Trilha Ecológica - Fazenda Capoava - CAVALGADA

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CAVALGADA.....................Trilha Ecol贸gica Fazenda Capoava, Itu, SP

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Elaboração Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (http://www.lerf.esalq.usp.br/) Bioflora (http://viveirobioflora.com.br/) Equipe Prof. Dr. Ricardo Ribeiro Rodrigues Engº Agrº Dr. André Gustavo Nave Engº Agrº Dr. Fabiano Turini Farah Gestora Ambiental Sheron Agnez Silva Biólogo Fernando Lamonato Enga. Ftal. Bruna Balestrin Piaia

Advertências: as informações medicinais apresentadas neste manual em hipótese nenhuma servem como recomendação para auto-medicação, ressaltando que toda planta é tóxica, dependendo da parte utilizada, modo de preparo, entre outros fatores. Do mesmo modo, salientamos que nem todo fruto (estrutura de disseminação das sementes) é uma fruta (material comestível).

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APRESENTAÇÃO Situada na fazenda Capoava, a trilha ecológica faz parte de uma iniciativa voluntária com o objetivo de proporcionar espaço e materiais para atividades de educação ambiental no município de Itu, SP. Seu trajeto de 2305 m possibilita a cavalgada por pessoas de uma ampla faixa etária. Os visitantes poderão ter contato com um remanescente de vegetação nativa e áreas de conservação ambiental integrantes do Programa de Adequação Ambiental da fazenda Capoava. Neste manual são apresentadas 19 espécies arborescentes, todas elas nativas regionais, presentes na trilha. São fornecidas dicas botânicas para reconhecimento das espécies, bem como informações a respeito de seus usos, com base na literatura. A sequência das plantas na trilha e o mapa do percurso podem ser vistos nas págs. 5 e 6. No final, há um glossário com termos botânicos (pág. 26).

Figura 01: Mata na trilha Ecológica da Fazenda Capoava em Itu, SP.

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FLORESTAS A vegetação típica da região é denominada Floresta Estacional Semidecidual, um subtipo da Mata Atlântica. Sua particularidade está no fato de que parte das espécies apresenta queda de folhas (deciduidade) na época mais seca do ano (caráter estacional), como adaptação para prevenir perdas excessivas de água por transpiração. Pode ser encontrada em solos variados, desde os mais arenosos até argilosos.

Figura 02: Floresta Estacional Semidecidual. Fazenda Capoava, Itu, SP.

Figura 03: Represa com margens protegidas pela vegetação natural. Fazenda Capoava, Itu, SP.

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A qualidade da água é consequência do manejo do solo em toda a bacia hidrográfica. A vegetação natural é essencial para a manutenção da cobertura e da estabilidade do solo, promovendo a conservação dos recursos hídricos. A qualidade da água (física, química e biológica) é assegurada pela vegetação ao redor das nascentes e ao longo dos cursos d’água, conferindo menor temperatura e turbidez, maior oxigenação, e retendo o excesso de nutrientes do escoamento de águas superficiais. As vegetações naturais e em processo de restauração das Fazendas Capoava, Jequitibá e Ingazinho protegem a margem dos cursos d’água e contribuem para a manutenção da qualidade das águas. Além de fornecerem abrigo e alimento para os animais, na forma de néctar, pólen e frutos, as espécies florestais presentes na região apresentam várias utilidades para o homem, como melíferas, medicinais, cosméticas, madeireiras, entre outras. Nas trilhas podem ser observadas várias espécies nativas regionais de grande importância pela sua utilidade potencial, bem como pelo uso tradicional por povos da floresta e do meio rural.


Trilha Ecológica Fazenda Capoava, Itu - SP T R I L H A P A R A C AVA L G A D A

Sequência das plantas na trilha: Número

Nome Científico

Nome Popular

1

Maclura tinctoria (L.) D.Don ex Steud.

Taiúva

2

Astronium graveolens Jacq.

Guaritá

3

Trichilia pallida Sw.

Baga-de-morcego

4

Cabralea canjerana (Vell.) Mart.

Canjerana

5

Casearia gossypiosperma Briq.

Espeteiro

6

Aspidosperma polyneuron Müll. Arg.

Peroba-rosa

7

Myrcia splendens (Sw.) DC.

Guamirim

8

Zanthoxylum fagara (L.) Sarg.

Mamica-de-cadela

9

Machaerium villosum Vogel

Jacarandá-paulista

10

Guarea kunthiana A.Juss.

Canjambo

11

Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez

Canelinha

12

Ficus insipida Willd.

Figueira-do-brejo

13

Cupania vernalis Cambess.

Camboatá-vermelho

14

Solanum pseudoquina A.St.-Hil.

Coerana

15

Cyathea cf atrovirens (Langsd. & Fisch.) Domin

Samambaia-açu

16

Croton floribundus Spreng.

Capixingui

17

Nectandra oppositifolia Nees

Canela-ferrugem

18

Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera

Candeia

19

Casearia sylvestris Sw.

Guaçatonga

Figura 03: Trecho da trilha Ecológica na Fazenda Capoava em Itu, SP.

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Mapa

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Taiúva 318, 457, 462 Outros nomes populares: Amora-branca, Tatajuva, Jataíba,

Moreira, Tatané, Pau-amarelo, Taúba, Pau-de-fogo.

o número refere-se à plaqueta fixada no caule

Nome científico: Maclura tinctoria (L.) D. Don ex Steud Família: Moraceae Ocorrência: Em todo o país, em várias formações florestais, exceto na floresta de pinhais. É característica da Floresta Estacional Semidecidual. Dicas para identificação: Árvore de 15 a 30 m de altura, com tronco de 50 a 100 cm de diâmetro, espinhenta, e presença de sapopemas. Toda a planta possui látex que vai do amarelado ao esverdeado. As folhas são simples, alternas, crenadas, com a face inferior de cor verde mais clara, de 8 a 15 cm de comprimento. Pode apresentar espinhos vigorosos na axila das folhas e dos ramos. A inflorescência é pendente ou patente, 1 a 3 por axila. Os frutos são semelhantes às amoras, verde-amarelados. A semente é elíptica, achatada. Floração: setembro a outubro. Frutificação: dezembro a janeiro. Usos: A madeira é resistente ao ataque de insetos e ao

apodrecimento, sendo assim, é ideal para construções externas, como postes, mourões, dormentes, para construção civil, como vigas, caibros, ripas, batentes de portas e janelas e para a confecção de móveis. A árvore proporciona excelente sombra e seus frutos são apreciados por pássaros, sendo utilizado também por pessoas em sucos e bebidas. É possível extrair da madeira pigmentos e corantes. Na medicina popular a espécie é utilizada como cicatrizante, adstringente, no combate à sífilis e ao reumatismo. Estudos científicos apontam que a planta possui atividade antifúngica, antioxidante, hipoglicemiante e inibidora do HIV.

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Guaritá 319, 461 Outros nomes populares: Aroeira-do-campo, Chibatã,

Chibatão, Ubatã, Gonçaleiro, Gonçalo-do-mato.

Nome científico: Astronium graveolens Jacq. Família: Anacardiaceae Ocorrência: PI, BA, ES até MG, SP e PR. Cerrado e Mata Atlântica, em solos secos, arenosos ou argilosos. Dicas para identificação: Árvore de 20 30 m de altura, tronco reto, de 60 a 100 cm de diâmetro, com casca cinzaazulada, lisa, fina e descamante em padrão irregular. As folhas são alternas, de 13 a 15 cm de comprimento, compostas por 4 a 7 pares de folíolos, terminando em número ímpar. Os folíolos são ovais ou oblongos, com ponta acuminada ou aguda, bordos serreados, com aroma de manga. As flores são de cor vermelha ou rosa, dispostas em inflorescências axilares. O fruto é do tipo baga em forma de fuso, com sementes alongadas, dotadas de asas. Floração: junho a outubro. Frutificação: setembro a novembro Usos: Fornece madeira densa e de grande durabilidade,

própria para construção naval, dormentes, esteios, marcenaria de luxo, acabamentos internos e assoalho, de modo similar à Aroeira-verdadeira (Myracrodruon urundeuva) que pertence à mesma família. A árvore apresenta ótimas características ornamentais, sendo usada no paisagismo. Espécie apícola. A casca exsuda uma substância resinosa, com forte cheiro de terebintina (ou manga), à qual se atribuem virtudes medicinais, e ainda contém tanino, com emprego na indústria do curtume. O lenho é rico em óleo essencial aromático.

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Baga-de-Morcego 320, 471, 489, 493 Outros nomes populares: Catiguá

Floração: novembro a fevereiro. Frutificação: dezembro a março.

Nome científico: Trichilia pallida Sw.

Usos: A madeira é utilizada na construção civil para forros, divisórias, móveis, cabo

Família: Meliaceae Ocorrência: Amplamente distribuída por quase todo o país, desde a região Amazônica até o Paraná, exceto no Nordeste.

de ferramentas etc. A espécie é melífera. Os frutos são demasiadamente procurados por inúmeras espécies de pássaros, sendo suas sementes dispersadas por tais animais. Estudos científicos apontam que as folhas da espécie possuem ação inseticida, podendo ser utilizada futuramente na composição química de defensivos agrícolas.

Dicas para identificação: Árvore de 4 a 25 m de altura, com copa globosa, e brotos sem escama, com tronco de 15 a 25 cm de diâmetro. As folhas são compostas imparipinadas, tri ou unifolioladas, com 1 a 9 folíolos subcoriáceos e glabros, medindo de 9 a 20 cm de comprimento. A inflorescência dispõe-se em fascículos axilares, com flores unixessuadas. O fruto é do tipo cápsula obovóide, com uma única semente, a qual possui um arilo vermelho bastante chamativo.

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Canjerana 321, 456, 477 Outros nomes populares: Canjarana, Canjerana-de-prego,

Canharana Cedro-canjerana, Pau-de-santo, Caierana.

Nome científico: Cabralea canjerana (Vell.) Mart. Família: Meliaceae Ocorrência: MG, MS até o RS. Principalmente na Floresta Ombrófila Densa e Floresta Estacional Semidecidual. Dicas para identificação: Árvore de 20 a 30 m de altura, com tronco de 70 a 120 cm de diâmetro. As folhas são compostas imparipinadas de 40 a 70 cm de comprimento, com 15 a 21 folíolos de 12 a 15 cm de comprimento. As flores são de coloração esverdeado-creme, sem aroma. O fruto é do tipo cápsula globosa deiscente, com 3 a 5 sementes grandes, com arilo brilhante alaranjado. Floração: setembro a outubro e em outras épocas do ano. Frutificação: agosto a novembro e em outras épocas do ano. Usos: É uma das espécies madeireiras mais valiosas do País. A

madeira, devido à facilidade de manuseio e resistência à umidade e a insetos, é indicada para a construção de estruturas de móveis, para a construção civil, caibros, caixas, esteios e mourões para terrenos brejosos. Além disso, antigamente era utilizada na confecção de imagens de santos na religião católica. A árvore pode sem utilizada no paisagismo em geral. O arilo suculento que envolve a semente é alimento para pássaros, macacos e outros mamíferos. Na medicina popular, a parte mais importante da planta é a casca, sobretudo a da raiz, que além do suco purgativo que exsuda, é antidispéptica, febrífuga, adstringente, emética e narcótica. As folhas também são febrífugas, o suco dos frutos é inseticida e das flores se extraem substâncias para perfumes.

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Espeteiro 322 Outros nomes populares: Cambroé, Pau-de-espeto. Nome científico: Casearia gossypiosperma Briq. Família: Salicaceae Ocorrência: Principalmente na Floresta Estacional Semidecidual, PA até MS e PR. Dicas para identificação: Árvore de 10 a 40 m de altura, com tronco retilíneo de 50 a 90 cm de diâmetro. As folhas são membranáceas, glabras, de 4 a 8 cm de comprimento por 3 a 5 cm de largura, serrilhadas nas margens. A flor é branco-esverdeada e pouco vistosa. O fruto é do tipo cápsula ovóide. A semente é envolta em plumas.

Floração: setembro a outubro. Frutificação: outubro a novembro. Usos: A madeira pode ser utilizada na construção civil, caibros,

vigas, ripas, confecção de brinquedos. A árvore é empregada em arborização urbana, pois é muito ornamental.

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Peroba-Rosa 323, 459 Outros nomes populares: Peroba, Peroba-amargosa, Peroba-rajada,

Peroba-açu, Peroba-comum, Peroba-do-rio, Peroba-paulista.

Nome científico: Aspidosperma polyneuron Müll.Arg. Família: Apocynaceae Ocorrência: Da BA até o PR, MS, MG, GO, MT e RO. Em matas da América do Sul, principalmente na Colômbia e do Brasil (Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa) podendo ainda aparecer na caatinga. Dicas para identificação: Árvore de 20 a 30 m de altura, com tronco de 60 a 90 cm de diâmetro, e presença de ritidomas sulcados, acinzentado. As folhas são glabras, de 5 a 12 cm de comprimento e 2 a 4 cm de largura. Possui látex branco. A inflorescência é subapical, e as flores possuem corola branca. As sementes medem 3 cm. Floração: outubro a novembro. Frutificação: agosto a setembro. Usos: Dentre as espécies do gênero, é a que possui maior valor

comercial. A madeira é bastante durável desde que não tenha contato com o solo e umidade. Assim, é utilizada para construção civil, como caibros, vigas, batentes de portas e janelas, molduras degraus de escadarias, para confecção de móveis pesados, carteiras escolares, carrocerias. A árvore pode ser utilizada no paisagismo em geral. Na medicina tradicional é utilizada contra febre, diarréia, adstringente. Estudos científicos comprovam sua eficácia no tratamento contra malária.

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Guamirim 324 Outros nomes populares: Guamirim-de-folha-fina. Nome científico: Myrcia splendens (Sw.) DC. Família: Myrtaceae Ocorrência: México ao sul do Brasil. Dicas para identificação: Árvore de 8 a 12 m de altura. As folhas são inteiras, cartáceas, lanceoladas ou lanceolado-lineares, base aguda ou abreviada, sendo um pouco larga até obtusa, medindo de 2,5 a 6,5 cm de comprimento por 0,6 a 1,6 cm de largura. As inflorescências são paniculadas, com poucas flores ou em racemo simples, podendo ser maiores ou menores que as folhas. As flores são pequenas, com odor adocicado. O fruto é do tipo elipsóide, de cor roxa quando maduro, com polpa esbranquiçada, com tricomas. A semente é elipsóide, lisa, de cor rosa esverdeada. Floração: etembro a outubro. Frutificação: dezembro a janeiro. Usos: A árvore é utilizada com sucesso na arborização urbana.

Estudos mostram que as folhas possuem ação antioxidante e que o óleo possui ação antifúngica.

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Mamica-de-Cadela 326 Outros nomes populares: Coentrilho, Tembatari, Mamica-de-porca,

Tembetaru, Arruda-amarela.

Nome científico: Zanthoxylum fagara (L.) Sarg. Família: Rutaceae Ocorrência: RR, MS, BA, RJ até o RS. Ocorre ainda nos EUA, México, América central e América do Sul (exceto Chile). Dicas para identificação: Árvore de até 18 m de altura, às vezes com acúleos no tronco, casca parda quase lisa até descamante em lâminas retangulares. As folhas são compostas, imparipinadas, alternas, odorífeas, folíolos de 7 a 15 unidades, crenados, elipsóide, de até 3,5 cm de comprimento por até 1,1 cm de largura. As inflorescências são em cachos. As flores são tetrâmeras, creme-esverdeadas. O fruto é do tipo folículo glanduloso, globoso. As sementes são globosas pretas, lustrosas. Floração: agosto a novembro. Frutificação: janeiro a março. Usos: A madeira é utilizada na construção civil, tornearia, carrocerias

e marcenaria em geral. Possui potencial para arborização urbana. Na medicina popular a casca, as folhas e as raízes são usadas em doenças nos olhos e ouvidos. Em alguns países da África a espécie é utilizada contra a malária e outras infecções, elefantíase, impotência sexual, gonorréia, dores abdominais e dor de dente.

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Jacarandá-Paulista 327, 483 Outros nomes populares: Jacarandá-do-cerradão,

Jacarandá-do-mato, Jacarandá-pardo, Jacarandá-tã-do-mato.

Nome científico: Machaerium villosum Vogel Família: Fabaceae Ocorrência: MG, SP e PR. Principalmente na Floresta Estacional Semidecidual. Dicas para identificação: Árvore de 20 e 30 m altura, tronco de 50 a 80 cm de diâmetro. As folhas são compostas pinadas, de 20 a 30 cm de comprimento e 17 a 23 folíolos alternados, lanceolados, acuminados, medindo de 6 a 10 cm de comprimento e 2 a 3 cm de largura, densamente pilosos em ambas as faces. As inflorescências estão em panículas axilares, com flores esbranquiçadas. O fruto é do tipo sâmara de cor parda. Floração: outubro a dezembro. Frutificação: agosto a setembro. Usos: Por ser muito resistente e de longa durabilidade mesmo

que em condições adversas, a madeira é empregada para obras expostas, na construção civil e para trabalhos de marcenaria de luxo. É uma árvore frondosa, que pode ser usada em paisagismo. Estudos científicos mostram que as folhas possuem ação antioxidante e antifúngica.

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Canjambo 328, 486 Outros nomes populares: Marinheiro, Peloteira Nome científico: Guarea kunthiana A. Juss. Família: Meliaceae Ocorrência: Amazônia, Planalto Central, Sudeste e Sul (PR e SC). Desde a Costa Rica e Panamá até o Paraguai e Bolívia. Dicas para identificação: Árvore de 4 a 20 m de altura, com copa oval, ramos jovens sem lenticelas, esparsos e densamente pubescentes, glabros, com tronco cilíndrico de 40 a 70 cm de diâmetro e casca rugosa. As folhas são paripenadas ou com apenas um folíolo, de 8 a 40 cm, pecíolo espessado na base, raque glabrescente a pubescente, folíolos de 2 a 6 pares, opostos, largo a estreito-elípticos, oblonceolados ou obovados, de 7 a 26 X 4 a 13 cm, os proximais são menores que os distais, ápice curtoacuminado a obtuso-arrendondado, base cuneada, atenuada, truncada, ou arrendondada, face superior glabra e face inferior densa a esparso-pubscente (tricomas macios). As flores medem até 13 mm pediceladas, 4 pétalas oblongas ou lanceoladas de cor rosa ou avermelhada, pequena. O fruto é do tipo cápsula elipsóide a globosa, lisa, glabra, vinosa-acastanhada, que se abre em 4 partes quando madura, lenticelada, lenticelas ocráceas, grandes. Floração: outubro a dezembro. Frutificação: março a outubro. Usos: A madeira pode ser utilizada para tabuado em geral na

construção civil, bem como para a estrutura de móveis e caixotaria. Os frutos são muito procurados por pássaros, como o tucano. Estudos científicos apontam que o fruto possui ação anti-ácaros. Além disso, os extratos da folha, caule e fruto apresentaram potencial ação contra nematóides, podendo servir futuramente para a produção de defensivos agrícolas.

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Canelinha 329, 480 Outros nomes populares: Canela-imbuia, Canela-preta,

Canela-ferrugem, Canela-louro, Canela-fedorenta, Canela-merda, Canela-loura.

Nome científico: Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez Família: Lauraceae Ocorrência: SP ao RS. América Central, Antilhas e América do Sul. Cerrado e Mata Atlântica. Dicas para identificação: Árvore de 15 a 25 m, com tronco de 40 a 60 cm de diâmetro, e casca pardo-acinzentada e escamosa, liberando placas irregulares e finas. As folhas são alternas espiraladas, simples, elíptico-lanceoladas, lanceoladas a oblanceoladas, glabras. As inflorescências são formadas por muitas flores em panículas axilares pequenas. O fruto é do tipo baga elipsóide preta e brilhante, com até 15 x 15 mm. Floração: janeiro a maio. Frutificação: outubro a dezembro. Usos: Sua madeira presta-se para construção civil, esquadrias,

tabuado em geral. Apesar das excelentes características tecnológicas da madeira, ela tem sido relegada para segundo plano devido ao cheiro desagradável que pode exalar em lugares úmidos. A árvore é muito ornamental, principalmente pela forma arredondada de sua copa, o que tem motivado seu uso na arborização de ruas de inúmeras cidades nos estados de SP e PR. Seus frutos são muito procurados por pássaros de pequeno e médio porte. Estudos científicos mostram ainda que a planta possua atividade antifúngica, analgésica, antiinflamatória e contra o Trypanosoma cruzi.

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Figueira-do-Brejo 330 Outros nomes populares: Figueira-branca, Mata-pau. Nome científico: Ficus insipida Willd. Família: Moraceae Ocorrência: Amazônia, Cerrado e Floresta Atlântica, preferencialmente em várzeas de encostas úmidas. Dicas para identificação: Árvore de 10 a 20 m de altura, desenvolvendo-se muitas vezes, inicialmente, como epífita, germinando nos detritos orgânicos dos buracos e axilas de outras plantas. O tronco mede de 45 a 70 cm de diâmetro, estriado e com látex. Os ramos são acinzentados, com estípulas terminais finas e verdes. As folhas são grandes, simples alternas, com pecíolo curto e face inferior coberta por tricomas. As flores são solitárias de cor rosada, distribuídas ao longo dos ramos. Os frutos são arredondados, do tipo sicônio (figo), verdes com pequenas manchas brancas, minúsculas e numerosas sementes amareladas. Floração: principalmente de julho a setembro. Frutificação: amadurecem entre janeiro e fevereiro. Usos: A madeira é usada para miolo de portas,

painéis e caixotaria leve. Possui simbiose com vespas polinizadoras. Os frutos são muito consumidos por morcegos e pássaros. Na medicina popular o látex é usado por indígenas no tratamento de parasitas intestinais. A casca e as folhas são usadas como cicatrizante de feridas e no tratamento de reumatismo.

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Camboatã-Vermelho 331, 473 Outros nomes populares: Camboatá, Camboatã, Cubantã, Gragoatã (SP), Arco-de-pipa,

Arco-de-peneira, Pau-de-cantil.

Nome científico: Cupania vernalis Cambess. Família: Sapindaceae Ocorrência: Em quase todas as formações florestais, MG, MS, SP até o RS. Dicas para identificação: Árvore de 10 a 22 m de altura, com tronco de 50 a 70 cm de diâmetro. As folhas são compostas, com 10 a 18 folíolos, medindo de 6 a 15 cm de comprimento. As inflorescências são dispostas em panículas axilares, tomentosas, em geral menores que as folhas, medindo de 10 a 20 cm de comprimento. As flores são pequenas e brancas. O fruto é do tipo cápsula sulcada e deiscente, com endocarpo tomentoso-piloso. Floração: março a maio. Frutificação: setembro a novembro. Usos: A madeira é moderadamente durável sob condições adversas, sendo assim utilizada

para obras internas, marcenaria, mourões, forma para calçados, lenha e carvão. A árvore pode ser utilizada tanto no paisagismo quanto na arborização de ruas. Seus frutos são consumidos por diversas espécies de pássaros. A espécie é melífera. A casca é fonte de tanino, e, quando cozida, supostamente tem ação medicinal contra bronquite, asma e tosse, antifebril e anti-séptico em feridas.

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Coerana 332 Outros nomes populares: Quina-de-são-paulo,

Joá, Joá-de-árvore.

Nome científico: Solanum pseudoquina A.St.-Hil. Família: Solanaceae Ocorrência: MG, SP e PR. Floresta Estacional Semidecidual. Dicas para identificação: Árvore de 4 a 7 metros de altura e copa subglobosa, com tronco quase cilíndrico, de 20 a 30 cm de diâmetro e casca fina e quase lisa. As folhas são alternas, simples, membranáceas, glabras em ambas as faces, inteiras, margem lisa, de 5 a 12 cm de comprimento por 2,5 a 5 cm de largura. As inflorescências nascem em cimeiras axilares, escorpióides, com flores pediceladas muito perfumadas. O fruto é do tipo baga, globosa, glabra, amarelada, com inúmeras sementes triangulares. Floração: setembro a novembro.

Frutificação: fevereiro a março. Usos: A madeira possui baixa resistência e é sujeita

ao apodrecimento, sendo empregada somente para caixotaria, confecção de lápis, palito e lenha de qualidade inferior. Devido a seu pequeno porte é indicada para arborização urbana. Os frutos são alimento de muitos pássaros e outros animais silvestres. Na medicinal popular a casca é tida como medicinal, tendo propriedade febrífuga.

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Samambaia-Açu 333

Nome científico: Cyathea cf atrovirens (Langsd. & Fisch.) Domin Família: Nyctaginaceae Ocorrência: BA, MG, ES, RJ, SP, PR, SC, RS. Paraguai e Argentina. Dicas para identificação: Samambaia com até 4 m de altura, caule

de 30 a 55 cm de diâmetro, ereto. As bases dos pecíolos persistentes formam um ângulo agudo com o caule. Escamas bicromáticas, linearlanceoladas, de 15 a 20 mm de comprimento. Pecíolos com presença de espinhos de coloração castanha a negra e escamas semelhantes às do caule. Lâmina deltóide tri-pinado-pinatissecta, subcoriácea, diminuindo gradualmente em direção ao ápice, tricomas tortuosos, castanhos claros, esparsos, em especial sobre as nervuras. Raque alada, sulcada na face superior, presença de tricomas de cor castanha, linear-lanceoladas, ápice filiforme, margens ciliadas, pinas de 16 a 17 pares, sendo a lateral lanceolada e a apical deltóide. Venação aberta, nervuras predominantemente simples, poucas bifurcações. As folhas podem chegar até 3 m de comprimento.

Esporulação:pode ocorrer durante quase todo o ano, porém a

liberação de esporos parece ser mais evidente em fevereiro, março e abril.

Usos: A espécie é utilizada com sucesso como ornamental. Porções do caule envolvidos por bainha de raízes adventícias são utilizados para a confecção de artefatos em fibra. As folhas podem ser utilizadas para decoração ou fins comerciais. A planta inteira pode ser utilizada na jardinagem.

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Capixingui 335, 458, 464, 469, 487 Outros nomes populares: Tapixingui, Velame, Capoeira-preta. Nome científico: Croton floribundus Spreng. Família: Euphorbiaceae Ocorrência: PE, MT, MS, MG, ES, SP, PR, RJ. Mata Atlântica, em diferentes tipos de solos, com boa drenagem. Dicas para identificação: Árvore de 5 a 10 m de altura, tronco reto e cilíndrico, de 20 a 60 cm de diâmetro, com casca de cor cinza-clara e lisa quando jovem, escura e áspera quando adulta. Os ramos são de cor pardo-escura e tricomas estrelados. As folhas são simples e alternas, com formato oblongo-elíptico e base obtusa a arredondada, medindo 8 a 12 por 5 a 6 cm, com estípulas; látex aquoso. A face superior da folha é verde-escura e lustrosa, enquanto a inferior é brancacenta, sendo áspera em ambos os lados. Quando velhas, as folhas se mostram alaranjadas. As inflorescências são em forma de racemo, com 30 cm de comprimento, nas extremidades de ramos laterais, com flores brancas ou amareladas. O fruto é do tipo cápsula seca, dotados de três cavidades que se abrem de modo explosivo, liberando as sementes, que lembram carrapatos (Croton, nome grego). Floração: outubro a janeiro. Frutificação: novembro a abril. Usos: As árvores mais velhas fornecem madeira moderadamente densa,

cujo cerne pode ser usado para mourões e tabuados, obras internas, carpintaria, caixotaria, papel e fósforos. O macaco-bugio se alimenta das folhas e flores, Espécie apícola. Na medicina popular as folhas têm emprego contra úlceras e também como drásticas ou catárticas. Elas podem ser usadas em curtume, assim como a casca do tronco. O fruto é considerado tônico. Pertence à família da mamona (Ricinus communis), e suas sementes são igualmente oleaginosas.

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Canela-Ferrugem 334 Outros nomes populares: Canela-amarela, Canela-nhoraça,

Canelão.

Nome científico: Nectandra oppositifolia Nees Família: Lauraceae Ocorrência: Floresta Ombrófila Densa e Floresta Estacional Semidecidual Cerradão e mata Ciliar do planalto paulista. América tropical: Brasil (regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul), Colômbia e Panamá. Dicas para identificação: Árvore de 10 a 20 m de altura. As folhas são opostas a subopostas no ápice dos ramos, alternas na base, ápice acuminado, base atenuada à aguda, raro obtusa, margem revoluta, face superior ferrugíneo-tomentosa nos indivíduos jovens, glabras nas adultas, face inferior ferrugíneotomentosa a glabras A inflorescência é axilar, multiflora, ferrugíneo-tomentosa. As flores são ferrugíneo-tomentosa, glabras internamente ou com tricomas curtos e esparsos. O fruto é do tipo elipsóide. Floração: fevereiro a maio. (pode florescer duas vezes ao ano). Frutificação: junho a outubro. Usos: Madeira de baixa resistência ao ataque de insetos, porém

é utilizada na construção civil, para vigas, caibros, brinquedos, cabo de vassoura, caixotaria. A árvore é indicada para paisagismo em geral. Os frutos são apreciados por pássaros, macacos e pequenos roedores.

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Candeia 306, 336, 479 Outros nomes populares: Cambará, Cambará-açu, Cambará-branco,

Balieira-preta.

Nome científico: ochnatia polymorpha (Less.) Cabrera. Família: Asteraceae Ocorrência: BA, ES, MG, GO, MT, MS, SP, PR, SC, RS. Uruguai, Argentina e Paraguai. Cerrado e Mata Atlântica, em solos secos, arenosos a argilosos, com fertilidade baixa. Dicas para identificação: Árvore de 3,5 a 10 m de altura, com tronco geralmente tortuoso e inclinado, de 20 a 60 cm de diâmetro. A casca é castanhoavermelhada, muito espessa, com fendas sinuosas, entrelaçadas. As folhas são simples, alternas e espiraladas, ovais a lanceoladas, base arredondada e ápice agudo, com dimensões 12 a 18 por 4 a 7 cm, totalmente coberturas por tricomas brancos na face inferior, bem como nos ramos jovens; pecíolo com 2 cm de comprimento. As flores são brancas, pequenas, reunidas em panículas terminais, de 10 a 20 cm de comprimento, com numerosos capítulos com 1 cm de comprimento, permanecendo nos ramos mesmo depois de secas. O fruto é do tipo aquênio em forma de penacho, deiscente, oblongo, preto, sulcado, coberto por tricomas, coroado com cerdas de 2 a 5 cm, branco-amareladas e semente inclusa no fruto. Floração: outubro a dezembro. Frutificação: março a maio. Usos: Fornece madeira moderadamente densa, própria para obras imersas,

construção civil, obras expostas como mourões, pontes, cabos de ferramentas, peças torneadas, tamancos, esquadrias e curvas para a construção naval.

É uma árvore ornamental pela folhagem, bem como pela forma retorcida dos ramos, podendo ser usada no paisagismo, em especial em áreas secas. Espécie apícola. Na medicina popular, as folhas são usadas em chás para o tratamento de afecções broncopulmonares, como expectorante e emoliente. A casca do caule é usada por indígenas no tratamento de dor de garganta e reumatismo ósseo. O extrato das folhas tem atividades anti-inflamatória e antimutagênica comprovadas.

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Guaçatonga 307, 337, 343 Outros nomes populares: Café-bravo, Cafezeiro-do-mato,

Cambroé, Chá-de-bugre, Lagarteira, Língua-de-tiú, Petumba.

Nome científico: Casearia sylvestris Sw. Família: Salicaceae Ocorrência: Desde o AC até o RN e desde o AP até o RS, sendo mais frequente no sul do país. Em todos os biomas brasileiros, Amazônia, Caatinga, Cerrado, Floresta Atlântica, Pampa e Pantanal, com ampla distribuição em todos os Estados brasileiros. Dicas para identificação: Árvore de 4 a 6 m de altura, com tronco de 20 a 30 cm de diâmetro, e casca escamosa e estriada. Os ramos são longos. As folhas são simples, alternas, dispostas num mesmo plano, assimétricas, glabras ou ásperas, brilhantes na face superior, com glândulas visíveis por transparência, borda serreada. As flores são reunidas em glomérulos axilares, pequenas e esbranquiçadas. Os frutos são pequenos, em forma de cápsulas ovais. Floração: junho a agosto. Frutificação: setembro a novembro. Usos: A madeira é usada na construção civil. Os frutos são

consumidos por pássaros. Espécie apícola, sendo uma das poucas melíferas de inverno. Na medicina popular as folhas e cascas são usadas no tratamento de queimaduras, ferimentos, inflamações, doenças de pele, gastrite, úlcera, mau-hálito, aftas e obesidade. Em laboratório, o extrato da planta apresentou a propriedade de reverter a ação neurotóxica do veneno de jararacuçu em músculos.

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Glossário

Acúleo: formação epidérmica (superficial) com aspecto de espinho, encontrada em

Arilo: excrescência que cobre parte da semente, tornando-a atrativa para animais.

Acuminado: extremidade aguda e ligeiramente curva.

Aromática: com cheiro mais ou menos agradável devido, geralmente, à presença de óleos essenciais.

Adstringente: substância que possui a propriedade de apertar ou contrair.

Axilar: situada na junção das folhas ou ramos com o caule.

Alado: provido de asas.

Baga: fruto carnoso, que não se abre na maturação, contendo várias sementes.

Analgésica: que diminui ou retira a dor.

Bioma: conjunto formado pelo clima, vegetação, hidrografia e relevo de uma determinada região.

caules (p.e.: roseira) ou folhas (p.e.: jurubeba), facilmente removível.

Antidispéptica: que combate a má digestão. Anti-helmíntica: que combate vermes parasitas, especialmente lombrigas. Anti-malárica: que combate a malária.

Bráctea: folha mais ou menos modificada (distinta das normais pela dimensão, forma, consistência ou cor), em cuja axila se insere a flor, ou situada próximo da flor ou da inflorescência.

Antiparasitária: que combate parasitas.

Cápsula: fruto simples (originário do desenvolvimento de uma única flor), seco, que se abre na maturação, em geral com muitas sementes.

Antiséptica: que combate os micróbios.

Carminativa: contra os gases intestinais.

Aperiente: que estimula o apetite.

Cimeiras: tipo de inflorescência no qual a ramificação é sempre terminal (acaba em uma flor) e com número definido de ramos.

Apícola: que produz néctar ou pólen para abelhas. Apiculada: provida de ponta curta e aguda, mas não rígida, na extremidade de uma

folha, pétala, sépala, etc.

Aquênio: fruto simples, seco, indeiscente, com uma única semente presa à parede do fruto em um só ponto.

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Coriácea: com textura que lembra a do couro. Corimbo: inflorescência racemosa em que as flores se situam ao mesmo nível devido ao comprimento gradualmente inferior dos pedicelos ao longo do eixo. Crenada: provido de recortes arredondados convexos na margem.


Glossário Deiscente: que se abre na maturação por um mecanismo natural.

Expectorante: que provoca e favorece a expulsão de catarro bronquial.

Dentada: provida de dentes.

Fascículos: pequenos feixes; refere-se a pequenos grupos de folhas, raízes, flores,

Depresso: comprimido perpendicularmente ao eixo. Dióica: diz-se da planta ou taxon com flores unissexuadas, masculinas e femininas,

estames.

Febrífuga: antifebril.

em indivíduos diferentes.

Filiforme: fino e comprido como um fio.

Disenteria: síndrome decorrente de inflamação intestinal, especialmente cólica, e que inclui dor abdominal, tenesmo e defecações frequentes, contendo sangue e muco.

Folha simples: cuja lâmina não é dividida.

Diurético: que aumenta ou facilita a excreção da urina.

Folhas opostas: que se inserem no caule aos pares (uma exatamente na frente da

Drupa: fruto carnoso contendo um caroço duro, como a manga e o pêssego. Elíptica: que se refere à elipse; forma geométrica. Elipsóide: com a forma do corpo

sólido cujas secções longitudinais são elipses e as transversais círculos.

Folhas alternas: que se inserem em diferentes níveis (zig-zag) no caule.

outra).

Folhas verticiladas: com disposição circular de órgãos similares em torno de um nó

num eixo.

Emética: que provoca o vômito.

Folículo: fruto simples, deiscente, que se abre pela sutura do único carpelo de que é formado.

Emoliente: que abranda a inflamação.

Folíolo: cada um dos limbos parciais da folha composta ou recomposta.

Espiraladas: dispostas em espiral em torno de um eixo.

Galha: são estruturas de proteção e alimentação de larvas de alguns insetos, que se

Estipitado: provido de um suporte estreito.

distribuem nas folhas visando uma melhor obtenção de recursos. Elas são formadas a partir da multiplicação de tecidos foliares.

Estípulas: folhas reduzidas, situadas na base dos pecíolos de certas plantas, em geral

Gineceu: conjunto dos carpelos (órgãos femininos da flor).

dois.

Estomáquica: que trata problemas do estômago. Eupéptica: tratam do estômago e do processo digestivo. Estrigosa: coberta de tricomas rígidos e ásperos.

Glabra: sem tricomas. Glabrescente: que se torna glabro, ou quase, com a maturação. Não confundir com

subglabro, ou seja, com indumento de tricomas esparsos.

Globosa: aproximadamente esférica.

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Glossário Glomérulo: inflorescência do tipo de uma cimeira multípara muito contraída,

Obovóide: De forma ovóide invertida, como um ovo com parte distal mais alargada.

Hidropisia: retenção anormal de líquidos nas cavidades ou tecidos do corpo.

Ocrácea: Com a cor do ocre (argila amarela-acastanhada).

Imparipinada: diz-se da folha pinada cujo eixo termina por um folíolo; disso resulta

Oval: cujo perfil lembra um ovo.

globulosa, com as flores mais condensadas que no fascículo.

que o número total de folíolos é impar.

Indeiscente: que não se abre. Inflorescência: conjunto de flores agrupadas.

Aplica-se a estruturas a 3 dimensões.

Panícula: cacho composto, onde os ramos decrescem da base para o ápice. Papilionáceo: aplica-se à corola dialipétala e zigomórfica formada por cinco pétalas:

Lanugem: Coberto de pêlos crespos e macios mas pouco longos.

uma superior ou posterior (estandarte ou vexilo) geralmente maior e ± perpendicular ao eixo da flor e que envolve as restantes quando em botão; duas laterais (as asas) que envolve mais duas quando em botão; estas duas últimas peças são concrescentes ou coniventes formando uma estrutura navicular (quilha) que envolve o androceu e gineceu.

Látex: seiva de certas plantas, frequentemente leitosa.

Paripinada: diz-se da folha composta (pinada) que tem número par de folíolos

Lanceolada: em forma de ponta de lança.

Legume: fruto seco que se abre por duas fendas. Vagem. Lenticela: excrescência geralmente visível a olho nu, constituída por um arranjo

(pinas).

Patente: que se insere segundo um ângulo próximo de 90º com o eixo.

frouxo de células, por onde ocorrem trocas gasosas.

Pentâmera: que possui pétalas e sépalas em número múltiplo de cinco.

Melífera: diz-se de uma planta cujo néctar pode ser utilizado pelas abelhas para

Pecíolo: parte da folha que prende a lâmina ao ramo. Peciólulo: pecíolo do folíolo

Membranácea: parecido com membrana; de consistência delicada.

Peciolado: provido de pecíolo; oposto à séssil.

Narcótica: que faz adormecer. Oblanceolada: lanceolado, mas com a maior largura um pouco acima do meio.

Pedicelada: provida de pedicelo, o eixo de suporte da flor

produzir mel.

Oblonga: folha ou estrutura mais longa do que larga e com bordos paralelos na

maior parte da extensão.

Obovada: ovada, mas com a ponta mais larga voltada para o ápice.

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nas folhas compostas.

Piloso: coberto de tricomas. Pinada: folha composta subdividida em vários folíolos ou pinas perpendiculares ou

oblíquos a um eixo principal.


Glossário Pixídio: cápsula com deiscência transversal, na qual a parte superior se ergue como uma tampa, desprendendo-se completamente. Pubescente: coberto de tricomas finos e curtos. Pubérula: coberto de tricomas curtos, pouco densos, dificilmente vistos a olho nu. Racemo: inflorescência indeterminada na qual as flores são pedunculadas e se

Subséssil: quase séssil, com pecíolo, pedicelo ou pedículo muitíssimo curto. Sicônio: é o fruto das figueiras, nativas ou frutíferas (Ficus carica). Sub: prefixo que se adiciona a muitos termos para atenuar o significado (= quase). Sulco: depressão linear na superfície do corpo e de um órgão.

inserem a certa distância umas das outras; o mesmo que cacho.

Terminal: localizado na ponta dos ramos.

Ritidoma: conjunto de tecido morto de cascas de caule e raízes, resultante de atividade do felogênio; termo técnico para designar cortiça.

Tomento: indumento de pêlos espessos, curtos, enrolados sobre si próprios, cobrindo

Sagitada: em forma de seta, ou seja, em forma de triângulo agudo prolongando-se na base em duas aurículas ou lóbulos agudos, dirigidos para a base.

Tomentoso: Coberto de tomento.

Sâmara: fruto seco, indeiscente, contendo uma semente e dotado de asa

uniformemente uma superfície.

Tônico: revigorante.

membranosa.

Tricoma: cobertura de proteção que lembra pilosidade animal.

Sapopemas: Cada uma das raízes que se desenvolvem com o tronco de muitas

Unifoliolado: Diz-se da folha composta com um só folíolo; distingue-se da folha simples pelo fato de o limbo possuir peciolulo, ± desenvolvido, articulado no extremo do pecíolo.

árvores, formando em volta dele divisões achatadas.

Semidecidual: que desprende parte das folhas na época seca do ano. Sépala: cada um dos segmentos do cálice das flores.

Umbela, Umbeliforme: inflorescência em que numerosas flores pedunculadas se inserem na mesma altura do eixo principal.

Serreado: com bordas que lembram dentes de uma serra.

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