Trilha Ecológica - Fazenda Ingazinho - CAVALGADA

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CAVALGADA.....................Trilha Ecol贸gica Fazenda Ingazinho, Itu, SP

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Elaboração Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (http://www.lerf.esalq.usp.br/) Bioflora (http://viveirobioflora.com.br/) Equipe Prof. Dr. Ricardo Ribeiro Rodrigues Engº Agrº Dr. André Gustavo Nave Engº Agrº Dr. Fabiano Turini Farah Gestora Ambiental Sheron Agnez Silva Biólogo Fernando Lamonato Enga. Ftal. Bruna Balestrin Piaia

Advertências: as informações medicinais apresentadas neste manual em hipótese nenhuma servem como recomendação para auto-medicação, ressaltando que toda planta é tóxica, dependendo da parte utilizada, modo de preparo, entre outros fatores. Do mesmo modo, salientamos que nem todo fruto (estrutura de disseminação das sementes) é uma fruta (material comestível).

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APRESENTAÇÃO Situada na fazenda Ingazinho, a trilha ecológica faz parte de uma iniciativa voluntária com o objetivo de proporcionar espaço e materiais para atividades de educação ambiental no município de Itu, SP. Seu trajeto de 2000 m possibilita a cavalgada por pessoas de uma ampla faixa etária. Os visitantes poderão ter contato com um remanescente de vegetação nativa e áreas de conservação ambiental integrantes do Programa de Adequação Ambiental da fazenda Ingazinho. Neste manual são apresentadas 12 espécies arborescentes, todas elas nativas regionais, presentes na trilha. São fornecidas dicas botânicas para reconhecimento das espécies, bem como informações a respeito de seus usos, com base na literatura. A sequência das plantas na trilha e o mapa do percurso podem ser vistos nas págs. 5 e 6. No final, há um glossário com termos botânicos (pág. 20).

Figura 01: Trecho da trilha Ecológica na Fazenda Ingazinho em Itu, SP.

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FLORESTAS A vegetação típica da região é denominada Floresta Estacional Semidecidual, um subtipo da Mata Atlântica. Sua particularidade está no fato de que parte das espécies apresenta queda de folhas (deciduidade) na época mais seca do ano (caráter estacional), como adaptação para prevenir perdas excessivas de água por transpiração. Pode ser encontrada em solos variados, desde os mais arenosos até argilosos.

Figura 02: Floresta Estacional Semidecidual. Fazenda Capoava, Itu, SP.

Figura 03: Água límpida de riacho protegido pela vegetação natural. Fazenda Ingazinho, Itu, SP.

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A qualidade da água é consequência do manejo do solo em toda a bacia hidrográfica. A vegetação natural é essencial para a manutenção da cobertura e da estabilidade do solo, promovendo a conservação dos recursos hídricos. A qualidade da água (física, química e biológica) é assegurada pela vegetação ao redor das nascentes e ao longo dos cursos d’água, conferindo menor temperatura e turbidez, maior oxigenação, e retendo o excesso de nutrientes do escoamento de águas superficiais. As vegetações naturais e em processo de restauração das Fazendas Capoava, Jequitibá e Ingazinho protegem a margem dos cursos d’água e contribuem para a manutenção da qualidade das águas. Além de fornecerem abrigo e alimento para os animais, na forma de néctar, pólen e frutos, as espécies florestais presentes na região apresentam várias utilidades para o homem, como melíferas, medicinais, cosméticas, madeireiras, entre outras. Nas trilhas podem ser observadas várias espécies nativas regionais de grande importância pela sua utilidade potencial, bem como pelo uso tradicional por povos da floresta e do meio rural.


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Figura 03: Ipê -amarelo entre rochas na Fazenda Ingazinho em Itu, SP.

Sequência das plantas na trilha: Número

Nome Científico

Nome Popular

1

Myroxylon peruiferum L.f.

Cabreúva

2

Cereus hildmannianus K.Schum.

Mandacaru

3

Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera

Candeia

4

Casearia sylvestris Sw.

Guaçatonga

5

Solanum mauritianum Scop.

Fumo-bravo

6

Vernonanthura phosphorica (Vell.) H.Rob.

Assa-peixe

7

Baccharis dracunculifolia DC.

Alecrim-do-campo

8

Cecropia pachystachya Trécul

Embaúba

9

Aegiphila integrifolia (Jacq.) Moldenke

Tamanqueira

10

Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC.) Mattos

Ipê-amarelo

11

Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill.

Tamanqueira

12

Zanthoxylum caribaeum Lam.

Mamica-de-cadela

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Mapa

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Cabreúva 303 Outros nomes populares: Cabreúva-vermelha, Bálsamo, Pau-

de-incenso, Carobeira-vermelha, Pau-de-bálsamo, Pau-vermelho, Quina-quina.

o número refere-se à plaqueta fixada no caule

Nome científico: Myroxylon peruiferum L. f. Família: Fabaceae Ocorrência: Quase todo país, Desde a região amazônica, BA, ES, MG, até o PR. Na Caatinga, Mata Atlântica e Floresta Estacional Semidecidual. Dicas para identificação: Árvore de 12 a 26 m de altura, com tronco de 60 a 80 cm de diâmetro, revestido por casca acinzentada e fissurada. As folhas são compostas pinadas com 9 a 13 folíolos glabros na face superior com pontuações bem visíveis por transparência. As flores são esbranquiçadas, dispostas em racemos axilares. O fruto é do tipo sâmara, preso na infrutescência pela asa. Floração: julho a setembro. Frutificação: outubro a novembro. Usos: A madeira é utilizada para confecção de mobiliário,

revestimentos decorativos, produção de folhas faqueadas, peças torneadas, para construção civil, como tábuas e tacos para assoalho, portas e janelas, batentes, caibros, ripas, etc., para obras externas, como mourões, postes, dormentes, vigas para pontes, para carrocerias, mancais, rodas de carroça, etc. A árvore pode ser utilizada no paisagismo e restauração florestal. Na medicina popular sua seiva é usada como expectorante e em caso de lesões do aparelho respiratório, virtude que se estende à raiz. Acredita-se na propriedade energética dos frutos. Em laboratório, o extrato do óleo mostrou ação contra bactérias patogênicas do estômago. O tronco fornece, por lesão, o “bálsamo de tolu”, empregado em perfumaria.

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Mandacaru 304 Outros nomes populares: Tunam. Nome científico: Cereus hildmannianus K.Schum.. Família: Cactaceae Ocorrência: MG e RJ ao RS. Principalmente na Mata Atlântica e Floresta Estacional Semidecidual. Dicas para identificação: Planta arborescente, ereta, de 3 a 7 m de altura, ramos medindo de 10 a 12 cm de diâmetro, de coloração verde-escuro. Os tricomas são cinzentos, espinhos castanhos, centrais e radiais até 1 cm, mais alongados em caules jovens. As flores são solitárias e se abrem à noite medindo de 20 a 25 cm, com tubo floral, escamas subtendendo aréolas glabras, bordos vináceos, segmentos internos alvos, fixadas sobre a quina dos ramos. O fruto é do tipo ovóide, verde passando a amarelo, alaranjado ou raramente vermelho, deiscente por 2 a 3 fendas apicais, polpa carnosa doce, de cor branca. As sementes são de cor preta, brilhante. Floração: janeiro a fevereiro. Frutificação: março a abril. Usos: A madeira somente pode ser utilizada para confecção de

embalagens leves e aeromodelos, pois apresenta baixa resistência ao ataque de insetos. As árvores são utilizadas para o paisagismo em geral. Os frutos são comestíveis e muito apreciados pela fauna. Na medicina popular utiliza-se o caule como cardiotônico, contra a bronquite, cicatrizante, vermífugo, contra perturbação cárdiohepática-renal, catarro vesical, reumatismo, febre, gástrica, tosse, úlceras, tumores ganglionares e afecções pulmonares. Acredita-se que a polpa do caule utilizada conjuntamente com outras plantas combate os cálculos renais.

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Candeia 306, 336, 479 Outros nomes populares: Cambará, Cambará-açu, Cambará-branco,

Balieira-preta.

Nome científico: ochnatia polymorpha (Less.) Cabrera. Família: Asteraceae Ocorrência: BA, ES, MG, GO, MT, MS, SP, PR, SC, RS. Uruguai, Argentina e Paraguai. Cerrado e Mata Atlântica, em solos secos, arenosos a argilosos, com fertilidade baixa. Dicas para identificação: Árvore de 3,5 a 10 m de altura, com tronco geralmente tortuoso e inclinado, de 20 a 60 cm de diâmetro. A casca é castanhoavermelhada, muito espessa, com fendas sinuosas, entrelaçadas. As folhas são simples, alternas e espiraladas, ovais a lanceoladas, base arredondada e ápice agudo, com dimensões 12 a 18 por 4 a 7 cm, totalmente coberturas por tricomas brancos na face inferior, bem como nos ramos jovens; pecíolo com 2 cm de comprimento. As flores são brancas, pequenas, reunidas em panículas terminais, de 10 a 20 cm de comprimento, com numerosos capítulos com 1 cm de comprimento, permanecendo nos ramos mesmo depois de secas. O fruto é do tipo aquênio em forma de penacho, deiscente, oblongo, preto, sulcado, coberto por tricomas, coroado com cerdas de 2 a 5 cm, branco-amareladas e semente inclusa no fruto. Floração: outubro a dezembro. Frutificação: março a maio. Usos: Fornece madeira moderadamente densa, própria para obras imersas,

construção civil, obras expostas como mourões, pontes, cabos de ferramentas, peças torneadas, tamancos, esquadrias e curvas para a construção naval.

É uma árvore ornamental pela folhagem, bem como pela forma retorcida dos ramos, podendo ser usada no paisagismo, em especial em áreas secas. Espécie apícola. Na medicina popular, as folhas são usadas em chás para o tratamento de afecções broncopulmonares, como expectorante e emoliente. A casca do caule é usada por indígenas no tratamento de dor de garganta e reumatismo ósseo. O extrato das folhas tem atividades anti-inflamatória e antimutagênica comprovadas.

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Guaçatonga 307, 337, 343 Outros nomes populares: Café-bravo, Cafezeiro-do-mato,

Cambroé, Chá-de-bugre, Lagarteira, Língua-de-tiú, Petumba.

Nome científico: Casearia sylvestris Sw. Família: Salicaceae Ocorrência: Desde o AC até o RN e desde o AP até o RS, sendo mais frequente no sul do país. Em todos os biomas brasileiros, Amazônia, Caatinga, Cerrado, Floresta Atlântica, Pampa e Pantanal, com ampla distribuição em todos os Estados brasileiros. Dicas para identificação: Árvore de 4 a 6 m de altura, com tronco de 20 a 30 cm de diâmetro, e casca escamosa e estriada. Os ramos são longos. As folhas são simples, alternas, dispostas num mesmo plano, assimétricas, glabras ou ásperas, brilhantes na face superior, com glândulas visíveis por transparência, borda serreada. As flores são reunidas em glomérulos axilares, pequenas e esbranquiçadas. Os frutos são pequenos, em forma de cápsulas ovais. Floração: junho a agosto. Frutificação: setembro a novembro. Usos: A madeira é usada na construção civil. Os frutos são

consumidos por pássaros. Espécie apícola, sendo uma das poucas melíferas de inverno. Na medicina popular as folhas e cascas são usadas no tratamento de queimaduras, ferimentos, inflamações, doenças de pele, gastrite, úlcera, mau-hálito, aftas e obesidade. Em laboratório, o extrato da planta apresentou a propriedade de reverter a ação neurotóxica do veneno de jararacuçu em músculos.

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Fumo-Bravo 308 Outros nomes populares: Cuvitinga, Couvitinga. Nome científico: Solanum mauritianum Scop. Família: Solanaceae Ocorrência: GO e MG ao RS. Ocorre em inúmeras formações florestais, em geral nas secundárias.

Dicas para identificação: Arvoreta ou arbusto de 2 a 4 m de altura, as partes jovens são espessamente cobertas por tricomas pálidos, ramificados subsésseis ou longo-estipitados ou ambos junto. A folha é solitária, de 10 a 30 cm de comprimento, simples, alterna, sem estípulas, robusto-peciolada, oblonga ou elíptico-lanceolada, inteira, fortemente bicolor. A inflorescência é terminal, muito ramosa, corimbosa, por vezes reduzida a uma única flor. A flor geralmente é vistosa, com corola de cor roxa, azul ou branca. O fruto é do tipo baga ou cápsula, globoso, com tricomas. Floração: maio. Frutificação: setembro. Usos: AÉ utilizado como alimento para o gado

além de ser apreciado pela avifauna. Na medicina popular, utiliza-se como calmante e diurética. Os índios guaranis utilizam a infusão das folhas e raízes contra dor de dente. Utiliza-se a espécie ainda para combater a doença “amarelão” nos animais.

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Assa-peixe sem nº Outros nomes populares: Chamarrita, Cambará-guaçu,

Cambará-branco.

Nome científico: Vernonanthura phosphorica (Vell.)

H.Rob.

Família: Asteraceae Ocorrência: BA e MG até SC. Dicas para identificação: Arbusto grande de 1 a 3 m de altura, não muito ramificado. As folhas são simples, ásperas, alternas, pecioladas, verde-escuras na face superior e ligeiramente mais claras na face inferior. As flores são esbranquiçadas, aglutinadas em pequenos capítulos. O fruto é do tipo aquênio, escuro e pequeno. As sementes conseguem emergir em solos pouco férteis. Floração: janeiro a março/junho a agosto. Frutificação: Usos: Espécie melífera. Na medicina popular o chá

das folhas é utilizado contra resfriados, como diurético e auxiliar na eliminação de cálculos renais. Na forma de compressas é utilizado para afecções da pele e dores musculares.

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Alecrim-do-Campo sem nº Outros nomes populares: Alecrim-de-vassoura, Vassoura,

Vassoureira.

Nome científico: Baccharis dracunculifolia DC. Família: Asteraceae Ocorrência: Ocorre em pastos, áreas cultivadas, terrenos abandonados e terras com uso demasiado. Dicas para identificação: Arbusto com até 3 m de altura, perene, caule com inúmeras ramificações, tendo seus ramos cobertos de lanugem. As folhas são alternas, lanceoladas, membranáceas, cobertas por glândulas e medindo de 1 a 3 cm de comprimento e de 3 a 5 mm de largura. As inflorescências são axilares. As flores são esbranquiçadas, aglutinadas em vários grupos e apresentam aroma agradável. O fruto é do tipo aquênio. As sementes são resistentes à seca. Floração: fevereiro a junho. Frutificação: fevereiro a junho. Usos: Na medicina popular é utilizada como aperiente, aromática,

digestiva, eupéptica, febrífuga, tônica e purificadora de energias sexuais instintivas. Estudos científicos apontam que a espécie tem poder inibidor do crescimento de bactérias como Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus.

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Embaúba 309 Outros nomes populares: Árvore-da-prequiça,

Embaúva, Imbaúva, Ibaíba, Umbaubeira, Caixeta-docampo.

Nome científico: Cecropia pachystachya Trécul Família: Urticaceae Ocorrência: CE, BA, MG, GO e MS até SC. Em diversas formações vegetais. Dicas para identificação: Árvore dióica de 4 a 7 m de altura, com tronco oco de 15 a 25 cm de diâmetro o qual abriga formigas agressivas no seu interior. As folhas são multilobadas (9 a 10) separados até o pecíolo por espaços de 2 a 3 cm, com a face superior áspera e a inferior branco-tomentosas, o maior medindo 40 a 43 cm de comprimento e o menos 16 a 18 cm. Uma estípula grande e alva envolve o broto apical. As flores são dispostas em espiga alongada e cilíndrica, que gera infrutescência com textura carnosa e de sabor doce quando madura. Floração: setembro a outubro. Frutificação: maio a junho. Usos: A madeira é leve, sendo utilizada em celulose,

palito de fósforo, caixotaria, etc. A folha é o principal alimento do bicho-preguiça e os frutos são consumidos por aves. A árvore é ornamental, sendo bem empregada no paisagismo em geral. Na medicina popular o chá das folhas é utilizado para tratar doenças do fígado, enxaquecas, epilepsia, asma e coqueluche. Estudos científicos comprovaram a ação diurética, antihipertensiva e antiinflamatória da espécie.

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Tamanqueira 312 Outros nomes populares: Tucaneira, Pau-de-gaiola. Nome científico: Aegiphila integrifolia (Jacq.) Moldenke Família: Lamiaceae Ocorrência: AM, PA, GO, MS, MG, do PE até o RS pela costa Atlântica. Equador, Bolívia, Guiana Francesa.

Dicas para identificação: Árvore de até 15 m de altura, caduciforme com casca cinzenta, demasiadamente fissurada longitudinalmente. As folhas são simples, pubescentes, margem serrada, pilosa, opostas cruzadas, oblongo-ovaladas a oblongo-elípticas, cartáceas, podendo medir até 30 cm de comprimento por até 13 cm de largura. As inflorescências são axilares, compostas por cimeiras. O fruto é do tipo drupa, ovalado de coloração vermelha ou alaranjado. As sementes são ovaladas. Floração: dezembro a janeiro. Frutificação: fevereiro a abril. Usos: A árvore, por ser ornamental, é recomendada

para o paisagismo em geral. Seus frutos são apreciados pela avifauna. Espécie melífera. Estudos científicos apontam que a espécie possui ação antimicrobiana contra patógenos bucais.

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Ipê-Amarelo 313, 348 Outros nomes populares: Ipê-amarelo-cascudo,

Ipê-do-morro, Ipê, Pau-d’arco-amarelo, Ipê-amarelo-paulista, Aipê.

Nome científico: Handroanthus chrysotrichus

(Mart. ex DC.) Mattos

Família: Bignoniaceae Ocorrência: Floresta Ombrófila Densa,

ES até SC.

Dicas para identificação: Árvore de 4 a 10 m de altura, com tronco de 30 a 40 cm de diâmetro. Os ramos são novos e pecíolos cobertos por densa pubescência ferrugínea. As folhas são compostas, folíolos pubescentes em ambas as faces, ásperos, coriáceos. As flores são amarelas dispostas em cachos. O fruto é do tipo vagem bipartida, de cor marrom claro, piloso, que, quando maduro, se abre e libera as sementes. Estas são aladas e transparentes. Floração: agosto a setembro. Frutificação: setembro a outubro. Usos: Por apresentar grande resistência mesmo exposta

à ação das intempéries, a madeira é apropriada para obras externas, como postes, tábuas para cerca, currais, construção civil, rodapés, molduras. Devido ao porte pequeno é muito utilizada em arborização de ruas estreitas e locais com rede elétrica.

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Pau-de-Tamanco 314 Outros nomes populares: Coração-de-bugre,

Sapateiro, Tamanqueira.

Nome científico: Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. Família: Peraceae Ocorrência: Apresenta ampla distribuição no território brasileiro nos biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado e Floresta Atlântica. Dicas para identificação: Árvore 8 a 10 m de altura e 40 a 50 cm de diâmetro, com casca estriada. As folhas são simples alternas, oblongas, coriáceas, lustrosas, com ápice arredondado e base da lâmina recurvada para baixo. As flores são amarelas, dispostas em racemos ao longo dos ramos. Os frutos são do tipo cápsulas, verdes e com deiscência explosiva, contendo sementes negras, parcialmente envolvidas por arilo vermelho. Floração: janeiro e março. Frutificação: outubro a janeiro. Usos: Suas sementes são consumidas por várias espécies

de animais, que aproveitam o arilo. As folhas, flores e frutos são um dos principais alimentos do ouriçopreto, um roedor ameaçado de extinção. A madeira é leve e clara, fácil de ser esculpida, sendo própria para a fabricação de lápis, confecção de cepas de tamancos, obras de entalhe, caixotaria, entre outros usos. Estudos científicos apontam a espécie com potencial contra fungos e no tratamento do colesterol.

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Canjerana 321, 456, 477 Outros nomes populares: Canjarana, Canjerana-de-prego,

Canharana Cedro-canjerana, Pau-de-santo, Caierana.

Nome científico: Cabralea canjerana (Vell.) Mart. Família: Meliaceae Ocorrência: MG, MS até o RS. Principalmente na Floresta Ombrófila Densa e Floresta Estacional Semidecidual. Dicas para identificação: Árvore de 20 a 30 m de altura, com tronco de 70 a 120 cm de diâmetro. As folhas são compostas imparipinadas de 40 a 70 cm de comprimento, com 15 a 21 folíolos de 12 a 15 cm de comprimento. As flores são de coloração esverdeado-creme, sem aroma. O fruto é do tipo cápsula globosa deiscente, com 3 a 5 sementes grandes, com arilo brilhante alaranjado. Floração: setembro a outubro e em outras épocas do ano. Frutificação: agosto a novembro e em outras épocas do ano. Usos: É uma das espécies madeireiras mais valiosas do País. A

madeira, devido à facilidade de manuseio e resistência à umidade e a insetos, é indicada para a construção de estruturas de móveis, para a construção civil, caibros, caixas, esteios e mourões para terrenos brejosos. Além disso, antigamente era utilizada na confecção de imagens de santos na religião católica. A árvore pode sem utilizada no paisagismo em geral. O arilo suculento que envolve a semente é alimento para pássaros, macacos e outros mamíferos. Na medicina popular, a parte mais importante da planta é a casca, sobretudo a da raiz, que além do suco purgativo que exsuda, é antidispéptica, febrífuga, adstringente, emética e narcótica. As folhas também são febrífugas, o suco dos frutos é inseticida e das flores se extraem substâncias para perfumes.

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Espeteiro 322 Outros nomes populares: Cambroé, Pau-de-espeto. Nome científico: Casearia gossypiosperma Briq. Família: Salicaceae Ocorrência: Principalmente na Floresta Estacional Semidecidual, PA até MS e PR. Dicas para identificação: Árvore de 10 a 40 m de altura, com tronco retilíneo de 50 a 90 cm de diâmetro. As folhas são membranáceas, glabras, de 4 a 8 cm de comprimento por 3 a 5 cm de largura, serrilhadas nas margens. A flor é branco-esverdeada e pouco vistosa. O fruto é do tipo cápsula ovóide. A semente é envolta em plumas.

Floração: setembro a outubro. Frutificação: outubro a novembro. Usos: A madeira pode ser utilizada na construção civil, caibros,

vigas, ripas, confecção de brinquedos. A árvore é empregada em arborização urbana, pois é muito ornamental.

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Glossário

Acúleo: formação epidérmica (superficial) com aspecto de espinho, encontrada em

Arilo: excrescência que cobre parte da semente, tornando-a atrativa para animais.

Acuminado: extremidade aguda e ligeiramente curva.

Aromática: com cheiro mais ou menos agradável devido, geralmente, à presença de óleos essenciais.

Adstringente: substância que possui a propriedade de apertar ou contrair.

Axilar: situada na junção das folhas ou ramos com o caule.

Alado: provido de asas.

Baga: fruto carnoso, que não se abre na maturação, contendo várias sementes.

Analgésica: que diminui ou retira a dor.

Bioma: conjunto formado pelo clima, vegetação, hidrografia e relevo de uma determinada região.

caules (p.e.: roseira) ou folhas (p.e.: jurubeba), facilmente removível.

Antidispéptica: que combate a má digestão. Anti-helmíntica: que combate vermes parasitas, especialmente lombrigas. Anti-malárica: que combate a malária.

Bráctea: folha mais ou menos modificada (distinta das normais pela dimensão, forma, consistência ou cor), em cuja axila se insere a flor, ou situada próximo da flor ou da inflorescência.

Antiparasitária: que combate parasitas.

Cápsula: fruto simples (originário do desenvolvimento de uma única flor), seco, que se abre na maturação, em geral com muitas sementes.

Antiséptica: que combate os micróbios.

Carminativa: contra os gases intestinais.

Aperiente: que estimula o apetite.

Cimeiras: tipo de inflorescência no qual a ramificação é sempre terminal (acaba em uma flor) e com número definido de ramos.

Apícola: que produz néctar ou pólen para abelhas. Apiculada: provida de ponta curta e aguda, mas não rígida, na extremidade de uma

folha, pétala, sépala, etc.

Aquênio: fruto simples, seco, indeiscente, com uma única semente presa à parede do fruto em um só ponto.

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Coriácea: com textura que lembra a do couro. Corimbo: inflorescência racemosa em que as flores se situam ao mesmo nível devido ao comprimento gradualmente inferior dos pedicelos ao longo do eixo. Crenada: provido de recortes arredondados convexos na margem.


Glossário Deiscente: que se abre na maturação por um mecanismo natural.

Expectorante: que provoca e favorece a expulsão de catarro bronquial.

Dentada: provida de dentes.

Fascículos: pequenos feixes; refere-se a pequenos grupos de folhas, raízes, flores,

Depresso: comprimido perpendicularmente ao eixo. Dióica: diz-se da planta ou taxon com flores unissexuadas, masculinas e femininas,

estames.

Febrífuga: antifebril.

em indivíduos diferentes.

Filiforme: fino e comprido como um fio.

Disenteria: síndrome decorrente de inflamação intestinal, especialmente cólica, e que inclui dor abdominal, tenesmo e defecações frequentes, contendo sangue e muco.

Folha simples: cuja lâmina não é dividida.

Diurético: que aumenta ou facilita a excreção da urina.

Folhas opostas: que se inserem no caule aos pares (uma exatamente na frente da

Drupa: fruto carnoso contendo um caroço duro, como a manga e o pêssego. Elíptica: que se refere à elipse; forma geométrica. Elipsóide: com a forma do corpo

sólido cujas secções longitudinais são elipses e as transversais círculos.

Folhas alternas: que se inserem em diferentes níveis (zig-zag) no caule.

outra).

Folhas verticiladas: com disposição circular de órgãos similares em torno de um nó

num eixo.

Emética: que provoca o vômito.

Folículo: fruto simples, deiscente, que se abre pela sutura do único carpelo de que é formado.

Emoliente: que abranda a inflamação.

Folíolo: cada um dos limbos parciais da folha composta ou recomposta.

Espiraladas: dispostas em espiral em torno de um eixo.

Galha: são estruturas de proteção e alimentação de larvas de alguns insetos, que se

Estipitado: provido de um suporte estreito.

distribuem nas folhas visando uma melhor obtenção de recursos. Elas são formadas a partir da multiplicação de tecidos foliares.

Estípulas: folhas reduzidas, situadas na base dos pecíolos de certas plantas, em geral

Gineceu: conjunto dos carpelos (órgãos femininos da flor).

dois.

Estomáquica: que trata problemas do estômago. Eupéptica: tratam do estômago e do processo digestivo. Estrigosa: coberta de tricomas rígidos e ásperos.

Glabra: sem tricomas. Glabrescente: que se torna glabro, ou quase, com a maturação. Não confundir com

subglabro, ou seja, com indumento de tricomas esparsos.

Globosa: aproximadamente esférica.

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Glossário Glomérulo: inflorescência do tipo de uma cimeira multípara muito contraída,

Obovóide: De forma ovóide invertida, como um ovo com parte distal mais alargada.

Hidropisia: retenção anormal de líquidos nas cavidades ou tecidos do corpo.

Ocrácea: Com a cor do ocre (argila amarela-acastanhada).

Imparipinada: diz-se da folha pinada cujo eixo termina por um folíolo; disso resulta

Oval: cujo perfil lembra um ovo.

globulosa, com as flores mais condensadas que no fascículo.

que o número total de folíolos é impar.

Indeiscente: que não se abre. Inflorescência: conjunto de flores agrupadas.

Aplica-se a estruturas a 3 dimensões.

Panícula: cacho composto, onde os ramos decrescem da base para o ápice. Papilionáceo: aplica-se à corola dialipétala e zigomórfica formada por cinco pétalas:

Lanugem: Coberto de pêlos crespos e macios mas pouco longos.

uma superior ou posterior (estandarte ou vexilo) geralmente maior e ± perpendicular ao eixo da flor e que envolve as restantes quando em botão; duas laterais (as asas) que envolve mais duas quando em botão; estas duas últimas peças são concrescentes ou coniventes formando uma estrutura navicular (quilha) que envolve o androceu e gineceu.

Látex: seiva de certas plantas, frequentemente leitosa.

Paripinada: diz-se da folha composta (pinada) que tem número par de folíolos

Lanceolada: em forma de ponta de lança.

Legume: fruto seco que se abre por duas fendas. Vagem. Lenticela: excrescência geralmente visível a olho nu, constituída por um arranjo

(pinas).

Patente: que se insere segundo um ângulo próximo de 90º com o eixo.

frouxo de células, por onde ocorrem trocas gasosas.

Pentâmera: que possui pétalas e sépalas em número múltiplo de cinco.

Melífera: diz-se de uma planta cujo néctar pode ser utilizado pelas abelhas para

Pecíolo: parte da folha que prende a lâmina ao ramo. Peciólulo: pecíolo do folíolo

Membranácea: parecido com membrana; de consistência delicada.

Peciolado: provido de pecíolo; oposto à séssil.

Narcótica: que faz adormecer. Oblanceolada: lanceolado, mas com a maior largura um pouco acima do meio.

Pedicelada: provida de pedicelo, o eixo de suporte da flor

produzir mel.

Oblonga: folha ou estrutura mais longa do que larga e com bordos paralelos na

maior parte da extensão.

Obovada: ovada, mas com a ponta mais larga voltada para o ápice.

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nas folhas compostas.

Piloso: coberto de tricomas. Pinada: folha composta subdividida em vários folíolos ou pinas perpendiculares ou

oblíquos a um eixo principal.


Glossário Pixídio: cápsula com deiscência transversal, na qual a parte superior se ergue como uma tampa, desprendendo-se completamente. Pubescente: coberto de tricomas finos e curtos. Pubérula: coberto de tricomas curtos, pouco densos, dificilmente vistos a olho nu. Racemo: inflorescência indeterminada na qual as flores são pedunculadas e se

Subséssil: quase séssil, com pecíolo, pedicelo ou pedículo muitíssimo curto. Sicônio: é o fruto das figueiras, nativas ou frutíferas (Ficus carica). Sub: prefixo que se adiciona a muitos termos para atenuar o significado (= quase). Sulco: depressão linear na superfície do corpo e de um órgão.

inserem a certa distância umas das outras; o mesmo que cacho.

Terminal: localizado na ponta dos ramos.

Ritidoma: conjunto de tecido morto de cascas de caule e raízes, resultante de atividade do felogênio; termo técnico para designar cortiça.

Tomento: indumento de pêlos espessos, curtos, enrolados sobre si próprios, cobrindo

Sagitada: em forma de seta, ou seja, em forma de triângulo agudo prolongando-se na base em duas aurículas ou lóbulos agudos, dirigidos para a base.

Tomentoso: Coberto de tomento.

Sâmara: fruto seco, indeiscente, contendo uma semente e dotado de asa

uniformemente uma superfície.

Tônico: revigorante.

membranosa.

Tricoma: cobertura de proteção que lembra pilosidade animal.

Sapopemas: Cada uma das raízes que se desenvolvem com o tronco de muitas

Unifoliolado: Diz-se da folha composta com um só folíolo; distingue-se da folha simples pelo fato de o limbo possuir peciolulo, ± desenvolvido, articulado no extremo do pecíolo.

árvores, formando em volta dele divisões achatadas.

Semidecidual: que desprende parte das folhas na época seca do ano. Sépala: cada um dos segmentos do cálice das flores.

Umbela, Umbeliforme: inflorescência em que numerosas flores pedunculadas se inserem na mesma altura do eixo principal.

Serreado: com bordas que lembram dentes de uma serra.

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