIL DE 2010. PORTARIA N° 47, DE 28 Regimento Interno do Colegiado Senatorial de DE ABRIL DE 2010.

Artes Visuais.

PORTARIA N° 44, DE 28 Regimento DE ABRIL 2010.

Interno

do

Colegiado

Setorial

de

Literatura, Livro e Leitura.

PORTARIA N° 44, DE 28 Regimento Interno do Colegiado Setorial de Dança. DE ABRIL DE 2010.


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RESOLUÇÕES RESOLUÇÃO N° 303, DE Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de 20 DE MARÇO DE 2002.

Fonte: Elaborada pela autora.

Área de Preservação Permanente.


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PROPOSTA ARQUITETÔNICA

7.1 TERRENO

A área escolhida para a implantação do Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú está situado no bairro José Gomes Damasceno, são dois terrenos uma área de 6.000m² e o outro com área de 6.986m², estão ligados pela as vias de acesso: CE - 240 (Estrada de Coreaú ao Açude Várzea da Volta), Rua Mariano Lopez. (Ver mapa 11) Mapa 11- Localização do Terreno, Coreaú -Ce, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.

Atualmente, o terreno de menor tamanho pertence ao dono particular e possui duas unidades habitacionais locadas no lado leste do terreno, mas a maior área do terreno está livre. No terreno de maior área está locado um antigo centro comercial e uma quadra poliesportiva, porém ambos impossibilitados de exercer qualquer tipo de atividade devidos suas condições de manutenção (ver figuras 57 e 58). Por conta dessa situação, propõe-se a demolição do centro comercial e construção de uma


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nova edificação no próprio terreno, com novas funções, mas permanecendo a forma geométrica da antiga edificação, fazendo com que sua arquitetura se integre com a quadra poliesportiva que será permanecida e requalificada. Figura 57 – Centro Comercial, Coreaú –2017.

Figura 58 – Centro Comercial, Coreaú – 2017.

Fonte: Autora.

Fonte: Autora.

A topografia dos terrenos não apresenta desníveis relevantes, podendo ser considerados praticamente planos. Atualmente, o ambiente passou por um processo de terraplanagem, no qual se encontra completamente plano ao nível das vias e foi executada também a limpeza no local retirando todo entulho que havia. Além disso, não existe nenhum tipo de vegetação relevante no local, possibilitando a criação de ambiência paisagista e a implantação de espécies nativas. Vale ressaltar, que a localização do espaço de intervenção é de fácil acesso, pois exigem muitos equipamentos públicos no entorno, além da proximidade ao centro da cidade e dos bairros vizinhos (ver figura 59). Fazendo uma análise do tempo e a distância em que as pessoas conseguem ter o devido acesso a área onde se localiza o terreno, foi estipulado um raio de 500 metros para caminhabilidade, que corresponde aproximadamente a 7 minutos de caminhada até o local e um raio de 1.000 metros, destinados a ciclista e outros meios de transporte, onde corresponde aproximadamente 3 minutos para o tempo de chegada até o terreno. Analisando a figura 60, percebe-se que o raio de 1.000 metros abrange todos bairros vizinhos e também espaço fora do limite urbano, com isso garante uma possibilidade de maior acesso ao Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú.


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Figura 59- Localização do Terreno, Coreaú -Ce, 2017.

Fonte: Google Earth, adaptado pela autora.

Figura 60– Raio de distâncias, Coreaú –Ce, 2017.

Fonte: Google Earth, adaptado pela autora.


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A edificação no terreno 01 será locada o bloco 01, que terá apenas atividades culturais. Suas fachadas principais estão voltadas para o norte e sul, de acordo com alguns estudos geográficos a ventilação local é predominante do leste. O bloco 01 terá o acesso de serviço pela rua sem denominação, na via Estrada de Coreaú – Açude Várzea da Volta, será o acesso ao estacionamento e terá o principal acesso para pedestres pela Rua Mariano Lopez, que através dela também se dá acesso ao terreno 02. (Ver figura 61). No terreno 02 será locado o bloco 02, que será composto tanto com atividades culturais quanto atividades esportivas, além disso a edificação terá fachadas principais voltadas para norte e oeste, assim promovendo a integração com a quadra poliesportiva já existente. A edificação terá acessos principais pela Rua Mariano Lopez e a via Estrada de Coreaú – Açude Várzea da Volta. Figura 61- Terrenos, Coreaú -Ce, 2017.

Fonte: Google Earth, adaptado pela autora.


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7.2

FLUXOGRAMA

Para compreender melhor a distribuição dos ambientes inseridos na instituição, foi elaborado um fluxograma. Onde demostra os percursos dos usuários e funcionários, além de representar a proximidade de cada setor. Figura 62- Fluxograma funcional, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.

7.3 CONCEITO

O embasamento para conceito do centro cultural foi elaborado seguindo à funcionalidade e integração. Com isso, foi desenvolvido um estudo da forma da edificação que pudesse unir os dois conceitos citados, com a finalidade de atender às necessidades de quem frequentará a instituição. O projeto têm como intuito manter algumas funções que eram praticadas anteriormente na área que será implantada o centro cultural, com isso, resgatado as atividades culturais e a história local, assim permanecendo afetividade já existente


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pela população, com a ampliação e diversificação dos meios, culturais e esportivos, de uma maneira funcional. A funcionalidade no projeto arquitetônico tem como papel buscar o aproveitamento dos espaços facilitando sua utilização, adotando soluções pratica, tornando-a possível ser executada podendo trazer conforto e qualidade para os usuários de um determinado espaço. Além disso, a edificação será desenvolvida de forma flexível para que possa comportar e receber diversos eventos. A integração tem como aspecto a ação de incorporar a edificação com meio urbano, respeitando a estrutura da cidade e fazendo com que o projeto siga de forma em que a escala do edifício possa se unir com meio urbano, fazendo com que os usuários sintam a transição entre o fora e dentro, como se fosse um só. A edificação será ligada com espaço urbano por grandes áreas de lazer públicas, fazendo com que a população sinta-se atraídas para usufruir desses espaços, promovendo interação dos usuários com a edificação, estimulando a praticar as atividades propostas no Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú e proporcionando a elas conhecimentos com novos meios, principalmente para as pessoas que nunca tiveram acesso a determinadas atividades.

7.4 PARTIDO

Partindo do conceito funcionalidade e integração, o estudo da volumetria foi desenvolvido através de formas simples e geométrica, onde os conceitos pudessem ser aplicados práticas, ligando a edificação com o paisagismo aplicado no terreno. Após fazer uma análise de estudo da volumetria inicial, foi visto também questões do conforto térmico e a forma que seria desenvolvida a integração da edificação com meio urbano. Com isso, houve três processos de evolução até chegar à volumetria final.


90

No terreno 01, a ideia inicial para a edificação foi implanta o volume no nível mais plano, para que usuários não sentissem dificuldades ao transitar pela a edificação, partir disso foi proposto duas formas divididas em blocos, com formas geométrica simples, onde o maior bloco seria voltado para área de convivência, tendo como fachada principal o lado sul. Na segunda forma o volume foi alongado no bloco maior com função de obter um espaço livre com pilotis, além disso, no mesmo foi feito um vão central para que os usuários tenham um livre acesso na edificação, o segundo bloco foi recuado uma parte do volume a fim obter também um espaço livre com pilotis. (Ver figura 63). Na última etapa do estudo final da volumetria, os dois blocos foram unidos com a finalidade de integra-los, buscando também uma só composição para conseguir espaços mais funcionais, com a junção foi possível proporcionar mais sombra no período vespertino para área de convivência que integra os dois terrenos com as edificações existentes. Figura 63 – Solução Volumétrica, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.

Na volumetria final percebe-se que a edificação fica toda voltada para uma grande área de convivência que se liga ao meio urbano e ao terreno 02, a forma da edificação possibilita a visão para o meio urbano, assim formando uma integração entre eles, além disso, haverá vãos livres onde contém os pilotis e um vão central dentro da edificação, como isso, viabilizando os usuários a ter livre acesso tanto no equipamento cultural quanto o meio que envolve o seu entorno. No terreno 02 contém as edificações existentes, uma que será demolida, mas será construída uma nova edificação seguindo a mesma forma geométrica da antiga, a


91

outra edificação existente será mantida e requalificada, com isso, fazendo parte do projeto Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú. (Ver figura 64). Figura 64 – Volumétrica Final, Implantação, 2017.

Legenda: Volumetria

Edifício existente à ser integrada

Edificação à ser demolida

Fonte: Elaborado pela autora.

A edificação que será construída terá fachadas principais pelo lado oeste e norte, onde ficará inserida entre dois níveis distintos, um dos níveis fica alinhado com o passeio, para que os usuários tenham um fácil acesso a edificação, e o segundo nível é onde está inserida a quadra poliesportiva, de maneira que a edifício se integre a quadra poliesportiva.

7.5 PROGRAMA DE NECESSIDADES

Ao analisar as tabelas elaborada a partir das visitas, foi realizado uma outra tabela dividida em setores que irá compor o programa de necessidades do Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú, que será desenvolvido ao decorrer do projeto, vale ressaltar que a tabela e a quantidade de atividades contidas nela poderão ocorro modificações. Setor de Cultura: Espaço que disponibiliza diversas atividades, como oficinas de artes, exposições, biblioteca que é um espaço voltado a leituras e pesquisas, onde o


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público tem livre acesso para estudar, ler, consultar e obter conhecimentos. Além disso terá salas voltadas para acessos a informações tecnológicas, entre outras atividades, com funções que estimule e proporcione conhecimento aos usuários, fazendo com que todos pratiquem a cultura. Cine-auditório: Ambiente que comportará 100 pessoas, equipado com material audiovisual, onde serão transmitidos filmes, palestras, reuniões, entre outros eventos culturais. O espaço será destinado também a apresentações e espetáculos de pequeno porte, com o intuito de interpretar história, danças, recitais e diversas atividades para todo tipo de público. Museu: Espaço onde serão expostos objetos que remetam a história local, que possa transmitir para os visitantes conhecimentos culturais. Esporte: Ambiente que disponibiliza uma programação ampla de atividades esportivas, como artes maciais, aulas de ritmos e danças, academia funcional e de musculação, quadra poliesportiva, pista de skate, entre outras, voltadas para todas as faixas etárias. Lazer: Setor que oferece uma ampla área de convivência, com quiosques, lanchonetes, playground, lojinhas, espaço para idosos e espaços que possam receber eventos como festas juninas, Leiruá, entre outros eventos que são tradições locais. Administração: Setor que funcionará toda para administrativa da instituição, onde conterá coordenação, secretarias, ambientes que organize os eventos e divulgue, além de recursos de propagandas e marketing. Serviço: Ambiente responsável pela equipe que dará suporte a instituição, auxiliando em serviços gerais, de limpeza, manutenção, depósitos, carga e descarga, etc. Com a formação de todos os setores e determinação de suas funções foi possível elaborar o programa de necessidades para desenvolver o projeto, com isso, todos os espaços descritos foram dimensionados com a capacidade de suprir todas as necessidades de cada ambiente.


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Quadro 4 - Programa de Necessidade.

CENTRO DE CULTURA, ESPORTE E LAZER DE COREAÚ. 1. SETOR DE CULTURA

QUANT.

ÁREA UND.

ÁREA

- ESPAÇOS MULTIMÍDIA - RADIO ESCOLA - OFICINA DE ARTESANATO - OFICINA DE ARTES - OFICINA DE CULINARIA LOCAL - OFICINA DE BORDADO E CROCHÊ - SALAS DE INFORMATICA - SALAS DE MULTIUSO - GALERIA - BIBLIOTECA BALCÃO DE CONTROLE/ HALL GUARDA VOLUMES ARQUIVO ACERVO LEITURA EM GRUPO INDIVIDUAL INDIVIDUAL ESPAÇO INFANTIL - AUDITÓRIO / 50 PESSOAS - BANHEIRO MASCULINO - BANHEIRO FEMININO TOTAL:

1 1 1 1 1 1 2 1 2

24,82 m² TOTALT(M²) 24,16 m² 28 m² 28 m² 51,50 m² 38,30 m² 40 m² 60 m² 100 m²

24,82 m² TOTAL 24,16 m² 28 m² 28 m² 51,50 m² 38,30 m² 80 m² 60 m² 200 m²

1 1 5 7 1 1 2 2 31

60 m² 20 m² 10 m² 80 m² 8 m² 4 m² 20 m² 100 m² 10 m² 10 m² -

60 m² 20 m² 10 m² 80 m² 40 m² 28 m² 20 m² 100 m² 20 m² 20 m² 932,80 m²

QUANT.

ÁREA UND.

ÁREA

1 1 2 2 1 1 100 PES. 1 1 1 1 1 1 1 1 17

88 m² 7 m² 3,15 7,40 65 m² 8,15 m² 145 m² 10 m² 5 m² 23,65 m² 26,90 m² 8,15 m² 16 m² 5 m² 5 m² -

88 m² TOTAL 7 m² 6,30 m ² 14,80 m² 65 m² 8,15 m² 145 m² 10 m² 5 m² 23,65 m² 26,90 m² 8,15 m² 16 m² 5 m² 5 m² 433,95 m²

QUANT.

ÁREA UND.

ÁREA

1 1 1

60 m² 57,25 m² 57,25 m²

60 m² TOTAL 57,25 m² 57,25 m²

2. CINE - AUDITÓRIO - FOYER BILHETERIA BANHEIRO PNE - PALCO - SALA DE PROJEÇÃO - PLATÉIA - CAMARIM INDIVIDUAL BANHEIRO - CAMARIM COLETIVO - SALA DE ENSAIO - COPA - SALA DE APOIO - VESTIÁRIO MASCULINO - VESTIÁRIO FEMININO TOTAL: 3. MUSEU - HISTÓRIA DE COREAÚ - QUILOMBOLAS - CULTURA INDIGENA


94

- SERTÃO TOTAL: 4. ESPORTE - QUADRA POLIESPORTIVA - SALAS DE DANÇAS - SALAS DE ARTES MACIAIS - PISTA DE SKATE - ACADEMIA DE MUSCULAÇÃO - ACADEMIA FUNCIONAL TOTAL: 5. LAZER - ÁREA DE CONVIVENCIA - PLAY GROUND - LOJAS - CAFÉ - LANCHONETES - RESTAURANTE TOTAL: 6. ADMINISTRAÇÃO - RECEPÇÃO - SECRETARIA LAVABO - INFORMATIVO - SALA DOS PROFESSORES - SALA DE REUNIÃO - ARQUIVO MORTO - COPA - DEPOSITO TOTAL: 7. SERVIÇO - CARGA E DESCARGA - DEPÓSITO DE LIXO ORG. E INORGÂNICO - DEPÓSITO DE LIXO RECICLAVEL - GERADOR - DML - COPA - DEPOSITOS - VESTIARIO MASCULINO - VESTIARIO MASCULINO - SALA DE DESCANÇO PARA FUNCIONARIOS TOTAL:

1 4

57,25 m² -

57,25 m² 231,75 m²

QUANT.

ÁREA UND.

ÁREA

1 2 2 1 1 1 8

(29m x 43m) 54 m² 32,85 m² 106 m² -

1.247 m² TOTAL 108 m² 65,70 m² 106 m² 1.526,7 m²

QUANT.

ÁREA UND.

ÁREA

1 2 1 2 1 7

24 m² 42,45 m² 20 m² 41,50 m² -

TOTAL 24 m² 42,45 m² 40 m² 41,50 m² 107,95 m²

QUANT.

ÁREA UND.

ÁREA

1 2 1 2 1 1 1 1 1 8

23,40 m² 9 m² 3 m² 7 m² 13,35 m² 16,55 m² 7 m² 7,40 m² 13 m² -

23,40 m² TOTAL 27m²m² 3 m² 14 m² 13,35 m² 16,55 m² 7 m² 7,40 m² 13 m² 124,7 m²

QUANT.

ÁREA UND.

ÁREA

1

9 m²

TOTAL 9 m²

1 1 1 2 2 2 2 2

9 m² 18,45 m² 5,60 m² 5,60 m² 11,87 m²/ 10,90 m² 2,5 m² / 5,45 m² 2,5 m² / 5,45 m² 28,26m² / 44,30 m²

9 m² 18,45m² 5,60 m² 11,20 m² 22,77 m² 7,95 m² 7,95 m² 72,56 m²

14

-

164,48 m²


95


96

8

PROJETO ARQUITETÔNICO

8.1 IMPLANTAÇÃO

O projeto do Centro de Cultura, Esporte e Lazer de Coreaú, dispõe de uma área construída de aproximadamente 3.362,33m², dividido em dois blocos, locados em terrenos distintos, possuindo apenas dois pavimentos em cada um, respeitando a escala do seu entorno. A edificação será implantada em dois terrenos com área total aproximadamente 12.986,47m², onde se ligam por meio a uma rua principal, além disso, se localizam em uma área central de fácil acesso, próxima a diversos equipamentos públicos. A duas edificações tem acesso principal pela Rua Mariano Lopes, no qual facilita a integração dos dois blocos através do meio urbano, fazendo com a edificação principal do terreno 01 tenha sua fachada principal para o sul e a edificação do terreno 02 com fachadas de acessos principais norte e oeste, com o intuído de impedir a visão da edificação do terreno 01. (Ver figura 65). Devido ao intuito de promover a integração entre as edificações, não foi utilizado nenhum tipo de barreira entre os terrenos, com a intenção de facilitar a circulação dos usuários entre os equipamentos, fazendo com possa ter acesso pela CE- 364 Rua Mariano Lopes, Estada de Coreaú – Várzea da Volta, uma rua sem saída e uma via local que foi criada com a intensão de dividir os lotes.


97

Figura 65- Implantação, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.

8.2

PLANTAS BAIXAS

A princípio o primeiro bloco foi divido em alguns setores como de serviço onde se dá acesso pela Rua Sem Saída, paralela à via principal Rua Mariano Lopes, o cineauditório, museu e áreas de circulações, além de dispor de uma anfiteatro e uma grande área verde com equipamentos urbanos, que se integram ao segundo terreno


98

que está locado o bloco 02, que se encontra o setor de esporte como academias salas de dança, salas de artes maciais. (Ver figura 66). Figura 66- Planta Baixa – Térreo, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.

Além disso há também uma grande área de lazer, áreas verdes, quiosques, uma grande quadra poliesportiva, já existente no local, onde foi requalificada com uma nova estrutura, para que possa comportar diversos eventos, esportivos e culturais. No primeiro pavimento do bloco 01 tem acesso circulações verticais, nele se encontra a biblioteca, salas de informática, espaço para exposições, salas de


99

mídias, auditório, um café e uma grande sala de multiuso. No bloco 02 também se tem acesso através de circulações verticais, onde encontra-se diversas oficinas, espaço para exposições e setor de serviço. (Ver figura 67). Figura 67- Planta Baixa – 1º Pavimento, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.


100

8.3 CORTES

Por meio dos cortes identificamos como está distribuído os níveis ao longo das edificações, quais os tipos de estruturas utilizadas no projeto e como se comporta a divisão e a escala do ambientes internos, além de entender aplicação de alguns materiais. Figura 68- Cortes: AA; BB.

Fonte: Elaborado pela autora.

O sistema estrutural adotado na edificação foi aplicação de estrutura em concreto no pilares com uma malhas de distancias variáveis, afim de se adequar com forma da volumetria, foi utilizado também laje maciça treliçada, pois essa é uma das soluções mais convencionais e praticadas na região da área de intervenção, além de ser econômica em relação à construção e manutenção, possui fácil acesso a mão de obra local.


101

Figura 69- Cortes: CC; DD; EE.

Fonte: Elaborado pela autora.

8.4 CONFORTO AMBIENTAL

O conforto térmico é obtido a partir da relação da temperatura com a unidade local, com isso, cada área apresenta um sistema climático diferente, de acordo com a NBR 15220/2005. Baseado no sistema climático de Coreaú-Ce foi realizado um estudo de incidência solar nas fachadas usando o equipamento heliodon, que permite estudar a trajetória do sol durante todo ano. O estudo foi realizado considerando período vespertino nos meses de julho à dezembro. (Ver figura 70).


102

Figura 70- Estudo de incidência solar, Implantação (Período –Matutino – Julho à Dezembro), 2017.

Fonte: Autora. Figura 71- Estudo de incidência solar, Implantação (Período –Vespertino – Julho à Dezembro), 2017.

Fonte: Autora.

Percebe-se que nos meses de julho à dezembro, no período vespertino da fachada oeste do bloco 02 recebe grande incidência solar, nota-se também que os elementos escolhidos para a fachada não foi funcional o suficiente para combater a insolação, a partir disso foi realizado um outro estudo de elementos de proteção para que pudessem combater a incidência solar atingisse as áreas internas da edificação.


103

Observa-se também que a quadra poliesportiva receberá incidência solar de grande quantidade no período vespertino, para amenizar essa situação sem barrar a ventilação foi utilizado brises horizontais em grande parte da sua fachada oeste. Para analisar a funcionalidade desse material com a inibição dos raios solares dentro do ambiente, foi realizado um estudo de carta solar. (Ver figuras 72 e 73). Figura 72- Carta Transferidor estereográfico, Coreaú-Ce, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.

Figura 73- Carta solar estereográfica, Coreaú-Ce, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.


104

Na figura 72, demostra o estudo de sombras que edificação irá receber a partir da proteção dos brises, onde esses elementos proporcionam um ângulo de 45º de área sombreada para edificação. Na figura 73, demostra o período de insolação durante o ano e os horários que terá incidência solar na área interna da edificação. Com isso, percebe-se que ainda há recebimento de raios solares em um determinado horário, mas com a vegetação aplicada no entorno da quadra e com o volume construído próximo, a insolação se tornará menor.

8.5 FACHADAS

Nas fachadas foram utilizados diversos materiais, tanto como funções estéticas como elementos de proteção térmica, no bloco 01 na fachada sul encontra-se uma grande área de circulação com peitoril no 1º pavimento, para amenizar a insolação no ambiente foi utilizado uma marquise em polietileno que seve tanto como coberta da rampa, como, promove sombreamento para os ambientes internos da edificação, assim como os brises verticais que foram aplicados na frente das esquadrias. (Ver figura 74). Figura 74- Fachadas bloco 01, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.


105

Na fachada oeste devido à grande quantidade de calor que é transmitida no período vespertino, foi utilizado paredes dobradas com matérias isolantes térmico e acústico, com o intuito de reduzir a temperatura e as ondas sonoras transmitidas para o ambiente interno, foi aplicado também póticos de polietileno, que servem tanto como elemento estético como uma forma de barreira para insolação. Nas fachadas norte e leste, foi aplicado brises verticais na frente das esquadrias, para impedir a insolação e possibilitar boa ventilação dentro dos ambientes além de contribuir esteticamente com visual do equipamento. (Ver figura 75). Figura 75- Fachadas bloco 01, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.

No bloco 02 as fachadas norte e oeste da edificação foram aplicados cobogós, brises verticais e uma marquise que percorre toda edificação, para que possa inibir a incidência solar nos ambientes internos, nessas mesmas fachadas da quadrada poliesportiva foi utilizado brises horizontais também como elemento de proteção solar, funcionando mais no período vespertino. (Ver figura 76 e 77).


106

Figura 76- Fachadas bloco 02, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.

Nas fachadas sul e leste do bloco 02 foram utilizadas apenas brises verticais como proteção térmica, na quadra foi aplicado uma coberta metálica em forma de sheds, com brises horizontais, para amenizar as incidência solar transmitida no período matutino, sem impedir a ventilação no local. Figura 77- Fachadas bloco 02, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.


107

8.6 ESTUDO DE VOLUMETRIA

As vistas volumétricas apresentadas tem o intuito de demostrar como a edificação se comporta dentro do terreno e no entorno. Com isso, mostrando em perspectivas como a edificação se relaciona com a escala da cidade. Além demostrar os matérias que foram aplicados nas fachadas e como funciona os fluxos dos terrenos. Figura 78- Vista da edificação no terreno real, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.

Figura 79- Vista do terreno 02, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.


108

Figura 80- Vista do terreno 01, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.

Figura 81- Vista da fachada Sul - Bloco 01, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.

Figura 82- Vista da fachada Sul - Bloco 01, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.


109

Figura 83- Vista Fachada Oeste – Bloco 01, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora. Figura 84- Vista da fachada Sul – Bloco 01, período noturno, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora. Figura 85- Vista Noroeste – Bloco 02, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.


110

Figura 86- Vista da fachada Oeste – Bloco 02, 2017

Fonte: Elaborado pela autora.

Figura 87- Vista da Quadra Poliesportiva, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.

Figura 88- Vista do terreno 02, perĂ­odo noturno, 2017.

Fonte: Elaborado pela autora.


111


112

9

CONCIDERAÇÕES FINAIS

A elaboração desse Trabalho Final de Graduação partiu de um interesse pessoal de buscar, através da arquitetura o incentivo a prática da cultura para população coreauense, pois o município carece de equipamentos públicos bem qualificados que desenvolvam atividades culturais. As atividades disponibilizadas no equipamento cultural atenderão pessoas de diversas faixas etárias e não terá fins lucrativos, onde também contará com a ajuda de voluntários e usuários. Além disso, a edificação conterá espaços dinâmicos, que integrem o equipamento com o meio urbano, para isso foi realizado um estudo de planejamento urbano da sede do município e da legislação vigente, no qual, foi necessário para definir um melhor terreno. Levando em consideração todos os aspectos abordados é possível propor uma arquitetura voltada para toda população, garantindo espaços bem estruturados e com qualidade de bem está para todos.


113


114

ACCIOLY, Vera Mamede. Planejamento, planos diretores e expansão urbana: Fortaleza 1960-1992. Tese (Doutorado). Faculdade de Arquitetura, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2008. CAVALCANTE, Murilo. As lições de Bogotá e Medellín: os caos a referências mundial. ed. Recife: INGT, 2013. CHING, Francis D. K. Arquitetura: forma, espaço e ordem. São Paulo: Martins Fontes,1998. CORBELLA, Oscar. YANNAS, Simos. Em Busca de uma Arquitetura Sustentável para Tópicos: Conforto Ambiental, 2º ed. Rio de Janeiro: Revan, 2009. DEL RIO,

Vicente.

Introdução

ao

Desenho

Urbano

no

Processo

de

Planejamento. São Paulo: Pini, 1990. EAGLETON, Terry. A Ideia de Cultura. Lisboa: Temas e Debates, 2003. FARR, Douglas. Urbanismo Sustentável: desenho urbano com a natureza. Porto Alegre: Bookman, 2013. GAUZIN-MULLER, Dominique. Arquitetura Ecológica. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2011. HOLANDA, Armando. Roteiro para construir no nordeste. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, Mestrado de Desenvolvimento Urbano, 1976. IBGE. Disponível em: < www.ibge.gov.br> Acesso em: 19, Fev. 2017. IPECE. Disponível em: <www.ipece.ce.gov.com.br> Acesso em: 28, Fev. 2017. JACOBS, Jane. Morte e vida das grandes cidades. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011.


115

KEELER,

Marian,

Bill

Burke.

Fundamentos

de

Projetos

de

edificação

sustentáveis. Porto Alegre: Bookman, 2010. LAMAS, Jóse M. Ressano Garcia. Morfologia Urbana e Desenho da Cidade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2014. MILANESI, Luís. A Casa da Invenção: Biblioteca Centro de Cultura. 4º ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. MUNIZ, Maria Águeda Ponte Caminha. O Plano Diretor Como Instrumento de Gestão da Cidade: O Caso da Cidade de Fortaleza/Ce. Tese (Mestrado). Faculdade de Arquitetura, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2006. NEUFERT, Enrts. Arte de Projetar em Arquitetura, 18ª ed. São Paulo: Gustavo Gili, 3013. NEVES, Renata Ribeiro; Centro Cultural: a Cultura à promoção da Arquitetura. In: Revista Especializen On-line IPOG - GOIÂNIA. 5° Edição, 2013. NUNES, Antônio Manuel. EDUARDO, Agnaldo Adélio. Bases para o projeto de Centros de Cultura e Arte. In: Revista Terra e Cultura, 2007. OLIVEIRA, Isabel Cristina Eiras de. Estatuto da cidade. Rio de Janeiro: IBAM/DUMA, 2001. PILDAS, Leonardo. História de Coreaú (1702 -2002). Sobral: Gráfica e Editora Ltda, 2003. PRANK, Emile. Dimensionamento em Arquitetura, 7º ed. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2003. PREFEITURA MUNCIPAL DE COREAÚ. Plano Diretor Participativo de Coreaú, 2008. Disponível em: Prefeitura Municipal de Coreaú.


116

REBELLO, Yopanan Conrado Pereira. A Concepção Estrutural e a Arquitetura. São Paulo: Zigurate Editora, 2000. REBELLO, Yopanan Conrado Pereira. Bases para Projeto Estrutural na Arquitetura. São Paulo: Zigurate Editora, 2007. REBELLO, Yopanan Conrado Pereira. Estrutura de Aço, Madeira e Concreto. São Paulo: Zigurate Editora, 2005. SANTOS, Carlos. A Cidade com Jogo de Cartas. São Paulo: Projeto Editores, 1988. SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura, 14ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. SUN, Alex. Projeto da praça: convívio e exclusão no espaço público. 2º ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2011. VAN LENGEN, Johan. Manual do Arquiteto Descalço. São Paulo: B4 Ed, 2014. VOORDT, Theo J. M. van der, Herman B. R. van Wegen. Arquitetura sob o olhar do usuário. São Paulo: Oficina de Textos, 2013. YUDELSON, Jerry. Projeto Integrado e Construções Sustentáveis. Porto Alegre: Bookman, 2013. WONG, Wucius. Princípios de Forma e Desenho. São Paulo: Martins Fontes, 1998.


117

APÊNDICE Anexo I ABNT NBR 10152 Níveis de ruído para conforto acústico

Esta Norma fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em ambientes diversos. Tabela 04 – Valores dB (A) e NC.

Locais

dB(A)

NC

Salas de concertos, Teatros

30 – 40

25 – 30

Salas de conferências, Cinemas, Sala de uso múltiplo.

35 - 45

30 - 35

Auditórios

Fonte : NBR 10152.

Os valores estabelecidos pela norma representa o nível sonoro para o conforto dos ambientes, onde serão aplicados nos espaços descritos de maneira exigida pela norma para evitar riscos e danos desconfortáveis aos usuários.

Anexo II

ABNT NBR 13532 Elaboração de projetos de edificações – Arquitetura.

Esta Norma apresenta as condições exigíveis para a elaboração de projetos de arquitetura para a construção de edificações. 3.3 Etapas do projeto de arquitetura As etapas de execução da atividade técnica do projeto de arquitetura são as seguintes, na sequência indicada (incluídas as siglas):


118

a) levantamento de dados para arquitetura (LV-ARQ); b) programa de necessidades de arquitetura (PN-ARQ); c) estudo de viabilidade de arquitetura (EV-ARQ ); d) estudo preliminar de arquitetura (EP-ARQ ); e) anteprojeto de arquitetura (AP-ARQ) ou de pré-execução (PR-ARQ); f) projeto legal de arquitetura (PL-ARQ); g) projeto básico de arquitetura (PB-ARQ) (opcional); h) projeto para execução de arquitetura (PE-ARQ ). Todas essas definições serão aplicadas ao decorrer da elaboração do projeto, para que se obtenha um bom desenvolvimento, com qualidade e eficiência nos aspectos produtivos.

Anexo III

ABNT NBR 9077 Saídas de emergência em edifícios.

Essa Norma fixa condições que deveram ser adotadas nas edificações por medidas protetórias em caso de incêndios, a fim de que a população possa a abandonar o prédio em caso de risco, além de exigir medidas que permitam o fácil acesso de auxílio externo dos bombeiros. 4.13.3 Sinalização de saída 4.13.3.1 A sinalização de saída é obrigatória: c) nas edificações das ocupações B, C, D, E e H, quando classificadas em O (área maior que 750 m2).


119

Figura 89 - Classificação das edificações quanto à sua ocupação.

Fonte: NBR 9077.

Figura 90 - Dados para o dimensionamento das saídas.

Fonte : NBR 9077.

Anexo IV

ABNT NBR 9050 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

A Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos que devem ser empregados em


120

projetos de construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, que visa proporcionar a utilização e condições de acessibilidade de maneira correta. 3.1.1 acessibilidade Possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida. 4.3.1 Largura para deslocamento em linha reta de pessoas em cadeira de rodas.

A Figura mostra dimensões referenciais para deslocamento em linha reta de pessoas em cadeiras de rodas. Figura 91 - Largura para deslocamento em linha reta.

a) Uma pessoa em cadeira de rodas – Vistas frontal e superior

b) Um pedestre e uma pessoa em cadeira de rodas – Vistas frontal e superior

c) Duas pessoas em cadeira de rodas – Vistas frontal e superior

Fonte : NBR 9050.


121

6.12.7.3 Rebaixamento de calçadas

Os rebaixamentos de calçadas devem ser construídos na direção do fluxo da travessia de pedestres. A inclinação deve ser constante e não superior a 8,33 % (1:12) no sentido longitudinal da rampa central e na rampa das abas laterais. A largura mínima do rebaixamento é de 1,50 m. O rebaixamento não pode diminuir a faixa livre de circulação, de no mínimo 1,20 m, da calçada, conforme Figura: Figura 92- Rebaixamentos de calçada – Vista superior.

Fonte : NBR 9050.

10.3.2 Localização dos espaços para P.C.R. e assentos para P.M.R. e P.O.

10.3.2.2 Em teatros, auditórios ou similares, a localização dos espaços para P.C.R. e dos assentos para P.M.R. deve ser calculada de forma a garantir a visualização da atividade desenvolvida no palco, conforme Figura:


122

Figura 93- Ângulo visual dos espaços para P.C.R. em teatros – Vista lateral

Fonte : NBR 9050.

10.3.2.6 Os espaços para P.C.R. ou assentos para P.M.R. e P.O. devem estar distribuídos na plateia, de forma a possibilitar que a tela ou a boca de cena estejam dentro do cone visual formado pelo ângulo de 30°, traçado em planta a partir do centro dos olhos do observador, conforme Figuras 71, pois muitas vezes a P.C.R. não tem rotação do pescoço. Deve ser preservada a passagem entre as fileiras, mesmo quando houver P.C.R. posicionada conforme 10.3.4.1.

Figura 94- Auditório – Perspectiva.

Fonte : NBR 9050.


123

10.16.3 A largura livre nos corredores entre estantes de livros deve ser de no mínimo 0,90 m de largura, conforme Figura 153. Nos corredores entre as estantes, a cada 15 m, deve haver um espaço que permita a manobra da cadeira de rodas. Recomenda-se atender às necessidades de espaço para circulação e manobra, conforme a figura: Figura 95- Estantes em bibliotecas – Exemplo – Vista frontal

Fonte : NBR 9050.

Nos ambientes internos e externos serão dimensionados de maneira que atenda os parâmetros exigidos pelas normas, onde as pessoas com mobilidade reduzida sintase com confortável, dando a elas qualidade e autonomia para circular nos espaços compostos na edificação.

Anexo V

ABNT NBR 16537 Acessibilidade – Sinalização tátil no piso – Diretrizes para elaboração de projetos e instalação.

A Norma destaca os preceitos das diretrizes de sinalização tátil, que se trata de acessibilidade, a sinalização tátil no piso é considerada um recurso complementar para prover segurança, orientação e mobilidade a todas as pessoas, principalmente as portadoras de deficiência visual ou surdo-cegueira.


124

6.4.4 A sinalização tátil de alerta deve medir entre 0,25 m e 0,60 m na base e no topo de rampas, com inclinação i > 5 %. Na base não pode haver afastamento entre a sinalização tátil e o início do declive. No topo, a sinalização tátil pode afastar-se de 0,25 m a 0,32 m do início do declive, conforme a Figura 73. Rampas com i < 5 % não precisam ser sinalizadas. Figura 96- Rampas fixas com i ≥ 5 %.

Fonte: NBR 16537.

6.6 Travessia de pedestres Os locais de travessia devem ter sinalização tátil de alerta no piso, posicionada paralelamente à faixa de travessia ou perpendicularmente à linha de caminhamento, para orientar o deslocamento das pessoas com deficiência visual, conforme as Figuras 74. Para dimensionamento dos rebaixamentos de calçadas, consultar a ABNT NBR 9050. Figura 97- Rebaixamento de calçada sem rampas complementares.

Fonte: NBR 16537.



PR. 01 01

PR. 01 01

NORTE

01


PR

. 01 09

NORTE F. NORTE PR 11

PR. 09 02

PR . 01 09

F. OESTE PR 11

PR 11 F. LESTE

PR. 09 02

PR 11 F. SUL

PR. 10 01

F. NORTE PR 11

PR. 10 02

QUADRO DE MATERIAIS

PR 11 F. LESTE

F. OESTE PR 11

PR. 10 02

03 PR. 10

03 PR. 10

PR. 10 01

PR 11 F. SUL

02


00

PR .

XX

F. NORTE PR 06

NORTE PR. 00 XX

XX

PR . 00

PR 06 F. LESTE

F. OESTE PR 06

BB CORTE

PR 06 F. SUL

XX

PR. 00

F. NORTE PR 06

PR. 00

XX

XX

F. NORTE PR 11

PR 06 F. LESTE

PR . 01 09

F. OESTE PR 06

PR. 00

PR 06 F. SUL

XX

PR. 00

QUADRO DE ESQUADRIAS

PR. 09 02

PR. 09 02

PR 11 F. LESTE

F. OESTE PR 11

+

QUADRO DE MATERIAIS

PR

. 01 09

+

PR 11 F. SUL

03


00 PR

PR. 10 01

NORTE

BB

PR. 00

CORTE

XX

PR

XX

. 00

PR 06 F. LESTE

F. OESTE PR 06

F. NORTE PR 11

XX

.

F. NORTE PR 06

PR 06 F. SUL

XX

PR. 00

F. NORTE PR 06

PR. 00

XX

XX

PR 06 F. LESTE

F. OESTE PR 06

PR. 00

PR 06 F. SUL

XX

PR. 00

QUADRO DE ESQUADRIAS +

PR. 10 02

F. OESTE PR 11

PR. 10 02

PR11 F. LESTE

QUADRO DE MATERIAIS

PR. 10 03

PR. 10 03

PR. 10 01

PR 11 F. SUL

04


00

PR .

XX

F. NORTE PR 06

NORTE PR. 00 XX

XX

PR . 00

PR 06 F. LESTE

F. OESTE PR 06

BB CORTE

PR 06 F. SUL

XX

PR. 00

F. NORTE PR 06

PR. 00

XX

XX

F. NORTE PR 11

PR 06 F. LESTE

PR . 01 09

F. OESTE PR 06

PR. 00

+

PR 06 F. SUL

XX

PR. 00

QUADRO DE ESQUADRIAS

PR. 09 PR. 09 02 02

PR. 09 02

PR11 F. LESTE

F. OESTE PR 11

+

PR

. 01 09

QUADRO DE MATERIAIS

PR 11 F. SUL

05


00 PR

PR. 10 01

NORTE

BB

PR. 00

CORTE

XX

PR

XX

. 00

PR 06 F. LESTE

F. OESTE PR 06

F. NORTE PR 11

XX

.

F. NORTE PR 06

PR 06 F. SUL

XX

PR. 00

F. NORTE PR 06

PR. 00

XX

XX

PR 06 F. LESTE

F. OESTE PR 06

PR. 00

PR 06 F. SUL

XX

PR. 00

QUADRO DE ESQUADRIAS

PR. 10 02

F. OESTE PR 11

PR. 10 02

PR11 F. LESTE

QUADRO DE MATERIAIS

PR. 10 03

PR. 10 03

PR. 10 01

PR 11 F. SUL

06


00

PR .

XX

F. NORTE PR 06

NORTE PR. 00 XX

XX

PR . 00

PR 06 F. LESTE

F. OESTE PR 06

BB CORTE

PR 06 F. SUL

XX

PR. 00

F. NORTE PR 06

PR. 00

XX

XX

F. NORTE PR 11

PR 06 F. LESTE

PR . 01 09

F. OESTE PR 06

PR. 00

+

PR 06 F. SUL

XX

PR. 00

+

PR. 09 02

PR

. 01 09

PR11 F. LESTE

F. OESTE PR 11

PR. 09 02

PR 11 F. SUL

07


00 PR

XX

.

F. NORTE PR 06

NORTE

NORTE

PR. 10 01

PR. 00

CORTE

XX

PR

XX

. 00

PR 06 F. LESTE

F. OESTE PR 06

F. NORTE PR 11

BB

PR 06 F. SUL

XX

PR. 00

F. NORTE PR 06

PR. 00

XX

XX

PR 06 F. LESTE

F. OESTE PR 06

PR. 00

PR 06 F. SUL

XX

PR. 00

PR. 10 02

PR 11 F. LESTE

F. OESTE PR 11

PR. 10 02

PR. 10 03

PR. 10 03

PR. 10 01

PR 11 F. SUL

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09


04

PR. 10 04

PR. 10

+

PR. 10

03

PR. 10

03

03

PR. 10

03

PR. 10

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CENTRO DE CULTURA, ESPORTE

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